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COLÉGIO ESTADUAL GETÚLIO VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO FERNANDES PINHEIRO 2007

 · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

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COLÉGIO ESTADUAL GETÚLIO VARGAS

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

FERNANDES PINHEIRO

2007

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Aos esfarrapados do mundo e aos que

neles se descobrem e, assim descobrindo-

se, com eles sofrem, mas, sobretudo, com

eles lutam.

Paulo Freire

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 0042 INTRODUÇÃO................................................................................................ 0062.1 Identificação e Localização.......................................................................... 0062.2 Aspectos históricos...................................................................................... 0072.3 Organização do espaço físico...................................................................... 0092.4 Oferta de cursos........................................................................................... 0102.5 Quadro de trabalhadores em educação...................................................... 0113 OBJETIVOS GERAIS..................................................................................... 0144 MARCO SITUACIONAL.................................................................................. 0155 MARCO CONCEITUAL................................................................................... 0205.1 Concepções e Princípios............................................................................. 0205.2 Currículo....................................................................................................... 0255.3 Regime escolar............................................................................................ 0285.4 Avaliação...................................................................................................... 0306 MARCO OPERACIONAL................................................................................ 0316.1 Organização interna da escola.................................................................... 0316.2 Planos e Linhas de Ação............................................................................. 0326.3 Instâncias colegiadas................................................................................... 0436.4 Formação continuada.................................................................................. 0436.5 Matriz Curricular........................................................................................... 0446.6 Condições físicas, materiais e didáticas...................................................... 0477 AVALIAÇÃO DO PPP..................................................................................... 0488 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 049ANEXOS............................................................................................................ 0501 Propostas Curriculares.................................................................................... 0511.1 Ensino Fundamental.................................................................................... 051Artes................................................................................................................... 052Ciências............................................................................................................. 064Educação Física................................................................................................. 080Ensino Religioso................................................................................................ 093Geografia........................................................................................................... 100História............................................................................................................... 120Língua Portuguesa............................................................................................. 134Matemática......................................................................................................... 151L.E.M. Inglês...................................................................................................... 1641.2 Ensino Médio............................................................................................... 175Arte..................................................................................................................... 176Biologia.............................................................................................................. 187Educação Física................................................................................................. 204Física.................................................................................................................. 215Geografia............................................................................................................ 225História............................................................................................................... 245Língua Portuguesa............................................................................................. 259Matemática......................................................................................................... 275Química.............................................................................................................. 289Filosofia.............................................................................................................. 299L.E.M. Inglês...................................................................................................... 308Sociologia........................................................................................................... 3241.3 Educação Especial....................................................................................... 3332 Projetos........................................................................................................... 368

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Page 4:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Agenda 21 Escolar............................................................................................. 369BioViva............................................................................................................... 371Caminhos do Amanhã........................................................................................ 373CELEM Espanhol............................................................................................... 375CELEM Inglês.................................................................................................... 383Educação Fiscal................................................................................................. 391FestDance.......................................................................................................... 394Incentivo à Leitura.............................................................................................. 396JINGEVAR.......................................................................................................... 398Nosso Mundo... Nossa Escola... Nosso Espaço... ............................................ 401Sábado Ativo...................................................................................................... 404

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1 APRESENTAÇÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, n. 9394/96, estabelece

em seu artigo 12, inciso I, que os estabelecimentos de ensino deverão “elaborar e

executar sua proposta pedagógica”.

A Deliberação n. 14/99 do Conselho Estadual de Educação, apresenta os

“indicadores para elaboração da proposta pedagógica dos estabelecimentos de ensino

da Educação Básica em suas diferentes modalidades”, orientando e normatizando a

construção de tais propostas nos estabelecimentos de ensino da rede pública do

Estado do Paraná.

A mesma Deliberação estabelece ainda, em seu artigo 4, que a proposta

pedagógica elaborada pelo estabelecimento deverá equacionar “tempo e espaço,

visando à seleção dos conhecimentos científicos e procedimentos de avaliação,

promovendo a aquisição de conhecimentos, competências, valores e atitudes

previstas para a Educação Básica”.

O Projeto Político Pedagógico, a proposta pedagógica do estabelecimento de

ensino, constitui-se no instrumento legal que, entre outros, regula as relações no

ambiente escolar e estabelece os objetivos e os meios de alcançá-los. De acordo com

Veiga “tem a ver com a organização do trabalho pedagógico em dois níveis: como

organização da escola como um todo e como organização da sala de aula” (2005, p.

14).

Construído coletivamente, traz em si as visões de mundo, os interesses e os

anseios da comunidade escolar. Situado em um dado momento histórico, reflete as

contradições e as possibilidades de um determinado período. Localizado no espaço –

local, regional e mundial - apresenta as relações que nele se dão.

Um projeto é um plano e, como tal, representa um intento, um propósito,

expresso em um conjunto de métodos e medidas para a execução de um

empreendimento. O Projeto Político Pedagógico representa como uma comunidade,

em tempo e local determinados, reconhece a si própria tal qual é, determina como

quer ser e estabelece os meios para ser.

Segundo Veiga, é um projeto político por estar “intimamente articulado ao

compromisso sóciopolítico com os interesses reais e coletivos da população

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majoritária” e pedagógico porque define as “ações educativas e as características

necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade” (2005,

p. 13).

Entendido como processo e não como objeto, como meio e não como fim, o

Projeto Político Pedagógico traz em si o germe da sua própria mudança, fruto que é de

uma sociedade em constantes transformações sociais, políticas, econômicas,

tecnológicas.

Mais do que isso, o Projeto Político Pedagógico – “construído e vivenciado em

todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola”

(VEIGA, 2005, p. 13) - é a expressão do desejo de superação das contradições e

conflitos dessa sociedade, bem como da realização de suas possibilidades.

Tradicionalmente, as passagens de século e de milênio são anunciadas como

períodos de grande esperança, como o alvorecer de uma nova humanidade, um novo

começo. Infelizmente, o início do século XXI e do terceiro milênio frustrou as

expectativas de muitos: guerras, terrorismo, pobreza, fome, miséria, doenças,

desemprego, intolerância, racismo, violência, corrupção, degradação ambiental, entre

outros, são temas cotidianos.

Mais do que objeto de acalorados e intensos debates, a educação e, por

conseguinte, a escola, são palco da luta de classes que permeia nossa sociedade.

Criatura e Criador dessa sociedade, a escola vive uma ambigüidade: dela tudo se

espera e a ela pouco se da. A par dos conhecidos obstáculos e das notórias

dificuldades, qual ou quais os desafios da escola? Quais os meios para superá-los?

Quais seus objetivos? Como alcançá-los?

Algumas pessoas afirmam que as melhores perguntas são aquelas para as quais

não possuímos resposta imediata e definitiva, pois são elas que nos fazem buscar,

refletir, criar. Esse é o espírito do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual

Getúlio Vargas – Ensino Fundamental e Médio: buscar, refletir, criar.

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2 INTRODUÇÃO

2.1 Identificação e Localização da Escola

Denominação, conforme Alteração 3.120 de 31 de agosto de 1998:

COLÉGIO ESTADUAL GETÚLIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Ato de Autorização do Estabelecimento 4.340 de 25/01/1984

Ato de Reconhecimento do Estabelecimento 2.452 de 25/09/1989

Parecer de Aprovação do Regimento Escolar 3.195 de 10/08/1995

Distância Escola – Núcleo Regional de Educação 15 km

Localização Rua Romano Bettega, 340 - Centro, sede do Município de

Fernandes Pinheiro, Estado do Paraná, CEP 84535-000.

Fone/fax 42 3459.1163

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2.2 Aspectos históricos

O atual Colégio Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental e Médio, tem

suas origens no Grupo Escolar de Fernandes Pinheiro. Embora não haja documentação

referente ao início de suas atividades, arquivos do ano de 1936 indicam o

funcionamento de turmas de Primeira à Quarta Séries, totalizando 139 educandos. No

ano de 1956, em homenagem ao ex-Presidente da República, o Grupo Escolar passou

a ser denominado Dr. Getúlio Vargas.

Desde então a escola passou por sucessivas alterações em sua vida legal, como

segue:

Autorização 4.340 de 25/01/1984 Autoriza o funcionamento de turmas

de Primeira a Quarta Séries do

Primeiro Grau.Autorização 05 de 02/01/1986 Autoriza o funcionamento de turma

de Quinta a Oitava Série do Primeiro

Grau.Resolução 3.652/91 de 23/10/1991 Cessação definitiva das atividades

de Primeira a Quarta Séries

(Municipalização de Primeira a

Quarta Séries com a criação de

Escola Municipal, com divisão do

espaço físico).Abertura de Turno 4.587 de

10/12/1992

Autoriza o funcionamento de Quinta

a Oitava Séries no período Noturno

com implantação simultânea.Autorização de Funcionamento

1.958 de 04/06/1997.

Autoriza o funcionamento de Ensino

de Segunda Grau – Educação Geral.Alteração Denominação 1.958 de

04/06/1997

Altera denominação para Colégio

Estadual Getúlio Vargas – Ensino de

Primeiro e Segundo Graus.Alteração Denominação 3.120 de

31/08/1998

Altera denominação para Colégio

Estadual Getúlio Vargas – Ensino

Fundamental e Médio.Abertura de Turno 58.936.383 de

03/02/2004

Autoriza a abertura de turno da

Quinta à Sétima Série do Primeiro

Grau para o período Vespertino

(transferência do Primeiro Grau

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Noturno para o Vespertino).Autorização 3.065 de 07/12/2005 Autoriza o funcionamento da Sala de

Recursos do Ensino Fundamental na

área de deficiência mental e

distúrbios de aprendizagem.

Em 17 de janeiro de 2006 o Colégio Estadual Getúlio Vargas deixou de funcionar

no prédio que compartilhava com a Escola Municipal Floresval Ferreira, sendo

transferido para instalações próprias construídas pelo Instituto de Desenvolvimento

Educacional do Paraná - FUNDEPAR.

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2.3 Organização do espaço físico

Atualmente o Colégio Estadual Getúlio Vargas conta com as seguintes

instalações:

Bloco Administrativo e PedagógicoSecretariaSala de ProfessoresSala de DireçãoSala de Orientação EducacionalSala de Supervisão EscolarBiblioteca, com almoxarifadoLaboratório de Informática, com almoxarifadoSanitários feminino e masculino

Bloco de Serviço e PedagógicoRefeitórioCozinha, com despensa, sanitário e área de serviçoSanitários feminino e masculinoSanitário para portadores de necessidades especiaisSala de Múltiplo-uso, com almoxarifadoLaboratório de Ciências, com almoxarifado

Bloco PedagógicoSalas de aula (08 unidades)

Equipamentos externosPátio CentralQuadra PoliesportivaÁreas gramadasResidência para caseiro

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2.4 Oferta de cursos

O Colégio Estadual Getúlio Vargas oferece os cursos de Ensino Fundamental e

Médio, como segue:

Ensino FundamentalSérie/Período Manhã Tarde TotalQuinta 38 68 106Sexta 30 71 101Sétima 40 33 73Oitava 38 29 67Total 146 201 347

Ensino MédioSérie/Período Manhã Noite TotalPrimeira 65 28 93Segunda 44 34 78Terceira 26 34 60Total 135 96 231

Total Geral 578

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Page 12:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

2.5 Quadro de trabalhadores em educação

Nome Cargo/Função FormaçãoLuciane Mafalda Loss Assistente

Administrativo

Ensino Médio

Ana Flávia Kaminski da

Silva

Assistente de Execução Licenciatura Plena em

CiênciasAlci Maria Fontoura Auxiliar de Serviços

Gerais

Ensino Médio

Elisandro Antonio da Silva Auxiliar de Serviços

Gerais

Ensino Médio

Glaci Rodrigues de

Oliveira

Auxiliar de Serviços

Gerais

Ensino Médio

Ivone Kuller Colesel Auxiliar de Serviços

Gerais

Normal Superior

Maria de Lurdes Tozetto Auxiliar de Serviços

Gerais

Ensino Médio

Sueli da Trindade Silveira Auxiliar de Serviços

Gerais

Ensino Médio

Beatriz Lóss Diretora Licenciatura Plena em

Educação Física e

Especialização em

Educação Física EscolarMaria Helena Pereira Diretora Auxiliar Licenciatura Plena em

Ciências e Matemática e

Especialização em

Metodologia do Ensino de

3º. e 4º. CiclosMaria José Cabral Schletz Orientadora Licenciatura Plena em

Pedagogia e Especialização

em Educação Especial e

Deficiência MentalInês Pedrozo Brandalise Orientadora Licenciatura Plena em

Pedagogia – Habilitação em

Orientação Educacional - e

Especialização em

Orientação EducacionalIan Navarro de Oliveira

Silva

Professor de Geografia Licenciatura Plena em

Geografia e Especialização

em Administração,

Supervisão e Orientação

EducacionalSandro José Ramos Professor de História e

Filosofia

Licenciatura Plena em

História e Especialização

em História e Geografia

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Page 13:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Mariselene Barbosa Professora de Biologia Licenciatura Plena em

Ciências BiológicasGiselda Korevar Professora de Ciências Licenciatura Plena em

Ciências e Ciências

ContábeisMaria do Carmo Lóss Professora de Ciências e

Biologia

Licenciatura Plena em

Ciências Biológicas e

Especialização em

Metodologia de Ensino de

Ciências no 3º. E 4º. CiclosEdiane Karen Sodoski Professora de Ciências,

Matemática, Física,

Biologia e Artes

Licenciatura Plena em

Ciências Biológicas

Elisangela Cristine da

Silva

Professora de Educação

Física

Licenciatura Plena em

Educação FísicaRegiane Woiski Professora de Educação

Física

Licenciatura Plena em

Educação Física e

Especialização em

InterdisciplinaridadeMárcia Aparecida Oliveira Professora de Espanhol

(CELEM)

Licenciatura em Letras -

Português e Inglês,

Especialização em Leitura e

Produção de Texto e

graduanda em EspanholLorena Luitz Byczkovski Professora de Física e

Artes

Licenciatura Curta em

Ciências e Plenificação em

FísicaGiseli Alves de Almeida Professora de Geografia Licenciatura Plena em

GeografiaPatrícia dos Santos

Padilha

Professora de História e

Ensino Religioso

Licenciatura Plena em

HistóriaAndréia Giollo Anciutti Professora de História,

Ensino Religioso e Artes

Licenciatura Plena em

História e Especialização

em Educação EspecialJoseli Aparecida Vieira

Guimarães

Professora de História,

Ensino Religioso,

Educação Artística e

Artes

Licenciatura Plena em

História

Enilza Aparecida Seidl Professora de Inglês e

Sala de Recursos

Licenciatura Português,

Inglês e Literatura,

Especialização em Língua

Portuguesa e estudos

adicionais em Deficiência

MentalIzabel Musiat Professora de Língua Licenciatura Plena em

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Portuguesa Português e Especialização

em Língua Portuguesa –

Teoria e PráticaLeocádia Kotscherowski Professora de Língua

Portuguesa e Literatura

Licenciatura Plena em

Letras – Português, Inglês e

Literatura e Especialização

em Língua PortuguesaAna Maria Pepe Professora de

Matemática

Licenciatura Curta em

Ciências e Plenificação em

MatemáticaKátia Andréia Senderski Professora de

Matemática

Licenciatura Curta em

Ciências, Licenciatura Plena

em Matemática e

Especialização em

Matemática, Ciências e

suas TecnologiasLuciane Passos Professora de

Matemática

Licenciatura Plena em

Matemática e

Especialização em

Metodologia de Ensino de

MatemáticaPrescila Aparecida

Cardoso

Professora de

Matemática

Licenciatura Plena em

CiênciasMarilene Cabral Professora de

Matemática e Artes

Licenciatura Plena em

Ciências e Especialização

em CiênciasCarin Chicalski Professora de Química Licenciatura Plena em

Ciências e Especialização

em Matemática -

Dimensões Teóricas e

MetodológicasAna Paula Pedroso Técnico Administrativo Normal SuperiorMárcia Rosana Duda Técnico Administrativo Ensino Médio

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3 OBJETIVOS GERAIS

O Colégio Estadual Getúlio Vargas, observadas as disposições legais cabíveis

(LDB 9394/96 e Deliberação 014/99 CEE, entre outros) e os contextos social, histórico

e espacial nos quais está inserido, estabelece os seguintes objetivos:

• Propiciar aos educandos seu pleno desenvolvimento enquanto seres humanos,

integrantes do meio sócio-natural;

• Preparar os educandos para o exercício da cidadania, participando ativa e

criticamente da sociedade;

• Qualificar os educandos para um mundo onde o trabalho precariza-se e

desaparece;

• Permitir aos educandos o acesso ao conhecimento social e historicamente

construído e acumulado, bem como o desenvolvimento das capacidades

necessárias à utilização, transformação e superação do conhecimento;

• Constituir-se em um espaço de contato, mediação e compreensão entre os

educandos - partindo dos conhecimentos que lhes são próprios e daqueles que

são adquiridos e desenvolvidos na escola - e a sociedade e mundo atuais, suas

contradições, impasses, dilemas e possibilidades;

• Apresentar-se como espaço de socialização dos educandos e construção de

valores éticos e morais, desenvolvendo modos de conduta e respeito perante os

outros membros da comunidade escolar, de suas próprias comunidades e da

sociedade como um todo;

• Configurar-se em um ambiente escolar onde educandos, seus responsáveis e os

trabalhadores em educação tenham a possibilidade de desenvolver suas

respectivas funções;

• Promover a integração entre o ambiente escolar e a comunidade, propiciando à

comunidade a oportunidade de participar do ambiente escolar e a este a

interação com a comunidade, sua realidade, deficiências e potencialidades;

• Propiciar a todos os educandos o acesso ao ambiente escolar, sua permanência

nele e a efetiva aprendizagem;

• Constituir-se em um ambiente democrático onde toda a comunidade escolar

tenha direito de manifestar-se e participar dos processos decisórios.

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4 MARCO SITUACIONAL

O presente marco situacional expressa a visão que a comunidade escolar

(trabalhadores em educação, educandos, pais e responsáveis e comunidade em geral)

tem do Brasil, do estado do Paraná, do município de Fernandes Pinheiro e do Colégio

Estadual Getúlio Vargas. Partindo do geral – país - para o particular – escola - procura

expor as múltiplas relações e influências que se dão nesses e entre esses espaços.

Espaços esses nos quais a comunidade escolar está inserida, sendo construída e, ao

mesmo tempo, construindo.

O Brasil é um país de contrastes impressionantes. O setor primário situa o país

entre os grandes produtores e fornecedores mundiais de alimentos e minérios; possui

um parque industrial amplo e diversificado, situando-se entre as 15 maiores

economias industriais do mundo; o setor terciário - comércio e serviços - é moderno e

integrado à economia mundial. Por outro lado, o país apresenta ainda péssimos

indicadores sócio-econômicos, destacando-se negativamente pela grande

concentração de renda e pela existência de milhões de miseráveis.

Ao analisar sua estrutura econômico-social, diversos estudiosos afirmam que

não existe um, mas sim, pelo menos dois “Brasis”. Um “Brazil” - com “z” - rico,

moderno, globalizado, branco, incluído, formal... Outro “brasil” – com “b” minúsculo -

pobre, arcaico, negro/mulato, excluído, informal... Esses “Brasis” convivem lado a

lado, amalgamam-se um ao outro mas, ao mesmo tempo, estão separados no espaço

e no tempo por barreiras econômicas, sociais, políticas e culturais construídas ao

longo de séculos de domínio e exploração, tanto das elites nacionais quanto das

estrangeiras.

O avanço das políticas neoliberais, a partir do final da década de 1980, e sua

consolidação, na década de 1990, reforçaram e agravaram esse quadro. O Estado foi

desmontado e sucateado; setores estratégicos da economia, como transporte,

exploração mineral, energia, entre outros, foram privatizados ao capital internacional;

investimentos em educação, saúde, segurança, infra-estrutura, foram reduzidos com

objetivo de diminuir as despesas do Estado e permitir o pagamento dos compromissos

externos do país.

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Embora se admita que em alguns aspectos, como estabilização econômica,

renda e consumo, por exemplo, tenha havido pequenas melhoras nos últimos anos, os

benefícios continuam sendo apropriados, principalmente, pela camada mais rica da

população, historicamente favorecida. As classes desfavorecidas continuam, com a

exploração de seu trabalho e sua miséria, sustentando a riqueza e a opulência dessas

elites.

Dentro deste contexto o Brasil é caracterizado atualmente, entre outras

questões, por:

• Emprego precário e desemprego;

• Violência generalizada e, especificamente, contra mulheres, crianças e

idosos;

• Corrupção no Poder Público e escândalos políticos;

• Tráfico e consumo de drogas ilícitas, como maconha, e também consumo

excessivo de drogas lícitas, como álcool;

• Disseminação de doenças como AIDS e ressurgimento de outras como

tuberculose e hanseníase;

• Desigualdades sócio-econômicas e discriminação racial;

• Desestruturação familiar e gravidez precoce de adolescentes;

• Deficiências de moradia, saúde, educação, segurança, transportes.

A questão ambiental e do potencial de recursos naturais coloca-se proeminente

no contexto mundial contemporâneo. O Brasil é detentor da maior biodiversidade do

mundo, da maior floresta tropical, da maior quantidade de solo agriculturável, da

maior reserva de água doce. No entanto, através da biopirataria, a biodiversidade tem

sido expropriada por empresas de outros países; a floresta tem sido devastada pela

exploração madeireira, agrícola e mineral; o solo destruído ou objeto de especulação;

a água poluída, assim como o solo e o ar.

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O estado do Paraná, dentro do contexto histórico do neoliberalismo, apresentou

na década de 1990 uma política governamental voltada para a atração de

investimentos estrangeiros, com objetivo de promover a industrialização do estado e a

alteração do seu perfil econômico, até então majoritariamente agrícola.

Para tanto foram concedidos para as empresas privadas, principalmente

estrangeiras, benefícios como doação de terrenos, construção de infra-estrutura,

dilação e isenção de impostos, empréstimos, financiamentos e investimentos diretos

com recursos públicos, entre outros.

Essa política de industrialização teve, entre outras conseqüências: a atração de

grandes contingentes populacionais em busca de emprego, do interior e de outros

estados para a Região Metropolitana de Curitiba – RMC, o centro polarizador dos

investimentos; o crescimento desordenado dos municípios da RMC sem os necessários

investimentos em habitação, infra-estrutura, segurança, educação etc; o grande

aumento da quantidade de trabalhadores desempregados ou com emprego precário;

intensificação de desigualdades regionais; impactos sócio-ambientais, como ocupação

e poluição de mananciais e aumento das favelas.

Além das questões relativas ao processo de industrialização, colocam-se para o

estado também algumas de âmbito nacional como: violência, tráfico e consumo de

drogas, desigualdades sócio-econômicas, discriminação racial, entre outras.

No entanto, o Paraná destaca-se como um estado onde a organização do

espaço, a ação do Poder Público, a vocação agrícola e as riquezas naturais, entre

outros, contribuem para enfrentar e amenizar, de certa maneira, as questões que se

colocam em nível nacional.

O município de Fernandes Pinheiro tem suas origens históricas ligadas ao

tropeirismo, constituindo-se em localidade, denominada Imbituvinha, para descanso e

reabastecimento das tropas de gado vindas do Rio Grande do Sul com destino à São

Paulo, ainda no final do século XIX. Durante a construção da Estrada de Ferro São

Paulo – Rio Grande do Sul, no princípio do século XX, recebeu uma estação ferroviária

denominada Fernandes Pinheiro, em homenagem a um dos diretores da empresa

ferroviária. Fez parte, sucessivamente, dos municípios de Imbituva, Irati e Teixeira

Soares, sendo emancipado deste último em 1995.

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Localizado na região Centro-Sul do Paraná, o município de Fernandes Pinheiro

dista aproximadamente 150 km da capital do estado. Possui área de 406,6 km2

(IPARDES/SEMA 2005) e população de 6.602 habitantes (IPARDES/IBGE 2005).

Fernandes Pinheiro é um município de perfil rural. No campo estão localizados

71,13% dos domicílios e residem 69,14% da população, que desenvolve, em sua maior

parte, atividades relacionadas à produção agropecuária. Da população que reside na

área urbana, 30,86%, a maioria está relacionada, direta ou indiretamente, às

indústrias de transformação dos produtos produzidos no meio rural (IPARDES/IBGE

2000).

A economia do município é baseada na produção agropecuária, que responde

por 77% do Valor Adicionado, com destaque para o cultivo de milho, soja, feijão,

batata, erva mate, trigo, cebola, cevada, arroz e pinus, e a criação de bovinos, suínos

e caprinos. O setor industrial responde por 17% do Valor Adicionado, representado

principalmente por indústrias de beneficiamento da erva mate, da madeira de pinus e

do leite. O setor terciário é responsável pelos 6% restantes do Valor Adicionado, com

destaque para a comercialização de alimentos, vestuário, remédios e perfumaria,

materiais de construção, brinquedos e presentes, e a prestação de serviços de

contabilidade, saúde, beleza, borracharia (IPARDES/SEFA 2004)

De acordo com as estatísticas oficiais (IPARDES/IBGE 2000) o município

apresenta 16% de desempregados. Entre outras conseqüências, são comuns as

migrações de famílias e educandos para outros municípios e estados em busca de

trabalho.

No município emergem, de forma direta e sensível, as questões destacadas nos

âmbitos nacional e estadual: desemprego e emprego precário; violência nas suas

diversas formas; gravidez precoce; deficiências do sistema de saneamento básico

(água tratada, coleta de esgoto); serviços públicos insuficientes e/ou ineficientes

(saúde, educação, segurança); doenças; tráfico e consumo de drogas; danos ao meio

ambiente; insatisfação com os dirigentes políticos.

E outras questões, que retratam a especificidade da realidade local como: a

dificuldade de deslocamento devido às más condições das estradas rurais; pequeno

desenvolvimento do comércio e serviços locais devido ao deslocamento de

consumidores para outros municípios da região.

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De modo pontual, assim como no estado e no país, as seguidas quebras de

safra proporcionadas pelas sucessivas secas e a queda do valor de determinados

produtos agrícolas, como a soja, tem provocado a diminuição da renda dos

agricultores e dos trabalhadores agrícolas, com impactos negativos na geração e

circulação de riquezas no município.

O Colégio Estadual Getúlio Vargas, localizado na sede do município de

Fernandes Pinheiro, oferece Educação Básica – Ensino Fundamental e Médio. O público

atendido é bastante heterogêneo, pois estão presentes educandos das áreas urbana e

rural; de diversas classes sócio-econômicas presentes no município; oriundos de

famílias estruturadas e desestruturadas; com idade adequada para a série e com

distorção idade-série.

A par das possíveis dificuldades e desafios colocados por essa heterogeneidade,

o reconhecimento da diversidade e a superação das diferenças, por si mesmos,

constituem-se em um momento especial de aprendizagem para a vida e o convívio em

sociedade, tanto por parte dos educandos, quanto por parte dos profissionais em

educação.

Tem sido sensível a melhora em diversos aspectos como: espaço físico

apropriado; implantação de regras de conduta e convivência; qualidade da merenda;

percepção da escola como espaço que propícia a melhoria das condições de vida;

organização e funcionamento da escola; limpeza das instalações; entre outros.

No entanto, são apontados como aspectos ainda deficientes: falta de interesse

dos educandos no processo de ensino e aprendizagem; colaboração dos educandos na

conservação e limpeza das instalações; falta de respeito mútuo entre os educandos e

entre estes e os demais profissionais de educação; necessidade de maior

compromisso dos integrantes do processo de ensino-aprendizagem, principalmente

pais e responsáveis; falta de acesso às tecnologias contemporâneas como informática

e internet; ausência de assistência e incentivo para prosseguimento dos estudos em

nível superior; educandos envolvidos com o consumo de drogas lícitas e ilícitas;

educandos com deficiências sócio-econômicas.

20

Page 21:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

5 MARCO CONCEITUAL

5.1 Concepções e Princípios

O presente marco conceitual expressa as concepções que a comunidade escolar

tem de mundo, de sociedade, de homens e mulheres, de educação e escola, de

conhecimento, de aprendizagem e de avaliação. Além disso, explicita os princípios de

igualdade de condições de acesso e permanência no processo educativo; de gestão

democrática; de liberdade; de valorização dos trabalhadores em educação.

O mundo atual é marcado pelo acirramento da disputa das grandes empresas

por novos mercados consumidores e pela garantia de fornecimento de recursos

naturais. Empresas transnacionais, Estados nacionais e instituições multilaterais

confundem-se na ação articulada pelo capital financeiro internacional em sua busca

pela reprodução. Os conflitos atuais - Iraque, Afeganistão - e as regiões de tensão

crescente – Oriente Médio, sudeste asiático, Amazônia - são conseqüências locais e

diretas, embora dissimuladas, dessa ação em escala global.

A questão ambiental é um dos grandes temas de debate e disputa no cenário

internacional contemporâneo. Aquecimento global, escassez de água, esgotamento

dos solos agrícolas, destruição das florestas e perda da biodiversidade são apenas

alguns problemas que já se fazem presentes nas diversas regiões do planeta Terra,

ameaçando as condições de vida de populações inteiras e mesmo a existência de

determinados territórios. Os países ricos do norte, cujo modelo econômico exerce uma

pressão insustentável sobre o meio ambiente, recusam-se a diminuir o consumo de

recursos naturais e a emissão de poluentes. Os países pobres do sul recusam-se a

deixar de seguir o mesmo modelo. Enquanto estendem-se as discussões políticas,

econômicas e científicas, as futuras gerações, e mesmo a atual, vão tendo ameaçado

o seu direito à condições mínimas de sobrevivência através do uso dos recursos do

planeta.

Diante desse cenário, desconsideradas ainda outras questões, pensar em um

mundo onde seres humanos convivam em harmonia, entre si e com o meio ambiente,

parece utópico. Possível talvez seja um mundo onde os seres humanos, conscientes de

21

Page 22:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

seu papel e importância no mundo, possam participar da construção desse mundo,

não apenas com seu trabalho, mas, principalmente, expressando sua visão de mundo

através de sua criatividade, sua liberdade e suas potencialidades.

A sociedade contemporânea, a par das ideologias da Pós-modernidade e do Fim

da História, não superou ainda aquilo que Marx denominou de conflito de classes. O

capitalismo, em sua versão atual – o neoliberalismo – procura dissimular esse conflito

difundindo a idéia de que o sucesso de cada indivíduo depende dele próprio e que a

competição é o melhor caminho para o bem comum da sociedade. Os resultados são

evidentes.

O individualismo e a competição têm levado à perda dos valores morais e

éticos, do bem comum, do respeito à vida e à pessoa humana. Seres humanos são

assassinados pelos motivos mais fúteis e banais; o direito à propriedade sobrepõe-se

ao direito à vida; direitos humanos, civis e políticos são violados cotidianamente; o ter

prepondera cada vez mais sobre o ser; a família, unidade básica da sociedade, está

sendo paulatina e intencionalmente desestruturada.

Os ideais liberais de liberdade, igualdade e fraternidade nunca foram

efetivamente realizados, nem mesmo para as classes burguesas. É plausível,

considerando o conflito de classes e a ausência de perspectivas de sua superação no

contexto contemporâneo, uma sociedade em que todas as classes sociais tenham

efetiva participação na produção e apropriação da riqueza – bens e serviços -,

beneficiando-se dos avanços tecnológicos alcançados em áreas como educação,

saúde, alimentação, lazer, entre outros.

Homens e mulheres, através do trabalho, libertam-se de sua condição de

dependência do meio natural, subjugando-o e transformando-o para a satisfação de

suas necessidades. No entanto, o mesmo trabalho que liberta homens e mulheres

aliena-os, expropriando-os do domínio dos meios e técnicas de produção, assim como

do resultado de seu trabalho. A proposição de Hegel, “o homem é o lobo do próprio

homem”, ainda é válida.

Homens e mulheres, explorados por homens e mulheres através da apropriação

do seu trabalho e do resultado dele, tem suas possibilidades e potencialidades

limitadas, senão impedidas. A vocação para “ser mais” do ser humano, de que nos

22

Page 23:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

fala Paulo Freire, é distorcida e transformada em “desumanização”. Rosseau, no seu O

Contrato Social, já afirmava “o homem nasce livre e por toda parte encontra-se a

ferros”.

A realização de homens e mulheres, suas possibilidades e potencialidades, está

relacionada, necessariamente, a como se dá apropriação do seu próprio trabalho e do

resultado dele. Homens e mulheres serão tanto mais plenos e realizados, quanto deles

forem o seu trabalho e o resultado dele.

A educação contemporânea é resultado das necessidades da classe social

dominante. A burguesia, quando ainda classe revolucionária, tinha como ideal

educacional transformar súditos em cidadãos. Para tanto, a educação das massas foi

constituída de modo a preparar o cidadão para o exercício da cidadania. Quando a

burguesia estabeleceu-se definitivamente no poder, deixando de ser revolucionária, o

ideal educacional passou a ser a formação do trabalhador, com objetivo de manter o

status quo social e garantir a formação da mão-de-obra necessária à reprodução do

capital.

À escola cabe a função de efetivar os ideais de educação estabelecidos,

materializando-os. No entanto, historicamente a escola estabeleceu-se como campo

de luta entre as classes dominante e dominada. É na escola que se trava a luta entre

os ideais estabelecidos pela classe dominante, que detém o poder político – logo faz

as Leis, estabelece planos, objetivos, meios – e a classe dominada, consubstanciada

na comunidade escolar, que participa, faz a escola.

Na década de 1990 o neoliberalismo expressou-se no campo educacional

através de ideais como os quatro pilares básico da educação; o aprender a aprender; a

educação para todos; o ciclo básico. No Brasil, tais ideais foram formalizados através

da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/96, do Plano Decenal de

Educação, das Diretrizes e dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Materializados na

escola, tais ideais foram alvo de contestação e resistência, identificados que foram

com os objetivos da classe dominante.

A educação, como campo de luta, depende da capacidade e possibilidade da

classe dominada em chegar efetivamente ao poder político e, produzindo seus

próprios ideais de formação de homens e mulheres, cidadãos e cidadãs, trabalhadores

e trabalhadoras, permitir à escola materializá-los.

23

Page 24:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

O conhecimento pode ser entendido como a compreensão dos seres humanos

da realidade em que estão inseridos. É através do conhecimento que a realidade

deixa de ser um mistério e passa a ser compreendida, permitindo a satisfação das

necessidades humanas, sejam elas físicas, biológicas, estéticas ou outras.

A partir dessa concepção de conhecimento, a aprendizagem pode ser

compreendida como o conjunto dos processos necessários para a apreensão dos

conhecimentos social e historicamente construídos e acumulados pela humanidade,

bem como a superação desses conhecimentos e a construção de novos.

A avaliação constitui-se em parte integrante do processo de ensino e

aprendizagem. Mais do que aferir quantitativamente os conhecimentos apreendidos

pelos educandos, deve ser constituída de modo a permitir definir com que qualidade

ocorreu essa apreensão e indicar os caminhos para o prosseguimento do processo.

A igualdade de condições de acesso e permanência no processo educativo são

garantidas pela oferta de vagas e pelas ações que objetivam assegurar aos educandos

a efetiva participação no processo de ensino e aprendizagem pois, de acordo com

Saviani, a democracia do processo educativo deve existir como “possibilidade” no

ponto de partida e como “realidade” no ponto de chegada (2002).

A gestão democrática, princípio constitucional, é efetivada através da

participação da comunidade escolar – trabalhadores em educação, educandos, pais e

responsáveis e comunidade em geral - na tomada de decisões e na execução das

medidas propostas. De acordo com Veiga “a busca da gestão democrática inclui,

necessariamente, a ampla participação dos representantes dos diferentes segmentos

da escola nas decisões/ações administrativo-pedagógicas ali desenvolvidas” (2005, p.

18).

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Page 25:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Liberdade implica na responsabilidade por seus atos e no respeito à liberdade

do próximo. A partir desses princípios a liberdade, dentro do contexto escolar, é

definida pelo respeito ao próximo e às normas estabelecidas, com vistas ao bem

comum. Liberdade e autonomia no contexto pedagógico, da relação ensino-

aprendizagem, “remete-nos para regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos

da ação educativa, sem imposições externas” (VEIGA, 2005, p. 19).

A valorização do trabalhador em educação ocorre através do respeito ao seu

trabalho, sua criatividade e opinião, bem como da execução de políticas públicas que

lhe garantam condições dignas de trabalho (formação inicial e continuada) e vida

(remuneração, plano de cargos, carreira e salários).

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Page 26:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

5.2 Currículo

5.2.1 Matriz teórica e organização dos conteúdos

A matriz teórica e a organização dos conteúdos encontram-se nos anexos, como

propostas curriculares.

5.2.2 Critérios de organização de turmas

Os educandos oriundos da área rural são preferencialmente atendidos no

período da manhã, devido à disponibilidade de transporte escolar nesse período.

5.2.3 Avaliação: instrumentos, registros, recuperação e forma de comunicação dos

resultados.

São utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 3,0

(três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos

instrumentos de avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentam aproveitamento insuficiente é oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos aborda os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utiliza quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

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Page 27:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido

pelo educando.

Instrumentos de avaliação:

resolução de questionamentos escritos e orais;

produção ou análise de textos, dramatizações, desenhos, músicas, poemas,

mapas, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;

tradução, compreensão, elaboração de textos e diálogos em língua estrangeira;

realização de atividades na sala de aula, no laboratório das ciências, na

biblioteca, em saídas de campo e em domicílio;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

pesquisa e produção de relatórios;

participação em palestras, atividades culturais e esportivas;

participação, comprometimento e atitude em sala de aula;

outros.

Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema

Estadual de Registro Escolar.

A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue

bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e

responsáveis. A escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente,

estabelece contato com os pais e responsáveis pelos educandos que tenham

apresentado deficiências de aprendizagem, para determinação e superação de

eventuais problemas.

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Page 28:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

5.2.4 Organização da hora/atividade

A organização da hora-atividade tem como objetivos propiciar aos educadores

momentos para estudo, preparação e conclusão de aulas; reflexão sobre o

desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem; diálogo com os demais

educadores, da sua disciplina e de outras, equipe pedagógica e direção; atendimento

personalizado aos educandos; desenvolvimento de projetos; entre outros. Sua

finalidade principal é permitir o constante desenvolvimento e aprimoramento do

processo de ensino-aprendizagem.

5.2.5 Calendário Escolar

A Secretaria de Estado de Educação propõe alternativas de calendário e a

escola, após entendimento com a Rede Municipal e o Núcleo Regional de Educação,

estabelece o mais apropriado.

28

Page 29:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

5.3 Regime Escolar

5.3.1 Horários e períodos de funcionamento da escola

Manhã Tarde NoiteEntrada 7h 30m 13h 18h 30mIntervalo 10h às 10h 15m 15h 30m à 15h

45m

21h à 21h 15m

Saída 11h 55m 17h 25m 22h 45m

5.3.2 Modalidades de ensino ofertadas

São ofertadas a Educação Básica (compreendendo o Ensino Fundamental, de

Quinta à Oitava Séries, e o Ensino Médio, de Primeira à Terceira Séries) e a Educação

Especial (compreendendo a Sala de Recursos).

5.3.3 Organização do tempo escolar

O tempo escolar é organizado em séries anuais.

5.3.4 Oferta

Atualmente é ofertada Sala de Recursos para os alunos que apresentam

deficiências de aprendizagem. Será solicitada a implantação de Sala de Apoio para os

alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem nas disciplinas de Português e

Matemática.

5.3.5 Forma de matrícula

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Page 30:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

São seguidas as determinações legais emitidas pela Secretaria Estadual de

Educação e demais órgãos competentes.

5.3.6 Material didático

A escola oferece aos educandos os livros do Programa Nacional do Livro

Didático, fornecidos pela União, e do programa do Livro Didático Gratuito, fornecido

pelo Estado, além do material solicitado pelos docentes, de acordo com as

disponibilidades.

5.3.7 Inclusão social

A escola atende alunos com necessidades especiais, afro-descendentes e do

campo.

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Page 31:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

5.4 Avaliação

5.4.1 Avaliação da educação e da escola

São executadas as avaliações propostas pela Secretaria de Estado de Educação,

como o Processo de Auto-Avaliação Escola.

5.4.2 Ensino e Aprendizagem

A escola avalia os resultados do processo de ensino-aprendizagem através de

meios internos como o Conselho de Classe e reuniões entre os trabalhadores em

educação. Externos como a Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB, no

Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM e Prova Brasil – AVA, entre outros, embora

estes não permitam avaliar as especificidades da realidade local.

5.4.3 Processos de avaliação, classificação e promoção

Os processos de avaliação, classificação e promoção seguem as determinações

emitidas pela Secretaria de Estado de Educação e demais órgãos competentes.

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Page 32:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

6 MARCO OPERACIONAL

6.1 Organização interna da escola/funções específicas:

Direção Organizar o funcionamento da escola, tanto na parte

administrativa quanto pedagógica.Direção Auxiliar Auxiliar a Direção e substituí-la na sua ausência.Equipe Pedagógica Auxiliar a Direção e os corpos docente e discente,

tanto na parte administrativa quanto na pedagógica.Docentes Desenvolver o processo de ensino e aprendizagem,

bem como auxiliar na parte pedagógica.Equipe Técnico-

Administrativa

Responsável pela realização dos trâmites legais.

Agente de Execução Responsável pelo uso e conservação do Laboratório

das Ciências.Agentes de Apoio Auxílio no funcionamento e conservação da

instituição escolar.

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Page 33:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

6.2 Planos e Linhas de Ação

PLANO DE AÇÃO - DIREÇÃO

Gestão 2006/2007

IDENTIFICAÇÃO

Estabelecimento Colégio Estadual Getúlio Vargas -

Ensino Fundamental e MédioMunicípio Fernandes Pinheiro

Núcleo Regional de

Educação

Irati

Diretora Beatriz Loss

INTRODUÇÃO

São enormes os desafios com os quais os educadores são confrontados na

atualidade, como conseqüência das novas concepções de Educação, as mudanças da

sociedade e da família e a decadência de valores morais e éticos.

Para que os profissionais de educação construam experiências significativas no

processo ensino e aprendizagem é necessário que busquem e vivenciem um processo

de formação continuada, refletindo constantemente sobre seus compromissos, sua

prática, seus ideais. O cotidiano escolar deve ser a expressão de um projeto coletivo

que envolva a todos os membros da comunidade escolar em torno de objetivos

comuns.

A gestão democrática proposta demanda mobilização conjunta, com o

estabelecimento de objetivos, metas e meios comuns envolvendo educandos,

educadores, pedagogos, direção, funcionários e a sociedade, ou seja, o conjunto da

comunidade escolar.

OBJETIVOS GERAIS

33

Page 34:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Construir um espaço democrático, onde o conhecimento, a educação, a

cultura, a cidadania, o ensino e a aprendizagem estejam relacionados para a

construção de uma sociedade mais justa e digna e seres humanos plenos e capazes

de participar e atuar crítica e ativamente nessa sociedade;

- Valorizar o educando, respeitando sua dignidade enquanto pessoa humana,

sua individualidade, suas potencialidades e limitações;

- Fornecer apoio moral para os educandos superarem seus problemas

(desemprego, violência, falta de moradia, entre outros) procurando seus direitos junto

às autoridades competentes;

- Possibilitar a socialização dos educandos e a construção de valores éticos e

morais, desenvolvendo modos de conduta e respeito perante os outros membros da

comunidade escolar, de suas próprias comunidades e da sociedade como um todo;

- Proporcionar o acesso e a permanência na Escola, de acordo com as

determinações do FICA, diminuindo progressivamente os índices de evasão,

repetência e distorção idade-série;

- Construir, com engajamento de educandos, educadores, pais e responsáveis,

funcionários e equipe pedagógica, um ambiente escolar participativo, crítico, solidário

e alegre.

