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DEADAD ASD DECJASDS
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REQUERIMENTO TOMBAMENTO EX-SEDE HISTRICA. EXCELENTSSIMA SENHORA
MARIA DE FTIMA MESQUITA DA SILVA
SECRETRIA DE CULTURA DO MUNICPIO DE FORTALEZA
PEDIDO DE TOMBAMENTO DA
ANTIGA SEDE DO SPORT CLUB MAGUARY
Senhora Secretria,
Jos Ribamar Aguiar Jnior, brasileiro, casado, advogado, inscrito na
OAB-CE com o N nnnn e endereo na Avenida Beira Mar, N xxxx, Apto.
yyyy, bairro Meireles, CEP 60.165-121, nesta cidade, na condio de
pessoa fsica, bem como a pessoa jurdica de direito privado Sport
Club Maguary, empresa inscrita com o CNPJ/MF N nnn.nnn.nnnn-nn, com
sede administrativa na Rua Osvaldo Cruz, N 01, sala 405 do Edifcio
Beira Mar Trade Center, bairro Meireles, CEP 60.125-150, capital do
estado do Cear, todos infra-assinados, vm presena de Vossa
Excelncia expor e requerer o que segue:
A Lei Municipal N 9.347 de 11 de Maro de 2008 disps sobre a proteo
do patrimnio Histrico-Cultural e Natural do Municpio de Fortaleza
por meio do tombamento, tendo criado o Conselho Municipal de Proteo
ao Patrimnio Histrico-Cultural (COMPHIC). Referida Lei estabelece,
no artigo 9, que o pedido de tombamento poder ser feito por
qualquer cidado, cabendo Secretaria de Cultura de Fortaleza
(SECULTFOR) receber o pedido, abrir e autuar o respectivo processo
administrativo para anlise e parecer.
O artigo 10 da mesma Lei Municipal orienta que os pedidos de
tombamento sejam instrudos com os documentos que lista, razo porque
os infra-assinados pretendem que seja apensado a este processo,
aquele originrio da Secretaria Regional IV (processo 62.854/2008)
que trata do pedido de desmembramento da quadra onde fica situado o
imvel, localizada na Rua Baro do Rio Branco, N 2955, entre as Ruas
Padre Roma e Deputado Joo Pontes, bairro de Ftima, (atual Sub-Estao
Maguary) e que j se encontra nesta Secretaria de Cultura de
Fortaleza, pedido este que se faz visando atender os preceitos
contidos nos incisos do artigo 10 da Lei Municipal N 9.347,
especialmente aqueles que tratam da descrio e exata caracterizao do
bem respectivo (inciso I); delimitao da rea objeto da proposta,
quando conjunto urbano, stio ou paisagem natural (inciso III) e
documentos relativos ao bem, includos fotografias ou cartografia
(inciso VI).
Cabe destacar que o referido imvel foi inaugurado em 20 de abril de
1946 e at hoje mantm as caractersticas iniciais, conforme poder ser
comprovado com a comparao de fotos atuais com as antigas (anexos A
e B), sendo a segunda retirada da pgina 340 do livro de Miguel
ngelo de Azevedo Nirez (ndice Analtico e Iconografia da Cronologia
Ilustrada de Fortaleza Volume II 2001).
Comunicamos, na oportunidade, que o referido prdio histrico, depois
de ser vendido COELCE na fase de empresa pblica (1975), foi
repassado para a Fundao Coelce de Seguridade Social FAELCE,
entidade de previdncia complementar, pessoa jurdica de direito
privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nmero 06.622.591/0001-15, com
sede em Fortaleza, capital do Estado do Cear, com endereo na
Avenida Baro de Studart, N 2700, bairro Dionsio Torres.
Indubitvel que a antiga sede do Sport Club Maguary tem inestimvel
valor histrico. Ocorre que suas linhas arquitetnicas demonstram
ainda um grande valor artstico, obra do arquiteto Sylvio Jaguaribe
Ekman, o mesmo construtor do Ideal Clube, que segundo informao
contou com o apoio de outro respeitado arquiteto, no caso Jos
Barros Maia, o Mainha.
Inadmissvel, pois, que possa estar sendo cogitada a venda pela
atual proprietria para posterior demolio do prdio visando construir
novo e moderno espao para Escola de nvel superior, at porque no
falta imvel nas proximidades que possam ser comprados para atingir
tal relevante objetivo.
