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nº 1555 – 23 mai. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Olerícolas Frutícolas Outras Culturas Criações Preços Semanais Notas Agrícolas Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2019. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3. Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. CDU 63(816.5) © 2019 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Sumário · nº 1555 – 23 mai. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos

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nº 1555 – 23 mai. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.

Sumário

Palavra da Casa

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Olerícolas

Frutícolas

Outras Culturas

Criações

Preços Semanais

Notas Agrícolas

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar

I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2019. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.

Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

CDU 63(816.5)

© 2019 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a

fonte.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 2, 23 mai. 2019

Palavra da Casa

Nova Gestão: 30 dias de muita intensidade

No último dia 17, portanto na sexta-feira passada, completamos 30 dias à frente da

Emater/RS-Ascar.

O desafio de conduzir essa importante Instituição, prestadora oficial de Assistência Técnica e

Extensão Rural e Social (Aters) em nosso Estado, nos orgulha e, ao mesmo tempo, nos instiga a

vivermos um período de muita satisfação e de novos conhecimentos e experiências.

Nessa nova Gestão, temos foco na unicidade, respeitando a diversidade, não só da Diretoria,

mas entre todos os extensionistas, na transparência das ações e decisões, na valorização dos

profissionais, na economicidade, não desperdiçando e racionalizando os recursos, e na eficiência e

eficácia do nosso trabalho, em especial no contato direto com as famílias para a melhoria das

condições de vida no meio rural.

Trabalhamos de forma planejada, decidindo e executando nossas atividades e programas no

sentido de cumprir de forma eficiente e eficaz as 58 ações definidas em conjunto com as diretorias

da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), que conduz o

nosso trabalho a partir das diversas políticas públicas voltadas ao meio rural, bem como renovar e

fortalecer os demais convênios municipais e com o Governo Federal, que beneficiam a população

gaúcha.

Ao lado dos diretores e superintendentes técnico e administrativo, Alencar Paulo Rugeri e

Vanderlan Vasconselos, com os quais me orgulho de compartilhar essa gestão, percorremos, nesses

30 dias, várias regiões do Estado, conversando com os extensionistas e aprofundando o

conhecimento do trabalho de Aters, prestado pela nossa Emater/RS-Ascar há quase 64 anos.

Vamos todos comemorar essa importante data, que consideramos um marco fundamental

para o desenvolvimento econômico e social de nosso Estado.

Vamos, ao longo de nossa Gestão, fortalecer nossa unicidade junto à Seapdr e a todos os

nossos colegas dos Regionais e dos Municipais e, principalmente, aos nossos públicos (famílias de

agricultores, pecuaristas, pescadores, quilombolas e indígenas), com qualidade e valorizando sempre

a diversidade de ideias.

Enfim, estamos muito felizes e orgulhosos de fazer parte desta Instituição e compartilharmos

desse momento único na história do nosso Estado.

Contem conosco!

Bom trabalho a todos e todas!

Geraldo Sandri

Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

DESTAQUES Preço da soja reage.

Memória Ano 30 - Há 20 anos, nesta mesma época, a 520ª edição do Informativo Conjuntural apresentava dados de comercialização da soja à luz da cotação do dólar. Esse é o tema de abertura da seção Culturas,

na segunda página da edição de 21 de maio de 1999.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 3, 23 mai. 2019

Condições Meteorológicas

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 16 A 22/05/2019

Nos últimos sete dias as temperaturas permaneceram amenas em todo RS. Entre a

quinta-feira (16) e o sábado (18), a presença do ar seco manteve o tempo firme, com

variação de nuvens e temperaturas amenas em todo Estado. No domingo (19), a passagem

de uma frente fria no RS provocou pancadas isoladas de chuva, principalmente na Metade

Sul. Entre a segunda (20) e a quarta-feira (22), o deslocamento de uma frente fria provocou

chuva em todas as regiões.

Os totais observados superaram 20 mm na maioria dos municípios do RS, e somente

em partes do Litoral os valores foram inferiores a 10 mm. No Vale do Uruguai, Missões e na

Fronteira Oeste, os volumes variaram entre 35 e 50 mm e superaram 60 mm em algumas

localidades. Os totais mais expressivos registrados na rede de estações INMET/SEAPI

ocorreram em Alegrete e São Luiz Gonzaga (40 mm), Quaraí (42 mm), Cruz Alta (43 mm),

Frederico Westphalen (47 mm), São Borja (64 mm) e Santiago (69 mm).

A temperatura mínima foi observada em Vacaria (6,3°C) em 17/05, e a máxima do

período ocorreu em Campo Bom e São Luiz Gonzaga (27,7°C) em 19 e 20 de maio.

Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas de 22/05/2019.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 4, 23 mai. 2019

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 23 A 29/05/2019

A semana de 23 a 29 de maio terá chuva e frio no RS. Na quinta (23) e sexta-feira

(24), a propagação de uma frente fria provocará chuva e trovoadas, com possibilidade de

temporais isolados em todo Estado. Entre o sábado (25) e o domingo (26), o ingresso de uma

massa de ar seco e frio afastará a nebulosidade e provocará o declínio das temperaturas,

com possibilidade de formação de geadas no Planalto e na Serra do Nordeste. Na segunda

(27) e terça-feira (28), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva, com risco

de temporais isolados e altos volumes acumulados em algumas regiões. Na quarta-feira (29),

a chegada de uma nova massa de ar seco afastará a nebulosidade e manterá o tempo firme,

com temperaturas amenas em todo Estado.

Os totais esperados deverão variar entre 50 e 80 mm na maior parte do Estado. No

Vale do Uruguai, Planalto, região Metropolitana e nas áreas próximas à Lagoa dos Patos, os

valores poderão alcançar 100 mm e superar 120 mm em algumas localidades.

Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 5, 23 mai. 2019

Grãos

CULTURAS DE VERÃO

Milho

As condições meteorológicas melhoraram na semana, permitindo o avanço da colheita nas áreas que ainda se encontram em final de maturação. Restando ser colhida apenas 5% da safra implantada, os rendimentos estão

superando a produtividade estimada, em grande parte das lavouras.

Fases da cultura do milho no Rio Grande do Sul Milho 2019

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 23/05 Em 16/05 Em 23/05 Em 23/05

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de grãos 0% 1% 4% 3%

Maduro e por colher 5% 6% 10% 11% Colhido 95% 93% 86% 86%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.

Nos Campos de Cima da Serra e na região das Hortênsias, a colheita segue em

andamento, principalmente onde a semeadura ocorre mais no tarde; nestas lavouras, os

produtores têm por tradição deixar o grão secando.

No Alto Jacuí, na região Celeiro e no Noroeste Colonial, a colheita aproxima-se do

final. As lavouras apresentam muito boa produtividade e qualidade satisfatória dos grãos,

mesmo nas áreas de segundo plantio.

Na região Sul, se encontra predominantemente em estágio de granação o milho

implantado pós-colheita da cultura do tabaco, destinado à elaboração de silagem e ao

fornecimento para alimentação dos animais.

No Vale do Rio Pardo e nos Altos da Serra do Botucaraí, a melhoria das condições

climáticas na semana (radiação solar e temperatura) favoreceu as lavouras de milho com

semeadura tardia em fase de enchimento de grãos, maturação e colheita. Nas regiões mais

altas, onde o fumo é colhido mais tardiamente, a fase predominante do milho é de

enchimento de grãos, e em baixas altitudes predominam as fases de maturação e colheita.

