12
O mês de março trouxe poucas mudanças na tendência da indústria da construção. O nível de atividade e o emprego apresentaram um leve aumento (indicadores de evolução pouco acima da linha divisória de 50 pontos). Apesar do crescimento, o nível de atividade encontra- se abaixo do usual para o mês. O novo indicador, que mede o percentual de utilização da capacidade operacional das empresas, registrou uma queda de um ponto percentual, retornando aos 70% apurados em janeiro. A perda de dinamismo da indústria da construção nos últimos meses já começa a gerar insatisfação com os resultados das empresas. Os empresários estão mais insatisfeitos com a margem de lucro operacional de suas empresas e, ainda que satisfeitos com a situação financeira, há uma clara tendência de queda do indicador em questão. Um agravante para o cenário é o aumento da dificuldade de acesso ao crédito, sobretudo entre as empresas de pequeno e médio porte e o aumento dos custos com mão de obra e matéria-prima. Para os próximos seis meses, os empresários estão otimistas. Os indicadores de expectativas continuam substancialmente acima dos 50 pontos, mas esse sentimento está menos disseminado do que nos últimos dois meses. Indústria da construção opera abaixo do usual em março Destaques ANÁLISE ECONÔMICA Reaquecimento da construção ainda não está em curso Pág. 02 CAPACIDADE DE OPERAÇÃO Utilização da capacidade de operação da construção é de 70% em março Pág. 03 NÍVEL DE ATIVIDADE Nível de atividade da construção cresce no mês Pág. 04 EMPREGO Construção contrata mais em março Pág. 05 SITUAÇÃO FINANCEIRA Acesso ao crédito foi considerado difícil no trimestre Pág. 06 PRINCIPAIS PROBLEMAS Falta de trabalhador qualificado perde importância entre os principais problemas Pág. 07 EXPECTATIVAS Otimismo cai entre empresários das pequenas empresas Pág. 08 ANÁLISE SETORIAL Serviços especializados se destaca entre os setores Pág. 10 Evolução do nível de atividade em março Nível de atividade efetivo em relação ao usual em março 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Queda Aumento 51,5 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Abaixo Acima 48,5 Ano 3 Número 3 março de 2012 www.cni.org.br Informativo da Confederação Nacional da Indústria SONDAGEM I NDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

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Indústria da construção opera abaixo do usual em março/ 2012

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Page 1: Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

O mês de março trouxe poucas mudanças na tendência da indústria da construção. O nível

de atividade e o emprego apresentaram um leve aumento (indicadores de evolução pouco

acima da linha divisória de 50 pontos). Apesar do crescimento, o nível de atividade encontra-

se abaixo do usual para o mês.

O novo indicador, que mede o percentual de utilização da capacidade operacional das empresas,

registrou uma queda de um ponto percentual, retornando aos 70% apurados em janeiro.

A perda de dinamismo da indústria da construção nos últimos meses já começa a gerar

insatisfação com os resultados das empresas. Os empresários estão mais insatisfeitos com

a margem de lucro operacional de suas empresas e, ainda que satisfeitos com a situação

financeira, há uma clara tendência de queda do indicador em questão.

Um agravante para o cenário é o aumento da dificuldade de acesso ao crédito, sobretudo

entre as empresas de pequeno e médio porte e o aumento dos custos com mão de obra e

matéria-prima.

Para os próximos seis meses, os empresários estão otimistas. Os indicadores de expectativas

continuam substancialmente acima dos 50 pontos, mas esse sentimento está menos

disseminado do que nos últimos dois meses.

