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BIC – Boletim Informativo CEAP – 29/10/2017. Nº 66 – ANO VI Suicídio – algumas Consequências... A revista Reformador de agosto de 2017, editada pela Federação Espírita Brasileira, publica matéria com o título “alegria de viver”, traz interessantes co- mentários acerca de algumas consequências do suicídio, com o esclarecimento de Almerindo Martins de Castro (O Martírio dos suicidas. 6. ed. Brasília: FEB, 1978, p.17): “O verdadeiro sofrimento começa no momento do suicídio. Todas as narra- tivas das vítimas de tal desvario são unânimes na descrição das dores ligadas ao gênero de morte escolhido”. Em seguida, relata-nos alguns dos terríveis sofrimen- tos informados pelos próprios Espíritos suicidas. Se um veneno corrosivo, o ardor insuportável da queimadura, destru- indo todo o esôfago, o estomago, os intestinos, na sensação máxima de inten- sidade; se um projétil de arma de fogo, a dor do ferimento, permanente, tirâ- nica, impedindo todo o raciocínio – que não gire em torno desse sofrimento; se a asfixia, por mergulho ou enforcamento, a ab- soluta falta de ar, a ânsia desesperada de respirar, nas contorções desordenadas de quem luta com as derradeiras forças para não morrer; se por incên- dio das vestes, a inenarrável angústia da destruição das próprias carnes, tor- tura que palavras não descrevem e arrancam da vítima verdadeiros urros de dor, cruciantes e comovedores ao máximo da sensibilidade. E assim veem as almas suicidas escoar-se o tempo, sem mais noção dele, até completar-se o que lhes estava marcado no relógio da vida terrena, quando reencarnaram. E o suplício toma vulto maior no pensamento e no sentir, porque o Es- pírito, no seu insulamento de dor, perde a noção do tempo e tem a impressão de que vai sofrer eternamente. Outro relato impressionante: Uma jovem suicida, tida por seus irmãos de crença como alma boníssima, que iria diretamente para o Céu quando mor- resse, era responsável pelo sustento da mãe idosa e possuía emprego bem re- munerado. Mas de tanto ouvir de todos os membros de sua instituição religi- osa a ideia de ir para o paraíso, quando morresse, acabou sendo vítima de ob- sessão, uma das causas do suicídio, e matou-se, iludida com essas previsões. Seu espírito manifestou-se numa reunião mediúnica e relatou, amargurado: Minha desventura, agora, não é feita de dores, nem de remorsos, por- que jamais pratiquei mal contra o próximo; mas da contemplação dos sofri- mentos de minha infeliz mãe. Fugindo da vida, eu lhe causei a maior dor de toda a sua existência, e por mim ela chorou todas as lágrimas dos seus olhos. Cada soluço, cada la- mento dos seus lábios feriam-me a alma, qual se fosse punhais de fogo. De- pois, quando pude ver, aos meus olhares surgiram os quadros da miséria, da fome e do frio que minha pobre mãezinha tem curtido – depois que lhe faltou o sustento que eu lhe proporcionava com o fruto do meu trabalho. Rolando, em casa de estranhos, por esmola, comendo do que sobra, mesmo contra o seu paladar; vestindo restos de roupas, às vezes insuficientes para atenuar o frio; olhada com indiferença por todos, ninguém lhe faz um carinho, nem lhe diz palavras de consolo; ninguém lhe zela pela saúde, e mui- tas vezes ela se tem sentido morrer, sem o socorro de qualquer medicação. Tal é a minha tortura de todos os instantes: o quadro dos sofrimentos de minha mãe não se afasta diante de mim. Dir-se-ia que em todo o horizonte da minha visão não existe outra pers- pectiva. O meu suplício espiritual lembra o da gota de água, caindo sobre a cabeça do condenado – até perfurá-la – à força de bater ininterruptamente. Coisa terrível o suicídio! Horrível mentira a promessa do Céu aos pobres pecadores, indignos até do olhar de Jesus! (CASTRO, 1978, pag.20 e 21). Com estes esclarecimentos, cumpre-nos refletir sempre sobre as con- sequências de atos ocasionam, nós seremos atingidos e aos que mantemos laços familiares e amizade. Joana de Ângelis: “Faze, pois, da tua atual existência, um hino de louvor à Vida”. (FRANCO, 2013, P.169). Dívida de amor “Portanto, dai a cada um o que deveis; a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; aquém temor, temor; a quem honra, honra. ” – Paulo (Romanos, 13:7) Todos nós guardamos a dívida geral de amor uns para com os outros, mas esse amor e esse débito se subdividem, por inúmeras mani- festações. A cada ser, a cada coisa, paisagem, circunstância e situação, de- vemos algo de amor em expressão diferente. A criatura que desconhece semelhante impositivo não encontrou ainda a verdadeira noção de equilíbrio espiritual. Coisa terrível o suicídio! Horrível mentira...

