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nº 1613 02 jul. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Olerícolas Frutícolas Outras Culturas Criações Preços Semanais Notas Agrícolas Regionalização da Emater/RS- Ascar Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. (jun. 1989) - . Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3. Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. CDU 63(816.5) © 2020 Emater/RS-Ascar Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Sumário - emater.tche.br · nº 1613 – 02 jul. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Semanal

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nº 1613 – 02 jul. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.

Sumário

Palavra da Casa

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Olerícolas

Frutícolas

Outras Culturas

Criações

Preços Semanais

Notas Agrícolas

Regionalização da Emater/RS-Ascar

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar

I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.

Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

CDU 63(816.5)

© 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a

fonte.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 2, 02 jul. 2020

Palavra da Casa

Coletividade e união de agricultores familiares marcam Dia do Cooperativismo

Inicialmente denominada como “Dia da Cooperação” e, posteriormente “Dia do

Cooperativismo”, atualmente a data é conhecida como “Dia Internacional do Cooperativismo" e “Dia

Internacional das Cooperativas” ou Dia C, e, apesar de ser celebrada desde 1923 a cada primeiro

sábado de julho, somente a partir de 1995 a data passou a ser oficial, tendo sido proclamada em

resolução pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 2020, a comemoração é neste 4 de julho.

O Cooperativismo nada mais é do que um modelo que deu exemplo de sociedade solidária,

fundamentada no trabalho coletivo, onde o bem-estar do indivíduo e da família se sobrepõem ao

interesse econômico da produção. E esse interesse coletivo e a união de esforços fazem com que

muitos gaúchos apostem na formalização de cooperativas e associações para o crescimento das

famílias, em especial as cooperativas de agricultores familiares.

Há 65 anos, a Emater/RS-Ascar atua no assessoramento de agricultores, acompanha essas

iniciativas e auxilia na gestão. Com o objetivo de qualificar ainda mais o atendimento a essas famílias,

em 2011 foram criadas as Unidades de Cooperativismo (UCPs), localizadas nos municípios de

Erechim, Frederico Westphalen, Ijuí, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul e Santa Rosa.

Para o ano de 2020, a meta da Emater/RS-Ascar, parceira da Secretaria Estadual de

Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), é prestar Assistência a 160 cooperativas da

agricultura familiar, sendo que, destas, quatro são centrais cooperativas. São cerca de 40 mil famílias

cooperadas, que contam com o apoio da Instituição para o seu desenvolvimento. Além das

cooperativas, a Emater/RS-Ascar também presta assistência técnica a 40 associações de agricultores

familiares. Uma das ações da Instituição é executar o Programa Extensão Cooperativa da Seapdr. O

programa tem por objetivo apoiar a qualificação das cooperativas da agricultura familiar nas áreas de

organização, gestão de pessoas, comercialização, marketing, finanças, custos e gestão de processos.

E neste ano ainda, por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, as ações da

Emater/RS-Ascar junto às cooperativas precisaram ser adaptadas, assim como a comercialização dos

produtos. O uso de tecnologias é estratégico tanto para a qualificação dos agricultores quanto para a

comercialização. Então, a Instituição tem realizado cursos e oficinas de educação à distância para a

qualificação dos produtores. Já são mais de 300 alunos em três oficinas virtuais sobre Elaboração e

Execução do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); Custos de Produção e de Logística para a

Agricultura Familiar, e Modelo de Negócios – Ferramenta Canvas.

Finalmente, para ajudar no escoamento da produção, a Emater/RS-Ascar lançou a Feira

Virtual da Agricultura Familiar (Fevaf), uma ferramenta digital, que já conta com quase mil

cadastrados, para que produtores rurais, agroindústrias e cooperativas garantam a comercialização

de seus produtos e serviços de forma virtual, adaptados a esse momento de distanciamento e

isolamento social.

Vida longa ao Cooperativismo!

Geraldo Sandri – presidente da Emater/RS e superintendente-geral da Ascar

DESTAQUE

Citros – colheita é intensa no Estado.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 3, 02 jul. 2020

Condições Meteorológicas

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 25/06 A 01/07/2020

A última semana de junho teve frio e chuva no RS. Na quinta-feira (25), o deslocamento de uma frente fria provocou chuva, com registro de temporais isolados. Na sexta (26) e sábado (27), ainda ocorreram chuvas fracas e isoladas nas faixas Leste e Norte. Nas demais regiões, o tempo permaneceu seco, e o ingresso de uma massa de ar frio favoreceu o acentuado declínio da temperatura. No domingo (28), o tempo seco e frio predominou, com formação de geadas ao amanhecer em diversas localidades. Entre a segunda (29/6) e a quarta-feira (01/7), a propagação de um sistema frontal provocou chuva em todo Estado, com registro de temporais isolados e altos volumes acumulados. A passagem de um ciclone extratropical, denominado “ciclone explosivo” devido à sua formação e intensificação rápida, favoreceu a ocorrência de fortes rajadas de vento, superiores a 100 km/h, o que provocou danos em várias localidades, especialmente do Norte e Leste.

Os totais de chuva acumulados foram muito expressivos e oscilaram entre 50 e 80 mm na maioria das localidades. Na Metade Norte, os volumes variaram entre 80 e 100 mm, e superaram 120 mm em diversos municípios. Os valores mais elevados registrados nas estações da rede INMET/SEAPDR ocorreram em São Luiz Gonzaga (124 mm), Santo Augusto (127 mm), Tramandaí (131 mm), Santa Rosa (133 mm), Veranópolis (135 mm), Lagoa Vermelha (136 mm), Campo Bom (141 mm), Ibirubá e Serafina Corrêa (142 mm), Porto Alegre (144 mm), Soledade (161 mm), Bento Gonçalves (171 mm), Cruz Alta (189 mm) e Canela (141 mm).

A temperatura máxima ocorreu em Teutônia (28,3°C) em 25/06, e a mínima foi observada em 26/06 em São José dos Ausentes (-0,2°C).

Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 01/07/2020.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 4, 02 jul. 2020

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 02 A 08/07/2020

O mês de julho começa com chuva, frio e geadas no RS. Entre a quinta-feira (02) e o

sábado (04), a presença de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas mínimas próximas de 0°C e formação de geadas na maioria das regiões. No domingo (05), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva em todo Estado. Na segunda (06), o céu permanecerá encoberto e com chuva na maior parte das regiões, e o tempo firme deverá predominar apenas na Campanha e Zona Sul. Entre a terça (07) e a quarta-feira (08), a propagação de uma área de baixa pressão manterá a nebulosidade e a chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados, associados com fortes rajadas de vento e eventual queda de granizo, especialmente na Metade Norte.

Os valores deverão oscilar entre 20 e 40 mm em praticamente toda Metade Sul, e somente na Fronteira Oeste são esperadas chuvas inferiores a 10 mm. Nas demais regiões, os volumes oscilarão entre 50 e 80 mm, e deverão exceder 100 mm no Planalto, na Serra do Nordeste, nos Campos de Cima da Serra e no Litoral Norte.

Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 5, 02 jul. 2020

Grãos

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

CULTURAS DE INVERNO

Trigo

O plantio da cultura segue avançando na maioria das regiões do Estado. Os

produtores monitoram eventuais pragas, doenças e ervas nas lavouras. De modo geral, as

áreas já implantadas vêm apresentando bom desenvolvimento, com bom estande e

sanidade das plantas.

Fases da cultura no Rio Grande do Sul

Trigo 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 02/07 Em 26/06 Em 02/07 Em 02/07

Plantio 87% 74% 84% 83%

Germinação/Des. Vegetativo 100% 100% 100% 100%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, onde há expectativa de expressivo

aumento da área cultivada com a cultura, a Fronteira Oeste segue com a semeadura mais

avançada. Em São Borja o plantio alcança 99% da área prevista de 16 mil hectares. Em São

Gabriel e Santana do Livramento, a semeadura alcança 75% dos cultivos, com bom estande e

sanidade. As precipitações em Alegrete e Manuel Viana favoreceram a emergência e o

desenvolvimento da cultura, que já se mostrava prejudicado pela ausência de chuvas.