No Noroeste do RS, a semana permitiu o avanço da colheita de planta inteira

(silagem), destinada à reserva de alimentos dos animais para os períodos de menor oferta.

A produtividade das lavouras de grãos está sendo reavaliada e, em diversos

municípios, ela se mostrou superior. Destaque para o caso de Bossoroca, onde a avaliação

foi a melhor da história, com produtividade que alcançou quase o dobro da inicialmente

esperada.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 6, 23 mai. 2019

Mercado (saca de 60 quilos)

O levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar indica pequena

recuperação de 0,13% no valor médio no RS, e a cotação da saca de milho na semana foi de

R$ 29,95.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2076, de 23 de maio de 2019. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv. Acesso em 23 mai. 2019.

Soja

Está tecnicamente encerrada a colheita da soja no Estado; prossegue a comercialização.

Fases da cultura da soja no Rio Grande do Sul Soja 2019

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 23/05 Em 16/05 Em 23/05 Em 23/05

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de grãos 0% 0% 0% 0%

Maduro e por colher 0% 1% 1% 1%

Colhido 100% 99% 99% 99% Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.

Nas lavouras das regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial, a produtividade

média ficou dentro da esperada inicialmente, considerada boa, embora se constatasse

grande variabilidade de rendimentos entre lavouras. O plantio do tarde – fora do período

recomendado pelo zoneamento agroclimático e realizado após colheita de milho ou do

próprio primeiro plantio (soja do cedo) – apresentou menor produtividade média em relação

aos anos anteriores, o que aponta para a possível redução desse tipo de cultivo.

Na Fronteira Noroeste e Missões, a produtividade atual vem superando a

expectativa inicial, atingindo 3,3 toneladas por hectare. Faltam ser colhidas áreas pontuais, e

os produtores estão satisfeitos com a produtividade das lavouras, ainda que as condições

para a finalização da safra não tenham sido as mais favoráveis ao cultivo.

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Ano anterior Média geral Média mês

29,95 29,9131,21

38,06

35,2431,88

R$

Milho - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

0,13

-4,04

-21,31

-15,01

-6,05

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Milho (R$ 29,95/saca de 60 kg)

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 7, 23 mai. 2019

Mercado (saca de 60 quilos)

Comercialização em aquecimento no Estado. A cotação do produto teve ótima recuperação na semana, basicamente em razão dos prêmios pagos para carregamento do produto e da elevação da cotação do dólar. Como principal consequência da desvalorização do real frente ao dólar americano, o preço médio da saca teve significativa elevação em relação à semana anterior, aumentando em 7,20%; a cotação ficou em R$ 69,42.

Em algumas regiões de produção, há compra de soja livre, com faturamento para 15

dias, ao preço de R$ 72,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2076, de 23 de maio de 2019. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv. Acesso em 23 mai. 2019.

Há 20 anos, nesta mesma época, a 520ª edição do Informativo Conjuntural

apresentava dados de comercialização da soja à luz da cotação do dólar. Esse é o tema de

abertura da seção Culturas, na segunda página da edição de 21 de maio de 1999.

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Média mês

69,4264,76

67,87

82,22 81,37 78,72

R$

Soja - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

7,20

2,28

-15,57-14,69

-11,81

-20

-15

-10

-5

0

5

10

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

Comparativo percentual do preço médio semanal da Soja (R$ 69,42/saca de 60 kg)

%

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 8, 23 mai. 2019

Arroz

A colheita da cultura arrozeira do Estado também está tecnicamente encerrada. Na Fronteira Oeste e Campanha e no município de Uruguaiana, por exemplo, informações indicam produtividade atual em 8.610 quilos por hectare.

Na região Sul, a produtividade de referência ficou em torno de 8,1 toneladas por

hectare. Destaque para Rio Grande, com produtividades que alcançaram os 9.100 quilos por

hectare.

No Litoral Norte, na área Lagunar e região Centro-Sul, após concluída a colheita, a

produtividade média estimada ficou em torno dos 7,5 toneladas por hectare.

Mercado (saca de 50 quilos)

Mantendo tendência de alta, a cotação média da saca de arroz em casca no RS teve novo aumento, agora de 2,14% em relação à semana anterior, chegando a R$ 43,84.

Na região Sul, o valor médio nos negócios está em R$ 45,00/sc. para produto do tipo

um, com rendimento mínimo de 60% de grãos inteiros, entregue pelo produtor na indústria.

O preço informado é para pagamento à vista.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2076, de 23 de maio de 2019. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv. Acesso em 23 mai. 2019.

Feijão 2ª safra

O avanço da colheita foi significativo na semana, restando ainda 37% da área

implantada a ser colhida.

A melhoria das condições meteorológicas na semana (sol e temperaturas amenas

elevadas) favoreceu a lavoura que se encontra nas fases de enchimento de grãos, maturação

e colheita. Essa condição de tempo, ainda que favorável, não ameniza as perdas em

decorrência da alta umidade proporcionada pelos últimos períodos.

Fases da cultura do feijão 2ª safra no Rio Grande do Sul Feijão 2ª safra 2019

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 23/05 Em 16/05 Em 23/05 Em 23/05

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 1% 0% 0%

Enchimento de grãos 7% 18% 4% 4%

Maduro e por colher 30% 26% 27% 20% Colhido 63% 55% 69% 76%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.

2,10

7,42

13,46

-10,13

-5,52

-15

-10

-5

0

5

10

15

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Arroz (R$ 43,84/saca de 50 kg)

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Média mês

43,84 42,9440,81 38,64

48,78 46,40

R$

Arroz - preço médio pago ao produtor - R$/saca 50 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 9, 23 mai. 2019

Nas regiões do Noroeste Colonial, Celeiro e Alto Jacuí, produtividade e qualidade do

grão estão sendo consideradas muito boas, principalmente em lavouras cultivadas com

maior tecnologia e em condições de irrigação.

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar, a comercialização do

feijão preto no Estado se mantém deprimida, com valores semanais em queda. Nessa

semana, o valor médio da saca teve nova baixa de 3,27%, caindo para R$ 156,47/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2076, de 23 de maio de 2019. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv. Acesso em 23 mai. 2019.

CULTURAS DE INVERNO

Trigo

Para a cultura do cereal, prosseguem o planejamento de área de plantio e a busca por crédito para financiamento das lavouras. Foi intensificado o manejo químico das lavouras para a implantação da cultura. O clima chuvoso e úmido está atrasando o plantio do trigo na região Noroeste do

Estado, onde normalmente é iniciado na segunda quinzena de maio. Ainda assim, 5% da

área estimada para esta safra já foi implantada nessa região. Na das Missões, esse

percentual é menor, devido ao fato de o período preferencial do zoneamento agroclimático

ocorrer nas próximas semanas. Estima-se um aumento de cerca de 4% da área em relação à

safra 2018 nessas regiões, caracterizando estabilidade na área ocupada pelo cereal.

Teve início a implantação da cultura nos municípios da região Noroeste Colonial,

onde o período recomendado para o plantio das cultivares precoces iniciou em 11 de maio.

