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Julgamento de Impugnação OAK Soluções Empresariais em Informática- Pregão 22-2009.doc MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO SECRETARIA EXECUTIVA SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO Processo 46130.000261/2009-19, relativo ao Pregão Eletrônico nº 22/2009, objetivando a objeto a contratação de empresa especializada no fornecimento de biblioteca de desenvolvimento (SDK) para implementação da Tecnologia de Certificação Digital em sistemas informatizados do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, permitindo a utilização de certificados digitais para comprovar a autenticidade e integridade das informações mantidas e trocadas por meio eletrônico, bem como repasse tecnológico do produto. Às 15h. e 49min. do dia dez de agosto do ano de 2009, no Edifício Anexo, Bloco “F”, 4º Andar, Ala “B”, Sala 444, a Pregoeira do Ministério do Trabalho e Emprego, instituída pela Portaria/SE/MTE nº 489 de 17 de setembro de 2008, Senhora NORMA JEANE GARCIA, procedeu o julgamento da Impugnação, impetrado pela empresa OAK SOLUÇÕES EMPRESARIAIS EM INFORMÁTICA LTDA, no qual o mesmo apresenta sua impugnação, referentes ao Pregão Eletrônico nº 22/2009. Com relação a referida impugnação impetrada pela empresa, tem a esclarecer o que se segue: 1. Com relação ao item “1” da Impugnação apresentada, cabe esclarecer que onde está “item 04 (quatro) deste Termo de Referência”, deve-se ler: “item 05 (cinco) deste termo de referência”. 2. Esclareço que o Edital será retificado com as alterações citadas. 3. Já o item 2, do Pedido de Impugnação, que questiona a exigência 4.5.4 do Edital, que solicita comprovação aos licitantes de especialização e atuação no mercado de Segurança da Informação, atuando em projetos de Certificação Digital para a criação e montagem de Infra-Estrutura de Chaves Públicas, padrão ICP-BRASIL e alguma hierarquia privada, cabe ressaltar que a exigência previne a participação de empresas sem experiência nas atividades descritas nesse termo de referência.

Solicitação de amostras - TCU

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Julgamento de Impugnação OAK Soluções Empresariais em Informática- Pregão 22-2009.doc

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO SECRETARIA EXECUTIVA

SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO

COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO

Processo nº 46130.000261/2009-19, relativo ao Pregão Eletrônico nº 22/2009, objetivando a objeto aa ccoonnttrraattaaççããoo ddee eemmpprreessaa eessppeecciiaalliizzaaddaa nnoo ffoorrnneecciimmeennttoo ddee bbiibblliiootteeccaa ddee ddeesseennvvoollvviimmeennttoo ((SSDDKK)) ppaarraa iimmpplleemmeennttaaççããoo ddaa TTeeccnnoollooggiiaa ddee CCeerrttiiffiiccaaççããoo DDiiggiittaall eemm ssiisstteemmaass iinnffoorrmmaattiizzaaddooss ddoo MMiinniissttéérriioo ddoo TTrraabbaallhhoo ee EEmmpprreeggoo -- MMTTEE,, ppeerrmmiittiinnddoo aa uuttiilliizzaaççããoo ddee cceerrttiiffiiccaaddooss ddiiggiittaaiiss ppaarraa ccoommpprroovvaarr aa aauutteennttiicciiddaaddee ee iinntteeggrriiddaaddee ddaass iinnffoorrmmaaççõõeess mmaannttiiddaass ee ttrrooccaaddaass ppoorr mmeeiioo eelleettrrôônniiccoo,, bbeemm ccoommoo rreeppaassssee tteeccnnoollóóggiiccoo ddoo pprroodduuttoo.

Às 15h. e 49min. do dia dez de agosto do ano de 2009, no Edifício Anexo, Bloco “F”, 4º Andar, Ala “B”, Sala 444, a Pregoeira do Ministério do Trabalho e Emprego, instituída pela Portaria/SE/MTE nº 489 de 17 de setembro de 2008, Senhora NORMA JEANE GARCIA, procedeu o julgamento da Impugnação, impetrado pela empresa OAK SOLUÇÕES EMPRESARIAIS EM INFORMÁTICA LTDA, no qual o mesmo apresenta sua impugnação, referentes ao Pregão Eletrônico nº 22/2009. Com relação a referida impugnação impetrada pela empresa, tem a esclarecer o que se segue:

1. Com relação ao item “1” da Impugnação apresentada, cabe esclarecer que onde

está “item 04 (quatro) deste Termo de Referência”, deve-se ler: “item 05 (cinco)

deste termo de referência”.

2. Esclareço que o Edital será retificado com as alterações citadas.

3. Já o item 2, do Pedido de Impugnação, que questiona a exigência 4.5.4 do

Edital, que solicita comprovação aos licitantes de especialização e atuação no

mercado de Segurança da Informação, atuando em projetos de Certificação

Digital para a criação e montagem de Infra-Estrutura de Chaves Públicas, padrão

ICP-BRASIL e alguma hierarquia privada, cabe ressaltar que a exigência

previne a participação de empresas sem experiência nas atividades descritas

nesse termo de referência.

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4. Nessa linha, a fim de preservar a competitividade do processo licitatório será

feita a alteração do texto presente no item 4.5.4 do Edital para o abaixo:

“4.5.4 A licitante terá que comprovar se a empresa

é especializada e presente no mercado de

Segurança da Informação, atuando em projetos de

Certificação Digital, especificamente no

fornecimento de biblioteca de desenvolvimento

para implementação da Tecnologia de

Certificação Digital em sistemas informatizados.

