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Tecnologia Automação Controle Abril de 2007 nº111 “O equilíbrio virá a médio prazo com a abertura de novos mercados para o álcool”. Pág. 2 “Capital não tem Pátria”. Pág. 4 “Outros mercados internacionais estão de olho em nosso produto”. Pág. 3 Perspectivas do setor sucroalcooleiro para os próximos cinco anos A safra 2007/2008 vai contar com 382 plan- tas de açúcar e álcool, 39 das quais estarão fazendo a sua primeira safra em 2007. Para 2008 se prevê a partida de mais 30, para 2009 o setor anuncia mais 26 unidades, duas para 2010 e uma para 2011, fora 43 projetos anunciados e que estão sem data de implan- tação, dependendo da aprovação da licença ambiental ou de financiamento. Os estados favorecidos pelos novos investimentos são: São Paulo com 42 projetos; Goiás com 34 novas usinas e Minas Gerais com 26 proje- tos. Estes três estados concentram 72% dos novos investimentos. Há ainda 13 projetos anunciados para o Mato Grosso do Sul, 6 para o Paraná, 4 para o Mato Grosso, 3 para Rio de Janeiro, 3 para o Tocantins, 2 para o Espírito Santo, 2 para a Bahía, 2 para o Piauí, 1 para Rondônia, 1 para o Sergipe e 1 para o Acre. A tecnologia de automação e controle a ser implantada nestes 140 projetos está consagrando algumas tendências: • O velho e conhecido 4 a 20mA, com PLC no comando e operação e display baseados em computadores, não está morto como equi- vocadamente sustentam algumas empresas alheias ao setor sucroalcooleiro. Quase a me- tade dos novos investimentos vai ser implanta- da com esta arquitetura. • É notório o avanço e a aceitação que come- çam a ter os buses digitais para o chão de fábri- ca, com destaque para a tecnologia Profibus, que provê comunicação com a parte elétrica da plan- ta e permite ao operador manejar o acionamento não só da instrumentação da planta, como tam- bém as etapas de parada, partida e regulagem de velocidade dos motores da planta. • A entrada dos investidores estrangeiros e de grupos não tradicionalmente açucareiros traz consigo o conceito da tecnologia da informação (TI), que defende a operação das plantas numa sistematização cada vez mais exigen- te da informação. O setor sucroalcooleiro se mostra disposto a utilizar amplamente ERP’s, MES e PIMS. • A Smar está contribuindo ativamente para a introdução das novas tecnologias de con- trole através do lançamento da sua família de CPU’s e de uma nova geração de instrumen- tos de campo, inteligentes e capazes de se comunicar em rede, fornecendo informações que vão além do simples valor da variável que está sendo medida e controlada. Instrumentos inteligentes informam falhas deles próprios, assumem estratégias de posição segura de falha, acionam sistemas de parada e partida, contam o número de vezes que um deter- minado elemento de controle final aciona e colocam mensagens nas telas das estações de trabalho dos operadores. A comunicação da sala de controle tem agora duas mãos: do operador para o chão de fábrica e deste para a sala de controle na forma de mensagens que transitam pelos buses de comunicação. • Destaque especial, dentre as novas ten- dências, para a aceitação que está tendo a utilização do COI, Centro de Operações Integradas. Há um par de anos seria quase impossível convencer os gerentes do pro- cesso de que a centralização das operações de uma usina ou destilaria poderia ser uma coisa cômoda, prática e confiável. A Usina Santa Elisa e a Smar deram uma corajosa demonstração de eficiência e de domínio da tecnologia quando centralizaram todas as operações de uma planta que mói 28.000 toneladas de cana por dia numa única sala de controle (carinhosamente chamada de NASA pelos 37 operadores que operam este gigan- te). Os equipamentos da destilaria, por exem- plo, se encontram a 350 metros do COI. A San- ta Elisa está iniciando a sua terceira safra com o COI e provou para quem quiser ver a eficácia e a segurança que este recurso proporciona. As 140 plantas vêm para ficar, gerar mi- lhares de empregos e dar fôlego a todas as empresas que produzem equipamentos e serviços para a indústria sucroalcooleira, com duas vantagens enormes sobre a expansão do Proálcool: desta vez o empreendimento é privado, liderado por empresários modernos e competentes, que jogam as leis do merca- do, e desta vez, existem alternativas tec- nológicas brasileiras e de altíssima quali- dade para toda e cada uma das partes das novas plantas. O novo cenário sucroal- cooleiro e as reflexões de empresários do setor Em entrevista ao Notes, execu- tivos do setor expressam suas opiniões sobre esse promissor e movimentado mercado.

Soluções Em entrevista ao Notes, execu- · PDF fileERP CRM Estação de ... e Gerenciamento de Ativos Estação de Operação Preparo e Extração Estação de Operação Tratamento

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TecnologiaAutomação

Controle

Abril de 2007nº111

“O equilíbrio virá a médio prazo com a abertura de novos mercados para o álcool”. Pág. 2

“Capital não tem Pátria”.Pág. 4

“Outros mercados internacionais estão de olho em nosso produto”. Pág. 3

Perspectivas do setor sucroalcooleiro para os próximos cinco anosA safra 2007/2008 vai contar com 382 plan-

tas de açúcar e álcool, 39 das quais estarão fazendo a sua primeira safra em 2007. Para 2008 se prevê a partida de mais 30, para 2009 o setor anuncia mais 26 unidades, duas para 2010 e uma para 2011, fora 43 projetos anunciados e que estão sem data de implan-tação, dependendo da aprovação da licença ambiental ou de financiamento. Os estados favorecidos pelos novos investimentos são: São Paulo com 42 projetos; Goiás com 34 novas usinas e Minas Gerais com 26 proje-tos. Estes três estados concentram 72% dos novos investimentos. Há ainda 13 projetos anunciados para o Mato Grosso do Sul, 6 para o Paraná, 4 para o Mato Grosso, 3 para Rio de Janeiro, 3 para o Tocantins, 2 para o Espírito Santo, 2 para a Bahía, 2 para o Piauí, 1 para Rondônia, 1 para o Sergipe e 1 para o Acre.

A tecnologia de automação e controle a ser implantada nestes 140 projetos está consagrando algumas tendências:

• O velho e conhecido 4 a 20mA, com PLC no comando e operação e display baseados em computadores, não está morto como equi-vocadamente sustentam algumas empresas alheias ao setor sucroalcooleiro. Quase a me-tade dos novos investimentos vai ser implanta-da com esta arquitetura.

• É notório o avanço e a aceitação que come-çam a ter os buses digitais para o chão de fábri-ca, com destaque para a tecnologia Profibus, que provê comunicação com a parte elétrica da plan-ta e permite ao operador manejar o acionamento não só da instrumentação da planta, como tam-bém as etapas de parada, partida e regulagem de velocidade dos motores da planta.

• A entrada dos investidores estrangeiros e de grupos não tradicionalmente açucareiros traz consigo o conceito da tecnologia da informação (TI), que defende a operação das plantas numa sistematização cada vez mais exigen-te da informação. O setor sucroalcooleiro se mostra disposto a utilizar amplamente ERP’s, MES e PIMS.

• A Smar está contribuindo ativamente para a introdução das novas tecnologias de con-trole através do lançamento da sua família de

CPU’s e de uma nova geração de instrumen-tos de campo, inteligentes e capazes de se comunicar em rede, fornecendo informações que vão além do simples valor da variável que está sendo medida e controlada. Instrumentos inteligentes informam falhas deles próprios, assumem estratégias de posição segura de falha, acionam sistemas de parada e partida, contam o número de vezes que um deter-minado elemento de controle final aciona e colocam mensagens nas telas das estações de trabalho dos operadores. A comunicação da sala de controle tem agora duas mãos: do operador para o chão de fábrica e deste para a sala de controle na forma de mensagens que transitam pelos buses de comunicação.

• Destaque especial, dentre as novas ten-dências, para a aceitação que está tendo a utilização do COI, Centro de Operações Integradas. Há um par de anos seria quase impossível convencer os gerentes do pro-cesso de que a centralização das operações de uma usina ou destilaria poderia ser uma coisa cômoda, prática e confiável. A Usina Santa Elisa e a Smar deram uma corajosa demonstração de eficiência e de domínio da tecnologia quando centralizaram todas as operações de uma planta que mói 28.000 toneladas de cana por dia numa única sala de controle (carinhosamente chamada de NASA pelos 37 operadores que operam este gigan-te). Os equipamentos da destilaria, por exem-plo, se encontram a 350 metros do COI. A San-ta Elisa está iniciando a sua terceira safra com o COI e provou para quem quiser ver a eficácia e a segurança que este recurso proporciona.

