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JULHO 2013 N.º 2 Serviços Técnico Pedagógicos STP NEWSLETTER DOS SERVIÇOS TÉCNICO PEDAGÓGICOS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SINES OFICINAS DE PAIS Em articulação com a Associação “PAIS EM REDE” decorreu entre abril e junho o primeiro Grupo de Apoio Emocional (GAE) de Sines e do Litoral Alentejano, desti- nado a pais e encarregados de educação de crianças e jovens especiais do nosso concelho. Este primeiro grupo contou com a presença de 12 pais e encarregados de educa- ção de crianças do 1.º ciclo ao secundário. E a avaliação que fazem é positivo tendo mostrado vontade de avançar para o nível 2 desta intervenção. Esperamos poder dar continuidade a este trabalho no próximo ano letivo primeiro com um novo GAE e depois com um primeiro COR (Grupo de corresponsabilidade parental). (CON)SEGUIR Este ano os serviços técnico pedagógicos lançaram um novo desafio, desta vez às turmas do 4º ano do agrupamento. O projeto chamava-se (Con) Seguir e visava promover uma boa adaptação ao novo ciclo de ensino, à nova escola e ao novo ano de escolaridade. Neste sentido foram realizadas 3 etapas. A primeira consistia saber as perce- ções que os alunos do 4º ano tinham do 5º ano para os ajudar a refletir sobre a transição. A segunda, os desafios da mudança, pretendeu-se dar a conhecer aos alunos do 4º ano algumas das características da sua futura escola e do 5º ano, com recurso a uma apresentação em PowerPoint. E por fim, a etapa mais esperada por todos, à descoberta da nova escola, a visita à escola vasco da gama com a participação em algumas atividades a decorrer na mesma (aulas, cantina, experiência cartão eletrónico, biblioteca, entre outras. Estão de Parabéns os cerca de 140 alunos do 4º ano que participaram nesta iniciativa pois o balanço foi muito positivo. No fim da visita foi frequente ouvir: “Já acabou? Não é justo termos uma manhã de 5º ano e agora à tarde temos que ir para o 4º ano, queríamos era ficar já cá”.

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JULHO 2013 N.º 2

Serviços Técnico Pedagógicos STP NEW S LETT E R DOS S ERVI ÇO S TÉ CNI CO P E DAGÓ GI COS DO

A GRUPA ME NTO DE E S CO LA S DE SI NE S

OFICINAS DE PAIS Em articulação com a Associação “PAIS EM REDE” decorreu entre abril e junho o primeiro Grupo de Apoio Emocional (GAE) de Sines e do Litoral Alentejano, desti-nado a pais e encarregados de educação de crianças e jovens especiais do nosso concelho. Este primeiro grupo contou com a presença de 12 pais e encarregados de educa-ção de crianças do 1.º ciclo ao secundário. E a avaliação que fazem é positivo tendo mostrado vontade de avançar para o nível 2 desta intervenção. Esperamos poder dar continuidade a este trabalho no próximo ano letivo primeiro com um novo GAE e depois com um primeiro COR (Grupo de corresponsabilidade parental).

(CON)SEGUIR Este ano os serviços técnico pedagógicos lançaram um novo desafio, desta vez

às turmas do 4º ano do agrupamento. O projeto chamava-se (Con) Seguir e visava promover uma boa adaptação ao novo ciclo de ensino, à nova escola e ao novo ano de escolaridade.

Neste sentido foram realizadas 3 etapas. A primeira consistia saber as perce-ções que os alunos do 4º ano tinham do 5º ano para os ajudar a refletir sobre a transição. A segunda, os desafios da mudança, pretendeu-se dar a conhecer

aos alunos do 4º ano algumas das características da sua futura escola e do 5º ano, com recurso a uma apresentação em PowerPoint. E por fim, a etapa mais esperada por todos, à descoberta da nova escola, a visita à escola vasco da

gama com a participação em algumas atividades a decorrer na mesma (aulas, cantina, experiência cartão eletrónico, biblioteca, entre outras. Estão de Parabéns os cerca de 140 alunos do 4º ano que participaram nesta

iniciativa pois o balanço foi muito positivo. No fim da visita foi frequente ouvir: “Já acabou? Não é justo termos uma manhã de 5º ano e agora à tarde temos que ir para o 4º ano, queríamos era ficar já cá”.

