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OBSERVAÇÃO metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 1 SOBANE - iluminação Prof. J. Malchaire Unité Hygiène et Physiologie du Travail Université Catholique de Louvain

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OBSERVAÇÃO

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SOBANE - iluminação Prof. J. Malchaire

Unité Hygiène et Physiologie du Travail Université Catholique de Louvain

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OBSERVAÇÃO

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NÍVEL 2: OBSERVAÇÃO

INTRODUÇÃO

Objetivos • Estudar a situação em geral e no campo, no que diz respeito:

• às condições de trabalho • às fontes de iluminação natural e artificial

• Determinar as medidas técnicas imediatas que podem ser tomadas para prevenir riscos, melhorar as condições de trabalho

• Determinar se uma Analise (nível 3) aprofundada • é necessária • com que urgência • com quais objetivos.

Quem? • Os trabalhadores e seus chefes, encarregados, supervisores.

• As pessoas da empresa (encarregados, chefes, departamento técnico, de produção, prevencionistas internos - SESMT se existir) que conhecem perfeitamente a situação de trabalho.

Como? 1. Descrição resumida da situação de trabalho:

• croquis • disposição das fontes luminosas • disposição dos postos de trabalho • trabalhadores envolvidos.

2. Coleta de informações separadamente para cada posto de trabalho:

iluminação natural iluminação artificial planos de trabalho terminais de vídeo tetos, paredes, etc.

• sobre a situação de trabalho em geral e não exclusivamente ao dia de observação • em cada zona e/ou para cada atividade • buscando soluções imediatamente aplicáveis.

3. Síntese: avaliação da situação de trabalho no seu contexto:

• avaliação da situação atual • balanço das ações prevenção/melhorias

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OBSERVAÇÃO

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• avaliação da situação futura • necessidade Analise, nível 3, urgência e objetivos.

Terminologia

Iluminamento: Luz que incide no plano de trabalho, na parede, ...

Luminância: Luz que é refletida pela superfície; chamada luminosidade, em geral

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OBSERVAÇÃO

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PROCEDIMENTOS

1. Descrição da situação de trabalho

• Prepare um plano da situação de trabalho contendo: • a disposição dos planos de trabalho (anotados 1, 2, ...) • a disposição das luminárias (anotadas L1, L2, ....) • a iluminação exterior

a orientação Norte-Sul-Leste-Oeste a disposição das janelas a existência de cortinas, persianas, ....

• Faça um inventário das queixas comuns do pessoal: (Ficha 7) • fadiga visual, latejamento, vermelhidão, ... • dificuldades para trabalhar em segurança • dificuldades para realizar o trabalho com qualidade

Exemplo: Croquis do ambiente e trabalho

1

2

3

4

L1

L4

L2 L3

L6L5

Oeste Leste

11 m

7 m

2. Iluminação natural

• É excessivamente intensa próximo das janelas (à tarde, de manhã…) ?

busque a colocação de cortinas, percianas, etc

• É suficiente no fundo do local? reveja a disposição de certos postos de trabalho

• Há perturbação na execução do trabalho? oriente os planos de trabalho de forma que as janelas estejam à esquerda do trabalhador (para os destros) (Ficha 4) bloqueie os raios solares através de cortinas, persianas....

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OBSERVAÇÃO

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3. Iluminação artificial (Ficha 3)

• Caracterize as fontes (ampola, tubos): (Fichas 1 e 5) • de que tipo de lâmpada (potência, qualidade) • qual é sua condição de funcionamento:

substituição imediata das fontes que cintilam substituição sistemática das fontes defeituosas

• elas produzem muito calor incômodo: elimine lâmpadas incandescentes que produzem sensações de calor desagradáveis substitua por outro tipo de lâmpada

• qual é a aparência (reprodução) das cores: (Ficha 5) a reprodução das cores é muito diferente em relação à luz exterior? mal aspecto do semblante, ...?

se uma boa reprodução das cores for necessária, escolha um tipo de fonte (ampola, tubo, ...) mais apropriado (Ficha 5)

• Caracterize as luminárias: (Ficha 6) • o trabalhador sofre ofuscamento direto de fontes

luminosas durante o trabalho: retire-as do campo visual

escolhendo luminárias com menor ângulo de difusão lateral

elevando-as para fora do campo visual escondendo-as atrás de um anteparo pintado de

branco dos dois lados dotando as calhas de placas difusoras opalinas

• as luminária estão limpas: efetuar a limpeza de forma eficaz com certa freqüência, em função do

empoeiramento • qual é o tipo de luminária:

escolha luminárias com refletores que tenham alto rendimento (economia) e que são embutidas no teto ou numa calha opaca lateralmente (evitar calhas translúcidas)

• sua disposição é ideal: proceda de forma que a iluminação seja uniforme e suficiente em todos os

postos de trabalho

4. Planos de trabalho (Ficha 2)

• Estão suficientemente iluminados: (percepção dos objetos a manipular,

• dos detalhes, ferramentas, máquinas, ....) aumente a iluminação geral ou adicione uma luminária ou iluminação

local suplementar direcionada para o plano de

trabalho

• Há reflexos ou áreas muito mas claras que outras: suprima todas as superfícies brilhantes e

reflexivas (metal polido, vidro, folha plástica, ...) - substituindo-as por superfícies foscas

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OBSERVAÇÃO

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- tornando-as foscas elimine as fontes de reflexos, se a superfície reflexiva não puder ser evitada

• A iluminação do plano de trabalho é aproximadamente a mesma

em qualquer ponto (uniformidade): adicione ou elimine luminárias desloque o plano de trabalho

