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11 Sistemas de Referências para a Agricultura Familiar na Mesorregião Norte do Paraná Adenir de Carvalho Dimas Soares Júnior Rafael Fuentes Llanillo Sérgio Luiz Carneiro Manuel Pessoa de Lira Maurílio Soares Gomes

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11 Sistemas de Referências para a Agricultura Familiar na Mesorregião Norte do

Paraná

Adenir de CarvalhoDimas Soares Júnior

Rafael Fuentes LlanilloSérgio Luiz Carneiro

Manuel Pessoa de LiraMaurílio Soares Gomes

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Apresentação

Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da agricultura familiar através de um processo de pesquisa e difusão melhor adaptado às características deste estrato de produtores, a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná, por intermédio da Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER - Paraná) e do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), vem executando, desde junho de 1998, o projeto “Redes de Referências para a Agricultura Familiar” (REDES), trabalho inserido no Programa de Estado “Paraná 12 Meses”, em seu componente Manejo e Conservação dos Recursos Naturais - Fase II.

As REDES constituem-se em uma metodologia de pesquisa adaptativa e extensão rural, apoiada em propriedades analisadas e acompanhadas sob o enfoque sistêmico, no qual contemplam-se análises dos recursos naturais, produção vegetal e animal, recursos humanos e econômicos.

Em suas diferentes etapas, a implantação das REDES compreende a realização de um estudo prévio com a caracterização da região de trabalho e a tipologia de agricultores que tem por objetivo apoiar a escolha dos sistemas de produção a serem estudados; a escolha dos sistemas de produção prioritários, feita a partir das informações da etapa precedente segundo critérios que os responsáveis pelo trabalho julgam mais pertinentes para cada situação e a seleção de propriedades que comporão as redes, efetuada a partir da reflexão da equipe responsável pelo projeto considerando os objetivos propostos. Escolhidas as propriedades, tem início o acompanhamento de seu sistema produtivo e o seu diagnóstico, realizado com o intuito de conhecer o funcionamento daquele sistema, seus pontos de estrangulamento, suas potencialidades e os objetivos do agricultor, informações que por sua vez embasarão as etapas de planejamento e intervenções na propriedade.

A partir do acompanhamento das propriedades e das intervenções realizadas visando o aperfeiçoamento de seus sistemas de produção, são obtidas referências técnicas e econômicas úteis também para outros agricultores de características semelhantes. As informações colhidas são analisadas de forma interdisciplinar, levando-se em conta os diferentes componentes que interagem na propriedade.

Deste modo as REDES permitem ajustar os sistemas de produção existentes para se adaptarem às potencialidades e dificuldades locais, quer sejam elas de natureza técnica ou econômica, visando assim atingir a maior rentabilidade possível, obedecidas as premissas de sustentabilidade e estabilidade.

O presente trabalho apresenta 11 sistemas de referências para a agricultura familiar no norte paranaense, todos amparados, com graus variados de intensidade, na produção de grãos. Tais sistemas foram elaborados com base no trabalho desenvolvido junto a 39 agricultores participantes do Projeto, no período de setembro de 1998 a setembro de 2003. Os agricultores participantes distribuem-se por 17 municípios das regiões de Apucarana, Cornélio Procópio e Londrina.

Ao apresentar este documento queremos nos somar a equipe da mesorregião norte das REDES no agradecimento aos agricultores colaboradores do Projeto, sem os quais este não seria possível de ser realizado.

Londrina, setembro de 2004

Diniz Dias DoliveiraMárcio Miranda

Coordenação Estadual das Redes de Referências para a Agricultura Familiar

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SISTEMAS DE REFERÊNCIASO que são

Para que servem Como são elaborados

Como estão apresentados Características gerais dos sistemas descritos

Síntese dos resultados globais

1. O que são Sistemas de Referências ?São modelagens elaboradas com base nos dados observados a campo por meio do

acompanhamento técnico e econômico das propriedades participantes do projeto, considerando os progressos técnicos e gerenciais possíveis de serem obtidos, alguns dos quais já constatados em propriedades integrantes das REDES. O trabalho é executado pela equipe responsável pelo desenvolvimento do projeto na região, permitindo que se incorpore na modelagem a experiência dos técnicos e outras fontes de dados consideradas relevantes para o contexto regional.

Sistemas de referências não correspondem, portanto, a apresentação de médias dos resultados das propriedades estudadas, nem sequer a simulações que considerem exclusivamente resultados obtidos em condições experimentais sob condições controladas.

Descrevem um sistema de produção com seus diferentes componentes, considerando a combinação de atividades existente nos sistemas acompanhados e os itinerários técnicos de produção, os quais são coerentes com os níveis de produtividade indicados e a disponibilidade de recursos humanos, físicos e econômicos, levando em conta ainda restrições de solo e clima presentes na microrregião de ocorrência do sistema analisado. Deste modo, os sistemas de referências devem ser tomados como o conjunto de resultados técnicos e econômicos globais, relativos assim ao sistema de produção analisado como um todo, possíveis de serem esperados com o bom funcionamento do sistema descrito.

2. Para que servem ?Em sua operacionalização cotidiana, as REDES abrangem na mesorregião norte um

total de 39 agricultores responsáveis por sistemas de produção relevantes para suas regiões, seja sob o ponto de vista do número expressivo de outras propriedades com condições similares de solo, clima, infra-estrutura e recursos humanos conduzindo atividades similares, seja sob a perspectiva futura das novas alternativas que apresentam.

A massificação das informações obtidas neste processo de acompanhamento e intervenções é portanto fundamental para que os avanços alcançados no Projeto sejam disponibilizados para todo o conjunto de produtores identificados com os tipos estudados.

Para alcançar os objetivos de disseminação da informação são utilizados diferentes tipos de estratégias e instrumentos de comunicação cada qual com um objetivo específico. No caso dos Sistemas de Referências estes se prestam fundamentalmente para:

· Oferecer aos agentes de assistência técnica e extensão rural informações consolidadas acerca do desempenho técnico e econômico possível de ser alcançado em sistemas de produção de relevância regional;

· Orientar agricultores em processos de conversão de seus sistemas produtivos, reunindo informações que permitam uma análise preliminar na qual diferentes alternativas estejam sendo cotejadas;

· Disponibilizar informações que possibilitem orientar agricultores na gestão da propriedade agrícola, oferecendo uma base de referências para análise comparativa;

· Permitir a realização de simulações e análises prospectivas que possam orientar iniciativas de políticas públicas;

· Oferecer aos responsáveis pela formação profissional de agricultores e estudantes de ciências agrárias um conjunto de simulações potencialmente úteis para suas práticas pedagógicas.

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3. Como são elaborados ?A construção dos sistemas de referências inicia-se conjuntamente com o acompanhamento

das propriedades integrantes das REDES, obedecendo procedimentos cronologicamente muitas vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas:

1ª Obtenção das referências intermediárias: São as informações coletadas diretamente nas propriedades, as quais são utilizadas

como insumos para a elaboração (depois de analisadas e consolidadas) das referências modulares. São parâmetros técnicos e econômicos concretos (reais) relativos as diferentes atividades presentes no sistema de produção, sendo específicas de cada propriedade acompanhada. Podem ser obtidas em duas situações: nos diagnósticos técnicos e nos registros durante o acompanhamento.

2ª Obtenção das referências modulares:Após o processamento, análise e consolidação das referências intermediárias por sistemas

de produção, obtém-se as referências modulares, que são informações obtidas no médio e longo prazos, compostas por parâmetros e indicadores técnicos e econômicos relativos as atividades acompanhadas, os quais incorporam às referências intermediárias as margens de progresso possíveis, ou seja incrementos no desempenho do sistema de cultivo possíveis de serem alcançados por agricultores que estejam dentro do domínio de recomendação dos sistemas de produção que deram origem a essas referências. Para definição destas margens de progresso consideram-se além das intervenções nas propriedades acompanhadas, os conhecimentos das equipes de especialistas, as referências de REDES de outras regiões e os resultados do trabalho de pesquisa e de validação de tecnologias.

3ª Construção do Quadro de Coerência Aqui as informações obtidas em cada uma das propriedades acompanhadas são

agregadas considerando o sistema de produção ao qual pertence o agricultor. Idealmente os sistemas de referências são descritos a partir da agregação de dados de ao menos cinco propriedades. Na elaboração do quadro de coerência procede-se um exame criterioso da estrutura interna de cada sistema trabalhado, considerando a superfície agrícola útil, a mão-de-obra familiar e o capital disponíveis, bem como a renda bruta obtida e sua composição. Para garantir a maior coerência interna ao sistema a ser descrito, os casos extremos são desconsiderados na análise.

4ª Simulações e Descrição dos Sistemas de Referências Com os quadros de coerências elaborados, procede-se então a última etapa do trabalho.

Primeiramente simulam-se os resultados do sistema de referência analisado considerando os ajustes necessários e possíveis em sua estrutura interna e em seu funcionamento, quando tomam-se em conta as referências modulares disponíveis para as atividades presentes e a necessidade de manutenção de sua coerência no que diz respeito a disponibilidade e utilização dos recursos. A seguir tal sistema é descrito, considerando os resultados obtidos na simulação.Observa-se deste modo que muito embora o sistema de referência diga respeito a um modelo, ele garante sua consistência e aplicabilidade pelo fato de que o trabalho de modelagem é efetuado a partir de dados concretos. Neste sentido a simulação e descrição orientam-se a partir de uma propriedade pivô, a qual possui estrutura e desempenho próximo daquele apresentado como referencial ao sistema acompanhado.

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4. Como estão apresentados ?A apresentação dos sistemas de referências no presente documento é realizada

seguindo uma estrutura padrão para os 11 sistemas descritos a qual compreende quatro páginas como pode ser visto abaixo:

A 1ª página apresenta um parágrafo introdutório caracterizando o sistema descrito.Traz comentários que reforçam pontos de coerência interna do funcionamento do sistema considerando o uso de seus fatores produtivos.A área de abrangência do sistema trabalhado é apresentada em um mapa disponibilizado sob a consideração de duas principais condições, a localização das propriedades que serviram de suporte para sua elaboração e o zoneamento agrícola indicado para as culturas integrantes do mesmo.Finalmente, são relacionados alguns pontos fortes e fracos observados com o propósito de i nd i ca r a l gumas van tagens e d e s v a n t a g e n s a s s o c i a d a s a s u a implementação.

Os comentários relativos à utilização de mão-de-obra no sistema são trazidos na 2ª página acrescidos de um gráfico no qual é apresentada a distribuição mensal da demanda por atividades e da demanda total, bem como a disponibilidade de mão-de-obra familiar.

Deste modo é possível visualizar os períodos de excedente e de pico na demanda deste fator, quando torna-se necessária a contratação de mão-de-obra temporária.

Também nesta página descreve-se a estrutura em máquinas, equipamentos e benfeitorias necessárias para funcionamento do sistema discutindo-se alguns aspectos relativos a operação de tal estrutura.

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A análise econômica do sistema de produção trabalhado, apresentada na 4ª página, pode ser considerada em três blocos distintos.No primeiro, são trazidas as informações relativas as diferentes atividades presentes, como produtividade, preço de venda, receita, custos e margem bruta por unidade de área. A receita e as margens brutas totais do sistema, bem como seus custos variáveis, são apresentados aqui, considerando a área explorada e mão-de-obra familiar disponível. O bloco seguinte oferece alguns indicadores analisados relativamente a sua participação na Renda Bruta e por fim uma figura apresenta os indicadores globais do sistema, indicando a participação relativa de cada atividade e as principais referências de perfomanece alcançadas.

Algumas informações relativas à condução e ao desempenho das atividades presentes no sistema são apresentadas na 3ª página.

Deve-se salientar que esta descrição não tem por objetivo oferecer ao usuário um roteiro técnico completo das diferentes atividades presentes nos sistemas descritos.

Sendo assim, aos interessados em aprofundar-se na análise da viabilidade e/ou na implantação do mesmo em cond ições espec í f i cas , to rna -se imprescindível o aprofundamento em outras fontes de consulta, entre as quais pode-se citar as referências modulares que estarão sendo disponibilizadas pelas REDES.

Uma vez que o cultivo de soja, milho, milho safrinha e trigo, encontra-se presente em todos os sistemas de referências descritos, apresenta-se preliminarmente nas páginas 10 à 14 um conjunto de informações técnicas relativas ao manejo do solo na produção de grãos.

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5. Características gerais dos sistemas de referências descritos.

