4
ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO DISREFLEXIA AUTON OMICA - UMA EM ERG ENCIA OU N AO ? Aurimar Antonio Demenech' , Luce Marina O. Fre ires2 DEMENECH, A. A. & FREl RES, L. M. O. Disrefle x ia · autonômica - uma emcrgência ou não ? R ev. Bras. EIII, Brasíli , 37 (3/4): 247-250, jul./dcz . 1984 . RESUMO. Trata-se de um ' estudo de caráter bibli ográfic o, envolvendo nossa antiga prá- tica prof iss ional, onde são descr itos alguns problemas de d isreflex ia autonôm ica (DA). Esta é uma s(ndrome que ocorre em 85% dos pacientes com lesão medular ao n(vel da sexta vértebra torácica ou acima, que ind ica uma at iv idade reflexa anormal do sistema nervoso autônomo, de ocorrência altamente imprev isível .e súb ita, acarretando r isco de vida p ar a o paciente. Surge como resposta a estímulos que são inócu os a pessoas n ormais. São descritos qua is os estlmu los desencadeantes, bem como as formas de prevenI-l os e a assistênc ia de enfermagem a ser p restada na imi ncia de uma crise. ABSTRACT. The present bibliog raphic study describes some p roblems of autonomic dysreflexia (AO). Th is syndrome hap pens in 85% of patients with medullar injury at or above the six !h thoracic vertebra and denotes an abnormal reflex activ ity ohhe autonomic nervous system. This irreg ular condit ion, which is provoked by responses to st imuli that are normal and harmless in healthy persons, has a highly unpredictable and unexpected occurrence, carrying a life hazard for the p atient. The unleashing st imul i, as well as the means to preve nt it, along with the. nursing assistance in the imm inent cr isis, are also described. O CLIENT E o Sr. C.M .L ., 36 anos, tetraplégico devido a acident e a utomobilístico há dezoito me se s, usando sonda vesi cal, e stav a in ternado no Hospital Gera l para tratar uma infecção uri nária. Não ti nha defor- midades nos membros superiores e inferior es e nem úlceras de decúbito. Comunica tivo como era, estava a conversar com o companheiro de enfe r- maria, quando foi subitamente aco metido por uma cefaléia latejante, seu rost o fic ou rubo rizado e começou a s uar, o que o deixou b astante nervoso e ansioso. O enf ermei ro de plantão foi imediatamente co mu ni cado . Verificando seus sina is vitais, de- tec tou uma pressão ar terial de 210/ 1 80 mmHg (normal ment e era de 1 30/80 mmHg) e o pul so radi al que in ic ialment e estava rápido, caiu em seguida para 48 bc/mo Conversando c om o cliente na te ntativa de acalmá-lo, pergunto u-lhe era a 1. Ex-Enfermeiro do Hospital Sara h Kubitschek de Brasília. Enfermeiro lotado no Hospi tal Regional do Gama-F. H .D .F . 2. Ex-Enfermeira do Hospital Sarah Kubi tschek de Brasília. Auxiliar de Ensino I - Enfermagem Médico-Cirúrgica - U.F.M.T. Rev. Bras. Enl, Brasília, 37 (3/4), j ul . /dez . 1 9 84 - 247

Sr. - scielo.br · Trata-se de um 'estudo de caráter bibliográfico, envolvendo nossa antiga prá ... assistência de enfermagem a ser prestada na iminência de uma crise. ... para

  • Upload
    vutuyen

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

A R T I G O D E ATU A L I ZAÇÃO

D I S R E F L EX I A AUTONOM ICA - UMA E M E R G E N C I A OU NAO ?

Aur imar Anton io Demenech ' , Luce Mar ina O . F re i res2

DEMENECH , A. A. & FRElRES, L. M. O. Disreflexia · autonômica - uma emcrgência ou não ? R ev. Bras. EIII, Brasíli�, 3 7 (3/4 ) : 247-250, jul ./dcz . 1 9 84 .

