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HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 2011/1 João Cícero da Silva E-mail: “[email protected]

ST-2S10-1S11 direito do trabalho

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ST-2S10-1S11- direito do trabalho

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HIGIENE, SADE E SEGURANA DO TRABALHO

HIGIENE, SADE E SEGURANA DO TRABALHO

2011/1Joo Ccero da Silva

E-mail: [email protected]

Sala 1M-216

-Apresentao da Disciplina

-36 Horas-Aula(18 sextas-feiras das 7:10 s 8:50 h)

-Formao Geral

-Multidisciplinar

-Carater Legal e Normativo

-Poltica e Cultura da Preveno(Iniciativa da alta direo)

-Contemplada na Misso, Viso e Cultura da Organizao

-Responsabilidade de Todos

-Gnese: Mente Prevencionista

-Sustentao:OMS, ONU, OIT,...MTE, MS, MJ, MPAS, MPT, SINDICATOS, ASSOCIAES DE CLASSE, OSCIP, FGV, Fundao Ezequiel Dias, FUNDACENTRO, Fundao Dom Cabral, FIOCRUZ, Fundao Vanzolini, Instituto Falco Bauer, ANVISA...

-Aspectos mandatrios, impositivos e imperativos

-Invocao do direito e dos deveres(prtica da cidadania)

-Trabalho Seguro-Vida saudvel

-Responsabilidade e Sustentabilidade

-Extenso e abrangncia:

Administrao Pblica(Direta e Indireta:Unio, Estado, Distrito e Municpio)

Administrao Privada-Livre Iniciativa

-Responsabilidade Civil e Criminal

-Segurana do Trabalho: a cincia dedicada preservao da integridade fsica e da sade do trabalhador realizando a preveno de acidentes atravs da anlise de perigos e riscos dos locais de trabalho e das operaes neles realizadas. A sua atuao na preveno de acidentes do trabalho. E de sua competncia, por exemplo, quantificar os agentes existentes no ambiente de trabalho que servir para subsidiar o estudo do risco a que se expem os trabalhadores e o estabelecimento de medidas de controle.

-Higiene Ocupacional: a cincia ou arte devotada antecipao, reconhecimento, avaliao e estabelecimento de medidas de controle de forma a mitigar e/ou compensar riscos ambientais associados a perigos e que possam causar danos na forma de leso, doena ou morte aos trabalhadores e avarias(prejuzos) no meio ambiente e instalaes.

-OBJETIVOS:

Proporcionar uma viso ampla sobre a Higiene e Segurana do Trabalho, enfocando, principalmente, contedos relacionados aos acidentes de trabalho e doenas ocupacionais(doena profissional e doena do trabalho).

Proporcionar um comportamento reflexivo sobre os riscos( de ambiente e de operao=riscos de acidentes) presentes nos locais de trabalho e que interferem em forma de danos( prejuzo )na sade do trabalhador e instalaes.

Proporcionar aos graduandos a possibilidade de, ao final do curso, poderem ver, ler, escutar, observar, anotar, refletir, falar e escrever sobre a HST bem como atuarem de forma prevencionista, recomendando Procedimentos Operacionais Padronizados(POPs) bem como atuar de acordo com os mesmos.

-Ementa:

Introduo Engenharia e Medicina do trabalho. Noes bsicas de segurana do trabalho. Proteo contra incndios. Higiene do trabalho. Fisiologia do trabalho. Patologia geral do trabalho. Tcnicas de Mitigao e Compensao de Riscos. Normalizao e Legislao. Anlise de risco de ambiente e operao/processo. Orientao para pessoas e resultados. Seleo e reeducao profissional. Proteo social do trabalhador. Educao sanitria. Programa de Meio Ambiente , Sade e Segurana Ocupacional. Sistema Integrado de Gesto. Ergonomia. Gerenciamento de Perigos e Riscos. rgos Nacionais e Internacionais sobre SST ou SSO.

-Metodologia:

Exposio do Cenrio Nacional e Internacional(atualizao em tempo real)

Mitos e Verdades

- Ingerir leite durante ou aps a execuo de solda faz bem ao estmago e no previne doenas respiratrias pela inalao de fumos(Mito).

- A PAIR no tem cura , irreversvel ( verdade )

- Disacusia e Presbiacusia

- Hipertenso e Atividades no setor eletro-eletrnico

- Doenas Complexas(TOC, DDA, Altismo, Bipolaridade...)

- LER/DORT/(Doena Poltica),Lombalgia, Artrite, Gota, etc...

- Doena de Chagas, Hepatite C, Diabetes, AIDS, Vitiligo, entre outras)

Paradigmas e Paradoxos

- O biotipo fator determinante de predisposio se envolver em acidente do trabalho(em discusso).

- Em Shoppings Centers o piso escorregadio e nas fbricas rstico ou aderente.

Parmetros, Premissas e Condicionantes

Interatividade

Estudo de Casos(Individual e Grupo)

Comentrios sobre a Bibliografia, Legislao, Normatizao/Normalizao , POPs e TACs

Diferena entre uma NR e uma NBR

Best Practices/BPF(Boas Prticas de Fabricao) em MASSO

Auditorias e Certificaes ( OHSAS 18000, BS 8800, NBR-IS0 14000, SA 8000, AA 1000, BS 8900, NBR 16000, IS0 31000, NBR em SST 18801:2010 em 01/12/10), BVQ-QHSE, LRQA, TUV,Fund. Vanzolini, FSC-Forest Stewardship Council, INMETRO

O Brasil como signatrio da OIT

Trabalho escravo, ECA-Trabalho Infantil, ABAMEC, Passivo Trabalhista e Ambiental.

Ciclo de Vida das Organizaes

Teorias(Fuzzy, Restries, Contingncia, Incerteza, Teoria Mecanicista, Teoria Humanista, Caos, Entropia, Complexidade,Murphy...)

PERT/CPM

QVT-Qualidade de Vida no Trabalho

-Avaliao 1

Trabalhos Individuais (TIs) ou em Grupo (TGs)

Primeira modalidade:

Ser constituda exerccios, estudos de caso, questionrios e sinopses de aula e/ou palestras ou da apresentao de projetos.Semanas 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11,12 e 13-Crditos 11 x 3 =33

Sugesto e Programao da Primeira Modalidade:

Semana 3 =Fisiologia, Patologia e Ergonomia no ambiente de Trabalho(6 HA)

Semana 4=A Segurana do Trabalho-As Eras(Agrcola, Industrial e Digital)-Histrico-Segurana do Trabalho no Mundo e no Brasil (8 HA)

Semana 5 =Teorias* x, y e Geraes x, y e z e a Segurana do Trabalho (10 HA) http://www.amcham.com.br/eventos/tpl_evento?event_offer_id=1321079&organization_id=113

Semana 6 =As Organizaes(Estruturas, Clima e Cultura) e a ST(12 HA)

Semana 7 =A Produo Enxuta(Gesto Lean),o MDL e a ST(14 HA)

Semana 8 =A Gesto de Pessoas e a Segurana do Trabalho(16 HA)

Semana 9 =Os entrepreneurs, workaholics, burnouts, doena do pnico e bullying... e a ST(18HA)

Semana 10 =O BSC e a Segurana do Trabalho(20HA)

Semana 11 =O BBS, Logomarcas e Slogans e a ST(22HA)

Semana 12 =O MOC, Comunicao Visual e a Segurana do Trabalho, ...(24HA)

Semana 13 =Teoria da Complexidade e a Segurana do Trabalho(26HA)

Outros:3 Rs, Triple Bottom Line, DDS, Logstica Reversa, Ventilao Invasiva e No Invasiva(Espirometria), Audiometria, Programas de Reabilitao, O RENAST e o CEREST, Engenharia de Confiabilidade, Grandes Acidentes Mundiais, As Ferramentas de Gesto e a Segurana do Trabalho, Percia e Laudo Pericial, O IBAPE, Segurados do INSS, Aspectos Trabalhistas e Previdencirios, A JT e o MPT, Os Profissionais das reas de Sade e Segurana Ocupacional, Biossegurana, Segurana Patrimonial, Segurana Pessoal, Responsabilidade Civl e Criminal, Terceirizao, Responsabilidade Solidria e Subsidiria, Passivos Trabalhistas e Ambientais, A Segurana Hospitalar, A Segurana Alimentcia, A Segurana em Shows e Eventos para pblicos de massa. O Suicdio no local de trabalho. Acidente de Trabalho com Gestante e conseqente aborto, Grupo Tripartite, Pandemias-Epidemias-Endemias, Acidente de Trabalho por Terceiros, A Pessoa Com ou Portadora de Deficincia-PCD, PPD(acrnimos no recomendado, o atual PCNE)*-Bipolaridade, Esquizofrenia, Psicose, A Segurana do Trabalho segundo a OIT, A Segurana do Trabalho na Europa, A Segurana do Trabalho na Indstria Sucro Acooleira, A Higiene e a Segurana do Trabalho em Presdios, A Segurana do Trabalho na rea rural, Agrotxicos(Especificao, Receiturio, Aplicao e destinao das Embalagens), ECA, Trabalho Escravo,( DST, Acidentes (no lar, trnsito e lazer), Transporte e Manuseio de Produtos Qumicos/Peigosos, Operadores Especiais(caldeiras, empilhadeiras, moto-serras...), Segurana em: templos, escolas, clubes e similares, PCA e PPR, PAE-Primeiros Socorros, Atentimento de Urgncia e Resgate ...

*)Doena congnita,recorrente, prevalente, hereditria, adquirida e trabalhador reabilitado.

Observao:A pontuao da atividade obedecer o seguinte critrio:Excedido=3, Normal ou Adequado=2, Regular=1 e Inadequado ou Atrasado=0.

Segunda modalidade:constitui-se do Seminrio sobre as Normas Regulamentadoras NRs apresentados em grupos nas semanas 14, 15, 16 e 17.Crditos = 6

Terceira modalidade:constitui-se do Projeto de Interveno, a partir de um estudo e da proposio de melhoria de uma situao real de trabalho em uma empresa/organizao. O grupo para o projeto de interveno dever ser constitudo de no mximo 3 participantes.Prazo: at 18 semana . Crditos = 15

-AVALIAO 2

1 Prova Escrita Semana 10- Crditos : 16

2 Prova Escrita - Semana 17 ou 18- Crditos : 30

-Total: 33 + 6 + 15 + 16 + 30 =100

-APRESENTAO DOS TRABALHOS(.DOC,.PDF,.PPT)-Arquivo: ST-Grupo..._ S...ppt

-TTULO

-OBJETIVOS E FINALIDADES

-SUMRIO

-DESCRIO(Reviso Bibliogrfica)

-CONCLUSO/COMENTRIOS(avaliao sobre o valor agregado em conhecimento e a respectiva aplicao tanto pessoal quanto profissional)

-FONTE DE CONSULTA

Atualizaes e Informaes Preliminares

-2 Milhes de pessoas morrem anualmente ( vtimas de acidente do trabalho-agncia KOSHA no COEX durante o XVIII 28 a 30/06/08 em Seul Coria do Sul) e carta do Clean Workplace Program.

-Dia 28/04=Dia Internacional da Seg. do Trabalho

-08/03-Dia Internacional da Mulher-Origem: Queima de 130 mulheres tecels em Nova York em 1857 por reinvidicao de condies(mnimas) humanas de trabalho

-05/06=Dia Internacional do Meio Ambiente

-27/07=Dia Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho

-III EXPRO 2009-FISST e III FRE(26 a 28/08/09-Center Norte-So Paulo SP)

-VI CMATIC de 9 a 13/11/09-Belm-Pa(Cong.Nac.sobre Cond. De MA do Trab. Na Ind. Da Const. )

-Nota Tcnica n 94/09-Padarias e Aougues(Min. Do Trab. E Emp.)

