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A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E SEUS DESAFIOS Liliane Barbosa Silva Rodrigues1 - [email protected]
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido por meio de diálogos em sala de aula, na
disciplina de Estágio do Ensino fundamental do Curso de Pedagogia da Universidade
Federal do Tocantins UFT, leituras de artigos e de documentos legais sobre o tema citado.
Tem como objetivo refletir sobre a formação de professores e seus desafios. Traz uma
abordagem sobre educação que exige dos educadores uma nova identidade profissional que
saiba dialogar com as mudanças da contemporaneidade. A educação é um dos pilares mais
importantes da formação do ser humano, e esse é um dos motivo que se faz necessário essa
reflexão para compreendermos o trabalho docente que está relacionado diretamente com a
mesma.
Palavras-Chave: Educação, Formação de professores, trabalho docente
INTRODUÇÃO
A formação de professores a partir de um olhar investigativo é um caminho para a
melhoria da qualidade dos saberes docentes necessários ao desenvolvimento do trabalho
pedagógico, portanto quando se trata de educação nãos há respostas prontas nem receitas, mas
ideias e propostas que podem sugerir alternativas que possam contribuir para as discussões
voltada para essa temática
As profundas modificações que tem ocorrido no mundo do trabalho trazem novas
configurações e desafios para a educação. A democratização do ensino passa pelos
professores, por sua formação e por suas condições de trabalho, investir na formação inicial e
continuada é de suma importância para o desenvolvimento profissional. A discussão sobre
formação de professores vem sendo debatida desde a promulgação da LDB 9394/96, repensar
a formação inicial e continua é uma das demandas importante da educação. Na sociedade
contemporânea e com os avanços tecnológicos, as rápidas transformações no mundo do
1Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal do Tocantins (UFT)
trabalho, aumenta o desafio para a educação.Por isso os professores são essências para fazer
frente às exigências do mundo contemporâneo, mas para que isso aconteça é necessário
investimento na área de formação e desenvolvimento profissional que visem essa finalidade.
O CONTEXTO ATUAL DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Que sabres são necessários a formação de professores? Os saberes docentes são
construídos durante o processo de socialização pré-profissional (na família nas experiências
escolares, na universidade tec.) e profissional (no exercício da docência). Quais saberes
devem compor a base de conhecimento da formação inicial? Esses são questionamentos que
nos obriga a refletir sobre a formação docente e suas práticas.
Pensar em formação de professores nos estimula a meditar no tipo de professor que
queremos formar, sendo assim faz se necessário resinificar a identidade do professor e sua
formação. O ensino é uma pratica social carregada de valor e de conflitos de opções éticas e
políticas. Portanto, ser professor requer saberes e conhecimento científico, pedagógicos,
educacionais, mas sua identidade é construída ao longo de sua trajetória como profissional do
magistério, diz Pimenta e Lima, pág.62.
A qualificação e a formação dos professores são essenciais para a valorização
profissional docente, tema que provoca debates sobre as políticas e práticas em educação. O
PNE (Plano Nacional de Educação) em sua meta 16 aponta a relevância da formação
continuada e adequação da pós-graduação stricto sensu para a docência na educação básica.
A meta 15 do PNE estipula a criação de uma política de formação docente, com o
objetivo de garantir a todos os cursos superiores específico na área em que lecionam. Nesse
quesito há também melhorias no currículo das graduações, ofertas de bolsas de estudos a
professores, valorização do estágio e aprimoramento de outros profissionais, como
merendeiras. O PNE foca além da formação de professores remuneração e plano de carreira.
Mas, não há nenhuma garantia do seu cumprimento
De acordo com Pimenta e Lima (2012 pág.68), pensar formação docente como projeto
único, engloba a inicial e contínua. Nesse sentido a formação envolve um duplo processo: o
de autoformarão dos professores a partir de reelaboração constante dos saberes.
A formação dos professores é apontada como uma das principais responsáveis pelos
problemas da educação. Ainda que tenha ocorrido uma verdadeira revolução nesse campo nos
últimos vinte anos, a formação deixa muito a desejar, há ainda grande dificuldade em se pôr
em prática, concepções e modelos inovadores.
A formação inicial, por melhor que seja não dá conta de colocar professores a altura de
responder as novas necessidades que são exigidas para melhorar a qualidade da escolarização.
O ESTÁGIO COMO PROCESSO DE FORMAÇÃO
De acordo com Pimenta e Lima (2012) aprender a profissão docente no decorrer do
estágio supõe estar atento as particularidades e as intenções da realidade escolar com sua
contextualização.
O estágio curricular é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (nº 9394/96), necessário a formação profissional, pois possibilita aos alunos
aprender com aqueles que já possuem uma experiência na atividade docente. Portanto o
estágio é um espaço de formação para os universitários, pois abre uma possibilidade de uma
ação entre universidade e a escola. Observar a classe e estudar a teoria, estabelecendo relações
é fundamental para aprimorar o trabalho em sala, essa prática é possível realizar durante o
estágio. Durante o estágio é possível vivenciar a realidade da escola, o que possibilita
questionar-se sobre a “nossa” possível prática como futuros professores e fazer uma
associação com os conteúdos que vemos em nossas aulas.