As 140 plantas vêm para ficar, gerar mi-lhares de empregos e dar fôlego a todas as empresas que produzem equipamentos e serviços para a indústria sucroalcooleira, com duas vantagens enormes sobre a expansão do Proálcool: desta vez o empreendimento é privado, liderado por empresários modernos e competentes, que jogam as leis do merca-do, e desta vez, existem alternativas tec-nológicas brasileiras e de altíssima quali-dade para toda e cada uma das partes das novas plantas.

Smar Notes: Publicação da Smar Equipamentos Industriais direcionada ao mercado e aos clientes.

Coordenação Geral: César Cassiolato Jornalista Responsável e Editora: Rita Rodrigues MTb.: 47.092 Mensagem Marketing & Comunicação

Canal Direto com o Leitor: [email protected]

Colaboradores desta edição: Pedro Biondo, Áurea Naves, Adriano Oliveira, Jayme Tamaki eEduardo Munhoz

Editoração e Produção: Mensagem Marketing & Comunicação

Tiragem: 16 mil exemplares

Permitida a reprodução total ou parcial das matérias desde que citada a fonte e solicitada a autorização.

REGIONAL RIO DE JANEIRO / ESPÍRITO SANTO

Rio de Janeiro (Escritório Central)Tel.: (21) 2438-0527Fax: (21) [email protected]

Vitória (Espírito Santo)Tel.: (27) [email protected]

REGIONAL MINAS GERAIS / CEARÁ

Belo Horizonte (Escritório Central)Tel.: (31) 3225-9028Fax: (31) [email protected]

Uberlândia (Triângulo Mineiro)Tel.: (34) [email protected]

REGIONAL NORTE / NORDESTE

Salvador (Escritório Central)Tel.: (71) 3453-8310Fax: (71) [email protected]

MATRIZSertãozinhoTel.: (16) 3946-3525 Fax.: (16) [email protected] REGIONAL ARAÇATUBAAçúcar e ÁlcoolTel./Fax: (18) [email protected]

REGIONAL MARINGÁ Mato Grosso do Sul , Sul de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do SulAçúcar e ÁlcoolTel.: (44) 3222-7642Fax: (44) [email protected]

REGIONAL RECIFENorte e NordesteAçúcar e ÁlcoolTel.: (81) 3421-3426/3231-6521Fax: (81) [email protected]

MATRIZSertãozinhoTel.: (16) 3946-3599Fax: (16) [email protected]

REGIONAL SÃO PAULO / SUL

São Paulo (Escritório Central)Tel. : (11) 3018-8855Fax.: (11) [email protected]

Curitiba (Paraná / Santa Catarina)Tel.: (41) [email protected]

Maringá (Norte do Paraná / Mato Grosso do Sul)Tel.: (44) [email protected]

Porto Alegre (Rio Grande do Sul)Tel.: (51) [email protected]

REGIONAL INTERIOR SÃO PAULO/ CENTRO OESTE

Sertãozinho (Escritório Central)Tel.: (16) 3946-3522Fax: (16) [email protected]

Goiânia (Centro Oeste)Tel.: (62) [email protected]

EXPEDIENTE DIVISÃO INDUSTRIAL DIVISÃO AÇÚCAR E ÁLCOOL

Soluções smar

Supervisão, Controle de

Processos e Tecnologiade Inform

ação

Acesso Remoto a

Outras Usinas

Intranet/Internet

Manutenção on-line

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Estação deEngenharia

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Geração de Energia

O novo cenário sucroal-cooleiro e as reflexões de empresários do setor

Em entrevista ao Notes, execu-tivos do setor expressam suas opiniões sobre esse promissor e movimentado mercado.

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2 4Smar Notes Abril de 2007 Smar Notes Abril de 2007D

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Novo cenário sucroalcooleiro brasileiroMuito promissor. O aquecimento global produzido em

grande parte pelos combustíveis fósseis, pela sua es-cassez e seus aumentos no mercado internacional, tor-nou necessários os investimentos em bio-combustíveis, principalmente o etanol e a energia renovável provenien-te do bagaço de cana. Cada vez mais os países ricos se comprometem em reduzir emissões de gases poluentes que aumentam o efeito estufa e se rendem ao Brasil, que hoje ocupa uma posição privilegiada no contexto mundial, dominando toda a tecnologia e com o menor custo de produção do mundo. Deve-se lembrar também a criação de milhões de empregos que irão surgir

Investimento em expansõesO fator primordial é o crescimento agrícola e o com-

promisso cada vez maior e mais exigente com relação à qualidade de nossos produtos para nossos clientes, prin-cipalmente nas unidades de Minas Gerais, visto que 90% de nossa produção é exportada.

Risco de superprodução e queda de preçosEm minha opinião não há risco, mesmo os EUA não

abrindo mão das alíquotas de importação do álcool bra-sileiro, outros mercados internacionais estão de olho em nosso produto. A união Européia, por exemplo, se propôs a substituir até 2010, 20% de sua energia por fontes reno-váveis. O Japão de imediato passará a adicionar em sua gasolina 2% e posteriormente 5% de etanol, lembrando também que o desenvolvimento mundial de uma frota flex é cada vez maior. O Brasil, para atender toda esta demanda a curto e médio prazo, deve triplicar sua produção, que hoje é de 17,3 bi-lhões de litros, não havendo outros países no curto prazo que possam competir conosco, tanto pelo baixo custo de produção, quanto pelo domínio da tecnologia.

Criação de um estoque reguladorÉ uma questão delicada. Ao ser criado

um estoque regulador corre-se o risco das unidades produtoras ficarem reféns de uma entidade. Por outro lado, garante-se o abas-tecimento aos consumidores de álcool combustível. Po-rém, para se cumprir novos contratos para o exterior, o Brasil deve se organizar, mas não necessariamente na mão de um único órgão regulamentador.

Alcoolduto para o escoamento da produção de etanolA questão logística é de fundamental importância para o

setor sucroalcooleiro. Com a construção de novas unida-des nas Regiões Central e Sul do país, há a necessidade da implantação de alcoodutos para se ter um produto cada vez mais competitivo no mercado. Temos hoje o menor custo de produção e o maior custo de logística do mundo. O setor precisa de uma política séria e com planejamento estratégico, evitando assim o imediatismo e o oportunis-mo. Devemos lembrar ainda o cuidado no tocante aos pro-dutos escoados, visto que, para álcoois especiais, corre-se um risco muito grande de contaminação, tornando-se impraticável seu escoamento por alcoodutos.

Fusões, aquisições e incorporações no setor É positiva. As fusões já são praticadas há muito tempo.

Por exemplo, o grupo COSAN, fundado em 1986, hoje tem 17 unidades industriais, abrindo seu capital e se valorizando em mais de 100% desde 2005. As aquisições e incorpora-ções também. Deve-se apenas ter cautela e um estudo de-talhado e criterioso de viabilidade. Acho positvo, pois além dos investimentos chegarem com novos horizontes tecno-

lógicos e sociais, teremos uma consolidação definitiva do setor e do mercado, que atualmente está muito pulverizado, ganhando assim credibilidade junto aos compradores exter-nos para barganhar preços melhores por seus produtos.

Investimentos / grupos estrangeirosVejo por um lado com muita cautela. O interesse está

surgindo depois do crescente aumento nas exportações e dos preços do açúcar e do álcool no mercado externo. O que nos espera no futuro? Qual a verdadeira intenção após obterem toda nossa tecnologia? Por outro lado, abre-se o capital para o país, criam-se expectativas de muitos empregos, novas tecnologias e novas pesquisas no setor.

Ações de sustentabilidade ecológica - plantio, irri-gação, colheita e processamento

Dentre outros, temos o gerenciamento de resíduos, a educação ambiental, a adição de novos equipamentos, inovações nos processos de plantio e colheita, redução do uso de queimadas, utilização de novos insumos menos impactantes na lavoura, redução de CO2 e particulados na atmosfera, utilização na fertirrigação da água de lavagem de cana e da vinhaça, e por último, a participação da comu-nidade, para conscientização e capacitação de líderes no desenvolvimento do agronegócio da cana-de-açúcar.