AÇÕES

Gestão Democrática

- Promover uma gestão democrática com a participação das instâncias

colegiadas - Conselho Escolar, a Associação de Pais, Mestres, Funcionários, o Grêmio

Estudantil - e demais membros da comunidade escolar, onde seus integrantes possam

sugerir, opinar, participar e fiscalizar as ações do Colégio;

- Incentivar o surgimento e desenvolvimento de líderes entre os educandos,

conscientizando-os de suas responsabilidades e criando mecanismos para uma

formação política básica;

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Page 35:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Auxiliar o funcionamento do Grêmio Estudantil, incentivando a participação

nos processos decisórios e atividades do Colégio;

- Instituir Conselhos de Classe com a participação de representantes dos

educandos que, juntamente com educadores, equipe pedagógica e direção, sugerirão

os melhores meios para alcançar resultados satisfatórios no processo de ensino e

aprendizagem;

- Promover encontros, reuniões, atividades culturais e esportivas, entre outros,

incentivando a participação de pais e responsáveis e promovendo a sua

conscientização sobre a importância e a responsabilidade deles na vida escolar de

seus dependentes;

- Transparência nos gastos e prestação de contas e zelando pela documentação

escolar;

- Ouvir e dedicar tempo para a reflexão, buscando encontrar soluções e tomar

decisões.

Proposta Pedagógica

- Cumprir o Calendário Escolar e as determinações legais, zelando também pela

correção da documentação escolar;

- Trabalhar pela progressiva melhoria qualidade do processo de ensino e

aprendizagem e seus resultados;

- Valorizar os profissionais de educação através da realização de reuniões

internas e divulgação de resultados;

- Descentralizar as ações delegando tarefas, divulgando informações e

integrando os setores do Colégio;

- Mobilizar a comunidade com objetivo de superar obstáculos ao bom

funcionamento do processo de ensino e aprendizagem e do Colégio;

- Estabelecer, em conjunto com a comunidade escolar, critérios claros e

factíveis de Avaliação e Recuperação;

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Page 36:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Proporcionar aos educandos com aprendizagem insuficiente os meios para

corrigir tal situação;

- Desenvolver Projetos que envolvam a participação da comunidade escolar,

propiciando inclusive o intercâmbio com outros estabelecimentos de ensino;

- Manter diálogo permanente com o Núcleo Regional de Educação e a Secretaria

de Educação do Estado.

Formação Continuada

- Incentivar educadores e funcionários a participar de cursos, eventos,

conferências e simpósios, entre outros, objetivando a sua constante atualização e

satisfação no exercício da profissão;

- Proporcionar e conscientizar sobre a importância de Grupos de Estudos e

demais cursos propostos e oferecidos pelo Núcleo Regional de Educação e Secretaria

de Educação de Estado;

- Incentivar a criação e implementação de Projetos, mantendo os que já estão

em funcionamento;

- Promover reuniões para avaliação e revisão do Projeto Político Pedagógico;

- Ordenar, dentro das possibilidades, a Hora-Atividade dos educadores por área

de atuação, de modo que possam trocar experiências e organizar trabalhos conjuntos.

Qualificação dos equipamentos e espaços

- Promover palestras e reuniões com a comunidade escolar, conscientizando-os

sobre a importância da conservação, manutenção e valorização do novo espaço

escolar;

- Identificar e aplicar os recursos existentes da melhor maneira possível;

- Desenvolver maior responsabilidade no uso de equipamentos, salas de aula,

biblioteca, laboratórios, espaços educativos e material didático em todos os membros

da comunidade escolar.

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Page 37:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Providenciar equipamentos de segurança;

- Instalar sistema de som, para melhorar a comunicação dentro do Colégio;

- Discutir e conscientizar os pais da importância do uniforme no Colégio.

Outros

- Montar equipes para trabalhar com Projetos que envolvam a comunidade

como o teatro, a dança, o canto, os esportes, para troca de experiências;

- Incentivar e proporcionar a participação em eventos culturais e esportivos

como o FERA, o Com Ciência, os Jocop’s, entre outros;

- Conservar e aprimorar as Salas de Apoio.

CRONOGRAMA

O presente Plano de Ação será executado nos anos de 2006 e 2007.

AVALIAÇÃO

A avaliação ocorrerá semestralmente ou sempre que se fizer necessário,

envolvendo a comunidade escolar no processo de ensino e aprendizagem. A partir dos

resultados da Avaliação serão o presente plano poderá ser alterado.

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Page 38:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

PLANO DE AÇÃO - ORIENTAÇÃO

IDENTIFICAÇÃO

Estabelecimento Colégio Estadual Getúlio Vargas -

Ensino Fundamental e MédioMunicípio Fernandes Pinheiro

Núcleo Regional de

Educação

Irati

Orientadora Maria José SchletzTurno Manhã

JUSTIFICATIVA

A Orientação Educacional trabalha de forma integrada com o PPP da instituição,

como apoio pedagógico, priorizando a relação EDUCADOR/EDUCANDO mediada pelo

conteúdo. Visa, ainda, informar o aluno, enfatizando a relação homem – trabalho,

homem – mundo, o seu desenvolvimento físico-intelectual e emocional do ser - vir a

ser - medida pela realidade social.

Sua ação se dá de maneira interdisciplinar com educadores e demais

funcionários de outras áreas afins que prioriza a organização escolar utilizando-se das

experiências dos elementos envolvidos no processo ensino – aprendizagem

beneficiando – o em relação ao educando.

Tem por prioridade em seu trabalho a diminuição da evasão escolar e

repetência, e assim trabalha junto às famílias, sendo o elo de integração para

amenizar os problemas que surgem no dia a dia na escola.

METODOLOGIA

Participação ativa dos trabalhos desenvolvidos pela instituição, assessorando

educadores, ministrando pequenas palestras, utilizando recursos áudio-visuais para

enriquecer os conteúdos quando necessário.

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Page 39:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Apresentação do serviço de Orientação Educacional;

Reconhecimento pelo aluno do informativo estudantil e sistema de avaliação;

Dinâmicas de grupos socializantes, para desenvolver liderança, comunicação e

o trabalho coletivo;

Palestras educativas reforçando o cuidado com a saúde, motivação, cidadania e

desenvolvimento pessoal, social e profissional;

Áudio-visuais com temas positivos de auto-ajuda, motivação que possibilitem a

reflexão do aluno diante das atitudes apresentadas no decorrer do ano letivo;

Textos e folhetos para trabalho em sala de aula;

Aconselhamentos coletivos, individuais de educandos, educadores e

funcionários;

Participação em reunião com pais e responsáveis, conselho de classe, conselho

escolar e outros quando requisitada a presença do Serviço de Orientação Educacional;

Colaborar em organizações de gincanas e eventos realizados no decorrer do

ano.

OBJETIVOS GERAIS

Promover uma Orientação Educacional Coletiva;

Promover um clima de trabalho favorável com a cooperação de todos;

Assessorar os educadores na busca de melhores condições de trabalho que

evidenciem o aperfeiçoamento pessoal e profissional;

Promover palestras educativas de acordo com as devidas necessidades

observadas. Exemplo: hábitos de estudos, saúde, qualidade de vida, a família, a

escola, educação ambiental, responsabilidade e ética educacional, sexual, DST,

drogas, alcoolismo, orientação vocacional, profissões, mercado de trabalho,

necessidade do trabalho;

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Page 40:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Realizar diagnóstico das necessidades e dificuldades relativas ao

desenvolvimento do processo ensino – aprendizagem;

Orientar os educandos em sessões coletivas, individuais e encaminhar, quando

necessário, aos especialistas os casos especiais quando necessário;

Manter contato com os pais e responsáveis através de visita, reunião ou

telefone chamando-os para informar o rendimento escolar de seus dependentes

(comportamento, aproveitamento etc) sempre que necessário;

Promover a reflexão dos alunos para que compreendam que todos os momentos

vivenciados são as suas próprias historias de vida;

Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes

situações sociais, utilizando o dialogo como forma de mediar conflitos e de tomar

decisões.

AVALIAÇÃO

A Avaliação será diagnostica, analisando os alunos quando à maturidade

através do comportamento assumindo dentro e fora de sala de aula e comunidade.

Dar-se-á ênfase ao bom senso, senso crítico, responsabilidade, companheirismo,

respeito, cidadania e freqüência às aulas.

O educando será avaliado no decorrer do ano letivo, considerando o seu

desempenho individual e deverá ser capaz de:

- desenvolver hábitos de estudos

- demonstrar respeito pelo Colégio, colegas, professores e funcionários;

- estudar com proveito e responsabilidade;

- ter pontualidade e assiduidade às aulas e demais atividades;

- participar de eventos realizados no Colégio;

- comportar-se de modo socializado no Colégio e na comunidade;

- demonstrar independência pessoal e responsabilidade de seus atos;

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Page 41:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- assimilar hábitos, atitudes e valores positivos transmitidos pelo Colégio e

Família e demonstrá-los na comunidade;

- apresentar rendimento global satisfatório;

- demonstrar desembaraço, senso critico e persistência em todas as atividades

de vivências do cotidiano;

- respeitar a natureza, os elementos integrantes da família, Colégio e

comunidade;

- reconhecer seus sentimentos e de outras pessoas envolvidas nas situações de

vida;

- reconhecer que a atividade sexual, exige maturidade e preparo, tendo em

vista que as conseqüências atingirão também outras vidas.

CRONOGRAMA

As atividades serão desenvolvidas durante o ano letivo. Sendo que o mesmo

poderá sofrer modificações, quando necessário.

41

Page 42:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

LINHAS DE AÇÃO

Projetos desenvolvidos no Estabelecimento de Ensino:

Atividades

Recreativas,

Culturais e

Esportivas

JINGEVAR, FestDance e Sábado Ativo.

Calendário de

festividades

Com a colaboração da APMF e do Conselho Escolar

são realizadas a Comemoração do Dia das Crianças

e Festa Junina.Iniciação Científica Participação nas Olimpíadas de Matemática,

Olimpíada Brasileira de Astronomia, Olimpíada

Paranaense e Brasileira de Física, Olimpíada

Brasileira de Química, Prêmio Jovem Cientista.Agenda 21 da Escola

Educação Ambiental

Além da presença do tema nos conteúdos

disciplinares, são desenvolvidos projetos específicos

como Agenda 21 da Escola, BioViva, Nosso Mundo...

Nossa Escola... Nosso Espaço..., Conferência

Regional de Meio Ambiente e datas específicas como

Dia do Rio, Dia da Árvore, Dia da Água e Semana do

Meio Ambiente.Educação do Campo É abordada nas disciplinas da matriz curricular.Prevenção (AREI) Em colaboração com a Secretaria Municipal de

Saúde e demais órgãos competentes são

desenvolvidos os projetos Saúde para a Vida e Pré-

vida, e são realizadas palestras de prevenção às

drogas – lícitas e ilícitas -, DST’s, gravidez na

adolescência, entre outros.Estatuto da Criança

e do Adolescente e

Ficha do Aluno

Ausente (AREI)

A escola observa o disposto no ECA com vistas à

salvaguarda dos direitos e cumprimento dos deveres

das crianças e adolescentes atendidos e segue as

determinações do FICA para combate da evasão

escolar.Ação Jovem Em colaboração com os governos Federal e Estadual

são realizados os projetos Agente Jovem e PETI.Programa de

Formação da

Cidadania (AREI)

Projeto de Educação Fiscal.

Semana da Paz Projeto Educação para a Paz.

42

Page 43:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

(AREI)SEED/NRE Com Ciência, FERA, Jogos Colegiais do Paraná, AREI,

FICA, Feira de Ciências, Paraná Digital.Leitura Projeto de Leitura e em colaboração com os

governos Federal e Estadual o projeto Cuide do Livro

Didático.Aprimoramento

pessoal e

profissional

Caminhos do Amanhã.

43

Page 44:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

6.3 Instâncias colegiadas

Conselho Escolar Delibera sobre questões político-pedagógicas,

administrativas e financeiras no âmbito da escola.Conselho de Classe Constitui-se em um momento de

compartilhamento de experiências sobre os

educandos para correção das possíveis

dificuldades e deficiências e melhoria do processo

de ensino-aprendizagem.Associação de Pais,

Mestres e Funcionários

Auxilia na organização e funcionamento da escola

nos aspectos administrativo, financeiro e

pedagógico, com objetivo de aproximar pais e

responsáveis.Grêmio Estudantil Trabalha em conjunto com as demais instâncias da

comunidade escolar, auxiliando no funcionamento

da escola e aproximando os educandos.

A eleição dos membros das instâncias colegiadas obedece às determinações

emitidas pela Secretaria de Estado de Educação, Núcleo Regional de Educação e

demais órgãos competentes.

6.4 Formação continuada dos trabalhadores em educação e dos conselheiros

A formação continuada dos trabalhadores em educação e dos conselheiros

escolares é realizada de acordo com a disponibilidade de cursos ofertados pela

Secretaria de Estado de Educação e demais órgãos competentes.

44

Page 45:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

6.5 Matriz Curricular

ENSINO FUNDAMENTAL

Turno ManhãDisciplina/Série Quinta Sexta Sétima Oitava

Base

Naci

on

al C

om

um Artes 02 02 02 02

Ciências 03 03 03 04Educação Física 03 03 03 02Ensino Religioso* 01 01 00 00Geografia 03 03 04 03História 03 03 03 04Língua

Portuguesa

04 04 04 04

Matemática 04 04 04 04Sub-Total 22 22 23 23

P.D. L.E.M. – Inglês** 02 02 02 02Sub-Total 02 02 02 02

Total Geral 24 24 25 25

Turno TardeDisciplina/Série Quinta Sexta Sétima Oitava

Base

Naci

on

al C

om

um Artes 02 02 02 02

Ciências 03 03 03 04Educação Física 03 03 03 02Ensino Religioso* 01 01 00 00Geografia 03 03 04 03História 03 03 03 04Língua

Portuguesa

04 04 04 04

Matemática 04 04 04 04Sub-Total 22 22 23 23

P.D. L.E.M. – Inglês** 02 02 02 02Sub-Total 02 02 02 02

Total Geral 24 24 25 25

* Não computado na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.

** O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.

45

Page 46:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

ENSINO MÉDIO

Turno ManhãDisciplina/Série Primeira Segunda Terceira

Base

Naci

on

al C

om

um Arte 02 02 00

Biologia 02 03 02Educação Física 02 02 02Filosofia 00 00 02Física 02 02 02Geografia 03 02 02História 02 02 02Língua

Portuguesa

04 04 03

Matemática 04 04 04Química 02 02 02Sociologia 00 00 02

Sub-Total 23 23 23

P.D

.

L.E.M. – Inglês* 02 02 02Sub-Total 02 02 02

Total Geral 25 25 25

* O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.

46

Page 47:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

ENSINO MÉDIO

Turno Noite*Disciplina/Série Primeira Segunda Terceira

Base

Naci

on

al C

om

um Arte 02 02 00

Biologia 02 03 02Educação Física 02 02 02Filosofia 00 00 02Física 02 02 02Geografia 03 02 02História 02 02 02Língua

Portuguesa

04 04 03

Matemática 04 04 04Química 02 02 02Sociologia 00 00 02

Sub-Total 23 23 23

P.D

.

L.E.M. – Inglês** 02 02 02Sub-Total 02 02 02

Total Geral 25 25 25

* Serão ministradas 03 (três) aulas de 50 minutos e 02 (duas) aulas de 45 minutos.

** O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.

47

Page 48:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

6.6 Condições físicas, materiais e didáticas

A escola conta atualmente com Laboratório das Ciências, Laboratório de

Informática e Biblioteca equipados para o uso pelos educandos e educadores.

48

Page 49:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

7 AVALIAÇÃO DO PPP

Os Projetos Políticos Pedagógicos – PPP’s - passaram a ser elaborados pelos

estabelecimentos de ensino em meados da década de 1990, em respeito à Lei

9394/96 – Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

De acordo com os membros da comunidade escolar consultados, inicialmente a

construção destes projetos era realizada por um grupo restrito de pessoas, às vezes

uma única, recorrendo muitas vezes à cópias de outros projetos já prontos. Por isso,

esses projetos pouco refletiam a realidade do estabelecimento e a visão do coletivo da

comunidade escolar. Além disso, muitas vezes esses projetos, depois de aprovados,

eram guardados como “letra morta”, pois não eram utilizados. Outra referência muito

comum das pessoas entrevistadas, era o desconhecimento dos objetivos do PPP e

mesmo de como deveria ser sua construção.

Com objetivo de superar as deficiências apontadas, no processo de elaboração

deste Projeto Político Pedagógico buscou-se a participação de todos os membros da

comunidade escolar – educadores, educandos, funcionários, equipe pedagógica e

direção, pais e responsáveis, instâncias colegiadas, comunidade local - seja através de

questionamentos escritos, diálogos e reuniões. Além disso, o suporte oferecido pela

equipe do Núcleo Regional de Educação auxiliou no esclarecimento de dúvidas e

orientação sobre a sua construção.

A Avaliação deste Projeto Político Pedagógico será realizada semestralmente,

nas Semanas Pedagógicas, com objetivos de: permitir à todos os envolvidos o acesso

e o conhecimento do Projeto; verificar se o mesmo está sendo cumprido; quais suas

qualidades e quais suas deficiências. A partir dessas avaliações serão tomadas

medidas para superação das dificuldades encontradas e até mesmo a atualização do

Projeto.

49

Page 50:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIANCHETTI, Roberto Gerardo. Modelo Neoliberal e Políticas Educacionais. São

Paulo: Cortez, 2001.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional. Ministério da Educação. Disponível em:

<http://www.mec.gov.br/legis/zip/lei9394.zip> Acesso em: 23 de maio de 2003.

ESTADO DO PARANÁ/CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Deliberação 007/99 de 09

de abril de 1999. Delibera sobre as normas gerais para avaliação do aproveitamento

escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos do sistema estadual de ensino

em nível do ensino fundamental e médio. Relatores: Marília Pinheiro Machado de

Souza e Orlando Bogo. [Curitiba: s.n., 1999].

ESTADO DO PARANÁ/CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Deliberação 014/99 de 08

de outubro de 1999. Delibera sobre indicadores para elaboração da proposta

pedagógica dos estabelecimentos de ensino da Educação Básica em suas diferentes

modalidades. Relatores: Solange Yara Schmidt Manzochi, Clemência Maria Ferreira

Ribas, José Frederico de Mello et all. [Curitiba: s.n., 1999].

FREIRE, Paulo. Política e Educação. São Paulo: Cortez, 2003.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. 35 ed. rev. amp. Campinas: Autores

Associados, 2002.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética-libertadora do

processo de avaliação escolar. 16 ed. São Paulo: Libertad 2006.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção

coletiva. in ___ (org.) Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção

possível. 20 ed. Campinas: Papirus, 2005. p.11-35.

50

Page 51:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

ANEXOS

51

Page 52:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

1 PROPOSTAS CURRICULARES

1.1 Ensino Fundamental

52

Page 53:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

ARTES

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Arte no ensino fundamental visa construir uma proposta de

ensino para os alunos das escolas públicas levando em conta a necessidade de uma

reflexão a respeito da disciplina.

No período colonial ocorreram nas vilas onde estavam situadas reduções

jesuíticas as primeiras manifestações de arte na educação, primeiramente

desenvolveu-se uma educação de cunho religioso onde prevaleciam os grupos de

origem portuguesa, indígena e africana.

O trabalho de catequização desses povos permeava ensino religioso e artes

através da literatura, da musica, da dança, pintura e outros trabalhos manuais.

Em todas as localidades onde a Companhia de Jesus se estabeleceu foi

responsável pelas formas artísticas que se originaram.

O trabalho educacional jesuítica influenciou na construção cultural brasileira e

perdurou por dois séculos. Essas influências manifestaram-se na cultura popular

brasileira, exemplo: a música, o folclore, a dança e luta, proporcionando assim uma

grande diversidade cultural.

As significativas mudanças no ensino de artes ocorreram com a fundação da

academia de Belas Artes, onde os alunos aprenderam as artes e ofícios artísticos.

Esses princípios artísticos fundamentam-se nas idéias iluministas. Com a

reforma educacional do Brasil República os positivistas inspirados em Augusto Comte,

valorizavam a arte e os desenhos geométricos para desenvolver a mente e o

pensamento cientifico, visando preparar o trabalhador para o desenvolvimento

econômico industrial atendendo o modo de produção capitalista.

53

Page 54:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

O marco importante para a Arte brasileira foi à Semana de Arte Moderna, onde

os modernistas deixaram de se inspirar na arte européia enfocando o nacionalismo e

os temas nacionais. Esse movimento da inicio a valorização da cultura popular e

abrem brechas a inúmeras manifestações artísticas.

A arte vai ampliar seus horizontes e possibilitar novas correntes de expressão.

“... não se restringia apenas à corrente da livre expressão, acreditava no uso de

temas e de historias reais e inventadas, como forma de integração entre a arte e a

vida, entre o conhecimento especifico e a experiência do aluno, valorizando a reflexão

e a critica no ensino de Arte” (CAVALCANTI apud DIRETRIZES CURRICULARES, 2006).

No decorrer desse processo de desenvolvimento histórico no ensino da arte,

ocorreram muitas transformações, porém essa disciplina exige reflexões que

contemplem a arte como área do conhecimento e não meramente para destacar dons

inatos.

Nas diversas teorias sobre a arte são estabelecidas algumas referências sobre

sua função, o que resulta também em diferentes posições: como a arte pode servir à

ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica e transformar-se em

mercadoria meramente proporcionar prazer.

Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos

conhecimentos estético, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo

cultural da humanidade nas suas diversas representações. De acordo com as

Diretrizes Curriculares, pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de

pensamento, apreender e expandir suas potencialidades criativas.

A partir das concepções da arte e de seu ensino, estas diretrizes consideram

alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de

estudo desta disciplina:

• O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objetivo artístico

em seus aspectos sensíveis e cognitivos.

• O conhecimento artístico que está relacionado com o fazer e com o processo

criativo.

54

Page 55:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

• O conhecimento contextualizado que envolve o contexto histórico (político,

econômico e sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a

compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos.

A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é transformar

e nesse processo o sujeito também se recria. A arte, quando cria uma nova realidade,

reflete a essência do real. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e

enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho. A pratica pedagógica deve

contemplar as Artes Visuais, a Dança, a Música e o Teatro tendo como referencia as

relações estabelecidas entre a arte e a sociedade.

O aluno da educação básica terá acesso ao conhecimento presente nas

diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com a proximidade

das mesmas com o seu universo. O professor, por sua vez, ao selecionar os conteúdos

específicos que irá desenvolver enfocará as formas de relação da arte com a

sociedade com maior ou menor ênfase, abordando o objeto de estudo por meio dos

conteúdos estruturantes.

55

Page 56:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

• Desenvolver a percepção através da vivencias culturais, experiências

diversas e estruturas mentais;

• Desenvolver a sensibilidade ao valor estético de diferentes formas de

expressão visual;

• Desenvolver a criatividade do aluno utilizando-se intencionalmente os

elementos visuais e as interações para o enriquecimento da expressão e

recepção de mensagens visuais;

• Compreender e relacionar-se com aspectos históricos, sociais, econômicos e

culturais que influenciam o mundo tecnológico;

• Apreciar os produtos de expressão e de tecnologia de outras civilizações,

como manifestações culturais diferentes, daquelas a que estão habituados e

eventual mente sugestivas de inovações adequadas aos seus problemas;

• Identificar e analisar situações;

• Interpretar músicas existentes vivenciando um processo de expressão

individual ou grupal, dentro e fora da escola;

• Utilizar e criar de letras de canções, parlendas, rap’s, etc, como portadoras

de elementos da linguagem musical;

• Desenvolver atividades como brincadeiras, jogos, danças, atividades

diversas de movimento e suas articulações com os elementos da linguagem

musical;

• Traduzir simbolicamente as realidades interiores e emocionais por meio da

musica;

• Expressar e saber comunicar-se em artes mantendo uma atitude de busca

pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a

sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;

56

Page 57:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

• Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em artes

(Artes Visuais, Dança, Musica, Teatro), experimentando-os e conhecendo-os

de modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais;

• Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e

conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, no

percurso de criação que abriga uma multiplicidade de procedimentos e

soluções;

• Compreender e saber identificar a arte como fato histórico contextualizado

nas diversas culturas, conhecendo respeitando e podendo observar as

produções presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio

cultural e do universo natural, identificando a existência da diferenças nos

padrões artísticos e estéticos;

• Observar as relações entre o homem e a realidade com interesse e

curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e

apreciando arte de modo sensível;

• Compreender e saber identificar aspectos da função e dos resultados do

trabalho do artista, reconhecendo, em sua própria experiência de aprendiz,

aspectos do processo percorrido pelo artista;

• Trabalhar todos os itens acima citados dando uma maior ênfase aos tópicos:

Educação do Campo e Ambiental e a Cultura Afro.

57

Page 58:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes Curriculares Estaduais de Artes estabelecem como conteúdos

estruturantes para a disciplina os elementos básicos das linguagens artísticas, as

produções e manifestações artísticas e os elementos contextualizadores, que serão

abordados em conjunto nas áreas como segue:

QUINTA E SEXTA SÉRIES

Artes Visuais

Elementos básicos das linguagens artísticas;

Produções e manifestações artísticas;

Elementos contextualizadores.

SÉTIMA SÉRIE

Música

Elementos básicos das linguagens artísticas;

Produções e manifestações artísticas;

Elementos contextualizadores.

OITAVA SÉRIE

Teatro e Dança

58

Page 59:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Elementos básicos das linguagens artísticas;

Produções e manifestações artísticas;

Elementos contextualizadores.

Educação Ambiental

A Educação Ambiental na disciplina de Artes será abordada no âmbito escolar

procurando ressaltar que todas e quaisquer manifestações artísticas são influenciadas

pelo meio ambiente onde o sujeito está inserido.

Educação do Campo

A Educação do Campo será contemplada na disciplina de Artes através das

festas tradicionais, gastronomia, as diferentes formas de comunicação, mostrando a

relação campo-cidade, desmistificando os conceitos existentes.

Cultura Afro-Brasileira

Através da arquitetura, dança, música, vestuários, objetos decorativos e outras

manifestações artísticas mostraremos aos alunos a contribuição desses elementos na

sociedade contemporânea.

59

Page 60:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Uma escola democrática necessita apresentar-se ao aluno como um espaço no

qual se reflete e se discute a realidade, sendo a pratica social ainda propiciar aos

alunos, leituras sobre os signos existentes na cultura de massa para se discutir de que

formas a industria cultural interfere e censura as produções e manifestações culturais

com as quais os sujeitos identificam-se.

A cultura è um fator que esta em constante transformação. Cada cultura possui

sua lógica. A esse respeito Santos afirma que: “... Cultura diz respeito à humanidade

como um todo e ao mesmo tempo a cada um dos povos, nações, sociedades e grupos

humanos” (1987 p.8-9).

A cultura funciona como uma lente através da qual o homem se vê, se

compreende, se inclui, se localiza, se insere na diversidade bem como se relaciona,

participa, ressignifica, enfim, percebe o mundo.

O encaminhamento metodológico do documento de Diretrizes Curriculares

orienta o tratamento a ser dado a cada uma das linguagens artísticas, constituindo-se

no referencial para o planejamento dos conteúdos, a ser construído pelo professor.

Contemplara as manifestações e produções artísticas através de elementos básicos,

contidos em cada linguagem artística, priorizando e valorizando o conhecimento nas

aulas de Arte.

Nas Artes Visuais o professor explorara as visualidades em formato

bidimensional, tridimensional e virtual, podendo trabalhar as características

especificas contidas na estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição

desses elementos no espaço.

Em Dança, o principal elemento básico a ser estudado é o movimento. A partir

do seu desenvolvimento no tempo, espaço o professor poderá explorar as

possibilidades de improvisação e composição com os alunos. As aulas de Dança

poderão também abordar questões acerca das relações entre o movimento e os

conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que refletem esteticamente a

realidade vivida.

Na Linguagem Musical, a simples percepção e memorização dos sons presentes

no cotidiano não se caracterizam como conhecimento musical. Há que se priorizar no

60

Page 61:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

tratamento escolar dessa linguagem, a escuta consciente dos sons percebidos, bem

como a identificação das suas propriedades, variações e as maneiras intencionais de

como esses sons são distribuídos numa estrutura musical.

A Linguagem Teatral poderão ser explorados como conteúdos, assim como na

Dança, as possibilidades de improvisação no trabalho com as personagens, com o

espaço da cena e com o desenvolvimento de temáticas que partam tanto de textos

literários ou dramáticos clássicos, quantos de narrativas orais e cotidianos. O

desenvolvimento da linguagem do teatro na escola também estará se ocupando de

tratar da montagem do espetáculo, a reflexão sobre cada um dos seus elementos

formadores pelo conjunto de signos presentes nessa linguagem, como construídos de

forma a proporcionar ao aluno em seu processo de aprendizagem, o conhecimento por

meio do ato de dramatizar.

Os saberes específicos em Arte, das diferentes linguagens artísticas, objetivam

viabilizar a integração destes as manifestações e produções artístico-culturais,

entendendo os alunos como sujeitos que constroem e são construídos historicamente.

61

Page 62:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

A partir dos pressupostos apontados na disciplina de artes no ensino

fundamental esta se apresenta como componente curricular e fundamental, sendo

responsável por viabilizar o acesso ao conhecimento do educando e sistematizando

tais conhecimentos, proporcionando ao aluno por meio de um conjunto de saberes a

compreensão das varias realidades e ampliando sua visão do mundo.

A avaliação é processual e diagnostica onde é preciso considerar a historia

pessoal de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas em sala.

Sendo assim serão feitos trabalhos individuais e em grupo segundo a

necessidade dos conteúdos programáticos, inclusive permitindo ao aluno manifestar

seus pontos de vista, que contribuirá pra ampliar sua percepção nesse processo de

aprendizagem co-relacionando sempre que possível com os temas artísticos.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

Instrumentos de avaliação:

62

Page 63:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

resolução de questionamentos escritos e orais;

produção ou análise de textos, dramatizações, desenhos, músicas, poemas,

mapas, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;

realização de atividades na sala de aula, no laboratório de ciências, na

biblioteca, em saídas de campo e em domicílio;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

participação em palestras e atividades culturais;

participação, comprometimento e atitude em sala de aula;

outros.

63

Page 64:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, F. de, A cultura brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São Paulo:

Melhoramentos, editora da USP, 1971.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

BUORO, A. B.Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte. São

Paulo:Educ, Fapesp, Cortez, 2002.

COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte: Conteúdos essenciais para ensino

fundamental, Editora Ática, São Paulo, 2000.

HERLING, André & YAJIMA, Eyi. Desenho (Educação Artística), 5ª, 6ª, 7ª e 8ª series. São

Paulo, IBEP.

SANTOS, J. L. O que é cultura. 6ª ed. São Paulo. Brasiliense, 1987.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEF. Diretrizes Curriculares Estaduais para o

ensino de Arte. Versão Preliminar. Curitiba; [?], 2006.

SIMAO, G.T. Emma Koch e a implantação das escolinhas de arte na rede oficial de

ensino: mudanças na cultua escolar e curitibana. Curitiba, 2003. Dissertação.

Mestrado em Educação, Universidade Federal do Paraná.

XAVIER, Natalia, AGNER, Albano, Viver com Arte: Educação Artística, Editora Ática, v.2.

5ª edição, São Paulo, 1987.

64

Page 65:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A maioria dos educandos traz consigo uma série de explicações sobre os

fenômenos naturais e tecnológicos, ou seja, todo o educando detém um conhecimento

que deve ser articulado com o conhecimento cientifico que se lhe pretende ensinar.

Este conhecimento que o educando traz para a sala de aula se concebe em seu

cotidiano, através da observação e de diversas informações que absorve. Porém, este

conteúdo constitui um conhecimento fragmentado, empirista – indutivista, que está

fundamentado na concepção que a observação é a fonte do conhecimento e que o

conhecimento científico acontece através dos fenômenos, ou seja, de métodos

científicos.

Desse modo, é muito importante que as atividades desenvolvidas em sala de

aula não se limitem a exemplificações, leituras, resoluções de exercícios, de forma

linear, fora do contexto científico e social, o que se pretende é que todas as atividades

tenham garantido espaço de reflexão, desenvolvimento e elaboração de idéias.

No ensino Ciências, quando abordado incorretamente gera, ao contrário do que

se pretende, atividades mecânicas, repetitivas, que não passam de receitas ou

instruções onde o educando segue rigorosamente as etapas para se chegar ao

resultado “correto”.

Neste sentido, para uma melhor compreensão do ensino e aprendizagem em

Ciências como um todo, inserido no contexto científico, tecnológico e social, os

saberes fundamentais (corpo humano e saúde, ambiente, matéria e energia e

tecnologia) devem articular-se entre as séries, mesmo que ainda, por uma questão de

cunho didático, estejam divididas em conteúdos específicos.

No que diz respeito à prática de experimentos, através desse tipo de método

“jogos de respostas corretas”, obriga o educador a testá-lo previamente, pois nada

poderá interferir no resultado da resposta desejada, afastando falhas que

65

Page 66:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

possivelmente possam contrariar a idéia de que o experimento é a confirmação fiel de

uma teoria. Com isso o aluno vai formando uma imagem distorcida sobre o trabalho

científico e fica na cabeça do aluno a impressão de que os experimentos sempre

levam a respostas corretas e o professor na maioria das vezes utiliza a aula prática

para confirmar o que ensinou na teoria.

Nessa perspectiva, as Diretrizes Curriculares traz o modelo construtivista,

fundamentado nas idéias da psicologia cognitiva, os conteúdos específicos passam a

ser entendidos como um processo, superando a idéia de q o acervo de conhecimentos

está pronto e acabado.

Assim, os alunos são construtores dos conhecimentos e co-responsáveis pela

sua aprendizagem (Amaral, 2000, p. 219). Afirma-se, a perspectiva de uma educação

continuada e a busca pela integração entre a teoria e prática pedagógica,

estabelecendo uma constante movimentação, expressa em ciclos de ação e reflexão.

(Diretrizes, 2006, p. 16).

A partir do momento que há interação com o conhecimento, o processo de

ensino aprendizagem está permitindo a formação de novos conceitos,

desenvolvimento cognitivo, aprimoramento de atividades críticas, contribuindo para a

formação de um cidadão crítico, no que tange à aprendizagem futura, devido à

familiarização do sujeito com esta idéia.

O ato educacional depende do convívio tanto por parte do educador quanto do

educando, assim são fundamentais as situações em que se possa aprender a dialogar,

a ouvir o outro e ajudá-lo, a pedir ajuda, aproveitar críticas, explicar um ponto de

vista, coordenar ações para obter sucesso em uma tarefa conjunta.

A criação de um clima favorável a tal aprendizado depende do compromisso do

educador em aceitar contribuições dos educandos, respeitando-as mesmo quando

apresentadas de forma confusa ou incorreta, pois é desta forma que o educando

constrói conhecimento científico.

Outro fator é direcionar informações, pois com as transformações tecnológicas,

econômicas e culturais exige do homem uma multiplicidade de conhecimentos. Para

além do conteúdo científico, a educação possua uma função formadora, pois os

educandos são repletos de necessidades físicas, emocionais, culturais e intelectuais.

Assim, buscar uma educação equilibrada, que atenda a todas as necessidades, é

fundamental pra a sua formação, por isso pode-se dizer que educar em sentido mais

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Page 67:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

amplo significa considerar as diversas experiências sociais, culturais e intelectuais dos

alunos. Ou seja, respeitar sua historia de vida, linguagem, costumes, condições

sociais, moradia e lazer.

Desta forma pode-se dizer que educar é criar e proporcionar meio para que o

educando possa desenvolver todas as suas capacidades enquanto ser humano e,

ainda mais, que esse educar proporcione aos educandos novas experiências que

possam enriquecer seu universo de conhecimento.

Neste processo de educação visa a capacitação do educando no agir

conscientemente diante de novas situações, não desprezando suas experiências

anteriores, a fim de que sejam atendidas suas necessidades individuais e coletivas.

Sabemos que os indivíduos diferem entre si. Em conseqüência disso, não há

dois alunos que sejam iguais quanto a sua maturidade, capacidade, domínio

vocabular, resistência ao cansaço, atitudes, idéias, etc.

O processo de aprendizagem deve acontecer de forma significativa, ou seja,

precisa ser relacionado com o universo de conhecimentos, experiências e vigências do

educando, permitindo que ele formule problemas e questões que lhe dizem respeito.

Necessita também ir ao encontro a problemas práticos, de natureza social e

ética que lhes sejam relevantes.

Tem que permitir que o aluno participe com responsabilidade do processo de

aprendizagem. Relacione o que aprendeu com o seu cotidiano, traga esta

aprendizagem para a vida, que suscite modificações no comportamento e até mesmo

na personalidade.

Quando a aprendizagem é realmente significativa é porque está realmente

sendo trabalhada através de objetivos concretos. Toda aprendizagem se faz em um

processo que deve ser contínuo, caso contrário, a aprendizagem sofrerá interrupções

e desvios e correrá até o risco de não oferecer condições para que o aluno possa

atingir os objetivos propostos.

A aprendizagem acontece de forma interligada, ou seja, privilegia o

desenvolvimento mental, momento em que o educando aprende a captar e processar

informações, selecionando dados, relacionando e formulando conceitos que propicia

tanto a criação quanto a resolução de problemas.

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Page 68:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Pode-se dizer que a aprendizagem melhora o desenvolvimento pessoal dos

alunos, pois propícia o desenvolvimento das suas capacidades e valores, subsidiando

as relações entre o mundo individual e social.

O ensino de ciências constitui um meio importante de preparar o estudante

para enfrentar desafios que surgem de uma sociedade preocupada em integrar, mais

e mais, as descobertas científicas ao bem estar dos indivíduos. Por isso, todos os

estudantes, quaisquer que sejam suas aspirações, seus interesses e suas atividades

futuras, devem ter a oportunidade de adquirir um conhecimento básico das ciências

naturais que lhe permita não só compreender e acompanhar as rápidas

transformações tecnológicas como também participar de forma esclarecida e

responsável de decisões que dizem respeito a toda sociedade.

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Page 69:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

Instigar a curiosidade, a criatividade do aluno;

Considerar o conhecimento cognitivo e a diversidade cultural do aluno;

Respeitar os conhecimentos prévios dos alunos, como a sua produção

intelectual e também como ponto de partida para o desenvolvimento do saber;

Contribuir com a formação de cidadãos ativos e críticos, capazes de posicionar-

se frente às situações de seu tempo;

Desenvolver a responsabilidade, a solidariedade, a autonomia e o respeito ao

bem comum;

Possibilitar situações de aprendizagem nas quais os conteúdos sejam abordados

numa perspectiva de totalidade;

Incentivar uma postura e participativa face às novas tecnologias;

Auxiliá-los na compreensão das relações e inter-relações que se estabelecem na

sociedade entre os homens e homem-natureza, bem como suas respectivas

implicações;

Discutir temas de forma crítica, refletindo sobre os aspectos econômicos,

sociais, culturais, ambientais, éticos e políticos, apontando as relações de poder

existentes na produção científica;

Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações de

homens e mulheres;

Desenvolver hábitos de saúde e cuidado corporal, concebendo a saúde pessoal,

social e ambiental, como bens individuais e de coletividade que se devem conservar e

preservar;

Relacionar a capacidade e interação com o ambiente e a sobrevivência das

espécies;

Perceber a construção histórica do conhecimento científico;

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Page 70:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Coletar dados e buscar informações;

Adquirir novos conhecimentos e aplicá-los na sua realidade;

Compreender os fundamentos de Ciências através da teoria e da prática.

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Page 71:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

QUINTA SÉRIE

Os seres vivos e o ambiente;

Ecologia e suas relações com o ambiente;

Cadeia e teia alimentar;

As variadas relações entre os seres vivos;

O interior da Terra;

Rochas e minerais;

Cuidados com o solo;

Doenças adquiridas através do solo contaminado;

O lixo;

As riquezas naturais;

A água: ciclo e estados físicos;

A qualidade da água;

Contaminação e poluição da água;

Densidade e flutuação dos corpos;

Pressão da água;

A atmosfera;

Composição do ar;

A pressão do ar;

A previsão do tempo;

O ar e a nossa saúde;

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Page 72:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

O universo;

O sistema solar;

A terra e seu satélite.

SEXTA SÉRIE

A célula e a organização dos seres vivos;

Matéria e energia;

Reprodução;

A origem da vida;

Classificação dos seres vivos;

Os vírus;

As bactérias;

Protozoários e algas unicelulares;

Fungos;

Introdução ao Reino Animal:

Poríferos;

Cnidários;

Platelmintos;

Nematelmintos;

Anelídeos;

Moluscos;

Introdução aos Artrópodes;

Insetos;

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Crustáceos;

Aracnídeos;

Diplópodes;

Quilópodes;

Equinodermos;

Introdução aos Vertebrados;

Peixes;

Anfíbios;

Répteis;

Aves;

Mamíferos;

Introdução ao Reino Plantae;

Briófitas;

Pteridófitas;

Gimnospermas;

Angiospermas (raiz, caule, folhas, flores e sementes);

Ecossistemas terrestres;

Ecossistemas aquáticos.

SÉTIMA SÉRIE

organização do corpo humano;

células e tecidos;

os alimentos;

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Page 74:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Sistema Digestório;

A alimentação equilibrada;

Sistema Respiratório;

Sistema Circulatório;

O sangue;

Sistema Urinário;

A pele;

Esqueleto;

Músculos;

Sentidos;

Sistema Nervoso;

Sistema Endócrino: Hormônios;

Sistema Reprodutor;

Cuidados para evitar a gravidez;

A puberdade;

Doenças sexualmente transmissíveis;

As bases hereditárias.

OITAVA SÉRIE

Matéria e energia;

Propriedades Físicas e Químicas da matéria;

Ciência e sociedade;

O átomo;

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Page 75:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Os elementos químicos.

Substancias e misturas;

Funções químicas: ácido, base, sal e oxido;

Equação química;

Reações químicas: síntese, adição, simples troca e dupla troca;

Energia nuclear;

Introdução à Física;

O movimento com velocidade constante;

O movimento com aceleração;

Forças;

Atração gravitacional;

Trabalho e energia;

Máquinas;

O calor;

Transmissão de calor;

As ondas e o som;

A natureza da luz;

Espelhos e lentes;

Eletricidade e magnetismo;

O sistema Solar;

A Terra.

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Page 76:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A Educação Ambiental será abordada na disciplina nos próprios conteúdos que

serão trabalhados, bem como a Cultura Afro-Brasileira.

A Educação do Campo será abordada dentro dos quatro eixos temáticos:

1) Trabalho: divisão social e territorial. Envolve as atividades agrícolas,

econômicas e política social.

2) Cultura e identidade. Abrangem os modos de vida e os costumes dos povos.

3) Interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento

sustentável. Engloba os tipos de relações culturais dos povos do campo.

4) Organização política, movimentos sociais e cidadania. Analisam as condições

de existência dos povos do campo, bem como a existência dos partidos políticos, dos

representantes políticos e dos processos eleitorais.

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Page 77:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Seguindo a proposta das Diretrizes Curriculares, o ensino e aprendizagem, na

disciplina de Ciências, deve-se trabalhar de forma articulada, considerando

conhecimentos físicos, químicos e biológicos, de modo a favorecer a compreensão

dos fenômenos. Partindo do pressuposto de que ciência é uma construção humana,

passível de alteração e marcada por intensas relações de poder.

Neste sentido, é importante trabalhar os conteúdos específicos, a partir dos

estruturantes, enfatizando os aspectos históricos em que contexto o conhecimento

estudado foi produzindo, para que se conheça as intenções e as expectativas da

sociedade.

