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Slide sem título - Agência Embrapa de Informação ..._000fv... · Clique sempre com o mouse sobre os ... Chefe-Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento. Maria Cristina Martins Cruz

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  • Repblica Federativa do BrasilLuis Incio Lula da SilvaPresidente

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e AbastecimentoRoberto RodriguesMinistro

    Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Embrapa

    Conselho de Administrao

    Lus Carlos Guedes PintoPresidente

    Slvio CrestanaVice-Presidente

    Alexandre Kalil

    Pires Hlio TolliniErnesto PaternianiMarcelo Barbosa SaintiveMembros

    Diretoria Executiva da Embrapa

    Slvio CrestanaDiretor-Presidente

    Kepler Euclides FilhoJos Eugnio FranaTatiana Deane

    de Abreu SDiretores-Executivos

    Embrapa Meio Ambiente

    Paulo Choji

    KitamuraChefe Geral

    Ladislau

    Arajo SkorupaChefe-Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento

    Maria Cristina Martins CruzChefe-Adjunto de Administrao

    Ariovaldo Luchiari

    JuniorChefe-Adjunto de Comunicao e Negcios

  • Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na:

    Embrapa Meio AmbienteRodovia SP 340 -

    km 127,5 -

    Tanquinho VelhoCaixa Postal 69 13820-000 Jaguarina, SPFone: 19-3311-2653 Fax: [email protected] www.cnpma.embrapa.br

    Comit de EditoraoCludio Csar de Almeida Buschinelli; Heloisa Ferreira Filizola; Manoel Dornelas

    de Souza; Maria Conceio Peres Young Pessoa; Marta Camargo de Assis ; Osvaldo Machado R. Cabral

    Reviso de textoMaria Amlia de Toledo Leme

    Normalizao bibliogrficaMaria Amlia de Toledo Leme

    Projeto GrficoMarcelo Boechat Morandi

    CapaMarcelo Boechat

    Morandi

    1 edio (2005)Todos os direitos reservados.

  • A reproduo no autorizada desta publicao, no todoou em parte, constitui violao dos direitos autorais (Lei n. 9610).

    permitida a reproduo parcial do contedo deste livro desde que citada a fonte.

    CIP. Brasil. Catalogao na publicao.

    ___________________________________________________________

    Laboratrio de Quarentena Costa Lima

    LQC / Marcelo A. B. Morandi e equipe do Quarentenrio.

    Jaguarina: Embrapa Meio Ambiente, 2005.1 CD-ROM

    (Embrapa Meio Ambiente. Documentos, 45).

    1. Quarentena -

    Laboratrio. I. Morandi, Marcelo A. B. II. Ttulo. III. Srie.

    CDD 632.9

    _________________________________________________________________

  • Bem vindo!Este o Laboratrio de Quarentena Costa Laboratrio de Quarentena Costa Lima Lima , cujas misso, infra-estrutura e servios sero aqui apresentados.

  • NDICENDICEApresentao

    Infra-estrutura do LQCrea quarentenada

    rea no quarentenada

    Como Introduzir um agentede controle biolgico

    Equipe

    Contato

    Como Exportar um agentede controle biolgico

    Alerta QuarentenrioCustos de introduo

    Crditos

    Voltar ao incio

    Intercmbio 1991-2003

  • Laboratrio de Quarentena Costa Lima Laboratrio de Quarentena Costa Lima -- LQC LQC

    O LQC, localizado na Embrapa Meio Ambiente, em Jaguarina, SP foi criado para desenvolver pesquisas com inimigos naturais para o controle de pragas, patgenos e plantas invasoras, naturalizadas ou de recente introduo.

  • O LQC foi credenciado pelo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA), em 1991, para avaliar tecnicamente a convenincia de introdues de inimigos naturais exticos no Brasil, atendendo a solicitaes de instituies de pesquisa do pas e do exterior.

    Laboratrio de Quarentena Costa Lima Laboratrio de Quarentena Costa Lima -- LQC LQC

  • O Laboratrio foi construdo especialmente para fornecer condies fsicas seguras realizao de estudos em condies de mxima segurana, impedindo assim o escape dos organismos introduzidos e de seus possveis contaminantes.

    Laboratrio de Quarentena Costa Lima Laboratrio de Quarentena Costa Lima -- LQC LQC

  • O Laboratrio segue as normas e procedimentos quarentenrios para o intercmbio de organismos vivos para pesquisa com controle biolgico de pragas, doenas, plantas invasoras e outros fins cientficos, que foram aprovadas pela Portaria 74, de maro de 1994, e pela Instruo Normativa n1, de 15 de dezembro de 1998 do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA)

    Laboratrio de Quarentena Costa Lima Laboratrio de Quarentena Costa Lima -- LQC LQC

  • Laboratrio de Quarentena Costa Lima Laboratrio de Quarentena Costa Lima -- LQC LQC

    Fomentar o controle biolgico de pragas de importncia agropecuria, quarentenrias ou no, pela prospeco, introduo, quarentena e liberao de inimigos naturais ou antagonistas exticos, ou pela seleo de inimigos naturais ou antagonistas nativos.

    MISSOMISSO

  • ATRIBUIES GERAISATRIBUIES GERAIS

    Manter registros dos processosConfirmar a espcie introduzida

    Promover intercmbio e quarentena de inimigos naturaisDesenvolver tcnicas preliminares para reproduo

    Manter condies ideais para criao dos organismosAssegurar a liberao somente do organismo desejado

    Garantir a segurana de cada introduo

    Laboratrio de Quarentena Costa Lima Laboratrio de Quarentena Costa Lima -- LQC LQC

    ndice

  • rea total:rea total: 950 m950 m22

    rea quarentenada:rea quarentenada: 360 m360 m22

    INFRAINFRA--ESTRUTURA ESTRUTURA

  • Alarmeluminosoe sonoro

    Entradarestrita

    Interfone

    Chuveiro

    Detalhes

    Entrada da rea Entrada da rea quarentenadaquarentenada

    A entrada na rea de segurana do laboratrio restrita s pessoas autorizadas e possui um conjunto de normas que devem ser seguidas por todos os funcionrios e visitantes.

    Todas as pessoas devem registrar sua entrada e sada da rea quarentenada .

    Registrode entrada

    e sada

    Deve-se evitar entrar e sair desnecessariamente da rea quarentenada. As aes no interior desta rea devem ser programadas de forma a regular o fluxo de pessoas.

    ndice

  • Porta externa Porta Interna

    O sinal luminoso se acende sempre que umas das portas aberta. Caso as duas portas (externa e interna) sejam abertas ao mesmo tempo ou se uma das portas

    permanecer mais de 15 segundos aberta, disparado um alarme sonoro.

    O sinal luminoso se acende sempre que umas das portas aberta. Caso as duas portas (externa e interna) sejam abertas ao mesmo tempo ou se uma das portas

    permanecer mais de 15 segundos aberta, disparado um alarme sonoro.

    Ver animaoe vdeo

    Ante-sala

    Voltar

  • Clique sobre o vdeo

    Voltar

    rea externa

    rea quarentenada

    Clique para ver animao

    Ante-sala 1

    Ante-sala 2

    Ante-sala 3

    Armadilhaluminosa

    Jalecos (aventais)

  • Entre as portas externa e interna h trs ante-salas com sistema de

    presso negativa que faz com que, ao abrir as portas, o ar entre e fique preso

    no interior das salas.

    Entre as portas externa e interna h trs ante-salas com sistema de

    presso negativa que faz com que, ao abrir as portas, o ar entre e fique preso

    no interior das salas.

    As paredes so pintadas de preto e h uma armadilha luminosa instalada, de

    forma a atrair os insetos que porventura entrem nestas salas.

    As paredes so pintadas de preto e h uma armadilha luminosa instalada, de

    forma a atrair os insetos que porventura entrem nestas salas.Voltar

  • O solicitante da introduo pode acompanhar a abertura das amostras pelo lado externo e se comunicar com os tcnicos por interfone.

    O solicitante da introduo pode acompanhar a abertura das amostras pelo lado externo e se comunicar com os tcnicos por interfone.

    Sala de segurana mximaSala de segurana mxima

    Na sala de segurana mxima as embalagens so abertas, o material biolgico separado e acondicionado propriamente e enviado para os laboratrios onde ser analisado.

    Na sala de segurana mxima as embalagens so abertas, o material biolgico separado e acondicionado propriamente e enviado para os laboratrios onde ser analisado.

  • Vista externa do incineradorVista externa do incinerador

    Aps separao do material biolgico, as embalagens so incineradas.

    Aps separao do material biolgico, as embalagens so incineradas.

  • Caso no seja possvel incinerar o material das embalagens, ou seja detectado algum problema com o material biolgico, estes so autoclavados antes do descarte.

    Caso no seja possvel incinerar o material das embalagens, ou seja detectado algum problema com o material biolgico, estes so autoclavados antes do descarte.

  • Laboratrio 1Laboratrio 1MICRORGANISMOSMICRORGANISMOS

    Laboratrio 2Laboratrio 2INSETOSINSETOS

    Ver detalhes Ver detalhes

    Aps separado, o material biolgico encaminhado para os laboratrios correspondentes.

    Aps separado, o material biolgico encaminhado para os laboratrios correspondentes.

    ndice

  • Cmara de Crescimento -controle de ciclos de luz, temperatura e umidade

    relativa

    Cmara de Crescimento -controle de ciclos de luz, temperatura e umidade

    relativaO laboratrio 1 possui toda a

    infra-estrutura necessria para trabalhar com segurana

    com fungos, bactrias e nematides.

    O laboratrio 1 possui toda a infra-estrutura necessria

    para trabalhar com segurana com fungos, bactrias e

    nematides.Voltar

  • O laboratrio 2 possui toda a infra-estrutura necessria

    para trabalhar com segurana com insetos e caros.

    O laboratrio 2 possui toda a infra-estrutura necessria

    para trabalhar com segurana com insetos e caros.

    Voltar

  • Controle defotoperodo Sistema de ar

    condicionadoN

    ebul

    izad

    ores

    Cada laboratrio possui duas casas de vegetao associadas, com controle de temperatura, iluminao e sistema de nebulizao

    Cada laboratrio possui duas casas de vegetao associadas, com controle de temperatura, iluminao e sistema de nebulizao

    Vidro

    s

    arama

    dos

    Os vidros externos so duplos e aramados, para evitar que se quebrem e abram buracos

    Os vidros externos so duplos e aramados, para evitar que se quebrem e abram buracos

    Cada laboratrio possui duas casas de vegetao associadas, com controle de temperatura, iluminao e sistema de nebulizao.

    Cada laboratrio possui duas casas de vegetao associadas, com controle de temperatura, iluminao e sistema de nebulizao.

  • Os jalecos (aventais) utilizados no trabalho em quarentena so lavados no prprio laboratrio, que conta com uma lavanderia.