Em relação à área cultivada nesta safra, há uma tendência de manutenção, com alternância

de aumento e diminuição de área entre municípios.

Mercado (saca de 60 quilos)

Conforme levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, o preço

do trigo variou de R$ 37,00 a R$ 42,00/sc. e a média é de R$ 40,52/sc. no Estado, o que

significa uma queda de -1,12% em relação à semana anterior. O preço para o cereal

disponível em Cruz Alta é de R$ 46,00/sc.

30,00

50,00

70,00

90,00

110,00

130,00

150,00

170,00

190,00

210,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

156,47161,76

172,67

137,48

203,69193,71

R$

Feijão - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

-3,27

-9,38

13,81

-23,18

-19,22

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Feijão (R$ 156,47/saca de 60 kg)

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 10, 23 mai. 2019

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2076, de 23 de maio de 2019. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv. Acesso em 23 mai. 2019.

Cevada

Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, é lento o início da implantação da cultura. Há aumento de área cultivada destinada à matéria-prima de ração para alimentação do rebanho leiteiro. Principal compradora de cevada cervejeira, a Ambev está buscando ampliar a área

cultivada na região Serrana. Os produtores ainda estão definindo a área, que deverá

aumentar para a próxima safra. A semeadura na região da Serra inicia em junho e se

estende até o final de julho.

Canola

Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a implantação da cultura

avança rápido, por apresentar área pouco expressiva. As lavouras emergidas apresentam

bom estande de plantas. Os produtores estão realizando controle de ervas e aplicação de

nitrogênio em cobertura nas primeiras lavouras implantadas. Não há ataque de pragas no

desenvolvimento inicial das plantas.

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, ainda que a chuva tenha atrapalhado o

período de semeadura, a implantação da cultura já atingiu 44% da área prevista; as lavouras

encontram-se em germinação e desenvolvimento inicial. Durante a semana, a semeadura da

canola foi retomada e deverá ser concluída nos próximos dias. A elevação dos preços, que

acompanha os praticados pela soja, deve impulsionar o cultivo do grão na região,

aumentando a expectativa da área cultivada.

O preço médio sofreu aumento significativo nas regiões da Fronteira Noroeste e

Missões, sendo cotado a R$ 67,63/sc. Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste

Colonial, ficou em R$ 63,70/sc.

Aveia branca

Com o retorno das condições ideais de umidade no solo, houve avanço significativo

na implantação da cultura. Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a área

implantada é maior do que a prevista inicialmente, mas com finalidades diversas: confecção

de silagem, grãos para comercialização e grãos para alimentação animal. O uso de sementes

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

40,52 40,98 41,5942,98

39,87 40,51

R$

Trigo - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

-1,12

-2,57

-5,72

1,63

0,02

-10

-5

0

5

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Trigo (R$ 40,52/saca de 60 kg)

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 11, 23 mai. 2019

salvas aumentou principalmente para as lavouras destinadas à alimentação animal. As

primeiras lavouras emergidas apresentam coloração amarela das plantas, devido ao longo

período com dias nublados e alta umidade.

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, o plantio da cultura está praticamente

finalizado, devendo ser concluído nesta semana se as condições climáticas permitirem. O

controle de lagartas nas lavouras em início de desenvolvimento vegetativo está difícil, uma

vez que se escondem sobre a palhada e agem à noite, demandando acompanhamento

adicional.

Painço

Na Fronteira Noroeste, a área da segunda safra ficou reduzida em função da

dificuldade da comercialização do produto e da substituição da cultura por soja safrinha. O

preço da saca de 60 quilos é de R$ 43,00; porém, a comercialização ocorre apenas para

compra de insumos ou pagamento de dívidas. O rendimento da primeira safra variou de

1.500 a 1.800 quilos por hectare. Já as lavouras da safrinha, com área implantada de 70

hectares em Porto Mauá e poucas áreas nos demais municípios onde o cultivo era

tradicional, estão com baixo potencial produtivo e, pelo atraso na colheita em decorrência

do período chuvoso, apresentam produto sem valor comercial, com muitos grãos brotados e

de baixa qualidade.

Linhaça

Cultivada basicamente nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, a cultura deve

perder área nesta safra, além de reduzir-se o investimento em fertilização de base. Isso se

deve às dificuldades de comercialização do produto e ao valor mais alto dos fertilizantes.

O preço de comercialização é em torno de R$ 75,00/sc.

Alfafa

Com o retorno das condições climáticas favoráveis na semana, foi retomada a

realização do corte da cultura para produção de feno. Produtores que o fazem armazenam o

produto em galpões. Alguns produtores já iniciaram o processo de preparação das áreas que

serão destinadas à implantação da cultura. Nas próximas semanas, está em perspectiva

iniciar o plantio em algumas áreas.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 12, 23 mai. 2019

Hortigranjeiros

SITUAÇÕES REGIONAIS

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, as hortas caseiras encontram-se em desenvolvimento vegetativo e algumas culturas já oferecem colheita, principalmente folhosas. A cebola está em pleno desenvolvimento vegetativo, para posterior transplante e também para o plantio destinado à formação de mudas de Crioula. O alho e a ervilha encontram-se em fase de desenvolvimento vegetativo. A maturação dos citros começa a acentuar-se nas regiões, sendo observado mais claramente o avanço da maturação na Poncã e nas laranjas precoces. A infestação de mosca-das-frutas tende a diminuir com a menor temperatura, mas ainda são verificados avanços de doenças fúngicas e bacterioses por conta da alta umidade. Segue a colheita da goiaba, com boa produtividade. As bananeiras continuam com boa produção, com oferta da fruta para as propriedades. As nogueiras apresentam boa carga de frutos e estão em início de colheita. Prossegue a busca de orientações nos escritórios da Emater/RS-Ascar para a utilização de calda sulfocálcica destinada ao tratamento de inverno nos pomares.

Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, o predomínio de

tempo bom na semana foi favorável ao crescimento e desenvolvimento das culturas

olerícolas em geral e também ao preparo de novas áreas de plantio e semeadura. Os cultivos

de culturas de verão em estufas também são beneficiados pelo cenário climático dos últimos

dias, com alta incidência de radiação solar e temperaturas elevadas para o período. As

brássicas (repolho, couve-flor, couve folha e brócolis) apresentam boa oferta e qualidade

dos produtos. As folhosas cultivadas em ambientes protegidos apresentam boa qualidade.

Os produtores de cebola e alho seguem com os plantios. A área com essas culturas é

expressiva, com destaque a da cebola, principalmente para abastecimento de feiras locais. O

aipim e a batata-doce estão em colheita e têm boa oferta. A produtividade e qualidade dos

produtos são satisfatórias. Nessa época, os cultivos de tomate e pepino ocorrem

principalmente em estufas, no interior das quais o tempo bom, predominante na semana,

propiciou boas condições de crescimento e desenvolvimento dessas espécies. As abóboras e

morangos têm grande oferta. Os produtores colhem e armazenam o produto para

comercialização conforme o mercado demanda. Nas videiras os produtores realizam a

semeadura de plantas de cobertura de inverno dos vinhedos.