Outra linha metodologia essencial é a de contextualização, articulada com

outros conhecimentos, discutir problemas do cotidiano, analisar a origem e refletir

sobre as conseqüências. Para este trabalho metodológico as Diretrizes Curriculares

posiciona-se da seguinte forma: “... tanto os alunos quanto o professor assumem

uma postura diferente frente ao problema inicial, pois os conhecimentos científicos

tratados desta forma, propiciam a eles modificações intelectuais e qualitativas,

referentes às concepções prévias sobre o conteúdo específico estudado, passando

de uma compreensão científica menos elaborada para uma mais elaborada,

determinando um novo posicionamento...” (p. 49).

Os assuntos abordados podem ser trabalhados, também, por meio de

experimentos e atividades, articulando a teoria e prática, sempre concebendo a

ciência como mutável, falível, principalmente no que diz respeito às experiências,

cuja função não é de trazer práticas repetitivas e orientadas por meio de roteiros a

serem seguidos. Assim, os professores poderão fazer uso de recursos pedagógicos

mais variados e condizentes com a realidade dos alunos.

Na cultura afro-brasileira o professor poderá utilizar algumas temáticas como:

teoria antropológica, a teoria racista, as característica biológicas desses povos e a

contribuição dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da

Ciência e da Tecnologia.

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Page 78:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

A avaliação será concebida durante o processo de ensino e aprendizagem, a

qual deve informar ao professor o que foi aprendido pelo aluno e, informar ao aluno,

quais são seus avanços, dificuldade e possibilidade. Contudo a avaliação deve assumir

um caráter construtivo e diversificado.

As formas avaliativas, segundo a concepção adotada nestas diretrizes, deverão

analisar o crescimento intelectual do aluno. Uma avaliação para ser completa precisa

diagnosticar as mudanças ou reafirmações nas atitudes dos educando. Assim,

podemos destacar: interação no processo de ensino e aprendizagem, diferentes

formas de conceber e se apropriar dos conteúdos específicos e do conhecimento

cientifico, capacidade de relacionar aspectos sócias, políticos, econômicos, éticos e

históricos com o assunto estudado, interdiciplinarizar conteúdos, contextualizar, entre

outros.

Assim, por meio os instrumentos avaliativos diversificadas, os alunos podem

expressar os avanços na aprendizagem, a medida em que interpretam, produzem,

discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam

defendendo o próprio ponto de vista. (Diretrizes Curriculares, 2006, p. 55)

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

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Page 79:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

Instrumentos de avaliação:

• resolução de questionamentos escritos e orais;

• produção e análise de desenhos, tabelas, gráficos e outras formas de

expressão e representação;

• realização de atividades na sala de aula, no laboratório de ciências, na

biblioteca, em saídas de campo e em domicílio;

• pesquisa, produção e apresentação de seminários;

• pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

• participação em palestras e atividades culturais;

• participação, comprometimento e atitude em sala de aula;

• outros.

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Page 80:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

GEWANDSZNAJDER, Fernando. “Ciências, matéria e energia”. São Paulo: Editora Ática,

2005.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino

Fundamental, versão preliminar. Curitiba: 2006

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Page 81:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Educação Física tem a proposta de humanizar e diversificar a

prática pedagógica, buscando ampliar para o trabalho que incorpora as dimensões

afetivas, cognitivas e sócio-culturais dos alunos.

A história do ser humano é uma história de cultura na medida em que tudo o

que faz é parte de um contexto que produz e reproduz conhecimentos.

“O papel da Educação Física será o de transcender aquilo que se apresenta

como senso comum, desmistificando formas já arraigadas e equivocadas sobre o

entendimento das diversas práticas e manifestações corporais. Priorizando a

construção do conhecimento sistematizado como oportunidade ímpar, de

reelaboração de idéias e práticas que, por meio de ações pedagógicas, intensifiquem

a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos produzidos pela

humanidade e suas implicações para a vida. Como exemplo destes conhecimentos,

pode-se apresentar a discussão sobre a diversidade cultural em termos corporais, com

o intuito de que os alunos possam respeitar as diferenças identificadas, bem como se

posicionarem frente a elas de modo autônomo, realizando opções, pautadas nos

conhecimentos relevantes apresentados pelo professor”. (Diretrizes Curriculares,

2006).

Dentro das aulas de Educação Física o tema mais observado é a expressão

corporal, que pode ser manifestada desde o caminhar até em saltos e rolamentos. Se

expressando corporalmente o aluno mostra o seu mundo, a sua idéia, a sua

personalidade e o seu ponto de vista. Nas aulas de Educação Física busca-se

incentivar a expressividade corporal através de danças, dos jogos e de atividades que

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Page 82:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

façam o aluno expressar a sua emoção naquele momento e na forma que o instante

lhe permitir.

A dança das mais variadas formas faz com que o aluno aprenda a se

movimentar no ritmo correto, faz com que ele se descontraia por alguns minutos e

exprima a sua emoção em ouvir aquele som. Nos jogos também sentimos a

necessidade da expressão do corpo, seja para fazer a movimentação de um chute, ou

para comemorar um gol ou um ponto convertido. As atividades que envolvem a luta

em forma de jogo são de fundamental importância dentro da disciplina de forma social

e também física.

Pensamos nos conteúdos de Educação Física como conteúdos que busquem o

melhoramento do ser humano não para a competição, mas para o seu dia a dia.

A Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para que

desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando seu

aprimoramento como seres humanos.

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Page 83:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

Empregar atividades recreativas, visando as brincadeiras como expressões

miméticas privilegiadas na infância, momentos organizados nos quais o mundo tal

qual as crianças o compreendem, é relembrado, contestado, dramatizado,

experienciado;

Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e

construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de

desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais,

físicas, sociais e sexuais;

Realizar atividades que melhorem as suas qualidades físicas: velocidade,

resistência, flexibilidade, força, agilidade, coordenação e equilíbrio;

Repudiar qualquer espécie de violência, adotando atitudes de respeito mútuo,

dignidade e solidariedade nas práticas de cultura corporal de movimento;

Despertar o gosto pela dança, envolvendo o folclore e cultura afro-brasileira,

além da cultura local;

Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos

saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os

efeitos sobre a própria saúde e de melhoria da saúde coletiva;

Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como

reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer,

reconhecendo-as como uma necessidade do ser humano e um direito do cidadão, em

busca de uma melhor qualidade de vida;

Participar de atividades de natureza relacional, reconhecendo e respeitando

suas características físicas e de desempenho motor, bem como a de seus colegas,

sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais; apropriar-se

de processos de aperfeiçoamento das capacidades físicas, das habilidades motoras

próprias das situações-problema que surjam no cotidiano;

Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos

jogos, lutas e dos esportes, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta,

pelo diálogo e prescindindo da figura do árbitro. Saber diferenciar os contextos

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Page 84:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

amadores, recreativos, escolares e o profissional, reconhecendo e evitando o caráter

excessivamente competitivo em quaisquer desses contextos;

Formar cidadão crítico e autônomo.

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Page 85:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Atletismo:

Histórico e suas provas;

Corrida de velocidade;

Corrida com revezamento;

Salto em distância;

Arremesso de peso;

• Voleibol:

Histórico;

Fundamentos;

Familiarização com a bola;

Rodízio;

Regras básicas;

Sistemas;

Jogo desportivo;

• Basquetebol:

Histórico;

Familiarização;

Iniciação dos fundamentos básicos;

Regras básicas;

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Page 86:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Sistema de jogo;

Jogo desportivo;

• Handebol:

Histórico;

Familiarização;

Iniciação dos fundamentos básicos;

Regras básicas;

Sistema defensivo e ofensivo;

Jogo;

• Futebol:

Histórico;

Familiarização;

Iniciação dos fundamentos básicos;

Regras;

Jogo;

• Futsal:

Histórico;

Familiarização com a bola;

Iniciação dos fundamentos básicos;

Sistemas de jogo;

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Page 87:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Regras básicas;

Jogo desportivo

• Ginástica:

Capacidades físicas;

Habilidades motoras;

Alongamento;

Ginástica de solo;

Ginástica aeróbica;

Localizada;

Rítmica;

• Atividades recreativas:

Brincadeiras ao ar livre;

Brincadeiras em sala de aula;

Gincana cultural e temática;

Festival musical;

JINGEVAR (Jogos Internos do Colégio Getúlio Vargas)

• Tênis de mesa:

Histórico;

Empunhadura;

Regras básicas;

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Page 88:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Jogo propriamente dito;

• Dança:

Consciência corporal;

Expressão corporal;

Ritmo e movimento;

Folclórica;

De salão;

Ritmos atuais;

Cultura Afro-brasileira.

• Xadrez:

Histórico;

Reconhecimento do tabuleiro;

Movimentação das peças;

Regras;

Jogo;

• Lutas:

Histórico das lutas (principais);

Capoeira;

Modalidade olímpica;

Lutas na forma recreativa (briga de galo e cabo de guerra);

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Page 89:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Filmes relacionados com tipos de lutas.

A Educação Ambiental será abordada na disciplina estimulando os alunos a

praticarem atividades físicas em lugares ao ar livre como parques, praias etc,

destacando a importância sua importância para as saúdes física, mental e espiritual.

Será destacada a importância da existência de vegetação para a ocorrência de

sombras e a diminuição da temperatura do ambiente, tornando-o mais ameno e

agradável. Também sobre a água serão desenvolvidas observações, destacando sua

importância para o funcionamento o bom funcionamento do organismo.

Poderão ser realizadas gincanas com temáticas ambientais, como provas de

recolhimento de lixo, solução de problemas entre outros.

A cultura Afro-Brasileira será abordada nas aulas de Educação Física temas

como a dança Afro, a importância do negro na história do esporte (principalmente nas

provas de Atletismo), a cultura através do teatro e da música em relação a diferentes

momentos históricos do negro.

Também poderá ser trabalhado a capoeira com seus sentidos e significados, os

jogos que são praticados no Brasil pelos Afro-descendentes e africanos, as práticas

corporais através dos brinquedos e brincadeiras e as manifestações corporais

expressas no folclore brasileiro.

Educação do Campo é explorar a diversidade corporal, adaptando as atividades

de acordo com a realidade local. Nem sempre a atividade que tem boa aceitação na

cidade terá também no campo. Ao se trabalhar com a Educação Física no campo, o

professor terá que valorizar a experiência do aluno e utilizá-la dentro da sua aula,

através de brincadeiras e jogos.

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Page 90:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia usada pelo professor no processo de ensino e aprendizagem

deve garantir a busca do desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a

participação social e a afirmação de valores e princípios democráticos.

Os conteúdos escolares deverão ser abordados em procedimentos de

organização, sistematização de informações, aperfeiçoamento, entre outros e

abranger interesses que venham de encontro às necessidades e expectativas da

realidade escolar. Incluir o aluno no processo de ensino e aprendizagem, considerando

sua realidade social e pessoal, sua percepção de si e do outro, suas dúvidas e

necessidades de compreensão dessa mesma realidade. A partir de inclusão, constitui-

se um ambiente de aprendizagem significativa, que faça sentido para o aluno, no qual

ele tenha a possibilidade de trocar informações, estabelecer questões e construir

hipóteses na tentativa de respondê-las.

Trabalhar as práticas corporais no sentido que constituem um espaço de

desenvolvimento e formação de personalidade, na medida em que permitem ao aluno

experimentar e expressar diversas formas de ser e estar no mundo, contribuindo para

a construção de seu estilo pessoal de jogar, lutar, dançar e brincar.

Trabalhar a interdisciplinariedade, através de atividades na forma de gincanas,

onde todos os professores busquem os conteúdos mais importantes para serem

usados, através de provas recreativas que incentivem o interesse de aprender.

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AVALIAÇÃO

A avaliação será de forma constante, durante todo o processo ensino e

aprendizagem, em função dos objetivos propostos, num processo contínuo, claro e

sistemático. O aluno não será avaliado por padrões técnicos, mas sim através do

conhecimento de seus limites e possibilidades. Será observado também o grau de

independência para cuidar de si mesmo, ou para organizar atividades, além da forma

como respeita os seus colegas e o respeito por si próprio.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

Instrumentos de avaliação:

participação em jogos, dramatizações, brincadeiras, danças etc;

realização de atividades na quadra, na sala de aula, no laboratório de ciências,

na biblioteca, em saídas de campo e em domicílio;

participação em palestras, atividades culturais e esportivas;

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Page 92:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

resolução de questionamentos escritos e orais;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

participação, comprometimento e atitude em aula;

outros.

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Page 93:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino

Fundamental. Curitiba.2006 ?

MEDINA, João Paulo S. A Educação Física Cuida do Corpo... e (Mente), Papirus Editora,

4ª edição, São Paulo, 1985.

TAFFAREL, Celi Nelza Zülke, Criatividade nas aulas de Educação Física, Ed. Ao Livro

Técnico, 1ª edição, 1985.

GONÇALVES, Maria Cristina, PINTO, Roberto Costacurta, Alves, TEUBER, Silvia Pessoa,

Aprendendo a Educação Física, Ed. Bolsa Nacional do Livro Ltda. 1ª edição, 1996.

GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Campo. Curitiba, 2006.

GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-

Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei 10.639. 9 de

janeiro de 2003.

93

Page 94:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ensino Religioso tem como função principal na educação básica

superar o modelo catequético e proselitista. A disciplina pretende contribuir para o

reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração

cultural dos povos, bem como possibilitar ao educando o livre acesso as diferentes

fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.

“Uma das tarefas da escola é fornecer instrumentos de leitura da realidade e

criar as condições para melhorar a convivência entre as pessoas pelo conhecimento,

isto é construir os pressupostos para o dialogo” (COSTELLA, 2004, p. 101).

O ensino religioso permitira que os educandos possam refletir e entender as

formas que os diferentes grupos sociais se constituem culturalmente e a maneira que

relacionam com o sagrado, compreendendo também suas trajetórias, suas

manifestações no espaço da escola estabelecendo assim as relações de diferenças

entre cultura e o espaço de vivência dos indivíduos.

A sociedade de maneira geral busca formas para o desenvolvimento pleno do

sujeito humano nessa sociedade, no entanto, para que o homem consiga sua

realização integral necessita compreender os vários estágios pelos quais a sociedade

passou e os fatores que influenciaram e influenciam o homem em sociedade e o

Ensino Religioso torna-se uma ferramenta necessária para tal objetivo.

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OBJETIVOS GERAIS

Definir diversidade cultural;

Despertar no indivíduo o censo de responsabilidade e de tolerância;

Refletir sobre a violência cometida em nome da fé;

Despertar no aluno o interesse pelo conhecimento das varias crenças;

Promover a reflexão e a discussão sobre a religião afro-brasileira;

Reconhecer a riqueza da formação cultural;

Despertar no aluno o interesse em grandes pensadores e filósofos que estudam

esse tema;

Refletir em sala de aula sobre as maneiras possíveis de se construir uma

sociedade mais justa e solidária;

Superar através do conhecimento, o preconceito e discriminação de qualquer

crença;

A não admissão do uso de tempo/espaço escolar para legitimar uma

manifestação do sagrado em detrimento de outra, sendo que escolar não é um espaço

de evangelização, de expressões e de ritos;

Entender as diferentes manifestações do sagrado como foco do fenômeno

religioso;

Despertar no aluno o interesse sobre o universo cultural de diferentes grupos

étnicos sociais;

Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do

cotidiano que contextualiza-se no universo cultural;

Refletir durante as aulas a base cultural sobre o sagrado e promover a

discussão englobando as relações entre as diversas culturas que permeiam o Brasil.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

QUINTA E SEXTA SÉRIES

As Diretrizes Curriculares Estaduais da Disciplina de Ensino Religioso

estabelecem como conteúdos estruturantes:

• Paisagens Religiosas – relações estabelecidas pelos diferentes povos entre a

paisagem e a religião;

• Símbolo – símbolos gráficos que representam as diversas religiões, com seus

simbolismos e significados;

• Texto Sagrado – documentos escritos que guardam e transmitem a história,

as tradições e os preceitos de cada religião.

A partir destes conteúdos estruturantes foram elencados os seguintes

conteúdos específicos:

• Conceito sobre religião;

• Convivência na diversidade (relacionamentos com o outro permeado pela

alteridade e respeito às diferenças);

• As diversas religiões;

• Catolicismo;

• Islamismo;

• Hinduísmo;

• Conceitos de Candomblé;

• Conceitos de Umbanda;

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• Reconhecimento da singularidade de cada um;

• Festividades religiosas;

• Conceitos de espiritualidade;

• Conceitos de doutrina;

• Valorização de si mesmo e do outro;

Superação de preconceitos;

Construção do dialogo inter-religioso;

Manifestações culturais;

Direitos humanos;

Liberdade de culto;

Movimentos religiosos;

Ética e moral cristã;

Lugares Sagrados.

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Page 98:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A Educação Ambiental será abordada no sentido de conscientização e

preservação do meio ambiente, enfocando sua essencial importância para a vida de

todos os seres.

A Educação do Campo é um assunto de grande importância, por identificar-se

como uma cultura e forma de vida diferenciada e que deve ser valorizada, porque o

meio rural é a base estrutural de toda uma sociedade. E também para a valorização e

auto-afirmação de nossos educandos, uma vez que a nossa escola é composta pela

maioria de alunos vindos do campo.

A sociedade brasileira surgiu da miscigenação de muitas raças. Uma delas é a

africana, a qual representa grande parte da população. Portanto é indispensável o

estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana para que nossos alunos

conheçam suas origens e a partir daí possam valorizá-la, diminuindo assim, atitudes

de discriminação..

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Page 99:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Uma das tarefas da escola é fornecer instrumentos de leitura da realidade e

criar as condições para melhorar a convivência entre as pessoas, através do

conhecimento construir os pressupostos para o diálogo. O papel da religião é central

na construção da visão coletiva e individual das realidades, nos processos de

identificação e distinção de indivíduos e grupos ao longo da história.

Procura-se superar a tradicional aula de religião que era de forma catequética e

de doutrinação para uma relação de credos e abrir perspectiva de um verdadeiro

ensino.

Instruir é a tarefa especifica da escola, educar instruindo, sem excluir horizontes

dos valores étnicos, no sentido de que faz parte da instrução educativa o

conhecimento completo dos modelos de vida e dos sistemas de significado, como faz

parte da formação das virtudes da mente a capacidade de juízo critico sobre o

universo cultural.

Propor aos alunos exercícios de construção de painéis e também cartazes sobre

po significado do termo crença, utilizando-se de desenhos e foto-colagem a fim de

refletir sobre a realidade de sermos diferentes.

Elaborar textos coletivos que discutam sobre as diferenças religiosas, sobre a

intolerância da sociedade e sobre o sagrado em linguagem pedagógica.

Abordar a trajetória histórica das sociedades sem se manter preso ao aspecto

histórico, promovendo no educando o substrato religioso que colabore com a

formação do indivíduo na sociedade.

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Page 100:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnostica e processual, respeitando a maneira singular de

pensar do educando sobre a disciplina de Ensino Religioso.

Viabilizar reflexão e debates sobre os temas propostos da disciplina, procurando

ressaltar a opinião do aluno, apontando a necessidade de discussão sobre a

diversidade étnica-cultural em especifico no Brasil.

Determinando assim uma avaliação democrática que incentiva o dialogo para

melhor execução dos trabalhos com os alunos.

Devido às especificidades da disciplina e ao fato da mesma ser de matrícula

facultativa, as avaliações realizadas incidirão principalmente sobre o relacionamento

dos educandos entre si e não apenas sobre a aquisição de conteúdos. Não haverá a

necessidade de Recuperação de Estudos porque não há reprovação na disciplina

devido às especificidades da mesma.

100

Page 101:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

BACHA, F. I. Ensino Religioso na Escola publica de As Paulo. Curitiba. IESDE, 2000.

CIRCULO DE COOPERAÇÃO DO URI. Coordenadora: Loures Bueno , Regina Maria.

Impressão Gráfica da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, 2005.

CORREIA, Iara Toscano. O CASO JOÃO RELOJOEIRO, um santo popular. Uberlândia, ED.

EDUFU, 2004.

CISALPINO, Murilo. Religiões. São Paulo. ED. Scipione Ltda. 1994.

COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In Junqueira,

Sérgio; WGNER, Raul (org.) O ensino religioso no Brasil, Curitiba: Champagnat, 2004.

DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL.

Versão Preliminar. Secretaria do Estado da Educação. 2006.

ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo. Martins

Fontes. 1992.

HELLERN, Wictor. O livro das religiões. São Paulo, Companhia das Letras. 2000

MANOEL, Ivan. Igreja e educação feminina 1859 – 1919 uma face do conservadorismo

ED. UNESP. 1996.

PARÂMETRS CURRICULARES NACIONAIS, Ensino Fundamental. Brasília/ MEC 1998.

101

Page 102:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Embora o estabelecimento da Geografia como ciência tenha ocorrido somente

no século XIX, desde a Pré-História o conhecimento geográfico faz parte da vida dos

seres humanos, pois estes “organizam-se em sociedade e vão produzindo sua

subsistência, produzindo com isso seu espaço, que vai se configurando conforme os

modos culturais e materiais de organização dessa sociedade” (CAVALCANTI, 2005, p.

11).

Os povos pré-históricos, caçadores e coletores, já observavam a dinâmica das

estações do ano e a relacionavam com o ciclo reprodutivo da natureza para realizarem

suas migrações, em busca dos frutos e da caça. Mesopotâmios e egípcios, povos

agricultores, tinham conhecimento das variações climáticas, da alternância entre

período seco e período chuvoso. O conhecimento da direção, da constância e da

dinâmica dos ventos foi fundamental para os povos navegadores, como os polinésios.

Coube aos gregos, na Antiguidade, a primazia do registro sistemático dos

conhecimentos geográficos acumulados até então, em obras como os Périplos e a

Odisséia. Os romanos, e posteriormente os árabes na Idade Média, foram herdeiros e

disseminadores da cultura grega pela Europa, norte da África e Oriente Médio. Nesses

períodos, os conhecimentos geográficos eram relacionados à descrição e organização

dos espaços conquistados, ao estabelecimento de meio de comunicação e vias de

transporte para o comércio, à elaboração de mapas; às discussões a respeito da forma

e tamanho da Terra e da distribuição de terras e águas, aos estudos sobre as

condições climáticas, relacionando-as ao aproveitamento agrícola, entre outros.

No final da Idade Média e início da Idade Moderna, as Grandes Navegações e

Descobrimentos levaram à ampliação do conhecimento geográfico, inventariando e

catalogando dados sobre os continentes e oceanos, os territórios coloniais, suas

riquezas naturais e aspectos humanos, tudo com vistas à sua exploração. Os

102

Page 103:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

conhecimentos geográficos encontravam-se dispersos e desconexos em áreas de

conhecimento das quais viria, posteriormente, a servir-se a Geografia, como a

Astronomia, a Botânica, a Biologia, a Climatologia entre outras.

No século XIX, já na Idade Contemporânea, a Geografia foi sistematizada e

reconhecida como ciência e ramo autônomo do conhecimento humano. Essa

sistematização ocorreu na Alemanha, como imposição da necessidade burguesa de

unificar e industrializar o país e justificar seu expansionismo no continente europeu, e

na França, para fazer frente à escola alemã e justificar o imperialismo francês na

África e na Ásia.

Assim, a sistematização da Geografia, sua colocação como ciência particular e

autônoma, foi um desdobramento das transformações operadas na vida social, pela

emergência do modo de produção capitalista. No entanto, essa sistematização ocorreu

no final do processo de consolidação do capitalismo em determinados países europeus

[Alemanha e França], quando a prática da burguesia, então dominante, objetivava

justificar e manter ordem social existente (MORAES, 2002).

Para tanto, foi necessária a existência de pressupostos histórico/materiais -

conhecimento efetivo da extensão real do planeta; existência de um repositório de

informações, sobre variados lugares da Terra; aprimoramento das técnicas

cartográficas – e pressupostos filosófico/científicos - correntes filosóficas que

propunham explicações abrangentes do mundo e a compreensão dos fenômenos do

real; o pensamento político iluminista; a Economia Política, o Evolucionismo.

Desde os primórdios de sua criação como ciência, a Geografia tem passado

por mudanças teórico-metodológicas e a constante redefinição de seu objeto de

estudo e ensino. Se em princípio essas mudanças eram creditadas principalmente à

sua subordinação aos interesses hegemônicos, atualmente, em face da revolução

técnico-científica em curso, é importante que se considere que também a

Geografia, assim como vários outros ramos do conhecimento humano, atravessa

um período de profundas transformações.

Nesse sentido cabe ainda reconhecer o caráter histórico das sociedades

humanas, do conhecimento científico e das relações travadas entre estes dois

elementos. Nas palavras de Paulo Freire, reconhecer “a historicidade do

conhecimento, a sua natureza de processo em permanente devir. Significa

reconhecer o conhecimento como uma produção social, que resulta da ação e

reflexão...” (2003, p. 09).

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Apesar do aparente fim do socialismo dito real e da ausência de um modelo

sócio-político-econômico que contraponha-se ao neoliberalismo vigente, o referencial

teórico-metodológico da Geografia tem-se consolidado, como demonstram os

trabalhos de diversos autores (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEF, 2005 ),

com a utilização do materialismo histórico e dialético.

É importante lembrar que não existe neutralidade política no processo de

ensino-aprendizagem, sendo este também um ato político daqueles que dele

participam. Nesse sentido, fica explícita a elaboração e aplicação deste como uma

forma de analisar e pensar, criticamente, a estrutura social hegemônica existente,

visando à sua superação.

Não devemos deixar de observar a relação entre a “produção [e a reprodução]

histórica do saber como uma ‘verdade’ que justifica uma relação de poder” (GOVERNO

DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM, 2005 p. 05), e ainda, que educação e política

são “práticas distintas, mas que ao mesmo tempo não são outra coisa que senão

modalidades específicas de uma mesma prática: a prática social. Integram, assim, um

mesmo conjunto, uma mesma totalidade” (SAVIANI, 2003, p. 85).

O objeto de estudo e ensino da Geografia, atualmente definido como o Espaço

Geográfico, é conceituado por Lefebvre e Santos como o espaço “produzido,

apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e

ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados” (apud

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/SUED, 2006 p. 14) e por Milton Santos

como espaço

“formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório,

de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados

isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No

começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao

longo as histórias vão sendo substituídas por objetos técnicos, mecanizados

e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a

funcionar como uma máquina” (1996, p. 51).

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Page 105:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

E ainda “o espaço geográfico deve ser considerado como algo que participa

igualmente da condição do social e do físico, um misto, um híbrido” (SANTOS, 1996, p.

70).

O Espaço Geográfico, como objeto de estudo e ensino, é considerado como

produto da ação humana, através do trabalho social, no meio. Tal relação só pode ser

compreendida através do estudo do próprio meio e das necessidades e da capacidade

de apropriação de cada sociedade, no decorrer do processo histórico. Ao converter a

Natureza em um conjunto de objetos que seleciona à medida que desenvolve os

meios de utilizá-los, atribuindo-lhes valor, o Homem transformou-a em Segunda

Natureza, apropriando-se dela em um ato social.

A intervenção coletiva do homem na natureza objetivando a satisfação de suas

necessidades, o trabalho social, é o elo de ligação entre o homem e a própria

natureza. Não cabe a distinção entre o físico e o humano, pois a ação humana sobre a

superfície terrestre se faz presente em todas as partes. Nas palavras de Jecohti;

Filizola “a presença do homem é um fato em toda a face da Terra, e a ocupação que

não se materializou é, todavia, politicamente existente” (1992, p. 100).

Seguindo esse princípio, para compreender o meio é necessário entender a

interdependência de todos os seus elementos. Para compreender a organização

espacial faz-se necessário entender as relações sociais que ocorrem nesse mesmo

espaço, através dos processos de trabalho e satisfação das necessidades humanas.

Compreender o Espaço Geográfico é compreender as relações meio-sociedade e todas

as suas correlações inerentes e decorrentes.

Para compreensão do Espaço Geográfico faz-se necessário o domínio dos

conceitos de lugar, paisagem, região, território, natureza e sociedade (GOVERNO DO

ESTADO DO PARANÁ – SEED/SUED, 2006; CAVALCANTI, 2005).

O lugar é definido como “o espaço onde o particular, o histórico, o cultural e a

identidade permanecem presentes [e revela] especificidades, subjetividades,

racionalidades próprias do espaço local” (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ –

SEED/SUED 2006, p. 18). No lugar ocorrem as relações pessoais e as experiências

afetivas, daí que são significados com positivos e negativos, bons e maus

(CAVALCANTI, 2005, p. 93)

A paisagem, de acordo com Santos (1988) é “o domínio do visível, aquilo que a

vista abarca. Não é formada apenas de volume, mas também de cores, movimentos,

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odores, sons etc” (p. 61) e é também “materialidade, formada por objetos materiais e

não materiais. [...] fonte de relações sociais” (p. 71-72).

É ainda a “materialização de um momento histórico” e seu real significado só

pode ser alcançado através da compreensão de sua subjetividade (GOVERNO DO

ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 16). Essa subjetividade da paisagem é

resultado do imaginário social, das crenças e valores, dos sentimentos das pessoas

que a constroem.

A região foi configurada, segundo Milton Santos, através de “processos

orgânicos, expressos através da territorialidade absoluta de um grupo, onde

prevaleciam suas características de identidade, exclusividade e limites” e atualmente

é o “suporte e a condição de relações globais que de outra forma não se realizariam”

(apud GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 17).

Além disso, a região é “considerada uma entidade concreta, resultado [...] da

efetivação dos mecanismos de regionalização sobre um quadro territorial já

previamente ocupado” (CORRÊA apud CAVALCANTI, 2005, p. 103) e subdivisão, Milton

Santos, “do espaço: do espaço total, do espaço nacional e mesmo do espaço local”

(apud CAVALCANTI, 2005, p. 103).

O território pode ser nacional, regional ou local e é nele que ocorre o confronto

e a associação entre o mundo e o lugar (SANTOS apud GOVERNO DO ESTADO DO

PARANÁ/SEED-SUED, 2006, p. 19). No território ocorrem as “relações de espaço e

poder” e a “normalização das ações, tanto globais quanto locais” (GOVERNO DO

ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 19). Os territórios, mais do que espaços

concretos, são “relações sociais projetadas no espaço” (CAVALCANTI, 2005, p. 109).

Natureza, de acordo com Mendonça, é “um conjunto de elementos naturais que

possui em sua origem uma dinâmica própria que independe da ação humana, mas

que, na atual fase histórica do capitalismo acaba sendo reduzido apenas à idéia de

recursos” (apud GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 20).

A sociedade é “aquela que produz um intercâmbio com a natureza,

transformando-a em função de seus interesses econômicos e ao mesmo tempo sendo

influenciada por ela, criando desta forma, seus espaços de acordo com as relações

políticas e as manifestações culturais” (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED

2006, p. 21).

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Page 107:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Também conceitos como estado, nação, cultura, imperialismo, dependência,

centro, periferia, marginalidade (CAVALCANTI, 2005, p. 16), entre outros, são

importantes para a compreensão do espaço geográfico mundial contemporâneo.

É fato pacificamente aceito que estamos em meio à Terceira Revolução Técnico-

Científica ou Revolução Informacional. Esta revolução é impulsionada, entre outros:

pela aplicação intensiva da informática aos processos produtivos; pela crescente

automatização/robotização da produção; pela capacidade cada vez ampliada de

intervenção da humanidade na Natureza; pela crescente interdependência produtiva e

de consumo entre as diversas partes do planeta, propiciada pelo desenvolvimento dos

meios de transporte e de comunicação.

Emerge daí o meio técnico-científico-informacional, expresso em regiões onde

ocorre o adensamento de meios de transporte, comunicação, centros de pesquisa,

produção e consumo avançados e as transnacionais, conglomerados produtivos que

representam a vanguarda e são a mola propulsora deste período histórico, com

operações e atuação descentralizadas pela maior parte do planeta, explorando,

produzindo e/ou comercializando em cada lugar de acordo com a melhor relação

custo/benefício econômica e política.

Por mais paradoxal e redundante que seja, vale lembrar que neste momento

histórico a capacidade produtiva existente é tão grande, que é capaz de fazer frente à

satisfação das necessidades de toda a humanidade. Os avanços da informática,

robótica, medicina, biotecnologia e de tantos outros ramos do conhecimento humano,

no entanto, estão postos à serviço de uma pequena parcela da população mundial,

concentrada nos países do norte, ricos, desenvolvidos, centrais e pulverizada nas

pequenas elites dos países do sul, pobres, subdesenvolvidos, periféricos.

À imensa maioria da população mundial reservam-se os resquícios e resíduos do

desenvolvimento técnico-científico-informacional alcançado, ou nem isso, e o papel de

produtores da riqueza de uns poucos, expropriados que são de seus recursos naturais,

de sua força de trabalho e de seu potencial intelectual.

O atual momento histórico de desenvolvimento das forças produtivas do

capitalismo, entendido este como sistema econômico-social-político hegemônico,

propõe diversos desafios que definirão o futuro do planeta Terra e da própria

Humanidade. Dentre eles, destacam-se:

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• o estágio de desenvolvimento das forças produtivas e a difusão do modelo de

sociedade de consumo, que exercem uma pressão insustentável sobre os

recursos naturais e as fontes de energia em uso, alterando o equilíbrio

climático-ecológico do planeta;

• a revitalização e maximização das relações de exploração e dominação entre

ricos e pobres, em escalas local, nacional, regional e mundial, que nega à

considerável parcela da Humanidade o acesso aos benefícios científicos e

tecnológicos existentes e mesmo a satisfação de necessidades básicas como

alimentação, educação, saúde e saneamento entre outros.

Diante destes e outros desafios, a apreensão do conhecimento geográfico da

totalidade entre humanidade e natureza, espaço e sociedade, mediados pelo trabalho

social, torna-se uma necessidade premente e inadiável, objetivando o

desenvolvimento da capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar

criticamente a realidade, para melhor compreendê-la e identificar as possibilidades de

transformação no sentido de superar suas contradições.

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OBJETIVOS GERAIS

Propiciar aos educandos a capacidade de observar, interpretar, analisar e

pensar criticamente o Espaço Geográfico - com suas relações sócio-espaciais - para

melhor compreendê-lo, identificando e atuando sobre as possibilidades de

transformação no sentido de superar seus conflitos e contradições a partir da

construção de suas próprias interpretações e representações;

Compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a tecnologia e os

valores que fundamentam nossa sociedade;

Apropriar-se de noções geográficas sobre os diferentes recortes territoriais do

planeta, tais como os continentes, os países e os elementos físicos e humanos que os

compõem;

Perceber a relação entre meio e sociedade, tendo como elo de ligação o

trabalho social;

Analisar historicamente a formação das diversas configurações espaciais -

localizações, estruturas e processos - em escalas local, regional, nacional, e global;

Conceituar os tipos de sociedade, as maneiras e modos como estas apropriam-

se da natureza, a idéia de organização e produção do espaço;

Abordar o homem como ser biológico – elemento integrante da natureza - e

social - pertencente à sociedade e, dentro desta, à esta ou àquela classe social;

Apreender o espaço geográfico como uma totalidade que envolve o espaço e a

sociedade, a natureza e a humanidade;

Compreender a interdependência entre os diversos elementos e os impactos

ambientais provocados pela ação humana;

Desenvolver, especificamente, as capacidades de leitura, interpretação, análise,

elaboração e produção de produtos cartográficos (mapas e cartas), tabelas e gráficos;

e, de modo geral, as capacidades de observar, localizar, relacionar, compreender,

descrever, expressar e representar;

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Possibilitar o acesso ao conhecimento científico socialmente construído e

historicamente acumulado;

Capacitar a posicionar-se, manifestar-se e atuar frente às diversas e variadas

situações, inclusive no controle democrático da esfera pública.

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Page 111:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes Curriculares Estaduais da Disciplina de Geografia para a Educação

Básica (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006) estabelecem como

Conteúdos Estruturantes:

• Dimensão econômica da produção do/no espaço;

• Geopolítica;

• Dimensão sócioambiental;

• Dinâmica cultural e demográfica.

Conteúdos Estruturantes são “os saberes e conhecimentos de grande amplitude

que identificam o organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,

considerados basilares e fundamentais para a compreensão do seu objeto de estudo e

ensino”, [...] “demarcando e articulando o que é específico do conhecimento

geográfico escolar” (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 23).

No conteúdo estruturante Dimensão econômica da produção do/no espaço é

abordado como os seres humanos, através do trabalho em sociedade, apropriam-se

do meio natural para satisfação das suas necessidades e acumulação de riqueza. Essa

apropriação ocorre a partir da transformação e/ou destruição do meio natural,

resultando na criação do Espaço Geográfico, envolvendo aspectos sócioambientais,

políticos, econômicos e culturais (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED

2006, p. 25, 26 e 27).

Geopolítica, enquanto conteúdo estruturante, trata de temas como: os rumos

do Estado-Nação no presente século; as possibilidades de confrontos ou crises

políticas, econômicas e/ou diplomáticas; as estratégias para os grupos manterem-se

ou tornarem-se hegemômicos na apropriação do Espaço Geográfico; a ocupação

[racional ou não] dos ambientes naturais (ALFLEN 2006, p. 15), relacionando

“episódios passados e presentes [e] concretizando a inter-relação entre espaço e

poder” (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 27) econômicas e

sociais sobre o território.

A Dimensão sócioambiental, enquanto conteúdo estruturante, relaciona-se

principalmente com a interdependência das relações entre as sociedades humanas –

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aspectos econômicos, sociais e culturais - e o meio natural – componentes físicos,

químicos e bióticos – superando a visão dicotômica meio ambiente versus seres

humanos. Para tanto, torna-se fundamental “compreender tanto a gênese da dinâmica

da natureza, quanto sua transformação em função da ação humana e sua participação

na constituição da fisicidade do Espaço Geográfico” (GOVERNO DO ESTADO DO

PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 31), observando ainda aspectos como a pobreza, a fome,

o preconceito e as diferenças culturais que se fazem presentes nesse espaço.

O conteúdo estruturante Dinâmica Cultural e Demográfica analisa o Espaço

Geográfico a partir de relações sócio-culturais e aspectos demográficos como

constituição, distribuição e mobilidade das populações. Permite a compreensão, no

contexto contemporâneo, da circulação de informações, mercadorias, capitais,

pessoas e modos de vida destacando, nesse último aspecto, as culturas de massa e

de resistência (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 32, 33 e 34).

A seguir estão elencados os conteúdos específicos por série, destacando que no

momento da aula os mesmos receberão as “ênfases específicas de cada conteúdo

estruturante”, não ocorrendo, no entanto, a “separação das abordagens, pois na

realidade concreta as dimensões socioambiental, cultural e demográfica, econômica e

geopolítica [...] não se separam, mas se intercruzam o tempo todo” (GOVERNO DO

ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 35 e 36).

Convém ainda ressaltar que a mediação entre o Espaço Geográfico - objeto de

estudo e ensino – com os conteúdos estruturantes ocorre através da apreensão dos

conceitos de sociedade, natureza, território, região, paisagem e lugar, entre outros

(GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 24).

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Page 113:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

QUINTA SÉRIE

Elementos e instrumentos da Geografia:

• Orientação, localização e representação do espaço;

• Origens do Universo, do Sistema Solar, do Planeta Terra e da Vida;

• Elementos naturais do planeta Terra;

• Paisagens natural, cultural e geográfica;

• Sociedade e Trabalho.

SEXTA SÉRIE

O espaço geográfico brasileiro e paranaense

• Unidades da federação e regionalizações;

• Localização no globo terrestre;

• Elementos naturais;

• Navegações, Apropriações e Colonizações;

• Origens e formação do povo e construção do espaço geográfico;

• Brasil contemporâneo.

SÉTIMA SÉRIE

O espaço geográfico americano

• Regionalizações: física, lingüístico-cultural e socioeconômica;

• Localização no globo terrestre;

• Navegações, Apropriações e Colonizações;

• América Latina – origens e formação do povo e construção do espaço geográfico;

• América Anglo-Saxônica - origens e formação do povo e construção do espaço

geográfico.

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OITAVA SÉRIE

Os espaços geográficos europeu, africano, asiático, oceaníaco e polar.

Europa;

África

Ásia;

Oceania;

Regiões Polares.

A Educação Ambiental será abordada através do conteúdo estruturante

Dimensão Sócioambiental na maioria dos conteúdos específicos da disciplina e em

projetos que envolvam a questão ambiental.

A temática História e Cultura Afro-Brasileira será abordada nos estudos sobre a

origem e formação da população brasileira, a construção do espaço geográfico

brasileiro, a África e sua inserção na economia mundial, a situação dos afro-brasileiros

na sociedade contemporânea.

A Educação do Campo será abordada nos conteúdos específicos e estruturantes

através dos eixos temáticos: Trabalho - divisão social e territorial; Cultura e Identidade;

Interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável;

Organização política, movimentos sociais e cidadania.

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Page 115:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Metodologicamente, reconhece-se a necessidade de garantir o acesso do

educando ao conhecimento social e historicamente produzido e acumulado. No

entanto, cabe valorizar o saber próprio do educando, expresso na visão do mundo em

que está inserido, pois “essa percepção [do educando] está visceralmente ligada à

experiência vivida, a um espaço que, de certa forma, a experiência vivida seleciona e

ordena” (RESENDE, 1994, p.86). Isso implica conhecer e reconhecer os aspectos

sociais, econômicos e culturais nos quais estão inseridos, como condicionantes de sua

leitura e visão de mundo.

Dentro da concepção socioconstrutivista, cabe ao educador a função de

mediador entre o educando e o conhecimento, organizando e dirigindo o processo de

ensino e aprendizagem. O educando, agente ativo da construção de seu próprio

conhecimento, interage no processo a partir das condições que lhe são próprias e

daquelas que lhe são oferecidas.

São priorizadas as atividades mental e física – aulas de campo e de observação

- como modo de: estimular a participação do educando no processo de ensino e

aprendizagem; promover sua interação com mundo dos objetos; desenvolver as suas

capacidades de observar, localizar, relacionar, compreender, descrever, expressar e

representar (CAVALCANTI, 2005, p. 145).

Situações de interação - atividades em grupo e coletivas com elementos da

classe, da escola e da comunidade - são proporcionadas para estimular a cooperação

entre os agentes do processo de ensino e aprendizagem. A interação permite também

o estabelecimento de uma relação dialógica entre educandos, educadores e a própria

sociedade, promovendo a auto-reflexão e a sócio-reflexão dos agentes envolvidos.

Os elementos básicos da mediação entre conhecimento, educando e educador,

são o livro didático, utilizado de forma crítica e seletiva, mapas, globos, atlas, matérias

jornalística de diversos meios (televisão, jornal impresso, revistas, internet etc),

multimídias/meios, audiovisuais diversos (filmes, documentários, comerciais etc),

observações e pesquisas in loco, linguagens diversificadas como textos e obras

literárias, poesia, pinturas e outras expressões das artes plásticas, músicas, histórias

em quadrinhos, caricaturas, charges, fotografias, transparências, entre outras.

115

Page 116:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

O processo de ensino e aprendizagem terá momentos diversificados como, por

exemplo: exposição e explicação de conteúdos; diálogos; atividades individuais, em

grupo e coletivas; exercícios de compreensão e fixação, de crítica e reflexão;

observação e reconhecimento do espaço geográfico; observação de audiovisuais;

produção de textos, mapas temáticos, maquetes e outras formas de expressão;

dramatizações, jogos e simulações; avaliações, entre outros.

116

Page 117:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

A avaliação caracteriza-se por ser uma constante que perpassa todo o processo

de ensino e aprendizagem. Tem como objetivos principais avaliar qualitativamente o

processo de ensino e aprendizagem, o desenvolvimento do educando e a atuação do

educador permitindo, a partir dos resultados obtidos, a melhoria constante do

processo.

Terá caráter diagnóstico, permitindo a recuperação dos conteúdos e adequação

dos processos e objetivos; contínuo, estendendo-se durante todo o processo de ensino

e aprendizagem; e diversificado, abrangendo todos os aspectos e ações do processo

de ensino e aprendizagem.