-IN 77 de 03/06/09-ECA(Min.Trab.Emp.)

-IN 76 de 15/05/09-Trabalhador Rural(Min.Trab.Emp.)

-21/09/09-XV Congresso Brasileiro de Avaliaes e Percias de Engenharia.

-XI FIMAI-Feira Int. do Meio Ambiente Industrial-05 a 06/11/09

-Clipping Semanal da Revista Proteo

-ltimos eventos: PrevenRio 2010(Abril), PevenSul 2010(Junho) e 11 COBES-RJ(03 a 05/08/10)

-Qualidade e Currculo Mnimo da Segurana do Trabalho (O Papel da Universidade-tema discutido no 11 COBES)

-Acessos para atualizaes: www.mte.gov.br , www.fundacentro.gov.br, www.dataprev.gov.br e www.sobes.org.brEventos Recentes:

-Procedimentos Mdicos:Operaes de Lipoaspirao, partos, intervenes cirrgicas, prescrio de medicamentos...

-Acidente com jogador de Futsal com lasca de madeira do piso da quadra-7/3

-Rodeio em Camanducaia-MG-7/3-Peo Bbado x condies e responsabilidade

-Padeiro atingido com um tiro no corao(no foi fatal pois o corao no estava no lugar)(Record-7/3)

-Estatsticas de Acidentes(Trnsito, Construo Civil, rea Financeira, Informal, Alimentcia , Lazer , Shows e Eventos Pblicos)

-Procedimentos de Medicina Ortomolecular ou Biomolecular(Fantstico de 21/03/10)

-Discusso sobre o Santo Daime aps a morte do Cartunista Galuco-Substncia Dimetilptramina-alucingena(20/03/10)

-Publicada a NBR sobre SST 18801:2010

-Air Bag e Inspeo Veicular(at 2014)

-Mudana na obrigatoriedade do Recall e no documento de transferncia veicular

-Atividade de Telemarking-Descumprimento da legislao( pausa para atividades fisiolgicas contemplam o rol de quesitos de desempenho)

-Descarga atmosfrica = crtico( morte de 11 vacas de uma s vez na fazenda da UFU-16/03/10)

-Incndio na obra do Center Shopping dia 10/04/10

-Lei da Pref. Municipal de Uberlndia 12/04/10-exigncia de lcool gel nos estabelecimentos privados de atendimento pblico

-Assdio Moral = Equiparao com acidente do trabalho(JH/julho)

-Lei do Ponto Eletrnico

-Lei dos Moto-Taxistas e Motoboys

-Exigncia da exposio do CDC nos postos de vendas para consulta dos cliente

-Segurana Passiva e Ativa ( veicular )=Moto-frete, cadeira para crianas...

-ANP e as Plataformas da Petrobrs-Veja de 08/10:A Petrobrs uma caixa-preta(foco: segurana). Pode repetir o caso da BP no golfo do mxico.

-Exploso da Plataforma da BP em meados de Maio/10 e em 02/09/10 outra Plataforma explode a 128 km no Golfo do Mxico.

-Morte da criana em Campo Limpo-SP pelo bisturi durante a Cesariana(semana 32)

-Lei da Cadeirinha( vai e vem )-CONTRAN de 08/09/10

-Canteiro de obras em obras rodovirias(morte de 1 trabalhador em xapetuba)...

-Ivone Zager no + Voc dia 14/09/10=Reposicionamento da Penso Alimentcia e outras providncias

-Fatstico de 19/09/10-Ccera Pinheiro acorda ao movida contra o Supermercado aps um acidente com quebra do punho junto ao balco de frios.

-PL sobre adicionais de Insalubridade e Periculosidade(10/10)

-Decreto de 19/10 sobre o acompanhamento do PPRA e PCMSO

-Enfermeira aplica vaselina ao invs de soro

-Enfemeira ao retirar o curativo da mo de uma criana, decepa o dedo da mesma

-Utilizao de eucalipto tratado em churrasqueira

-A Superbactria

-Os controles e fiscalizao dos rgos de sade, meio ambiente e segurana do trabalho(antibiticos, postos de combustveis, aougues, bares e lanchonetes...)

-Embargos e Interdies Portaria 40 da SIT de 14/01/11 Programa

Higiene e Segurana do Trabalho

1. Fundamentos da Higiene e Segurana no Trabalho

1.1 - Introduo

1.2 - Histria da Higiene, Segurana e Medicina do Trabalho no Mundo

1.3 - Histria da Higiene, Segurana e Medicina do Trabalho no Brasil

1.3 - Termos e Definies

1.4 - A Participao do Governo na Preveno dos Acidentes

2. Acidente de Trabalho sob os Aspectos Tcnico e Legal

2.1 - Classificao dos Acidentes do Trabalho

2.2 - Conseqncias dos Acidentes do Trabalho

2.3 - Causas dos Acidentes do Trabalho

2.4 - Custos dos Acidentes do Trabalho

2.5 - Estatstica de Acidentes no Brasil

2.6 - FAP e NTEP

3. Condies Ambientais de Trabalho

4. rgos de Segurana e Medicina do Trabalho nas Organizaes(SESMT e CIPA) , Comits Internos, Auditorias Cruzadas, E.H.S.

5. rgos, Instituies Nacionais e Internacionais

5. Equipamentos de Proteo Individual (EPI)

6. Equipamentos de Proteo Coletiva (EPC)

7. Atividades e Operaes Insalubres

7.1 - Insalubridade, Periculosidade e Penosidade

7.2 - Aposentadoria Especial

8. Atividades e Operaes Perigosas

9. Normas Regulamentadoras

10. Programas de Meio Ambiente , Sade e Segurana Ocupacional-PMSSO

11. Segurana em Canteiro de Obras(Construo Civil,Naval, Blica, Aeronutica, Minerao, Industrial, Rural e Outras)

12. Programas de Preveno

12.1-APP , APR e APA

12.2-MAPA DE RISCOS

12.3-PPRA , PGR E PCA/RCA-EIA/RIMA/RADA

12.4-PCMAT

12.5-PCA

12.6-PPR

12.7-PCMSO

12.8-PAE-PRE-Corpo de Bombeiros Militar

12.9-PAM

12.10-SIPAT

12.11-BRIGADA DE INCNDIO

13. Fundamentos de Ergonomia

14. Gesto de Segurana e Sade no Trabalho

15. Sistema de Gesto Intregrada

-BIBLIOGRAFIA

EQUIPE ATLAS. Segurana e Medicina do Trabalho. 66. ed. So Paulo: Atlas, 2010.

CLT-Consolidao das Leis Trabalhistas

CPC-Cdigo do Processo Civil

CCB-Cdigo Civil Brasileiro

CDC-Cdigo de Defesa do Consumidor

Normas :IS0 9000:2000; IS0 14000:2004; OHSAS 18000:2007; BS 8800:1996; AA 1000; AS 8000, IS0 31000, NBR 16000, NBR 26000, NBR 14280, NBR 19011 , 18801 e BS 8900

-BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

MARANO, Vicente Pedro. A segurana, a medicina e o meio ambiente do trabalho nas atividades rurais da agropecuria. So Paulo: LTR, 2006.

TRAVASSOS, Geraldo. Guia prtico de medicina do trabalho. So Paulo: LTR, 2004.

TAVARES, Jos da Cunha. Tpicos de Adm.Aplicada Eng. De Segurana do Trabalho-So Paulo: Editora SENAC, 2008.

CARDELLA, Benedito. Segurana no Trabalho e Preveno de Acidentes. 1 Ed.-5 Reimpresso- So Paulo: ATLAS, 2008.

Portal Fundacentro-CTN=A Fundacentro a nica entidade governamental do Brasil que atua em pesquisa cientfica e tecnolgica relacionada segurana e sade dos trabalhadores.

www.fundacentro.gov.br

Ministrio do Trabalho e Emprego

www.mte.gov.br

www.dataprev.gov.br ( INSS, Previdncia...)

Revistas: CIPA, PROTEO, EMERGNCIA, RBSO, Meio Ambiente Industrial...Associaes( SOBES, ANAMATRA, ANEST, ABGS, ABRASEG, ALAEST, AreaSeg, ANTECHST, ANIMASEG, APSEST, ABHO/AIHA, ANAMT, ABMT, AMES ...)

LISTA DE SIGLAS

ASO

Atestado de Sade Ocupacional

ABNT

Associao Brasileira de Normas Tcnicas

APP

Anlise Preliminar de Perigos

APR

Anlise Preliminar de Riscos

BSI

British Standards Institution (Instituto Britncio de

Normalizao - rgo ingls, responsvel por segurana e

sade do trabalho naquele pas)

CA

Certificado de Aprovao

CAT

Comunicao de Acidente do Trabalho

CBO

Classificao Brasileira de Ocupaes

CEREST

Centro de Referncia em Sade do Trabalhador

CIPA

Comisso Interna de Preveno de Acidentes

CPN

Comit Permanente Nacional Sobre Condies e

Meio Ambiente do Trabalho na Indstria da Construo

CPR

Comit Permanente Regional Sobre Condies e

Meio Ambiente do Trabalho na Indstria da Construo

CIPATRComisso Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho Rural

CLT

Consolidao das Leis do Trabalho

CNAE

Classificao Nacional de Atividades Econmicas

CPATP

Comisso de Preveno de Acidentes no Trabalho Porturio

CTPP

Comisso Tripartite Paritria Permanente

DORT

Doena Osteomuscular Relativa ao Trabalho

DRT

Delegacia Regional do Trabalho(Atual SRTE)

EPC

Equipamento de Proteo Coletiva

EPI

Equipamento de Proteo Individual

FAP

Fator Acidentrio Previdencirio

FISPQ

Ficha de Informaes de Segurana de Produtos Qumicos

FUNDACENTROFundao Jorge Duprat Figueiredo de Segurana e Medicina do Trabalho

GLP

Gases Liquefeitos de Petrleo

IBGE

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

IBUTG

ndice de Bulbo mido Temperatura de Globo

INSS

Instituto Nacional do Seguro Social

INMETROInstituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial

ISO

International Organization for Standartization

(Organizao Internacional de Normalizao)

LER

Leso por Esforos Repetitivos

LTCAT

Laudo Tcnico das Condies de Ambiente de Trabalho

MTE

Ministrio do Trabalho e Emprego

NBR

Normas Brasileiras (da ABNT)

NOST

Norma Operacional em Sade do Trabalhador

NR

Norma Regulamentadora

NRR

Norma Regulamentadora Rural

NTEP

Nexo Tcnico Epidemiolgico

OIT

Organizao Internacional do TrabalhoONA

Organizao Nacional de Acreditao(rea da Sade)OSHA

Occupational Safety and Health Administration

(rgo americano responsvel por segurana e sade

do trabalho naquele pas)

OHSAS

Occupational Health and Safety Assessment Series

(Srie de Avaliaes de Segurana e Sade

Ocupacional)

PCA

Programa de Conservao Auditiva

PCA

Programa de Controle Ambiental

PPR

Programa de Preveno Respiratria

PAIR

Perda Auditiva Induzida pelo Rudo

PAT

Programa de Alimentao do Trabalhador

PCMATPrograma de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo

PCMSO

Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional

PGR

Programa de Gerenciamento de Riscos

PPP

Perfil Profissiogrfico Previdencirio

PPRA

Programa de Preveno de Riscos Ambientais

SENAR

Servio Nacional de Formao Profissional Rural

SAT

Seguro de Acidentes do Trabalho

SESI

Servio Social da Indstria

SESMTServios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho

SINMETROSistema Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial

SIPAT

Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho

SSO

Segurana e Sade Ocupacional

SSST

Secretaria de Segurana e Sade do Trabalhado

(rgo do Ministrio do Trabalho e Emprego,

responsvel pela segurana e sade no Brasil).

