Srinivasa Acarya 2

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  • 8/3/2019 Srinivasa Acarya 2

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    Srinivasa Acarya: A Corporificao do

    Amor do Senhor CaitanyaSrinivasa Acarya: The Embodiment of Lord Caitanyas Love

    por Satyaraja Dasa

    (parte 2 de 3)

    Os Gosvamis Jiva e Gopala Bhatta

    As palavras de Sri Sanatana e Rupa aliviaram de algum modo o pesaroso corao de

    Srinivasa. Ele se viu novamente capaz de viajar, e logo sentiu a poeira de Vrndavanasob seus ps. Ele dirigiu-se ao templo Govinda-deva de Rupa Gosvami com a esperanade encontrar mais consolo aos ps de ltus do Senhor Govinda.

    Srinivasa estava sentado diante da Deidade quando Jiva Gosvami e seus muitosseguidores entraram no templo. Srinivasa apresentou-se, e Sri Jiva o recebeu comcalorosa e amvel hospitalidade. Srinivasa passou a noite nas confortveis acomodaesdo templo de Sri Jiva, o Sri Sri Radha-Damodara. No dia seguinte, Srinivasa ofereceusuas homenagens tumba de Sri Rupa no ptio do templo.

    Jiva ento apresentou Srinivasa a Gopala Bhatta Gosvami, que o saudou com gentispalavras e expressou seu desapontamento com o fato de Srinivasa no ter chegadoanteriormente, visto que Rupa e Sanatana haviam ansiado por se encontrarem com ele.Gopala Bhatta levou Srinivasa para o seu templo Radha-Ramana e l pediu Deidadeque o abenoasse. Gopala Bhatta Gosvami e Jiva Gosvami gradualmente apresentaramSrinivasa aos habitantes de Vraja.

    Narottama e Duhkhi Krsnadasa

    Gopala Bhatta Gosvami iniciou Srinivasa e o educou. E uma vez que Jiva Gosvami erao filsofo Vaisnava preeminente no perodo, Gopala Bhatta encaminhou Srinivasa para

    ele, que dele receberia instruo superior, tudo em consonncia com os desejos doSenhor Caitanya e dosgosvamis Rupa e Sanatana. OPrema-vilasa declara que Sri Jivacuidou de Srinivasa e lhe forneceu meticulosa educao espiritual.

    Outro jovem estudioso, o ilustre Narottama, j estudava sob a tutela de Jiva h um anoquando Srinivasa chegou a Vrndavana. Narottama havia sido iniciado por LokanathaGosvami, que ento foi enviado para Sri Jiva para que recebesse instrues espirituaisadicionais. Ento veio o jovem Duhkhi Krsnadasa, enviado por seu guru, HridayaCaitanya. Os trs jovens devotos estudaram sob a direo de Jiva Gosvami com extremoentusiasmo e se tornaram seus melhores estudantes. Eles eram amplamente conhecidoscomo amigos inseparveis. Jiva Gosvami ordenou-lhes que estudassem as florestas de

    Vrndavana com Raghava Pandita, que conhecia todos os bosques sagrados e seussignificados.

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    Por fim, Srinivasa, Narottama e Duhkhi Krsnadasa receberam uma misso especial.Eles distribuiriam os livros dos Gosvamis as escrituras de bhakti-rasa na Bengala eem outras regies. O Vaisnavismo foi amplamente acolhido na Bengala, mas faltavamlivros explicando a filosofia Vaisnava. A esposa de Nityananda Prabhu, Jahnava Devi,

    havia visitado Rupa e Sanatana em Vrndavana alguns anos atrs e estava bem ciente daliteratura espiritual prolfica que os Gosvamis de Vrndavana estavam produzindo, emconseqncia do que contatou Jiva Gosvami e sugeriu que os livros fossem enviados

    para a Bengala. Para cumprir a solicitao, Sri Jiva convocou seus trs melhoreshomens.