Destacamos, ainda, que existe um Projeto de Lei (222/2009), que
tramita na Cmara Municipal de Fortaleza, iniciativa parlamentar do
Vereador Marcelo Mendes (PTC), conforme prova o anexo C, cuja
relatoria ficou a cargo do Vereador Guilherme Sampaio do PT.
A Justificativa ao relevante Pedido de Tombamento administrativo,
ora apresentado, e atendendo previso contida no inciso VII da Lei
Municipal N 9.347, a que segue:
JUSTIFICATIVA:
O Patrimnio Cultural de uma Cidade composto pelos bens de natureza
material e imaterial, tomados individualmente ou em seu conjunto,
portadores de referncia identidade, ao, memria dos diferentes
grupos formadores da sociedade, incluindo-se os bens e direitos de
valor artstico, esttico, histrico, turstico, paisagstico,
arqueolgico, paleontolgico, ecolgico e cientfico.
O instituto do tombamento considerado pela doutrina majoritria como
um ato administrativo vinculado, ou seja, uma vez presentes as
razes de ordem tcnica para que o tombamento ocorra, tal ato passa a
ser um direito subjetivo da coletividade preservao de sua memria
histrica e cultural.
As expresses Livros do Tombo e Tombamento provm do Direito
Portugus, para o qual a palavra tombar significa: inventariar,
arrolar ou inscrever nos arquivos do Reino, guardados na Torre do
Tombo, em Lisboa. O Mestre e doutrinador Helly Lopes Meirelles
afirmou que, por tradio, o legislador ptrio conservou tal expresso,
iniciando-se assim a conservao de nosso patrimnio lingstico, dando
exemplo aos que devem conservar.
O Tombamento uma das diversas formas de proteo administrativa ao
Patrimnio Cultural, embora no a nica. Vale ressaltar que, no h em
linhas gerais, a perda da propriedade, mas somente a limitao
especial quanto utilizao e modificao do bem tombado.
A responsabilidade, na preservao do patrimnio da cidade, de todos
ns. O bem poder ser tombado, inclusive, pelo Poder Legislativo,
atravs de uma lei especfica (projeto 222/2009) que determine a sua
preservao devido ao seu valor cultural. Recentemente, ocorreram
casos de tombamentos ou preservao do bem cultural atravs de decises
do Poder Judicirio, tendo como forma originria uma Ao Civil Pblica.
Alis, qualquer cidado pode acionar administrativamente o rgo de
controle e fiscalizao dos bens tombados, que nos Municpios so as
secretrias municipais de cultura, o que feito nesta
oportunidade.
Em Fortaleza estar em vigor, desde o dia 1 de abril de 2008, uma
Lei Municipal, aprovada pela Cmara, no caso a Lei N 9.347/2008, que
normatiza os mecanismos de proteo ao patrimnio histrico-cultural e
natural da nossa cidade, constitudo pelos bens de natureza material
e imaterial, mveis e imveis, pblicos e privados. Referida lei traz
consigo o entendimento de que sem a adeso da sociedade no possvel
proteger o patrimnio. Atravs de procedimentos explicitados na
publicao, o pedido de tombamento poder ser feito, como j disse, por
qualquer cidado.
O tombamento, como j abordado, uma palavra antiga, que hoje
significa o registro especial de construes, monumentos, objetos,
lugares, considerados importantes por razes histricas, artsticas,
tecnolgicas ou afetivas, e que, por isso, merecem a proteo do
governo e da comunidade. Assim, pois, os bens tombados passam a ser
preservados, no podendo ser destrudos. A competncia do Municpio est
devidamente caracterizada, alm do que a preservao passou a ser
compreendida como um dos elementos integrantes do planejamento
urbano.
DIREITO DA COLETIVIDADE AO TOMBAMENTO
DA ANTIGA SEDE DO MAGUARY
A histria de uma poca e de vrias geraes da nossa cidade passou pela
sede antiga do querido Sport Club Maguary. L, vidas foram vividas e
muitas modificadas atravs dos relacionamentos sociais e, at mesmo,
de namoros que se transformaram em casamentos de grandes famlias da
nossa atual sociedade cearense. Os jovens freqentavam as memorveis
tertlias e os bailes de carnaval, alm de praticarem esportes como a
natao, o tnis, o basquete e especialmente o futebol.