SST

Segurana e Sade do Trabalho

HIGIENE E SEGURANA DO TRABALHO

1.0 FUNDAMENTOS DA SEGURANA NO TRABALHO

1.1 - INTRODUO

O Acidente do Trabalho, bem como a Doena do Trabalho (que equiparada ao Acidente do Trabalho), so eventos indesejveis que surgem no decorrer do processo produtivo. O ser humano, para satisfazer as suas necessidades, precisa utilizar diversos bens materiais que, em grande parte, no so encontrados na natureza. Assim, para conseguir esses bens, precisa da realizao de uma srie de processos de trabalho, atravs do uso de mquinas, ferramentas, equipamentos e da sua prpria fora de trabalho, para transformar essas matrias-primas existentes na natureza em bens que satisfaam as suas necessidades.

Ao realizar o processo produtivo, um objetivo especfico desse trabalho humano a obteno de uma maior quantidade de produtos com uma menor quantidade de insumos num menor tempo possvel, ou seja, deseja-se obter uma maior quantidade de bens materiais, utilizando menos matria-prima e em menos tempo. No entanto, em decorrncia desse trabalho, e mesmo antes do seu incio, podem surgir eventos indesejveis. Exemplo desses eventos indesejveis o Acidente do Trabalho e a Doena Ocupacional.

No passado, principalmente com o advento da Revoluo Industrial, o homem, em favor da produo e da mquina, era tratado como um aspecto secundrio. Com o passar do tempo e aps muitas lutas, o trabalhador comea a ser o centro de ateno do processo produtivo. Diz-se comea, porque em pleno incio de um novo milnio, ainda se se discute se devem ou no pagar os adicionais de insalubridade ou de periculosidade; se se gera ou no aposentadoria especial para determinados trabalhadores sujeitos a determinados agentes ambientais de riscos de acidentes. O correto que se deveria estar discutindo a necessidade da existncia desses agentes de riscos que podem causar acidentes, ou seja, dever-se-ia estar discutindo a necessidade de eliminlos ou atenuar os seus efeitos.

Sabe-se, por razes bvias, que no tarefa fcil eliminar a exposio do trabalhador a esses agentes de riscos, bem como melhorar as condies de trabalho. Isto envolve uma srie de interesses sociais, econmicos e polticos, chegando ao extremo, por parte de alguns, de temer perder o poder de barganha existente entre patro, sindicatos e trabalhadores. O que se v no Brasil a existncia de ms condies de trabalho, o que serve de pano de fundo para a luta de grande parte da classe trabalhadora por melhores compensaes econmicofinanceiras, o que deveria ser a luta pela eliminao ou atenuao dos agentes de riscos que causam ou que podem causar acidentes e por melhores condies de trabalho.

Alm disso, as estatsticas oficiais no Brasil que servem de ponto de partida para as polticas governamentais para a preveno de Acidentes do Trabalho so reconhecidamente subdimensionadas, uma vez que elas contemplam apenas:

os casos legalmente reconhecidos, ou seja, os acidentes com vtimas (no levando em conta os acidentes com apenas perda de tempo e/ou de materiais);

praticamente, apenas os acidentes urbanos (no mostrando os acidentes ocorridos em reas rurais);

os acidentes registrados (ignorando aqueles que no so notificados ao INSS).

A Engenharia de Segurana e a Medicina do Trabalho, custa de muito esforo, vm consolidando sua posio como fonte geradora das aes preventivas no cotidiano da produo e representa um importante avano para a proteo da sade e da vida dos trabalhadores. No entanto, muito h o que se fazer em nosso pas, dado que as estatsticas apontam para uma triste e terrvel realidade, verdadeira chaga social, que requer a mobilizao de toda a sociedade brasileira em busca de sua erradicao.

A necessidade urgente de a sociedade e o Estado levarem a fundo a discusso desse tema pode basear-se em nmeros alarmantes, tais como:

o Brasil foi o 9. pas em maior nmero de Acidentes do Trabalho no mundo, no ano de 2000. (ANURIO brasileiro de proteo, 2006);

o nmero de trabalhadores na formalidade, no Brasil, no ano de 2004, foi de apenas 31.407.576 (ANURIO brasileiro de proteo, 2006);

o nmero de bitos motivados por acidentes do trabalho, no Brasil, no ano de 2004, foi de 2.801 (ANURIO brasileiro de proteo, 2006);

o nmero de acidentes do trabalho no Brasil, no ano de 2004, foi de 478.956 (ANURIO brasileiro de proteo, 2006);

em 1999, 16.757 trabalhadores tornaram-se incapazes permanentemente para o trabalho, parcial ou totalmente (BRASIL, 2001), ficando de fora dessas estatsticas em torno de 65% da populao economicamente ativa PEA, ou seja, os trabalhadores que esto na chamada economia informal. Dos 71,7 milhes de pessoas que esto trabalhando, apenas 24,9 milhes so trabalhadores com empregos formais (PROTEO. Saem os nmeros de acidentes de trabalho do pas, 2001);

o Brasil gasta em torno de R$ 20 bilhes por ano com acidentes do trabalho (PASTORE, 2001). A maior parcela dos custos referentes aos acidentes paga pelas empresas que pagam uma verdadeira fortuna ao Governo Federal atravs do Seguro de Acidente do Trabalho - SAT, que obrigatrio;

no Cear, no ano de 1997, um acidente custou, em mdia, R$ 7.919,29 (matria do jornal Dirio do Nordeste de 17 de setembro de 1998) e

em Sobral ocorrem algo em torno de 200 Acidentes do Trabalho em mdia por ano, notificados ao INSS.

No se pode deixar de dizer que os ndices de acidentes do trabalho e doenas ocupacionais no Brasil esto melhorando, mas ainda esto longe do ideal. Para se ter uma idia, o coeficiente de acidentes fatais (bitos em 1.000.000 de empregados) no Brasil, na dcada de 80, era 220, enquanto hoje est em torno de 150. Mas quando comparado, por exemplo, com os Estados Unidos, esse coeficiente de 5. J na Gr-Bretanha, o coeficiente de 10 bitos por 1.000.000 de empregados (CIPA, Cipa notcias fique sabendo... 2001).

Acidentes de trabalho - Brasil o quarto em nmero de mortes

07/09/08

De acordo com dados da Organizao Internacional do Trabalho (OIT), que, desde 2003, adotou 28 de abril como Dia Mundial da Segurana e Sade no Trabalho, ocorrem anualmente 270 milhes de acidentes de trabalho em todo o mundo. Aproximadamente 2,2 milhes deles resultam em mortes. No Brasil, segundo o relatrio, so 1,3 milho de casos, que tm como principais causas o descumprimento de normas bsicas de proteo aos trabalhadores e ms condies nos ambientes e processos de trabalho.

Ranking mundial

Segundo o estudo da OIT, o Brasil ocupa o 4 lugar em relao ao nmero de mortes, com 2.503 bitos. O pas perde apenas para China (14.924), Estados Unidos (5.764) e Rssia (3.090).

Na dcada de 1970, o Brasil registrava uma mdia de 3.604 bitos para 12.428.826 trabalhadores. Nos anos 1980, o nmero de trabalhadores aumentou para 21.077.804 e as mortes chegaram a 4.672. J na dcada de 1990, houve diminuio: 3.925 bitos para 23.648.341 trabalhadores.

O Anurio Estatstico da Previdncia Social de 2006, ltimo publicado pelo INSS, mostra que nmero de mortes relacionadas ao trabalho diminuiu 2,5%, em relao ao ano anterior. Entretanto, os acidentes de trabalho aumentaram e ultrapassaram os 500 mil casos.

Dados dos Ministrios do Trabalho e Emprego e Previdncia Social de 2005 mostram que as reas com maior nmero de mortes so Transporte, Armazenagem e Comunicaes, com sete bitos entre 3.855 trabalhadores; a Indstria da Construo, com seis bitos entre 6.908 trabalhadores; e o Comrcio e Veculos, com cinco bitos entre 24.782 trabalhadores.

Sade e Segurana do Trabalho cada vez mais em pauta

Os custos gerados por problemas relacionados Sade dos funcionrios esto fazendo com que os gestores de Recursos Humanos tratem como prioridade a preveno de problemas bucais e doenas crnicas, como hipertenso e males respiratrios. De acordo com pesquisa realizada pelo Frum Econmico Mundial em parceria com o Instituto de Pesquisas em Sade da consultoriaPricewaterhouseCoopers (PwC), um elevado nmero de empresas passou a adotar programas para prevenir doenas. O estudo analisou 30 multinacionais da Europa, sia e Amricas e constatou que mais da metade delas tem alguma ao voltada para a Sade dos colaboradores.

Vrias empresas j entenderam que contribuir com a manuteno da Sade do Trabalhador um bom negcio do ponto de vista financeiro, pois evita despesas extras com indenizaes e ajuda a manter uma boa imagem.

Como se trata de um problema que afeta toda a sociedade, o Estado, como principal agente de mudanas, tem uma funo por demais importante na preveno dos acidentes do trabalho e doenas ocupacionais, seja na gerao ou alterao da legislao (que no Brasil j riqussima, o que prova que a simples formulao jurdica no tem conseqncia nenhuma), como tambm na fiscalizao e na educao preventiva.

1.2 HISTRIA DA HIGIENE, SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO NO MUNDO

Desde seu aparecimento na Terra, o homem est exposto a riscos. Como ele no tem controle sobre esses riscos, ocorre sobre ele todo tipo de acidente. O homem inventou a roda dgua, os teares mecnicos, as mquinas a vapor, a eletricidade e a tecnologia digital(computadores, robs, AGVs, telefone celular, super-avies, super navios, trens de alta velocidade, comunicao virtual, etc..(grifo nosso).. um longo aprendizado tecnolgico. No entanto, se por um lado o progresso cientfico e tecnolgico facilitam o processo de trabalho e produo, por outro trazem novos riscos, sujeitando o homem a acidentes e doenas decorrentes desse processo (CAMPOS, 2001).

Pelo que se sabe, a preocupao com os Acidentes e Doenas decorrentes do trabalho humano surgiu na Grcia Antiga, quando Hipcrates (considerado o Pai da Medicina) fez algumas referncias aos efeitos do chumbo na sade humana. Posteriormente, outros estudiosos, como Plnio (o Velho) e Galeno, descreveriam algumas doenas a que estavam sujeitas as pessoas que trabalhavam com o enxofre, o zinco e o chumbo. No Antigo Egito e no mundo greco-romano j existiam estudos realizados por leigos e mdicos, relacionando sade e ocupaes.

Este campo de conhecimento volta a progredir aps a Revoluo Mercantil (sculo XIV), graas aos estudos de mdicos, como Ulrich Ellenbog (que detecta a ao txica do monxido de carbono, do mercrio e do cido ntrico), Paracelso (que estuda as molstias dos mineiros), George Bauer e Ysbrand Diemerbrock.

1 Livro: O primeiro livro a abordar a questo surgiu em 1556, da autoria de Georgius Agrcola, que publicou seu trabalho De Re Metlica, onde eram estudados diversos problemas relacionados extrao e fundio do ouro e da prata, enfocando, inclusive, os acidentes de trabalho e as doenas mais comuns entre os mineiros.

Porm, a primeira monografia a abordar especificamente a relao trabalho e doena foi publicada em 1567, por Paracelso, e versava sobre vrios mtodos de trabalho e inmeras substncias manuseadas, dedicando especial ateno s intoxicaes ocupacionais por mercrio.

No ano de 1700, o italiano Bernardino Ramazzini publica seu livro De Morbis Artificum Diatriba (As Doenas dos Artesos), com a descrio de 53 tipos de enfermidades profissionais, sendo que para algumas delas eram apresentadas formas de tratamento e at mesmo de preveno. Por esta obra, Ramazzini passou a ser considerado como o Pai da Medicina do Trabalho a estabelecer definitivamente a relao entre sade e trabalho.

