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LÍNGUA PORTUGUESA Emprego das classes das palavras - Emprego do sinal indicativo de crase - Sintaxe da oração e do período - Pontuação - Concordância nominal e verbal - Regência nominal e verbal - Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação - Emprego de tempos e modos verbais - Estrutura e sequência lógica de frases e parágrafos. I - Compreensão e interpretação de texto. II - Significação das palavras: sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos. • Sinônimos: Palavras sinônimas -> duas ou mais palavras identificam-se exatamente ou aproximadamente quanto ao significado. As que se identificam exatamente se dizem sinônimas perfeitas (cara e rosto). As que se identificam por aproximadamente se dizem sinônimas imperfeitas (esperar e aguardar). Antônimos: Palavras antônimas - duas ou mais palavras têm significados contrários, como amor e ódio vitorioso e derrotado. • Homônimos: Palavras homônimas - duas ou mais palavras apresentam identidade de sons ou de forma, mas de significado diferente. As palavras homônimas se apresentam como: o perfeitas - mesma grafia e mesma pronúncia, mas com classes diferentes Ex.: caminho (substantivo) e caminho (do verbo caminhar) / cedo (advérbio) e cedo (do verbo ceder) / for (do verbo ser) e for (do verbo ir) / livre (adjetivo) e livre (do verbo livrar) / são (adjetivo) e são (do verbo ser) / serrar (substantivo) e serra (do verbo serrar) o homógrafas - mesma grafia e pronúncia diferente Ex.: colher (substantivo) e colher (do verbo colher) / começo (substantivo) e começo (do verbo começar) / gelo

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LNGUA PORTUGUESA

Emprego das classes das palavras - Emprego do sinal indicativo de crase - Sintaxe da orao e do perodo - Pontuao - Concordncia nominal e verbal - Regncia nominal e verbal - Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocao - Emprego de tempos e modos verbais - Estrutura e sequncia lgica de frases e pargrafos.

I - Compreenso e interpretao de texto.

II - Significao das palavras: sinnimos, antnimos, homnimos e parnimos.

Sinnimos: Palavras sinnimas -> duas ou mais palavras identificam-se exatamente ou aproximadamente quanto ao significado. As que se identificam exatamente se dizem sinnimas perfeitas (cara e rosto). As que se identificam por aproximadamente se dizem sinnimas imperfeitas (esperar e aguardar).

Antnimos: Palavras antnimas - duas ou mais palavras tm significados contrrios, como amor e dio vitorioso e derrotado.

Homnimos: Palavras homnimas - duas ou mais palavras apresentam identidade de sons ou de forma, mas de significado diferente.

As palavras homnimas se apresentam como:

perfeitas - mesma grafia e mesma pronncia, mas com classes diferentes

Ex.: caminho (substantivo) e caminho (do verbo caminhar) / cedo (advrbio) e cedo (do verbo ceder) / for (do verbo ser) e for (do verbo ir) / livre (adjetivo) e livre (do verbo livrar) / so (adjetivo) e so (do verbo ser) / serrar (substantivo) e serra (do verbo serrar)

homgrafas - mesma grafia e pronncia diferente

Ex.: colher (substantivo) e colher (do verbo colher) / comeo (substantivo) e comeo (do verbo comear) / gelo (substantivo) e gelo (do verbo gelar) / torre (substantivo) e torre (verbo torrar)

homfonas - grafia diferente e mesma pronncia

Ex.: acender (pr fogo) e ascender (subir) / acento (tonicidade de palavras) e assento (lugar para sentar-se) / aprear (avaliar preos) e apressar (acelerar) / caar (perseguio e morte de seres vivos) e cassar (anular) / cela (quarto pequeno), sela (arreio de animais) e sela (do verbo selar) / cerrar (fechar) e serrar (cortar) / cesso (doao), seo (diviso) e sesso (tempo de durao de uma apresentao ou espetculo) / concerto (apresentao musical) e conserto (arrumao) / coser (costurar) e cozer (cozinhar) / sinto (do verbo sentir) e cinto (objeto de vesturio) / taxa (imposto) e tacha (prego pequeno)

Observao

No se deve confundir os homnimos perfeitos com o conceito de polissemia em que as palavras tm mesma grafia, som e classe (ponto de nibus, ponto final, ponto de vista, ponto de encontro etc.)

Parnimos: Palavras parnimas - duas ou mais palavras quando apresentam grafia e pronncia parecidas, mas significado diferente.

Ex.: rea (superfcie) e ria (melodia) / comprimento (extenso) e cumprimento (saudao) / deferir (conceder) e diferir (adiar) / descrio (ato de descrever) e discrio (reserva em atos e atitudes) / despercebido (desatento) e desapercebido (despreparado) / emergir (vir a tona, despontar) e imergir (mergulhar) / emigrante (quem sai voluntariamente de seu prprio pas para se estabelecer em outro) e imigrante (quem entra em outro pas a fim de se estabelecer) / eminente (destacado, elevado) e iminente (prestes a acontecer) / fla grante (evidente) e fragrante (perfumado, aromtico) / fluir (correr em estado fluido ou com abundncia) e fruir (desfrutar, aproveitar) / inflao (desvalorizao da moeda) e infrao (violao da lei) / infringir (transgredir) e infligir (aplicar) / ratificar (confirmar) e retificar (corrigir) / trfego (trnsito de veculos em vias pblicas) e trfico (comrcio desonesto ou ilcito) / vultoso (que faz vulto, volumoso ou de grande importncia) e vultuoso (acometido de congesto da face).

III - Pontuao. Estrutura e seqncia lgica de frases e pargrafos.

H certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonao e at mesmo, silncio - que s esto presentes na oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais recursos, usamos os sinais de pontuao. Estes so tambm usados para destacar palavras, expresses ou oraes e esclarecer o sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambigidade.

1. Vrgula

Emprega-se a vrgula (uma breve pausa):

a) para separar os elementos mencionados numa relao:A nossa empresa est contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e secretrias.O apartamento tem trs quartos, sala de visitas, sala de jantar, rea de servio e dois banheiros.

NOTAMesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumerao, a vrgula deve ser empregada:

Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roa as unhas.

b) para isolar o vocativo:Cristina, desligue j esse telefone!Por favor, Ricardo, venha at o meu gabinete.

c) para isolar o aposto:Dona Slvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.Rafael, o gnio da pintura italiana, nasceu em Urbino.

d) para isolar palavras e expresses explicativas (a saber, por exemplo, isto , ou melhor, alis, alm disso etc.):Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto , tudo o que tnhamos economizado durante anos.Eles viajaram para a Amrica do Norte, alis, para o Canad.

e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:L no serto, as noites so escuras e perigosas.Ontem noite, fomos todos jantar fora.

f) para isolar elementos repetidos:O palcio, o palcio est destrudo.Esto todos cansados, cansados de dar d!

g) para isolar, nas datas, o nome do lugar:So Paulo, 22 de maio de 1995.Roma, 13 de dezembro de 1995.

h) para isolar os adjuntos adverbiais:A multido foi, aos poucos, avanando para o palcio.Os candidatos sero atendidos, das sete s onze, pelo prprio gerente.

i) para isolar as oraes coordenadas, exceto as introduzidas pela conjuno e:Ele j enganou vrias pessoas, logo no digno de confiana.Voc pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.No compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.

j) para indicar a elipse de um elemento da orao:Foi um grande escndalo. s vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.No se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irm, que foi um acidente.

k) para separar o paralelismo de provrbios:Ladro de tosto, ladro de milho.Ouvir cantar o galo, sem saber onde.

l) aps a saudao em correspondncia (social e comercial):Com muito amor,Respeitosamente,

m) para isolar as oraes adjetivas explicativas:Marina, que uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana l no trabalho.Vidas Secas, que um romance contemporneo, foi escrito por Graciliano Ramos.

n) para isolar oraes intercaladas:No lhe posso garantir nada, respondi secamente.O filme, disse ele, fantstico.

2. Ponto

Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o trmino de uma frase declarativa de um perodo simples ou composto.

Desejo-lhe uma feliz viagem.A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado com primor.

O ponto tambm usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia.

O ponto que empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.

3. Ponto-e-vrgula

Utiliza-se o ponto-e-vrgula para assinalar uma pausa maior do que a da vrgula, praticamente uma pausa intermediria entre o ponto e a vrgula.Geralmente, emprega-se o ponto-e-vrgula para:

a) separar oraes coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que j apresentam separao por vrgula:Criana, foi uma garota sapeca; moa, era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas.

b) separar vrios itens de uma enumerao:Art. 206. O ensino ser ministrado com base nos seguintes princpios:I - igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola;II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;III - pluralismo de idias e de concepes, e coexistncia de instituies pblicas e privadas de ensino;IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;. . . . . . . . (Constituio da Repblica Federativa do Brasil)

4. Dois-pontos

Os dois-pontos so empregados para:

a) uma enumerao:... Rubio recordou a sua entrada no escritrio do Camacho, o modo porque falou: e da tornou atrs, ao prprio ato.Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um mpeto irresistvel...(Machado de Assis)

b) uma citao:Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:- Afinal, o que houve?

c) um esclarecimento:Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. No porque o amasse, mas para magoar Lucila.

Observe que os dois-pontos so tambm usados na introduo de exemplos, notas ou observaes. Parnimos so vocbulos diferentes na significao e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso, descriminar/discriminar etc.

Nota: A preposio per, considerada arcaica, somente usada na frase de per si (= cada um por sua vez, isoladamente).

Observao: Na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advrbios: cedinho, longinho, melhorzinho, pouquinho etc.

NOTAA invocao em correspondncia (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vrgula:Querida amiga:Prezados senhores,

5. Ponto de interrogao

O ponto de interrogao empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta no exija resposta:

O criado pediu licena para entrar:- O senhor no precisa de mim?- No obrigado. A que horas janta-se?- s cinco, se o senhor no der outra ordem.- Bem.- O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?- No.(Jos de Alencar)

6. Ponto de exclamao

O ponto de exclamao empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonao exclamativa, que normalmente exprime admirao, surpresa, assombro, indignao etc.

- Viva o meu prncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensvel e muito repousante, Jacinto!- Ento janta, homem!(Ea de Queiroz)

NOTAO ponto de exclamao tambm usado com interjeies e locues interjetivas:Oh!

Valha-me Deus!

