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CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - 2014
TÉCNICA POLICIAL
MÓDULO
ABORDAGEM POLICIAL INSTRUTOR: CAP PM LUCAS REBELLO
MONITOR: 2º SGT PM FÁBIO ALESSANDRO SOARES CARNEIRO
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MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE USO INDIVIDUAL- EUI
1.COLOCAÇÃO DOS ACESSÓRIOS NO CINTO
• Inserir o coldre para arma de porte;
• Inserir o cordão retrátil ou espiral com alma de aço (fiel);
• Inserir o porta alicate multiuso;
• Inserir o porta algemas;
• Inserir o porta espargidor de agente pimenta;
• Inserir o porta lanterna;
• Inserir o porta bastão policial (BP – 60), tonfa retrátil, cassetete ou bastão retrátil;
• Inserir o porta carregador ou porta jet loader;
• Inserir a fivela.
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RESULTADOS ESPERADOS:
1.Que a disposição seja ergonômica e de fácil acesso aos
equipamentos;
2.Que a parte frontal do cinto de guarnição permaneça livre;
3.Que o cinto de guarnição esteja ajustado ao corpo.
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ILUSTRAÇÃO
FOTO COMPOSIÇÃO DO CINTO
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ABORDAGEM POLICIAL Características:
• Interação: Máxima. (contato)
• Incidência: Máxima. (rotina do P.O)
• Risco: Máximo. (principal momento de reações).
• Perigo: Fuga a lesão fatal.
• Objetivo: Evitar que....
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1. Conceito doutrinário de abordagem policial e aspecto legal
da busca pessoal
1.1 Conceito doutrinário de abordagem policial
• Ato de aproximar-se de uma pessoa, ou pessoas, a pé, montados
ou motorizados, e que emanam indícios de suspeição; que tenham
praticado ou estejam na iminência de praticar ilícitos penais. (BPChoq
– PMMG)
• É o ato de aproximar-se pela surpresa do individuo a fim de
ratificar ou não a suspeição em relação ao mesmo. (ESFO-PMERJ)
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É o ato de aproximar-se de uma ou mais pessoas, que
encontra(m)-se em situações diversas, a fim de ratificar ou não a
suspeição com relação às mesmas(s). (PMAM)
1.2 Aspecto legal da busca pessoal
Código de Processo Penal
Art. 240: “A busca será domiciliar ou pessoal.”
§ 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a
autorizarem para: prender criminosos; apreender coisas achadas ou
obtidas por meios criminosos;
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§ 2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita
de que alguém oculte consigo arma proibida...;
Art. 244: “A busca pessoal independerá de mandado, no caso de
prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na
posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo
de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca
domiciliar”.
Art. 249: “A busca em mulher será feita por outra mulher, se não
importar retardamento ou prejuízo da diligência”
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Segundo o doutrinador JÚLIO FABBRINI MIRABETE: "A busca
pessoal consiste na inspeção do corpo e das vestes de alguém para
apreensão dessas coisas, incluindo toda a esfera de custódia da
pessoa, como bolsas, malas, pastas, embrulhos e os veículos em sua
posse (automóveis, motocicletas, barcos etc.)”.
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É importante salientar que há duas subespécies de buscas
pessoais:
a) Busca pessoal por razões de segurança: É aquela realizada em
festas, boates, aeroportos, rodoviárias etc.. Essa espécie de busca
pessoal não esta regulamentada pelo Código de Processo Penal,
devendo ser executada de maneira razoável e sem expor as pessoas a
constrangimento ou humilhação.
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b) Busca pessoal de natureza processual penal: Será determinada
quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo coisas
achadas ou obtidas por meios criminosos, instrumento de falsificação
ou de contrafação, armas e munições, instrumentos utilizados na
pratica de crime ou destinados a fim delituoso.