    Os jalecos (aventais) utilizados no trabalho em quarentena so lavados no prprio laboratrio, que conta com uma lavanderia. ndice

  • REA DE APOIO (instalaes no REA DE APOIO (instalaes no quarentenadasquarentenadas))

    Laboratrio central

    Sala esterilizao

    Museu

    Salas de criao/crescimento

    Telados/casas de vegetao

    Depsito

    rea de campo

    ndice

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  • No Museu so mantidas espcimes voucher de todos insetos introduzidos pelo Laboratrio. Cada inseto catalogado, montado e acondicionado em caixas adequadas para sua manuteno

    No Museu so mantidas espcimes voucher de todos insetos introduzidos pelo Laboratrio. Cada inseto catalogado, montado e acondicionado em caixas adequadas para sua manuteno

    No caso de introduo de microrganismos, culturas puras so depositadas em colees oficiais no Brasil

    No caso de introduo de microrganismos, culturas puras so depositadas em colees oficiais no Brasil

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  • Continuar

    Marcelo A. B. Morandi(19) 3311-2693

    [email protected]

    Luiz Alexandre N. de S(19) 3311-2692

    [email protected]

    Franco Lucchini

    Fernando J. Tambasco

    Pesquisadores

  • Tcnicosndice

    Elen R. dos Santos(19) 3311.2695

    [email protected]

    Elias G. de Almeida(19) 3311.2720

    [email protected]

    Gilberto R. de Almeida(19) 3311.2732

    [email protected]

    Roberto A. A. Pereira(19) 3311.2732

    [email protected]

  • EmbrapaMeio

    Ambiente

    DDIV/SDADDIV/SDA(BSB(BSB--DF)DF)

    Instituies Pblicas e Privadas

    DFADFA(ESTADOS)(ESTADOS)

    Unidadesda

    EMBRAPA

    MAPAMAPA

    DFA DFA -- Delegacia Federal de Agricultura e AbastecimentoDelegacia Federal de Agricultura e AbastecimentoDDIV DDIV -- Departamento de Defesa e Inspeo VegetalDepartamento de Defesa e Inspeo Vegetal

    SDA SDA -- Secretaria da Defesa AgropecuriaSecretaria da Defesa Agropecuria

    O pedido de introduo de um agente de controle O pedido de introduo de um agente de controle biolgico tem o seguinte fluxograma:biolgico tem o seguinte fluxograma:

    Comoproceder

    Fonte: S et.al, 2000

  • RequisitosRequisitos(Descreve como fazer um pedido de importao)(Descreve como fazer um pedido de importao)

    RequerimentoRequerimento(Formulrio para pedidos de importao)(Formulrio para pedidos de importao)

    Clique sobre a informao desejada

    Decreto 4.074Decreto 4.074((Instrues para obteno de RETInstrues para obteno de RET))

  • Durao mdia de um processo de introduoDurao mdia de um processo de introduo

    Avaliao tcnica do pedido de importao

    Emisso da permisso de importao

    Importao

    Processamento dos organismos em

    quarentena

    Expedio dos organismos para

    liberao

    Acompanhamento dos projetos de introduo

    Separao de contaminantesIdentificao dos organismos

    Especificidade hospedeiraEstudos de efeitos indiretos

    dos organismos

    30-60 dias

    30-60 dias

    Responsabilidadedo solicitante

    Varivel para cada organismo

    At 2 anosaps a

    liberao

    ndice

  • So divididos em duas partes: PROCESSO e QUARENTENA.

    importante salientar que o valor cobrado cobre apenas parte dos custos reais do processo e que, portanto, no se configura

    em lucro para o LQC.

    1. PROCESSO: Envolve os custos com a avaliao do processo e recebimento do material (despesas administrativas com fax/telefone, correio, xerox, transporte, despachante e outros)

    2. QUARENTENA: Envolve os custos com a permanncia, manuseio e identificao do material em quarentena. cobrado um valor dirio que varia para cada caso.

    Ver Planilha de Custos ndice

  • Processo LQCL # Data inicial

    Custo administrativo Custo de material

    Data incioData fimNmero de DiasDiria de Permanncia R$ 0,00

    Subtotal (dirias)

    CUSTO TOTAL

    Data final do processoDurao do processo

    Data da impresso

    Acompanhamento de custo de introduo

    Quarentena

    Planilha de custos de introduo

    Custo administrativo

    Custo de material de consumo para manuseio do organismo

    Calculada com base na demanda de trabalho e necessidade de uso de equipamentos

    Custo total. Varivel caso a caso. Em geral, entre R$700,00 e R$2.000,00

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  • A exportaoexportao de organismos para fins cientficos de responsabilidade do IBAMAIBAMA

    REQUISITOS Projeto de pesquisa Formulrio importao/exportao preenchido e assinado Declarao de que no haver acesso a componente do

    patrimnio gentico e/ou desenvolvimento tecnolgico (caso sim, o processo dever ser analisado pela Conselho de Gesto do Patrimnio Gentico - CGEN)

    A documentao dever ser enviada para a Coordenao Geral de Fauna do IBAMA para anlise.

    Consulte o site do IBAMA: http://www.ibama.gov.brndice

    http://www.ibama.gov.br/

  • Alerta Quarentenrio !Alerta Quarentenrio !

    ndice

    O ALERTA QUARENTENRIO um servio prestado pelo LQC, em conjunto com o MAPA, e que tem o objetivo de alertar sobre o perigo de entrada de pragas exticas de culturas importantes e que se encontram em pases vizinhos ou em pases exportadores de material vegetal para o BrasilO ALERTA feito por meio de campanhas de conscientizao e divulgao das caractersticas da praga em questo em portos, aeroportos e outros pontos de entrada de pessoas e materiais.

    Ver exemplo

  • Voltar

  • http://[email protected]

    [email protected]: 0xx19 3311-2653 / Fax 0xx19 3311-2640

    Rodovia SP 340, Km 127,5 CEP 13820-000, Caixa Postal 69,Jaguarina-SP

    ndice

    http://www.cnpma.embrapa.br/

  • ndice

    Concepo e Arte:

    Fotos:

    Marcelo A. B. Morandi

    Franco Lucchini

    Textos, Vdeo e Animao:

    Marcelo A. B. Morandi

    Marcelo A. B. Morandi

    Realizao:LQC -

    Laboratrio de Quarentena Costa Lima

    Colaborao:Equipe do LQC

    Fernando J. Tambasco

  • Autor(es)

    Luiz Alexandre Nogueira de S, Franco Lucchini, Fernando Junqueira Tambasco, Elisabeth Ap. Baptista de Nardo, Gilberto Jos de Moraes .

    Regimento interno e normas de funcionamento do laboratrio de quarentena

    O Laboratrio de Quarentena "Costa Lima", localizado na Embrapa Meio Ambiente, em Jaguarina, SP, foi credenciado a partir de 1991 para desempenhar atividades relativas s introdues de agentes de controle biolgico no pas, atravs da Portaria n 106, de 14 de novembro de 1991 (Anexo I) expedida pelo Ministrio da Agricultura e do Abastecimento(MA). Posteriormente, foram estabelecidos neste laboratrio, de acordo com a Instruo Normativa n 1, de 15 de dezembro de 1998 (Anexo II), os procedimentos para importao de material destinado pesquisa cientfica. Tambm a Instruo Normativa n 16, de 29 de dezembro de 1999 (Anexo III) aprovou as Normas para Cadastramento e Credenciamento de Estaes Quarentenrias para Vegetais, Partes de Vegetais e Organismos Vivos.

    Pginas 44 Preo R$ 5,00 Cdigo: 3-RIN

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  • Legislao em Vigilncia Sanitria

    DECRETO N 4.074, DE 4 DE JANEIRO DE 2002

    Regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispe sobre a pesquisa, a experimentao, a produo, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercializao, a propaganda comercial, a utilizao, a importao, a exportao, o destino final dos resduos e embalagens, o registro, a classificao, o controle, a inspeo e a fiscalizao de agrotxicos, seus componentes e afins, e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, DECRETA:

    Captulo I Das Disposies Preliminares

    Art. 1o Para os efeitos deste Decreto, entende-se por:

    I - aditivo - substncia ou produto adicionado a agrotxicos, componentes e afins, para melhorar sua ao, funo, durabilidade, estabilidade e deteco ou para facilitar o processo de produo;

    II - adjuvante - produto utilizado em mistura com produtos formulados para melhorar a sua aplicao; III - agente biolgico de controle - o organismo vivo, de ocorrncia natural ou obtido por manipulao

    gentica, introduzido no ambiente para o controle de uma populao ou de atividades biolgicas de outro

    organismo vivo considerado nocivo;

    IV - agrotxicos e afins - produtos e agentes de processos fsicos, qumicos ou biolgicos, destinados ao uso

    nos setores de produo, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrcolas, nas pastagens, na

    proteo de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hdricos e

    industriais, cuja finalidade seja alterar a composio da flora ou da fauna, a fim de preserv-las da ao danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substncias e produtos empregados como

    desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento;

    V - centro ou central de recolhimento - estabelecimento mantido ou credenciado por um ou mais fabricantes e registrantes, ou conjuntamente com comerciantes, destinado ao recebimento e armazenamento provisrio

    de embalagens vazias de agrotxicos e afins dos estabelecimentos comerciais, dos postos de recebimento ou diretamente dos usurios;

    VI - comercializao - operao de compra, venda ou permuta dos agrotxicos, seus componentes e afins;

    VII - componentes - princpios ativos, produtos tcnicos, suas matrias-primas, ingredientes inertes e

    aditivos usados na fabricao de agrotxicos e afins;

    VIII - controle - verificao do cumprimento dos dispositivos legais e requisitos tcnicos relativos a

    agrotxicos, seus componentes e afins;

    IX - embalagem - invlucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removvel ou no, destinado a conter, cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter os agrotxicos, seus componentes e afins;

  • X - Equipamento de Proteo Individual (EPI) - todo vesturio, material ou equipamento destinado a

    proteger pessoa envolvida na produo, manipulao e uso de agrotxicos, seus componentes e afins;

    XI - exportao - ato de sada de agrotxicos, seus componentes e afins, do Pas para o exterior;

    XII - fabricante - pessoa fsica ou jurdica habilitada a produzir componentes; XIII - fiscalizao - ao direta dos rgos competentes, com poder de polcia, na verificao do

    cumprimento da legislao especifica;

    XIV - formulador - pessoa fsica ou jurdica habilitada a produzir agrotxicos e afins; XV - importao - ato de entrada de agrotxicos, seus componentes e afins, no Pas;

    XVI - impureza - substncia diferente do ingrediente ativo derivada do seu processo de produo; XVII - ingrediente ativo ou princpio ativo - agente qumico, fsico ou biolgico que confere eficcia aos

    agrotxicos e afins;

    XVIII - ingrediente inerte ou outro ingrediente - substncia ou produto no ativo em relao eficcia dos

    agrotxicos e afins, usado apenas como veculo, diluente ou para conferir caractersticas prprias s

    formulaes;