Na semana foi iniciada a semeadura de trigo nos Campos de Cima da Serra, ainda em

ritmo bastante lento, pois os produtores preferem semear após 10 de julho, buscando assim

reduzir o risco de a cultura ser atingida por geadas no período crítico. As áreas já semeadas

na regional de Caxias do Sul apresentam boa germinação e sanidade; o estabelecimento

inicial das lavouras é excelente, mantendo a expectativa de bons rendimentos.

A semeadura de trigo encontra-se paralisada na regional da Emater/RS-Ascar de

Pelotas, em razão da alta umidade no solo que impede o prosseguimento do plantio. As

áreas já semeadas na região apresentam-se com bom estande de plantas e bom

desenvolvimento vegetativo.

Na de Frederico Westphalen, o plantio das lavouras segue em ritmo acelerado,

alcançando 95% da área estimada na região.

Na Emater/RS-Ascar de Ijuí, foi reduzido o ritmo dos trabalhos de implantação das

lavouras, uma vez que nas áreas planejadas para o cultivo de trigo a operação foi concluída,

alcançando 98% da área de aproximadamente 261 mil hectares estimados com a cultura. Na

região verificam-se a rapidez e a uniformidade na emergência da cultura, beneficiadas pelo

clima mais quente e pela umidade adequada no solo. A semeadura foi realizada com a maior

parte do solo apresentando excelentes condições de plantabilidade, com baixo

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 6, 02 jul. 2020

revolvimento, regularidade na profundidade e na deposição da semente, além de cobertura

adequada da mesma. Os produtores seguem acompanhando o desenvolvimento das

lavouras e monitorando pragas, doenças e ervas. Até o momento, as condições

fitossanitárias estão ótimas. Verificam-se o aumento da germinação de azevém espontâneo,

necessitando controle, e a baixa incidência de buva. Segue a aplicação de adubação

nitrogenada em cobertura nas áreas em início de perfilhamento.

Na de Passo Fundo, onde se estima uma área cultivada de pouco mais de 70 mil

hectares, os produtores seguem com o plantio, cobrindo aproximadamente 75% da área até

o momento. A conclusão da semeadura na região está prevista para 10 de julho.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, a semeadura já

ultrapassa os 90% da área de plantio. A quebra de produtividade das culturas de verão,

aliada à previsão de uma primavera com menos chuva e ao preço do trigo com valor

atrativo, incentivou os agricultores a apostarem um pouco mais na cultura do trigo,

elevando a estimativa de área cultivada de trigo para cerca de 55 mil hectares.

Na de Santa Rosa, repetiram-se as condições favoráveis de clima, permitindo o

avanço do plantio do trigo, que alcançou 98% da área. Houve novamente ventos intensos na

semana, principalmente durante o dia, que dificultaram a aplicação de dessecantes nas

lavouras. A maioria dos produtores que não tinham executado esta atividade teve de fazê-la

durante a noite, com a ocorrência de menor velocidade do vento. Produtores aproveitaram

as condições do tempo para aplicar adubação nitrogenada em cobertura, que alcançou

grande parte das áreas cultivadas com trigo nos municípios.

Na de Soledade, a cultura se desenvolve sem ataque de pragas até o momento.

Alguns casos pontuais de manchas foliares são monitorados pelos agricultores; em caso de

aumento da severidade, o manejo fitossanitário será realizado.

Mercado (saca de 60 quilos)

Os preços do produto apresentaram leve alta de 0,19% em relação à semana

anterior; conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar, a cotação média

da saca de trigo no Estado foi de R$ 53,86. A menor cotação foi identificada no município de

Campo Novo, onde o valor médio foi de R$ 50,00. A cotação máxima de R$ 55,00 foi

registrada em Camaquã, Cruz Alta, Encruzilhada do Sul, Ijuí, São Borja, São Gabriel e

Tupanciretã.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2134, de 02 de julho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 7, 02 jul. 2020

Canola

Na região da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, onde a maior parte das lavouras (79%)

encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, a cultura avança com bom

desenvolvimento, favorecido pelas boas condições climáticas. Os produtores aproveitaram

as condições do clima para a aplicação de adubação nitrogenada nas lavouras mais

avançadas. Com a consistência climática das últimas semanas, produtores esperam boas

produtividades na cultura e projetam ótima rentabilidade, já que o preço do grão está

indexado ao da soja, que apresenta valores históricos na região. Acompanhando a tendência

de variação de preço da soja, a cotação na região foi de R$ 100,71/sc. de 60 quilos.

Na de Ijuí, a cultura apresenta desenvolvimento dentro do esperado, evoluindo para

o estádio reprodutivo com início da emissão de botões florais. Os produtores realizam o

controle de ervas com bons resultados. O preço médio praticado foi de R$ 91,00/sc. de 60

quilos.

Aveia branca

Na regional de Ijuí, o clima foi favorável ao desenvolvimento da cultura, que se

encontra em final de estádio vegetativo e evoluindo rapidamente para o estádio

reprodutivo. As primeiras lavouras semeadas apresentam boa formação de espiguetas,

folha-bandeira bem desenvolvida e plantas com caules vigorosos. Por outro lado, o clima

seco da semana anterior beneficiou a proliferação de pulgões; e ainda que não seja

necessário controle, exige monitoramento mais constante.

Cevada

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, onde se projeta o

cultivo de pouco mais de nove mil hectares com cevada, o plantio alcançou 95% da área. O

preço médio do produto está em R$ 60,00/sc. de 60 quilos.

A cultura encontra-se em final de implantação na regional de Ijuí, restando poucas

lavouras, conforme escalonamento planejado da semeadura. Segue a presença incipiente de

manchas foliares nas primeiras folhas baixeiras.

CULTURAS DE VERÃO

Soja

Na última safra, a cultura foi bastante afetada pela estiagem. No momento, os

produtores gaúchos seguem com o planejamento da próxima safra e com a comercialização

da colheita.

Na regional de Ijuí, com clima seco e solo adequado, foi intensificada a aplicação de

calcário em superfície onde era necessário e realizada a implantação de plantas de cobertura

para a estação fria.

Na de Frederico Westphalen, os produtores aproveitam o bom momento de preço

para a comercialização do produto.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 8, 02 jul. 2020

Na de Pelotas, os sojicultores seguem manejando as áreas onde será implantada a

cultura, principalmente com o pastoreio de bovinos de corte e ovinos. Os produtores de soja

renegociam as dívidas devido aos problemas ocasionados pela estiagem, com reduções

drásticas na colheita, que impediram a quitação das dívidas tanto de custeio das lavouras

como de seus investimentos em geral. Segue a renegociação das dívidas junto aos agentes

financeiros, com o suporte e apoio técnico dos escritórios da Emater/RS-Ascar.

Milho

Depois de um ciclo de perdas expressivas em virtude da estiagem, a cultura encontra-

se em entressafra.

Na região da Emater/RS-Ascar de Ijuí, nas áreas já definidas para a próxima safra

foram implantadas culturas de cobertura, em crescimento satisfatório, projetando boa

formação de palhada. Os produtores finalizam a aquisição de insumos e sementes e

organizam documentos para a elaboração de projetos de custeio agrícola da cultura. Os

preços praticados pela saca de 60 quilos de milho estão entre R$ 41,00 e R$ 43,00, com uma

média de R$ 42,39/sc.

Na de Passo Fundo, o milho colhido encontra-se armazenado nos principais

cerealistas da região; os produtores que têm silos secadores armazenaram o produto nas

propriedades para utilização na alimentação animal e para venda futura, buscando alcançar

melhores preços.

