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Sindicato dos Trabalhadores em Saude, Trabalho e Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro - 23/março/2006 Greve na Anvisa: ato dia 30 Servidores decidem entre 27 e 31 de março sobre desfiliação do Sindsprev da CUT O plebiscito de consul- ta aos servidores da seguridade social (saúde, trabalho e previdência) do Estado do Rio sobre a desfiliação do Sindsprev da CUT será realizado entre os dias 27 e 31 de março. Todos os servido- res (sindicalizados e não sindicalizados) da base do Sindsprev têm direito a voto. Reintegrados da Funasa aumentam pressão pela efetivação imediata segundo a Emenda 51 Página 12 Veja na página 3 onde e como votar Governo não cumpre acordo dos 47,11% e saúde federal, MPS e DRT fazem assembléia dia 30 Página 2 Páginas 4 e 5 Prefeitura de Caxias abandona PSF na rua FOTO: NANDO NEVES Por total descaso do prefeito de Caxias, Washington Reis, agentes do Programa de Saúde da Família (PSF) de Jardim Gramacho estão atendendo em barracas na Praça São Jorge. Eles trabalhavam em uma casa cedida pela Igreja Católica local, mas foram despejados há mais de um mês. Saúde estadual aguarda resposta do governo sobre salários Páginas 7 Trabalhadores do PSF em todo o Estado mobilizam-se pela regularização funcional Página 12 Projeto do Receitão está em tramitação no Senado Página 11 Entidades lançam campanha contra o caveirão Página 9 Frente Parlamentar reforça luta dos pedevistas no Rio Página 8 Página 7 FOTO: E. RADOVICZ

Social no Estado do Rio de Janeiro - 23/março/2006 ... · Luis Puenzo, é a atração do dia 13. O filme do cinema argentino aborda as-pectos ligados aos tempos da ditadura militar

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Sindicato dos Trabalhadores em Saude, Trabalho e PrevidênciaSocial no Estado do Rio de Janeiro - 23/março/2006

Greve naAnvisa:ato dia 30

Servidores decidem entre 27 e 31 de marçosobre desfiliação do Sindsprev da CUT

O plebiscito de consul-ta aos servidores daseguridade social (saúde,trabalho e previdência)do Estado do Rio sobre adesfiliação do Sindsprevda CUT será realizadoentre os dias 27 e 31 demarço. Todos os servido-res (sindicalizados e nãosindicalizados) da basedo Sindsprev têm direitoa voto.

Reintegrados da Funasa aumentam pressão pelaefetivação imediata segundo a Emenda 51

Página 12

Veja na página 3onde e como votar

Governo nãocumpre acordodos 47,11% esaúde federal,MPS e DRT fazemassembléia dia 30

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Páginas 4 e 5

Prefeitura de Caxias abandona PSF na rua

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Por total descaso do prefeito de Caxias, Washington Reis,agentes do Programa de Saúde da Família (PSF) de JardimGramacho estão atendendo em barracas na Praça São Jorge.Eles trabalhavam em uma casa cedida pela Igreja Católica local,mas foram despejados há mais de um mês.

Saúde estadualaguarda respostado governosobre salários

Páginas 7

Trabalhadores doPSF em todo oEstado mobilizam-sepela regularizaçãofuncional

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Projeto do Receitãoestá em tramitaçãono Senado

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Entidades lançamcampanha contrao caveirão

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Frente Parlamentarreforça luta dospedevistas no Rio

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2� 23 MAR. 2006

ACORDOS

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Governo não cumpre acordo dos47,11% e saúde federal, MPS eDRT fazem assembléia dia 30

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde,Trabalho e Previdência Social no Estado do Rio de JaneiroRua Joaquim Silva, 98-A - Centro - Rio de Janeiro� (21) 3478-8200 | fax: (21) 3478-8233

Edição: André Pelliccione (Mtb 19301) | Redação: Helcio Duarte Filho (Mtb 16379), Vânia Gomes (Mtb 18880) e OlynthoContente (Mtb 14173) | Diagramação: Claudio V.Rocha (JP25125RJ) | Fotografia: Fernando de França | Tiragem: 45 milexemplares | Impressão: Folha Dirigida | Secretaria de Imprensa e Divulgação Tel.: (21) 3478-8220 |Fax (21) 3478-8223 | website: http://www.sindsprevrj.org.br | e-mail: [email protected]

De 16 às 19 h, no auditóriio da ACM, na Lapa

O Sindsprev/RJ recebeu denúncias de que diversas entida-des associativas vêm descontando irregularmente contribuiçõesdos salários dos servidores da área da saúde. Segundo as de-núncias, os descontos estariam sendo feitos sem autorização, oque é ilegal.

O diretor da Regional Serrana do Sindsprev/RJ, NeiltonLima, disse que o Sindicato vai investigar as denúncias e to-mar as medidas necessárias. O sindicalista orienta os funcio-nários que estiverem sendo atingidos pelo desconto e que sesentirem lesados a entrar em contato com o Sindsprev.

projeto de lei prevendo o pa-gamento parcelado dos47,11% para os servidores daSaúde, Previdência, Trabalho

e Funasa ainda não foi aprovado peloCongresso Nacional. Com isto, a pri-meira parcela não sairá junto com o pa-gamento de março, como previsto noacordo de greve da campanha salarialcelebrado ano passado. Para decidiremo que fazer perante o não cumprimen-to do acordo, servidores dos ministéri-os da saúde, da Previdência Social eda DRT realizam assembléia no próxi-mo dia 30 de março, de 16 às 19h, naACM (Rua da Lapa, 86 – 6º andar).

O Sindsprev lamenta o fa-lecimento do companheiro Wil-son Álvares Martins, que tinha67 anos e era há 25 anos servi-dor do INSS. Lotado na agên-cia de Magé, Wilson era artífi-ce e nos últimos anos trabalha-va no atendimento ao público,tendo participado das principaislutas dos servidores em defesado INSS e da seguridade. Elemorreu no dia 27 de fevereiroao cair no momento em que fa-zia reparos no teto da agência.Sem usar Equipamentos de Proteção Individual(EPIs), como luvas ou capacetes, Wilson foi vítimade traumatismo craniano. O INSS ainda não se pro-nunciou sobre a morte do servidor, que foi criticadapelo diretor do Sindsprev Luiz FernandoCarvalho.”O que aconteceu foi produto da política

A subsede do Sindsprev em NovaIguaçu mudou de endereço. A Re-gional Baixada II agora fica na Tra-vessa Irene, 39, salas 301/302, Cen-tro - Nova Iguaçu, ao lado da Sapa-taria Di Santinni e da Lojas Ameri-canas. O telefone de lá é 2765 3382.

Também serão apresentados informessobre as ações judiciais, como os 28%.

Para o diretor da Fenasps, SidneyCastro, este é mais um acordodescumprido pelo governo. O sindica-lista defendeu a mobilização da cate-goria para exigir a aprovação imediatado PL. “O governo teve tempo paraaprovar o PL, e não o fez, por merodescaso”, afirmou.

PL aguarda Orçamento

Já Ana Lúcia, da Coordenação Sin-dical, órgão do Ministério do Planeja-mento, argumentou, no último dia 20,que o texto do projeto de lei está pron-

to, mas que para ser enviado ao Con-gresso dependeria da aprovação doOrçamento da União, o que ainda nãoaconteceu. “Se o projeto for encami-nhado antes de estarem previstos osrecursos para efetuar o pagamento, seráautomaticamente devolvido”, disse.

A folha de salários foi feita no dia20 sem a primeira parcela. SegundoAna Lúcia o valor deverá ser deposita-do, retroativamente, no pagamento deabril. Ela disse ainda que o projeto delei referente ao acordo de greve doINSS foi aprovado no final de dezem-bro com a realização dos depósitos quedizem respeito a ele.

Descontos ilegais Regional Baixada IItem novo endereço

em Nova Iguaçu

Diretor do Sindsprev atribui morte de servidorem Magé à negligência do INSS

do desmonte do INSS, que leva aos improvisos eao jeitinho. Já não era mais competência daquelaagência fazer aquele tipo de reparo, que deveriaser assumido pela gerência de Caxias. O que hou-ve foi negligência por parte da direção regional doINSS”, afirmou Luiz.

O companheiro Wilson, à esquerda, participando de mobilização no INSS

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az dois anos, Neusa Lima dosSantos, 44, ficou desempregada.As lembranças daquela épocaainda estão vivas na memória da

ex-agente de endemias da Prefeitura de SãoJoão de Meriti. Dias depois da demissão,ela, a filha, o genro e a neta recém-nascidaforam despejados. O constrangimento dever os pertences espalhados pela rua foi su-perado pela necessidade de sobreviver.Apesar das dificuldades, ela não perde aesperança de voltar ao trabalho.