O Quadro 1 a seguir apresenta as características gerais relativas aos 11 sistemas de referências descritos, codificados como GEGrãos Especializados ou GDGrãos Diversificados.

Os três sistemas “Grãos Especializados” possuem a totalidade da receita bruta 1

associada a esses cultivos, diferenciando-se pela categoria social a que pertencem e pela altitude de sua região de ocorrência, superior ou inferior a 600 metros, fator que se mostrou diferenciador em virtude da seleção da rotação de cultivos trabalhada.

Os oito sistemas “Grãos Diversificados” combinam o cultivo de grãos com outras atividades, indicadas em sua denominação, as quais, muito embora contribuam na composição da receita bruta com índices que variam entre 11 e 51%, invariavelmente alteram o funcionamento do sistema em seus diferentes componentes.

2Com 90ha de superfície agrícola útil (SAU) , o sistema GE3Empresário Familiar,

diferencia-se dos demais, aí incluídos os GE1 e 2Produtores Simples de Mercadorias, também especializados no cultivo de grãos, mas com SAU de 44ha. Entre os sistemas de grãos diversificados, a SAU varia entre 36 e 26ha.

No tocante a disponibilidade de mão-de-obra familiar, destacam-se os sistemas diversificados com a presença de uva fina e café, sendo este em condição isolada ou combinado também com leite ou alfafa, nos quais estão presentes três equivalentes-homens (Eq.h), explorando assim entre 8,67 e 12ha de SAU por membro da família, enquanto os demais sistemas diversificados, conduzidos em geral por duas pessoas, ocupam um trabalhador da família a cada 17,50 a 20ha de SAU. Já os sistemas GE1 e 2 possuem apenas um membro da família trabalhando em caráter permanente, indicando o emprego de um Eq.h a cada 44ha, condição semelhante ao sistema GE1, o qual, embora possua a maior área de SAU, emprega duas pessoas.

3No tocante a dotação de capital total (KT) , quando considerados os números absolutos, todos os sistemas apresentam valores superiores a R$ 106.274, concentrando-se na faixa entre R$ 113.310 à R$ 144.226, na qual situam-se sete dos onze sistemas descritos. O sistema GE3 Empresário Familiar, é de longe o mais capitalizado, notadamente pelo parque de máquinas que possui, enquanto o sistema GD1, destaca-se dos demais pela presença do barracão de aves e do pomar de citrus. Os sistemas GE1 e 2 PSM3 Grãos-Especializados, apresentam a menor dotação de capital quando considerada a relação KT/SAU, uma vez que possuem áreas maiores e não contam, ao contrário dos sistemas diversificados, com ativos como culturas permanentes, barracões de aves ou rebanhos.

1 A tipologia adotada baseia-se nos critérios do Programa Paraná 12 Meses, descrita em : PARANÁ, Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral. Projeto Paraná 12 Meses: Manual Operativo. Curitiba, 1999.2 A definição deste e dos demais indicadores econômicos utilizados neste documento pode ser encontrada em: SOARES JÚNIOR, Dimas; SALDANHA, Anaís Naomi Kasuya. Indicadores econômicos propostos para a análise dos sistemas de produção e propriedades agropecuárias trabalhadas nas Redes de Referências para a Agricultura Familiar. In: I SEMINÁRIO SULBRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO RURAL, 2000, Itajaí. Administração Rural no Terceiro Milênio. Itajaí: Associação Brasileira de Administração Rural, 2000.3 Valorado a preços de julho/2003

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Quadro 1. Características gerais dos sistemas de referências descritos.

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6. Síntese dos Resultados Globais

Pode-se ver no Quadro 2 uma síntese dos principais resultados econômicos e da exigência total de mão-de-obra para cada um dos sistemas descritos. Observa-se que cinco entre os oito sistemas de

4Grãos Diversificados possuem receita bruta (RB) na faixa de R$ 122.193 a R$ 130.570, ao passo que os sistemas GE1 e 2 - PSM3 Grãos Especializados, alcançam valores bastante próximos, respectivamente R$ 140.481 e R$ 146.005. A presença da avicultura e laranja faz com que o GD1 seja o único sistema diversificado a colocar-se entre os especializados, ao passo o sistema Empresa Familiar é o de maior receita bruta.

Considerados os três sistemas especializados, chega a oito o número de sistemas nos quais a participação da receita com a produção de grãos na receita bruta total é superior a 70%, sendo inferior a 50% somente quando combinada com a produção de café e leite.

O comportamento da receita bruta por unidade de área nos sistemas descritos mostra-se bastante equilibrado. Oito entre os onze sistemas possuem RB/SAU entre R$ 3.192 e R$ 3.697. Os sistemas de maior receita bruta absoluta, os GEs, são justamente os que se encontram na base inferior quando analisada esta relação, ao passo que os sistemas GDs 3, 1 e 5 diversificados respectivamente com uva fina, avicultura e laranja, e pêssego, obtém as maiores receitas brutas totais por ha de SAU, o que evidencia a estratégia de buscar-se intensificar a renda em condições de menor disponibilidade de área.

Quando considerada a margem bruta (MB)/SAU, repete-se este mesmo comportamento, havendo apenas a troca de posições entre os três GDs, com o GD1 assumindo a condição de maior MB/SAU. Sete sistemas apresentam MB/SAU entre R$ 1.547 e R$ 1.980 e, novamente, os GEs mantém-se, com inversão de posições, nos últimos postos da tabela. Já a análise da MB/Eq. homem mostra que os sistemas estudados não geram margens brutas proporcionais ao aumento na disponibilidade de mão-de-obra familiar, de tal modo que os quatro sistemas com maior número de Eq.homens são justamente aqueles com as menores relações MB/Eq.homem. Esta inversão de ordem só é quebrada pelo GE3 Empresa Familiar, que mesmo dispondo de 2,0 Eq.homens, coloca-se em primeiro posto nesta relação, fato que se justifica ao saber que a ampliação de sua capacidade de produção é garantida sobretudo pela maior disponibilidade de área e pelo parque de máquinas que possui.

Naturalmente, o mesmo fenômeno observado na análise da MB/Eq. homem é constatado também nos outros dois indicadores que levam em conta a disponibilidade de mão-de-obra da família, quais sejam a receita líquida/Eq. homem (RL/Eq.h) e a remuneração da mão-de-obra familiar (RMOF). Excetuando a troca de posições entre os sistemas GEs e a superação do GD1 pelo GD4, ambas situações motivadas pelos maiores custos com juros sobre o capital próprio verificados em GE3 e GD1, as demais posições são mantidas inalteradas nestes três indicadores. Vê-se então que no grupo dos sistemas com 1,0 Eq.homem a RMOF encontra-se entre R$ 4.109 e R$ 5.122, ao passo que no grupo de sistemas com 3,0 Eq.homens este indicador posiciona-se entre R$ 916 e R$ 1.518, ficando entre R$ 1.779 e R$ 2.298 nos sistemas com 2,0 Eq.homens.

O Quadro 2 apresenta também a exigência de trabalho de cada um dos sistemas, considerando a demanda absoluta e por hectares de SAU para trabalhos mecanizados (horas-máquina), manuais (dias-homens) e a demanda total (dias-homens). Os sistemas GDs 7, 6 e 8, diversificados respectivamente com café e alfafa, café, e café e leite são os mais intensivos em trabalho quando considerada a demanda absoluta. Em números relativos (dh/ha de SAU), o sistema GD3 surge em companhia dos GDs 7 e 6 como os mais intensivos em mão-de-obra.

No tocante a demanda de serviços mecanizados, observa-se que, com exceção do GE3, todos os demais sistemas operam com menos de 492 horas-máquina, sendo que três destes demandam abaixo de 339 horas-máquina para funcionamento. Quando considerada a demanda relativa de tais serviços, nove entre os onze sistemas estudados apresentam demanda entre as 8,93 e 11,19 horas-máquina/ha de SAU.

Os sistemas GDs são aqueles que apresentam as maiores demandas relativas de trabalhos manuais, ainda que se observe uma forte variação na demanda apresentada por cada um destes. Destacam-se entre os GDs, os sistemas com a presença da cultura do café, atividade que eleva a demanda de serviços desta natureza, do mesmo modo que a uva fina.

A distribuição mensal da demanda de mão-de-obra total, bem como a exigência de trabalho das atividades integrantes dos sistemas trabalhados, é apresentada em gráfico que acompanha a descrição de cada um destes.

4 Os preços recebidos utilizados no cálculo da receita bruta dos diferentes produtos, foram obtidos a partir da análise da série histórica dos mesmos.

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Quadro 2. Principais indicadores econômicos e exigência de trabalho nos sistemas de referências descritos.

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Manejo do Solo na Produção de Grãos

No início da safra de soja 2000/2001, uma equipe de pesquisadores e técnicos da Área de Engenharia Agrícola do IAPAR, com a colaboração dos extensionistas e dos produtores rurais das “Redes de Referências”, realizou um diagnóstico do manejo de solos utilizados exclusivamente para a produção de grãos, em 10 propriedades que adotaram o plantio direto há mais de 3 anos. Essas áreas estavam distribuídas em 10 municípios das regiões de Apucarana, Cornélio Procópio, Londrina e Maringá. Cada produtor recebeu a visita de três técnicos do IAPAR (pesquisadores e técnicos agrícolas) e um extensionista da EMATER local. Além de medições no campo, em áreas que estavam com até 30 dias de semeadura de soja, realizou-se uma entrevista semi-estruturada com o agricultor responsável pela propriedade rural. Apresenta-se, a seguir, um resumo dos principais resultados:

Cultivares e densidade de semeaduraA cultivar de soja mais semeada em 2000/01 foi a Embrapa 48, de ciclo precoce, e a época

de semeadura concentrou-se na 1ª quinzena de novembro. A população padrão de plantas de soja 5

recomendada pela EMBRAPA é de 400.000 plantas/hectares. Admite-se a redução da densidade de plantas de até 25%, em regiões de solos com boa fertilidade. As populações predominantes variaram em torno de 90% da recomendação com 20% dos produtores em torno de 75%.

Cobertura de SoloA cobertura do solo média de 70%, demonstra boa condição do ponto de vista

conservacionista, porém, não é a ideal. A profundidade média do sulco de adubação, dentro do que era esperado, atingiu 10,2 cm. O aumento da profundidade do sulco representa uma demanda maior de potência do trator, o que pode inviabilizar a operação com os tratores existentes. Com sulco mais raso, corre-se o risco de contato direto do adubo e as sementes.

A profundidade de sementes, em média de 5,6 cm, foi um pouco acima da recomendação técnica, que é de 3 a 5 cm.

Compactação do soloOs solos da região, via de regra, apresentam teor de argila superior a 60% recebendo a

classificação textural de “muito argiloso”. A densidade aparente de solos dessa classe, podem variar de 1,0 a 1,8 g/cm³, dependendo do seu grau de compactação. Os resultados retrataram uma densidade aparente média, entre 10 e 20 cm de profundidade, de 1,25 g/cm³, indicando solos pouco compactados. Tal constatação pode ser explicada pelo revolvimento ocasional do solo, com o uso de escarificador, prática presente nas propriedades analisadas.

Opinião dos agricultores sobre o sistema de plantio diretoDemandados sobre os principais problemas e vantagens na adoção do PD, os agricultores

estabeleceram a ordem de importância que segue apresentada abaixo:

Principais problemas1º pouca cobertura morta vegetal;2º alto preço de máquinas;3º maior ataque de pragas e doenças;4º custo alto de produção;5º dificuldade no controle de ervas;6º desconhecimento técnico.

Principais vantagens1ª redução da erosão;2ª redução da demanda de mão-de-obra e no uso de máquinas;3ª aumento de produtividade das culturas;

5 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Recomendações técnicas para a cultura da soja no Paraná: 2000/01. Londrina: EMBRAPA Soja, 2000. 255p.

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4ª redução de custo;5ª melhoria das condições químicas e físicas de solo;

Nota-se que a variável custo apareceu como um problema e como uma vantagem. Com relação às máquinas de plantio direto, os principais problemas, por ordem de importância, foram:

1º compactação do solo pelos rodados;2º embuchamento na semeadora;3º aderência excessiva de solo nos sulcadores de semeadora.4º deriva e alto consumo de água nas pulverizações;5º desuniformidade na profundidade de semeadura;6º pouco tempo com umidade no solo favorável para a semeadura.