Para tanto, os objetivos a serem alcançados por educandos e educadores

deverão ser e estar claros e precisos, bem como o tempo e os meios necessários

através dos quais eles serão realizados.

As capacidades de refletir, de criticar, de sintetizar, de elaborar conclusões

pessoais e coletivas e a apreensão dos elementos essenciais ao desenvolvimento de

tais capacidades serão valorizadas e prevalecerão sobre a simples memorização de

conteúdos.

A avaliação privilegiará ainda os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e

valorizará a multidisciplinariedade e a interdisciplinaridade dos conteúdos.

Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação os seguintes itens:

resolução de questionamentos escritos e orais;

produção e análise de textos, dramatizações, desenhos, músicas, poemas, mapas,

tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;

realização de atividades na sala de aula, no laboratório de ciências, na biblioteca,

em saídas de campo e em domicílio;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

participação em palestras e atividades culturais;

participação, comprometimento e atitude em sala de aula;

outros instrumentos.

117

Page 118:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

118

Page 119:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

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1999. Delibera sobre as normas gerais para avaliação do aproveitamento escolar,

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Orlando Bogo. [Curitiba: s.n., 1999].

CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.) A geografia na sala de aula. São Paulo:

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CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et all (org.) Geografia em sala de aula: práticas

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CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos.

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FREIRE, Paulo. Política e Educação. São Paulo: Cortez, 2003.

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ - SEED/DEF. Diretrizes curriculares da educação

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. A reforma do ensino médio – uma

análise crítica [Curitiba: s.n., 2005 ].

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Orientações Curriculares – Semana

Pedagógica: Geografia. [Curitiba: s.n., 2005].

119

Page 120:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Orientações Curriculares – Semana

Pedagógica: Geografia. [Curitiba: s.n., 2006].

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/SUED. Diretrizes Curriculares da Disciplina

de Geografia para a Educação Básica, versão preliminar. [Curitiba: s.n., 2006].

JECOHTI, Hatsue Mlsima; FILIZOLA, Roberto. Geografia. In: GOVERNO DO ESTADO DO

PARANÁ. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba:

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o ensino médio: manual de aulas práticas. Londrina: EDUEL, 2005.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço técnica e tempo razão e emoção. São

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SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à

consciência universal. 12 ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.

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do século XXI. 8 ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. Campinas: Autores Associados, 2003.

SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Trilhas da Geografia. 4 v. São Paulo:

Scipione, 2002.

SODRÉ, Nelson W. Introdução à geografia. Petrópolis, Vozes, 1986.

120

Page 121:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

VESENTINI, José William. A questão do livro didático no ensino da Geografia. In: ___.

Geografia e ensino: textos críticos. 3. ed. Campinas: Papirus, 1994. p. 161 – 179.

121

Page 122:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina tem como principal objetivo despertar reflexões o que se refere aos

aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais bem como ampliar as relações entre

o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico, sendo possível dessa

forma abordar os diversos temas sem a pretensão de esgotá-los.

A disciplina de História passou a ser obrigatória a partir da criação do Colégio

Dom Pedro II, no ano de 1837, nesse mesmo período houve a criação do IHGB

(Instituto Histórico Geográfico Brasileiro), que instituiu a História como disciplina

obrigatória no âmbito escolar.

A maioria dos intelectuais que elaboravam os programas escolares, os manuais

didáticos, as orientações e os conteúdos a serem ensinados, tinham a influência da

Escola Metódica e da Escola Positivista, com características da linearidade dos fatos,

abordagem política da História, uso exclusivo de documentos oficiais como única fonte

de verdade histórica e também a exarcebada valorização dos heróis.

A História aplicada nas escolas em meados do século XIX era europeizada com

a total abnegação das pessoas comuns nesse contexto histórico, até o início da

República a História terá esse caráter seletista.

A partir do governo Vargas a História do Brasil retorna aos currículos escolares

vinculado ao projeto nacionalista do Estado Novo, posteriormente nos anos de 1980 e

1990 cresceram os debates em torno das reformas na área educacional, que

repercutiram nas novas propostas do ensino de História.

O ensino de História vem se modificando ao longo dos anos de acordo com a

sociedade e suas necessidades, a análise histórica da disciplina, bem como as novas

demandas sociais para o ensino de História se apresenta como indicativo para a

elaboração de Diretrizes Curriculares na medida em que há a possibilidade de se

122

Page 123:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

refletir a respeito dos contextos históricos em que há a valorização dos saberes do

educando sendo ele sujeito ativo desse processo.

A História, enquanto disciplina escolar, aliada as outras áreas do conhecimento,

possibilita ampliar estudos sobre as problemáticas contemporâneas situando - as nas

diversas temporalidades, servindo como arcabouço para a reflexão sobre

possibilidades e/ou necessidades de mudanças e/ou continuidades.

O ensino da História é expresso no processo de produção do conhecimento

humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a

interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão

da provisoriedade deste conhecimento. Esta provisoriedade não significa relativismo

teórico, mas que, além de existirem várias explicações e/ou interpretações para um

determinado fato, algumas delas são mais válidas historiograficamente do que outras.

Esta validade é constituída pelo estado atual da ciência histórica em relação ao seu

objeto e ao seu método. O conhecimento histórico possui formas diferentes de

explicar seu objeto de investigação, construídas a partir das experiências dos sujeitos.

A integração da História como as demais disciplinas permitem sedimentar e

aprofundar temas estudados no Ensino Fundamental, redimensionando aspectos da

vida em sociedade e o papel do indivíduo nas transformações do processo histórico,

completando a compreensão das relações entre a liberdade e a necessidade.

O papel da disciplina para esse nível de ensino e o momento histórico que se

está vivendo deve ser entendido em sua dimensão mais ampla, envolvendo a

formação de uma cultura educacional. Vive — se hoje em uma sociedade marcada

pelo domínio do mito do consumo e pelas tecnologias com ritmos de transformações

aparentemente muito acelerados e informações provenientes de vários espaços,

embora predominando os meios áudios — visuais, e ainda pela fragmentação do

conhecimento sobre os indivíduos e a vida social.

O ensino da História pode desempenhar um papel importante na configuração

da identidade, ao incorporar a reflexão sobre a atuação do indivíduo nas relações

pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e

suas atitudes de compromisso com classes, grupos sociais, culturas, valores e com

gerações do passado e do futuro.

123

Page 124:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A História tem como princípio o estudo dos processos relativos às ações e as

relações humanas praticadas no tempo, bem como os sujeitos dessas ações e

relações.

124

Page 125:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

Manifestar disponibilidade e interesse no intercâmbio.

Revelar preocupação com a qualidade de seus registros e na representação dos

trabalhos.

Respeitar as opiniões dos outros e buscar compreender as diferenças

Fundamentar suas opiniões.

Desenvolver a capacidade de comunicar-se

Ler e interpretar textos orais, escritos, ideográficos, videográficos de caráter

sociocultural.

Interpretar e utilizar diferentes representações (tabelas, gráficos, ícones...).

Exprimir-se oralmente usando corretamente terminologia específica da área.

Produzir textos adequados ás pesquisas e trabalhos da área, formular dúvidas e

elaborar conclusões.

Saber usar as tecnologias básicas da informação, como computadores, vídeos,

gravadores, como instrumento de apoio à pesquisa e a educação.

Promover a capacidade cognitiva, através do desenvolvimento da curiosidade e

do gosto de aprender, da confiança em si próprio, do questionamento e da

investigação.

Refletir e formular juízos sobre situações socioculturais de interesse científico ou

tecnológico com que se defrontar. Enfrentar com confiança e disposição situações

novas.

Ter iniciativas na busca de informações de que necessite responsabilizar-se por

suas iniciativas.

Manifestar desejo de aprender, despertar, gosto pela pesquisa e apreço pelo

conhecimento.

125

Page 126:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Aplicar os conhecimentos adquiridos na sociedade, na escola, no trabalho e em

outros contextos relevantes para sua vida.

Entender o impacto das tecnologias associadas às ciências humanas sobre sua

vida pessoal, os processos de produção, o desenvolvimento do conhecimento e sua

vida social.

Traduzir os conhecimentos sobre a pessoa, a Sociedade, a economia, as práticas

sociais e culturais em condutas de indagação, análise, problematização e

protagonismo diante de situações novas, problemas ou questões da vida pessoal,

social, política, econômica e cultural.

Inserção dos conteúdos de: História e Cultura Afro-Brasileira com base na Lei n.

10.639 de 09 de janeiro de 2003; História e Cultura Paranaense com base na Lei n.

13.381 de 18 de dezembro de 2001.

Trabalhar conteúdos dando ênfase à educação ambiental.

126

Page 127:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes Curriculares Estaduais da Disciplina de História estabelecem como

conteúdos estruturantes:

Política;

Econômico-social;

Cultural.

Os conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos construídos

historicamente e considerados fundamentais para a compreensão do objeto e

organização dos campos de estudos de uma disciplina escolar. Os conteúdos

específicos a seguir elencados são derivados destes conteúdos estruturantes, que os

permeiam.

QUINTA SÉRIE

- A pré-história

- As Sociedades da Antigüidade Oriental

- As Sociedades Antigas Clássicas

- A formação dos reinos bárbaros

- O império bizantino

- O império Árabe

SEXTA SÉRIE

- O império Árabe

- O sistema feudal

- A crise do Sistema feudal

127

Page 128:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- As Monarquias medievais

- A expansão marítimo-comercial européia

- Os europeus chegam à América

- O Renascimento

- As Reformas religiosas

SÉTIMA SÉRIE

- Expansão marítimo-comercial européia

- Economia canavieira

- Administração colonial

- O Estado absolutista

- A Inglaterra e a onda revolucionária do século XVII

- Revolução industrial Inglesa

- O Brasil espanhol

- A mineração no Brasil

- Como que o Brasil ficou assim

- Revolução Norte-americana

- O Iluminismo e o despotismo esclarecido

- A Revolução Francesa

- O Império Napoleônico

- As rebeliões anticoloniais

- A formação dos Estados latino-americanos

- A colônia virou Estado

128

Page 129:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Primeiro Reinado

- Um Império sem Imperador: a Regência

- Com sangue também se escreveu a nossa história

- E eles queriam que D. Pedro fosse II

- A Guerra do Paraguai

- A Europa do século XIX

- Os Estados Unidos no século XIX.

OITAVA SÉRIE

- O imperialismo europeu e o neocolonialismo

- O Brasil rumo ao progresso

- Cai a monarquia: “Viva a República”

- Os novos donos do poder

- À margem do poder: os excluídos

- O mundo da indústria: expansão e consolidação no século XIX

- A Primeira Grande Guerra (1914-1918): choque de Imperialismo

- A revolução Russa

- No tempo dos cafeicultores

- O período entre – guerras

- A Revolução de 1930 e a Era Vargas

- A Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

- O populismo no Brasil

- A Guerra Fria

129

Page 130:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- A descolonização da África e da Ásia

- A Revolução socialista da China

- O Regime Militar

- A Nova República

A Educação Ambiental será abordada na disciplina comparando como as

civilizações antigas e as sociedades atuais se relacionam com o meio ambiente. Além

disso, poderão ser realizados trabalhos interdisciplinares, pesquisas de campo,

palestras, fóruns, seminários e outros.

A cultura afro-brasileira e africana será abordada no contexto histórico a partir

do início da escravidão no Brasil, possibilitando aos alunos conhecerem a contribuição

e participação dos negros na construção da sociedade. Contribuindo para a formação

do cidadão reflexivo, ativo e responsável, visando a construção de um mundo mais

humanizado, minimizando o preconceito racial.

A Educação do Campo será abordada na disciplina de História comparando com

as civilizações antigas e as sociedades atuais a relação campo-cidade e a importância

do campo nas sociedades atuais.

130

Page 131:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No ensino de história é indispensável para o professor criar uma relação com o

conhecimento já adquirido pelo aluno, buscando relacionar esses conhecimentos com

a realidade e com o cotidiano de cada indivíduo. A história que se pretende resgatar é

a história como ciência, com um método novo que determina um caminho renovado

para a produção e a transformação do conhecimento histórico.

Os procedimentos metodológicos a serem utilizados na disciplina de história

compreendem também a interdisciplinaridade principalmente na área de ciências

humanas.

Nessa perspectiva devem ser feitas seleções de conteúdos, o que possibilita

ainda, que o aluno venha a elaborar um raciocínio histórico.

Para melhor satisfazer os objetivos pressupostos pela disciplina faz-se uso

também de debates e seminários.

Na prática pedagógica, interdisciplinaridade e transversalidade alimentam-se

mutuamente, pois o tratamento das questões trazidas pelas temáticas, expõe as inter-

relações entre os objetivos de conhecimento.

Lembrando que os conteúdos propostos serão articulados entre si para um

maior entendimento da realidade onde este inserido o aluno.

131

Page 132:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as

hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no

processo de ensino e aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão de

conteúdos, noções, conceitos procedimentos e atitudes como conquistas dos

estudantes, comparando o antes, o durante e depois. A avaliação não deve mensurar

simplesmente fatos ou conceitos assimilados.

Deve intervir no caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu

próprio desempenho como docente, refletindo sobre intervenções didáticas e outras

possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos.

A avaliação final é subsidiada pela avaliação contínua, pois o professor recolhe

todas as informações sobre o que o aluno aprende ao acompanhá-lo,

sistematicamente.

Considerando essas preocupações, o professor a avaliará por meio de:

Observação sistemática e acompanhamento do processo de aprendizagem dos

alunos, utilizando alguns instrumentos como, registros em tabelas, listas de controle

diário de classe e outros.

Análise das produções dos alunos considerando a variedade de produções

realizadas, para que se possa ter um quadro real das aprendizagens conquistadas. A

avaliação pretende ser consistente e exeqüível, mesmo sabendo dos impasses

decorrentes da mudança de enfoque e de práticas, considera-se possível aos

professores caminhar num referencial qualitativo, baseando-se na observação e no

registro.

Desenvolver a percepção do valor histórico como construção humana e o

sentido da coletividade e de cooperação de que é produto.

Interessar-se pelas realidades socioculturais de seu lugar, sua região, seu país e

do mundo, na perspectiva histórica e da tecnologia, estabelecendo as inter-relações

entre os fenômenos.

Trabalhar em grupo partilhando saberes e responsabilidades.

132

Page 133:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Intervir na dinamização de atividades e participar da busca e elaboração de

resolução de problemas da comunidade em que se insere.

Compreender e utilizar história como elemento de interpretação e intervenção

tecnológica e como conhecimento sistemático de sentido prático.

Utilizar elementos e conhecimentos tecnológicos e científicos para diagnosticar

e analisar questões ambientais.

Associar conhecimentos científicos e tecnológicos em suas relações recíprocas.

Reconhecer o sentido histórico das tecnologias sociais, identificando o papel das

mesmas na sociedade em diferentes épocas e sua potencialidade de transformar o

meio.

Serão feitas atividades coletivas como:

• Realização de trabalhos e provas;

• Conversas: a conversação é uma técnica importante para o desenvolvimento da

atenção, observação e espírito crítico dos alunos. Por meio dela, eles vão expor

o que pensam sobre os vários temas abordados. Também contribui para o

aprendizado do comportamento em grupo;

• Debates: os temas escolhidos para os debates em sala de aula deverão ser

previamente preparados pelos alunos, sob a orientação do professor. Os

debates deverão ocorrer de forma organizada e alguns critérios de

comportamento deverão ser preestabelecidos;

• Entrevistas: esta técnica poderá ser realizada individualmente ou em grupo O

tema da entrevista poderá ser sugerido pelo professor ou pelos alunos, sempre

relacionado com o tema que está sendo trabalhado;

• Visitas e excursões: as visitas e excursões necessitam de preparação prévia.

Será organizado um roteiro do que deverá ser observado pelos alunos e, estes,

após, deverão apresentar um relatório;

• Jornal falado: a classe poderá ser dividida em grupos para reproduzir o jornal

falado. Os temas escolhidos devem estar sempre relacionados ao que está

133

Page 134:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

sendo estudado. Podem ser atuais, de ordem política, econômica ou social, com

o objetivo de inserir o aluno na realidade.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

134

Page 135:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

COSTA, Maria Cristina Castillo. Sociologia. Introdução a Ciência da Sociedade. Ed.

Moderna. São Paulo. 1987

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia – Ser, Saber e Fazer. Ed. Saraiva. São

Paulo. 1993.

COTRIM, Gilberto. História do Brasil. Volume Único 2º Grau. Ed. Saraiva. São Paulo.

1990.

NADAI Elza. História Geral. Volume Único. 2º Grau. Ed.Saraiva. São Paulo. 1987.

ABREU, Marta; SOIHET, Rachel (orgs.) Ensino de História: conceitos, temáticas.

E metodologias. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.) Domínios da História.

Campinas: Campus, 1997.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEF. Diretrizes Curriculares de História –

Ensino Fundamental. Curitiba [?] 2006.

135

Page 136:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Pensar o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também nas

contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da

contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a percepção

das inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que atravessam o

campo social, constituindo-o e recebendo, concomitantemente, seus influxos, estão a

requerer, dos professores, uma mudança de posicionamento no que se refere a sua

própria ação pedagógica.

Na perspectiva de superação efetiva da postura tradicional ditada pelos livros

didáticos, as Diretrizes Curriculares fundamentam o trabalho pedagógico com a Língua

Portuguesa/Literatura, considerando o processo dinâmico e histórico dos agentes na

interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que

por meio dela interagem.

A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica e

socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações

dialógicas. Como afirma Geraldi (1991, p. 6), “a linguagem não é o trabalho de um

artesão, mas trabalho social e histórico seu e dos outros e é para os outros e com os

outros que ela se constitui”.

Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,

compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da

sociedade. Segundo Bakhtin:

A utilização da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos),

concretos e únicos que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera da atividade

humana.

136

Page 137:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A definição de gênero em Bakhtin, compreendendo a mobilidade, a dinâmica, a

fluidez, a imprecisão da linguagem, não aprisiona os textos em determinadas

propriedades formais.

O gênero, antes de constituir um conceito, é uma prática social e é esta a

perspectiva que deve orientar a ação pedagógica com a língua, privilegiando o

contato real do estudante com a multiplicidade de textos que são produzidos e

circulam socialmente.

O texto é visto como lugar onde os participantes da interação dialógica se

constroem e são construídos. Todo texto é, assim, articulação de discursos, são vozes

que se materializam, é ato humano, é linguagem em uso efetivo. Acrescente-se a isso

que as considerações de Bakhtin sobre o lugar da fala trazem para o âmbito da

discursividade as relações de poder estabelecidas na sociedade.

Texto configura-se não apenas como a formalização do discurso oral ou escrito,

mas como evento que tem sua abrangência no antes, as condições de produção, de

elaboração, e no depois da formalização, a leitura ou, segundo Bakhtin (1986), a

atitude responsiva ativa, caracterizando o texto como evento que se concretiza

realmente na interação e, por isso mesmo, não é compreendido apenas nos limites

formais.

Diante do exposto, pode-se entender que as práticas da linguagem, enquanto

fenômeno de uma interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir humano,

potencializando, na escola, a perspectiva interdisciplinar.

Prática da oralidade

As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e apontam

diferentes caminhos. Esse trabalho precisa pautar-se em situações reais de uso da

fala, valorizando-se a produção de discursos nos quais o aluno realmente se constitua

como sujeito do processo interativo.

O professor deve planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que,

gradativamente, permita ao aluno não só conhecer e usar também a outra variedade

lingüística, a padrão, como também entender a necessidade desse uso em

determinados contextos sociais. Como afirma Soares (1991), é função da escola e do

professor trabalhar com o bidialetalismo, preparando o aluno para o emprego da

137

Page 138:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

língua padrão, mas sabendo que, em situações informais, ele continuará utilizando o

dialeto que lhe é peculiar.

Prática da leitura

Entende-se a leitura como um processo de produção de sentido que se dá a

partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o

leitor.

Kleiman (2000) destaca a importância, na leitura, das experiências, dos

conhecimentos prévios do leitor, que lhe permitem fazer previsões e inferências sobre

o texto. O leitor, segundo a autora, constrói e não apenas recebe um significado global

para o texto: ele procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou

rejeita conclusões, utilizando estratégias baseadas no seu conhecimento lingüístico e

na sua vivência sociocultural (conhecimento de mundo).

O professor pode planejar uma ação pedagógica que permita ao aluno não só a

leitura de textos para os quais já tenha construído uma competência, como também a

leitura de textos mais difíceis, que impliquem o desenvolvimento de novas estratégias

com a devida mediação do professor.

Prática da escrita

Em relação à escrita, ressalte-se que as condições em que a produção acontece

(quem escreve, o que, para quem, para que, por que, quando, onde e como se

escreve) é que determinam o texto. Além disso, cada gênero textual tem suas

peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo do texto variam conforme se

produza uma história, um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião, ou um

outro tipo de texto. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula

como experiências reais de uso e não a partir de conceitos e definições de diferentes

modelos de textos.

Por outro lado, é preciso que os alunos se envolvam com os textos que

produzem, assumindo de fato a autoria do que escrevem. Para Kramer (1993, p. 83),

“[...]ser autor significa produzir com e para o outro. Somente sendo autor o aluno

interage e penetra na escrita viva e real, feita na história”. Ao se perceber como autor,

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Page 139:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

o aluno poderá aprimorar sua condição de escritor. A capacidade de escrita,

criatividade e outros fatores comumente relacionados ao ato de escrever, só se

aprende na prática da escrita em suas diferentes modalidades.

O envolvimento do aluno e do professor com a escrita, segundo Pazini (1998), é

um processo que acontece em vários momentos: o da motivação para a produção do

texto; o da reflexão, que deve preceder e acompanhar todo o processo de produção; o

da revisão, reestruturação e reescrita do texto, que acaba se constituindo, também,

em um produtivo momento de reflexão.

Análise lingüística e as práticas discursivas

Quando se assume a língua como interação, em sua dimensão discursivo-

textual, o que importa não é o ensino da nomenclatura gramatical, de definições ou

regras (as quais até podem ser construídas pelo aluno, com a mediação do professor,

mas só após ele ter entendido a função das diferentes palavras ou expressões no

texto). O mais importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir,

levantar hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância

em que o aluno pode chegar à compreensão de como a língua funciona e à decorrente

competência textual.

Dominando as variações lingüísticas da Língua Portuguesa na prática da leitura,

da escrita e da oralidade, o cidadão brasileiro estará apto a enfrentar inúmeras

situações vivenciadas no seu cotidiano. Através da linguagem o homem se comunica,

recebe e repassa conhecimentos, divulga sua cultura, expõe seus ideais, e

principalmente, luta pelos direitos os quais lhe são negados.

Isso é possível quando na escola o educando tem oportunidade de conhecer as

diversas formas de falar e escrever, isto é, saber adequar a linguagem ao momento e

à situação por ele vivenciada. Interagindo com os colegas de classe, de escola e da

comunidade, o aluno certifica-se de seus conhecimentos, de suas capacidades,

aperfeiçoando seu potencial diante de tantas experiências para as quais é chamado.

Assim ele terá embasamento para sua vida pessoal e profissional conquistando o

respeito da sociedade e sentindo segurança para expor seu ponto de vista.

O cidadão brasileiro somente verá seus direitos (moradia, alimentação, trabalho

digno, saúde, segurança etc.) respeitados se estiver devidamente preparado para

competir com milhões de outros cidadãos. Essa oportunidade é oferecida ao estudante

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Page 140:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

através do Ensino da Língua Portuguesa nas escolas públicas estaduais, onde ele tem

seu jeito próprio de falar respeitado bem como o acesso a outras variações

lingüísticas, visando, dessa forma, ao aprimoramento do domínio discursivo, seja ele

oral ou escrito.

140

Page 141:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de

ensino:

empregar a língua oral, em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos

discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por

meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo

de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com

as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes

supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que, por meio da

inserção e participação dos alunos em processos interativos com a língua oral e

escrita, inicia-se na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica do

aluno e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a sua vida.

A ação pedagógica referente à língua precisa pautar-se na interlocução, em

atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a expressão oral ou

escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos diferentes

contextos e situações.

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Page 142:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Nas quatro últimas séries do Ensino Fundamental (5ª, 6ª, 7ª e 8ª) os conteúdos

serão apresentados da mesma forma, porém a complexidade dos textos e das

atividades será adequada a cada série, não subestimando a capacidade cognitiva dos

alunos, mas considerando melhores possibilidades de relação com outras áreas do

ensino e com a realidade vivenciada.

Leitura

Leitura de gêneros textuais diversos: poesia, provérbios, histórias em

quadrinhos, tiras humorísticas, fábulas, receitas culinárias, classificados, manuais de

instrução, publicidade, crônicas, contos, notícias, reportagens; linguagem não- verbal:

fotos, telas, gestos, sinais de trânsito, charges e outros.

Oralidade

Contação de histórias, declamação de poemas, representação teatral, relato de

experiências vivenciadas, relato de um programa de TV ao qual assistiu, de um filme,

de um capítulo de novela, de uma notícia, de um texto lido(crônica, conto,

mensagem), contação de piadas, exposição de idéias a respeito de determinadas

situações.

Escrita

Produção de bilhetes, cartas familiares, receitas culinárias (reais e poéticas), de

textos descritivos (explorando a observação minuciosa de detalhes em paisagens,

habitações, pessoas, animais); produção de diários, avisos, cartões (de Natal, de

aniversário, postais), convites, lendas, acrósticos; produção de textos narrativos,

parágrafos dissertativos.

Análise linguística

142

Page 143:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A análise linguística será trabalhada nas três práticas discursivas (leitura,

escrita e oralidade) visando ao domínio gradativo das questões relacionadas com o

emprego da norma padrão e das demais variações lingüísticas existentes. Os alunos

serão instigados a perceber a multiplicidade de usos da língua nos textos lidos e

também de aplicá-la nas próprias produções orais e escritas, utilizando a variante

mais adequada ao interlocutor e considerando a intenção do escritor. Dessa forma,

trabalhar-se-á a norma culta sem desvalorizar a linguagem do aluno.

Literatura

No Ensino Fundamental a Literatura deve ser trabalhada de forma que possa

desenvolver no aluno o gosto e hábito pela leitura. Vencida esta etapa o professor

poderá incentivar a crítica sobre as leituras feitas a partir da socialização destas em

sala de aula. Também considera-se importante formar um sujeito capaz de sentir e de

expressar o que sentiu estabelecendo interação entre leitor e obra.

Educação Ambiental

Diante da grave situação de degradação do meio ambiente em que o mundo se

encontra, é necessária a conscientização do ser humano quanto a preservação

contínua do Planeta Terra.

A escola é o espaço ideal para se desenvolver tais atividades conscientizando o

cidadão a cuidar do mundo em que vive, preservando a natureza, evitando maiores

catástrofes. É urgente o controle da poluição do meio ambiente, o incentivo à

reciclagem, bem como o uso racional da água.

A Educação Ambiental será trabalhada na disciplina através de leituras,

produção de textos e relatos (orais ou escritos) de atividades realizadas em outras

disciplinas.

Cultura Afro-Brasileira

A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e

afirmação de direito, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente

143

Page 144:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

apoiada com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9394/1996,

estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e

africanas, assegurando o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania,

assim como garante igual direito às histórias e culturas que compõem a nação

brasileira, além do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos

os brasileiros. Portanto a escola estará trabalhando na valorização da história e cultura

dos afro-brasileiros, assim comprometida com a educação de relações étnico-raciais.

A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira

e africana não se restringe à população negra, ao contrário, dizem respeito a todos os

brasileiros uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma

sociedade multicultural e plurétnica, capazes de construir uma nação democrática.

Na disciplina de Língua Portuguesa o trabalho com a cultura afro-brasileira será

através de:

• Estudos e pesquisas de países que falam a Língua Portuguesa.

• Debates sobre textos propostos.

• Leitura, interpretação e análise de textos variados.

Educação do Campo

Os povos do campo durante muito tempo foram marginalizados, vistos como

sinônimos de atraso, ridicularizados pelo seu modo de vida e costumes. Os alunos das

escolas públicas recebem educação urbana, não sendo valorizados os conhecimentos,

hábitos e cultura do campo.

Visando à mudança dessa concepção, as Diretrtizes Curriculares orientam a

contemplação da Educação do Campo em todas as disciplinas nas escolas públicas.

Portanto, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos

povos do campo serão tomados como referência para o trabalho pedagógico nas

escolas públicas estaduais. Dever-se-ão levar em consideração as identidades sociais

e políticas dos povos do campo, fazendo com que os alunos vindos dessas localidades

não se sintam excluídos, vendo que é possível continuar no campo com qualidade de

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Page 145:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

vida, tendo seus direitos assegurados através de políticas sociais voltadas para o

campo.

Em Língua Portuguesa a Educação do Campo será inserida através de estudos e

produção de textos; pesquisas sobre costumes, tradições e fatos que significaram

mudanças nas comunidades habitadas pelos alunos vindos do campo; exposição oral

de situações vivenciadas por essas pessoas.

145

Page 146:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Com os encaminhamentos a seguir não se pretende abarcar todo o trabalho a

ser desenvolvido na escola a respeito da oralidade, da escrita, da leitura e da análise

lingüística. É importante destacar que nenhuma prática é desenvolvida em sala de

aula sem que esteja subjacente a ela uma concepção teórica consistente. Para tanto,

a concepção sociointeracionista assumida nas Diretrizes Curriculares pretende uma

prática diferenciada, uma vez que considera que a língua só existe em situações de

interação e através das práticas discursivas, que assumem a língua em sua história e

funcionamento.

A seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um processo

histórico, social, detentor de um repertório lingüístico que precisa ser considerado na

busca da ampliação de sua competência comunicativa.

Prática da oralidade

Serão desenvolvidas em sala de aula atividades que favoreçam o

desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, como as relacionadas a seguir:

• apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um

filme, um livro etc;

• depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou

pessoas de seu convívio;

• uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções

tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor

programações, dar avisos, fazer convites etc;

• confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as

similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;

• relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;

• debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o

desenvolvimento da argumentação;

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Page 147:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

• análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para

serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, hesitações,

truncamentos, mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso, grau de

formalidade, comparação com outros textos, etc.

Prática da leitura

A leitura precisa ser vista, na escola, como uma prática consistente do leitor

perante a realidade. É necessário saber que no processo de formação de leitores, a

dificuldade advem de questões práticas internas de sala de aula, muitas vezes

conflitantes, tudo isso permeado pela não clareza do significado do ato de ler.

É importante que a leitura seja vista em função de uma concepção

interacionista de linguagem, segundo a qual busca-se formar leitores no âmbito

escolar. Como diz Bakhtin (1986), o texto deve ser entendido como um veículo de

intervenção no mundo, ao mesmo tempo em que está articulado ao modo de

produção social.

O que não pode ocorrer é que a leitura seja feita somente a partir dos livros

didátcos. O professor pode propor uma infinidade de textos, porém, a fim de

desenvolver a subjetividade do aluno, deve considerar, também, a preferência e a

opinião dele ao selecioná-los.

Algumas estratégias podem favorecer, na escola, o envolvimento com a leitura,

como: cercar os alunos de livros que possam ser folheados, selecionados e levados

para casa; proporcionar um ambiente iluminado e atrativo; organizar exposições de

livros; ler trechos de obras e expô-los em cartazes; produzir, com os alunos, um

quadro de avisos sobre o prazer de ler, ilustrado com seus temas preferidos; leitura

oral, desde poemas até histórias prediletas; o professor pode comentar com os alunos

o que está lendo e vice-versa; trazer convidados para ler e comentar sua história de

leitura com a classe; produzir coletivamente peças de teatro e dramatizações sobre

textos lidos; discutir, antes da leitura, o título e as ilustrações da história; encontrar

músicas apropriadas para o momento da leitura; criar momentos em que alunos

exponham suas idéias, opiniões e experiências de leitura; não vincular a leitura a

questionários, trabalhos puramente escritos e cansativos; organizar um clube do livro

para que os alunos se reunam para a realização de leitura extra-classe; escolher o

autor do mês ou do bimestre e trabalhar a leitura de suas obras.

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Page 148:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Prática da escrita

Pensar a prática da escrita é ter em mente que tanto o professor quanto o aluno

necessitam, primeiramente, planejar o que será produzido; em seguida escrever a

primeira versão sobre a proposta apresentada e, finalmente, revisar, reestruturar e

reescrever esse texto. Havendo necessidade, tais atividades devem ser retomadas,

analisadas e avaliadas durante todo processo de ensino e de aprendizagem. É bom

lembrar que estas etapas são interdependentes e intercomplementares.

Por meio deste processo, em que o aluno cria o hábito de planejar, escrever,

revisar e reescrever seus textos, ele perceberá que a reformulação da escrita não é

motivo para constrangimento, não caracteriza que o texto ficou “errado” e, sim, que é

possível produzir textos que refletem seus pontos de vista, suas fantasias e

criatividade, através da troca de uma palavra por outra, de um sinal de pontuação por

outro, do acréscimo ou da exclusão de uma idéia etc.

Também vale lembrar que, quando há uma proposta de produção escrita, é

necessário saber quem será o leitor deste texto, quem será o seu destinatário.

Considerando que há o “outro”, a interação proposta tende a ser contemplada.

É importante garantir a socialização da produção textual, seja afixando no

mural da escola os textos de alguns alunos (neste caso, convém fazer um rodízio, para

que todos os alunos tenham seus textos no mural), seja reunindo os diversos textos

em uma coletânea, ou publicando-os no jornal da escola, por exemplo. Dessa forma,

além de se recuperar o caráter interlocutivo da linguagem, garante-se a constituição

dos autores dos diferentes textos e dos seus possíveis leitores em sujeitos do fazer

lingüístico.

Quanto aos gêneros previstos para a prática da produção de texto, podem ser

trabalhados, dentre outros, relatos (histórias de vida); bilhetes, cartas, cartazes, avisos

(textos pragmáticos); poemas, contos e crônicas (textos literários); notícias, editoriais,

cartas de leitor e entrevistas (textos de imprensa); relatórios, resumos de artigo e

verbetes de enciclopédia (textos de divulgação científica). Assim, essa prática

orientará não apenas a produção de textos significativos, como incentivará a prática

da leitura.

Análise lingüística

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Page 149:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

O objetivo dessa proposta é formar usuários competentes da língua que,

através da fala, escrita e leitura, exercitem a linguagem de forma consistente e

flexível, adaptando-se a diferentes situações de uso.

Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes tipos e

gêneros textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da

norma padrão. Vale lembrar que um texto se faz a partir de elementos como

organização, unidade, coerência, coesão, clareza, dentre outros. A questão aqui não é

se o professor pode ou não trabalhar a gramática normativa com seus alunos, mas,

em que medida ela dá conta da complexidade do texto, uma vez que se restringe aos

limites da oração. Considerando a interlocução como ponto de partida para todo o

trabalho com o texto, os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus

aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a

importância de se considerar não só a gramática normativa, mas também outras,

como a descritiva e a internalizada no processo de ensino de Língua Portuguesa.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos

a reflexão sobre seu próprio texto — tais como atividades de revisão, de

reestruturação ou refacção do texto, de análise coletiva de um texto selecionado e

sobre outros textos, de diversos gêneros, que circulam no contexto escolar e extra-

escolar.

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Page 150:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

O professor pode utilizar a observação diária e instrumentos variados,

selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo, em lugar de avaliar apenas

por meio de provas. A avaliação precisa dar ao professor pistas concretas do caminho

que o aluno está trilhando para se apropriar, efetivamente, das atividades verbais — a

fala, a leitura e a escrita.

Leitura

Será avaliada a leitura silenciosa cujo entendimento será demonstrado pela

exposição oral; a leitura em tom de voz adequado ao ambiente e ao momento da

realização. A leitura de livros, jornais, revistas, histórias em quadrinhos, crônicas,

contos e outros será avaliada através da proposição, aos alunos, de questões abertas,

de discussões, de relatos ou outras atividades que permitam ao professor avaliar as

estratégias que os alunos empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto

lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o

aluno faz a partir do texto.

Oralidade

A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos,

relatos e discussões, apresentação de trabalhos escolares, dramatização de situações;

a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, o seu

desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e,

de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações.

Escrita

A produção escrita dos alunos será avaliada considerando-se o emprego da

estrutura adequada ao gênero textual escolhido e/ou solicitado; emprego da norma

padrão ou da variação lingüística adequada ao texto em questão; o emprego de

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Page 151:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

vocabulário persuasivo(no caso de textos argumentativos); a presença da intenção do

escritor em relação aos possíveis interlocutores; a fidelidade ao tema proposto e/ou

escolhido; a disposição dos alunos em revisar, reestruturar e reescrever os textos

sempre que necessário; pelo cuidado ao empregar recursos lingüísticos já abordados

em outras produções.

Observações

A nota será atribuída (nas três modalidades) a cada atividade desenvolvida

pelo(a) aluno(a), seja oral, escrita ou de leitura; individual ou em grupo. O valor de

cada atividade será estabelecido de acordo com o grau de dificuldade de cada uma,

proporcionando ao educando condições de somar pontos (notas), atingindo um

mínimo de 6,0 (seis) e o máximo de 10,0 (dez) pontos por bimestre.

Caso o(a) aluno(a) não consiga a nota mínima (média seis), ele(a) terá

oportunidade de fazer a RECUPERAÇÃO PARALELA a qual será ofertada de acordo (e

com a retomada) dos conteúdo(s) avaliado(s) naquele momento. Então, o(a) aluno(a)

fará uma nova avaliação desse(s) conteúdo(s). É importante lembrar que a

recuperação paralela não será bimestral; ela será ofertada após cada avaliação

realizada, se isso for necessário.

Os alunos também serão avaliados pela sua participação/colaboração nas aulas

em sala (individualmente ou em grupos); em palestras; nas atividades extraclasses;

nas apresentações; nos relatos orais; na resolução de atividades escritas; no

cumprimento das normas estabelecidas para o bom andamento das atividades e pelo

feitio dos deveres de casa.

Os/As alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não

com prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto ou com

tempo maior para resolução das atividades ou produção de textos e com explicações

extras para cada questão ou atividade.

151

Page 152:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

GERALDI, João W. (org.).O texto na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa,

Versão Preliminar. Curitiba, julho/2006.

PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1986.

152

Page 153:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A história da Matemática nos mostra como os povos antigos desenvolveram os

conceitos e conhecimentos matemáticos que vieram a compor a Matemática dos

nossos dias.

Com a Revolução Industrial a modernização tomou conta do mundo e com a

Matemática as mudanças não foram diferentes. As idéias reformadoras do ensino se

inseriram no contexto das discussões pelo movimento da Escola Nova, que defendia a

valorização do processo de ensino dos alunos e dava incentivo a atividades lúdicas,

atividades de pesquisa, jogos e experimentações.

Com o passar do tempo, outras tendências influenciaram e influenciam o ensino

da matemática no Brasil até os dias atuais.Por volta das décadas de sessenta e

setenta surgiu a tendência Construtivista, que defendia que o conhecimento

matemático resultava da ação interativa dos estudantes no ambiente e nas atividades

pedagógicas.

Mais tarde surge a tendência que valorizava os aspectos sócios – culturais

(SOCIO ETNO CULTURAL) onde na Matemática se destacou a ETNOMATEMÁTICA.

Posteriormente surge a HISTÓRICO – CRITICA presente até os dias atuais, que

concebia a matemática como um saber vivo e dinâmico.

No final da década de oitenta o Paraná elaborou um documento referência “

Currículo Básico da Escola Pública do Paraná”. Nessa proposta aprender matemática é

interpretar, construir seus próprios instrumentos, desenvolver o raciocínio lógico.

Com a Lei 9394 – tivemos os PCN, o qual indicava a matemática voltada para

aplicações na vida prática, minimizando o valor científico da matemática, ponto esse

alvo de muitas criticas. E por fim elaboram-se as atuais Diretrizes Curriculares que

colocam uma Matemática investigativa e de produção do conhecimento, visando a

formação de um ser humano crítico, capaz de agir com autonomia nas relações

153

Page 154:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

sociais, bem como, também organizar os conteúdos estruturantes em 3 eixos

denominados: Números, Operações e Álgebra, Medidas, Geometria e Tratamento da

Informação.

154

Page 155:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

- Formar cidadãos críticos, capazes de agir com autonomia nas suas relações

sociais, através dos conhecimentos apropriados.

- Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e

transformar o mundo a sua volta, através do interesse, curiosidade e espírito de

investigação.

- Resolver situações – problemas, sabendo validar estratégias e resultados,

desenvolvendo formas de raciocínio, procedimentos matemáticos, bem como

instrumentos tecnológicos.

- Interagir com seus colegas de forma cooperativa, trabalhando coletivamente

na busca das soluções dos problemas propostos.

- Possibilitar aos alunos análise, discussões e apropriação de conceitos e

formulações de idéias.

- Contribuir para que o estudante tenha condições de constatar regularidades

matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e

interpretar situações matemáticas e de outras áreas.

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Page 156:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes permitem aos professores darem uma uniformidade

aos conteúdos de matemática, nos diferentes níveis e modalidades de ensino das

unidades escolares do nosso estado. De acordo com as Diretrizes Curriculares de

Matemática do Ensino fundamental , os conteúdos na disciplina de matemática estão

assim apresentados: Números, Operações e Álgebra, Medidas, Geometria e

Tratamento da Informação.

A seguir, são relacionados por séries os conteúdos a serem trabalhados na

disciplina:

QUINTA SÉRIE

Números – Operações – Álgebra

- Sistema de numeração decimal;

- Números naturais e suas representações;

- As seis operações e suas inversas (Adição, subtração, multiplicação, divisão,

potenciação e radiciação);

- Números Racionais e suas representações;

- Transformação de números fracionários;

- Frações e as quatro operações;

- Expressões numéricas;

- Noções de Ângulos;

- Fatoração.

Medidas

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Page 157:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Organização do sistema métrico decimal, e do sistema monetário;

- Transformações de unidades de medidas de comprimento, massa, capacidade

e tempo;

- Perímetro, área, volume e aplicações na solução de problemas;

Geometria

- Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;

- Planificação de figuras geométricas;

- Classificação de poliedros e corpos redondos;

- Desenho geométrico com uso de régua e compasso.

Tratamento de Informação

- Coleta e organização de dados;

- Leitura e interpretação de dados por meio de tabelas, diagramas e gráficos

(barras, colunas, setores...).

SEXTA SÉRIE

Números – Operações – Álgebra

- Sistema de Numeração Decimal;

- Números Inteiros e suas representações;

- As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão,

potenciação, e radiciação);

- Expressões numéricas;

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Page 158:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Noções de variável e incógnita, valores numéricos;

- Equações, inequações de 1º grau;

- Noções de proporcionalidade, fração, razão, proporção;

- Grandezas diretamente e inversamente proporcionais;

- Noções de Ângulos.

Medidas

- Perímetro, área, volume, resolução de problemas.

Geometria

- Ângulos, polígonos e circunferência;

- Interpretação geométrica de equações e inequações.

Tratamento da Informação

- Coleta e organização de dados;

- Leitura e interpretação de dados por meio de tabelas, diagramas e gráficos

(barras, colunas, setores).

SÉTIMA SÉRIE

Números, operações e Álgebra

- Conjuntos Numéricos (Reais e Fracionais);

158

Page 159:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Noções de variável e possibilidade de cálculo a partir da substituição de letras

por valores numéricos;

- Polinômios e os casos notáveis;

- Produtos Notáveis;

- Fatoração;

- Cálculo do número de diagonais de um polígono.

Medidas

- Ângulos e arcos – unidade – fracionamento e cálculo;

- Ângulos e polígonos;

- Classificação de triângulos, quadriláteros;

- Interpretação geométrica de equações e sistemas de equações.

Tratamento das Informações

- Coleta, organização e descrição de dados;

- Leitura, representação e interpretação de dados por meio de tabelas, listas

quadros, e gráficos (barras, colunas e setores).

