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INSTITUTO PENTECOSTAL DE EDUCAÇÃO CRISTÃ “Integrando Vida e Serviço Através das Escrituras” CNPJ n°. 15.154.731/0001-69 – Decreto nº 5.154/04 SUBSÍDIO BÍBLICO E TEOLÓGICO EBD – Revista de Adultos Pesquisa e produção: Pr. Isaque C. Soeiro 1 Revisão orto-gramatical: Pr. Mário Saraiva 2 RESUMO O presente texto serve de apoio aos Educadores da Escola Bíblica Dominical, especialmente aos que ministram a Revista de Adultos do 1º Trimestre de 2021, intitulado: “O Verdadeiro Pentecostalismo: a atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo”, cujo conteúdo foi desenvolvido pelo pastor-teólogo Esequias Soares. Este breve subsídio da Lição 13, Voltados os Olhos para a Bendita Esperança”, trata sobre a doutrina do Arrebatamento da Igreja. Assim, o presente texto busca: apresentar uma síntese doutrinária do Arrebatamento da Igreja; e, proporcionar reflexões sobre aplicações práticas advindas da doutrina do Arrebatamento. 1. INTRODUÇÃO. As doutrinas escatológicas retratam a esperança cristã, a segurança inabalável que a Igreja tem nas promessas de Deus dadas nas Escrituras. As promessas escatológicas repousam no Ser e na Palavra de Deus, dando orientação, segurança e renovam a esperança cristã. No que diz respeito à Igreja, eleva-se no cenário profético a iminência do Arrebatamento. É preciso conhecer os termos dessa doutrina e viver à luz das suas verdades. O presente texto propõe como subsídio uma síntese doutrinária do Arrebatamento da Igreja, oferecendo reflexões práticas sobre a vida na expectativa do Arrebatamento. Pressupõe-se que, pela natureza das profecias bíblicas, quando a Igreja vive aguardando o cumprimento do Arrebatamento, também vive em fervor e trabalho dedicado; mas, quando a Igreja negligencia as profecias, também perde o vigor e viver indiferentemente. Bom estudo e boa aula! 1 Pr. Isaque C. Soeiro, pastor auxiliar na Igreja Evangélica Assembleia de Deus na cidade de Satubinha, MA. Graduado em Administração (UNITINS-TO), Bacharel em Teologia (FATEH-MA), Especialização em Gestão Educacional (UNISEB-COC), Especialização em Ciência das Religiões (ILUSES/FATEH-MA) e Mestrando em Ciência das Religiões (ILUSES/LUSÓFONA). Diretor do Instituto Pentecostal de Educação Cristã – IPEC. Membro do conselho de doutrina da CEADEMA. E-mail: [email protected]. 2 Pr. Mário Saraiva, pastor auxiliar na Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Buriticupu, MA. Graduado em Letras, com habilitação em Português, Inglês e suas respectivas literaturas (Universidade Estadual do Maranhão – UEMA); Especialista em Teologia (Universidade Estácio de Sá – UNESA); Pós-Graduando em Exegese Bíblica (Centro de Estudos Bet-Hakam); Mestrando em Ciências Teológicas (Universidade de Desenvolvimento Sustentável UDS, Assunção, Paraguai). E-mail: [email protected].

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Page 1: SUBSÍDIO BÍBLICO E TEOLÓGICO EBD Revista de Adultos

INSTITUTO PENTECOSTAL DE EDUCAÇÃO CRISTÃ “Integrando Vida e Serviço Através das Escrituras”

CNPJ n°. 15.154.731/0001-69 – Decreto nº 5.154/04

SUBSÍDIO BÍBLICO E TEOLÓGICO EBD – Revista de Adultos

Pesquisa e produção: Pr. Isaque C. Soeiro 1 Revisão orto-gramatical: Pr. Mário Saraiva 2

RESUMO O presente texto serve de apoio aos Educadores da Escola Bíblica Dominical, especialmente aos que ministram a Revista de Adultos do 1º Trimestre de 2021, intitulado: “O Verdadeiro Pentecostalismo: a atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo”, cujo conteúdo foi desenvolvido pelo pastor-teólogo Esequias Soares. Este breve subsídio da Lição 13, “Voltados os Olhos para a Bendita Esperança”, trata sobre a doutrina do Arrebatamento da Igreja. Assim, o presente texto busca: apresentar uma síntese doutrinária do Arrebatamento da Igreja; e, proporcionar reflexões sobre aplicações práticas advindas da doutrina do Arrebatamento.