Arroz

Na região de Pelotas, nas áreas com condições de drenagem, produtores realizam o

preparo antecipado das áreas para a nova safra. A maioria aproveitou as restevas para

forrageamento dos bovinos de corte.

Na Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, a cultura encontra-se em processo de secagem

e armazenagem. Os produtores aproveitaram o período de estiagem para fazer a

incorporação da palha e as análises de solo com vistas à aquisição de insumos para a

próxima safra 2020-2021.

Hortigranjeiros

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

OLERÍCOLAS

Na regional de Ijuí, clima mais quente e dias ensolarados favorecem o

desenvolvimento das olerícolas. As folhosas continuam com bom desenvolvimento;

destaque para a alface americana que, com crescimento rápido, apresenta folhas maiores.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 9, 02 jul. 2020

Continua o escalonamento do transplante de mudas; bom número de folhas por planta. Com

o aumento da oferta, alguns produtores estão com dificuldades de comercialização,

oferecendo ao mercado produto colhido após o tempo normal de colheita. Brássicas com

desenvolvimento dentro do esperado, mas aumenta a incidência de traça-das-crucíferas,

sendo necessário controle em pequenas áreas. Colheita da batata-doce avançada, com

produtividade abaixo da esperada em função de a estiagem ter prejudicado o

desenvolvimento normal. Aumento da oferta de olerícolas no mercado local, com boa

aceitação nos supermercados e em aquisição direta. Nas feiras municipais, permanece a

menor circulação de consumidores.

Preços médios praticados na região Produto Unidade Preço (R$)

Alface cab. 1,95

Beterraba kg 3,15

Brócolis kg 4,49

Cenoura kg 3,22

Couve-flor kg 4,89

Mandioca com casca kg 1,62

Mandioca sem casca kg 5,05

Pepino kg 5,37

Repolho kg 3,15

Rúcula maço 2,16

Tomate kg 5,30

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Ijuí.

Na regional de Santa Rosa, a cultura da ervilha encontra-se em floração e em

algumas áreas já há colheita do grão verde; o plantio ocorre em pequenas áreas,

aproveitando pequenos espaços, passíveis de tutoramento. Há comercialização de alface,

rúcula, couve, brócolis, repolho, agrião e tempero verde, com preço recebido na faixa de R$

2,00. Produtores realizam plantio principalmente de alface, repolho e couve. As vendas

permanecem sob os efeitos da redução do consumo por restaurantes e da suspensão de

compra de produtos da agricultura familiar para a merenda escolar. No entanto, aumentou a

venda direta aos consumidores com entrega a domicílio. Em função da pandemia, muitos

agricultores e moradores do meio urbano vêm cultivando especialmente folhosas para o

consumo familiar, aproveitando os espaços possíveis nas áreas das residências.

Na regional de Bagé, a primeira metade da semana foi favorável às práticas de

cultivo e ao desenvolvimento de folhosas. As chuvas acompanhadas da queda brusca de

temperatura nos dias seguintes exigiram cuidados de proteção contra geadas em canteiros e

estufas de produção. Segue a colheita de tomate em estufa e também repolho, cujos novos

plantios são iniciados. Beterraba em final de colheita. Cenoura em vários estádios devido ao

escalonamento da produção. Em Caçapava do Sul, foram canceladas chamadas públicas que

estavam paralisadas pela pandemia. Há significativo aumento do interesse de

supermercados locais por hortigranjeiros produzidos no município, o que vem acelerando o

processo de produção para os olericultores atenderem a demanda.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 10, 02 jul. 2020

Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, a boa radiação solar e as

temperaturas mais elevadas favoreceram o crescimento satisfatório de espécies folhosas,

aumentando a produção e a qualidade. Há boa oferta de produtos no mercado; cenoura

com boa oferta e alta demanda. Produtores de cebola preparam as mudas e realizam

plantios de variedades mais precoces; os de alho finalizam os plantios.

Abobrinha

Na regional de Lajeado, em Vale Real, a cultura da abobrinha encontra-se em fase de

frutificação e colheita, com boa sanidade. A produção colhida é comercializada a R$

40,00/cx. de 20 quilos. Áreas a campo são trabalhadas para plantios em agosto.

Alho

Na regional de Caxias do Sul, com as condições climáticas e do solo adequadas para

a preparação dos canteiros e o plantio, a semana foi de intensa atividade nessa prática

cultural, concluindo-se a implantação das lavouras na região da Serra e avançando muito nos

Campos de Cima da Serra, onde é tradicional a instalação tardia das lavouras. As primeiras

áreas estabelecidas demonstram as plântulas germinadas com bom estande, uniformidade e

vigor, recebendo já as primeiras aplicações de herbicidas pós-emergentes para o controle

das ervas espontâneas. Esse manejo evita concorrência entre elas por nutrientes, água e luz,

fatores imprescindíveis para a cultura apresentar todo seu potencial produtivo.

Na regional de Passo Fundo, período e clima continuam favoráveis ao intensivo

trabalho de preparo do solo e plantio; 60% da área está plantada. Lavouras do cedo já

apresentam boa germinação.

Batata (safrinha)

Na regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, lavouras encontram-se em fase de

formação de tubérculos e colheita. As áreas irrigadas se destacam pela boa produção e

qualidade em relação às não irrigadas. Até o momento, aproximadamente 25% de

tubérculos da safrinha foram colhidos e comercializados. O preço caiu e ficou em R$

100,00/sc. de 50 quilos para batata branca e em R$ 90,00/sc. para a rosa.

Batata-doce

Na regional de Lajeado, a normalização das chuvas nos últimos dois meses permitiu a

retomada da produção da cultura em Feliz; parte dos plantios fica em áreas antigas e outra

ocupa novas áreas, onde as mudas não morreram com a seca. Com o aumento da

disponibilidade de água, o calibre da raiz aumentou. O preço oscilou entre R$ 1,30 e R$

1,60/kg.

Na regional de Porto Alegre, a comercialização aumentou. Os preços variam entre R$

28,00 e R$ 45,00/cx. de 20 quilos na Ceasa. Na lavoura, batata de boa qualidade é vendida a

valores entre R$ 22,00 e R$ 25,00/cx. A aparência dos tubérculos está ruim por conta dos

efeitos da estiagem.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 11, 02 jul. 2020

Beterraba

Na regional de Lajeado, em Vale Real, a colheita foi intensificada, com grande oferta.

A produtividade é boa; lavouras apresentam boa sanidade e pouca ocorrência de pragas. O

preço apresentou queda; o produto foi comercializado a R$ 20,00/dz. de molhos e a R$

15,00/cx. de 20 quilos (sem folhas).

Cebola

Na regional de Caxias do Sul, as condições climáticas foram muito boas para o

desenvolvimento e à manutenção da sanidade da cultura; já iniciou a prática cultural do

transplantio manual das mudas das variedades mais precoces semeadas em abril. O controle

químico das ervas espontâneas vem obtendo bons resultados, evitando a concorrência com

as plântulas. Também são aplicados tratamentos fitossanitários para prevenir fitopatias. A

mão de obra contratada para o transplantio está cotada entre R$ 0,40 e R$ 0,50/metro

linear de canteiro, sendo que um hectare perfaz em média seis mil metros.

Na de Passo Fundo, seguem intensos os trabalhos de preparo do solo, plantio ou

semeadura em local definitivo. As lavouras do cedo apresentam bom desenvolvimento, o

mesmo ocorrendo com as mudas para transplante, previsto para ocorrer em agosto.

Na regional de Porto Alegre, produtores continuam conduzindo as sementeiras.

Embora tenham sofrido um pouco com a mudança brusca de temperatura e umidade,

apresentam boa sanidade e crescimento normal até o momento. Nos próximos dias, deverá

começar o transplante das variedades precoces.