    A Misso Tem Incio

    Em uma grande assemblia de Vaisnavas, Sri Jiva chamou Narottama Dasa e declaroudiante de todos: Deste dia em diante, voc ser conhecido como Narottama ThakuraMahasaya. Ele ento chamou Srinivasa: Voc ser conhecido como Srinivasa

    Acarya. E, finalmente, Duhkhi Krsnadasa: Porque voc leva tanto prazer [ananda] aRadharani [Syama], voc, de hoje em diante, ter o nome Syamananda. Sri Jiva entolhes falou sobre sua misso a ser desempenhada na Bengala, na Orissa e em outras

    provncias da ndia.

    Srinivasa, Narottama e Syamananda no queriam deixar Vrndavana, mas entenderam aimportncia de sua misso. Eles foram at seus gurus iniciadores, que os abenoaramincutindo-lhes o entusiasmo necessrio para a tarefa.

    Sri Jiva comeou os preparativos para a longa e rdua viagem. Aqueles devotos eramseus melhores alunos, e ele no abriria mo de nada que pudesse fazer pelo bem deles.Ele possua um discpulo de Mathura que era um mercador abastado, o qual, ao pedidode Jiva, forneceu uma grande carroa, quatro bois fortes e dez guardas armados. Osmanuscritos as obras originais de Rupa, Sanatana, Gopala Bhatta, Raghunatha Dasa,Jiva e outros foram colocados em um grande ba de madeira, que foi aferrolhado ecoberto por um tecido encerado. Sri Jiva tambm conseguiu um passaporte especial dorei de Jaipur, o qual seus trs alunos teriam de apresentar em sua viagem para a ndiaoriental. Srinivasa, Narottama e Syamananda ento deixaram Vrndavana.

    A Viagem para a Bengala

    Pelo comeo da viagem, Sri Jiva e muitos outros devotos os acompanharam, incapazesde suportar a separao. Quando a caravana comeou a chegar prxima a Agra, osbenquerentes ficaram para trs. Agora a viagem j estava em curso; no poderia havermais volta.

    Passados muitos meses, o grupo chegou a uma pequena vila de nome Gopalapura,dentro dos limites imediatos do reino Malla de Vana Visnupura, na Bengala. Quando serecolheram naquela noite, eles se sentiam seguros de que sua misso estava quasecompleta.

    Visnupura localiza-se no distrito de Birbhum, limitada ao norte por Santhal Pargannas,

    e, ao sul, por Midnapura. O rei de Visnupura, Virhamvir, era o lder de um poderosogrupo de bandidos que era o terror das terras vizinhas. Ele havia empregado um grande

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    nmero de tugues e assassinos, que infestavam as estradas e matavam e roubavam osviandantes. Os astrlogos da corte estavam sempre prontos para lhe apresentarcomunicados confidenciais atinentes a que fortunas as estrelas lhe concederiam caso eleordenasse furtos em localidades em particular.

    O Roubo dos Livros

    O grupo de ladres armados do rei seguia a carroa distncia. Essa carroa era deespecial interesse para eles devido a que os astrlogos do rei haviam dito que nela seencontrava um grande tesouro. Malgrado os ladres j terem seguido a carroa por umaconsidervel distncia, eles consideraram prudente aguardar at que a carroa chegasseao seu prprio reino.

    Os bandidos viram que apenas quinze homens acompanhavam a carroa dez soldadosarmados, dois carroceiros e trs homens santos. O grupo de bandidos, que somava maisde duzentos homens, estimulavam a imaginao uns dos outros com as palavras dos

    astrlogos: Essa carroa est repleta de jias mais valiosas do que ouro. Eles quasesurpreenderam o grupo em uma vila de nome Tamar, mas as circunstncia no

    permitiram a abordagem. Eles seguiram o grupo ao longo das cidades deRaghunathapura e Pancavati.

    Finalmente, em Gopalapura, o grupo passou a noite prximos a um belo lago. Todos osquinze homens dormiram profundamente, cansados em virtude da viagem. Aoacordarem, seu pior pesadelo havia se tornado verdade: os manuscritos haviam sidoroubados!

    Eles no foram capazes de conter suas lgrimas. Srinivasa, o lder do grupo, aconselhouNarottama e Syamananda a procederem para a Bengala e para a Orissa com osensinamentos dos seis Gosvamis. Ele se encarregaria de reaver os manuscrito. Srinivasaescreveu a Jiva Gosvami e contou-lhe tudo o que acontecera.