7. Reticncias

As reticncias so empregadas para:

a) assinalar interrupo do pensamento:- Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a conscincia de que fiz o meu dever. Mas o mundo saber...(Jlio Dinis)

b) indicar passos que so suprimidos de um texto:O primeiro e crucial problema de lingstica geral que Saussure focalizou dizia respeito natureza da linguagem. Encarava-a como um sistema de signos... Considerava a lingstica, portanto, com um aspecto de uma cincia mais geral, a cincia dos signos...

(Mattoso Camara Jr.)

c) marcar aumento de emoo:As palavras nicas de Teresa, em resposta quela carta, significativa da turvao do infeliz, foram estas: "Morrerei, Simo, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes que sorte eu queria dar-te... e morro, porque no posso, nem poderei jamais resgatar-te.(Camilo Castelo Branco)

8. Aspas

As aspas so empregadas:

a) antes e depois de citaes textuais:Roulet afirma que "o gramtico deveria descrever a lngua em uso em nossa poca, pois dela que os alunos necessitam para a comunicao quotidiana".

b) para assinalar estrangeirismos, neologismos, grias e expresses populares ou vulgares:O "lobby" para que se mantenha a autorizao de importao de pneus usados no Brasil est cada vez mais descarado.(Veja)

Na semana passada, o senador republicano Charles Grassley apresentou um projeto de lei que pretende "deletar" para sempre dos monitores de crianas e adolescentes as cenas consideradas obscenas.(Veja)

Popularidade no "xilindr"Preso h dois anos, o prefeito de Rio Claro tem apoio da populao e quer uma delegada para primeira-dama.(Veja)

Com a chegada da polcia, os trs suspeitos "puxaram o carro" rapidamente.

c) para realar uma palavra ou expresso:Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um "no" sonoro.Aquela "vertigem sbita" na vida financeira de Ricardo afastou-lhe os amigos dissimulados.

9. Travesso

Emprega-se o travesso para:

a) indicar a mudana de interlocutor no dilogo:- Que gente aquela, seu Alberto?- So japoneses.- Japoneses? E... gente como ns?- . O Japo um grande pas. A nica diferena que eles so amarelos.- Mas, ento no so ndios?(Ferreira de Castro)

b) colocar em relevo certas palavras ou expresses:Maria Jos sempre muito generosa - sem ser artificial ou piegas - a perdoou sem restries.Um grupo de turistas estrangeiros - todos muito ruidosos - invadiu o saguo do hotel no qual estvamos hospedados.

c) substituir a vrgula ou os dois pontos:Cruel, obscena, egosta, imoral, indmita, eternamente selvagem, a arte a superioridade humana - acima dos preceitos que se combatem, acima das religies que passam, acima da cincia que se corrige; embriaga como a orgia e como o xtase.(Raul Pompia)

d) ligar palavras ou grupos de palavras que formam um "conjunto" no enunciado:A ponte Rio-Niteri est sendo reformada.O tringulo Paris-Milo-Nova York est sendo ameaado, no mundo da moda, pela ascenso dos estilistas do Japo.

10. Parnteses

Os parnteses so empregados para:

a) destacar num texto qualquer explicao ou comentrio:Todo signo lingustico formado de duas partes associadas e inseparveis, isto , o significante (unidade formada pela sucesso de fonemas) e o significado (conceito ou idia).

b) incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicao, pgina etc.):Mattoso Camara (1977:91) afirma que, s vezes, os preceitos da gramtica e os registros dos dicionrios so discutveis: consideram erro o que j poderia ser admitido e aceitam o que poderia, de preferncia, ser posto de lado.

c) indicar marcaes cnicas numa pea de teatro:Abelardo I - Que fim levou o americano?Joo - Decerto caiu no copo de usque!Abelardo I - Vou salv-lo. At j!(sai pela direita)(Oswald de Andrade)

d) isolar oraes intercaladas com verbos declarativos, em substituio vrgula e aos travesses:Afirma-se (no se prova) que muito comum o recebimento de propina para que os carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.

11. Asterisco

O asterisco, sinal grfico em forma de estrela, um recurso empregado para:

a) remisso a uma nota no p da pgina ou no fim de um captulo de um livro:Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que contm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos concluso de que este afixo est ligado a estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como em: bruxaria, gritaria, patifaria etc.

* o morfema que no possui significao autnoma e sempre aparece ligado a outras palavras.

b) substituio de um nome prprio que no se deseja mencionar:O Dr.* afirmou que a causa da infeco hospitalar na Casa de Sade Municipal est ligada falta de produtos adequados para assepsia.

O PARGRAFO

O pargrafo organizado em torno de uma ideia-ncleo, que desenvolvida por ideias secundrias. O pargrafo pode ser formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho varivel. No texto dissertativo-argumentativo, os pargrafos devem estar todos relacionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apresentada na introduo.

Embora existam diferentes formas de organizao de pargrafos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gneros jornalsticos apresentam uma estrutura-padro. Essa estrutura consiste em trs partes: a ideia-ncleo, as ideias secundrias (que desenvolvem a ideia-ncleo) e a concluso (que reafirma a ideia-bsica). Em pargrafos curtos, raro haver concluso.

Conhea a estrutura-padro a seguir, observando sua organizao interna.

(ideia-ncleo) A poluio que se verifica principalmente nas capitais do pas um problema relevante, para cuja soluo necessria uma ao conjunta de toda a sociedade. (ideia secundria) O governo, por exemplo, deve rever sua legislao de proteo ao meio ambiente, ou fazer valer as leis em vigor; o empresrio pode dar sua contribuio, instalando filtro de controle dos gases e lquidos expelidos, e a populao, utilizando menos o transporte individual e aderindo aos programas de rodzio de automveis e caminhes, como j ocorre em So Paulo. (concluso) Medidas que venham a excluir qualquer um desses trs setores da sociedade tendem a ser incuas no combate poluio e apenas onerar as contas pblicas.

Observe que a ideia-ncleo apresentou palavras-chave (poluio / soluo / ao conjunta / sociedade) que vo nortear o restante do pargrafo. O perodo subsequente ideia secundria vai desenvolver o que foi citado anteriormente: ao conjunta do governo, do empresrio e da populao. O ltimo perodo retoma as ideias anteriores, posicionando-se frente ao tema.

Em suma, note que todo o pargrafo se organiza em torno do primeiro perodo, que expe o ponto de vista do autor sobre como combater a poluio. O segundo perodo desenvolve e fundamenta a ideia-ncleo, apontando como cada um dos setores envolvidos pode contribuir. O ltimo perodo conclui o pargrafo, reforando a ideia-ncleo.

Outro aspecto que merece especial ateno so os elementos relacionadores, isto , os conectores ou conetivos. Eles so responsveis pela coeso do texto e tornam a leitura mais fluente; visam a estabelecer um encadeamento lgico entre as idias e servem de elo entre o pargrafo, ou no interior do perodo, e o tpico que o antecede. Saber us-los com preciso, tanto no interior da frase, quanto ao passar de um enunciado para outro, uma exigncia tambm para a clareza do texto. Sem esses conectores pronomes relativos, conjunes, advrbios, preposies, palavras denotativas as idias no fluem, muitas vezes o pensamento no se completa, e o texto torna-se obscuro, sem coerncia.

Os elementos relacionadores no so, todavia, obrigatrios; geralmente esto presentes a partir do segundo pargrafo. No exemplo a seguir, o pargrafo demonstrativo certamente no constitui o 1 pargrafo de uma redao.

Exemplo de um pargrafo e suas divises

Nesse contexto, um grave erro a liberao da maconha. Provocar de imediato violenta elevao do consumo. O Estado perder o precrio controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrpicas e nossas instituies de recuperao de viciados no tero estrutura suficiente para atender demanda. Enfim, viveremos o caos. (Alberto Corazza, Isto , com adaptaes)

Elemento relacionador : Nesse contexto. Tpico frasal: um grave erro a liberao da maconha. Desenvolvimento: Provocar de imediato violenta elevao do consumo. O Estado perder o precrio controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrpicas e nossas instituies de recuperao de viciados no tero estrutura suficiente para atender demanda. Concluso: Enfim, viveremos o caos.

IV - Ortografia oficial. Acentuao grfica.

Ver no blog.

V - Classes das palavras.

As palavras so classificadas de acordo com as funes exercidas nas oraes.

Na lngua portuguesa podemos classificar as palavras em:

Substantivo

a palavra varivel que denomina qualidades, sentimentos, sensaes, aes, estados e seres em geral.

Quanto a sua formao, o substantivo pode ser primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), simples (alface) ou composto (guarda-chuva).

J quanto a sua classificao, ele pode ser comum (cidade) ou prprio (Curitiba), concreto (mesa) ou abstrato (felicidade).

Os substantivos concretos designam seres de existncia real ou que a imaginao apresenta como tal: alma, fada, santo. J os substantivos abstratos designam qualidade, sentimento, ao e estado dos seres: beleza, cegueira, dor, fuga.

Os substantivos prprios so sempre concretos e devem ser grafados com iniciais maisculas.

Certos substantivos prprios podem tornar-se comuns, pelo processo de derivao imprpria (um judas = traidor / um panam = chapu).

Os substantivos abstratos tm existncia independente e podem ser reais ou no, materiais ou no. Quando esses substantivos abstratos so de qualidade tornam-se concretos no plural (riqueza X riquezas).

Muitos substantivos podem ser variavelmente abstratos ou concretos, conforme o sentido em que se empregam (a redao das leis requer clareza / na redao do aluno, assinalei vrios erros).

J no tocante ao gnero (masculino X feminino) os substantivos podem ser:

biformes: quando apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino. (rato, rata ou conde X condessa).

uniformes: quando apresentam uma nica forma para ambos os gneros. Nesse caso, eles esto divididos em:

epicenos: usados para animais de ambos os sexos (macho e fmea) - albatroz, badejo, besouro, codorniz;

comum de dois gneros: aqueles que designam pessoas, fazendo a distino dos sexos por palavras determinantes - aborgine, camarada, herege, manequim, mrtir, mdium, silvcola;

sobrecomuns - apresentam um s gnero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos - algoz, apstolo, cnjuge, guia, testemunha, verdugo;

Alguns substantivos, quando mudam de gnero, mudam de sentido. (o cisma X a cisma / o corneta X a corneta / o crisma X a crisma / o cura X a cura / o guia X a guia / o lente X a lente / o lngua X a lngua / o moral X a moral / o maria-fumaa X a maria-fumaa / o voga X a voga).