• Há sombras e contrastes importantes? (Ficha 1) adicione iluminação indireta dirigida para tetos/paredes

• A percepção de objetos, ou elementos perigosos, é nítida

• (lâmina de serra, ponteira de uma furadeira, agulha de máquina, ...) se este objeto ou elemento é escuro, utilisar um fundo mais claro, mas não

muito, para obter um bom contraste, sem ofuscamento se este objeto ou elemento é claro, utilize um fundo ligeiramente mais escuro aumente os contrastes colocando atrás de elementos perigosos

- uma superfície clara (se o objeto for escuro) ou - une superfície escura (se o objeto for claro)

aumente a iluminação local

5. Trabalho em computador (Fiche 4)

• As luminâncias (luminosidade) do teclado, do plano de trabalho, da tela... são iguais:

coloque um ponto de iluminação local suplementar

utilize a mesma cor para os diferentes elementos

• Há reflexos na tela: disponha o plano de trabalho e a tela perpendicularmente às janelas, nem de frente, nem de costas identifique e melhore as luminárias que provocam reflexos (vide item 3 «luminárias, ofuscamento direto» acima)

• A tela e o plano de trabalho estão limpos: limpe a tela para eliminar manchas de dedos e poeiras que ocasionam

reflexos e um "efeito véu"

6. Tetos e paredes

• Há contrastes importantes entre plano de trabalho, mobiliário, paredes, teto…: utilize cores pastéis claras foscas para o teto e paredes mantenha, entretanto, cores mais escuras para o piso

7. Síntese Para cada posto de trabalho

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OBSERVAÇÃO

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• Faça uma avaliação da situação atual em relação à iluminação desejada:

(Ficha 2)

Percepção necessária Nula Moderada Forçada Muito

forçada

Iluminação Fraca Média Elevada Muito elevada

• Balanço das medidas de prevenção/melhorias previstas retome as medidas previstas nos itens 2 a 6 da Observação detalhe quem faz o quê e quando por ordem de prioridade

• Faça uma avaliação da situação futura, quando todas a medidas de prevenção/melhorias forem tomadas, em relação à iluminação desejada.

• Necessidade de uma Análise (nível 3) aprofundada: • considerando:

a eficácia das medidas de prevenção/melhorias previstas do risco residual no estado futuro antecipado

• determine o que é prioridade • determine o que deve enfocar a Análise.

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ANÁLISE

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NÍVEL 3: ANÁLISE

INTRODUÇÃO

Objetivos • Avaliar quantitativamente certas condições de iluminação com problema

• através de medição do nível de iluminamento utilizando um luxímetro.

• Aprofundar a pesquisa de medidas de prevenção/melhorias.

• Estimar a necessidade de realização de estudo ainda mais

• aprofundado (Perícia, nível 4).

Quem ? • O pessoal da empresa com o auxílio de um prevencionista possuindo:

• competências metodológicas • aparelhos de medição.

Como ? 1. Aprofundar a caracterizaçào das fontes luminosas. 2. Avaliar a situação em cada posto de trabalho baseando-se nas medições do nível de

iluminamento horizontais e verticais, 3. Buscar medidas de prevenção/melhorias possíveis retomando os procedimentos do

nível 2, Observação. 4. Determinar o risco atual e o risco residual após prevenção/melhorias em relação aos

valores recomendados 5. Determinar o controle médico a ser efetuado eventualmente.

Terminologia

Dano/Efeito Todo efeito indesejável causado pela iluminação, como a fadiga visual, falta de concentração, insegurança.

Risco Probabilidade de ocorrência de certo efeito ou dano, levando em conta as condições de iluminação e durações de trabalho.

Risco residual Probabilidade de ocorrência do mesmo efeito após melhoria da situação de trabalho.

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ANÁLISE

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Unidades (Ficha 8)

Iluminância ou Nível de Iluminamento

Quantidade de luz incidente numa superfície (lux).

Luminância Quantidade de luz refletida (por unidade de ângulo sólido) pela superfície ou emitida diretamente por uma fonte na direção do olho (cd/m²).

Contraste Referido como a razão entre as luminâncias de duas superfícies, ou ainda, à razão dos valores obtidos através do luxímetro com a célula fotoelétrica voltada para as duas superfícies em questão (luz refletida).

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ANÁLISE

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?

PROCEDIMENTO

1. Nível de iluminamento desejado (Ficha 9)

• Detalhe a natureza do trabalho

• Determine o grau de percepção necessário

• Determine o intervalo do nível de iluminamento requerido em lux

• Determine o contraste necessário em função do nível de concentração requerido

2. Melhoria das fontes luminosas

• Examine detalhadamente os seguintes pontos • escolha das lâmpadas (ampolas, tubos) (Ficha 12) • escolha do tipo de iluminação direta – indireta – mista (Ficha 10) • escolha das luminárias (Ficha 6)

3. Melhoria da iluminação natural

• Examine detalhadamente os seguintes pontos • a disposição dos planos de trabalho em relação às janelas (Ficha 11) • a existência de stores e persianas

4. Melhoria dos planos de trabalho

• Examine detalhadamente os seguintes pontos • sua disposição e orientação em relação às luminárias (Ficha 11) • suas cores e fatores de reflexão em função • dos contrastes necessários (Ficha 10)

5. Melhoria geral do local

• Examine detalhadamente • as cores e fatores de reflexão dos pisos, paredes e tetos (Fiche 10)

6. Condição da iluminação atual de cada plano de trabalho

• Período representativo: • data e horário das medições realizadas • o trabalho é realizado em condições representativas • anote as condições exteriores (insolação, ....)

