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Revista Suma Economica Consultoria e Publicações ISSN 0100-8595 - Edição 439 - Dezembro de 2014 Novos rumos? Equipe Econômica agrada mercado Nesta Edição, caderno especial sobre Previdência Complementar Aberta Estudo Setorial Revista Suma Economica ISSN 0100-8595 - Edição Especial 78 - Dezembro de 2014 Otimismo retorna à Previdência Privada A retomada do crescimento

Suma Economica · pessoal-chave de sua empresa: finanças, RH, logística, marketing, vendas, ... omada do o O ESTADO DA ECONOMIA Novos rumos? THE STATE OF THE ECONOMY New directions?

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RevistaSuma EconomicaConsultoria e Publicações

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Novosrumos?

EquipeEconômicaagrada mercado

Nesta Edição,caderno especial

sobre PrevidênciaComplementar Aberta

Nesta Edição,caderno especial

sobre PrevidênciaComplementar Aberta

Estudo SetorialRevista Suma Economica

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Otimismo retorna à Previdência PrivadaA retomada do

crescimento

Orçamento operacional e de vendas

Baixe um leitor de QR code em seu celular, aproxime o telefone do código

e aproveite as promoções no site:www.suma.com.br

Saiba como identificar e aproveitar oportunidades, controlar custos, diminuir riscos e avaliar os rumos da empresa.

Um orçamento operacional e de vendas bem feito precisa envolver todo o pessoal-chave de sua empresa: finanças, RH, logística, marketing, vendas, produção e pessoal de apoio.

Saiba como maximizar os lucros fazendo o trade-off entre preços e quantidade de vendas, como preparar a matriz de preços de sua empresa para atingir o melhor resultado financeiro. Aprenda melhorar o mix de seus produtos e fazer a estratégia de preços.

O planejamento do orçamentário é um diferencial que determina muitas vezes o sucesso ou fracasso de uma empresa. Aprenda a calcular todos os aspectos essenciais de seu negócio, tais como a receita à vista, o cálculo das despesas proporcionais a venda, o prazo de recebimento, a projeção futura de resultados e outros.

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Revista Suma Economica 3

O Estado da Economiathe state of the economy

Novos rumos?

Orçamento operacional e de vendas

Baixe um leitor de QR code em seu celular, aproxime o telefone do código

e aproveite as promoções no site:www.suma.com.br

Saiba como identificar e aproveitar oportunidades, controlar custos, diminuir riscos e avaliar os rumos da empresa.

Um orçamento operacional e de vendas bem feito precisa envolver todo o pessoal-chave de sua empresa: finanças, RH, logística, marketing, vendas, produção e pessoal de apoio.

Saiba como maximizar os lucros fazendo o trade-off entre preços e quantidade de vendas, como preparar a matriz de preços de sua empresa para atingir o melhor resultado financeiro. Aprenda melhorar o mix de seus produtos e fazer a estratégia de preços.

O planejamento do orçamentário é um diferencial que determina muitas vezes o sucesso ou fracasso de uma empresa. Aprenda a calcular todos os aspectos essenciais de seu negócio, tais como a receita à vista, o cálculo das despesas proporcionais a venda, o prazo de recebimento, a projeção futura de resultados e outros.

R eeleita a presidente e anunciados os três principais integrantes da equipe econômica, as incertezas em relação ao futuro da economia começam a diminuir,

embora ainda seja muito cedo para avaliarmos se as metas anunciadas serão efetivamente cumpridas.

É difícil saber até que ponto a presidente efetivamente acredita em uma política de redução dos gastos públicos, e do distanciamento em relação às alas do PT que continuam acreditando que controle do orçamento e abertura da economia é uma “política de direita”, e não do bom senso, como prevalece atualmente, por exemplo, na China.