Mandioca/Aipim

Na regional de Porto Alegre, geadas do período estimularam o aumento de oferta. O

preço ao produtor na lavoura é de R$ 20,00/cx. de 20 quilos, com tendência de estabilização.

Os estoques nas lavouras estão acima dos 60%.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, onde a cultura é cultivada em 7.500

hectares, o desenvolvimento ficou estagnado. Ocorrem a colheita e o corte de ramas para

armazenar mudas. Intensificou-se a queda das folhas em virtude do frio. O estado sanitário é

bom. Segue a comercialização tanto da safra passada como da atual. O preço pago ao

produtor permanece em R$ 20,00/cx. de 25 quilos. A comercialização a varejo com casca

varia de R$ 2,00 a R$ 2,50/kg; descascada e embalada, a valores entre R$ 4,00 e R$ 4,80/kg.

Pepino

Na regional de Lajeado, em Feliz, as temperaturas na última quinzena alternaram-se

entre amenas a altas, favorecendo a produção em ambiente protegido. O tripes continua

com alta taxa de infestação no cultivo do pepino. O indústria foi comercializado a R$ 5,50/kg

na venda direta e a R$ 3,00/kg para agroindústria; o preço do salada oscilou entre R$ 2,00 e

R$ 2,50/kg; o Japonês foi comercializado a valores entre R$ 3,00 e R$ 3,50/kg.

Tomate

Na regional de Caxias do Sul, a produção de tomate mantém-se somente nos

cultivos em estufa, cuja oferta não atende todo o abastecimento local; assim, ocorre a

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 12, 02 jul. 2020

entrada do produto de outras regiões e estados. O mercado se mostrou em queda na última

semana, condicionada pela maior oferta oriunda de outros estados e também pela baixa

demanda, principalmente do setor de restaurantes, que reduziu consideravelmente a

compra em virtude da pandemia. Na Ceasa Serra, a maior variação foi do grupo longa vida,

com retração de 41,3%; o preço médio manteve-se em R$ 2,13/kg. O preço na propriedade

ficou em média a R$ 30,00/cx. de 22 quilos.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, em Feliz e Alto Feliz, o tomate-cereja é

cultivado o ano todo em ambiente protegido. A cultura está em desenvolvimento vegetativo,

produção e colheita. A ocorrência de broca do fruto, larva minadora e mosca branca requer

atenção. A variação do clima nas diferentes fases da cultura limitou um pouco o

amadurecimento normal dos frutos. Há relatos de queda do consumo, influenciada pela

troca de bandeira em função da pandemia. As chuvas dos últimos dias aliviaram a pressão

de falta de água para irrigação e da umidade do solo. O preço pago ao produtor pelo tomate-

cereja varia entre R$ 6,50 e R$ 7,00/kg em Feliz e é de R$ 4,00/kg em Alto Feliz. Em Vale

Real, segue o preparo das áreas em ambiente protegido para transplantio.

Na de Porto Alegre, o aumento de oferta se confirmou, reduzindo os preços ao

ponto de não cobrir os custos de produção. Alguns produtores irão estocar a produção para

ter oportunidade de preços melhores no mercado. O preço pago ao produtor ficou entre R$

0,50 e R$ 1,25/kg, conforme aparência do produto.

Vagem

Na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, em Feliz, segue a colheita; a vagem é

produzida praticamente o ano inteiro, e no momento a produção é satisfatória, sem registro

de problemas fitossanitários. A temperatura foi favorável ao cultivo. O preço aumentou e

varia de R$ 6,00 e R$ 7,50/kg.

FRUTÍCOLAS

Citros

Segue a colheita de citros no Estado.

Na regional de Ijuí, aumenta a oferta de produtos para mesa e diminui o preço pago

aos produtores. Baixa produção de citros para indústria, principalmente para sucos.

Na regional de Santa Rosa, mesmo com a redução da temperatura nas últimas

semanas, ainda são enfrentados problemas com mosca-das-frutas, principalmente em

bergamotas poncãs. Montenegrina e Morgot iniciam a maturação de forma mais expressiva

e devem garantir frutos no próximo trimestre.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, segue a colheita de frutas cítricas no

Vale do Caí, onde está concentrada a produção destinada a frutas de mesa no Rio Grande do

Sul, sendo também a região maior produtora de bergamotas. As chuvas mais frequentes e

em bom volume em maio e junho, juntamente com a temperatura mais fria, fizeram com

que as plantas cítricas recuperassem a condição fisiológica de turgescência das folhas e de

desenvolvimento dos frutos, muito prejudicada pela estiagem ocorrida de dezembro a abril.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 13, 02 jul. 2020

Bergamotas Caí e Poncã estão em colheita, e em alguns municípios iniciou a da Pareci, ainda

em pequeno volume. A Caí e a Pareci fazem parte das cultivares do grupo das

Mediterrâneas, juntamente com a Montenegrina, a mais tardia, cujo início de colheita está

previsto para agosto. A colheita da Caí já atinge 70% do total previsto (veja quadro). A fruta

ficou com diâmetro menor do que em safras normais, mas o teor de suco e a doçura não

foram afetados pela estiagem. Medições do grau brix das frutas colhidas indicam a média de

13o, considerado muito bom. O preço médio recebido pelos citricultores sofreu redução em

comparação com o recebido na primeira quinzena de junho, passando de R$ 27,00/cx. de 25

quilos para os atuais R$ 25,00/cx. da Caí, e de R$ 23,00 para R$ 21,00/cx. da Poncã. Esta

redução é explicada pela maior oferta de frutas, decorrente do auge da colheita. Os preços

recebidos nesta safra são bem superiores aos da safra passada, mas este preço mais elevado

não compensa as perdas ocorridas em função da estiagem. O valor superior é recebido pelos

citricultores cujos pomares foram irrigados ou cuja localização é em áreas de solos com

maior percentual de argila, que conserva a umidade por mais tempo, ou ainda para frutos de

pomares beneficiados com maior volume de chuvas.

Para a grande maioria dos citricultores, as perdas foram muito grandes e não há

frutas em condições de comercialização. Dados da Emater/RS-Ascar mostram que no Vale do

Caí, 13 municípios produzem bergamotas para fins comerciais. A previsão inicial era de

colher 109 mil toneladas de bergamotas. Com a estiagem, as cultivares de ciclo normal – Caí

e Poncã, cuja colheita já está finalizando – sofreram perda de 50%, o que representou

redução de 15 mil toneladas. A previsão atual é de uma safra de 85 mil toneladas, com perda

total de 24 mil toneladas; em se confirmando, essa produtividade representará perda de

22% do volume inicialmente previsto. A perda depende do que irá ocorrer daqui para frente,

já que a Montenegrina, principal bergamota cultivada no Vale do Caí, ainda será colhida.

O Vale do Caí também tem a maior produção de laranjas de mesa do Estado,

destinadas à elaboração de suco e ao consumo ao natural. Agora estão em colheita as

cultivares Céu precoce, laranja sem acidez, a Shamouti – laranja de origem israelense,

praticamente sem sementes, utilizada tanto para suco como para consumo ao natural, e a

umbigo Bahia, laranja de mesa por excelência. Houve redução nos preços recebidos pelas

laranjas e pela lima ácida Tahiti.

Preços médios recebidos pelos citricultores no Vale do Caí Produto

(caixa de 25 quilos)

Percentual colhido

até 26 de junho

Preço da caixa (R$)

em 12 de junho

Preço da caixa (R$)

em 26 de junho

Bergamota Caí 70% 27,00 25,00

Bergamota Poncã 45% 23,00 21,00

Laranja Céu precoce 60% 18,00 16,00

Laranja Shamouti 60% 22,00 20,00

Laranja umbigo Bahia 70% 25,00 22,00

Lima ácida Tahiti 30% 22,00 19,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Lajeado.