O papel do ANIMADORA SOCIOCULTURAL na escola

O animador assume um papel de agente de socialização e mobilização social, com uma intervenção multi-disciplinar e de forma global, em equipa e promovendo parcerias no sentido de intervir no processo de desenvolvimento do indivíduo, ou grupo. É um agente social que promove atitudes de consciencialização e participação nos indivíduos, assumindo por vezes, um papel de mediador, de forma a sensibilizar os alunos para o processo de desenvolvimento criativo e pessoal, valorizando as suas capacidades individuais, sociais e culturais, contribuindo para que as aprendizagens na escola se tornem mais agradáveis.

SENTE Programa de Competências

Emocionais

O Kit com atividades para trabalhar as competências emocionais para o pré-escolar—SENTE, foi apresentado num momento de capacitação/formação para as educadoras promovido por Inês Coutinho e Patrícia Cardoso no passado dia 7 de maio. Os materiais estão já disponíveis em cada um dos estabelecimentos do pré-escolar do Agrupamento.

FORMAÇÃO

Depois de em dezembro de 2012 se ter realizado a ação Agentes de Mediação Escolar para quatro Assistentes Operacionais de 2.º e 3.º ciclo. Está neste momento a ser prepa-rado mais um momento de for-mação — Mediação de Conflitos, a ser desenvolvido por Inês Couti-nho e Patrícia Fialho. O objetivo será dotar os Assisten-tes Operacionais do 1.º ciclo com ferramentas que ajudem a resol-ver conflitos entre os alunos.

ARRISCA + Programa de Competências Pessoais e Sociais

É chegado o momento de fazer o balanço do ano letivo 2012/2013 e pensar no caminho a seguir. As intervenções que avaliamos como mais positivas foram as que tive-ram intervenções diretas de técnicos ou intervenções mistas no 1.º ciclo. É com pena que vemos que as turmas de monitorização não fun-cionaram como gostaríamos. Em relação ao 2.º ciclo devemos referir as dificuldades em termos de um horário (dificuldade que surgiu por ter terminado a Formação Cívi-ca) e também as associadas ás características das próprias turmas. No entanto, e porque acreditamos que esta é uma boa experiência, estamos a pensar em formas de melhorar este tipo de intervenção (nomeadamente, metodologias de intervenção e também a pensar em destinatários privilegiados para o próximo ano, bem como área a trabalhar ainda com mais insistência).

MEDIADORA SOCIOCULTURAL na escola O termo aparece associado à questão da mediação de conflitos e à importância de chegar a consensos. Segundo o decreto-lei n.º105/2001 de 31 de agosto que estabelece o estatuto legal do mediador sociocultu-ral, este “tem por função colaborar na integração de imigrantes e minorias étnicas, na perspetiva do reforço do diálogo intercultural e da coesão social”. Ainda segundo o mesmo decreto-lei são competências e deveres do mediador sociocultural, nomeadamente:

a) Colaborar na prevenção e resolução de conflitos socioculturais e na definição de estratégias de intervenção social;

b) Colaborar ativamente com todos os intervenientes dos processos de intervenção social e educativa;

c) Facilitar a comunicação entre profissionais e utentes de origem cultural diferente; d) Assessorar os utentes na relação com profissionais e serviços públicos e privados; e) Promover a inclusão de cidadãos de diferentes origens sociais e culturais em igualdade de

condições; f) Respeitar a natureza confidencial da informação relativa às famílias e populações abrangidas

pela sua ação. No nosso agrupamento é coordenadora de atividades como as Competências Pessoais e Sociais, Emocionais e Mediação Escolar e ainda das atividades de Educação Parental nas suas diversas vertentes. Colabora ainda com a Equipa Multidisciplinar de Apoio Ao Aluno/Escola sempre que essa colaboração é pertinente, com a Equipa de Educação para a Saúde nas questões do Bullying, nas atividades dos Ateliers Promotores de Inter-culturalidade. Colabora ainda noutras atividades sempre que essa colaboração é considerada pertinente.