• Medição do nível de iluminamento: • utilizando um luxímetro, efetuar leituras em diversos pontos da superfície de trabalho

com a célula fotoelétrica sobre a superfície de trabalho, voltada para cima com o trabalhador na posição normal de trabalho

• anotar os valores mínimo e máximo obtidos sobre o plano de trabalho durante o dia considerando a iluminação natural

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ANÁLISE

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durante a noite na ausência da iluminação natural

• Interpretação: • calcule a relação entre os valores mínimos e máximos observados no plano de

trabalho interpretação

si > 3, rever a uniformidade • calcule a relação entre o valor médio observado e o valor desejado

interpretação: idealmente entre 1 et 2 si > 2, diminuir a iluminação si < 1, aumentar a iluminação

• Medidas de prevenção/melhorias a adotar: • no local • no plano de trabalho

Exemplo:

Posto 1 Posto 2

E desejado: ES E medidos DIA:

• mínimo Emin • máximo Emax • relação Emax/Emin

interpretação melhoria

• relação Emed/ES interpretação melhoria

NOITE:

400 lux

440 lux 880 lux

2 reduzir a

iluminação do local 1,7 OK OK

ídem

7. Avaliação das luminâncias (Ficha 8)

• Determine as luminâncias dos planos de visão do plano de trabalho do plano frontal dos planos laterais

• medindo a «luz refletida» por esses diferentes planos posicione a célula fotoelétrica do luxímetro no nível dos olhos do trabalhador oriente-a na direção dos diversos planos sem projetar sombra

• Calcule as razões entre a luminância do plano de trabalho e as luminâncias frontal e laterais

• Interpretação: • idealmente, essas relações devem estar compreendidas entre 0,3 e 3

se fora desse intervalo, mas entre 0,1 e 10: melhoria desejável? se < a 0,1 ou > a 10: melhoria indispensável

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ANÁLISE

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• Medidas de prevenção/melhorias a adotar: • reconsidere os itens 2 a 6 do método de Observação

Exemplo:

Posto 1 Posto ........

Luz refletida (luminâncias) • plano de trabalho • plano frontal • planos laterais

relações

• plano frontal interpretação melhoria

• planos laterais • janelas (à esquerda)

interpretação melhoria

• plano lateral à direita interpretação melhoria

mesa: 360 lux zona frontal: 200 lux

janelas: 1000 lux parede à direita: 100 lux

1,8 OK

- 2,8

OK

- 3,6

melhoria desejável mudar a posição do

mobiliário

8. Síntese: por posto de trabalho

• Efetuar avaliação: • da condição atual • antecipada, da condição futura se as medidas de prevenção/melhorias forem

tomadas

• Determine a necessidade de realização de uma Perícia (nível 4): • para quais aspectos • prioridade • objetivos: Ex.: recalcular a instalação da iluminação geral

• Determine quem faz o quê, quando, em que ordem de prioridade ?

• Determine as medidas a serem tomadas a curto prazo : • óculos de proteção

• Determine o controle médico a ser eventualmente realizado: • exames periódicos

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EXPERTISE

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NÍVEL 4: PERÍCIA O presente documento não tem por objetivo descrever como a Perícia deve ser conduzida, mas precisar:

• em que ela deve consistir, • o quê se deve exigir.

Objetivos Análise mais minuciosa, para caracterizar melhor certos problemas de iluminação nos casos particularmente difíceis e para recalcular eventualmente uma instalação da iluminação em certos postos de trabalho (geral, zonal, pontual).

Quem? O pessoal da empresa e o prevencionista com o auxílio de um especialista em iluminação possuindo:

• os meios necessários para realizar a medição e a interpretação • a competência técnica para busca de soluções particulares.

Como? Após a Análise e de acordo com a demanda das pessoas da empresa e do prevencionista, o especialista será levado, de acordo com o caso, à

• utilizar técnicas especiais (ex. : luminancimetria, ...) • recalcular uma instalação de iluminação local ou geral utilizando softwares que

fornecem as curvas de iso-iluminação na superfície do local. (Ficha 13)

Relatório Nenhum modelo será fornecido. O perito apropriará as informações ao caso encontrado. O relatório do Perito deve, entretanto, compreender:

• a justificativa das técnicas utilizadas • as medidas de prevenção/melhorias preconizadas • o risco residual após a prevenção/melhoria

A síntese deve ser estabelecida novamente

• pelo pessoal da empresa • com a assistência de prevencionistas e de especialistas.

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EXPERTISE

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LISTA DE FICHAS

Ficha 1 (Observação): Unidades

Ficha 2 (Observação): Níveis de Iluminamento Mínimo Requeridos

Ficha 3 (Observação): Recomendações gerais

Ficha 4 (Observação): Trabalho em computador

Ficha 5 (Observação): Tipos de lâmpadas

Ficha 6 (Observação): Tipos de luminárias

Ficha 7 (Observação) : Ofuscamentos, Fatiga visual

Ficha 8 (Análise): Unidades

Ficha 9 (Análise): Níveis de Iluminamento Mínimo Requeridos

Ficha 10 (Análise): Recomendações gerais

Ficha 11 (Análise): Trabalho em computador

Ficha 12 (Análise): Tipos de lâmpadas

Ficha 13 (Especialização): Tipos de luminárias

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Fichas de consulta, Observação

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Ficha 1 (Observação)

UNIDADES

Iluminamento: quantidade de luzQUE INCIDE sobre o plano detrabalho

Luminância (luminosidade)Quantidade de luz refletidapelo plano de trabalho

Quantidade de luz emitida pelafonte, varia em função dadireção

• Uma lâmpada:

• emite uma certa quantidade de luz • repartida em direções diferentes

• A quantidade de luz que incide sobre uma superfície chama-se iluminamento. O iluminamento é portanto o mesmo sobre um papel branco e sobre a mesa preta na qual pousa.