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De acordo com o ensinamento de Guilherme de Souza Nucci a
respeito do termo “fundada suspeita”: É requisito essencial e
indispensável para a realização da busca pessoal, consistente na
revista do indivíduo. Suspeita é uma desconfiança ou suposição, algo
intuitivo e frágil, por natureza, razão pela qual a norma exige fundada
suspeita, que é mais concreto e seguro. Assim, quando um policial
desconfiar de alguém, não poderá valer-se, unicamente, de sua
experiência ou pressentimento, necessitando, ainda, de algo mais
palpável, como a denúncia feita por terceiro de que a pessoa porta o
instrumento usado para o cometimento do delito, bem como pode ele
mesmo visualizar uma saliência sob a blusa do sujeito, dando nítida
impressão de se tratar de um revólver.
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Enfim, torna-se impossível e impróprio enumerar todas as
possibilidades autorizadoras de uma busca, mas continua sendo curial
destacar que a autoridade encarregada da investigação ou seus
agentes podem – e devem – revistar pessoas em busca de armas,
instrumentos do crime, objetos necessários à prova do fato delituoso,
elementos de convicção, entre outros, agindo escrupulosa e
fundamentadamente. (Código de Processo Penal Comentado. 4ª ed.
São Paulo: RT, 2005, p. 493).
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Na dicção do Supremo Tribunal Federal, “a fundada
suspeita prevista no art. 244 do CPP não pode fundar-se
em parâmetros unicamente subjetivos, exigindo elementos
concretos que indiquem a necessidade de revista, em face
do constrangimento que causa. Ausência, no caso, de
elementos dessa natureza que não se pode ter por
configurados na alegação do que trajava, o paciente, um
“blusão” suscetível de esconder uma arma, sob risco de
referendo a condutas arbitrarias ofensivas a direitos e
garantias individuais e caracterizadoras de abuso de
poder”. (STF, 1º Turma, HC nº 81.305/GO, Rel. Min. Ilmar
Galvão, DJ 22/02/2002, p.35).
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1.2 Princípios norteadores da abordagem policial
• Legalidade
Neste primeiro questionamento, o policial deve
buscar amparar legalmente sua ação, devendo ter:
• conhecimento da lei e estar preparado tecnicamente,
através da sua formação e do treinamento recebidos.
• Cabe ressaltar que vários são os casos em que ocorrem
ações legítimas decorrentes de atos ilegais.
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Como exemplo, podemos citar: o caso do policial
que durante uma abordagem tenta conseguir uma
“confissão” do suspeito, à força, e em virtude disto este
policial é desacatado. A prisão por desacato é uma ação
legítima, contudo, ela ocorreu em virtude de um ato ilegal,
portanto o uso da força pela polícia é questionável posto
ela própria provocou a situação.
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• Necessidade
Para responder, o policial precisa identificar o
objetivo a ser atingido. A ação atende aos limites
considerados mínimos para que se torne justa e legal sua
intervenção. Este questionamento ainda sugere:
• verificar se todas as opções estão sendo consideradas e
se existem outros meios menos danosos para se atingir o
objetivo desejado.
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• Proporcionalidade
Está se verificando a proporcionalidade do uso da
força, e caso não haja, estará caracterizado o abuso de
poder. Como exemplo podemos citar a ilegitimidade da
ação policial quando esse não sabe a hora de parar, ou
seja, o suspeito já se encontra dominado e ainda assim é
submetido ao uso da força que naquele momento passará
a ser considerada desproporcional.
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• Conveniência
O aspecto referente à conveniência do uso da força
diz respeito ao momento e ao local da intervenção policial.
Por exemplo, não seria conveniente reagir a uma agressão
por arma de fogo, se você estivesse em um local de
grande movimentação de pessoas, tendo em vista o risco
que sua reação ocasionaria naquela circunstância, ainda
que fosse legal, proporcional e necessário.
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Como último questionamento, verifica-se a força a
ser empregada será por motivos sádicos ou maléficos,
dotados de questões discriminatórias. Preocupa-se em
verificar ainda a boa fé do policial e sua adequação aos
princípios éticos do serviço policial.
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OBS: Não existem indivíduos suspeitos, mas sim atitudes
suspeitas, ou seja, o comportamento ou a situação de
alguém é que, de alguma forma, não se ajusta às
circunstâncias determinadas pelo ambiente (horário, clima,
local etc), o que torna possível de verificação policial.