PesquisasDesenvolvimento em novos produtos, minimizar as

perdas industriais e agrícolas, e investimentos em novas variedades de cana com adequação a cada região.

Prioridades nos setores agrícola e industrialNa área industrial:a) Melhorar a capacitação e a qualificação

técnica de nosso pessoal;b) Investir em novas tecnologias e auto-

mação, para redução de custos de produ-ção e manutenção;

c) Mais integração entre os setores da empresa, voltada mais ao social.

Na área agrícola:a) Investir em novas tecnologias para au-

mento da produtividade agroindustrial e con-sequentemente, a rentabilidade do setor;

b) Investir em novos desenvolvimentos de variedades de cana, com o objetivo de aumentar kg de pol por hec-tare de cana

c) Estabelecer novas políticas públicas e privadas, no to-cante ao equilíbrio sócio-ambiental e ecológico do setor.

Investimento no setor de controle e automaçãoNo Nordeste estamos hoje na faixa de 4% e no

Sudeste em torno de 8%.

Sobre a Smar e a automatização dos processos que ela promove

A evolução e a prosperidade no setor sucroalcooleiro vem trazendo empresas cada vez mais parceiras e compe-tentes no que fazem, e no que se propõem a fazer, trazen-do soluções tecnológicas com alto grau de responsabilida-de e confiabilidade. Com a smar não é diferente; empresa com profissionais qualificados e aplicações cada vez mais interessantes. É parceira de muitos anos do grupo João Lyra, trazendo soluções de controle e automação de ponta para o nosso dia-a-dia, não somente no calor do imediatis-mo, mas num planejamento estratégico de médio e longo prazo, visando sempre melhoramentos contínuos em todo processo da fábrica, sempre em conjunto com nosso cor-po técnico. Por isso continuamos parceiros até hoje.

Laudemir José Barros Mendes é Eng. Mecânico e Superintendente Industrial - NE

Eduardo ValençaNovo cenário sucroalcooleiro brasileiroNos últimos anos o setor sucroalcoolerio nacional

passou por mudanças econômicas e culturais que incluem a gestão de produção, as relações de trabalho, além de inovações tecnológicas. O Brasil é considerado o país mais competitivo do mundo porque detém os maiores níveis de pro-dutividade e rendimento e os menores custos de produção.

A tendência de crescimento do preço mundial do petróleo, aliada à necessidade de redu-ção de emissão de poluentes na atmosfera e ao grande vo-lume de vendas dos veículos biocombustíveis, deverá impul-sionar de forma crescente as demandas interna e externa por álcool. O mercado internacional cada vez mais vem exigindo qualidade e segurança na pro-dução do açúcar, e só os processos de baixo custo podem investir.

Investimento em expansõesA cada safra nossa empresa vem investindo em

automação, treinamentos e qualidade em cada eta-pa do processo de fabricação, devido à abertura de portas para atender às exigências de novos clientes, agregando valor comercial ao nosso produto.

Risco de superprodução e queda de preçosHá risco de superprodução e queda de preços, po-

rém, se a expansão for bem maior que a diminuição que as exportações européias.

Criação de um estoque reguladorDo modo como está atualmente, é o mais ade-

quado. É assim que seria em qualquer economia de mercado, em que os produtores administram seus próprios estoques, estando sujeitos às leis de oferta e demanda. Quando se conversa sobre estoque re-gulador, se prevê ingerência do governo. Mas essa questão é muito abordada pelos jornalistas quando chega janeiro. É claro que todo mecanismo que pu-der servir para reduzir a volatilidade do álcool na en-tressafra seria positivo.

Alcoolduto para o escoamento da produção de etanol

A capacidade de armazenagem das usinas de açúcar e álcool e a infra-estrutura para o transporte do produto até os portos, sobretudo para o álcool, não cresce na mesma proporção que o setor sucro-alcooleiro. E com a baixa capacidade do Governo investir em estradas e ferrovias e não sair as PPP

(Parceria Pública Privada) no segmento de trans-portes, o alcoolduto é a única saída, já que é de menor custo.

Fusões, aquisições e incor-porações no setor

As fusões, como é tendên-cia mundial em vários setores e não seria diferente no setor sucroalcooleiro, vêm ocorren-do devido ao fato da econo-mia de escala e das empre-sas maiores poderem colocar ações em bolsas.

Investimentos / grupos estrangeiros

Os investimentos de gru-pos estrangeiros são bem vindos, pois acho que capital não tem Pátria.

Ações de sustentabilidade

ecológica - plantio, irrigação, colheita e processamento O controle e a preservação ambiental são aliados

importantes para o desenvolvimento das usinas. Por isso há a necessidade de se observar cada vez mais as exigências estabelecidas por normas e legislações voltadas às questões ambientais, de-vido à intensificação da fiscalização no setor su-croalcooleiro. O objetivo da usina é tornar a ges-tão ambiental cada vez mais profissionalizada, o que inclui treinamento para aprimoramento técni-co, monitoramento mais intensivo das análises de água, gases, solos, e gerenciamento de todos os resíduos gerados na usina.

PesquisasNo setor agrícola, é necessária pesquisa em varie-

dades mais resistentes e de maior produção de açúcar por hectare, (quantidade e qualidade).

Prioridades nos setores agrícola e industrialAumento do plantio de cana-de-açúcar nas áreas já

desmatadas, menor participação de combustível fóssil nas operações agrícolas e na indústria, buscar novos produtos além do açúcar, álcool, energia e proteína que possam agregar receita.

Investimento no setor de controle e automaçãoTrezentos mil reais.

Sobre a Smar e a automatização dos processos que ela promove

É uma empresa séria, responsável e que vem contribuindo com novas tecnologias para o setor sucroalcooleiro.

Eduardo Valença é Diretor Industrial da Usina Trapiche

Novo cenário sucroalcooleiro brasileiroExpectativa de crescimento da produção de ál-

cool com a manutenção da vanguarda tecnológica, é resultado, entre outras iniciativas, da formação e treinamento de profissionais especializados e da qualidade das empresas que desenvolvem suporte técnico à agroindústria canavieira. Outra expectati-va positiva é a consolidação e o aumento da frota de veículos flex, o que permitirá estabilização de pre-ços, graças à opção de combustível que só o consu-midor brasileiro tem.

Investimento em expansõesEstamos em fase de implanta-

ção de uma unidade na cidade de Uberaba e o critério foi a escolha de parceiros ligados historicamente ao setor sucroalcooleiro e com os mesmos princípios empresariais.

Risco de superprodução e

queda de preçosO risco existe para os próxi-

mos três anos de uma produção maior de álcool, como também prevemos a expansão da fro-ta de veículos flex, o que vem compensar aquele crescimento. O equilíbrio virá a médio prazo com a abertura de novos merca-dos para o álcool.

Criação de um estoque reguladorEle é necessário, principalmente porque se trata de

um produto natural, da agroindústria e que, portanto, tem safra e entressafra - o álcool é produzido em seis meses, para ser consumido em doze. Essa peculiari-dade também torna a produção sujeita às variações do clima, que podem interferir no desempenho da la-voura. Mas basta que seja cumprida a lei que, há mui-tos anos, determina a formação do estoque regulador e, não se sabe porque, não é obedecida. A legisla-ção também estabelece que formar o estoque é uma obrigação do governo. Quando os empresários ten-tam assumir esses compromissos com a sociedade, o mesmo governo, através de seus órgãos de defesa da economia, inexplicavelmente alegam que ao dei-xar o estoque nas mãos dos empresários, há risco de formação de cartel. Não há como formar um cartel de quase 400 empresas. Resumo: o governo não cumpre a lei, não deixa o empresário cumprir no lugar dele e o consumidor é prejudicado.

Alcoolduto para o escoamento da produção de etanol

Quando partimos do princípio, indiscutível, de que o setor precisa de alcooldutos para aprimorar o abastecimento do mercado interno e expandir suas

exportações, esse meio torna-se vital para alcançarmos e superarmos a meta de crescimento do PIB. Alcooldu-to é, antes de tudo, transporte rápido de energia.

Fusões, aquisições e incorporações no setorÉ natural, pois é um setor em pleno desenvolvimento

e, como sempre preconizamos, com futuro promissor.

Investimentos / grupos estrangeirosSão bem vindos, porque valorizam nossos negócios.