1. INTRODUÇÃO. As doutrinas escatológicas retratam a esperança cristã, a segurança inabalável que a Igreja tem nas

promessas de Deus dadas nas Escrituras. As promessas escatológicas repousam no Ser e na Palavra de Deus, dando orientação, segurança e renovam a esperança cristã.

No que diz respeito à Igreja, eleva-se no cenário profético a iminência do Arrebatamento. É preciso conhecer os termos dessa doutrina e viver à luz das suas verdades.

O presente texto propõe como subsídio uma síntese doutrinária do Arrebatamento da Igreja, oferecendo reflexões práticas sobre a vida na expectativa do Arrebatamento. Pressupõe-se que, pela natureza das profecias bíblicas, quando a Igreja vive aguardando o cumprimento do Arrebatamento, também vive em fervor e trabalho dedicado; mas, quando a Igreja negligencia as profecias, também perde o vigor e viver indiferentemente.

Bom estudo e boa aula!

1 Pr. Isaque C. Soeiro, pastor auxiliar na Igreja Evangélica Assembleia de Deus na cidade de Satubinha, MA. Graduado em Administração (UNITINS-TO), Bacharel em Teologia (FATEH-MA), Especialização em Gestão Educacional (UNISEB-COC), Especialização em Ciência das Religiões (ILUSES/FATEH-MA) e Mestrando em Ciência das Religiões (ILUSES/LUSÓFONA). Diretor do Instituto Pentecostal de Educação Cristã – IPEC. Membro do conselho de doutrina da CEADEMA. E-mail: [email protected]. 2 Pr. Mário Saraiva, pastor auxiliar na Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Buriticupu, MA. Graduado em Letras, com habilitação em Português, Inglês e suas respectivas literaturas (Universidade Estadual do Maranhão – UEMA); Especialista em Teologia (Universidade Estácio de Sá – UNESA); Pós-Graduando em Exegese Bíblica (Centro de Estudos Bet-Hakam); Mestrando em Ciências Teológicas (Universidade de Desenvolvimento Sustentável – UDS, Assunção, Paraguai). E-mail: [email protected].

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2. SÍNTESE DOUTRINÁRIA DO ARREBATAMENTO DA IGREJA. No quadro bíblico das profecias escatológicas, o Arrebatamento é o grande evento escatológico que

abrirá uma série de acontecimentos que visam exaltar a Igreja junto ao Senhor Jesus Cristo por toda a eternidade.

O Arrebatamento é a volta de Jesus para a sua Igreja, que ocorrerá antes da grande tribulação e iniciará as maiores bênçãos e indizíveis alegrias da vida eterna para os redimidos.

As principais e mais extensivas declarações bíblicas sobre o Arrebatamento da Igreja encontram-se em 1 Coríntios 15.51-57 e 1 Tessalonicenses 4.13-18, textos que serviram de base para essa síntese doutrinária.

2.1 - A Definição Bíblico-Teológica da Doutrina do Arrebatamento.

O Arrebatamento é o futuro evento escatológico no qual a Igreja será sobrenatural e

instantaneamente transformada em glória e retirada pelo poder de Deus para a exaltação junto ao Senhor Jesus Cristo.

O Arrebatamento está frequentemente associado à palavra grega parousia, que significa “vinda, volta, visita real”. Na cultura da época, esta palavra referia-se à chegada de um rei ou aristocrata em determinada cidade. O uso de parousia em relação ao Arrebatamento da Igreja é encontrado em 1 Coríntios 15.23; 1 Tessalonicenses 2.19; 4.15; 5.23; 2 Tessalonicenses 2.1; Tiago 5.7-8; 2 Pedro 3.4 e 1 João 2.29. A parousia de Jesus será para remover a Igreja desse mundo e transladá-la para junto de si.