Na Zona Sul, com a safra encaminhando-se para o final, as lavouras de tomate

apresentam surtos de ocorrência de pragas, como a traça do tomateiro. Os preços do

produto variam entre R$ 70,00 e R$ 90,00/cx. de 20 quilos. O pimentão está com bom

desenvolvimento e encaminhando-se para o final da colheita. Os preços variam entre R$

25,00 e R$ 30,00/cx. de 10 quilos. A alface é comercializada por valores de R$ 18,00 a R$

20,00/cx. de 18 unidades. A couve-flor e o brócolis estão com pouca oferta; são

comercializados entre R$ 2,80 e R$ 3,00/unid. A couve e o repolho apresentam boa oferta e

têm preços entre R$ 0,60 a R$ 0,70/molho e entre R$ 2,20 e R$ 2,50/unid., respectivamente.

O feijão de vagem é comercializado entre R$ 4,50 e R$ 5,50/kg. A cenoura encontra-se nas

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 13, 23 mai. 2019

fases de semeadura a colheita, com pouca oferta. O valor pago ao produtor varia entre R$

2,50 e R$ 2,80/kg. A mandioca está em colheita e vem apresentando ótima produção e

produto com boa qualidade. Os preços variam entre R$ R$ 1,50 e R$ 1,70/kg.

Nas regiões do Noroeste Colonial, Celeiro e Alto Jacuí, a alta umidade e a baixa

luminosidade do início da semana dificultaram o desenvolvimento das culturas a campo. Os

cultivos protegidos, principalmente de alface hidropônica, apresentam bom

desenvolvimento. As folhosas apresentam baixa comercialização; no entanto, os produtos

comercializados são de boa qualidade. Na mandioca observa-se aumento da incidência de

podridão das raízes. As culturas de brócolis e couve-flor apresentam baixa produção em

virtude do final da colheita das cultivares de verão e do período de crescimento das

cultivares de inverno, formando vazios produtivos. Observa-se aumento dos preços,

principalmente nas feiras municipais. As videiras e os pessegueiros encontram-se em

dormência.

A colheita de citros apresenta ritmo lento e baixa produtividade. Observa-se

incidência de mosca-das-frutas. Nos viveiristas de Ijuí, verifica-se aumento da

comercialização de mudas frutíferas. As mudas de morangueiro importadas estão em final

de entrega e em implantação nos locais definitivos.

OLERÍCOLAS

Batata

Na região da Produção, especialmente no município de Ibiraiaras, onde a área de

cultivo com a segunda safra é estimada em 650 hectares, o clima foi favorável ao

desenvolvimento e à colheita da cultura. O produto colhido, até o momento, apresenta boa

qualidade. A comercialização do saco de 50 quilos de batata branca está sendo praticada ao

valor de R$ 85,00/sc.; para a batata rosa, de R$ 120,00 a R$ 140,00/sc.

Cebola

Na região da Serra, o momento é de semeadura mais intensa da principal variedade

cultivada, a Crioula, devendo ser concluída até o final do mês. Já os materiais precoces estão

germinados, demonstrando bom estande e vigor, e vêm recebendo os primeiros tratos

culturais, como controle químico das ervas espontâneas e tratamentos foliares para

prevenção de fitopatias. No campo, vêm ganhando ritmo a prática do pré-preparo dos

canteiros e a incorporação de palhadas e adubos orgânicos. Os últimos bulbos estocados nos

galpões são de cebolicultores que comercializam na Ceasa de Caxias do Sul e de Porto

Alegre, obtendo ótimas remunerações. O preço médio para bulbos de primeira é de R$

2,50/kg.

Na zona Sul, prossegue a semeadura da cebola para produção de mudas, com 90%

das áreas de canteiros já semeados. As áreas semeadas com cebolas precoces estão com até

duas folhas nas sementeiras. Os produtores de cebola seguem realizando o preparo das

áreas dos canteiros para o plantio das mudas, com aplicação de calcário e cultivo de adubos

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 14, 23 mai. 2019

verdes/plantas de cobertura do solo. Segue intenso o encaminhamento dos projetos de

custeio e de propostas de crédito rural de cebola para os agentes financeiros.

Em Tavares a expectativa é de que ocorra aumento de área plantada no município. A

semeadura nas sementeiras para produção de mudas deve começar a partir desta semana.

FRUTÍCOLAS

Caqui

Na região da Serra, segue de forma lenta a colheita da safra, principalmente da

variedade Fuyu – chocolate branco. Tanto essa como a Kyoto apresentam frutas de ótima

qualidade e calibre bem acima da média histórica. A Fuyu vem apresentando considerável

percentagem de frutas com descolamento do cálice, distúrbio fisiológico que pode

comprometer a firmeza da polpa e torná-las inapropriadas para o comércio. Embora as

elevadas perdas pelos danos do granizo de outubro do ano passado, está havendo forte

oferta dessa cultivar, impactando no preço do produto. Já a Kyoto – com frequente redução

nas áreas cultivadas em função da dificuldade de controle da antracnose – tem mostrado

crescente procura e, consequentemente, majoração na cotação. O preço médio na

propriedade é de R$ 0,80/kg para a variedade Fuyu e R$ 1,20/kg pela variedade Kyoto.

Morango

Na zona Sul, os produtores estão no período de preparo e plantio de novas áreas

para o cultivo no solo. As mudas provindas da Argentina chegaram e são de ótima qualidade.

Iniciou-se a distribuição para os produtores que realizaram as encomendas.

A produção está boa; contudo há ocorrência da doença oídio. As mudas provindas da

Espanha estão com bom desenvolvimento, mas a frutificação tem se mostrado abaixo do

esperado. Os produtores seguem com a limpeza da soqueira, poda e o preparo do solo para

as cultivares de dias curtos. Também se mantém a procura por novos projetos para

produção de morangos em ambiente protegido e em substratos. Os produtores que estão

com o morango em colheita comercializam a fruta com valores entre R$ 8,00 e R$ 15,00/kg.

Prossegue a elaboração de projetos técnicos e de crédito para custeio da safra.

Nogueira Pecã

A área de cultivo de nogueira Pecã é de 690 hectares na região do Vale do Taquari,

atividade que envolve 391 famílias no cultivo desta frutífera. Anta Gorda é o município com

maior concentração de produtores do Estado, 286 deles, com 500 hectares – a maior área de

cultivo na região e a segunda maior área de cultivo no Rio Grande do Sul. A colheita em Anta

Gorda está em andamento, com término previsto para junho.

A produtividade média dos pomares adultos está estimada em 1.500 quilos por

hectare. A produção total é projetada em 160 toneladas de nozes, tendo em vista que boa

parte dos pomares ainda está em início de produção. Um problema que persiste é a

incidência de sarna e antracnose, doenças fúngicas que ocasionam a queda de frutos. A

maioria dos pomares mais antigos é de cultivares menos resistentes às doenças fúngicas e

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 15, 23 mai. 2019

não são tratados, sendo assim os mais afetados na redução da produtividade, que, em

alguns casos, pode atingir mais de 70% da produção prevista. Poucos produtores realizam

tratamentos químicos nas nogueiras. Não o fazem devido a alguns fatores: um deles é a falta

de produtos registrados; além disso, a produção de nozes não é a principal fonte de renda

na propriedade e as áreas onde foram plantadas não permitem o uso de máquinas e

equipamentos devido ao relevo do solo. Por outro lado, quem consegue fazer os

tratamentos nos períodos críticos está tendo uma razoável produção. Nos pomares mais

novos, plantados com as cultivares mais resistentes e que receberam tratamentos

fitossanitários, a produção está sendo menos prejudicada.