    O Arrependimento do Rei

    Neste nterim, enquanto o rei Virhamvir vasculhava os tesouros roubados de vriosviajantes, seus servos apareceram com a aquisio mais recente da corte: o bacuidadosamente coberto de Srinivasa, o ba das jias mais preciosas. Virhamvirdeixou tudo o mais de lado e agitadamente descobriu sua mais nova posse roubada.

    Tendo ouvido as profecias, ele mal podia imaginar que sorte de esplendor o aguardava.Em um momento de suspense, ele removeu o tecido que cobria o ba e o abriurevelando seu contedo: manuscritos.

    Onde estava o tesouro de valor inimaginvel? Removendo o manuscrito do topo emcompleta descrena, o rei viu a assinatura Sri Rupa Gosvami escrita sobre uma folhade palmeira. Quando examinou mais a fundo e comeou a ler a belssima exposio deSri Rupa da filosofia Vaisnava, ele sentiu algo mudar profundamente em seu ntimo. Elereverencialmente retornou o livro ao ba e recolheu-se para a noite, ciente de que haviacometido um grande pecado.

    Srinivasa Aparece em um Sonho

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    Nessa noite, o rei teve um sonho incomum. Ele viu uma personalidade bela e refulgentecujo corpo era repleto de energia divina. No se preocupe, a pessoa disse com umsorriso amoroso. Logo irei a Visnupura e nos encontraremos. Irei reaver meusmanuscritos, e voc se ver livre de todas as reaes pecaminosas. Seu jbilo serilimitado. Saiba com toda certeza de que voc meu servo eterno e que eu sou seu

    eterno benquerente.

    Na manh seguinte, o rei acordou com uma nova disposio para a vida, aguardando odia em que a misteriosa predio de seu sonho se concretizaria.

    Enquanto isso, Srinivasa Acarya rumava para os arredores de Visnupura, onde seencontrou com um brahmana que ali residia chamado Sri Krsna Vallabha. Os dois setornaram amigos, e Krsna Vallabha convidou Srinivasa a hospedar-se em sua casa.Gradualmente, Krsna Vallabha pde entender a elevada posio de Srinivasa e serendeu a ele como discpulo. Em uma ocasio oportuna, Krsna Vallabha mencionou queo rei regularmente organizava um grupo de estudo do Bhagavatam para todos que se

    interessassem. Srinivasa ficou curioso em relao natureza da apresentao doBhagavatam e pediu que Krsna Vallabha o levasse ao prximo encontro.

    A Leitura do Bhagavatam

    Quando chegaram, Vyasacarya, o pandita da corte, estava recitando e comentando oBhagavatam. Srinivasa no se impressionou, mas no disse nada. No dia seguinte, elesencontraram Vyasacarya pontificando na mesma disposio do dia anterior. Aps duassemanas ouvindo opandita da corte, Srinivasa no pde se conter, e, aps o encontro,falou com Vyasacarya.

    Senhor, voc no segue o verso, disse Srinivasa, tampouco seus comentrios sofiis a Sridhara Svami e a outros comentadores modelo da filosofia bhagavata.

    Vyasacarya ouviu os comentrios de Srinivasa, mas ignorou seu conselho. O rei,entretanto, que estava prximo, ouviu por acaso o que foi dito, o que considerouinteressante.

    Na narrao do dia seguinte, Vyasacarya novamente tentou explicar a seo esotrica doBhagavatam que delineia a rasa-lila de Sri Krsna.

    Respeitoso, embora firme, Srinivasa interrompeu com uma pergunta: Senhor, comovoc pode comentar sobre tpicos to confidenciais sem se reportar as declaraes deSridhara Svami? Voc claramente desfamiliarizado com sua obra.

    Vyasacarya irritou-se. Ele no gostou de ser desafiado diante de sua assembliabajuladora, a qual estava acostumada somente sua peculiar forma de comentar oBhagavatam.

    Antes que qualquer outra palavra fosse proferida, contudo, o rei comeou a defender a posio de Srinivasa: Por que este brahmana entendido encontra falhas em suaexplicao? Talvez suas interpretaes sejam questionveis.