*Em toda abordagem a Polícia: “Ou ganha um
amigo, ou prende um bandido”.
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2.PRINCÍPIOS TÉCNICOS DA ABORDAGEM POLICIAL
A abordagem é uma técnica policial que visa aproximar-se
de pessoas que emanam indícios de suspeição, ou que estejam
em flagrante delito ou na eminência de pratica de ilícitos penais,
estando elas a pé, motorizadas ou homiziadas em instalações
físicas.
A abordagem é composta por princípios, sendo eles:
SSRAU.
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2.1 – SEGURANÇA (SSRAU)
É a certeza, a confiança, a garantia, a condição
de estar seguro. Basicamente é estar cercado de todas
as cautelas necessárias para a eliminação dos riscos
de perigo ( possível e iminente). Alguns fatores devem
ser observados em relação à segurança:
Estabelecer perímetro de segurança e respeitar o
princípio da proporcionalidade (superioridade de força x
exigência legal).
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Os policiais devem se posicionar corretamente (áreas de
responsabilidade), seguindo uma tática de abordagem e
empregando uma técnica previamente padronizada e treinada.
Escolher o local apropriado ou adequar-se ao local
escolhido.
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2.2 – SURPRESA (SSRAU)
Ato ou efeito de surpreender, aparecer inopinadamente. O
fator surpresa, além de contribuir decisivamente para a
segurança da equipe, é dissuador psicológico da resistência do
abordado. A surpresa visa impedir a reação da pessoa a ser
abordada, ressalta-se a importância de se evitar qualquer tipo de
conduta negativa (fuga ou agressão) por parte do público alvo da
abordagem.
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Visa também impedir a dispensa de qualquer objeto, a
revelia da observação policial, qualquer objeto atentatório ao
ordenamento jurídico vigente. Implica diretamente no fator
segurança, pois pode redimensionar a favor dos agentes de
segurança uma abordagem que em situações normais
ocasionaria uma certa dificuldade em razão, por exemplo, do
número elevado de suspeitos a serem abordados.
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2.3 – RAPIDEZ (SSRAU)
Qualidade de ser rápido, instantâneo, ligeiro, veloz. O
princípio da rapidez, dentro da progressão policial, visa
impossibilitar uma reação por parte do abordado. Diante da
existência de uma técnica policial previamente estabelecida e
treinada para a equipe de segurança, urge a necessidade de
cada integrante do sistema posicionar-se o mais breve possível
para dar início aos procedimentos da tomada de decisão.
Velocidade com ênfase em eficiência subsidiando sempre
a segurança.
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2.4 – Ação Enérgica / Vigorosa (SSRAU)
Maneira como se exerce uma força física. Não se pode
confundir vigor com força excessiva. O policial deve fazer com que o
infrator da lei sinta que há decisão de sua parte, neutralizando o menor
esboço de reação. O importante é o impacto psicológico, a postura e a
conduta, fatores inibidores de uma possível reação. Uma atitude firme
não significa agir de forma grosseira, tem de se ter controle emocional
para não se envolver com o fato, pois o que interessa é a finalidade
pública e não a particular do agente de segurança. Significa agir com a
energia necessária e a agressividade controlada, saber usar da força
com moderação dos meios até que se consiga impedir as reações
negativas do suspeito, parar de imediato.
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2.5 – Unidade de Comando (SSRAU)
Ao se realizar uma abordagem, certos comandos verbais
devem ser emitidos visando o entendimento por parte do
abordado das ações que será realizado. Somente um dos
policiais da equipe deve ser incumbido de comandar a
abordagem e de dar as ordens objetivando o êxito das ordens
emanadas. Cada agente de segurança envolvido na abordagem
pode verbalizar com o suspeito, com o objetivo de aplicar a
técnica, mas não pode tomar decisões que impliquem em um
novo rumo para a ação policial.
