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moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
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A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
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Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
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O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
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Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
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SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
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Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
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Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
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Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso
dia-a-dia e tornou-se muito importante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual mundo
queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de
transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você, que acreditam em um novo
mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso
dia-a-dia e tornou-se muito importante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual mundo
queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de
transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você, que acreditam em um novo
mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso
dia-a-dia e tornou-se muito importante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual mundo
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Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de
transformação.
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Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
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Por Débora Schmidt Nardello
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
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São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
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A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso
dia-a-dia e tornou-se muito importante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual mundo
queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de
transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você, que acreditam em um novo
mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
Fotos: Valdinei Souza
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso
dia-a-dia e tornou-se muito importante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual mundo
queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de
transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você, que acreditam em um novo
mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
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A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
Fotos: Valdinei Souza
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Responsável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso
dia-a-dia e tornou-se muito importante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual mundo
queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de
transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você, que acreditam em um novo
mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
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A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Responsável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Fotos: Valdinei Souza
versão virtualversão impressaversão piloto
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso
dia-a-dia e tornou-se muito importante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual mundo
queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de
transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você, que acreditam em um novo
mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
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instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
Fotos: Valdinei Souza
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso
dia-a-dia e tornou-se muito importante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual mundo
queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de
transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você, que acreditam em um novo
mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
Fotos: Valdinei Souza
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso
dia-a-dia e tornou-se muito importante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual mundo
queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de
transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você, que acreditam em um novo
mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso
dia-a-dia e tornou-se muito importante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual mundo
queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de
transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você, que acreditam em um novo
mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso
dia-a-dia e tornou-se muito importante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual mundo
queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de
transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você, que acreditam em um novo
mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Valorize o capital humano da sua comunidade! Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
#feitonobrasil
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
semente
Foto: Victor Del Rio
Foto: Hélder Santana
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco « Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossos
valores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito
aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso dia-a-dia e tornou-se muitoimportante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais
sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual
mundo queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada
vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à
natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você,
que acreditam em um novo mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados, apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprar doces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
Foto: Victor Del Rio
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Foto: Hélder Santana
www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas
moda I design I sustentabilidade
edição dois I ano um
Lusco Fusco EcoFashion apresenta:
semente
« Consumo é comunicação: os bens e os objetos materializam nossosvalores, a forma como vemos a relação homem-natureza e a própriarelação entre pessoas » (Livro Consumo Consciente / Comércio Justo)
SOBRESe antes o termo ‘sustentabilidade’ era coisa de ambientalista e ficava restrito aos estudiosos do tema, hoje faz parte do nosso
dia-a-dia e tornou-se muito importante para todos nós. Repensar o nosso estilo de vida e fazer escolhas mais sustentáveis deixou de ser somente uma opção e vem se tornando uma responsabilidade. Por mais que pareça clichê, precisamos sim pensar qual mundo
queremos deixar para os nossos filhos.
Muita gente ainda acha que produtos e ideias ligados à sustentabilidade são chatos, sem graça e sem inovação, mas isso está muito longe da realidade. Cada vez mais as ideias que envolvem matéria-prima sustentável, reciclagem, reaproveitamento, inclusão social, fortalecimento da comunidade, respeito à natureza e cuidado com as pessoas estão provando ser incríveis e com alto impacto de
transformação.
Nas próximas páginas queremos apresentar algumas dessas iniciativas, mostrar que existem muitos projetos responsáveis fazendo a diferença por aí, cada um à sua maneira. Todos esses projetos são construídos por pessoas como eu e você, que acreditam em um novo
mundo, de equilíbrio e harmonia.
Que as próximas páginas lhe dêem mais razões para acreditar em mudanças
Com Carinho,Débora + Lusco Fusco
Em um momento em que tanto se fala em consumo, compras frequentes, de aquisição de coisas descartáveise das nossas relações superficiais com roupas, objetos, móveis e até mesmo pessoas, parece um tantocontraditório falar na força da sustentabilidade.
Se de um lado temos essa onda de consumo desenfreado, por outro há uma galera repensando esse modeloeconômico de esbanjamento e mostrando que é possível viver e ser feliz sem causar tantos impactos negativos.
Alimentação, design, moda, transportes (e tantas outras áreas presentes no nosso cotidiano) vêm mostrandoque através de novas escolhas conscientes podemos ter um estilo de vida mais saudável e melhor para oplaneta. Mas, tais possibilidades só serão possíveis através de nós mesmos - somos nós, consumidores eusuários os donos do tempo e do dinheiro e somente nós podemos decidir onde colocar esses recursos.
Podemos escolher alimentos orgânicos, almoçar naquele restaurante local, comprardoces de uma senhora que fabrica em casa - ou podemos comprar alimentos produzidos em latifúndios, almoçar no fast-food internacional e comprar guloseimas importadas.
