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www.ts.ucr.ac.cr 1 XVI CONGRESO LATINOAMERICANO DE ESCUELAS DE TRABAJO SOCIAL -LA GLOBALIZACIÓN Y SU IMPACTO EN EL TRABAJO SOCIAL HACIA EL SIGLO XXI TÍTULO DO TRABALHO: Neoliberalismo e Assistência Estudantil: limites/possibilidades para o acesso e permanência no Ensino Superior Público. EIXO TEMÁTICO: Intervenção Profissional SUB-EIXO TEMÁTICO: Processos de inclusão/exclusão: estratégias de intervenção do trabalhador social, experiências sistematizadas, produção de novos conhecimentos. TIPO DE TRABALHO: monografia PALAVRAS CHAVES: neoliberalismo, assistência social, universidade pública, assistência estudantil NOME DA AUTORA: Sheilla Nadíria R. Rocha – mestranda em Serviço Social/ UFPE CIDADE: Recife/PE PAÍS: Brasil TELEFAX: (081) 4530817 E-MAIL: [email protected] ABSTRACT: O atual contexto brasileiro é marcado pelo processo de ajustamento estrutural oriundo dos organismos financeiros transnacionais para a nossa inserção na economia mundial, o qual tem gerado o choque entre os processos de democratização - decorrentes da organização da sociedade civil nos anos 80 – e a grave crise econômica que envolve também os outros países periféricos da América Latina. Dessa maneira, a assistência social, enquanto política de seguridade social, assim como a política pública de ensino superior são duas das garantias constitucionais que vêm sendo ameaçadas pela implementação do projeto neoliberal em curso no Brasil. Os limites conjunturais à implementação da assistência social, enquanto direito, aliados ao processo de privatização das universidades federais vêm desestruturando a assistência estudantil como mecanismo de democratização ao processo de produção e transmissão de conhecimentos reduzindo as oportunidades de acesso universal ao ensino público gratuito. Tendo por base os aspectos teóricos referidos, estudamos a forma pela qual a assistência estudantil é operacionalizada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através da monografia intitulada “As perspectivas de operacionalização da assistência estudantil na UFPE dos anos 90: análise de uma experiência” . 1 1 Monografia apresentada ao Departamento de Serviço Social da UFPE em junho de 1997, sob a orientação de Ângela Santana do Amaral como requisito para a obtenção do grau de assistente social.

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XVI CONGRESO LATINOAMERICANO DE ESCUELAS DE TRABAJO SOCIAL-LA

GLOBALIZACIÓN Y SU IMPACTO EN EL TRABAJO SOCIAL HACIA EL SIGLO XXI TÍTULO DO TRABALHO: Neoliberalismo e Assistência Estudantil:

limites/possibilidades para o acesso e permanência no Ensino Superior Público.

EIXO TEMÁTICO: Intervenção Profissional SUB-EIXO TEMÁTICO: Processos de inclusão/exclusão: estratégias de intervenção do

trabalhador social, experiências sistematizadas, produção de novos conhecimentos.

TIPO DE TRABALHO: monografia PALAVRAS CHAVES: neoliberalismo, assistência social, universidade pública,

assistência estudantil NOME DA AUTORA: Sheilla Nadíria R. Rocha – mestranda em Serviço Social/ UFPE CIDADE: Recife/PE PAÍS: Brasil TELEFAX: (081) 4530817 E-MAIL: [email protected] ABSTRACT: O atual contexto brasileiro é marcado pelo processo de ajustamento estrutural oriundo dos organismos financeiros transnacionais para a nossa inserção na economia mundial, o qual tem gerado o choque entre os processos de democratização - decorrentes da organização da sociedade civil nos anos 80 – e a grave crise econômica que envolve também os outros países periféricos da América Latina. Dessa maneira, a assistência social, enquanto política de seguridade social, assim como a política pública de ensino superior são duas das garantias constitucionais que vêm sendo ameaçadas pela implementação do projeto neoliberal em curso no Brasil. Os limites conjunturais à implementação da assistência social, enquanto direito, aliados ao processo de privatização das universidades federais vêm desestruturando a assistência estudantil como mecanismo de democratização ao processo de produção e transmissão de conhecimentos reduzindo as oportunidades de acesso universal ao ensino público gratuito. Tendo por base os aspectos teóricos referidos, estudamos a forma pela qual a assistência estudantil é operacionalizada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através da monografia intitulada “As perspectivas de operacionalização da assistência estudantil na UFPE dos anos 90: análise de uma experiência” .1

1 Monografia apresentada ao Departamento de Serviço Social da UFPE em junho de 1997, sob a orientação de Ângela Santana do Amaral como requisito para a obtenção do grau de assistente social.