Na regional de Caxias do Sul, o retorno das chuvas frequentes e das temperaturas

mais baixas beneficiou a cultura da laranja de maneira geral. As plantas se recuperam do

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 14, 02 jul. 2020

estado crítico de murchamento e descoloração da folhagem, com a respectiva reidratação e

intensificação da coloração das frutas. Os citricultores realizam roçadas para controle do

crescimento das ervas concorrentes e como alternativa ao uso da capina química, além de

tratamentos fitossanitários e adubações em cobertura. Seguem em colheita as variedades

precoces, como a Bahia, com frutos de calibre superior e bom sabor; a cotação média na

propriedade é de R$ 1,10/kg.

Na regional de Erechim, foram colhidas bergamotas de ciclo médio e iniciou a

colheita das de ciclo tardio. Montenegrina em fase de amadurecimento, com boa qualidade.

O preço recebido pela Nadorcott e Dekopon é de R$ 1,50/kg. Com a variação da

temperatura nas últimas semanas, muitas frutas de laranja têm apresentado coloração mais

acentuada do que no mesmo período do ano passado, fato que indica uma maturação mais

precoce. A laranja Valência começa a ser comercializada para suco/indústria a R$ 0,29/kg

nos pontos de carregamento; in natura, a R$ 0,45/kg. Umbigos e precoces com colheita

encerrada; variedades tardias como Lane Late e Monte Parnaso são vendidas a R$ 0,70/kg.

Maracujá

Na regional de Porto Alegre, a safra está sendo encerrada com preços frustrantes. Os

produtores iniciam a limpeza dos pomares para o vazio sanitário. Os preços baixos,

associados ao aumento de custo pela renovação dos pomares – necessária para o

enfrentamento da virose do endurecimento do fruto – devem levar à redução de área para a

próxima safra.

Morango

Em Feliz, na regional de Lajeado, onde 100 unidades de produção cultivam 50

hectares de morango, foram praticamente encerradas as janelas de plantios. Não houve

relatos de ataque de pragas nas últimas semanas, durante as quais o clima foi bastante

favorável ao cultivo. Produtores intensificam o manejo da cultura e a colheita, razão da

queda dos valores de comercialização; preços entre R$ 8,00 e R$ 10,00/kg.

Na regional de Ijuí, estão sendo implantadas as últimas mudas da cultura. O preço de

comercialização segue a R$ 20,00/kg.

Na regional de Santa Rosa, morangos cultivados em estufas e plantados em março

apresentam bom desenvolvimento e iniciam a produção, comercializada a R$ 14,00/kg.

Lavouras de morango do ano passado receberam poda de limpeza e tratamentos de inverno,

com boas floradas e produção de frutas.

Pêssego

Na regional de Soledade, iniciou a prática da poda de frutificação em pomares de

variedades mais precoces. Produtores também realizam tratamento de inverno visando o

combate preventivo, principalmente da podridão parda.

Na de Passo Fundo, produtores se preparam para iniciar os tratamentos de inverno

durante julho. Seguem coletas e análises de solo para posterior recomendação de técnicos

dos escritórios municipais sobre adubação, calagem e práticas de manejo de solo visando

maiores produtividades para a próxima safra de pêssego.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 15, 02 jul. 2020

Nas regionais de Ijuí e Santa Rosa, a temperatura da semana anterior foi

desfavorável às plantas que necessitam de frio, quebrando a dormência das mesmas; é o

caso do pêssego, por exemplo, que está com início de floração nas cultivares mais precoces.

Uva

Na regional de Bagé, o cultivo de videiras é expandido em Quaraí e arredores. A boa

qualidade de uvas colhidas nessa safra despertou interesse de adegas da Serra na região.

Compradores têm intenção de antecipar a compra agora para entrega futura. Seguem os

tratamentos fitossanitários de entressafra e tratos culturais.

Na regional de Caxias do Sul, têm continuidade os trabalhos de amarração de braços

principais dos vinhedos, troca de palanques e de plantas decrépitas, instalação de arcos e

palanques para uso da plasticultura. Nas propriedades com áreas maiores, viticultores já

iniciam a poda tradicional de inverno, também conhecida como poda seca. Além disso, são

preparadas estacas de porta-enxertos e plantadas em embalagens/viveiros ou diretamente

no vinhal para enxerto no final do inverno – enxertia seca, ou no final da primavera –

enxertia herbácea. O momento é também de plantio de mudas prontas, tanto em áreas de

renovação quanto em áreas novas. Nota-se interesse pela ampliação de área entre os

viticultores tradicionais e também entre os demais. Havia um descontentamento quanto ao

preço que a indústria pretendia pagar pela uva Moscato Bianco. Viticultores de alguns

municípios, como São Jorge, um dos maiores polos de produção dessa variedade, se uniram

e foram até as vinícolas justificar que a safra entregue foi de qualidade superior. A

reivindicação foi atendida, pois a intenção era pagar R$ 1,80 e mudou para R$ 2,00/kg.

Porém, o pagamento ficou dividido em parcelas até o final de dezembro, tal como se deu em

safras anteriores.

Na regional de Soledade, produtores realizam a pré-poda nos vinhedos maiores, com

a retirada de ramos, deixando a planta em condições para a poda de frutificação, feita em

agosto. Realizam também reformas e ajustes nas estruturas dos vinhedos, como troca de

postes e ajustes nos arames, além de prepararem novas áreas de plantio.

Na regional de Santa Rosa, nas parreiras, o frio e as chuvas causaram queda das

folhas. Até então, a folhagem havia se mantido, demonstrando a sanidade e a boa reserva

de nutrientes nas plantas, fatores que influenciam positivamente na próxima safra.

COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da

Ceasa/RS, 18 produtos ficaram estáveis em preços, quatro apresentaram alta e 13, baixa.

Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos

que tiveram variação de preços em 25% para cima ou para baixo. Um produto se destacou

em alta e nenhum em baixa.

Nesta terça-feira o mercado se manteve estável na maioria dos preços. Embora as

chuvas tenham prejudicado um pouco a comercialização, notou-se uma leve melhora na

intenção de compra pelos clientes varejistas e distribuidores. Produtores e lojistas preveem

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 16, 02 jul. 2020

uma sensível melhora nas vendas nesta primeira semana do mês, quando o poder aquisitivo

da população estará fortalecido pelo recebimento dos salários.

Produto em alta

Tomate-caqui longa vida – de R$ 1,39 para R$ 1,94/kg (+39,57%)

Nos comentários da semana passada, evidenciamos a drástica queda nos preços do

tomate, fato ocorrido em nível nacional. Agora, nos últimos dias, observamos a diminuição

nos volumes de tomates maduros que estavam em excesso no mercado e forçavam os

preços para baixo. A queda das temperaturas nas regiões produtoras diminuiu a velocidade

no aprontamento dos frutos e, consequentemente a oferta foi equilibrada

momentaneamente. Os preços praticados seguem a lei da oferta e da procura.

Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta Unidade 23/06/2020

(R$)

30/06/2020

(R$)

Aumento

(%)

Batata kg 2,20 2,40 +9,09

Cebola nacional kg 3,50 4,00 +14,29

Chuchu kg 1,67 1,75 +4,79

Limão Taiti kg 1,25 1,50 +20,00

Mamão Formosa kg 2,31 2,80 +21,21

Pepino salada kg 2,00 2,22 +11,00

Tomate-caqui longa vida kg 1,39 1,94 +39,57

Produtos em baixa Unidade 23/06/2020

(R$)

30/06/2020

(R$)

Redução

(%)

Batata-doce kg 1,50 1,39 -7,33

Brócolis unid. 1,50 1,25 -16,67

Ovo branco dz. 3,83 3,67 -4,18

Vagem kg 7,00 6,00 -14,29

Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.