Controle da inflação, a médio e longo prazo, só se obtém com um equilíbrio dos gastos públicos. A meta anunciada de superávit primário de 1,2% do PIB significa um valor de R$ 90 bilhões a R$ 100 bilhões em economias entre receitas e gastos correntes. É muito dinheiro.

Porém, é quase nada em relação às despesas com os juros a se pagar referente à dívida pública ou em comparação com os descontroles das contas e gastos públicos. É viável e será um primeiro passo importante, que poderá fazer com que se recupere, gradualmente, a confiança no governo.

Havendo confiança, e menos gastos, em um período de 18 a 24 meses a inflação pode ficar abaixo de 4,5% ao ano, principalmente, com a redução dos preços do petróleo.

No curto prazo, contudo, só o aumento nos juros será a sinalização para o controle dos preços. A Selic, provavelmente, avançará para 12% podendo chegar a 13%. Os resultados dos juros altos, como se constatou durante toda a década de 1980, têm efeito efêmero. Pouco afeta a inflação.

Por outro lado, a remuneração das aplicações de curtíssimo prazo, com juros reais de 6% a 7% ao ano, atualmente é a melhor do mundo, a alegria de qualquer atuário. Porém, é um desestímulo aos investimentos e um multiplicador nos custos das 30 milhões de empresas - desde as de grande porte aos microempreendedores - que precisam de crédito.

Com a “Operação Lava Jato” e a desconfiança em torno das grandes empreiteiras e da Petrobras, que eram a base das 30 maiores empresas tomadoras de créditos do BNDES, é provável que um volume expressivo de crédito passe a ser direcionado para pequenas e médias empresas, embora não se possa subestimar a capacidade de “lobby” dos principais interessados e da filosofia – e em parte do interesse – da burocracia deste grande banco público, em operar com poucas e grandes empresas. O que concentra o risco de crédito, mas reduz

consideravelmente o tempo dedicado para a análise da alocação dos recursos.

Havendo uma maior pulverização nos recursos do BNDES através de toda a rede bancária, considerando que o banco não possui nem estrutura e nem pessoal para a distribuição dos recursos, a ampliação do crédito para pequenas e médias empresas pode gerar um importante aumento na oferta de bens e serviços na economia.

Por outro lado, se as atuais tomadoras de créditos no BNDES ficarem privadas de recursos, certamente abrirão uma nova era no mercado de capitais, que possui expressivos excedentes de capital, que estão alocados em dívida pública, por falta de alternativas.

Ainda sobre os juros, com o BCE – Banco Central Europeu – anunciando que fará o seu “quantitative easing” de 1 trilhão de euros, a oferta de dinheiro no mercado internacional ficará mais abundante e as taxas de juros internacionais continuarão baixas, com juros reais negativos na maior parte do mundo. Atualmente só são positivos, em apenas 1% ao ano, os juros sobre os títulos de 30 anos do Tesouro dos EUA.

Isto abre uma enorme “janela de oportunidade” para investimentos em infraestrutura. Há muito dinheiro disponível no mercado internacional, a custos reais de 1% a 3% ao ano (de acordo com o risco e a fonte do dinheiro) para projetos de longo prazo.

Apesar das oportunidades, a principal questão é: o governo permitirá as privatizações dos projetos? E, caso ocorram, serão rápidas as decisões e autorizações para a realização dos negócios?

Considerando a conjuntura atual, as principais tendências que afetarão os seus negócios são:

• PIB mundial crescendo entre 3,5 % e 4,0% em 2015.

• Aumento da liquidez mundial, com a Europa colocando 1 trilhão de euros no mercado.

• Juros baixíssimos no mercado internacional, no decorrer dos próximos anos, pois não se vislumbra no mundo grandes investimentos que possam transformar estes recursos em ativos.

• Crescimento do PIB brasileiro em torno de Zero neste ano e entre 1,0% e 2,5% em 2015.

• Dólar evoluirá, lentamente, para o patamar de R$3,00.Avelocidadedependerádainflação.