Indústria da construção opera abaixo do usual em março

Destaques

ANÁLISE ECONÔMICAReaquecimento da construção ainda não está em cursoPág. 02

CAPACIDADE DE OPERAÇÃOUtilização da capacidade de operação da construção é de 70% em março Pág. 03

NÍVEL DE ATIVIDADENível de atividade da construção cresce no mês Pág. 04

EMPREGOConstrução contrata mais em marçoPág. 05

SITUAÇÃO FINANCEIRA Acesso ao crédito foi considerado difícil no trimestrePág. 06

PRINCIPAIS PROBLEMASFalta de trabalhador qualificado perde importância entre os principais problemasPág. 07

EXPECTATIVASOtimismo cai entre empresários das pequenas empresasPág. 08

ANÁLISE SETORIALServiços especializados se destaca entre os setoresPág. 10

Evolução do nível de atividade em março

Nível de atividade efetivo em relação ao usualem março

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Queda Aumento51,5

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Abaixo Acima48,5

Ano 3 Número 3 março de 2012 www.cni.org.brInformativo da Confederação Nacional da Indústria

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Page 2: Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

2

Ano 3, n.3, março de 2012Sondagem IndúStrIa da ConStrução

Reaquecimento da construção aindanão está em curso

ANÁLISE ECONÔMICA

A indústria da construção continua operando abaixo do usual. Os dados da Sondagem

Indústria da Construção do primeiro trimestre de 2012 mostraram que o desaquecimento

do fim do ano passado, principalmente no segundo semestre, ainda vigora.

O nível de atividade da construção voltou a crescer em março, o que não ocorria desde

junho de 2011. Contudo, o indicador do nível de atividade em relação ao usual encontra-se

abaixo dos 50 pontos, tanto para pequenas como grandes empresas.

Entre os setores, fica clara a diferença de desempenho: as empresas de Serviços

especializados operaram acima do usual, e o crescimento com relação a fevereiro foi

bastante disseminado. Já os outros dois setores (Construção de edifícios e Obras de

infraestrutura) operam abaixo do usual.

A expectativa para os próximos meses é otimista, com indicadores acima dos 50 pontos.

Entre os portes, há uma grande diferença nessa percepção. As pequenas empresas

também esperam aumento, mas essa perspectiva é bem menos disseminada que entre as

grandes empresas.

Não dá para traçar se um cenário de reaquecimento da indústria da construção ocorrerá no

curto prazo. Se por um lado o aumento no quadro de empregados indicaria uma expectativa

de maior atividade, as dificuldades no acesso ao crédito no trimestre podem dificultar a

capacidade de expansão das empresas, principalmente as de menor porte.

Assim, os dados iniciais de 2012 mostram que a recuperação da indústria da construção,

em comparação ao fraco desempenho de 2011, ainda não está plenamente em curso.

Page 3: Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

3

Sondagem IndúStrIa da ConStruçãoAno 3, n.3, março de 2012

Utilização da capacidade de operação da construção é de 70% em março

CAPACIDADE DE OPERAÇÃO

Nesta edição, apresentamos uma nova variável mensal para a Sondagem

Indústria da Construção: a Utilização da Capacidade de Operação (UCO),

que mede o percentual médio de utilização da capacidade de operação da

indústria da construção.

Para elaboração da variável, o empresário é questionado sobre qual a

intensidade no uso dos recursos da empresa para realizar seus serviços

e empreendimentos no mês, dada sua capacidade atual de operação.

Informações adicionais estão disponíveis na Nota Metodológica da

Sondagem Indústria da Construção em:

www.cni.org.br/sondagemindustriadaconstrucao

Em março, o terceiro mês de coleta da variável, a UCO situou-se em 70%.

Esse resultado representa uma ligeira queda com relação a fevereiro

(71%), igualando o nível de janeiro. Entre os portes, a UCO é maior nas

grandes empresas, com 73%, contra apenas 63% das pequenas.

Evolução da Utilização da Capacidade de Operação

Indicador varia no intervalo de 0% a 100%.