Não só estrangeiros, mas de todos que estiverem dis-postos a aproveitar e entender esse potencial da agroindústria canavieira como fonte da nova energia que o mundo precisa para ter futuro.

Ações de sustentabilidade eco-lógica - plantio, irrigação, colhei-ta e processamento

Pelo menos em nossa região, particularmente em nossas empre-sas, não se cogita irrigação. Nossa produção orgânica é um exemplo que também servirá de modelo para nossa unidade de Uberaba. E prova que o investimento no meio ambiente e na agricultura auto-sus-tentável é viável e bem-sucedido.

PesquisasA primeira necessidade é a de recursos para man-

ter a tecnologia sempre atualizada. Graças ao Centro de Tecnologia Canavieira, universidades e institui-ções particulares e oficiais, esse caminho vem sendo percorrido. Depois, o desenvolvimento dessas tec-nologias, para obtenção de açúcar, álcool e toda a cadeia de subprodutos.

Prioridades nos setores agrícola e industrialNo agrícola, novas variedades de cana. Na indús-

tria, desenvolvimento de novas tecnologias, capazes de contornar custos de manutenção e de aumentar a produtividade industrial. O resultado é o barateamento dos produtos para a sociedade.

Investimento no setor de controle e automaçãoNossos investimentos em automação são feitos levando

em consideração custos e benefícios obtidos. Essa fatia tem sido de aproximadamente 15% dos investimentos.

Sobre a Smar e a automatização dos processos

que ela promoveÉ uma empresa de tecnologia de ponta, com pres-

tígio internacional pela excelência de seus serviços e produtos, além de referência da tecnologia brasileira em automação.

Jairo Balbo é Diretor Industrial da Usina São Francisco

Jairo Balbo3Smar Notes Abril de 2007

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Laudemir José

Page 3: Soluções Em entrevista ao Notes, execu- · PDF fileERP CRM Estação de ... e Gerenciamento de Ativos Estação de Operação Preparo e Extração Estação de Operação Tratamento

2 4Smar Notes Abril de 2007 Smar Notes Abril de 2007

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Novo cenário sucroalcooleiro brasileiroMuito promissor. O aquecimento global produzido em

grande parte pelos combustíveis fósseis, pela sua es-cassez e seus aumentos no mercado internacional, tor-nou necessários os investimentos em bio-combustíveis, principalmente o etanol e a energia renovável provenien-te do bagaço de cana. Cada vez mais os países ricos se comprometem em reduzir emissões de gases poluentes que aumentam o efeito estufa e se rendem ao Brasil, que hoje ocupa uma posição privilegiada no contexto mundial, dominando toda a tecnologia e com o menor custo de produção do mundo. Deve-se lembrar também a criação de milhões de empregos que irão surgir

Investimento em expansõesO fator primordial é o crescimento agrícola e o com-

promisso cada vez maior e mais exigente com relação à qualidade de nossos produtos para nossos clientes, prin-cipalmente nas unidades de Minas Gerais, visto que 90% de nossa produção é exportada.

Risco de superprodução e queda de preçosEm minha opinião não há risco, mesmo os EUA não

abrindo mão das alíquotas de importação do álcool bra-sileiro, outros mercados internacionais estão de olho em nosso produto. A união Européia, por exemplo, se propôs a substituir até 2010, 20% de sua energia por fontes reno-váveis. O Japão de imediato passará a adicionar em sua gasolina 2% e posteriormente 5% de etanol, lembrando também que o desenvolvimento mundial de uma frota flex é cada vez maior. O Brasil, para atender toda esta demanda a curto e médio prazo, deve triplicar sua produção, que hoje é de 17,3 bi-lhões de litros, não havendo outros países no curto prazo que possam competir conosco, tanto pelo baixo custo de produção, quanto pelo domínio da tecnologia.

Criação de um estoque reguladorÉ uma questão delicada. Ao ser criado

um estoque regulador corre-se o risco das unidades produtoras ficarem reféns de uma entidade. Por outro lado, garante-se o abas-tecimento aos consumidores de álcool combustível. Po-rém, para se cumprir novos contratos para o exterior, o Brasil deve se organizar, mas não necessariamente na mão de um único órgão regulamentador.

Alcoolduto para o escoamento da produção de etanolA questão logística é de fundamental importância para o

setor sucroalcooleiro. Com a construção de novas unida-des nas Regiões Central e Sul do país, há a necessidade da implantação de alcoodutos para se ter um produto cada vez mais competitivo no mercado. Temos hoje o menor custo de produção e o maior custo de logística do mundo. O setor precisa de uma política séria e com planejamento estratégico, evitando assim o imediatismo e o oportunis-mo. Devemos lembrar ainda o cuidado no tocante aos pro-dutos escoados, visto que, para álcoois especiais, corre-se um risco muito grande de contaminação, tornando-se impraticável seu escoamento por alcoodutos.

Fusões, aquisições e incorporações no setor É positiva. As fusões já são praticadas há muito tempo.

Por exemplo, o grupo COSAN, fundado em 1986, hoje tem 17 unidades industriais, abrindo seu capital e se valorizando em mais de 100% desde 2005. As aquisições e incorpora-ções também. Deve-se apenas ter cautela e um estudo de-talhado e criterioso de viabilidade. Acho positvo, pois além dos investimentos chegarem com novos horizontes tecno-

lógicos e sociais, teremos uma consolidação definitiva do setor e do mercado, que atualmente está muito pulverizado, ganhando assim credibilidade junto aos compradores exter-nos para barganhar preços melhores por seus produtos.

Investimentos / grupos estrangeirosVejo por um lado com muita cautela. O interesse está

surgindo depois do crescente aumento nas exportações e dos preços do açúcar e do álcool no mercado externo. O que nos espera no futuro? Qual a verdadeira intenção após obterem toda nossa tecnologia? Por outro lado, abre-se o capital para o país, criam-se expectativas de muitos empregos, novas tecnologias e novas pesquisas no setor.

Ações de sustentabilidade ecológica - plantio, irri-gação, colheita e processamento

Dentre outros, temos o gerenciamento de resíduos, a educação ambiental, a adição de novos equipamentos, inovações nos processos de plantio e colheita, redução do uso de queimadas, utilização de novos insumos menos impactantes na lavoura, redução de CO2 e particulados na atmosfera, utilização na fertirrigação da água de lavagem de cana e da vinhaça, e por último, a participação da comu-nidade, para conscientização e capacitação de líderes no desenvolvimento do agronegócio da cana-de-açúcar.

PesquisasDesenvolvimento em novos produtos, minimizar as

perdas industriais e agrícolas, e investimentos em novas variedades de cana com adequação a cada região.

Prioridades nos setores agrícola e industrialNa área industrial:a) Melhorar a capacitação e a qualificação

técnica de nosso pessoal;b) Investir em novas tecnologias e auto-

mação, para redução de custos de produ-ção e manutenção;

c) Mais integração entre os setores da empresa, voltada mais ao social.

Na área agrícola:a) Investir em novas tecnologias para au-

mento da produtividade agroindustrial e con-sequentemente, a rentabilidade do setor;

b) Investir em novos desenvolvimentos de variedades de cana, com o objetivo de aumentar kg de pol por hec-tare de cana

c) Estabelecer novas políticas públicas e privadas, no to-cante ao equilíbrio sócio-ambiental e ecológico do setor.

Investimento no setor de controle e automaçãoNo Nordeste estamos hoje na faixa de 4% e no

Sudeste em torno de 8%.

Sobre a Smar e a automatização dos processos que ela promove

A evolução e a prosperidade no setor sucroalcooleiro vem trazendo empresas cada vez mais parceiras e compe-tentes no que fazem, e no que se propõem a fazer, trazen-do soluções tecnológicas com alto grau de responsabilida-de e confiabilidade. Com a smar não é diferente; empresa com profissionais qualificados e aplicações cada vez mais interessantes. É parceira de muitos anos do grupo João Lyra, trazendo soluções de controle e automação de ponta para o nosso dia-a-dia, não somente no calor do imediatis-mo, mas num planejamento estratégico de médio e longo prazo, visando sempre melhoramentos contínuos em todo processo da fábrica, sempre em conjunto com nosso cor-po técnico. Por isso continuamos parceiros até hoje.