• Selic mantém trajetória de crescimento, podendo ultrapassar os 12% ao ano.

Índice

DIRETOR: Alexis Cavicchini - [email protected]

BANCO DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA: Fernando Lopes de Mello - [email protected]

COLABORAÇÃO:Alexis Cavichini Filho - Jorge Clapp

TRADUÇÃO:Melanie Siqueira

PROjETO GRAfICO E DIAGRAMAÇÃO:CRIA Comunicação - www.criavisual.com.br

DIRETORIA COMERCIAL:Salete Gondin - [email protected]

ATENDIMENTO:Luiz Cláudio - [email protected]

WEB DESIGNER/INTERNET:Alessandra Moura - [email protected]

CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE:(0xx21) 2501-2001www.sumaeconomica.com.br

CIRCULAÇÃO:Otácilio Vieira Filho

RIO DE jANEIRO: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 - Cep 20961-210Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ.Tel.: (0xx21) 2501-2001 - Fax: (0xx21) 2501-2648

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares.

Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.

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EquipeEconômicaagrada mercado

Nesta Edição,caderno especial

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Nesta Edição,caderno especial

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Estudo SetorialRevista Suma Economica

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Otimismo retorna à Previdência PrivadaA retomada do

crescimento

O ESTADO DA ECONOMIANovos rumos?

THE STATE OF THE ECONOMYNew directions?

ANÁLISE DA CONJUNTURAPIB Zero em 2014 e baixo crescimento em 2015

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03

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Novos rumos?

Equipe econômica agrada o mercado

07

BRIEFINGS

PRINCIPAIS INDICADORES

06

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FATOS, TENDÊNCIAS & OPORTUNIDADESPreçodaenergiaeseus impactos sobre os negócios

18

TAXA DE JUROSSelic entre 12 % e 13 %

20

AÇÕESPequena alta em novembro

28

PRODUÇÃO INDUSTRIALMais importados na indústria

33

CÂMBIO & COMÉRCIO EXTERIORAlternativas à Argentina

EVOLUÇÃO E PREVISÕES

FUNDOS DE INVESTIMENTO

12

24

SEGUROS

VENDAS DO COMÉRCIO

25

26

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ATUALIZAÇÃO DE ATIVOS

ESTATÍSTICA

38

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Resgates líquidos retornam

Movimento de prêmios é maior neste ano

Consumidor mantém-se poucoconfiante

ECONOMIA INTERNACIONALPIB japonês decepciona

AGRÍCOLA E COMMODITIESMais procura pelo crédito rural

A revista SUMA ECONOMICA é uma publicação mensal da COP EDITORA LTDA.Suma Economica

Revista Suma Economica 5

The State of the Economyo estado da economia

The President re-elected and the three main members of the economic team announced, uncertainties about the future of the economy

begin to decline, although it is still too early to evaluate whether the announced targets will be effectively met.

It is difficult to know to what extent the President actually believes in a policy to reduce public spending, and her disengagement from PT leaders who continue to believe that budget control and openness of the economy is a “right-wing” policy, instead of common sense, as currently prevails in China, for example.

Inflation control, in the medium and long term, can only be obtained with sound public spending. Given a set target of 1.2% of GDP for the primary surplus means R$ 90 to R$ 100 billion in savings between current revenues and expenses. It is a lot of money.

However, it is close to nothing compared to expenditure for interest to be paid on the public debt or compared to public accounts spending. It is viable, and will be an important first step, which could cause gradual trust recovery in the current government.

Confidence and decrease in spending are the foundation to get inflation down to 4.5% per year in a period of 18 to 24 months – due mainly to reduction in oil prices.

In the short term, however, increase in interest rates will be the only signal for the control of prices. Selic will probably advance to 12% and may reach 13%. High interest rates, as observed throughout the 1980s, have transient effect. They little influence inflation.