Contudo, apesar dos trabalhos consagrados de Agrcola, Paracelso e Ramazinni, o interesse pela proteo do operrio no seu ambiente de trabalho s ganharia fora e nfase no sculo XIX com o impacto da Revoluo Industrial (MIRANDA, 1998).

Com o surgimento crescente de inventos mecnicos que multiplicaria consideravelmente a produtividade do trabalho, uma nova formao capitalista mercantil surgia e dava origem a uma nova classe dirigente, interessada na aplicao de capitais em sistemas fabris de produo em massa, utilizando a nova tecnologia que surgia. A questo da fora de trabalho tomava um novo enfoque, pois tornava possvel e vantajosa a converso de toda a mo-de-obra, inclusive a escrava, em fora de trabalho assalariado.

Com o advento da Revoluo Industrial e a expanso do capitalismo industrial, o nmero de acidentes do trabalho (quando se fala em acidentes do trabalho, normalmente se refere tambm s doenas decorrentes do trabalho humano) cresceu assustadoramente, devido s pssimas condies de trabalho existentes. A situao ficou to grave, que se temeu pela falta de modeobra, tal era a quantidade de trabalhadores mortos ou mutilados (RODRIGUES, 1993).

As fbricas eram instaladas em galpes improvisados, estbulos e velhos armazns, notadamente nas grandes cidades, onde a mo-de-obra era abundante, constituda principalmente de mulheres e crianas. A situao era dramtica, provocando indignao na opinio pblica, o que acabou gerando vrias comisses de inqurito no Parlamento Ingls.

1 Lei: Segundo RODRIGUES (1993), nesse nterim, o conhecimento acumulado at ento comeou a ser utilizado para formao de leis de proteo sade e integridade fsica dos trabalhadores, numa tentativa de preservar o novo modo de produo, como:

a Lei da Sade e Moral dos Aprendizes (1802), na Inglaterra, que estabelecia o limite de 12 horas de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno e tornava obrigatria a ventilao do ambiente e a lavagem das paredes das fbricas duas vezes por ano;

a Lei das Fbricas (1833), tambm na Inglaterra, considerada a primeira norma realmente eficiente no campo da proteo ao trabalhador, e que fixava em 9 anos a idade mnima para o trabalho, proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos e exigia exames mdicos de todas as crianas trabalhadoras.

No ano seguinte, em 1834, o governo britnico nomeia o primeiro Inspetor Mdico de Fbricas, o Dr. Robert Baker; e em 1842, na Esccia, a direo de uma fbrica txtil contratou um mdico que deveria submeter os menores trabalhadores a exames mdicos admissionais e peridicos. Surgiam, ento, as funes especficas do mdico de fbrica.

Portanto, as leis de proteo ao trabalhador surgiram, inicialmente, em 1802 na Inglaterra. Na Frana foi em 1862, com a regulamentao da segurana e higiene do trabalho. Em 1865, na Alemanha, e em 1921 nos Estados Unidos (CAMPOS, 2001).

J no sculo XX, em parte decorrente do desenvolvimento da administrao cientfica, a preocupao com os acidentes do trabalho passou a ser incorporada pelos gestores dos estabelecimentos industriais, que lanaram mo de tcnicas de engenharia para a criao de sistemas de preveno ou controle de infortnios, tais como equipamentos de proteo individual, sistema de ventilao industrial, etc.

1.3 - Histria da Higiene, Segurana e Medicina do Trabalho no Brasil

No Brasil, durante os primeiros trs sculos de nossa histria, as atividades industriais ficaram restritas aos engenhos de acar e minerao. 1 Fbrica: Em 1840 surgiram os primeiros estabelecimentos fabris no Brasil. A primeira mquina a vapor surgiu em 1785 na Inglaterra, enquanto no Brasil surgiu em 1869 na Provncia de So Paulo, numa fbrica de tecidos de Itu, a Fbrica So Luiz. Portanto, 84 anos depois.

Em 1890 criado pelo governo o Conselho de Sade Pblica, que comeava timidamente a legislar sobre as condies de trabalho no Brasil, que j comeavam a preocupar.

No entanto, desde o fim do Imprio at o ano de 1930, a organizao capitalista brasileira era praticamente agroexportadora, especialmente de caf. A partir de 1930, ento, com uma poltica governamental de substituio das importaes, portanto, com 145 anos de atraso em relao ao surgimento da primeira mquina a vapor no mundo, iniciou-se a passagem do modelo agroexportador para a industrializao, o que se consolidou nos anos 50.

1 Lei Brasileira: Em 1919 surge a primeira lei de acidentes do trabalho, com o Decreto Legislativo n. 3.724, de 15 de janeiro, como ponto de partida da interveno do Estado nas condies de consumo da fora de trabalho industrial em nosso pas. Essa lei no considera acidente de trabalho a doena profissional atpica (mesopatia). Exige reparao apenas em caso de molstia contrada exclusivamente pelo exerccio do trabalho, quando este for de natureza a s por si caus-la. Institui o pagamento de indenizao proporcional gravidade das seqelas. Abre, ento, a possibilidade de as empresas contratarem o SAT, junto s seguradoras da iniciativa privada. O SAT ficaria exclusivo da iniciativa privada at 1967, quando passou a ser prerrogativa da Previdncia Social, reforando a obrigatoriedade do SAT, que at ento estava sob a responsabilidade de seguradoras privadas.

1 Mdico do Trabalho: Em 1920 surge o primeiro mdico de empresa brasileira, quando a Fiao Maria Zlia, situada no bairro do Tatuap, na Cidade de So Paulo, contrata um mdico para dar ateno sade dos seus trabalhadores (MIRANDA, 1998).

Como parte das reformas conduzidas por Carlos Chagas, em 1923, promulga-se o Regulamento Sanitrio Federal, que inclui as questes de higiene profissional e industrial no mbito da Sade Pblica, criando a Inspetoria de Higiene Industrial, rgo regulamentador e fiscalizador das condies de trabalho.

O Decreto n. 19.433, de 26 de novembro de 1930, criou o Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio, passando as questes de sade ocupacional para o domnio deste ministrio, ficando sob sua subordinao, at hoje, as aes de higiene e segurana do trabalho.

Em 1934 surge a segunda lei de acidentes do trabalho, com o decreto n. 24.637, de 10 de julho, que modificou a legislao anterior. criada a Inspetoria de Higiene e Segurana do Trabalho, que se transformaria ao longo dos anos em Servio, em Diviso, em Departamento, em Secretaria e, mais recentemente, novamente em Departamento de Segurana e Sade no Trabalho. Amplia-se o conceito de doena profissional, abrangendo um maior nmero de doenas at ento no consideradas relacionadas ao trabalho, mas que passam a s-lo. reconhecida como acidente do trabalho a doena profissional atpica (mesopatia).

Vale registrar que em 1941 j foi criada a Associao Brasileira para Preveno de Acidentes ABPA, que uma instituio no governamental, criada antes mesmo da implantao da Consolidao das Leis do Trabalho.

O Decreto - Lei n. 5.452, de 1 de abril de 1943, aprovou a CLT, elaborada pelo Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio e que elaborou tambm o primeiro projeto de Consolidao das Leis da Previdncia Social. Foi com o advento da CLT, em 1943, que no Brasil as atividades destinadas a prevenir acidentes do trabalho e doenas ocupacionais foram realmente institucionalizadas.

Em 1944 surge a terceira lei de acidentes do trabalho no Brasil, com o Decreto Lei 7.036, de 10 de novembro, que, no seu artigo 82, reformou a legislao sobre o seguro de acidentes do trabalho. Foi a primeira lei a tratar especificamente do assunto, quando obrigou as empresas a organizarem comisses internas com o objetivo de prevenir acidentes. Determinou que as empresas com mais de 100 funcionrios constitussem uma comisso interna para represent-los, a fim de estimular o interesse pelas questes de preveno de acidentes.

Essa Comisso foi ento regulamentada, pela primeira vez, pela Portaria 229, baixada pelo ento Departamento Nacional do Trabalho, de onde recebeu sua denominao utilizada at hoje: Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA).

Normalmente, as empresas que instalavam uma CIPA deixavam-na sob os cuidados do Departamento de Pessoal ou da Assistncia Social da empresa. O Servio Social da Indstria - SESI e a Associao Brasileira para Preveno de Acidentes - ABPA destacaram-se em colaborar com as empresas na instalao da CIPA e nos seus primeiros passos.

Ainda sem grandes conhecimentos prevencionistas e quase sempre no bem orientadas, as CIPAs cometiam srios erros administrativos, como o de assumir toda a responsabilidade pela preveno de acidentes nas empresas, deixando gerentes e supervisores comodamente fora da responsabilidade pela soluo dos problemas de segurana que existissem, o que era inconcebvel, pois hoje se sabe que uma poltica de segurana sria deve ter o envolvimento no s da CIPA ou do SESMT, mas de toda a empresa, inclusive do seu alto escalo.

Como era mais difcil atuar na soluo de problemas de segurana nas reas de trabalho, pois no havia envolvimento da alta direo das empresas, as CIPAs dedicavam-se mais a alguns tipos de treinamento que existiam na poca e a divulgar o assunto entre os trabalhadores, por exemplo, por ocasio das palestras de integrao de novos empregados, realizando concursos, caixa de sugestes e outros recursos propostos pela sua regulamentao.

Por isso, embora cometendo alguns erros, a CIPA tem o mrito de ter sido pioneira na integrao de novos empregados no trabalho e de levar os empregados a fazerem sugestes para melhoria das condies de trabalho, mesmo vrias dessas sugestes fugindo de sua alada pela dificuldade de acesso s decises ocorridas na cpula das empresas.

Foi com a atuao da CIPA, embora incipiente, que muitas empresas perceberam a importncia da preveno de acidentes, notadamente quando visualizavam a possibilidade de ganhos de produtividade e eliminao de perdas. Sentiram a necessidade de ampliar as aes preventivas de acidentes, criando a funo do inspetor de segurana, que foi o primeiro profissional com tempo integral nas empresas que se dedicava segurana do trabalho.

Porm, muitos desses profissionais comearam a trabalhar na esteira da CIPA, ou seja, cometendo o mesmo erro de assumir toda a responsabilidade pela segurana do trabalho. Mesmo assim, as CIPAs que tiveram melhor sucesso foram aquelas cujas empresas contrataram um inspetor de segurana ou instalaram uma seo de segurana, dando grande impulso s atividades prevencionistas.

Em 1944, o empregador fica obrigado a proporcionar mxima higiene e segurana no ambiente de trabalho.

Nos anos 50, com a instalao de fbricas de automveis e o uso intenso da eletricidade, lvaro Zochio foi o grande lder em segurana no Brasil. Em 1965, surgiu a primeira estatstica de acidentes, quando se viu que se gastava mais com acidentes do que arrecadava. A preveno ento passou a ser a ordem do dia.

Em 1953, a Portaria n. 155 regulamenta a atuao das Comisses Internas de Preveno de Acidentes (CIPA) no Brasil.

Em 1967 surgiu a quarta lei de acidentes do trabalho no Brasil, com o Decreto-Lei n. 293, de 28 de fevereiro. Teve curta durao, porque foi totalmente revogada pela Lei n. 5.316, de 14 de setembro do mesmo ano. Integrou o seguro de acidentes do trabalho na Previdncia Social, retirando-o da iniciativa privada.

A Lei n. 5.316, de 14 de setembro de 1967, foi a quinta lei de acidentes do trabalho no Brasil. Restringiu o conceito de doena do trabalho, excluindo as doenas degenerativas e as inerentes a grupos etrios. O Decreto n. 61.784, de 28 de novembro de 1967, aprovou o novo Regulamento do Seguro de Acidentes do Trabalho.