    XIX - inspeo - acompanhamento, por tcnicos especializados, das fases de produo, transporte,

    armazenamento, manipulao, comercializao, utilizao, importao, exportao e destino final dos agrotxicos, seus componentes e afins, bem como de seus resduos e embalagens;

    XX - intervalo de reentrada - intervalo de tempo entre a aplicao de agrotxicos ou afins e a entrada de

    pessoas na rea tratada sem a necessidade de uso de EPI; XXI - intervalo de segurana ou perodo de carncia, na aplicao de agrotxicos ou afins:

    a) antes da colheita: intervalo de tempo entre a ltima aplicao e a colheita; b) ps-colheita: intervalo de tempo entre a ltima aplicao e a comercializao do produto tratado;

    c) em pastagens: intervalo de tempo entre a ltima aplicao e o consumo do pasto;

    d) em ambientes hdricos: intervalo de tempo entre a ltima aplicao e o reincio das atividades de

    irrigao, dessedentao de animais, balneabilidade, consumo de alimentos provenientes do local e captao

    para abastecimento pblico; e

    e) em relao a culturas subseqentes: intervalo de tempo transcorrido entre a ltima aplicao e o plantio

    consecutivo de outra cultura. XXII - Limite Mximo de Resduo (LMR) - quantidade mxima de resduo de agrotxico ou afim oficialmente

    aceita no alimento, em decorrncia da aplicao adequada numa fase especfica, desde sua produo at o

    consumo, expressa em partes (em peso) do agrotxico, afim ou seus resduos por milho de partes de alimento (em peso) (ppm ou mg/kg);

    XXIII - manipulador - pessoa fsica ou jurdica habilitada e autorizada a fracionar e reembalar agrotxicos e afins, com o objetivo especfico de comercializao;

    XXIV - matria-prima - substncia, produto ou organismo utilizado na obteno de um ingrediente ativo, ou

    de um produto que o contenha, por processo qumico, fsico ou biolgico;

    XXV - mistura em tanque - associao de agrotxicos e afins no tanque do equipamento aplicador,

    imediatamente antes da aplicao;

    XXVI - novo produto - produto tcnico, pr-mistura ou produto formulado contendo ingrediente ativo ainda

    no registrado no Brasil; XXVII - pas de origem - pas em que o agrotxico, componente ou afim produzido;

    XXVIII - pas de procedncia - pas exportador do agrotxico, componente ou afim para o Brasil;

    XXIX - pesquisa e experimentao - procedimentos tcnico-cientficos efetuados visando gerar informaes e conhecimentos a respeito da aplicabilidade de agrotxicos, seus componentes e afins, da sua eficincia e dos

    seus efeitos sobre a sade humana e o meio ambiente;

  • XXX - posto de recebimento - estabelecimento mantido ou credenciado por um ou mais estabelecimentos

    comerciais ou conjuntamente com os fabricantes, destinado a receber e armazenar provisoriamente

    embalagens vazias de agrotxicos e afins devolvidas pelos usurios;

    XXXI - pr-mistura - produto obtido a partir de produto tcnico, por intermdio de processos qumicos, fsicos ou biolgicos, destinado exclusivamente preparao de produtos formulados;

    XXXII - prestador de servio - pessoa fsica ou jurdica habilitada a executar trabalho de aplicao de

    agrotxicos e afins; XXXIII - produo - processo de natureza qumica, fsica ou biolgica para obteno de agrotxicos, seus

    componentes e afins; XXXIV - produto de degradao - substncia ou produto resultante de processos de degradao, de um

    agrotxico, componente ou afim;

    XXXV - produto formulado - agrotxico ou afim obtido a partir de produto tcnico ou de, pr-mistura, por

    intermdio de processo fsico, ou diretamente de matrias-primas por meio de processos fsicos, qumicos ou

    biolgicos;

    XXXVI - produto formulado equivalente - produto que, se comparado com outro produto formulado j

    registrado, possui a mesma indicao de uso, produtos tcnicos equivalentes entre si, a mesma composio qualitativa e cuja variao quantitativa de seus componentes no o leve a expressar diferena no perfil

    toxicolgico e ecotoxicolgico frente ao do produto em referncia;

    XXXVII - produto tcnico - produto obtido diretamente de matrias-primas por processo qumico, fsico ou biolgico, destinado obteno de produtos formulados ou de pr-misturas e cuja composio contenha teor

    definido de ingrediente ativo e impurezas, podendo conter estabilizantes e produtos relacionados, tais como ismeros;

    XXXVIII - produto tcnico equivalente - produto que tem o mesmo ingrediente ativo de outro produto tcnico

    j registrado, cujo teor, bem como o contedo de impurezas presentes, no variem a ponto de alterar seu

    perfil toxicolgico e ecotoxicolgico;

    XXXIX - receita ou receiturio: prescrio e orientao tcnica para utilizao de agrotxico ou afim, por

    profissional legalmente habilitado;

    XL - registrante de produto - pessoa fsica ou jurdica legalmente habilitada que solicita o registro de um agrotxico, componente ou afim;

    XLI - registro de empresa e de prestador de servios - ato dos rgos competentes estaduais, municipais e

    do Distrito Federal que autoriza o funcionamento de um estabelecimento produtor, formulador, importador, exportador, manipulador ou comercializador, ou a prestao de servios na aplicao de agrotxicos e afins;

    XLII - registro de produto - ato privativo de rgo federal competente, que atribui o direito de produzir, comercializar, exportar, importar, manipular ou utilizar um agrotxico, componente ou afim;

    XLIII - Registro Especial Temporrio - RET - ato privativo de rgo federal competente, destinado a atribuir o

    direito de utilizar um agrotxico, componente ou afim para finalidades especficas em pesquisa e

    experimentao, por tempo determinado, podendo conferir o direito de importar ou produzir a quantidade

    necessria pesquisa e experimentao;

    XLIV - resduo - substncia ou mistura de substncias remanescente ou existente em alimentos ou no meio

    ambiente decorrente do uso ou da presena de agrotxicos e afins, inclusive, quaisquer derivados especficos, tais como produtos de converso e de degradao, metablitos, produtos de reao e

    impurezas, consideradas toxicolgica e ambientalmente importantes;

    XLV - titular de registro - pessoa fsica ou jurdica que detm os direitos e as obrigaes conferidas pelo registro de um agrotxico, componente ou afim; e

    XLVI - Venda aplicada - operao de comercializao vinculada prestao de servios de aplicao de

  • agrotxicos e afins, indicadas em rtulo e bula.

    Captulo II

    DAS COMPETNCIAS

    Art. 2o Cabe aos Ministrios da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, Sade e do Meio Ambiente, no mbito de suas respectivas reas de competncias:

    I - estabelecer as diretrizes e exigncias relativas a dados e informaes a serem apresentados pelo

    requerente para registro e reavaliao de registro dos agrotxicos, seus componentes e afins; II - estabelecer diretrizes e exigncias objetivando minimizar os riscos apresentados por agrotxicos, seus

    componentes e afins; III - estabelecer o limite mximo de resduos e o intervalo de segurana dos agrotxicos e afins;

    IV - estabelecer os parmetros para rtulos e bulas de agrotxicos e afins;

    V - estabelecer metodologias oficiais de amostragem e de anlise para determinao de resduos de

    agrotxicos e afins em produtos de origem vegetal, animal, na gua e no solo;

    VI - promover a reavaliao de registro de agrotxicos, seus componentes e afins quando surgirem indcios

    da ocorrncia de riscos que desaconselhem o uso de produtos registrados ou quando o Pas for alertado

    nesse sentido, por organizaes internacionais responsveis pela sade, alimentao ou meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatrio de acordos;

    VII - avaliar pedidos de cancelamento ou de impugnao de registro de agrotxicos, seus componentes e

    afins; VIII - autorizar o fracionamento e a reembalagem dos agrotxicos e afins;

    IX - controlar, fiscalizar e inspecionar a produo, a importao e a exportao dos agrotxicos, seus componentes e afins, bem como os respectivos estabelecimentos;

    X - controlar a qualidade dos agrotxicos, seus componentes e afins frente s caractersticas do produto

    registrado;

    XI - desenvolver aes de instruo, divulgao e esclarecimento sobre o uso correto e eficaz dos

    agrotxicos e afins;

    XII - prestar apoio s Unidades da Federao nas aes de controle e fiscalizao dos agrotxicos, seus

    componentes e afins; XIII - indicar e manter representantes no Comit Tcnico de Assessoramento para Agrotxicos de que trata o

    art. 95;

    XIV - manter o Sistema de Informaes sobre Agrotxicos - SIA, referido no art. 94; e XV - publicar no Dirio Oficial da Unio o resumo dos pedidos e das concesses de registro.

    Art. 3o Cabe aos Ministrios da Agricultura, Pecuria e Abastecimento e da Sade, no mbito de suas respectivas reas de competncia monitorar os resduos de agrotxicos e afins em produtos de origem

    vegetal.

    Art. 4o Cabe aos Ministrios da Agricultura, Pecuria e Abastecimento e do Meio Ambiente registrar os

    componentes caracterizados como matrias-primas, ingredientes inertes e aditivos, de acordo com diretrizes

    e exigncias dos rgos federais da agricultura, da sade e do meio ambiente.

    Art. 5o Cabe ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento:

    I - avaliar a eficincia agronmica dos agrotxicos e afins para uso nos setores de produo, armazenamento e beneficiamento de produtos agrcolas, nas florestas plantadas e nas pastagens; e

    II - conceder o registro, inclusive o RET, de agrotxicos, produtos tcnicos, pr-misturas e afins para uso nos

    setores de produo, armazenamento e beneficiamento de produtos agrcolas, nas florestas plantadas e nas pastagens, atendidas as diretrizes e exigncias dos Ministrios da Sade e do Meio Ambiente.

    Art. 6o Cabe ao Ministrio da Sade:

  • I - avaliar e classificar toxicologicamente os agrotxicos, seus componentes, e afins;

    II - avaliar os agrotxicos e afins destinados ao uso em ambientes urbanos, industriais, domiciliares, pblicos

    ou coletivos, ao tratamento de gua e ao uso em campanhas de sade pblica, quanto eficincia do

    produto; III - realizar avaliao toxicolgica preliminar dos agrotxicos, produtos tcnicos, pr-misturas e afins,

    destinados pesquisa e experimentao;

    IV - estabelecer intervalo de reentrada em ambiente tratado com agrotxicos e afins; V - conceder o registro, inclusive o RET, de agrotxicos, produtos tcnicos, pr-misturas e afins destinados

    ao uso em ambientes urbanos, industriais, domiciliares, pblicos ou coletivos, ao tratamento de gua e ao uso em campanhas de sade pblica atendidas as diretrizes e exigncias dos Ministrios da Agricultura e do

    Meio Ambiente; e

    VI - monitorar os resduos de agrotxicos e afins em produtos de origem animal.