Na opinião dos agricultores, os melhores métodos de difusão de tecnologias agrícolas são os dias de campo práticos em áreas de produção, com grupo reduzidos de produtores, os quais devem apresentar características e problemas homogêneos. Essa constatação reafirma a importância de se fazer a tipificação dos sistemas de produção e utilizar seus resultados no planejamento das ações extensionistas, integrado-as com as pesquisas agrícolas e sócio-econômicas.

Os Sistemas de Referências descritos neste trabalho têm na produção de grãos a sua principal fonte de renda. Diante de tal importância, é preciso entender melhor o que se pratica no campo, principalmente com relação a sucessão e/ou rotação de culturas.

Verificou-se, na caracterização e diagnóstico do manejo de solo para a produção de grãos, a ausência da adoção plena, por parte dos agricultores pesquisados, de um programa de rotação de culturas deliberado de forma consciente. Notou-se, que os agricultores tomam decisões baseados em sintomas percebidos na condução de suas lavouras e do ambiente agrícola. Utilizam, por exemplo:

· plantas de cobertura do solo quando verificam, intuitivamente ou por experiência prática, a necessidade de melhorar o manejo do solo num determinado talhão,

· adubos orgânicos quando notam uma queda de produtividade significativa, aliado com o preço de ocasião desses adubos e a disponibilidade de recursos financeiros,

· mudança da cultura principal, quando ocorre o ataque excessivo de praga ou há incidências elevadas de ervas daninhas ou de doenças.

Os agricultores tomam decisões de acordo com essas circunstâncias e, normalmente, num plano de curto prazo. Essa postura é fácil de ser entendida quando se leva em conta a dinâmica do ambiente agrícola, com mudanças imprevisíveis em suas principais variáveis, entre elas: o preço dos insumos e dos produtos agrícolas; as disponibilidades de insumos, de crédito e de seguro agrícola; o clima; as ocorrências de pragas e de doenças; os serviços terceirizados e a contratação de mão-de-obra; a assistência técnica; e os canais de comercialização de seus produtos.

Cercado de tanta incerteza, é normal que o agricultor opte por um plano de curto prazo (um ano), até porque, a reserva antecipada de insumos e a oferta de crédito rural também seguem essa lógica.

Então não é possível proagir e fazer uma plano de manejo de solo de médio e longo prazo que seja realmente adotado pela maioria dos agricultores? É possível, desde que essa proposta seja flexível o suficiente para que seja adaptada às variações do ambiente.

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Uma proposta de manejo de solo a ser testada

Para entender melhor o que se está propondo, com relação ao manejo de solo para a produção de grãos, dois componentes precisam ser destacados: o zoneamento agrícola e o custo de oportunidade da safra de inverno. Por quê ?

! O zoneamento agrícola é uma ferramenta de gestão indispensável para se buscar a redução dos riscos no planejamento dos sistemas de produção agrícolas, especificamente, a rotação de culturas. Oferece um grande auxilio no dimensionamento do tempo disponível para o plantio de uma atividade agrícola ou entre as safras de verão e de inverno. No sistema de produção de grãos no norte do Paraná, o milho safrinha e o trigo são as culturas que apresentam maiores riscos de frustração de safra. Assim, busca-se adequar as culturas de verão para permitir a semeadura das culturas de inverno dentro das datas recomendadas no zoneamento agrícola.

! O custo de oportunidade da safra de inverno (milho safrinha e/ou trigo) é igual ao valor monetário do lucro esperado na exploração, ou seja, de aproximadamente R$ 300,00/ha, conforme verificado nas Redes de Referências nos últimos cinco anos. O agricultor, de uma forma geral, evita o plantio de espécies para a cobertura do solo em substituição as alternativas econômicas de inverno porque sabe, mesmo sem fazer cálculos sofisticados, a existência deste custo. Isto pode explicar o baixo número de produtores que adotam regularmente a adubação verde no sistema de plantio direto.

Com base nessas constatações, e na recomendação da pesquisa agrícola oficial, propõe-se alguns esquemas de rotação de cultura (vide página XX) e de adubação orgânica que atendam as datas limites de plantio, conforme preconiza o zoneamento agrícola elaborado pelo do IAPAR para o Estado do Paraná, recomendando-se a adução verde sem substituir as culturas anuais de inverno e a adoção circunstanciada da adubação orgânica.

Considerações complementares

! O milho safrinha dispõe de um período menor de plantio comparado com o trigo. Assim, o zoneamento agrícola para o milho safrinha foi considerado a referência inicial para o planejamento da rotação de culturas nas propostas que serão apresentadas a seguir. Veja o mapa:

Fonte: CARAMORI, PAULO H., et al. Zoneamento Agrícola do Estado do Paraná. Londrina: IAPAR, 2003, 76p.

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! Quando, por questões climáticas, não for possível realizar o plantio da espécie desejada dentro da época recomendada no zoneamento agrícola, é preferível buscar outras alternativas para evitar possíveis prejuízos, ou seja, é melhor não insistir.

! O conhecimento existente no local (dos produtores e da ATER) precisa ser considerado no planejamento da rotação de culturas para situações específicas de uma microrregião ou de uma propriedade rural.

O mapa abaixo apresenta a abrangência geográfica das recomendações desta proposta:

Opções de rotação de culturas recomendadas para os Sistemas de Referências descritos, com base em observações junto aos agricultores colaboradores

! Adubo verde: intensificar o uso de adubo verde quando houver problemas de compactação de solo, de ervas daninhas e outros sinais de desequilíbrio ambiental. Pode se utilizar o adubo verde (aveia preta, por exemplo) junto com o milho safrinha (sobresemeadura) ou após a colheita do milho safrinha (Moha ou Sorgo forrageiro) se as condições climáticas forem favoráveis. A Área de Solos do IAPAR dispõe de várias alternativas, além das aqui citadas, cuja recomendação depende de estudo localizado e dos objetivos desejados.

! Adubo orgânico: analisar a conveniência técnica e econômica de aplicar adubo orgânico, conforme esquema apresentado na página XX. É preferível utilizar o adubo orgânico antes do trigo ou do milho para melhor aproveitamento do nitrogênio. O uso exagerado de adubo orgânico antes da soja pode provocar o acamamento desta cultura. A aplicação deve ser feita na superfície do solo. Em propriedades acompanhadas nas Redes que utilizaram o esterco de galinha poedeira ou a cama de frango de corte, verificou-se o aumento significativo da produtividade da soja e do milho.

! Soja cultivares 1 e 2: utilizar uma cultivar semiprecoce, por exemplo para o plantio antecipado (a partir de 20/10) e outra cultivar precoce para o período preferencial (1 a 20/11). As cultivares BRS-133 (semiprecoce) e Embrapa 48 (precoce) foram as mais cultivadas nas propriedades acompanhadas pelas Redes.

! Trigo cultivares 1 e 2: dar preferência para as cultivares com maior resistência às doenças e buscar reduzir os riscos climáticos plantando em dois períodos diferentes. Na semeadura em período antecipado (11/03 a 30/03), devem ser utilizados os cultivares de ciclo intermediário e para o período tardio (01/05 a 30/05), os de ciclo precoce.

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· Calendário de semeadura de grãos

· Períodos preferenciais de semeadura: soja (01/11 a 20/11), milho safra (01/10 a 10/11), milho safrinha (20/02 a 10/03) e trigo (Zona A: 1ª quinzena de abril - Zona B: 2ª quinzena de abril).

· Seguro agrícola ou Proagro: é indispensável fazer o seguro agrícola ou aderir ao Proagro,

principalmente nas culturas de inverno.

Na safra de 1999/2000, os eventos climáticos desfavoráveis promoveram uma queda média de 70% no lucro dos agricultores acompanhados na Mesorregião Norte do Paraná. Esses prejuízos podem ser amenizados com as orientações aqui sugeridas.

Outras propostas de melhoria

Em complemento a proposta de manejo apresentada, os principais pontos a melhorar no sistema de plantio direto, são:

! aumentar a cobertura vegetal do solo;! reduzir a compactação do solo;! evitar o “embuchamento” na semeadura;! reduzir a mobilização de solo no sulco de plantio;! aprimorar a capacitação de produtores rurais;! reduzir riscos de acidentes com auxiliares na semeadora.

As principais propostas de ações para a melhoria do sistema de plantio direto, de acordo com os problemas acima observados, são:

! difundir espécies de cobertura do solo (adubação verde);! reprojetar ou adequar o “facão” das semeadeiras de plantio direto; ! projetar novos aterradores das semeadeiras de plantio direto;! evitar o tráfego de máquinas com o solo em condições de umidade inadequada;! aumentar as alternativas de capacitação de produtores rurais (treinamentos formais;

publicação com linguagem acessível; troca de experiência com grupo reduzido e com problemas homogêneos);

! encaminhar sugestões às indústrias de semeadoras para aumentar a segurança de auxiliares dos operadores.

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GE1 - Grãos especializados em áreas com altitude entre 600 e 700m(Zona B)

S.Seb.daAmoreira

Sapopema

CornélioProcópio

Abatiá

Bandeirantes

Rib.doPinhal

Congonhinhas

NovaFátima

N.Américada Colina

Uraí

Jataizinho

Assaí

Andirá

Itambaracá

Leópolis

Sertaneja

RanchoAlegre

Sto Antôniodo Paraíso

Sta Amélia

Sta Cecíliado Pavão

N.StaBárbara

StaMariana

S.Jerônimo da Serra

Arapongas

Califórnia

Marilândia do Sul

Rio Bom

CambiraJandaia do Sul

Marumbi

NovoItacolomi

Bom Sucesso

KaloréMauá da Serra

Sabáudia

Apucarana

B.V. do Paraíso

Cambé

Rolândia

Porecatu

Florestópolis

Miraselva

PradoFerreiraJaguapitã

Guaraci

Centenário do Sul

Lupionópolis

Cafeara

Alvoradado Sul

Pitangueiras Ibiporã

Tamarana

Londrina

Primeiro de Maio

Sertanópolis

Zona A

Zona B

Esse sistema de produção ocorre, com maior freqüência, em áreas com relevo suave a ondulado e solos favoráveis ao uso intensivo de máquinas e implementos agrícolas.

A Zona B apresenta altitude de 600 a 700 metros. Se comparada com a Zona A, possui n í v e i s d e p r e c i p i t a ç õ e s pluviométricas e de ocorrências de geadas superiores e temperatura média anual inferior.

E m f u n ç ã o d e s t a s características climáticas, é comum o cultivo do milho e da soja na safra de verão. No inverno, em decorrência do período de colheita da soja avançar até o final de março, o trigo tem sido mais cultivado do que o milho safrinha, pois apresenta menor risco de ser atingido pelas geadas.

A coerência desse sistema! Pode ser conduzido com apenas 1 equivalente homem (1,0 Eq.H.).! Área total própria: 45 a 50 ha! Superfície Agrícola Útil Média (SAU) = 44 ha.! Terceirização das colheitas, na maioria dos casos.

Vantagens:

Pouca demanda de mão-de-obra;Facilidade de comercialização;Nível tecnológico desenvolvido;Alta remuneração da mão-de-obra;Sistema simples e eficaz.

Desvantagens:

Especialização excessiva;Sujeito à escala de produção;Exigência de capital imobilizado;Baixa remuneração do capital.

Fonte: Adaptado de CARAMORI, PAULO H., et al. Zoneamento Agrícola do Estado do Paraná. Londrina: IAPAR, 2003.p.19.

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A utilização da mão-de- obra

Estrutura em instalações, máquinas e equipamentos

A demanda total de mão-de-obra do sistema é de 188 dias-homens. O trabalho de rotina é totalmente realizado pelo agricultor. As contratações de mão-de-obra temporária ocorrem por ocasião do plantio ou quando se faz o controle de ervas daninhas de forma manual.

Máquinas e implementos:

· Trator de 80 CV;· Plantadeira PD 7 linhas;· Semeadeira PD 11 linhas;

· Pulverizador de barra 600 l; · Carreta de 4 rodas, 4 t;· Carreta tanque 2000 l;· Escarificador 5 hastes

Benfeitorias produtivas:

2! Barracão de 100 m ;

2 ! Tulha de 20 m

O capital em máquinas e equipamentos representa 83% do capital fixo total sendo crucial na definição da maior ou menor rentabilidade do sistema. No meio real, tais propriedades apresentam um parque de máquinas de 15 anos de idade em média, normalmente em boas condições de uso, sendo que a colheita é a principal operação terceirizada. É comum a existência de um segundo trator de menor potência utilizado para auxiliar às operações de semeadura e de aplicações de agrotóxico, porém, ele não é indispensável. A renovação dos maquinários não acontece regularmente e depende de estímulos e disponibilidade de crédito a custos acessíveis.