— Espero que o prefeito tenha sensi-bilidade e nos contrate em outra função.Eu e os colegas trabalhamos como guar-das de endemias durante cinco anos, e con-quistamos a confiança dos moradores.Não somos papel velho para ser jogadono lixo — disse Neusa, que considera in-justo que o trabalho deles seja substituídopor indicações políticas.

O caso dela reflete o drama da maio-ria dos ex-guardas de endemias do muni-cípio. Em fevereiro de 2004, 130 agen-tes, contratados pela cooperativaMultiproof, foram dispensados sem rece-ber a indenização referente à rescisãocontratual. Segundo a Prefeitura, a demis-são ocorreu em conseqüência da reinte-gração de 600 agentes de endemias daFunasa, em setembro de 2003.

Dirigentes e militantes do sindicato ti-veram reuniões com o secretário de saúde,João Ferreira Neto, que prometeu aprovei-tar os agentes demitidos no Programa deSaúde da Família (PSF). No entanto, o se-cretário vem se esquivando e desmarcandoas reuniões horas ou minutos antes do iní-cio, como ocorreu na última marcada.

O Sindsprev ajuizou ação na 1ª Varado Trabalho de São João de Meriti solici-tando o reconhecimento do vínculoempregatício e a anulação das demissões.

Agentes de Meritilutam pelo retorno

ao trabalho

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A programação de cinema da Re-gional Centro traz, em abril, trêsbons filmes que tratam de temas po-líticos e sociais.

O primeiro a ser exibido, no dia 6,é a produção alemã "A Queda, As Últi-mas Horas de Hitler", de OliverHischbiegel. "A História Oficial", deLuis Puenzo, é a atração do dia 13. Ofilme do cinema argentino aborda as-pectos ligados aos tempos da ditaduramilitar naquele país.

Sempre às 18 horas de quinta-fei-ra, no dia 27 será apresentado odocumentário "Timor Leste, O Massa-cre Que o Mundo Não Viu", de LucéliaSantos, no qual são exibidas, em seus75 minutos, cenas fortes do genocídiocometido pelas tropas da Indonésia na-quele país.

A Regional Centro fica na rua Mé-xico, nº 90, 9º andar, no Centro do Rio.

CINEMA

"A Queda" e "TimorLeste" na Regional

Centro em abril

�323 MAR. 2006

CONSULTA ÀS BASES

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De 27 a 31 de março, servidoresdecidem sobre desfiliação do

Sindsprev da CUTpleb isc i toque consul-tará os ser-vidores da

seguridade social(saúde, trabalho eprevidência) do Esta-do do Rio sobre adesfiliação doSindsprev da CUTserá realizado entreos dias 27 e 31 demarço. Todos os ser-vidores (sindicaliza-dos e não sindicaliza-dos) da base doSindsprev têm direi-to a voto. Para votar,o servidor deve pro-curar a urna (fixa ouitinerante) mais pró-xima de sua Região— veja ao lado — elevar algum docu-mento que comproveseu vínculo àseguridade (comoidentidade funcionalou contracheque). Aapuração dos votosserá realizada no dia31, na sede doSindsprev. A localiza-ção das urnas e os ho-rários de votação es-tarão a cargo das re-

Todos os trabalhadores (sindicalizados e não sindicalizados)

da base do Sindicato têm direito a voto

gionais do Sindicato. O resultado do pleito será sub-metido a uma assembléia geral e ao próximo congressoestadual da categoria.

Congresso do Sindsprev e assembléiasgerais indicam desfiliação da CUT

O indicativo do Congresso Estadual do Sindsprev edas assembléias gerais da seguridade é que, no plebisci-to, os servidores votem pela desfiliação da CUT. Aolongo dos últimos anos a CUT transformou-se numa cen-tral sindical chapa branca, a serviço dos patrões e dogoverno Lula. Entre outros ataques aos trabalhadores, aCUT apoiou a reforma da previdência — que reduziusalários e o direito dos servidores à aposentadoria. A CUTtambém atacou as principais greves e mobilizações dostrabalhadores — como a dos bancários, realizada anopassado — aliando-se a banqueiros e empresários. “ACUT é uma central neoliberal que a cada dia alia-se edepende mais e mais do governo Lula e das estruturasempresariais. Não é possível mudar a CUT por dentro ea solução é a desfiliação da Central com a construção dealternativas dos trabalhadores”, analisa a diretora doSindsprev”, Janira Rocha.

Junto com o plebiscito sobre a desfiliação, o Sindsprevpretende debater, com os servidores da seguridade, a par-ticipação em alternativas de organização que os trabalha-dores de todo o Brasil estão construindo. É o caso da Co-ordenação Nacional de Lutas (Conlutas), que realiza seuprimeiro Congresso em maio deste ano.

Veja onde votar

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RIO DE JANEIRO

CentroUrnas fixas na rua Pedro Lessa, HSE e Iaserj.

Urnas itinerantes circulando os locais de trabalho

abrangidos pela Regional Centro.

Zona Oeste

Hospital Pedro II, Albert Schweitzer, Rocha Faria,

Iaserj Campo Grande, PAM Campo Grande, PAM

Bangu, Funasa Zona Oeste, APS Padre Miguel,

APS Campo Grande e APS Paciência.

Leopoldina

HGB, Av. Londres, 616 – Bonsucesso; PAM Del

Castilho - Estrada Ademar Bebiano , 339, Del

Castilho; PAM Irajá - Av. Ubirajara, 25 Irajá.

Baixada 1Regional Baixada 1: Rua César Lemos

Shoppingrj, Loja, 113 a 115 – 2ª andar; 1 –

Gerência Municipal de São João de Meriti, Rua

Adelino Gonçalves, s/n° - Coelho da Rocha; 2 –

Caxias Intinerante; 1 – Mage; 1 – São João de

Meriti.Baixada 2Haverá urnas itinerantes percorrendo a base;

Jacarepaguá

Urna 1 – Curupaiti(IEDES) dias 27 e 28/03;

Curicica, de 29 a 31/03(Hosp. Municipal Paula e

Souza); Urna 2 – Hosp. Geral de Jacarepaguá,

de 27 a 31/03 – Av. Menezes Cortez; Urna 3 -

INSS da Praça Seca, dias 27 e 28/03; PAM

Newton Betlen - Praça Seca, de 29 a 31/03; Urna

4 – Colônia Juliano Moreira , 27, 28 e 29/03;

Taquara e Intinerante, dias 30 e 31/03.

Zona SulHaverá urnas itinerantes percorrendo as

unidades da base da Regional Sul.

Zona Norte

Haverá urnas itinerantes percorrendo as

unidades da base da Regional Norte.

COSTA VERDE

Haverá urna na Regional - Rua Moisés Abrão, 645,

sala 05 - Itatguaí. Urna no INSS de Itaguái. Urna

na Vigilância Sanitária de Itaguaí. E urna

itinerante(Mangaratiba).

NITERÓIRegional Niterói: Rua Maestro Felício, 488/401 –

Centro – Niterói.

Urna itinerante: Rua Desembargador Ataíde

Barreiras, s/n° - Bairro de Fátima

No INSS e Hospital. Carlos Porteles.

SÃO GONÇALO

Regional São Gonçalo: Rua Feliciano Sodré, 154

– FDS; INSS: Feliciano Sodré, s/n° Centro São

Gonçalo. Clube Mauá: Av. Kenede – só o pessoal

da FUNASA. Urna itinerante em Itaboraí; Tanguá

e Rio Bonito.

CAMPOSCCV – Centro de Controle de Zoonoses -

Av.Presidente Vargas, 180 – Pecuária – Centro.

Regional e Núcleo - Praça São Salvador, 34

Centro; INSS, Praça São Salvador, 45/47 – Centro.

REGIÃO SERRANA

Haverá urna em Cordeiro, Cantagalo e Bom

Jardim(INSS), no dia 27. Em Friburgo e C.

Macacu(INSS), Maternidade e Raul Sertã, dia 28.

Em Teresópolis, no dia 29. Dias 30 e 31, em Três

Rios e Paraíba do Sul(1 urna), Petrópolis(2 urnas)

e INSS(Alcides Carneiros e Regional Serrana.