    Art. 7o Cabe ao Ministrio do Meio Ambiente:

    I - avaliar os agrotxicos e afins destinados ao uso em ambientes hdricos, na proteo de florestas nativas e

    de outros ecossistemas, quanto eficincia do produto;

    II - realizar a avaliao ambiental, dos agrotxicos, seus componentes e afins, estabelecendo suas classificaes quanto ao potencial de periculosidade ambiental;

    III - realizar a avaliao ambiental preliminar de agrotxicos, produto tcnico, pr-mistura e afins destinados

    pesquisa e experimentao; e IV - conceder o registro, inclusive o RET, de agrotxicos, produtos tcnicos e pr-misturas e afins destinados

    ao uso em ambientes hdricos, na proteo de florestas nativas e de outros ecossistemas, atendidas as diretrizes e exigncias dos Ministrios da Agricultura, Pecuria e Abastecimento e da Sade.

    Captulo III

    DOS REGISTROS

    Seo I

    Do Registro do Produto

    Art. 8o Os agrotxicos, seus componentes e afins s podero ser produzidos, manipulados, importados,

    exportados, comercializados e utilizados no territrio nacional se previamente registrados no rgo federal competente, atendidas as diretrizes e exigncias dos rgos federais responsveis pelos setores de

    agricultura, sade e meio ambiente.

    Pargrafo nico. Os certificados de registro sero expedidos pelos rgos federais competentes, contendo no mnimo o previsto no Anexo I.

    Art. 9o Os requerentes e titulares de registro fornecero, obrigatoriamente, aos rgos federais responsveis pelos setores de agricultura, sade e meio ambiente, as inovaes concernentes aos dados apresentados

    para registro e reavaliao de registro dos seus produtos.

    Art. 10. Para obter o registro ou a reavaliao de registro de produtos tcnicos, pr-misturas, agrotxicos e

    afins, o interessado deve apresentar, em prazo no superior a cinco dias teis, a contar da data da primeira

    protocolizao do pedido, a cada um dos rgos responsveis pelos setores de agricultura, sade e meio

    ambiente, requerimento em duas vias, conforme Anexo II, acompanhado dos respectivos relatrios e de

    dados e informaes exigidos, por aqueles rgos, em normas complementares. 1o Ao receber o pedido de registro ou de reavaliao de registro, os rgos responsveis atestaro, em

    uma das vias do requerimento, a data de recebimento do pleito com a indicao do respectivo nmero de

    protocolo. 2o O registro de produto equivalente ser realizado com observncia dos critrios de equivalncia da

    Organizao das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao - FAO, sem prejuzo do atendimento a

  • normas complementares estabelecidas pelos rgos responsveis pelos setores de agricultura, sade e meio

    ambiente.

    3o O requerente de registro de produto equivalente dever fornecer os dados e documentos exigidos no

    Anexo II, itens 1 a 11, 15, 16 e, quando se tratar de produto formulado, 17. 4o Para o registro de produtos formulados importados, ser exigido o registro do produto tcnico.

    Art. 11. O registro, bem como o RET de produtos e agentes de processos biolgicos geneticamente

    modificados que se caracterizem como agrotxicos e afins, ser realizado de acordo com critrios e exigncias estabelecidos na legislao especfica.

    Art. 12. Os produtos de baixa toxicidade e periculosidade tero a tramitao de seus processos priorizada, desde que aprovado pelos rgos federais competentes o pedido de prioridade, devidamente justificado,

    feito pelos requerentes do registro.

    Pargrafo nico. Os rgos federais competentes definiro em normas complementares os critrios para

    aplicabilidade do disposto no caput deste artigo.

    Art. 13. Os agrotxicos, seus componentes e afins que apresentarem indcios de reduo de sua eficincia

    agronmica, alterao dos riscos sade humana ou ao meio ambiente podero ser reavaliados a qualquer

    tempo e ter seus registros mantidos, alterados, suspensos ou cancelados. Art. 14. O rgo registrante do agrotxico, componente ou afim dever publicar no Dirio Oficial da Unio,

    no prazo de at trinta dias da data do protocolo do pedido e da data da concesso ou indeferimento do

    registro, resumo contendo: I - do pedido:

    a) nome do requerente; b) marca comercial do produto;

    c) nome qumico e comum do ingrediente ativo;

    d) nome cientfico, no caso de agente biolgico;

    e) motivo da solicitao; e

    f) indicao de uso pretendido.

    II - da concesso ou indeferimento do registro:

    a) nome do requerente ou titular; b) marca comercial do produto;

    c) resultado do pedido e se indeferido, o motivo;

    d) fabricante(s) e formulador(es); e) nome qumico e comum do ingrediente ativo;

    f) nome cientfico, no caso de agente biolgico; g) indicao de uso aprovada;

    h) classificao toxicolgica; e

    i) classificao do potencial de periculosidade ambiental.

    Art. 15. Os rgos federais competentes devero realizar a avaliao tcnico-cientfica, para fins de registro

    ou reavaliao de registro, no prazo de at cento e vinte dias, contados a partir da data do respectivo

    protocolo.

    1o A contagem do prazo ser suspensa caso qualquer dos rgos avaliadores solicite por escrito e fundamentadamente, documentos ou informaes adicionais, reiniciando a partir do atendimento da

    exigncia, acrescidos trinta dias.

    2o A falta de atendimento a pedidos complementares no prazo de trinta dias implicar o arquivamento do processo e indeferimento do pleito pelo rgo encarregado do registro, salvo se apresentada, formalmente,

    justificativa tcnica considerada procedente pelo rgo solicitante, que poder conceder prazo adicional,

  • seguido, obrigatoriamente, de comunicao aos demais rgos para as providncias cabveis.

    3o Quando qualquer rgo estabelecer restrio ao pleito do registrante dever comunicar aos demais

    rgos federais envolvidos.

    4o O rgo federal encarregado do registro dispor de at trinta dias, contados da disponibilizao dos resultados das avaliaes dos rgos federais envolvidos, para conceder ou indeferir a solicitao do

    requerente.

    Art. 16. Para fins de registro, os produtos destinados exclusivamente exportao ficam dispensados da apresentao dos estudos relativos eficincia agronmica, determinao de resduos em produtos

    vegetais e outros que podero ser estabelecidos em normas complementares pelos rgos responsveis pelos setores de agricultura, sade e meio ambiente.

    Art. 17. O rgo federal registrante expedir, no prazo de sessenta dias da entrega do pedido, certificado de

    registro para exportao de agrotxicos, seus componentes e afins j registrados com nome comercial

    diferente daquele com o qual ser exportado, mediante a apresentao, pelo interessado, ao rgo

    registrante, de cpia do certificado de registro e de requerimento contendo as seguintes informaes:

    I - destino final do produto; e

    II - marca comercial no pas de destino. Pargrafo nico. Concomitantemente expedio do certificado, o rgo federal registrante comunicar o

    fato aos demais rgos federais envolvidos, responsveis pelos setores de agricultura, sade ou meio

    ambiente, atendendo os acordos e convnios dos quais o Brasil seja signatrio. Art. 18. O registro de agrotxicos, seus componentes e afins para uso em emergncias quarentenrias,

    fitossanitrias, sanitrias e ambientais ser concedido por prazo previamente determinado, de acordo com as diretrizes e exigncias dos rgos responsveis pelos setores de agricultura, sade e meio ambiente.

    Art. 19. Quando organizaes internacionais responsveis pela sade, alimentao ou meio ambiente, das

    quais o Brasil seja membro integrante ou signatrio de acordos e convnios, alertarem para riscos ou

    desaconselharem o uso de agrotxicos, seus componentes e afins, caber aos rgos federais de agricultura,

    sade e meio ambiente, avaliar imediatamente os problemas e as informaes apresentadas.

    Pargrafo nico. O rgo federal registrante, ao adotar as medidas necessrias ao atendimento das

    exigncias decorrentes da avaliao, poder: I - manter o registro sem alteraes;

    II - manter o registro, mediante a necessria adequao;

    III - propor a mudana da formulao, dose ou mtodo de aplicao; IV - restringir a comercializao;

    V - proibir, suspender ou restringir a produo ou importao; VI - proibir, suspender ou restringir o uso; e

    VII - cancelar ou suspender o registro.

    Art. 20. O registro de novo produto agrotxico, seus componentes e afins somente ser concedido se a sua

    ao txica sobre o ser humano e o meio ambiente for, comprovadamente, igual ou menor do que a

    daqueles j registrados para o mesmo fim.

    Pargrafo nico. Os critrios de avaliao sero estabelecidos em instrues normativas complementares dos

    rgos competentes, considerando prioritariamente os seguintes parmetros: I - toxicidade;

    II - presena de problemas toxicolgicos especiais, tais como: neurotoxicidade, fetotoxicidade, ao

    hormonal e comportamental e ao reprodutiva; III - persistncia no ambiente;

    IV - bioacumulao;

  • V - forma de apresentao; e

    VI - mtodo de aplicao.

    Art. 21. O requerente ou titular de registro deve apresentar, quando solicitado, amostra e padres analticos

    considerados necessrios pelos rgos responsveis pelos setores de agricultura, sade e meio ambiente. Art. 22. Ser cancelado o registro de agrotxicos, seus componentes e afins sempre que constatada

    modificao no autorizada pelos rgos federais dos setores de agricultura, sade e meio ambiente em

    frmula, dose, condies de fabricao, indicao de aplicao e especificaes enunciadas em rtulo e bula, ou outras modificaes em desacordo com o registro concedido.

    1o As alteraes de marca comercial, razo social e as transferncias de titularidade de registro podero ser processadas pelo rgo federal registrante, a pedido do interessado, com imediata comunicao aos

    demais rgos envolvidos.

    2o As alteraes de natureza tcnica devero ser requeridas ao rgo federal registrante, observado o

    seguinte:

    I - sero avaliados pelos rgos federais dos setores de agricultura, sade e meio ambiente os pedidos de

    alterao de componentes, processo produtivo, fabricante e formulador, estabelecimento de doses

    superiores s registradas, aumento da freqncia de aplicao, incluso de cultura, alterao de modalidade de emprego, indicao de mistura em tanque e reduo de intervalo de segurana; e

    II - sero avaliados pelo rgo federal registrante, que dar conhecimento de sua deciso aos demais rgos

    federais envolvidos, os pedidos de incluso e excluso de alvos biolgicos, reduo de doses e excluso de culturas.

    3o Os rgos federais envolvidos tero o prazo de cento e vinte dias, contados a partir da data de recebimento do pedido de alterao, para autorizar ou indeferir o pleito.

    4o Toda autorizao de alterao de dados de registro passar a ter efeito a partir da data de sua

    publicao no Dirio Oficial da Unio, realizada pelo rgo federal registrante.

    5o Por decorrncia de alteraes procedidas na forma deste artigo, o titular do registro fica obrigado a

    proceder s alteraes nos rtulos e nas bulas.