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NEOLIBERALISMO E ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL: LIMITES E POSSIBILIDADES

PARA O ACESSO E PERMANÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO.

Sheilla Nadíria Rodrigues Rocha – Assistente Social, Mestranda em Serviço Social/UFPE 1. Introdução

O presente trabalho visa inserir a discussão sobre os impactos do neoliberalismo à

operacionalização da assistência social no âmbito das universidades públicas federais

brasileiras nas temáticas do XIV Congreso Latinoamericano de Escuelas de Trabajo

Social – La Globalizacíon y su impacto en el Trabajo Social hacia el siglo XXI, e

está baseado na síntese da monografia intitulada “As perspectivas de

operacionalização da assistência estudantil na UFPE dos anos 90: análise de uma

experiência” .2

O estudo pretendeu analisar as formas de operacionalização da política de

assistência social voltada para os usuários das Casas de Estudantes3 da Universidade

Federal de Pernambuco (CEU/UFPE) no contexto dos anos 90. O interesse por este

estudo foi determinado pelos questionamentos decorrentes da experiência de estágio

vivenciada entre os meses de abril a novembro de 1996, no Departamento de Assuntos

Estudantis (DAE), vinculado à Pró-Reitoria Comunitária (PROCOM) da Universidade

Federal de Pernambuco (UFPE). O Departamento de Assuntos Estudantis é o setor

responsável pela operacionalização da política de Assistência Social aos estudantes da

UFPE. Esta política tem como objetivo promover o acesso e a permanência do

estudante no ensino superior público, ofe recendo-lhe condições materiais para a

garantia do processo de formação acadêmica e profissional.

2 Monografia apresentada ao Departamento de Serviço Social da UFPE em junho de 1997, sob a

orientação da profª Mestra em Serviço Social Ângela Santana do Amaral como requisito para a obtenção

do grau de assistente social pela referida instituição.

3 Há duas residências estudantis na UFPE, uma feminina outra masculina, ambas situadas no

campus universitário. Seus usuários são provenientes, em sua maioria, do interior do estado de

Pernambuco e oriundos de famílias que sobrevivem da agricultura e/ou trabalhos informais.

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A vivência no Departamento de Assuntos Estudantis permitiu apreender novos

subsídios teóricos e metodológicos, através da aproximação com a prática profissional

da Assistente Social/DAE que é direcionada para dar apoio aos moradores das Casas

de Estudantes/UFPE. Por isso, desde o início do estágio, passamos a nos envolver com

a realidade dos usuários dessas residências estudantis. Entretanto, a motivação central

da nossa prática de intervenção foi a de conhecer a relação estabelecida entre os que

prestam os serviços de assistência e os que usufruem destes mesmos serviços. Em

outras palavras, a relação estabelecida entre os sujeitos é de troca, doação, ou de

possibilidade, acesso? Os serviços são operacionalizados com vistas à prestação de

serviços assistenciais em sua perspectiva restrita ou ampliada?

Dessa forma, evidenciou-se a necessidade de conhecer a política de assistência

ao estudante como espaço contraditório de interesses e que levou à construção do

seguinte problema: “a política de assistência social aos usuários das Casas de

Estudantes/UFPE, no contexto dos anos 90, vem operacionalizando os seus objetivos

sob qual perspectiva de assistência: de direito ou de assistencialismo?” Este problema

nos levou a não só conhecer ou investigar tal realidade, mas a partir deste estudo,

repensar a política de assistência estudantil da UFPE.

Mas, como repensá-la além de sua concepção restrita de prestação de serviços?

De que maneira percebê-la enquanto suporte à democratização de oportunidades para

o acesso ao sistema de ensino superior e não apenas como uma forma de atendimento

imediato às necessidades dos estudantes?

Segundo Pereira (1996), os serviços assistenciais assumem duas perspectivas

teóricas de operacionalização: uma restrita ou stricto sensu, a outra ampliada, ou lato

sensu. Foi com base nestas categorias teóricas, que estudamos a prática de

assistência na UFPE e por isto, é preciso que saibamos o significado de cada uma

delas. Compreendemos a assistência stricto sensu, como a prática de assistência

fundamentada na idéia de pobreza absoluta. A concepção de pobreza absoluta significa

um padrão de privação extrema pela ausência de requerimentos mínimos necessários à

sobrevivência biológica. Então, as ações da assistência stricto sensu são

caracterizadas por programas e serviços de baixa qualidade e abrangência social

oferecendo, apenas, os recursos para a sobrevivência da população usuária. Já a

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assistência lato sensu, está baseada na concepção de pobreza relativa que significa um

padrão de privação determinado pelo nível de vida dos membros de uma determinada

sociedade.