As benfeitorias são simples e antigas, na maioria dos casos, mas são funcionais.

Valor corrente estimado

! Instalações: R$ 7.044! Máquinas e implementos: R$ 35.219

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SojaTrigoMilho SafrinhaMilho - Demanda TotalM.obra familiar disponível

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Page 18: Sistemas de referências - IAPAR · vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas: 1ª Obtenção das referências intermediárias: São

Rotação de culturas

1º ANO 2º ANO 3º ANO

Verão Inverno Verão InvernoVerão Inverno

SojaC1

SojaC2

Milho

Trigoc1+ A.O.

Trigoc2

M. safrinha + A.V.*

Milho

SojaC1

SojaC2

M. safrinha + A.V.*

Trigoc1+ A.O.

Trigoc2

SojaC2

Milho

SojaC1

Trigoc2

M. safrinha + A.V.*

Trigoc1+ A.O.

A.V. = adubo verde (aveia) em sobre-semeadura no milho safrinha.! A. 0. = adubo orgânico (analisar a conveniência técnica e econômica)! c1 e c2 = cultivar 1 e cultivar 2; ! M. safrinha = milho safrinha.

Este esquema de rotação de culturas permite um mínimo necessário para a manutenção do nível de matéria orgânica e da cobertura do solo, sem abrir mão de explorar duas culturas comerciais durante o ano. O monitoramento deste sistema é indispensável, pois no caso de

insuficiência de biomassa que acarrete a degradação do solo, será necessário intensificar o uso de outras plantas de cobertura e a adição de matéria orgânica.

Solos Os solos deste sistema apresentam as seguintes características:

! Grupos predominantes: LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico e NITOSSOLO VERMELHO Eutrófico! Teor de argila: superior a 60%;

3! Densidade aparente (10 a 20 cm): 1,25 g/cm! Cobertura do solo com restos de culturas (antes da soja): 70%;! Saturação de bases: superior a 60%;! Teor de alumínio: 0%;! Teor de matéria orgânica: 1,5 a 2,0 %;

3 ! Nível de fósforo: superior a 6 mg/dm ;

3! Nível de potássio: superior a 0,3 cmol / dmc

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Page 19: Sistemas de referências - IAPAR · vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas: 1ª Obtenção das referências intermediárias: São

Análise econômica

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GE 2 - Grãos especializadosem áreas com altitudes inferiores a 600m(Zona A)

S.Seb.daAmoreira

Sapopema

CornélioProcópio

Abatiá

Bandeirantes

Rib.doPinhal

Congonhinhas

NovaFátima

N.Américada Colina

Uraí

Jataizinho

Assaí

Andirá

Itambaracá

Leópolis

Sertaneja

RanchoAlegre

Sto Antôniodo Paraíso

Sta Amélia

Sta Cecíliado Pavão

N.StaBárbara

StaMariana

S.Jerônimo da Serra

Arapongas

Califórnia

Marilândia do Sul

Rio Bom

CambiraJandaia do Sul

Marumbi

NovoItacolomi

Bom Sucesso

KaloréMauá da Serra

Sabáudia

Apucarana

B.V. do Paraíso

Cambé

Rolândia

Porecatu

Florestópolis

Miraselva

PradoFerreiraJaguapitã

Guaraci

Centenário do Sul

Lupionópolis

Cafeara

Alvoradado Sul

Pitangueiras Ibiporã

Tamarana

Londrina

Primeiro de Maio

Sertanópolis

Zona A

Esse sistema de produção é praticado em locais com relevo suave a ondulado e solos f a v o r á v e i s a o u s o d e mecanização intensiva.

Mais ao norte, próximo do vale do Rio Paranapanema, as atividades agrícolas estão mais sujeitas à temperatura elevada, a veranico e menor ocorrência de geadas. Verificam-se zonas com evapotranspiração média anual em torno de 1450 mm/ano,

principalmente na região de Cornélio Procópio, com eventuais ocorrências de déficit hídrico.

O cultivo da soja é o mais preferido no verão. Nos últimos 4 anos, os agricultores das Redes que cultivaram milho, no verão, obtiveram rentabilidade inferior comparada a da soja.

No inverno, o milho safrinha, q u a n d o p l a n t a d o n a é p o c a recomendada, apresentou resultados superiores aos do trigo.

A coerência desse sistema! Pode ser conduzido com apenas 1 equivalente homem (1,0 Eq.H.).! Área total própria: 45 a 50 ha! Superfície Agrícola Útil Média (SAU) = 44 ha.! Terceirização: as colheitas, na maioria dos casos.

Vantagens:

Pouca demanda de mão-de-obra;Facilidade de comercialização;Nível tecnológico desenvolvido;Alta remuneração da mão-de-obra;Sistema simples e eficaz.

Desvantagens:

Especialização excessiva;Sujeito à escala de produção;Exigência de capital imobilizado;Baixa remuneração do capital.

Fonte: Adaptado de CARAMORI, PAULO H. et al. Zoneamento Agrícola do Estado do Paraná. Londrina: IAPAR, 2003, p19.

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Page 21: Sistemas de referências - IAPAR · vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas: 1ª Obtenção das referências intermediárias: São

A utilização da mão-de-obra

Estrutura em instalações, máquinas e equipamentos

A demanda total de mão-de-obra do sistema é de 186 dias-homens. Também aqui, o trabalho de rotina é totalmente realizado pelo agricultor. As contratações de mão-de-obra temporária ocorrem por ocasião do plantio ou quando se faz o controle de ervas daninhas de forma manual.

Tal qual o observado no sistema GE1, também aqui o capital em máquinas e equipamentos representa 83% do capital fixo, sendo crucial na definição da maior ou menor rentabilidade do sistema. No meio real, tais propriedades apresentam um parque de máquinas de 15 anos de idade em média, normalmente em boas condições de uso, sendo que a colheita é a principal operação terceirizada. É comum a existência de um segundo trator de menor potência utilizado para auxiliar às operações de semeadura e de aplicações de agrotóxico, porém, ele não é indispensável. A renovação dos maquinários não acontece regularmente e depende de estímulos e disponibilidade de crédito a custos acessíveis.

As benfeitorias são simples e antigas, na maioria dos casos, mas são funcionais.

Valor corrente estimado

! Instalações: R$ 7.044! Máquinas e implementos: R$ 35.219

Benfeitorias produtivas: 2

! Barracão de 100 m ;2

! Tulha de 20 m

Máquinas e implementos:

· Trator de 70 a 80 CV;· Plantadeira PD 7 a 8 linhas;· Semeadeira PD 11 a 12 linhas;

· Pulverizador de barra 600 l; · Carreta de 4 rodas, 4 t;· Carreta tanque 2000 l;· Escarificador 5 a 7 hastes

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Milho Safrinha

Demanda Total

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Análise econômica

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Page 23: Sistemas de referências - IAPAR · vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas: 1ª Obtenção das referências intermediárias: São

GE 3 - Empresas Familiares especializadasna produção de grãos em áreas com altitudes inferiores a 600m(Zona A)

Na agricultura familiar, é comum verificar a sociedade entre irmãos ou entre pais e filhos, que preferem manter-se jun tos na condução dos negócios. Embora muitas vezes ocorra a divisão legal dos imóveis rurais, o sistema de produção é administrado em grupo. Esse procedimento é muito vantajoso, pois resulta na

redução dos custos fixos e numa melhor distribuição de tarefas.

Considerou-se, no quadro de coerência desse sistema de produção, o emprego de 2 Eq.H de mão-de-obra familiar e uma estrutura sat is fatór ia de benfeitorias produtivas, de máquinas e de implementos (ver os quadros nessa página)

A coerência desse sistema!Mão-de-obra familiar: 2 equivalentes-homem (2,0 Eq.H.).!Área total própria: 95 a 100 ha!Superfície Agrícola Útil Média (SAU) = 90 ha.

S.Seb.daAmoreira

Sapopema

CornélioProcópio

Abatiá

Bandeirantes

Rib.doPinhal

Congonhinhas

NovaFátima

N.Américada Colina

Uraí

Jataizinho

Assaí

Andirá

Itambaracá

Leópolis

Sertaneja

RanchoAlegre

Sto Antôniodo Paraíso

Sta Amélia

Sta Cecíliado Pavão

N.StaBárbara

StaMariana

S.Jerônimo da Serra

Arapongas

Califórnia

Marilândia do Sul

Rio Bom

CambiraJandaia do Sul

Marumbi

NovoItacolomi

Bom Sucesso

KaloréMauá da Serra

Sabáudia

Apucarana

B.V. do Paraíso

Cambé

Rolândia

Porecatu

Florestópolis

Miraselva

PradoFerreiraJaguapitã

Guaraci

Centenário do Sul

Lupionópolis

Cafeara

Alvoradado Sul

Pitangueiras Ibiporã

Tamarana

Londrina

Primeiro de Maio

Sertanópolis

Zona A

Vantagens:

Pouca demanda de mão-de-obraDisponibilidade de pesquisa e de assistência técnicaMercado relativamente tranqüiloBoa remuneração da mão-de-obra

Desvantagens:

Baixa remuneração por áreaInvestimento elevado (mecanização)Baixa remuneração do capital investidoTendência de queda nos preços das commoditiesPouca diversificação de renda

Fonte: Adaptado de CARAMORI, PAULO H., et al. Zoneamento Agrícola do Estado do Paraná. Londrina: IAPAR, 2003, p.19.

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Page 24: Sistemas de referências - IAPAR · vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas: 1ª Obtenção das referências intermediárias: São

A utilização da mão-de- obra

Estrutura em instalações, máquinas e equipamentos

Benfeitorias produtivas:

2! Barracão de 200 m ;

2 ! Tulha de 40 m

Máquinas e implementos:

· Trator de 70 a 80 CV;· Trator de 90 a 100 CV;· Plantadeira PD 7 a 8 linhas;· Semeadeira PD 11 a 13 linhas;· Pulverizador de barra 2000 l; · Carreta de 4 rodas, 4 t;· Carreta tanque 2000 l;· Escarificador 5 a 7 hastes;· Colheitadeira;· Caminhão;· Distribuidor de calcário· Roçadeira

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s) Soja

Trigo

Milho Safrinha

Demanda Total

M.obra familiar disponível

A demanda total de mão-de-obra do sistema é de 380 dias-homens. A disponibilidade de 2,0 equivalentes-homens de mão-de-obra familiar restringe a necessidade de contratação de mão-de-obra temporária para os meses de março e abril, quando a colheita da soja é imediatamente procedida da semeadura das lavouras de inverno.

O elevado capital em máquinas e implementos é uma das principais características deste sistema. São propriedades que se distinguem pela disponibilidade de dois tratores, sendo o mais novo também o mais potente, de colheitadeira e plataforma para milho, além de um caminhão, condições que habilitam estes produtores para a oferta de serviços a terceiros, além do uso no total de 804 horas-máquina demandadas no sistema. O parque de máquinas conta ainda com todos os implementos necessários para o cultivo de grãos, sendo que os equipamentos de maior complexidade tecnológica como plantadeira, semeadeira e pulverizador, possuem cerca de 8 anos de uso.Neste sistema, as máquinas e implementos correspondem a 94% do capital fixo total, com benfeitorias já antigas, ainda que bem conservadas.

Valor corrente estimado:· Instalações: R$ 14.088· Máquinas e implementos: R$ 227.427

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Page 25: Sistemas de referências - IAPAR · vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas: 1ª Obtenção das referências intermediárias: São

Análise econômica

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Page 26: Sistemas de referências - IAPAR · vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas: 1ª Obtenção das referências intermediárias: São

GD 1 - Grãos, frango de corte e laranja

N e s s e s i s t e m a d e produção, o frango de corte e a l a r a n j a s ã o a t i v i d a d e s implantadas em regime de integração com a indústria. Trata-se, portanto, de um sistema mais adequado para as propriedades que estão localizadas próximas dos abatedouros de aves e da indústria de suco de laranja, num raio de aproximadamente 100

quilômetros. A principal vantagem desse

sistema é que há o ingresso bimensal de renda na propriedade. A l é m d i s s o , a a v i c u l t u r a disponibiliza o adulbo orgânico utilizado na cultura da laranja.