    6o Restries de uso decorrentes de determinaes estaduais e municipais, independem de manifestao

    dos rgos federais envolvidos, devendo a eles ser imediatamente comunicadas, pelo titular do registro do agrotxico, seus componentes e afins.

    Seo II

    Do Registro de Produtos Destinados Pesquisa e Experimentao Art. 23. Os produtos tcnicos, pr-misturas, agrotxicos e afins destinados pesquisa e experimentao

    devem possuir RET. 1o Para obter o RET, o requerente dever apresentar, aos rgos federais competentes, requerimento e

    respectivos relatrios, em duas vias, conforme Anexo III, bem como dados e informaes exigidos em

    normas complementares.

    2o Entidades pblicas e privadas de ensino, assistncia tcnica e pesquisa, podero realizar

    experimentao e pesquisa e fornecer laudos no campo da agronomia e da toxicologia e relacionados com

    resduos, qumica e meio ambiente.

    3o As avaliaes toxicolgica e ambiental preliminares sero fornecidas pelos rgos competentes no prazo de sessenta dias, contados a partir da data de recebimento da documentao.

    4o O rgo federal registrante ter o prazo de quinze dias, contados a partir da data de recebimento do

    resultado das avaliaes realizadas pelos demais rgos, para conceder ou indeferir o RET. Art. 24. A pesquisa e a experimentao de produtos tcnicos, pr-misturas, agrotxicos e afins devero ser

    mantidas sob controle e responsabilidade do requerente, que responder por quaisquer danos causados

  • agricultura, ao meio ambiente e sade humana.

    1o Os produtos agrcolas e os restos de cultura, provenientes das reas tratadas com agrotxicos e afins

    em pesquisa e experimentao, no podero ser utilizados para alimentao humana ou animal.

    2o Dever ser dada destinao e tratamento adequado s embalagens, aos restos de produtos tcnicos, pr-misturas, agrotxicos e afins, aos produtos agrcolas e aos restos de culturas, de forma a garantir menor

    emisso de resduos slidos, lquidos ou gasosos no meio ambiente.

    3o O desenvolvimento das atividades de pesquisa e experimentao dever estar de acordo com as normas de proteo individual e coletiva, conforme legislao vigente.

    Art. 25. Produtos sem especificaes de ingrediente ativo somente podero ser utilizados em pesquisa e experimentao em laboratrios, casas de vegetao, estufas ou estaes experimentais credenciadas.

    Art. 26. Os produtos destinados pesquisa e experimentao no Brasil sero considerados de Classe

    Toxicolgica e Ambiental mais restritiva, no que se refere aos cuidados de manipulao e aplicao.

    Art. 27. O rgo federal competente pela concesso do RET, para experimentao de agrotxico ou afim, em

    campo, dever publicar resumos do pedido e da concesso ou indeferimento no Dirio Oficial da Unio, no

    prazo de trinta dias.

    Art. 28. O requerente dever apresentar relatrio de execuo da pesquisa, quando solicitado, de acordo com instrues complementares estabelecidas pelos rgos federais dos setores de agricultura, sade e meio

    ambiente.

    Seo III Do Registro de Componentes

    Art. 29. Os componentes caracterizados como matrias-primas, ingredientes inertes e aditivos s podero ser empregados em processos de fabricao de produtos tcnicos agrotxicos e afins se registrados e inscritos

    no Sistema de Informaes de Componentes - SIC e atendidas as diretrizes e exigncias estabelecidas pelos

    rgos federais responsveis pelos setores da agricultura, sade e meio ambiente.

    1o O SIC ser institudo sob a forma de banco de dados.

    2o Para fins de registro dos componentes e inscrio no SIC, a empresa produtora, importadora ou usuria

    dever encaminhar requerimento, em duas vias, em prazo no superior a cinco dias, a cada um dos rgos

    responsveis pelos setores de agricultura, sade e meio ambiente, conforme Anexo IV. 3o A empresa poder solicitar, em requerimento nico, o registro das matrias-primas, ingredientes inertes

    e aditivos sobre os quais tenha interesse.

    4o As matrias-primas, ingredientes inertes e aditivos j inscritos no SIC no dispensam exigncia de registro por parte de outras empresas produtoras, importadoras ou usurias.

    5o A requerente dever apresentar justificativa quando no dispuser de informao solicitada no Anexo IV. 6o Os pedidos de registro de produtos tcnicos, pr-misturas, agrotxicos e afins devero ser

    acompanhados dos pedidos de registro das respectivas matrias-primas, ingredientes inertes e aditivos, caso

    a requerente no os tenha registrado junto aos rgos federais competentes.

    7o O certificado de registro de matrias-primas, ingredientes inertes e aditivos ser concedido a cada

    empresa requerente, mediante relao por nome qumico e comum, marca comercial ou nmero do cdigo

    no "Chemical Abstract Service Registry - CAS".

    8o Os produtos tcnicos importados no necessitam ter suas matrias primas registradas. Art. 30. Os titulares de registro de produtos tcnicos, agrotxicos e afins que efetuaram o pedido de registro

    de componentes at 20 de junho de 2001, podero importar, comercializar e utilizar esses produtos at a

    concluso da avaliao do pleito pelos rgos federais competentes. Pargrafo nico. Os produtos tcnicos e formulados cujos pedidos de registro no foram solicitados na forma

    prevista no caput deste artigo tero seus registros suspensos ou cancelados.

  • Seo IV

    Das Proibies

    Art. 31. proibido o registro de agrotxicos, seus componentes e afins:

    I - para os quais no Brasil no se disponha de mtodos para desativao de seus componentes, de modo a impedir que os seus resduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e sade pblica;

    II - para os quais no haja antdoto ou tratamento eficaz no Brasil;

    III - considerados teratognicos, que apresentem evidncias suficientes nesse sentido, a partir de observaes na espcie humana ou de estudos em animais de experimentao;

    IV - considerados carcinognicos, que apresentem evidncias suficientes nesse sentido, a partir de observaes na espcie humana ou de estudos em animais de experimentao;

    V - considerados mutagnicos, capazes de induzir mutaes observadas em, no mnimo, dois testes, um

    deles para detectar mutaes gnicas, realizado, inclusive, com uso de ativao metablica, e o outro para

    detectar mutaes cromossmicas;

    VI - que provoquem distrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e

    experincias atualizadas na comunidade cientfica;

    VII - que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratrio, com animais, tenham podido demonstrar, segundo critrios tcnicos e cientficos atualizados; e

    VIII - cujas caractersticas causem danos ao meio ambiente.

    1o Devem ser considerados como "desativao de seus componentes" os processos de inativao dos ingredientes ativos que minimizem os riscos ao meio ambiente e sade humana.

    2o Os testes, as provas e os estudos sobre mutagnese, carcinognese e teratognese, realizados no mnimo em duas espcies animais, devem ser efetuados com a aplicao de critrios aceitos por instituies

    tcnico-cientficas nacionais ou internacionais reconhecidas.

    Seo V

    Do Cancelamento e da Impugnao

    Art. 32. Para efeito do art. 5o da Lei 7.802, de 11 de julho de 1989, o requerimento de impugnao ou

    cancelamento ser formalizado por meio de solicitao em trs vias, dirigido ao rgo federal registrante, a

    qualquer tempo, a partir da publicao prevista no art. 14 deste Decreto. Art. 33. No requerimento a que se refere o art. 32, dever constar laudo tcnico firmado por, no mnimo,

    dois profissionais habilitados, acompanhado dos relatrios dos estudos realizados por laboratrio, seguindo

    metodologias reconhecidas internacionalmente. Art. 34. O rgo federal registrante ter o prazo de trinta dias para notificar a empresa responsvel pelo

    produto registrado ou em vias de obteno de registro, que ter igual prazo, contado do recebimento da notificao, para apresentao de defesa.

    Art. 35. O rgo federal registrante ter prazo de trinta dias, a partir do recebimento da defesa, para se

    pronunciar, devendo adotar os seguintes procedimentos:

    I - encaminhar a documentao pertinente aos demais rgos federais envolvidos para avaliao e anlise

    em suas reas de competncia; e

    II - convocar o Comit Tcnico de Assessoramento para Agrotxicos, referido no art. 95, que deve se

    manifestar sobre o pedido de cancelamento ou de impugnao. Art. 36. Aps a deciso administrativa, da impugnao ou do cancelamento, o rgo federal registrante

    comunicar ao requerente o deferimento ou indeferimento da solicitao e publicar a deciso no Dirio

    Oficial da Unio. Seo VI

    Do Registro de Pessoas Fsicas e Jurdicas

  • Art. 37. Para efeito de obteno de registro nos rgos competentes do Estado, do Distrito Federal ou do

    Municpio, as pessoas fsicas e jurdicas que sejam prestadoras de servios na aplicao de agrotxicos, seus

    componentes e afins, ou que os produzam, formulem, manipulem, exportem, importem ou comercializem,

    devero apresentar, dentre outros documentos, requerimento solicitando o registro, onde constem, no mnimo, as informaes contidas no Anexo V deste Decreto.

    1o Para os efeitos deste Decreto, ficam as cooperativas equiparadas s empresas comerciais.

    2o Nenhum estabelecimento que exera atividades definidas no caput deste artigo poder funcionar sem a assistncia e responsabilidade de tcnico legalmente habilitado.

    3o Cada estabelecimento ter registro especfico e independente, ainda que exista mais de um na mesma localidade, de propriedade da mesma pessoa, empresa, grupo de pessoas ou de empresas.

    4o Quando o estabelecimento produzir ou comercializar outros produtos alm de agrotxicos, seus

    componentes e afins estes devero estar adequadamente isolados dos demais.

    Art. 38. Fica institudo, no mbito do SIA, referido no art. 94, o cadastro geral de estabelecimentos

    produtores, manipuladores, importadores, exportadores e de instituies dedicadas pesquisa e

    experimentao.

    Pargrafo nico. A implementao, a manuteno e a atualizao de um cadastro geral de estabelecimentos atribuio dos rgos registrantes de agrotxicos, seus componentes e afins.

    Art. 39. A empresa requerente dever comunicar quaisquer alteraes estatutrias ou contratuais aos rgos

    federais registrantes e fiscalizadores at trinta dias aps a regularizao junto ao rgo estadual. Art. 40. As empresas importadoras, exportadoras, produtoras ou formuladoras de agrotxicos, seus

    componentes e afins passaro a adotar, para cada partida importada, exportada, produzida ou formulada, codificao em conformidade com o Anexo VI deste Decreto, que dever constar de todas as embalagens

    dela originadas, no podendo ser usado o mesmo cdigo para partidas diferentes.