70%

0%

100%

Mar 2012

71%

0%

100%

Fev 2012

70%

0%

100%

Jan 2012

66%70%

72%

66%69%

74%

63%

70%73%

jan/12 fev/12 mar/12

Pequenas Médias Grandes

Utilização da capacidade de operação – UCO (%) Mensal

Page 4: Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

4

Ano 3, n.3, março de 2012Sondagem IndúStrIa da ConStrução

Apesar de crescer com relação a fevereiro, o nível de atividade ficou

abaixo do usual para o mês de março. O indicador do nível de atividade

efetivo em relação ao usual situou-se em 48,5 pontos, abaixo da linha

divisória.

O nível de atividade de indústria da construção cresceu em março. O

indicador de evolução do nível de atividade em relação ao mês anterior

situou-se em 51,5 pontos, acima da linha divisória. O crescimento

se deu principalmente entre as grandes empresas (53,6 pontos),

enquanto que entre as pequenas houve queda (48,5 pontos).

Nível de atividade efetivo em relação ao usualMensal

Abaixo Acima

49,1

50,0

0 10050

Mar 2012

Fev 2012

Jan 2012

48,5

54,6

53,2

55,6

48,3

50,9

45,6

50,0

49,1

54,1

48,5

mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12

Abaixo

Acima

NÍVEL DE ATIVIDADE

Evolução do nível de atividade efetivo em relação ao usual

Nível de atividade da construção cresce no mês

Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam atividade acima do usual.

Evolução do nível de atividadeMensal

Queda Aumento

49,4

47,0

0 10050

Mar 2012

Fev 2012

Jan 2012

51,5

Page 5: Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

5

Sondagem IndúStrIa da ConStruçãoAno 3, n.3, março de 2012

A indústria da construção aumentou o número de empregados em

março. O indicador do número de empregados com relação ao mês

anterior situou-se em 51,7 pontos, acima da linha divisória. Assim como

na evolução do nível de atividade, a expansão se deu principalmente

entre as grandes empresas; as pequenas diminuíram o quadro de

empregados.

Evolução do número de empregadosMensal

Queda Aumento

50,8

49,0

0 10050

Mar 2012

Fev 2012

Jan 2012

51,7

49,1

50,7

49,7 49,7

51,7 51,6

50,6

48,7

47,4

51,0

49,0

47,0

49,0

50,8

51,7

jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12

Queda

Aumento

EMPREGO

Evolução do número de empregados

Construção contrata mais em março

Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam aumento.

Page 6: Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

6

Ano 3, n.3, março de 2012Sondagem IndúStrIa da ConStrução

Os empresários estão insatisfeitos com a margem de lucro operacional

de suas empresas. No primeiro trimestre de 2012, o indicador situou-

se em 47 pontos, abaixo da linha divisória.

SITUAÇÃO FINANCEIRA

A situação financeira foi considerada satisfatória, na avaliação dos

empresários. O indicador situou-se praticamente sobre a linha divisória

dos 50 pontos, o que mostra satisfação.

O acesso ao crédito foi avaliado como difícil no trimestre. O indicador

situou-se em 47,1 pontos, abaixo dos 50 pontos. Esse sentimento

foi mais disseminado entre os empresários das pequenas empresas,

com indicador de 43,9 pontos. Os empresários das grandes empresas

avaliaram o acesso ao crédito como normal (50 pontos).

Acesso ao crédito foi considerado difícil no trimestrePrimeiro trimestre de 2012

Margem de lucro operacionalTrimestral

47,0Ruim

0 100

Boa

50

Situação financeiraTrimestral

49,9Ruim

0 100

Boa

50

Acesso ao créditoTrimestral

47,1Difícil

0 100

Fácil

50

40

45

50

55

60

IV-09 I-10 II III IV I-11 II III IV I-12

Margem de lucro operacional Situação financeira Acesso ao crédito Linha divisória

Acesso ao crédito e satisfação com a margem de lucro operacional e com a situação financeira

Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam satisfação com o lucro e a situação financeira ou facilidade no acesso ao crédito.