Em Encantado, a área cultivada é de cerca de 30 hectares de noz Pecã; cerca de 20

deles estão em produção e 10 hectares encontram-se em formação. Nos pomares em

produção, 80% das frutas encontram-se colhidas até o momento, e restam ser colhidas

algumas variedades de ciclo tardio. O maior percentual colhido para esta época se deve ao

fato de que os produtores investiram no shaker – máquina que faz a planta vibrar,

derrubando as nozes maduras – e em praticamente toda área comercial a colheita tem sido

mecanizada. Nesta safra, os frutos têm apresentado excelente qualidade: bem formados e

com tamanho/peso maior em relação aos anos anteriores. O incremento na produtividade é

notório, pela elevada carga produtiva que levou à quebra de ramos em função de ventos em

meados de março

A produção regional tem sido destinada/comercializada para padarias, confeitarias e

para agroindústrias familiares que fazem o processamento, descascando a pecã e vendendo

inteira, partida ou transformando em pecã caramelizada, salgada ou outras apresentações.

O preço médio recebido pelos produtores está entre R$ 9,00 e R$ 13,00/kg de noz

com casca. A noz poder ser armazenada depois de seca por um longo período. Assim, e por

ocorrer uma evolução dos preços durante a entressafra, os produtores que não precisam

comercializar a produção imediatamente podem estocar as nozes e aguardar melhores

preços.

COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da

Ceasa/RS, tivemos 22 produtos estáveis em preços, quatro em alta e nove em baixa.

Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos

que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Nenhum produto destacou-se em

baixa e um produto destacou-se em alta.

Caqui Fuyu – de R$ 2,00 para R$ 2,50/kg (+ 25,00%)

A acomodação da cotação da fruta deve-se a uma menor oferta no momento. Mesmo com o ajuste

da cotação média de atacado para R$ 2,50/kg, ocorrida nesta terça-feira, o preço atual não alcançou

o valor da média ocorrida nos últimos três anos para maio, que foi R$ 2,57/kg.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 16, 23 mai. 2019

Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta Unidade 14/05/2019

(R$) 21/05/2019

(R$) Aumento

(%)

Alface pé 1,25 1,50 +20,00

Alho importado kg 12,00 13,00 +8,33 Caqui Fuyu kg 2,00 2,50 +25,00 Cenoura kg 2,75 3,00 +9,09

Produtos em baixa 14/05/2019

(R$/kg) 21/05/2019

(R$/kg) Redução

(%)

Banana Caturra 1,50 1,25 -16,67

Batata Inglesa 3,00 2,40 -20,00

Beterraba 2,50 2,25 -10,00

Chuchu 1,11 1,00 -9,91

Laranja suco 1,55 1,39 -10,32

Morango 20,00 18,00 -10,00

Repolho verde 1,00 0,83 -17,00

Tomate Caqui longa vida 3,75 3,25 -13,33

Vagem 6,00 5,00 -16,67

Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.

Outras Culturas

Tabaco

Na Zona Sul, os produtores de tabaco seguem realizando a seleção das folhas, a

classificação, a formação das manocas e fardos e a comercialização. Os preços de

comercialização estão entre R$ 9,00 e R$ 9,50/kg.

A ocorrência de dias com muita umidade relativa do ar favorece a manipulação das

folhas, atividade que objetiva a seleção e classificação do tabaco. Os produtores estão

preparando os canteiros para a semeadura destinada à produção de mudas.

As produtividades ficaram entre 2.000 e 2.500 quilos por hectare, consideradas

dentro da normalidade. A comercialização do tabaco armazenado está em ritmo lento,

alcançando 60% da safra total da região.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 17, 23 mai. 2019

Criações

PASTAGENS

O campo nativo apresenta aspecto mais fibroso, redução da taxa de acúmulo de

forragem e diminuição da qualidade devido à diminuição das temperaturas, que provoca o

crestamento das pastagens. A partir dessa época, é importante o fornecimento de sal

proteinado para suprir a deficiência proteica. Em vários municípios há pastagens de

braquiárias que até o momento ainda estão apresentando um bom aporte de massa verde.

Em algumas regiões, há plantas indesejáveis, demandando controle com a realização de

roçadas.

Fase final do plantio das pastagens cultivadas de inverno, com predomínio das

espécies de aveia e azevém que, com o solo úmido, apresentam boa germinação e

desenvolvimento. Os produtores aguardam por temperaturas mais frias, que beneficiam as

pastagens de inverno, evitando a competição com espécies subtropicais e aumentam o

controle de pulgões. As pastagens de aveia e azevém já recebem adubação nitrogenada para

estimular o perfilhamento. Melhoram também as condições de implantação das pastagens

com leguminosas (trevos e cornichões), oriundas do banco de sementes do solo; porém, a

taxa de crescimento dessas espécies é reduzida no momento.

No Litoral Sul, as pastagens de azevém estão com ótimo desenvolvimento, e a

maioria dos produtores utiliza o primeiro corte. Com a oferta de pastagem de inverno para

as criações, vai sendo amenizado o vazio forrageiro, permitindo o aumento da produção de

leite e carne.

BOVINOCULTURA DE CORTE

Os bovinos encontram-se com bom escore corporal, porém apresentam redução do

ganho de peso, devido à diminuição da qualidade da forragem de verão e também porque os

pastos estão perdendo valor nutritivo.

O gado começa a ser colocado nas pastagens de inverno, cujo crescimento e

desenvolvimento foram favorecidos pela boa radiação solar e temperaturas. Sob tais

condições, as forrageiras intensificaram a atividade fotossintética, refletindo num ótimo

acúmulo de massa seca no período.

Continuam os diagnósticos de gestação das matrizes inseminadas ou entouradas,

priorizando-se o manejo para as vacas prenhas.

Em relação ao aspecto sanitário, continuam as infestações tardias por carrapatos,

obrigando os produtores ao controle de banhos ou à aplicação tópica de carrapaticidas. Por

consequência, ainda há relatos de casos de tristeza parasitária, transmitida pelos

carrapatos.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 18, 23 mai. 2019

É época de vacinar matrizes e reprodutores contra a leptospirose, brucelose, entre

outras doenças. Durante o mês de maio, ocorre a campanha de vacinação contra a febre

aftosa para bovinos e bubalinos.

Lembramos que encerra dia 31/05 o prazo máximo para entrega da declaração anual

do rebanho junto às inspetorias veterinárias e zootécnicas - IVZs.

Comercialização

Há demanda de animais para engorde, invernar e de vacas com cria. Os produtores

que procuram vaca prenha vendem vaca gorda. Ocorrem negociações de terneiros

diretamente entre os produtores. Nas principais praças de comercialização da região, o

mercado reagiu, provavelmente em função da perspectiva de compra de carne bovina

brasileira pelo mercado chinês.

Na região de Erechim, o mercado está aquecido; bezerros foram comercializados

entre R$ 5,00 e R$ 6,00/kg vivo, e o boi gordo entre R$ 5,00 e R$ 5,50/kg vivo, variando em

função da qualidade, tamanho e raça dos animais.