BULLYING A técnica Inês Coutinho e as técnicas do Projeto A PRIORI E5G colaboraram com a Equipa de Educação para a Saúde nas atividades relacionadas com a temática do Bullying, nomeadamente: programas de prevenção para 4.º anos, intervenções com turmas (uma turma de 4.º ano e uma turma de 7.º), Observa-tório do Bullying e ações de sensibilização para pais e encarregados de educação. Neste final de ano letivo está ainda pensada uma sessão de formação para docentes de educação especial (que aguarda marcação de data).

ATELIERS PROMOTORES DE INTERCULTURALIDADE

Ao longo do presente ano letivo as técnicas Inês Coutinho e Patrícia Cardoso colaboraram em diversas atividades dinami-zadas pelo grupo dos Ateliers Promotores de Interculturali-dade, nomeadamente: “Conta-me histórias... daquilo que eu não li!”, questões relacionadas com a formação para a comunidade educativa (dinamizada pelo ACIDI) no final do 2.º período, requisição de materiais para o centro de recur-sos (existente na Biblioteca Escolar da Escola Básica Vasco

da Gama e outros para as Bibliotecas Escolares do 1.º ciclo), organização da expo-sição comemorativa do DIA INTERNACIONAL DA FAMÌ-LIA (15 de maio) que esteve patente nas Escolas Básicas n.º1, n.º2 e n.º3.

ENCEN’ART Grupo de Teatro De forma a valorizar o trabalho desenvolvido pelos alunos, quer ao nível da expressão plástica, com a construção de sombras, quer com o trabalho de grupo, no sentido de fortalecer os laços entre os alunos e aplica-los nos fru-tos do trabalho desenvolvido tivemos no final do ano letivo uma apresentação do teatro de sombras, com adap-tação do livro de José Fanha, “O Dia em que o Mar desapareceu”. Convidamos toda a comunidade educativa a assistir ao resultado final de um trabalho que contou ainda com a visita de estudo ao Museu das Marionetes, em Lisboa.

OFICINAS DE EXPRESSÃO DRAMÁTICA PARA ALUNOS COM NEE

As Oficinas de Expressão Dramática com 5 alunos da Unidade de Apoio Especializado a Alunos Com Multideficiência culminaram na apresentação de uma Peça de fantoches sobre o tema a higiene oral, inserida no projeto SOBE, intitulada “Kiko, o dentinho de leite”. O resultado final surgiu de um trabalho dos alunos, desde a cons-trução dos fantoches, passando pela elaboração do cenário, com trabalhos de auto conhecimento e interação uns com os outros através de exercícios de relaxamento.

EDUCAÇÃO ESPECIAL No presente ano letivo, estiveram 71 alunos do nosso agrupamento, integrados em medidas de educação espe-

cial, desde o pré-escolar até ao 9º ano. Os técnicos dos serviços técnico pedagógicos (Fisioterapeuta, Psicólogo, Técnica de Serviço Social e Terapeuta da Fala) colaboram no acompanhamento da situação escolar e social des-tes alunos, sempre integrados em equipas mais alargadas, que contam com a participação igualmente ativa de

outros elementos como educadores/professores titulares/diretores de turma, professores de educação especial, terapeuta da fala, fisioterapeuta, encarregados de educação e sempre que seja possível, outros técnicos que acompanhem, no exterior, estes alunos. Para além deste acompanhamento, estas equipas de trabalho elaboram

obrigatoriamente o relatório de avaliação final, onde se espelham os resultados obtidos e a definem as propos-tas para o ano letivo seguinte. Face às necessidades dos alunos são definidas novas articulação e novas atividades, não só com as estruturas

internas como externas, criando novas oportunidades para estes alunos. Assim surgiram as seguintes iniciativas: - Autonomia pessoal e social – Em articulação com esta disciplina dos currículos específicos individuais e em articulação com os seus responsáveis, pretende-se a intervenção junto de algumas famílias, em contexto casa,

no sentido de desenvolver competências na família e nos alunos. Esta intervenção é realizada pela mediadora e a técnica de serviço social; - Oficinas de pais – Uma articulação coma Associação “Pais em Rede” que têm constituído uma oportunidade

para os pais de crianças especiais partilhem as suas experiências e emoções sobre os seus percursos. Esta ini-ciativa á dinamizada pela mediadora, com formação em Psicologia e o Psicólogo; - Oficinas de expressão dramática – Uma articulação com a Unidade de apoio especializado para a educa-