Assim, a hipótese sustentada no estudo foi a de que a política de assistência

estudantil na UFPE tem um caráter assistencialista, restrito ou stricto sensu,

caracterizando-se por uma prática deteriorada pela crise que atinge as políticas públicas

brasileiras nos anos 90 com o advento do neoliberalismo, principalmente as políticas de

assistência social e educação universitária. Seus objetivos são operacionalizados com

vistas a atender, estritamente, as necessidades básicas dos estudantes: alimentação,

moradia e saúde. É importante destacar que no estudo monográfico utilizamos

como procedimentos metodológicos as pesquisas documental, bibliográfica e o

levantamento de dados sobre o perfil dos usuários da assistência estudantil na UFPE,

realizado durante o estágio curricular no DAE/PROCOM.

Enfim, perante os aspectos mencionados, acreditamos que a manutenção da

política de assistência estudantil significa um compromisso social das universidades

pela democratização do ensino superior público gratuito e de qualidade. E diante de tal

importância, é que justificamos a discussão dessa temática no XVI Congreso

Latinoamericano de Escuelas de Trabajo Social - La Globalización y su Impacto

en el Trabajo Social hacia el siglo XXI, visto que além de ter enriquecido o processo

de formação profissional no qual estivemos inseridos, poderá contribuir para outras

reflexões acerca da assistência estudantil no âmbito universitário.

2. Desenvolvimento:

As formas de operacionalização da assistência social no espaço acadêmico estão

diretamente vinculadas aos processos conjunturais que vêm alterando o perfil das

políticas sociais no Brasil dos anos 90, especificamente às políticas de seguridade

social e a de educação universitária.

O atual contexto brasileiro é marcado pelo processo de ajustamento estrutural

oriundo dos organismos financeiros transnacionais para a nossa inserção na economia

mundial, o qual tem gerado o choque entre os processos de democratização -

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decorrentes da organização da sociedade civil nos anos 80 pelo fim da ditadura – e a

grave crise econômica que envolve também os outros países periféricos da América

Latina. Desta maneira, compreender o perfil da assistência social e da educação

universitária no Brasil, implica inseri -las no movimento da sociedade capitalista.

Neste sentido, dois processos vêm interferindo no perfil das políticas públicas

brasileiras: as mudanças no mundo do trabalho, no espaço produtivo propriamente dito,

e as consequentes transformações nas relações entre Estado, sociedade e mercado.

Estes dois processos são produtos de um movimento a nível mundial que vem

sendo gestado desde a década de 70 e responsável pelas atuais transformações

societárias. Netto (1996:90) explica que “é no curso da década de 70, que emergem

visivelmente as transformações societárias - embora já sinalizadas no decênio anterior -

vão marcar os anos 80 e 90 revelando inflexões significativas no evolver da sociedade

capitalista, onde a visibilidade de novos processos se torna progressiva, à medida que o

capital monopolista se vê compelido a encontrar alternativas para a crise em que é

engolfado”.

Assim, desde os anos 70, uma profunda depressão econômica atinge de maneira

diferenciada, tanto os países centrais quanto os periféricos. O motivo que sustenta e

vem sustentando a retração econômica no mundo capitalista é o desgaste do modelo

de acumulação monopolista e as estratégias engendradas para a sua superação.

O sistema monopolista de acumulação estava fundamentado no fordismo4,

enquanto método científico de organização do trabalho. O fordismo foi, portanto,

suporte para o capitalismo monopolista utilizando formas científicas de organização do

trabalho aliadas a um elevado grau de mecanização e divisão técnica do processo de

produção.

4 Compreendemos o fordismo com base nas leituras de Antunes (1995:17) que entende o fordismo

como “a forma pela qual a indústria e o processo de trabalho consolidaram -se ao longo deste século e

cujos os elementos constitutivos eram dados pela produção em massa, através da linha de montagem e

de produtos mais homogêneos, através do controle dos tempos e dos movimentos pelo cronômetro

fordista e a produção em série; pela existência do trabalho parcelar e fragmentação das funções de

elaboração e execução no processo de trabalho; pela existência de fábricas concentradas numa mesma

área geográfica e pela constituição da luta coletiva dos operários por melhores condições de trabalho e

de vida”.

