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nº 1537 – 17 jan. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Olerícolas Frutícolas Outras Culturas Criações Preços Semanais Notas Agrícolas Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2018. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3. Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. CDU 63(816.5) © 2018 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Sumário - emater.tche.br · Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 2, 17 jan. 2019 Palavra da Casa Boas Práticas Agropecuárias garantem produção animal no RS

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Page 1: Sumário - emater.tche.br · Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 2, 17 jan. 2019 Palavra da Casa Boas Práticas Agropecuárias garantem produção animal no RS

nº 1537 – 17 jan. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.

Sumário

Palavra da Casa

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Olerícolas

Frutícolas

Outras Culturas

Criações

Preços Semanais

Notas Agrícolas

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar

I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2018. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.

Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

CDU 63(816.5)

© 2018 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a

fonte.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 2, 17 jan. 2019

Palavra da Casa

Boas Práticas Agropecuárias garantem produção animal no RS

Nessa época de calor e altas temperaturas, é muito importante garantir o bem-estar dos rebanhos, oferecendo sombra e água fresca aos animais para que, estes, especialmente os bovinos de leite, mantenham a produção, sem estresse.

No sentido de promover o bem-estar e a Defesa Sanitária Animal, desenvolvemos ações e realizamos capacitações em educação sanitária, fomentando, entre outros programas nacionais e estaduais, o Programa de Defesa e Educação Sanitária Animal da Emater/RS-Ascar, elaborado e implantado em 2018, em parceria com a atual Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor.

As Boas Práticas de Produção Agropecuária vão além da tradicional Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) que a EmaterRS-Ascar presta aos pecuaristas familiares. Seguindo na avaliação e apresentação da nossa Gestão, importante destacar que somente no ano passado, em 2018, realizamos 6.200 ações em 113 municípios gaúchos, prestando Aters para 34.050 pecuaristas familiares e, indiretamente, envolvendo um rebanho de 3.106.899 bovinos e 1.298.363 ovinos no RS.

Com a proposta de constituir 170 Unidades de Pastoreio Rotativo em Campo Nativo, elaboramos e desenvolvemos os projetos de Promoção e Difusão de Tecnologias para Agricultura de Baixo Carbono e Sistemas de Transição no RS, através de convênio Mapa/SDR no valor de R$ 815.783,67 durante 18 meses; e o Projeto Manejo Conservacionista em Campo Nativo por Meio de Pastoreio Rotativo em Estabelecimentos da Pecuária Familiar do RS, através de contrato com a CPFL Renováveis, no valor de R$ 968.604,16 e com duração de 36 meses.

Acordos de Cooperação foram assinados e formalizados em nossa Gestão com a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), para teste de qualidade (micronagem) da lã ovina e capacitações conjuntas; com a Embrapa Bagé - Projeto Polo de Excelência em Genética Bovina para raças taurinas (PoloGen), que visa ao melhoramento genético dos rebanhos; com o Instituto Plan Agropecuário do Uruguai (IPA), para troca de experiências e capacitações conjuntas; e com a Associação Sulina de Criadores de Búfalos (Ascribu), para capacitações conjuntas e divulgação da cadeia de bubalinocultura.

Na Bovinocultura de Leite, monitoramos os resultados alcançados nas propriedades em que priorizamos o atendimento intensivo de Aters, nas quais comprovamos avanços e melhorias na qualidade e quantidade de leite produzido, aumento de produtividade e de receita bruta/ano. Em relação à produtividade, passamos, em 2015, de 14,8 litros de leite por vaca/dia para, em 2017, 17,8 l/vaca/dia, um incremento que se reflete na produção e na renda das famílias e que pode ser comprovado através do E-book sobre produção de leite, lançado na Expointer do ano passado, acessado no link http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/teses/Producao_leite_RS.pdf.

Com essa atenção que dispendemos para a pecuária familiar seguimos prestando a Aters e capacitando a mão de obra para garantir o incremento de renda e a melhoria das condições de vida das famílias rurais, de forma a tornar a propriedade e as comunidades ainda mais atraentes social, ambiental e economicamente, para manter os jovens no meio rural e prosseguir contribuindo para o desenvolvimento sustentável da agropecuária gaúcha. Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar

DESTAQUES Excesso de chuvas na Fronteira Oeste prejudicam as culturas

Milho: boas expectativas para a safra que inicia em breve

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 3, 17 jan. 2019

Condições Meteorológicas

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 10/01/2019 A 16/01/2019

Nos últimos sete dias novamente ocorreram chuvas fortes, valores elevados em

algumas regiões do Estado. Na quinta (10) e sexta-feira (11), a presença de uma área de

baixa pressão provocou chuva, com temporais isolados e altos volumes acumulados. No

sábado (12) e domingo (13), as temperaturas e a umidade permaneceram elevadas, o que

favoreceu a ocorrência de pancadas de chuva, típicas de verão em todo Estado. Entre a

segunda (14) e quarta-feira (16), a propagação de uma frente fria estimulou a formação de

áreas de instabilidade, com ocorrência de chuva intensa em várias localidades.