ção de alunos com multideficiência. Esta iniciativa é dinamizada pela animadora sociocultural e visa o desenvol-vimento pessoal, nomeadamente social e artístico, destes alunos. Nem tudo são alegrias. Temos tido muitas dificuldades em dar as respostas adequadas, nomeadamente ao nível

do acompanhamento nas áreas da psicologia, terapia da fala e terapia ocupacional, pois queremos fazer mais, desenvolvendo e estimulando ao máximo os nossos alunos.

Áreas de Intervenção em TERAPIA DA FALA

LINGUAGEM

A Linguagem é a capacidade humana para compreender e usar um sistema com-

plexo e dinâmico de símbolos convencionados, usado em modalidades diversas para comunicar e pensar (ASHA - American Speech and Hearing Association). A linguagem pode ser verbal (oral e escrita) ou não verbal (por exemplo: gestos). Os subsistemas linguísticos ou áreas da linguagem são a fonologia, a sintaxe, a mor-

fologia, a semântica e a pragmática. Quando existem dificuldades na aquisição da linguagem ou há perda desta (por lesão cerebral), a capacidade de comunicação e a relação com as pessoas ficam comprometidas.

Diagnósticos terapêuticos possíveis: atraso do desenvolvimento da linguagem, perturbação específica da lingua-gem, afasia.

FALA

A Fala é a materialização da Língua na variante fónica, sendo realizada através de um processo de articulação de sons. Qualquer alteração a este nível compromete a inteligibilidade do discurso e pode interferir na aprendi-

zagem do processo de leitura e escrita. Para que esta ocorra sem alterações é necessário que não existam altera-

ções ao nível da articulação, da fluência, da respiração e da voz.

Diagnósticos terapêuticos possíveis: perturbação articulatória de carácter fonético, perturbação articulatória de carácter fonológico, perturbação articulatória de carácter fonético-fonológico, disfluência, disartria, apraxia do discurso.

VOZ

A voz é o som que é produzido na laringe pelas pregas vocais, a partir do ar que vem dos pulmões e que depois é amplificado e modulado pela faringe, cavidade bucal e nasal e os articuladores (dentes, língua, palato, lábios).

Na voz normal o som obtido é de “boa qualidade” para os ouvintes e produzido sem dificul-dade ou desconforto para o falante. Há equilíbrio e harmonia muscular. Na voz patológica (disfonia), há alteração da comunicação oral, na qual a voz não consegue

cumprir o seu papel de transmissão da mensagem verbal e emocional de um indivíduo. Não se mantém a harmonia e equilíbrio musculares. Toda e qualquer dificuldade ou alteração na emissão vocal que impede a produção natural da voz.

Diagnósticos terapêuticos possíveis: disfonia (funcional, orgânica ou orgânico-funcional), afonia.

Áreas de Intervenção em TERAPIA DA FALA

(cont.)

MASTIGAÇÃO E DEGLUTIÇÃO (ACTO DE ENGOLIR)

A mastigação é a função mais importante do sistema estomatognático, sendo a fase

inicial do processo digestivo, que se inicia na boca. Esta função oral interfere no desenvolvimento orofacial, na manutenção dos arcos osteodentários e no equilíbrio muscular e funcional.

A deglutição representa uma sequência complexa de atividades neuromusculares que tem a função de levar o alimento até ao estômago. Durante este processo há um cruzamento das vias aéreas com as vias digestivas tendo o organismo desenvol-

vido alguns mecanismos de proteção que evitam a aspiração do alimento. Diagnósticos terapêuticos possíveis: deglutição atípica, deglutição adaptada, disfagia.