Page 7: Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

7

Sondagem IndúStrIa da ConStruçãoAno 3, n.3, março de 2012

PRINCIPAIS PROBLEMAS

Falta de trabalhador qualificado perde importância entre os principais problemasA falta de trabalhador qualificado apresentou redução

no número de assinalações entre os principais

problemas enfrentados pela indústria da construção no

trimestre. Entre as grandes empresas, ainda que esse

continue sendo o principal problema, o percentual de

assinalações é o mais baixo desde o inicio da Sondagem.

No caso das pequenas o problema passou a dividir a

primeira colocação com a alta carga tributária.Entre as

médias empresas, a alta carga tributária passou a ser o

principal problema.

No sentido inverso, o alto custo da mão de obra aparece

como o terceiro mais assinalado nos três portes. Entre

as pequenas, o item passou de 37% no quarto trimestre

para 43,8%. Entre as grandes o crescimento foi de 13,6

p.p., passando de 27,8% para 41,4%. O alto custo das

matérias-primas também passou a preocupar mais os

empresários, sobretudo os das pequenas e médias

empresas.

Um sinal da perda de dinamismo da construção é o

aumento no percentual de assinalações em falta de

demanda e competição acirrada do mercado entre os

principais problemas. Entre as grandes, o percentual

de resposta em competição acirrada do mercado

aumentou de 15,5% para 28,3% e a falta de demanda

passou de 16,5% para 20,2%.

Principais problemas enfrentados pela indústria da construção no 1O trimestre de 2012 (%)

6,1

0,0

1,0

7,1

15,2

1,0

23,2

19,2

11,1

20,2

14,1

28,3

26,3

41,4

47,5

55,6

2,1

2,8

4,9

6,9

11,1

11,1

15,3

15,3

16,0

16,7

16,7

27,1

27,8

43,8

52,8

52,8

Falta de matéria-prima

Falta de equipamentos

de apoio

Outros

Falta de financiamento

de longo prazo

Licenciamento ambiental

Disponibilidade de terrenos

Inadimplência dos clientes

Condições climáticas

Alto custo da

matéria-prima

Falta de demanda

Falta de capital de giro

Competição acirrada

de mercado

Taxas de juros elevadas

Alto custo da mão de obra

Elevada carga tributária

Falta de trabalhador

qualificado

Grandes

Pequenas

Page 8: Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

8

Ano 3, n.3, março de 2012Sondagem IndúStrIa da ConStrução

EXPECTATIVAS

O otimismo com relação ao nível de atividade nos próximos seis meses

continua elevado em abril. O indicador de expectativa do nível de

atividade situa-se em 60,3 pontos, acima da linha divisória. Contudo,

essa sensação está menos disseminada que em março, principalmente

em função das pequenas empresas (indicador caiu de 62,2 para 57,8

pontos).

A expectativa com relação a novos empreendimentos e serviços nos

próximos seis meses também é positiva. O indicador situa-se em

60,5 pontos em abril, acima da linha divisória. O otimismo é também

mais disseminado entre os empresários das grandes empresas: 61,7

pontos, contra 56,9 para as pequenas.

Otimismo cai entre empresários das pequenas empresasNível de atividadeMensal

Novos empreendimentos e serviçosMensal

Queda Aumento

61,1

62,2

0 10050

Abr 2012

Mar 2012

Fev 2012

60,5

Queda Aumento

61,9

62,2

0 10050

Abr 2012

Mar 2012

Fev 2012

60,3

Expectativa de evolução do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços

Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa positiva.

45

50

55

60

65

70

75

jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12

Nível de atividade Novos empreendimentos e serviços Linha divisória

Page 9: Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

9

Sondagem IndúStrIa da ConStruçãoAno 3, n.3, março de 2012

Otimismo com relação à compra de insumos e matérias-primas cai em

abril. O indicador de expectativa para os próximos seis meses situa-se

em 58,8 pontos no mês, contra 62 pontos em março. Essa queda no

otimismo foi comum aos empresários de todos os portes.