On the other hand, remuneration of short-term investments, with real interest of 6% to 7% per year, is currently world’s best, the joy of any actuary. However, it is a disincentive to investment and a multiplier in cost for 30 million companies – from large ones to small entrepreneurs – who need credit.

Operation “Lava Jato” increased mistrust around large contractors and Petrobras, which were the basis of the 30 largest corporate borrowers of BNDES loans. It is thus likely that a significant volume of credit gets directed to small and medium enterprises. Although one cannot underestimate the ability to “lobby” of key stakeholders, and preference of this huge public bank to operate with few big companies. This concentrates credit risk, but considerably reduces time devoted to analysis to allocate resources.

This could mean a bigger spread of BNDES funds throughout the banking network, whereas BNDES has neither structure nor staff to distribute so many resources. The expansion of credit to small and medium enterprises can generate a significant increase in the supply of goods and services in the economy.

On the other hand, if BNDES` current credit borrowers are deprived of resources, we will certainly face a new era in the capital market, which has significant surplus capital that is allocated to public debt, for lack of alternative.

Still on interest, with the ECB - European Central Bank - announcing they will do their “quantitative easing” of 1 trillion euros – the money supply in the international market will become more abundant and international interest rates will remain low, with real interest negative in most of the world. Currently only positive interest on 30-year bonds of the US Treasury is positive – at 1% p.a.

This opens a huge “window of opportunity” for investment in infrastructure. There is money available in the international market, at actual costs of 1% to 3% per year (according to risk and money supply) for long-term projects.

Despite opportunities, the main question is: will the government allow privatization of projects? Moreover, if any, will decisions and authorization to conduct business be fast?

New directions?

Considering the current situation, the main trends that will affect your business are:

• World GDP growing between 3.5% and 4.0% in 2015.

• Increased global liquidity, with Europe putting 1 trillion euros in the market.

• Very low interest in the international market in the coming years, for large investments that can turn these assets into resources are not currently observed.

• Growth of Brazilian GDP around zero this year and between 1.0% and 2.5% in 2015.

• Dollar evolve slowly to the level of R$ 3.00. The speedwilldependoninflation.

• Selic maintains growth trajectory and may exceed 12% per annum.

Revista Suma Economica6

Briefings

Comportamento da Demanda por crédito por parte das empresasDe acordo com o Serasa Experian, a demanda das empresas por crédito, em outubro, cresceu 12,6% frente ao mesmo mês do ano passado, mas recuou 0,7% frente ao mês de setembro. O resultado dos dez primeiros meses do ano indica alta de 5,2%.

Por porte de empresa, as micro e pequenas empresas apresentaram uma demanda 14,0% maior em outubro frente ao mesmo mês do ano pas-sado, porém com recuo de 0,7% frente ao mês de setembro. No caso das médias empresas, queda nas duas bases de comparação: de 7,4% frente a outubro de 2013 e de 0,6% comparado a setembro deste ano. Nas grandes, houve queda de 0,5% quando comparado a outubro do ano passado. No resultado acumulado, as grandes empresas mantêm a liderança na demanda por crédito, com alta de 6,5% entre janeiro e outubro.

Na análise setorizada, a demanda das empresas industriais cresceu em 8,6% frente ao mesmo mês do ano anterior. Também nas empresas de comércio e nas de serviços houve alta nesta base de comparação, de 8,6% e 14,6%, respectivamente. No resultado acumulado, após os dados de outubro o setor de serviços manteve a liderança, com alta de 7,4%.

Crescimentos significativos em todas as regiões do país frente ao mês de outubro do ano passado, com des-taque para o Centro-Oeste e para o Norte. O resultado nos dez primeiros meses do ano aponta para um cres-cimento de dois dígitos nas regiões Norte e Centro-Oeste, mas com as outras regiões também apresentando bons resultados nesta base de comparação.

Freio emergenteA Organização Mundial de Comércio divulgou em novembro um relatório que mostra a preocupação de que o comportamento da economia dos países emergentes possa impactar na recuperação do PIB e do comércio global, que podem crescer em um ritmo mais lento do que o esperado.