MOTRICIDADE OROFACIAL

É a área da Terapia da Fala relacionada com a musculatura dos órgãos fonoarticulatórios e

região cervical, envolvidos nas funções estomatognáticas (sucção, mastigação, respiração, fala e deglutição).

A PRIORI E5G

Programa de Desenvolvimento de Competên-cias Empreendedoras O Programa de Desenvolvimento de Competências Empreendedoras contemplou as turmas de 8.º ano da Escola Vasco da Gama de Sines no intuito de motivar os participantes para atitudes empreendedoras, atra-

vés da capacitação pessoal, social e da construção e planeamento de projetos, autonomizando-os, enquanto jovens, na área do empreendedorismo. Superaram-se expectativas no que concerne a este pro-grama conseguindo que todos participassem, gerando ideias de grupo a concretizar durante o próximo ano

letivo, despoletando a sua implementação junto da comunidade educativa. Foram abrangidos 43 alunos que, em grupo, projetaram 12 ideias. Quanto à avaliação geral, as professoras envolvidas (100%) assu-mem a escala do “muito

bom”. Apontando a “criatividade de alguns grupos de trabalho”

como aspetos positivos. Os alunos consideram a atividade na escola de

“bom” (62.3%) e na escala de “muito bom” (31.3%).

O papel do TÉCNICO DE SERVIÇO SOCIAL na Escola A inserção do profissional de Serviço Social na educação é um grande desafio, já que a

pratica desta, ainda é pouco conhecida nesta área.

O técnico superior de serviço social desenvolve, no âmbito do projeto educativo de escola e do serviço de psi-

cologia e orientação respetivo, as funções inerentes à sua especialidade, no seio do apoio socioeducativo, com-

petindo-lhe, designadamente:

a) Colaborar com os órgãos de administração e gestão da escola no âmbito dos apoios socioeducati-

vo;

b) Promover as ações comunitárias destinadas a prevenir a fuga à escolaridade obrigatória, ao aban-

dono precoce e ao absentismo sistemático;

c) Desenvolver ações de informação e sensibilização aos pais, encarregados de educação e da comu-

nidade em geral, relativamente às condicionantes socioeconómicas e culturais do desenvolvimento e

da aprendizagem;

d) Apoiar os alunos no processo de desenvolvimento pessoal;

e) Colaborar, na área da sua especialidade, com professores, pais ou encarregados de educação e

outros agentes educativos na perspetiva do aconselhamento psicossocial;

f) Colaborar em ações de formação, participar em experiências pedagógicas e realizar investigação

na área da sua especialidade;

g) Propor a articulação da sua atividade com as autarquias e outros serviços especializados, em par-

ticular nas áreas da saúde e segurança social, contribuindo para o correto diagnóstico e avaliação

sócio-médico-educativa dos alunos com necessidades especiais, e participar no planeamento das

medidas de intervenção mais adequadas. (Decreto-Lei N.º 184/2004 de 29 de Julho )

No Agrupamento de Escolas de Sines, foi integrada na equipa do serviço de psicologia e orientação (Serviços

Técnico Pedagógicos) no âmbito da implementação do Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP) no

ano letivo de 2009/2010 até ao presente ano.

Desde essa altura a técnica tem desenvolvido diversas atividades de articulação com a comunidade, famílias e alunos, participando na avaliação e na definição de estratégias de intervenção junto de alunos/agregados fami-liares. Uma das apostas tem sido também a capacitação dos vários agentes educativos de estratégias de inter-venção. A articulação entre os técnicos e grupos de trabalho tem sido uma mais valia no desenvolvimento do trabalho.

CAMPANHAS DE SOLIDARIEDADE

Neste ano letivo foram desenvolvidas 3 campanhas: recolha de alimentos para as famílias carenciadas do agrupamento; “O pilhão vai à escola”, promovida pela entidade Eco pilhas, da qual obteremos material didáti-co para cada escola; e por fim, a recolha de livros usa-dos “De Todos para Todos”, para que possam ser reuti-lizados no próximo ano letivo pelos alunos, visando a poupança de dinheiro às famílias e a reutilização do manual escolar.