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    Quem poderia interpretar os versos melhor do que eu?, o arrogante Vyasacaryarespondeu. Este recm-chegado muito pretensioso; ele ousa questionar-me na

    presena de Vossa Majestade.

    Ele ento se voltou para Srinivasa: Se voc to grande autoridade no Bhagavatam,

    ele disse, por que voc no se senta aqui e explica estes versos de uma maneiramelhor?.

    Srinivasa aceitou o desafio. Ele cantou os versos do Bhagavatam muito belamente eento os comentou com grande arroubo e autoridade. Ele discursou com base emexplanaes Vaisnavas j existente, mas, mesmo assim, ofereceu uma apresentao

    pessoal nica. Ningum jamais ouvira uma enunciao to magistral da filosofiabhagavata.

    O rei o encorajou a prosseguir, permitindo que falasse por muitas horas. Quandoterminou, toda a assemblia aplaudiu, extasiada com o contagiante amor de Srinivasa

    por Krsna. Vyasacarya no podia acreditar em seus ouvidos. Ele fora derrotado, masestava feliz.

    O rei Virhamvir foi imensamente tocado. Ningum jamais veio a este reino ecompartilhou tanto amor e tanta sabedoria quanto voc, ele disse a Srinivasa. Porfavor, diga-me o seu nome e de onde voc .

    Meu nome Srinivasa, e sou natural deste pas, disse Srinivasa. Vim aqui a fim dever vossa magnfica corte e para saborear oBhagavatam.

    O rei ento lhe deu as melhores acomodaes do palcio e o convidou a ficar por quantotempo quisesse.

    O Rei se Rende

    Posteriormente naquela noite, o rei convidou Srinivasa a jantar com ele, mas Srinivasadisse que comia apenas uma humilde refeio por dia, e que j havia comido. Noentanto, Virhamvir o encorajou a se servir de algumas frutas, o que ele aceitou, noquerendo ofender seu distinto anfitrio.

    Enquanto Srinivasa comia suas frutas, o rei sentou-se ao seu lado como um humilde

    criado. O rei jamais se sentira assim diante de ningum: Srinivasa era aquela refulgentepersonalidade que ele havia visto em seu sonho seu guru e ele queria prestar algumservio subalterno.

    Nessa noite, ele ouviu Srinivasa repetindo o nome de Krsna em seu quarto. Parecia queSrinivasa no havia dormido. A est um santo genuno, pensou o rei. Ele estsimplesmente absorto no nome de Deus. Com esse agradvel pensamento, o reiadormeceu, ouvindo a bem-aventurada voz de Srinivasa Acarya no quarto ao lado.

    No dia seguinte, na grande assemblia, Srinivasa novamente falou com base noBhagavatam. Mais uma vez, a vida e ansiosa audincia desfrutou cada palavra.

    Srinivasa impressionou todos aqueles que ouviam. Cronistas do evento relatam quemesmo as paredes de pedra do salo pareciam derreter de emoo. Srinivasa palestrou

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    com erudio, sensibilidade e devoo, honrando Seus predecessores Vaisnavas, e todosaqueles presentes concordaram que a sabedoria do orador excedia em muito sua idade.Uma a uma, as pessoa iam at Srinivasa e se curvavam a seus ps com a esperana detornarem-se discpulos dele.

    Em seguida, o rei submeteu-se a Srinivasa como um humilde mendicante: Voc overdadeiro rei, ele disse, pois voc tem amor por Krsna. Sequer sou digno de estar emsua presena.

    Srinivasa, com toda a humildade, apenas balanou sua cabea; ele no era capaz dereconhecer sua posio exaltada. O rei, todavia, insistiu: Permita que eu seja seu servo.Por favor! Como posso servi-lo? Todo o meu reino est sua disposio.

    Vim da cidade sagrada de Vrndavana com uma misso atribuda por Gopala BhattaGosvami e Jiva Gosvami, Srinivasa respondeu. Eu supostamente deveria levar seusescritos para a Bengala, mas, infelizmente, esse tesouro foi roubado dentro de vosso

    reino. Caso eu no seja capaz de reaver esses livros, eu preferiria perder minha vida.Podeis me ajudar a reav-los?.