Para a OMC, os EUA continuarão o processo de recuperação de sua economia, contrastando com o fraco desempenho da Zona do Euro. Porém, a preocupação gira em torno dos dados para os países emergentes, sobretudo com o Brasil e com a estagnação da economia chinesa.

Dados sobre a inadimplência das empresasA inadimplência das empresas registrou alta de 4,4% em outubro tanto na com-paração com setembro quanto contra o mesmo mês do ano passado. Os dados são da Serasa Experian. O resultado acumulado do ano aponta para uma ace-leração de 7,1%.

A conjuntura econômica atual têm prejudicado as vendas e a geração de caixa por parte das empresas. Além disso, os juros altos encarem o crédito e aumentam as despesas.

Revista Suma Economica 7

Fatos, Tendências & Oportunidadesfacts, trends and opportunities

Por Alexis Cavicchini, Editor

Preço da energia e seus impactos sobre os negócios

Commodities e minério de ferroExceto pelo complexo de alimentos protéicos (soja e carnes) os preços dos produtos da agropecuária estão sofrendo com

um novo ciclo de baixa. É difícil precisar por quanto demorará a pressão sobre os preços dos alimentos, pois a demanda na Ásia continua se expandindo. Porém, no curto prazo as expectativas continuam de queda.

Em relação ao minério de ferro, com o preço abaixo de US$ 70 a tonelada, é imensa a quantidade de minas (em todo o mundo) que opera no nível de break-even ou abaixo. Portanto, a oferta tende a ser reduzir. Porém, a rentabilidade da Vale sofrerá por, pelo menos, mais um ou dois anos.

O preço do barril de petróleo alcançou US$ 70 dólares. É possível que se estabilize neste patamar ou continue caindo até os U$ 60 por barril. Neste patamar, seria antieconômica a prospecção de novos poços de óleo e gás de xisto nos EUA, que são jazidas de curto período de exploração (o pico de extração é de 18 a 24 meses).

Certamente, este é o principal objetivo da OPEP ao não reduzir a oferta de petróleo: afastar novos concorrentes.

A situação, contudo, não é fácil para os grandes produtores de petróleo, no longo prazo.

As tecnologias para energias alternativas estão evoluindo muito depressa. O custo da energia solar e da gerada pelos moinhos a vento já estão mais baratos do que a gerada por térmicas, movidas a diesel. E, pelas estimativas da indústria, dentro de cinco anos, o avanço tecnológico permitirá que estas novas energias sejam produzidas a um custo 30% inferior ao atual. O que forçaria uma baixa no preço do petróleo para US$ 49 por barril, para continuar competitivo.

Portanto, é provável que no decorrer dos próximos anos, o custo da energia se mantenha no patamar atual, ou caia. O que irá gerar um aumento expressivo na demanda por energia.

O faturamento bruto das empresas do setor tende a aumentar expressivamente em função deste aumento de demanda. Porém, as margens de lucros por unidades de energia serão menores.

As petroleiras, neste cenário, tendem a ter as suas margens reduzidas. A situação da Petrobras, no curto prazo, por um lado equilibra as suas contas, com a importação de petróleo – e derivados – a um custo menor. Porém, os seus projetos de longo prazo na exploração das reservas do pré-sal ficarão limitados à capacidade de avanços tecnológicos e à redução de custos por parte da empresa, o que não será fácil, em um horizonte em que os custos de capital e as facilidades de acesso a dinheiro por parte da empresa estão limitados no mercado financeiro e de capitais no Brasil e, principalmente, no exterior.

No Brasil, o principal impacto das restrições na Petrobras será no estado do Rio de Janeiro, onde se concentram as suas operações. Contudo, considerando que a empresa representa, atualmente, 1,6% do total da Formação Bruta de Capital Fixo (máquinas, equipamentos etc.) no país, a onda de retração nas suas atividades atingirá todas as cadeias da produção industrial.