Os volumes de precipitação superaram 50 mm em praticamente todo Estado. Na

Campanha, Fronteira Oeste e em locais isolados das demais regiões os valores superaram

100 mm em vários municípios e novamente superaram 200 mm em algumas localidades, o

que provocou inundações e danos em áreas agrícolas. Os totais mais elevados registrados na

rede de estações INMET/SEAPI ocorreram em Caçapava do Sul (105 mm), Barra do Chuí (112

mm), Pelotas (120 mm), Canguçu (132 mm), Santiago (134 mm), Maquiné (142 mm), Dom

Pedrito (161 mm), Cruz Alta (163 mm), Bagé (182 mm), Hulha Negra (200 mm), Santana do

Livramento (216 mm), São Gabriel (217 mm), Quaraí (223 mm), Uruguaiana (243 mm) e

Alegrete (268 mm).

A temperatura mínima ocorreu no dia 11/01 em São José dos Ausentes (15,1°C) e a

máxima da semana foi observada em Campo Bom (37,3°C) no dia 15/01.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 4, 17 jan. 2019

OBS.: Valores de chuva registrados até às 10h do dia 16/01/2019.

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 17/01/2019 A 23/01/2019

A semana entre 17 e 23 de janeiro ainda deverá apresentar chuva forte em algumas

regiões. Na quinta (17) e sexta-feira (18), a propagação de uma nova área de baixa pressão

provocará chuva em todo Estado, com risco de temporais isolados e volumes elevados em

vários municípios. Entre o sábado (19) e a terça-feira (22), o tempo deverá ficar seco na

maioria das áreas do território gaúcho, porém as temperaturas e a umidade permanecerão

elevadas, e poderão ocorrer pancadas de chuva, típicas de verão em algumas áreas. Na

quarta-feira (23), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva e trovoadas, com

risco de temporais isolados, principalmente na Metade Sul, Fronteira Oeste e nas Missões.

Os totais previstos superarão 60 mm em grande parte dos municípios do RS. Na Zona

Sul, Campanha, Fronteira Oeste e nas Missões os valores deverão oscilar entre 80 e 100 mm.

No Alto Uruguai, os totais deverão superar 120 mm acumulados.

Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 5, 17 jan. 2019

Grãos

Arroz

Para a cultura do arroz, predomina no Estado a fase de desenvolvimento vegetativo

com 68% das lavouras e 25% em floração. A cultura apresenta desenvolvimento normal e

adequado e condição fitossanitária boa, excetuando-se áreas onde ocorreu o alagamento

pelo transbordamento de rios e arroios, especialmente na Fronteira Oeste e na Campanha.

Nestas áreas será necessário aguardar a redução do nível dos rios para avaliar a situação dos

cultivos atingidos por enchentes. Até o momento as lavouras mostram um bom stand de

plantas e o vigor também é considerado bom.

As lavouras estão sendo manejadas com adubação em cobertura e irrigação, com

aplicação de herbicidas pós-emergentes e fungicidas, bem como a segunda aplicação de

cobertura com nitrogênio.

Dias nublados e falta de luminosidade por um longo período poderão ocasionar

perdas significativas, mesmo em áreas que não sofreram enchentes. As equipes da Emater,

juntamente com as parcerias nos municípios, estão acompanhando o desenvolvimento das

lavouras e uma avaliação mais segura das consequências destes eventos climáticos só será

possível após a retomada da normalidade do clima para esta época do ano.

Fases da cultura do arroz no Rio Grande do Sul

Arroz 2018 Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 17/01 Em 10/01 Em 17/01 Em 17/01

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Vegetativo 68% 79% 66% 73%

Floração 25% 15% 27% 22%

Enchimento de grãos 7% 6% 7% 5% Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.

O preço na semana praticado médio foi de R$ 39,83/sc. de 50 quilos, representando

um aumento de 0,23% em relação à semana anterior.

0,23

-0,80-2,50

-18,35

-21,13

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média janeiro

%

Variação percentual em relação à...

Preço Médio Arroz Semana de 17 de janeiro = R$ 39,83 (50kg)

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

Na semana Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Médiajaneiro

39,83 39,74 40,15 40,85

48,7850,50

R$

Arroz - Preço Médio Pago ao Produtor - R$/saca 50kg

Obs: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior:Valor Nominal

Ano Anterior e Médias (2014-2018): Corrigidas IGP-DI

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 6, 17 jan. 2019

Milho

A cultura do milho no Estado está principalmente no estádio de enchimento de

grãos, na região da Produção, variando nas regiões. Já nas áreas próximas ao Rio Uruguai

houve início da colheita, mas avançou pouco na semana em função das chuvas. O bom

desenvolvimento da cultura tem resultado em boa produtividade inicial, com expectativa de

8.400 kg/ha na região.

Fases da cultura do milho no Rio Grande do Sul

Milho 2018 Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 17/01 Em 10/01 Em 17/01 Em 17/01 Plantio 100% 99% 100% 100%

Germinação/Des. Vegetativo 22% 23% 24% 23%

Floração 14% 15% 14% 15%

Enchimento de grãos 35% 38% 32% 34%

Maduro e por colher 17% 18% 16% 17% Colhido 12% 6% 14% 11%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.

O milho destinado para silagem apresenta oscilação no rendimento. No município de

Catuípe, medições realizadas mostraram as grandes diferenças entre lavouras, variando

entre 25 e 70 t/ha, principalmente por fatores como fertilidade do solo, adubação,

variedade e densidade.

