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Suplemento Especial • 22 de agosto de 2012 • Preço R$1,00[email protected] comitepelarefundacaoiv.blogspot.com.br • www.democraciaobrera.org Comandado pela Anglo-American e demais multinacionais que saqueiam África, o governo de Zuma perpetra um novo massacre contra a classe operária O GOVERNO LACAIO DO IMPERIALISMO DE ZUMA, SUSTENTADO PELO CNA E A BUROCRACIA ESTALINISTA DO COSATU, MASSACROU 34 OPERÁRIOS DA MINA LONMIN! governo assassino, e lacaio do imperialismo, de Zuma e o Congresso Nacional Africano (CNA) tem descarregado sua repressão violenta e um vil massacre contra os trabalhadores da mina Lonmin, na localidade de Marikana, que se encontram em greve. Em 16/8, trinta e quatro operários foram assassinados pela polícia do regime infame da “reconciliação” de Mandela e do estalinismo com a burguesia branca do Apartheid. Assim tem respondido esse governo anti-operário de Zuma contra o heróico combate dos operários agrupados na Associação de Trabalhadores da Indústria Mineira e da Construção (AMCU). Estes, em 10 de agosto saíram à greve e tomaram a mina, reclamando um aumento salarial de 300 % de R4000 a R12500 de (480 a 1500 dólares que é o mínimo que cobre uma cesta básica familiar de subsistência para sobreviver) ao mês, por melhores condições trabalhistas, se rebelando assim contra a escravatura e as péssimas condições que a patronal impõe. Que os obriga a viver em casinhas de metal, que nem sequer contam com banhos, eletricidade e água potável. Esta enorme greve recebeu uma primeira resposta: a empresa dos piratas imperialistas da City de Londres mandou a sua segurança privada e os pistoleiros da burocracia da União Sindical Mineira (NUM), pertencente à central sindical COSATU, a enfrentar com uma feroz repressão os trabalhadores para expropriar a tomada da mina. A segurança privada e a burocracia do COSATU, com paus e aos tiros tentaram dobrar os grevistas. Mas este ataque foi repelido e derrotado pelos operários, que seguiram firmes em sua luta. Então a ordem da Anglo-American e a patronal imperialista de Lonmin foi clara: apoiados na exigência pública da burocracia entreguista do sindicato, chamaram a “pôr ordem”. Seu empregado Zuma, o presidente da África do Sul, não duvidou um instante e enviou a milhares de polícias, que rodearam as instalações da mina e dispararam de modo selvagem contra operários e suas mulheres, cobrando a vida de 34 companheiros, entre mais de 70 trabalhadores feridos e 259 foram detidos pela polícia assassina e seguem presos. O África do Sul: 22/08/2012 Fuzilamento e massacre aos operários da mina Lommin, Sul da África

Sul da áfrica

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Page 1: Sul da áfrica

Suplemento Especial • 22 de agosto de 2012 • Preço R$1,00•[email protected]

comitepelarefundacaoiv.blogspot.com.br • www.democraciaobrera.org

Comandado pela Anglo-American e demais multinacionais que saqueiam

África, o governo de Zuma perpetra um novo massacre contra a classe

operária

O GOVERNO LACAIO DO IMPERIALISMO DE ZUMA,

SUSTENTADO PELO CNA E A BUROCRACIA ESTALINISTA

DO COSATU, MASSACROU 34 OPERÁRIOS DA MINA LONMIN!

governo assassino, e lacaio do imperialismo, de Zuma e o Congresso Nacional Africano (CNA) tem

descarregado sua repressão violenta e um vil massacre contra os trabalhadores da mina Lonmin, na localidade de Marikana, que se encontram em greve. Em

16/8, trinta e quatro operários foram assassinados pela polícia do regime infame da “reconciliação” de Mandela e do

estalinismo com a burguesia branca do Apartheid. Assim tem respondido esse governo anti-operário de Zuma contra o heróico combate dos operários agrupados na

Associação de Trabalhadores da Indústria Mineira e da Construção (AMCU). Estes, em 10 de agosto saíram à greve e tomaram a mina, reclamando um aumento salarial de 300 %

de R4000 a R12500 de (480 a 1500 dólares que é o mínimo que cobre uma cesta básica familiar de subsistência para

sobreviver) ao mês, por melhores condições trabalhistas, se rebelando assim contra a escravatura e as péssimas condições que a patronal impõe. Que os obriga a viver em casinhas de

metal, que nem sequer contam com banhos, eletricidade e água potável.