Revista Suma Economica8

Principais Indicadoresmain index

Na comparação com o mês anterior, em %

Em %

Em R$

Em %

DESEMPENHO NA INDÚSTRIA | PERFORMANCE OF THE INDUSTRY

VENDAS NO VAREJO | RETAIL SALES BEHAVIOUR

RENDIMENTO MÉDIO DO TRABALHO | AVERAGE INCOME IN REAL TERMS

TAXA DE DESEMPREGO | UNEMPLOYMENT

In September, industrial production fell 2.1% from thesame month last year, even with one more working day.Negative emphasis on the poor performance of CapitalGoods (-7.9%) and Durable Consumer Goods (-7.3%)categories.

In September, retail sales grew 0.5% compared to thesame month last year. Positive highlight included Fuels &Lubricants and Equipment & Office Supplies. They offsetthe drop in supermarket sales.

The average worker income reached R$ 2,122.10 inOctober, growing in all regions of the country. There wasimprovement inworkers' income in the extractive industry.

In October, the unemployment rate measured by IBGE was4.7%, falling against September and against last October.Therewas stabilityin the numberofregisteredworkers.

Em setembro, a produção industrial caiu 2,1% frente aomesmo mês do ano passado, mesmo com um dia útil amais, com destaque negativo para o fraco desempenhodas categorias de Bens de Capital (-7,9%) e Bens deConsumo Duráveis (-7,3%).

Em setembro, as vendas do comércio cresceram 0,5% nacomparação com o mesmo mês do ano passado.O destaque positivo ficou para os ramos de Combustíveise Lubrificantes e de Equipamentos e Materiais deEscritório, que compensaram a queda nas vendassupermercadistas.

O rendimento médio do trabalhador chegou a R$ 2.122,10em outubro, crescendo em todas as regiões do país e comdestaque para a melhora na renda do trabalhador naindústria extrativa.

Em outubro a taxa de desemprego aberto medida pelo IBGEficou em 4,7%, caindo em relação ao mês de setembro efrente ao mesmo mês do ano passado. Houve estabilidadequanto ao número de trabalhadores com carteira assinada.

N13

J14

D F M M J JA A S

N13

J14

D F M M J JA A S

0,7 0,7

2,9

-0,2-0,2

0,4

-0,5 -0,6

-1,4

-0,3

-3,5

6,2

7,08,5

6,7

4,8

0,80,5

-1,1 -1,1-0,9

4,0

2.026,60 2.028,00

2.045,10

2.019,90 2.019,00

2.055,50

2.067,10

2.122,10

Set. Out.Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago.2014

5,0

4,9 4,9

4,8

4,9 4,9

4,7

5,0

Set. Out.Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago.2014

Revista Suma Economica 9

Principais Indicadoresmain index

Em R$ milhões

Em US$ milhões

Acumulada em 12 meses, em US$ milhões

Mês a mês, em US$ milhões

DESEMPENHO PRIMÁRIO DO GOVERNO | PRIMARY GOVERNMENT RESULT

RESERVAS INTERNACIONAIS | INTERNATIONAL RESERVES

TRANSAÇÕES CORRENTES | CURRENT TRANSACTIONS

INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO | FOREIGN DIRECT INVESTMENT

N13

J14

D F M A S OAM J J

N13

J14

D F M A A S OM J J

4.132 4.214

4.9794.9955.233

3.924

5.963

5.898

6.840

6.490

5.098

8.334

366.717368.752

373.516

376.792375.513 375.833

379.157

363.914

-3.079

-10.502

-1.946

-2.196

-10.422

-20.399

4.101

3.173

28.849

14.53212.954

16.596

Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out.