EQUIPA MULTIDISCIPLINAR de apoio ao aluno/família APOIO PSICOPEDAGÓGICO ATENDIMENTOS a Encarregados de Educação

A equipa multidisciplinar de apoio à escola/aluno foi constituída em Fevereiro do ano letivo 2009/2010 e coor-

denada pela técnica de Serviço Social que integrou o Agrupamento nessa mesma altura. Esta equipa multidisci-

plinar visa a avaliação e intervenção de situações de âmbito social e psicológico, relativas a alunos, turmas e

escolas, que promovam a igualdade de oportunidades e o sucesso educativo em termos individuais e das esco-

las que integram o Agrupamento.

1. Existiram dois tipos de intervenção, um centrado no aluno e outro na turma/escola. Para cada caso foi

constituída uma equipa multidisciplinar adequada a cada situação.

2. A estrutura de intervenção foi sempre ajustada a cada situação.

Relativamente a este ano letivo verificou-se um acentuado número de situações acompanhadas pela equipa,

cerca de 85 alunos distribuídos pelos vários ciclos. No que se refere aos atendimentos periódicos aos encarre-

gados de educação manifestados pelos mesmos, no 2º período iniciou-se no 2º e 3º ciclo e verificou-se uma

grande aceitação, principalmente no 3º ciclo.

Como se pode verificar, ao longo dos anos de implementação da equipa multidisciplinar tem havido, cada vez mais sinalizações para a mesma.

A INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA neste Agrupamento

A psicologia educacional visa intervir quer a nível da família e da escola, quer em outras instituições, com o

propósito de melhorar o processo ensino/aprendizagem e, assim, dar um contributo eficaz para o desenvolvi-

mento global do aluno e das pessoas. Neste agrupamento, o psicólogo intervêm essencialmente em duas

áreas: apoio psicopedagógico e orientação escolar e profissional. Ao nível do apoio, o psicólogo participa em

duas equipas – a equipa multidisciplinar, participando na avaliação e acompanhamento da situação escolar e

familiar de alunos com dificuldades de aprendizagem mais ligeiras, e outra dirigida a alunos com necessida-

des educativas especiais. Nesta área, educação especial, o psicólogo participa nas equipas que procedem à

avaliação aprofundada dos alunos identificados pelos professores e no acompanhamento dos discentes e

suas famílias abrangidos neste tipo de medidas. No presente ano, o psicólogo colaborou ainda numa iniciativa

inovadora – Oficina de Pais, dirigido aos encarregados de educação destas crianças especiais, com o objetivo

de fomentar a partilha e a criação de rede de apoio entre os pais.

Ao nível da orientação, desenvolvemos essencialmente a nossa ação junto dos alunos do 9º ano, através de

um programa estruturado de orientação, no qual são trabalhadas com os alunos inscritos temáticas como as

alternativas escolares ao nível do ensino secundário e do mundo das profissões, A intervenção com estes alu-

nos visa principalmente a promoção de atividades que visem o autoconhecimento dos alunos e o apoio ao

nível da construção de um projeto de vida. Face à existência de cada vez mais alternativas ao nível do 2º e

3º ciclos, o psicólogo participa ainda na orientação dos alunos interessados nos cursos vocacionais e cursos

de educação e formação.

Queremos alargar o acompanhamento psicológico a um maior número de alunos previamente avaliados.

Estamos a criar condições para aumentar o número de apoios individualizados e em pequenos grupos com

problemáticas próximas. Queremos criar novas respostas educativas. Estamos a preparar uma equipa de ava-

liação e intervenção em eventuais dificuldades escolares específicas no final do pré-escolar. Queremos cola-

borar no enriquecimento do ambiente escolar. Estamos já a pensar em criar novos espaços e atividades diri-

gidos aos alunos no sentido de aumentar a sua motivação escolar.

O psicólogo não trabalha sozinho. A sua ação só faz sentido, através de um trabalho de equipa com outros

técnicos (serviço social, mediador, animador sociocultural, terapeuta da fala e fisioterapeuta), educadores e

professores e ainda os docentes de educação especial. A sua intervenção cruza-se ainda com estruturas da

comunidade, havendo a este nível uma articulação com outras escolas locais e regionais, Centro de Emprego

e Formação do litoral Alentejano, Centro de Saúde de Sines, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens,

entre outros.