O milho safrinha está sendo implantado no Estado, principalmente em áreas que

tiveram colheita da cultura do fumo e do feijão 1ª safra.

Mercado (saca de 60 kg)

O preço praticado na semana no Estado para a saca de milho teve uma pequena

redução (1,27%), cotado a R$ 33,49/sc. na média. A cotação para o produto disponível em

Cruz Alta manteve-se a R$ 38,00/sc.

Soja

26,00

27,00

28,00

29,00

30,00

31,00

32,00

33,00

34,00

35,00

36,00

Na semana Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Médiageral

Médiajaneiro

33,4933,92

33,99

29,70

35,2434,56

R$

Milho - Preço Médio Pago ao Produtor - R$/saca 60kg

Obs:Obs: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior:Valor Nominal

Ano Anterior e Médias (2014-2018): Corrigidas IGP-DI

-1,27-1,47

12,76

-4,97

-3,10

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

10

12

14

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média janeiro

%

Variação percentual em relação à...

Preço Médio Milho Semana de 17 de janeiro = R$ 33,49 (60kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 7, 17 jan. 2019

O clima com chuvas generalizadas no período, associado às altas temperaturas,

proporcionaram um bom crescimento e desenvolvimento das plantas. O crescimento rápido

preencheu os espaços em áreas que ficaram com baixa densidade, finalizando, assim, as

pulverizações de herbicidas em pós-emergência para controle de ervas daninhas. No geral, o

desenvolvimento está normal. No entanto, na região da Produção, os problemas no plantio

apresentam um atraso no desenvolvimento das lavouras, comparado aos anos de

normalidade na instalação da cultura.

Fases da cultura da soja no Rio Grande do Sul

Soja 2018 Fases

Safra atual Safra anterior Média* Em 17/01 Em 10/01 Em 17/01 Em 17/01

Plantio 100% 100% 100% 100% Germinação/Des. Vegetativo 53% 68% 56% 55%

Floração 35% 27% 33% 35%

Enchimento de grãos 12% 5% 11% 10% Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.

Quanto aos estádios fenológicos, no Estado a maior parte das lavouras está em

desenvolvimento vegetativo, 35% das áreas está em floração e 12% em início da granação.

Os tratos culturais com fungicida foram intensos, visando prevenir a ocorrência de doenças,

especialmente da ferrugem asiática, devido à constatação de focos no Estado. A entrada em

algumas lavouras foi dificultada pela alta umidade. Essa atividade de aplicação fungicida

deverá seguir pelos próximos 45 dias, variando entre lavouras e nos intervalos

recomendados entre uma aplicação e outra, acarretando um aumento de aplicações de

fungicidas nesta safra. Em uma área no município de Cerro Largo, Unidade de Referência

com acompanhamento e monitoramento, na amostra de folhas da cultura coletadas dia 08

de janeiro e analisadas no laboratório da UFFS, detectou-se a presença de ferrugem.

Em relação aos ataques do tamanduá da soja e de lagartas, estes diminuíram em

relação à semana anterior, embora com algumas aplicações de inseticidas.

Cultivares de soja superprecoces de ciclo indeterminado serão colhidos em final de

janeiro, possibilitando o plantio de safrinha em 2019. No entanto, em Porto Lucena algumas

áreas já foram colhidas.

Nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste ocorreram volumes acentuados de

chuva na última semana, provocando alagamentos e enchentes, com possíveis perdas na

produção. No município de Dom Pedrito, da área estimada de soja está sendo avaliado

perdas nas áreas alagadas. Na região de Santa Maria, nos municípios de São Pedro do Sul,

Mata e São Vicente do Sul, foi identificado áreas de soja que sofreram alagamento e deverão

sofrer perdas significativas de produtividade, afetando alguns produtores, mesmo sem

maior influência nas projeções totais de produção e produtividade do Estado por se tratar de

um percentual pequeno do total da área cultivada no RS.

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

Nasemana

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Médiageral

Médiajaneiro

70,75 71,4672,43

68,23

81,37 82,66

R$

Soja - Preço Médio Pago ao Produtor - R$/saca 60 kg

Obs: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior:Valor Nominal

Ano Anterior e Médias (2014-2018): Corrigidas IGP-DI

-0,99

-2,32

3,69

-13,05

-14,41-16

-14

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média janeiro

%

Variação percentual em relação à...

Preço Médio Soja semana de 17 de janeiro = R$ 70,75(60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 8, 17 jan. 2019

Mercado (saca de 60 kg)

A cultura foi cotada na semana pelo preço médio de R$ 70,75/sc., uma redução de

0,99% em relação à semana anterior. Preços do produto disponível foram:

- Cruz Alta manteve-se em R$ 73,50/sc.

- Passo Fundo R$ 76,50/sc.

Feijão 1ª safra

A cultura do feijão 1ª safra está se encaminhando para colheita, com 42% da área

estimada para o Estado colhida. A colheita de feijão 1ª safra está finalizada nas regiões do

Norte do Estado e em outras se encaminha para o final. No geral, a safra obteve

produtividade boa, com exceção nas regiões do Rio da Várzea e do Médio Alto Uruguai,

onde, em função de chuvas excessivas no momento da floração, a produtividade totalizou 1

tonelada por hectare.