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Entretanto, ao final dos anos 60 e durante a década de 70, o fordismo passa a

apresentar queda na produtividade em razão da obsolescência da base tecnológica que

lhe dava sustentação favorecendo, assim, o aumento do desemprego e de um

progressivo surto inflacionário nos países centrais. Esta crise da produtividade nos

países centrais foi ampliada pela crise do petróleo em 1973, principal combustível

industrial no período em questão 5.

A partir dessa situação, os países centrais elaboraram uma estratégia de

superação para a crise da produtividade, através da modernização dos padrões

fordistas de produção. E o aperfeiçoamento produtivo deu-se pela incorporação dos

avanços da micro eletrônica, da robótica, da genética e outras novidades científicas às

técnicas fordistas de produção.

Estas inovações tecnológicas conjugadas ao fordismo provocam o aumento

qualitativo da produção, além de uma internacionalização dos mercados implementados

por empresas multinacionais - consideradas atualmente como transnacionais - e pelos

grandes organismos financeiros.

Segundo Antunes (1995:16), com o movimento de internacionalização de

mercados, surgem novos processos de trabalho, que substituem o cronômetro e a

produção em série fordistas. Os novos processos de trabalho são sustentados por um

elevado padrão tecnológico que lhes possibilita avanços impossíveis na vertente

produtiva do fordismo.

Silva Júnior (1996:18) explica que, neste contexto, o trabalho passa a ser

organizado tendo como objetivo a flexibilidade, ou seja, “a possibilidade de alteração,

sem comprometimentos: da velocidade de produção, da qualidade do processo e do

produto, do próprio projeto, do processo de produção, a partir da alteração feita no

projeto, e da execução das duas últimas funções simultaneamente. Por outro lado, o

processo de fabricação de diferentes produtos são integrados e geridos a partir de uma

central microeletrônica de informações”.

5 Uma interessante e esclarecedora explicação sobre a relação entre a queda da produtividade e a crise de petróleo é trabalhada em Mota (1995:53).

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Assim, a flexibilidade da produção inaugura processos de trabalho que

determinam velocidade e qualidade para a produção dos países centrais destinada a

mercados transnacionais e exigentes.

Enfim, há com todas as modificações nos processos de trabalho, uma

reestruturação produtiva que intensifica a concorrência e a interdependência dos

mercados transnacionais.

Ao mesmo tempo em que a reestruturação produtiva vem se consolidando nos

países centrais, ocorre uma mudança nas formas de intervenção estatal, como

descreve Mota (1995: 118): “as mudanças na esfera da produção e da organização

social, implicaram um reordenamento na forma de intervenção do Estado, em especial

nos mecanismos de produção material e gestão estatal e privada da força de trabalho,

alterando as relações entre Estado, sociedade e mercado”.

Desta maneira, para que os países centrais pudessem competir

internacionalmente, as barreiras econômicas e políticas dos Estados Nacionais

deveriam ser substituídas por uma intervenção pública também flexível.

Mota (1995:51) explica que “uma das consequências mais significativas da

internacionalização dos mercados, do ponto de vista político, residiu no fato de que as

forças produtivas ultrapassaram os limites do próprio Estado Nacional, pela ação das

empresas multinacionais, que passaram a produzir em vários países ao mesmo tempo,

sempre se esquivando das políticas de controle estatal regionalizadas”.

Referimos anteriormente que durante o capitalismo monopolista, o Estado era a

peça-chave para o processo de acumulação produtiva fordista. O Estado monopolista

regulava as relações econômicas, através de políticas sociais compensatórias e por

isto, foi concebido como “Estado de Bem-Estar”.

Assim, à medida em que ocorre a substituição das bases produtivas fordistas

restruturando a economia a nível mundial, o “Estado de Bem-Estar” é gradativamente

afastado do controle das relações econômicas, ou seja, as bases de intervenção

estatal, aos poucos, são substituídas pela política macroeconômica do neoliberalismo.

Segundo Schons (1994:189), é difícil conceituar neoliberalismo, porque, este “não

constitui um corpo teórico propriamente dito; não é também, um conjunto de regras

práticas harmonicamente ordenadas e válidas para além de um momento dado”.

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Entretanto, de acordo com esta autora, o que caracteriza o neoliberalismo é a

teoria do Estado mínimo, ou melhor, os mecanismos políticos e econômicos que

determinam a restrição do Estado na economia, favorecendo a livre concorrência e a

hegemonia das leis do mercado.

Conforme a explicação de Laurell (1995:161), o neoliberalismo parte do

pressuposto de que a hegemonia do mercado é a melhor garantia de crescimento

econômico e de satisfação das necessidades individuais.