REGIÃO DOS LAGOS

Haverá urnas no INSS de Araruama, na

Regional Lagos, no INSS de Cabo Frio e

itinerantes em São Pedro D’Aldeia, Arraial do

Cabo e Bacaxá.

4� 23 MAR. 2006

Servidores do PAMBangu pressionam

e administraçãopromete retornode transferidos

Após assembléia realizada nodia 14, com a participação de usu-ários, os servidores do PAMBangu obtiveram, da direção daunidade, o compromisso do retor-no de três colegas que em feverei-ro haviam sido arbitrariamentetransferidos para o posto de saúdeValdir Franco. A transferência forarealizada sem consulta aos servi-dores do PAM Bangu e a partir deum sorteio, feito pela direção jun-to com as chefias imediatas, noqual os servidores sorteados paratransferência poderiam ser substi-tuídos por outros nomes, de acor-do com a vontade dos chefes. Osservidores transferidos são dossetores de Raio X e administração.Antes da assembléia, o sorteio eseu método arbitrário de transfe-rência haviam sido comunicadospela chefia do PAM a representan-tes do Sindsprev, Fenasps e núcleosindical da unidade, que não acei-taram a medida e organizaram amobilização dos servidores parareverter a situação. “É importanteos trabalhadores ficarem vigilan-tes e cobrarem, da direção doPAM, o compromisso com a voltados transferidos. Além de arbitrá-ria, a medida sempre foi absurdaporque o PAM tem déficit de pes-soal e não pode ceder servidores aoutras unidades”, avaliou o dire-tor da Fenasps Sidney Castro.

PAM Irajá estásem elevadoresdesde o dia 14

Há anos convivendo com inú-meras carências e problemas deinfra-estrutura, o Hospital Muni-cipal Francisco da Silva Teles(também conhecido como PAMIrajá) está desde o dia 14 sem ele-vadores. O resultado é que, parasubirem ou descerem até quatroandares, pacientes têm que sertransportados em macas pelasrampas do prédio. Segundo a di-reção da unidade, não há recursosdo Fundo de Reserva para o con-serto dos dois elevadores, um dosquais já estava sem funcionar. NoPAM também continuam faltandomedicamentos e a segurança parapacientes e servidores é precária.

Irregularidades e má-gestãoderrubam Secretário em Friburgo

seqüência de denúncias re-alizadas pela sociedadesobre irregularidades e má

versação dos recursos da saúdemunicipal de Nova Friburgo, pos-teriormente confirmadas em açãocivil pública dos ministérios públi-cos federal e estadual — alinhadasà desorganização da rede pública desaúde e à ausência de Conselho deSaúde eleito de forma democrática— formaram as situações que leva-ram à demissão do então secretárioGustavo Adolfo França Galvão.Conhecido por sua práticas autori-tárias no trato com trabalhadores dasaúde e a população, Galvão foiestranhamente mantido no cargograças à ação protetora da prefeitaSaudade Braga, apesar de os fias-cos da saúde municipal serem hábastante tempo conhecidos fora deNova Frigurgo.

Com a população abandonada àprópria sorte no seu direito à saúde,viraram rotina na cidade as mortesdesnecessárias no Hospital Munici-pal Raul Sertã, onde pacientes emdesespero procuram o atendimentoque lhes falta na atenção básica por-que o SUS em Friburgo não acon-tece. Afinal, não existehierarquização na rede de serviços,equidade, integralidade e menosainda acesso, como mostram as fi-las de madrugada.

Com a posse da Dra. Jamila naSecretaria de Saúde, a população eos servidores da saúde de Friburgoesperam ver restabelecida a legali-dade do SUS em Friburgo, com aconvocação das lideranças sociaisligadas à saúde para que, conformeestabelecido na sentença da JustiçaFederal, seja definido o calendáriopara eleição do novo ConselhoMunicipal de Saúde, procedendotambém às mudanças necessárias nalei municipal do controle social, queencontra-se recheada de arbitrarie-dades e inconstitucionalidades.

O diretor da Regional Serranado Sindsprev, Neilton Lima, con-sidera que ‘não existe mais tem-po para bravatas e vaidades nagestão pública da saúde munici-pal’. “O caos é presente e só seráadministrado se houver diálogopermanente com os movimentos

sociais de usuários e representa-ções dos trabalhadores, que usamo SUS e vivem o dia-a-dia domodelo assistencial”, afirma. Se-gundo Neilton, é preciso restau-rar o SUS em Friburgo,implementando seus princípios deforma coerente e ordenada, apli-cando os recursos da saúde nasmetas estabelecidas pelo PlanoMunicipal de Saúde e valorizan-do os servidores através de um

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REGIÃO SERRANA

plano de carreira, cargos e salári-os. “É urgente — afirma Neilton— realizar concurso e criar umvínculo do trabalhador com o ser-viço público. Lamento que a ad-ministração municipal não tenhaacompanhado os avanços da so-ciedade e despreze o conhecimen-to produzido em Friburgo, prefe-rindo interesses particulares, ofisiologismo e clientelismo na saú-de”. O diretor do Sindsprev defen-de auditoria com convocação deDenaSUS e tribunais de contaspara apurar as irregularidades nomunicípio. “Houve contratação defalsos laboratórios e fraude na fo-lha de pagamento do Raul Sertã eproblemas na Nitcoop, entre outrosescândalos investigados pelo Mi-nistério Público”.

O Sindsprev compõe o FórumMunicipal de Entidades de Usuári-os do SUS.

O caos é presente esó será administradose houver diálogopermanente com osmovimentos sociaisde usuários erepresentaçõesdos trabalhadores

“O diretor Neilton Lima, que vem denunciando o caos da saúde em Friburgo

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Servidores e usuários cobram solução para caos da saúde no município

�523 MAR. 2006

s serviços prestados pelaGeap aos funcionáriosdos ministérios da Saúde

e da Previdência Social não sofre-rão qualquer interrupção em de-corrência da decisão recente doTribunal de Contas da União(TCU) com relação ao convêniomédico. A afirmação é do diretordo Sindsprev/RJ e membro doconselho da Geap, Luiz HenriqueSantos.

“O TCU determinou que, deagora em diante os ministérios eoutros órgãos federais realizem li-citação para a contratação de con-vênios médicos. As exceções sãoos servidores que criaram a Geap,ou seja, os dos ministérios da Saú-de, da Previdência Social e os daDataprev”, afirmou. O dirigenteacrescentou ainda que os serviçosserão mantidos, também, para osfuncionários do ministério do Tra-balho, em virtude de liminar doSupremo Tribunal Federal (STF)neste sentido.

Como ficam os demais

Servidores da polícia rodovi-ária federal, polícia federal e ou-tras instituições que têm convêniocom a Geap vão continuar a con-tar com o atendimento até que

GEAP

luta dos servidores daFunasa reintegrados e anis-tiados do governo Collor

pelos seus direitos continua. Em de-zembro do ano passado, foram reali-zadas audiências entre a Fenasps eSindsprev com a presidência daFunasa e o Ministério do Planejamen-to, Orçamento e Gestão para tratardas principais pendências desses tra-balhadores. Veja a seguir como foramas discussões, item por item.

Revisão de enquadramento dosreintegrados do governo Collor – aquestão está em andamento, segundoinformou a Funasa. Mas o Sindspreve a Fenasps pediram revisão à Funasa,que informou serem 219 o total deprocessos. A Fundação pediu prazoaté junho.

Passivo dos reintegrados do go-

verno Collor - o cálculo do passivo jáfoi pedido à Funasa e o setor de recur-sos humanos da Fundação solicitou (ejá recebeu) exemplar de um contrache-que de junho de 1990. O Sindsprev foisolicitado a fazer os cálculos, que fi-carão prontos em breve.

Passivo da indenização de cam-po – este passivo refere-se ao períodode janeiro de 1991 a julho de 2002.Segundo o RH da Funasa, os cálculosfeitos referem-se ao período de 1995 a2002 e agora dependeriam da libera-ção do Ministério do Planejamentopara o pagamento.

Fichas financeiras dos servidoresda Funasa no Estado do RJ – as fi-chas são necessárias para os cálculosdos 28% e 3,17% dos servidores daFunasa porque trazem todos os valo-res recebidos pelos servidores de 1993

a 1998. Segundo o Jurídico doSindsprev, ainda este mês as fichas se-rão baixadas do sistema da Funasa eos cálculos estarão disponíveis.