Outras Culturas

Flores

Na regional de Porto Alegre, floricultores vivem diferentes situações de mercado,

conforme o segmento da cadeia produtiva em que atuam: a produção de mudas de forração

e ajardinamento e a produção de flores de corte e arranjos. As vendas de flores,

especialmente para plantas de forração de jardim, seguem satisfatórias. As vendas de mudas

de plantas medicinais e temperos estão acima da média histórica, movidas pela demanda do

mercado urbano. Entretanto, continua difícil a comercialização de flores de corte. Apesar da

abertura de floriculturas, o consumo é muito baixo, pois não há realização de festas e

eventos (casamentos, datas comemorativas). Nas primeiras semanas da pandemia, o setor

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 17, 02 jul. 2020

parou a comercialização em mais de 95%; neste momento, o volume comercializado gira em

torno da metade do historicamente praticado. Astromélia e Mosquitinho estão sem

comercialização. A venda de rosas diminuiu muito. A flor de corte que menos perdeu

comércio foi o crisântemo. Em diversos municípios, famílias redirecionam suas unidades

produtivas para outras cadeias.

Alfafa

Na regional de Santa Rosa, temperaturas mais altas da semana oportunizaram o

desenvolvimento das plântulas – nas áreas onde novos alfafais foram implantados – e o

corte para obtenção do feno. Produtores relatam que a cultura germinou bem; no entanto,

devido à alta umidade do solo em alguns locais, houve o apodrecimento das raízes da

cultura, ocasionando manchas com falhas na lavoura. Relatam também que após a

diminuição das chuvas, a cultura apresentou um desenvolvimento um pouco maior,

possibilitando a adubação em cobertura.

Segue a procura pelo feno da cultura, cuja disponibilidade encontra-se reduzida em

função do aumento do intervalo entre cortes e do tempo mais úmido da época, que dificulta

o processo de secagem final. O valor pago segue na faixa dos R$ 2,00/kg.

Criações

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

PASTAGENS

O clima na primeira metade da semana foi excelente para as forrageiras cultivadas e

nativas, com ótimos níveis de umidade no solo, radiação solar e temperaturas amenas. A

sucessão de três geadas na sexta e no final da semana na regional da Emater/RS-Ascar de

Bagé marcou o início efetivo do inverno e a fase de paralisia na produção de forragem nas

áreas de campo natural. Contudo, produtores que sobrepuseram azevém às áreas

observaram bons resultados, com a emergência e o início de desenvolvimento dessa espécie

forrageira.

As pastagens de aveia continuam apresentando muito boa taxa de crescimento,

permitindo aumentar a lotação de animais para pastejo. Os trevos e o cornichão estão em

pleno desenvolvimento vegetativo, e pequenas áreas de pastejo já começaram a ser

utilizadas, principalmente onde foi realizada a colheita de sementes ou a fenação, com

germinação do banco de sementes nos solos. Animais consomem boa alimentação e

apresentam excelente ganho de peso. Nos municípios onde há cultivo de grãos, as áreas de

integração lavoura-pecuária aumentaram significativamente a oferta de forragem.

Na regional de Erechim, as forrageiras anuais de inverno, especialmente a aveia e o

trigo, estão com ótimo desenvolvimento, com alta oferta de forragem de altíssima

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 18, 02 jul. 2020

qualidade. Nos municípios da encosta do rio Uruguai se forma um microclima específico,

com temperaturas mais altas em relação aos demais municípios da região, e nestas áreas as

gramíneas nativas recuperaram-se do período de estiagem ocorrido no verão-outono e

estão com desenvolvimento de razoável a bom. Este panorama geral, com maior oferta de

forragem, propiciou aos agricultores a possibilidade de reduzir a oferta de silagem e de

concentrados aos animais, o que reduziu os custos de produção de leite e de carne.

Na regional de Passo Fundo, as pastagens apresentaram crescimento abaixo do

esperado em função da menor intensidade luminosa e de baixas temperaturas, associadas a

chuvas mais intensas. Produtores reforçaram o uso das áreas com integração lavoura-

pecuária: bovinos de leite usam os piquetes por períodos menores, de um a sete dias,

enquanto que nas áreas de pastoreio de bovinos de corte os intervalos são de 15 dias. Nesse

período também foram realizadas adubações em cobertura com nitrogênio e potássio.

Com clima favorável na regional de Ijuí, o desenvolvimento das pastagens anuais de

inverno é considerado excelente. Diferentes estádios de utilização das forrageiras foram

favorecidos pelo plantio realizado em diversas épocas. As primeiras áreas semeadas já

disponibilizam o segundo pastejo aos animais. Em algumas propriedades, há sobra de

forragem nesta época. Após as chuvas da quinta-feira, os produtores retomaram a aplicação

de adubação nitrogenada em cobertura.

Na regional de Santa Rosa, com as pastagens hibernais mais bem estruturadas em

termos de raízes, o pastejo das áreas se estendeu por toda a semana, mesmo com a

ocorrência de chuvas. Áreas de sobressemeadura de aveia e azevém em campo nativo têm

desenvolvimento prejudicado pela competição do campo nativo, que continua vegetando,

mesmo que com baixa intensidade, em função das temperaturas amenas observadas nas

últimas semanas. Com a manutenção das chuvas, é possível observar o avanço das

pastagens de azevém, favorecidas pela condição de maior umidade no solo. Há animais em

pastejo na maior parte das pastagens, e a perspectiva dos criadores é de que essa situação

se mantenha para os próximos 60 a 90 dias, obtendo bons rendimentos na terminação dos

bovinos. A média de lotação das pastagens de aveia e azevém é de 1,5 cabeça por hectare.

As forrageiras perenes como tífton, jiggs e grama nativa apresentam menor

desenvolvimento vegetativo devido às temperaturas baixas, principalmente noturnas.

As pastagens de inverno (aveia, azevém) tiveram bom estabelecimento e estão em

desenvolvimento vegetativo, sendo piqueteadas e pastejadas pelos animais. Na semana

reduziu a compactação do solo nos piquetes e houve melhor brotação e desenvolvimento

das plantas pós-pastejo.

BOVINOCULTURA DE CORTE

Na regional de Bagé, as condições nutricionais do rebanho melhoraram com a

utilização de pastagens anuais cultivadas, com boa oferta de forragem e água de boa

qualidade nos reservatórios. Tal combinação tem proporcionando ganho de peso para os

animais de todas as categorias. Criadores que baseiam a atividade no campo nativo foram

favorecidos pelos rebrotes e pela recuperação parcial de massa forrageira, com

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temperaturas amenas e umidade nos solos. Entretanto, com a chegada do inverno e a

ocorrência de geadas em dias consecutivos, a restrição na oferta de volumoso deve se

ampliar e afetar o desempenho da atividade, prejudicando o estado dos animais.

Produtores seguem suplementando os rebanhos em virtude dos efeitos da estiagem,

pois o campo nativo ficou comprometido, e o desenvolvimento das pastagens de inverno

atrasou muito.

Em relação à sanidade, continua o monitoramento para o controle dos ectoparasitas,

com manejo de campo e banhos carrapaticidas.

Na regional de Caxias do Sul, a situação forrageira dos campos naturais no

município-sede é crítica, tanto em quantidade quanto em qualidade, deixando os animais

em situação de fome; continuam a perda de peso e o enfraquecimento dos bovinos. A

péssima qualidade bromatológica das pastagens não fornece os nutrientes mínimos para as

necessidades dos animais. Além disso, há dificuldade em utilizar o sal proteinado nos

rebanhos pela falta de ingestão mínima de matéria seca; assim, a maioria dos produtores

utiliza somente sal mineral.

Na regional de Santa Rosa, em algumas propriedades sem planejamento forrageiro e

com excesso de carga, houve perdas de animais por falta de alimento decorrente do clima

mais frio, mas no geral não há grandes problemas.