Áreas novas estão sendo implantadas, representando 20% das áreas em germinação

e desenvolvimento vegetativo. Na Fronteira Noroeste e Missões, as últimas chuvas estão

beneficiando o plantio das lavouras de safrinha, propiciando uma boa germinação e um bom

desenvolvimento vegetativo.

Fases da cultura do feijão 1ª safra no Rio Grande do Sul

Feijão 1ª safra 2018 Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 17/01 Em 10/01 Em 17/01 Em 17/01 Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Vegetativo 20% 24% 28% 26%

Floração 13% 14% 17% 11%

Enchimento de grãos 13% 14% 10% 13%

Maduro e por colher 12% 13% 10% 14% Colhido 42% 35% 35% 36%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.

O mercado para o feijão teve aumento de cotação no Estado, chegando a ser

comercializado a R$ 141,76 a saca de 60 quilos, um incremento de 1,75% no preço em

relação à semana anterior.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 9, 17 jan. 2019

Sorgo

De maneira geral, o clima quente com chuvas está garantindo excelente stand e

desenvolvimento vegetativo das plantas, porém dados preliminares indicam danos pontuais

relativos ao excesso de chuvas, especialmente em áreas com maior declividade, onde

ocorreram processos erosivos que removem plantas recém-emergidas, solo e fertilizantes,

além de danos decorrentes do acúmulo de água em lavouras próximas de arroios ou de

áreas de várzeas.

Alguns produtores tecnificados realizam aplicação de herbicidas à base de atrazinas e

ureia. Com o crescimento rápido, ocorre o sombreamento do solo e a menor incidência de

ervas daninhas.

Hortigranjeiros

SITUAÇÕES REGIONAIS

De maneira geral, as culturas de folhosas na região da Campanha estão com bom

desenvolvimento, porém os altos volumes de chuva da última semana reduziram o

crescimento, baixando a qualidade das plantas e provocando o surgimento de doenças. Em

geral, a irrigação foi suspensa durante a semana nas culturas das folhosas e hortaliças.

Repolho em colheita e início de novos plantios. Finalizando plantio de melões,

melancias, abóboras, pepinos e morangas. Mandioca e batata em desenvolvimento

vegetativo.

Neste período, os produtores utilizam sombrite em razão da luminosidade e elevação

da temperatura. Seguem serviços de encanteiramento e transplante de mudas. Atualmente,

as principais culturas produzidas e ofertadas são alface, couve, rúcula e tempero verde, bem

como melão, tomate, pimentão e morango, este último alcançando preço de venda ao

consumidor de R$ 20,00/kg.

30,00

50,00

70,00

90,00

110,00

130,00

150,00

170,00

190,00

210,00

Na semana Semanaanterior

Mêsanterior

Ano anterior Média geral Médiajaneiro

141,76 139,35 141,64 142,48

203,69 208,87

R$

Feijão - Preço Médio Pago ao Produtor - R$/saca 60 kg

Obs: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior:Valor Nominal Ano Anterior e Médias (2014-2018): Corrigidas IGP-DI

1,730,08

-0,51

-30,40-32,13-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média janeiro

%

Variação percentual em relação à...

Preço Médio Feijão Semana de 17 de janeiro = R$ 141,53 (60kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 10, 17 jan. 2019

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, produtores de olerícolas seguem

realizando o plantio, porém de forma reduzida em função das altas temperaturas. Os

produtores estão efetuando também tratos culturais e controle de invasoras. Os cultivos de

tomates, feijão vagem, abóbora, pepino e pimentão apresentam bom desenvolvimento, com

boa produção, sendo realizada a colheita e comercialização de tomate, pimentão e pepino,

de estufa e de campo. As vendas de olerícolas, no geral, estão boas, sendo puxadas

principalmente por rúcula e tempero verde, que estão com boa produção, assim como

alface e repolho. Nas áreas protegidas, os agricultores estão realizando o controle de pragas,

como é o caso do trips. Nas áreas de hidroponia, os sistemas também estão sendo um pouco

prejudicados em função do aumento da temperatura da água da solução. Melancia e melão

são culturas em plena colheita.

No Litoral Norte, neste período do ano, as atividades dos agricultores com as

folhosas se restringem às pequenas áreas destinadas ao comércio das praias, com entregas

em quiosques e venda nas ruas e casas, com valor de venda direta bom. Agricultores que

possuem área maior e que costumam plantar em maior escala, repolho, brócolis, cenoura e

beterraba, entre outros, estão com as terras em descanso, aguardando plantio da nova safra

em início de março.

A área de tomate cereja, cultivado em sistema protegido, foi expandida para atender

a demanda dos mercados do Litoral. Espera-se uma produtividade de 4 a 5 quilos por pé. O

preço de comercialização atualmente é de R$ 5,00/kg. Os produtores de tomate a campo

estão com ótimo desenvolvimento da cultura. Algumas áreas já estão sendo colhidas, com

produtividade média de 7 quilos por planta.