Programação e parcelamento deférias – a Funasa ficou de fazer levan-tamento dos servidores com férias acu-muladas e contactá-los para que elesmarquem férias. Isto porque muitosservidores têm sido obrigados a gozarsuas férias em dezembro, sendo preju-dicados. Quanto ao parcelamento dasférias, foi solicitado ao RH da Funasaque as indenizações sejam desconta-das proporcionalmente e nos meses emque o funcionário goze as férias, evi-tando assim prejuízos financeiros.

Equiparação da indenizaçãocom a diária – o governo lançou odecreto 5554/05, reajustando as diári-as, mas não a indenização de campo.

No caso do RJ, a defasagem já é de80%. Nas audiências, o Sindsprev ea Fenasps pediram essa equiparaçãocom base na lei 8270/90, que deter-mina que a indenização de campodeve ser reajustada na mesma data epercentual das diárias. Segundo aFunasa, o Ministério do Planejamen-to disse que responderá em breve.

Pagamento do reenquadra-mento dos anistiados da lei 8.878/94 – O Planejamento ficou de pagarem 2004 a quem tinha até 5 mil a re-ceber, o que não ocorreu. Mas os anis-tiados não receberam. Na última au-diência, em dezembro de 2005, comFenasps, Sindsprev, o Ministério doPlanejamento ficou de fazer levanta-mento e pagar possivelmente emmaio. O Sindsprev continuará co-brando as soluções.

A

Sindsprev e Fenasps cobram solução parapendências dos servidores da Funasa

Decisão do TCU não altera serviçospara a Saúde e Previdência Social

Serviços também serão mantidos para servidores do Ministério do Trabalho

vençam seus contratos. “A partirdaí”, afirmou Luiz Henrique, “es-tes órgãos terão que realizar lici-tação de novos convênios. A Geappode participar destas concorrên-cias”.

O dirigente orienta os associa-dos da Geap a denunciar qualquer

irregularidade na prestação deserviços, ligando para o seu ce-lular: 8882-6029. Ou fazê-lodiretamente ao Conselho Regi-onal da Geap, na Rua da Alfân-dega, 214, 2º andar. Procurar opróprio Luiz Henrique, RobsonOliveira ou Jaime Oliveira.

O

ErrataNão procede a informação

publicada por nós, no número

anterior do Jornal do

Sindsprev/RJ, de que o Hospi-

tal Ipanema Plus havia sido

descredenciado da Geap. O ser-

viço continua sendo prestado

pela unidade aos associados.

ConselheiroLuiz HenriqueSantos, quepede aosassociadosquedenunciemirregularidadesna prestaçãode serviçospela Geap

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6� 23 MAR. 2006

HOSPITAL DE ACARI

Por Hélcio Duarte Filho

mobilização de servidores,usuários e profissionais desaúde aprovados no últimoconcurso da Prefeitura do Rio

obteve sua primeira vitória: a licitaçãoque levaria à privatização do Hospitalde Acari não aconteceu.

Na tarde de 13 de março, a peque-na sala da Prefeitura reservada pela Se-cretária de Saúde para a licitação foiocupada por manifestantes contráriosà privatização, que comemoraram a vi-tória inicial. “Foi ótimo, a gente estavamuito apreensiva com o resultado, já éuma vitória”, disse a técnica de enfer-magem Zilda Oliveira da Rocha,concursada que há mais de um anoaguarda ser chamada pela Prefeitura.“No dia 8 de março a manifestação em

Após abraço a hospital,privatização de Acari é suspensaPrefeitura suspendeu licitação antes mesmo da

decisão judicial e mobilização continuafrente ao hospital foi um marco para asuspensão da licitação”, avaliou DoraciAnacleta Eich, assistente social que atuana comunidade local.

A diretora do Sindsprev CristianeGerardo também destacou o impacto doabraço ao hospital, protesto organizadopela Frente em Defesa da Saúde. “Foiuma primeira vitória de uma luta que ain-da não está ganha: temos que barrar aprivatização, garantir a convocação dosconcursados e que a gestão seja públi-ca”, defende. Ela ressalta o papel da re-cém-criada Frente em Defesa da Saúde,da qual o Sindsprev faz parte: “Conse-guimos unir moradores, usuários, com omovimento sindical e os concursados”.

A liminar que suspendeu a licitaçãofoi obtida pelo Sindicato dos Médicos.Pelo menos outras cinco ações, entre elasa do Sindsprev, contestam o processo na

Justiça. Mas antesmesmo da decisãojudicial, no dia 8,data do abraço aohospital, o DiárioOficial do Municí-pio informava, napágina 43, a sus-pensão da concor-rência.

Com a licita-ção provisoria-mente barrada, osmanifestantes fize-ram uma pequena

‘assembléia’ na sala da Prefeitura. O de-putado estadual Paulo Pinheiro (PPS)alertou: “Não ganhamos nada ainda, ga-nhamos tempo”. Para a conselheira dasaúde Marilza Terezinha Fiare, presiden-te da AP-3.3, o que está ocorrendo a fazlembrar da tentativa do ex-governadorMarcello Alencar de privatizar os hos-pitais estaduais. “Naquela época nós sóvencemos porque houve uma unidademuito grande dos sindicatos e do povo,que mudou nas ruas o rumo da história.Estou amargurada de ver essa históriaacontecendo novamente”, diz.

Houve consenso ao final da reuniãoinformal: é preciso fortalecer a Frenteem Defesa da Saúde e manter a campa-nha contra a privatização. Os concur-sados da Saúde têm reunião marcadapara o dia 28 de março, na sede doSindsprev.

O departamento Jurídico do

Sindsprev também entrou com ação

na Justiça Federal pela anulação da

licitação do Hospital de Acari. A

liminar, no entanto, foi negada.

O mandado de segurança contra

a licitação foi concedido pela juíza Re-

gina Lúcia Chuquer, da 9ª Vara de Fa-

zenda Pública, a uma ação do Sindi-

cato dos Médicos. Mas, antes disso, a

própria Prefeitura já havia publica-

do a suspensão do processo. A deci-

são teria decorrido de contestações do

Tribunal de Contas do Município.

A ação movida pelo Sindsprev

aponta a violação das normas e prin-

cípios constitucionais ao não convo-

car concursados para ocupar as va-

gas abertas com a construção do Hos-

pital Municipal Ronaldo Gazolla,

nome oficial da unidade.

Em fevereiro deste ano, quandoretornava de suas férias no Hospitalda Lagoa, a servidora da saúde muni-cipal Alessandra Rosa de Souza foisurpreendida ao descobrir que sua salade trabalho (no 10º andar da unidade)fora trancada com grades e transfor-mada em ‘depósito‘ de computadorese equipamentos, embora a unidadepossua um almoxarifado para isto. Aservidora em nenhum momento foiconsultada sobre a mudança e não re-cebeu qualquer explicação por parteda administração do Hospital, que logoapós pressionou-a a aceitar a lotaçãono 4º andar, onde está atualmente. “Naépoca, o diretor administrativo LuizCarlos me disse que, se eu não acei-tasse, seria colocada para fora do Hos-pital”, lembra Alessandra.

No retorno das férias, Alessandra tam-bém foi informada do lançamento, em seuponto, de faltas relativas a junho de 2005,quando a servidora esteve em Brasília par-ticipando das atividades da greve naseguridade. “Senti-me ultrajada e desres-peitada com tudo o que aconteceu ao metirarem a sala de trabalho. Quanto às fal-tas, foi ainda mais absurdo porque o abo-no das mesmas já havia sido pedido for-malmente na época, mas só fuicomunicada do resultado seis meses de-pois”, desabafou.

Segundo Alessandra, as faltas de junhoforam lançadas na gestão anterior. No en-tanto, ela responsabiliza a atual diretora-geral do Hospital, Roberli Helena Bicharra,pela continuidade das perseguições. Aservidora lembra que, logo ao assumir ocargo, em agosto de 2005, Roberli extin-

guiu o Serviço de Revisão Técnica do Pron-tuário, que funcionava na mesma sala do10º andar. “Nunca entendi o motivo daextinção do serviço, que eu coordenavaorganizando os prontuários para manter emdia todo o faturamento. Agora os prontuá-rios ficam quase seis meses à espera dofaturamento. O pior foi ter ficado quatromeses sem função. Assinava o ponto e nin-guém nunca me explicava nada”, protesta.Para Alessandra, as perseguições movidascontra ela caracterizam assédio moral.“Nunca vi nada parecido nos 4 anos emque estou na Lagoa, mas acho que o assé-dio é para intimidar todos os servidores, oque não permitiremos”.