Os nomes terminados em -o fazem feminino em -, -oa ou -ona (alem, leoa, valentona).

Os nomes terminados em -e mudam-no para -a, entretanto a maioria invarivel (monge X monja, infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a estudante).

Quanto ao nmero (singular X plural), os substantivos simples formam o plural em funo do final da palavra.

vogal ou ditongo (exceto -O): acrscimo de -S (porta X portas, trofu X trofus);

ditongo -O: -ES / -ES / -OS, variando em cada palavra (pagos, cidados, cortesos, escrives, sacristes, capites, capeles, tabelies, dees, faises, guardies).

Os substantivos paroxtonos terminados em -o fazem plural em -os (bnos, rfos, glfos). Alguns gramticos registram arteso (artfice) - artesos e arteso (adorno arquitetnico) - arteses.

-EM, -IM, -OM, -UM: acrscimo de -NS (jardim X jardins);

-R ou -Z: -ES (mar X mares, raiz X razes);

-S: substantivos oxtonos acrscimo de -ES (pas X pases). Os no-oxtonos terminados em -S so invariveis, marcando o nmero pelo artigo (os atlas, os lpis, os nibus), cais, cs e xis so invariveis;

-N: -S ou -ES, sendo a ltima menos comum (hfen X hifens ou hfenes), cnon > cnones;

-X: invarivel, usando o artigo para o plural (trax X os trax);

-AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal X animais, barril X barris). Exceto mal por males, cnsul por cnsules, real (moeda) por ris, mel por mis ou meles;

IL: se oxtono, trocar -L por -S. Se no oxtonos, trocar -IL por -EIS. (til X tis, mssil X msseis). Observao: rptil / reptil por rpteis / reptis, projtil / projetil por projteis / projetis;

sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A): colocar a palavra primitiva no plural, retirar o -S e acrescentar o sufixo diminutivo (caezitos, coroneizinhos, mulherezinhas). Observao: palavras com esses sufixos no recebem acento grfico.

metafonia: -o tnico fechado no singular muda para o timbre aberto no plural, tambm variando em funo da palavra. (ovo X ovos, mas bolo X bolos). Observao: avs (av paterno + av materno), avs (av + av ou av + av).

Os substantivos podem apresentar diferentes graus, porm grau no uma flexo nominal. So trs graus: normal, aumentativo e diminutivo e podem ser formados atravs de dois processos:

analtico: associando os adjetivos (grande ou pequeno, ou similar) ao substantivo;

sinttico: anexando-se ao substantivo sufixos indicadores de grau (menino X menininho).

Certos substantivos, apesar da forma, no expressam a noo aumentativa ou diminutiva. (carto, cartilha).

alguns sufixos aumentativo: -zio, -orra, -ola, -az, -o, -eiro, -alho, -aro, -arro, -zarro;

alguns sufixos diminutivo: -ito, -ulo-, -culo, -ote, -ola, -im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho obrigatrio quando o substantivo terminar em vogal tnica ou ditongo: cafezinho, paizinho);

O aumentativo pode exprimir desprezo (sabicho, ministrao, poetastro) ou intimidade (amigo); enquanto o diminutivo pode indicar carinho (filhinho) ou ter valor pejorativo (livreco, casebre).

Algumas curiosidades sobre os substantivos:

Palavras masculinas:

gape (refeio dos primitivos cristos);

antema (excomungao);

axioma (premissa verdadeira);

caudal (cachoeira);

carcinoma (tumor maligno);

champanha, cl, clarinete, contralto, coma, diabete/diabetes (FeM classificam como gnero vacilante);

diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno);

herpes, hosana (hino);

jngal (floresta da ndia);

lhama, praa (soldado raso);

praa (soldado raso);

proclama, sabi, soprano (FeM classificam como gnero vacilante);

suter, tapa (FeM classificam como gnero vacilante);

teir (parte de arma de fogo ou arado);

telefonema, trema, vau (trecho raso do rio).

Palavras femininas:

abuso (engano);

alcone (ave doa antigos);

aluvio, araqu (ave);

spide (reptil peonhento);

baitaca (ave);

cataplasma, cal, clmide (manto grego);

clera (doena);

derme, dinamite, entorce, fcies (aspecto);

filoxera (inseto e doena);

gnese, guriat (ave);

hlice (FeM classificam como gnero vacilante);

jaan (ave);

juriti (tipo de aves);

libido, mascote, omoplata, rs, suuarana (felino);

sucuri, tbia, trama, ub (canoa);

usucapio (FeM classificam como gnero vacilante);

xerox (cpia).

Gnero vacilante:

acau (falco);

inambu (ave);

laringe, personagem (Ceg. fala que usada indistintamente nos dois gneros, mas que h preferncia de autores pelo masculino);

vspora.

Alguns femininos:

abade - abadessa;

abego (feitor) - abegoa;

alcaide (antigo governador) - alcaidessa, alcaidina;

aldeo - alde;

anfitrio - anfitrioa, anfitri;

beiro (natural da Beira) - beiroa;

besunto (porcalho) - besuntona;

bonacho - bonachona;

breto - bretoa, bret;

cantador - cantadeira;

cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz;

castelo (dono do castelo) - castel;

catalo - catal;

cavaleiro - cavaleira, amazona;

charlato - charlat;

coimbro - coimbr;

cnsul - consulesa;

comarco - comarc;

cnego - canonisa;

czar - czarina;

deus - deusa, dia;

dicono (clrigo) - diaconisa;

doge (antigo magistrado) - dogesa;

druida - druidesa;

elefante - elefanta e ali (Ceilo);

embaixador - embaixadora e embaixatriz;

ermito - ermitoa, ermit;

faiso - faisoa (Cegalla), fais;

hortelo (trata da horta) - horteloa;

javali - javalina;

ladro - ladra, ladroa, ladrona;

fel (campons) - felana;

flmine (antigo sacerdote) - flamnica;

frade - freira;

frei - sror;

gigante - giganta;

grou - grua;

lebro - lebre;

maestro - maestrina;

magano (malicioso) - magana;

melro - mlroa;

moceto - mocetona;

oficial - oficiala;

padre - madre;

papa - papisa;

pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja;

parvo - prvoa;

peo - pe, peona;

perdigo - perdiz;

prior - prioresa, priora;

mu ou mulo - mula;

raj - rani;

rapaz - rapariga;

rasco (desleixado) - rascoa;

sandeu - sandia;

sintro - sintr;

sulto - sultana;

tabaru - tabaroa;

varo - matrona, mulher;

veado - veada;

vilo - viloa, vil.

Substantivos em -O e seus plurais:

alo - ales, alos, ales;

aldeo - aldeos, aldees;

capelo - capeles;

castelo - castelos, casteles;

cidado - cidados;

corteso - cortesos;

ermito - ermites, ermitos, ermites;

escrivo - escrives;

folio - folies;

hortelo - horteles, hortelos;

pago - pagos;

sacristo - sacristes;

tabelio - tabelies;

tecelo - teceles;

vero - veros, veres;

vilo - viles, vilos;

vulco - vulces, vulcos.

Alguns substantivos que sofrem metafonia no plural:

abrolho, caroo, corcovo, corvo, coro, despojo, destroo, escolho, esforo, estorvo, forno, forro, fosso, imposto, jogo, miolo, poo, porto, posto, reforo, rogo, socorro, tijolo, toco, torno, torto, troco.

Substantivos s usados no plural:

anais, antolhos, arredores, arras (bens, penhor), calendas (1 dia do ms romano), cs (cabelos brancos), ccegas, condolncias, damas (jogo), endoenas (solenidades religiosas), esponsais (contrato de casamento ou noivado), esposrios (presente de npcias), exquias (cerimnias fnebres), fastos (anais), frias, fezes, manes (almas), matinas (brevirio de oraes matutinas), npcias, culos, olheiras, primcias (comeos, preldios), psames, vsceras, vveres etc., alm dos nomes de naipes.

Coletivos:

alavo - ovelhas leiteiras;

armento - gado grande (bfalos, elefantes);

assembleia (parlamentares, membros de associaes);

atilho - espigas;

baixela - utenslios de mesa;

banca - de examinadores, advogados;

bandeira - garimpeiros, exploradores de minrios;

bando - aves, ciganos, crianas, salteadores;

boana - peixes midos;

cabido - cnegos (conselheiros de bispo);

cfila - camelos;

cainalha - ces;

cambada - caranguejos, malvados, chaves;

cancioneiro - poesias, canes;

caterva - desordeiros, vadios;

choldra, joldra - assassinos, malfeitores;

chusma - populares, criados;

conselho - vereadores, diretores, juzes militares;

concilibulo - feiticeiros, conspiradores;

conclio - bispos;

canzoada - ces;

conclave - cardeais;

congregao - professores, religiosos;

consistrio - cardeais;

fato - cabras;

feixe - capim, lenha;

junta - bois, mdicos, credores, examinadores;

girndola - foguetes, fogos de artifcio;

grei - gado mido, polticos;

hemeroteca - jornais, revistas;

legio - anjos, soldados, demnios;

malta - desordeiros;

matula - desordeiros, vagabundos;

mirade - estrelas, insetos;

nuvem - gafanhotos, p;

panapan - borboletas migratrias;

penca - bananas, chaves;

rcua - cavalgaduras (bestas de carga);

renque - rvores, pessoas ou coisas enfileiradas;

rstia - alho, cebola;

ror - grande quantidade de coisas;

scia - pessoas desonestas, patifes;

talha -lenha;

tertlia - amigos, intelectuais;

tropilha - cavalos;

vara - porcos.

Substantivos compostos:

Os substantivos compostos formam o plural da seguinte maneira:

sem hfen formam o plural como os simples (pontap/pontaps);

caso no haja caso especfico, verifica-se a variabilidade das palavras que compem o substantivo para pluraliz-los. So palavras variveis: substantivo, adjetivo, numeral, pronomes, particpio. So palavras invariveis: verbo, preposio, advrbio, prefixo;

em elementos repetidos, muito parecidos ou onomatopaicos, s o segundo vai para o plural (tico-ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues);

com elementos ligados por preposio, apenas o primeiro se flexiona (ps-de-moleque);

so invariveis os elementos gro, gr e bel (gro-duques, gr-cruzes, bel-prazeres);

s variar o primeiro elemento nos compostos formados por dois substantivos, onde o segundo limita o primeiro elemento, indicando tipo, semelhana ou finalidade deste (sambas-enredo, bananas-ma)

nenhum dos elementos vai para o plural se formado por verbos de sentidos opostos e frases substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os diz-que-me-diz);

compostos cujo segundo elemento j est no plural no variam (os troca-tintas, os salta-pocinhas, os espirra-canivetes);

palavra guarda, se fizer referncia a pessoa varia por ser substantivo. Caso represente o verbo guardar, no pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas).