Suicídio algumas Consequências · pectiva. O meu suplício espiritual lembra o da gota de água, caindo sobre a cabeça do condenado – até perfurá-la – à força de bater

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BIC – Boletim Informativo CEAP – 29/10/2017. Nº 66 – ANO VI

Suicídio – algumas Consequências...

A revista Reformador de agosto de 2017, editada pela Federação Espírita Brasileira, publica matéria com o título “alegria de viver”, traz interessantes co-mentários acerca de algumas consequências do suicídio, com o esclarecimento de Almerindo Martins de Castro (O Martírio dos suicidas. 6. ed. Brasília: FEB, 1978, p.17): “O verdadeiro sofrimento começa no momento do suicídio. Todas as narra-tivas das vítimas de tal desvario são unânimes na descrição das dores ligadas ao gênero de morte escolhido”. Em seguida, relata-nos alguns dos terríveis sofrimen-tos informados pelos próprios Espíritos suicidas.

Se um veneno corrosivo, o ardor insuportável da queimadura, destru-indo todo o esôfago, o estomago, os intestinos, na sensação máxima de inten-sidade; se um projétil de arma de fogo, a dor do ferimento, permanente, tirâ-nica, impedindo todo o raciocínio – que não gire em torno desse sofrimento;

se a asfixia, por mergulho ou enforcamento, a ab-soluta falta de ar, a ânsia desesperada de respirar, nas contorções desordenadas de quem luta com as derradeiras forças para não morrer; se por incên-

dio das vestes, a inenarrável angústia da destruição das próprias carnes, tor-tura que palavras não descrevem e arrancam da vítima verdadeiros urros de dor, cruciantes e comovedores ao máximo da sensibilidade.

E assim veem as almas suicidas escoar-se o tempo, sem mais noção dele, até completar-se o que lhes estava marcado no relógio da vida terrena, quando reencarnaram.

E o suplício toma vulto maior no pensamento e no sentir, porque o Es-pírito, no seu insulamento de dor, perde a noção do tempo e tem a impressão de que vai sofrer eternamente.

Outro relato impressionante: Uma jovem suicida, tida por seus irmãos de crença como alma boníssima, que iria diretamente para o Céu quando mor-resse, era responsável pelo sustento da mãe idosa e possuía emprego bem re-munerado. Mas de tanto ouvir de todos os membros de sua instituição religi-osa a ideia de ir para o paraíso, quando morresse, acabou sendo vítima de ob- sessão, uma das causas do suicídio, e matou-se, iludida com essas previsões. Seu espírito manifestou-se numa reunião mediúnica e relatou, amargurado:

Minha desventura, agora, não é feita de dores, nem de remorsos, por-que jamais pratiquei mal contra o próximo; mas da contemplação dos sofri-mentos de minha infeliz mãe.

Fugindo da vida, eu lhe causei a maior dor de toda a sua existência, e por mim ela chorou todas as lágrimas dos seus olhos. Cada soluço, cada la-mento dos seus lábios feriam-me a alma, qual se fosse punhais de fogo. De-pois, quando pude ver, aos meus olhares surgiram os quadros da miséria, da fome e do frio que minha pobre mãezinha tem curtido – depois que lhe faltou o sustento que eu lhe proporcionava com o fruto do meu trabalho.

Rolando, em casa de estranhos, por esmola, comendo do que sobra, mesmo contra o seu paladar; vestindo restos de roupas, às vezes insuficientes para atenuar o frio; olhada com indiferença por todos, ninguém lhe faz um carinho, nem lhe diz palavras de consolo; ninguém lhe zela pela saúde, e mui-tas vezes ela se tem sentido morrer, sem o socorro de qualquer medicação.

Tal é a minha tortura de todos os instantes: o quadro dos sofrimentos de minha mãe não se afasta diante de mim.

Dir-se-ia que em todo o horizonte da minha visão não existe outra pers-pectiva. O meu suplício espiritual lembra o da gota de água, caindo sobre a cabeça do condenado – até perfurá-la – à força de bater ininterruptamente.

Coisa terrível o suicídio! Horrível mentira a promessa do Céu aos pobres pecadores, indignos até do olhar de Jesus! (CASTRO, 1978, pag.20 e 21).

Com estes esclarecimentos, cumpre-nos refletir sempre sobre as con-sequências de atos ocasionam, nós seremos atingidos e aos que mantemos laços familiares e amizade.

Joana de Ângelis: “Faze, pois, da tua atual existência, um hino de louvor

à Vida”. (FRANCO, 2013, P.169).

Dívida de amor

“Portanto, dai a cada um o que deveis; a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; aquém temor, temor; a quem honra, honra. ” – Paulo (Romanos, 13:7)

Todos nós guardamos a dívida geral de amor uns para com os outros, mas esse amor e esse débito se subdividem, por inúmeras mani-festações.