O caso de Alessandra está sendo acom-panhado pelo Departamento Jurídico doSindsprev, que estuda possíveis medidaspara preservar os direitos da servidora e

responsabilizar a direção do Hospital.Qualquer servidor em situação semelhan-te à de Alessandra deve imediatamenteentrar em contato com o Sindicato.

A servidora Alessandra Rosa de Souza

Servidora denuncia perseguição eassédio moral no Hospital da Lagoa

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Abraço ao Acari mobilizouservidores, moradores eusuários contra privatização

Ação do Sindsprev

contesta privatização

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Manifestantes na sala da Prefeitura: sem licitação

�723 MAR. 2006

Por Hélcio Duarte Filho

panfleto chamou a atenção dequem passava pela rua Méxi-co, no Centro do Rio, na ma-

nhã da segunda-feira 20. No ato dosservidores em greve da Anvisa, a Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária,sobressaiu o alerta sobre as possíveisconseqüências que a liberação de na-vios e cargas sem inspeção podem acar-retar para o controle sanitário do país.

O recado foi dado por meio de car-ta distribuída à população, em frenteao prédio da coordenação da agênciano estado. O texto avisa que há perigode entrada no país de produtos conta-minados com o vírus da gripe aviária eoutras doenças.

Os servidores da Anvisa estão emgreve desde 21 de fevereiro. Motivo: ogoverno federal não honrou termo decompromisso assinado no ano passado.A paralisação atinge nove estados (RS,SC, SP, MS, RJ, BA, PE, AL e DF). Osfuncionários da Anvisa são responsáveispelo controle sanitário nos portos e ae-roportos. Cuidam ainda da vigilânciaepidemiológica para conter a entrada dedoenças como febre amarela, dengue,

GREVE NA VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Servidoresalertam para

gripe aviária eoutras doenças

Proposta do governo não contemplareivindicação; servidores da Anvisa mantêm

greve e fazem ato dia 30 de março

febre do Nilo, gripe aviária e malária.

A denúncia de que navios estão atra-cando no país sem a inspeção sanitáriadecorre de casos de liminares judiciais,obtidas por empresas, que não levam emconta a ameaça à saúde e que estariam

sendo cumpridas pelo governo.

Ao ressaltar o caso da gripe aviária,os servidores fazem um alerta para o modocomo uma área vital para a saúde públicaé tratada pelo governo federal. E o perigoexiste de fato. Resolução da própria

Anvisa, publicada em 22 de fevereiro,determina que sejam lacrados produtosderivados de aves que cheguem ao Bra-sil vindos de países que já registraramcasos da gripe. “Se existe a resoluçãoda Anvisa é que existe o perigo”, afir-ma um funcionário em greve.

A carta distribuída aos transeuntescritica Lula e diz que o presidente agecomo se não estivesse “nem aí” para oproblema. As principais reivindicaçõesda categoria são a reestruturação da car-reira e o enquadramento na Anvisa deservidores que atuam há anos na vigi-lância sanitária mas pertencem a outrosórgãos. A Casa Civil propôs tratar doenquadramento por meio de uma emen-da na Medida Provisória 269. O proble-ma é que haveria ainda um projeto delei num prazo de 180 dias. A propostafoi recusada. Sem acordo, a MP e o lar-go prazo devem ir a voto na terça-feira29. Na plenária nacional, no dia 21 emBrasília, manteve-se a greve.

No Rio, os servidores marcaramnovo ato para 30 de março, às 10 ho-ras, na Cinelândia. Haverá distribuiçãode frangos.

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Assembléias dos trabalhadores da Vigilância Sanitária referendaram a greve

...e também os portos da cidadeGreve atinge os aeroportos...

m reunião com repre-sentantes doSindsprev realizada noúltimo dia 14, na Se-

cretaria Estadual de Saúde(SES),o superintendente Ismar Bahiaprometeu apresentar, ainda estemês, um posicionamento oficialda Secretaria sobre as reivindi-cações salariais dos servidores dasaúde estadual. A reunião do dia14 foi o desdobramento de ou-tras realizadas em janeiro e fe-vereiro, entre o Sindsprev e ossecretários estaduais de Gover-no, Fernando Pellegrino, e de Re-cursos Humanos, Paulo Robertodos Santos. Na ocasião, oSindsprev reivindicou reajuste de40,42% sobre o vencimento básico dos ser-vidores, negado por Pellegrini sob alega-ção de que ‘outras categorias também es-tão na mesma situação’.

A partir da negativa, o Sindsprev e oDieese (Departamento Inter-Sindical deEstudos Estatísticos e Sócio-Econômicos)

Saúde estadual cobra e SES promete posiçãooficial sobre correção da Geeled ainda este mês

Em reunião com Ismar Bahia, servidores também expressam preocupação com prazo-limite da legislação

elaboraram então uma proposta alternativa,também apresentada a Pellegrini, e que con-siste numa correção da Geeled que permitaum reajuste global de 30,32% sobre o totalde proventos dos servidores da saúde emtodos os níveis(superior, médio, 1º grau eelementar) — veja ao lado. Após o cálculo

Cálculo do Dieese prevê30,32% sobre vencimentos

de todos os níveisA proposta de correção da

Geeled foi elaborada em simulaçõespreparadas pelo Dieese a pedido doSindsprev. Inicialmente o Dieeseaplicou 40,42% sobre as Geeleds detodos os níveis. O problema era queisto resultava num reajuste globalmaior para o total de proventos donível superior (cerca de 30,32%),mas em reajustes globais menorespara os proventos dos níveis médio,1º grau e elementar. A solução en-contrada foi então manter o reajusteglobal de 30,32% para o nível supe-rior e corrigir os valores das Geeledsdos demais níveis de forma a que,ao final, eles também tivessem umreajuste global de 30,32% sobre ototal de seus proventos. Desta forma,os servidores da saúde ficariam comseus vencimentos globais nos se-guintes valores: R$ 1.987,60 para onível superior; R$ 949,95 para omédio (ou 2º grau); R$ 762,29 parao 1º grau; e R$ 677,59 para o ele-mentar.

de seu impacto financeiro, as duassecretarias (Governo e RH) con-cluíram ser possível o atendimen-to da reivindicação por estar res-peitando a legislação vigente e oslimites orçamentários do Estadopara a folha de pagamento. Noentanto, condicionaram o atendi-mento à prévia aprovação da Se-cretaria de Saúde.

Na reunião do dia 14, além decobrar de Ismar a posição oficialda SES, os servidores expressarampreocupação com a proximidadedo prazo-limite estabelecido pelaLei de Responsabilidade Fiscal(LRF) para a concessão de reajus-tes ao funcionalismo. “Estamos lu-tando contra o tempo e queremos

uma solução o mais rapidamente possível por-que a categoria não pode mais esperar. Se aSecretaria de Saúde não nos responder noprazo determinado, iremos diretamente ao Se-cretário de Governo por uma solução”, afir-mou a servidora Clara Fonseca, do Departa-mento da Saúde Estadual.

Em reunião com Ismar (à direita), servidorescobraram resposta sobre o reajuste da Geeled

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8� 23 MAR. 2006

Ato lança Frente Parlamentarpelo retorno dos pedevistas

PDV É FRAUDE

Pedevistas lotam o auditório da ABI no ato que marca uma nova fase no movimento pelo retorno ao trabalhoPor Hélcio Duarte Filho

campanha pelo retorno aoserviço público dos trabalha-dores demitidos por meio de

PDVs entra em uma nova fase com acriação da Frente Parlamentar Mistaem defesa dos pedevistas, como sãochamados os servidores que aderirama um dos programas de demissões vo-luntárias do governo FernandoHenrique Cardoso.

Pedevistas e apoiadores da causalotaram o auditório da Associação Bra-sileira de Imprensa no ato de lançamen-to da frente, no dia 10 de março. Parti-ciparam os deputados federais Babá(PSOL-PA) e Vanderlei Assis (PP-SP)e representantes do senador MarceloCrivela (PL-RJ) e dos deputados Fran-cisco Dornelles(PP-RJ) e CarlosSantana (PT-RJ). A senadora HeloísaHelena (PSOL-AL) enviou carta naqual declara apoio à iniciativa.

‘Queremos voltarpor justiça’

Na abertura do ato, o ex-diretor doSindsprev Jorge Godoy, um dos co-ordenadores do movimento dospedevistas, fez um discurso emocio-nado em defesa do retorno ao traba-lho. Ele traçou um rápido histórico doserviço público desde a eleição deCollor, que pôs milhares de servido-res em disponibilidade, até os dias atu-ais. “Eles acreditavam que enxugan-do a máquina pública estavam ade-quando a nossa economia aos planostraçados pelo FMI”, disse.