A indústria da construção espera contratar mais empregados nos

próximos seis meses. O indicador situa-se em 58,9 pontos, acima

da linha divisória. Esse otimismo é mais disseminado entre as

grandes empresas, com 59,8 pontos, do que entre as pequenas

(57 pontos).

Compras de insumos e matérias-primasMensal

Evolução do número de empregadosMensal

Queda

Queda

Aumento

Aumento

62,0

60,2

62,1

60,8

0

0

100

100

50

50

Abr 2012

Abr 2012

Mar 2012

Mar 2012

Fev 2012

Fev 2012

58,8

58,9

EXPECTATIVAS

Expectativa de evolução da compra de insumos e matérias-primas e do número de empregados

Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa positiva.

45

50

55

60

65

70

75

jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12

Compras de insumos e matérias-primas Número de empregados Linha divisória

Page 10: Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

10

Ano 3, n.3, março de 2012Sondagem IndúStrIa da ConStrução

ANÁLISE SETORIAL

Serviços especializados se destaca entre os setoresAs empresas de Serviços especializados iniciam o ano com um desempenho superior ao dos outros dois setores da construção

(Construção de edifícios e Obras de infraestrutura). O setor foi o único a registrar aumento no nível de atividade no primeiro

trimestre, sobretudo em março quando o indicador de evolução da atividade alcançou 55,1 pontos.

O aquecimento do setor pode ser observado pelo indicador do nível de atividade efetivo em relação ao usual. Em março, Serviços

especializados foi o único que se manteve acima da linha divisória, com 53,8 pontos, contra 47,3 pontos para Construção de

edifícios e 47,7 pontos para Obras de infraestrutura. Foi o terceiro mês consecutivo de desempenho superior do setor.

Serviços especializados também foi destaque com a maior utilização da capacidade operacional. A UCO, novo indicador, situou-se

em 74% nos três primeiros meses do ano, enquanto nos outros dois setores o indicador variou de 67% a 68%.

A avaliação da situação financeira das empresas foi superior entre os empresários desse setor. A margem de lucro no trimestre

foi considerada satisfatória, e a situação financeira mais que satisfatória. Somente no quesito acesso ao crédito a avaliação do

setor foi como a dos demais, mostrando dificuldade.

Para os próximos seis meses, contudo, não é possível distinguir qual o setor mais (ou menos) otimista. Em abril as expectativas

dos empresários dos três setores continuam positivas (acima da linha divisória), mas inferior ao apresentado em março.

Nível de atividade efetivo em relação ao usual

Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam atividade acima do usual.

Abaixo

Acima50

mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12

Construção de edifícios Obras de infraestrutura Serviços especializados Linha divisória

Page 11: Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

11

Sondagem IndúStrIa da ConStruçãoAno 3, n.3, março de 2012

RESULTADOS POR PORTE E SETOR

1 Indicador varia no intervalo de 0% a 100%. Série iniciada em janeiro de 2012. 2 Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam aumento.3 Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam atividade acima do usual.4 Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam situação mais que satisfatória.5 Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam fácil acesso ao crédito.6 Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa positiva.

SITUAÇÃO FINANCEIRA

Margem de lucro operacional4 Situação financeira4 Acesso ao crédito5

Trimestral Trimestral Trimestral

I-11 IV-11 I-12 I-11 IV-11 I-12 I-11 IV-11 I-12

CONSTRUÇÃO CIVIL 48,7 49,1 47,0 51,1 51,5 49,9 47,3 49,5 47,1

POR PORTEPEQUENA 46,6 47,3 47,6 51,1 50,2 49,2 46,8 48,3 43,9MÉDIA 49,0 49,6 46,8 49,6 52,2 50,2 43,9 46,8 44,0GRANDE 49,5 49,5 46,9 52,2 51,7 50,0 50,0 52,1 50,0

POR SETORCONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 50,0 49,2 46,8 52,1 53,2 50,4 48,7 50,2 44,7OBRAS DE INFRAESTRUTURA 44,8 47,8 45,2 47,7 49,2 45,8 43,4 47,7 46,4SERVIÇOS ESPECIALIZADOS 49,7 49,7 50,3 51,4 50,8 53,9 44,4 46,9 46,8