E x i g e m ã o - d e - o b r a disponível em tempo integral na propriedade.

A coerência desse sistema

! Agricultura familiar com 2,5 equivalentes homem (Eq.H.).! Área total própria: 30 a 50 ha! Superfície Agrícola Útil Média (SAU) = 35 ha.! Terceirização: as colheitas, na maioria dos casos.

Vantagens:

.

Renda freqüente e diversificadaDisponibilidade de pesquisa e de assistência técnicaIntegração com a indústria facilita a comercialização da produçãoBoa remuneração por área

Desvantagens:

Alta demanda de mão-de-obraRequer atenção permanenteInvestimento inicial muito elevadoBaixa remuneração do capital investido

Fonte: Adaptado de CARAMORI, PAULO H. et al. Zoneamento Agrícola do Estado do Paraná. Londrina: IAPAR, 2003, p.19.

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Page 27: Sistemas de referências - IAPAR · vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas: 1ª Obtenção das referências intermediárias: São

A utilização da mão-de- obra

Estrutura em instalações, máquinas e equipamentos

Benfeitorias produtivas:2

! Barracão de 100 m ;2

! Tulha de 20 m2

! Aviário de 1.200 m ;

Máquinas e implementos:

· Trator de 70 a 80 CV;· Plantadeira PD 7 a 8 linhas;· Semeadeira PD 11 a 12 linhas;· Pulverizador de barra 600 l; · Carreta de 4 rodas, 4 t;· Carreta tanque 2000 l;· Escarificador 5 a 7 hastes · Roçadeira· Distribuidor de calcário/esterco

600kg;·Turbo atomizador 400 l;! Concha traseira

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Soja

Trigo

Milho Safrinha

Laranja

Avicultura

Demanda Total

M.obra familiar disponível

A demanda total de mão-de-obra do sistema é de 559 dias-homens, com destaque para a avicultura que exige entre 30 e 40 diárias mensais, totalizando 408 diárias no ano. Com a colheita da laranja sendo executada com mão-de-obra terceirizada junto à Cooperativa, as contratações de mão-de-obra eventual são realizadas entre fevereiro abril e novembro dezembro, quando dos períodos de semeadura e/ou colheita dos grãos.

O aviário é sem dúvida o item mais relevante do capital fixo deste sistema. Com nove anos de uso, construído sob orientação da indústria processadora, corresponde a 46% do capital fixo total, necessitando de manutenção em sua estrutura física e da renovação dos equipamentos necessários para a avicultura (bebedouros, comedouros, etc.).Outras instalações como barracão e tulha possuem mais de vinte anos de uso, mas encontram-se em bom estado de conservação. As máquinas e equipamentos para o cultivo dos grãos possuem idade média de 17 anos. Já os específicos para a produção de laranja são mais novos, possuindo oito anos de uso. Bem conservado, o parque de máquinas tem desempenho satisfatório no total de 390 horas-máquina exigidas pelo sistema.

Valor corrente estimado:· Instalações: R$ 61.835· Máquinas e implementos: R$ 31.418

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Page 28: Sistemas de referências - IAPAR · vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas: 1ª Obtenção das referências intermediárias: São

Discussão técnica da atividade complementar

(Informações sobre avicultura de corte na página 31)

Em 2001, a Cooperativa Agropecuária de Rolândia (COROL) inaugurou o funcionamento de uma indústria de suco, com capacidade de processar cerca de 4 milhões de caixas de 40,8 kg de laranja por ano. Para atender esta capacidade de processamento é necessário a existência de, aproximadamente, cinco mil hectares de pomares de laranja em plena produção. A Cooperativa fornece, aos produtores cooperados que assinam o contrato de integração, a assistência técnica gratuita (cerca de uma visita por mês) , as mudas, os insumos, a colheita e a comercialização. Os insumos poderão ser adquiridos por um preço prefixado a serem pagos na época da colheita. A COROL também faz os repasses de financiamentos para o

LARANJA INTEGRADA COM A INDÚSTRIA

investimento e para o custeio da lavoura.A produção da laranja poderá ser

destinada para atender o mercado, caso os preços sejam vantajosos, ou ir para a fabricação de suco. De qualquer forma, toda laranja recebida é comercializada em conjunto e rateia-se o lucro ou o prejuízo das transações entre os produtores de laranja.

As propriedades que estão situadas num raio de cem quilômetros da indústria são as mais favorecidas para efetivar o contrato com a COROL, porém, a distância acima estabelecida não se constitui numa regra fixa para a integração.

EXIGÊNCIAS LEGAIS

! Liberação da área, pela SEAB/Defis, para o cultivo de citros.! Aquisição das mudas mediante laudo de liberação da SEAB.! Contrato de integração com a Indústria.! Não implantar o pomar em áreas de preservação permanente.! Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) / CREA.

Variedades Densidade Época de colheita

Entrelinhas Na linha (plantas/ha) (meses)

Pêra 6,5 - 7,0 3,0 - 4,0 357 a 513 Jul - Set

Valência 7,5 - 8,0 3,0 - 4,0 312 a 380 Out - Nov

Folha Murcha 6,0 - 6,5 3,0 - 3,5 440 a 555 Nov - Dez

IAPAR 74 6,5 - 7,0 3,0 - 4,0 357 a 513 Abr - JunFonte: EMATER-Paraná / Manual Técnico de Fruticultura

Espaçamento (metro)

REFERÊNCIAS TÉCNICASResumo das variedades, espaçamento, densidade e época de colheita.

Ano 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º em diante

Cx / ha* 0 0 200 400 600 800 900Fonte: C OROL *Caixa de 40,8 kg

Estimativa de produtividade ao longo do tempo.

O produtor precisa seguir as orientações dos técnicos da COROL, entre elas, a implantação de quebra-vento, o saneamento da área, o uso de variedades recomendadas e os tratamentos fitossanitários preventivos.

RISCOS e AMEAÇAS

A laranja é uma fruta rústica que tolera bem vários eventos climáticos adversos, porém, duas fases merecem atenção especial: a implantação do pomar e a floração.

Durante a fase inicial é preciso irrigar as mudas caso ocorra estiagem. E se o pomar for implantado em área de baixada, pode ser prejudicado por geadas severas.

Na fase de floração, as geadas fortes ou as estiagens prolongadas podem acarretar queda na produção de frutos

Não se recomenda plantar laranja em solos hidromórficos ou sujeitos à umidade constante.

As novas doenças ou as de difícil controle, tais como a “morte súbita”, a “pinta preta” , o “amarelinho”, o cancro cítrico, a leprose e a gomose, representam uma ameaça à atividade, portanto, é preciso seguir rigorosamente as recomendações preventivas para evitar a introdução ou a disseminação destas doenças.

A legislação florestal não é muito clara quanto a possibilidade de implantar o pomar na reserva legal obrigatória, em propriedades rurais com área total inferior a cinqüenta hectares. Por via das dúvidas, o melhor é não formar lavouras comerciais nestas áreas.

OPORTUNIDADES

Para reduzir o impacto negativo na rentabilidade global do produtor durante a implantação do pomar, é possível utilizar as entrelinhas de plantio, nos primeiros três anos, para o cultivo de grãos. Porém, é preciso alguns cuidados especiais, principalmente, no uso de h e r b i c i d a s q u e p o d e m p r e j u d i c a r o desenvolvimento das mudas de laranja.

Com a escolha correta das variedades pode-se planejar a demanda de mão-de-obra na colheita da laranja em épocas mais apropriadas, de acordo com o nível de diversificação de cada sistema de produção.

O agricultor conta, ainda, com a opção de terceirizar a colheita contratando um condomínio que presta este serviço. Com esta alternativa, evita-se o risco de processos judiciais por problemas trabalhistas.

A adoção do manejo integrado de pragas e de doênças poderá promover uma redução significativa nos custos de produção da laranja e, consequentemente, aumentar os ganhos na atividade. Isto justifica investir na capacitação de técnicos e agricultores para elevar o domínio e o conhecimento necessários para definir qual o melhor procedimento a ser tomado nos controles de pragas e doenças e assegurar que as aplicações de agrotóxicos sejam feitas de forma racional, sob a ótica técnica, econômica e ambiental.

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Análise econômica

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GD 2 - Grãos e frango de corte

N e s s e s i s t e m a d e produção, a avicultura de corte funciona em regime de integração com a indústria. Portanto, trata-se de um sistema mais adequado para as propriedades que estão loca l i zadas p róx imas aos abatedouros de aves (Jaguapitã, Londrina, Rolândia e Arapongas), num raio de aproximadamente 100 quilômetros. Ter bom acesso

a propriedade é indispensável. A principal vantagem

desse sistema é que há o ingresso bimensal de renda na propriedade. Além disso, a avicultura disponibiliza o adulbo orgânico para a produção de grãos.

E x i g e m ã o - d e - o b r a disponível em tempo integral na propriedade.

A coerência desse sistema

! Agricultura familiar com 2 equivalentes homem (Eq.H.).! Área total própria: 30 a 50 ha! Superfície Agrícola Útil Média (SAU) = 35 ha.! Terceirização: as colheitas, na maioria dos casos.

Vantagens:

Renda freqüente e diversificadaDisponibilidade de pesquisa e de assistência técnicaIntegração com a indústria facilita a comercialização da produçãoBoa remuneração por área

Desvantagens:

Alta demanda de mão-de-obraRequer atenção permanenteInvestimento inicial elevadoBaixa remuneração do capital investido

Fonte: Adpatado de CARAMORI, PAULO H. et al. Zoneamento Agrícola do Estado do Paraná. Londrina: IAPAR, 2003, p.19.

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A utilização da mão-de- obra

Estrutura em instalações, máquinas e equipamentos

Benfeitorias produtivas:2

! Barracão de 100 m ;2

! Tulha de 20 m2

! Aviário de 1.200 m ;

Máquinas e implementos:

· Trator de 70 a 80 CV;· Plantadeira PD 7 a 8 linhas;· Semeadeira PD 11 a 12 linhas;· Pulverizador de barra 600 l; · Carreta de 4 rodas, 4 t;· Carreta tanque 2000 l;· Escarificador 5 a 7 hastes · Distribuidor de esterco

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Avicultura

Demanda Total

M.obra familiar disponível

A demanda total de mão-de-obra do sistema é de 556 dias-homens, compatíveis com os 2,0 equivalentes-homens disponíveis de mão-de-obra familiar. Destaca-se a avicultura que exige entre 30 e 40 diárias mensais, totalizando 408 diárias no ano. As contratações de mão-de-obra eventual são realizadas entre fevereiro abril e dezembro, quando se somam os trabalhos de semeadura e/ou colheita dos grãos.

Neste sistema, a participação do aviário no capital fixo total amplia-se para 62%, já que a avicultura é a única atividade complementar ao cultivo de grãos. Com nove anos de uso, o aviário é a instalação mais recente, já que outras instalações como barracão e tulha foram construídas há mais de vinte anos, encontrando-se porém em bom estado de conservação.O parque de máquinas tem idade média de 17 anos, atendendo satisfatoriamente no total de 339 horas-máquina demandadas para a condução do sistema.

Valor corrente estimado:· Instalações: R$ 61.835· Máquinas e implementos: R$ 24.911

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Discussão técnica da atividade complementar

Nesse negócio, cabe a indústria integradora os custos da assistência técnica, do fornecimento e do transporte dos pintainhos e da ração, dos medicamentos e do transporte das aves da granja até o abatedouro. Os custos da ração e insumos fornecidos são descontados por ocasião do pagamento de cada lote entregue. Cabe ao produtor arcar com os custos da construção do barracão e da aquisição dos equipamentos , da mão-de-obra, da energia para iluminação, aquecimento e ventilação do aviário e da “cama” para forrar a granja.

A atividade exige um alto investimento financeiro inicial, pois é necessária a construção de um barracão grande com, no mínimo, 1.000 m². Os maiores custos serão com as madeiras, as telhas, os tijolos, as telas e a mão-de-obra. Além disto, é preciso adquirir os equipamentos, tais como: os comedouros, os bebedouros, os ventiladores e os aquecedores.

! Construção do barracão..................................R$ 22.000! Aquisição dos equipamentos.......................... R$ 15.500! Total................................................................R$ 37.500

Avaliação de desempenho técnico

Todos os lotes contém uma ficha de acompanhamento, onde são anotados tudo aquilo que acontece do início ao final de cada ciclo. Essas anotações permitem saber se um lote de frangos produziu adequadamente. Um método em uso é o “ Índice de Eficiência de Produção”, o IEP.