Nesta época do ano, a produção da alface e de outras olerícolas na região Central é

ainda expressiva, e encontram-se em bom desenvolvimento e sem problemas fitossanitários.

O preço da dúzia de alface no mercado do município de Santa Maria ficou em R$14,00/dz. Já

em Santiago, a alface orgânica tem sido comercializada entre R$ 1,50 e R$ 2,00/pé na feira

do produtor.

A rúcula e o brócolis estão com boa aceitação no mercado e valor de comercialização

satisfatório para o produtor. Os produtores têm encontrado dificuldade para o controle de

lagarta e mosca branca. O preço da unidade vendida de rúcula em saquinho está em R$ 2,50

e unidade de brócolis por R$ 4,00.

OLERÍCOLAS

Batata

A colheita continua sendo realizada dentro da normalidade para a cultura. Preço

pago ao produtor é de R$ 50,00/sc. de 50 quilos para batata rosa e batata branca na região

Nordeste. Produto colhido é de boa qualidade, com tubérculos de tamanhos reduzidos.

Cebola

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A safra da cebola neste ano apresenta boa qualidade e boa produção. A

produtividade na região Sul alcançou média de 35.000 kg por hectare, até o momento. A

colheita deve finalizar nos próximos dias.

O preço da safra é favorável, com expectativa de elevação, sendo o praticado na

região da Produção a R$ 1,20/kg. Produto destinado à indústria entre R$ 0,45 e R$ 0,55/kg.

Já na região Sul o preço ficou estável entre R$ 1,30 e 1,50/kg.

Tomate

As condições climáticas dos últimos dias com alta umidade, por causa de chuvas

diárias e calor bastante pronunciado, têm tido efeitos adversos na cultura. Para as lavouras

conduzidas a campo aberto, na região Serrana, a situação é bastante preocupante quanto à

sanidade dos tomateiros e à exigência de cuidados redobrados nos tratamentos

fitossanitários. Para os cultivos protegidos, as chuvas recorrentes têm trazido benefícios no

tocante à redução da temperatura interna e aumento da umidade relativa do ar, deixando o

ambiente menos agressivo para o seu desenvolvimento e produção. Está finalizado o

transplantio da safra do tarde e a safra do cedo está em plena colheita.

Aumento da oferta de frutos vem acarretando um momento de fluxo comercial

arrevesado e precificações já estão reagindo e saindo do patamar abaixo dos custos de

produção. Preços médios na propriedade para caixa de 22 quilos: Longa Vida e Saladete R$

35,00 e Gaúcho R$ 50,00/cx.

FRUTÍCOLAS

Uva

No Rio da Várzea e Médio Alto Uruguai, aproximadamente 50% dos pomares estão

colhidos. As uvas estão com boa qualidade e aspecto visual, atrativas para os consumidores.

Os preços variam de R$ 1,40 e R$ 2,00/kg.

Nesta safra, parte dos agricultores está buscando enquadramento no processo de

rastreabilidade de frutas frescas, conforme normas vigentes de comercialização (Instrução

Normativa Conjunta Nº 2, de 7 de fevereiro de 2018) e, assim, passíveis de comercializar a

produção em centros maiores e agregar valor na produção.

A colheita na região da Produção e região Celeiro de variedades mais precoces

(Niágara), cultivadas em ambiente protegido, iniciou semana passada. No geral, alguns

parreirais apresentam ataque de míldio, ocasionando queda de bagas, nesta fase de início de

maturação. Há a necessidade de maiores períodos de sol para melhorar a qualidade do

produto. A intensificação da colheita se dará a partir do dia 20 de janeiro (Niágara, Bordô e

Francesa).

Pêssego

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Os pomares das regiões Nordeste e Serra encontram-se basicamente colhidos. A

safra foi comercializada por preço médio de R$2,30 e R4 2,50/kg nestas regiões,

respectivamente. Na Serra, as últimas colheitas de variedade Barbosa e Eragil, estão sendo

afetadas pelo calor e chuvas frequentes, ocasionando incidência da podridão parda,

principal fitopatia da cultura, principalmente nos pomares atingidos pelo granizo de

outubro, elevando os índices de descarte e, consequentemente, de produtividade da

cultura, com perda de 20.000 toneladas da fruta. Houve redução no potencial produtivo, em

virtude do frio que se estendeu com formação de geadas tardias.

As últimas frutas colhidas também tiveram problemas com a mosca-das-frutas, que

teve sua população fortemente incrementada nas últimas semanas, exigindo dos produtores

estado de alerta no seu controle. Para as propriedades não afetadas pelo granizo, foi uma

safra excelente em qualidade das frutas, rendimentos físicos e preço.

Na região Sul está sendo finalizada a colheita, restando alguns pomares com

cultivares tardias, como a cultivar Eldorado. Após a colheita, os produtores procedem a

aplicação de ureia nos pomares. Nesta região, essa safra apresentou problemas com a morte

precoce de plantas, sendo considerada safra ruim, tanto em quantidade como no preço pelo

quilo da fruta. A safra na região Sul não deverá superar os 28 milhões de kg.

Morango

A região Sul implantou 50,37 hectares da cultura no ano. A cultura apresenta ataque

intenso de pragas. Preços pagos aos produtores entre R$ 8,00 e 12,00. De acordo com as

características produtivas das cultivares de dias neutros, acontece o período de menor

oferta de morangos, com expectativa de aumento de produção a partir do dia 15 de janeiro.