Esta enorme greve recebeu uma primeira resposta: a empresa dos piratas imperialistas da City de Londres mandou a sua

segurança privada e os pistoleiros da burocracia da União Sindical Mineira (NUM), pertencente à central sindical COSATU, a enfrentar com uma feroz repressão os

trabalhadores para expropriar a tomada da mina. A segurança privada e a burocracia do COSATU, com paus e aos tiros

tentaram dobrar os grevistas. Mas este ataque foi repelido e derrotado pelos operários, que seguiram firmes em sua luta. Então a ordem da Anglo-American e a patronal imperialista

de Lonmin foi clara: apoiados na exigência pública da burocracia entreguista do sindicato, chamaram a “pôr ordem”. Seu empregado Zuma, o presidente da África do Sul, não

duvidou um instante e enviou a milhares de polícias, que rodearam as instalações da mina e dispararam de modo

selvagem contra operários e suas mulheres, cobrando a vida de 34 companheiros, entre mais de 70 trabalhadores feridos e 259 foram detidos pela polícia assassina e seguem presos.

O

África do Sul:

22/08/2012

Fuzilamento e massacre aos operários da mina Lommin, Sul da África

Page 2: Sul da áfrica

SUPLEMENTO ESPECIAL

Como em Astúrias e em toda a

África, o movimento mineiro

encabeça o combate contra as

multinacionais imperialistas e seus

governos assassinos

Esta dura luta dos trabalhadores da

África do Sul, que inclusive enfrentou todas as direções traidoras dos sindicatos, cúmplices da exploração

operária, aterrorizou a todos os exploradores e a seus governos.

Sua reivindicação encontra lenha seca em toda África, de Norte a Sul. Já antes, e como parte desta mesma luta,

o movimento mineiro africano protagonizava duríssimos combates em Guiné, Zimbábue e Zambia.

Neles, a sede de justiça da classe operária se voltou indomável: na mina Collum, na Zambia, os

operários tinham começado a justiçar, inclusive a patrões assassinos e

escravistas. Em Marikana, os mineiros subiam um degrau a mais nesta luta. Já tinham

derrotado os burocratas do sindicato, que atuaram como açougueiros e fura greves quando o próprio José

Mathunjwa, líder do sindicato se colocou ao lado dos patrões, dizendo

aos trabalhadores para voltar a trabalhar com as mãos vazias e reprimindo ferozmente aos heróiocos

trabalhadores grevistas, repressão que foi derrotada com armas em punho. Na mina Lonmin, trabalhadores e

patrões viam-se frente a frente, e as mulheres dos mineiros e os operários

da África do Sul começavam a pôr-se de pé. Por isso a polícia massacrou-os sem piedade. Os trabalhadores frente

a traição de seus dirigentes sindicais

decidiram eleger delegados “sem rosto” para que negociassem suas demandas dando um passo adiante

para formas superiores de organização.

É que os trabalhadores de Lonmin seguiam o caminho de luta de seus irmãos de classe da África do Sul e

faziam suas as demandas e as consignas de luta dos operários de Astúrias e León do Estado Espanhol.

Estes a mais de dois meses vêm resistindo duramente contra a

tentativa de fechamento das minas por parte do governo imperialista de Rajoy e da monarquia assassina. Seu

grito foi: “Se isto não se conquista; guerra, guerra, guerra” e “Se nossos filhos passam fome, os vossos

verterão sangue”. Essa heróica luta mineira neste momento tem sido desviada e isolada,

mas hoje ressurge com a mesma força na África martirizada, contra as

mesmas transnacionais exploradoras. Os mineiros de África do Sul enfrentaram a Zuma, o governo

amigo da Al-Assad, sustentado pelos traidores do PC, que na África do Sul tentaram derrotar às pauladas sua

luta, e desde o governo chamaram a massacrá-la. Mas não conseguiram.