Na 17ª Feira do Terneiro de Santana da Boa Vista, foram comercializados 20 machos

até 139 quilos a R$ 6,32/kg vivo e 191 machos de mais de 140 quilos a R$ 6,25/kg vivo. Os

terneiros eram das raças Braford, Angus, Red Angus e cruzas.

Preços e prazos praticados em Bossoroca Categoria animal Preços (R$/kg vivo) Prazos

Terneiro 6,00 a 6,70 à vista

Terneira 5,30 à vista

Novilha 1 ano 5,50 à vista

Novilha 2 anos 5,30 à vista

Novilho 1 ano 5,50 a 5,60 à vista

Novilho 2 anos 5,50 à vista

Boi gordo 5,00 a 5,20 à vista

Vaca magra 4,00 à vista

Vaca gorda 4,20 a 4,30 30 dias

Touro descarte 3,80 a 4,00 à vista

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Santa Rosa.

Notas: 1) vaca com cria ao pé: R$ 2.000,00 a R$ 2.400,00/cabeça, com prazo de pagamento à vista; 2) os preços acima são

do início da semana e podem variar a qualquer momento, conforme oportunidade dos negócios.

No Estado, o preço do boi para abate variou entre R$ 5,00 e R$ 5,50/kg vivo, com

preço médio de R$ 5,20/kg vivo, estabilizado em relação às últimas semanas. Já a vaca para

abate teve variação de preço entre R$ 4,05 e R$ 5,15/kg vivo, média de R$ 4,52/kg vivo. O

preço médio da comercialização da bovinocultura de corte é acompanhado semanalmente

pela Emater/RS-Ascar e publicado no Cotações Agropecuárias (disponível em

http://bit.do/eRWGv. Acesso em: 23 mai. 2019).

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 19, 23 mai. 2019

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2076, de 23 de maio de 2019. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv. Acesso em 23 mai. 2019.

BOVINOCULTURA DE LEITE

Com as temperaturas mais amenas, as pastagens perenes de verão reduzem a

velocidade e qualidade dos rebrotes. O período é de desenvolvimento inicial de pastagens

cultivadas de inverno, mas a produção de leite já começa a aumentar com o início da

utilização das pastagens anuais de inverno, associada ao fornecimento de silagem. Tal

situação encerra o período de vazio outonal, uma vez que as pastagens semeadas no cedo,

especialmente aveia e centeio, já estão indo para o segundo ou terceiro pastejo.

As últimas lavouras de milho safrinha para silagem estão sendo colhidas nessa

semana, e os produtores realizam a sobressemeadura de inverno nas áreas de pastagens

perenes de verão que ainda apresentavam possibilidade de uso, em função das

temperaturas relativamente elevadas para a época.

Segue até o final de maio o período para vacinação contra a febre aftosa.

O aumento nas chuvas, associado à redução da insolação e das temperaturas, faz

com que ocorra um aumento no acúmulo de barro nas entradas das instalações e

corredores, aumentando o risco de mamite nas vacas e dificultando o trabalho com os

animais.

Em todo o Estado, as indústrias de laticínios e entidades de assistência técnica e

extensão rural estão informando os produtores de leite sobre as alterações instituídas nas

instruções normativas nº 76 e 77 do Mapa que estabelecem os regulamentos técnicos e

procedimentos para a produção, acondicionamento, coleta, conservação, entre outros

procedimentos do leite cru, os quais os produtores rurais deverão cumprir para que o leite

produzido em suas propriedades esteja dentro dos padrões, e repassando orientações sobre

as adequações necessárias.

A reunião do Conseleite/RS, realizada em 21 de maio, apontou um indicativo de

acréscimo de 2,04% no preço do litro de leite entregue em maio, ficando o preço de

referência em R$ 1,1783/L. Esse acréscimo ocorreu principalmente em função da reação no

preço de comercialização do leite UHT – ou Longa Vida – pelas indústrias no início deste

mês.

Na região de Erechim, a baixa precipitação pluviométrica e as baixas temperaturas

da semana melhoraram o bem-estar animal.

0,000,58

-0,38

-11,41

-12,90-14,00

-12,00

-10,00

-8,00

-6,00

-4,00

-2,00

0,00

2,00

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

Comparativo percentual do preço médio semanal do Boi (R$ 5,20/kg vivo)

%

4,60

4,80

5,00

5,20

5,40

5,60

5,80

6,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

5,20 5,205,17

5,22

5,97 5,87

Boi - preço médio pago ao produtor - R$/kg vivo

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

R$

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 20, 23 mai. 2019

Na região de Santa Rosa, com o outono e clima mais frio, vem ocorrendo a redução

da quantidade e da qualidade nutricional das pastagens perenes de verão, sendo necessário

ampliar a oferta de silagem e feno. Se intensifica o plantio de pastagens de inverno; as áreas

já implantadas apresentam boa germinação, mas vêm sofrendo ataques de lagartas,

exigindo controle intenso, além de sofrerem com o excesso de chuvas e a baixa

luminosidade. Tais condições climáticas prejudicam o desenvolvimento vegetativo inicial e o

manejo para pastoreio. Também o elevado volume de chuva das primeiras semanas de maio

provocou dificuldades aos produtores e aos animais, principalmente devido ao barro que se

acumulou próximo das instalações e à falta de lugares secos para o descanso do rebanho.

Intensificam-se problemas de casco e mamite.

Comercialização

Na região de Santa Maria, o preço médio do leite ficou em R$ 1,23/L, apresentando

um acréscimo de cinco centavos nesta semana, totalizando 15 centavos em três semanas,

um aumento de 12,2% no preço do litro de leite.

Na região de Santa Rosa, o preço do leite recebido pelos produtores rurais aumentou

5%, ficando em média a R$ 1,29/L. Esta reação do preço anima os produtores.

No Estado o preço do leite pago pelas agroindústrias integradoras aos produtores

teve um leve aumento de +0,80%, ficando em média a R$ 1,26/L. O preço variou entre R$

1,10 e R$ 1,43/L. O preço médio da comercialização do leite é acompanhado semanalmente

pela Emater/RS-Ascar e publicado no Cotações Agropecuárias (disponível em

http://bit.do/eRWGv . Acesso em: 23 mai. 2019).

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2076, de 23 de maio de 2019. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv. Acesso em 23 mai. 2019.

OVINOCULTURA

De maneira geral o rebanho ovino apresenta bom escore corporal. Porém, devido à

época de baixas temperaturas e menor radiação solar a tendência é perder peso, em função

do declínio de oferta forrageira dos campos nativos; nesse caso faz-se necessária a

complementação com forrageiras de inverno. Em alguns casos, para manter o escore

corporal dos ovinos, os ovinocultores manejam o rebanho em áreas de aveia em

0,80

5,88

11,50

4,13 3,28

-10,00

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Leite (R$ 1,26/litro)

1,06

1,08

1,10

1,12

1,14

1,16

1,18

1,20

1,22

1,24

1,26

Semanaatual

Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

1,261,25

1,19

1,13

1,221,21

Leite-preço médio pago ao produtor-R$/litro

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 21, 23 mai. 2019

desenvolvimento inicial, com pouca área foliar. Nesse caso há uma redução do potencial de

oferta de volumoso no ciclo de produção da forrageira.