Sobre o PDV, afirmou que as de-missões não foram voluntárias – “Agente é coagido, em muitas estataisera aceitar ou rua, era o terror imple-mentado pelo Estado”. Nada do acor-dado foi cumprido, afirmou. E pediuque a platéia se manifestasse caso al-guém ali tivesse conseguido acessoaos programas de assistência profis-sional e às linhas de crédito previstasno PDV. Houve silêncio na ABI, que-brado apenas por um ou outro comen-tário que ratificava o discurso do sin-dicalista – “Foi mesmo, foi mesmo,foi isso que aconteceu”, disse, em vozbaixa, da platéia, um atento e anôni-mo pedevista.

Godoy também relatou as barrei-

ras superadas pelo movimento. “Foidifícil convencer sindicalistas, con-vencer parlamentares, diziam que eraum ato jurídico perfeito, que nin-guém colocou uma arma em nossacabeça”, recordou. “Queremos vol-tar não é por piedade não, queremosvoltar por justiça, o PDV foi umafraude. E a fome tem pressa, a nossadignidade tem pressa”, disse, emo-cionado, arrancando fortes aplausos.“Vamos lutar até a volta do últimopedevista porque nós temos sanguenas veias”, concluiu.

Prazos eleitorais preocupam

A perspectiva com a criação dafrente parlamentar é de que seja pre-parado um projeto de lei que retorne

os pedevistas ao trabalho. Os pra-zos comuns a ano eleitoral, no en-tanto, preocupam: além do recessoinformal destes períodos, a legisla-ção proíbe medidas que envolvamcontratações e novas despesas.

Sobre isso, a diretora do Sinds-prev Janira da Rocha fez duasobservações: 1º) a luta dos pede-vistas não tem data para terminar,prossegue mesmo que o caso não seresolva neste governo; 2) com von-tade política e acordo de líderes noCongresso, o problema dos prazospode ser superado, o que torna pos-sível aprovar o projeto este ano. “Oque é preciso é construir uma pro-posta de PEC que fale objetivamen-te de readmissão”, defendeu.

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Parlamentares e seus represen-tantes que estiveram no lançamen-to da frente assumiram o compro-misso de defender o retorno dospedevistas ao serviço público.“Vocês foram simplesmente enga-nados, uma mentira do governoFHC, assim como venderam as es-tatais dizendo que iam resolver osproblemas do país”, disse o depu-tado federal Vanderlei Assis deSouza (PP-PP). Ele disse que foiautorizado a falar também emnome do deputado federal Fran-cisco Dornelles (PP-RJ)

Assessor do senador MarceloCrivela, José Carlos Assis disseque o apoio não é ‘uma solidarie-dade formal’: “Nós queremosajudá-los numa estratégia com vis-tas ao objetivo da reintegração”.Ele explicou que o senador Crivelanão compareceu em função deatrasos em seu retorno da viagemque fazia ao Japão. Ele defendeuque os pedevistas integrem ummovimento mais amplo em defe-sa dos serviços públicos. “Não éuma questão específica de vocês,não é corporativa, é uma questãode cidadania”, disse.

Para o deputado federal JoãoBatista Oliveira de Araujo (PSOL-PA), o Babá, o PDV foi um “con-to do vigário” implantado porFHC contra servidores e funcio-nários de estatais. “A luta dospedevistas é uma questão de jus-tiça, por isso fazemos parte dafrente suprapartidária para apre-sentar um projeto que venhareincorporar esses companheirosaos quadros do Estado, o serviçopúblico precisa deles”, defendeu.(HDF)

‘Vocês foramenganados’, diz

deputado

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Pedevistas lotaram o auditório da ABI, reforçando a luta pela reintegração

Ato na ABI reuniu pedevistas, representantes de sindicatos e parlamentares

�923 MAR. 2006

uso do “Caveirão” nas co-munidades faveladas do Riode Janeiro vem causando

perplexidade e indignação dentro efora do país. No dia 13 de março foilançada simultaneamente no Rio eem Londres uma campanha pelo fimda utilização deste veículo blindadopelo governo Rosinha Matheus. Omovimento é organizado por entida-des de defesa dos direitos humanos,como a Anistia Internacional, Justi-ça Global, Rede de Comunidades eMovimentos Contra a Violência eCentro de Defesa dos Direitos Hu-manos de Petrópolis.

Em entrevista coletiva para ex-plicar os objetivos da campanha, nodia 13, pela manhã, Marcelo Freixoe Sandra Carvalho, da Justiça Glo-bal; e Maurício Campos, da Redede Comunidades, afirmaram que o“Caveirão” é o símbolo de uma po-lítica de segurança equivocada, que“criminaliza” a população destascomunidades, criando um clima deguerra usado para justificar execu-ções sumárias e outros abusos co-metidos pelas forças policiais. Tam-bém condenaram a ocupação doExército nas favelas, iniciativa que,segundo frisaram, faz parte destamesma política discriminatória queignora direitos e acaba gerando maisinsegurança.

Abaixo-assinadoMaurício Campos afirmou que a

campanha trará o olhar do mundosobre a violação dos direitos huma-nos no Rio de Janeiro. “O movimen-to conta com a participação de enti-dades de direitos humanos de 20outros países, dos quais, entre outrasiniciativas, serão enviados à gover-nadora Rosinha Matheus 2 mil car-tões postais pela retirada de circula-ção do ‘Caveirão’”, disse. “Alémdisto, estaremos colhendo, aqui noRio, subscrições para um abaixo-as-sinado no mesmo sentido, que tam-

VIOLÊNCIA POLICIAL

Entidades lançam Campanha contra o“Caveirão” e condenam ocupação do Exército

Por Olyntho Contente

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bém será entregue àgovernadora”, expli-cou Marcelo Freixo.

Tratadoscomo bandidos

O “Caveirão” éassim chamado por-que os primeiros fo-ram usados pelo Ba-talhão de OperaçõesEspeciais da PolíciaMilitar (Bope), cujosímbolo é uma cavei-ra atravessada por umaespada. Hoje, diversosbatalhões da PM já outilizam e também aPolícia Civil, que ochama de “Pacifica-dor”. É um veículo blindado deguerra que tem, no alto, uma me-tralhadora giratória e, dos lados,quatro saídas para fuzis. Entra nascomunidades e faz ameaças pelosalto-falantes, com gravações e fra-ses que assustam, ofendem e inti-midam os moradores, numa estra-tégia que trata a todos como ban-didos.

Por causa da ação do blindado,crianças e adultos têm apresentadoproblemas psicológicos e emocio-nais. Há casos, comprovados em

depoimentos, de que policiais têmusado de extrema violência e des-respeito, ao executarem jovens e de-pois desfilarem pelas ruas da comu-nidade com os cadáveres presos nosganchos dianteiros dos blindados. Apolícia informa que os ganchos ser-vem para a retirada de barreiras ebarricadas.

Segundo as entidades, é gran-de o número de inocentes, crian-ças e adultos, mortos pela ação doveículo. O governo do estado ale-ga que o “Caveirão” busca dar pro-teção aos policiais, versão contes-

tada pelas entidades que movem acampanha. Segundo elas, o gover-no sabe que morrem mais policiaisfora das operações oficiais, no cha-mado “bico” ou em episódios devingança, do que nas comunidades.“Este é um dos resultados da ado-ção desta política que combate aviolência com violência, que temuma estratégia de confrontação eintimidação que pouco colaborapara a segurança da população e dospróprios policiais”, avaliou Freixo.Como prova da ineficiência destapolítica, lembrou que de 1999 paracá o número de vítimas da políciado Rio de Janeiro só aumentou, ul-trapassando 1 mil por ano, umamédia de 3 mortes por dia. “Isto sóem operações oficiais”, frisou.

Segurança para a populaçãoAs entidades organizadoras da

campanha defendem, como alterna-tiva, uma política de segurança pú-blica que priorize a políciainvestigativa, ao invés de ações os-tensivas e cada vez mais violentas earbitrárias e que trate a todos comocidadãos. Seria preciso um conjuntode medidas mais globais, envolven-do outros setores, procurando solu-ções também para os problemas so-ciais, como o desemprego.

Carro blindado da PMé expressão depolítica de segurançaque promove aviolência e criminalizacomunidades carentes

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Servidores, sindicatos e populares lançamcampanha na Cinelãndia, em março

10� 23 MAR. 2006

Por Olyntho Contente

governo Lula está des-cumprindo Acordo Interna-cional de Cooperação com

os Estados Unidos que obriga a tro-ca de informações entre os dois paí-ses sobre grupos empresariais inves-tigados por formação de cartel. Aafirmação é do empresário João Ba-tista Vinhosa.