A PRIORI E5G

ANIMAÇÃO DA LEITURA E ESCRITA CRIATIVA

“Se quiser falar ao coração do homem, há que se contar uma história. Dessas que não faltam animais, ou deuses e muita fantasia. Porque é assim, suave e doce-

mente que se despertam consciências”. Jean de La Fontaine O Projeto À Priori E5G desenvolve a atividade Animação da Leitura e Escrita Criati-va no intuito de contribuir para o sucesso escolar em contexto sala de aula através

da capacidade de memorização e como mote introdutório a diversas questões atuais. Nestes últimos períodos letivos o À Priori E5G tratou de temáticas como a multicul-

turalidade, a prevenção dos maus tratos na infância, a importância do trabalho de grupo e a saúde oral através da leitura do livro “Os ovos misteriosos” de Luísa Ducla Soares, visualização de filme “Quando a poeira assentar…” da Flamínia –

edições educativas e dois ateliers de escrita criativa abordados num jogo de “quantos queres?” e na construção de um texto de turma a partir das cartas “Mostra o teu sorriso” do Projeto SOBE (Saúde Oral e Bibliotecas Escolares).

Foram contempladas 9 turmas em que a avaliação espelha o sucesso de aprendi-zagens, é avaliada na escala de “muito bom”

por 89% das professo-ras. Os 164 alunos abrangidos consideram a

atividade na mesma escola (100%).

A PRIORI E5G

IGUALDADE DE GÉNERO O Programa para a Igualdade de Género em meio escolar teve como principais objetivos conseguir que os

participantes adotassem uma postura não sexista e prevenir a violência (de géne-ro, no namoro, doméstica), posturas (sexistas, xenófobas, homofóbicas) e maus tratos (entre pares), incutindo-lhes o espírito de igualdade. O programa desenvolve-se em contexto sala de aula durante 6 sessões. Estes últimos períodos letivos con-

taram com seis turmas de 2º ano e uma turma de 1º ano, contando ao todo com 150 alunos. As professoras que assistiram ao programa e os alunos alvos avaliam a atividade na escala de “muito bom” (85.7% e 92.05% respetivamente).

ORIENTAÇÃO ESCOLAR

Como complemento às atividades do Programa de Orientação dirigido aos alunos do 9º ano, desenvolvemos três momentos informativos relativos à oferta de cursos de nível secundário. Ainda no mês de Maio fomos visitar a Escola Secundária Poeta Al Berto, onde tivemos a oportunidade de conhecer os cursos científico-

humanísticos e profissionais que esta escola vai oferecer. Fomos ainda à Escola Tecnológica do Litoral Alente-jano, onde conhecemos os cursos profissionais que irão decorrer naquela escola. Com estas deslocações a estas escolas, os alunos tiveram ainda a oportunidade de conhecer as suas instalações. No mês de Junho, a

Escola Vasco da Gama recebeu uma comitiva da escola secundária Padre António Macedo, que desenvolve-ram uma sessão informativa sobre os cursos a desenvolver. Estas atividade permitem conhecer, na prática, as estabelecimentos escolares mais próximos, tendo contacto com a sua oferta e com os respetivos ambien-

tes, o que também tem contribuído para a decisão a tomar e a reduzir a ansiedade tão natural nestes momentos de transição. Mesmo com o atraso na definição da rede, ainda conseguimos organizar duas sessões informativas sobre a

oferta de cursos de educação e formação. Após um levantamento junto de eventuais interessados nesta ofer-ta, os diretores de turma identificaram 17 alunos do 6º. 7º, 8º e 9º anos de escolaridades e com idades superiores aos 14 anos de idade. Apesar de estar aberta a inscrição a todos os alunos e encarregados de

educação, contámos com a presença de 10 alunos e 6 encarregados de educação que ficaram a conhecer o Curso de Operador Agrícola – Horticultura/Fruticultura Biológicas. Tiveram ainda a oportunidade de ouvir o testemunho de dois alunos que estão a terminar um curso afim, na área da jardinagem. A Escola Secundária