Os projetos já desenvolvidos pela proponente no

campo da Certificação Digital deverão,

necessariamente, compreender as atividades e

competências descritas nesse Termo de

Referência.”

5. Ainda quanto ao item 2 do Pedido de Impugnação, ressalta-se que o item 4.5.4

solicita comprovações ao licitante primeiro colocado, como parte da Proposta de

Preços, assim como os demais subitens descritos no item 4.5, dentre os quais,

prazo de validade (4.5.1), especificação em conformidade com o termo de

Referência (4.5.2) e preços (4.5.3).

6. Quanto ao item 3 do Pedido de Impugnação, será feita alteração do texto no item

6.2.3.2 do Termo de Referência para:

6.2.3.2 Os certificados serão emitidos mediante

solicitação do MTE, nas instalações da Autoridade

de Registro (AR) da CONTRATADA, situadas em

Brasília, ou em uma Unidade da Federação - UF.

7. Com relação ao item 4, do pedido de impugnação, que questiona os

procedimentos de homologação do Pregão Eletrônico citando que estes não

possuem amparo na legislação vigente, bem como contrariam o parágrafo 5º do

Artigo 30 da lei 8.666, cabe esclarecer que a jurisprudência do Tribunal de

Contas da União - TCU abaixo transcrita orienta que: “a solicitação de

amostras na fase de classificação apenas ao licitante que se apresenta

provisoriamente em primeiro lugar, ao contrário, não onera o licitante,

porquanto confirmada a propriedade do objeto, tem ele de estar preparado para

entregá-lo, nem restringe a competitividade do certame, além de prevenir a

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ocorrência de inúmeros problemas para a administração.” (Decisão nº

1.237/2002 TCU PLENÁRIO).

VOTO: JURISPRUDÊNCIA DO TCU “A exigência de amostras, na fase de habilitação, ou de classificação, feita a todos os licitantes, além de ilegal, poderia ser pouco razoável, porquanto imporia ônus que, a depender do objeto, seria excessivo a todos os licitantes, encarecendo o custo de participação na licitação e desestimulando a presença de potenciais licitantes. (pag. 186) A solicitação de amostra na fase de classificação apenas ao licitante que se apresenta provisoriamente em primeiro lugar, ao contrário, não onera o licitante, porquanto confirmada a propriedade do objeto, tem ele de estar preparado para entregá-lo, nem restringe a competitividade do certame, além de prevenir a ocorrência de inúmeros problemas para a administração. Não viola a Lei 8.666/93 a exigência, na fase de classificação, de fornecimento de amostras pelo licitante que estiver provisoriamente em primeiro lugar, a fim de que a Administração possa, antes de adjudicar o objeto e celebrar o contrato, assegurar-se de que o objeto proposto pelo licitante conforma-se de fato às exigências estabelecidas no edital.” (Decisão nº 1237/2002 – Plenário) “ (pag. 187) (...) o principal aspecto a ser observado no que se refere à opção pela modalidade de pregão é a possibilidade de se imprimir maior celeridade à contratação de bens e serviços comuns. Contudo, há que se ressaltar que os procedimentos executados pela Administração Pública para realização do pregão devem também obedecer aos princípios norteadores de todo ato administrativo, em especial, aqueles previstos no art. 37, caput, da Lei Maior. Nessa esteira, penso que há que se analisar a modalidade do pregão sob a ótica da celeridade, acima mencionada, eis que essa característica está intimamente associada ao nascedouro desse instituto, mas sem se olvidar da necessária observância ao princípio da eficiência, porquanto é em razão desse postulado que se busca uma maior qualidade/economicidade do ato administrativo, de modo a melhorar a relação

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custo/benefício do trabalho da Administração Pública. É possível concluir, a partir dessas breves ponderações, ser admissível a exigibilidade de amostras se restar obedecido esse binômio celeridade/eficiência. (...) De fato, não há que se falar em exigência de amostras de todos os participantes do pregão. (...) Todavia, em se tratando de exigência de apresentação de amostras apenas do licitante vencedor, tal procedimento pode surgir como uma melhor forma de se garantir presteza, perfeição e eficiência ao procedimento do pregão presencial, desde que não comprometa a celeridade de todo o processo e não imponha ônus desnecessários a todos os licitantes. No caso de pregão presencial realizado para aquisição de material de consumo, a análise de amostra apresentada pelo vencedor do certame tem o condão de garantir, ao órgão público que efetua a compra, que o produto adquirido tenha adequada qualidade técnica aliada ao melhor preço, sem, contudo, comprometer a rapidez esperada para a efetivação da contratação. (Pag. 187/188) Fonte :http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/684167.PDF

8. Ainda a respeito do item 4 do Pedido em comento, cabe esclarecer que o § 5º do

Art. 30 da Lei nº 8.666/93 veda “exigência de atividade ou de aptidão com

limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos”, este refere-se

ao tempo e lugar de serviços anteriormente prestados, os quais foram os fatos

geradores da obtenção do atestado de capacitação técnico-profissional.

9. Ressalta-se, ainda, que seria totalmente inoportuno não fixar data local para a

realização da AMOSTRA. Quanto ao prazo fixado, este está dentro da

discricionariedade do administrador público.

Sendo assim, DEFIRO PARCIALMENTE a impugnação impetrada pela empresa OAK SOLUÇÕES EMPRESARIAIS EM INFORMÁTICA LTDA, nos termos acima elencados.

NORMA JEANE GARCIA Pregoeira