Ele lembra que a White Martinsestá sendo investigada pela Secreta-ria de Direito Econômico (SDE) des-de o início de 2004, junto com maistrês empresas multinacionais, por for-mação de cartel no fornecimento degases a hospitais e indústrias. Masque, apesar disto, a informação nãofoi repassada aos órgãos de defesa daconcorrência dos EUA, como previs-to no acordo bilateral. A White per-tence ao grupo Praxair Incorporation,com sede naquele país.

O que é

O acordo internacional foi as-sinado em 26 de outubro de 1999,pelo então ministro da Justiça JoséCarlos Dias, ainda no governoFernando Henrique Cardoso. Emseu artigo II define a obrigatoriedadeda troca de informações quando en-volver “práticas anticompetitivas”.Isto só poderia deixar de acontecer,segundo o artigo IX do documento,caso fosse “proibido por lei” ou “in-

ATENTADO AO DIREITO DO CONSUMIDOR

Governo Lula descumpre acordoanti-cartel e não denuncia WhiteMultinacional está sendo investigada pela SDE, mas informação não foi repassada aos EUA

compatível com os interesses” deum dos países.

Resposta ao Ministério Público

Em decorrência de representa-ção de João Vinhosa, em 22 de fe-vereiro de 2005 o Procurador daRepública Lauro Pinto CardosoNeto, enviou ofício ao titular daSDE, Daniel Goldberg, cobrando

explicações sobre o referido acor-do. Em sua resposta, Goldberg dáuma interpretação curiosa e dizque o documento não obriga, masapenas “faculta” às partes notifi-carem casos de práticasanticompetitivas. E acrescenta:“Não havendo indícios de que ossupostos cartéis tenham sido per-petrados também em território

americano, incabível a notificaçãode que trata o Acordo Internacio-nal mencionado”.

Já o Conselho Administrativo deDefesa Econômica (Cade), órgãovinculado ao Ministério da Justiça,em ofício de 21 de fevereiro de2005, dá outra explicação. Afirmaque “para se pronunciar sobre a ne-cessidade de comunicação do casoaos Estados Unidos aguardaria aconclusão dos processos que pode-riam dar motivo à notificação e seencontram na SDE”.

O Cartel do Oxigênio

O caso a que se refere o Cade éum dos mais rumorosos envolvendoa White Martins e vem sendo inves-tigado, desde o início de 2004, pelaSecretaria de Direito Econômico(SDE), órgão subordinado ao Minis-tério da Justiça. Mais conhecidocomo “Cartel do Oxigênio”, seriaformado por mais três multinacionaisdo setor. Como parte das investiga-ções, a SDE requisitou à Polícia Fe-deral uma operação de busca e apre-ensão de documentos na sede dasempresas envolvidas, na chamada“Operação Amazônia”, em fevereirode 2004, além de uma extensa e de-talhada escuta telefônica.

Segundo documento interno daSDE, o cartel dividiria o mercado na-cional de gases industriais e medici-nais por clientes e participaria emconluio de licitações públicas. Asempresas seriam “donas” de cadacontrato, sabendo previamente quala vencedora em cada licitação e aqual preço.

Outro processo na SDE investi-ga a atuação da White por formaçãode cartel e superfaturamento de pre-ços contra o Hospital Central doExército (HCE). A empresa tambémestá sendo processada pelo Minis-tério Público Federal porsuperfatura-mento contra hospitaisfederais do Rio de Janeiro. Devidoà gravidade dos fatos, o Procura-dor da República responsável peloprocesso, Rogério Soares do Nas-cimento, entrou com ação civilpública solicitando à Justiça a proi-

bição da White Martins selar novoscontratos com o Poder Público.

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Petrobrasestá nocentro desuspeitasrelaçõescom aWhiteMartins

A mesma White Martins estápara celebrar a formação de umamega-empresa, a Gemini, para adistribuição de gás natural lique-feito em localidades não atendidaspor gasoduto. A sócia minoritáriaseria nada mais nada menos que aPetrobras, estatal da qual o gover-no federal é o acionista majoritá-rio. Para funcionar, no entanto, aGemini precisa da autorização doConselho Administrativo de Defe-sa Econômica (Cade), o que aindanão aconteceu.

Cabe ao Cade avaliar se a for-mação desta empresa seria umaameaça à livre concorrência demercado e, conseqüentemente,

A estranha relação White-Petrobrasaos consumidores. A multinacionalnorte-americana é uma gigante de-tendo cerca de 75% do mercadode gases no Brasil. Seria um riscomuito grande permitir que todo estepoder fosse aliado ao da Petrobras,a maior empresa do país. Mas o go-verno tem agido como se não hou-vesse qualquer empecilho para aatuação da Gemini. Publicidade danova empresa tem sido publicadaem jornais e revistas de circulaçãonacional com o timbre daPetrobras, do governo federal e dosministérios envolvidos. Parecendouma tática dos interessados visan-do forçar o Cade a decidir sobre umfato consumado.

OABA Ordem dos Advogados do

Brasil (OAB), através do seu

presidente Roberto Busato, en-

caminhou ofício ao Ministro da

Justiça Márcio Thomaz Bastos,

solicitando providências em re-

lação à notificação aos EUA da

qual trata o acordo internacio-

nal. E em relação à empresa

Germini. Até o fechamento des-

ta edição, o ministro não havia

se manifestado.

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�1123 MAR. 2006

Por Hélcio Duarte Filho

propaganda que ogoverno federal fazda modernização das

agências do INSS tropeça narealidade observada em mui-tos locais do Rio. É em buscade um retrato o mais fiel pos-sível das reais condições de tra-balho, que a retórica oficialsempre tenta esconder, que di-rigentes do Sindsprev estão per-correndo, em março, as agên-cias da capital.

"Na maioria dos locais de trabalhoas condições estão péssimas", afirmaAloísio Vilella, diretor da Regional Cen-tro. Ele explica que a iniciativa – queenvolve a princípio as regionais Cen-tro, Leopoldina e Zona Oeste – também

AGÊNCIAS DA PREVIDÊNCIA

INSS semcondições de

trabalhoSindicalistas percorrem agências parafazer levantamento dos problemas e

mobilizar para campanha salarial

tem como objetivo conversar com osservidores sobre a mobilização para acampanha salarial deste ano. A pers-pectiva é depois estender, junto comoutras subsedes regionais, as visitasa outras regiões da cidade e do Estado.

Os problemas encontrados vãodesde o forte calor, provocado pelarefrigeração insuficiente nas agên-cias, à falta de materiais básicoscomo papel e toner nas impressoras,passando pelo já antigo déficit noquadro de servidores.

Até o fechamento desta edição,no dia 21 de março, 11 agências jáhaviam sido percorridas. Em boaparte delas, foi constado que os apa-relhos de ar condicionado estavamcom defeito. O problema é mais gra-ve na Zona Oeste e em algumasáreas da Zona Norte.

Este 'efeito estufa' já levou os ser-

vidores do INSS de Ramos a amea-çar cruzar os braços em fevereiro. Osindicato esteve lá apoiando o protes-to. "É um local completamente insa-lubre, é fechado, sem ventilação, co-loca em risco não só a vida dos servi-dores como a dos usuários", denun-ciou, à época, Nereu Lopes, diretor daRegional Leopoldina do Sindsprev.

Para Osvaldo Mendes, diretor dosindicato, a "situação é a pior possí-vel" no que se refere à refrigeraçãoem certos locais. Ele diz que, além deaparelhos com defeito, observou dutossujos, que também colocam a saúdedas pessoas em perigo.

ACondiçõesno INSSprejudicamservidoreseseguradosqueprocuramagências

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O projeto de lei 20/2006, quecria a Receita Federal do Brasil, ochamado “Receitão”, está emtramitação no Senado, já tendo sidoaprovado pela Câmara dos Depu-tados. No dia 14 de março, repre-sentando os servidores fixados daReceita Previdenciária, a Fenasps(através do Grupo de Trabalho dosFixados) e a Unaslaf participaramde audiência pública, a convite daComissão de Assuntos Econômicos(CAE), que analisa o PL. AFenafisp também esteve pressen-te representando os auditores daPrevidência.