Em 1967, as principais alteraes na legislao acidentria brasileira foram: o SAT passou a ser prerrogativa da Previdncia Social, ou seja, passou a ser estatal, reforando a obrigatoriedade do SAT por parte das empresas, o qual at ento estava sob a responsabilidade de seguradoras privadas; introduziu o conceito de acidente de trajeto; promoveu a preveno de acidentes e reabilitao profissional.

O DecretoLei n. 564, de 1o de maio de 1969, estendeu a Previdncia Social ao trabalhador rural.

A rigor, o incio das aes de Governo, a respeito de Segurana e Sade no Trabalho, surgiu no Brasil a partir de 1970, sob presso do Banco Mundial, pois o Brasil possua mais de 1 milho de acidentes por ano. E como exigncia para concesso de novos emprstimos, o governo Mdici comeou a criar leis de segurana e sade do trabalho.

O Decreto n. 69.014, de 4 de agosto de 1971, estruturou o Ministrio do Trabalho e Previdncia Social MTPS.

A Lei n. 5.890, de 11 de dezembro de 1972, incluiu os empregados domsticos na Previdncia Social.

Por volta de 1974, com o fim do perodo de expanso econmica e iniciada a abertura poltica lenta e gradual, novos atores surgem na cena poltica (movimento sindical, profissionais e intelectuais da sade, etc.), questionando a poltica social e as demais polticas governamentais. Neste ano, duas medidas muito importantes acontecem no campo da sade: a implementao do Plano de Pronta Ao PPA, com diversas medidas e instrumentos que ampliariam ainda mais a contratao de servios mdicos privados, antes de responsabilidade da Previdncia Social; e a criao do Fundo de Apoio ao desenvolvimento Social FAS, destinado a financiar subsidiariamente o investimento fixo de setores sociais (BRAGA & PAULA, in ANDRADE, 2001).

Em 1974, a Lei n. 6.195, de 19 de dezembro, estendeu a cobertura especial dos acidentes do trabalho ao trabalhador rural.

Em 1976, 1,25% do FAS fica destinado preveno de acidentes. Surge a sexta lei de acidentes do trabalho, com a Lei n. 6.367, de 19 de outubro de 1976, que amplia a cobertura previdenciria de acidente de trabalho, e o Decreto n. 79.037, de 24 de dezembro de 1976, que aprova o novo Regulamento do Seguro de Acidentes do Trabalho. Ficam sem proteo especial contra acidentes do trabalho o empregador domstico e os presidirios que exercem trabalho no remunerado. Alm disso, a lei identifica a doena profissional e a doena do trabalho como expresses sinnimas, equiparando-as a acidente do trabalho somente quando constantes da relao organizada pelo Ministrio da Previdncia e Assistncia Social.

A Lei. n. 6.439, de 1o de setembro de 1977, instituiu o Sistema Nacional de Previdncia e Assistncia Social SINPAS, orientado, coordenado e controlado pelo Ministrio da Previdncia e Assistncia Social, responsvel pela proposio da poltica de previdncia e assistncia mdica, farmacutica e social, bem como pela superviso dos rgos que lhe so subordinados e das entidades a ele vinculadas.

Em 1977, a Lei n. 6.514, de 22 de dezembro, deu redao ao artigo 200 da CLT, dizendo que o Ministro de Estado do Trabalho estabeleceria disposies complementares s normas consolidadas, para dar cumprimento s disposies relativas segurana e sade no trabalho. Para tanto, o Ministro de Estado do Trabalho expediu portaria com as normas regulamentadoras. Essa lei altera o captulo V do ttulo II da CLT, relativo segurana e medicina do trabalho. O artigo 163 torna obrigatria a constituio de CIPA, de conformidade com instrues expedidas pelo Ministrio do Trabalho.

Em 1978, a Portaria 3.214, de 8 de junho, aprova as Normas Regulamentadoras NR (28 ao todo) do captulo V do ttulo II da CLT, relativas segurana e medicina do trabalho.

Entre as NRs consta a NR-4, que trata de Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do TrabalhoSESMT, e a NR-5, que trata de CIPA, do seu dimensionamento, de suas atribuies e do seu funcionamento.

Embora no sendo obrigatrio por lei at o incio da dcada de 70, as sees de segurana do trabalho e seus profissionais foram adotados espontaneamente por algumas empresas. Nessa dcada foram criados, por fora de lei, os atuais Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do TrabalhoSESMT, e reconhecidos os seus profissionais. Isto veio consagrar a iniciativa de muitas empresas e valorizar os profissionais que j vinham se dedicando preveno de acidentes e doenas ocupacionais.

Na opinio de alguns profissionais de segurana e medicina do trabalho, e com o qual concordamos, a lei que criou o SESMT foi o divisor de guas entre o ontem e o hoje das atividades destinadas segurana e sade no trabalho em nossa terra.

Com a globalizao, o Brasil, no por opo prpria, mas por no poder se omitir junto aos seus parceiros comerciais externos, abre suas portas a esse movimento imperioso de competio internacional, onde a nfase dada segurana e sade do trabalho muito grande.

Pouco antes disso, o Brasil, inicialmente atravs das empresas multinacionais e depois das empresas nacionais, entra na era da qualidade, com a apresentao da Teoria Z , da formao dos CCQ Crculos de Controle de Qualidade e das sries de normas para certificao ISO.

Esse momento histrico causou incertezas preveno de acidentes e doenas ocupacionais, pois no se sabia se se aproveitava a oportunidade ou se se tratava apenas de mais um modismo. A estabilizao da economia brasileira, atravs do controle da inflao, foi definitiva para que as empresas de mdio e grande porte, impulsionadas pela necessidade de diminuir seus custos, aderissem segurana e sade do trabalho, conscientizando-se de que isso fazia parte do processo produtivo e no era um apndice indesejvel no interior das empresas (PIZA, Conhecendo e eliminando riscos no trabalho, 1997).

Em 1983, a Portaria n. 33 altera a NR-5, introduzindo a observncia dos riscos ambientais.

Em 1988, a Portaria n. 3.067, de 12 de abril, aprova as Normas Regulamentadoras Rurais NRR (5 ao todo), relativas segurana e higiene do trabalho rural.

Em 1991, a Lei n. 8.213, de 24 de junho expede o Regulamento dos Benefcios da Previdncia Social.

Em 1992, o Decreto-Lei n. 611, de 21 de julho, da Presidncia da Repblica, de acordo com a Lei n. 8.213, d nova redao ao Regulamento dos Benefcios da Previdncia Social. A empresa responsvel por medidas individuais e coletivas de proteo, sendo contraveno penal, punvel com multa, a empresa deixar de cumprir as normas de segurana e higiene do trabalho (artigo 173), bem como negligenciar as normas-padro de segurana e higiene do trabalho, indicadas para a proteo individual e coletiva dos trabalhadores. O INSS tem o direito de promover aes regressivas contra empresas ou pessoas que, pela no observncia das normas de segurana, sejam responsveis por acidentes e doenas do trabalho que venham a gerar dispndios para o INSS (artigo 176). assegurada a estabilidade no emprego ao acidentado por um perodo mnimo de 12 meses aps a cessao do auxlio-doena acidentrio, independentemente do percebimento de auxlio-acidente (artigo 169).

O governo, atravs do Ministrio do Trabalho, visando atender s convenes da OIT, passou a revisar as Normas Regulamentadoras que foram editadas a partir de 1978, propondo-se a revolucionar a rea de segurana e sade do trabalho com discusses de forma tripartite com representantes dos empregados, empregadores e governo.

Com o surgimento da Qualidade do Produto, da era da globalizao e da estabilizao econmica, a rea de segurana e sade do trabalho passou por uma reviso das normas regulamentadoras. O incio dessa revoluo se deu com o advento da NR-7, que trata do Programa de Controle Mdio de Sade Ocupacional, e da NR-9, que trata do Programa de preveno de Riscos Ambientais, normas estas que foram editadas em dezembro de 1994.

Em 1994, pela Portaria n. 5, de 8 de abril, feita nova alterao na NR-5, com a implantao das metodologias do mapeamento de riscos e da rvore de causas. Essa alterao da NR-5 resultou da primeira experincia brasileira de um trabalho tripartite, onde uma comisso formada por representantes do governo, empregadores e trabalhadores se sentaram mesa para propor alteraes nas normas regulamentadoras. No entanto, essa alterao no chegou a se concretizar, pois o Ministrio do Trabalho optou por novas rodadas de negociaes (CAMPOS, 2001).

Mas foi principalmente com a publicao da Portaria 393/96, de 09 de abril de 1996, que se desencadeou um processo moderno de preveno de acidentes e doenas e implantao de programas de eliminao de riscos nos ambientes de trabalho. Essa portaria, corriqueiramente chamada de NR-Zero, estabelece metodologia para elaborao de novas Normas Regulamentadoras e reviso das existentes. O princpio deste trabalho a utilizao de um sistema tripartite de discusso, compreendendo a formao de uma CTPP -Comisso Tripartite Paritria Permanente, com 6 representantes dos trabalhadores, 6 dos empregadores e 6 do governo. Todas as normas, a partir de ento, so discutidas a partir desta CTPP. No entanto, mesmo antes da publicao desta norma, quando da reviso da NR-18, ocorrida a partir de 10 de junho de 1994, foi criada, em 1995, uma comisso tripartite e paritria para concluso da reviso da NR-18. Este fato contribuiu para a publicao da NR-Zero.

Em 1997, o Decreto n. 2.172, de 5 de maro, da Presidncia da Repblica, aprova o Regulamento de Benefcios da Previdncia Social, de acordo com a Lei n. 8.213. Mantm basicamente o texto do Decreto-Lei n. 611, de 21 de julho de 1992. Estabelece que a empresa deve elaborar e manter atualizado um perfil profissiogrfico das atividades desenvolvidas pelo trabalhador e, quando da resciso de contrato, a empresa dever fornecer ao trabalhador cpia autenticada deste documento (pargrafo 5. do artigo 66). A empresa est sujeita a penalidades, caso assim no o proceda.

Em 1997, atravs da Portaria n. 53, de 17 de dezembro, aprovada a NR-29, que trata de segurana e sade do trabalho porturio.

Em 1998, o pargrafo 100 do art. 201, com redao dada pela Emenda Constitucional n0 20, estabelece que a lei disciplinar a cobertura do acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdncia social e pelo setor privado.

Portanto, em 1998 iniciou-se, pelo menos teoricamente, o terceiro perodo da Legislao Brasileira relativo ao SAT Seguro de Acidentes do Trabalho. O primeiro perodo, o perodo de responsabilidade da iniciativa privada, iniciou-se em 1919 com a criao do SAT e foi at 1967, quando o SAT passou a ser de responsabilidade estatal. De 1967 at 1998 ocorreu o segundo perodo, quando a cobertura do acidente do trabalho seria atendida unicamente pelo Estado. Em 1998 estabeleceu-se um regime misto concorrencial, necessitando de regulamentao pelo Congresso Nacional, o que at hoje no foi feito. Permanece, assim, uma nica seguradora de acidentes do trabalho: o INSS.

Independentemente se ficar com o setor privado, estatal ou ser um misto dos dois regimes, o certo que as empresas continuaro com a obrigatoriedade do SAT. Outra discusso a ser feita se continuar um SAT indenizatrio to somente, uma seja, como uma compensao financeira, ou se haver incentivos ou mesmo iseno para as empresas que conseguirem a reduo dos acidentes do trabalho.

Em 1998, a Lei n. 9.732, de 1 de dezembro, da Presidncia da Repblica, altera os dispositivos das Leis n. 8.212/91 e 8.213/91, que dispem, respectivamente, sobre organizao da seguridade social, notadamente custeio, e sobre benefcios da Previdncia Social. Assim, as empresas que oferecem maior risco de exposio ao trabalhador a agentes nocivos tero de pagar um prmio mais alto.