R ESUMO. Trata-se de u m 'estudo de caráter b ib l iográfico, envolvendo nossa ant iga prá­t ica prof i ss iona l , onde são descr itos a lguns prob lemas de d i sref lex ia autonôm ica ( D A ) . E sta é uma s (ndrome q u e ocorre em 85% d o s pacientes com lesão medul a r a o n(ve l da sexta vértebra torácica ou ac ima , que ind ica uma at iv idade ref lexa a norma l do s istema nervoso autônomo, de ocorrência a ltamente imprev i s ível . e súb ita, acarretando r i sco de v ida para o paciente. Surge como resposta a est ímulos que são inócuos a pessoas norma is . São descr itos qua i s os est lmulos desencadea ntes, bem como a s formas de preven I- los e a ass istência de enfermagem a ser p restada na im inência de uma cr ise .

ABST RACT. The present b ib l iograph ic study describes some prob lems of autonomic dysref lex ia ( AO ) . This syndrome happens i n 85% of patients with med u l lar in jury at or above the s ix!h thoracic vertebra and denotes an abnormal ref lex activ ity ohhe autonom ic nervous system. This i r regu l a r condit ion , wh ich i s p rovoked by responses to stim u l i that a re normal and ha rm less i n hea lthy persons, has a h i gh l y unpredictab le and unexpected occurrence, carry ing a l ife h azard for the patient. The un l eash ing stim u l i , as wel l as the means to prevent it, a long with the. nurs ing a ss i stance in the imminent cr is is, are a l so descr ibed.

O CL I ENTE

o Sr. C . M . L. , 36 anos, tetraplégico devido a acidente automobilístico há dezoito meses , usando sonda vesical , estava internado no Hospital Geral para tratar uma infecção urinária. Não t inha defor­midades nos membros superiores e inferiores e nem úlceras de decúbito . Comunicativo como era , estava a conversar com o companheiro de enfer­maria, quando foi subitamente acometido por uma

cefaléia latejante , seu rosto ficou ruborizado e começou a suar, o que o deixou bastante nervoso e ansioso .

O enfermeiro de plantão foi imediatamente comunicado . Verificando seus sinais vitais , de­tectou uma pressão arterial de 2 1 0/ 1 80 mmHg (normalmente era de 1 30/80 mmHg) e o pulso radial que inicialmente estava rápido , caiu em seguida para 48 bc/mo Conversando com o clien te na tentativa de acalmá-lo, perguntou-lhe se era a

1 . Ex-Enfermeiro do Hospital Sara h Kubitschek de Brasília. Enfermeiro lotado no Hosp ital Regional do Gama-F. H.D.F.

2. Ex-Enfermeira do Hospital Sarah Kubitschek de Brasília. Auxiliar de Ensino I - Enfermagem Médico-Cirúrgica -

U.F.M.T.

Rev. Bras. Enl, Brasília, 37 (3/4), jul ./dez . 1 9 84 - 247

primeira vez que tal fato acontecia e este infor­mou que sim . O paciente estava com sudorese eviden te e manchas avermelhadas começavanl a surgir em sua face ; além de um gosto metálico que experimentava . Informou que há algumas horas nITo drenava urina através da sonda e que havia bebido muito l íquido . Frente a esta in formação , o enfermeiro verificou o que estava acontecendo com a sonda vesical e descobriu que a mesma estava obstruída, devido ao bexigoma presente . O médico já havia chegado.

o QUE ESTAVA OCORR ENDO COM O PAC I ENTE? SE RA QUE ISSO VOLTAR IA

A LHE ACONTECE R ?

Bem, o Sr . C . M . L . fora subitamente acome­tido por alguns sinais � sintomas de disreflexia autonômica, que é uma condição de ocorrência al tamente imprevisível e perigosa. Segundo LA­

ZURE4 , atinge 85% de todos os tetraplégicos ou outros pacientes com lesão medular ao nível da sexta vértebra torácica ou acima desta. Para KE­WALRAMANI et alii 3 , isto indica uma atividade reflexa anormal do sistema nervoso autônomo , onde ' há uma exagerada ação simpática ou parassimpá­tica, como resposta a est ímulos que são inócuos a pessoas normais , acompanhada de todas as mani­festações cl ínicas desta s índrome . Para DRAIN SHIPLEyl , esta é uma condição que se acredita seja devida à l iberação de norepinefrina nos gâilglios simpáticos , que nos te traplégicos e para­plégicos não mais estão sob controle medular.