Os dirigentes da Fenasps e daUnaslaf criticaram o projeto e de-fenderam a inclusão da garantia dosfixados poderem optar por perma-necer nos quadros do INSS ou se-rem transferidos para a RFB, numacarreira específica do novo órgão,caso seja aprovada a sua criação. AFenasps desmentiu o secretário daReceita Federal, Jorge AntônioRachid, que declarou em audiência

Projeto do “Receitão” está emtramitação no Senado

anterior na mesma CAE que os fixa-dos teriam “atribuições genéricas”,e não técnicas da área de tributaçãodevendo por isto permanecer comofixados da RFB. A Fenasps e aUnaslaf frisaram que as atribuiçõesdos fixados são semelhantes aos dostécnicos da Receita Federal, o quefoi confirmado pela Fenafisp.

Contra o Receitão

Mesmo apresentando propostasao relator, os dirigentes das entida-des se colocaram contra a criação doReceitão. Para eles, a Super Receitaé inconstitucional, por fundir órgãosautônomos e autárquicos, transferin-do atribuições da Previdência Socialpara a Receita Federal. A fusão tra-ria conseqüências nocivas para a Pre-vidência e seus segurados. Ressalta-ram, no entanto, que, se aprovado oprojeto, a posição da categoria é a denão aceitar a situação de fixados, esim, assegurar o direito de opção eredistribuição. O artigo 36 do PL pre-vê a definição deste problema atra-

vés de um outro PL, que só contem-plará as reivindicações da categoriase houver mobilização A terceira au-diência na CAE foi agendada para28 de março.

Por decisão de uma plenária daFenasps foi criado o GT nacional eGTs nos estados para encaminhar odebate sobre o projeto do Receitão.O do Rio é composto por RicardoViana, Sônia Alves, IracemaRodrigues, Primarize Gonçalves,Célia Brito, Abdo Vieira, Leila, MaluTintonelli, Carlos Alberto Ramos,Cláudio Massena, Celso França eSolange Silva.

Membro do GT, Maísacontinua afastada

Continua a perseguição a MaísaCabral, do Grupo de Trabalho Nacio-nal que luta contra o “Receitão” e paragarantir que sejam respeitados os di-reitos dos servidores fixados do INSSatravés de alterações no projeto de leique cria o novo órgão. A dirigente foiretirada do Serviço de Orientação da

Delegacia Centro e transferida para oatendimento da APS da rua Almiran-te Barroso, por determinação da de-legada Fernanda Virgens, titular daDelegacia da Receita Centro.

O Sindsprev/RJ repudia este tipode perseguição. Não houve caso se-melhante em outros estados o querevela uma ação de repressão ao mo-vimento do Rio, desde a OperaçãoPadrão. É necessário a categoria re-fletir sobre a atitude desta delegada esuas implicações para a luta dos fixa-dos e de todos servidores do INSS.

A servidora Maysa Cabral

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Dirigentes do sindicato estiveram na agência do Méier

12� 23 MAR. 2006

MOBILIZAÇÕES CONTINUAM

Por André Pelliccione

s trabalhadores dos Programasde Saúde da Família (PSF), in-cluindo agentes comunitáriosde saúde(ACSs) e agentes de

combate a endemias contratados de 92municípios do Estado do Rio, realizam,no próximo dia 18 de abril, nova assem-bléia geral para encaminhar a luta pelasua regularização funcional segundo oprevisto na Emenda Constitucional51(antiga PEC 007). O local e horário daassembléia ainda serão definidos e divul-gados em informativo específico doSindsprev. Entre outros pontos, a assem-bléia de 18 de abril debaterá a constru-ção de um plano geral de lutas emobilização pela regularização funcio-nal em todos os municípios.

A primeira assembléia geral após aaprovação da PEC 007 no Congresso

Trabalhadores do PSF de 92 municípios organizam-separa cobrar regularização segundo a Emenda 51

Nacional foi realizada em 17 de mar-ço, no auditório da ACM, centro doRio, com a presença de agentes comu-nitários de saúde e guardas de endemiasdo Rio de Janeiro, São Gonçalo,Belford Roxo, Caxias, Itaboraí, Magé,Nilópolis, São João de Meriti, Itaúna,Itaguaí, Itaperuna, Campos e Rio Bo-nito, entre outros municípios.

Assembléias preparam lutaunificada pela regularização

Uma das principais deliberações éque, até a próxima assembléia geral, se-jam realizadas assembléias específicasem todos os municípios onde existam tra-balhadores em luta pela regularização se-gundo a Emenda 51. A finalidade fazerum raio X de cada município, com o le-vantamento das formas de contratação,do número de trabalhadores do PSF e desituações como demissões, perseguições

Agentes comunitários e de combate a endemiasrealizam nova assembléia geral em 18 de abril

Por André Pelliccione

caravana de mata-mosquitosreintegrados da Funasa, queestá em Brasília desde o últi-mo dia 13, fez no dia 22 uma

concentração em frente à Granja doTorto para cobrar do presidente Lulao cumprimento da promessa de regu-larizar definitivamente a situação fun-cional dos mais de 5 mil reintegrados.A assessoria de Lula alegou que ele‘estava atrasado’ para um encontro naCasa Civil, com a ministra DilmaRoussef, mas passou ao presidente asreivindicações dos trabalhadores. Umdos diretores do Sindsprev/RJ que es-tava na Granja, Isaac Loureiro, disseesperar que Lula cumpra a promessafeita logo que foi empossado, de regu-larizar a situação dos trabalhadores,conforme a emenda 51. No Rio, tam-bém no dia 22, os reintegrados fize-ram vigília em frente à sede da Funasa,na Coelho e Castro, para pressionarpela efetivação.

Reintegrados da Funasa cobram de Lulasolução definitiva para efetivação

Comissão de Reintegradose Sindsprev entregamno Planejamento propostaque assegura aosmata-mosquitos aestabilidade funcional

Negociação suspensa

Isaac disse ainda que o Mi-nistério do Planejamento(MPOG) acabou não realizan-do a negociação marcada parao último dia 21, com a Comis-são de Reintegrados da Funasa.A alegação foi de que não ha-via ainda uma resposta definiti-va sobre a regularização funci-onal determinada pela Emenda51. A proposta entregue no Planejamen-to pela Comissão de Reintegrados foiaprovada na assembléia geral dos mata-mosquitos realizada dia 20 de março, naACM. Ela incorpora o máximo possí-

vel de elementos — como, por exem-plo, a estabilidade no emprego — exis-tentes no RJU (Regime Jurídico Único)dos servidores públicos, sem no entan-to ser uma cópia fiel do RJU. Segundo

o Jurídico doSindsprev, isto é ne-cessário para evitar fu-turas contestações ju-diciais à efetivaçãodos mata-mosquitos,dando maior seguran-ça ao processo de re-gularização funcional.Na primeira negocia-ção realizada entre aComissão de Reinte-grados e o governo fe-deral logo após a pro-mulgação da Emenda51, ocorrida em 16 demarço, representantesdo Ministério do Pla-nejamento criaramobstáculos à

efetivação, ao afirmarem que téc-nicos do próprio ministério, da CasaCivil e da Advocacia Geral daUnião(AGU) “não entendem que aEmenda 51(antiga PEC 007) resol-va com nitidez a situação funcio-nal dos mata-mosquitos”. O Plane-jamento apresentou três opções quenão garantem a efetivação:contratação pelo regime de empre-go público; contratação pela CLTou uma nova emenda constitucio-

nal.. Imediatamente a Comissão rejeitouessas opções e preparou então a propostaalternativa referendada na assembléia dodia 20, que também indicou a continui-dade da luta pela aprovação da PEC 479.

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Na foto do alto, passeata de reintegrados realizadaem fevereiro. Acima, reunião no Planejamento.

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e desrespeito aos direitos dos servidores.É esse quadro específico que será levadoà assembléia geral de 18.

Para ajudar na preparação da lutaunificada, o Departamento doSindsprev encarregado de organizar ostrabalhadores do PSF será reforçadopela presença de mais um representan-te de cada município. “Embora seja

uma grande vitóriados trabalhadores, aaprovação da PEC007 não resolve to-dos os problemas.Por isso o caminhoé a luta unificadapela regularizaçãofuncional em todos

os municípios”, avalia a diretora doSindsprev Janira Rocha.

“Queremos a regularização e co-braremos isto do Prefeito de Caxias[Washington Reis]. Lá no meu muni-cípio os trabalhadores sabem que épossível vencer com união”, avalia aservidora Alessandra Neves Macedo,Guarda de Endemias de Caxias.

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Assembléia doPSF decidiu pelaluta unificada embusca daregularizaçãofuncional

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