Laudemir José Barros Mendes é Eng. Mecânico e Superintendente Industrial - NE

Eduardo ValençaNovo cenário sucroalcooleiro brasileiroNos últimos anos o setor sucroalcoolerio nacional

passou por mudanças econômicas e culturais que incluem a gestão de produção, as relações de trabalho, além de inovações tecnológicas. O Brasil é considerado o país mais competitivo do mundo porque detém os maiores níveis de pro-dutividade e rendimento e os menores custos de produção.

A tendência de crescimento do preço mundial do petróleo, aliada à necessidade de redu-ção de emissão de poluentes na atmosfera e ao grande vo-lume de vendas dos veículos biocombustíveis, deverá impul-sionar de forma crescente as demandas interna e externa por álcool. O mercado internacional cada vez mais vem exigindo qualidade e segurança na pro-dução do açúcar, e só os processos de baixo custo podem investir.

Investimento em expansõesA cada safra nossa empresa vem investindo em

automação, treinamentos e qualidade em cada eta-pa do processo de fabricação, devido à abertura de portas para atender às exigências de novos clientes, agregando valor comercial ao nosso produto.

Risco de superprodução e queda de preçosHá risco de superprodução e queda de preços, po-

rém, se a expansão for bem maior que a diminuição que as exportações européias.

Criação de um estoque reguladorDo modo como está atualmente, é o mais ade-

quado. É assim que seria em qualquer economia de mercado, em que os produtores administram seus próprios estoques, estando sujeitos às leis de oferta e demanda. Quando se conversa sobre estoque re-gulador, se prevê ingerência do governo. Mas essa questão é muito abordada pelos jornalistas quando chega janeiro. É claro que todo mecanismo que pu-der servir para reduzir a volatilidade do álcool na en-tressafra seria positivo.

Alcoolduto para o escoamento da produção de etanol

A capacidade de armazenagem das usinas de açúcar e álcool e a infra-estrutura para o transporte do produto até os portos, sobretudo para o álcool, não cresce na mesma proporção que o setor sucro-alcooleiro. E com a baixa capacidade do Governo investir em estradas e ferrovias e não sair as PPP

(Parceria Pública Privada) no segmento de trans-portes, o alcoolduto é a única saída, já que é de menor custo.

Fusões, aquisições e incor-porações no setor

As fusões, como é tendên-cia mundial em vários setores e não seria diferente no setor sucroalcooleiro, vêm ocorren-do devido ao fato da econo-mia de escala e das empre-sas maiores poderem colocar ações em bolsas.

Investimentos / grupos estrangeiros

Os investimentos de gru-pos estrangeiros são bem vindos, pois acho que capital não tem Pátria.

Ações de sustentabilidade

ecológica - plantio, irrigação, colheita e processamento O controle e a preservação ambiental são aliados

importantes para o desenvolvimento das usinas. Por isso há a necessidade de se observar cada vez mais as exigências estabelecidas por normas e legislações voltadas às questões ambientais, de-vido à intensificação da fiscalização no setor su-croalcooleiro. O objetivo da usina é tornar a ges-tão ambiental cada vez mais profissionalizada, o que inclui treinamento para aprimoramento técni-co, monitoramento mais intensivo das análises de água, gases, solos, e gerenciamento de todos os resíduos gerados na usina.

PesquisasNo setor agrícola, é necessária pesquisa em varie-

dades mais resistentes e de maior produção de açúcar por hectare, (quantidade e qualidade).

Prioridades nos setores agrícola e industrialAumento do plantio de cana-de-açúcar nas áreas já

desmatadas, menor participação de combustível fóssil nas operações agrícolas e na indústria, buscar novos produtos além do açúcar, álcool, energia e proteína que possam agregar receita.

Investimento no setor de controle e automaçãoTrezentos mil reais.

Sobre a Smar e a automatização dos processos que ela promove

É uma empresa séria, responsável e que vem contribuindo com novas tecnologias para o setor sucroalcooleiro.

Eduardo Valença é Diretor Industrial da Usina Trapiche

Novo cenário sucroalcooleiro brasileiroExpectativa de crescimento da produção de ál-

cool com a manutenção da vanguarda tecnológica, é resultado, entre outras iniciativas, da formação e treinamento de profissionais especializados e da qualidade das empresas que desenvolvem suporte técnico à agroindústria canavieira. Outra expectati-va positiva é a consolidação e o aumento da frota de veículos flex, o que permitirá estabilização de pre-ços, graças à opção de combustível que só o consu-midor brasileiro tem.

Investimento em expansõesEstamos em fase de implanta-

ção de uma unidade na cidade de Uberaba e o critério foi a escolha de parceiros ligados historicamente ao setor sucroalcooleiro e com os mesmos princípios empresariais.

Risco de superprodução e

queda de preçosO risco existe para os próxi-

mos três anos de uma produção maior de álcool, como também prevemos a expansão da fro-ta de veículos flex, o que vem compensar aquele crescimento. O equilíbrio virá a médio prazo com a abertura de novos merca-dos para o álcool.

Criação de um estoque reguladorEle é necessário, principalmente porque se trata de

um produto natural, da agroindústria e que, portanto, tem safra e entressafra - o álcool é produzido em seis meses, para ser consumido em doze. Essa peculiari-dade também torna a produção sujeita às variações do clima, que podem interferir no desempenho da la-voura. Mas basta que seja cumprida a lei que, há mui-tos anos, determina a formação do estoque regulador e, não se sabe porque, não é obedecida. A legisla-ção também estabelece que formar o estoque é uma obrigação do governo. Quando os empresários ten-tam assumir esses compromissos com a sociedade, o mesmo governo, através de seus órgãos de defesa da economia, inexplicavelmente alegam que ao dei-xar o estoque nas mãos dos empresários, há risco de formação de cartel. Não há como formar um cartel de quase 400 empresas. Resumo: o governo não cumpre a lei, não deixa o empresário cumprir no lugar dele e o consumidor é prejudicado.

Alcoolduto para o escoamento da produção de etanol

Quando partimos do princípio, indiscutível, de que o setor precisa de alcooldutos para aprimorar o abastecimento do mercado interno e expandir suas

exportações, esse meio torna-se vital para alcançarmos e superarmos a meta de crescimento do PIB. Alcooldu-to é, antes de tudo, transporte rápido de energia.

Fusões, aquisições e incorporações no setorÉ natural, pois é um setor em pleno desenvolvimento

e, como sempre preconizamos, com futuro promissor.

Investimentos / grupos estrangeirosSão bem vindos, porque valorizam nossos negócios.

Não só estrangeiros, mas de todos que estiverem dis-postos a aproveitar e entender esse potencial da agroindústria canavieira como fonte da nova energia que o mundo precisa para ter futuro.

Ações de sustentabilidade eco-lógica - plantio, irrigação, colhei-ta e processamento

Pelo menos em nossa região, particularmente em nossas empre-sas, não se cogita irrigação. Nossa produção orgânica é um exemplo que também servirá de modelo para nossa unidade de Uberaba. E prova que o investimento no meio ambiente e na agricultura auto-sus-tentável é viável e bem-sucedido.

PesquisasA primeira necessidade é a de recursos para man-

ter a tecnologia sempre atualizada. Graças ao Centro de Tecnologia Canavieira, universidades e institui-ções particulares e oficiais, esse caminho vem sendo percorrido. Depois, o desenvolvimento dessas tec-nologias, para obtenção de açúcar, álcool e toda a cadeia de subprodutos.

Prioridades nos setores agrícola e industrialNo agrícola, novas variedades de cana. Na indús-

tria, desenvolvimento de novas tecnologias, capazes de contornar custos de manutenção e de aumentar a produtividade industrial. O resultado é o barateamento dos produtos para a sociedade.

Investimento no setor de controle e automaçãoNossos investimentos em automação são feitos levando

em consideração custos e benefícios obtidos. Essa fatia tem sido de aproximadamente 15% dos investimentos.

Sobre a Smar e a automatização dos processos

que ela promoveÉ uma empresa de tecnologia de ponta, com pres-

tígio internacional pela excelência de seus serviços e produtos, além de referência da tecnologia brasileira em automação.