A luz refletida por essa superfície depende da cor e do brilho dessa superfície e também do ângulo sob o qual a olhamos. Ela se chama luminância, mas em geral é chamada de luminosidade por todo o mundo: as luminâncias (luminosidades) do papel branco e da mesa preta são muito diferentes.

O contraste entre um objeto e uma superfície (ou entre 2 superfícies ou 2 objetos) é a maneira pela qual o primeiro é visto em relação à segunda. Mais exatamente, trata-se da relação entre as luminâncias dessas superfícies: é a relação entre a luminância do papel branco e a da mesa preta. Se a relação é:

• muito pequena: não se vê bem a diferença, não se distingue um do outro: por exemplo, costurar um fio branco sobre um tecido branco.

• muito elevado: o olho pode se cansar com o passar do tempo: por exemplo, costurar um fio preto em um tecido branco.

Difícil de ler quando o contraste não é bom

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Fichas de consulta, Observação

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• A luz branca é composta por todas as cores do arco-iris, do violeta ao vermelho

• O ideal é ter uma luz semelhante à do sol (uma luz que contenha as diferentes cores, como a luz do dia). Nesse caso, as cores dos objetos parecem «verdadeiras»: dizemos que "o índice de reprodução das cores" é ideal ou 100%.

• Se esse não é o caso (como, por exemplo, o que acontece com os bulbos comuns ou com a iluminação na autoestrada), as cores são modificadas: dizemos que "o índice de reprodução das cores" não é bom.

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Fichas de consulta, Observação

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Ficha 2 (Observação)

NÍVEL DE ILUMINAMENTO MÍNIMO REQUERIDO • A NBR 5413 preconiza o nível mínimo de iluminamento em lux (Ficha 1) em função da

natureza do trabalho. A tabela abaixo apresenta alguns valores da norma.

Grau de percepção necessário

Nível mímino de claridade

(lux) Exemplos de trabalhos correspondentes

2 Centros de triagem

10 Canteiros de triagem, pátios e passagens exteriores

20 Locais exteriores de postes de transformação elétrica, plataformas de carregamento

Percepção geral

50 Locais interiores: corredores, escadas, lugares de passagem, quartos frios

Percepção tênue dos detalhes

100

Trabalhos grosseiros e intermitentes em mesas de carpintaria ou em máquinas ; inspeção e contagem de peças em estoque ; montagem de máquinas grandes

Percepção moderada dos detalhes

200 Montagem mecânica e verificação de peças médias

Percepção bastante elevada dos detalhes

300 Trabalhos de escritório de todos os tipos

Percepção elevada dos detalhes

500 Trabalhos de desenho ; montagem e verificação de pequenas peças

Percepção muito elevada dos detalhes

700 Montagem e verificação de peças de precisão ; fabricação de utensílios e de matrizes ; leitura de instrumentos de medidas

Percepção extremamente elevada dos detalhes

1000 Relojoaria ; impressora

• Na prática, o intervalo do nível de iluminamento ideal tem a extensão de uma a duas vezes ao nível de iluminamento mínimo.

(OBS: É NECESSÁRIO ADAPTAR A TABELA AO RECOMENDADO PELA NBR, 5413 POIS OS VALORES DIFEREM)

• Pouca luz impede a percepção dos detalhes e compromete a qualidade e aumenta a exigência do trabalho.

• O excesso de luz, por sua vez, aumenta a reflexibilidade, os reflexos, os contrastes e pode provocar a fadiga visual.

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Fichas de consulta, Observação

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Ficha 3 (Observação)

RECOMENDAÇÕES GERAIS

9. 1. Garanta o Nível de Iluminamento mínimo recomendado. (Ficha 2)

10. 2. Evite um contraste excessivo de cor (branco e preto, por ex.) ou de superfície (brilhante e fosca, por ex) entre o plano de trabalho, as zonas laterais, a zona frontal e o ambiente geral

11. 3. Evite o ofuscamento pela a incidência direta das lâmpadas.

12. 4. Evite os reflexos: utilização de superfícies e pinturas foscas.

13. 5. Favoreça uma luminância adequada do local de trabalho: escolha as cores claras.

14. 6. Assegure uma boa reprodutibilidade das cores: escolha as lâmpadas (Ficha 5)

15. 7. Crie um ambiente de trabalho agradável: • variedade de luzes e cores • compromisso entre iluminação natural e artificial.

16. 8. Preveja uma manutenção regular • limpeza de luminárias • substituição sistemática de lâmpadas defeituosas.

Uma observação atenta e minuciosa do local de trabalho é suficiente, em geral, para resolver os problemas de iluminação. Os problemas são, efetivamente, «visíveis»:

• ofuscamento direto: coloque a mão ou um papel acima dos olhos para compensar a luminária que ofusca

• reflexos no plano de trabalho: quais são os objetos (plástico, vidro,…) que refletem a luz?

• reflexos nas telas (são mais fáceis de ver quando a tela está desligada): quais luminárias são responsáveis?

• uniformidade de iluminação ruim: certas zonas do local e do plano de trabalho são sensivelmente mais escuras que outras: por que?