    O rei se desfez em lgrimas. Um desprezvel verme eu sou, ele disse, perdidodesamparadamente nesta terra de nascimentos e mortes. Meus prprios homenssaquearam por muitos e muitos anos sob a minha ordem, at que, um dia, foram at oseu grupo. Fomos informados de que voc carregava o maior tesouro do universo, e nsnaturalmente o desejamos. No sou capaz de expressar meu pesar.

    Refletindo por um momento, o rei disse: Mas h um lado positivo nisso tudo. Nossoencontro no teria se dado de outro modo. Eu cometeria esses pecados repetidamente

    por um simplesmente momento de sua associao.

    Srinivasa riu e assegurou ao rei que uma vida pecaminosa era desnecessria para seobter sua associao. Srinivasa ento perdoou o rei por todos os seus pecados e pediuque ele no mais pecasse.

    Os Livros Esto a Salvo!

    O rei conduziu Srinivasa sala onde seus tesouros eram guardados, e Srinivasa viu oba com a literatura dos Gosvamis. Srinivasa extasiou-se e removeu a guirlanda de

    flores de seu prprio pescoo e a colocou no rei Virhamvir. Srinivasa pediu ao rei quelhe trouxesse folhas de Tulasi, guirlandas de flores, pasta de sndalo e outros artigospara adorarem os livros sagrados. O rei trouxe tudo, e, aps a adorao, foi realizada suacerimnia de iniciao. Recitando no ouvido do rei o maha-mantra Hare Krsna, HareKrsna, Krsna Krsna, Hare Hare/ Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare Srinivasa o iniciou.

    De acordo com o Prema-vilasa, Srinivasa lhe deu o nome de Haricarana Dasa. JivaGosvami, posteriormente, mostrou misericrdia especial para com o rei escrevendo-lheuma carta na qual o renomeava como Caitanya Dasa. A esposa do rei, a rainhaSulaksana, e o filho deles, o prncipe Dhari Hamvir, tambm se tornaram servos

    rendidos de Srinivasa Acarya. O nome de iniciao da rainha desconhecido, mas o

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    garoto passou a se chamar Gopala Dasa. Krsna Vallabha e Vyasacarya tambm setornaram discpulos dedicados.

    Visnupura como um Ncleo Vaisnava

    A iniciao do rei e de seus fiis sditos foi um importante acontecimento na histria datradio Gaudiya. Visnupura logo se tornou um grande ncleo do Vaisnavismo. Emtoda a ndia, somente em Vana Visnupura a cultura e a arte Gaudiya-Vaisnava sedesenvolveram sem influncias estrangeiras e distrativas. Mesmo a intruso muulmanaera mnima. Consequentemente, a arte arquitetnica e escultural da Bengala, do comeodo sculo XVII em diante, no se encontra em nenhum outro lugar em tamanhaabundncia e em tamanha originalidade e pureza como nos monumentos Vaisnavas deVisnupura. Esta uma das muitas virtudes do patronato rgio.

    O rei Virhamvir reinou de 1596 a 1622, e, nesse perodo, escreveu muitas canes emlouvor a Krsna, ao Senhor Caitanya Mahaprabhu e a Srinivasa Acarya. Muitos de seus

    refinados poemas podem ser encontrados no Bhakti-ratnakara e noPada-kalpataru. A bela voz do rei, refletida em seu trabalho literrio, ajudou-o em sua misso dedisseminar o Vaisnavismo ao longo de seu domnio.

    Srinivasa concluiu assim sua misso em Visnupura. Ele escreveu a Jiva Gosvamirelatando que no s havia recuperado os livros, mas que o principal ladro, um rei,havia aderido ao Vaisnavismo Gaudiya. Todos em Vrndavana regozijaram-se ecantaram as glrias de Srinivasa Acarya. O rei Virhmavir e todo o seu reino estavamagora convertidos ao Vaisnavismo, e Srinivasa estava desenvolvendo um importantecentro ali.

    continua...

    Traduo de Bhagavan dasa (DvS) Outras tradues disponveis em www.devocionais.xpg.com.br

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