Jairo Balbo é Diretor Industrial da Usina São Francisco

Jairo Balbo3Smar Notes Abril de 2007

De

po

ime

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Laudemir José

Page 4: Soluções Em entrevista ao Notes, execu- · PDF fileERP CRM Estação de ... e Gerenciamento de Ativos Estação de Operação Preparo e Extração Estação de Operação Tratamento

2 4Smar Notes Abril de 2007 Smar Notes Abril de 2007

De

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De

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Novo cenário sucroalcooleiro brasileiroMuito promissor. O aquecimento global produzido em

grande parte pelos combustíveis fósseis, pela sua es-cassez e seus aumentos no mercado internacional, tor-nou necessários os investimentos em bio-combustíveis, principalmente o etanol e a energia renovável provenien-te do bagaço de cana. Cada vez mais os países ricos se comprometem em reduzir emissões de gases poluentes que aumentam o efeito estufa e se rendem ao Brasil, que hoje ocupa uma posição privilegiada no contexto mundial, dominando toda a tecnologia e com o menor custo de produção do mundo. Deve-se lembrar também a criação de milhões de empregos que irão surgir

Investimento em expansõesO fator primordial é o crescimento agrícola e o com-

promisso cada vez maior e mais exigente com relação à qualidade de nossos produtos para nossos clientes, prin-cipalmente nas unidades de Minas Gerais, visto que 90% de nossa produção é exportada.

Risco de superprodução e queda de preçosEm minha opinião não há risco, mesmo os EUA não

abrindo mão das alíquotas de importação do álcool bra-sileiro, outros mercados internacionais estão de olho em nosso produto. A união Européia, por exemplo, se propôs a substituir até 2010, 20% de sua energia por fontes reno-váveis. O Japão de imediato passará a adicionar em sua gasolina 2% e posteriormente 5% de etanol, lembrando também que o desenvolvimento mundial de uma frota flex é cada vez maior. O Brasil, para atender toda esta demanda a curto e médio prazo, deve triplicar sua produção, que hoje é de 17,3 bi-lhões de litros, não havendo outros países no curto prazo que possam competir conosco, tanto pelo baixo custo de produção, quanto pelo domínio da tecnologia.

Criação de um estoque reguladorÉ uma questão delicada. Ao ser criado

um estoque regulador corre-se o risco das unidades produtoras ficarem reféns de uma entidade. Por outro lado, garante-se o abas-tecimento aos consumidores de álcool combustível. Po-rém, para se cumprir novos contratos para o exterior, o Brasil deve se organizar, mas não necessariamente na mão de um único órgão regulamentador.

Alcoolduto para o escoamento da produção de etanolA questão logística é de fundamental importância para o

setor sucroalcooleiro. Com a construção de novas unida-des nas Regiões Central e Sul do país, há a necessidade da implantação de alcoodutos para se ter um produto cada vez mais competitivo no mercado. Temos hoje o menor custo de produção e o maior custo de logística do mundo. O setor precisa de uma política séria e com planejamento estratégico, evitando assim o imediatismo e o oportunis-mo. Devemos lembrar ainda o cuidado no tocante aos pro-dutos escoados, visto que, para álcoois especiais, corre-se um risco muito grande de contaminação, tornando-se impraticável seu escoamento por alcoodutos.

Fusões, aquisições e incorporações no setor É positiva. As fusões já são praticadas há muito tempo.

Por exemplo, o grupo COSAN, fundado em 1986, hoje tem 17 unidades industriais, abrindo seu capital e se valorizando em mais de 100% desde 2005. As aquisições e incorpora-ções também. Deve-se apenas ter cautela e um estudo de-talhado e criterioso de viabilidade. Acho positvo, pois além dos investimentos chegarem com novos horizontes tecno-

lógicos e sociais, teremos uma consolidação definitiva do setor e do mercado, que atualmente está muito pulverizado, ganhando assim credibilidade junto aos compradores exter-nos para barganhar preços melhores por seus produtos.

Investimentos / grupos estrangeirosVejo por um lado com muita cautela. O interesse está

surgindo depois do crescente aumento nas exportações e dos preços do açúcar e do álcool no mercado externo. O que nos espera no futuro? Qual a verdadeira intenção após obterem toda nossa tecnologia? Por outro lado, abre-se o capital para o país, criam-se expectativas de muitos empregos, novas tecnologias e novas pesquisas no setor.

Ações de sustentabilidade ecológica - plantio, irri-gação, colheita e processamento

Dentre outros, temos o gerenciamento de resíduos, a educação ambiental, a adição de novos equipamentos, inovações nos processos de plantio e colheita, redução do uso de queimadas, utilização de novos insumos menos impactantes na lavoura, redução de CO2 e particulados na atmosfera, utilização na fertirrigação da água de lavagem de cana e da vinhaça, e por último, a participação da comu-nidade, para conscientização e capacitação de líderes no desenvolvimento do agronegócio da cana-de-açúcar.

PesquisasDesenvolvimento em novos produtos, minimizar as

perdas industriais e agrícolas, e investimentos em novas variedades de cana com adequação a cada região.

Prioridades nos setores agrícola e industrialNa área industrial:a) Melhorar a capacitação e a qualificação

técnica de nosso pessoal;b) Investir em novas tecnologias e auto-

mação, para redução de custos de produ-ção e manutenção;

c) Mais integração entre os setores da empresa, voltada mais ao social.

Na área agrícola:a) Investir em novas tecnologias para au-

mento da produtividade agroindustrial e con-sequentemente, a rentabilidade do setor;

b) Investir em novos desenvolvimentos de variedades de cana, com o objetivo de aumentar kg de pol por hec-tare de cana

c) Estabelecer novas políticas públicas e privadas, no to-cante ao equilíbrio sócio-ambiental e ecológico do setor.

Investimento no setor de controle e automaçãoNo Nordeste estamos hoje na faixa de 4% e no

Sudeste em torno de 8%.

Sobre a Smar e a automatização dos processos que ela promove

A evolução e a prosperidade no setor sucroalcooleiro vem trazendo empresas cada vez mais parceiras e compe-tentes no que fazem, e no que se propõem a fazer, trazen-do soluções tecnológicas com alto grau de responsabilida-de e confiabilidade. Com a smar não é diferente; empresa com profissionais qualificados e aplicações cada vez mais interessantes. É parceira de muitos anos do grupo João Lyra, trazendo soluções de controle e automação de ponta para o nosso dia-a-dia, não somente no calor do imediatis-mo, mas num planejamento estratégico de médio e longo prazo, visando sempre melhoramentos contínuos em todo processo da fábrica, sempre em conjunto com nosso cor-po técnico. Por isso continuamos parceiros até hoje.

Laudemir José Barros Mendes é Eng. Mecânico e Superintendente Industrial - NE

Eduardo ValençaNovo cenário sucroalcooleiro brasileiroNos últimos anos o setor sucroalcoolerio nacional

passou por mudanças econômicas e culturais que incluem a gestão de produção, as relações de trabalho, além de inovações tecnológicas. O Brasil é considerado o país mais competitivo do mundo porque detém os maiores níveis de pro-dutividade e rendimento e os menores custos de produção.

A tendência de crescimento do preço mundial do petróleo, aliada à necessidade de redu-ção de emissão de poluentes na atmosfera e ao grande vo-lume de vendas dos veículos biocombustíveis, deverá impul-sionar de forma crescente as demandas interna e externa por álcool. O mercado internacional cada vez mais vem exigindo qualidade e segurança na pro-dução do açúcar, e só os processos de baixo custo podem investir.

Investimento em expansõesA cada safra nossa empresa vem investindo em

automação, treinamentos e qualidade em cada eta-pa do processo de fabricação, devido à abertura de portas para atender às exigências de novos clientes, agregando valor comercial ao nosso produto.

Risco de superprodução e queda de preçosHá risco de superprodução e queda de preços, po-

rém, se a expansão for bem maior que a diminuição que as exportações européias.

Criação de um estoque reguladorDo modo como está atualmente, é o mais ade-

quado. É assim que seria em qualquer economia de mercado, em que os produtores administram seus próprios estoques, estando sujeitos às leis de oferta e demanda. Quando se conversa sobre estoque re-gulador, se prevê ingerência do governo. Mas essa questão é muito abordada pelos jornalistas quando chega janeiro. É claro que todo mecanismo que pu-der servir para reduzir a volatilidade do álcool na en-tressafra seria positivo.

Alcoolduto para o escoamento da produção de etanol

A capacidade de armazenagem das usinas de açúcar e álcool e a infra-estrutura para o transporte do produto até os portos, sobretudo para o álcool, não cresce na mesma proporção que o setor sucro-alcooleiro. E com a baixa capacidade do Governo investir em estradas e ferrovias e não sair as PPP

(Parceria Pública Privada) no segmento de trans-portes, o alcoolduto é a única saída, já que é de menor custo.