No contexto das idéias neoliberais, as pessoas devem trabalhar e produzir para

conseguirem atender as suas demandas e os que são incapazes, que sejam ajudados

pela família, ou comunidade. Então, sob o ponto de vista neoliberal, a solução para a

crise consiste em reconstruir o mercado, a competição e o individualismo. Isto significa,

por um lado, restringir a atuação do Estado na economia, tanto nas funções de

planejamento e condução, quanto como agente econômico direto, através das

privatizações e das desregulamentações econômicas. Neste sentido, as funções

públicas de seguridade social devem ser restringidas. Destruindo as conquistas sociais

alcançadas pela universalização das políticas públicas de bem-estar se torna mais fácil

afastar e desarticular as forças sociais organizadas do âmbito estatal.

Desta maneira, a política neoliberal foi uma estratégia desencadeada pelos países

centrais com o auxílio das multinacionais e dos organismos financeiros mundiais para a

saída da crise dos anos 70. É importante evidenciar que apesar da reestruturação

produtiva e das mudanças nas relações do Estado, sociedade civil e empresariado

terem facilitado a concorrência dos países centrais no contexto da internacionalização

dos mercados, a crise ainda não foi superada. Pelo contrário, se estende pelas

décadas de 80 e 90 gerando dificuldades econômicas e sociais tanto para os países

centrais quanto para os periféricos.

Segundo Mota (1995:69), todo o processo de mudanças produtivas e sociais nos

países centrais ocorreu, em grande parte, às custas dos países periféricos. Na década

de 70, o movimento de expansão dos mercados a nível global determinou a inserção

dos países periféricos através da adoção de modelos de desenvolvimento centrados no

endividamento externo. Durante os anos 80 e 90, os países periféricos não só

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ampliaram os montantes das dívidas externas e internas, como também ampliaram as

fronteiras da periferia.

Apesar das dívidas, os países periféricos têm tentado se inserir no mercado

internacional. De que maneira os governos periféricos têm alcançado este objetivo ?

Os grandes organismos financeiros internacionais têm constituído “receitas” para

que os países periféricos sejam incorporados à economia mundial. Os pré-requisitos

para esta inserção dos países periféricos no mercado globalizado são o incremento de

um arsenal tecnológico avançado associado a uma economia competitiva.

Laurell (1995) afirma que as estratégias para implementação do projeto neoliberal

nos países periféricos são “os cortes dos gastos sociais, a privatização, a centralização

dos gastos sociais públicos em programas seletivos de combate à pobreza e a

descentralização”. Dentre estas estratégias, a privatização é o elemento central para a

articulação e a concretização do projeto neoliberal nos países periféricos. As três outras

estratégias são as bases ideológicas que irão legitimar a privatização dos serviços

sociais públicos sem que haja maiores conflitos políticos.

A privatização dos serviços sociais nos países periféricos ocorre de maneira

seletiva. Apenas os serviços sociais rentáveis para o mercado são privatizados, como

os serviços de saúde, a previdência e a educação universitária, por exemplo. Assim, só

os serviços sociais que possam servir para a acumulação do capital internacional

deverão ser seletivamente privatizados.

Segundo Laurell (1995), o projeto dos grupos transnacionais para os países latino -

americanos é a implantação de programas públicos voltados para o alívio da pobreza.

Apoiados financeiramente pelos organismos transnacionais, os programas de combate

à pobreza terão como objetivo garantir níveis mínimos de sobrevivência para a

população em situação de pobreza absoluta. A autora alerta que se forem comparados

os altos níveis de pobreza com os recursos manipulados pelo poder público, constata-

se que estes programas de combate à pobreza têm um significado oculto: “assegurar

uma clientela política em substituição ao apoio popular baseado em um pacto amplo,

impossível de se estabelecer no padrão das políticas neoliberais” (1995:173).

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Não podemos esquecer de mencionar a estratégia de descentralização, que

associada à privatização seletiva e à implementação de programas pontuais de

combate à pobreza, compõem o projeto neoliberal para os países latinos-americanos.

A descentralização administrativa dos serviços sociais públicos, sob a égide do

neoliberalismo, não tem o caráter de democratizar a administração pública, mas de

permitir a introdução de mecanismos gerenciais e incentivar os processos de

privatização, repassando a nível local a decisão de como financiar, administrar e

produzir serviços.

Diante destas estratégias, é que se busca implementar a redefinição da atuação

estatal, aproximando-o da configuração liberalista 6 de Estado, através do conjunto de

políticas sociais criadas pelos governos latino-americanos de inspiração neoliberal.

Entretanto, na América Latina, esta redefinição do papel do Estado na sociedade gera

consequências diferentes das que ocorrem nos países europeus e nos Estados Unidos.