A Declaração de Fé da Igreja Evangélica Assembleia de Deus afirma: CREMOS, professamos e ensinamos que a Segunda Vinda de Cristo é um evento a ser realizado em duas fases. A primeira é o arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação, momento este em que “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados” (1 Ts 4.17); a segunda fase é a sua vinda em glória depois da Grande Tribulação e visível aos olhos humanos: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!” (Ap 1.7). Nessa vinda gloriosa, Jesus retornará com os santos arrebatados da terra: “na vinda de

nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos” (1 Ts 3.13).3

2.2 - A Natureza do Arrebatamento da Igreja. O texto bíblico permite esboçar características que mostram a singularidade desse evento

escatológico, entre as quais estão:

2.2.1 - O Arrebatamento é exclusivo para a Igreja justificada, regenerada e santificada. A Igreja é o alvo do Arrebatamento. No entanto, o arrebatamento não será para todos os que frequentam a Igreja, nem para todos os membros dela. Somente para os que “estão em Cristo” e perseveram fiéis até o fim. Os mortos que ressuscitarão é porque “morreram em Cristo” e os vivos que serão transformados é porque “vivem em Cristo”. “Estar em Cristo” é a condição espiritual de todo aquele que será arrebatado! É viver uma comunhão viva e íntima com Jesus Cristo, através da verdadeira regeneração e habitação do Espírito Santo pela verdade da Palavra de Deus.

3 DECLARAÇÃO DE FÉ DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS. Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), CPAD, Novembro, 2016, p. 102.

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O Arrebatamento é exclusivo para todo aquele que vive em fidelidade e santificação em Cristo. As características dos arrebatados são: purificados e santificados pela Palavra, conforme Efésios 5.25b-27: “... Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (cf. 2 Co 11.2; 1 Ts 4.7; Hb 12.14). 2.2.2 - O Arrebatamento é iminente. A doutrina do Arrebatamento é apresentada nas Escrituras relacionada à ideia de iminência, de evento que pode acontecer a qualquer momento. Nesse sentido, é importante ressaltar:

A. O Arrebatamento da Igreja pressupõe aguardar vigilantemente em todo o tempo. A ordem de Cristo não é aguardar sinais que apontam para o Arrebatamento, mas aguardar o próprio Arrebatamento. A palavra de Deus sempre exorta sobre estar vigilante pelo fato de não saber a que horas, dia, ano ou século Jesus virá. Conforme Mateus 24.42: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”.

B. O Arrebatamento da Igreja será inesperado e rápido. Não somente pode ocorrer a qualquer momento, mas será surpreendentemente rápido em sua execução. O tempo entre o “ressoar da trombeta” e o “arrebatamento” é descrito pelo apóstolo Paulo como “num momento, num abrir e fechar de olhos” (1 Co 15.52), indicando a impressionante velocidade da operação sobrenatural no Arrebatamento.

2.2.3 - O Arrebatamento da Igreja segue uma ordem de ações sobrenaturais. A obra de glorificação e perfeição pela qual os arrebatados passarão vem por uma ordem, conforme 1 Tessalonicenses 4.16-17:

A. Em primeiro lugar, serão ressuscitados aqueles que morreram em comunhão com Cristo: “...

os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (v.16). Escrevendo aos irmãos da igreja em Tessalônica, o apóstolo Paulo respondeu a uma dúvida quanto ao destino dos irmãos que já haviam morrido. Aqueles irmãos viviam na expectativa do Arrebatamento a qualquer momento, ainda naqueles dias. Assim, quando a perseguição foi intensificada sobre eles, e muitos irmãos morreram, passaram a supor que a “morte” impossibilitaria que aqueles irmãos participassem do Arrebatamento. A morte dos irmãos passou a representar um ataque à esperança de participar do Arrebatamento; “assim, a partida de uma pessoa querida trazia grande angústia para a alma”4. Eles passavam a olhar para a morte como os pagãos que não tinham esperança; por isso, o apóstolo Paulo esclareceu a ordem do Arrebatamento, colocando a sublime prioridade do arrebatamento dos que “morreram em Cristo” (v.13). Ao ressoar da trombeta, em primeiro lugar, os mortos em Cristo ressuscitarão para encontrarem-se com o Senhor Jesus Cristo nos ares. Dois fatos devem ser destacados: 1) A forma desta ressurreição é semelhante à ressurreição de Jesus e será operada pelo poder de Jesus Cristo (1 Co 15.20-21); e, 2) A natureza do corpo ressuscitado é infinitamente superior ao corpo antes da morte. O apóstolo Paulo explica em 1Coríntios 15.52: “... A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis...” (cf. 1 Co 15.42-44). O corpo da ressurreição será “corpo glorificado” para desfrutar das novas condições de existência eterna.