    Art. 41. As empresas importadoras, exportadoras, produtoras e formuladoras de agrotxicos, seus

    componentes e afins, fornecero aos rgos federais e estaduais competentes, at 31 de janeiro e 31 de

    julho de cada ano, dados referentes s quantidades de agrotxicos, seus componentes e afins importados,

    exportados, produzidos, formulados e comercializados de acordo com o modelo de relatrio semestral do

    Anexo VII. Art. 42. As pessoas fsicas ou jurdicas que produzam, comercializem, importem, exportem ou que sejam

    prestadoras de servios na aplicao de agrotxicos, seus componentes e afins ficam obrigadas a manter

    disposio dos rgos de fiscalizao de que trata o art. 71 o livro de registro ou outro sistema de controle, contendo:

    I - no caso de produtor de agrotxicos, componentes e afins: a) relao detalhada do estoque existente; e

    b) nome comercial dos produtos e quantidades produzidas e comercializadas.

    II - no caso dos estabelecimentos que comercializem agrotxicos e afins no mercado interno:

    a) relao detalhada do estoque existente; e

    b) nome comercial dos produtos e quantidades comercializadas, acompanhados dos respectivos receiturios.

    III - no caso dos estabelecimentos que importem ou exportem agrotxicos, seus componentes e afins:

    a) relao detalhada do estoque existente; b) nome comercial dos produtos e quantidades importadas ou exportadas; e

    c) cpia das respectivas autorizaes emitidas pelo rgo federal competente.

    IV - no caso das pessoas fsicas ou jurdicas que sejam prestadoras de servios na aplicao de agrotxicos e afins:

    a) relao detalhada do estoque existente;

  • b) programa de treinamento de seus aplicadores de agrotxicos e afins;

    c) nome comercial dos produtos e quantidades aplicadas, acompanhados dos respectivos receiturios e guia

    de aplicao; e

    d) guia de aplicao, na qual devero constar, no mnimo: 1. nome do usurio e endereo;

    2. cultura e rea ou volumes tratados;

    3. local da aplicao e endereo; 4. nome comercial do produto usado;

    5. quantidade empregada do produto comercial; 6. forma de aplicao;

    7. data da prestao do servio;

    8. precaues de uso e recomendaes gerais quanto sade humana, animais domsticos e proteo ao

    meio ambiente; e

    9. identificao e assinatura do responsvel tcnico, do aplicador e do usurio.

    Captulo IV

    Da embalagem, do fracionamento, da rotulagem e da propaganda Seo I

    Da Embalagem, do Fracionamento e da Rotulagem

    Art. 43. As embalagens, os rtulos e as bulas de agrotxicos e afins devem ser aprovadas pelos rgos federais competentes, por ocasio do registro do produto ou da autorizao para alterao nas embalagens,

    rtulos ou bulas. 1o As alteraes de embalagens, de rtulo e bula, autorizadas pelos rgos federais competentes, devero

    ser realizadas em prazo fixado pelos rgos, no podendo ultrapassar 6 meses.

    2o Os estoques de agrotxicos e afins remanescentes nos canais distribuidores, salvo disposio em

    contrrio dos rgos registrantes, podero ser comercializados at o seu esgotamento.

    3o As alteraes que se fizerem necessrias em rtulos e bulas decorrentes de restries, estabelecidas

    por rgos competentes dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios:

    I - so dispensadas da aprovao federal prevista no caput deste artigo; II - devero ser colocadas na rea da bula destinada a essa finalidade e comunicadas pelo titular do registro

    do agrotxico ou afim aos rgos federais, no prazo de at trinta dias; e

    III - nesse mesmo prazo, devem ser encaminhadas aos rgos federais competentes cpias das bulas modificadas e aprovadas pelo rgo que estabeleceu as exigncias.

    Art. 44. As embalagens dos agrotxicos e afins devero atender aos seguintes requisitos: I - ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporao, perda ou alterao de

    seu contedo e de modo a facilitar as operaes de lavagem, classificao, reutilizao, reciclagem e

    destinao final adequada;

    II - ser imunes ao de seu contedo ou insuscetveis de formar com ele combinaes nocivas ou

    perigosas;

    III - ser resistentes em todas as suas partes e satisfazer adequadamente s exigncias de sua normal

    conservao; IV - ser providas de lacre ou outro dispositivo, externo, que assegure plena condio de verificao visual da

    inviolabilidade da embalagem; e

    V - as embalagens rgidas devero apresentar, de forma indelvel e irremovvel, em local de fcil visualizao, exceto na tampa, o nome da empresa titular do registro e advertncia quanto ao no

    reaproveitamento da embalagem.

  • Pargrafo nico. As embalagens de agrotxicos e afins, individuais ou que acondicionam um conjunto de

    unidades, quando permitirem o empilhamento, devem informar o nmero mximo de unidades que podem

    ser empilhadas.

    Art. 45. O fracionamento e a reembalagem de agrotxicos e afins com o objetivo de comercializao somente podero ser realizados pela empresa produtora ou por manipulador, sob responsabilidade daquela,

    em locais e condies previamente autorizados pelos rgos estaduais, do Distrito Federal e municipais

    competentes. 1o Os rgos federais envolvidos no processo de registro do produto examinaro os pedidos de

    autorizao para fracionamento e reembalagem aps o registro do estabelecimento no rgo estadual, do Distrito Federal ou municipal competente, na categoria de manipulador.

    2o Os agrotxicos e afins comercializados a partir do fracionamento ou da reembalagem devero dispor de

    rtulos, bulas e embalagens aprovados pelos rgos federais.

    3o Devero constar do rtulo e da bula dos produtos que sofreram fracionamento ou reembalagem, alm

    das exigncias j estabelecidas na legislao em vigor, o nome e o endereo do manipulador que efetuou o

    fracionamento ou a reembalagem.

    4o O fracionamento e a reembalagem de agrotxicos e afins somente sero facultados a formulaes que se apresentem em forma lquida ou granulada, em volumes unitrios finais previamente autorizados pelos

    rgos federais competentes.

    Art. 46. No sero permitidas embalagens de venda a varejo para produtos tcnicos e pr-misturas, exceto para fornecimento empresa formuladora.

    Art. 47. A embalagem e a rotulagem dos agrotxicos e afins devem ser feitas de modo a impedir que sejam confundidas com produtos de higiene, farmacuticos, alimentares, dietticos, bebidas, cosmticos ou

    perfumes.

    Art. 48. Devero constar obrigatoriamente do rtulo de agrotxicos e afins os dados estabelecidos no Anexo

    VIII.

    Art. 49. Devero constar, necessariamente, da bula de agrotxicos e afins, alm de todos os dados exigidos

    no rtulo, os previstos no Anexo IX.

    1o As bulas devem ser apensadas s embalagens unitrias de agrotxicos e afins. 2o A bula supre o folheto complementar de que trata o 3o do art. 7o da Lei no 7.802, de 1989.

    Art. 50. As empresas titulares de registro de agrotxicos ou afins devero apresentar, no prazo de noventa

    dias, contadas da data da publicao deste decreto, aos rgos federais dos setores de agricultura, sade e meio ambiente, modelo de rtulo e bula atualizados, atendidas as diretrizes e exigncias deste Decreto.

    Seo II Da Destinao Final de Sobras e de Embalagens

    Art. 51. Mediante aprovao dos rgos federais intervenientes no processo de registro, a empresa

    produtora de agrotxicos, componentes ou afins poder efetuar a reutilizao de embalagens.

    Art. 52. A destinao de embalagens vazias e de sobras de agrotxicos e afins dever atender s

    recomendaes tcnicas apresentadas na bula ou folheto complementar.

    Art. 53. Os usurios de agrotxicos e afins devero efetuar a devoluo das embalagens vazias, e respectivas

    tampas, aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, observadas as instrues constantes dos rtulos e das bulas, no prazo de at um ano, contado da data de sua compra.

    1o Se, ao trmino do prazo de que trata o caput, remanescer produto na embalagem, ainda no seu prazo

    de validade, ser facultada a devoluo da embalagem em at 6 meses aps o trmino do prazo de validade. 2o facultada ao usurio a devoluo de embalagens vazias a qualquer posto de recebimento ou centro

    de recolhimento licenciado por rgo ambiental competente e credenciado por estabelecimento comercial.

  • 3o Os usurios devero manter disposio dos rgos fiscalizadores os comprovantes de devoluo de

    embalagens vazias, fornecidas pelos estabelecimentos comerciais, postos de recebimento ou centros de

    recolhimento, pelo prazo de, no mnimo, um ano, aps a devoluo da embalagem.

    4o No caso de embalagens contendo produtos imprprios para utilizao ou em desuso, o usurio observar as orientaes contidas nas respectivas bulas, cabendo s empresas titulares do registro,

    produtoras e comercializadoras, promover o recolhimento e a destinao admitidos pelo rgo ambiental

    competente. 5o As embalagens rgidas, que contiverem formulaes miscveis ou dispersveis em gua, devero ser

    submetidas pelo usurio operao de trplice lavagem, ou tecnologia equivalente, conforme orientao constante de seus rtulos, bulas ou folheto complementar.

    6o Os usurios de componentes devero efetuar a devoluo das embalagens vazias aos estabelecimentos

    onde foram adquiridos e, quando se tratar de produto adquirido diretamente do exterior, incumbir-se de sua

    destinao adequada.

    Art. 54. Os estabelecimentos comerciais devero dispor de instalaes adequadas para recebimento e

    armazenamento das embalagens vazias devolvidas pelos usurios, at que sejam recolhidas pelas

    respectivas empresas titulares do registro, produtoras e comercializadoras, responsveis pela destinao final dessas embalagens.

    1o Se no tiverem condies de receber ou armazenar embalagens vazias no mesmo local onde so

    realizadas as vendas dos produtos, os estabelecimentos comerciais devero credenciar posto de recebimento ou centro de recolhimento, previamente licenciados, cujas condies de funcionamento e acesso no venham

    a dificultar a devoluo pelos usurios. 2o Dever constar na nota fiscal de venda dos produtos o endereo para devoluo da embalagem vazia,

    devendo os usurios ser formalmente comunicados de eventual alterao no endereo.

    Art. 55. Os estabelecimentos comerciais, postos de recebimento e centros de recolhimento de embalagens

    vazias fornecero comprovante de recebimento das embalagens onde devero constar, no mnimo:

    I - nome da pessoa fsica ou jurdica que efetuou a devoluo;

    II - data do recebimento; e

    III - quantidades e tipos de embalagens recebidas. Pargrafo nico. Dever ser mantido disposio dos rgos de fiscalizao referidos no art. 71 sistema de

    controle das quantidades e dos tipos de embalagens recebidas em devoluo, com as respectivas datas.