Segundo LINDAN et alii s , disreflexia auto­nômica torna-se um problema na reabilitação do lesado medular, e é uma s índrome quase que desconhecida para o profissional médico e de enfermagem de maneira geral , sendo , na maioria das vezes, o tratamento retardado ou inadequado quando são defrontados com um paciente em ata­que agudo .

A disreflexia autonômica não é comumente vista até que passe o per íodo de choque medular e. considerando o tempo após a lesão . h á muita variação quanto à sua ocorrência . Pode aparecer algumas semanas após o trauma ou mesmo anos depois. mesmo que não tenha havido um ataque anterior, bem como a repetição dos mesmos pode persistir por muito tempo.

248 - Reli. Bras. Ellf., Brasília, 3 7 (3/4), jul./dez. 1 9 84.

QUAIS SÃO OS P ROB L EMAS MAIS F R EQUENTES NA DA ?

Hipertensão paroxística súbita (podendo atingir 300/200 mmHg) é o sinal mais freqüente , e é conseqüência fisiopatológica, segundo C U1T­MANN 2 • da vasodilatação acima do níve l da l esão e da vasoconstrição abaixo , podendo causar hemorragia da re tina ou mesmo um aciden te fatal . como é citado em LAZURE4 . Para D RAIN e SHIPLEY· . isto pode evoluir para convulsões , perda da consciência , acidente vascular, coma e morte , conforme citação de LINDAN et alii s , onde é descr�to que um paciente morreu enquanto e ra tratado como um caso de mal epilético . Além de cefaléia latejante , sudorese (acima do lúvel da lesão), acompanhada de frio , piloereção , calafrios e tremores, o paciente torna-se inquieto , angustia­do e irritadiço .

Devido à vasodilatação acima do lúvel da lesão , congestão nasal , calor, manchas sanguíneas na face , pescoço e tronco aparecem freqüentemen­te , podendo o indivíduo vir a experimentar um gosto metálico na boca.

Bradicardia pode ocorrer. mas somente em poucos casos. Embora inicialmente o pulso seja rápido . às vezes torna-se irregular . As veias do pescoço e têmporas podem engurgitar-se .

Como sintomas menos freqüentes são citados dilatação d a s pupilas, embaçamento da viSãO, dispnéia , mal ·estar geral , náuseas, ereção peniana , sonolência e l e ta rgi a .

Os prob l c m as dc D A em crianças (abaixo de quinze anos) pa ra KEWALRAMANI et alii 3 foram similares aos adu l t os. exceto na elevação da prés­srro arterial que era menos severa e a hiperidrose menos freqüente .

QUE T IPOS DE ESTrMULOS PODEM DESENCADEAR DA?

A DA pode ser desencadeada por uma série de estímulos :

1) Aqueles devidos à distensrro vesical : litíase urinária . obstrução e pinçamento da sonda vesical , espasmo vesical . infecçrro urinária ou mesmo atra­vés de procedimentos urodinâmicos para tratamen­to tais como troca de sonda vesical , cateterismos in termitentes, irrigação vesical , cis tometria ou pela própria compressão ou lesrro do pênis e bolsa escrotal ;

2) Aqueles devidos à distensão intestinal ou do reto : causados pela obstipação ou impactação fecal , excesso de gás , estimulação re tal durante rotinas intestinais l enema, supositórios) ou às vezes mesmo após a evacuação ;

3) Aqueles causados por estimulação da pele : lesOes como úlceras de decúbito , unhas encravadas, bolhas ou ves ículas distendidas, excesso de calor ou frio , decúbito prolongado , dobras nas roupas, pequenos objetos na cama do paciente , manipu­lação para exerc ícios , mudanças de decúbito , ou simplesmen te pelo balançar da cama ;

4) O stress psicológico, as contraçOes uterinas da gravidez ou dos primeiros dias da menstruação podem desencadear um episódio de disreflexia autonômica .