Em 1998, a Portaria n. 8, de 23 de fevereiro, da SSST, altera a NR-5, mudando bastante a antiga redao.

Em 1999, atravs da Portaria n. 5.051, de 26 de fevereiro, aprovado o novo formulrio de CAT.

Em fevereiro de 1999, a ABNT edita a norma NBR-14.280 cadastro de acidentes de trabalho: procedimento e classificao, em substituio NB-18 cadastro de acidentes, de 1975. Estabelece uma ntida diferena entre acidente e leso e entre acidente e acidentado.

Em 7 de abril de 2000 publicada no Dirio Oficial da Unio a proposta de alterao da NR-4. At julho de 2001, o grupo tripartite continua a discutir essa alterao.

Em 2000, atravs do Decreto n. 3.597, de 12 de setembro, da Presidncia da Repblica, so promulgadas a conveno 182 e a Recomendao 190 da OIT, sobre proibio das piores formas de trabalho infantil e ao imediata para sua eliminao, que foram concludas em Genebra, na Suia, em 17 de junho de 1999.

Em 2000, atravs da Resoluo n. 176, de 24 de outubro, da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, do Ministrio da Sade, publicada a Orientao Tcnica sobre Padres Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados Artificialmente de Uso Pblico e Coletivo.

Em 2001, atravs da Instruo Normativa n. 42, de 22 de janeiro, do INSS, so disciplinados procedimentos a serem adotados quanto ao enquadramento, converso e comprovao do exerccio de atividade especial, ou seja, sobre aposentadoria especial.

Em 2001, atravs da Portaria n. 6, de 5 de fevereiro, da Secretaria de Inspeo do trabalho, do Ministrio do Trabalho e Emprego, estabelecida a proibio do trabalho do menor de 18 anos nas atividades constantes do anexo dessa Portaria.

Em 16 de maio de 2001, o Ministrio da Sade, atravs do Gabinete do Ministro, edita a Portaria No. 737/GM, que trata da Poltica Nacional De Reduo da Morbimortalidade por Acidentes e Violncias, a ser seguida pelo setor de sade.

A histria da proteo legal ao trabalhador contra acidentes e doenas ocupacionais no Brasil mais recente, isto , em comparao aos pases mais desenvolvidos, que possuem uma trajetria de industrializao que se iniciou muito antes que no Brasil. Na verdade, no Brasil, ela vem se desenvolvendo ao longo dos ltimos cinqenta anos e num ritmo acelerado, em resposta necessidade urgente de diminuio das estatsticas, que so uma verdadeira tragdia nacional.

1.3 TERMOS E DEFINIES

MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGO-Regulamenta toda a matria relacionada Segurana do Trabalho no mbito da legislao, alm das relaes do vnculo empregatcio .

FUNDACENTRO-Autarquia ligada ao MTE para acessorar sobre toda a matria tcnica relacionada Segurana do Trabalho.

MINISTRIO PBLICO DO TRABALHO-Atua como fiscalizador do cumprimento da legislao de forma EXTRAJUDICIAL e JUDICIAL

JUSTIA DO TRABALHO-Homologa convenes coletivas e julga dissdios e aes trabalhistas celetistas , inclusive as cveis conforme prerrogativas preconizadas na EC 45 de 2004.As instncias so: Varas(1), TRT(2) e TST(Especial)*

JUSTIA COMUM-Na rea trabalhista julga as aes criminais e as aes trabalhistas impetradas pelos trabalhadores do RJU. As instncias so : Varas(1), TJ(2) e STJ(Especial)*

CNJ-Conselho Nacional de Justia=Viglia da aplicao da lei fazendo a ligao entre o STF e o STJ

STF-Supremo Tribunal Federal=Guardio da Constituio Federal e do Estado Democrtico de Direito(Especial/Extraordinrio)

PGU-Procuradoria Geral da Unio=Ligada AGU-Efetiva as decises no sentido de arrestos de ativos e acompanha os processos de embargos.

AGU-Advocacia Geral da Unio-Acessora o STF, CNJ e STF, MP... A Advocacia-Geral da Unio (AGU) a instituio brasileira que, diretamente ou atravs de rgo vinculado, representa a Unio, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da Lei Complementar n 73/1993, as atividades de consultoria e assessoramento jurdico do Poder Executivo Federal. Em razo desta funo de assessoria, a AGU encontra-se atualmente integrada estrutura do Poder Executivo Federal, mas destacada no texto constitucional dos outros poderes, conforme o artigo 134 da Constituio Federal est no captulo de Funo essencial justia. Tendo em vista sua atribuio constitucional de representao jurdica da Unio, ela a entidade apta a representar em juzo os interesses de todos os poderes da Repblica, representando todos os poderes da repblica como o legislativo, e judicirio, assim como TCU e Ministrio Pblico. A AGU representa a Unio e os Estados internacionalmente.

Na medida em que executa a Advocacia Pblica, diz-se que a AGU exerce funo essencial justia,[1] assim definida na Constituio, ao lado do Ministrio Pblico, da Defensoria Pblica e da Advocacia Privada, alm da prpria Magistratura, que se localiza em captulo parte na Constituio por integrar o Poder Judicirio.

DEFENSORIA PBLICA DO TRABALHO-Funciona em defesa do Cidado oferecendo Justia Gratuta

MINISTRIO DA PREVIDNCIA SOCIAL-Regulamenta a matria relacionada Previdncia.

INSS-Instituto Nacional de Seguridade Social-Autarquia voltada para o Seguro Social(Aposentadoria por contribuio e por idade) e Benefcios(Auxlios-Doena, Previdencirio , Acidentrio, Acidente, Recluso,...)

MINISTRIO DA SADE-Regulamenta toda matria relacionada Sade da populao e inclusive a Sade dos Trabalhadores

SUS-Sistema nico da Sade=Operacionalizao de todo o sistema dos EAS ( Privado e Pblico )

RENAST-Rede Nacional De Ateno Integral Sade do Trabalhador(Portaria n. 1679/GM em 19 de setembro de 2002)

CEREST-Centro de Referncia da Sade do Trabalhador=Tanto o RENAST quanto o CEREST tem uma ateno especial ME, EPP, MEI, etc...

ANVISA-Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria=Regulamenta a matria relacionada Pandemias, Epidemias e Endemias, bem como na rea de alimentos, domisanitrios, medicamentos, etc...

MINISTRIO DA JUSTIA

Conforme o art. 1o do Anexo I ao #Decreto n6.061-15/03/2007, os assuntos atribudos ao Ministrio da Justia so os seguintes:

1. defesa da ordem jurdica, dos direitos polticos e das garantias constitucionais;

2. poltica judiciria;

3. direitos dos ndios;

4. entorpecentes, segurana pblica, Polcias Federal, Rodoviria Federal e Ferroviria Federal e do Distrito Federal;

5. defesa da ordem econmica nacional e dos direitos do consumidor;

6. planejamento, coordenao e administrao da poltica penitenciria nacional;

7. nacionalidade, imigrao e estrangeiros;

8. ouvidoria-geral dos ndios e do consumidor;

9. ouvidoria das polcias federais;

10. assistncia jurdica, judicial e extrajudicial, integral e gratuita, aos necessitados, assim considerados em lei;

11. defesa dos bens e dos prprios da Unio e das entidades integrantes da administrao pblica federal indireta;

12. articulao, integrao e proposio das aes do Governo nos aspectos relacionados com as atividades de represso ao uso indevido, do trfico ilcito e da produo no autorizada de substncias entorpecentes e drogas que causem dependncia fsica ou psquica;

13. coordenao e implementao dos trabalhos de consolidao dos atos normativos no mbito do Poder Executivo; e

14. preveno e represso lavagem de dinheiro e cooperao jurdica internacional.

Integram a estrutura do Ministrio da Justia, como rgos especficos:

Secretaria Nacional de Justia

Secretaria Nacional de Segurana Pblica

Secretaria de Direito Econmico

Secretaria de Assuntos Legislativos

Secretaria da Reforma do Judicirio

Departamento Penitencirio Nacional

Departamento de Polcia Federal

Departamento de Polcia Rodoviria Federal

Defensoria Pblica da Unio

Como rgos colegiados:

Conselho Nacional de Poltica Criminal e Penitenciria

Conselho Nacional de Segurana Pblica

Conselho Nacional de Combate Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual

Conselho Nacional para Refugiados

Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

Vinculam-se, ainda, ao Ministrio da Justia, o Conselho Administrativo de Defesa Econmica (CADE) e a Fundao Nacional do ndio (FUNAI).

POLCIA FEDERAL=Controla a matria relacionada com Produtos Perigosos

SINDICATOS PATRONAIS=Representa os interesses dos empregadores

SINDICATOS DE CLASSE=Representa os interesses dos trabalhadores

FEDERAES E CONFEDERAES=Representa os interesses no mbito nacional com a colaborao do Sistema S(SESI, SENAI, SESC, SENAR, SENAT, SENAC)

DIEESE-Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos.

DIESAT-Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Sade e dos Ambientes de Trabalho

TNU-Turma Nacional de Unificao=

FISCALIZAO/INSPEO, NOTIFICAO E AUTUAO(Penal e Tributria)=POP/PPHO=PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRONIZADO OU PROCEDIMENTO PADRONIZADO DE HIGIENE OPERACIONAL

Acidentes ocorrem desde tempos imemoriais, e as pessoas tm se envolvido, tendo em vista a sua preveno por perodos comparavelmente extensos. Lamentavelmente, apesar de o assunto ter sido discutido continuamente, a terminologia relacionada ainda carece de clareza e preciso. Do ponto de vista tcnico, particularmente frustrante tal condio, pois da mesma resultam desvios e vcios de comunicao e compreenso, que podem se adicionar s dificuldades, na resoluo de problemas. Qualquer discusso sobre riscos ou anlise de riscos deve ser precedida de uma explicao da terminologia, seu sentido preciso e inter-relacionamento (HAMMER in PIZA, 1998).

Essa colocao nos faz refletir e torna necessria a definio de uma terminologia consistente, que no deixe dvidas quanto aos termos empregados. Os termos (e sua explicao) que foram considerados importantes para este trabalho so:

INCIDENTE OU QUASE ACIDENTE:

Qualquer evento, situao, atividade ou fato negativo com potencial para provocar danos(leses nas pessoas ou avarias no meio ambiente ou instalaes e equipamentos) sem a ocorrncia dos respectivos danos e suas consequncias(e.g.=queda de uma luminria sem a sua quebra e sem atingir pessoas).

ACIDENTE: Idem definio anterior com a consequncia de que houve dano na forma de leso ou avaria ao meio ambiente natural e ocupacional.

INCIDENTE CRTICO: Alguns autores tipificam como ACIDENTE sem o dano na forma de leso.

ACIDENTE SEM AFASTAMENTO:

o acidente em que o acidentado pode exercer sua funo normal, no mesmo dia do acidente ou no dia seguinte, no horrio regulamentar.

ACIDENTE COM AFASTAMENTO:

o acidente em que o acidentado sofre uma incapacidade temporria ou permanente que o impossibilita de retornar ao trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte ao acontecido. Pode at mesmo ocorrer a morte do trabalhador.

ACIDENTE DE TRAJETO: aquele que ocorre no percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoo, inclusive veculo de propriedade do segurado. equiparado ao acidente do trabalho, conforme art. 21 da Lei 8.213/91.

ACIDENTE TPICO: qualquer atividade no local de trabalho ou decorrente dele que venha ocorrer um evento no desejado e que provoque algum dano na forma de leso ou avaria de instalaes, meio ambiente ou equipamentos .

APOSENTADORIA ESPECIAL: aposentadoria devida a alguns empregados, dependendo da exposio a agentes nocivos e de riscos fora do limite de tolerncia.