Isto porque, os Estados latino-americanos não chegaram, sequer, a desenvolver

sistemas de proteção social realmente universais. Logo, os serviços privados de

proteção social, nos países latino americanos, estão destinados a uma minoria

populacional que ainda não se encontra inclusa nos altos índices de pobreza absoluta,

desemprego e sub-emprego. Já os serviços públicos, são insuficientes para esta

maioria pobre, devido à transferência dos recursos públicos para a área privada.

Assim, os países periféricos sob a influência neoliberal, acabam por gerar um

aumento dos programas assistenciais para o atendimento das demandas da maioria

pobre e privatizar os serviços sociais rentáveis, favorecendo os interesses do capital

internacional.

Inserindo o Estado brasileiro no âmbito dessas discussões, Carvalho (1995:67)

explica que o país se encontra diante de um duplo desafio: “ajustar-se à nova ordem

mundial e ao mesmo tempo, responder à crise social encontrando alternativas de

sobrevivência para parcelas significativas de sua população”.

A implantação do plano real, as privatizações seletivas, as tentativas de reformas

estruturais (administrativa, fiscal, tributária, previdenciária, trabalhista, eleitoral e

6 Schons (1994:83) realiza uma importante análise sobre os serviços de assistência social no

Estado de configuração liberal.

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constitucional), além da abertura aos investimentos estrangeiros, colocam o país nos

moldes da lógica neoliberal para os países periféricos. É importante salientar que este

processo de ajuste estrutural da economia brasileira tem suas raízes desde a década

de 80, com o governo Sarney e posteriormente, com o governo Collor.

O processo de ajuste estrutural da economia brasileira já gera consequências

como: o aumento da dívida pública, com a venda das estatais a preços irrisórios para

os grandes empresários internacionais; o aumento do índice de desemprego e do

número de trabalhos informais; o corte do financiamento para as políticas sociais

públicas que ameaçam as garantias alcançadas com a Constituição de 1988. Dessa

maneira, a assistência social, enquanto política de seguridade social, assim como a

política pública de ensino superior, são duas das garantias constitucionais que vêm

sendo ameaçadas pela implementação do projeto neoliberal em curso no Brasil.

No caso da política de assistência social observa -se um momento de contradição:

de um lado, é formalmente direito social, de outro, passa por um processo de redução

dos serviços, por via de privatizações e de cortes de gastos públicos.

Tradicionalmente, a assistência social brasileira é concebida como ação

emergencial de combate à pobreza. Vale salientar que de acordo com Pereira

(1996:60), a noção de pobreza preponderante nas práticas de assistência é a de

pobreza absoluta. Isto significa, como afirmamos anteriormente, que os programas e

serviços assistenciais estão direcionados para suprir de maneira seletiva a “ausência de

requerimentos mínimos necessários para manter a vida ou a subsistência de pessoas

submetidas a essa condição”.

Logo, as pessoas que são usuárias dos referidos programas e serviços de

assistência não possuem, sequer, condições mínimas de sobrevivência biológica. Em

contrapartida, a Constituição de 1988 amplia o significado da assistência social como

produto das lutas implementadas pela sociedade civil nos anos 80/90. A assistência

passou a ser, em conjunto com a saúde e a previdência, uma política de seguridade

social estabelecida para a preservação, a segurança e a dignidade do cidadão

brasileiro. Regulamentada através da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) em

1993, a assistência se torna juridicamente, política pública de atendimento às

necessidades sociais mais amplas e como política de seguridade social, a assistência

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provê não apenas as demandas de origem biológica, mas é destinada à proteção contra

os riscos sociais7. Apesar do avanço jurídico-institucional, as formas de

operacionalização da assistência continuam vinculadas ao padrão de proteção social

calcado na ajuda aos incapazes de suprir as suas necessidades no mercado.

Observamos, então, que a política de assistência no Brasil, apresenta-se em processo

de tensão entre o avanço e o retrocesso, ou em outras palavras, oscilando entre as

perspectivas do direito e do favor.

Estes impasses decorrem do não entendimento ou da discriminação às práticas

assistenciais, tradicionalmente vinculadas a ações assistencialistas estabelecedoras de

relações de dependência e favor entre os usuários e as instituições que prestam os

programas e serviços. Destaca-se ainda que outro obstáculo à efetivação da

assistência como direito é determinado pelo projeto governamental de inspiração

neoliberal que restringe a política de assistência - cujas diretrizes, princípios básicos,

objetivos, operacionalização e fontes de recursos são definidos pela LOAS para

transformá-la em ações ou programas de combate à pobreza absoluta.