Adjetivo

a palavra varivel que restringe a significao do substantivo, indicando qualidades e caractersticas deste. Mantm com o substantivo que determina relao de concordncia de gnero e nmero.

adjetivos ptrios: indicam a nacionalidade ou a origem geogrfica, normalmente so formados pelo acrscimo de um sufixo ao substantivo de que se originam (Alagoas por alagoano). Podem ser simples ou compostos, referindo-se a duas ou mais nacionalidades ou regies; nestes ltimos casos assumem sua forma reduzida e erudita, com exceo do ltimo elemento (franco-talo-brasileiro).

locues adjetivas: expresses formadas por preposio e substantivo e com significado equivalente a adjetivos (anel de prata = anel argnteo / andar de cima = andar superior / estar com fome = estar faminto).

So adjetivos eruditos:

acar - sacarino;

guia - aquilino;

anel - anular;

astro - sideral;

bexiga - vesical;

bispo - episcopal;

cabea - ceflico;

chumbo - plmbeo;

chuva - pluvial;

cinza - cinreo;

cobra - colubrino, ofdico;

dinheiro - pecunirio;

estmago - gstrico;

fbrica - fabril;

fgado - heptico;

fogo - gneo;

guerra - blico;

homem - viril;

inverno - hibernal;

lago - lacustre;

lebre - leporino;

lobo - lupino;

marfim - ebrneo, ebreo;

memria - mnemnico;

moeda - monetrio, numismtico;

neve - nveo;

pedra - ptreo;

prata - argnteo, argentino, argrico;

raposa - vulpino;

rio - fluvial, potmico;

rocha - rupestre;

sonho - onrico;

sul - meridional, austral;

tarde - vespertino;

velho, velhice - senil;

vidro - vtreo, hialino.

Quanto variao dos adjetivos, eles apresentam as seguintes caractersticas:

O gnero uniforme ou biforme (inteligente X honesto[a]). Quanto ao gnero, no se diz que um adjetivo masculino ou feminino, e sim que tem terminao masculina ou feminina.

No tocante a nmero, os adjetivos simples formam o plural segundo os mesmos princpios dos substantivos simples, em funo de sua terminao (agradvel X agradveis). J os substantivos utilizados como adjetivos ficam invariveis (blusas cinza).

Os adjetivos terminados em -OSO, alm do acrscimo do -S de plural, mudam o timbre do primeiro -o, num processo de metafonia.

Quanto ao grau, os adjetivos apresentam duas formas: comparativo e superlativo.

O grau comparativo refere-se a uma mesma qualidade entre dois ou mais seres, duas ou mais qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade: to alto quanto (como / quo); de superioridade: mais alto (do) que (analtico) / maior (do) que (sinttico) e de inferioridade: menos alto (do) que.

O grau superlativo exprime qualidade em grau muito elevado ou intenso.

O superlativo pode ser classificado como absoluto, quando a qualidade no se refere de outros elementos. Pode ser analtico (acrscimo de advrbio de intensidade) ou sinttico (-ssimo, -rrimo, -limo). (muito alto X altssimo)

O superlativo pode ser tambm relativo, qualidade relacionada, favorvel ou desfavoravelmente, de outros elementos. Pode ser de superioridade analtico (o mais alto de/dentre), de superioridade sinttico (o maior de/dentre) ou de inferioridade (o menos alto de/dentre).

So superlativos absolutos sintticos eruditos da lngua portuguesa:

acre - acrrimo;

alto - supremo, sumo;

amvel - amabilssimo;

amigo - amicssimo;

baixo - nfimo;

cruel - crudelssimo;

doce - dulcssimo;

dcil - doclimo;

fiel - fidelssimo;

frio - frigidssimo;

humilde - humlimo;

livre - librrimo;

magro - macrrimo;

msero - misrrimo;

negro - nigrrimo;

pobre - pauprrimo;

sbio - sapientssimo;

sagrado - sacratssimo;

so - sanssimo;

veloz - velocssimo.

Os adjetivos compostos formam o plural da seguinte forma:

tm como regra geral, flexionar o ltimo elemento em gnero e nmero (lentes cncavo-convexas, problemas scio-econmicos);

so invariveis cores em que o segundo elemento um substantivo (blusas azul-turquesa, bolsas branco-gelo);

no variam as locues adjetivas formadas pela expresso cor-de-... (vestidos cor-de-rosa);

as cores: azul-celeste e azul-marinho so invariveis;

em surdo-mudo flexionam-se os dois elementos.

Pronome

palavra varivel em gnero, nmero e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.

A diferena entre pronome substantivo e pronome adjetivo pode ser atribuda a qualquer tipo de pronome, podendo variar em funo do contexto frasal. Assim, o pronome substantivo aquele que substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro). J o pronome adjetivo aquele que acompanha um substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz belo). Os pronomes pessoais so sempre substantivos.

Quanto s pessoas do discurso, a lngua portuguesa apresenta trs pessoas:

1 pessoa - aquele que fala, emissor;

2 pessoa - aquele com quem se fala, receptor;

3 pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.

Pronome pessoal

Indicam uma das trs pessoas do discurso, substituindo um substantivo. Podem tambm representar, quando na 3 pessoa, uma forma nominal anteriormente expressa (A moa era a melhor secretria, ela mesma agendava os compromissos do chefe).

Os pronomes pessoais apresentam variaes de forma dependendo da funo sinttica que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos desempenham, normalmente, funo de sujeito; enquanto os oblquos, geralmente, de complemento.

Os pronomes oblquos tnicos devem vir regidos de preposio. Em comigo, contigo, conosco e convosco, a preposio com j parte integrante do pronome.

Os pronomes de tratamento esto enquadrados nos pronomes pessoais. So empregados como referncia pessoa com quem se fala (2 pessoa), entretanto, a concordncia feita com a 3 pessoa. Tambm so considerados pronomes de tratamento as formas voc, vocs (provenientes da reduo de Vossa Merc), Senhor, Senhora e Senhorita.

Quanto ao emprego, as formas oblquas o, a, os, as completam verbos que no vm regidos de preposio; enquanto lhe e lhes para verbos regidos das preposies a ou para (no expressas).

Apesar de serem usadas pouco, as formas mo, to, no-lo, vo-lo, lho e flexes resultam da fuso de dois objetos, representados por pronomes oblquos (Ningum mo disse = ningum o disse a mim).

Os pronomes tonos o, a, os e as viram lo(a/s), quando associados a verbos terminados em r, s ou z e viram no(a/s), se a terminao verbal for em ditongo nasal.

Os pronomes o/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham funo se sujeitos de infinitivo ou verbo no gerndio, junto ao verbo fazer, deixar, mandar, ouvir e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi sair / Deixei-as chorando).

A forma voc, atualmente, usada no lugar da 2 pessoa (tu/vs), tanto no singular quanto no plural, levando o verbo para a 3 pessoa.

J as formas de tratamento sero precedidas de Vossa, quando nos dirigirmos diretamente pessoa e de Sua, quando fizermos referncia a ela. Troca-se na abreviatura o V. pelo S.

Quando precedidos de preposio, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como oblquos. Eu e tu no podem vir precedidos de preposio, exceto se funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo (Isto para eu fazer para mim fazer).

Os pronomes acompanhados de s ou todos, ou seguido de numeral, assumem forma reta e podem funcionar como objeto direto (Estava s ele no banco / Encontramos todos eles).

Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ter valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter valor reflexivo e recproco.

As formas si e consigo tm valor exclusivamente reflexivo e usados para a 3 pessoa. J conosco e convosco devem aparecer na sua forma analtica (com ns e com vs) quando vierem com modificadores (todos, outros, mesmos, prprios, numeral ou orao adjetiva).

Os pronomes pessoais retos podem desempenhar funo de sujeito, predicativo do sujeito ou vocativo, este ltimo com tu e vs (Ns temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / , tu, Senhor Jesus).

Quanto ao uso das preposies junto aos pronomes, deve-se saber que no se pode contrair as preposies de e em com pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, desistiu Vi as bolsas dele bem aqui).

Os pronomes tonos podem assumir valor possessivo (Levaram-me o dinheiro / Pesavam-lhe os olhos), enquanto alguns tonos so partes integrantes de verbos como suicidar-se, apiedar-se, condoer-se, ufanar-se, queixar-se, vangloriar-se.

J os pronomes oblquos podem ser usados como expresso expletiva (No me venha com essa).

Pronome possessivo

Fazem referncia s pessoas do discurso, apresentando-as como possuidoras de algo. Concordam em gnero e nmero com a coisa possuda.

So pronomes possessivos da lngua portuguesa as formas:

1 pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s);

2 pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s);

3 pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s).

Quanto ao emprego, normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo, tambm, vir depois do substantivo que determina. Neste ltimo caso, pode at alterar o sentido da frase.

O uso do possessivo seu (a/s) pode causar ambigidade, para desfaz-la, deve-se preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de quem?); pode tambm indicar aproximao numrica (ele tem l seus 40 anos).

J nas expresses do tipo "Seu Joo", seu no tem valor de posse por ser uma alterao fontica de Senhor.

Pronome demonstrativo

Indicam posio de algo em relao s pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou no espao. So: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e aquilo so invariveis e se empregam exclusivamente como substitutos de substantivos.

As formas mesmo, prprio, semelhante, tal (s) e o (a/s) podem desempenhar papel de pronome demonstrativo.