IEP = (gmd x viabilidade) x 100 Conversão alimentar

!gmd (ganho médio diário) = peso médio (kg) idade média (dia) !viabilidade = percentual de frangos vivos no final do lote

!Conversão alimentar = ração consumida (kg) frangos produzidos (kg)

Parâmetro de análise do resultado (IEP)

Custo de um barracão de 1.200 m² (área recomendada)

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Análise econômica

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S.Seb.daAmoreira

Sapopema

CornélioProcópio

Abatiá

Bandeirantes

Rib.doPinhal

Congonhinhas

NovaFátima

N.Américada Colina

Uraí

Jataizinho

Assaí

Andirá

Itambaracá

Leópolis

Sertaneja

RanchoAlegre

Sto Antôniodo Paraíso

Sta Amélia

Sta Cecíliado Pavão

N.StaBárbara

StaMariana

S.Jerônimo da Serra

Arapongas

Califórnia

Marilândia do Sul

Rio Bom

CambiraJandaia do Sul

Marumbi

NovoItacolomi

Bom Sucesso

KaloréMauá da Serra

Sabáudia

Apucarana

B.V. do Paraíso

Cambé

Rolândia

Porecatu

Florestópolis

Miraselva

PradoFerreiraJaguapitã

Guaraci

Centenário do Sul

Lupionópolis

Cafeara

Alvoradado Sul

Pitangueiras Ibiporã

Tamarana

Londrina

Primeiro de Maio

Sertanópolis

GD 3 - Grãos e Uva fina

A coerência desse sistema! Uso de mão-de-obra familiar: 3 equivalentes homem (3 Eq. H.).! Área total própria: 25 a 30 ha.! Superfície Agrícola Útil Média (SAU) = 26 ha.! Terceirização: as colheitas de grãos, na maioria dos casos.! O custo de implantação de um hectare de uva fina é de cerca de

R$ 20.000 incluindo mudas, plantio, parreiral e cobertura de sombrite.

Esse sistema de produção é praticado em áreas aptas ao cultivo de uvas f inas e de grãos mecanizados.(veja o mapa).

É um sistema que permite o ingresso semestral de renda na propriedade e requer grande especialização da mão-de-obra, favorecendo o envolvimento de todas as pessoas da família, por

Vantagens:

Renda diversificadaBoa remuneração por área

Desvantagens:

Alta demanda de mão-de-obraUso intensivo de agrotóxicoInvestimento inicial elevadoBaixa remuneração do capital investidoGrande oscilação do mercadoPerecibilidade do produto (uva)Exige assistência técnica especializada

Fonte: Adaptado de CARAMORI, PAULO H. et al. Zoneamento Agrícola do Estado do Paraná. Londrina: IAPAR, 2003, p.65.

não se constituir em trabalho pesado.

Em vista do aumento de área dos últimos anos, não se recomenda a expansão da lavoura de uva, ao mesmo tempo em que é crucial buscar incrementos na qualidade do produto.

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A utilização da mão-de- obra

Estrutura em instalações, máquinas e equipamentos

A demanda de trabalho no sistema proposto, de 688 diár ias, está ajustada à disponibilidade de mão-de-obra familiar existente. Os períodos de pico de trabalho ocorrem nos meses de agosto, setembro e dezembro, associados às

Benfeitorias produtivas:2

! Barracão de 150 m ;2

! Tulha de 20m

Máquinas e implementos:· Trator de 80 CV;· Plantadeira PD 7 linhas;· Semeadeira PD 11 linhas (opcional);· Pulverizador de barra 600 l; · Carreta de 2 rodas, 2 t;· Carreta tanque 2000 l;· Escarificador 5 hastes· Ferramentas, cestos e caixas de

colheita

O dimensionamento das máquinas e equipamentos descrito no quadro acima pode ser reduzido, pois é possível realizar as operações mecanizadas com trator de menor potência e com semeadeiras adequadas para esse trator, porém com maior consumo de tempo. As observações dos casos acompanhados mostram que os agricultores não têm investido na renovação dos maquinários de forma intensiva, optando pela reforma dos tratores, troca de serviços mecanizados e a terceirização de parte das operações agrícolas.

Valor corrente estimado:· Instalações: R$ 11.862· Máquinas e implementos: R$ 24.608

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Uva Fina de Mesa

Demanda Total

M.obra familiar disponível

operações de raleio e colheita da uva. Nestas ocasiões a solução encontrada pelos agricultores é a contratação de mão-de-obra temporária e o aumento da jornada diária de trabalho.

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Uso do solo

UVA ITÀLIA 1 ha UVA ITÀLIA 1 ha

SOJA 25 haTRIGO 16 ha

MILHO SAFRINHA 9 ha

Melhoria de solo:sobre-semeadura com aveia preta

A uva Itália, apesar da pequena área, concentra maior parte da atenção do produtor e de sua família.Desta forma, a rotação de culturas é mais simples e parte das

operações, incluindo as semeaduras, é terceirizada para facilitar a rotina de trabalho na propriedade.

PLANTAR UVA FINA DE MESA É BOM NEGÓCIO ?

Existem regiões de concentração de produção de uva fina de mesa no Norte do Paraná como Marialva (1500ha) , Bandeirantes (300ha), Uraí e Nova Esperança que tradicionalmente abastecem os grandes centros consumidores o que tem estruturado uma cadeia produtiva bastante significativa. A oferta do produto tem crescido ao longo dos últimos anos, com repercussão nos preços pagos ao produtor . existe entretanto uma oportunidade de preços diferenciados pela qualidade que tem sido a tônica dos produtores tradicionais, mas que sinaliza também que toda expansão de área do produto seja feita com a maior cautela com relação a esses novos imperativos de mercado.Em termos regionais, novos estímulos à viticultura como a indústria de sucos da COROL, tem aberto perspectivas para a expansão da produção que envolve outras variedades mais rústicas de menor custo e necessidades de trato.

Viabilidade econômica As variedades mais utilizadas e apreciadas atualmente são Itália, Rubi, Benitaka e Brasil. O espaçamento mais utilizado no Norte do Paraná é de 4x3m, mas as possibilidades são diversas e variam de 3x3m até 5x5m, passando pelo 6x3m.

Produtores familiares individuais exploram lavouras médias de 2 ha, a partir do que a expansão é feita pela associação com parceiros.

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Análise econômica

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GD 4 - Grãos e Banana

S.Seb.daAmoreira

Sapopema

CornélioProcópio

Abatiá

Bandeirantes

Rib.doPinhal

Congonhinhas

NovaFátima

N.Américada Colina

Uraí

Jataizinho

Assaí

Andirá

Itambaracá

Leópolis

Sertaneja

RanchoAlegre

Sto Antôniodo Paraíso

Sta Amélia

Sta Cecíliado Pavão

N.StaBárbara

StaMariana

S.Jerônimo da Serra

Arapongas

Califórnia

Marilândia do Sul

Rio Bom

CambiraJandaia do Sul

Marumbi

NovoItacolomi

Bom Sucesso

KaloréMauá da Serra

Sabáudia

Apucarana

B.V. do Paraíso

Cambé

Rolândia

Porecatu

Florestópolis

Miraselva

PradoFerreiraJaguapitã

Guaraci

Centenário do Sul

Lupionópolis

Cafeara

Alvoradado Sul

Pitangueiras Ibiporã

Tamarana

Londrina

Primeiro de Maio

Sertanópolis

Esse sistema de produção é praticado em áreas aptas ao cultivo de banana (vide o mapa) e de grãos mecanizados.

A cultura da banana é muito sensível ao frio e a falta de água, o que limita sua implantação em várias regiões do Estado do Paraná.

É um sistema que permite o ingresso mensal de renda na

propriedade, mas exige cuidado constante.

Os agricultores que foram a c o m p a n h a d o s e s t ã o concentrados no município de Andirá e mostraram uma tendência em aumentar a área de cultivo da banana em detrimento a área de grãos.

A coerência desse sistema! Mão-de-obra familiar: 2,5 equivalentes homem (2,5 Eq.H.).! Área total própria: 30 a 40 ha! Superfície Agrícola Útil Média (SAU) = 35 ha.! Terceirização: as colheitas, na maioria dos casos.

Vantagens:

Renda freqüente e diversificadaRápido retorno do capital investido na BananaBoa remuneração por hectare

Desvantagens:

Alta demanda de mão-de-obraRequer atenção permanenteUso intensivo de agrotóxicoMercado muito instávelPerecibilidade do produto (banana)Exige assistência técnica especializada

Fonte: Adaptado de CARAMORI, PAULO H. et al. Zoneamento Agrícola do Estado do Paraná. Londrina: IAPAR, 2003, p.31.

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Page 39: Sistemas de referências - IAPAR · vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas: 1ª Obtenção das referências intermediárias: São

A utilização da mão-de- obra

Estrutura em instalações, máquinas e equipamentos

Benfeitorias produtivas:

2! Barracão de 100 m ;

2! Casa de embalagem de 125 m ;

3! Tanque de lavagem de 9 m ;

2! Tulha de 20 m

Máquinas e implementos:

· Trator de 80 HP;· Plantadeira PD de 8 linhas;· Semeadeira PD de 12 linhas;· Pulverizador de barra 600 l;· Carreta de 2 rodas, 2 t;· Carreta tanque 2000 l;· Escarificador de 7 hastes; · Atomizador de 500 l.

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Milho Safrinha

Banana

Demanda Total

M.obra familiar disponível

As capinas realizadas no bananal nos mês de novembro e de janeiro a março, elevam sobremaneira a demanda de mão-de-obra nestes meses, exigindo a contratação de mão-de-obra temporária. O sistema demanda 489 diárias, sendo 363 destas na condução da bananicultura, atividade que exige cerca de 20 dias de trabalho nos demais meses nos quais não ocorrem capinas.

A casa de embalagem e o tanque de lavagem são estruturas simples, porém fundamentais para a bananicultura. Foram construídas quando do início das atividades, ao contrário do barracão e tulha com mais de 20 anos de uso.O parque de máquinas, com idade média de 17 anos, é herdado da produção de grãos, com exceção do turbo atomizador, adquirido mais recentemente para atender as necessidades do cultivo da banana. As máquinas e equipamentos mostram-se adequados para o total de 388 horas-máquina de uso no sistema.

Valor corrente estimado:· Instalações: R$ 18.159· Máquinas e implementos: R$ 24.608

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Discussão técnica da atividade complementar

POR QUE BANANA?

A produção de banana do Norte do Paraná é insuficiente para atender a demanda, sendo necessários a importação de mais de 60% da necessidade, com a produção de banana do litoral de Santa Catarina e São Paulo.

Escala e viabilidade econômica

Uma área ideal para a viabilidade do negócio é um núcleo de 20,0 ha, que pode ser constituído por 4 a 5 produtores, de forma a garantir a atração de compradores em escala, ou seja, completar a carga de um caminhão, o que viabiliza o frete.

O custo de implantação de 1 ha de banana nanica nas propriedades das Redes foi de R$ 3.500, sendo 70% referente às mudas e 25% em fertilizantes, com os outros 5% em operações mecanizadas, considerando-se utilização de mão-de-obra familiar sem desembolso.

Levando em conta uma produtividade média de 25t / ha ao preço médio de R$ 0,27/Kg, a expectativa de fluxo de caixa é a seguinte:

Mesmo o plantio sendo realizado em áreas consideradas aptas pelo Zoneamento Agrícola é necessário levar em conta que ocorrem geadas eventuais em períodos de 5 a 7 anos que paralisam a produção por cerca de um ano, devendo-se dar um desconto de no mínimo 20% na margem para absorver esse risco.

Receita BrutaInvestimentoCusto VariávelMargem BrutaSaldo Acumulado

1º ano

3500

(3500)

2º ano6600024004200700

3º ano66000240042004900

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Análise econômica

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GD 5 - Grãos e Pêssego

Esse sistema de produção é praticado em áreas aptas ao cultivo de pêssego/nectarina (veja o mapa)

A cultura de pêssego precisa de um mínimo de horas de frio, o que indica seu plantio em regiões com mais de 600m de altitude.

Em substituição às horas de frio, no Norte do Paraná utiliza-se a quebra de dormência por meios químicos.

Os agricultores da Região d e C o r n é l i o P r o c ó p i o , acompanhados em Sto.Antônio do Paraíso, e outros consultados em Congonh inhas e São S e b a s t i ã o d a A m o r e i r a , mostraram uma tendência de estabilização da área individual de cultivo de pêssego/nectarina em torno de 3 ha.