Podemos comprar roupas e objetos produzidos localmente, com materiais sustentáveis, que apoiam oartesanato e o desenvolvimento da comunidade, ou customizar roupas com pequenos defeitos - ouentão comprar peças fabricadas na China, a preço de banana, e jogar fora roupas com pequenos furinhos.
Podemos usar a bike ou ir a pé até o mercado, usar o ônibus, trem ou metrô - ou usar o carro para tudo,sempre;
Nós temos o poder mais importante - o de escolher.
E o que estamos escolhendo para nossas vidas?
o poderdas
escolhas
Por Débora Schmidt Nardello
Você já parou para pensar nas coisas que encontra pelo caminho? Nos momentos em que passeia, já se viu envolto em um universo totalmente singular, especial? Então, você precisa conhecer a marca ‘A Passeio’,que brinca com o universo imaginário do passear, com leveza e liberdade, transformando caixas de leite
em acessórios incríveis.
São passarinhos, pipas, borboletas, galinhas, peixinhos, baleias, sereias, barquinhos, bandeirolas e um universo inteiro de cultura e festas populares, aplicados e estampados em acessórios que enfeitam
pescoços de forma lúdica, experimental e sustentável.
Usando como matéria-prima caixas de leite (tipo TetraPak) e retalhos de tecido, as artesãs Julia Lage e Keisse Warner criam e recriam acessórios, dando vida a ideais de sustentabilidade, tanto nas questões
ambientais - com o reaproveitamento das caixas de leite e sucos - quanto nas sociais, utilizando o artesanato para conscientizar sobre a necessidade de novas formas de consumo.
As criações são todas artesanais, repletas de afeto e significado. O processo é experimental, com montagens e composições que vão mudando e se transformando (até porque na utilização de retalhos há
um limite, que é quando esses retalhos acabam, aí não há outra escolha senão criar novas possibilidades). São acessórios inquietos e livres, para agradar todos os gostos.
É lixo sendo transformado em arte, em ritmo de passeio, para nos enfeitar e inspirar.
Mais informações sobre a marca:facebook.com/APasseio
instagram.com/apasseiovou
A PASSEIO
O que anúncios de cerveja, telefonia e painéis de festivais têm em comum?O destino: a TemQuemQueira.
Todos os anos, metros e metros de lona vinílica, telas ortofônicas e fundos de palco utilizados empublicidade vão para o lixo, levando cerca de 300 anos para se decompor. Mas isso está mudando e todoesse material vêm sendo transformado em bolsas, necessaires, estojos e um montão de produtos exclusivos e contemporâneos.
Original do Rio de Janeiro, a TemQuemQueira nasceu de uma iniciativa da agência LG Ventura, que percebeua sobra de banners após os eventos e viu naquele material resistente, maleável e colorido novas oportunidades de criação e transformação. Hoje, é a maior receptora de banners usados do estado.
Mas o trabalho da TemQuemQueira tem um cunho social e não só ambiental. Todo material é trabalhadopor detentos, em regime fechado, semiaberto ou condicional e por moradores da comunidade pacificadado Turano, que trabalham nas três oficinas da ONG.
Tudo começou em 2008, com a primeira oficina inaugurada no núcleo prisional Ferreira Neto, em Niterói.Hoje, centenas de detentos cariocas já receberam treinamento de modelagem, corte e costura. Há tambémoficinas fora do centro prisional, que recebem cidadãos em regime aberto, semi aberto e condicional, vindos de diferentes presídios para trabalhar sete horas diárias, com salários, benefícios, e redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A TemQuemQueira é um caminho para pessoas serecolocarem no mercado de trabalho ou aprenderem uma nova profissão.
A matéria-prima vem de doações e parcerias e nas mãos de designers, como a estilista Isabela Capeto, étransformada em bolsas, acessórios, linha casa e diversos outros produtos. Por serem de diversas cores,estampas e formas, as possibilidades de criação são praticamente infinitas.
Devido ao seu trabalho incrível, a TemQuemQueira ganhou prêmios como o Rio Sóciocultural, o seloSocioambiental Benchmarking Brasil e Cidadão Socialmente Sustentável, na categoria ONG, entregue pela UNISUAM (merecidamente!!!). É lixo visto como oportunidade e forma de transformação.
Para saber mais: www.temquemqueira.org.brShowroom: Rua do Rosário, 172, sala 602 - Centro, Rio de Janeiro
TEMQUEMQUEIRALiberdade feita de lixo
BORDADOS DE PASSIRA Financiamento coletivo para fortalecimento do artesanato, nossa herança cultural
Passira é uma cidade localizada no agreste de Pernambuco e famosa pelo bordado manual em artigos decama e mesa. Há alguns anos as artesãs de lá passaram a produzir alguns trabalhos para a moda nacionale assim visualizaram a possibilidade de ampliar a sua gama de produtos. Alguns projetos do governotentaram promover o artesanato local, mas essas iniciativas não foram finalizadas.