Quanto ao emprego, os pronomes demonstrativos apresentam-se da seguinte maneira:

uso ditico, indicando localizao no espao - este (aqui), esse (a) e aquele (l);

uso ditico, indicando localizao temporal - este (presente), esse (passado prximo) e aquele (passado remoto ou bastante vago);

uso anafrico, em referncia ao que j foi ou ser dito - este (novo enunciado) e esse (retoma informao);

o, a, os, as so demonstrativos quando equivalem a aquele (a/s), isto (Leve o que lhe pertence);

tal demonstrativo se puder ser substitudo por esse (a), este (a) ou aquele (a) e semelhante, quando anteposto ao substantivo a que se refere e equivalente a "aquele", "idntico" (O problema ainda no foi resolvido, tal demora atrapalhou as negociaes / No brigue por semelhante causa);

mesmo e prprio so demonstrativos, se precedidos de artigo, quando significarem "idntico", "igual" ou "exato". Concordam com o nome a que se referem (Separaram crianas de mesmas sries);

como referncia a termos j citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) so usados para primeira e segunda ocorrncias, respectivamente, em apostos distributivos (O mdico e a enfermeira estavam calados: aquele amedrontado e esta calma / ou: esta calma e aquele amedrontado);

pode ocorrer a contrao das preposies a, de, em com os pronomes demonstrativos (No acreditei no que estava vendo / Fui quela regio de montanhas / Fez aluso pessoa de azul e de branco);

podem apresentar valor intensificador ou depreciativo, dependendo do contexto frasal (Ele estava com aquela pacincia / Aquilo um marido de enfeite);

nisso e nisto (em + pronome) podem ser usados com valor de "ento" ou "nesse momento" (Nisso, ela entrou triunfante - nisso = advrbio).

Pronome relativo

Retoma um termo expresso anteriormente (antecedente) e introduz uma orao dependente, adjetiva.

Os pronome nomes demonstrativos apresentam-se da seguinte maneira: mento, armamentomes relativos so: que, quem e onde - invariveis; alm de o qual (a/s), cujo (a/s) e quanto (a/s).

Os relativos so chamados relativos indefinidos quando so empregados sem antecedente expresso (Quem espera sempre alcana / Fez quanto pde).

Quanto ao emprego, observa-se que os relativos so usados quando:

o antecedente do relativo pode ser demonstrativo o (a/s) (O Brasil divide-se entre os que lem ou no);

como relativo, quanto refere-se ao antecedente tudo ou todo (Ouvia tudo quanto me interessava)

quem ser precedido de preposio se estiver relacionado a pessoas ou seres personificados expressos;

quem = relativo indefinido quando empregado sem antecedente claro, no vindo precedido de preposio;

cujo (a/s) empregado para dar a idia de posse e no concorda com o antecedente e sim com seu conseqente. Ele tem sempre valor adjetivo e no pode ser acompanhado de artigo.

Pronome indefinido

Referem-se 3 pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genrico, representando pessoas, coisas e lugares. Alguns tambm podem dar idia de conjunto ou quantidade indeterminada. Em funo da quantidade de pronomes indefinidos, merece ateno sua identificao.

So pronomes indefinidos de:

pessoas: quem, algum, ningum, outrem;

lugares: onde, algures, alhures, nenhures;

pessoas, lugares, coisas: que, qual, quais, algo, tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vrios (a), nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), cada.

Sobre o emprego dos indefinidos devemos atentar para:

algum, aps o substantivo a que se refere, assume valor negativo (= nenhum) (Computador algum resolver o problema);

cada deve ser sempre seguido de um substantivo ou numeral (Elas receberam 3 balas cada uma);

alguns pronomes indefinidos, se vierem depois do nome a que estiverem se referindo, passam a ser adjetivos. (Certas pessoas deveriam ter seus lugares certos / Comprei vrias balas de sabores vrios)

bastante pode vir como adjetivo tambm, se estiver determinando algum substantivo, unindo-se a ele por verbo de ligao (Isso bastante para mim);

o pronome outrem equivale a "qualquer pessoa";

o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advrbio (Ele no est nada contente hoje);

o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advrbio (Ele no est nada contente hoje);

existem algumas locues pronominais indefinidas - quem quer que, o que quer, seja quem for, cada um etc.

todo com valor indefinido antecede o substantivo, sem artigo (Toda cidade parou para ver a banda Toda a cidade parou para ver a banda).

Pronome interrogativo

So os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto usados na formulao de uma pergunta direta ou indireta. Referem-se 3 pessoa do discurso. (Quantos livros voc tem? / No sei quem lhe contou).

Alguns interrogativos podem ser adverbiais (Quando voltaro? / Onde encontr-los? / Como foi tudo?)

Verbo

a palavra varivel que exprime um acontecimento representado no tempo, seja ao, estado ou fenmeno da natureza.

Os verbos apresentam trs conjugaes. Em funo da vogal temtica, podem-se criar trs paradigmas verbais. De acordo com a relao dos verbos com esses paradigmas, obtm-se a seguinte classificao:

regulares: seguem o paradigma verbal de sua conjugao;

irregulares: no seguem o paradigma verbal da conjugao a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no radical ou nas desinncias (ouvir - ouo/ouve, estar - estou/esto);

Entre os verbos irregulares, destacam-se os anmalos que apresentam profundas irregularidades. So classificados como anmalos em todas as gramticas os verbos ser e ir.

defectivos: no so conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo (falir - no presente do indicativo s apresenta a 1 e a 2 pessoa do plural). Os defectivos distribuem-se em trs grupos: impessoais, unipessoais (vozes ou rudos de animais, s conjugados nas 3 pessoas) por eufonia ou possibilidade de confuso com outros verbos;

abundantes - apresentam mais de uma forma para uma mesma flexo. Mais freqente no particpio, devendo-se usar o particpio regular com ter e haver; j o irregular com ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso - tenho/hei aceitado /est aceito);

auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significao. Presentes nos tempos compostos e locues verbais;

certos verbos possuem pronomes pessoais tonos que se tornam partes integrantes deles. Nesses casos, o pronome no tem funo sinttica (suicidar-se, apiedar-se, queixar-se etc.);

formas rizotnicas (tonicidade no radical - eu canto) e formas arrizotnicas (tonicidade fora do radical - ns cantaramos).

Quanto flexo verbal, temos:

nmero: singular ou plural;

pessoa gramatical: 1, 2 ou 3;

tempo: referncia ao momento em que se fala (pretrito, presente ou futuro). O modo imperativo s tem um tempo, o presente;

voz: ativa, passiva e reflexiva;

modo: indicativo (certeza de um fato ou estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de realizao de um fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa ordem, advertncia ou pedido).

As trs formas nominais do verbo (infinitivo, gerndio e particpio) no possuem funo exclusivamente verbal. Infinitivo antes substantivo, o particpio tem valor e forma de adjetivo, enquanto o gerndio equipara-se ao adjetivo ou advrbio pelas circunstncias que exprime.

Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os seguintes valores:

presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou poca em que se fala;

presente do subjuntivo: indica um fato provvel, duvidoso ou hipottico situado no momento ou poca em que se fala;

pretrito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ao foi iniciada e concluda no passado;

pretrito imperfeito do indicativo: indica um fato real cuja ao foi iniciada no passado, mas no foi concluda ou era uma ao costumeira no passado;

pretrito imperfeito do subjuntivo: indica um fato provvel, duvidoso ou hipottico cuja ao foi iniciada mas no concluda no passado;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ao anterior a outra ao j passada;

futuro do presente do indicativo: indica um fato real situado em momento ou poca vindoura;

futuro do pretrito do indicativo: indica um fato possvel, hipottico, situado num momento futuro, mas ligado a um momento passado;

futuro do subjuntivo: indica um fato provvel, duvidoso, hipottico, situado num momento ou poca futura;

Quanto formao dos tempos, os chamados tempos simples podem ser primitivos (presente e pretrito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal) e derivados:

So derivados do presente do indicativo:

pretrito imperfeito do indicativo: TEMA do presente + VA (1 conj.) ou IA (2 e 3 conj.) + Desinncia nmero pessoal (DNP);

presente do subjuntivo: RAD da 1 pessoa singular do presente + E (1 conj.) ou A (2 e 3 conj.) + DNP;

Os verbos em -ear tm duplo "e" em vez de "ei" na 1 pessoa do plural (passeio, mas passeemos).

imperativo negativo (todo derivado do presente do subjuntivo) e imperativo afirmativo (as 2 pessoas vm do presente do indicativo sem S, as demais tambm vm do presente do subjuntivo).

So derivados do pretrito perfeito do indicativo:

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: TEMA do perfeito + RA + DNP;

pretrito imperfeito do subjuntivo: TEMA do perfeito + SSE + DNP;

futuro do subjuntivo: TEMA do perfeito + R + DNP.

So derivados do infinitivo impessoal:

futuro do presente do indicativo: TEMA do infinitivo + RA + DNP;

futuro do pretrito: TEMA do infinitivo + RIA + DNP;

infinitivo pessoal: infinitivo impessoal + DNP (-ES - 2 pessoa, -MOS, -DES, -EM)

gerndio: TEMA do infinitivo + -NDO;

particpio regular: infinitivo impessoal sem vogal temtica (VT) e R + ADO (1 conjugao) ou IDO (2 e 3 conjugao).

Quanto formao, os tempos compostos da voz ativa constituem-se dos verbos auxiliares TER ou HAVER + particpio do verbo que se quer conjugar, dito principal.

No modo Indicativo, os tempos compostos so formados da seguinte maneira:

pretrito perfeito: presente do indicativo do auxiliar + particpio do verbo principal (VP) [Tenho falado];

pretrito mais-que-perfeito: pretrito imperfeito do indicativo do auxiliar + particpio do VP (Tinha falado);

futuro do presente: futuro do presente do indicativo do auxiliar + particpio do VP (Terei falado);

futuro do pretrito: futuro do pretrito indicativo do auxiliar + particpio do VP (Teria falado).

No modo Subjuntivo a formao se d da seguinte maneira:

pretrito perfeito: presente do subjuntivo do auxiliar + particpio do VP (Tenha falado);

pretrito mais-que-perfeito: imperfeito do subjuntivo do auxiliar + particpio do VP (Tivesse falado);

futuro composto: futuro do subjuntivo do auxiliar + particpio do VP (Tiver falado).

Quanto s formas nominais, elas so formadas da seguinte maneira:

infinitivo composto: infinitivo pessoal ou impessoal do auxiliar + particpio do VP (Ter falado / Teres falado);

gerndio composto: gerndio do auxiliar + particpio do VP (Tendo falado).