A coerência desse sistema

! Mão-de-obra familiar: 1,5 equivalentes homem (1,5 Eq.H.).! Área total própria: 20 a 35 ha! Superfície Agrícola Útil Média (SAU) = 30 ha.! Terceirização: as colheitas, na maioria dos casos.! O custo de implantação e formação de 1 ha de pêssego / nectarina é

de aproximadamente R$ 10.000.

S.Seb.daAmoreira

Sapopema

CornélioProcópio

Abatiá

Bandeirantes

Rib.doPinhal

Congonhinhas

NovaFátima

N.Américada Colina

Uraí

Jataizinho

Assaí

Andirá

Itambaracá

Leópolis

Sertaneja

RanchoAlegre

Sto Antôniodo Paraíso

Sta Amélia

Sta Cecíliado Pavão

N.StaBárbara

StaMariana

S.Jerônimo da Serra

Arapongas

Califórnia

Marilândia do Sul

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CambiraJandaia do Sul

Marumbi

NovoItacolomi

Bom Sucesso

KaloréMauá da Serra

Sabáudia

Apucarana

B.V. do Paraíso

Cambé

Rolândia

Porecatu

Florestópolis

Miraselva

PradoFerreiraJaguapitã

Guaraci

Centenário do Sul

Lupionópolis

Cafeara

Alvoradado Sul

Pitangueiras Ibiporã

Tamarana

Londrina

Primeiro de Maio

Sertanópolis

Vantagens:

Renda diversificadaBoa remuneração por área

Desvantagens:

Alta demanda de mão-de-obraInvestimento elevadoUso intensivo de agrotóxicoBaixa remuneração do capital investidoInstabilidade do mercadoPerecibilidade do produto (pêssego)Exige assistência técnica especializada

Fonte: Extraido de CARAMORI, PAUL H. et al. Zoneamento Agrícola do Estado do Paraná. Londrina: IAPAR, 2003, p.63.

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Page 43: Sistemas de referências - IAPAR · vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas: 1ª Obtenção das referências intermediárias: São

A utilização da mão-de- obra

Estrutura em instalações, máquinas e equipamentos

Benfeitorias produtivas: 2· Barracão de 150 m ;

2!Casa de classificação 80m ;

2! Tulha de 20m

Máquinas e implementos:· Trator de 80 CV;· Plantadeira PD 8 linhas;· Semeadeira PD 12 linhas;· Roçadeira hidráulica· Pulverizador de barra 600 l; · Carreta de 2 rodas, 2 t;· Carreta tanque 2000 l;· Escarificador 7 hastes· Atomizador de 400 l.· Ferramentas, cestos e caixas

de colheita.

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Pêssego

Demanda Total

M.obra familiar disponível

Os meses mais intensos no manejo do pêssego, julho a outubro, exigem a contratação de mão-de-obra temporária, uma vez que a demanda excede em muito a disponibilidade de mão-de-obra da família. São necessárias 453 diárias para a condução do sistema, 340 das quais dedicadas ao cultivo do pêssego, com atividades concentradas nos meses já mencionados.

Além dos tradicionais barracão e tulha já existentes no sistema, a produção do pêssego requer uma estrutura física própria para classificação do produto, a qual deve comportar a mesa de classificação, caixas de colheita, caixas de embalagens, etc.O cultivo de grãos é viabilizado pelo parque de máquinas disponível, o qual é complementado com o atomizador utilizado na lavoura de pêssego. São apenas 292 horas-máquina totais de uso no sistema, de modo que, em bom estado de manutenção, as máquinas disponíveis atendem satisfatoriamente a demanda existente.

Valor corrente estimado:· Instalações: R$ 13.095· Máquinas e implementos: R$ 25.024

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Discussão técnica da atividade complementar

VARIEDADES

As variedades de pêssego atualmente mais utilizadas no Norte do Paraná são:

Ciclo precoceFlor da Prince Produção de 15 a 25 de setembro (fora de época), variedade bastante produtiva, frutos de cor amarela clara e de sabor pouco pronunciado.

Ciclo semiprecoceAurora I, Aurora II, Dourado II e Douradão Produção desde 25 de setembro até 25 de novembro, variedades bastante produtivas, frutos de cor amarela intensa e sabor bastante pronunciado.

As variedades de nectarina mais plantadas são:Rubrosol Sabor mais ácido e coloração avermelhadaCentenária Bom sabor e coloração clara.Sanripe Mais tardia (fim de outubro), vermelha e sabor intermediário.

Levando em conta uma produtividade de 7,5, 10 e 15 t/ ha nos 3º, 4º e 5º anos e um preço médio de R$ 0,80 /kg chegou-se ao seguinte fluxo de caixa cuja margem se estabiliza até o 10º ano.

O pêssego e a nectarina são um bom investimento?

Esses resultados são os obtidos pelos agricultores acompanhados e ainda existe uma margem de progresso a ser alcançada.Mesmo assim vale a pena salientar que tais resultados só são possíveis com a realização criteriosa de todas as operações como poda de inverno, indução de quebra de dormência, poda de verão, raleio dos frutos, colheita e classificação, tudo isso com um adequado aporte de assistência técnica especializada.

InvestimentoReceita BrutaCusto VariávelMargem BrutaSaldo Acumulado

1º ANO7.000

(7.000)

2º ANO3.000

(10.000)

3º ANO

6.0003.4002.600

(7.400)

4º ANO

8.0003.5004.500

(2.900)

5º ANO

12.0003.7008.3005.400

6º ANO

12.0003.7008.300

13.700

FASE IMPRODUTIVA

PRODUÇÃO CRESCENTE

PRODUÇÃO ESTÁVEL

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Análise econômica

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GD 6 - Grãos e Café

Sistema recomendado para as regiões aptas ao cultivo do café(veja o mapa), que deve ser implantado de preferência na face norte e na parte mais alta da propriedade. O cultivo de café é feito nos novos moldes do

sistema adensado.É indicado para agricultores

com disponibilidade de mão-de-obra familiar, que permite explorar a cafeicul tura em padrões r a c i o n a i s , s e m d e p e n d e r demasiadamente dela nas geadas

A coerência desse sistema

! Mão-de-obra familiar: 3 equivalentes homem (3 Eq.H.).! Área total própria: 30 a 40 ha! Superfície Agrícola Útil Média (SAU) = 36 ha.! Terceirização: as colheitas, na maioria dos casos.! Forma-se o café ao poucos, em talhões de 0,8 a 1,2 ha, no sistema

adensado, usando para isso a renda oriunda do próprio café até alcançar a área estabilizada de 6 ha.! Na área remanescente, são explorados 30 ha de grãos com maquinário

próprio, fazendo rotação de culturas e plantio direto de qualidade.

S.Seb.daAmoreira

Sapopema

CornélioProcópio

Abatiá

Bandeirantes

Rib.doPinhal

Congonhinhas

NovaFátima

N.Américada Colina

Uraí

Jataizinho

Assaí

Andirá

Itambaracá

Leópolis

Sertaneja

RanchoAlegre

Sto Antôniodo Paraíso

Sta Amélia

Sta Cecíliado Pavão

N.StaBárbara

StaMariana

S.Jerônimo da Serra

Arapongas

Califórnia

Marilândia do Sul

Rio Bom

CambiraJandaia do Sul

Marumbi

NovoItacolomi

Bom Sucesso

KaloréMauá da Serra

Sabáudia

Apucarana

B.V. do Paraíso

Cambé

Rolândia

Porecatu

Florestópolis

Miraselva

PradoFerreiraJaguapitã

Guaraci

Centenário do Sul

Lupionópolis

Cafeara

Alvoradado Sul

Pitangueiras Ibiporã

Tamarana

Londrina

Primeiro de Maio

Sertanópolis

Vantagens:

Disponib i l idade pesquisa e de assistência técnicaMercado relativamente tranqüiloBoa remuneração da mão-de-obraBoa oportunidade de agregação de renda (café)

Desvantagens:

Baixa remuneração do capital investidoElevada demanda de mão-de-obra na colheita do caféRiscos de geadas severas

Fonte: Adaptado de CARAMORI, PAULO H. et al. Zoneamento Agrícola do Estado do Paraná. Londrina: IAPAR, 2003, p.25.

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A utilização da mão-de- obra

Estrutura em instalações, máquinas e equipamentos

Benfeitorias produtivas:2

! Barracão de 100 m ;2

! Tulha de 20 m2

! Terreirão ladrilhado de 600m2

! Terreiro suspenso de 150m

Máquinas e implementos:· Trator de 80 CV;· Plantadeira PD 8 linhas;· Semeadeira PD 12 linhas;· Pulverizador de barra 600 l; · Carreta de 4 rodas, 4t;· Carreta tanque 2000 l;· Escarificador 5 hastes! Pulverizadores costais (3)

0153045607590

105120135150165180195210225240255270285300

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

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Soja

Trigo

Milho Safri nha

Café

Demanda Total

M.obra familiar disponível

Exigindo 896 diárias de um total de 1023 diárias requeridas pelo sistema, o café concentra a demanda de mão-de-obra, especialmente no período de colheita, junho a agosto, quando excede a disponibilidade de mão-de-obra da família, tornando necessária a contratação de trabalhadores temporários. Nos demais meses, a demanda de trabalho encontra-se sempre dentro da disponibilidade do sistema.

Ao tradicional trio barracão-tulha-terreirão, presente já nas antigas propriedades cafeeiras, soma-se aqui o terreiro suspenso para ampliar a capacidade de secagem, face ao maior volume produzido, e melhorar a qualidade pós-colheita do café.A estrutura em máquinas é enxuta e suficiente para o cultivo de grãos e para os serviços de transporte de insumos e produtos no café, absorvendo sem problemas o total de 334 horas-máquina exigidas no sistema.

Valor corrente estimado:· Instalações: R$ 11.062· Máquinas e implementos: R$ 24.626

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Discussão técnica da atividade complementar

CAFÉA cultura de café é tradicional no Norte do Paraná e o sistema adensado consolidou-se definitivamente como a melhor maneira de produzir café no momento. A variedade IAPAR 59 criou um marco em termos de porte de planta e de sua inédita resistência à ferrugem.

Principais Observações na Implantação e na Escolha da Área de Cultivo.

! Procurar a redução do custo de implantação do projeto verificando a existência de programas de apoio municipal, estadual ou federal.! Respeitar o zoneamento agrícola do IAPAR.! Preferir as encostas voltadas para o norte.! Efetuar a análise de solo e de nematóide em laboratórios

credenciados.! Evitar solos rasos, com problema de drenagem e de baixa

fertilidade natural.! Adquirir as mudas e os insumos em locais confiáveis e

devidamente credenciados, com a antecedência mínima necessária.! Preparar o solo e as covas 60 dias antes de efetuar o plantio.! Só usar adubo orgânico na cova se estiver bem curtido.! Se precaver para a necessidade de irrigar as mudas até o

seu pleno “pegamento”. Também é importante estar preparado para realizar o “enterrio” das mudas no primeiro inverno após o plantio, evitando, assim, perder o trabalho e as mudas plantadas devido a ocorrência de geadas.! Verificar, com critério, a disponibilidade de mão-de-obra e

analisar a possibilidade de realizar parceria. Cerca de 80% da demanda da mão-de-obra ocorre no período de colheita. (junho, julho e agosto).

A tecnologia de produção está disponível no site onde estão as informações do uma realização do IAPAR em parceria

com o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, SEAB, EMATER, OCEPAR e CELEPAR. O IAPAR tem inúmeros trabalhos escritos sobre o assunto.A EMATER/PR possui trabalhos específicos com a cultura do café, organizados no Processo Café com técnicos treinados para prestar assistência técnica qualificada e capacitação aos profissionais da agronomia e aos produtores rurais. Contato:Edison José Trento (Implementador Estadual do Processo Café)/ Fone (041) 352-1616/

www.pr.gov.pr/iapar/cafe Treino & Visita - Café Paraná -

www.pr.gov.br/emater

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Análise econômica

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GD 7 - Grãos, Alfafa e Café

S.Seb.daAmoreira

Sapopema

CornélioProcópio

Abatiá

Bandeirantes

Rib.doPinhal

Congonhinhas

NovaFátima

N.Américada Colina

Uraí

Jataizinho

Assaí

Andirá

Itambaracá

Leópolis

Sertaneja

RanchoAlegre

Sto Antôniodo Paraíso

Sta Amélia

Sta Cecíliado Pavão

N.StaBárbara

StaMariana

S.Jerônimo da Serra

Arapongas

Califórnia

Marilândia do Sul

Rio Bom

CambiraJandaia do Sul

Marumbi

NovoItacolomi

Bom Sucesso

KaloréMauá da Serra

Sabáudia

Apucarana

B.V. do Paraíso

Cambé

Rolândia

Porecatu

Florestópolis

Miraselva

PradoFerreiraJaguapitã

Guaraci

Centenário do Sul

Lupionópolis

Cafeara

Alvoradado Sul

Pitangueiras Ibiporã

Tamarana

Londrina

Primeiro de Maio

Sertanópolis

Esse sistema de produção é praticado em áreas aptas ao cultivo de café (veja o mapa) e também tradicionais no cultivo de alfafa.