    Art. 56. Os estabelecimentos destinados ao desenvolvimento de atividades que envolvam embalagens vazias de agrotxicos, componentes ou afins, bem como produtos em desuso ou imprprios para utilizao, devero

    obter licenciamento ambiental. Art. 57. As empresas titulares de registro, produtoras e comercializadoras de agrotxicos, seus componentes

    e afins, so responsveis pelo recolhimento, pelo transporte e pela destinao final das embalagens vazias,

    devolvidas pelos usurios aos estabelecimentos comerciais ou aos postos de recebimento, bem como dos

    produtos por elas fabricados e comercializados:

    I - apreendidos pela ao fiscalizatria; e

    II - imprprios para utilizao ou em desuso, com vistas sua reciclagem ou inutilizao, de acordo com

    normas e instrues dos rgos registrante e sanitrio-ambientais competentes. 1o As empresas titulares de registro, produtoras e comercializadoras de agrotxicos e afins, podem instalar

    e manter centro de recolhimento de embalagens usadas e vazias.

    2o O prazo mximo para recolhimento e destinao final das embalagens pelas empresas titulares de registro, produtoras e comercializadoras, de um ano, a contar da data de devoluo pelos usurios.

    3o Os responsveis por centros de recolhimento de embalagens vazias devero manter disposio dos

  • rgos de fiscalizao sistema de controle das quantidades e dos tipos de embalagens, recolhidas e

    encaminhadas destinao final, com as respectivas datas.

    Art. 58. Quando o produto no for fabricado no Pas, a pessoa fsica ou jurdica responsvel pela importao

    assumir, com vistas reutilizao, reciclagem ou inutilizao, a responsabilidade pela destinao: I - das embalagens vazias dos produtos importados e comercializados, aps a devoluo pelos usurios; e

    II - dos produtos apreendidos pela ao fiscalizatria e dos imprprios para utilizao ou em desuso.

    Pargrafo nico. Tratando-se de produto importado submetido a processamento industrial ou a novo acondicionamento, caber ao rgo registrante definir a responsabilidade de que trata o caput.

    Art. 59. Os agrotxicos, seus componentes e afins, e suas embalagens, apreendidos por ao fiscalizadora tero seu destino final estabelecido aps a concluso do processo administrativo, a critrio da autoridade

    competente, cabendo empresa titular de registro, produtora e comercializadora a adoo das providncias

    devidas e, ao infrator, arcar com os custos decorrentes.

    Pargrafo nico. Nos casos em que no houver possibilidade de identificao ou responsabilizao da

    empresa titular de registro, produtora ou comercializadora, o infrator assumir a responsabilidade e os custos

    referentes a quaisquer procedimentos definidos pela autoridade fiscalizadora.

    Art. 60. As empresas produtoras e as comercializadoras de agrotxicos, seus componentes e afins devero estruturar-se adequadamente para as operaes de recebimento, recolhimento e destinao de embalagens

    vazias e produtos de que trata este Decreto at 31 de maio de 2002.

    Seo III Da Propaganda Comercial

    Art. 61. Ser aplicado o disposto na Lei no 9.294, de 15 de julho de 1996, e no Decreto no 2.018, de 1o de outubro de 1996, para a propaganda comercial de agrotxicos, seus componentes e afins.

    Captulo V

    Do Armazenamento e do Transporte

    Seo I

    Do Armazenamento

    Art. 62. O armazenamento de agrotxicos, seus componentes e afins obedecer legislao vigente e s

    instrues fornecidas pelo fabricante, inclusive especificaes e procedimentos a serem adotados no caso de acidentes, derramamento ou vazamento de produto e, ainda, s normas municipais aplicveis, inclusive

    quanto edificao e localizao.

    Seo II Do Transporte

    Art. 63. O transporte de agrotxicos, seus componentes e afins est sujeito s regras e aos procedimentos estabelecidos na legislao especfica.

    Pargrafo nico. O transporte de embalagens vazias de agrotxicos e afins dever ser efetuado com a

    observncia das recomendaes constantes das bulas correspondentes.

    Captulo VI

    Da Receita Agronmica

    Art. 64. Os agrotxicos e afins s podero ser comercializados diretamente ao usurio, mediante

    apresentao de receiturio prprio emitido por profissional legalmente habilitado. Art. 65. A receita de que trata o art. 64 dever ser expedida em no mnimo duas vias, destinando-se a

    primeira ao usurio e a segunda ao estabelecimento comercial que a manter disposio dos rgos

    fiscalizadores referidos no art. 71 pelo prazo de dois anos, contados da data de sua emisso. Art. 66. A receita, especfica para cada cultura ou problema, dever conter, necessariamente:

    I - nome do usurio, da propriedade e sua localizao;

  • II - diagnstico;

    III - recomendao para que o usurio leia atentamente o rtulo e a bula do produto;

    IV - recomendao tcnica com as seguintes informaes:

    a) nome do(s) produto(s) comercial(ais) que dever(o) ser utilizado(s) e de eventual(ais) produto(s) equivalente(s);

    b) cultura e reas onde sero aplicados;

    c) doses de aplicao e quantidades totais a serem adquiridas; d) modalidade de aplicao, com anotao de instrues especficas, quando necessrio, e,

    obrigatoriamente, nos casos de aplicao area; e) poca de aplicao;

    f) intervalo de segurana;

    g) orientaes quanto ao manejo integrado de pragas e de resistncia;

    h) precaues de uso; e

    i) orientao quanto obrigatoriedade da utilizao de EPI; e

    V - data, nome, CPF e assinatura do profissional que a emitiu, alm do seu registro no rgo fiscalizador do

    exerccio profissional. Pargrafo nico. Os produtos s podero ser prescritos com observncia das recomendaes de uso

    aprovadas em rtulo e bula.

    Art. 67. Os rgos responsveis pelos setores de agricultura, sade e meio ambiente podero dispensar, com base no art. 13 da Lei no 7.802, de 1989, a exigncia do receiturio para produtos agrotxicos e afins

    considerados de baixa periculosidade, conforme critrios a serem estabelecidos em regulamento. Pargrafo nico. A dispensa da receita constar do rtulo e da bula do produto, podendo neles ser acrescidas

    eventuais recomendaes julgadas necessrias pelos rgos competentes mencionados no caput.

    Captulo VII

    Do Controle, da Inspeo e da Fiscalizao

    Seo I

    Do Controle de Qualidade

    Art. 68. Os rgos federais responsveis pelos setores de agricultura, sade e meio ambiente mantero atualizados e aperfeioados mecanismos destinados a garantir a qualidade dos agrotxicos, seus

    componentes e afins, tendo em vista a identidade, pureza e eficcia dos produtos.

    Pargrafo nico. As medidas a que se refere este artigo se efetivaro por meio das especificaes e do controle da qualidade dos produtos e da inspeo da produo.

    Art. 69. Sem prejuzo do controle e da fiscalizao, a cargo do Poder Pblico, todo estabelecimento destinado produo e importao de agrotxicos, seus componentes e afins dever dispor de unidade de controle de

    qualidade prprio, com a finalidade de verificar a qualidade do processo produtivo, das matrias-primas e

    substncias empregadas, quando couber, e dos produtos finais.

    1o facultado s empresas produtoras de agrotxicos, seus componentes e afins realizarem os controles

    previstos neste artigo em institutos ou laboratrios oficiais ou privados, de acordo com a legislao vigente.

    2o Os titulares de registro de agrotxicos, componentes e afins que contenham impurezas significativas do

    ponto de vista toxicolgico ou ambiental, fornecero laudos de anlise do teor de impurezas, conforme estabelecido por ocasio da concesso do registro e em normas complementares.

    Seo II

    Da Inspeo e da Fiscalizao Art. 70. Sero objeto de inspeo e fiscalizao os agrotxicos, seus componentes e afins, sua produo,

    manipulao, importao, exportao, transporte, armazenamento, comercializao, utilizao, rotulagem e a

  • destinao final de suas sobras, resduos e embalagens.

    Art. 71. A fiscalizao dos agrotxicos, seus componentes e afins da competncia:

    I - dos rgos federais responsveis pelos setores da agricultura, sade e meio ambiente, dentro de suas

    respectivas reas de competncia, quando se tratar de: a) estabelecimentos de produo, importao e exportao;

    b) produo, importao e exportao;

    c) coleta de amostras para anlise de controle ou de fiscalizao; d) resduos de agrotxicos e afins em produtos agrcolas e de seus subprodutos; e

    e) quando se tratar do uso de agrotxicos e afins em tratamentos quarentenrios e fitossanitrios realizados no trnsito internacional de vegetais e suas partes;

    II - dos rgos estaduais e do Distrito Federal responsveis pelos setores de agricultura, sade e meio

    ambiente, dentro de sua rea de competncia, ressalvadas competncias especficas dos rgos federais

    desses mesmos setores, quando se tratar de:

    a) uso e consumo dos produtos agrotxicos, seus componentes e afins na sua jurisdio;

    b) estabelecimentos de comercializao, de armazenamento e de prestao de servios;

    c) devoluo e destinao adequada de embalagens de agrotxicos, seus componentes e afins, de produtos apreendidos pela ao fiscalizadora e daqueles imprprios para utilizao ou em desuso;

    d) transporte de agrotxicos, seus componentes e afins, por qualquer via ou meio, em sua jurisdio;

    e) coleta de amostras para anlise de fiscalizao; f) armazenamento, transporte, reciclagem, reutilizao e inutilizao de embalagens vazias e dos produtos

    apreendidos pela ao fiscalizadora e daqueles imprprios para utilizao ou em desuso; e g) resduos de agrotxicos e afins em produtos agrcolas e seus subprodutos.

    Pargrafo nico. Ressalvadas as proibies legais, as competncias de que trata este artigo podero ser

    delegadas pela Unio e pelos Estados.

    Art. 72. Aes de inspeo e fiscalizao tero carter permanente, constituindo-se em atividade rotineira.

    Pargrafo nico. As empresas devero prestar informaes ou proceder entrega de documentos nos prazos

    estabelecidos pelos rgos competentes, a fim de no obstar as aes de inspeo e fiscalizao e a adoo

    das medidas que se fizerem necessrias. Art. 73. A inspeo e a fiscalizao sero exercidas por agentes credenciados pelos rgos responsveis, com

    formao profissional que os habilite para o exerccio de suas atribuies.

    Art. 74. Os agentes de inspeo e fiscalizao, no desempenho de suas atividades, tero livre acesso aos locais onde se processem, em qualquer fase, a industrializao, o comrcio, a armazenagem e a aplicao

    dos agrotxicos, seus componentes e afins, podendo, ainda: I - coletar amostras necessrias s anlises de controle ou fiscalizao;

    II - executar visitas rotineiras de inspees e vistorias para apurao de infraes ou eventos que tornem os

    produtos passveis de alterao e lavrar os respectivos termos;

    III - verificar o cumprimento das condies de preservao da qualidade ambiental;

    IV - verificar a procedncia e as condies dos produtos, quando expostos venda;

    V - interditar, parcial ou totalmente, os estabelecimentos ou atividades quando constatado o

    descumprimento do estabelecido na Lei no 7.802, de 1989, neste Decreto e em normas complementares e apreender lotes ou partidas de produtos, lavrando os respectivos termos;

    VI - proceder imediata inutilizao da unidade do produto cuja adulterao ou deteriorao seja flagrante,

    e apreenso e interdio do restante do lote ou partida para anlise de fiscalizao; e VII - lavrar termos e autos previstos neste Decreto.