O modo subjuntivo apresenta trs pretritos, sendo o imperfeito na forma simples e o perfeito e o mais-que-perfeito nas formas compostas. No h presente composto nem pretrito imperfeito composto

Quanto s vozes, os verbos apresentam a voz:

ativa: sujeito agente da ao verbal;

passiva: sujeito paciente da ao verbal;

A voz passiva pode ser analtica ou sinttica:

analtica: - verbo auxiliar + particpio do verbo principal;

sinttica: na 3 pessoa do singular ou plural + SE (partcula apassivadora);

reflexiva: sujeito agente e paciente da ao verbal. Tambm pode ser recproca ao mesmo tempo (acrscimo de SE = pronome reflexivo, varivel em funo da pessoa do verbo);

Na transformao da voz ativa na passiva, a variao temporal indicada pelo auxiliar (ser na maioria das vezes), como notamos nos exemplos a seguir: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por ele (mantido o pretrito perfeito do indicativo) / O vento ia levando as folhas - As folhas iam sendo levadas pelas folhas (mantido o gerndio do verbo principal).

Alguns verbos da lngua portuguesa apresentam problemas de conjugao. A seguir temos uma lista, seguida de comentrios sobre essas dificuldades de conjugao.

Abolir (defectivo) - no possui a 1 pessoa do singular do presente do indicativo, por isso no possui presente do subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir, delinqir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir)

Acudir (alternncia voclica o/u) - presente do indicativo - acudo, acodes... e pretrito perfeito do indicativo - com u (= bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir) / Adequar (defectivo) - s possui a 1 e a 2 pessoa do plural no presente do indicativo

Aderir (alternncia voclica e/i) - presente do indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir)

Agir (acomodao grfica g/j) - presente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir, urgir)

Agredir (alternncia voclica e/i) - presente do indicativo - agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem (= prevenir, progredir, regredir, transgredir) / Aguar (regular) - presente do indicativo - guo, guas..., - pretrito perfeito do indicativo - agei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, minguar)

Aprazer (irregular) - presente do indicativo - aprazo, aprazes, apraz... / pretrito perfeito do indicativo - aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouveram

Argir (irregular com alternncia voclica o/u) - presente do indicativo - arguo (), argis, argi, argimos, argis, argem - pretrito perfeito - argi, argiste... (com trema)

Atrair (irregular) - presente do indicativo - atraio, atrais... / pretrito perfeito - atra, atraste... (= abstrair, cair, distrair, sair, subtrair)

Atribuir (irregular) - presente do indicativo - atribuo, atribuis, atribui, atribumos, atribus, atribuem - pretrito perfeito - atribu, atribuste, atribuiu... (= afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir, usufruir)

Averiguar (alternncia voclica o/u) - presente do indicativo - averiguo (), averiguas (), averigua (), averiguamos, averiguais, averiguam () - pretrito perfeito - averigei, averiguaste... - presente do subjuntivo - averige, averiges, averige... (= apaziguar)

Cear (irregular) - presente do indicativo - ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam - pretrito perfeito indicativo - ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear: falsear, passear... - alguns apresentam pronncia aberta: estrio, estria...)

Coar (irregular) - presente do indicativo - co, cas, ca, coamos, coais, coam - pretrito perfeito - coei, coaste, coou... (= abenoar, magoar, perdoar) / Comerciar (regular) - presente do indicativo - comercio, comercias... - pretrito perfeito - comerciei... (= verbos em -iar , exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar)

Compelir (alternncia voclica e/i) - presente do indicativo - compilo, compeles... - pretrito perfeito indicativo - compeli, compeliste...

Compilar (regular) - presente do indicativo - compilo, compilas, compila... - pretrito perfeito indicativo - compilei, compilaste...

Construir (irregular e abundante) - presente do indicativo - construo, constris (ou construis), constri (ou construi), construmos, construs, constroem (ou construem) - pretrito perfeito indicativo - constru, construste...

Crer (irregular) - presente do indicativo - creio, crs, cr, cremos, credes, crem - pretrito perfeito indicativo - cri, creste, creu, cremos, crestes, creram - imperfeito indicativo - cria, crias, cria, cramos, creis, criam

Falir (defectivo) - presente do indicativo - falimos, falis - pretrito perfeito indicativo - fali, faliste... (= aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir)

Frigir (acomodao grfica g/j e alternncia voclica e/i) - presente do indicativo - frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem - pretrito perfeito indicativo - frigi, frigiste...

Ir (irregular) - presente do indicativo - vou, vais, vai, vamos, ides, vo - pretrito perfeito indicativo - fui, foste... - presente subjuntivo - v, vs, v, vamos, vades, vo

Jazer (irregular) - presente do indicativo - jazo, jazes... - pretrito perfeito indicativo - jazi, jazeste, jazeu...

Mobiliar (irregular) - presente do indicativo - moblio, moblias, moblia, mobiliamos, mobiliais, mobliam - pretrito perfeito indicativo - mobiliei, mobiliaste... / Obstar (regular) - presente do indicativo - obsto, obstas... - pretrito perfeito indicativo - obstei, obstaste...

Pedir (irregular) - presente do indicativo - peo, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem - pretrito perfeito indicativo - pedi, pediste... (= despedir, expedir, medir) / Polir (alternncia voclica e/i) - presente do indicativo - pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem - pretrito perfeito indicativo - poli, poliste...

Precaver-se (defectivo e pronominal) - presente do indicativo - precavemo-nos, precaveis-vos - pretrito perfeito indicativo - precavi-me, precaveste-te... / Prover (irregular) - presente do indicativo - provejo, provs, prov, provemos, provedes, provem - pretrito perfeito indicativo - provi, proveste, proveu... / Reaver (defectivo) - presente do indicativo - reavemos, reaveis - pretrito perfeito indicativo - reouve, reouveste, reouve... (verbo derivado do haver, mas s conjugado nas formas verbais com a letra v)

Remir (defectivo) - presente do indicativo - remimos, remis - pretrito perfeito indicativo - remi, remiste...

Requerer (irregular) - presente do indicativo - requeiro, requeres... - pretrito perfeito indicativo - requeri, requereste, requereu... (derivado do querer, diferindo dele na 1 pessoa do singular do presente do indicativo e no pretrito perfeito do indicativo e derivados, sendo regular)

Rir (irregular) - presente do indicativo - rio, rir, ri, rimos, rides, riem - pretrito perfeito indicativo - ri, riste... (= sorrir)

Saudar (alternncia voclica) - presente do indicativo - sado, sadas... - pretrito perfeito indicativo - saudei, saudaste...

Suar (regular) - presente do indicativo - suo, suas, sua... - pretrito perfeito indicativo - suei, suaste, sou... (= atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar)

Valer (irregular) - presente do indicativo - valho, vales, vale... - pretrito perfeito indicativo - vali, valeste, valeu...

Tambm merecem ateno os seguintes verbos irregulares:

Pronominais: Apiedar-se, dignar-se, persignar-se, precaver-se

Caber

presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem;

presente do subjuntivo: caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam;

pretrito perfeito do indicativo: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: coubera, couberas, coubera, coubramos, coubreis, couberam;

pretrito imperfeito do subjuntivo: coubesse, coubesses, coubesse, coubssemos, coubsseis, coubessem;

futuro do subjuntivo: couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem.

Dar

presente do indicativo: dou, ds, d, damos, dais, do;

presente do subjuntivo: d, ds, d, demos, deis, dem;

pretrito perfeito do indicativo: dei, deste, deu, demos, destes, deram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: dera, deras, dera, dramos, dreis, deram;

pretrito imperfeito do subjuntivo: desse, desses, desse, dssemos, dsseis, dessem;

futuro do subjuntivo: der, deres, der, dermos, derdes, derem.

Dizer

presente do indicativo: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem;

presente do subjuntivo: diga, digas, diga, digamos, digais, digam;

pretrito perfeito do indicativo: disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: dissera, disseras, dissera, dissramos, dissreis, disseram;

futuro do presente: direi, dirs, dir, etc.;

futuro do pretrito: diria, dirias, diria, etc.;

pretrito imperfeito do subjuntivo: dissesse, dissesses, dissesse, dissssemos, disssseis, dissessem;

futuro do subjuntivo: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem;

Seguem esse modelo os derivados bendizer, condizer, contradizer, desdizer, maldizer, predizer.

Os particpios desse verbo e seus derivados so irregulares: dito, bendito, contradito, etc.

Estar

presente do indicativo: estou, ests, est, estamos, estais, esto;

presente do subjuntivo: esteja, estejas, esteja, estejamos, estejais, estejam;

pretrito perfeito do indicativo: estive, estiveste, esteve, estivemos, estivestes, estiveram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: estivera, estiveras, estivera, estivramos, estivreis, estiveram;

pretrito imperfeito do subjuntivo: estivesse, estivesses, estivesse, estivssemos, estivsseis, estivessem;

futuro do subjuntivo: estiver, estiveres, estiver, estivermos, estiverdes, estiverem;

Fazer

presente do indicativo: fao, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem;

presente do subjuntivo: faa, faas, faa, faamos, faais, faam;

pretrito perfeito do indicativo: fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: fizera, fizeras, fizera, fizramos, fizreis, fizeram;

pretrito imperfeito do subjuntivo: fizesse, fizesses, fizesse, fizssemos, fizsseis, fizessem;

futuro do subjuntivo: fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.

Seguem esse modelo desfazer, liquefazer e satisfazer.

Os particpios desse verbo e seus derivados so irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito, etc.

Haver

presente do indicativo: hei, hs, h, havemos, haveis, ho;

presente do subjuntivo: haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam;

pretrito perfeito do indicativo: houve, houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: houvera, houveras, houvera, houvramos, houvreis, houveram;

pretrito imperfeito do subjuntivo: houvesse, houvesses, houvesse, houvssemos, houvsseis, houvessem;

futuro do subjuntivo: houver, houveres, houver, houvermos, houverdes, houverem.

Ir

presente do indicativo: vou, vais, vai, vamos, ides, vo;

presente do subjuntivo: v, vs, v, vamos, vades, vo;

pretrito imperfeito do indicativo: ia, ias, ia, amos, eis, iam;

pretrito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: fora, foras, fora, framos, freis, foram;

pretrito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, fosse, fssemos, fsseis, fossem;

futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, forem.