Na regional de Porto Alegre, técnicos orientam para a vacinação preventiva à

leptospirose nas matrizes e para carbúnculo hemático no rebanho geral. Em andamento, a

campanha de divulgação sobre obrigações sanitárias e controle do carrapato, do convênio

com a SEAPDR. Foram encerrados os diagnósticos de gestação nas propriedades assistidas

que procuram especialização, em especial em rebanhos de cria, com bons resultados. Apesar

da seca, números superiores a 80% na taxa de prenhez animam os produtores.

Comercialização

Nesta semana, os preços médios do boi e da vaca para abate no Rio Grande do Sul

continuaram aumentando. O do boi passou de R$ 7,03 para R$ 7,26/kg vivo, aumentando

em 3,27%; o da vaca foi R$ 6,36/kg vivo.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2134, de 02 de julho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 20, 02 jul. 2020

Preços médios das categorias de bovinos de corte em regiões e municípios do RS Categoria

(R$ por kg/cab.)

Região de

Bagé

Região de

Porto Alegre

Região de

Caxias do Sul

Bossoroca Região de

Pelotas

Boi gordo (kg) 6,90 7,80 7,30 7,35 7,40

Vaca gorda (kg) 5,80 6,80 6,30 6,65 6,40

Vaca de invernar (kg | cab. | kg) 5,00 1.850,00 5,30 4,55 -

Vaca c/cria ao pé (cab.) - 2.750,00 - 3.000,00 -

Novilha (cab.| kg) - 2.250,00 5,40 6,50 -

Novilho (kg | cab. | kg) 6,50 2.400,00 6,80 6,75 -

Terneira (kg) - 7,20 - 7,25 -

Terneiro (kg) 7,00 8,20 7,20 7,40 7,65

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

BOVINOCULTURA DE LEITE

Na regional de Ijuí, importante produtora de leite do Estado, aumentou a produção

com a entrada dos animais nas pastagens e com as parições programadas para este período.

Aumenta significativamente a utilização das forrageiras anuais de inverno na composição da

dieta dos rebanhos. Produtores evoluem lentamente no atingimento dos parâmetros de

qualidade do leite exigidos pela legislação atual, com pequenas oscilações pontuais.

Estabilizou o número de produtores na atividade, principalmente pelo aumento do preço e

pela disponibilidade de áreas para produção de forrageiras na estação fria, que serão

ocupadas pela soja no verão. O volume de leite produzido aumenta a cada semana.

Boa sanidade do rebanho, com diminuição na incidência de zoonoses.

OVINOCULTURA

De modo geral, as condições sanitárias do rebanho ovino são satisfatórias, com baixa

incidência de verminoses. O retorno das chuvas regulares, associado a temperaturas

elevadas, demanda maiores cuidados em relação às verminoses e aos problemas de cascos.

Nas regionais de Bagé e Pelotas, aumentou a parição de cordeiros, porém a fase

ainda predominante é de gestação e pré-parto. Continuam as atividades de manejo de

esquila do úbere e períneo nas matrizes. Os animais estão sendo mantidos

preferencialmente em potreiros com boa oferta de forragem, abrigados de ventos frios, do

excesso de umidade e em locais próximos das sedes das propriedades a fim de permitir o

acompanhamento e eventual auxílio nos partos. Os cuidados com predadores são

constantes para evitar prejuízos. As perdas de cordeiros em decorrência de adversidades

climáticas não são significantes até o momento, mas produtores estão cuidadosos com os

cordeiros recém-nascidos, pois as temperaturas à noite têm estado bem baixas.

Na regional de Porto Alegre, em propriedades que não fazem manejo reprodutivo,

começa a ocorrer o nascimento de cordeiros.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 21, 02 jul. 2020

Comercialização

Continuando com a oscilação registrada há várias semanas, o preço médio do

cordeiro para abate no Estado aumentou, passando de R$ 7,27 para R$ 7,29/kg vivo.

Na região de Bagé, os preços médios permaneceram estáveis: ovelha de cria – R$

300,00/cab., ovelha de consumo – R$ 250,00/cab., capão – R$ 6,00/kg vivo, cordeiro – R$

7,00/kg vivo.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, os preços de

comercialização de ovinos (quilo vivo) foram os seguintes: ovelha – de R$ 5,50 a R$ 6,00;

capão – de R$ 6,50 a R$ 7,00; cordeiro – de R$ 7,50 a R$ 8,00.

Na de Santa Rosa, o quilo vivo da ovelha de descarte obtém valores entre R$ 5,50 e

R$ 6,00; nas demais categorias, o preço é de R$ 6,80 a R$ 7,00. Na de Santa Maria, o preço

do quilo vivo de cordeiro é de R$ 7,50; na de Soledade, é de R$ 8,00/kg vivo.

APICULTURA

Embora seja um período de poucas atividades, as temperaturas amenas do início da

semana favoreceram o manejo – retirada de melgueiras e caixilhos danificados, colocação de

cera e também o cuidado com a alimentação das colmeias para reserva alimentar durante as

chuvas e baixas temperaturas.

Na regional de Santa Rosa, a diminuição das temperaturas a partir da metade da

semana impediu que as campeiras saíssem para forragear, havendo pouca movimentação

externa das colmeias. Observam-se poucas espécies endêmicas em floração no período,

causando uma deficiência de aporte proteico na colmeia; assim, permanece a necessidade

de alimentação artificial de base proteica, mesmo com o aumento momentâneo da

atividade das campeiras nas semanas anteriores. Assim, alguns apicultores seguem em

intenso processo de manejo alimentar de inverno, fornecendo os bifes – suplemento

artificial proteico à base de farelo de soja, mel e açúcar.

Comercialização

Preços praticados na comercialização do mel Região A granel (R$/kg) Embalado (R$/kg)

Bagé 4,00 24,00

Caxias do Sul 6,50 25,00

Erechim 10,00 18,00

Frederico Westphalen 10,00 20,00

Ijuí 15,00 21,00

Passo Fundo 12,00 22,50

Pelotas 4,80 a 15,00 13,00 a 25,00

Porto Alegre 7,00 20,00

Santa Rosa - 15,00 a 20,00

Soledade 7,00 a 8,00 12,00 a 15,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 22, 02 jul. 2020

Na regional de Erechim, o pólen com embalagem de 130 gramas é comercializado a

R$ 15,00; própolis com embalagem de 100 ml a R$ 15,00.

PISCICULTURA

Com a queda da temperatura, ocorre redução tanto no consumo de ração quanto no

ganho de peso diário dos alevinos, que permanecem um tempo maior nas camadas mais

profundas do reservatório.

Nas regionais de Erechim e Porto Alegre, foi boa a renovação da água dos tanques,

com adequação da qualidade da água dos viveiros povoados, e permite o enfrentamento às

condições hostis do inverno e a retomada da atividade. Na de Erechim, não foi registrada

mortandade de peixes na semana.

Na regional de Passo Fundo, a regularidade das chuvas tem contribuído para

recuperar os níveis dos açudes e da qualidade da água. Os produtores vêm realizando

operações de manutenção dos açudes. Em alguns casos, tem ocorrido morte de peixes,

provavelmente por desnutrição e doenças oportunistas associadas.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, diminuiu a comercialização de peixes.

Produtores esperam a estação da primavera para fazer a correção dos tanques e o

povoamento para nova safra.

Em Santa Rosa, o nível dos reservatórios está elevado. Com a conclusão do

repovoamento dos tanques, piscicultores seguem atentos a ataques de predadores, muito

comuns no período em que há alevinos nos tanques. Produtores buscam orientações sobre

construção de açudes, sistemas de drenagem na despesca e principalmente sobre cálculo de

população para sistema de policultivo de carpas.

Comercialização

A comercialização é realizada basicamente em feiras municipais.

Na regional de Porto Alegre, o filé de Tilápia está sendo comercializado a valores entre R$ 25,00 e R$ 30,00/kg nas agroindústrias. O quilo vivo da Tilápia é vendido de R$ 5,00 a R$ 6,00.