Assim como a assistência social, a universidade pública vem sendo ameaçada em

suas funções de produzir e socializar o saber em face às constantes reduções

orçamentárias que obedecem a uma política privatizante em consonância com as

orientações de cooperações transnacionais interessadas na hegemonia do capital

financeiro. De acordo com as diretrizes desses organismos financeiros, o

combate à pobreza, obstáculo para a inscrição dos países periféricos no mercado

transnacional, far-se-á pela qualificação mínima das classes trabalhadoras, através da

escolarização básica. Quanto ao nível de ensino superior, este deverá ser privatizado e

permitido apenas aos que podem pagá-lo.

Podemos compreender que estas “investidas neoliberais” vêm gerando um

processo de priva tização no âmbito das universidades públicas e que projetos

privatizantes têm como meta transformar estas universidades públicas em centros

produtores de saber para o atendimento das demandas do mercado. Por isso, uma das

7 Conforme as discussões da Conferência de Assistência Social, 1 (1995), os riscos sociais são

situações de perigo social, onde qualquer cidadão poderá ser vítima, tais como: os riscos de morte,

abandono, desemprego, violência e outros.

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atuais tendências para as universidades públicas é a sua aproximação aos setores

produtivos com a finalidade de garantir fontes de financiamento para as atividades de

ensino, pesquisa e extensão.

A busca das universidades por suas próprias fontes de financiamento decorre da

crescente desobrigação do Estado para a manutenção do ensino universitário no país.

Ao assumir tais diretrizes, o governo federal vem operacionalizando uma política de

cortes orçamentários para as Instituições de Ensino Superior que tem por consequência

a degradação e o abandono dos bens materiais e dos serviços universitários como os

laboratórios, as bibliotecas e os programas de assistência social, de saúde e

esportivos. Esses problemas atingem o cotidiano universitário de forma a desestruturar

e desvalorizar o processo de formação profissional e acadêmico.

Sob os impactos desses fatores, a assistência estudantil é, nos anos 90, uma

prática em deterioração no espaço universitário, apesar de ser, em tese, uma política de

suporte material para que os estudantes, independente de renda, tenham acesso a uma

formação profissional e acadêmica sintonizada às novas exigências do mercado de

trabalho. Os limites conjunturais à implementação da assistência social, enquanto

direito, aliados ao processo de privatização das universidades federais, vêm reduzindo

as oportunidades de acesso universal ao ensino público gratuito. E com isto,

desestruturando a assistência estudantil como um dos mecanismos de democratização

do processo de produção e transmissão de conhecimentos.

De acordo com Bastos (1995:13), esta deterioração da assistência estudantil nas

universidades públicas se dá pelos seguintes fatores: “a não priorização da área social

no espaço acadêmico, com a consequente falta de empenho e de uso da imaginação

na busca de soluções alternativas para a área orçamentária, e ainda ao uso paternalista

e clientelista dos recursos públicos disponíveis na área de assistência”. Essa situação

é ampliada pela inexistência de uma direção para a assistência estudantil a nível

nacional, apesar da crescente demanda por parte dos estudantes. Há mais de quatro

décadas, as ações de apoio ao estudante não possuem uma regulamentação, nem um

projeto específico de intervenção, e sem uma política orçamentária planejada

nacionalmente, torna-se reduzida aos já escassos recursos financeiros das

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universidades que ainda conseguem manter os seus programas básicos: as casas de

estudantes e os restaurantes universitários.

Conforme o Fórum de Pró-Reitores Comunitários e Estudantis, 14 (1996), o

Banco Mundial elaborou, em 1995, um documento intitulado “La enseñanza superior:

las lecciones derivadas de la experiência”, cujas diretrizes são: as universidades latino-

americanas devem cobrar mensalidades e outros encargos, sem nenhuma interferência

estatal e eliminar todos os subsídios para gastos distintos da instituição, tais como

moradia e alimentação. Se forem implementadas, de acordo com o Fórum de Pró -

Reitores Comunitários e Estudantis, 14 (1996), levarão à falta dos programas de

moradias estudantis, inibindo o intercâmbio entre docentes e discentes de outras

instituições (nacionais e internacionais), impedindo o acesso de estudantes do meio

rural; à falta de restaurantes universitários, dificultando a permanência do estudante no

campus, ampliando a evasão escolar além de contribuir para a baixa produtividade não

apenas de seu corpo discente, mas também de docente e funcionários; à

implementação de programas e ações assistencialistas, seletivas e pontuais para os

estudantes “carentes”. Diante disso, a assistência estudantil nas universidades se torna

ação paliativa e circunstancial, não contribuindo para alterar o perfil das desigualdades

dentro do espaço acadêmico. Além do que é mais grave do ponto de vista da

democracia: estigmatiza o aluno com dificuldades sócio-econômicas como carente e

não como sujeito portador de direitos.