Poder

presente do indicativo: posso, podes, pode, podemos, podeis, podem;

presente do subjuntivo: possa, possas, possa, possamos, possais, possam;

pretrito perfeito do indicativo: pude, pudeste, pde, pudemos, pudestes, puderam;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: pudera, puderas, pudera, pudramos, pudreis, puderam;

pretrito imperfeito do subjuntivo: pudesse, pudesses, pudesse, pudssemos, pudsseis, pudessem;

futuro do subjuntivo: puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem.

Pr

presente do indicativo: ponho, pes, pe, pomos, pondes, pem;

presente do subjuntivo: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham;

pretrito imperfeito do indicativo: punha, punhas, punha, pnhamos, pnheis, punham;

pretrito perfeito do indicativo: pus, puseste, ps, pusemos, pusestes, puseram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: pusera, puseras, pusera, pusramos, pusreis, puseram;

pretrito imperfeito do subjuntivo: pusesse, pusesses, pusesse, pusssemos, pussseis, pusessem;

futuro do subjuntivo: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.

Todos os derivados do verbo pr seguem exatamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, decompor, depor, descompor, dispor, expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor, supor, transpor so alguns deles.

Querer

presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem;

presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram;

pretrito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: quisera, quiseras, quisera, quisramos, quisreis, quiseram;

pretrito imperfeito do subjuntivo: quisesse, quisesses, quisesse, quisssemos, quissseis, quisessem;

futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem;

Saber

presente do indicativo: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem;

presente do subjuntivo: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam;

pretrito perfeito do indicativo: soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: soubera, souberas, soubera, soubramos, soubreis, souberam;

pretrito imperfeito do subjuntivo: soubesse, soubesses, soubesse, soubssemos, soubsseis, soubessem;

futuro do subjuntivo: souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem.

Ser

presente do indicativo: sou, s, , somos, sois, so;

presente do subjuntivo: seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam;

pretrito imperfeito do indicativo: era, eras, era, ramos, reis, eram;

pretrito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: fora, foras, fora, framos, freis, foram;

pretrito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, fosse, fssemos, fsseis, fossem;

futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, forem.

As segundas pessoas do imperativo afirmativo so: s (tu) e sede (vs).

Ter

presente do indicativo: tenho, tens, tem, temos, tendes, tm;

presente do subjuntivo: tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham;

pretrito imperfeito do indicativo: tinha, tinhas, tinha, tnhamos, tnheis, tinham;

pretrito perfeito do indicativo: tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: tivera, tiveras, tivera, tivramos, tivreis, tiveram;

pretrito imperfeito do subjuntivo: tivesse, tivesses, tivesse, tivssemos, tivsseis, tivessem;

futuro do subjuntivo: tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem.

Seguem esse modelo os verbos ater, conter, deter, entreter, manter, reter.

Trazer

presente do indicativo: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem;

presente do subjuntivo: traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam;

pretrito perfeito do indicativo: trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: trouxera, trouxeras, trouxera, trouxramos, trouxreis, trouxeram;

futuro do presente: trarei, trars, trar, etc.;

futuro do pretrito: traria, trarias, traria, etc.;

pretrito imperfeito do subjuntivo: trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxssemos, trouxsseis, trouxessem;

futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem.

Ver

presente do indicativo: vejo, vs, v, vemos, vedes, vem;

presente do subjuntivo: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam;

pretrito perfeito do indicativo: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: vira, viras, vira, vramos, vreis, viram;

pretrito imperfeito do subjuntivo: visse, visses, visse, vssemos, vsseis, vissem;

futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.

Seguem esse modelo os derivados antever, entrever, prever, rever. Prover segue o modelo acima apenas no presente do indicativo e seus tempos derivados; nos demais tempos, comporta-se como um verbo regular da segunda conjugao.

Vir

presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vm;

presente do subjuntivo: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham;

pretrito imperfeito do indicativo: vinha, vinhas, vinha, vnhamos, vnheis, vinham;

pretrito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram;

pretrito mais-que-perfeito do indicativo: viera, vieras, viera, viramos, vireis, vieram;

pretrito imperfeito do subjuntivo: viesse, viesses, viesse, vissemos, visseis, viessem;

futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem;

particpio e gerndio: vindo.

Seguem esse modelo os verbos advir, convir, desavir-se, intervir, provir, sobrevir.

O emprego do infinitivo no obedece a regras bem definidas.

O impessoal usado em sentido genrico ou indefinido, no relacionado a nenhuma pessoa, o pessoal refere-se s pessoas do discurso, dependendo do contexto. Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for necessrio dar frase maior clareza e nfase.

Usa-se o impessoal:

sem referncia a nenhum sujeito: proibido fumar na sala;

nas locues verbais: Devemos avaliar a sua situao;

quando o infinitivo exerce funo de complemento de adjetivos: um problema fcil de solucionar;

quando o infinitivo possui valor de imperativo - Ele respondeu: "Marchar!"

Usa-se o pessoal:

quando o sujeito do infinitivo diferente do sujeito da orao principal: Eu no te culpo por sares daqui;

quando, por meio de flexo, se quer realar ou identificar a pessoa do sujeito: Foi um erro responderes dessa maneira;

quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3 pessoa do plural): - Escutei baterem porta.

Artigo

Precede o substantivo para determin-lo, mantendo com ele relao de concordncia. Assim, qualquer expresso ou frase fica substantivada se for determinada por artigo (O 'conhece-te a ti mesmo' conselho sbio). Em certos casos, serve para assinalar gnero e nmero (o/a colega, o/os nibus).

Os artigos podem ser classificado em:

definido - o, a, os, as - um ser claramente determinado entre outros da mesma espcie;

indefinido - um, uma, uns, umas - um ser qualquer entre outros de mesma espcie;

Podem aparecer combinados com preposies (numa, do, , entre outros).

Quanto ao emprego do artigo:

no obrigatrio seu uso diante da maioria dos substantivos, podendo ser substitudo por outra palavra determinante ou nem usado (o rapaz este rapaz / Lera numa revista que mulher fica mais gripada que homem). Nesse sentido, convm omitir o uso do artigo em provrbios e mximas para manter o sentido generalizante (Tempo dinheiro / Dedico esse poema a homem ou a mulher?);

no se deve usar artigo depois de cujo e suas flexes;

outro, em sentido determinado, precedido de artigo; caso contrrio, dispensa-o (Fiquem dois aqui; os outros podem ir Uns estavam atentos; outros conversavam);

no se usa artigo diante de expresses de tratamento iniciadas por possessivos, alm das formas abreviadas frei, dom, so, expresses de origem estrangeira (Lord, Sir, Madame) e sror ou sror;

obrigatrio o uso do artigo definido entre o numeral ambos (ambos os dois) e o substantivo a que se refere (ambos os cnjuges);

diante do possessivo (funo de adjetivo) o uso facultativo; mas se o pronome for substantivo, torna-se obrigatrio (os [seus] planos foram descobertos, mas os meus ainda esto em segredo);

omite-se o artigo definido antes de nomes de parentesco precedidos de possessivo (A moa deixou a casa a sua tia);

antes de nomes prprios personativos, no se deve utilizar artigo. O seu uso denota familiaridade, por isso geralmente usado antes de apelidos. Os antropnimos so determinados pelo artigo se usados no plural (os Maias, Os Homeros);

geralmente dispensado depois de cheirar a, saber a (= ter gosto a) e similares (cheirar a jasmim / isto sabe a vinho);

no se usa artigo diante das palavras casa (= lar, moradia), terra (= cho firme) e palcio a menos que essas palavras sejam especificadas (venho de casa / venho da casa paterna);

na expresso uma hora, significando a primeira hora, o emprego facultativo (era perto de / da uma hora). Se for indicar hora exata, uma hora (como qualquer expresso adverbial feminina);

diante de alguns nomes de cidade no se usa artigo, a no ser que venham modificados por adjetivo, locuo adjetiva ou orao adjetiva (Aracaju, Sergipe, Curitiba, Roma, Atenas);

usa-se artigo definido antes dos nomes de estados brasileiros. Como no se usa artigo nas denominaes geogrficas formadas por nomes ou adjetivos, excetuam-se AL, GO, MT, MG, PE, SC, SP e SE;

expresses com palavras repetidas repelem artigo (gota a gota / face a face);

no se combina com preposio o artigo que faz parte de nomes de jornais, revistas e obras literrias, bem como se o artigo introduzir sujeito (li em Os Lusadas / Est na hora de a ona beber gua);

depois de todo, emprega-se o artigo para conferir idia de totalidade (Toda a sociedade poder participar / toda a cidade toda cidade). "Todos" exige artigo a no ser que seja substitudo por outro determinante (todos os familiares / todos estes familiares);

repete-se artigo: a) nas oposies entre pessoas e coisas (o rico e o pobre) / b) na qualificao antonmica do mesmo substantivo (o bom e o mau ladro) / c) na distino de gnero e nmero (o patro e os operrios / o genro e a nora);

no se repete artigo: a) quando h sinonmia indicada pela explicativa ou (a botnica ou fitologia) / b) quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo (a clara, persuasiva e discreta exposio dos fatos nos abalou).

Numeral

Numeral a palavra que indica quantidade, nmero de ordem, mltiplo ou frao. Classifica-se como cardinal (1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo, terceiro), multiplicativo (dobro, duplo, triplo), fracionrio (meio, metade, tero). Alm desses, ainda h os numerais coletivos (dzia, par).

Quanto ao valor, os numerais podem apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se estiverem acompanhando e modificando um substantivo, tero valor adjetivo. J se estiverem substituindo um substantivo e designando seres, tero valor substantivo. [Ele foi o primeiro jogador a chegar. (valor adjetivo) / Ele ser o primeiro desta vez. (valor substantivo)].

Quanto ao emprego:

os ordinais como ltimo, penltimo, antepenltimo, respectivos... no possuem cardinais correspondentes.

os fracionrios tm como forma prpria meio, metade e tero, todas as outras representaes de diviso correspondem aos ordinais ou aos cardinais seguidos da palavra avos (quarto, dcimo, milsimo, quinze avos);

designando sculos, reis, papas e captulos, utiliza-se na leitura ordinal at dcimo; a partir da usam-se os cardinais. (Lus XIV - quatorze, Papa Paulo II - segundo);

Se o numeral vier antes do substantivo, ser obrigatrio o ordinal (XX Bienal - vigsima, IV Semana de Cultura - quarta);

zero e ambos(as) tambm so numerais cardinais. 14 apresenta duas formas por extenso catorze e quatorze;

a forma milhar masculina, portanto no existe "algumas milhares de pessoas" e sim alguns milhares de pessoas;

alguns numerais coletivos: grosa (doze dzias), lustro (perodo de cinco anos), sesquicentenrio (150 anos);

um: numeral ou artigo? Nestes casos, a distino feita pelo contexto.