Preços pagos aos piscicultores Espécie Ijuí

(R$/kg vivo)

Erechim

(R$/kg)

Santa Rosa

(R$/kg)

Carpa Húngara 6,71 10,00 10,00

Carpa Prateada 6,40 10,00 10,00

Carpa Cabeça grande 6,67 10,00 10,00

Carpa Capim 7,65 12,00 12,00 a 15,00

Cascudo - - 18,00

Dourado - 29,00 -

Jundiá 8,66 18,00 -

Pacu - 15,00 -

Piava (picada) - - 18,00

Tilápia 5,52 25,00 (filé) -

Traíra - 13,00 -

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios regionais de Ijuí, Erechim e Santa Rosa.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 23, 02 jul. 2020

PESCA ARTESANAL

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, a semana iniciou com

mar calmo e águas limpas, desfavorecendo as capturas, principalmente na modalidade da

pesca de cabo. Na metade da semana, a entrada de uma frente fria no RS trouxe melhoras

de produtividade nas capturas, pois o mar ficou agitado, e as águas, escuras. No decorrer do

avanço da frente fria, ventos fortes passaram a soprar, o mar passou a ter ondas muito altas

e fortes, impedindo a pesca de bote e definindo também a retirada das redes. De maneira

geral, tais condições climáticas não favoreceram as atividades de pesca, pois a semana se

encerrou com baixa produtividade nas capturas. Em águas interiores, as condições de

captura melhoram aos poucos, devido à volta da chuva e à recuperação dos níveis de água

nas lagoas. A pesca de rede fixa na Lagoa dos Patos e Casamento foi viável esta semana, mas

com baixa produtividade. O destaque de captura foi em Cidreira, de Abrótea, e em Palmares

do Sul, de Papa-terra. Na pesca artesanal marítima, as principais espécies capturadas têm

sido Papa-terra, Pescadinha, Pampo, Abrótea e Tainha. Na de água doce, as principais

espécies capturadas são Traíra, Jundiá, Biru e Cará. No estuário do rio Tramandaí, o Projeto

de Monitoramento Pesqueiro, coordenado pelo CECLIMAR/UFRGS, conseguiu autorização

para os pescadores dos municípios de Imbé e Tramandaí pescarem bagres marinhos, porém

as capturas registram baixa produtividade. O Camarão segue sendo capturado, porém o

volume tem sido menor.

Na região de Pelotas, a captura de pescado está boa na Lagoa Mirim. O nível do rio

Jaguarão e da Lagoa Mirim começa a recuperar-se. Em Pelotas, nessa semana ocorreu o

encaminhamento de pagamento de Pronaf aos pescadores. Em Tavares, a safra de Camarão,

que deveria se encerrar em 30/06, será prorrogada por mais alguns dias, devido ao termo de

compromisso firmado com os pescadores, pois o monitoramento indicou que o crustáceo

tem tamanho adequado para captura. Esta flexibilidade na data também é justificada pelo

ICMBIO devido à pandemia, motivo de proibição de visitas ao parque.

Comercialização

Nas regiões de Pelotas e Porto Alegre, os preços permaneceram estáveis. Segue a

comercialização em feiras e por tele-entrega; de modo geral, vem se normalizando com a

circulação maior de compradores, atravessadores e consumidores.

A regionalização administrativa da Emater/RS-Ascar se organiza em 12 escritórios

regionais, sendo que cada região contempla áreas geográficas dos Conselhos Regionais de

Desenvolvimento – Coredes, conforme mapa abaixo.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 24, 02 jul. 2020

Preços Semanais

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

(Cotações Agropecuárias nº 2134, 02 jul. 2020)

Produtos Unidade

Semana

Atual

Semana

Anterior

Mês

Anterior

Ano

Anterior

Médias dos Valores da

Série Histórica –

2015/2019

02/07/2020 25/06/2020 04/06/2020 04/07/2019 GERAL JULHO

Arroz 50 kg 61,96 61,35 61,45 44,81 49,47 49,52

Boi kg vivo 7,26 7,03 6,67 5,55 6,13 6,41

Cordeiro kg vivo 7,29 7,27 7,27 6,58 6,91 6,98

Feijão 60 kg 200,88 204,47 200,94 148,32 202,28 203,95

Milho 60 kg 43,60 43,55 43,12 32,60 36,83 36,94

Soja 60 kg 103,10 102,03 97,36 73,85 82,20 82,87

Sorgo 60 kg 36,20 35,20 36,20 25,32 30,28 31,58

Suíno kg vivo 4,13 4,17 4,13 3,62 4,30 4,18

Trigo 60 kg 53,86 53,76 51,80 41,79 41,20 44,01

Vaca kg vivo 6,36 6,11 5,77 4,84 5,38 5,62

29/06-03/07

22-26/06 01-05/06 01-05/07

Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2134 (02 jul. 2020).

Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano

Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do

quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da

série histórica 2014-2018.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1613, p. 25, 02 jul. 2020

Notas Agrícolas

Cultivares trazem segurança para a safra do trigo

Cultivar desenvolvida pela Biotrigo para o combate à giberela está em fase de multiplicação

A giberela é um fungo que afeta a cultura do trigo há décadas. Em muitos países, foi

responsável por uma série de problemas para produtores, principalmente no momento da

comercialização do grão, em que a legislação controlava o nível de toxinas que são geradas

pela doença, no produto final.

André Cunha Rosa, diretor e melhorista da Biotrigo, lembra que o mercado já sabia

que a legislação para as micotoxinas, que regula o controle na alimentação, chegaria no

Brasil. “É uma doença presente há muito tempo em nossas lavouras, e muito comum,

principalmente em cenários de excesso de água, por exemplo”. Rosa lembra que o Brasil,

por não ter uma legislação que determinasse os níveis da micotoxina nos alimentos, corria

risco de se tornar um local de despejo, para onde outros países exportavam o produto.

Porém, desde 2011, a legislação brasileira controla estes níveis e obriga produtores a

controlar ainda mais sua produção.

Depois de muitos anos de pesquisa, a Biotrigo chegou a uma cultivar que oferece

mais segurança aos produtores no que refere-se à giberela. “É uma variedade capaz de

oferecer muita segurança para o baixo índice de toxina, mesmo em locais propensos a

giberela”, garante o melhorista. Ele revela que a cultivar é uma combinação de duas

variedades gaúchas, resultando em uma ainda melhor. “É o resultado de um trabalho de

melhoramento e progresso genético. A sociedade ganha”, reforça André.

A giberela é um fungo que afeta a cultura do trigo no período de floração. A doença

entra na planta pela flor e ataca os grãos. É uma doença de difícil controle e com alto custo

para o produtor. A doença afeta a produtividade e a qualidade. A variedade degrada a toxina

e, sem toxina, não tem doença. Mesmo com a tecnologia, o produtor precisa aplicar o

fungicida.

André diz que o desenvolvimento ocorreu inspirado na China, apesar da resistência e

das características de produção serem diferentes das brasileiras. A tecnologia da Biotrigo

está em processo de multiplicação, ou seja, de reprodução das sementes. Em 2021, estará à

disposição de sementeiros e, em 2022, estará com os produtores de grãos.

A Biotrigo trabalha ainda no melhoramento genético que traz soluções em outras

duas doenças das lavouras de trigo: a mancha amarela e o brusone. A mancha amarela é

controlada com fungicida. Oferece perigo no período vegetativo, já que a doença ataca a

folha, durante todo o ciclo, e afeta a produtividade. Além disso, fica na palha, afetando

outras safras. O brusone é um fungo que afeta a espiga e as folhas, e pode trazer grandes

perdas de produtividade. O Rio Grande do Sul registrou surtos da doença em 2014.

Fonte: Correio do Povo (publicado em 29/06/2020).