EXPECTATIVAS

Nível de atividade6 Novos empreendimentose serviços6

Compras de insumos e matérias-primas6 Número de empregados6

Mensal Mensal Mensal Mensal

abr-11 mar-12 abr-12 abr-11 mar-12 abr-12 abr-11 mar-12 abr-12 abr-11 mar-12 abr-12

CONSTRUÇÃO CIVIL 60,1 61,9 60,3 60,7 61,1 60,5 58,9 62,0 58,8 60,0 60,2 58,9

POR PORTEPEQUENA 59,9 62,2 57,8 60,5 59,6 56,9 57,7 61,5 57,7 58,3 59,5 57,0MÉDIA 60,1 62,0 58,6 61,2 61,7 60,6 58,2 62,2 57,9 58,9 59,0 58,6GRANDE 60,1 61,7 62,1 60,4 61,3 61,7 59,9 62,1 59,8 61,6 61,2 59,8

POR SETORCONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 58,7 59,9 58,0 60,8 59,0 58,1 58,5 60,2 58,3 58,8 58,1 58,4OBRAS DE INFRAESTRUTURA 59,4 62,4 60,5 60,2 61,0 61,1 57,4 61,7 57,5 58,3 60,3 57,2SERVIÇOS ESPECIALIZADOS 63,6 65,7 60,3 61,6 64,2 61,5 59,9 65,7 59,6 62,2 62,2 60,0

ATIVIDADE

UCO (%)1 Nível de atividade2 Atividade em relação ao usual3

Número de empregados2

Mensal Mensal Mensal Mensal

mar-11 fev-12 mar-12 mar-11 fev-12 mar-12 mar-11 fev-12 mar-12 mar-11 fev-12 mar-12

CONSTRUÇÃO CIVIL - 71% 70% 49,5 49,4 51,5 49,3 49,1 48,5 49,7 50,8 51,7

POR PORTEPEQUENA - 66% 63% 48,9 49,0 48,5 49,3 46,0 47,4 50,2 51,0 48,5MÉDIA - 69% 70% 49,9 49,9 49,8 49,0 50,9 50,6 50,6 50,0 50,2GRANDE - 74% 73% 49,5 49,3 53,6 49,5 49,3 47,7 48,8 51,2 53,8

POR SETORCONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS - 68% 67% 49,6 50,0 48,7 51,2 49,6 47,3 50,8 50,0 50,0OBRAS DE INFRAESTRUTURA - 68% 68% 49,3 46,7 49,8 45,9 46,0 47,7 49,1 48,0 48,9SERVIÇOS ESPECIALIZADOS - 74% 74% 49,4 51,5 55,1 49,1 50,8 53,8 49,4 55,4 54,1

Page 12: Sondagem Indústria da Construção | Março 2012

Ano 3, n.3, março de 2012Sondagem IndúStrIa da ConStrução

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO | Publicação Mensal da Confederação Nacional da Indústria - CNI | Gerência Executiva de Política Econômica Gerente executivo: Flávio Castelo Branco | Gerência Executiva de Pesquisa e Competitividade | Gerente-executivo: Renato da Fonseca | Análise: Danilo César Cascaldi Garcia e Luis Fernando Melo Mendes (CBIC) | Estatística: Maria Cecília Rabello e Thiago Silva | Supervisão Gráfica: DIRCOM | Normalização Bibliográfica: ASCORP/GEDIN | Assinaturas: Serviço de Atendimento ao Cliente Fone: (61) 3317-9989 [email protected] | SBN Quadra 01 Bloco C Ed. Roberto Simonsen Brasília, DF CEP: 70040-903 | www.cni.org.br | Autorizada a reprodução desde que citada a fonte.