Desta maneira, a experiência tem proporcionado aos estudantes visualizar o estágio
como uma modalidade de formação contínua, que tem proporcionado aos futuros docentes a
ampliação do olhar para a escola e seu entorno. Pode-se dizer que o estágio na formação
inicial constitui-se em etapa formativa sem a qual não se pode pensar em formação docente de
qualidade. O conhecimento do professor é composto por sensibilidade da experiência da
indagação teórica, não é um mero executor, a sua formação ultrapassa os limites da titulação
A grande dificuldade sobre a formação docente é conciliar a teoria com a prática, o
que se aprende nos cursos de formações ainda está distante da realidade da escola. A
formação determina a qualidade do trabalho docente, se as condições não são favoráveis, se o
ensino se realiza em situações precárias e com remuneração pouco compensadora, os
profissionais não terão estímulos para investir tempo e recursos na formação continuada e isso
refletirá no desempenho em sala de aula
POSSIBILIDADE DE UMA PRÁTICA REFLEXIVA
A formação de professores a partir de uma postura indagativa tem se mostrado como
um dos pilares para a melhoria qualitativa dos saberes docentes necessários ao
desenvolvimento do trabalho pedagógico.
Um dos maiores desafio na atualidade é educar as crianças e jovens de modo que
adquiram condições para fazer frente a exigências do mundo contemporâneo. Novas
exigências estão postas ao trabalho dos professores, é cobrado que a escola cumpra a função
da família, que respondam a necessidade de afetos dos alunos, que resolvam os problemas da
violência, das drogas, da indisciplinas.
Diante da diversidade de saberes, do avanço científico e tecnológico e da velocidade
das mudanças no conhecimento, a escola, como instituição de formação dos indivíduos deve
priorizar o trabalho pedagógico através da interiorização de uma leitura de sua realidade.
Abrir espaços para o protagonismo do aluno dá bons resultados, assim sendo é preciso criar
situações que permitem o avanço desses alunos, disponibilizando ferramenta para que possam
percorrer caminhos de investigação para dá impulso a aprendizagem. Lembrando que essa
aprendizagem pode acontecer em vários lugares diferentes, vão desde uma praça, até em uma
grande sala de concreto.
Os registros diários de sala, em foto, vídeo e textos é essencial para aprimorar a
prática que torna o professor reflexivo, tudo isso resgatam as atividades feitas e serve como
objeto de pesquisa para o professor rever sua prática, possibilitando uma análise do seu
próprio trabalho e o desenvolvimento dos alunos. O professor é sempre alguém em contínuo
aprendizado e deve ter dimensão de que aprender significa questionar-se sempre sobre o que
pensa. Para alimenta a reflexão as anotações são de suma importância. Vale lembrar que esse
material só é reflexivo se o professor tiver uma intencionalidade, é preciso que se debruce
sobre ele que estude-o. Devem fazer sentido para o educador.
O exercício da ação-reflexão-ação deve estar presente no dia a dia do educador como
algo sempre novo, dinâmico, em construção. A prática docente reflexiva como ponto de
partida para construção de saberes implica que a reflexão vai além da efetivação do saber. O
professor não apenas ensina a aprender, mas aprende a ensinar com seus alunos, com outros
professores, com as situações vivenciadas, discutidas com perguntas e respostas vindas de
situações diversas, problematizadas, enfim, aprende com a socialização dos saberes e tal
disposição deve ser o ponto central de sua prática cotidiana.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Há muito a que se refletir sobre formação de professores. O professor vivencia
cotidianamente problemas que interferem no seu fazer pedagógico. O desafio relacionado à
docência está diretamente ligados as dificuldades nas próprias condições de trabalho. Alguns
exemplos já foram citados, mas, cabe aqui ressaltar: formação inicial e continuada, baixa
remuneração que impossibilita o professor a dedicar-se integralmente a uma escola,
obrigando-o a trabalhar em várias escolas. É necessário que se defina uma política de
valorização global dos educadores que assegure condições de trabalho (equipe técnica,
infraestrutura, materiais de apoio) durante toda a sua trajetória. Investimentos e planos de
carreira, implementação da Lei do Piso em todos os estados e municípios são elementos
importantes, mas isoladamente não é suficiente para fazer a profissão desejada e valorizada
pelo poder público, por exemplo, para o exercício pleno da profissão
Pouco retorno financeiro, falta de formação continuada são considerados motivos decisivos
para afastar os universitários da docência. O desafio maior é a ausência de identidade docente
nos cursos de licenciaturas, pois é comum encontrar na graduação alunos que não querem ser
professores e que consideram a escola como última opção, mas na universidade existe o
programa PIBID\ CAPES- Programa Institucional de Bolsa Iniciação à docência, implantado
a alguns anos para ampliar as oportunidades de pesquisa relacionados com o ensino ainda na
formação inicial.
Referências
PIMENTA, Selma Garrido. LIMA, Maria S. Lucena. Estágio e docência. 7. ed. São Paulo: Cortez. 2012 (Coleção Docência em formação).
BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: N 9394/96. Brasília: 1996.
BRASIL. Plano Nacional de Educação.
BRASIL. Senado Federal. Lei 13005
http://www.ceped.ueg.br/anais/ivedipe/pdfs/didatica/co/CO%20406-913-1-SP.pdf
http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/especiais/54a-legislatura/pl-8035-10-plano-nacional-de-educacao/palestras-1/27
http://www.scielo.br/pdf/er/n32/n32a15