Numeral indicando quantidade e artigo quando se ope ao substantivo indicando-o de forma indefinida.

Quanto flexo, varia em gnero e nmero:

variam em gnero:

Cardinais: um, dois e os duzentos a novecentos; todos os ordinais; os multiplicativos e fracionrios, quando expressam uma idia adjetiva em relao ao substantivo.

variam em nmero:

Cardinais terminados em -o; todos os ordinais; os multiplicativos, quando tm funo adjetiva; os fracionrios, dependendo do cardinal que os antecede.

Os cardinais, quando substantivos, vo para o plural se terminarem por som voclico (Tirei dois dez e trs quatros).

Advrbio

a palavra que modifica o sentido do verbo (maioria), do adjetivo e do prprio advrbio (intensidade para essas duas classes). Denota em si mesma uma circunstncia que determina sua classificao:

lugar: longe, junto, acima, ali, l, atrs, alhures;

tempo: breve, cedo, j, agora, outrora, imediatamente, ainda;

modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria dos adv. com sufixo -mente;

negao: no, qual nada, tampouco, absolutamente;

dvida: qui, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente;

intensidade: muito, pouco, bastante, mais, meio, quo, demais, to;

afirmao: sim, certamente, deveras, com efeito, realmente, efetivamente.

As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque (de causa), quanto (classificao varivel) e quando (de tempo), usadas em frases interrogativas diretas ou indiretas, so classificadas como advrbios interrogativos (queria saber onde todos dormiro / quando se realizou o concurso).

Onde, quando, como, se empregados com antecedente em oraes adjetivas so advrbios relativos (estava naquela rua onde passavam os nibus / ele chegou na hora quando ela ia falar / no sei o modo como ele foi tratado aqui).

As locues adverbiais so geralmente constitudas de preposio + substantivo - direita, frente, vontade, de cor, em vo, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manh, de repente, de vez em quando, em breve, em mo (em vez de "em mos") etc. So classificadas, tambm, em funo da circunstncia que expressam.

Quanto ao grau, apesar de pertencer categoria das palavras invariveis, o advrbio pode apresentar variaes de grau comparativo ou superlativo.

Comparativo:

igualdade - to + advrbio + quanto

superioridade - mais + advrbio + (do) que

inferioridade - menos + advrbio + (do) que

Superlativo:

sinttico - advrbio + sufixo (-ssimo)

analtico - muito + advrbio.

Bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sinttico: melhor e pior. As formas mais bem e mais mal so usadas diante de particpios adjetivados. (Ele est mais bem informado do que eu). Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal (adv.) ou a mais bom / mau (adjetivo).

Quanto ao emprego:

trs advrbios pronominais indefinidos de lugar vo caindo em desuso: algures, alhures e nenhures, substitudos por em algum, em outro e em nenhum lugar;

na linguagem coloquial, o advrbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, o advrbio assume valor superlativo absoluto sinttico (cedinho / pertinho). A repetio de um mesmo advrbio tambm assume valor superlativo (saiu cedo, cedo);

quando os advrbios terminados em -mente estiverem coordenados, comum o uso do sufixo s no ltimo (Falou rpida e pausadamente);

muito e bastante podem aparecer como advrbio (invarivel) ou pronome indefinido (varivel - determina substantivo);

otimamente e pessimamente so superlativos absolutos sintticos de bem e mal, respectivamente;

adjetivos adverbializados mantm-se invariveis (terminaram rpido o trabalho / ele falou claro).

As palavras denotativas so sries de palavras que se assemelham ao advrbio. A Norma Gramatical Brasileira considera-as apenas como palavras denotativas, no pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais. Classificam-se em funo da idia que expressam:

adio: ainda, alm disso etc. (Comeu tudo e ainda queria mais);

afastamento: embora (Foi embora daqui);

afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano);

aproximao: quase, l por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. ( quase 1h a p);

designao: eis (Eis nosso carro novo);

excluso: apesar, somente, s, salvo, unicamente, exclusive, exceto, seno, sequer, apenas etc. (Todos saram, menos ela / No me descontou sequer um real);

explicao: isto , por exemplo, a saber etc. (Li vrios livros, a saber, os clssicos);

incluso: at, ainda, alm disso, tambm, inclusive etc. (Eu tambm vou / Falta tudo, at gua);

limitao: s, somente, unicamente, apenas etc. (Apenas um me respondeu / S ele veio festa);

realce: que, c, l, no, mas, porque etc. (E voc l sabe essa questo?);

retificao: alis, isto , ou melhor, ou antes etc. (Somos trs, ou melhor, quatro);

situao: ento, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, quem perguntaria a ele?).

Preposio

a palavra invarivel que liga dois termos entre si, estabelecendo relao de subordinao entre o termo regente e o regido. So antepostos aos dependentes (objeto indireto, complemento nominal, adjuntos e oraes subordinadas). Divide-se em:

essenciais (maioria das vezes so preposies): a, ante, aps, at, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trs;

acidentais (palavras de outras classes que podem exercer funo de preposio): afora, conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, seno, mediante, visto (= devido a, por causa de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heris tiveram como prmio aquela taa / Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vov dormiu durante a viagem).

As preposies essenciais regem pronomes oblquos tnicos; enquanto preposies acidentais regem as formas retas dos pronomes pessoais. (Falei sobre ti/Todos, exceto eu, vieram).

As locues prepositivas, em geral, so formadas de advrbio (ou locuo adverbial) + preposio - abaixo de, acerca de, a fim de, alm de, defronte a, ao lado de, apesar de, atravs de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, at a, a par de, devido a.

Observa-se que a ltima palavra da locuo prepositiva sempre uma preposio, enquanto a ltima palavra de uma locuo adverbial nunca preposio.

Quanto ao emprego, as preposies podem ser usadas em:

combinao: preposio + outra palavra sem perda fontica (ao/aos);

contrao: preposio + outra palavra com perda fontica (na/quela);

no se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (Est na hora de ele falar);

a preposio aps, pode funcionar como advrbio (= atrs) (Terminada a festa, saram logo aps.);

trs, atualmente, s se usa em locues adverbiais e prepositivas (por trs, para trs por trs de).

Quanto diferena entre pronome pessoal oblquo, preposio e artigo, deve-se observar que a preposio liga dois termos, sendo invarivel, enquanto o pronome oblquo substitui um substantivo. J o artigo antecede o substantivo, determinando-o.

As preposies podem estabelecer as seguintes relaes: isoladamente, as preposies so palavras vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noo de tempo e lugar. Nas frases, exprimem diversas relaes:

autoria - msica de Caetano

lugar - cair sobre o telhado, estar sob a mesa

tempo - nascer a 15 de outubro, viajar em uma hora, viajei durante as frias

modo ou conformidade - chegar aos gritos, votar em branco

causa - tremer de frio, preso por vadiagem

assunto - falar sobre poltica

fim ou finalidade - vir em socorro, vir para ficar

instrumento - escrever a lpis, ferir-se com a faca

companhia - sair com amigos / meio - voltar a cavalo, viajar de nibus

matria - anel de prata, po com farinha

posse - carro de Joo

oposio - Flamengo contra Fluminense

contedo - copo de (com) vinho

preo - vender a (por) R$ 300, 00

origem - descender de famlia humilde

especialidade - formou-se em Medicina

destino ou direo - ir a Roma, olhe para frente.

Interjeio

So palavras que expressam estados emocionais do falante, variando de acordo com o contexto emocional. Podem expressar:

alegria - ah!, oh!, oba!

advertncia - cuidado!, ateno

afugentamento - fora!, rua!, passa!, x!

alvio - ufa!, arre!

animao - coragem!, avante!, eia!

aplauso - bravo!, bis!, mais um!

chamamento - al!, ol!, psit!

desejo - oxal!, tomara! / dor - ai!, ui!

espanto - puxa!, oh!, chi!, u!

impacincia - hum!, hem!

silncio - silncio!, psiu!, quieto!

So locues interjetivas: puxa vida!, no diga!, que horror!, graas a Deus!, ora bolas!, cruz credo!

Conjuno

a palavra que liga oraes basicamente, estabelecendo entre elas alguma relao (subordinao ou coordenao). As conjunes classificam-se em:

Coordenativas, aquelas que ligam duas oraes independentes (coordenadas), ou dois termos que exercem a mesma funo sinttica dentro da orao. Apresentam cinco tipos:

aditivas (adio): e, nem, mas tambm, como tambm, bem como, mas ainda;

adversativas (adversidade, oposio): mas, porm, todavia, contudo, antes (= pelo contrrio), no obstante, apesar disso;

alternativas (alternncia, excluso, escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer;

conclusivas (concluso): logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso;

explicativas (justificao): - pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.

Subordinativas - ligam duas oraes dependentes, subordinando uma outra. Apresentam dez tipos:

causais: porque, visto que, j que, uma vez que, como, desde que;

Palavra que liga oraes basicamente, estabelecendo entre elas alguma relao (subordinao ou coordenao). As conjunes classificam-se em:

comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que;

condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se no), a menos que;

consecutivas (conseqncia, resultado, efeito): que (precedido de tal, tanto, to etc. - indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que;

conformativas (conformidade, adequao): conforme, segundo, consoante, como;

concessiva: embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que;

temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), at que;

finais - a fim de que, para que, que;

proporcionais: medida que, proporo que, ao passo que, quanto mais (+ tanto menos);

integrantes - que, se.

As conjunes integrantes introduzem as oraes subordinadas substantivas, enquanto as demais iniciam oraes subordinadas adverbiais. Muitas vezes a funo de interligar oraes desempenhada por locues conjuntivas, advrbios ou pronomes.

VI Concordncia nominal e verbal.

De acordo com Mattoso Cmara d-se em gramtica o nome de concordncia circunstncia de um adjetivo variar em gnero e nmero de acordo com o substantivo a que se refere (concordncia nominal) e de um verbo variar em nmero e pessoa de acordo com o seu sujeito (concordncia verbal). H, no obstante, casos especiais que se prestam a dvidas.

Ento, observamos e podemos definir da seguinte forma: concordncia vem do verbo concordar, ou seja,