Assim o combate dos trabalhadores e da juventude do Norte de África se estende ao sul do continente. Já antes,

na greve geral de Nigéria, o grito de guerra contra o governo tinha sido: “Vai-te Jonathan, ou morrerás como

Khadafy!”. Hoje o assassino Zuma tenta lavar a

cara declarando “luto nacional” ante a morte dos mineiros de Lonmin, já que a luta operária segue de pé. Cínico!

Ele, seu governo e os traidores da burocracia, sob os comandos da empresa, deram a ordem de disparar e

massacrar aos trabalhadores. E agora depois do massacre busca a

“reconciliação” sobre o sangue derramado pela vanguarda operária. Já muito, estão pagando as massas

oprimidas com penúrias inauditas dessa sinistra política de “reconciliação”, que aplicou o

imperialismo, a burguesia negra e o estalinismo com os assassinos do

Apartheid. Estão todos sobre o comando do mesmo amo: a Anglo-American e demais empresas

imperialistas anglo-ianquis. E já a esquerda chorona... às perdas dos capitalistas, sai rapidamente a

encobrir ao estalinismo que sustenta ao governo assassino de Zuma. Exigem que este aplique justiça! Isso

é pedir ao verdugo que faça justiça. Basta já!

Fora Zuma e o CNA! Abaixo o

regime da “reconciliação” do

Apartheid e a Anglo-American

com seus sócios das burguesias

negras milionárias, comissões

das multinacionais, e os

pistoleiros do estalinismo!

Abaixo a burocracia sindical

açougueiros e fura greve do

COSATU e de todas as

organizações operárias, todos

defensores da propriedade e dos

super lucros das

multinacionais!

Enorme mobilização dos mineiros de

Asturias no Estado Espanhol Piquete de Greve dos mineiros de Lonmin

Page 3: Sul da áfrica

SUPLEMENTO ESPECIAL

É preciso expropriar sem

pagamento e por sob controle

operário todas as minas dos

piratas imperialistas que

saqueiam África; todas suas

terras, bancos, propriedades e

fábricas!

De Namibia a Zambia, de

Botswana a Moçambique e de toda

África do Sul mandemos delegados

a rodear de solidariedade aos

mineiros de Lonmin

Uma só classe, uma mesma

demanda em toda África

escravizada

GREVE GERAL JÁ EM TODA A

REGIÃO

Por milícias operárias e dos

explorados! Por Comitês de

soldados! É preciso esmagar e dissolver a

polícia assassina da Anglo-American e as multinacionais!

Abaixo a farsa de “Comissão investigadora independente” de

Zuma! Não há nada que investigar!

Tribunais Operários e Populares

para julgar e castigar a todos os

assassinos dos mineiros de Lonmin! Eles são mártires de toda a classe

operária mundial!

Imediata e incondicional liberdade

dos 259 companheiros detidos!

Apoiados em suas mulheres e filhos, e na solidariedade da classe operária, a heróica luta dos mineiros de

Lonmin continua. Suas demandas são as de todo o movimento operário da África do Sul e da região! Seu grito

de luta é o de toda a classe operária mundial!

Seu aguerrido combate não pode ficar isolado! A classe operária da África do Sul deve reagrupar suas filas junto

aos mineiros que lutam e suas demandas. Para isso deve-se jogar fora dos sindicatos e do COSATU

toda a burocracia de açougueiros e fura greves!

Um comitê de greve de 1.000 operários da mineira Royal Bafokeng apoiados na democracia direta da

base e enfrentando abertamente aos traidores estalinistas do COSATU e

do NUM, com o mesmo programa dos trabalhadores mineiros de

Lonmin, têm saído ao combate. Operários da Anglo American se

insurgem já desde as galerias das minas, aplicando a democracia direta e levantam suas demandas.

Viva a sublevação de todos os operários mineiros de África do Sul!É preciso expropriar os expropriadores!

Comitê de greve e de luta comum de

todos os mineiros e da classe operária de todo o Centro e Sul da África Com as assembleias, com os piquetes

de greve, a base mineira abre caminho para enfrentar os exploradores e forjar sua unidade

ASSIM SE LUTA contra as

mineradoras, as multinacionais e os governos assassinos da região Eles arrancam de seus países os

operários de Zimbabwe, de Botswana, de Moçambique, etc. para escravizá-los em minas da África do

Sul, e usar a suas mulheres como serventes em suas casas. Basta já de escravatura!