• influência do sol: ofuscamentos, reflexos… (e calor) nos postos de trabalho mal posicionados em relação às janelas, falta de stores ou de persianas, …. (Ficha 4)

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Fichas de consulta, Observação

metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 19

Ficha 4 (Observação)

TRABALHO NO COMPUTADOR

• Disposição ideal do posto de trabalho em relação às janelas

1. Janela localizada atrás do trabalhador: • sombra da pessoa sobre seu plano de trabalho • se tela: reflexo da janela na tela

leitura difícil da tela e fatiga visual • persianas nas janelas são indispensáveis

2. Plano de trabalho paralelo à janela, janela à direita • Situação aceitável para um canhoto • Para um destro, sombra da sua mão sobre seu trabalho • O destro deve inverter sua posição de trabalho de maneira a ficar com a janela à

esquerda as persianas continuam a ser indispensáveis porque o posto está muito

próximo das janelas

3. Janelas em frente • Contraste muito grande entre a janela muito luminosa e o plano de trabalho, , fadiga

visual muito rápida • Situação ainda mais grave se o trabalho for executado na frente da tela

Persianas nas janelas são indispensáveis

4. Situação ideal: Plano de trabalho paralelo à janela, afastado da janela, janela à esquerda para os destros • nenhuma diferença importante de luminância entre o plano de trabalho, a zona frontal

e as zonas laterais • possibilidade de visão para o exterior • as persianas nas janelas, com lâminas móveis, são recomendáveis para os períodos

em que o sol fica oblíqüo (fim da tarde, início da manhã), segundo a orientação das janelas

3 2

4

1

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Fichas de consulta, Observação

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Disposição ideal do posto de trabalho em relação às luminárias

1 2 3

1. se a luminária à frente da pessoa ilumina excessivamente na lateral, ela é vista

pela pessoa, que é ofuscada pela luz emitida (ofuscamento direta) 2. se a luminária atrás da pessoa ilumina lateralmente, os reflexos aparecem na tela, com contrastes demasiado grandes, o que resulta em fatiga visual

3. se a luminária é colocada acima da pessoa e se não há emissão de raios luminosos de forma excessiva na lateral, não há a ocorrência de ofuscamento direto ou reflexos na tela.

Portanto

• Disponha o posto de trabalho na vertical sob a luminária ou entre duas fileiras de luminárias

• Utilize luminárias que irradiem pouca luminosidade na lateral, em particular quando há trabalho em terminal de vídeo.

• Escolha para a tela, o teclado, a mesa, o escritório e o ambiente próximo cores suaves e claras (tons pastéis), de modo a ter luminâncias próximas. • Evite os aparelhos pretos ou escuros e privilegie o cinza ou bege claro

• Limite o número de cores na tela • Utilize cores apenas se realmente necessário • Sempre para indicar a mesma coisa

• Para melhorar a leitura do texto a ser datilografado ou do documento em papel a ser consultado e, portanto, a iluminação do plano de leitura, preveja eventualmente uma iluminação local que não provoque ofuscamentos diretosou indiretos

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Fichas de consulta, Observação

metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 21

Ficha 5 (Observação)

TIPOS DE LÂMPADAS

• Lâmpadas incandescentes (lâmpadas comuns) • Têm vida útil de curta duração: 1000 horas • Produzem muito calor • Emitem uma luz quente ou muito quente (vermelha) que faz com que haja boa

reprodução das cores • Consome muita energia

• Lâmpadas fluorescentes (tubos…)

• Tem vida útil de longa duração: 10000 horas • Emitem de 4 a 8 vezes mais luminosidade e menos calor • Emitem raios luminosos mais avermelhados ou mais frios, dependendo do tipo de tubo • A reprodução das cores, boa ou má, varia de acordo com o tipo de bulbo

• A freqüência com que se acendem as luzes reduz muito a sua vida útil

• Lâmpadas halógenas • Têm uma vida útil de duração média: 2 vezes mais do que a de uma lâmpada comum • Produzem muito calor • Proporcionam uma luz mais esbranquiçada (ou quente), que faz com que haja uma

reprodução das cores excelente • Custam caro em energia e para serem substituídas • Acendê-las com freqüência reduz muito a sua

durabilidade

Consulte os catálogos dos fabricantes para escolher as melhores lâmpadas, em função: • da qualidade da luz emitida • do índice de reprodução de cores da lâmpada • da energia elétrica consumida

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metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 22

Ficha 6 (Observação)

TIPOS DE LUMINÁRIAS Nem todas as luminárias emitem a luz da mesma maneira, mesmo ângulo de radiação

• Algumas – os spots – concentram a luz numa só direção

• Algumas – um bulbo nu– emitem a luz em todas as direções

• Os prevencionistas e os peritos devem escolher, dentre todas as luminárias disponíveis, aquela ou aquelas que mais convenham a determinadas condições de trabalho

• Para os escritórios com menos de 3.5 m de altura em que se trabalhe com computadores, a escolha recairá sobre as luminárias que emitam pouca iluminação pelas laterais

• Para os escritórios comuns, outras luminárias podem ser escolhidas

• Na indústria, onde as luminárias são dispostas mais ao alto, a utilização de outros

tipos de luminárias mais divergentes, poderá ser considerada

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metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 23

Ficha 7 (Observação)

OFUSCAMENTOS, FATIGA VISUAL • Campo de visão

• o campo de visão – ou campo visual – é tudo aquilo que a pessoa pode ver a partir de seu local de trabalho

na sua frente, de forma nítida na periferia, de forma imprecisa

• representa um cone de aproximadamente 90° centrado no eixo de visão • pode ser facilmente delimitado direcionando o olhar sobre o trabalho normal (o papel

sobre a mesa, a máquina ...) e ir afastando os braços até o limite em que possam ser vistos, ou seja, do que se pode ver de forma periférica..