Cultivares de dias curtos estão com a colheita encerrada. Plantas com emissão de estolões.

A colheita da produção de solo está encerrada no município de Turuçu, pois grande

parte das famílias também produz fumo e, nesta época, com o início da colheita do fumo, há

priorização de mão de obra para esta cultura. Produção fora do solo com boa floração e

frutificação neste município.

Banana

Os bananais estão em produção. A banana em fase de colheita está com boa

qualidade. Os bananais do Litoral Norte são de cultivar Prata, em cerca de 80% da área e 20

% de Caturra.

A produtividade média atualmente na região atinge 10 toneladas por hectare, com

quantidade normal para a época.

Os preços no mercado local no litoral para caixa de 20 quilos foram cotados a:

- Prata: R$ 30,00/cx. de primeira qualidade e R$ 15,00/cx. de segunda qualidade.

- Caturra: R$ 12,00/cx. de primeira qualidade e R$ 6,00/cx. de segunda qualidade.

Em Morrinhos do Sul, o preço pago ao produtor para o quilo de banana Prata

orgânica tem variado de R$ 1,80 a R$ 2,00/kg. Os preços de venda direta, nas feiras do

produtor varia entre R$ 3,00 e R$ 4,50/kg.

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Citros

A produção de citros (bergamotas e laranjas) está na entressafra, em fase de

desenvolvimento de frutos. A sequência de dias com grande quantidade de chuvas ocorridas

na região do Vale do Caí, durante o mês de janeiro, continua proporcionando bom

desenvolvimento dos frutinhos em todas as cultivares. A sanidade das plantas e dos

frutinhos em desenvolvimento apresenta ótimo estado fitossanitário até o momento.

Continua a realização de tratamentos para o controle de doenças fúngicas, com destaque

para o controle da pinta preta.

Continua sendo realizado o raleio nas bergamoteiras. As frutas retiradas no raleio

podem ser adquiridas por empresas da região, que extraem da casca das bergamotinhas

verdes o óleo essencial. O início da compra está previsto para o dia 20 de janeiro.

Entretanto, com uma perspectiva de preços baixos, a maioria dos citricultores não deverá

efetuar a venda da bergamotinha verde, realizando o descarte das mesmas no solo. O raleio

já está concluído na variedade Satsuma e as primeiras frutas começarão a ser colhidas no

mês de março. Para a variedade Caí, o raleio recém iniciou.

Em Maximiliano de Almeida ocorre comercialização apenas da laranja da variedade

Folha Murcha para o mercado. Laranja indústria não foi comercializada devido ao início da

colheita da uva e, a partir daí, as indústrias de suco da Serra começam a processar uva. O

preço da laranja subiu devido à finalização da safra até o fim do mês. Segue os tratos

culturais nos pomares para a próxima safra.

COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da

Ceasa/RS, tivemos 21 produtos estáveis em preços, nove em alta e cinco em baixa.

Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos

que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Nenhum produto destacou-se em alta

ou em baixa.

A semana inicia com movimentos comerciais moderados, balizados por pequenas

elevações ou quedas nas cotações. Dos produtos que elevaram suas cotações em relação à

semana anterior, enfatizamos o grupo das folhosas, entre elas o agrião, a alface e o

espinafre. Isso se justifica pela menor presença destas hortaliças no mercado devido às

temperaturas elevadas e condições climáticas adversas. Por outro lado, entre os produtos

que sofreram redução em seus preços de atacado, comentamos sobre a vagem e o brócolis,

no qual ambos encontram-se na curva natural de declínio dos preços, ou seja, período em

que a oferta está sendo retomada impulsionando as cotações para baixo.

Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta Unidade 08/01/2019 15/01/2019 Aumento (%)

Agrião molho 0,67 0,83 23,88

Alface pé 0,67 0,83 23,88

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 14, 17 jan. 2019

Cebola nacional kg 1,75 2,00 14,29

Espinafre molho 1,25 1,50 20,00

Maçã Fuji kg 3,61 4,17 15,51

Mamão Formosa kg 3,20 3,50 9,38

Manga kg 2,50 3,00 20,00

Morango kg 7,00 8,00 14,29

Tomate Caqui longa vida kg 2,25 2,50 11,11

Produtos em baixa Unidade 08/01/2019 15/01/2019 Redução (%)

Abacate kg 4,72 3,89 - 17,58

Batata Doce kg 2,00 1,75 - 12,50

Beterraba kg 2,00 1,75 - 12,50

Brócolis unidade 2,08 1,67 - 19,71

Vagem kg 5,00 4,00 - 20,00 Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.

Outras Culturas

Fumo

A cultura do fumo está em pleno desenvolvimento. Fumicultores, na sua grande

maioria, já realizaram a capação e estão realizando a colheita das folhas e sua secagem. A

cultura apresenta produção, produtividade e qualidade satisfatórias, trazendo uma

expectativa de safra boa.

Neste momento há grande demanda por mão de obra familiar, porém é insuficiente,

e assim são contratados diaristas e safristas. Em Pelotas a colheita está intensificada, porém

sem informação de preços.