O chamado Clube dos Prncipes foi uma das mais tradicionais e
simpticas agremiaes diversionais de Fortaleza, tendo sido fundado
em 24 de junho de 1924 e iniciando suas atividades como clube de
futebol no antigo Alagadio, hoje bairro So Gerardo. Proporcionou,
ainda, momentos inesquecveis de alegria e emoo ao competir com as
principais entidades desportivas da poca: Cear, Fortaleza,
Ferrovirio e Amrica.
O Clube chegou a ser quatro vezes campeo cearense na primeira
diviso do futebol, alm de sete vezes vice-campeo no Estado (1928,
1930, 1932, 1935, 1937, 1938 e 1945), mantendo uma marca invejvel:
4 lugar do Ranking do Futebol Cearense de todos os tempos
(considerando campees e vices, segundo o jornal Folha de So Paulo,
edio de 23-12-2007, pgina D6 Esporte).
O Maguary nasceu para ser campeo! No antigo Campo do Prado (1929 e
1936), no Estdio Presidente Vargas (bi-campeo 1943 e 1944) e no
Estdio Plcido Castelo, tendo se consagrado como o primeiro campeo
do Castelo quando venceu ao Amrica em 02-12-1973, na final do
Torneio Breno Vitoriano, competio organizada para comemorar a
inaugurao do Gigante da Boa Vista (Fonte: Miguel ngelo de Azevedo
Nirez em Cronologia Ilustrada de Fortaleza Volume I 2001).
A Equipe Cintanegrina, como tambm chamada, foi uma das fundadoras
da atual Federao Cearense de Futebol, ainda na fase da ADC
(Associao Desportiva Cearense) quando foi requerido o registro
legal da Instituio (29-01-1936) que funcionava na informalidade,
tudo conforme consta das pginas 115/116 do livro do pesquisador e
escritor Alberto Damasceno (Futebol Cearense: Um sculo de histria
1902 a 2002).
O Maguary chegou a ter a segunda torcida cearense e, alm do time de
futebol, era um Clube Social com forte presena na nossa sociedade.
Sua marca est alicerada na emoo, no carisma e na paixo que suas
cores sempre fermentaram. Scrates, o grande filsofo grego, dizia
que s morremos quando somos esquecidos, razo porque o Maguary nunca
morreu nos coraes e mentes de tantos que ajudaram a construir a sua
glria ou dela tomaram conhecimento, atravs de matrias de jornais,
revistas, livros, artigos da internet e programas de rdio ou
TV.
Sua segunda sede localizava-se no ento buclico e aristocrtico
bairro do Benfica, na Avenida Visconde de Cauipe, N 2081, hoje
Avenida da Universidade. Foi quando Waldir Diogo de Siqueira, Mrio
de Alencar Gadelha, Egberto de Paula Rodrigues, aliados a um grupo
de amigos, transformaram o antigo clube numa agremiao elegante, com
sua nova sede social inaugurada em 20 de abril de 1946, erigida em
um amplo terreno (quadra), no nmero 2955, da Rua Baro do Rio
Branco, imvel objeto da presente iniciativa.
A construo dessa simptica e aconchegante sede foi assinada pelo
famoso arquiteto Sylvio Jaguaribe Ekman, o mesmo construtor do
Ideal, outro Clube tradicional de Fortaleza. Ali, no Maguary de
outrora, praticava-se o esporte amador e ocorriam atividades
festivas que marcaram a vida da cidade, principalmente nos alegres
Anos Dourados, na dcada de 50, com seu entusiasmo prolongando-se
pelos anos seguintes. Muitas de suas animadas festas carnavalescas
terminavam s dez horas da manh seguinte acontecimentos inusitados
para a pequena Fortaleza, de 213 mil habitantes.
Entre outros nomes que marcaram aqueles tempos de pujana social do
clube cintanegrino, como carinhosamente era tambm chamado o
Maguary, so sempre lembrados: Raimundo de Alencar Pinto, Lauro
Maciel, Remo Figueiredo, Mrio de Alencar Araripe, Amrico Barreira,
Lcio Bonfim, Afonso Deusimar, Mauro Jander Braga de Sousa,
Francisco Iraj Vasconcelos, Mauro Botelho, Valfredo Monteiro, o
jornalista Joo Clmaco Bezerra; a famlia Mesquita, representada por
Aldo Mesquita, Kerginaldo Mesquita, Valdo Mesquita e Heraldo
Mesquita; Waldir Diogo de Siqueira Filho, Vicente de Souza, Almrio
Pereira e muitos outros.