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ATENÇÃO
- Suspeite sempre;
- Nunca subestime;
- Aborde sempre com a arma em condições de defesa;
- Torne-se um alvo difícil;
- Aborde dentro dos princípios de segurança, com energia, rapidez e objetividade;
- Não fique em fogo cruzado ou na linha de fogo;
- Vigie sempre os olhos e as mãos do abordado;
- Afaste o abordado do local de origem;
- Não desvie a atenção do abordado;
- Observe as condições de segurança em relação ao ambiente;
- O uso da força é entendido desde a simples presença policial em uma
intervenção, até a utilização da arma de fogo, em seu uso extremo.
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"Se houver necessidade de realizar alguma tarefa
perigosa, a melhor maneira de cumpri-la é adestrar,
adestrar e adestrar, de modo que em meio à emoção
do momento, a tarefa seja realizada automaticamente”.
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3. Fases da Abordagem
• A abordagem policial é constituída de vários
processos de execução. A fim de se executar
tais processos, dividiu-se a abordagem em 04
fases: Recebimento da ocorrência, plano de
ação, abordagem propriamente dita e desfecho
da ocorrência.
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1º Fase (Recebimento da Ocorrência): Deverá o PM colher
o máximo de informações a cerca da ocorrência efetuando
um planejamento preliminar.
2º Fase (Plano de Ação): Como executar a abordagem,
detalhando e definindo as atribuições dos integrantes da
Guarnição.
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Existem 7 (sete) perguntas a serem respondidas:
a) Qual a natureza da (s) infração (ões)?
b) Quantos suspeitos estão visíveis?
c) Qual o comportamento dos suspeitos?
d) Que armas estão envolvidas?
e) Que veículo está envolvido?
f) Que riscos o ambiente oferece?
g) Qual é o meu potencial?
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3º Fase (Abordagem propriamente dita): Esta fase e
imprescindível a observância aos princípios da abordagem.
4º Fase (Desfecho da ocorrência): Todas as medidas
necessárias para o encerramento da abordagem devem
ser adotadas.
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4.Finalidades da Abordagem
A abordagem deve ter uma finalidade, estes fins
caracterizam a necessidade de se realizar a abordagem.
As condições são:
• Averiguar – normalmente se processa para
esclarecimento de comportamento incomum ou
inadequado na disposição de objetos e instalações.
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• Advertir – é todo ato de interpelar o cidadão encontrado
em conduta inconveniente, buscando a mudança de
atitude, a fim de evitar o cometimento de contravenção
penal ou crime.
• Orientar – É o ato de prevenir a ocorrência de delitos
através do esclarecimento ao cidadão sobre as medidas
de segurança que deverá tomar.
• Prender – é o ato de privar de liberdade alguém,
encontrado em flagrante delito ou mediante mandado
judicial.
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• Assistir – é todo auxilio prestado ao público, eventual e
não compulsório que embora não constituam um dever
legal, repercutem favoravelmente para a Corporação.
• Autuar – É o registro escrito da participação do Policial
Militar em ocorrência, retratando aspectos essenciais,
para fins legais e estatísticos, normalmente feito em
ficha ou talão.
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5. Níveis da Abordagem
• Os níveis podem ser determinados, levando-se em
consideração fatores de suspeição, que se traduzem em
maiores ou menores riscos para a equipe, são eles:
5.1 Nível 1 – Averiguação
• É uma abordagem para a verificação de documentos e
fiscalização (geralmente atrás de armas e drogas).
Situação em que não há suspeição específica e
determinada, mas, suspeita-se das pessoas em função do
horário, local ou de suas condutas praticadas. Embora
simples, exige-se observância aos princípios da
segurança. Vale ressaltar que, os grupos táticos raramente
realizarão este tipo de abordagem.
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5.2 Nível 2 – Pessoas Suspeitas
• É o tipo de abordagem que tem como fundamento uma informação prévia sobre a presença de uma ou mais pessoas suspeitas de terem praticado uma infração penal ou de estarem de posse de algo proibido por lei, como drogas, armas, etc.
• É realizada quando há algum tipo de suspeição, porém, sem evidências concretas que relacionem os abordados a um fato delituoso ocorrido. A busca pessoal é preliminar, pautando-se pelo mínimo de constrangimento aos abordados.