No caso do Sr . C . M. L. a crise fora desencadea­da pelo aumento anormal do volume de urina na bexiga , causado pela obstrução da sonda vesical.

COMO OCO R R E DA?

A disret1exia autonômica em lesado medular ocorre com maior freqüência quando :

1 ) Os receptores sensi tivos das v ísceras pél­vicas , como bexiga, cólon e reto são estimulados, enviando impulsos aferentes até a medula através dos nervos pélvicos e pré-sacros ;

2) Esses impulsos ascendem ao longo do trato espinotalâmico lateral e colunas dorsais , até o nível da lesão onde são bloqueados, provocando uma resposta reflexa motora que segue pelos cor­nos laterais ;

3) Gerandó os re t1exos simpáticos de espasmo arterial , constrição da pele e v ísceras abaixo do nível da lesão e como resultante há uma elevação súbita da pressão arterial ;

4) Os barorreceptores nos sinus carotídeo , arco aórtico e vasos cerebrais detectam o aumento da pressão sanguínea. inibindo assim o centro vaso­motor, permitindo vasodilatação acima do lúvel da lesão , tendo como resultado : calor, congestão nasal , manchas sanguíneaS na face , pescoço, tronco e sudorese abundante ;

5) A freqüência cardíaca cai devido à diminui­ção da contratilidade do miocárdio via impulso vagai , persistindo a vasoconstrição abaixo do nível da lesão ;

6) A piloereção ocorre devido à estimulação das fibras pós-ganglionares simpáticas que acom­panham as fibras vasomotoras da pele .

O QUE VOC� PODE FAZER PE LO PACI ENTE SUSCETfV E L A D IS R E F l-EXI A

AUTONÓMICA?

Desde que achamos que qualquer paciente com lesão medular ao lúvel da sexta vértebra torá­cica ou acima, possa desenvolver DA, mesmo vários anos após a lesão , é essencial que todos eles sejam educados com relação a sinais e sintomas, como prevenir e o que fazer se vierem a sofrer um ataque .

Referente ao trato urinário , o paciente deverá saber controlar a ingestãO e eliminação de l íquidos (2 .500 a 3 .500 ml/dia), fazer massagens para e svaziar a bexiga a fim de evitar a retençãO uriná­ria e distensão vesical , obtendo assim um planeja­mento da bexiga ; manter o pH da urina em valores de acidez , através de medicação e/ou dietas para ajudar a prevenir infecçOes urinárias ; evitar tomar muito leite ou comer frutas que contenham muito cálcio , pois isto favorece a Iitíase renal ; saber detectar as alterações das características da urina quanto a cor, odor, presença -;m não de resíduos e tc . ; fazer exames laboratoriais especí­ficos para o trato urinário periodicamente ; retor­no ao médico.

Quanto ao tra to intestinal , é importante que o indivíduo saiba esvaziar o intestino com regula­ridade (dias alternados) usando die tas adequadas e em horários certos, medicação laxante , com o aux ílio de manobras e posicionamento.

Decúbitos prolongados deverão ser evitados para prevenir formação de pressão sobre os ossos ou mesmo úlceras de decúbito. Deve-se evitar pressão demasiada sobre a bolsa escrotal e pênis .

Em alguns casos pode-se evitar um episódio de DA através do uso de agentes bloqneadores ganglionares antes da situação de estimulação . Por exemplo, insti lar c1oridrato de xilocaína l íquido na bexiga, quinze minutos antes da troca de uma sonda vesical ou aplicar c1oridrato de xilocaína geléia no reto do paciente antes de inserir uma sonda de enema.

Nos procedimentos tais como cateterismo vesical , cistoscopia , cistometria etc . , além de usar técnicas assépticas rigorosas, · se faz necessário monitorizar os sinais vitais .

Deve-se dar um cartão ao paciente de risco , o qual contenha informações dizendo o que fazer em caso de uma crise de disreflexia autonô­mica.

Após a troca da sonda vesical o Sr . C . M . L. sentiu-se melhor.