Fusões, aquisições e incor-porações no setor

As fusões, como é tendên-cia mundial em vários setores e não seria diferente no setor sucroalcooleiro, vêm ocorren-do devido ao fato da econo-mia de escala e das empre-sas maiores poderem colocar ações em bolsas.

Investimentos / grupos estrangeiros

Os investimentos de gru-pos estrangeiros são bem vindos, pois acho que capital não tem Pátria.

Ações de sustentabilidade

ecológica - plantio, irrigação, colheita e processamento O controle e a preservação ambiental são aliados

importantes para o desenvolvimento das usinas. Por isso há a necessidade de se observar cada vez mais as exigências estabelecidas por normas e legislações voltadas às questões ambientais, de-vido à intensificação da fiscalização no setor su-croalcooleiro. O objetivo da usina é tornar a ges-tão ambiental cada vez mais profissionalizada, o que inclui treinamento para aprimoramento técni-co, monitoramento mais intensivo das análises de água, gases, solos, e gerenciamento de todos os resíduos gerados na usina.

PesquisasNo setor agrícola, é necessária pesquisa em varie-

dades mais resistentes e de maior produção de açúcar por hectare, (quantidade e qualidade).

Prioridades nos setores agrícola e industrialAumento do plantio de cana-de-açúcar nas áreas já

desmatadas, menor participação de combustível fóssil nas operações agrícolas e na indústria, buscar novos produtos além do açúcar, álcool, energia e proteína que possam agregar receita.

Investimento no setor de controle e automaçãoTrezentos mil reais.

Sobre a Smar e a automatização dos processos que ela promove

É uma empresa séria, responsável e que vem contribuindo com novas tecnologias para o setor sucroalcooleiro.

Eduardo Valença é Diretor Industrial da Usina Trapiche

Novo cenário sucroalcooleiro brasileiroExpectativa de crescimento da produção de ál-

cool com a manutenção da vanguarda tecnológica, é resultado, entre outras iniciativas, da formação e treinamento de profissionais especializados e da qualidade das empresas que desenvolvem suporte técnico à agroindústria canavieira. Outra expectati-va positiva é a consolidação e o aumento da frota de veículos flex, o que permitirá estabilização de pre-ços, graças à opção de combustível que só o consu-midor brasileiro tem.

Investimento em expansõesEstamos em fase de implanta-

ção de uma unidade na cidade de Uberaba e o critério foi a escolha de parceiros ligados historicamente ao setor sucroalcooleiro e com os mesmos princípios empresariais.

Risco de superprodução e

queda de preçosO risco existe para os próxi-

mos três anos de uma produção maior de álcool, como também prevemos a expansão da fro-ta de veículos flex, o que vem compensar aquele crescimento. O equilíbrio virá a médio prazo com a abertura de novos merca-dos para o álcool.

Criação de um estoque reguladorEle é necessário, principalmente porque se trata de

um produto natural, da agroindústria e que, portanto, tem safra e entressafra - o álcool é produzido em seis meses, para ser consumido em doze. Essa peculiari-dade também torna a produção sujeita às variações do clima, que podem interferir no desempenho da la-voura. Mas basta que seja cumprida a lei que, há mui-tos anos, determina a formação do estoque regulador e, não se sabe porque, não é obedecida. A legisla-ção também estabelece que formar o estoque é uma obrigação do governo. Quando os empresários ten-tam assumir esses compromissos com a sociedade, o mesmo governo, através de seus órgãos de defesa da economia, inexplicavelmente alegam que ao dei-xar o estoque nas mãos dos empresários, há risco de formação de cartel. Não há como formar um cartel de quase 400 empresas. Resumo: o governo não cumpre a lei, não deixa o empresário cumprir no lugar dele e o consumidor é prejudicado.

Alcoolduto para o escoamento da produção de etanol

Quando partimos do princípio, indiscutível, de que o setor precisa de alcooldutos para aprimorar o abastecimento do mercado interno e expandir suas

exportações, esse meio torna-se vital para alcançarmos e superarmos a meta de crescimento do PIB. Alcooldu-to é, antes de tudo, transporte rápido de energia.

Fusões, aquisições e incorporações no setorÉ natural, pois é um setor em pleno desenvolvimento

e, como sempre preconizamos, com futuro promissor.

Investimentos / grupos estrangeirosSão bem vindos, porque valorizam nossos negócios.

Não só estrangeiros, mas de todos que estiverem dis-postos a aproveitar e entender esse potencial da agroindústria canavieira como fonte da nova energia que o mundo precisa para ter futuro.

Ações de sustentabilidade eco-lógica - plantio, irrigação, colhei-ta e processamento

Pelo menos em nossa região, particularmente em nossas empre-sas, não se cogita irrigação. Nossa produção orgânica é um exemplo que também servirá de modelo para nossa unidade de Uberaba. E prova que o investimento no meio ambiente e na agricultura auto-sus-tentável é viável e bem-sucedido.

PesquisasA primeira necessidade é a de recursos para man-

ter a tecnologia sempre atualizada. Graças ao Centro de Tecnologia Canavieira, universidades e institui-ções particulares e oficiais, esse caminho vem sendo percorrido. Depois, o desenvolvimento dessas tec-nologias, para obtenção de açúcar, álcool e toda a cadeia de subprodutos.

Prioridades nos setores agrícola e industrialNo agrícola, novas variedades de cana. Na indús-

tria, desenvolvimento de novas tecnologias, capazes de contornar custos de manutenção e de aumentar a produtividade industrial. O resultado é o barateamento dos produtos para a sociedade.

Investimento no setor de controle e automaçãoNossos investimentos em automação são feitos levando

em consideração custos e benefícios obtidos. Essa fatia tem sido de aproximadamente 15% dos investimentos.

Sobre a Smar e a automatização dos processos

que ela promoveÉ uma empresa de tecnologia de ponta, com pres-

tígio internacional pela excelência de seus serviços e produtos, além de referência da tecnologia brasileira em automação.

Jairo Balbo é Diretor Industrial da Usina São Francisco

Jairo Balbo3Smar Notes Abril de 2007

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Laudemir José

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TecnologiaAutomação

Controle

Abril de 2007nº111

“O equilíbrio virá a médio prazo com a abertura de novos mercados para o álcool”. Pág. 2

“Capital não tem Pátria”.Pág. 4

“Outros mercados internacionais estão de olho em nosso produto”. Pág. 3

Perspectivas do setor sucroalcooleiro para os próximos cinco anosA safra 2007/2008 vai contar com 382 plan-

tas de açúcar e álcool, 39 das quais estarão fazendo a sua primeira safra em 2007. Para 2008 se prevê a partida de mais 30, para 2009 o setor anuncia mais 26 unidades, duas para 2010 e uma para 2011, fora 43 projetos anunciados e que estão sem data de implan-tação, dependendo da aprovação da licença ambiental ou de financiamento. Os estados favorecidos pelos novos investimentos são: São Paulo com 42 projetos; Goiás com 34 novas usinas e Minas Gerais com 26 proje-tos. Estes três estados concentram 72% dos novos investimentos. Há ainda 13 projetos anunciados para o Mato Grosso do Sul, 6 para o Paraná, 4 para o Mato Grosso, 3 para Rio de Janeiro, 3 para o Tocantins, 2 para o Espírito Santo, 2 para a Bahía, 2 para o Piauí, 1 para Rondônia, 1 para o Sergipe e 1 para o Acre.

A tecnologia de automação e controle a ser implantada nestes 140 projetos está consagrando algumas tendências:

• O velho e conhecido 4 a 20mA, com PLC no comando e operação e display baseados em computadores, não está morto como equi-vocadamente sustentam algumas empresas alheias ao setor sucroalcooleiro. Quase a me-tade dos novos investimentos vai ser implanta-da com esta arquitetura.

• É notório o avanço e a aceitação que come-çam a ter os buses digitais para o chão de fábri-ca, com destaque para a tecnologia Profibus, que provê comunicação com a parte elétrica da plan-ta e permite ao operador manejar o acionamento não só da instrumentação da planta, como tam-bém as etapas de parada, partida e regulagem de velocidade dos motores da planta.