Todos a Marikana para

conquistar um Congresso de

delegados de base de todo o

movimento operário e das

massas exploradas, para lutar

junto aos trabalhadores de

Lonmin, aos piquetes de greve

da Royal Bafokeng e aos

operários da Anglo American

que já começaram a se

insurgir!

Deve se coordenar já aos que

lutam

Uma mesma demanda para

todos!

Basta de trabalhadores vivendo

com salários de miséria! 300 % de

aumento de salário para todo o

movimento operário do Centro e o

Sul da África!

Basta de super-explorar os

operários imigrantes nas minas da

patronal escravista! A igual

trabalho, igual salário em toda a

região!

Trabalho, educação, saúde e

moradia digna para todos já!

Fora o imperialismo da África

escravizada!

Para acabar com as multinacionais e seus regimes assassinos, é preciso combater como na Líbia, Síria,

Tunísia e Egito, como lutam os mineiros de Espanha, com a greve

revolucionária como ontem na Nigéria, e justiçando os verdugos dos trabalhadores como em Zambia.

África deve ser incendiada de Norte a Sul! Os exploradores e seus governos merecem a revolução socialista!

Por uma Federação de Repúblicas

Soviéticas, Operárias e Socialistas

da África do Sul!

“Policia pare de matar a nossos filhos e

esposos”. Esposas dos mineros de Lonmin

Page 4: Sul da áfrica

SUPLEMENTO ESPECIAL

È preciso expulsar das organizações operárias os capangas das multinacionais, as burocracias sindicais e o estalinismo, os pistoleiros do capitalismo! É preciso expulsar das organizações operárias às direções corruptas e agentes do grande capital! Eles dividem a luta da classe operária mundial, país por país, a submetem à burguesia e impedem a unidade internacional dos explorados para enfrentar de forma unitária e centralizada as multinacionais e as direções traidoras que defendem seus interesses em todo mundo. A classe operária norte-americana e sua vanguarda de trabalhadores negros, devem encabeçar este combate contra a Banca Morgan e a Anglo-American, junto aos trabalhadores ingleses, que devem romper com as burocracias traidoras das trade-unions, e enfrentar abertamente as transnacionais da City de Londres, que como Lonmin, massacram os trabalhadores sul-africanos e esfomeiam os trabalhadores ingleses.

Cerquemos Wall Street e a City de Londres dos piratas ingleses. Sublevemos os jovens e trabalhadores imigrantes das cité da França, e da Europa imperialista, lá estão as forças para derrotar definitivamente as transnacionais imperialistas. Essa luta articulada da classe trabalhadora mundial impede as aristocracias e burocracias trabalhadoras que se alimentam das migalhas que caem do saqueio das transnacionais do mundo colonial e semi colonial. O Fórum Social Mundial, as miseráveis ONG’s imperialistas, os

estalinistas pistoleiros do capital e outras correntes da esquerda reformista na África escravizada, pregam que “ outro mundo é possível”, o “socialismo de mercado” e “o socialismo do século XXI”, com seus governos que reprimem, criminalizam e matam trabalhadores. Todos eles sustentam Zuma, como ontem o faziam com o assassino Khadafy e hoje com o genocida Al-Assad. Basta já! Desde o Norte da África, desde Síria, Líbia, Tunísia e Egito, até o sul do continente, a classe trabalhadora necessita por de pé uma direção revolucionária para combater e triunfar! Chegou a hora de refundar a IV Internacional!

Os trabalhadores de Lonmin bloqueiam a

entrada da mina

Fração Leninista Trotskista Internacional Integrada por:

Movimento das Milícias Revolucionárias– Líbia Comitê de Voluntários Operários Internacionalistas Brigada León Sedov- Síria

Liga Trotskista Internacional (LTI) – Bolívia Liga Trotskista Internacional (LTI) – Peru

Partido Operário Internacionalista (POI-CI) – Chile Liga Operária Internacionalista (LOI-CI) – Argentina

“Comuneros” Grupo Socialista Revolucionário Trotskista Leninista – Colômbia Liga Comunista dos Trabalhadores (LCT) – Venezuela

Núcleo Operário Revolucionário (NOR) – Peru Comitê pela Refundação da IV Internacional de São Paulo – Brasil