2014

The central government registered a primary surplus ofR$ 4.101 billion in October,which interrupts a sequence offive months of deficit. The accumulated result in the firstten months of the year reached a deficit of R$ 11.577billion, or 0.27% ofGDP.-

O Governo Central apresentou superávit primário deR$ 4,101 bilhões no mês de outubro, o que interrompeuma sequência de cinco meses de déficit. O resultadoacumulado nos dez primeiros meses do ano atingiu umdéficit de R$ 11,577 bilhões, ou -0,27% do PIB.

Brazilian international reserves rose again, thoughmodestly, in October, to US$ 375.8 billion. The revenueearnings on reserves totalled US$ 245 million.

As reservas internacionais brasileiras voltaram a subir,mesmo que de forma modesta, em outubro, chegando aUS$ 375,8 bilhões. A receita de remuneração das reservassomou US$ 245 milhões.

In October, the current account deficit reached US$ 8.131billion, which led the accumulated result in the first tenmonths of the year to US$ 70.7 billion. In 12 months, thetotal reached US$ 84.428 billion, or 3.73% ofGDP.-

Em outubro, o déficit em transações correntes alcançouUS$ 8,131 bilhões, o que levou o resultado acumulado nosdez primeiros meses do ano para US$ 70,7 bilhões.Em 12 meses, o total atingiu US$ 84,428 bilhões, ou-3,73% do PIB.

Foreign investment in Brazil reached US$ 4.979 billion inOctober, insufficient to cover the current account deficitin the month. For the year, FDI inflows reached US$ 51.194billion.

Os investimentos estrangeiros no Brasil chegaram aUS$ 4,979 bilhões no mês de outubro, insuficientes paracobrirem o déficit na conta corrente no mês. No ano, oingresso de IED chegou a US$ 51,194 bilhões.

S13

J14

SO ON D F M M J JA A

-79.000

-80.000

-81.000

-82.000

-83.000

-84.000

-85.000

-78.000

-84.428

Revista Suma Economica10

Principais Indicadoresmain index

Acumulada em 12 meses, em %

M4

Fechamento do mês

Em %

VARIAÇÃO DA SELIC ANUAL | VARIATION OF THE ANNUAL SELIC

MEIOS DE PAGAMENTO | BROAD MONEY

EVOLUÇÃO DA BOVESPA | STOCK MARKET

INFLAÇÃO | INFLATION

N13

O NJ14

D F M A M J J A S

J14

M13

J J JS SO ON ND F M MA AAJ6

8

9

7

10

11

12

13

46.000

48.000

50.000

52.000

54.000

56.000

58.000

62.000

60.000

M13

J14

J J J JA S SO ON ND F M A AM

M13

J14

J J J JA S SO ON D F M MA A4.200

4.400

4.300

4.500

4.600

4.700

4.800

4.900

5.000

0,290,20

0,28

0,98

0,60

0,380,78

-0,13

-0,74 -0,61

-0,27

1,67

0,48

O presidente do Banco Central será mantido no governoque se inicia em janeiro de 2015. Com isso, fortalece acorrente que acredita que a atual política monetária serámantida no curto prazo.

In October 2014, the expanded money supply in Brazilreached R$ 4.933 trillion, keeping the upward trend, withgreat influence of the quotas of investment funds andgovernment securities.

In November, the Ibovespa closed at 54664 points, a slightincrease of 0.07%. In the first eleven months of the year,the Bovespa index rose 6.13%, with the result in 12months staying at 5.44%.

The General Price Index (IGP-M) in November stood at0.98%, with influence of agricultural wholesale pricesthat rising sharply. Wholesale industrial prices, whichpresented deflation in October, returned to an upwardtrajectory.

Em outubro de 2014, os meios de pagamento ampliadosno Brasil chegaram a R$ 4,933 trilhões, mantendo atrajetória de alta, com grande influência dos das cotas defundos de investimento e dos títulos federais.

Em novembro, o Ibovespa encerrou em 54664 pontos,ligeira alta de 0,07%. Nos onze primeiros meses do ano, oIbovespa cresceu 6,13%, com o resultado em 12 mesesficando em 5,44%.