Já na região do Baixo Vale do Rio Pardo, o clima chuvoso da semana atrapalhou a

colheita do fumo. A cura do tabaco burley é dificultada devido a alta umidade relativa do ar.

Nesta região muitas lavouras já foram totalmente colhidas e semeadas com milho e soja.

Criações

PASTAGENS

As pastagens nativas e cultivadas continuam com bom desenvolvimento e produção

de massa verde, favorecidos pelo clima. Com isso, propiciam aos animais alimentos

volumosos em boa quantidade e qualidade.

BOVINOCULTURA DE CORTE

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1537, p. 15, 17 jan. 2019

Os rebanhos de gado para corte, em todo o Estado, mantém um bom estado físico. A

boa produção dos pastos tem propiciado ganho de peso.

No aspecto sanitário, registra-se o aumento da incidência de parasitos internos

(vermes) e, especialmente, de externos – carrapatos, bicheiras, bernes, mosca do chifre.

Com isso, o manejo nessa área se intensifica, com uso interno e externo de medicamentos,

para manter a sanidade dos animais.

Outro destaque do momento fica por conta do manejo reprodutivo, envolvendo as

atividades do período de entoure e inseminação artificial.

Comercialização

Nesta semana, o preço médio do boi para abate aumentou 1%, passando o kg vivo de

R$ 5,00 para R$ 5,05. O quilo vivo da vaca para abate também aumentou o seu preço médio,

indo de R$ 4,26 para R$ 4,31, ficando assim 1,17% maior que na semana anterior.

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os rebanhos leiteiros apresentam um bom estado corporal, compatível com a época

do ano.

Já, para a manutenção de um bom estado sanitário, tem sido exigida uma atenção

especial para o controle de parasitoses externas e internas, com o manejo e uso de

medicamentos. Isso, porque as condições climáticas de umidade e calor favorecem a

multiplicação dos parasitos, que passam a atacar os animas com mais intensidade.

O manejo alimentar das vacas leiteiras tem ocupado, também, especial atenção dos

criadores, visando evitar a queda de produção. Mesmo com a boa disponibilidade de massa

verde das pastagens, o calor prejudica a disposição dos animais para realização do pastejo,

além de causar estresse. A suplementação alimentar no cocho, o acesso a áreas sombreadas

e a oferta permanente de água potável são de fundamental importância, neste momento.

Segue a produção de silagem de milho, com um bom rendimento, no geral.

Comercialização

O preço do leite pago ao produtor, nesta semana, registrou uma queda de 0,91% em

relação à semana anterior, caindo de R$ 1,10 para R$ 1,09 o litro.

OVINOCULTURA

Os rebanhos apresentam boa condição corporal, como resultado da boa oferta

alimentar encontrada nos campos, nas diversas regiões do Estado.

No manejo sanitário, os procedimentos para controle de verminoses, sarna, piolho e

miíases continuam ocupando especial atenção dos ovinocultores.

Comercialização

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O preço do cordeiro para abate no RS continuou caindo nesta semana. O preço

médio do kg vivo passou de R$ 6,33 para R$ 6,28 – uma queda de 0,79%.

SUINOCULTURA

Após os aumentos de fim de ano e um pequeno período de estabilidade, o kg vivo do

suíno tipo carne diminuiu 1,58%, nesta semana: foi de R$ 3,16 para R$ 3,11.

APICULTURA

Em vários locais, o excesso de chuvas e ventos fortes, ocorridos na semana,

prejudicaram as atividades das colmeias.

A produção de mel da safra de primavera continua boa.

Comercialização

Os preços do mel continuam estáveis. Na venda direta ao público realizada pelos

apicultores, o mel vendido em embalagens de 1 kg registra uma grande variação de preços,

dependendo da região do Estado e do município, ficando na semana entre R$ 13,00 e R$

25,00.

PISCICULTURA

Em vários locais, estão sendo adquiridos alevinos para o repovoamento dos açudes.

Nos açudes povoados, os peixes apresentam, no geral, um bom desenvolvimento.

Comercialização

Na região de Porto Alegre, durante a semana, o preço médio do kg vivo do pescado,

vendido na propriedade, ficou entre R$ 5,50 e R$ 6,50, para a Tilápia, e de R$ 6,00 a R$ 8,00,

para a Carpa. Nas feiras, o preço do kg vivo da carpa ficou entre R$ 13,00 e R$ 14,00 e na

Feira do Produtor o filé de Tilápia foi vendido por R$ 25,00 o kg.

Na região de Erechim, o preço do kg vivo da Carpa variou de R$ 6,00 a R$ 10,00 e filé de

Tilápia foi vendido por R$ 25,00 o kg.