Em 2008 nasceu a AMAP (Associação de Mulheres Artesãs de Passira), que conta hoje com cerca de 40associadas, todas bordadeiras. O grupo foi criado para que as artesãs se reunissem para trocarexperiências, encontrar soluções para o bordado como atividade econômica e levar seu trabalho paraalém de Passira.
Durante o projeto de mestrado de Ana Julia Melo, na Universidade de São Paulo, ela estudou a relação dobordado de Passira e a moda nacional e surgiu a vontade de elaborar um projeto para unir profissionais de diversas áreas com as bordadeiras de Passira. Assim, junto com alguns colegas, foi lançado em 2014 oprojeto ‘ Bordados de Passira ‘. Com o objetivo de fortalecer o bordado manual dando ferramentas paraa autonomia dessa comunidade, o projeto contou com apoio de financiamento coletivo obtido através dosite Catarse. A ideia era e é fortalecer a relação das mulheres com o bordado para elas trilharem novoscaminhos para o desenvolvimento.
Ao total, foram arrecadados R$ 32.587,00, que foram usados em cursos de costura, modelagem, gestãode produto e construção da loja virtual. Mais de dez pessoas se envolveram de forma voluntária nesseprojeto.
As artesãs tiveram oficinas com vários profissionais para melhorar seu produto e em dezembro de 2014 participaram do EcoEra, evento de moda sustentável que aconteceu em São Paulo, onde lançaram suaprimeira coleção de roupas bordadas, com tema ‘Abelhas’.
O próximo passo é o lançamento dessa coleção de roupas na loja virtual, que será em breve. É a oportunidade de adquirir roupas bordadas e outros produtos diretamente das artesãs, fortalecendo acomunidade, incentivando a sustentabilidade econômica e social, motivando as artesãs e mantendo vivaa tradição do bordado.
‘ Como observei em Passira, o melhor caminho para a sobrevivência do artesanatolocal é fortalecer, capacitar e engajar os artesãos, criando condições de autonomia
para que eles prossigam com seu trabalho. O artesanato só sobreviverá se oartesão puder viver do seu próprio trabalho’.
(Ana Julia Melo, idealizadora do projeto)
Mais informação sobre as Bordadeiras de Passira: www.bordadosdepassira.com.br
Todos os dias somos bombardeados por opções diversas de alimentação: lanchinhos - fritos ou assados, sucos, pratos feitos, buffets, comidas de barraquinhas, entre muitas outras. Mas será que não deveríamos
pensar melhor no que comemos e consumir de forma mais saudável?
Foi assim, pensando em uma alimentação melhor, que a economista Bianca Laufer, junto com o empreendedorGeorge Braile, fundaram a Green People Sucos, para ter sucos nutritivos e deliciosos sempre à mão, como
se tivessem sido recém feitos, com verduras e legumes fresquinhos e poder proporcionar essa oportunidadepara quem também tem essa preocupação com a saúde.
Na Green People os sucos são fabricados pelo método milenar de prensagem à frio, impedindo a oxidaçãodas frutas , legumes e verduras e mantendo a maior parte das vitaminas e nutrientes encontrados nos
alimentos. Não há utilização de conservantes e os sucos não são pasteurizados.
A marca apoia a agricultura familiar através de parcerias com fornecedores nas proximidades do Rio deJaneiro, localidade atendida. Além disso, tem também sua própria horta, que fica entre Teresópolis e
Friburgo, onde são cultivados alimentos orgânicos enviados diariamente para produção, garantindo assimo uso de quase todos os ingredientes orgânicos.
Hoje, a Green People conta com mais duas sócias, as irmãs Lucila e Tereza Gouvea Vieira e produz mais de20 mil litros de sucos de doze diferentes sabores, encontrados apenas no Rio de Janeiro, por serem perecíveis.
Todos os sabores (deliciosos por sinal!) são elaborados com a consultoria da chef de alimentaçãovegetariana crua, Inês Braconnot.
Além dos sucos avulsos, há também pacotes Detox. A ideia principal é trazer bem-estar e saúde aosconsumidores. Hoje, com um ano de marca, há muitos motivos para comemorar, entre eles o selo
orgânicos para dois de seus sabores: Da Terra e Santo Suco.
Porque cuidar da saúde, da alimentação e do planeta pode ser uma delícia!
Para saber mais: www.greenpeople.com.br
SUCOS GREEN PEOPLE
Foto: S
érgio P
agano
Próxima edição desta fanzine: Setembro / 2015
Contato: [email protected]
Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente
Agradecimentos especiais:Ana Lúcia Flores Schmidt (Apoiadora)
lilacpow.com.br / [email protected] < Liliana Oliveira (ilustradora)
Valorize o capital humano da sua comunidade!#feitonobrasil
Fotos: Valdinei Souza