Tendo por base os aspectos teóricos analisados e através da caracterização dos

sujeitos envolvidos com a assistência estudantil estudamos a forma pela qual essa

prática vem sendo operacionalizada na UFPE. Observamos que a assistência

estudantil na UFPE se torna burocrática por estar direcionada a dar respostas, em

parte, restritas às demandas institucionais, pois apesar de atender às necessidades

emergenciais dos estudantes, a assistência estudantil fica limitada aos

encaminhamentos, às declarações, à realização de processos seletivos e ao controle

de frequência referente aos alunos inseridos nos programas de ajuda de custo através

de bolsas para a manutenção. Essa característica tem como consequência a

imediaticidade das ações e como tal, a realização dos programas e serviços não está

embasada em estudos sobre a realidade dos usuários, nem tão pouco, encontra-se

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sistematizada e orientada por diretrizes, objetivos e metas. Enfim, as demandas

estudantis são atendidas sem que os seus fatores determinantes, agravantes e

possíveis alternativas de superação sejam questionados. Ainda observamos que outra

característica da assistência estudantil na UFPE, é a tendência para seletividade dos

programas e serviços, visto que, o processo seletivo para os programas e serviços vem

se baseando no critério de carência sócio-econômica.

O nosso estudo mostrou que a assistência estudantil na UFPE é tratada sob

a perspectiva stricto sensu. Sua prática leva em consideração os níveis mínimos de

manutenção dos estudantes, principalmente os que estão inseridos no programa de

residências. Por esta razão, na relação entre o usuário e a instituição, mediada pelo

assistente social, o estudante não usufrui do serviço como um direito, mas sob uma

relação de dependência entre ele e a universidade.

Acreditamos, portanto, que romper com as formas restritas de assistência

estudantil na UFPE, implica considerá-la como um instrumento de universalização do

ensino superior público, onde o estudante é visto enquanto sujeito partícipe das

decisões sobre as ações assistenciais. Assim, superar esta maneira de conceber e

praticar a assistência estudantil fortalecerá o vínculo entre universidade e sociedade,

possibilitando o acesso e a permanência de estudantes dos variados níveis sociais no

processo de formação acadêmica e profissional.

3. Considerações finais

Acreditamos que o estudo monográfico sobre as perspectivas de

operacionalização da assistência no espaço universitário e especificamente na UFPE,

nos possibilitou apreender o significado dessa prática enquanto política de seguridade,

o que implica visualizá -la além de sua aparência cotidiana da prestação de serviços

imediatos. Aprofundar essa reflexão proporciona a compreensão de uma das funções

mais importantes da assistência: a de inclusão social. Dessa forma, concordamos com

Pereira (1996: 54) quando afirma que a assistência “não deve ser em si mesma

universal, mas propiciadora da concretização do princípio de universalização inerente

às demais políticas, mediante a sua participação nos processos de extensão da

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cidadania e da inclusão dos segmentos excluídos no universo em aberto destas demais

políticas.”

Não podemos esquecer que, atualmente, a reflexão sobre a importância da

assistência estudantil na UFPE assume direções que poderão aos poucos incentivar a

ampliação dessa prática na referida instituição. É dessa maneira que encaramos a

tentativa de planejamento das ações do departamento responsável pela assistência

estudantil contando com a colaboração de profissionais em ciências humanas da

própria universidade, como também de seus usuários. Por outro lado, é importante

destacar as conquistas desses usuários junto à instituicão quanto ao atendimento de

suas demandas, tais como a construção da Casa feminina; a reforma completa da Casa

masculina; e aperfeiçoamento do sistema de segurança de ambas

residências, o que aponta uma melhoria nas formas de negociações entre

usuários e instituição. Outro fator a ser mencionado como relevante nas possibilidades

atuais de ampliação da assistência estudantil na UFPE é a continuação do programa de

estágio curricular em serviço social no DAE/PROCOM garantindo mais um espaço de

enriquecimento da formação profissional, além de facilitar a troca de

informações/experiências entre os profissionais da área e os sujeitos envolvidos com a

assistência estudantil nessa universidade. E finalmente, o prosseguimento dos estudos

sobre assistência estudantil na UFPE, através dos subsídios teórico-metodológicos a

serem apreendidos no Mestrado em Serviço Social do Departamento de Serviço

Social/UFPE e assim, gerar novas discussões acerca da assistência estudantil sob uma

perspectiva ampliada.

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