OITAVA SÉRIE

Números, Operações e Álgebra

- Conjuntos Numéricos (Reais, Racionais, Irracionais);

- As seis operações;

- Equações do 2º Grau;

159

Page 160:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Noções de funções;

- Trigonometria no triângulo retângulo.

Medidas

- Congruência e semelhança de figuras planas (Teorema de Talles);

- Triangulo Retângulo (Relações Métricas e Teorema de Pitágoras);

- Áreas das figuras planas.

Geometria

- Polígonos;

- Semelhanças de Triângulos;

- Triângulos Retângulos.

Tratamento da Informação

- Coleta, organização e descrição de dados;

- Leitura, representação e interpretação de dados por meio de tabelas, quadros,

gráficos (barras, colunas, setores).

Os eixos: Educação do Campo, Educação Ambiental e História e Cultura Afro-

Brasileira serão trabalhados em todas as séries, através da análise e realização de

pesquisas de dados do município local e do IBGE.

160

Page 161:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A Educação Matemática requer um ensino que possibilite aos estudantes

apropriar – se de conceitos e idéias que facilitem a realização de análises e

discussões, de situações cotidianas e a partir daí ampliem seus conhecimentos e

contribuam com a nossa sociedade.Para tanto, é necessário que o processo

ensino/aprendizagem em matemática, colabore para que o aluno tenha condições e

oportunidades de adquirir essas habilidades, tanto matemáticas como também em

outras áreas como políticas, sociais e econômicas.

Assim a matemática apresentada aos educandos, deve ser clara de forma a

perceberem que esta é uma ciência criada pelo homem em sua constante busca pelo

conhecimento e atendimento de suas necessidades. O como ensina – lá está ligado

aos estudos feitos por matemáticos que apontam algumas tendências metodológicas

na educação matemática que podem colaborar para um melhor desenvolvimento

dessa disciplina, que são:

Resolução de Problemas

Nesta tendência metodológica o aluno usando de seus conhecimentos prévios,

busca as mais diversas maneiras que chegam a solução procurada, tornando assim as

aulas mais dinâmicas e interessantes.

Modelagem Matemática

A modelagem é uma alternativa para o ensino de Matemática tanto

fundamental como médio. É algo livre, espontâneo que surge da necessidade do

homem, em compreender os fatos que o cerca para interferir ou não em seu processo

de construção.

c) Etnomatematica

Entende – se por etnomatemática, a matemática praticada por grupos

diferentes, como comunidades rurais, urbanos, trabalhadores, sociedades indígenas e

tantos outros grupos que se identificam por objetivos comuns.

Mídias Tecnológicas

161

Page 162:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Trata – se do uso de recursos tecnológicos dentro da disciplina, o qual apresenta

maneiras diferenciadas de se ensinar e aprender, facilitando e investigando a

investigação e a experimentação matemática, valorizando a produção do

conhecimento.

História da Matemática

Associar os conteúdos com a história da matemática, é dar oportunidade aos

alunos entenderem a matemática construída historicamente, bem como também

conhecer a matemática que se encontra em contínua construção e assim leva – los a

observações, levantamento de hipóteses, reflexões e experimentações, e

posteriormente a construção de seus próprios conceitos matemáticos.

Diante do exposto, o encaminhamento metodológico da disciplina será de

diferentes estratégias, procurando partir de situações em que o aluno possa se

identificar e ampliar seus conhecimentos.

Procurar se a abordar os conteúdos utilizando metodologias que possam

desenvolver estratégias cognitivas como argumentação, expressão de idéias,

planejamento. As aulas serão expositivas, os conteúdos serão apresentados com base

na resolução de problemas e relacionados com a história da matemática, sempre que

possível será usado o auxílio de recursos, como vídeos, transparências, instrumentos

matemáticos, construção de jogos, bem como também a modelagem matemática.

162

Page 163:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

Inovações ao se abordar os conteúdos matemáticos e na maneira de se

conceber a aprendizagem implicam em mudanças nos objetivos previstos e no modo

de se avaliar. Deve-se incluí-la como parte integrante do processo educativo,

assumindo assim a função de orientar o aluno sobre o desenvolvimento de suas

capacidades, auxiliar o professor a identificar se os objetivos propostos foram

atingidos.

Fornecer ao professor informações de como está se desenvolvendo a

aprendizagem dos alunos, assim como, possibilitar-lhe uma reflexão contínua sobre

sua pratica pedagógica, sobre suas estratégias de metodologia e sobre a retomada de

conteúdos, adequando-os ao processo de aprendizagem individual ou de um grupo.

Dessa forma a avaliação do processo de aprendizagem da disciplina será feita através

dos seguintes instrumentos:

Observações diárias por parte do professor da participação, interesse,

criatividade e autonomia na solução de problema;

Resolução de problemas pelos alunos (individual, duplas ou grupos);

Atividades com justificativas orais ou escritas;

Formulação de questões pelos alunos;

Atividades fora da classe – como tarefas, trabalhos com datas previamente

marcadas;

Pesquisas;

Testes ou provas;

Debates de questões sociais atuais estabelecendo relações da Matemática com

outras áreas do conhecimento.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

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Page 164:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

164

Page 165:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

BIEMBENGUT, Maria Sallet. Modelagem Matemática no Ensino. São Paulo:

Contexto, 2005.

D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática: elo entre as tradições e a

modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

DANTE, Luis Roberto. Didática da resolução de problemas de matemática. São

Paulo: Ática, 2005.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEF. Diretrizes Curriculares Estaduais da

Disciplina de Matemática. Curitiba: [?], 2006.

165

Page 166:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

L.E.M. INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Tendo como princípio de que a Educação Básica deve garantir a formação

básica do cidadão e seu desenvolvimento integral, o qual inclui o desenvolvimento da

capacidade de aprender, tendo como meios, o pleno domínio da leitura e com vistas a

inclusão de todos no processo de aprendizagem no enfrentamento das desigualdades

sociais,com aqueles que, historicamente têm sido marginalizados, faz-se necessário

retomar a dimensão histórica da disciplina de Língua Inglesa. São vários os motivos

pelos quais se implantou no sistema de ensino a aprendizagem da língua inglesa:

Como modelo que expressa padrão cultural, após a Segunda Guerra Mundial, para

contribuir na formação da mentalidade do aprendiz e desenvolver hábitos de

observação e reflexão, bem como culturais, para conhecimento da civilização

estrangeira e das tradições daqueles povos – recomendando-se o Método Direto. Essa

preocupação, Pós Segunda Guerra, deriva da dependência econômica e cultural do

Brasil em Relação aos Estados Unidos.

Nos anos 50, com o desenvolvimento da ciência lingüística e o crescente

interesse pela aprendizagem de línguas, surgem mudanças significativas quanto às

abordagens e os métodos de ensino. Havia a preocupação da necessidade de formar

rapidamente pessoas que falassem outras línguas então se usavam o método

estruturalista e o áudio-oral. Depois, considerado um avanço mais eficiente, o

audiovisual. No entanto, a Língua Estrangeira, assim o Inglês também , tornava o

ensino dela como mais um instrumento das classes favorecidas para manter

privilégios. Mesmo assim, ensinar língua e civilização estrangeiras era apenas como

um recurso instrumental.

A partir de 1970, surge na Europa, a Abordagem Comunicativa em decorrência

de uma demanda que exigiu a oferta do ensino de LE para imigrantes. Em tal

abordagem a língua é concebida como um instrumento de comunicação ou interação

social, concentrado-se nos aspectos semânticos e não mais no código lingüístico.

Nessa conjuntura veio após os postulados de Chomsky (a Abordagem

166

Page 167:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Comunicativa), prossegue Hymes (1972) aproximando a lingüística da Sociologia: a

Sociolinguísitca; Savigon(1972) destaca que a capacidade de falar/aprender está

condicionada a elementos como o léxico, sintático e até mesmo a subjetividade. Em

1975 surge as teorias da Escola Francesa de Pêcheux e Fuchs com a análise do

discurso. Paralelamente, surgiram as teorias da Análise do discurso da Escola Anglo-

saxã a qual subsidiou o ensino pautado na Abordagem Comunicativa, cujo objeto era

a conversação cotidiana.

Em 1996, com a nova LDB, há a determinação da oferta obrigatória de pelo

menos uma LE. Em 1999 os PCNs presentificam a ênfase no ensino da comunicação

oral e escrita de LE, com vistas ao atendimento das demandas necessárias à formação

pessoal, acadêmica e profissional.

A perspectiva das Diretrizes Curriculares para a Escola Pública do Paraná,

atualmente, exige uma ampla reflexão pelo educado sobre o modo como se ensina e

para quê está ensinando. É preciso rever a função do professor de Língua Inglesa

que é ampla e vai além da transmissão de habilidades lingüísticas. O professor é

agente de conhecimentos e tem o papel de desenvolver atitudes transformadoras em

seus alunos, expondo-os a valores e e significados de diferentes culturas,

questionando concepções e práticas e encorajando-os a posicionar-se criticamente

frente a elas.

O professor de Língua Inglesa, nesta concepção, precisa ser um profissional

autônomo, de forma que tenha segurança em modificar de modo efetivo a sua prática

buscando, individual ou coletivamente, a reflexão, a pesquisa e a investigação sobre

os pressupostos teóricos e práticos das abordagens pedagógicas para que se

posicionem paradigmaticamente.

Perceber a importância das novas áreas do conhecimento, reconhecer a

necessidade de materiais didáticos diferenciados, número de alunos reduzidos por

turma, sala de aula equipada com recursos adequados para o ensino e formação

continuada crítica e reflexiva, dedicação à pesquisa, são problemas de ordem

estrutural e pedagógica que devem ser superados e abordados nos processos de

reflexão sobe o fazer prático dos professores.

167

Page 168:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

A concepção de que o objeto de estudo da LE contempla relações com a

cultura, a ideologia e a identidade, tem-se clareza de suas implicações no processo de

ensino –aprendizagem da disciplina. Ensinar e aprender concepções de mundo,

constituindo e dando significado aos espaços construídos; desenvolver consciência

crítica a respeito do papel da línguas na sociedade, apresenta-se como objetivo

primeiro da aprendizagem de Língua Inglesa.

No ensino de Língua estrangeira, no caso também a Inglesa, deve-se superar a

idéia de que o objeto é apenas o lingüístico e de que os Institutos de Idiomas são

parâmetros para definir os objetivos do ensino da LE na educação. Essas escolas não

têm as mesmas preocupações da escola.

A LDB 9394/96, estabelece no art. 32 como objetivo da escolarização básica a

formação básica do cidadão, contribuindo para a constituição das identidades dos

alunos sujeitos como agentes críticos e transformadores do meio em que vivem.

No sentido anterior, a LE compromete-se com o resgate social e educacional na

Educação Básica. A sua apropriação concilia aquisição de conhecimentos específicos

com a compreensão crítica da sociedade, com vistas à sua transformação, superando

o fim utilitarista e pragmático que tem marcado historicamente o ensino dessa

disciplina.

Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as

possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas existentes e construir

sentidos; estabelecer relações entre a LE e a inclusão social; desenvolver o

reconhecimento da diversidade cultural e processo de construção de identidades

transformadoras, esse é o intento nesse objetivo.

A intercomunicação advinda do mundo globalizado não permite mais o

isolamento, então nesse sentido a Língua Inglesa: possibilitará a utilização de textos

verbais ou não-verbais, produção e compreensão de textos em situações de

comunicação de modo a inseri-los na sociedade como participantes ativos, não

limitados às suas comunidades locais. Objetiva,desse modo a inclusão social, fazendo

uso da Língua em situações significativas e contextualizadas;

168

Page 169:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Alargar as capacidades interpretativas e cognitivas da Língua Inglesa para

entender suas implicações político-ideológicas, é o objetivo sétimo.

Permitir o sentido de pertença à sociedade, como sujeito integrante, o aluno ao

aprender a Língua Inglesa, construirá a sua identidade e terá condições de participar

ativamente na possível transformação do mundo em que vive.

Mostrar ao aluno que o Inglês tornou-se um dos principais veículos de

comunicação nos meio diplomáticos, no comércio mundial, nas competições

esportivas, no turismo, nos encontros de líderes políticos mundiais, nos congressos de

ciências, na arte e , principalmente na tecnologia.

Levar o aluno a perceber que é importante conhecer o idioma para não se sentir

isolado do mundo globalizado de hoje;

Despertar no aluno o gosto pelo Inglês;

Levar ao aluno a compreensão, a reflexão e o aprendizado de enunciados e

comunicar-se através da Língua Inglesa.

169

Page 170:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

QUINTA SÉRIE

Nome, idade, nacionalidade, apresentar-se, apresentar o outro e perguntar sobre a

vida do outro;

Descrever uma pessoa aspecto físico e características psicológicas – cabelo, olhos,

estatura, vestuário, sua profissão, sua, sentimentos;

Comprar objetos (no início objetos encontrado em classe: e em seguida pode-se

simular um bazar ou um “dia de troca” para que cada um descreva tente vender ou

trocar seu objeto);

Expressar vontades (querer objetos, fazer planos, programar uma festa de aniversário,

etc.);

Localizar objetos no espaço, descrevendo peças de casa em recortes de revistas,

fotos, desenhos á mão pelo próprio aluno;

Perguntar sobre o que o outro possui (ter ou não objetos, ter ou não vontades, ter ou

não amigos) expressar a posse.

Perguntar sobre as preferências do outro (sobre animais, esportes, cinema, livros,

jogos,etc.);

Localizar-se numa cidade ou numa estrada de um país estrangeiro (trabalhar com

mapas, guias turísticos) fazer perguntas para ir a tal lugar).

SEXTA SÉRIE

Passar alimentos durante uma refeição, servir outra pessoa, solicitar que seja servido.

Pedir um favor, uma ajuda.

Dar ordens (diretas ou não).

Pedir permissão para fazer algo (abrir a porta, sair, etc.).

Pedir informações sobre um país estrangeiro e sua população.

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Page 171:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Pedir a opinião de alguém sobre o país, sua população ou outro assunto estudado.

Pedir perdão.

Fazer um convite (para uma festa, um almoço, para um fim de semana).

Aceitar ou rejeitar um convite e explicar o porquê.

Fazer perguntas no passado (recente) sobre : férias, passeios, festas, exames na

escola, o que se fez ontem.

Expressar opiniões sobre fatos (como férias, passeios, ida ao cinema, avaliações na

escola, etc.).

SÉTIMA SÉRIE

Fazer entrevistas (perguntas para pesquisar assuntos variados: leitura, cinema, lazer,

etc.). Esse ato de fala prevê a elaboração de questionários em grupos; dessa forma, o

oral e a escrita serão trabalhados.

Fazer planos para o futuro (estudos, profissão, vida afetiva,etc).

Comprar alimentos ou outros objetos nos vários estabelecimentos levando em

consideração a cultura do país em questão (padaria, açougue, mercearia, banca de

jornais, etc.). Este ato de fala deve completar o que foi visto na 5ª série, de forma

mais simples.

Narrar fatos num passado mais remoto (quando eu era pequeno,etc.).

Expressar a noção de hipótese (presente, e futuro).

Expressar a proibição e o dever (é proibido, é preciso,etc).

OITAVA SÉRIE

Narrar fatos no passado usando ao mesmo tempo o imperfeito e pretérito.

Contar a vida dos avós, a história das imigrações.

Desenvolver a noção de hipótese (passado e condicional).

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Page 172:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Falar ao telefone: pedir informações sobre cinema, teatro, horário de trem e ônibus ou

avião.

Contatar um amigo para pedir ajuda (atividades escolares, receita ou empréstimo) -

Você poderia,eu esqueci...

Persuadir um amigo e fazer algo (ir ao cinema, viajar, etc.).

Defender um ponto de vista.

A Educação Ambiental será abordada na disciplina através da utilização e

produção de textos que abordem a temática.

A Língua Inglesa tem o discurso e o texto (verbal, escrito ou visual) como ponto

de partida. Esse texto trará problematização em relação à História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, sua contribuição na música, religião, alimentação, sua presença

na mídia, o racismo no Brasil e no mundo, o mercado de trabalho, conhecer a

contribuição do negro na literatura universal.

A Educação do Campo e seus eixos temáticos: trabalho, divisão social e

territorial, cultura, identidade, interdependência campo-cidade, questão agrária e

desenvolvimento sustentável, organização política, movimentos sociais e cidadania.

172

Page 173:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

As práticas e os objetivos estabelecidos no contexto escolhido pela escola

acolhem a abordagem comunicativa por favorecer o uso da língua pelos alunos, mas

não deixara em hipótese alguma o trabalho com a língua discursiva com diferentes

tipos de textos, sem esvaziar as práticas sociais. A vertente mais crítica da

Abordagem comunicativa que a desvincula do plurilinguísmo e imperialismo lingüístico

no contexto histórico será envolvida no enfoque da língua.

O referencial teórico que embasa os fundamentos da escolha por tal

abordagem, identificam a pedagogia crítica como sustentáculo.Entende-se, com isso,

que a escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para

que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas aprendam o processo de

sua produção, bem como as tendências de sua transformação. Assim, propõe-se fazer

da aula de Língua Inglesa um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a

diversidade lingüística e cultural, oportunizando-o engajar-se discursivamente e a

perceber possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive.

A proposta aqui adotada, baseada na corrente sociológica e nas teorias do

Círculo de Bahktin, bem como de Orlandi (1999) e Foucault (2003), nos pontos e

acepções de tais teóricos convergem, concebe a língua enquanto discurso, enquanto

espaço de produção de sentidos marcado por relações contextuais de poder.

Para atingir os objetivos, a ferramenta para o desenvolvimento da consciência

crítica dos propósitos sociais e a análise das relações, para questionar e dasafiar

atitudes, valores e crenças subjacentes a eles, usar-se-á o Letramento Crítico. Este é

concretizado por meio do engajamento crítico com e através de textos e da prática

social crítica. Tendo o texto e a leitura como elementos indissociáveis.

As habilidades de ler, falar, escrever e ouvir serão efetivadas na metodologia de

trabalho considerando-se sempre o contexto e o momento histórico em que se

produziu o texto objeto da ação, atribuindo-lhe sentidos.Nessa perspectiva, há o

confronto entre o autor , texto e leitor, passando de uma atitude de passividade para

o de participante na construção de sentidos.

173

Page 174:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem de Língua Inglesa, nesta escola está atrelada à

concepção de língua definida nas Diretrizes. Neste sentido, ela constitui-se num

instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas, não

apenas aos conteúdos desenvolvidos, mas aos vivenciados ao longo do processo. Ela

subsidiará a discussão acerca dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no

processo.

O envolvimento dos alunos nas práticas discursivas será a base para o

planejamento das avaliações. Cabe ao professor observar a participação ativa dos

alunos, produzindo sentido no processo de compreensão de textos, sejam eles verbais

ou escritos,na interação dos diferentes sujeitos que fazem a aprendizagem acontecer

e o material didático.

A ferramenta para acompanhamento do aprendizado dos alunos é a

manutenção de um portfólio ou o caderno de anotações. Seja no portfólio ou no

caderno de anotações, o professor orientará seus alunos na sua organização, na

escolha dos assuntos, incentivará a leitura das produções tanto individual como

coletiva. Esse instrumento facilita ao aluno reconhecimento de suas ações e o

fornecimento de retorno de seu desempenho e o entendimento do “erro” como parte

integrante da aprendizagem.

Embora o que se expôs aqui evidencie a avaliação processual, considerar-se-á,

na prática pedagógica, avaliações de outra natureza: diagnóstica e formativa. Dentro

desse sistema o professor terá liberdade para utilizar os seguintes instrumentos de

avaliação: prova objetiva (série de perguntas diretas, para respostas curtas, com

apenas uma solução possível); dissertativa (série de perguntas que exijam capacidade

de estabelecer relações, resumir, analisar e julgar); seminário (exposição oral,

utilizando a fala e material de apoio adequado ao assunto); trabalho em grupo

(atividade de natureza diversa – escrita, oral gráfica,etc- realizadas coletivamente);

debates (discussão em que os alunos expõem seus pontos de vista a respeito de

assunto polêmico); relatório individual (texto produzido pelo aluno, depois de

atividades práticas ou projetos temáticos ou saída de campo); auto-avaliação (análise

oral ou por escrito, em formato livre que o aluno faz o próprio processo de

aprendizagem); observação (análise de desempenho do aluno em fatos do cotidiano

174

Page 175:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

escolar ou em situações planejadas); co-avaliação; Conselho de Classe (reunião

liderada pela equipe pedagógica de determinada turma).

Assim ele optará em fazer a acumulação do que foi estabelecido, explicando no

quadro de observações no Livro Registro e no campo das avaliações a quantificação

dos valores mensurados. Serão consideradas 4 avaliações, para efeitos de promoção

no bimestre, com valor entre 1,0 e 3,0 pontos, totalizando 10,0 pontos.

A Recuperação Paralela será feita no final de cada período bimestral da seguinte

maneira: se o resultado médio obtido pelo aluno não atingir a média 6,0 , será

assegurada a ele uma nova oportunidade para reaver os conteúdos com metodologia

diferenciada da vista até então, permitindo, assim, a aprendizagem dos conteúdos que

não foram apreendidos. Após essa revisão será aplicado um teste para verificar se o

aluno aprendeu o que foi ensinado. Se a média da recuperação paralela for superior a

média anterior (do somatório bimestral), conserva-se essa em 100% de seu valor. Se a

média da recuperação paralela for inferior, permanece o valor mesurado na média que

o mesmo atingiu bimestralmente.

175

Page 176:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO.

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Fundamental- 2006.

RUBIN, Sarah Giersztel. Inglês, volume 1, 2, 3: Ensino Médio . São Paulo: Scipione,

2000 – (Coleção Novos Tempos).

ROLIM, Miriam. Insight sInto English 5,6,7e 8. São Paulo.FTD, 1998 – (coleção insight

sInto Englhish).

KLASSEN, Susana. Discovery 5, 6, 7 e 8. São Paulo. FTD, 2000 – (Coleção Discovery).

FERRARI, Marisa & RUBIN, Sarah. Englishclips 5, 6, 7 e 8. Scipione, 2001- (Coleção

Englishclips).

LIBERATO, Wilson Antonio.Compact English Book.São Paulo: FTD, 1998.

FERRARI, Marisa Tieman. Inglês Volume Único:ensino médio. São Paulo: scipione, 2000

– (coleção Novos Tempos).

176

Page 177:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

1.2 Ensino Médio

177

Page 178:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Arte no ensino fundamental visa construir uma proposta de

ensino para os alunos das escolas publicas levando em conta a necessidade de uma

reflexão a respeito da disciplina.

No período colonial ocorreram nas vilas onde estavam situadas reduções

jesuíticas as primeiras manifestações de arte na educação, primeiramente se

desenvolveu uma educação de cunho religioso onde prevaleciam os grupos de origem

portuguesa, indígena e africana.

O trabalho de catequização desses povos permeava ensino religioso e artes

através da literatura, da música, da dança, pintura e outros trabalhos manuais.

Em todas as localidades onde a Companhia de Jesus se estabeleceu foi

responsável pelas formas artísticas que se originaram.

O trabalho educacional jesuítica influenciou na construção cultural brasileira e

perdurou por dois séculos. Essas influências manifestaram-se na cultura popular

brasileira, exemplo: a música, o folclore, a dança e lutas, proporcionando assim uma

grande diversidade cultural.

As significativas mudanças no ensino de artes ocorreram com a fundação da

academia de Belas Artes, onde os alunos aprenderam as artes e ofícios artísticos.

Esses princípios artísticos se fundamentam nas idéias iluministas. Com a

reforma educacional do Brasil Republica os positivistas inspirados em Augusto Comte,

valorizavam a arte e os desenhos geométricos para desenvolver a mente e o

pensamento cientifico, visando preparar o trabalhador para o desenvolvimento

econômico industrial atendendo o modo de produção capitalista.

178

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O marco importante para a Arte brasileira foi à Semana de Arte Moderna, onde

os modernistas deixam de se inspirar na arte européia e enfocam o nacionalismo e os

temas nacionais. Esse movimento da inicio a valorização da cultura popular e abre

brechas para as inúmeras manifestações artísticas.

A arte vai ampliar seus horizontes e possibilitar novas correntes de expressão,

pois

“...não se restringia apenas à corrente da livre expressão, acreditava no uso de

temas e de historias reais e inventadas, como forma de integração entre a arte e a

vida, entre o conhecimento especifico e a experiência do aluno, valorizando a reflexão

e a critica no ensino de Arte” (CAVALCANTI apud DIRETRIZES CURRICULARES, 2006).

No decorrer desse processo de desenvolvimento histórico no ensino da arte,

ocorreram muitas transformações, porém essa disciplina exige reflexões que

contemplem a arte como área do conhecimento e não meramente para destacar dons

inatos.

Nas diversas teorias sobre a arte são estabelecidas algumas referências sobre

sua função, o que resulta também em diferentes posições: como a arte pode servir à

ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica e transformar-se em

mercadoria para meramente proporcionar prazer.

A Arte tem um papel fundamental na formação e visualização dos sentidos,

emoção, ética, política, religião, ideologia e muitas outras, através do processo de

humanização e leitura sobre a realidade que possibilita ampliar a maneira de viver em

sociedade.

Para compreender essa importância é preciso ressaltar que lecionar Arte e que

principalmente o processo de ensino e aprendizagem, de forma significativa, privilegia

a criação e não somente o aprimoramento de técnicas, afim de alcançar a perfeição,

ou ainda, tornar a Arte repetitiva, seguindo sempre modelos e cópias do natural.

Nessa perspectiva as Diretrizes Curriculares afirmam que “na escola, esses

conceitos e processos acabam por atribuir à Arte funções meramente reprodutivas,

179

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seguindo formas padronizadas e mantendo o aluno no aperfeiçoamento da técnica,

porém, limitando sua identidade criadora”. (p. 16)

No ensino de Arte, amplia-se o repertório cultural do aluno a partir dos

conceitos estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando-o do universo cultural

da humanidade nas suas diversas representações. Neste sentido as Diretrizes

Curriculares apontam a possibilidade do aluno criar formas singulares do pensamento

e expandir suas potencialidades criativas, considerando alguns campos conceituais:

o conhecimento estético: destaca-se aspectos sensíveis e cognitivos, onde

articulam-se numa organização que expressa pensamentos e sentidos;

o conhecimento artístico: visa o processo criativo, imaginário, utilizando-se das

Artes Visuais, da Dança, da Música e do Teatro;

o conhecimento contextualizado: envolve o contexto político, econômico e

socioculturais dos objetos artísticos, possibilita um aprofundamento na investigação

desse objeto.

No ensino de Arte, há três principais concepções no campo das teorias críticas

de arte. Tendo como sujeito histórico e social, a arte e ideologia, a arte e o seu

conhecimento e a arte e o trabalho criador que norteiam e organizam a metodologia,

a seleção dos conteúdos e a avaliação na prática escolar.

Arte e ideologia:

É um conjunto de idéias, crenças e doutrinas próprias de uma sociedade, de

uma época ou de uma classe. É um produto de uma situação histórica e das

aspirações destes grupos. Destaca-se por possuir duas funções contraditórias: como

um elemento de imposição de uma classe social a outra e de forma a mascarar a

realidade e, é também, por outro lado, um elemento de coesão social,. De reação de

pertencimento a um grupo , classe ou a sua sociedade.(Diretrizes Curriculares, 2006,

p. 24-25)

Neste sentido, o que se propõe é trabalhar Arte em três principais formas: o

sistema de arte (arte erudita) que atinge uma pequena parcela da sociedade – elite –,

a arte popular, que é produzida e vivenciada pelo povo, e a industria cultural,

caracterizada por utilizar-se de tecnologias sofisticadas para a produção em serie.

180

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A arte e seu conhecimento:

Segundo as Diretrizes Curriculares, a Arte pode revelar um parte do real, não

em sua essência objetiva, tarefa específica da ciência, mas em relação com a essência

humana. A Arte é um conhecimento especifico de uma realidade especifica, do

homem como um todo, único, vivo e concreto, na unidade e riqueza de suas

determinações, nas quais se fundem de modo peculiar o geral e o singular. (Váquez,

1978, p.35, in Diretrizes, 2006, p. 25-26)

Arte e trabalho e criador:

Consiste em um elemento essencial no ensino de Arte, criar é transformar, fazer

algo inédito, um objetivo novo e singular que expressa esse sujeito criador e,

simultaneamente, o transcende, enquanto objeto portador de conteúdo de cunho

social e histórico e enquanto objeto concreto, como uma nova realidade social.

181

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OBJETIVOS GERAIS

No decorrer do Ensino Médio, espera-se que o aluno progressivamente adquira

competências e habilidades nas atividades escolares que se referem à disciplina de

Artes. Tendo como principal objetivo viabilizar o acesso às obras artísticas de musica,

teatro, dança e artes visuais para que os mesmos consigam familiarizar-se com as

diferentes formas de produção artística.

Este momento de familiarização com os conteúdos artísticos também envolvem

a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão

estética.

Tanto a apreciação, quanto a apropriação de tais objetos se dão inicialmente

pelos sentidos, a percepção será superficial ou profunda dependendo do

conhecimento em Arte que o educando tiver em sua vida.

A disciplina de Arte possibilitará o acesso ao conhecimento de outras áreas do

saber; a partir desse processo, o educando terá fácil interpretação das obras e da

realidade, transcendendo as aparências.

A Arte é um campo do conhecimento humano fruto da criação e do trabalho dos

indivíduos, histórica e socialmente.

Sendo assim, esse contato com o patrimônio artístico e suas diversas áreas de

pesquisa, facilitará o exercício da cidadania com cultura de qualidade.

182

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes Curriculares Estaduais de Artes estabelecem como conteúdos

estruturantes para a disciplina os elementos formais, a composição e os movimentos

e períodos, que serão abordados em conjunto nas áreas como segue:

PRIMEIRA SÉRIE

Artes Visuais;

Música;

Teatro;

Dança.

Educação Ambiental

A Educação Ambiental na disciplina de Artes será abordada no âmbito escolar

procurando ressaltar que todas e quaisquer manifestações artísticas são influenciadas

pelo meio ambiente onde o sujeito está inserido.

Educação do Campo

A Educação do Campo será contemplada na disciplina de Artes através das

festas tradicionais, gastronomia, as diferentes formas de comunicação, mostrando a

relação campo-cidade, desmistificando os conceitos existentes.

Cultura Afro-Brasileira

183

Page 184:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Através da arquitetura, dança, música, vestuários, objetos decorativos e outras

manifestações artísticas mostraremos aos alunos a contribuição desses elementos na

sociedade contemporânea.

184

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Segundo o pensamento proposto nas Diretrizes Curriculares, o objetivo de

trabalho micológico é o conhecimento. Assim, na metodologia do ensino da Arte,

deve-se destacar três momentos de organização pedagógica:

Sentir e perceber:

Possibilita aos alunos acesso e envolvimento as obras artísticas no âmbito dos

sentidos, objetos da natureza, cultura em uma dimensão estética.

No que cabe ao educador, deve-se auxiliar o educando e mediar nas

interpretações, indo além das aparências, chegando a totalidade da realidade humano

social.

Conhecimento em arte:

É a materialização do conhecimento em arte com os conteúdos estruturantes.

Deve-se enfocar a origem cultural e o grupo social dos alunos, trabalhando em suas

aulas os conhecimentos produzidos na comunidade e as manifestações artísticas que

produzem significado de vida para estes alunos, tanto na produção como na fruição.

(Diretrizes Curriculares, 2006, p. 38)

Trabalho artístico:

Consiste no exercício da imaginação e criação, o processo de produção do aluno

acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e

humaniza os sentidos.

185

Page 186:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Arte é diagnóstica e processual. Diagnóstica por ser

a referência para o planejamento das aulas e na avaliação dos alunos, processual por

pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.

Nesse processo de avaliação é importante desenvolver a auto-avaliação dos

alunos, é importante que os alunos do ensino médio tenham um capital cultural.

A avaliação será somatória, considerando o comportamento e o

desenvolvimento do aluno com relação às aulas, seu interesse pelas atividades

desenvolvidas na escola e em sala, procurando dessa maneira, avaliar e valorizar cada

etapa de aprendizagem do educando.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

Instrumentos de avaliação:

resolução de questionamentos escritos e orais;

186

Page 187:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

produção ou análise de textos, dramatizações, desenhos, músicas, poemas,

mapas, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;

realização de atividades na sala de aula, no laboratório de ciências, na

biblioteca, em saídas de campo e em domicílio;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

participação em palestras e atividades culturais;

participação, comprometimento e atitude em sala de aula;

outros.

187

Page 188:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Diretrizes Curriculares de Arte para o

Ensino Médio. Versão preliminar. Curitiba: 2006.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Orientações curriculares - Semana

Pedagógica: Arte. Curitiba: 2006.

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 1994.

188

Page 189:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA.

Desde o homem primitivo já havia a preocupação com esse fenômeno devido a

sua contemplação da natureza, para entender, explicar e manipular os recursos

naturais.

Na Antigüidade o homem tenta definir a origem desse fenômeno tendo como

principais estudiosos que contribuíram para o desenvolvimento da Biologia, Platão e

Aristóteles que buscavam explicações para a compreensão da natureza.

Na Idade Média (século V à XV) o Cristianismo teve uma forte influência e todo o

conhecimento era associado à Deus e oficializado pela Igreja Católica. Nessa época

surgem as primeiras universidades medievais que começavam a discutir o

conhecimento de maneira diferente da Igreja.

O período entre Idade Média e Idade Moderna (século XV e XVI) é marcado por

grandes mudanças como, ampliação do comércio, as navegações, circulação de

dinheiro, mudanças políticas e econômicas, que derrubam o poder da Igreja, surgindo

então, as revoluções industriais no século XVIII.

Nesse período há uma grande contribuição para a Biologia com Carl von Linné

(1707-1778), fundador do Sistema Moderno de Classificação dos Seres Vivos. A

Biologia organizou-se considerando a comparação das espécies, baseando-se na

exploração empírica da natureza, de forma descritiva, caracterizando o pensamento

biológico descritivo.

Neste contexto, conceitua-se VIDA “como expressão da natureza idealizada pelo

sujeito racional” (RUSS, 1994).

189

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Em meio às contradições deste período histórico, Francis Bacon contribui com

uma nova visão da Ciência através da investigação cooperativa. Propõe substituir o

misticismo pelo método indutivo baseado na observação. Surge o pensamento

biológico mecanicista.

Os princípios da origem da VIDA também são questionados. Surgem novas

idéias sobre biogênese com o físico italiano Francisco Redi. A invenção e o

aperfeiçoamento do microscópio trazem grandes contribuições para a Biologia.

Com as grandes transformações sociais, políticas e econômicas, já no início do

século XIX surgem evidências da evolução dos seres vivos, com os trabalhos

apresentados por Charles Darwin.

Darwin cria a base da Teoria da Evolução das Espécies onde o principal agente

de modificação é a ação da seleção natural. Ele foi o primeiro a utilizar o método

hipotético-dedutivo, ou seja, se o que foi levantado como hipótese conforma-se com

as evidências experimentais.

A teoria de Darwin só foi compreendida quando surgiram as leis da

hereditariedade propostas por Gregor Mendel, que, baseando-se em conhecimentos já

desenvolvidos por outros, realizou diversos cruzamentos entre ervilhas para observar

como as características eram transmitidas.

No século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel,

marcando a influência do pensamento biológico evolutivo. Nesta época, a Genética

desenvolve-se como Ciência. A Biologia começou a ser vista como utilitária na

medicina, na agricultura e outras áreas.

Neste contexto de mudanças, expõe-se a crise da Ciência e a necessidade de

rever o método de construção do conhecimento científico.

Em meados dos anos 70, do século XX, busca-se entender como a Ciência

progride e como ocorre o trabalho de pesquisa dentro das instituições, expondo a

fragilidade do empirismo.

Com o desenvolvimento da genética molecular e a inovação biotecnológica, o

pensamento biológico sofre mudanças que geram conflitos e põe em discussão o

fenômeno VIDA. Surge o pensamento biológico da manipulação genética que visa ao

homem compreender a estrutura dos seres vivos. Para a Ciência houve momentos de

crise, revoluções, de mudanças, por explicações sobre o fenômeno VIDA.

190

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Sendo assim, devemos, ao ensinar Biologia, adequar esses conhecimentos ao

sistema de ensino nos currículos escolares, como, criação de Cursos de Ciências

Naturais, com ênfase ao conteúdo dos livros (anos 30), ilustrações para as aulas

teóricas com incorporação de conteúdos científicos (anos 50), importância ao método

científico com os Centros de Ciências para treinar professores, produzir textos

didáticos e materiais de laboratório (anos 60). Com o impacto da revolução científica

(anos 70) surgem as questões ambientais. Os conteúdos de Biologia eram aprendidos

com base na observação e explicados por raciocínios lógicos (anos 80).

Nos anos 90, surge um outro campo de pesquisa, o da Mudança Conceitual. O

ensino sofre a influência do pensamento construtivista. Surgem os PCNs que

enfatizam competências e habilidades, em detrimento de uma abordagem profunda

dos conteúdos, apresentando propostas inovadoras, porém sem a abordagem histórica

permitindo assuntos que não contemplam conhecimentos construídos para a Biologia.

Entretanto, as mudanças ocorridas no país e no Estado do Paraná apontaram

novas perspectivas para a Educação Básica. Estabeleceu-se, assim, a construção das

Diretrizes Curriculares considerando-se a concepção histórica da Ciência articulada

com os princípios da Filosofia da Ciência.

191

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OBJETIVOS GERAIS

Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações de

homens e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do mundo,

valorizando-o como instrumento para exercício da cidadania;

Desenvolver hábitos de saúde e cuidado corporal, concebendo a saúde pessoal,

social e ambiental como bens individuais e da coletividade e que se devem conservar

e preservar;

Discernir conhecimento científico de crendices e superstições;

Relacionar a capacidade de interação com o ambiente e a sobrevivência das

espécies;

Perceber a construção histórica do conhecimento científico;

Coletar dados e buscar informações;

Adquirir novos conhecimentos e aplicá-los na sua realidade;

Compreender os fundamentos da Biologia através da teoria e da prática;

Vivenciar os conhecimentos através de aulas práticas e demonstrativas.

192

Page 193:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos apontam como a Biologia se constituiu como conhecimento, e

como ela tem influenciado na construção de uma concepção de mundo contribuindo

para que se possam compreender as implicações sociais, políticas, econômicas e

ambientais que envolvem a apropriação deste conhecimento biológico pela sociedade.

Foram baseados nos seguintes conteúdos estruturantes:

1- Organização dos Seres Vivos;

2- Mecanismos Biológicos;

3- Biodiversidade: relações ecológicas, modificações evolutivas e variabilidade

genética;

4- Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA.

A disciplina de Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos

específicos entre si e com outras áreas do conhecimento e deve priorizar o

desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos e propiciar reflexão

constante sobre as mudanças de tais conceitos.

Os conteúdos estão divididos por série da seguinte maneira:

PRIMEIRA SÉRIE

Organização da Biologia;

Características Gerais dos Seres Vivos;

Formas de Vida;

Introdução à Citologia;

Organização Celular;

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Microscópio ótico e eletrônico;

Composição química da célula;

Membrana plasmática;

Propriedades da membrana;

Citoplasma;

Hialoplasma, Retículo endoplasmático e Ribossomos;

Complexo de Golgi, Lisossomos e Vacúolos;

Mitocôndrias, Centro Celular, Cílios e Flagelos;

Célula Vegetal e Plastos;

Núcleo;

Cromossomos e Mutações Cromossômicas;

Cariótipo Humano;

Divisão Celular;

Reprodução Gâmica ou Sexuada;

Reprodução Agâmica e Casos Especiais;

Sistemas Reprodutores Masculino e Feminino;

Gametogênese;

Embriologia Animal;

Histologia Humana;

Epitélio de Revestimento e Secretor ou Glandular;

Tecido Conjuntivo;

Tecido Hematopoiético;

Tecido Muscular;

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Tecido Nervoso;

Noções de Genética.

SEGUNDA SÉRIE

Classificação dos seres vivos em reinos;

Nomenclatura dos seres vivos;

Classificação dos seres vivos em reinos;

Estudo dos vírus;

Estudo do Reino Monera;

Estudo do Reino Protista;

Estudo do Reino Fungi;

Estudo do Reino Plantae;

Estudo do Reino Animalia;

Caracterização, morfofisiologia dos grandes animais e as suas relações com o

homem e com o meio;

Poríferos;

Cnidários;

Platelmintos;

Nematelmintos;

Anelídeos;

Moluscos;

Artrópodes;

Equinodermos;

195

Page 196:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Cordados;

Fisiologia Animal;

Fisiologia da digestão, circulação, respiração, excreção, sistema nervoso e

sistema endócrino;

Anatomia e fisiologia humana;

Doenças e medidas profiláticas;

Imunolgia.

TERCEIRA SÉRIE

Introdução à Genética;

1ª Lei de Mendel: Monoibridismo com Dominância;

Monoibridismo sem Dominância;

Genealogias;

Polialelismo ou Alelos Múltiplos;

Grupos Sanguíneos: Sistema ABO;

Fator Rhesus e Sistema MN;

2ª Lei de Mendel: Diibridismo e Poliibridismo;

Interação Gênica;

Herança Quantitativa ou Polimeria;

Pleiotropia;

Herança Ligada ao Sexo;

Genética molecular;

Biotecnologia;

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Manipulação genética;

Biologia molecular;

Bioética;

Avanços tecnológicos;

Origem da Vida;

Os caminhos da Hipótese Heterotrófica;

Evolucionismo;

Provas da Evolução;

A Evolução dos Animais e Vegetais;

Formação de Novas Espécies;

Introdução à Ecologia;

Os Ecossistemas;

Ciclos Biogeoquímicos;

Fluxo de Energia e Pirâmides Ecológicas;

Dinâmica de Populações;

Fatores Abióticos;

Biogeografia;

O Homem e a Natureza.

A Educação Ambiental é comumente abordada nos conteúdos específicos da

disciplina devido à própria natureza desta.

No decorrer do ano, serão trabalhados direitos sociais, civis e culturais,

econômicos, bem como a valorização da diversidade, incluindo todas as raças. Dentro

da Biologia serão trabalhadas as Teorias Antropológicas, condições de higiene

proporcionadas à população, estudo das características biológicas (biótipo) dos

197

Page 198:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

diversos povos, desmistificação das teorias racistas, abordar os conflitos entre

epidemias e endemias e o atendimento à saúde, doenças, bem como o Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH).

Em relação à Educação do Campo serão trabalhados aumentos referentes à

transformação da Natureza e do próprio ser humano, atividades agrícolas, onde o

ponto de partida é a reflexão sobre as atividades humanas produtivas desenvolvidas

pelos povos do campo. A cultura e a identidade também são temas envolvidos na

educação do campo, onde a cultura é entendida como toda produção humana que se

constrói a partir das relações do ser humano com a Natureza, com o outro, e consigo

mesmo, devendo ser compreendida como os modos de vida, que são os costumes, as

relações de trabalho, familiares etc. Outro fator importante na educação do campo a

ser trabalhado são as necessidades sociais básicas, como a alimentação e a água

potável, por exemplo. Outro contexto importante na educação do campo é a

organização política e os movimentos sociais, onde se busca analisar as condições

existenciais do povo do campo e partidos políticos, bem como analisar movimentos

ecológicos, por exemplo.

198

Page 199:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A Ciência presente em cada momento da história sempre esteve sujeita às

interferências, determinações e transformações da sociedade, aos valores e

ideologias, as necessidades materiais do homem em cada momento histórico. Essas

interferências influenciam o processo de construção, reafirmando, assim, o conceito

VIDA como objeto de estudo da Biologia.

A Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e atuantes,

por meio de conteúdos, que proporcionem o entendimento do objeto de estudo – o

fenômeno VIDA – em toda sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos

seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, do estudo da

biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade genética,

hereditariedade e relações ecológicas, e das implicações dos avanços biológicos no

fenômeno VIDA.