4 MacARTHUR, John. Bíblia de Estudo MacArthur. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, 2010, p. 1642.

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B. Em segundo lugar, aqueles que viverem em comunhão com Cristo serão transformados:

“Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles...” (v.17). Nem todos os que vivem em Cristo passarão pela morte física, mas, no Arrebatamento, serão diretamente transladados para o encontro com o Senhor Jesus nos ares! Os que estiverem vivos, em comunhão com Cristo, por ocasião do Arrebatamento, não serão raptados de qualquer forma, mas serão: 1) transformados; e, 2) depois transladados! No momento do Arrebatamento, num ínfimo de tempo, toda a constituição do salvo, corpo-alma-espírito, passará por “mudanças essenciais instantaneamente operadas”5 pelo poder do Espírito Santo!

Tanto na ressureição dos mortos em Cristo como na transformação daqueles que vivem em Cristo, há a necessidade de incorruptibilidade! Este princípio para o Arrebatamento é apresentado pelo apóstolo Paulo em 1Coríntios 15.52-53: “... A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade”. A palavra grega para “incorruptível”6 significa “algo não decadente, algo que não pode ser corrompido nem entrar em decomposição”. Tanto o corpo dos ressurretos quanto o corpo dos transformados serão livres de qualquer definhamento e corrupção! 2.2.4 - O Arrebatamento é para o encontro glorioso entre Cristo e a Igreja. O Arrebatamento é o Encontro: o Senhor Jesus vem ao encontro da Igreja e a Igreja vai ao encontro do Senhor. Esse é um encontro solene para propósitos singulares. Assim, o Arrebatamento não é por razão qualquer ou sem valor, mas pressupõe algo importantíssimo! Para tanto, devem ser entendidos os termos “arrebatar” e “encontrar” em 1 Tessalonincenses 4.17:

A. O significado de “Arrebatar” sugere urgência. A palavra “arrebatados” vem do grego

“haparzo”, com o sentido de “arrancar de forma brusca e inesperada”. Esse termo refere-se à retirada rápida, imediata e por força de algo de determinado lugar para transferir para outro lugar, como p. exemplo7: 1) No caso de Filipe, que foi rapidamente arrebatado pelo Espírito Santo da presença do eunuco etíope, encontrando-se imediatamente na cidade de Azoto (Atos 8.39-40); e, 2) No caso em João 6.15, em que a multidão queria “arrebatar” pela força a Jesus para o declarar rei.

B. O significado de “Encontro” sugere solenidade. A palavra “encontro” que Paulo usa neste texto era usada nos tempos do Novo Testamento para referir-se a encontros solenes: quando um rei visitava determinada cidade, os cidadãos saíam de suas casas para fora dos muros da cidade para encontrar-se com o ele8. A presença grandiosa do rei atraía os cidadãos para fora da cidade ao seu encontro. Assim será no Arrebatamento, pois “Jesus mesmo... descerá dos céus” (v.16) e, imediatamente, os mortos em Cristo ressuscitarão e os vivos serão transformados, e juntamente serão arrebatados! Quando a presença real e gloriosa de Jesus

5 CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2003, p. 720. 6 Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 2103. 7 LOPES, Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses: como se preparar para a segunda vinda de Cristo. São Paulo: Hagnos, 2008, p. 112). 8 HORTON, Stanley M. (editor). Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 633.

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estiver disponível à Sua Igreja, rapidamente a Igreja sairá desta terra e irá ao encontro do Rei Jesus Cristo nos ares!