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5.3 Nível 3 – Flagrante Delito
• É o tipo de abordagem que tem por fundamento a
identificação e detenção de autores de crime nas hipóteses
do flagrante delito.
• Quando na identificação, o requisito da fundada suspeita
é mais latente, é amparado por fortes indícios, os quais
relacionam os abordados com um fato delituoso ocorrido.
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• O constrangimento aos abordados será relativamente
desconsiderado, em razão das circunstâncias que o caso
requeira, como a possibilidade iminente de reação. A
postura policial modifica diante do novo quadro, esta pode
progredir ou retrair os níveis de abordagem.
• A busca pessoal e local será minuciosa, pesquisando
antecedentes criminais (POLINTER), verificação de
número de chassi e motor, esconderijos de armas ou
substâncias entorpecentes em veículos, etc.
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• Quando os abordados são encontrados na flagrância do delito, ou
logo após, com os objetos que façam presumir serem eles os autores
do fato criminoso ocorrido. Nesse nível não há de se falar em
constrangimento. Evidentemente, deve-se respeitar a dignidade da
pessoa humana. Os abordados devem ser submetidos a busca
pessoal minuciosa, devem ser ditos seus direitos constitucionais e
conduzidos a delegacia policial para lavratura do auto de prisão em
flagrante.
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• Quando os abordados são encontrados na flagrância do
delito, ou logo após, com os objetos que façam presumir
serem eles os autores do fato criminoso ocorrido. Nesse
nível não há de se falar em constrangimento.
• Evidentemente, deve-se respeitar a dignidade da
pessoa humana. Os abordados devem ser submetidos a
busca pessoal minuciosa, devem ser ditos seus direitos
constitucionais e conduzidos a delegacia policial para
lavratura do auto de prisão em flagrante.
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5.4 Nível 4 – Ocorrência com disparo de arma de fogo
É o tipo de abordagem que se caracteriza pela resposta
armada dos suspeitos perante a abordagem policial, o
que requer medidas extremas de segurança e o
acionamento de reforço para a solução da crise.
Assim como as condutas humanas, as ocorrências
policiais não podem ser diferentes, pois são exercidas
por pessoas de comportamentos variados.
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Os níveis de abordagens são dinâmicos e são
apenas referenciais para o policial.
Na medida em que apresentam as reações do
abordado, os níveis de abordagens são graduais e
progressivos ou regressivos, exceto o nível quatro. A
medida mais extrema deve ser o último recurso, e deve ser
revestida de legalidade. Lembrando que o uso de armas
de fogo contra pessoas só poderá ocorrer quando:
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• Para defesa própria (legítima defesa), ou defesa de
outrem, contra a ameaça iminente de morte ou de
ferimentos graves;
• Para impedir à perpetração de crime particularmente
grave que envolva uma séria ameaça à vida;
• Para prender uma pessoa que esteja causando uma
ameaça a vida e que resista aos esforços de parar.
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6.Tipos de Abordagem
6.1 A pessoa
• Realizada em transeuntes, a princípio considerados em
atitudes de fundadas suspeitas.
6.2 A veículos
• trabalho de busca e vistoria em veículos automotores
ou não.
6.3 A edificações
• Consiste em trabalhos realizados em áreas edificadas
(construídas).
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7.Tipos de Busca Pessoal
7.1 Visual ou Preliminar
• É realizada a fim de identificar visualmente, qualquer
volume ou anormalidade no corpo do cidadão ou no
ambiente que possa caracterizar uma ameaça.
7.2 Ligeira
• É realizada geralmente em bares, portões de entrada,
coletivos e etc, locais onde devido a grande quantidade de
pessoas, torna-se inviável uma busca mais detalhada
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7.3 Minuciosa
• Realizada em pessoas suspeitas.
7.4 Completa
• Utilizada principalmente em presídios nos detentos, por
ocasião de escoltas e após rebeliões, e nos visitantes nos
dias de visitas antes de adentrarem no estabelecimento
prisional e na entrega de presos nas DPs.