É um sistema que permite o ingresso freqüente de renda na propriedade e exige elevados níveis de fertilidade de solo.

Os agricultores que foram acompanhados em Bandeirantes e Santa Mariana, somados as

o b s e r v a ç õ e s e m C o r n é l i o Procópio, Abatiá, Ribeirão de Pinhal, Santa Amélia, Andirá, Itambaracá e Barra do Jacaré, indicam que os produtores tem obrigatoriamente que vender sua produção em Bandeirantes, onde s e c o n c e n t r a m t o d o s o s compradores.

Em virtude do tamanho do mercado consumidor, existe espaço para a expansão da cultura de alfafa.

A coerência desse sistema

Sistema para unidades produtivas de 20 a 35 ha, onde a produção de grãos, alfafa e café se complementam na formação de renda, nas máquinas, nos equipamentos e nas benfeitorias utilizadas. Envolve um volume de mão-de-obra da ordem de 3,0 equivalentes-homem, com uma concentração de trabalho na colheita de alfafa (bimensal) e de café (jun/jul).

O custo de implantação e formação de um hectare de alfafa é de aproximadamente R$ 2.230 e o de um hectare de café é R$ 3.797.

Vantagens:

Boa remuneração por áreaDiversificação de renda

Desvantagens:

Baixa remuneração do capital investidoUso intensivo de mão-de-obraMercado restrito (alfafa)

Fonte: Adaptado de CARAMORI, PAULO H. et al. Zoneamento Agrícola do Estado do Paraná. Londrina: IAPAR, 2003, p.25.

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A utilização da mão-de- obra

Estrutura em instalações, máquinas e equipamentos

Benfeitorias produtivas:

2§ Barracão de máquinas 150 m ;2

! Barracão de enfardamento 250m ;2

! Terreirão de 600m ;2

! Tulha de 20 m ;

Máquinas e implementos:! Trator de 80 CV;· Segadeira ( barra ou disco);· Ancinho enleirador para

fenação;· Enfardadeira mecânica· Plantadeira PD 8 linhas;· Semeadeira PD 12 linhas;· Pulverizador de barra 600 l; · Carreta de 2 rodas, 2 t;· Carreta tanque 2000 l;· Escarificador 7 hastes

0153045607590

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Soja

Trigo

Milho Safri nha

Café

Alfafa

Demanda Total

M.obra familiar disponível

Contando com duas atividades de forte demanda de mão-de-obra, o café e a alfafa, o sistema requer 1097 diárias ao mês para sua operação. A mão-de-obra da família faz-se suficiente, exceto quando da colheita do café, junho a agosto, e nos meses de janeiro e novembro, quando ao manejo da alfafa somam-se atividades na lavoura do café. O ciclo bimensal da alfafa favorece a distribuição da mão-de-obra ao longo do ano.

A produção de alfafa exige a presença de um barracão especialmente dedicado ao enfardamento do produto. O sistema requer também barracão para máquinas e tulha, sendo que o velho terreirão ladrilhado mostra-se suficiente para o volume de café produzido.Para o corte e enfardamento da alfafa são necessários alguns implementos específicos como segadeira, ancinho enleirador e enfardadeira, que representam um razoável investimento inicial. O sistema já é dotado de estrutura para o cultivo de grãos, e requer um total de 492 horas-máquina para sua operação.

Valor corrente estimado:· Instalações: R$ 45.598· Máquinas e implementos: R$ 26.523

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Discussão técnica da atividade complementar

A alfafa é uma excelente alternativa na região de Bandeirantes em vista do mercado tradicionalmente firme e garantido. Ajuda a compor sistemas de produção diversificados e de maior densidade de renda

FERTILIDADE DO SOLODevido aos constantes cortes das plantas por inteiro que retiram toda a biomassa produzida pelo alfafal, o aspecto mais importante na condução dessa cultura é a melhoria e manutenção da fertilidade do solo que deve ser feita com aplicações de calcário, adubos orgânicos , adubos fosfatados e potássicos.Para manejo da fertilidade, seguir orientações técnicas baseadas em análise de solo. A título de sugestão, aplicar 500kg/ha da fórmula 0-20-20, preferencialmente de forma parcelada e, de 3 em 3 anos no mínimo, aplicar calcário e adubo orgânico. Rotação de culturas também é recomendada no longo prazo de forma a não esgotar determinada área.

COLHEITAEm condições normais, a cada 40 dias faz-se o corte, podendo ser utilizado alfange manual ou ceifadeira mecânica acoplada ao trator como é o caso aqui descrito. Feito o corte, o material é deixado ao sol para ser desidratado, necessitando ser revolvido constantemente para apressar e homogeneizar a secagem do produto.Um aspecto crítico é a ocorrência de chuva após o corte, pois o produto “chuvado” sofre significativa diminuição de preço, e dependendo da quantidade de chuva pode ocorrer perda total.Após a secagem, é feito o enleiramento, que pode ser manual ou mecânico, para então ser transportada para um barracão aonde a mesma será prensada e enfardada (tração animal ou mecânica acoplada ao trator em fardos de 30kg). Os fardos devem ser amarrados com arame liso que é o padrão em uso.A alfafa em fardos permite ser armazenada de 3 a 4 meses.

INFORMAÇÕES ADICIONAISOutras informações técnicas podem ser obtidas no livro Cultura da Alfafa de Carlos e Ademir Honda, edição dos autores, cuja obtenção pode ser feita junto à empresa Itapuã Ltda em Cambará/PR, (43)732 4411.

A ALFAFA NA PROPRIEDADE

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Análise econômica

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GD 8 - Grãos, Leite e Café

S.Seb.daAmoreira

Sapopema

CornélioProcópio

Abatiá

Bandeirantes

Rib.doPinhal

Congonhinhas

NovaFátima

N.Américada Colina

Uraí

Jataizinho

Assaí

Andirá

Itambaracá

Leópolis

Sertaneja

RanchoAlegre

Sto Antôniodo Paraíso

Sta Amélia

Sta Cecíliado Pavão

N.StaBárbara

StaMariana

S.Jerônimo da Serra

Arapongas

Califórnia

Marilândia do Sul

Rio Bom

CambiraJandaia do Sul

Marumbi

NovoItacolomi

Bom Sucesso

KaloréMauá da Serra

Sabáudia

Apucarana

B.V. do Paraíso

Cambé

Rolândia

Porecatu

Florestópolis

Miraselva

PradoFerreiraJaguapitã

Guaraci

Centenário do Sul

Lupionópolis

Cafeara

Alvoradado Sul

Pitangueiras Ibiporã

Tamarana

Londrina

Primeiro de Maio

Sertanópolis

É um sistema que permite o ingresso mensal de renda na propriedade e está numa rota de especialização leiteira.

A área destinada aos grãos é administrada de forma quase independente na safra de verão e visa maximizar renda líquida com soja ou com milho. No inverno, en t re tan to , nessa á rea é implantada lavoura de aveia para

pastoreio direto.Tradicional na cultura de

café, esse tipo de produtor adotou recentemente o modelo de café adensado, com var iedades resistentes à ferrugem.

A produção le i te i ra é baseada em pastagens, silagem, capineiras e ração e o rebanho está tendendo de 5/8 a 7/8 sangue holandes.

A coerência desse sistema! Mão-de-obra familiar: 3 equivalentes homem (3,0 Eq.H.), ocupando

diariamente mão-de-obra na atividade pecuária, além da concentração de trabalho na época da colheita de café (jun/jul).! Área total própria: 30 a 40 ha! Superfície Agrícola Útil Média (SAU) = 36 ha.! Terceirização: as colheitas, na maioria dos casos.

Vantagens:

Disponib i l idade pesquisa e de assistência técnicaMercado relativamente tranqüiloOportunidade de agregar renda (leite e café)

Desvantagens:

Freqüência de trabalho com a atividade leiteiraUso intensivo de mão-de-obraInvestimento elevadoBaixa remuneração do capital investido

Fonte: Adaptado de CARAMORI, PAULO, et al. Zoneamento Agrícola do Estado do Paraná. Londrina: IAPAR, 2003, p.25.

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Page 55: Sistemas de referências - IAPAR · vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas: 1ª Obtenção das referências intermediárias: São

A utilização da mão-de- obra

Estrutura em instalações, máquinas e equipamentos

Benfeitorias produtivas: 2

! Barracão de 100 m ;2

! Tulha de 20 m ;2

! Terreirão de 300m ;2

! Terreiro suspenso 100m ;2

! Sala de ordenha 36m ;2

! Estábulo 120m ;2

! Sala de refrigeração 10,5m

Máquinas e implementos:· Trator de 80 CV;· Plantadeira PD 8 linhas;· Semeadeira PD 11;· Pulverizador de barra 600 l; · Carreta de 4 rodas, 4 t;· Carreta tanque 2000 l;· Escarificador 5 hastes; · Resfriador de latões 800l· Picadeira de forragens· Pulverizadores costais (2)· Ordenhadeira mecânica de balde

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Café

Leite

Demanda Total

M.obra familiar disponível

A constante demanda de mão-de-obra na produção de leite, 17 diárias/mês ao longo do ano, acrescidas em outubro e janeiro das atividades associadas ao preparo de alimentação suplementar, somadas, sobretudo, ao trabalho dedicado à cafeicultura, levam a 748 o total de diárias requeridas pelo sistema. A contratação de mão-de-obra temporária faz-se necessária nos meses de colheita de café (junho a agosto).

Além da sala de ordenha e do estábulo, tradicionais instalações da pecuária leiteira, o sistema requer para esta atividade a disponibilidade de uma sala de refrigeração, permitindo que sejam atendidas as normas atuais de coleta de leite a granel. Também se faz necessária a construção de um terreiro suspenso, complementarmente ao terreirão ladrilhado, em função do aumento do volume do café produzido.Aos implementos para cultivo dos grãos, soma-se a picadeira de forragens e os equipamentos para a produção leiteira, como o ordenhadeira e o resfriador. O sistema exige 403 horas-máquina totais para funcionamento, sendo satisfatoriamente atendido pelo parque disponível.

Valor corrente estimado:· Instalações: R$ 17.281· Máquinas e implementos: R$ 27.284

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Discussão técnica da atividade complementar

LEITEO REBANHO E SUA DINÂMICA

· Vacas holandesas puras · Peso da primeira cobertura 350kg / 15 a 18 meses· Taxa de reposição 20%· Inseminação artificial· Sêmen de qualidade visando lactações superiores a

4.500 l / vaca· Produção de 10.000 l / ha.ano· Produção anual de 85.000 l

o· Seleção das novilhas após o 1 ano

INTENSIFICANDO A PRODUÇÃO

A condição observada na propriedade acompanhada indica uma trajetória de intensificação da produção leiteira onde torna-se fundamental observar-se os seguintes aspectos:

· Alimentação: Deve considerar a categoria, a produção e a avaliação da condição corporal. Na condição observada é possível pensar-se na alimentação à base de pasto suplementado por aveia e silagem.

· Manejo do rebanho: Ao ampliar o rebanho leiteiro deve-se atentar para a necessidade de substituição criteriosa de animais com características negativas.

· Sanidade: Além dos procedimentos habituais, especial atenção deve ser dada à ordenha higiênica e ao controle da mastite.

· Instalações e Equipamentos: Maiores volumes produzidos demandam adequações na sala de ordenha e aquisição de um tanque de expansão direta visando assegurar a qualidade do produto.

· Comercialização: Atualmente o mercado exige e valoriza aspectos qualitativos do produto. A implantação das práticas sugeridas garante a produção de leite na qualidade necessária.

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Análise econômica

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