Perfil da amostra: 437 empresas, sendo 155 pequenas, 173 médias e 109 grandes. Período de coleta: De 2 a 17 de abril de 2012.

PRINCIPAIS PROBLEMAS POR PORTE E SETOR

CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS OBRAS DE INFRAESTRUTURA SERVIÇOS ESPECALIZADOS

IV-11 I-12 IV-11 I-12 IV-11 I-12

% % Posição % % Posição % % Posição

Elevada carga tributária 48,9 56,9 1 50,4 52,5 1 48,9 47,6 2

Falta de trabalhador qualificado 62,8 53,4 2 62,2 47,5 2 63,6 57,1 1

Alto custo da mão de obra 38,8 42,6 3 22,7 38,3 3 30,7 41,7 3

Competição acirrada de mercado 25,0 24,5 4 19,3 31,7 4 22,7 22,6 5

Taxas de juros elevadas 23,4 23,5 5 23,5 30,8 5 26,1 26,2 4

Alto custo da matéria-prima 10,1 18,6 6 12,6 10,0 11 8,0 14,3 8

Falta de demanda 17,6 17,6 7 14,3 24,2 6 21,6 11,9 9

Inadimplência dos clientes 19,1 17,2 8 18,5 21,7 7 14,8 15,5 7

Condições climáticas 14,4 17,2 8 24,4 15,0 9 22,7 19,0 6

Falta de capital de giro 14,4 13,2 10 16,8 21,7 7 23,9 11,9 9

Licenciamento ambiental 14,9 12,3 11 11,8 12,5 10 9,1 7,1 11

Disponibilidade de terrenos 10,1 8,8 12 1,7 1,7 14 2,3 4,8 13

Falta de financiamento de longo prazo 9,6 7,4 13 5,9 8,3 12 4,5 6,0 12

Falta de matéria-prima 4,8 3,9 14 2,5 1,7 14 3,4 4,8 13

Outros 4,8 3,9 14 5,9 1,7 14 4,5 4,8 13

Falta de equipamentos de apoio 0,5 1,5 16 4,2 3,3 13 4,5 1,2 16

PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO 1O TRIMESTRE DE 2012 (%)

PEQUENAS MÉDIAS GRANDES

IV-11 I-12 IV-11 I-12 IV-11 I-12

% % Posição % % Posição % % Posição

Elevada carga tributária 48,7 52,8 1 55,3 58,2 1 39,2 47,5 2

Falta de trabalhador qualificado 68,1 52,8 1 55,9 50,3 2 69,1 55,6 1

Alto custo da mão de obra 37,0 43,8 3 31,3 38,8 3 27,8 41,4 3

Taxas de juros elevadas 21,8 27,8 4 25,1 24,8 4 24,7 26,3 5

Competição acirrada de mercado 23,5 27,1 5 26,3 24,2 5 15,5 28,3 4

Falta de demanda 24,4 16,7 6 13,4 18,8 6 16,5 20,2 7

Falta de capital de giro 17,6 16,7 6 17,9 15,2 10 15,5 14,1 10

Alto custo da matéria-prima 9,2 16,0 8 12,3 17,0 8 8,2 11,1 11

Inadimplência dos clientes 11,8 15,3 9 21,8 17,6 7 18,6 23,2 6

Condições climáticas 20,2 15,3 9 19,0 17,0 8 18,6 19,2 8

Licenciamento ambiental 5,9 11,1 11 3,9 9,1 11 6,2 15,2 9

Disponibilidade de terrenos 10,9 11,1 11 12,3 4,2 13 15,5 1,0 14

Falta de financ. de longo prazo 6,7 6,9 13 10,1 7,9 12 3,1 7,1 12

Outros 10,9 4,9 14 2,8 3,6 14 5,2 1,0 14

Falta de equipamentos de apoio 4,2 2,8 15 2,2 2,4 16 1,0 0,0 16

Falta de matéria-prima 4,2 2,1 16 5,0 3,0 15 1,0 6,1 13