Entre a sua brilhante equipe de tenistas, contava o clube com os
irmos Reno Figueiredo e Viena Maria Figueiredo Ponce de Leo, filhos
do diretor Narclio Bezerra Figueiredo, campees brasileiros de tnis,
o primeiro chegou a conquistar a Taa Davis. Viena Ponce de Leo a
esposa de Antnio Ponce de Leo Filho, outro baluarte deste esporte.
Outros nomes destacaram-se nas quadras do Maguary: Henrique de
Oliveira; os filhos do diretor Luciano Granjeiro, Lcio e Lucy
Granjeiro; Stlio Ribeiro do Vale e seu irmo Stnio Ribeiro do
Vale.
Eventos de toda ordem moviam a cidade para o endereo do Maguary.
Mdicos, jornalistas, empresrios, msicos, advogados, desportistas,
engenheiros, artistas do teatro, rdio e TV, alm de autoridades de
todos os poderes, l se encontravam para discutir assuntos
profissionais, enquanto suas famlias desfrutavam o saudvel ambiente
de lazer.
Comemoraes memorveis ocorreram no Maguary. O mundo da televiso e do
rdio para l se dirigia nos momentos de descanso, quando era
avaliada a rica experincia da poca de ouro da radiofonia cearense e
especialmente os primeiros passos da televiso no estado,
representado pela iniciativa do querido e saudoso Canal 2, emissora
do Grupo Associados.
Falando em televiso Associada, importante lembrar um momento mgico
que at hoje enche de orgulho o povo cearense. A Miss Maguary Emlia
Correia Lima, eleita em 1955, foi tambm eleita Miss Cear e
posteriormente Miss Brasil, a segunda escolhida em concurso
nacional promovido pelos Dirios Associados, recebendo a faixa da
baiana Martha Rocha. O Clube dos Prncipes, como sempre foi chamado,
ganhou, pois, sua princesa, eleita em concurso de beleza nacional e
que representou a mulher brasileira, destacando-se no concurso de
beleza internacional em Long Beach, Califrnia (EUA), por seus traos
clssicos e postura discreta.
Cabe destacar que outros clubes sociais tambm existiam na poca como
o clube Iracema, o Lbano, o Massapeense, o Comercial, dentre tantos
outros que se somavam aos remanescentes clubes Iate, Nutico, Ideal
Clube e Dirios, que recentemente mudou a sua linda sede da Beira
Mar por outra mais distante.
Trata-se, indubitavelmente, de prdio com inestimvel valor histrico
e cultural. Suas linhas arquitetnicas demonstram, ainda, um grande
valor artstico, obra do arquiteto Sylvio Jaguaribe Ekman, como j
dito, o mesmo construtor do Ideal Clube, que, segundo informao,
contou com o apoio de outro respeitado arquiteto, no caso Jos
Barros Maia, o Mainha.
DO PEDIDO:
Isto posto REQUER a Vossa Excelncia que determine a remessa do
pedido de tombamento para o Conselho Municipal de Proteo ao
Patrimnio Histrico-Cultural (COMPHIC), inclusive dispensado
qualquer um dos documentos contidos nos incisos e pargrafos do
artigo 10 da Lei Municipal, considerando o justificado interesse
pblico, tudo a critrio da Coordenao de Patrimnio Histrico da
Secretaria de Cultura de Fortaleza (SECULTFOR), conforme
estabelecido no 2 do artigo 10 da Lei Municipal N 9.347 de 11 de
Maro de 2008.
REQUER ainda a Vossa Excelncia, que, considerando a situao de
emergncia, posto que esteja sendo cogitada a venda pela atual
proprietria para posterior demolio do prdio, visando construir
salas de aula para Escola de nvel superior, caracterizando o
iminente perigo de destruio, demolio ou alterao do imvel histrico e
cultural, seja solicitado em carter de URGNCIA Prefeita Luizianne
Lins o tombamento provisrio por decreto, com o fito de preservar o
bem, conforme previso contida no 3 do artigo 10 da Lei Municipal N
9.347/2008.