Fenômeno de adaptação • ao passar de um ambiente claro para um ambiente escuro, o olho deve se adaptar

(adaptar a sua sensibilidade) • da mesma forma, ao passar de um ambiente escuro para um ambiente claro ele é

ofuscado e deve adaptar a sua sensibilidade • o mesmo ocorre, mas em menor escala, quando se passa de um papel branco muito

iluminado para uma mesa preta: ou seja, quando o contraste é expressivo. • O resultado é a fatiga visual.

• Ofuscamento direto: quando a pessoa olha diretamente para uma lâmpada, um tubo, uma janela... Pode-se identificar a fonte responsável observando a sombra deslocando-se a mão ou um papel sobre os olhos escondendo as fontes e determinando quando a visualização melhora.

Soluções: • mudar a fonte de iluminação para que ela não ofusque mais (utilizar uma luminária

menos divergente) • esconder a lâmpada atrás de um painel que seja claro dos dois lados • difundir um pouco mais a luz interpondo uma tela translúcida mas não transparente • retirar a lâmpada do campo visual mudando-a de lugar ou mudando a orientação do

posto de trabalho

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metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 24

• Ofuscamento indireto: quando a pessoa vê reflexos excessivamente luminosos no plano de trabalho, nas paredes, nos objetos.

Soluções: • suprimir todos os objetos reflexivos: vidros, plásticos (camisas, uniformes,....) • utilizar mesas, objetos...foscos • procurar identificar as lâmpadas ou luminárias que provocam esses reflexos e aplicar

as medidas descritas para o ofuscamento direto.

• Ofuscamento relativo: ocorre quando os contrastes são excessivos entre as superfícies que estão no campo de visão da pessoa Soluções: • intervenha nas fontes luminosas ou nas cores dos objetos para obter contrastes nem

muito fracos, nem muito fortes

• Fenômeno de acomodação • se o olho deve passar de um objeto próximo a um objeto afastado, ele deve ajustar o

seu foco, a sua «acomodação» • se ele deve passar com freqüência de um para o outro, o resultado será uma fatiga

visual Soluções: • coloque objetos diferentes na mesma distância dos olhos

o manuscrito, o teclado, a tela os diferentes dispositivos de comando da máquina...

Fonte 1

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metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 25

Ficha 8 (Análise)

UNIDADES • As radiações luminosas são radiações electromagnéticas cujo comprimento de onda situa-

se entre 400 e 760 nanômetros, entre o ultravioleta (<400 nm) e o infravermelho(> 700 nm), e que compreendem todo o arco-íris em função do comprimento de onda.

O n d e sd iM ic r-o n d e

T é lé v isR a d i

R a y o ng a m m

R a y o n sX

U lt r a v io l

E s p e c t r o v is ív e l

In f r a r o u

λ1 0 0 0 n m0 , 0 0 1 n m 1 n m 1 m1 0 0 n m 1 c m 1 k m0 , 0 1 n m 1 0 n m

4 0 0 n m

O n d a s d e r á d i o-

T e le v is ã oM ic r o - o n d a s

R á d io

R a io sg a m a

R a io s X U lt r a v io l e t a In f r a v e r m e lh o

7 0 0 n m

P e q u e n o c o m p r im e n to d eo n d a λ , F r e q ü ê n c i a a l t a

G r a n d e c o m p r im e n t o d eo n d a λ , F r e q ü ê n c i a b a i x a

• Uma lâmpada: • Emite um certo fluxo luminoso (lumens) • Distribuído em diferentes direções (candelas)

Iluminamento(lux): quantidade de luzQUE INCIDE sobre o plano de trabalho

Luminância (cd/m²)Quantidade de luz refletida peloplano de trabalho

Fluxo luminoso (lumens)quantidade de luz emitida pelafonte, varia em função dadireção

Intensidade luminosa (cd)Quantidade de luzpor ângulo sólido numacerta direção

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metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 26

• Quantidade de luz • incidindo sobre uma superfície = Iluminamento (lux) • refletida por essa superfície = Luminância (cd/m2).

A luminância de uma superfície pode ser calculada por 14.3

ErL=

onde E é o nível de iluminamento em lux r é o grau de reflexão da superfície ex.: E = 400 lux, muro de r = 0.7 L = 89 cd/m2

• o contraste entre 2 superfícies se expressa simplesmente pela relação das luminâncias das 2 superfícies. L1 et L2 (sendo L1 a luminância mais elevada)

se L1 / L2 = < 3 a situação é ideal < 10 a situação é aceitável

> 10 a situação deve ser melhorada

• A temperatura da cor indica a qualidade cromática da iluminação: é a temperatura na qual o corpo negro em tungstênio emitirá uma luz com o mesmo conteúdo espectral que a luz considerada. • 2700°K : a luz branca é considerada muito quente porque contém muito

vermelho • 3000°K : luz branca, dita quente (avermelhada) • 4000°K : luz branca, dita fria (branca) • >5000°K : luz branca, próxima à luz do dia, chamada de fria (azulada)

• O rendimento cromático ou índice de reprodução de cores (de 0 a 100) expressa a maneira pela qual a luz reflete as cores em relação à luz do dia • IRC = 91-100 excelente • IRC = 81-90 bom • IRC = 51-80 médio • IRC = < 51ruim

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Fichas de consulta, Análise

metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 27

Ficha 9 (Análise)

NÍVEL DE ILUMINAMENTO MÍNIMO REQUERIDO

• Valores de iluminamento mínimo preconizados pela Portaria 3214/78- (em lux)