O período é de cultivo de pastagens de inverno para garantir a nutrição adequada

das matrizes até o momento do parto e lactação.

Manejo reprodutivo - época de monta finalizada. Estão sendo feitos o diagnóstico de

gestação e o preparo das fêmeas prenhas, com manejo pré-parto e retirada do excesso de lã

na região do úbere, para facilitar a futura amamentação dos cordeiros. Tem início o período

de parição, e partir desse momento os produtores deverão dar uma atenção especial para as

matrizes, realizando acompanhamento nutricional, suplementações, potreiro de pastagem

melhorada.

Condição sanitária - período de banhos sarnicida e piolhicida com produtos

específicos recomendados pelo serviço oficial de defesa agropecuária. É preciso atentar para

o controle da verminose ovina, em especial a haemonchose, a qual afeta frequentemente o

rebanho neste período do ano. Em algumas propriedades, os ovinos apresentam problemas

de doenças no casco e miíases.

Comercialização

Neste período ocorre redução na oferta de animais para abate. Observa-se aumento

significativo no preço dos cordeiros, em função de estarmos entrando em um período sem

cordeiros no mercado, pois os mais tardios já foram vendidos e recém está iniciando o

período de nascimento de 2019.

Os preços recebidos pelo cordeiro para abate tiveram um leve aumento de +0,95%,

ficando em média R$ 6,39/kg vivo pago aos produtores. No Estado, o preço variou entre R$

6,00 e R$ 7,00/kg vivo. O preço médio da comercialização desta categoria animal é

acompanhado semanalmente pela Emater/RS-Ascar e publicado no Cotações Agropecuárias

(disponível em http://bit.do/eRWGv. Acesso em: 23 mai. 2019).

APICULTURA

De maneira geral, os enxames encontram-se em boas condições sanitárias. Nesta

semana, em função das condições favoráveis, observa-se intensa movimentação das

abelhas.

Produtores ainda não iniciaram a alimentação das colmeias, já que as condições

climáticas ainda não são limitantes para o forrageamento dos enxames. No entanto,

apicultores mais tecnificados estão fornecendo alimentação de subsistência, para manter a

reserva de alimento nas colmeias. As fontes de alimentos da época são as florações das

espécies florestais e nativas em geral.

Período de revisão de caixas, limpeza de apiários, reforma de ninhos, melgueiras e

caixilhos e de colocação do redutor de alvado para proteger a colmeia das baixas

temperaturas.

Em relação a aspectos sanitários, o apicultor deve ficar atento para o controle da

varroa.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 22, 23 mai. 2019

Período final de colheita de mel; alguns apicultores fazem a coletas de própolis.

Comercialização

Conforme a tabela abaixo, verificamos uma grande variação dos preços do mel no

atacado e no varejo, e também de acordo com as regiões produtoras. Como a colheita foi

realizada recentemente e devido ao fato de a comercialização do mel depender fortemente

do mercado interno, os preços apresentaram oscilações negativas. A inclusão do mel nos

mercados institucionais tem contribuído para diminuir os estoques, sem, no entanto,

influenciar nos preços de mercado.

Preços praticados na comercialização do mel Região A granel (R$/kg) Embalado (R$/kg)

Bagé 6,00 15,00 a 21,00

Caxias do Sul 7,00 20,00

Erechim 9,00 15,00

Passo Fundo - 20,00 a 25,00

Pelotas 6,50 a 8,00 15,00 a 20,00

Porto Alegre 10,00 17,00 a 20,00

Santa Maria 9,00 25,00

Santa Rosa 6,20 15,00 a 20,00

Soledade 5,00 a 6,00 15,00 a 21,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 23, 23 mai. 2019

Preços Semanais

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

(Cotações Agropecuárias nº 2076, 23 mai. 2019)

Produtos Unidade

Semana

Atual

Semana

Anterior

Mês

Anterior

Ano

Anterior

Médias dos Valores da

Série Histórica –

2014/2018

23/05/2019 16/05/2019 25/04/2019 24/05/2018 GERAL MAIO

Arroz 50 kg 43,84 42,92 40,81 38,64 48,78 46,40

Boi kg vivo 5,20 5,20 5,17 5,22 5,97 5,87

Cordeiro kg vivo 6,39 6,33 6,33 6,34 6,44 6,19

Feijão 60 kg 156,47 161,76 172,67 137,48 203,69 193,71

Leite litro 1,26 1,25 1,19 1,13 1,22 1,21

Milho 60 kg 29,95 29,91 31,21 38,06 35,24 31,88

Soja 60 kg 69,42 64,76 67,87 82,22 81,37 78,72

Sorgo 60 kg 24,57 24,57 25,00 24,96 20,79 27,59

Suíno kg vivo 3,37 3,37 3,33 3,26 4,29 4,15

Trigo 60 kg 40,52 40,98 41,59 42,98 39,87 40,51

Vaca kg vivo 4,54 4,52 4,49 4,43 5,28 5,14

20/04-24/05

13-17/05 22-26/04 21-25/05

Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2076 (23 mai. 2019).

Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano

Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do

quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da

série histórica 2014-2018.

Notas Agrícolas

Aplicativo calcula em segundos as necessidades nutricionais da lavoura de soja

Balanço nutricional da lavoura de soja no Piauí e Maranhão pode ser feito em segundos

Alguns toques na tela de um smartphone ou tablet, e em segundos o agricultor obtém um balanço nutricional de sua plantação de soja, com as quantidades de nutrientes e corretivos de que a lavoura necessita. É o que oferece o aplicativo Nutri Meio-Norte, módulo soja, o primeiro do gênero desenvolvido pela Embrapa, que será apresentado nesta quarta-feira, 23 de maio, na feira agropecuária AgroBalsas, no município de Balsas, no sul do Maranhão. A tecnologia traz rapidez, economia e precisão na gestão de uma lavoura de soja, já que a cultura necessita de muitos insumos cotados em dólar.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 24, 23 mai. 2019

Desenvolvido no ano passado pelo então estagiário de tecnologia da informação Filipe Ribeiro Chaves, da Associação de Ensino Superior do Piauí (Aespi-FAPI), da equipe vencedora da maratona Hackathon Acadêmico Embrapa 2017, no Piauí, o aplicativo foi construído para ser uma plataforma digital ampla. Nesse primeiro módulo, o Nutri Meio-Norte permite, a partir da análise foliar, conhecer a fertilização adequada para o cultivo da soja, mostrando os dados nutricionais das plantas, como os nutrientes em excesso e outros com deficiência, gerando o desequilíbrio nutricional. A dinâmica do aplicativo

É simples operar a tecnologia. Primeiramente, o produtor terá de realizar a análise foliar da lavoura, feita por um laboratório especializado. Após abrir o aplicativo, o agricultor deverá inserir na página “análise foliar” dados obtidos na análise laboratorial das amostras de sua lavoura, como as quantidades dos macro e micronutrientes encontrados. Depois, ele deve escolher o método de análise (DRIS ou CND, veja quadro abaixo) e clicar no botão “enviar”. Em seguida, aparecerão os índices nutricionais em formato de gráficos de barra e radar. Ele deve clicar, então, em “gerar relatório” para abrir um formulário a ser preenchido sobre dados da propriedade, em talhão ou lavoura, como área plantada, data da coleta da folha diagnóstica e algum manejo realizado na área. Finalmente, ao clicar em “baixar”, os resultados gerados são armazenados no dispositivo em forma de relatório que poderá ser compartilhado por e-mail ou programas de mensagens, como o WhatsApp.