REQUER que Vossa Excelncia comunique Secretaria Regional IV (SER
IV) que o processo foi remetido para o Conselho Municipal de Proteo
ao Patrimnio Histrico-Cultural (COMPHIC), devendo referida Regional
(SER IV), se abster de autorizar qualquer desmembramento ou
demolio, mesmo que parcial, no prdio localizado na Rua Baro do Rio
Branco, N 2955, entre as Ruas Padre Roma e Deputado Joo Pontes, at
que seja concludo o processo de tombamento, que se iniciar com a
visita tcnica que ser feita no imvel.
REQUER que a pessoa fsica infra-assinada, tambm representante legal
do Sport Club Maguary, seja intimada de todas as principais etapas
do processo, inclusive convidado a comparecer quando da referida
visita tcnica, posto acreditar que possa contribuir com maiores
informaes quanto viabilizao de tal tombamento, justificado por
razes histricas, culturais e artsticas, entre outras.
REQUER, finalmente, que seja apensado a este processo aquele
originrio da Secretaria Regional IV (N 62.854/2008) que trata do
pedido de desmembramento da quadra onde fica situado o imvel,
localizada na Rua Baro do Rio Branco, N 2955, entre as Ruas Padre
Roma e Deputado Joo Pontes, bairro de Ftima, (atual Sub-Estao
Maguary) e que j se encontra nesta Secretaria de Cultura de
Fortaleza, pedido que feito visando atender os preceitos contidos
nos incisos do artigo 10 da Lei Municipal N 9.347, especialmente
quando trata da descrio e exata caracterizao do bem respectivo
(inciso I); delimitao da rea objeto da proposta, quando conjunto
urbano, stio ou paisagem natural (inciso III) e documentos
relativos ao bem, includos fotografias ou cartografia (inciso
VI).
Termos em que,
Pede Deferimento.
Fortaleza, 11 de Julho de 2009.
Jos Ribamar Aguiar Jnior
Pessoa Fsica
Sport Club Maguary
Pessoa Jurdica Como solicitar o tombamento de um bem cultural
[edificado]?
Para iniciar um tombamento, qualquer pessoa pode escrever ao rgo
pblico responsvel pelo patrimnio cultural, que so:
IPHAN Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (rgo
federal);
CEC Conselho Estadual de Cultura (rgo estadual);
SECULT Secretaria de Estado da Cultura;
rgo municipal de cultura.
Para identificao do bem, objeto do estudo a ser realizado, a
solicitao [de tombamento] dever conter:
Nome do(s) proprietrio(s) do bem respectivo em caso de stio,
indicar o nmero de imveis correspondentes a cada tipo de
proprietrio: particular, instituies, empresas e poder pblico
municipal e estadual;
Localizao precisa, com endereo ou coordenadas, cidade, distrito,
municpio;
Descrio arquitetnica e urbanstica, pormenorizada, com indicao de
materiais e tcnicas construtivas empregadas, acompanhado de
registros fotogrficos datados e legendados e de plantas;
Descrio do estado atual de conservao;
Descrio da ambincia geogrfica, paisagstica (natural e urbana) e de
eventuais instalaes e equipamentos de infra-estrutura, citando as
referncias no entorno do bem;
Ocorrncia de manifestaes culturais e econmicas associadas ao bem
e/ou stio;
Dados histricos sobre o imvel ou a poca de fundao do stio e/ou da
construo das edificaes, seus construtores, locais de procedncia e
principais motivos de fixao da populao local desde os fundadores at
a gerao atual;
Dados sobre a rea de influncia do bem e/ou do stio na regio, desde
sua construo at os dias atuais;
Nome completo e endereo do proponente e meno de ser ou no
proprietrio do bem;
Outras informaes consideradas pertinentes.