3. CONCLUSÃO – Viver na Expectativa do Arrebatamento.

A promessa do Arrebatamento é real. É “viva esperança” intrinsecamente entretecida na autêntica

fé em Cristo (1 Pe 1.3). Assim, enquanto Jesus Cristo não vem buscar Sua Igreja, esta precisa viver na expectativa da Sua volta.

A “viva esperança” pela qual a Igreja vive na expectativa do Arrebatamento gera resultados para o tempo presente, quais sejam:

1) A expectativa do Arrebatamento produz vigilância na santidade. Viver na expectativa do

Arrebatamento não é um viver estagnado, indiferente e de qualquer forma; esperar pelo Arrebatamento é viver em preparo de fidelidade e santificação. O apóstolo João exorta: “E todo aquele que tem essa esperança em Cristo purifica-se a si mesmo, assim como Cristo é puro” (1João 3.3/NTLH), e, em Apocalipse 22.11: “... o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se”.

2) A expectativa do Arrebatamento produz perseverança diante das tribulações. Enquanto a Igreja aguarda o Arrebatamento, ela está em campo de batalha, de luta travada em todos os lados. A vida cristã não ocorre em meio à calmaria, mas entre tempestades. Como enfrentar os sofrimentos e provações que trazem lutas por fora e temores por dentro? Olhando para o Arrebatamento da Igreja! Foi assim que o apóstolo Paulo viveu. Em meio aos inúmeros perigos, extensos sofrimentos e dramáticas provações, Paulo aprendeu a colocar-se na perspectiva certa: ele passou a olhar todos os sofrimentos desta vida pela lente do Arrebatamento! Paulo testemunha em Romanos 8.18: “Eu penso que o que sofremos durante a nossa vida não pode ser comparado, de modo nenhum, com a glória que nos será revelada no futuro” (NTLH); e, em 2Coríntios 4.16-18: “Por isso nunca ficamos desanimados. Mesmo que o nosso corpo vá se gastando, o nosso espírito vai se renovando dia a dia. E essa pequena e passageira aflição que sofremos aqui, vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento. Porque nós não prestamos atenção nas coisas que se veem, mas nas que não se veem. Pois o que pode ser visto dura apenas um pouco, mas o que não pode ser visto dura para sempre” (NTLH). Se é a dor da ausência do ente querido que partiu, o Arrebatamento nos trará a presença suficiente de Jesus; se é crise financeira, o Arrebatamento nos levará para uma existência com imensa abastança; se é enfermidade, o Arrebatamento nos levará para uma existência perfeita; se é luta contra o pecado e a tentação, o Arrebatamento nos levará para uma existência de vida plena em justiça e santidade! Não importa a dor, a aflição e o sofrimento, o Arrebatamento revelará uma existência completamente perfeita em paz, alegria e segurança!

3) A expectativa do Arrebatamento mantém a esperança viva em Cristo. A vida cristã é uma vida de esperança em Cristo! Seja para os mortos que morreram em fidelidade ao Senhor, seja para vivos que vivem em fidelidade ao Senhor, a ordem é viver na certeza de que o Arrebatamento acontecerá e a Igreja se encontrará com o Senhor Jesus!

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O Arrebatamento deve ser tema constante de reflexão, dos hinos, das orações, dos estudos bíblicos, conforme Filipenses 3.20-21: “Mas nós somos cidadãos do céu e estamos esperando ansiosamente o nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que virá de lá. Ele transformará o nosso corpo fraco e mortal e fará com que fique igual ao seu próprio corpo glorioso...” (NTLH). Quando a Igreja vive à luz da ardente expectativa do Arrebatamento, então, ela deixa marcas do autêntico testemunho cristão. “Todos que deixaram sua marca na terra foi precisamente porque suas mentes estavam ocupadas com as coisas do céu”9.

APOIO:

Comissão de Educação da CEADEMA

Conduzindo a Educação Através do Reino

9 C. S. Lewis apud MAGALHÃES FILHO, Glauco Barreira. Teologia, Espiritualidade e Protestantismo. São Paulo: Editora Vida, 2014, p. 115.