O Índice Geral de Preços (IGP-M) de novembro ficou em0,98%, com influência dos preços no atacado agropecuá-rios que tiveram grande aceleração. Os preços industriaisno atacado, que haviam apresentado deflação emoutubro,voltaram à trajetória de alta.

The President of the Central Bank will continue in thegovernment starting January 2015. Having this in mindstrengthens the belief that the current monetary policywill be maintained in the short term.

11,25

M4

4.933

54.664

Revista Suma Economica 11

Principais Indicadoresmain index

Em US$ cents/bushel

Set.2013

Jan.2014

Nov. Nov.Dez. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set.Out. Out.400

600

800

1200

1000

1400

1600

COMMODITIES | AGRICULTURAL COMMODITIES

DÓLAR/REAL | PARITY US DOLLAR/REAL

EURO/DÓLAR | PARITY EURO/US DOLLAR

BALANÇA COMERCIAL | TRADE BALANCE

The dollar continued its appreciation curve in November, for amoment over the barrier of R$ 2.60. The announcement of thenew economic team calmed down the market, lowering thedollar to R$ 2.50. Nonetheless, the statement of the President ofthe Brazilian Central Bank on foreign exchange swap policygenerated different interpretations and the market took thedollarto US$ 2.56 in November.

After closing at US$ 1.26 in October, the euro remained fairlystable against the US dollar during November, rangingbetween US$ 1.24 and US$ 1.25, closing the month atUS$ 1.246. November was another month with good data onthe US economy, which helped keep the trajectory ofappreciation ofthe US currency.

In November 2014, Brazilian exports reached US$ 15.646billion, while imports reached US$ 17.996 billion, leadingto a trade deficit ofUS$ 2.350 billion.

A moeda americana continuou a sua trajetória devalorização emnovembro, chegando a ultrapassar a barreira dos R$ 2,60. Oanúncio da nova equipe econômica deu uma acalmada nomercado, baixando o dólar a R$ 2,50, mas a declaração dopresidente do Banco Central brasileiro sobre a política de swapscambiais gerou diversas interpretações e o mercado levou amoeda americana a fecharnovembro em US$ 2,56.

Após fechar outubro em US$ 1,26, o euro manteve certaestabilidade frente ao dólar durante o mês de novembro,oscilando entre US$ 1,24 e US$ 1,25, fechando o mês emUS$ 1,246. Novembro foi mais um mês com bons dados sobrea economia dos EUA, que ajudaram a manter a trajetória devalorização da moeda norte-americana.

Em novembro de 2014, as exportações brasileirasalcançaram US$ 15,646 bilhões, enquanto asimportações chegaram a US$ 17,996 bilhões, levando aum déficit comercial de US$ 2,350 bilhões.

Soja | Soy Trigo | Wheat

Em novembro

2,45

2,50

2,65

2,55

2,60

3 4 5 6 7 10 11 12 13 14 17 18 2019 21 24 25 26 27 28

3 4 5 6 7 10 11 12 13 14 17 18 2019 21 24 25 26 27 281

Em novembro

1,252

1,248

1,244

1,24

1,242

1,246

1,25

1,254

1,256

In November, the main agricultural commodities inChicago managed a slight recovery. In NewYork, however,the price trajectory continued to fluctuate; this time allsurveyed commodities dropped.

Em novembro, as principais commodities agrícolas emChicago conseguiram uma ligeira recuperação. Porém,em Nova York a trajetória dos preços continuou os seuhistórico de oscilações dos últimos meses, desta vez comqueda em todas as commodities pesquisadas.

Em US$ bilhõesExportações Importações

M13

J14

J J J JA S O ON ND F M MA A S

230

228

232

234

236

238

244

240

242

2,48392,5601

1,2496

1,2466

228,457

230,029

541,78

1.032,14