Padre António Macedo foi convidada a fazer mais uma visita à nossa escola, os 7 alunos e 6 encarregados de educação presentes tiveram a oportunidade de conhecer os Cursos de Serralharia Civil e de Práticas Comer-ciais que a Escola de Santo André vai abrir. Nos próximos dias, já com as notas afixadas, vamos tomar deci-

sões em relação ao caminho a percorrer nos próximos anos. Ainda estamos a participar na constituição de um curso vocacional para alunos do 2º ciclo, através do desen-volvimento de sessões de orientação escolar com os 27 alunos sinalizados pelos diretores de turma. Depois

de uma fase de recolha de informação relevante sobre o seu percurso escolar, interesses profissionais (com sessão de avaliação psicológica incluída), entre outros aspetos, vamos até ao final do mês de julho tomar decisões face à integração destes alunos nesta oferta.

O VASQUINHO Jornal Escolar O jornal foi uma aposta de todos os agentes educativos do agrupa-mento no sentido de divulgar o que é feito nas nossas escolas. Assim contamos já com 3 edições que só foi possível com a colaboração de alunos, professores e com os contributos jornalísticos dos agentes parceiros neste projeto, tais como: Centro de Artes de Sines, Repsol e aicep Global Parques.

Serviços Técnico Pedagógicos

Contactos:

Escola Básica Vasco da Gama

Rua da Reforma Agrária

7520-189 SINES

Telefone: 269870490

[email protected]

ARTICULAÇÕES

Articulação com Estruturas do Agrupamento Articulação com Estruturas da Comunidade — CAS, A PRIORI, CENTRO DE SAÚDE, CPCJ, PAIS EM REDE, entre

outras

TÉCNICOS QUE CONSTITUEM O GRUPO

Andreia Romão — Fisioterapeuta Catarina Santinhos — Terapeuta da Fala Inês Coutinho — Mediadora Sociocultural Miguel Braga — Psicólogo Patrícia Cardoso — Animadora Sociocultural

Patrícia Fialho — Técnica de Serviço Social Elementos Convidados Técnicos do Projeto A PRIORI (E5G) — Daniela Vilhena e Susana Alexandrino

(arranjo gráfico — Inês Coutinho)

MOCHILAS DE ALGODÃO A fisioterapeuta, Andreia Romão deu início à Ação de Sensibilização “MOCHILAS DE ALGODÃO”, para os alunos do 4.º ano do Agrupamento de Escolas de Sines, no sentido de promover a corre-ta utilização das mochilas e a prevenção de más posturas. A referida atividade foi dinamizada em duas turmas, com um balanço muito positivo, onde foi realizado um levantamento do peso das mochilas dos alunos (que estava na sua maioria acima do peso que estes devem carregar), foi promovido o modo correto de transportar as mochilas, o modelo mais adequado de mochilas, foi incentivada a aquisição de uma boa postura sentados na sala de aula e em casa, e foi realizada uma sessão de alongamentos na sala de aula. No final da sessão, foram distribuídos folhetos

informativos para os pais. Além da ótima participação e interesse dos alunos, suscitou tam-bém curiosidade nos professores em perceber o que levavam os seus alunos nas mochilas que provocasse todo o peso que estavam a transportar.

EDUCAÇÃO PARENTAL Durante o ano letivo 2012/2013 deu-se continuidade a uma intervenção iniciada no ano letivo anterior que procurou diversificar o mais possível estratégias para traba-lhar com os pais e procurando inovar. Assim, articulando com professores e estrutu-ras como a CPCJ foram sendo desenhadas intervenções o mais individualizadas pos-sível procurando responder às necessidades e dificuldades de cada família, estando entre elas a articulação com a disciplina de Autonomia Pessoal e Social (7 alunos), Acompanhamento Parental (4 agregados), Capacitação Parental em articulação com a CPCJ de Sines (4 agregados com 6 alunos), a criação de folhetos informativos, e ainda as Oficinas de Pais.