Grau de percepção necessária

Nível mínimo de claridade

(lux) Exemplos de trabalhos correspondentes

2 Centros de triagem

Percepção geral 10 Canteiros de triagem, pátios e passagens exteriores

20 Locais exteriores de postos de transformação elétrica, plataformas de carregamento

50 Locais interiores: corredores, escadas, lugares de passagem, quartos frios

Percepção tênue dos detalhes

100

Trabalhos grosseiros e intermitentes em mesas de carpintaria ou na máquina ; inspeção e contagem de peças em estoque ; montagem de máquinas grandes

Percepção moderada dos detalhes

200 Montagem mecânica e verificação de peças médias

Percepção bastante elevada dos detalhes

300 Trabalhos de escritório de todos os tipos

Percepção elevada dos detalhes

500 Trabalhos de desenho ; montagem e verificação de pequenas peças

Percepção muito elevada dos detalhes

700 Montagem e verificação de peças de precisão ; fabricação de utensílios e de matrizes ; leitura de instrumentos de medidas

Percepção extremamente elevada dos detalhes

1000 Relojoaria ; impressora

Na prática, a gama de iluminação ideal tem a extensão de 01 a 02 vezes a iluminação mínima. • Iluminação em função do contraste e do nível de detalhe característico da tarefa (em

lux).

Tamanho do detalhe

Contraste elevado

Contraste médio

Contraste fraco

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Fichas de consulta, Análise

metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 28

grande médio

bastante fino fino

muito fino

50 100 200 500

1000

150 300 700

1500 3000

500 1000 2000 5000

10000

• Tabela da norma NBN L.13.006 Em prática: valor mínimo de claridade 2/3 do valor recomendado valor máximo de claridade 4/3 do valor recomendado

Tipo de local, de tarefa ou de atividade Valor recomendado em

lux Pintura : de acordo com a precisão 300-1000

Impressão :

sala de máquinas

acabamentos, retoques e gravuras

reprodução e impressão colorida

500

1000

1500

Trabalhos manuais

trabalho na prancha

trabalho da madeira

300

500

Controle de laboratórios

sala de controle

inspeções

comparações de cores

500

750

1500

Fábricas

Unidades de produção funcionando sem nenhuma

intervenção manual

locais de trabalho permanentemente ocupados

plataforma de controle, inspeção

100

300

500

Espaços ao ar livre

claridade ao sol

passagens, acessos, calçadas e entrepostos

grande obra em canteiro

15

30

75

Locais interiores em geral

corredores, escadas, banheiros, vestiários

refeitórios, arquivos

enfermarias

150

200

500

Escritórios em geral

entrepostos

escritórios, salas de reunião, bibliotecas

pranchas de desenho

150

500

1000

Superfícies comerciais 500

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Fichas de consulta, Análise

metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 29

Ficha 10 (Análise)

RECOMENDAÇÕES GERAIS 1. Garanta o nível de iluminamento mínimo recomendado (Ficha 9)

• Iluminação natural: • as janelas devem ocupar de 20 a 30% da superfície dos muros • em todos os pontos do local, a razão entre a iluminação interior natural e a iluminação

exterior (fator de luz do dia) deve ser superior a 5%

Exemplo: 5000 lux no exterior significa 250 lux no interior.

2. Respeite as proporções de luminância 1:3:10 ao máximo entre o plano de trabalho, a zona ao redor, a zona frontal e o ambiente em geral

• um contraste maior aumenta a concentração e o desempenhoa curto prazo, mas também aumenta o desconforto e a fatiga a médio prazo

• um contraste mais fraco diminui a concentração e o desempenho, mas também diminui o desconforto e a fatiga

• na medida do possível, é preferível colocar as superfícies, os objetos... claros no centro.

3. Evite o ofuscamento direto das fontes luminosas (Ficha 7)

4. Evite os reflexos que são fonte dos ofuscamentos indiretos: utilização de superfícies e pinturas foscas

(Ficha 8)

5. Favoreça uma iluminação adequada do local de trabalho: escolher cores suaves e claras. Graus de reflexão ideais das diferentes superfícies

• teto: 80 – 90% • parede: 50 – 75% • mobiliário: 25 – 45% • piso: 20 – 25%

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Fichas de consulta, Análise

metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 30

• Escolha as cores levando em conta os efeitos psicológicos

Distância Temperatura Humor

Azul + - -

Laranja -- ++ +

Marrom -- 0 +

6. Garanta uma boa qualidade do rendimento cromático ou índice de reprodução das cores escolhendo bem as lâmpadas.

• lojas, escritórios, gráficas, pintura …: > 80 • galpões industriais: 60 a 80 • indústria pesada: 40 a 60 • iluminação externa: pode ser < 40

7. Crie um ambiente de trabalho agradável • variedade de luzes e cores • compromisso entre iluminação natural e artificial (veja acima) • comparação em relação ao espectro solar

canteiro de obras: lâmpada de sódio monocromática residência: 3300°K indústria: 5300°K vitrines (comparação das cores): > 5300°K

8. Preveja uma manutenção periódica

• limpeza das luminárias • substituição sistemática das lâmpadas defeituosas

9. Garanta a uniformidade da iluminação geral do local e da zona de trabalho

• o espaçamento e o número de luminárias necessárias variam em função da divergência do cone de luz emitido pela luminária (classe BZ, ver Ficha 13)

10. Garanta a otimização da difusão combinando iluminação direta e indireta

• direta: ofuscamentos, sombras, contrastes • indireta: sem contraste, porém mais cara • direta e indireta: aumenta a visão de relevos