Fonte: IPHAN 21 SR
Como abrir um processo de tombamento O Estado de Pernambuco possui um Sistema de Tombamento, composto pela SECULT Secretaria de Cultura, como rgo Gestor, CEC Conselho Estadual de Cultura, como rgo Executor, e Fundarpe Fundao do Patrimnio Histrico e Artstico de Pernambuco, como rgo Tcnico.A abertura do processo de tombamento de um bem cultural ou natural pode ser solicitada por qualquer cidado, pelo proprietrio, por uma organizao no governamental, por um representante de rgo publico ou privado, por um grupo de pessoas por meio de abaixo assinado e por iniciativa da prpria Diretoria de Preservao Cultural/Fundarpe.De qualquer modo, fundamental que o solicitante descreva com a mxima exatido possvel a localizao, dimenses, caractersticas do bem e justificativa do porque est sendo solicitado o tombamento.Alm disso, para acelerar o processo, convm que junto com a solicitao de tombamento sejam anexadas cpias de fotos antigas e atuais do bem, a documentao cartorria que composta pela transcrio das transmisses, plantas arquitetnicas e tudo o mais de documentao que for possvel enviar em anexo com a solicitao que justifique a relevncia histrica do objeto de solicitao para o tombamento. Aps a oficializao do pedido no protocolo geral da Secretaria de Cultura, o Secretrio ter 48 horas para deferir ou indeferir a solicitao. Sendo deferida, a Proposta de Tombamento, O processo aberto e encaminhado DPCult Diretoria de Preservao Cultural da Fundarpe, que aciona o setor jurdico, para, juntos, elaborarem o Edital de Tombamento e o publicarem no Dirio Oficial e nos jornais de grande circulao da cidade, seguindo uma notificao ao proprietrio, que ter 15 dias para anuir ou contestar o processo de tombamento. A partir da publicao no Dirio Oficial, o bem j se encontra protegido legalmente contra destruio e/ou descaracterizaes at que haja a homologao do tombamento com inscrio no Livro do Tombo especfico e averbao em cartrio de registro de imveis onde esse bem estiver registrado.Na sequncia, uma equipe tcnica da DPCult/Fundarpe elabora uma pesquisa exaustiva, com levantamento histrico, grfico e fotogrfico, visando o embasamento tcnico e documental para o tombamento do bem em questo. tambm emitido um parecer sobre o valor histrico cultural do bem, o qual encaminhado ao CEC Conselho Estadual de Cultura. Caso a solicitao de tombamento obtenha parecer favorvel do CEC Conselho Estadual de Cultura, este emite o parecer e encaminha SECULT para conhecimento e encaminhamento ao Governador do Estado que Homologa o Tombamento do bem atravs de Decreto com publicao no Dirio Oficial do Estado. O processo faz o caminho contrrio, retornando SECULT que reencaminha ao CEC, este escreve o bem no livro de tombo competente, e o reencaminha SECULT, que toma conhecimento e reencaminha DPCult/Fundarpe para arquivamento e demais providncias, tais como: fazer cpias do processo para futuras consultas, encadernar documentao original contida no processo de tombamento, e guarda na biblioteca da Fundarpe. Roberto Carneiro da Silva - 10 de junho de 2012
O que um Tombamento ?
Tombamento o reconhecimento de um bem material , de valor histrico,
cultural, arquitetnico , ambiental e/ou simblico para uma
comunidade , protegendo-o de descaracterizao ou de destruio atravs
da aplicao de legislao especfica. Finalizado o processo de
Tombamento , o bem inscrito no Livro de Tombo .
O que um Livro de Tombo ?
um livro onde se registram os bens que foram distinguidos como de
valor excepcional para o Estado do Cear, quer por seu valor
histrico , artstico , paisagstico ou simblico . No Livro de Tombo
devem constar informaes a respeito do bem , como um pequeno
histrico , assim como sua descrio e propriedade .
Quem pode solicitar?
Qualquer cidado pode solicitar que um bem seja reconhecido como de
valor excepcional , atravs da abertura de um processo de
Tombamento.
A quem se dirigir para abertura de um processo de tombamento?
A Secretaria da Cultura do Estado do Cear , atravs de sua
Coordenadoria de Patrimnio Cultural responsvel por receber e
encaminhar ao COEPA- Conselho Estadual de Preservao Cultural do
Estado do Cear as solicitaes de tombamento de bens situados no
Estado do Cear . Se o bem for julgado de interesse vinculado ao
municpio , dever ser contatada a Prefeitura Municipal onde se
localiza o bem ., e no caso de interesse Federal , dever ser
contatado o IPHAN - Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico
Nacional .
Quando se pode solicitar um tombamento?
Quando o bem em questo for julgado de relevante interesse cultural
para o Estado do Cear , e especialmente quando por algum motivo se
julgar que o bem sofre qualquer tipo de ameaa .