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Preços Semanais

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES (nº 2058, 17 jan. 2019)

Produtos Unidade

Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior

Ano Anterior

Médias dos Valores da Série Histórica –

2014/2018

17/01/2019 10/01/2019 20/12/2018 18/01/2018 GERAL DEZEMBRO

Arroz 50 kg 39,83 39,74 40,15 40,85 46,78 50,50

Boi kg vivo 5,05 5,00 4,97 5,44 5,97 6,14

Cordeiro kg vivo 6,28 6,33 6,34 6,69 6,44 6,50

Feijão 60 kg 141,76 139,56 141,64 142,48 203,69 208,87

Leite litro 1,09 1,10 1,12 1,01 1,22 1,18

Milho 60 kg 33,49 33,92 33,99 29,70 35,24 34,56

Soja 60 kg 70,75 71,46 72,43 68,23 81,37 82,66

Sorgo 60 kg 27,90 27,90 27,60 22,04 29,79 29,95

Suíno kg vivo 3,11 3,16 3,05 3,51 4,29 4,51

Trigo 60 kg 40,11 40,13 39,75 34,14 39,87 39,25

Vaca kg vivo 4,31 4,26 4,17 4,63 5,28 5,49

14-18/01 07-11/01 17-21/12 15-19/01

Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2058 17 jan. 2019 Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2014-2018. Índice de correção: IGP-DI (FGV).

Notas Agrícolas

Molécula de planta inibe divisão de célula cancerígena

"Apesar da pressa em gerar soluções, deve-se considerar que o desenvolvimento de drogas

é um processo longo e complexo"

Cientistas da Universidade Autônoma da Benemérita de Puebla (BUAP), no México,

descobriram que uma molécula obtida de uma planta conhecida como "Cabeza de Negro"

(Dioscorea mexicana) diminui significativamente a divisão das células cancerígenas. As

plantas do gênero Dioscorea são tubérculos que crescem em vários estados do México.

Félix Luna Morales, pesquisadora da Faculdade de Ciências Químicas e líder do

projeto, explica que o interesse em estudar os efeitos farmacológicos da diosgenina nasceu

devido à escassa informação científica publicada sobre a molécula e à grande diversidade de

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usos empíricos da molécula. No Laboratório de Neuroendocrinologia eles avaliam suas

propriedades farmacológicas no desenvolvimento celular em ratos.

"Apesar da pressa em gerar soluções, deve-se considerar que o desenvolvimento de

drogas é um processo longo e complexo, que inclui várias etapas, desde a obtenção dos

ingredientes ativos, sua purificação, até testes em animais de laboratório, mais tarde em

humanos saudáveis e em humanos doentes", explica.

Para vender as drogas também envolve a concepção de formulações, tais como

comprimidos, suspensões ou injetável, para citar alguns, e, finalmente, para monitorar seu

uso durante anos, geralmente cinco a dez, a fim de verificar a sua segurança a longo prazo.

"Embora os achados sobre a diosgenina e sua derivação revelem a possibilidade de usá-los

como tratamentos contra o câncer, ainda há muitos estudos a serem feitos; eles poderiam

até funcionar como contraceptivos”, finaliza a pesquisadora. Fonte: Agrolink (publicado em 17/01/2019).

Cresce número de registros de produtos biológicos para

uso agrícola Defesa Agropecuária

No ano passado, o Mapa autorizou o uso de 52 novos defensivos de baixa toxidade. Alguns

podem ser usados na agricultura orgânica.

Em 2018 o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) bateu o

recorde no registro de defensivos de baixa toxicidade: 52 novos produtos de um total de 450

registrados. Estes agrotóxicos de baixa toxicidade - menos nocivos à saúde humana - são

aqueles que contém organismos biológicos, microbiológicos, bioquímicos, semi-químicos ou

extratos vegetais, e podem até mesmo ser usados na agricultura orgânica.

Em 2017 foram registrados 40 produtos de baixa toxicidade somando 405

registrados; em 2016 foram 39 biológicos e 277 no total. “A variedade de produtos beneficia

muitas culturas, pois a maior parte deles são registrados para um ou mais alvos biológicos,

independente da cultivar onde estas pragas são encontradas”, explica o chefe da Divisão de

Registro de Produtos Formulados da Secretaria de Defesa Agropecuária, Bruno Cavalheiro

Breitenbach.

Segundo Breitenbach “o recorde de registro de produtos menos tóxicos é resultado

da política adotada pelo governo federal de priorizar a análise dos processos de registro

destes produtos”. Ele disse ainda que há uma maior demanda dos produtores rurais

brasileiros por alternativas menos agressivas ao meio ambiente e ao consumidor.

Com a nova política de priorizar os produtos biológicos, a demora para o registro

destes produtos foi reduzida drasticamente. Atualmente o tempo médio entre o pedido de

registro pelo interessado e a conclusão do processo varia de três a seis meses.

Atualmente existem 1.345 pedidos de registro de agrotóxicos em análise no Mapa. Além do

Ministério também analisam os pedidos os Ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e a

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Vespas

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Exemplos de defensivo biológico são algumas espécies de vespas ou fungos que ao

serem liberados nas lavouras atacam unicamente as lagartas que causam danos às culturas.

O produtor brasileiro pode então dispensar o uso de produtos químicos para travar uma

guerra biológica com as pragas, onde quem ganha é o bolso do produtor, a sociedade e o

meio-ambiente.

Na avaliação de Breitenbach o mercado dos produtos biológicos tende a aumentar,

pois têm sido observados volumes cada vez maiores de investimentos em pesquisa e

desenvolvimento, bem como um aumento do número de empresas que atuam neste

segmento.

Fonte: MAPA (publicado em 09/01/2019).