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Fichas de consulta, Análise

metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 31

Ficha 11 (Análise)

TRABALHO NO COMPUTADOR

• A disposição ideal de um posto de trabalho (N°4 no esquema abaixo)

• coloque as telas perpendicularmente às janelas • coloque o posto de trabalho

na vertical sob a luminária ou entre duas fileiras de luminárias

• as persianas com lâminas móveis nas janelas são aconselháveis

• Utilizar luminárias de classe BZ < 3 (pouco divergentes) (Ficha 13)

• Nível de iluminamento recomendado: • em caso de leitura de documentos: 500 lux • sem leitura de documentos: 300 lux

• Luminâncias: • ideal:

luminância tela = luminância teclado = luminância ambiente imediato • se isso não for possível, respeitar ao menos:

luminância tela > 1/3 luminância do ambiente imediato luminância do ambiente próximo > 1/3 e < 3 luminância geral

• Evitar: • a cor vermelha para o fundo e para os caracteres • a cor azul para os caracteres

3

2

4

1

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Fichas de consulta, Análise

metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 32

Ficha 12 (Análise)

TIPOS DE LÂMPADAS • Definições: A eficiência luminosa é a relação entre o fluxo de luz e a potência elétrica

consumida.

• Lâmpadas incandescentes: Princípio: filamento de tungstênio, levado a altíssima temperatura. Se a temperatura aumenta, a eficiência luminosa aumenta, mas a vida útil diminui.

Na prática: • vida útil: 1000 horas • eficiência luminosa: 10 lm/W • temperatura da cor: 2600°K • índice de reprodução de cores: IRC 100

• Lâmpadas fluorescentes: Princípio: ionização de vapor de mercúrio com emissão de radiações UV transformadas em luz pelo revestimento interno do bulbo. A eficiência luminosa e a vida útil são maiores.

Na prática: • vida útil: 10000 horas • eficiência luminosa: 40 - 80 lm/W • temperatura da cor: variável: 3000 à 5000°K • índice de reprodução de cores: variável: IRC = 50 - 80 • acendimentos freqüentes reduzem em muito a vida útil

• Lâmpadas halógenas: Princípio: regeneração do filamento de tungstênio por intermédio do gás halogênio. Sua vida útil tem duração mais elevada que a das lâmpadas incandescentes, assim como a sua eficiência luminosa.

Na prática: • vida útil: 2000 horas • eficiência luminosa: 15 - 25 lm/W • temperatura de cor: 2900 °K • índice de reprodução de cores: IRC 100 • acendimentos freqüentes reduzem muito a vida útil

• Consulte os catálogos dos fabricantes para escolher as lâmpadas ideais, em função de sua eficiência luminosa seu índice de reprodução de cores seu fluxo luminoso intensidade luminosa?

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Fichas de consulta, Perícia

metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 33

Ficha 13 (Perícia)

TIPOS DE LUMINÁRIAS

• A categoria de luminárias: classe BZ1 à classe BZ10 (British zonal) está definida a partir da distribuição da intensidade luminosa no plano perpendicular à luminária:

As luminárias de categorias . inferiores são as mais divergentes . superiores dispersam mais a luz

• O diagrama polar de uma luminária mostra a sua distribuição de intensidade luminosa em

todas as direções.

Exemplo

• Na prática, quanto maior a distribuição lateral, maior o risco de ofuscamento direto. • Para escritórios BZ < 4 • Na indústria BZ < 7.

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Fichas de consulta, Perícia

metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 34

• Cálculo de uma instalação de iluminação geral:

• pelo método BZ (Método British Zonal), considerando as características das lâmpadas o tipo de luminárias as características do local a manutenção da instalação de iluminação

• objetivos: iluminamento geral desejado: E iluminamento local características dimensionais

superfície do local: L x C (largura x comprimento) altura do local: H (altura) altura do plano de trabalho: H1 distância luminária - teto: H2 altura útil: Hu = H - H1 - H2 índice de forma: L x C/(L + C).Hu

grau de reflexão das paredes, teto, piso, com base na tabela a seguir

Preto Escuro Claro Branco Teto

Paredes Piso

0 0 0

0,4 0,3 0,2

0,6 0,5 0,4

0,8 0,7 0,6

• escolha de luminárias com lâmpadas fluorescentes

tipo classe BZ: escolher: < 3 se houver telas de computador

< 4 tratando-se de escritório < 7 no caso de um setor industrial

número de lâmpadas por luminária: n potência das lâmpadas: (18, 36, 48 W) coeficiente de utilização: U (em função do índice de forma e do grau de reflexão) relação espaçamento-altura máxima das luminárias

• escolha de lâmpadas fluorescentes tipo fluxo luminoso Flum fluxo luminoso total por luminária: n.Flum

• fator de manutenção: Fe • bom: 0,85 • médio: 0,75 • ruim: 0,65

• número de luminárias:: lume F.FU.E.L=n .C

• disposição em planta, croquis • verificação da relação espaçamento/altura • iluminação por zona intermediária:

refazer o cálculo acima com os coeficientes de reflexão iguais a 0, limitando as luminárias às zonas sobre os postos de trabalho.

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Fichas de consulta, Perícia

metodoiluminaçao26set02.doc: 12/06/2006 35

• Os fabricantes de luminárias colocam à disposição de seus clientes softwares de cálculo que: fornecem as características técnicas de seus produtos (fluxo luminoso, divergência,...) permitem calcular o número de luminárias necessárias para obter a iluminação desejada. • estimam o nível de iluminamento em diversos pontos do local (planta do local com

curvas de iso-iluminamento plotadas).