A observação é considerada um procedimento de investigação que consiste na

atenção sistemática de um fato natural. O ato de observar no contexto do ensino de

Biologia extrapola o olhar descomprometido ou o simples registro, pois ele inclui a

identificação de varáveis relevantes, a medidas adequadas, o uso de instrumentais

garantindo uma certa objetividade.

O método experimental continua sendo o responsável pelos avanços da

pesquisa no campo da Biologia, por exemplo, organismos geneticamente modificados,

células-tronco, farmacogenéticos e mecanismos de prevenção ambiental. No ensino, o

que se tem que discutir é a rigorosidade metódica para o avanço da Ciência e as

implicações deste avanço, mostrando as conseqüências para a vida humana, para a

saúde do homem, para os impactos ambientais.

Considerando o ensino como instrumento de transformação, para melhor

compreender a realidade, a aula experimental é um espaço de organização, discussão

e reflexão, a partir de modelos que reproduzem o real. A Biologia abarca um universo

conceitual que fundamenta-se na concepção evolutiva, entendendo os seres vivos

além da classificação e do funcionamento de suas estruturas. Envolvem as relações

ecológicas, as transformações evolutivas e a variabilidade genética e podem ser

estudadas a partir de modelos que procuram interpretar o real, nas aulas

199

Page 200:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

experimentais. A experimentação tem a finalidade de privilegiar a construção do

conhecimento teórico, com base na exposição dialogada.

Os conhecimentos biológicos devem ser entendidos como produto histórico

indispensável à compreensão da prática social, pois revelam a realidade de forma

crítica e possibilitam a atuação dos sujeitos no processo de transformação dessa

realidade.

Como proposta metodológica para o ensino de Biologia, propõe-se a utilização

do método da prática social que parte da pedagogia histórico-crítica centrada na

valorização e socialização dos conhecimentos da Biologia.

Os conhecimentos biológicos possibilitam acesso a cultura científica,

socialmente valorizada, tendo como objetivo a formação do sujeito crítico e reflexivo,

rompendo com concepções pedagógicas anteriores.

Para o ensino dos conteúdos de Biologia são utilizadas as seguintes estratégias

metodológicas:

1. PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o

objetivo é perceber e denotar, dar significação às concepções

alternativas do aluno a partir de uma visão sincrética, desorganizada,

de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado;

2. PROBLEMATIZAÇÃO: é o momento para detectar e apontar as questões

que precisam ser resolvidas na prática social e, em conseqüência,

estabelecer que conhecimentos são necessários para a resolução

destas questões;

3. INSTRUMENTALIZAÇÃO: apresentar os conteúdos sistematizados para

que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de

construção pessoal e profissional, que os alunos apropriem-se das

ferramentas culturais necessárias para superar a condição de

exploração em que vivem;

4. CATARSE: é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de

conhecimento e o problema em questão. O aluno passa ao

200

Page 201:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

entendimento e elaboração de novas estruturas de conhecimento, ou

seja, passa da ação para a conscientização;

5. RETORNO À PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se pelo retorno à prática

social, com o saber concreto e pensado para atuar e transformar as

relações de produção que impedem a construção de uma sociedade

mais igualitária.

Para o desenvolvimento dos conteúdos propõe-se:

Observação e descrição dos seres vivos;

Comparar estruturas anatômicas e comportamentais dos seres;

Refletir sobre os avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade;

Observação de fenômenos desconhecidos e conhecidos, procurando descobrir

sua forma de ação;

Realização de experimentos em laboratório, visando a interpretação da

realidade, levando o aluno à reflexão sobre a teoria e a prática;

Recolhimento de dados visando comprovação de hipóteses levantadas;

Realização de atividades em grupo;

Realização de debates onde dois ou mais pontos de vista sejam discutidos e

tenham seus pontos positivos e negativos expostos e analisados;

Comentários sobre notícias de jornais, revistas e tele-jornais;

Elaboração de trabalhos e apresentações feitos pelos alunos;

Participação dos alunos em Feira de Ciências, exposições, visitas, pesquisa de

campo, etc.

Exposição do tema levando o aluno a refletir sobre suas concepções e, com

isso, desencadear perguntas relacionadas ao assunto abordado;

201

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Análise de textos sobre situações cotidianas e atuais;

Jogos didáticos.

Utilização de vídeos, livros, revistas, transparências, instrumentos de laboratório

e outros materiais audio-visuais.

202

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AVALIAÇÃO

A avaliação dar-se-á durante o processo de ensino-aprendizagem, a qual deve

informar ao professor o que foi aprendido pelo aluno e, informar ao aluno, quais são

seus avanços, dificuldades e possibilidades.

A avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos alunos

com relação à aprendizagem, não só de conceitos, mas também de procedimentos e

atitudes. Por isso, serão utilizados diversos instrumentos e situações para poder

avaliar diferentes aprendizagens.

A avaliação será constante, contínua, diagnóstica. Para isto serão utilizados

testes escritos , pesquisas, trabalhos, participação em sala de aula e no laboratório,

relatórios, exercícios, exposições, feira de Ciências, aulas práticas, debates,

entrevistas e também auto-avaliação.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

Instrumentos de avaliação:

203

Page 204:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

• resolução de questionamentos escritos e orais;

• produção ou análise de desenhos, tabelas, gráficos e outras formas de

expressão e representação;

• realização de atividades na sala de aula, no laboratório de ciências, na

biblioteca, em saídas de campo e em domicílio;

• pesquisa, produção e apresentação de seminários;

• pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

• participação em palestras, atividades e culturais;

• participação, comprometimento e atitude em sala de aula;

• outros.

204

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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. J. P. M. Discursos da ciência e da escola: ideologia e leituras

possíveis. Campinas: Mercado de Letras, 2004.

AMABIS E MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna, Editora Moderna, 1ª

edição, 1990.

APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.

ARAÚJO, I. L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: UFPR, 2002.

BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de Ciências. In: NARDI, R.

Questões atuais no ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras, 1998.

BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília,

MEC,2004.

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. São Paulo: Editora Moderna, 2004.

Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná.

GADOTTI, M. História das Idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2004.

GOVERNO DO ESTADO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEM. Diretrizes Curriculares

Estaduais da Disciplina de Biologia. Curitiba: [?], 2006.

KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.

Lei n. 10.639/03 referente à “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” nos

Currículos Escolares.

LOSSE, J. Introdução histórica à filosofia da ciência. Belo Horizonte: Itatiaia, 2000.

NARDI, R. Questões atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras, 2002.

PAULINO, Vilson Roberto. Biologia, Edição Completa. Ática, 2004.

RUSS, J. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Scipione, 1994.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas:

Autores Associados, 1997.

205

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ: Departamento do Ensino Médio.

Reestruturação do Ensino de 2º grau. Proposta de Conteúdos do Ensino de 2º

grau – Biologia. Curitiba, 1993.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As aulas de Educação Física permitem uma abordagem biológica, antropológica,

sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais, justamente por sua

constituição interdisciplinar.

“Destaca-se também que as aulas de Educação Física não podem ser um

apêndice das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento

subordinado e compensatório para a dureza das aulas em sala.” (Diretrizes

Curriculares, 2006).

É necessário uma adequação às séries e à idade de seus educandos, buscando

priorizar o que é de real importância para o seu desenvolvimento.

Esta proposta diferenciada é embasada na realidade social do educando

buscando por fim resgatar valores adormecidos em nossa realidade, despertando

assim a auto-estima, o respeito mútuo, estimulando o aprendizado dos conteúdos,

aperfeiçoando habilidades de forma eficaz construtiva e saudável, através dos jogos,

danças, lutas, ginásticas e esportes, visando aprimorar a formação do educando num

cidadão para o mundo e para o trabalho.

Deve então a Educação Física como parte integrante do processo educacional

trabalhar de forma coerente para que estas prerrogativas sejam alcançadas.

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OBJETIVOS GERAIS

• Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e

construtivas com os colegas, reconhecendo e respeitando características

físicas e de desempenho individuais, sem discriminação de qualquer

natureza;

• Anular de qualquer tipo de violência estimulando atitudes de respeito mútuo,

solidariedade e dignidade dentro do âmbito esportivo e social;

• Conhecer e valorizar o próprio corpo dentro da pluralidade e diversidade dos

signos corporais brasileiros;

• Estimular hábitos saudáveis de higiene, alimentação e saúde física e mental,

buscando a melhoria individual e coletiva;

• Possibilitar uma maneira saudável e equilibrada de desenvolvimento global;

• Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como

reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer,

reconhecendo-as como uma necessidade do ser humano e um direito do

cidadão, em busca de uma melhor qualidade de vida;

• Compartilhar de maneira racional as relações interpessoais e a vivência de

situações novas;

• Valorizar o diálogo e o debate ordenado na resolução de problemas;

• Conhecer os efeitos que a atividade física exerce sobre o organismo;

• Respeitar a cultura corporal do movimento individual sem causar

constrangimentos de ordens menores;

• Sociabilizar e orientar o educando, buscando apoio na interdisciplinariedade,

bem como no auxílio e ou trabalho conjunto com os demais professores;

• Formar o cidadão crítico autônomo.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Atletismo:

- Revisão do histórico e suas provas;

- Corrida de velocidade;

- Corrida com revezamento;

- Salto em distância;

- Arremesso de peso;

- Corrida com obstáculos;

• Voleibol:

- Revisão do histórico;

- Fundamentos;

- Sistemas;

- Regras;

- Jogo desportivo;

• Basquetebol:

- Revisão do histórico;

- Fundamentos;

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Page 210:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Regras;

- Sistemas de jogo;

• Handebol:

- Revisão do histórico;

- Sistemas defensivo e ofensivo;

- Regras;

- Jogo;

• Futebol:

- Regras;

- Jogo;

• Futsal:

- Regras;

- Jogo;

• Ginástica:

- Localizada;

- Rítmica;

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- Alongamento;

- Ginástica de solo;

- Ginástica postural;

- Ginástica e saúde;

- Aeróbica;

• Atividades recreativas:

- Brincadeiras ao ar livre;

- Brincadeiras em sala de aula;

- Gincana cultural;

- Festival musical;

• Tênis de mesa:

- Regras;

- Jogo;

• Dança:

- De salão;

- Folclórica;

- Danças afro-brasileiras;

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Page 212:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

• Xadrez:

- Regras;

- Jogo;

• Esporte e boa alimentação:

- Palestras;

• Noções de primeiros socorros:

- Torção;

- Ferimentos;

- Queimaduras leves;

• Noções de higiene:

• Lutas:

- - Histórico das lutas;

- - Filmes relacionados com os tipos de lutas;

- - Capoeira.

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Page 213:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A Educação Ambiental será abordada na disciplina estimulando os alunos a

praticarem atividades físicas em lugares ao ar livre como parques, praias etc,

destacando a importância sua importância para as saúdes física, mental e espiritual.

Será destacada a importância da existência de vegetação para a ocorrência de

sombras e a diminuição da temperatura do ambiente, tornando-o mais ameno e

agradável. Também sobre a água serão desenvolvidas observações, destacando sua

importância para o funcionamento o bom funcionamento do organismo.

Poderão ser realizadas gincanas com temáticas ambientais, como provas de

recolhimento de lixo, solução de problemas entre outros.

Em relação à cultura afro-brasileira será abordado nas aulas de Educação Física

temas como a dança afro, a importância do negro na história do esporte

(principalmente nas provas de atletismo), a cultura através do teatro e da música em

relação à diferentes momentos históricos do negro.

Também poderá ser trabalhado a capoeira com seus sentidos e significados, os

jogos que são praticados no Brasil pelos Afro-descendentes e africanos, as práticas

corporais através dos brinquedos e brincadeiras e as manifestações corporais

expressas no folclore brasileiro.

Explorar a diversidade corporal, adaptando as atividades de acordo com a

realidade local. Nem sempre a atividade que tem boa aceitação na cidade terá

também no campo. Ao se trabalhar com a Educação Física no campo o professor terá

que valorizar a experiência do aluno e utiliza-la dentro de sua aula.

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Page 214:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia usada pelo professor no processo de ensino e aprendizagem

deve garantir a busca do desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a

participação social e a afirmação de valores e princípios democráticos.

Os conteúdos escolares deverão ser abordados em procedimentos de

organização, sistematização de informações, aperfeiçoamento, entre outros e

abranger interesses que venham de encontro às necessidades e expectativas da

realidade escolar. Incluir o aluno no processo de ensino e aprendizagem, considerando

sua realidade social e pessoal, sua percepção de si e do outro, suas dúvidas e

necessidades de compreensão dessa mesma realidade. A partir de inclusão, constitui-

se um ambiente de aprendizagem significativa, que faça sentido para o aluno, no qual

ele tenha a possibilidade de trocar informações, estabelecer questões e construir

hipóteses na tentativa de respondê-las.

Trabalhar as práticas corporais, relacionadas com as outras áreas de

conhecimento no sentido que constituem um espaço de desenvolvimento e formação

de personalidade, na medida em que permitem ao aluno experimentar e expressar

diversas formas de ser e estar no mundo, contribuindo para a construção de seu estilo

pessoal de jogar, lutar, dançar e brincar.

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AVALIAÇÃO

A avaliação será de forma constante, durante todo o processo ensino e

aprendizagem, em função dos objetivos propostos, num processo contínuo, claro e

sistemático. O aluno não será avaliado por padrões técnicos, mas sim através do

conhecimento de seus limites e possibilidades. Será observado também o grau de

independência para cuidar de si mesmo, ou para organizar atividades, além da forma

como respeita os seus colegas e o respeito por si próprio.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

Instrumentos de avaliação:

participação em jogos, dramatizações, brincadeiras, danças etc;

realização de atividades na quadra, na sala de aula, na biblioteca, em saídas de

campo e em domicílio;

participação em palestras, atividades culturais e esportivas;

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Page 216:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

resolução de questionamentos escritos e orais;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

participação, comprometimento e atitude em aula;

outros.

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Page 217:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEM Diretrizes Curriculares de Educação

Física para o Ensino Médio. Curitiba [?], 2006.

MEDINA, João Paulo S. A Educação Física Cuida do Corpo... e (Mente), Papirus

Editora, 4ª edição, São Paulo, 1985.

TAFFAREL, Celi Nelza Zülke, Criatividade nas aulas de Educação Física, Ed. Ao

Livro Técnico, 1ª edição, 1985.

GONÇALVES, Maria Cristina, PINTO, Roberto Costacurta, Alves, TEUBER, Silvia Pessoa,

Aprendendo a Educação Física, Ed. Bolsa Nacional do Livro Ltda. 1ª edição, 1996.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação do

Campo. Curitiba, 2006.

GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações

Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e

Africana. Lei 10.639, 9 de janeiro de 2003.

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FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A obtenção de conhecimentos está ligada à necessidade de sobrevivência do

homem.

A Física possibilita ao homem colocar-se como agente cada vez mais atuante no

processo do desenvolvimento tecnológico e social, pois lhe concebe conhecer cada

vez mais o seu universo físico, apropriar-se das Leis Físicas, construir o seu espírito

crítico, desenvolver o raciocínio associativo e capacidades dedutivas que possibilitem

inserir novos conhecimentos no contexto da tecnologia avançada, ou mesmo, em

simples aplicações do cotidiano.

Esses fatos possibilitarão uma vida melhor e com ampliadas condições para o

seu futuro.

Neste sentido a ciência surge na tentativa humana de decifrar o universo físico,

determinada pela necessidade humana de resolver problemas práticos e necessidades

materiais em determinada época, logo é histórica, constituindo-se em visão de

mundo. (Diretrizes Curriculares, 2006, p. 17)

Cabe ressaltar que “a verdade” aceita na comunidade cientifica está

impregnada de imparcialidade, pois é um ser humano quem faz ciência, por isso,

deve-se considerar todo um contexto econômico, político, social e cultural. Enfim,

entender a ciência significa considerá-la na sociedade onde ela é produzida, as

instituições de pesquisas que a apoia e sustenta, os avanços técnicos e cientificas,

pois isso muda em função dessa sociedade.

Por isso, entende-se que uma abordagem histórica dos conteúdos se apresenta

como útil e rica, pois pode auxiliar os sujeitos a reconhecerem a ciência como um

objeto humano, tornando o conteúdo cientifico mais interessante e compreensível,

humanizando a ciência, aproximando-a dos estudantes.

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Page 219:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Um outro aspecto é o de considerar algumas curiosidades como motivadoras do

ensino como, por exemplo, a descoberta da gravidade por Newton a partir da queda

da maçã. Segundo Martins (1990), esse tipo de anedota não é útil ao ensino, pois

apresenta uma idéia distorcida da evolução das idéias em torno da teoria e, talvez,

fosse melhor utilizar-se de piadas. (Diretrizes Curriculares, 2006, p.19)

O que se pretende introduzindo a História no ensino de Física é mostrar a

evolução das idéias e conceitos em Física, um caminho quase sempre não-linear,

cheio de erros e acertos, avanços e retrocessos típicos de um objeto essencialmente

humano, que é produção cientifica. Mas, também, uma história que mostre a não

neutralidade da produção cientifica, suas relações externas, sua interdependência

com os sistemas produtivos, enfim, os aspectos sociais, políticos, econômicos e

culturais desta ciência.

Assumindo para o ensino de Física o pressuposto fundamental que considera a

ciência como uma produção cultural, um objeto humano construído e produzido nas e

pelas relações sociais e, a partir desse pressuposto, consensuamos:

a) que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve partir do

conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto de suas experiências de

vida em seu contexto social e que, na escola, se fazem presentes no momento em

que se inicia aquele processo. Interessam-nos particularmente, as concepções

alternativas apresentadas pelos estudantes a respeito de alguns conceitos, as quais

acabam por influenciar a aprendizagem desses conceitos do ponto de vista cientifico;

b) que a experimentação no ensino de Física é importante se entendida como

uma metodologia de ensino que pode contribuir para fazer a ligação entre teoria e

prática, por proporcionar uma melhor interação entre o professor e alunos e, entre

grupos de alunos, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social dos

estudantes, dentro de um contexto especial que é a escola;

c) que o saber Matemático não pode ser um pré-requisito para ensinar Física,

ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para a

Física. Entendemos que precisamos permitir que os estudantes se apropriem do

conhecimento físico, aí a ênfase aos aspectos conceituais sem, no entanto, descartar

o formalismo matemático;

d) que embora estamos adotando um tratamento disciplinar, devemos ir além,

visto que a Física não se separa das outras disciplinas, o que se deve ser considerado

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Page 220:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

no planejamento de nossas atividades e; e) que é preciso localizar os conteúdos a

serem trabalhados num contexto social, econômico, cultural e histórico, situando-os

no tempo e no espaço.

No que se refere a abordagem dos conteúdos no ensino da Física ressaltam-se

três campos fundamentais e interdependentes de estudo: movimento, termodinâmica

e eletromagnetismo.

Apesar de serem estudados separadamente, a articulação entre os conteúdos

estruturantes é essencial para o entendimento dos conceitos, fórmulas e princípios da

conservação, por exemplo, além de permitir ao educando visualizar a construção do

conhecimento científico através de pressupostos e principalmente paradigmas a

serem corroborados ou superados.

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Page 221:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

Estudar o comportamento energético da matéria, visando à qualificação das diferentes

formas de energia envolvidas em todos os fenômenos físicos;

Instigar a curiosidade, a criatividade do aluno;

Considerar o conhecimento cognitivo e a diversidade cultural do aluno;

Respeitar os conhecimentos prévios dos alunos, como a sua produção intelectual e

também como ponto de partida para o desenvolvimento do saber;

Contribuir com a formação de cidadãos ativos e críticos, capazes de posicionar-se

frente às situações de seu tempo;

Possibilitar situações de aprendizagem nas quais os conteúdos sejam abordados numa

perspectiva de totalidade;

Incentivar uma postura e participativa face às novas tecnologias;

Discutir temas de forma crítica, refletindo sobre os aspectos econômicos, sociais,

culturais , ambientais, éticos e políticos, apontando as relações de poder existentes na

produção científica;

Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho, não linear, de

gerações;

Perceber a construção histórica do conhecimento científico;

Coletar dados e buscar informações;

Adquirir novos conhecimentos e aplicá-los na sua realidade;

Compreender os fundamentos de Física através da teoria e da prática.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

PRIMEIRA SÉRIE

Física e suas partes;

Cinemática;

Dinâmica;

Gravitação Universal;

Estática;

Hidrostática.

SEGUNDA SÉRIE

Termometria;

Dilatação térmica;

Calorimetria;

Estudos dos gases;

Termodinâmica;

Óptica Geométrica;

Ondulatória;

Acústica.

TERCEIRA SÉRIE

Eletrostática;

Eletrodinâmica;

Eletromagnetismo.

A Educação Ambiental, a Educação do Campo e os conteúdos de História e Cultura

Afro-Brasileira serão desenvolvidos na disciplina através de contextualizações,

utilização de problemas e exemplificações.

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Seguindo a proposta das Diretrizes Curriculares, o ensino e aprendizagem, na

disciplina de Física, deve contemplar o conhecimento prévio dos estudantes, onde se

incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas, sobre os quais a

ciência tem um conceito científico.

No que remete aos modelos matemáticos no ensino de Física, as Diretrizes

Curriculares posicionam-se da seguinte forma, “sabe-se da importância da linguagem

matemática na Física, visto que essa Ciência está estruturada em modelos que são

trazidos em equações matemáticas. Mas os modelos criados pelos cientistas não

determinados pela natureza exterior à ele e, enquanto o cientista, normalmente,

escreve para os seus pares, nossa conversa é com os estudantes. Daí a importância

de se considerar também o conhecimento do estudante, se o que se quer é chegar a

um saber científico, contrapondo-se à imparcialidade e à unilateralidade do empírico.”

Já no que diz respeito ao papel da experimentação no ensino de Física, as

Diretrizes fomentam a idéia de que atividades desenvolvidas em laboratório não se

limitem a manipulações de aparelhos, fora do contexto experimental, o que se

pretende é que todas as atividades práticas tenham garantido espaço de reflexão,

desenvolvimento e elaboração de idéias.

O ensino experimental quando utilizado incorretamente gera, ao contrário do

que se pretende, atividades mecânicas, repetitivas, que não passam de receitas ou

instruções onde o educando segue rigorosamente as etapas para se chegar ao

resultado “correto”.

Se analisarmos historicamente o ensino de Física em relação ao experimento,

evidenciamos a utilização das aulas práticas no sentido de ilustrar conhecimentos

previamente abordados em aulas teóricas e nunca, ou quase nunca, como um

processo de investigação e de viabilização de construção de conceitos pelos alunos. O

combate ao caráter ilustrativo ou demonstrativo da experimentação restringiu-se,

unicamente, à proposta e a ênfase do “método da descoberta”, modismo que data

desde os anos 60.

O ensino de Física através desse tipo de método - jogos de respostas corretas -

obriga o educador a testá-lo previamente, pois nada poderá interferir no resultado da

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resposta desejada, afastando falhas que possivelmente possam contrariar a idéia de

que o experimento é a confirmação fiel de uma teoria. Com isso o aluno vai formando

uma imagem distorcida sobre o trabalho científico e fica na cabeça do aluno a

impressão de que os experimentos sempre levam a respostas corretas e o professor

na maioria das vezes utiliza a aula prática para confirmar o que ensinou na teoria.

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Page 225:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração todos

os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um

texto, seja ele literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o

conteúdo físico; a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou

qualquer outro evento que envolva a Física.

No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos com

uma nota, como tradicionalmente tem sido feita, com o objetivo de testar o aluno ou

mesmo puni-lo, mas sim de auxiliá-lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só tem

sentido quando se utilizada como instrumento para intervir no processo de

aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.

As formas avaliativas, segundo a concepção adotada nestas diretrizes, deverão

analisar o crescimento intelectual do aluno. Uma avaliação para ser completa precisa

diagnosticar as mudanças ou reafirmações nas atitudes dos educando. Assim,

podemos destacar: interação no processo de ensino e aprendizagem, diferentes

formas de conceber e se apropriar dos conteúdos específicos e do conhecimento

cientifico, capacidade de relacionar aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e

históricos com o assunto estudado, interdiciplinarizar conteúdos, contextualizar, entre

outros.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

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Page 226:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

Instrumentos de avaliação:

resolução de questionamentos escritos e orais;

produção ou análise desenhos, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e

representação;

realização de atividades na sala de aula, no laboratório de ciências, na

biblioteca, em saídas de campo e em domicílio;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

participação em palestras e atividades culturais;

participação, comprometimento e atitude em sala de aula;

outros.

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Page 227:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

BONJORNO, José Roberto; BONJORNO, Regina Azenha; BONJORNO, Valter; RAMOS,

Clinton Marcico. “Física Completa”. São Paulo: Editora FTD, 2001.

CHIQUETTO, Marcos; PAGLIARI, Estéfano; VALENTIM, Bárbara. “Aprendendo Física 1

– Mecânica”. São Paulo: Editora Scipione, 1996.

CHIQUETTO, Marcos; PAGLIARI, Estéfano; VALENTIM, Bárbara. “Aprendendo Física 2

– Física Térmica e Ondas”. São Paulo: Editora Scipione, 1996.

CHIQUETTO, Marcos; PAGLIARI, Estéfano; VALENTIM, Bárbara. “Aprendendo Física 3

– Eletromagnetismo e Introdução à Física Moderna”. São Paulo: Editora

Scipione, 1996.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Diretrizes Curriculares de Física para

o Ensino Médio, versão preliminar. Curitiba: 2006

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GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Embora o estabelecimento da Geografia como ciência tenha ocorrido somente

no século XIX, desde a Pré-História o conhecimento geográfico faz parte da vida dos

seres humanos, pois estes “organizam-se em sociedade e vão produzindo sua

subsistência, produzindo com isso seu espaço, que vai se configurando conforme os

modos culturais e materiais de organização dessa sociedade” (CAVALCANTI, 2005, p.

11).

Os povos pré-históricos, caçadores e coletores, já observavam a dinâmica das

estações do ano e a relacionavam com o ciclo reprodutivo da natureza para realizarem

suas migrações, em busca dos frutos e da caça. Mesopotâmios e egípcios, povos

agricultores, tinham conhecimento das variações climáticas, da alternância entre

período seco e período chuvoso. O conhecimento da direção, da constância e da

dinâmica dos ventos foi fundamental para os povos navegadores, como os polinésios.

Coube aos gregos, na Antiguidade, a primazia do registro sistemático dos

conhecimentos geográficos acumulados até então, em obras como os Périplos e a

Odisséia. Os romanos, e posteriormente os árabes na Idade Média, foram herdeiros e

disseminadores da cultura grega pela Europa, norte da África e Oriente Médio. Nesses

períodos, os conhecimentos geográficos eram relacionados à descrição e organização

dos espaços conquistados, ao estabelecimento de meio de comunicação e vias de

transporte para o comércio, à elaboração de mapas; às discussões a respeito da forma

e tamanho da Terra e da distribuição de terras e águas, aos estudos sobre as

condições climáticas, relacionando-as ao aproveitamento agrícola, entre outros.

No final da Idade Média e início da Idade Moderna, as Grandes Navegações e

Descobrimentos levaram à ampliação do conhecimento geográfico, inventariando e

catalogando dados sobre os continentes e oceanos, os territórios coloniais, suas

riquezas naturais e aspectos humanos, tudo com vistas à sua exploração. Os

conhecimentos geográficos encontravam-se dispersos e desconexos em áreas de

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Page 229:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

conhecimento das quais viria, posteriormente, a servir-se a Geografia, como a

Astronomia, a Botânica, a Biologia, a Climatologia entre outras.

No século XIX, já na Idade Contemporânea, a Geografia foi sistematizada e

reconhecida como ciência e ramo autônomo do conhecimento humano. Essa

sistematização ocorreu na Alemanha, como imposição da necessidade burguesa de

unificar e industrializar o país e justificar seu expansionismo no continente europeu, e

na França, para fazer frente à escola alemã e justificar o imperialismo francês na

África e na Ásia.

Assim, a sistematização da Geografia, sua colocação como ciência particular e

autônoma, foi um desdobramento das transformações operadas na vida social, pela

emergência do modo de produção capitalista. No entanto, essa sistematização ocorreu

no final do processo de consolidação do capitalismo em determinados países europeus

[Alemanha e França], quando a prática da burguesia, então dominante, objetivava

justificar e manter ordem social existente (MORAES, 2002).

Para tanto, foi necessária a existência de pressupostos histórico/materiais -

conhecimento efetivo da extensão real do planeta; existência de um repositório de

informações, sobre variados lugares da Terra; aprimoramento das técnicas

cartográficas – e pressupostos filosófico/científicos - correntes filosóficas que

propunham explicações abrangentes do mundo e a compreensão dos fenômenos do

real; o pensamento político iluminista; a Economia Política, o Evolucionismo.

Desde os primórdios de sua criação como ciência, a Geografia tem passado por

mudanças teórico-metodológicas e a constante redefinição de seu objeto de estudo e

ensino. Se em princípio essas mudanças eram creditadas principalmente à sua

subordinação aos interesses hegemônicos, atualmente, em face da revolução técnico-

científica em curso, é importante que se considere que também a Geografia, assim

como vários outros ramos do conhecimento humano, atravessa um período de

profundas transformações.

Nesse sentido cabe ainda reconhecer o caráter histórico das sociedades

humanas, do conhecimento científico e das relações travadas entre estes dois

elementos. Nas palavras de Paulo Freire, reconhecer “a historicidade do

conhecimento, a sua natureza de processo em permanente devir. Significa reconhecer

o conhecimento como uma produção social, que resulta da ação e reflexão...” (2003,

p. 09).

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Apesar do aparente fim do socialismo dito real e da ausência de um modelo

sócio-político-econômico que contraponha-se ao neoliberalismo vigente, o referencial

teórico-metodológico da Geografia tem-se consolidado, como demonstram os

trabalhos de diversos autores (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEF, 2005 ),

com a utilização do materialismo histórico e dialético.

É importante lembrar que não existe neutralidade política no processo de

ensino-aprendizagem, sendo este também um ato político daqueles que dele

participam. Nesse sentido, fica explícita a elaboração e aplicação deste como uma

forma de analisar e pensar, criticamente, a estrutura social hegemônica existente,

visando à sua superação.

Não devemos deixar de observar a relação entre a “produção [e a reprodução]

histórica do saber como uma ‘verdade’ que justifica uma relação de poder” (GOVERNO

DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM, 2005 p. 05), e ainda, que educação e política

são “práticas distintas, mas que ao mesmo tempo não são outra coisa que senão

modalidades específicas de uma mesma prática: a prática social. Integram, assim, um

mesmo conjunto, uma mesma totalidade” (SAVIANI, 2003, p. 85).

O objeto de estudo e ensino da Geografia, atualmente definido como o Espaço

Geográfico, é conceituado por Lefebvre e Santos como o espaço “produzido,

apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e

ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados” (apud

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/SUED, 2006 p. 14) e por Milton Santos

como espaço

“formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de

sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como

o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada

por objetos naturais, que ao longo as histórias vão sendo substituídas por objetos

técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial

tenda a funcionar como uma máquina” (1996, p. 51).

E ainda “o espaço geográfico deve ser considerado como algo que participa

igualmente da condição do social e do físico, um misto, um híbrido” (SANTOS, 1996, p.

70).

230

Page 231:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

O Espaço Geográfico, como objeto de estudo e ensino, é considerado como

produto da ação humana, através do trabalho social, no meio. Tal relação só pode ser

compreendida através do estudo do próprio meio e das necessidades e da capacidade

de apropriação de cada sociedade, no decorrer do processo histórico. Ao converter a

Natureza em um conjunto de objetos que seleciona à medida que desenvolve os

meios de utilizá-los, atribuindo-lhes valor, o Homem transformou-a em Segunda

Natureza, apropriando-se dela em um ato social.

A intervenção coletiva do homem na natureza objetivando a satisfação de suas

necessidades, o trabalho social, é o elo de ligação entre o homem e a própria

natureza. Não cabe a distinção entre o físico e o humano, pois a ação humana sobre a

superfície terrestre se faz presente em todas as partes. Nas palavras de Jecohti;

Filizola “a presença do homem é um fato em toda a face da Terra, e a ocupação que

não se materializou é, todavia, politicamente existente” (1992, p. 100).

Seguindo esse princípio, para compreender o meio é necessário entender a

interdependência de todos os seus elementos. Para compreender a organização

espacial faz-se necessário entender as relações sociais que ocorrem nesse mesmo

espaço, através dos processos de trabalho e satisfação das necessidades humanas.

Compreender o Espaço Geográfico é compreender as relações meio-sociedade e todas

as suas correlações inerentes e decorrentes.

Para compreensão do Espaço Geográfico faz-se necessário o domínio dos

conceitos de lugar, paisagem, região, território, natureza e sociedade (GOVERNO DO

ESTADO DO PARANÁ – SEED/SUED, 2006; CAVALCANTI, 2005).

O lugar é definido como “o espaço onde o particular, o histórico, o cultural e a

identidade permanecem presentes [e revela] especificidades, subjetividades,

racionalidades próprias do espaço local” (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ –

SEED/SUED 2006, p. 18). No lugar ocorrem as relações pessoais e as experiências

afetivas, daí que são significados com positivos e negativos, bons e maus

(CAVALCANTI, 2005, p. 93)

A paisagem, de acordo com Santos (1988) é “o domínio do visível, aquilo que a

vista abarca. Não é formada apenas de volume, mas também de cores, movimentos,

odores, sons etc” (p. 61) e é também “materialidade, formada por objetos materiais e

não materiais. [...] fonte de relações sociais” (p. 71-72).

231

Page 232:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

É ainda a “materialização de um momento histórico” e seu real significado só

pode ser alcançado através da compreensão de sua subjetividade (GOVERNO DO

ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 16). Essa subjetividade da paisagem é

resultado do imaginário social, das crenças e valores, dos sentimentos das pessoas

que a constroem.

A região foi configurada, segundo Milton Santos, através de “processos

orgânicos, expressos através da territorialidade absoluta de um grupo, onde

prevaleciam suas características de identidade, exclusividade e limites” e atualmente

é o “suporte e a condição de relações globais que de outra forma não se realizariam”

(apud GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 17).

Além disso, a região é “considerada uma entidade concreta, resultado [...] da

efetivação dos mecanismos de regionalização sobre um quadro territorial já

previamente ocupado” (CORRÊA apud CAVALCANTI, 2005, p. 103) e subdivisão, Milton

Santos, “do espaço: do espaço total, do espaço nacional e mesmo do espaço local”

(apud CAVALCANTI, 2005, p. 103).

O território pode ser nacional, regional ou local e é nele que ocorre o confronto

e a associação entre o mundo e o lugar (SANTOS apud GOVERNO DO ESTADO DO

PARANÁ/SEED-SUED, 2006, p. 19). No território ocorrem as “relações de espaço e

poder” e a “normalização das ações, tanto globais quanto locais” (GOVERNO DO

ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 19). Os territórios, mais do que espaços

concretos, são “relações sociais projetadas no espaço” (CAVALCANTI, 2005, p. 109).

Natureza, de acordo com Mendonça, é “um conjunto de elementos naturais que

possui em sua origem uma dinâmica própria que independe da ação humana, mas

que, na atual fase histórica do capitalismo acaba sendo reduzido apenas à idéia de

recursos” (apud GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 20).

A sociedade é “aquela que produz um intercâmbio com a natureza,

transformando-a em função de seus interesses econômicos e ao mesmo tempo sendo

influenciada por ela, criando desta forma, seus espaços de acordo com as relações

políticas e as manifestações culturais” (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED

2006, p. 21).

Também conceitos como estado, nação, cultura, imperialismo, dependência,

centro, periferia, marginalidade (CAVALCANTI, 2005, p. 16), entre outros, são

importantes para a compreensão do espaço geográfico mundial contemporâneo.

232

Page 233:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

É fato pacificamente aceito que estamos em meio à Terceira Revolução Técnico-

Científica ou Revolução Informacional. Esta revolução é impulsionada, entre outros:

pela aplicação intensiva da informática aos processos produtivos; pela crescente

automatização/robotização da produção; pela capacidade cada vez ampliada de

intervenção da humanidade na Natureza; pela crescente interdependência produtiva e

de consumo entre as diversas partes do planeta, propiciada pelo desenvolvimento dos

meios de transporte e de comunicação.

Emerge daí o meio técnico-científico-informacional, expresso em regiões onde

ocorre o adensamento de meios de transporte, comunicação, centros de pesquisa,

produção e consumo avançados e as transnacionais, conglomerados produtivos que

representam a vanguarda e são a mola propulsora deste período histórico, com

operações e atuação descentralizadas pela maior parte do planeta, explorando,

produzindo e/ou comercializando em cada lugar de acordo com a melhor relação

custo/benefício econômica e política.

Por mais paradoxal e redundante que seja, vale lembrar que neste momento

histórico a capacidade produtiva existente é tão grande, que é capaz de fazer frente à

satisfação das necessidades de toda a humanidade. Os avanços da informática,

robótica, medicina, biotecnologia e de tantos outros ramos do conhecimento humano,

no entanto, estão postos à serviço de uma pequena parcela da população mundial,

concentrada nos países do norte, ricos, desenvolvidos, centrais e pulverizada nas

pequenas elites dos países do sul, pobres, subdesenvolvidos, periféricos.

À imensa maioria da população mundial reservam-se os resquícios e resíduos do

desenvolvimento técnico-científico-informacional alcançado, ou nem isso, e o papel de

produtores da riqueza de uns poucos, expropriados que são de seus recursos naturais,

de sua força de trabalho e de seu potencial intelectual.

O atual momento histórico de desenvolvimento das forças produtivas do

capitalismo, entendido este como sistema econômico-social-político hegemônico,

propõe diversos desafios que definirão o futuro do planeta Terra e da própria

Humanidade. Dentre eles, destacam-se:

o estágio de desenvolvimento das forças produtivas e a difusão do modelo de

sociedade de consumo, que exercem uma pressão insustentável sobre os recursos

233

Page 234:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

naturais e as fontes de energia em uso, alterando o equilíbrio climático-ecológico do

planeta;

a revitalização e maximização das relações de exploração e dominação entre

ricos e pobres, em escalas local, nacional, regional e mundial, que nega à considerável

parcela da Humanidade o acesso aos benefícios científicos e tecnológicos existentes e

mesmo a satisfação de necessidades básicas como alimentação, educação, saúde e

saneamento entre outros.

Diante destes e outros desafios, a apreensão do conhecimento geográfico da

totalidade entre humanidade e natureza, espaço e sociedade, mediados pelo trabalho

social, torna-se uma necessidade premente e inadiável, objetivando o

desenvolvimento da capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar

criticamente a realidade, para melhor compreendê-la e identificar as possibilidades de

transformação no sentido de superar suas contradições.

234

Page 235:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

Propiciar aos educandos a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar

criticamente o Espaço Geográfico - com suas relações sócio-espaciais - para melhor

compreendê-lo, identificando e atuando sobre as possibilidades de transformação no

sentido de superar seus conflitos e contradições a partir da construção de suas

próprias interpretações e representações;

Compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a tecnologia e os valores

que fundamentam nossa sociedade;

Apropriar-se de noções geográficas sobre os diferentes recortes territoriais do planeta,

tais como os continentes, os países e os elementos físicos e humanos que os

compõem;

Perceber a relação entre meio e sociedade, tendo como elo de ligação o trabalho

social;

Analisar historicamente a formação das diversas configurações espaciais -

localizações, estruturas e processos - em escalas local, regional, nacional, e global;

Conceituar os tipos de sociedade, as maneiras e modos como estas apropriam-se da

natureza, a idéia de organização e produção do espaço;

Abordar o homem como ser biológico – elemento integrante da natureza - e social -

pertencente à sociedade e, dentro desta, à esta ou àquela classe social;

Apreender o espaço geográfico como uma totalidade que envolve o espaço e a

sociedade, a natureza e a humanidade;

Compreender a interdependência entre os diversos elementos e os impactos

ambientais provocados pela ação humana;

Desenvolver, especificamente, as capacidades de leitura, interpretação, análise,

elaboração e produção de produtos cartográficos (mapas e cartas), tabelas e gráficos;

e, de modo geral, as capacidades de observar, localizar, relacionar, compreender,

descrever, expressar e representar;

235

Page 236:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Possibilitar o acesso ao conhecimento científico socialmente construído e

historicamente acumulado;

Capacitar a posicionar-se, manifestar-se e atuar frente às diversas e variadas

situações, inclusive no controle democrático da esfera pública.

236

Page 237:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes Curriculares Estaduais da Disciplina de Geografia para a Educação

Básica (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006) estabelecem como

Conteúdos Estruturantes:

• Dimensão econômica da produção do/no espaço;

• Geopolítica;

• Dimensão sócioambiental;

• Dinâmica cultural e demográfica.

Conteúdos Estruturantes são “os saberes e conhecimentos de grande amplitude

que identificam o organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,

considerados basilares e fundamentais para a compreensão do seu objeto de estudo e

ensino”, [...] “demarcando e articulando o que é específico do conhecimento

geográfico escolar” (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 23).

No conteúdo estruturante Dimensão econômica da produção do/no espaço é

abordado como os seres humanos, através do trabalho em sociedade, apropriam-se

do meio natural para satisfação das suas necessidades e acumulação de riqueza. Essa

apropriação ocorre a partir da transformação e/ou destruição do meio natural,

resultando na criação do Espaço Geográfico, envolvendo aspectos sócioambientais,

políticos, econômicos e culturais (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED

2006, p. 25, 26 e 27).

Geopolítica, enquanto conteúdo estruturante, trata de temas como: os rumos

do Estado-Nação no presente século; as possibilidades de confrontos ou crises

políticas, econômicas e/ou diplomáticas; as estratégias para os grupos manterem-se

237

Page 238:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

ou tornarem-se hegemômicos na apropriação do Espaço Geográfico; a ocupação

[racional ou não] dos ambientes naturais (ALFLEN 2006, p. 15), relacionando

“episódios passados e presentes [e] concretizando a inter-relação entre espaço e

poder” (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 27) econômicas e

sociais sobre o território.

A Dimensão sócioambiental, enquanto conteúdo estruturante, relaciona-se

principalmente com a interdependência das relações entre as sociedades humanas –

aspectos econômicos, sociais e culturais - e o meio natural – componentes físicos,

químicos e bióticos – superando a visão dicotômica meio ambiente versus seres

humanos. Para tanto, torna-se fundamental “compreender tanto a gênese da dinâmica

da natureza, quanto sua transformação em função da ação humana e sua participação

na constituição da fisicidade do Espaço Geográfico” (GOVERNO DO ESTADO DO

PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 31), observando ainda aspectos como a pobreza, a fome,

o preconceito e as diferenças culturais que se fazem presentes nesse espaço.

O conteúdo estruturante Dinâmica Cultural e Demográfica analisa o Espaço

Geográfico a partir de relações sócio-culturais e aspectos demográficos como

constituição, distribuição e mobilidade das populações. Permite a compreensão, no

contexto contemporâneo, da circulação de informações, mercadorias, capitais,

pessoas e modos de vida destacando, nesse último aspecto, as culturas de massa e

de resistência (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 32, 33 e 34).

A seguir estão elencados os conteúdos específicos por série, destacando que no

momento da aula os mesmos receberão as “ênfases específicas de cada conteúdo

estruturante”, não ocorrendo, no entanto, a “separação das abordagens, pois na

realidade concreta as dimensões socioambiental, cultural e demográfica, econômica e

geopolítica [...] não se separam, mas se intercruzam o tempo todo” (GOVERNO DO

ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 35 e 36).

Convém ainda ressaltar que a mediação entre o Espaço Geográfico - objeto de

estudo e ensino – com os conteúdos estruturantes ocorre através da apreensão dos

conceitos de sociedade, natureza, território, região, paisagem e lugar, entre outros

(GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-SUED 2006, p. 24).