A cada ser, a cada coisa, paisagem, circunstância e situação, de-vemos algo de amor em expressão diferente.

A criatura que desconhece semelhante impositivo não encontrou ainda a verdadeira noção de equilíbrio espiritual.

Coisa terrível o suicídio!

Horrível mentira...

Valiosas oportunidades iluminativas são relegadas, pelas almas invigilantes, à obscuridade e à perturbação.

Que prodigioso Éden seria a Terra se cada homem concedesse ao próximo o que lhe deve por justiça!

O homem comum, todavia, gravitando em torno do próprio “eu”, em clima de egoísmo feroz, cerra os olhos às necessidades dos outros. Esquece-se de que respira no oxigênio do mundo, que se alimenta do mundo e dele recebe o material imprescindível ao aperfeiçoamento e à redenção. A qualquer exigência do campo externo, agasta-se e irrita-se, acreditando-se o credor de todos.

Muitos sabem receber, raros sabem dar.

Por que esquivar-se alguém aos petitórios do fragmento de terra que nos acolhe o espírito? Por que negar respeito ao que comanda, ou atenção ao que necessita?

Resgata os títulos de amor que te prendem a todos os seres e coi-sas do caminho.

Quanto maior a compreensão da um homem, mais alto é o débito dele para com a Humanidade; quanto mais sábio, mais rico para satisfa-zer aos impositivos de cooperação no progresso universal.

Não te iludas. Deves sempre alguma coisa ao companheiro de luta, tanto quanto à estrada que pisas despreocupadamente. E quando resgatares as tuas obrigações, caminharás na Terra recebendo o amor e a recompensa de todos.

Fonte: XAVIER, Francisco C. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel, 1. ed.10.imp. Brasília: FEB, 2017. Cap.150. (Reformador de Outubro/2017. Esflorando o Evangelho. Pag.15.)

BIBLIOTECA CEAP – NOVOS LIVROS

Nossos filhos são espíritos – Hermínio C. Miranda – best-seller – mais de 300 mil exemplares vendidos

Nossos filhos são Espíritos mostra que, além do corpinho frágil com que iniciamos nossas vidas, existe um espírito imortal, dotado de persona-lidade, maturidade e tendências que podem ser modificadas através da educação e dedicação dos pais. Leia e descubra como entender seu filho melhor. É uma reflexão acerca da infância do ser humano na Terra.

As crianças são pessoas “adultas”, vivi-das, experimentadas e dotadas, às vezes, de maior capacidade intelectual e maior bagagem cultural do que muitos de nós. A dificuldade que experimentam, nos primeiros anos de vida na carne, é apenas a de movimentar satisfato-riamente sua maquininha de viver na Terra, que só fica “pronta” para funcionar aí pela ado-lescência e, nas suas melhores condições, lá pela maturidade.

O aprendizado é lento e difícil, pois en-volve complexidades muitas, ditadas pela ne-cessidade de adaptação ao meio, desenvolvi-

mento de um correto sistema de comunicação, formação cultural, recupe-ração de habilidades físicas e mentais, bem como uma técnica de convi-vência com os seres junto aos quais fomos colocados.

PENSAMENTO DO ALTO Eleve o pensamento. Os pássaros que voam nas gran-

des alturas são os de asas mais fortes. Também você, ponha o pensa-

mento no mais alto que puder, mesmo que surjam impedimentos. Coloque-se além dos problemas, pen-dências ou aflições que puxam para baixo.

Você tem valor. Não deixe, em hipótese alguma,

que por dentro de você o mal supere o bem. Isso até mesmo nas horas de né-voas ou de trevas.

Implante a vitória em si mesmo.

Você se agiganta quando crê que possui amplas condições de paz e progresso. Caminho Seguro –Lourival Lopes

EVANGELHO NO LAR

O Culto do Evangelho em casa,

pelo menos uma vez por semana,

ser-vos-á uma fonte de alegrias e

bênçãos. Renovemos o contato

com os ensinamentos de Jesus e

a própria vida se nos fará lumi-

noso caminho de ascensão e feli-

cidade real.

- Seja um voluntário: Vagas para evangelização infantil e juvenil, saiba mais, fale com os atendentes da Biblioteca do CEAP. - BIBLIOTECA: consulte novos títulos à sua disposição.

EXPEDIENTE nº 66 – Outubro/2017 - ANO VI - (Distribuição Interna Gratuita) - BIC - BOLETIM

INFORMATIVO CEAP - Centro Espírita Antônio de Pádua, Rua Eng. Max de Souza, nº 1138, Co-

queiros, Florianópolis, SC, fundado em 27 de junho de 1948. Contato:

[email protected] – blog: ceapfpolis.wordpress.com – fb.com/ceapfpolis