ATO INSEGURO: um termo tcnico utilizado em preveno de acidentes que, conforme a bibliografia, possui definies diferentes, porm com o mesmo significado(ato inseguro de terceiros, da administrao, auto-flagelo, auto-leso...). Entendem-se como atos inseguros todos os procedimentos do homem que contrariem as normas de preveno de acidentes. As atitudes contrrias aos procedimentos e/ou s normas de segurana que o homem assume podem ou no ser deliberadas de acordo com a gesto do ambiente ocupacional. Normalmente, quando essas atitudes no so propositais, o homem deve estar sendo impelido por problemas psicossociais.

Atualmente, o termo ato inseguro, em investigaes de acidentes, no mais utilizado. Os profissionais preferem descrever o ato inseguro cometido, o que facilita em muito a anlise dos acidentes, aos invs de generaliz-lo.

Exemplos de atos inseguros: no seguir normas de segurana, no inspecionar mquinas e equipamentos com que vai trabalhar, usar caixotes como escada, no usar E.P.I. (Equipamentos de Proteo Individual), fazer brincadeiras ou exibio, ingerir bebidas alcolicas antes ou durante o trabalho, no cumprir e nem fazer cuprir se as normas e procedimentos sobre Preveno em SSO em toda a hierarquia da organizao, etc.

CAUSA: a origem de carter humano ou material relacionada com o evento catastrfico (acidente) pela materializao de um risco, resultando danos. (PIZA, 1998).

COMUNICAO DE ACIDENTES DO TRABALHO - CAT: conforme a Lei 8.213/91, um documento obrigatrio, que deve ser preenchido quando da ocorrncia de um acidente do trabalho ou de uma doena ocupacional, mesmo no caso em que no haja afastamento do trabalho, devendo ser encaminhado Previdncia Social e se destina ao registro do tratamento mdico do acidentado, bem como para fins estatsticos oficiais. A empresa dever comunicar o acidente do trabalho Previdncia Social at o primeiro dia til seguinte ao da ocorrncia e, em caso de morte, de imediato, autoridade competente, sob pena de multa. Na falta de comunicao por parte da empresa, podem formaliz-lo o prprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o mdico que o assistiu ou qualquer autoridade pblica, no prevalecendo nestes casos o prazo acima previsto. Considera-se como dia do acidente, no caso de doena profissional ou do trabalho, a data do incio da incapacidade laborativa para o exerccio da atividade habitual, ou o dia da segregao compulsria, ou o dia em que for realizado o diagnstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro. A CAT composta por 6 vias e pode ser acessada e preenchida via INTERNET, site:

http://www.mpas.gov.br

sendo:

1 via para o Empregado

1 via para a Empresa

1 via para o Sindicato da categoria

3 vias para o INSS; 1 retida para o INSS

1 enviada pelo INSS para o Ministrio do Trabalho

1 enviada pelo INSS para o Ministrio da Sade

OBS.: 1)Como exemplo, em Sobral, o Ministrio do Trabalho representado pela Sub- delegacia do Trabalho de Sobral atual GRTE, que subordinada Delegacia Regional do Trabalho D.R.T. atual SRTE, sediada em Fortaleza Cear.

2) Com base nos dados fornecidos pela CAT, o INSS faz a caracterizao do acidente do trabalho ou doena ocupacional ou acidente de trajeto.

3) Os procedimentos para emisso da CAT variam conforme as instrues de cada posto da Previdncia Social.

4) Quem pode emitir a CAT?

PIRMIDE DE FRANK BIRD*(Eng pesquisador da Teoria de Risco)

1 Acidente com leso grave ou fatal

10 Acidentes com leso leve

30 Acidentes com danos materiais

600 Acidentes denominados de Incidentes Crticos ou Quase Acidentes

*)Existem outras relaes como tambm a 10:1(1000, 100, 10 e 1 )

CONDIES DE TRABALHO: so as circunstncias postas disposio dos trabalhadores para a realizao de suas atividades laborais, representadas pelo meio ambiente existente, mquinas e equipamentos, processos produtivos desenvolvidos, bem como treinamentos especficos recebidos. Normalmente so classificados em:

condies de segurana: quando as situaes em que os trabalhos so realizados esto livres da probabilidade da ocorrncia de acidentes;

condies de insegurana ou condies inseguras: quando as circunstncias externas de que dependem as pessoas para realizar seu trabalho so incompatveis com ou contrrias s Normas de Segurana e Preveno de Acidentes. Exemplos: piso escorregadio, instalaes eltricas precrias, iluminao inadequada, falta de ordem e limpeza, etc.

Como essas condies esto nos locais de trabalho, podemos deduzir que foram instaladas por deciso e/ou mau comportamento de pessoas que permitiram o desenvolvimento de situaes de risco queles que l executavam suas atividades. Conclui-se, portanto, que as Condies Inseguras existentes so, via de regra, geradas por problemas comportamentais do homem, independente do seu nvel hierrquico dentro da empresa (PIZA, Informaes bsicas sobre sade e segurana no trabalho, 1997).

DANO: a severidade da leso, ou perda fsica, funcional ou econmica, que podem resultar se o controle sobre um risco perdido. (PIZA, 1998).

NEXO; o mote, o vnculo, a origem , o fato gerador com causa objetiva ou subjetiva.

AGRAVO: a intensidade ou a extenso em que ocorreu o dano .

CULPA : Evento no intencional( Teoria do Risco, Responsabilidade Civil, Risco Objetivo)

DOLO: Vontade, Inteno, Pr-Disposio em causar um dano a outrem(Risco Subjetivo).

TRILOGIA OU TEORIA DO DANO: Impercia, Imprudncia e Negligncia que do fundamento ao ato ILCITO.

TRILOGIA DO ACIDENTE DO TRABALHO: O Nexo, O Dano e o Agravo

DOENA OCUPACIONAL: doena adquirida, produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho. Pode ser uma doena profissional ou uma doena do trabalho. Possui como caracterstica uma ao lenta e paulatina, diferentemente do acidente do trabalho, que um infortnio com conseqncias imediatas. Por fora da legislao, so equiparados.

DOENA PROFISSIONAL: equiparada ao acidente do trabalho que, conforme explicita o Inciso I do Artigo 20, da Lei 8.213/91, produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relao elaborada pelo Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social. Exemplos: PAIR (Perda Auditiva Induzida pelo Rudo), LER (Leso por Esforos Repetitivos), DORT (Doena Osteomuscular Relativa ao Trabalho), Asbestose, Silicose, Bissinose, etc.

DOENA DO TRABALHO: o Inciso II do artigo 20, da Lei 8.213/91, define como sendo aquela adquirida ou desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relao mencionada no inciso I.

MORBIDADE:

MORTALIDADE:

LETALIDADE:

PCD( ex PPD ) : Pessoa Com Deficincia ( congnita, hereditria e adquirida/reabilitada) e atualmente PCNE.

COTAS PARA PCD: 100 a 200 empregados(2%); 201 a 500 empregados(3%); 501 a 1000 empregados(4%) e acima de 1000 empregados ( 5% )

ENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHO: a cincia dedicada preservao da integridade fsica e da sade do trabalhador realizando a preveno de acidentes atravs da anlise de riscos dos locais de trabalho e das operaes neles realizadas. A sua atuao na preveno de acidentes do trabalho. E de sua competncia, por exemplo, quantificar os agentes existentes no ambiente de trabalho que servir para subsidiar o estudo do risco a que se expem os trabalhadores.

EQUIPAMENTOS DE PROTEO CONTRA ACIDENTES: representam todos os dispositivos empregados com a finalidade de se evitar a ocorrncia de acidentes do trabalho ou minimizar os seus efeitos. Dividem-se normalmente em:

A Equipamentos de Proteo Coletiva EPC: so dispositivos utilizados no ambiente laboral destinados proteo de grupos de trabalhadores contra a ocorrncia de acidentes do trabalho ou doenas profissionais, podendo ser representados por protees das mquinas e equipamentos, barreiras e sinalizadores, detectores de gases e fumaas, cones de advertncia, exaustores, corrimes, guarda-corpos, etc.

B Equipamentos de Proteo Individual EPI: so dispositivos utilizados pelos trabalhadores para proteo da sua sade e de sua integridade fsica no ambiente laboral, podendo ser destinados parte especfica do corpo ou do corpo inteiro. Como exemplos de EPIs podem ser citados: as luvas de raspa de couro, o capacete de segurana, os calados de proteo contra riscos de origem mecnica, o avental, os culos contra as radiaes ultra-violetas, etc.

GRAU DE RISCO: o grau de risco de uma empresa um nmero que varia de 1 a 4, dependendo da atividade da empresa, constante da Classificao Nacional de Atividades Econmicas CNAE. Significa que, quanto mais a atividade econmica oferece riscos que podem proporcionar doena ou acidente do trabalho, maior o seu grau de risco. O Quadro I da Norma Regulamentadora NR-4 do Ministrio do Trabalho e Emprego traz o Grau de Risco por tipo de atividade econmica.

CBO:Classificao Brasileira de Ocupao. Compatibiliza a qualificao e a capacitao do trabalhador.

HIGIENE OCUPACIONAL: a cincia dedicada atuao na preveno tcnica das doenas profissionais, atravs do estudo dos agentes ambientais existentes no ambiente de trabalho.

INCAPACIDADE TEMPORRIA: a perda total da capacidade de trabalho por um perodo limitado de tempo, nunca superior a um ano. aquele em que o acidentado, depois de algum tempo afastado do servio devido ao acidente, volta empresa, executando as suas funes normalmente, como fazia antes do ocorrido.

INCAPACIDADE PARCIAL PERMANENTE: a diminuio, por toda a vida, da capacidade de trabalho em razo de um acidente. Neste caso, o trabalhador sofre reduo parcial e permanente da sua capacidade laborativa. Exemplos: perda de um dos olhos, perda de um dos dedos, etc.

INCAPACIDADE TOTAL E PERMANENTE: a invalidez incurvel para o trabalho. quando o acidentado perde a capacidade total para o trabalho, no podendo exerc-la em nenhuma funo.

INDSTRIA DA CONSTRUO - o conjunto das atividades de construo, demolio, reparos e manuteno de empreendimentos como: usinas, edifcios, pontes, estradas, indstrias, barragens, casas, etc.

MEDICINA DO TRABALHO: a cincia dedicada atuao no indivduo atravs de aes predominantemente preventivas, como, por exemplo, o estudo dos produtos existentes no ambiente de trabalho, com o objetivo de avaliar o poder que estes possuem de contaminar ou provocar doenas nos trabalhadores.

MORBIDADE: relao entre o nmero de casos de molstias e o nmero de habitantes de um dado lugar e momento. Portanto, a relao entre os nmeros de doentes e sos.

MORTALIDADE: conjunto de mortes ocorridas num intervalo de tempo. Relao, em determinado agrupamento humano, entre o nmero de mortos e o de habitantes, para todas as molstias em conjunto ou para cada uma delas em particular. Portanto, a relao entre nmeros de mortos e de pessoas ss.

OBS.: A diferena entre morbidade e mortalidade que morbidade se refere ao nmero de doentes e mortalidade ao nmero de mortos.

LETALIDADE: conjunto de mortes ocorridas num intervalo de tempo ou seja: relao entre o nmero de mortos e o de habitantes para uma determinada patologia ou doena especfica. A letalidade > mortalidade.

NVEL DE RISCO: expressa a probabilidade de possveis danos dentro de um perodo especfico de tempo ou nmero de ciclos operacionais. Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano em reais, vidas ou unidades operacionais (PIZA, 1998).