Rev. Bras. Enf., Brasília, 37 (3/4) , jul./dez. 1 984 - 249

E NA I IVt I N �NCIA DE UMA C R IS E ? O QU E FAZE R ?

Se surgem sinais e sintomas, o est ímulo nocivo deve ser procurado e removido o mais rápido possível . Neste momento , a rapidez é essencial , pois a morte pode advir rapidamente . Solicite ajuda e chame o médico .

Geralmente cefaléia latejante , sudorese acima do nível da lesão , piloereção e hipertensão estão presentes .

Deve-se abaixar a pressão a um nível seguro . Faça isso elevando a cabeceira da cama a 45° ou ajude o paciente a sentar-se , caso não seja con tra­indicado, pois no tetraplégico a pressão arterial pode diminuir automaticamente com isso . Moni­torize a pressão arterial a cada três ou cinco mi­nutos em ambos os membros superiores .

Se o paciente não puder esvaziar a bexiga , sonde-o com cuidado . Deixe a urina fluir lenta­mente e n[o use manobra de "Crede" , o que poderia exacerbai· ainda mais o quadro.

Veja se não há estimulação da bexiga ou pele , como um objeto áspero embaixo do len­çol do paciente , se ele está numa mesma posi­ç[o por muito tempo ou se ele n[o evacua há muitos dias .

Permaneça junto ao paciente e esclareça-o quanto ao seu quadro . Conversando com ele procure mantê-lo calmo .

Muitas vezes deve ser instilado dentro da bexiga ou aplicado no · reto , cloridrato de xi/o-

caína l íquido ou geléia, respectivamente , após a remoçITo do estímulo , reduzindo assim a excita­b ilidade .

Se os problemas não tiverem desaparecido em poucos minutos, o médico pode indicar o uso de agentes bloqueadores alfa-adrenérgicos, vasodila­tadores arteriolares ou agentes bloqueadores gan­glionares via endovenosa. Nos casos mais graves é indicada anestesia espinhal .

Para os problemas crônicos podem ser necessá­rios b loqueios subaracnoideos ou rizotomias.

DA 'É UMA EMERG�NC I A ?

Deve-se considerar disreflexia autonômica uma emergência, por ser esta uma condição de ocorrência súbita , imprevis ível e perigosa, pois acarreta risco de vida para o lesado medt'tar.

Ter em mente que condutas não adequadas ao caso poderão agravá-lo aillda mais ; a rápida remo­ção do estímulo nocivo que desencadeou a crise diminui o agravo em si ; agil idade e rapidez são imprescindíveis em tal situação .

DEMENECH, A. A. & FRElRES, L. M . O. Autonolll ic dysreflexia : an emergency or not ? Rev. Bras. ElIf., Bras(Ha, 3 7 (3/4) : 247-250 , Jul./Dec. 1 9 84 .

R E F E R � NC I AS B I B L l O G R A F I CAS

1 . DRA IN , C. U . & SHII'LEY, S . B . Cuid ados dc enferma­gem e considerações do paciente com injúria medular. In : Enfermagem lIa sala de recupera­çc1es. Rio de Janeiro , lnteralllericana , 198 1 . p . 457-70.

2 . GU1TMANN, L. DisturlJançe of the IJ ladder and upper urinary tract in spinal cord injuries. In : ___ . Comprellellsive mallagemellt alld research. 2 ed. London, Dlackwcll, 1 976 . capo 1 7 , p . 352-67 .

250 - Rev. Bras. ElIf" Brasília, 3 7 (3/4) , jul./dez. 1 984.

3. KE LWARA M A N I , L. S. ct alii. Au tomatic dy sreflexia in traullla tic m ielopa thy. Amer. J. phys. med. , Baltimore, 5 9 ( 1 ) : 1 -2 1 , Feb . 1 9 80 .

4. LAZURE, L. L. Defusing the dangcrs of autonolllic dysreflexia. Nursillg, Horshalll , 10 (9 ) : 5 2-3 , Scpt. 1 9f1O.

5. LlNDAN, R . ct aliL lncidence and clinicai featurcs of autonolllie dysreflexia in patients \Vith spinal cord injury. Paraplegia, 18: 287-9 2, 1 980.