Como se procede um tombamento?
Um processo de tombamento aberto atravs de uma solicitao formal
encaminhada SECULT por pessoa jurdica ou pessoa fsica , e
identificada por um nmero de protocolo .
O processo dever atender aos itens exigidos para abertura de
processo ( ver Itens para abertura de processo ) . Aps a abertura
do processo , ele tramita inicialmente para a COPAHC -
Coordenadoria de Patrimnio Cultural , para avaliar sua procedncia e
atendimento aos requisitos exigidos . O proprietrio convidado a se
pronunciar a respeito da solicitao , podendo ou no discordar do
pedido .Aps esta anlise , encaminhado ao COEPA - Conselho Estadual
de Preservao Cultural do Estado do Cear para avaliao e parecer
deliberativo .O parecer ento encaminhado para p Secretrio de
Cultura , para que possa ser enviado para avaliao pelo governador,
que ento homologa ou questiona o Tombamento . Ao longo de todo o
processo poder haver questionamento por qualquer das partes. Se
homologado pelo Governador , o proprietrio ento informado de que o
bem constar no Livro do Tombo e enviado para publicao no Dirio
Oficial .
Quais os itens exigidos para abertura de um processo de tombamento
?
Eis a relao mnima de dados requeridos para abertura de um processo
de solicitao de inscrio de bens culturais materiais nos Livros de
Tombo da SECULT.
Os dados, transcritos na ficha respectiva, devem constituir um
estudo conciso mas circunstanciado do bem cultural material em
exame, contendo informaes sobre:
Histrico do bem cultural material (origem, forma original e
eventuais alteraes).
Implantao fsica do bem cultural material (urbana, rural, relao de
vizinhana).
Estudo tipolgico do bem cultural material (obra isolada ou formando
conjunto), com descrio da arquitetura do imvel, acompanhada de
dados essenciais caractersticas formais, espaos, usos, funes,
sistemas construtivos, materiais de edificao, estado de
conservao.
Relao eventual de bens mveis pertinentes ao bem cultural material
ou outros bens nele integrados.
Documentao grfica (mapas, levantamentos, desenhos tcnicos).
Documentao iconogrfica (desenhos, fotografias, filmes).
Referncias testemunhais (escritas, fotografadas, filmadas, verbais
gravadas).
Referncias bibliogrficas.
Justificativa do tombamento solicitado.
Recomendaes e diretrizes especficas.
Por que Tombar ?
Porque alguns bens detm um inestimvel valor , e devem por isso ser
distinguidos por sua inscrio no chamado Livro do Tombo , o que visa
. proteg-los de eventuais destruies ou descaracterizao , uma vez
que a Lei de tombamento aplica medidas punitivas para quem
desrespeit-la .
A partir de quando um bem protegido pela lei do Tombamento ?
A partir do momento em que aberto o processo de tombamento ,
segundo a lei , o bem passa a ser considerado Tombado
provisoriamente at que se complete todo o processo , que confirma
ou no o tombamento . Durante todo este tempo o bem est protegido
pela lei e sujeito s sanes ou penalidades pelo seu
descumprimento
Qual a lei estadual que instituiu a figura do Tombamento ?
A lei que criou o Tombamento estadual foi a lei n 9 109 de 30 de
julho de 1968 . Atualmente esta lei foi revista e complementada,
agora figurando sob o n . 13 465 de 05 de maio de 2004 .
Um imvel tombado pode mudar de uso ?
Sim , desde que o novo uso no agrida de forma violenta o imvel
tombado , o mesmo poder mudar de uso . Mas aconselhvel que seja
feita anteriormente uma consulta ao rgo responsvel , mo caso
estadual a SECULT , para as orientaes de praxe .
Um imvel tombado pode ser reformado?
Sim, desde que a proposta de reforma seja avaliada e aprovada pela
SECULT, no descaracterizando nem mutilando o bem tombado.
Um bem tombado pode ser alugado ou vendido?
Sim, desde que isto no signifique destruio ou modificao no bem. Ele
dever continuar sendo preservado .
O que entorno de bem tombado?
a vizinhana imediata ou definida por poligonal especfica em volta
ao bem tombado. Esta rea visa preservar a ambincia do bem e impedir
que novos elementos obstruam ou impeam sua visibilidade.