    Art. 75. A inspeo ser realizada por meio de exames e vistorias:

  • I - da matria-prima, de qualquer origem ou natureza;

    II - da manipulao, transformao, elaborao, conservao, embalagem e rotulagem dos produtos;

    III - dos equipamentos e das instalaes do estabelecimento;

    IV - do laboratrio de controle de qualidade dos produtos; e V - da documentao de controle da produo, importao, exportao e comercializao.

    Art. 76. A fiscalizao ser exercida sobre os produtos nos estabelecimentos produtores e comerciais, nos

    depsitos e nas propriedades rurais. Pargrafo nico. Constatada qualquer irregularidade, o estabelecimento poder ser interditado e o produto

    ou alimento podero ser apreendidos e submetidos anlise de fiscalizao. Art. 77. Para efeito de anlise de fiscalizao, ser coletada amostra representativa do produto ou alimento

    pela autoridade fiscalizadora.

    1o A coleta de amostra ser realizada em trs partes, de acordo com tcnica e metodologias indicadas em

    ato normativo.

    2o A amostra ser autenticada e tornada inviolvel na presena do interessado e, na ausncia ou recusa

    deste, na de duas testemunhas.

    3o Uma parte da amostra ser utilizada pelo laboratrio oficial ou devidamente credenciado, outra permanecer no rgo fiscalizador e outra ficar em poder do interessado para realizao de percia de

    contraprova.

    Art. 78. A anlise de fiscalizao ser realizada por laboratrio oficial ou devidamente credenciado, com o emprego de metodologia oficial.

    Pargrafo nico. Os volumes mximos e mnimos, bem como os critrios de amostragem e a metodologia oficial para a anlise de fiscalizao, para cada tipo de produto, sero determinados em ato normativo do

    rgo federal registrante.

    Art. 79. O resultado da anlise de fiscalizao dever ser informado ao fiscalizador e ao fiscalizado, no prazo

    mximo de quarenta e cinco dias, contados da data da coleta da amostra.

    1o O interessado que no concordar com o resultado da anlise poder requerer percia de contraprova no

    prazo de dez dias, contados do seu recebimento, arcando com o nus decorrente.

    2o No requerimento de contraprova, o interessado indicar o seu perito. Art. 80. A percia de contraprova ser realizada em laboratrio oficial, ou devidamente credenciado, com a

    presena de peritos do interessado e do rgo fiscalizador e a assistncia tcnica do responsvel pela anlise

    anterior. 1o A percia de contraprova ser realizada no prazo mximo de quinze dias, contados da data de seu

    requerimento, salvo quando condies tcnicas exigirem a sua prorrogao. 2o A parte da amostra a ser utilizada na percia de contraprova no poder estar violada, o que ser,

    obrigatoriamente, atestado pelos peritos.

    3o No ser realizada a percia de contraprova quando verificada a violao da amostra, oportunidade em

    que ser finalizado o processo de fiscalizao e instaurada sindicncia para apurao de responsabilidades.

    4o Ao perito da parte interessada ser dado conhecimento da anlise de fiscalizao, prestadas as

    informaes que solicitar e exibidos os documentos necessrios ao desempenho de sua tarefa.

    5o Da percia de contraprova sero lavrados laudos e ata, assinados pelos peritos e arquivados no laboratrio oficial ou credenciado, aps a entrega de cpias autoridade fiscalizadora e ao requerente.

    6o Se o resultado do laudo de contraprova for divergente do laudo da anlise de fiscalizao, realizar-se-

    nova anlise, em um terceiro laboratrio, oficial ou credenciado, cujo resultado ser irrecorrvel, utilizando-se a parte da amostra em poder do rgo fiscalizador, facultada a assistncia dos peritos anteriormente

    nomeados, observado o disposto nos pargrafos 1o e 2o deste artigo.

  • Art. 81. A autoridade responsvel pela fiscalizao e inspeo comunicar ao interessado o resultado final

    das anlises, adotando as medidas administrativas cabveis.

    Captulo VIII

    Das Infraes E Das Sanes Seo I

    Das Infraes

    Art. 82. Constitui infrao toda ao ou omisso que importe na inobservncia do disposto na Lei no 7.802, de 1989, neste Decreto ou na desobedincia s determinaes de carter normativo dos rgos ou das

    autoridades administrativas competentes. Art. 83. As pessoas jurdicas sero responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto

    nas Leis nos 7.802, de 1989, e 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e nos regulamentos pertinentes, nos casos

    em que a infrao seja cometida por deciso de seu representante legal ou contratual, pessoa individual ou

    rgo colegiado, no interesse ou em benefcio da sua entidade.

    Art. 84. As responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados sade das pessoas e ao

    meio ambiente, em funo do descumprimento do disposto na legislao pertinente a agrotxicos, seus

    componentes e afins, recairo sobre: I - o registrante que omitir informaes ou fornec-las incorretamente;

    II - o produtor, quando produzir agrotxicos, seus componentes e afins em desacordo com as especificaes

    constantes do registro; III - o produtor, o comerciante, o usurio, o profissional responsvel e o prestador de servios que opuser

    embarao fiscalizao dos rgos competentes ou que no der destinao s embalagens vazias de acordo com a legislao;

    IV - o profissional que prescrever a utilizao de agrotxicos e afins em desacordo com as especificaes

    tcnicas;

    V - o comerciante, quando efetuar a venda sem o respectivo receiturio, em desacordo com sua prescrio

    ou com as recomendaes do fabricante e dos rgos registrantes e sanitrio-ambientais;

    VI - o comerciante, o empregador, o profissional responsvel ou prestador de servios que deixar de

    promover as medidas necessrias de proteo sade ou ao meio ambiente; VII - o usurio ou o prestador de servios, quando proceder em desacordo com o receiturio ou com as

    recomendaes do fabricante ou dos rgos sanitrio-ambientais; e

    VIII - as entidades pblicas ou privadas de ensino, assistncia tcnica e pesquisa, que promoverem atividades de experimentao ou pesquisa de agrotxicos, seus componentes e afins em desacordo com as

    normas de proteo da sade pblica e do meio ambiente. Art. 85. So infraes administrativas:

    I - pesquisar, experimentar, produzir, prescrever, fracionar, embalar e rotular, armazenar, comercializar,

    transportar, fazer propaganda comercial, utilizar, manipular, importar, exportar, aplicar, prestar servio, dar

    destinao a resduos e embalagens vazias de agrotxicos, seus componentes e afins em desacordo com o

    previsto na Lei no 7.802, de 1989, e legislao pertinente;

    II - rotular os agrotxicos, seus componentes e afins, sem prvia autorizao do rgo registrante ou em

    desacordo com a autorizao concedida; e III - omitir informaes ou prest-las de forma incorreta s autoridades registrantes e fiscalizadoras.

    Seo II

    Das Sanes Administrativas Art. 86. Sem prejuzo das responsabilidades civil e penal cabveis, a infrao de disposies legais acarretar,

    isolada ou cumulativamente, independentemente da medida cautelar de interdio de estabelecimento, a

  • apreenso do produto ou alimentos contaminados e a aplicao das sanes previstas no art. 17 da Lei no

    7.802, de 1989.

    1o A advertncia ser aplicada quando constatada inobservncia das disposies deste Decreto e da

    legislao em vigor, sem prejuzo das demais sanes previstas neste artigo. 2o A multa ser aplicada sempre que o agente:

    I - notificado, deixar de sanar, no prazo assinalado pelo rgo competente, as irregularidades praticadas; ou

    II - opuser embarao fiscalizao dos rgos competentes. 3o A inutilizao ser aplicada nos casos de produto sem registro ou naqueles em que ficar constatada a

    impossibilidade de lhes ser dada outra destinao ou reaproveitamento. 4o A suspenso de autorizao de uso ou de registro de produto ser aplicada nos casos em que sejam

    constatadas irregularidades reparveis.

    5o O cancelamento da autorizao de uso ou de registro de produto ser aplicado nos casos de

    impossibilidade de serem sanadas as irregularidades ou quando constatada fraude.

    6o O cancelamento de registro, licena, ou autorizao de funcionamento de estabelecimento ser aplicado

    nos casos de impossibilidade de serem sanadas as irregularidades ou quando constatada fraude.

    7o A interdio temporria ou definitiva de estabelecimento ocorrer sempre que constatada irregularidade ou quando se verificar, mediante inspeo tcnica ou fiscalizao, condies sanitrias ou ambientais

    inadequadas para o funcionamento do estabelecimento.

    8o A destruio ou inutilizao de vegetais, parte de vegetais e alimentos ser determinada pela autoridade sanitria competente, sempre que apresentarem resduos acima dos nveis permitidos ou quando

    tenha havido aplicao de agrotxicos e afins de uso no autorizado. Seo III

    Da Aplicao das Sanes Administrativas

    Art. 87. Os agentes de inspeo e fiscalizao dos rgos da agricultura, da sade e do meio ambiente, ao

    lavrarem os autos-de-infrao, indicaro as penalidades aplicveis.

    Art. 88. A autoridade competente, ao analisar o processo administrativo, observar, no que couber, o

    disposto nos arts. 14 e 15 da Lei no 9.605, de 1998.

    Art. 89. A aplicao de multa pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios exclui a aplicao de igual penalidade por rgo federal competente, em decorrncia do mesmo fato.

    Art. 90. A destruio ou inutilizao de agrotxicos, seus componentes e afins nocivos sade humana ou

    animal ou ao meio ambiente sero determinadas pelo rgo competente e correro s expensas do infrator. Art. 91. A suspenso do registro, licena, ou autorizao de funcionamento do estabelecimento ser aplicada

    nos casos de ocorrncia de irregularidades reparveis. Art. 92. Aplicam-se a este Decreto, no que couber, as disposies da Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999,

    que regula o processo administrativo no mbito da Administrao Pblica Federal.

    Captulo IX

    Das Disposies Finais e Transitrias

    Art. 93. A anlise de pleito protocolizado em data anterior publicao deste Decreto observar a legislao

    vigente data da sua apresentao.

    Pargrafo nico. O rgo federal responsvel pelo setor de meio ambiente encaminhar ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, no prazo de cento e vinte dias, a contar da publicao deste Decreto,

    os processos de registro de agrotxicos, seus componentes e afins, destinados ao uso em florestas

    plantadas, concedidos e em andamento. Art. 94. Fica institudo o Sistema de Informaes sobre Agrotxicos - SIA, com o objetivo de:

    I - permitir a interao eletrnica entre os rgos federais envolvidos no registro de agrotxicos, seus

  • componentes e afins;

    II - disponibilizar informaes sobre andamento de processos relacionados com agrotxicos, seus

    componentes e afins, nos rgos federais competentes