238

Page 239:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

PRIMEIRA SÉRIE

Elementos e instrumentos da Geografia:

• Orientação, localização e representação do espaço;

• Origens do Universo, do Sistema Solar, do Planeta Terra e da Vida;

• Elementos naturais do planeta Terra;

• Paisagens natural, cultural e geográfica;

• Sociedade e Trabalho;

• Setores e Atividades econômicas;

• População.

SEGUNDA SÉRIE

O espaço geográfico brasileiro

• Unidades da federação e regionalizações;

• Localização no globo terrestre;

• Elementos naturais;

• Navegações, Apropriações e Colonizações;

• Origens e formação do povo e construção do espaço geográfico;

• Brasil contemporâneo.

TERCEIRA SÉRIE

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Page 240:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

O espaço geográfico mundial

• Capitalismo: o domínio do capital;

• Socialismo: alternativa ao capitalismo;

• Guerra Fria: capitalismo versus socialismo;

• Neoliberalismo e Globalização;

• Economias Industriais Centrais;

• Economias Industriais Periféricas;

• Economias Primárias.

A Educação Ambiental será abordada principalmente através do conteúdo

estruturante Dimensão Sócioambiental na maioria dos conteúdos específicos da

disciplina e em projetos que envolvam a questão ambiental.

A temática História e Cultura Afro-Brasileira será abordada nos estudos sobre a

origem e formação da população brasileira, a construção do espaço geográfico

brasileiro, a África e sua inserção na economia mundial, a situação dos afro-brasileiros

na sociedade contemporânea.

A Educação do Campo será abordada nos conteúdos específicos e estruturantes

através dos eixos temáticos: Trabalho - divisão social e territorial; Cultura e Identidade;

Interdependência campo-cidade, questão.agrária e desenvolvimento sustentável;

Organização política, movimentos sociais e cidadania.

240

Page 241:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Metodologicamente, reconhece-se a necessidade de garantir o acesso do

educando ao conhecimento social e historicamente produzido e acumulado. No

entanto, cabe valorizar o saber próprio do educando, expresso na visão do mundo em

que está inserido, pois “essa percepção [do educando] está visceralmente ligada à

experiência vivida, a um espaço que, de certa forma, a experiência vivida seleciona e

ordena” (RESENDE, 1994, p.86). Isso implica conhecer e reconhecer os aspectos

sociais, econômicos e culturais nos quais estão inseridos, como condicionantes de sua

leitura e visão de mundo.

Dentro da concepção socioconstrutivista, cabe ao educador a função de

mediador entre o educando e o conhecimento, organizando e dirigindo o processo de

ensino e aprendizagem. O educando, agente ativo da construção de seu próprio

conhecimento, interage no processo a partir das condições que lhe são próprias e

daquelas que lhe são oferecidas.

São priorizadas as atividades mental e física – aulas de campo e de observação

- como modo de: estimular a participação do educando no processo de ensino e

aprendizagem; promover sua interação com mundo dos objetos; desenvolver as suas

capacidades de observar, localizar, relacionar, compreender, descrever, expressar e

representar (CAVALCANTI, 2005, p. 145).

Situações de interação - atividades em grupo e coletivas com elementos da

classe, da escola e da comunidade - são proporcionadas para estimular a cooperação

entre os agentes do processo de ensino e aprendizagem. A interação permite também

o estabelecimento de uma relação dialógica entre educandos, educadores e a própria

sociedade, promovendo a auto-reflexão e a sócio-reflexão dos agentes envolvidos.

Os elementos básicos da mediação entre conhecimento, educando e educador,

são o livro didático, utilizado de forma crítica e seletiva, mapas, globos, atlas, matérias

jornalística de diversos meios (televisão, jornal impresso, revistas, internet etc),

multimídias/meios, audiovisuais diversos (filmes, documentários, comerciais etc),

observações e pesquisas in loco, linguagens diversificadas como textos e obras

literárias, poesia, pinturas e outras expressões das artes plásticas, músicas, histórias

em quadrinhos, caricaturas, charges, fotografias, transparências, entre outras.

241

Page 242:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

O processo de ensino e aprendizagem terá momentos diversificados como, por

exemplo: exposição e explicação de conteúdos; diálogos; atividades individuais, em

grupo e coletivas; exercícios de compreensão e fixação, de crítica e reflexão;

observação e reconhecimento do espaço geográfico; observação de audiovisuais;

produção de textos, mapas temáticos, maquetes e outras formas de expressão;

dramatizações, jogos e simulações; avaliações, entre outros.

242

Page 243:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

A avaliação caracteriza-se por ser uma constante que perpassa todo o processo

de ensino e aprendizagem. Tem como objetivos principais avaliar qualitativamente o

processo de ensino e aprendizagem, o desenvolvimento do educando e a atuação do

educador permitindo, a partir dos resultados obtidos, a melhoria constante do

processo.

Terá caráter diagnóstico, permitindo a recuperação dos conteúdos e adequação

dos processos e objetivos; contínuo, estendendo-se durante todo o processo de ensino

e aprendizagem; e diversificado, abrangendo todos os aspectos e ações do processo

de ensino e aprendizagem.

Para tanto, os objetivos a serem alcançados por educandos e educadores

deverão ser e estar claros e precisos, bem como o tempo e os meios necessários

através dos quais eles serão realizados.

As capacidades de refletir, de criticar, de sintetizar, de elaborar conclusões

pessoais e coletivas e a apreensão dos elementos essenciais ao desenvolvimento de

tais capacidades serão valorizadas e prevalecerão sobre a simples memorização de

conteúdos.

A avaliação privilegiará ainda os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e

valorizará a multidisciplinariedade e a interdisciplinaridade dos conteúdos.

Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação os seguintes itens:

resolução de questionamentos escritos e orais;

produção e análise de textos, dramatizações, desenhos, músicas, poemas,

mapas, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;

realização de atividades na sala de aula, no laboratório de ciências, na

biblioteca, em saídas de campo e em domicílio;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

pesquisa e produção de relatórios;

participação em palestras e atividades culturais;

243

Page 244:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

participação, comprometimento e atitude em sala de aula;

outros instrumentos.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

244

Page 245:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

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247

Page 248:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina tem como principal objetivo despertar reflexões o que se refere aos

aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais bem como ampliar as relações entre

o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico, sendo possível dessa

forma abordar os diversos temas sem a pretensão de esgota-los.

A disciplina de História passou a ser obrigatória a partir da criação do Colégio

Dom Pedro II, no ano de 1837, nesse mesmo período houve a criação do IHGB

(Instituto Histórico Geográfico Brasileiro), que instituiu a História como disciplina

obrigatória no âmbito escolar.

A maioria dos intelectuais que elaboravam os programas escolares, os manuais

didáticos, as orientações e os conteúdos a serem ensinados, tinham a influência da

Escola Metódica e da Escola Positivista, com características da linearidade dos fatos,

abordagem política da História, uso exclusivo de documentos oficiais como única fonte

de verdade histórica e também a exarcebada valorização dos heróis.

A História aplicada nas escolas em meados do século XIX era europeizada com

a total abnegação das pessoas comuns nesse contexto histórico, até o início da

República a História terá esse caráter seletista.

A partir do governo Vargas a História do Brasil retorna aos currículos escolares

vinculado ao projeto nacionalista do Estado Novo, posteriormente nos anos de 1980 e

1990 cresceram os debates em torno das reformas na área educacional, que

repercutiram nas novas propostas do ensino de História.

O ensino de História vem se modificando ao longo dos anos de acordo com a

sociedade e suas necessidades, a análise histórica da disciplina, bem como as novas

demandas sociais para o ensino de História se apresenta como indicativo para a

elaboração de Diretrizes Curriculares na medida em que há a possibilidade de se

248

Page 249:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

refletir a respeito dos contextos históricos em que há a valorização dos saberes do

educando sendo ele sujeito ativo desse processo.

A História, enquanto disciplina escolar, aliada as outras áreas do conhecimento,

possibilita ampliar estudos sobre as problemáticas contemporâneas situando - as nas

diversas temporalidades, servindo como arcabouço para a reflexão sobre

possibilidades e/ou necessidades de mudanças e/ou continuidades.

O ensino da História é expresso no processo de produção do conhecimento

humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a

interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão

da provisoriedade deste conhecimento. Esta provisoriedade não significa relativismo

teórico, mas que, além de existirem várias explicações e/ou interpretações para um

determinado fato, algumas delas são mais válidas historiograficamente do que outras.

Esta validade é constituída pelo estado atual da ciência histórica em relação ao seu

objeto e ao seu método. O conhecimento histórico possui formas diferentes de

explicar seu objeto de investigação, construídas a partir das experiências dos sujeitos.

A integração da História como as demais disciplinas permitem sedimentar e

aprofundar temas estudados no Ensino Fundamental, redimensionando aspectos da

vida em sociedade e o papel do indivíduo nas transformações do processo histórico,

completando a compreensão das relações entre a liberdade e a necessidade.

O papel da disciplina para esse nível de ensino e o momento histórico que se

está vivendo deve ser entendido em sua dimensão mais ampla, envolvendo a

formação de uma cultura educacional. Vive-se hoje em uma sociedade marcada pelo

domínio do mito do consumo e pelas tecnologias com ritmos de transformações

aparentemente muito acelerados e informações provenientes de vários espaços,

embora predominando os meios áudios — visuais, e ainda pela fragmentação do

conhecimento sobre os indivíduos e a vida social.

O ensino da História pode desempenhar um papel importante na configuração

da identidade, ao incorporar a reflexão sobre a atuação do indivíduo nas relações

pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e

suas atitudes de compromisso com classes, grupos sociais, culturas, valores e com

gerações do passado e do futuro.

249

Page 250:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A História tem como princípio o estudo dos processos relativos às ações e as

relações humanas praticadas no tempo, bem como os sujeitos dessas ações e

relações.

250

Page 251:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

Manifestar disponibilidade e interesse no intercâmbio.

Revelar preocupação com a qualidade de seus registros e na representação dos

trabalhos.

Respeitar as opiniões dos outros e buscar compreender as diferenças

Fundamentar suas opiniões.

Desenvolver a capacidade de comunicar-se.

Ler e interpretar textos orais, escritos, ideográficos, videográficos de caráter

sociocultural.

Interpretar e utilizar diferentes representações (tabelas, gráficos, ícones...).

Exprimir-se oralmente usando corretamente terminologia específica da área.

Produzir textos adequados ás pesquisas e trabalhos da área, formular dúvidas e

elaborar conclusões.

Saber usar as tecnologias básicas da informação, como computadores, vídeos,

gravadores, como instrumento de apoio à pesquisa e a educação.

Promover a capacidade cognitiva, através do desenvolvimento da curiosidade e

do gosto de aprender, da confiança em si próprio, do questionamento e da

investigação.

Refletir e formular juízos sobre situações socioculturais de interesse científico ou

tecnológico com que se defrontar. Enfrentar com confiança e disposição situações

novas.

Ter iniciativas na busca de informações de que necessite responsabilizar-se por

suas iniciativas.

Manifestar desejo de aprender, despertar, gosto pela pesquisa e apreço pelo

conhecimento.

251

Page 252:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Aplicar os conhecimentos adquiridos na sociedade, na escola, no trabalho e em

outros contextos relevantes para sua vida.

Entender o impacto das tecnologias associadas às ciências humanas sobre sua

vida pessoal, os processos de produção, o desenvolvimento do conhecimento e sua

vida social.

Traduzir os conhecimentos sobre a pessoa, a Sociedade, a economia, as práticas

sociais e culturais em condutas de indagação, análise, problematização e

protagonismo diante de situações novas, problemas ou questões da vida pessoal,

social, política, econômica e cultural.

Inserção dos conteúdos de: História e Cultura Afro-Brasileira com base na Lei n.

10.639 de 09 de janeiro de 2003; História e Cultura Paranaense com base na Lei n.

13.381 de 18 de dezembro de 2001.

Trabalhar conteúdos dando ênfase à educação ambiental.

252

Page 253:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes Curriculares Estaduais da Disciplina de História estabelecem como

conteúdos estruturantes:

Relações de trabalho;

Relações de poder;

Relações culturais.

Os conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos construídos

historicamente e considerados fundamentais para a compreensão do objeto e

organização dos campos de estudos de uma disciplina escolar. Os conteúdos

específicos a seguir elencados são derivados destes conteúdos estruturantes, que os

permeiam.

PRIMEIRA SÉRIE

A pré-história

As Sociedades da Antigüidade Oriental

As Sociedades Antigas Clássicas

A formação dos reinos bárbaros

O império bizantino

O império Árabe

O sistema feudal

A crise do Sistema feudal

As Monarquias medievais

253

Page 254:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

SEGUNDA SÉRIE

A época moderna

A expansão marítimo-comercial européia

O Renascimento

As Reformas religiosas

Os europeus chegam à América

O estado absolutista

A Inglaterra e a onda revolucionária do século XVII

Revolução industrial Inglesa

Revolução Norte-americana

O iluminismo e o despotismo esclarecido

Mundo contemporâneo

A Revolução Francesa

O Império Napoleônico

A formação dos Estados latino-americanos

Os Estados Unidos no século XIX.

O mundo da indústria: expansão e consolidação no século XIX

A Europa do século XIX

O imperialismo europeu e o neocolonialismo

A Primeira Grande Guerra (1914-1918): choque de Imperialismo

A revolução Russa

O período entre - guerras

254

Page 255:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A descolonização da África e da Ásia

A Guerra Fria

A Revolução socialista da China

A América Latina: conflitos do século XX

TERCEIRA SÉRIE

História do Brasil

A conquista e a colonização

Economia canavieira

Administração colonial

O Brasil espanhol: Reação holandesa expansão bandeirante

A mineração no Brasil

Como foi que o Brasil ficou assim

As reformas pombalinas no Brasil

A crise do sistema colonial

O estado escravista Monárquico-brasileiro

As rebeliões: o olhar dos colonos insurgentes

A colônia virou Estado

O Primeiro Reinado

Um império sem imperador: A regência

Com sangue também se escreveu nossa história

E eles queriam que D. Pedro fosse II

255

Page 256:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A Guerra do Paraguai

O Brasil rumo ao progresso

Liberdade para o povo negro: terra e trabalho para imigrante

Brasil Contemporâneo

Cai a Monarquia: "Viva a República"

Os Novos donos do poder

No tempo dos cafeicultores.

À margem do poder: os excluídos

A Revolução de Trinta e a Era Vargas

O Populismo no Brasil: ascensão e colapso

O regime militar

A Nova República

A Educação Ambiental será abordada na disciplina comparando como as

civilizações antigas e as sociedades atuais se relacionam com o meio ambiente. Além

disso, poderão ser realizados trabalhos interdisciplinares, pesquisas de campo,

palestras, fóruns, seminários e outros, sobre a questão.

A cultura afro-brasileira e africana será abordada no contexto histórico a partir

do início da escravidão no Brasil, possibilitando aos alunos conhecerem a contribuição

e participação dos negros na construção da sociedade. Contribuindo para a formação

do cidadão reflexivo, ativo e responsável, visando a construção de um mundo mais

humanizado, minimizando o preconceito racial.

A Educação do Campo será abordada na disciplina de História comparando com

as civilizações antigas e as sociedades atuais a relação campo-cidade e a importância

do campo nas sociedades atuais.

256

Page 257:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No ensino de história é indispensável para o professor criar uma relação com o

conhecimento já adquirido pelo aluno, buscando relacionar esses conhecimentos com

a realidade e com o cotidiano de cada indivíduo. A história que se pretende resgatar é

a história como ciência, com um método novo que determina um caminho renovado

para a produção e a transformação do conhecimento histórico.

Os procedimentos metodológicos a serem utilizados na disciplina de história

compreendem também a interdisciplinaridade principalmente na área de ciências

humanas.

Nessa perspectiva devem ser feitas seleções de conteúdos, o que possibilita

ainda, que o aluno venha a elaborar um raciocínio histórico.

Para melhor satisfazer os objetivos pressupostos pela disciplina faz-se uso

também de debates e seminários.

Na prática pedagógica, interdisciplinaridade e transversalidade alimentam-se

mutuamente, pois o tratamento das questões trazidas pelas temáticas, expõe as inter-

relações entre os objetivos de conhecimento.

Lembrando que os conteúdos propostos serão articulados entre si para um

maior entendimento da realidade onde está inserido o aluno.

257

Page 258:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as

hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no

processo de ensino e aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão de

conteúdos, noções, conceitos procedimentos e atitudes como conquistas dos

estudantes, comparando o antes, o durante e depois. A avaliação não deve mensurar

simplesmente fatos ou conceitos assimilados.

Deve intervir no caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu

próprio desempenho como docente, refletindo sobre intervenções didáticas e outras

possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos.

A avaliação final é subsidiada pela avaliação contínua, pois o professor recolhe

todas as informações sobre o que o aluno aprende ao acompanhá-lo,

sistematicamente.

Considerando essas preocupações, o professor a avaliará por meio de:

Observação sistemática acompanhamento do processo de aprendizagem dos

alunos, utilizando alguns instrumentos como, registros em tabelas, listas de controle

diário de classe e outros.

Análise das produções dos alunos considerarem a variedade de produções

realizadas pelos alunos, para que se possa ter um quadro real das aprendizagens

conquistadas. A avaliação pretende ser consistente e exeqüível, mesmo sabendo dos

impasses decorrentes da mudança de enfoque e de práticas, considera-se possível aos

professores caminhar num referencial qualitativo, baseando-se na observação e no

registro.

Desenvolver a percepção do valor histórico como construção humana e o

sentido da coletividade e de cooperação de que é produto.

Interessar-se pelas realidades socioculturais de seu lugar, sua região, seu país e

do mundo, na perspectiva histórica e da tecnologia, estabelecendo as inter-relações

entre os fenômenos.

Trabalhar em grupo partilhando saberes e responsabilidades.

258

Page 259:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Intervir na dinamização de atividades e participar da busca e elaboração de

resolução de problemas da comunidade em que se insere.

Compreender e utilizar história como elemento de interpretação e intervenção

tecnológica e como conhecimento sistemático de sentido prático.

Utilizar elementos e conhecimentos tecnológicos e científicos para diagnosticar

e analisar questões ambientais.

Associar conhecimentos científicos e tecnológicos em suas relações recíprocas.

Reconhecer o sentido histórico das tecnologias sociais, identificando o papel das

mesmas na sociedade em diferentes épocas e sua potencialidade de transformar o

meio.

Serão feitas atividades coletivas como:

Realização de trabalhos e provas

Conversas: a conversação é uma técnica importante para o desenvolvimento da

atenção, observação e espírito crítico dos alunos. Por meio dela, eles vão expor o que

pensam sobre os vários temas abordados. Também contribui para o aprendizado do

comportamento em grupo.

Debates: os temas escolhidos para os debates em sala de aula deverão ser

previamente preparados pelos alunos, sob a direção do professor Os debates deverão

ocorrer de forma organizada e alguns critérios de comportamento deverão ser

preestabelecidos.

Entrevistas: esta técnica poderá ser realizada individualmente ou em grupo O

tema da entrevista poderá ser sugerido pelo professor ou pelos alunos, sempre

relacionado com o tema que está sendo trabalhado.

Visitas e excursões: as visitas e excursões necessitam de preparação prévia.

Será organizado um roteiro do que deverá ser observado pelos alunos e, estes, após,

deverão apresentar um relatório.

Jornal falado: a classe poderá ser dividida em grupos para reproduzir o jornal

falado. Os temas escolhidos devem estar sempre relacionados ao que está sendo

estudado. Podem ser atuais, de ordem política, econômica ou social, com o objetivo de

inserir o aluno na realidade.

259

Page 260:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

260

Page 261:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

COSTA, Maria Cristina Castillo. Sociologia. Introdução a Ciência da Sociedade. Ed.

Moderna. São Paulo. 1987

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia – Ser, Saber e Fazer. Ed. Saraiva. São

Paulo. 1993.

COTRIM, Gilberto. História do Brasil. Volume Único 2º Grau. Ed. Saraiva. São Paulo.

1990.

NADAI Elza. História Geral. Volume Único. 2º Grau. Ed.Saraiva. São Paulo. 1987.

ABREU, Marta; SOIHET, Rachel (orgs.) Ensino de História: conceitos, temáticas. e

metodologias . Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.) Domínios da História. Campinas:

Campus, 1997.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEM. Diretrizes Curriculares de História –

Ensino Médio. Curitiba [?] 2006.

261

Page 262:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Pensar o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também nas

contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da

contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a percepção

das inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que atravessam o

campo social, constituindo-o e recebendo, concomitantemente, seus influxos, estão a

requerer, dos professores, uma mudança de posicionamento no que se refere a sua

própria ação pedagógica.

Na perspectiva de superação efetiva da postura tradicional ditada pelos livros

didáticos, as Diretrizes Curriculares fundamentam o trabalho pedagógico com a Língua

Portuguesa/Literatura, considerando o processo dinâmico e histórico dos agentes na

interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que

por meio dela interagem.

A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica e

socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações

dialógicas. Como afirma Geraldi (1991, p. 6), “a linguagem não é o trabalho de um

artesão, mas trabalho social e histórico seu e dos outros e é para os outros e com os

outros que ela se constitui”.

Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,

compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da

sociedade. Segundo Bakhtin:

A utilização da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos),

concretos e únicos que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera da atividade

humana.

262

Page 263:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A definição de gênero em Bakhtin, compreendendo a mobilidade, a dinâmica, a

fluidez, a imprecisão da linguagem, não aprisiona os textos em determinadas

propriedades formais.

O gênero, antes de constituir um conceito, é uma prática social e é esta a

perspectiva que deve orientar a ação pedagógica com a língua, privilegiando o

contato real do estudante com a multiplicidade de textos que são produzidos e

circulam socialmente.

O texto é visto como lugar onde os participantes da interação dialógica se

constroem e são construídos. Todo texto é, assim, articulação de discursos, são vozes

que se materializam, é ato humano, é linguagem em uso efetivo. Acrescente-se a isso

que as considerações de Bakhtin sobre o lugar da fala trazem para o âmbito da

discursividade as relações de poder estabelecidas na sociedade.

Texto configura-se não apenas como a formalização do discurso oral ou escrito,

mas como evento que tem sua abrangência no antes, as condições de produção, de

elaboração, e no depois da formalização, a leitura ou, segundo Bakhtin (1986), a

atitude responsiva ativa, caracterizando o texto como evento que se concretiza

realmente na interação e, por isso mesmo, não é compreendido apenas nos limites

formais.

Diante do exposto, pode-se entender que as práticas da linguagem, enquanto

fenômeno de uma interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir humano,

potencializando, na escola, a perspectiva interdisciplinar.

Prática da oralidade

As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e apontam

diferentes caminhos. Esse trabalho precisa pautar-se em situações reais de uso da

fala, valorizando-se a produção de discursos nos quais o aluno realmente se constitua

como sujeito do processo interativo.

O professor deve planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que,

gradativamente, permita ao aluno não só conhecer e usar também a outra variedade

lingüística, a padrão, como também entender a necessidade desse uso em

determinados contextos sociais. Como afirma Soares (1991), é função da escola e do

professor trabalhar com o bidialetalismo, preparando o aluno para o emprego da

263

Page 264:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

língua padrão, mas sabendo que, em situações informais, ele continuará utilizando o

dialeto que lhe é peculiar.

Prática da leitura

Entende-se a leitura como um processo de produção de sentido que se dá a

partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o

leitor.

Kleiman (2000) destaca a importância, na leitura, das experiências, dos

conhecimentos prévios do leitor, que lhe permitem fazer previsões e inferências sobre

o texto. O leitor, segundo a autora, constrói e não apenas recebe um significado global

para o texto: ele procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou

rejeita conclusões, utilizando estratégias baseadas no seu conhecimento lingüístico e

na sua vivência sociocultural (conhecimento de mundo).

O professor pode planejar uma ação pedagógica que permita ao aluno não só a

leitura de textos para os quais já tenha construído uma competência, como também a

leitura de textos mais difíceis, que impliquem o desenvolvimento de novas estratégias

com a devida mediação do professor.

Prática da escrita

Em relação à escrita, ressalte-se que as condições em que a produção acontece

(quem escreve, o que, para quem, para que, por que, quando, onde e como se

escreve) é que determinam o texto. Além disso, cada gênero textual tem suas

peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo do texto variam conforme se

produza uma história, um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião, ou um

outro tipo de texto. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula

como experiências reais de uso e não a partir de conceitos e definições de diferentes

modelos de textos.

Por outro lado, é preciso que os alunos se envolvam com os textos que

produzem, assumindo de fato a autoria do que escrevem. Para Kramer (1993, p. 83),

“[...]ser autor significa produzir com e para o outro. Somente sendo autor o aluno

interage e penetra na escrita viva e real, feita na história”. Ao se perceber como autor,

264

Page 265:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

o aluno poderá aprimorar sua condição de escritor. A capacidade de escrita,

criatividade e outros fatores comumente relacionados ao ato de escrever, só se

aprende na prática da escrita em suas diferentes modalidades.

O envolvimento do aluno e do professor com a escrita, segundo Pazini (1998), é

um processo que acontece em vários momentos: o da motivação para a produção do

texto; o da reflexão, que deve preceder e acompanhar todo o processo de produção; o

da revisão, reestruturação e reescrita do texto, que acaba se constituindo, também,

em um produtivo momento de reflexão.

Análise lingüística e as práticas discursivas

Quando se assume a língua como interação, em sua dimensão discursivo-

textual, o que importa não é o ensino da nomenclatura gramatical, de definições ou

regras (as quais até podem ser construídas pelo aluno, com a mediação do professor,

mas só após ele ter entendido a função das diferentes palavras ou expressões no

texto).

O mais importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar

hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância em que

o aluno pode chegar à compreensão de como a língua funciona e à decorrente

competência textual.

Dominando as variações lingüísticas da Língua Portuguesa na prática da leitura,

da escrita e da oralidade, o cidadão brasileiro estará apto a enfrentar inúmeras

situações vivenciadas no seu cotidiano. Através da linguagem o homem se comunica,

recebe e repassa conhecimentos, divulga sua cultura, expõe seus ideais, e

principalmente, luta pelos direitos os quais lhe são negados.

Isso é possível quando na escola o educando tem oportunidade de conhecer as

diversas formas de falar e escrever, isto é, saber adequar a linguagem ao momento e

à situação por ele vivenciada. Interagindo com os colegas de classe, de escola e da

comunidade, o aluno certifica-se de seus conhecimentos, de suas capacidades,

aperfeiçoando seu potencial diante de tantas experiências para as quais é chamado.

Assim ele terá embasamento para sua vida pessoal e profissional conquistando o

respeito da sociedade e sentindo segurança para expor seu ponto de vista.

265

Page 266:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

O cidadão brasileiro somente verá seus direitos (moradia, alimentação, trabalho

digno, saúde, segurança etc.) respeitados se estiver devidamente preparado para

competir com milhões de outros cidadãos. Essa oportunidade é oferecida ao estudante

através do Ensino da Língua Portuguesa nas escolas públicas estaduais, onde ele tem

seu jeito próprio de falar respeitado bem como o acesso a outras variações

lingüísticas, visando, dessa forma, ao aprimoramento do domínio discursivo, seja ele

oral ou escrito.

266

Page 267:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de

ensino:

empregar a língua oral, em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos

discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por

meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo

de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com

as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes

supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que, por meio da

inserção e participação dos alunos em processos interativos com a língua oral e

escrita, inicia-se na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica do

aluno e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a sua vida.

A ação pedagógica referente à língua precisa pautar-se na interlocução, em

atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a expressão oral ou

escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos diferentes

contextos e situações.

267

Page 268:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos para as três séries do Ensino Médio (1ª, 2ª e 3ª) são os mesmos,

porém a complexidade dos textos, das atividades e dos trabalhos será adequada a

cada série, não subestimando a capacidade cognitiva dos alunos, mas considerando

possibilidades de melhores relações com outras disciplinas e com a realidade

vivenciada.

Leitura

Leitura de diferentes gêneros textuais: poemas, contos, crônicas, romances,

novelas, documentos, manuais de instrução, charges, notícias, reportagens, resenhas,

editoriais, cartas de leitores, publicidade, classificados, sinais de trânsito, legendas,

fotos, telas, resenhas, entrevistas e outros.

Oralidade

A partir das leituras acima citadas propõem-se debates, discussão, exposição de

opinião a respeito do que se leu ou ouviu. Também haverá momentos para contação

de histórias, relatos de experiências vivenciadas na escola ou fora dela; declamação

de poemas; relatos de textos ou livros lidos; representação teatral.

Escrita

De acordo com os assuntos trabalhados nos textos lidos, com as situações

vivenciadas pelos alunos e com os acontecimentos divulgados pela imprensa falada

ou escrita, serão produzidos textos: narrativos, descritivos e dissertativos, de notícia,

de humor, argumentativos, publicitários, textos de campanhas educativas e/ou

preventivas, poemas, cartazes, avisos, relatórios, resumos, cartas.

Análise linguística

268

Page 269:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A análise linguística será trabalhada nas três práticas discursivas (leitura,

escrita e oralidade) visando ao domínio gradativo das questões relacionadas com o

emprego da norma padrão e das demais variações lingüísticas existentes. Os alunos

serão instigados a perceber a multiplicidade de usos da língua nos textos lidos e

também de aplicá-la nas próprias produções orais e escritas, utilizando a variante

mais adequada ao interlocutor e considerando a intenção do escritor. Dessa forma,

trabalhar-se-á a norma culta sem desvalorizar a linguagem do aluno.

Literatura

Nas três séries do Ensino Médio, a literatura não será dividida

cronologicamente. Haverá contemplação dos diferentes períodos literários de acordo

com as possibilidades de “diálogo” entre um texto retirado do Romantismo, por

exemplo, com textos de autores do Realismo, Arcadismo, Modernismo etc.

Educação Ambiental

Diante da grave situação de degradação do meio ambiente em que o mundo se

encontra, é necessária a conscientização do ser humano quanto a preservação

contínua do Planeta Terra.

A escola é o espaço ideal para se desenvolver tais atividades conscientizando o

cidadão a cuidar do mundo em que vive, preservando a natureza, evitando maiores

catástrofes. É urgente o controle da poluição do meio ambiente, o incentivo à

reciclagem, bem como o uso racional da água.

A Educação Ambiental será trabalhada na disciplina através de leituras,

produção de textos e relatos (orais ou escritos) de atividades realizadas em outras

disciplinas.

Cultura Afro-Brasileira

A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e

afirmação de direito, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente

apoiada com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9394/1996,

269

Page 270:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e

africanas, assegurando o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania,

assim como garante igual direito às histórias e culturas que compõem a nação

brasileira, além do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos

os brasileiros. Portanto a escola estará trabalhando na valorização da história e cultura

dos afro-brasileiros, assim comprometida com a educação de relações étnico-raciais.

A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira

e africana não se restringe à população negra, ao contrário, dizem respeito a todos os

brasileiros uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma

sociedade multicultural e plurétnica, capazes de construir uma nação democrática.

Na disciplina de Língua Portuguesa o trabalho com a cultura afro-brasileira será

através de:

• Estudos e pesquisas de países que falam a Língua Portuguesa.

• Debates sobre textos propostos.

• Leitura, interpretação e análise de textos variados.

Educação do Campo

Os povos do campo durante muito tempo foram marginalizados, vistos como

sinônimos de atraso, ridicularizados pelo seu modo de vida e costumes. Os alunos das

escolas públicas recebem educação urbana, não sendo valorizados os conhecimentos,

hábitos e cultura do campo.

Visando à mudança dessa concepção, as Diretrtizes Curriculares orientam a

contemplação da Educação do Campo em todas as disciplinas nas escolas públicas.

Portanto, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos

povos do campo serão tomados como referência para o trabalho pedagógico nas

escolas públicas estaduais. Dever-se-ão levar em consideração as identidades sociais

e políticas dos povos do campo, fazendo com que os alunos vindos dessas localidades

não se sintam excluídos, vendo que é possível continuar no campo com qualidade de

vida, tendo seus direitos assegurados através de políticas sociais voltadas para o

campo.

270

Page 271:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Em Língua Portuguesa a Educação do Campo será inserida através de estudos e

produção de textos; pesquisas sobre costumes, tradições e fatos que significaram

mudanças nas comunidades habitadas pelos alunos vindos do campo; exposição oral

de situações vivenciadas por essas pessoas.

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Leitura

A partir das experiências dos estudantes que a Língua se transforma em objeto

de reflexão, tendo em vista o É resultado de sua produção oral ou escrita ou de sua

leitura. Trabalhando dessa forma, o professor valoriza os alunos enquanto sujeitos da

linguagem, os quais selecionam os recursos mais coerentes para interpretar, no caso

da leitura, e para significar, quando produzem seu texto oral ou escrito.

A leitura compreende o contato do aluno com uma ampla variedade de textos

— discursos produzidos numa igualmente ampla variedade de práticas sociais; o

desenvolvimento de uma atitude crítica de leitura, que leve o aluno a perceber o

sujeito presente nos textos; o desenvolvimento de uma atitude responsiva diante dos

textos. O ato de ler é identificado com o de familiarizar-se com diferentes textos

produzidos em diferentes práticas sociais: notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos

científicos, ensaios, reportagens, propagandas, informações, charges, romances,

contos, etc, percebendo em cada texto a presença de um sujeito histórico, de uma

intenção.

Ressalte-se, aqui, que não obstante todo texto pressuponha uma

intencionalidade, essa intenção não é determinante da leitura do texto. A construção

dos significados de um texto é de responsabilidade do leitor. Um leitor pode, inclusive,

ler e interpretar um texto para o qual ele não era o interocutor originário.

A escola, no processo de leitura, não pode deixar de lado as linguagens não

verbais — a leitura das imagens (fotos, outdoors, propagandas, imagens digitais e

virtuais, figuras) que povoam, com intensidade crescente, nosso universo cotidiano.

As atividades de leitura devem considerar a formação do leitor e isso implica

não só considerar diferentes leituras de mundo, diferentes experiências de vida e,

conseqüentemente, diferentes leituras, mas também o diálogo dos estudantes com o

texto (e não sobre o texto, dirigido pelo professor).

O aluno deve ser instigado a perceber a intenção do texto escrito, os recursos

lingüísticos utilizados pelo autor para compor seus personagens e para expor seu

ponto de vista. Acrescentando a própria experiência de vida ao texto, o aluno será

capaz de tirar suas conclusões.

272

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Oralidade

As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e nos apontam

diferentes caminhos: debates, discussões, seminários, transmissão de informações, de

troca de opiniões, de defesa de ponto de vista (argumentação), contação de histórias,

declamação de poemas, representação teatral, relatos de experiência, entrevistas,

etc. Além disso, podemos analisar a linguagem em uso: em programas televisivos,

como jornais, novelas, propagandas; em programas radiofônicos; no discurso do poder

em suas diferentes instâncias; no discurso público; no discurso privado, enfim, nas

mais diversas realizações do discurso oral. No que concerne à literatura oral, cabe

considerar a potência dos textos literários como Arte, produzindo a necessidade de

considerar seus estatutos, sua dimensão estética e suas forças políticas particulares.

Na prática da oralidade o aluno será orientado a empregar a variação lingüística

adequada ao momento da fala, à intenção do falante e de acordo com as

características de seu(s) interlocutor(es).

Escrita

A ação com a língua escrita deve valorizar a experiência lingüística do

estudante em situações específicas, e não a língua ideal. A norma real, aquela usada

socialmente, mesmo se tratando da norma padrão ou da norma culta, aprende-se

lendo e escrevendo e não a partir de conceitos. É nas experiências concretas de

produção de textos que o estudante vai aumentando seu universo referencial e

aprimorando sua competência de escrita. É analisando seu texto segundo as intenções

e as condições de sua produção que ele vai adquirindo a necessária autonomia para

avaliar seus próprios textos e o universo de textos que o cercam. É na experiência

com a escrita que o aluno vai apreender as exigências dessa manifestação linguística,

o sistema de organização próprio da escrita, diferente da oralidade, da organização da

fala.

Produzir textos argumentativos, descritivos, de notícia, narrativos, cartas ou

memorandos, poemas, abaixo assinados, crônicas ou textos de humor, informativos ou

literários, quaisquer que possam ser os gêneros, deve sempre constituir resposta a

uma intenção e a uma situação, para que o estudante posicione-se como sujeito

daquele texto, daquele discurso, naquela determinada circunstância, naquela esfera

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Page 274:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

de atuação, e para que ele perceba seu texto como elo de interação, também pleno

de expectativa de atitudes responsivas ativas por parte de seus possíveis leitores.

A função social dos textos será contemplada através da exposição das

produções escritas em mural na escola; da reunião dos textos em uma coletânea; da

publicação no jornal da escola. No caso das campanhas educativas e/ou preventivas

os cartazes poderão ser expostos em postos de saúde e em locais de maior circulação

de pessoas.

Análise linguística

Considerando a interlocução como ponto de partida para todo o trabalho com o

texto, os conteúdos gramaticais serão estudados a partir de seus aspectos funcionais

na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de se

considerar não só a gramática normativa, mas também outras, como a descritiva e a

internalizada no processo de ensino de Língua Portuguesa. O aluno precisa ampliar

suas capacidades discursivas em atividades de uso da leitura, a partir das quais o

professor vai explorar os aspectos textuais e as exigências específicas de adequação

da linguagem (por exemplo: operadores argumentativos, aspectos de coerência,

coesão, situacionalidade, intertextualidade, informatividade, referenciação,

concordância, regência, formalidade/informalidade, entre outros).

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Page 275:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

O professor pode utilizar a observação diária e instrumentos variados,

selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo, em lugar de avaliar apenas

por meio de provas. A avaliação precisa dar ao professor pistas concretas do caminho

que o aluno está trilhando para se apropriar, efetivamente, das atividades verbais — a

fala, a leitura e a escrita.

Leitura

Será avaliada a leitura silenciosa cujo entendimento será demonstrado pela

exposição oral; a leitura em tom de voz adequado ao ambiente e ao momento da

realização. A leitura de livros, jornais, revistas, histórias em quadrinhos, crônicas,

contos e outros será avaliada através da proposição, aos alunos, de questões abertas,

de discussões, de relatos ou outras atividades que permitam ao professor avaliar as

estratégias que os alunos empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto

lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o

aluno faz a partir do texto.

Oralidade

A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos,

relatos e discussões, apresentação de trabalhos escolares, dramatização de situações;

a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, o seu

desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e,

de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações.

Escrita

A produção escrita dos alunos será avaliada considerando-se o emprego da

estrutura adequada ao gênero textual escolhido e/ou solicitado; emprego da norma

padrão ou da variação lingüística adequada ao texto em questão; o emprego de

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Page 276:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

vocabulário persuasivo(no caso de textos argumentativos); a presença da intenção do

escritor em relação aos possíveis interlocutores; a fidelidade ao tema proposto e/ou

escolhido; a disposição dos alunos em revisar, reestruturar e reescrever os textos

sempre que necessário; pelo cuidado ao empregar recursos lingüísticos já abordados

em outras produções.

Observações

A nota será atribuída (nas três modalidades) a cada atividade desenvolvida

pelo(a) aluno(a), seja oral, escrita ou de leitura; individual ou em grupo. O

valor de cada atividade será estabelecido de acordo com o grau de

dificuldade de cada uma, proporcionando ao educando condições de somar

pontos (notas), atingindo um mínimo de 6,0 (seis) e o máximo de 10,0 (dez)

pontos por bimestre.

Caso o(a) aluno(a) não consiga a nota mínima (média seis), ele(a) terá

oportunidade de fazer a RECUPERAÇÃO PARALELA a qual será ofertada de

acordo (e com a retomada) dos conteúdo(s) avaliado(s) naquele momento.

Então, o(a) aluno(a) fará uma nova avaliação desse(s) conteúdo(s). É

importante lembrar que a recuperação paralela não será bimestral; ela será

ofertada após cada avaliação realizada, se isso for necessário.

Os alunos também serão avaliados pela sua participação/colaboração nas aulas

em sala (individualmente ou em grupos); em palestras; nas atividades

extraclasses; nas apresentações; nos relatos orais; na resolução de

atividades escritas; no cumprimento das normas estabelecidas para o bom

andamento das atividades e pelo feitio dos deveres de casa.

Os/As alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não

com prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto

ou com tempo maior para resolução das atividades ou produção de textos e

com explicações extras para cada questão ou atividade.

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Page 277:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa,

Versão Preliminar. Curitiba, julho/2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Orientações Curriculares Língua

Portuguesa. Departamento de Ensino Médio. Curitiba, fev/2006.

PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1986.

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Page 278:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Matemática no Ensino Médio deve contemplar a necessidade da sua

adequação para o desenvolvimento dos educandos na construção do conhecimento

científico, bem como na sua interseção na sociedade. Neste sentido a Educação

Matemática centra-se na pratica pedagógica da Matemática, relacionando-se no

ensino, aprendizagem e conhecimento matemático.

O ensino da matemática tem por objetivo desenvolvê-la em dois campos: o

investigativo e de produção de conhecimento – natureza científica, cujo campo prevê

a formação de um cidadão crítico, construindo conhecimento matemático, por meio de

conceitos anteriormente apresentados, discutindo, reconstruindo, produzindo idéias e

tecnologias e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da Matemática –

natureza progmática. (Diretrizes Curriculares, 2006, p. 16)

Nesta perspectiva, optar pelo ensino da Matemática no campo da Educação

Matemática, possibilita o docente o desenvolvimento intelectual e profissional e a

reflexão sobre a prática. Lecionar Matemática, requer continuidade, uma análise

crítica aos pressupostos que articulam a pesquisa, o currículo e a proposta pedagógica

no sentido de potencializar meios para superação e desafio.

A Matemática deve ser voltada tanto para a cognição do estudante como para a

relevância social do ensino. Assim, a Educação Matemática, do ponto de vista do seu

fazer e do seu pensar e da construção histórica, implica também, no olhar o ensinar e

o aprender Matemática, buscando compreendê-los. (Medeiros, 1987, p. 27, in

Diretrizes Curriculares, 2006)

Baseando-se nos aspectos propostos pela Educação Matemática vistos até

agora, devemos considerar também a abrangência da disciplina que possibilita o

educando realizar analises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos,

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Page 279:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

formulação de idéias, enfim, práticas que amplie seu conhecimento e, por

conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.

No que diz respeito à correlação do conhecimento matemático cientifico com a

sociedade é importante ressaltar que é essencial fazer uso do equilíbrio entre prática e

teoria. Utilizar práticas contextualizadas, é ensinar Matemática sob uma ótica

meramente funcionalista, ou seja, perde-se o caráter cientifico da disciplina e do

conteúdo matemático. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria cientifica,

cujo papel é oferecer condições para apropriações dos aspectos que vão além

daqueles observados pela aparência da realidade além daqueles observados pela

aparência da realidade (Ramos, 2004, in Diretrizes Curriculares, 2006)

Cabe a disciplina de Matemática disponibilizar ao educando instrumentos sócio-

educacionais, promovendo e principalmente auxiliando-o na construção do

conhecimento cientifico e na aquisição do seu espaço junto à sociedade.

No Paraná foi adotado à partir da gestão 2003, o Documento das Diretrizes

Curriculares no que se refere ao ensino de Matemática, que resgata importantes

considerações sobre o ensino e aprendizagem de Matemática. As Diretrizes

Curriculares contemplam os conteúdos estruturantes que são referências que

permitem aos professores contemplar a Matemática de maneira uniforme nos

diferentes níveis de ensino.

Para o Ensino Médio os conteúdos estruturantes são: Números e Álgebra;

Geometria; Funções e Tratamento da Informação.

Trabalhar com o conteúdo estruturante Números e Álgebra é produzir

significados para situações e descrever relações com vários contextos.

A Geometria permite a percepção, a linguagem e o raciocínio geométrico que

influenciam na construção e apropriação de conceitos abstratos.