TIPOS DE REGIME DE TRABALHO

CLT(EMPREGADO) =

RJU(SERVIDOR) =

ESTATUTRIO =

REGIMENTAL =

OUTROS(EM FUNO DA NATUREZA JURDICA DA EMPRESA/ORGANIZAO)

CARGA HORRIA

JORNADA DE TRABALHO

SEGURADOS DO INSS

EMPREGADO

INDIVIDUAL

AUTNOMO

MEI

DOMSTICO

RURAL

ESPECIAL

FACULTATIVO

AO TRABALHISTA

TRILOGIA DE UMA AO JUDICIAL=PRINCPIO DO CONTRADITRIO, AMPLA DEFESA E IGUALDADE E ISONOMIA DAS PARTES(Princpios Gerais do Estado Democrtico de Direito)

MARATONA JUDICIAL = ...Sndrome do Ao, Ao...

EQUIDADE, JURISPRUDNCIA, IGUALDADE, SMULA, ACRDO=

ALAR(P)(A):

O termo ALARP pouco conhecido no Brasil, mas o seu conhecimento e de extrema utilidade quando o assunto gesto de risco.

ALARP

a combinao das inicias de As Low As Reasonably Practicable / assessment(to baixo quanto possvel) e ele deve ser entendido como uma diretriz na adoo de controles de reduo de risco.

Um risco elevado no pode de nenhuma forma ser admitido por uma organizao. J um risco mdio pode ser aceito caso no haja condies prticas de reduzi-lo. Ou seja, um risco deve ser reduzido at que se esgotem as condies razoveis disponveis de forma que o ganho a ser obtido com sua reduo adicional no justifique o investimento no controle em questo.

No existe um patamar de risco que deva ser considerado a priori como sendo aceitvel. Um risco deve ser reduzido sempre que tal reduo seja factvel e razovel, mesmo que este risco j seja baixo. Riscos medianos cuja reduo no seja factvel devem ser considerados como sendo inerentes ao negcio em questo e devem ser permanentemente monitorados de forma a que os mesmos no venham a aumentar. Isto ALARP.

Mas nunca demais lembrar que com o tempo os riscos mudam de patamar, por alterao no meio-ambiente interno ou externo, e por isto sua avaliao deve ser peridica e freqente.

PERIGO(DANGER OU HAZARD): a situao em potencial que indica a possibilidade ou a probabilidade de ocorrncias indesejveis de conseqncias graves aos trabalhadores, ao patrimnio ou ao meio ambiente. Portanto, a situao potencial que pode causar conseqncias graves. Expressa a exposio relativa a um risco que favorece a sua materializao em danos( ver OHSAS 18000:2007 ou BS 8800:1996).

RISCO(RISK): a conseqncia e probabilidade da ocorrncia de um perigo associado gravidade e freqncia( ver OHSAS 18000:2007 ou BS 8800:1996).

RISCO = PERIGO / CONTROLE

PREVENO DE ACIDENTES DO TRABALHO: representa todos os procedimentos e comportamentos adotados no sentido de se evitar a ocorrncia de acidentes do trabalho.

RISCO: a situao em potencial que indica a possibilidade ou a probabilidade de ocorrncias indesejveis que causem danos aos trabalhadores, ao patrimnio ou ao meio ambiente. Portanto, uma situao potencial que pode causar danos. Segundo PIZA (1998), risco uma ou mais condies de uma varivel, com o potencial necessrio para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como leses a pessoas, danos a equipamentos ou estruturas, perdas de material em processo ou reduo da capacidade de desempenho de uma funo predeterminada. Havendo um risco, persistem as possibilidades de efeitos adversos. Um risco pode estar presente, mas pode haver baixo nvel de perigo pelas precaues tomadas. Por exemplo: risco um transformador de energia em operao, enquanto perigo uma subestao toda protegida.

SADE OCUPACIONAL: a cincia do ramo da sade pblica que dedica ateno sade e segurana do trabalhador no seu ambiente laboral, atravs de aes predominantemente preventivas contra a ocorrncia de acidentes ou doenas no trabalhador. So citadas como cincias correlatas, dentre outras: a Engenharia de Segurana do Trabalho, a Higiene Ocupacional e a Medicina do Trabalho.

SEGURANA: freqentemente definida como iseno de riscos. Entretanto, praticamente impossvel a eliminao completa de todos os riscos. Segurana , portanto, um compromisso acerca de uma relativa proteo da exposio a riscos. o antnimo de perigo (PIZA, 1998).

SMULAS: So manifestaes interpretativas que revelam a opinio dominante nos tribunais superiores.

ORIENTAO JURISPRUDENCIAL/JURISPRUDENCIONAL: Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, a smula nada mais do que a condensao de srie de acrdos, do mesmo tribunal, que adotem idntica interpretao de preceito jurdico em tese, sem carter obrigatrio, mas persuasivo.

As orientaes jurisprudenciais, tambm se apresentam como condensao de srie de acrdos, do mesmo tribunal, que adotem idntica interpretao de preceito jurdico em tese, sem carter obrigatrio e com carter de orientao, porm de cunho persuasivo.

O precedente normativo jurisprudncia dominante do Tribunal Superior do Trabalho em dissdios coletivos. Os precedentes, da mesma forma que as smulas, so propostos pelos Ministros Comisso de Jurisprudncia do TST e tratam de temas que tenham sido suficientemente debatidos e decididos de maneira uniforme em vrias ocasies. Uma vez aprovados pelo rgo Especial, passam a orientar as decises em questes semelhantes, portanto tem a mesma fora das smulas e orientaes jurisprudenciais.

Deste modo, conclui-se que do ponto de vista prtico, as smulas, orientaes jurisprudenciais e precedentes normativos possuem a mesma funo, qual seja, a de orientar as decises em questes semelhantes, de forma a estabelecer o entendimento do TST sobre determinadas matrias. A distino entre as trs est justamente nas reas de atuao (dissdios individuais e dissdios coletivos).Fonte LFV.

RESPONSABILIDADE CIVIL, CRIMINAL, OBETIVA, SUBJETIVA, SOLIDRIA E SUBSIDIRIA:.

DOLO E CULPA.:

1.4 - A PARTICIPAO DO GOVERNO NA PREVENO DOS ACIDENTES

So incontestveis os avanos conseguidos na rea de Segurana e Sade do Trabalhador, tanto no aspecto scio-econmico, como cultural. Mas esses avanos foram acelerados, quando o Ministrio do Trabalho deixou de legislar somente nos gabinetes e passou a ouvir a sociedade; ou seja, sem consulta prvia sociedade, impor legislaes e normas regulamentadoras, s trazia desgastes e pouca eficcia no combate aos acidentes.

A partir de 1996, com a publicao da Portaria do Ministrio do Trabalho, SSST/MTE No 393/96, de 09 de abril de 1996, que ficou conhecida como Norma Regulamentadora nmero zero (NR-0), o Estado adotaria a seguinte atitude ao legislar sobre Segurana e Sade no Trabalho: prope uma norma ou texto tcnico, publica no Dirio Oficial da Unio e d um prazo de 90 dias para a sociedade se manifestar, apresentando sugestes. A CTPP (Comisso Tripartite Paritria Permanente), ento criada com essa Portaria, indicaria um GTT (Grupo de Trabalho Tripartite) para analisar as sugestes. Se no houvesse consenso, o Estado definiria a questo, o que seu papel, mesmo contrariando alguma parte.

Hoje, as normas so revisadas com divulgao prvia atravs de portarias e com prazo para remessa de sugestes ao Ministrio do Trabalho. Por exemplo, a NR-5 (que trata sobre CIPA), revisada recentemente, passou dois anos e meio para ser aprovada. Recentemente foi lanada a Portaria no. 10, de 6 de abril de 2000, propondo reviso da NR-4 (SESMT).

A nvel federal, de onde devem partir as diretrizes para orientar a sociedade como um todo na preveno dos acidentes do trabalho, est havendo sinais, a nosso ver, de que podemos ter fruns para discusso dos problemas de segurana e sade do trabalhador. Por exemplo, a criao de GTT Grupos de Trabalhos Tripartite, do Ministrio do Trabalho, para estudo e consolidao das sugestes apresentadas pela sociedade quanto reviso das Normas Regulamentadoras e s CTPP Comisso Tripartite Paritria Permanente, onde ocorre a negociao entre trabalhadores, governo e empregadores, tendo-se tornado um plo democrtico de troca de experincias e disseminao de informao, visando atingir as metas de reduo dos acidentes, doenas e da melhoria da qualidade de vida no trabalho. Seu funcionamento requer melhorias, pois, pelo que se sabe, as propostas levadas pelos representantes da classe trabalhadora muitas vezes so combatidas por governo e empregador, ou seja, no jogo de interesses h uma tendncia de governo e empregador votarem juntos. Mas de qualquer forma um avano.

A CTTP uma comisso tripartite com organizao nacional, composta por 6 representantes dos empregadores (Confederao Nacional das Indstrias CNI, Confederao Nacional da Agricultura CNA, Confederao Nacional do Comrcio CNC, Confederao Nacional dos Transportes CNT e Confederao Nacional das Instituies Financeiras CNIF); 6 representantes trabalhadores (Fora Sindical, CUT, Confederao Geral dos Trabalhadores CGT e SDS) e 6 representantes do governo (Ministrio do Trabalho e Emprego, Sade e Previdncia e Assistncia Social).

O movimento sindical tinha como reivindicao antiga participar do processo de elaborao e reviso da regulamentao na rea de segurana e sade no trabalho.

As centrais sindicais valorizam esse frum de discusso e deciso. A CUT Central nica dos Trabalhadores, por exemplo, est como gerente em 2 projetos do PBQP Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade. O Projeto n 1, por exemplo, Reconstruo do Modelo de Organizao do Sistema Integrado de Segurana e Sade no Trabalho.

O GTT da CIPA (NR 5) foi constitudo a partir da CTPP. Os projetos do PBQP so coordenados tambm pela CTPP.

A influncia do Estado na preveno dos acidentes do trabalho, principalmente a nvel federal, tem se tornado, no decorrer do tempo, cada vez maior. Acreditamos que assim deva ser, pois a Segurana e Sade do Trabalho so assuntos em pauta, mas relativamente novos no Brasil. E assim, uma integrao entre os diversos segmentos se faz necessria, sendo obrigao do Estado realizar este papel. No entanto, alm de uma base estatstica sobre acidentes e doenas do trabalho ainda muita frgil, notamos que praticamente no existe integrao entre as aes dos Ministrios do Trabalho e Emprego, Ministrio da Sade e Ministrio da Previdncia e Assistncia Social, que legislam na rea de Segurana e Sade, mas no utilizam os mesmos mecanismos, gerando conflitos negativos entre empregados e empregadores, pouco colaborando no que interessa, que prevenir.

O DSST Departamento de Segurana e Sade do Trabalhador, hoje, o rgo de mbito nacional para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurana e medicina do trabalho, inclusive a fiscalizao do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares, em todo territrio nacional. Em nvel estadual, essa fiscalizao executada pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT), atual SRTE/GRTE(Superintendncia/Gerncia Regional do Trabalho e Emprego, atravs do Servio de Segurana e Sade no Trabalho (SSST).

Os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, quanto ao risco no trabalho, esto estabelecidos no artigo 7 da Constituio de 1988, enquanto a legislao ordinria est contida na Consolidao das Leis do Trabalho CLT e em legislao complementar. A redao atual do captulo da CLT que abrange a segurana e a sade dos trabalhadores (Ttulo II, Captulo V) foi estabelecida pela Lei No. 6.514, de 22 de dezembro de 1977, e se estende do artigo 154 ao 201.

Em 8 de junho de 1978, o Ministrio do Trabalho, atravs da Portaria No. 3.214, aprovou as Normas Regulamentadoras (NR) relativas segurana e medicina do trabalho. Em 12 de abril de 1988, atravs da Portaria No. 3.067, foram aprovadas as Normas Regulamentadoras Rurais (NRR).

Na Constituio Brasileira de 1988, no seu artigo 200, ficou estabelecido que compete ao SUS Sistema nico de Sade exe