A ferramenta, disponível gratuitamente na internet para sistema Android (Play Store) e em breve para iOS (App Store), é indicada para o Maranhão e o Piauí, por analisar apenas amostras de folhas coletadas nesses dois estados. O uso do aplicativo poderá ser ampliado para Bahia e Tocantins, alcançando assim toda a área de produção de grãos da região Matopiba, quando o banco de dados receber informações desses estados.

“Com o resultado, o produtor pode adequar a adubação e ter eficiência no uso de nutrientes”, garante o pesquisador Henrique Antunes, que gerencia a plataforma e é, com o professor Danilo Eduardo Rozane, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), responsável pelas informações técnicas. Segundo ele, a ferramenta traz mais segurança ao produtor na aquisição e uso de fertilizantes e corretivos, ao recomendar a adequada nutrição das plantas.

A avaliação final do balanço nutricional da planta, por meio da ferramenta, sempre dependerá de uma análise de tecido vegetal feita em laboratório especializado. “É uma inovação tecnológica de fácil acesso ao banco de dados criado pela Embrapa Meio-Norte (PI), que gerou os sistemas Integrado de Recomendação e Dianóstico (DRIS) e o Diagnose da Composição Nutricional (CND)”, destaca Antunes.

A ideia de construção dessa plataforma, segundo o pesquisador, surgiu da necessidade de se ter um banco de dados regional, já que as cultivares plantadas no Nordeste são diferentes das semeadas no centro-sul, por exemplo. “As condições de clima e solo também são diferentes das encontradas nos demais estados da região do Matopiba. O manejo das lavouras foi outro ponto determinante para a necessidade de criação dessa ferramenta”, conta o cientista. Feijão-caupi é o próximo

O próximo módulo a ser lançado é o de feijão-caupi, e também apresentará o balanço nutricional da planta. Os pesquisadores Francisco Brito e Henrique Antunes já estão trabalhando o banco de dados para iniciarem os testes com a ferramenta. Economia e segurança no cultivo

Os primeiros testes com o Nutri Meio-Norte foram positivos e animaram grandes produtores. A observação do gaúcho Fernando Devicari, gerente da Fazenda Barbosa (com 680 hectares), grande produtora de soja no município de Brejo, no leste do Maranhão, é o

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 25, 23 mai. 2019

retrato do otimismo: “Os resultados obtidos com o aplicativo mostram com melhor exatidão, comparando com os do DRIS, o estado nutricional da planta. Com esse diagnóstico mais apurado, esperamos conseguir resultados de produtividade cada vez melhores, visto que o programa foi desenvolvido especificamente para nossa região”, relata.

Do município de Uruçuí, a 453 quilômetros ao sudoeste de Teresina, onde o cultivo de soja é o carro-chefe da produção agrícola, vem mais expectativa de ganho com o Nutri Meio-Norte. O produtor Altair Domingos Fianco, que deixou a cidade de Pato Branco, no Paraná, há 22 anos, aposta alto no aplicativo: “Essa plataforma possibilita ao agricultor conhecer seu solo exatamente como ele se encontra, proporcionando a aplicação de fertilizantes de uma maneira equilibrada, com economia e segurança”.

Dono de 7.232 hectares na fazenda Condomínio União 2000, Fianco, que já foi presidente da Associação dos Produtores de Soja do estado (Aprosoja-Piauí), entidade que reúne 245 membros, acredita no aplicativo como ferramenta de gerenciamento: “Ele facilita na tomada de decisões. Com a tecnologia, podemos comprar os insumos certos, na quantidade correta, exatamente do que a planta precisa”. Salto nas exportações

A produção de soja no Brasil continua em alta. Segundo o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola do (IBGE), foram produzidas 117,8 milhões de toneladas em 2018. A área colhida foi de 34,8 milhões de hectares. O estado do Mato Grosso (31,6 milhões de toneladas) permaneceu como o maior produtor, seguido pelo Paraná (19,2 milhões de toneladas) e Rio Grande do Sul (17,5 milhões de toneladas).

No Nordeste, a Bahia é destaque. No ano passado, os baianos alcançaram uma safra de 6,2 milhões de toneladas da leguminosa. Maranhão (2,7 milhões de toneladas) e Piauí (2,4 milhões de toneladas), respectivamente, tiveram também produções expressivas em 2018. Em 2017, a soja produzida no País chegou a 114,5 milhões de toneladas, em uma área colhida de 33,9 milhões de hectares.

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos. O País deu também um salto nas exportações da leguminosa no ano passado. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, foram exportadas 83,8 milhões de toneladas. Esses números são superiores em 23,1% na comparação com 2017.

A China permanece como o país que mais comprou a soja brasileira. A receita do complexo soja (grãos, farelo e óleo) com as exportações alcançaram US$ 40,963 bilhões em 2018. O volume de recursos foi de 29,6% acima do total comercializado ao exterior em 2017, que foi de US$ 31,603 bilhões. Fonte: Agrolink (publicado em 23/05/2019)

China compra 900 mil toneladas de soja nesta semana

“Os preços oferecidos pelas Tradings nos portos sobre rodas recuaram forte"

A China comprou 15 cargos de soja brasileira nessa semana, o que equivale a

aproximadamente 900 mil toneladas na oleaginosa, segundo informou o especialista Luiz

Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. De acordo com ele, no

entanto, os preços oferecidos pelas Tradings acabaram recuando.

“Os preços oferecidos pelas Tradings nos portos sobre rodas recuaram forte, cerca de

2,11% na média do Brasil, para R$ 79,93/saca, reduzindo os ganhos do mês para 7,49%. O

dólar subiu pouco, apenas 0,19% e Chicago subiu 0,79%, mas os prêmios permaneceram

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1555, p. 26, 23 mai. 2019

praticamente inalterados. No interior, a queda foi significativamente menor, de apenas

0,80%, para R$ 74,40/saca. Com isto, os ganhos do mês de maio recuaram para 6,09%”,

afirmou Pacheco.

Além disso, o especialista indicou que a incerteza em relação ao fim da disputa

comercial travada entre a China e os Estados Unidos está afetando consideravelmente o

setor mundial da oleaginosa. Nesse contexto, é possível que os estoques norte-americanos

diminuam e façam com que as cotações se elevem.

“Basta ler apenas as manchetes das notícias transmitidas pela Reuters nesta quarta-

feira, para ver o grau de incertezas em que estão as conversações EUA-China e, com elas, a

possibilidade de elevação das cotações da soja, via redução dos altos estoques americanos.

Por enquanto, as poucas altas havidas ficam por conta do clima, que já foi devidamente

prefaciado”, completa ele.

Segundo a consultoria ARC Mercosul, “os fundos de gestão ativa continuam na

tendência de compras, sustentando as cotações aqui em Chicago. A soja liderou o

movimento, enquanto que o milho trouxe ganhos mais discretos”

Fonte: Agrolink (publicado em 23/05/2019)