• A entrada dos investidores estrangeiros e de grupos não tradicionalmente açucareiros traz consigo o conceito da tecnologia da informação (TI), que defende a operação das plantas numa sistematização cada vez mais exigen-te da informação. O setor sucroalcooleiro se mostra disposto a utilizar amplamente ERP’s, MES e PIMS.

• A Smar está contribuindo ativamente para a introdução das novas tecnologias de con-trole através do lançamento da sua família de

CPU’s e de uma nova geração de instrumen-tos de campo, inteligentes e capazes de se comunicar em rede, fornecendo informações que vão além do simples valor da variável que está sendo medida e controlada. Instrumentos inteligentes informam falhas deles próprios, assumem estratégias de posição segura de falha, acionam sistemas de parada e partida, contam o número de vezes que um deter-minado elemento de controle final aciona e colocam mensagens nas telas das estações de trabalho dos operadores. A comunicação da sala de controle tem agora duas mãos: do operador para o chão de fábrica e deste para a sala de controle na forma de mensagens que transitam pelos buses de comunicação.

• Destaque especial, dentre as novas ten-dências, para a aceitação que está tendo a utilização do COI, Centro de Operações Integradas. Há um par de anos seria quase impossível convencer os gerentes do pro-cesso de que a centralização das operações de uma usina ou destilaria poderia ser uma coisa cômoda, prática e confiável. A Usina Santa Elisa e a Smar deram uma corajosa demonstração de eficiência e de domínio da tecnologia quando centralizaram todas as operações de uma planta que mói 28.000 toneladas de cana por dia numa única sala de controle (carinhosamente chamada de NASA pelos 37 operadores que operam este gigan-te). Os equipamentos da destilaria, por exem-plo, se encontram a 350 metros do COI. A San-ta Elisa está iniciando a sua terceira safra com o COI e provou para quem quiser ver a eficácia e a segurança que este recurso proporciona.

As 140 plantas vêm para ficar, gerar mi-lhares de empregos e dar fôlego a todas as empresas que produzem equipamentos e serviços para a indústria sucroalcooleira, com duas vantagens enormes sobre a expansão do Proálcool: desta vez o empreendimento é privado, liderado por empresários modernos e competentes, que jogam as leis do merca-do, e desta vez, existem alternativas tec-nológicas brasileiras e de altíssima quali-dade para toda e cada uma das partes das novas plantas.

Smar Notes: Publicação da Smar Equipamentos Industriais direcionada ao mercado e aos clientes.

Coordenação Geral: César Cassiolato Jornalista Responsável e Editora: Rita Rodrigues MTb.: 47.092 Mensagem Marketing & Comunicação

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Colaboradores desta edição: Pedro Biondo, Áurea Naves, Adriano Oliveira, Jayme Tamaki eEduardo Munhoz

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EXPEDIENTE DIVISÃO INDUSTRIAL DIVISÃO AÇÚCAR E ÁLCOOL

Soluções smar

Supervisão, Controle de

Processos e Tecnologiade Inform

ação

Acesso Remoto a

Outras Usinas

Intranet/Internet

Manutenção on-line

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Geração de Energia

O novo cenário sucroal-cooleiro e as reflexões de empresários do setor

Em entrevista ao Notes, execu-tivos do setor expressam suas opiniões sobre esse promissor e movimentado mercado.

Page 6: Soluções Em entrevista ao Notes, execu- · PDF fileERP CRM Estação de ... e Gerenciamento de Ativos Estação de Operação Preparo e Extração Estação de Operação Tratamento

TecnologiaAutomação

Controle

Abril de 2007nº111

“O equilíbrio virá a médio prazo com a abertura de novos mercados para o álcool”. Pág. 2

“Capital não tem Pátria”.Pág. 4

“Outros mercados internacionais estão de olho em nosso produto”. Pág. 3

Perspectivas do setor sucroalcooleiro para os próximos cinco anosA safra 2007/2008 vai contar com 382 plan-

tas de açúcar e álcool, 39 das quais estarão fazendo a sua primeira safra em 2007. Para 2008 se prevê a partida de mais 30, para 2009 o setor anuncia mais 26 unidades, duas para 2010 e uma para 2011, fora 43 projetos anunciados e que estão sem data de implan-tação, dependendo da aprovação da licença ambiental ou de financiamento. Os estados favorecidos pelos novos investimentos são: São Paulo com 42 projetos; Goiás com 34 novas usinas e Minas Gerais com 26 proje-tos. Estes três estados concentram 72% dos novos investimentos. Há ainda 13 projetos anunciados para o Mato Grosso do Sul, 6 para o Paraná, 4 para o Mato Grosso, 3 para Rio de Janeiro, 3 para o Tocantins, 2 para o Espírito Santo, 2 para a Bahía, 2 para o Piauí, 1 para Rondônia, 1 para o Sergipe e 1 para o Acre.

A tecnologia de automação e controle a ser implantada nestes 140 projetos está consagrando algumas tendências:

• O velho e conhecido 4 a 20mA, com PLC no comando e operação e display baseados em computadores, não está morto como equi-vocadamente sustentam algumas empresas alheias ao setor sucroalcooleiro. Quase a me-tade dos novos investimentos vai ser implanta-da com esta arquitetura.

• É notório o avanço e a aceitação que come-çam a ter os buses digitais para o chão de fábri-ca, com destaque para a tecnologia Profibus, que provê comunicação com a parte elétrica da plan-ta e permite ao operador manejar o acionamento não só da instrumentação da planta, como tam-bém as etapas de parada, partida e regulagem de velocidade dos motores da planta.

• A entrada dos investidores estrangeiros e de grupos não tradicionalmente açucareiros traz consigo o conceito da tecnologia da informação (TI), que defende a operação das plantas numa sistematização cada vez mais exigen-te da informação. O setor sucroalcooleiro se mostra disposto a utilizar amplamente ERP’s, MES e PIMS.

• A Smar está contribuindo ativamente para a introdução das novas tecnologias de con-trole através do lançamento da sua família de

CPU’s e de uma nova geração de instrumen-tos de campo, inteligentes e capazes de se comunicar em rede, fornecendo informações que vão além do simples valor da variável que está sendo medida e controlada. Instrumentos inteligentes informam falhas deles próprios, assumem estratégias de posição segura de falha, acionam sistemas de parada e partida, contam o número de vezes que um deter-minado elemento de controle final aciona e colocam mensagens nas telas das estações de trabalho dos operadores. A comunicação da sala de controle tem agora duas mãos: do operador para o chão de fábrica e deste para a sala de controle na forma de mensagens que transitam pelos buses de comunicação.

• Destaque especial, dentre as novas ten-dências, para a aceitação que está tendo a utilização do COI, Centro de Operações Integradas. Há um par de anos seria quase impossível convencer os gerentes do pro-cesso de que a centralização das operações de uma usina ou destilaria poderia ser uma coisa cômoda, prática e confiável. A Usina Santa Elisa e a Smar deram uma corajosa demonstração de eficiência e de domínio da tecnologia quando centralizaram todas as operações de uma planta que mói 28.000 toneladas de cana por dia numa única sala de controle (carinhosamente chamada de NASA pelos 37 operadores que operam este gigan-te). Os equipamentos da destilaria, por exem-plo, se encontram a 350 metros do COI. A San-ta Elisa está iniciando a sua terceira safra com o COI e provou para quem quiser ver a eficácia e a segurança que este recurso proporciona.

As 140 plantas vêm para ficar, gerar mi-lhares de empregos e dar fôlego a todas as empresas que produzem equipamentos e serviços para a indústria sucroalcooleira, com duas vantagens enormes sobre a expansão do Proálcool: desta vez o empreendimento é privado, liderado por empresários modernos e competentes, que jogam as leis do merca-do, e desta vez, existem alternativas tec-nológicas brasileiras e de altíssima quali-dade para toda e cada uma das partes das novas plantas.

Smar Notes: Publicação da Smar Equipamentos Industriais direcionada ao mercado e aos clientes.

Coordenação Geral: César Cassiolato Jornalista Responsável e Editora: Rita Rodrigues MTb.: 47.092 Mensagem Marketing & Comunicação

Canal Direto com o Leitor: [email protected]

Colaboradores desta edição: Pedro Biondo, Áurea Naves, Adriano Oliveira, Jayme Tamaki eEduardo Munhoz

Editoração e Produção: Mensagem Marketing & Comunicação

Tiragem: 16 mil exemplares

Permitida a reprodução total ou parcial das matérias desde que citada a fonte e solicitada a autorização.

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