As Funções modelam situações que, a partir de resolução de problemas

auxiliam as atividades humanas através da leitura e interpretação da linguagem

gráfica, bem como pela possibilidade de análise para prever resultados.

O Tratamento da Informação possibilita condições de realizar leituras críticas

dos fatos que ocorrem, interpretar informações por meio de tabelas, gráficos,

possibilidades, eventos em um processo investigativo.

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Page 280:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

Refletir sobre a Matemática enquanto uma forma de percepção e compreensão

do mundo;

Despertar o senso de cooperação trabalhando em grupos para a solução de

problemas e questionar estratégias;

Assegurar ao educando a capacidade de autonomia na construção de

conhecimentos matemáticos desenvolvendo-os;

Contribuir para a integração do aluno na sociedade em que vive,

proporcionando-lhe conhecimentos básicos e teoria prática da Matemática;

Estimular a curiosidade, o interesse e a criatividade do aluno, para que ele

explore novas idéias e descubra novos caminhos na aplicação dos conceitos

adquiridos e na resolução de problemas;

Desenvolver o uso do pensamento, capacidade de elaborar hipóteses, descobrir

soluções, estabelecer relação e tirar conclusões;

Colaborar para o desenvolvimento educacional do aluno com necessidades

educacionais especiais;

Levar o aluno a uma atitude positiva em relação à Matemática, desenvolvendo

sua capacidade de “fazer Matemática”, construindo conceitos e procedimentos e

formulando resoluções por si só, e assim, aumentar sua auto-estima e perseverança

na busca de soluções para um problema;

Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na

busca de soluções para problemas propostos;

Promover a realização pessoal mediante o sentimento de segurança em relação

as suas capacidades matemáticas;

Aplicar seus conhecimentos matemáticos a situações diversas, utilizando-as na

interpretação da ciência, na atividade tecnológica e nas atividades cotidianas;

Analisar e valorizar informações provenientes de diferentes fontes, utilizando

ferramentas matemáticas para formar uma opinião própria que lhe permita expressar-

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Page 281:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

se criticamente sobre problemas de Matemática, das outras do conhecimento e da

atualidade;

Expressar-se oral, escrita e graficamente em situações matemáticas.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

PRIMEIRA SÉRIE

Números e Álgebra

• Conjuntos;

• Conjuntos Numéricos;

• Sucessão ou Seqüência.

Funções

• Função polinomial do 1º. Grau;

• Função polinomial do 2º. Grau;

• Função modular;

• Função exponencial;

• Função logarítimica;

• Progressões Aritméticas;

• Progressões Geométricas.

Geometria

• Geometria plana.

Tratamento da Informação

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Page 283:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

• Gráficos de funções.

SEGUNDA SÉRIE

Números e Álgebra

• Matrizes;

• Determinantes;

• Sistemas Lineares.

Funções

• Trigonometria;

• Funções Circulares;

• Relações Trigonométricas;

• Transformações trigonométricas;

• Equações trigonométricas.

Geometria

• Razões trigonométricas no triângulo retângulo (revisão);

• Circunferência.

Tratamento da Informação

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Page 284:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

• Análise Combinatória;

• Binômio de Newton;

• Probabilidades.

TERCEIRA SÉRIE

Números e Álgebra

• Números Complexos;

• Polinômios.

Funções

• Estudando a reta no plano cartesiano.

Geometria

• Geometria espacial;

• Geometria analítica.

Tratamento da Informação

• Estatística;

• Matemática Financeira.

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Page 285:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Os eixos Educação do Campo, Educação Ambiental e História e Cultura Afro-

Brasileira serão trabalhados em todas as séries, através da análise e realização de

coleta de dados no município local e do IBGE.

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Page 286:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No processo de ensino e aprendizagem proposta em Matemática, os conteúdos

estruturantes priorizam relações e interdependências entre si e entre os conteúdos

específicos com a finalidade de enriquecer a prática docente.

Articulação, essa é uma das faces da metodologia proposta. Abordar conteúdos

disciplinares com base numa organização linear, pode incorrer em práticas docentes

que impossibilitam a produção de um ensino significativo. (Diretrizes Curriculares,

2006, p. 31).

Desta forma, esta proposta baseia-se em tendências metodológicas elencadas e

estudadas no campo de estudo da Educação Matemática. Portanto, essas tendências

devem ser entendidas como meio que fundamentará metodologias para a prática

docente.

Nessa perspectiva, uma tendência deverá complementar outra, sendo

abordadas em conjunto, não distinguindo entre superior ou inferior a outra.

Resolução de problemas:

Tendência que possibilitará o educando aplicar conhecimentos previamente

adquiridos em novas situações, afim de buscar várias alternativas para tal solução.

De acordo com o pensamento de Schoenfeld (1997) as Diretrizes Curriculares

aponta a resolução de problemas como ferramenta para tornar as aulas mais

dinâmicas, criando oportunidades aos alunos de compreender os argumentos

matemáticos e ajudar a vê-los como um conhecimento passível de ser aprendido.

Etnomatemática:

Sua função é reconhecer e registrar questões de relevância social que

produzem conhecimentos matemáticos. Busca uma organização da sociedade que

permite o exercício da crítica e da análise da realidade.

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Page 287:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Neste sentido, D’Ambrósio (2001, p.42, in Diretrizes Curriculares) afirma que “

reconhecer e respeitar as raízes culturais não significa ignorar e rejeitar as raízes do

outro, mas num processo de síntese reforçar suas próprias raízes.”

Portanto, a etnomatemática, visa preocupar-se com uma questão maior: o

individuo e suas relações com os ambientes, produção e trabalho e manifestações

culturais como arte e religião.

Modelagem Matemática:

Consiste numa metodologia que valoriza o educando no seu contexto social,

procurando levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de

vida.

Segundo as Diretrizes Curriculares, para Bassanezi (2004, p. 35) “a modelagem

Matemática consiste na arte de transformar problemas reais com os problemas

matemáticos e resolve-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real”.

(2006, p. 35).

Enfim, a abordagem Matemática, por meio da modelagem Matemática, em

fenômenos diários, sejam eles, físicos, biológicos e sociais, contribuem para análises

críticas e compreensões diversas de mundo.

Mídias Tecnológicas:

São recursos metodológicos que utilizam tecnologias para dinamizar e

potencializar o processo de ensino e aprendizagem. Dentre esses recursos estão o

software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da internet entre outros.

Neste sentido, Borba e Penteado (2001) consideram as ferramentas

tecnológicas interfaces importantes no desenvolvimento de ações em Educação

Matemática.

Portanto, o trabalho realizado com as mídias tecnológicas, insere formas

diferencias de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de

conhecimentos.

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História da Matemática

É importante entender a História da Matemática pois se faz necessário que os

estudantes compreendam a natureza da Matemática. Ela direciona as explicações

dadas aos porquês da Matemática, possibilitando aos alunos maior compreensão e

aprendizagem.

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AVALIAÇÃO

Percebe-se um crescimento do ensino e da aprendizagem em Matemática. Por

conta disso, a avaliação merece uma atenção especial por parte dos professores da

disciplina.

As práticas avaliativas encontram-se atravessadas, mais por uma pedagogia do

exame que por uma que por uma pedagogia do ensino e da aprendizagem (Luckesi,

2002, in Diretrizes Curriculares, 2006, p. 39)

O professor de Matemática ao propor atividades em suas aulas, deve sempre

insistir para que os alunos explicitem os procedimentos adotados e que tenham a

oportunidade de explicar suas afirmações. É necessário que o professor reconheça que

o conhecimento matemático não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos

isoladamente, o que pode limitar as possibilidades dos alunos expressarem seus

conhecimentos.

Avaliar, segundo a concepção de Educação Matemática adotada nestas

diretrizes, tem um papel de mediação no processo de ensino, aprendizagem e

avaliação que devem ser vistos, integrados na prática docente, e cabe ao professor

buscar diversos métodos avaliativos.

Uma avaliação para ser completa precisa contemplar toda a complexa relação

do aluno e o conhecimento. Isso significa, em que medida o aluno atribui significado

ao que aprendeu e consegue materializá-lo em situações que exigem raciocínio

matemático.

Na disciplina de Matemática não se deve ser em conta apenas o resultado final

das operações e algoritmos, e sim considerar todo o processo de construção.

Os alunos serão avaliados através de pelo menos quatro instrumentos como

avaliações escritas, realização de atividades em sala de aula e em domicílio,

participação em sala, trabalhos entre outros. O valor de cada instrumento deverá

variar entre 1,0 e 3,0 pontos, sendo que a somatória de todos equivalerá a 10,0

pontos.

Aos alunos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

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A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

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Page 291:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

BONJORNO, José Roberto, GIOVANNI, José Rui, GIOVANNI JR., José Rui. Matemática

Fundamental – 2º grau, volume único. Editora FTD, 1994, São Paulo.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Diretrizes Curriculares de Matemática

para o Ensino Médio, versão preliminar. Curitiba: 2006

LOGEN, Adilson. Matemática – Ensino Médio. Editora Positivo, 2004, Curitiba.

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Page 292:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Química está presente em todos os setores da nossa vida com alcance

econômico, social e político, mais do que nunca, seria impossível viver sem os

conhecimentos que a Química acumulou através dos séculos.

A maioria das culturas antigas se preocupou em entender a relação existente

entre o ser humano e o mundo da natureza seus fenômenos. Para isso, esses povos

criaram mitos e lendas, na tentativa de explicar a criação do mundo, a origem do

fogo, a descoberta de ferramentas, etc.

O filósofo grego Empédocles lançou a idéia para explicar a constituição da

matéria. Ela seria formada por quatro elementos primários: o fogo, o ar, a água e a

terra. Esses elementos seriam indestrutíveis, mas estariam sofrendo constantes

transformações.

Mais tarde, Aristóteles defendeu a idéia de que esses quatro elementos podiam

ser diferenciados por suas propriedades: o fogo seria quente e seco; o ar seria quente

e úmido; a água seria fria e úmida e a terra seria fria e seca.

Nem todos os filósofos gregos tinham a mesma concepção a respeito da

natureza da matéria. Por volta de 400 a.c., os filósofos Leucipo e Demócrito

formularam uma idéia segunda a qual a matéria seria constituída de pequenas

partículas que sempre existiram e que seriam indivisíveis: os átomos.

O conceito de Empédocles e Aristóteles foi aceito por mais de dois mil anos. Foi

a mola propulsora dos alquimistas, os quais, até o século XV, tentavam transformar

metais baratos, como o chumbo, em ouro.

Os alquimistas foram muito importantes para a química. Tentando encontrar a

pedra filosofal e o elixir da longa vida, criaram um grande número de aparelhos de

laboratório e desenvolveram processos importantes para a produção de metais, de

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Page 293:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

papiros de sabões e de muitas substâncias, como o ácido nítrico, o ácido sulfúrico, o

hidróxido de sódio e o hidróxido de potássio.

Na transição dos séculos XV e XVI estudos desenvolvidos pelo suíço Paracelso,

possibilitaram o nascimento da latroquímica, antecessora da Química (Biogeoquímica).

O emprego dos conhecimentos da latroquímica era apenas terapêutico, uma vez que a

metodologia aplicada contrariava a da ciência moderna.

No século XVII, com a publicação do livro de Robert Boyle (O químico cético), a

concepção de Aristóteles foi abandonada. Boyle mostrou ser impossível extrair os

quatro elementos a partir de uma substância. Boyle fumdamentou sua teoria na

realização de experimentos e na interpretação dos resultados obtidos, processo que

hoje se denomina método científico.

Ocorreu um grande desenvolvimento na experimentação química no decorrer

do século XVIII. Entre as experimentações destacam-se o isolamento dos elementos

gasosos (nitrogênio, cloro, hidrogênio e oxigênio) e a descoberta de alguns elementos

químicos como cobalto, platina, zinco, níquel, bismuto, manganês, molibdênio, telúrio

tungstênio e cobre.

Neste mesmo período Lavoisier elaborou o Tratado Elementar da Química,

dando início à fase moderna dessa ciência. Desta forma, a química ganhou não só

uma linguagem universal quanto à nomenclatura adotada, mas também quanto aos

seus conceitos fundamentais.

No final do século XIX, com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a

Química se consolidou como a principal disciplina associada aos efetivos resultados na

indústria.

A Química e todas as outras ciências naturais tiveram um grande

desenvolvimento no século XX. Com o esclarecimento da estrutura atômica, foi

possível entender melhor a constituição e a formação das moléculas em especial a do

DNA.

Os cientistas contribuíram e continuam contribuindo com conhecimentos e

descobertas realizadas em gabinetes e laboratórios, que interferem no

desenvolvimento da Química. Contudo, esses conhecimentos foram incorporados à

prática dos professores e abordados conforme a necessidade dos alunos. Assim, a

Química pode ser tratada com os alunos de modo a possibilitar o entendimento do

mundo e a sua interação com ele.

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A química foi consolidada como uma ciência que estuda tanto a composição dos

materiais quanto às transformações que eles podem vir a sofrer. Desta forma,

conhecer Química significa compreender as transformações químicas que ocorrem no

mundo físico de forma abrangente e integrada e assim poder julgar de forma mais

fundamentada as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da escola e

tomar suas próprias decisões.

O estudo da Química, assim como de outras áreas de conhecimento, é

fundamental para desenvolver a capacidade de raciocinar logicamente, observar,

redigir com clareza, experimentar e buscar explicações sobre o que vê, o que se lê,

para compreender e refletir sobre fatos do cotidiano ou sobre questões veiculadas

pela imprensa ou pela televisão, enfim analisar criticamente a realidade.

Assim, estudar Química significa reunir um conjunto de conhecimentos, para a

transmissão de informações com os colegas e a sociedade, ter conhecimento

acumulado e de fácil compreensão para poder aprender a Ciência Química em todos

os sistemas produtivos industriais e agrícolas.

Deve-se considerar que a química utiliza uma linguagem própria para a

representação do real, as transformações químicas, através de símbolos, fórmulas,

convenções e códigos para reconhecer e saber utilizar tal linguagem, sendo capaz de

entender e empregar esse conhecimento. Nesse sentido, podem ser explorados vários

exemplos da vivência do aluno. Desta forma, a química visa contribuir para a

formação da cidadania, e dessa forma deve permitir o desenvolvimento de

conhecimentos e valores que possam servir de instrumentos mediadores da interação

do indivíduo com o mundo.

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Page 295:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

Formar alunos que se apropriem dos conhecimentos químicos e que sejam

capazes de refletir de forma crítica o período histórico atual;

Compreender que a química não é um conjunto de conhecimentos

definitivamente estabelecidos, mas que se modifica ao longo do tempo, buscando

sempre corrigi-los e aprimorá-los;

Compreender as idéias científicas básicas, de modo que ele possa entender

melhor e prever fenômenos, sobretudo aqueles relacionados ao cotidiano, inclusive

aos que tratam-se da sua realidade, que é a Educação do Campo, e acompanhar as

descobertas científicas divulgadas pelos meios de comunicação, avaliando os aspectos

éticos dessas descobertas;

Reconhecer os limites éticos e morais, respeitando as descendências étnicas,

sobretudo a afro-descendência, que podem ser envolvidos no desenvolvimento da

química e da tecnologia;

Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e coletiva do

ser humano com o ambiente, ressaltando a sensibilização quanto à preservação

ambiental;

Desenvolver o pensamento lógico e o espírito crítico, utilizados para identificar

e resolver problemas, formulando perguntas e hipóteses, testando, discutindo e

redigindo explicações para os fenômenos naturais, comunicando suas conclusões aos

colegas para que elas sejam debatidas com todos.

295

Page 296:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio estabelecem como

conteúdos estruturantes para a disciplina a Matéria e sua Natureza – a natureza da

matéria -, a Biogeoquímica – interações entre a hidrosfera, litosfera e atmosfera -, e a

Química Sintética – síntese de novos produtos e materiais.

A partir destes conteúdos estruturantes foram elencados os conteúdos

específicos a seguir:

PRIMEIRA SÉRIE

Introdução à Química;

Elementos químicos;

Matéria, energia, substância, misturas;

Propriedades da matéria;

Estrutura atômica.

Classificação Periódica;

Propriedades aperiódicas;

Propriedades periódicas.

Ligação Química;

Ligação Iônica;

Ligação Covalente;

Ligação Covalente Dativa;

• Introdução às funções inorgânicas;

• A utilização de compostos inorgânicos na lavoura, e sua conseqüência em

relação ao meio ambiente;

296

Page 297:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

• Conceito e nomenclatura dos ácidos;

• Classificação e propriedade dos ácidos;

• Bases;

• Identificação dos diferentes tipos de solo quanto ao seu ph;

• Sais;

• Óxidos.

SEGUNDA SÉRIE

• Reações Químicas: balanceamento das equações químicas;

• Grandezas Químicas: unidade de massa (u), número de massa (A), massa

atômica (MA), massa molecular (MM), número de Avogadro, massa molar

(M), volume dos gases em CNTP.

• Estequiometria;

• O estudo dos gases.

• Mistura e dispersões;

• Soluções;

• Equivalente-grama;

• Concentrações.

• Diluição e mistura de soluções;

• Relação química/meio ambiente;

• Titulometria;

• Termoquímica.

297

Page 298:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

TERCEIRA SÉRIE

• Introdução à Química Orgânica;

• Classificação Orgânica;

• Estudo dos compostos orgânicos relacionados à lavoura;

• Estudo das relações orgânicas quando ao meio ambiente;

• Funções Orgânicas;

• Hidrocarbonetos.

• Ésteres;

• Éteres;

• Aminas;

• Amidas;

• Haletos Orgânicos;

• Isomeria.

• Cinética Química;

• Eletroquímica;

• Radioatividade.

A Educação Ambiental será abordada na disciplina alertando os alunos em

relação aos elementos químicos radioativos que podem trazer danos ao meio

ambiente. No estudo das soluções pode-se enfatizar a questão da poluição da água,

na questão dos gases relatar a poluição gasosa.

298

Page 299:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O estudo da química será iniciado pelo seu histórico para possibilitar ao aluno a

compreensão do processo de elaboração desse conhecimento. Os elementos químicos

e as substâncias químicas serão estudados de maneira que o aluno possa conhecer os

métodos de obtenção e característica procurando compreender melhor os seus efeitos

e a sua utilização nos diversos setores da vida humana.

Serão elaboradas aulas teóricas e expositivas sobre a importância do

conhecimento químico no cotidiano. Através de aulas práticas procurar realizar as

reações possíveis, baseando-se em experimentos simples e ao mesmo tempo

necessários para visualizar a presença da química em nossa vida. Os elementos

químicos e as substâncias serão estudados de maneira que o aluno possa conhecer os

métodos de obtenção e sua característica procurando compreender seus efeitos e sua

utilização.

Utilizando a tabela periódica e os produtos comercializados contendo em suas

composições alguns elementos químicos, aprofundando o estudo dos mesmos.

Para o aluno adquirir um conhecimento básico da disciplina de Química,

também serão realizados métodos ligados com a realidade local do aluno.

299

Page 300:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

A avaliação deve considerar os caminhos percorridos pelos alunos, e deverá

possibilitar o diagnóstico e acompanhamento do processo de aprendizagem dos

alunos, ao mesmo tempo, para o professor, o diagnóstico e a reorganização do

processo de ensino. Podendo dessa forma, exigir do professor formas diversificadas de

atendimento e alterações na rotina diária da sala, tais como: acompanhamento mais

individualizado, em grupos ou coletivo, até mesmo reformular as atividades

realizadas. Portanto, a avaliação será feita através de:

- Atividades em sala de aula;

- Provas escritas;

- Trabalho de pesquisa;

- Participação nas atividades propostas;

- Outros.

Essas atividades terão peso entre 1,0 e 3,0 pontos cada uma, totalizando assim,

10,0 pontos.

A recuperação será paralela a todas as avaliações que serão realizadas.

300

Page 301:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

TITO & CANTO. Química na abordagem do cotidiano. Editora Moderna. Volume

único. 1ª ed., 1996.

UTIMARA, T. Química Fundamental. Volume único. Editora FTD, 1996.

SALVADOR, Usberco. Química. Editora Saraiva. Volume único, 1ª ed., 1997.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEM. Diretrizes Curriculares de Química para

o Ensino Médio. Curitiba: [?], 2006.

301

Page 302:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o

ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais, sob as leis do Ratio Studiorum. Com a

Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos oficiais, até

mesmo como disciplina obrigatória.

Durante o regime militar o currículo escolar não deu espaço para o ensino e

estudo da Filosofia e a partir da LDB 9394/96 o ensino de Filosofia no nível médio

começou a ser discutido embora como matéria transversal.

No estado do Paraná, foi aprovada a Lei 15.228/06 tornando a Filosofia

obrigatória na Matriz Curricular do Ensino Médio.

A filosofia enquanto disciplina escolar que trata do pensar, de refletir sobre algo,

está sempre associado a outras Ciências Humanas. Ela deverá ser considerada como

contingência escolar e determinar uma ordem de conhecimentos e práticas inscritas

na própria história da Filosofia, na ação pedagógica dimensionada como ensinar, ao

que pode ser ensinado e aprendido, incluindo-se como se aprende em vistas de

formação e saberes inscritos culturalmente e solicitados socialmente. Aderir ao espaço

da experimentação de idéias, ações, capacidade de análises, de leitura, de abstração

de técnicos de raciocínio e questionamento e problematização, numa linguagem que

articula conceitos, argumentações, sistematização e significação.

Filosofia como disciplina do currículo, visa mais a idéia de exercício intelectual,

dimensionando como ensinar, ou seja, desenvolver habilidades mínimas de leitura,

análise e argumentação, que compreenda a configuração de um modo de

pensamento, justificação de posições, interpretação com possibilidade de

transferência de aplicação e a outros problemas. Vista também a elaboração de

linguagem teórica, discursiva, que permita ao aluno a transitar intelectualmente nas

relações de conhecimento, valorização de atitudes interpessoais, sociais, políticas e

302

Page 303:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

culturais. Permite desenvolver habilidade de pensamento crítico para construir, avaliar

e poder intervir no meio em que está inserido.

303

Page 304:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

• Proporcionar o pleno desenvolvimento do educando e seu preparo para o

exercício da cidadania;

• Possibilitar ao educando o aprimoramento como pessoa humana, incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico;

• Permitir ao educando desenvolver sua capacidade de responder, utilizando

os conhecimentos adquiridos, às questões advindas das mais variadas

situações;

• Ler textos filosóficos de modo significativo;

• Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros;

• Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;

• Debater, tomando uma posição, defendendo - a argumentativamente e

mudando de posição face à argumentos mais consistentes;

• Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos de modos

discursivos nas Ciências Naturais Humanas, nas Artes e em outras produções

culturais;

• Contextualizar conhecimentos filosóficos tanto no plano de sua origem

específica, quanto em outros planos: o pessoal – biográfico; o entorno sócio –

político, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico – tecnológica.

304

Page 305:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes Curriculares Estaduais da Disciplina de Filosofia estabelecem como

conteúdos estruturantes Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento, Filosofia da Ciência

e Estética e Filosofia Política.

Nesta proposta, os conteúdos específicos derivam dos estruturante como

segue:

TERCEIRA SÉRIE

Mito e Filosofia

• O que é filosofar.

Teoria do Conhecimento

• O conhecimento científico;

• Conhecer ou não conhecer, eis a diferença.

Ética

• A Moral;

• A Liberdade.

Filosofia da Ciência e Estética

• O Amor;

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Page 306:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

• A Morte.

Filosofia Política

• Indivíduo e Sociedade;

• Ideologia;

• Cidadania e Política;

• Trabalho e Realização;

• A Civilização Tecnológica.

A Educação Ambiental será abordada na disciplina através de discussões,

debates, reflexões, leitura e produção de textos, entre outros, sobre a temática.

A cultura afro-brasileira e africana será abordada no contexto filosófico a partir

do início da escravidão no Brasil, possibilitando aos alunos conhecerem a contribuição

e participação dos negros na construção da sociedade. Contribuindo para a formação

do cidadão reflexivo, ativo e responsável, visando a construção de um mundo mais

humanizado, minimizando o preconceito racial.

A Educação do Campo será abordada na disciplina de Filosofia comparando com

as civilizações antigas e as sociedades atuais a relação campo-cidade e a importância

do campo nas sociedades atuais.

306

Page 307:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os conteúdos da disciplina de Filosofia devem ser abordados de forma

contextualizada e a metodologia usada deve estar voltada para um trabalho

interdisciplinar e que contribua na conjugação de um repertório de conhecimentos,

que funcionam como um sistema de referências para discussões, julgamentos,

justificações e valorizações, e de procedimentos básicos de análise, leitura e produção

de textos. As atividades serão desenvolvidas também com debates, trabalhos

individuais e em grupo.

A disciplina visa introduzir o acadêmico às principais reflexões filosóficas acerca

da cronologia e eventos históricos sobre um prisma filosóficos da ciência, seus

pressupostos e métodos, bem como promover uma reflexão ética sobre a ciência.

Partindo, de tal, consideração acerca da descoberta da racionalidade no mundo do

homem, na Grécia antiga, da instituição da ciência moderna e da sua hegemonia

como modelo de conhecimento. Tópicos avançados especiais, com leitura dirigida e

apresentações de seminários abordando a evolução da civilização, grandes

pensadores, suas obras e o seu impacto filosófico no contexto da ciência.

307

Page 308:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

Em filosofia a avaliação dar-se-á de forma diagnóstica. Desta maneira ela

possibilitará ao professor condição de compreensão do estágio em que o aluno se

encontra, tendo em vista, o trabalho com ele, para que saia de estágio defasado em

que se encontra e possa avançar em termos dos conhecimentos necessários para o

exercício de sua cidadania.

Propõem-se as seguintes atividades coletivas:

Conversas: a conversação é uma técnica importante para o desenvolvimento da

atenção, observação e espírito crítico dos alunos. Por meio dela, eles vão expor o que

pensam sobre os vários temas abordados. Também contribui para o aprendizado do

comportamento em grupo.

Debates: os temas escolhidos para os debates em sala de aula deverão ser

previamente preparados pelos alunos, sob a direção do professor Os debates deverão

ocorrer de forma organizada e alguns critérios de comportamento deverão ser

preestabelecidos.

Entrevistas: esta técnica poderá ser realizada individualmente ou em grupo O

tema da entrevista poderá ser sugerido pelo professor ou pelos alunos, sempre

relacionado com o tema que está sendo trabalhado.

Jornal falado: a classe poderá ser dividida em grupos para reproduzir o jornal

falado. Os temas escolhidos devem ser relacionados aos que estão sendo estudados.

Podem ser atuais, de ordem política, econômica ou social, com o objetivo de inserir o

aluno na realidade.

Outros instrumentos que poderão ser utilizados:

resolução de questionamentos escritos e orais;

produção ou análise de textos, dramatizações, desenhos, músicas, poemas,

mapas, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;

realização de atividades na sala de aula, na biblioteca, em saídas de campo e

em domicílio;

308

Page 309:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

participação em palestras e atividades culturais;

participação, comprometimento e atitude em sala de aula;

outros.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

309

Page 310:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática

SILVA, Franklin Leopoldo e, Teoria do Conhecimento.

CHAUÍ, Marilena. O retorno do teólogo-político.

CANTO, Monique. (org.) Dicionário de Ética e Filosofia Moral. - São Leopoldo:

Sperber/Unisinos, 2003.

KANT, I. Textos Seletos. Trad. Raimundo Vier. Petrópolis: Vozes, 1974

RAEYMACKER, Luís de Introdução à filosofia, - Editora herder, São Paulo, Trad. De

Alexandre Correia, 1961.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia – Ser, Saber e Fazer. Ed. Saraiva. São

Paulo. 1993.

RUSSEL, Bertrand. História da Filosofia Ocidental. – Cia.ed. Nacional, Trad.

Português

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEM. Diretrizes Curriculares Estaduais da

Disciplina de Filosofia. Curitiba: [?], 2006.

310

Page 311:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

L.E.M. INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A flexibilização do currículo e as formas de ensinar permitem ao Estado

reformular as orientações advindas de mudanças sociais, pesquisas e estudos

teóricos metodológicos. São nestas relações de ensino, currículo, sociedade e

sua dimensão histórica que buscou-se subsídios que nortearam o ensino de

Língua Estrangeira nas escolas da rede pública estadual.

Por volta de 1500 o ensino da Língua Estrangeira começou a se configurar

no Brasil ainda colônia, pois o desejo dos portugueses em dominar e expandir o

catolicismo, repassaram aos jesuítas que caberia a eles, através da educação, a

responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim aos povos que habitavam o

território, como exemplo de língua culta.

Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal e a contratação de

professores não religiosos as línguas consideradas importantes eram as clássicas

grego e latim as quais ajudavam no desenvolvimento do pensamento e através

dela ensinava-se o vernáculo, a história e a geografia.

Mas somente em 1808 depois da chegada da família real, o ensino das

línguas estrangeiras modernas começou a ser valorizado, devido a sua

importância para o desenvolvimento comercial após a abertura dos portos. A

criação em 1837 do Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,

apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de

alemão.

Em 1916 com a obra de Ferdinand Saussure “Cours de Linguistic Génerele”

iniciou-se os estudos da linguagem em caráter científico, na qual estabelece a

diferença entre língua (lange) e palavra (parole) e seus significados em

contextos sociais. Os estudos deste sistema fundamentaram uma das principais

correntes da língua moderna: o estruturalismo.

311

Page 312:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Fins do século XIX e início do século XX os problemas de ordem social –

política e econômica na Europa fizeram com que muitos europeus saíssem de lá

e viessem ao Brasil com a esperança de uma vida melhor. Estes acontecimentos

fizeram com que muitos colonos europeus se radicassem aqui e se organizassem

para manter escolas para seus filhos, cujo currículo era baseado no ensino da

língua e da sua cultura e o Estado brasileiro não ofertava este tipo de

atendimento.

Segundo citação de Nagle nas DCE’s a partir de meados da década de

1910, entendendo-se para a década seguinte, o nacionalismo passa a ter uma

ampla abrangência envolvendo pessoas e instituições de natureza e posições

diversas e neste momento o governo fecha as escolas estrangeiras (dos

imigrantes) e cria com recursos federais as escolas primárias de

responsabilidade dos estados.

Em 1942, a Reforma Capanema atribuiu ao ensino secundário um caráter

patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é

introduzido no lugar do alemão.

Conforme texto das DCE’s (p. 7) a dependência econômica e cultural do

Brasil em relação aos Estados Unidos fez com que surgisse a necessidade de se

aprender inglês o que ampliava o seu espaço no currículo em detrimento do

francês que era então ensinado desde o império e que agora estava ameaçado

com a vinda do cinema falado ao Brasil.

Em meio a mudanças, reformas políticas, sociais e novas concepções de

linguagem o ensino da língua estrangeira também se viu fortemente influenciado

por estes acontecimentos e neste contexto o ensino de inglês tornou-se

hegemônico, cujo objetivo é instrumentalizar os falantes e não mais trabalhar

língua e civilização.

Para romper com a hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas

em 1982 criou-se o Centro de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do

Paraná que ofertava aulas de inglês, espanhol, francês e alemão, no contraturno.

Esta medida ganhou força quando a Universidade Federal do Paraná incluiu no

vestibular as línguas espanhola, italiana e alemã. Em 1986 criou-se oficialmente

os Centros de Estudos de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM’s) no Paraná,

como forma de valorização das diversidades étnicas que marca a história do

estado.

312

Page 313:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394

determina a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna,

escolhida pela comunidade escolar no Ensino Fundamental. Quanto ao Ensino

Médio, a Lei determina que seja incluída uma língua estrangeira moderna como

disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda em

caráter optativo, dependendo da disponibilidade da instituição.

Em 2005, a criação da Lei 11.161 decreta a obrigatoriedade da língua

espanhola nos estabelecimentos do Ensino Médio, sendo a oferta obrigatória,

mas de matrícula facultativa para o aluno, com prazo de 05 anos para sua

implementação.

Concepção da Disciplina

O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido

apenas como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas

informações, mas como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo e de

construir significados.

Essa abordagem possibilita uma nova perspectiva, pois agrega, aos

estudos lingüísticos o falante e o uso efetivo que ele faz da linguagem,

deslocando o foco das atividades de sala de aula da forma (correção gramatical)

e privilegiando a prática lingüística.

O processo de aprendizagem de uma língua estrangeira exige o confronto

das formas discursivas da língua materna com a língua que se está aprendendo.

Ao participar desse processo, o sujeito não será mais o mesmo de antes de

iniciá-Io. Essa perspectiva permite que, tanto alunos como professores percebam

que é possível construir significados além daqueles que são possíveis na língua

materna, percebam que há outras possibilidades de se entender o mundo.

Na medida em que se aproxima de outra língua e de outra cultura, o aluno

percebe a língua como algo que se constrói e é construído por uma determinada

comunidade - se por um lado, a língua determina a realidade cultural, por outro,

os valores e as crenças culturais criam, em parte, sua realidade lingüística.

Dessa forma, o conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a

elaboração da consciência da própria identidade, pois o aluno consegue

perceber-se também ele como um sujeito histórico e socialmente constituído.

313

Page 314:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Língua e cultura, portanto, constituem um dos pilares da identidade do sujeito

como cidadão e da comunidade como formação social.

Desse modo, o aluno vê a sua cultura e a sua língua como uma entre várias

possibilidades igualmente desejáveis e válidas e, ao constatar e vivenciar criticamente

a diversidade cultural, pode delinear um contorno para a sua própria identidade,

cumprindo assim, um objetivo pedagógico fundamental na aula de língua estrangeira,

que é contribuir para que o aluno perceba as diferenças entre os usos, as convenções

e os valores de seu grupo social e os da comunidade que usa a língua estrangeira, de

forma crítica, percebendo que não há um modelo a ser seguido, ou uma cultura

melhor que a outra, mas apenas diferentes possibilidades que os seres humanos

elegem para regular suas vidas e que são passíveis de mudanças ao longo do tempo,

posto que, como a língua, correspondem ao contexto histórico e social de uma

comunidade que está em constante movimento e transformação.

Essa visão de língua proporciona ao aluno uma consciência crítica do papel das

línguas na sociedade, principalmente porque percebe que toda enunciação é um elo

da cadeia dos atos de fala, é uma resposta a alguma coisa e é construída como tal, é

produzida e orientada pelo contexto ideológico do qual é parte integrante. (Bakhtin,

1992)

A apresentação do discurso nos seus mais variados gêneros, orais, escritos ou

visuais, garantirá ao aluno o estímulo necessário para que entre no 'universo' da

língua estrangeira e interaja com ele.

314

Page 315:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

-Oportunizar aos alunos da escola pública a vivência de valores ligados à

cidadania, democratizando o acesso à aprendizagem de língua inglesa para a

comunicação/ interação com grupos e culturas diferentes.

-Criar possibilidades de tornar o aluno interculturalmente competente, isto é,

capaz de refletir sobre a sua própria cultura e a do "outro".

-Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situação

diversas.

-Instrumentalizar o aluno para que ele seja capaz de usar a língua estrangeira

em situações de comunicação.

-Reconhecer as implicações da diversidade cultural construída lingüisticamente:

a) compreender que o significado é social e historicamente construído e

passível de transformação;

b) perceber-se como parte integrante da sociedade e como participante ativo do

mundo em que vive;

-Perceber o papel da linguagem na sociedade: linguagem como possibilidade de

acesso à informação, de conhecer e expressar modos de entender o mundo,

como forma de construir significados no mundo.

-Demonstrar compreensão geral de tipos de textos variados, apoiado em

elementos icônicos (gravuras, tabelas, fotografias, desenhos) e/ou em palavras

cognatas.

-Selecionar informações específicas do texto.

-Demonstrar conhecimento da organização textual por meio do reconhecimento

de como a informação é apresentada no texto e dos conectores articuladores do

discurso e de sua função enquanto tais.

-Demonstrar, consciência de que a leitura não é um processo linear que exige o

entendimento de cada palavra.

315

Page 316:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

-Demonstrar consciência crítica em relação aos objetivos do texto, em relação

ao modo como escritores e leitores estão posicionados no mundo social.

-Demonstrar conhecimento dos padrões de natureza fonético–fonológica e de

interação social.

-Demonstrar adequação na produção, no que diz respeito, particularmente, a

aspectos que afetam o significado no nível da sintaxe, da morfologia, do léxico e

da fonologia.

-Identificar família/ nacionalidade/ características culturais.

-Apresentar alguém formal e informalmente.

-Solicitar e fornecer endereços.

-Localizar determinados lugares em relação a outros pontos de referência da

cidade.

-Descrever os meios de locomoção utilizados no dia-a-dia.

-Opinar sobre à realidade dos meios de transporte.

-Opinar sobre profissões/ emprego/ salário, a partir de um texto/ contexto.

316

Page 317:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino de língua estrangeira

moderna o discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros.

O que vai possibilitar uma abordagem do discurso em sua totalidade e garantir

a compreensão e expressão do aluno na Língua Estrangeira Moderna são as seguintes

práticas:

Leitura;

Escrita;

Fala;

Compreensão auditiva.

Leitura

Ler em LEM pressupõe a familiarização do aluno com os diferentes tipos

textuais, provenientes das várias práticas sociais de uma determinada comunidade

que utiliza a língua que se está aprendendo - literatura, publicidade, jornalismo, mídia

(pois atualmente com o avanço das telecomunicações somos 'bombardeados' com

uma quantidade enorme de informações, muitas vezes de forma caótica), etc. Cabe ao

professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja

um leitor crítico e que reaja aos diferentes textos com que se depare. Para isso, o

aluno deverá perceber que por traz de cada texto há um sujeito, com uma história,

com valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido e sempre

carrega uma intenção. Além disso, o aluno deverá ser capaz de perceber que as

formas lingüísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo

significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que

a prática social de uso da língua ocorre. Não se pode esquecer que a leitura se refere

também aos textos não-verbais - estejam eles combinados ou não com o texto verbal.

É claro que o leitor de língua estrangeira será um leitor diferente do leitor de língua

materna, não se pode esperar a mesma fluência, mas o que se deve garantir é que o

aluno receba subsídios para que consiga, gradualmente, compreender os enunciados

na língua meta.

317

Page 318:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Escrita

Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma

atividade sociointeracional, ou seja, deve ser significativa. Ainda, o aluno deve

perceber que, entre outras coisas, há a necessidade de adequação ao gênero,

planejamento, articulação das partes, seleção da variedade lingüística adequada

(formal/ informal), etc. Ao realizar escolhas que dependem da sua intenção, do

interlocutor a que se dirige e da construção de um estilo, o aluno estará

desenvolvendo a sua identidade e se constituindo como sujeito crítico. Também na

escrita, é fundamental que o professor proporcione ao aluno subsídios para que ele

consiga expressar-se na língua estrangeira.

Fala e compreensão auditiva

É preciso levar o aluno a desenvolver a sua capacidade de expressar-se

oralmente e compreender enunciados orais. Para se atingir esse objetivo é necessário

que se criem condições de prática significativa, que o aluno pratique a sua oralidade

para compreender e produzir enunciados que sejam realmente plenos de significado -

perguntar a um aluno 'o que é aquilo?', apontando para um quadro que está ·na

parede não é significativo; significativo seria perguntar qual a sua impressão sobre o

quadro, por exemplo. Além disso, é preciso que o aluno perceba que, mesmo

oralmente, há uma diversidade de gêneros, que existe a necessidade de adequação

da variedade lingüística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em

língua materna.

Enfim, se o objetivo é que o aluno consiga interagir na LEM para ampliar seu

conhecimento de mundo e ser capaz de interferir criticamente na sociedade, é

necessário que ele desenvolva a sua capacidade de ler, escrever, produzir e

compreender enunciados orais.

De que maneira se conseguirá isso?

Um retrospecto mostrará que, em um primeiro momento, os conteúdos básicos

para aprendizagem de LEM eram o vocabulário e a gramática e se enfatizavam a

leitura e a escrita. Em um segundo momento, os conteúdos valorizados foram as

estruturas, que os aprendizes, pela repetição, deviam internalizar - nesse momento se

318

Page 319:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

enfatizava a oral idade.

Atualmente, com o desenvolvimento das ciências lingüísticas e as contribuições

das teorias de aprendizagem e da educação, é preciso que se leve em conta, para um

ensino/ aprendizagem de línguas, a interação significativa do aprendiz com a língua e

a cultura a ser aprendida. Para tanto, diferentemente do ensino/ aprendizagem de

língua materna, na qual o aluno já tem um domínio bastante amplo de conhecimentos,

pois está em contato com ela desde que nasce, é preciso que o aluno de língua

estrangeira seja estimulado a utilizar os conhecimentos lingüísticos de que já dispõe e

seja subsidiado com os conhecimentos de que não dispõe.

Os conhecimentos fundamentais para que o aprendiz possa eficientemente

entender e expressar-se em uma língua estrangeira, baseados nos desdobramentos

da competência comunicativa descrita por Canale, são:

Conhecimentos discursivos

Dizem respeito ao modo como se combinam formas gramaticais e significados

em textos falados ou escritos, nos diferentes gêneros. Por exemplo, o aluno deverá ser

capaz de perceber a diferença entre uma carta comercial e um bilhete para a mãe (a

estrutura, a escolha das palavras, o tom, o cuidado formal, etc serão diferentes).

Dizem respeito aos elementos que garantem a unidade nos textos: a coesão (refere-se

ao modo como as frases se unem estruturalmente e facilita a interpretação) e a

coerência (trata das relações entre os diferentes significados em um texto -

significados literais, funções comunicativas, atitudes, etc.).

Conhecimentos sociolingüísticos

Referem-se ao conhecimento das particularidades do comportamento social e

verbal - pois, a língua estrangeira, tal qual a materna, também tem variações: léxicas,

fonético-fonológicas e morfossintáticas - e permitem escolher a forma lingüística

adequada, de acordo com a situação, levando em conta o interlocutor e as intenções

do falante Dizem respeito às regras de adequação social, (às formas lingüísticas

necessárias para atender o telefone, por exemplo), às restrições temáticas para

determinadas situações sociais ..

319

Page 320:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Conhecimentos gramaticais

Dizem respeito ao domínio do código lingüístico-vocabulário, pronúncia,

ortografia, regras para a formação de palavras e frases, etc.

Conhecimentos estratégicos

Ajudam o falante a preencher lacunas nos outros conhecimentos estabelecidos

como sendo fundamentais no ensino-aprendizagem de LEM. Podem ser verbais ou

não-verbais. Por exemplo, quando o aprendiz não lembra do nome de algum objeto ao

qual deseja se referir pode usar uma paráfrase ou símbolos não-verbais para se fazer

entender.

Se o discurso, em seus infinitos gêneros e diferentes modalidades–verbal (oral

ou escrito) ou não-verbal - é o eixo do estudo, esses conhecimentos - discursivos,

sociolingüísticos, gramaticais e estratégicos - deverão ser utilizados simultaneamente.

Além disso, é preciso levar em conta, que esse conjunto de conhecimentos

perpassará as quatro práticas fundamentais da realização da língua: FALAR,

ESCREVER, LER, COMPREENDER AUDITIVAMENTE.

Essas práticas podem ser trabalhadas juntas, simultaneamente, ou pode

enfatizar-se uma ou duas delas, dependendo do discurso (verbal-oral/ escrito ou não-

verbal) com que o aluno interage, do interesse dos aprendizes e das condições em

que acontece a prática de ensino/ aprendizagem.

Já os conhecimentos citados anteriormente funcionarão como elementos

integradores - estarão presentes em qualquer situação de interação do aprendiz com a

LEM, seja em que prática for: leitura, escrita, fala ou compreensão auditiva.

PRIMEIRA SÉRIE

Present continuous tense;

320

Page 321:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Simple present tense;

Personal pronouns;

Present continuous diferente de simple present;

Regular and irregular verbs;

Simple past tense;

Past continuous tense;

Possessive adjetives and pronouns;

Simple future tense;

Some, any, no and compounds;

Would: request and offers.

SEGUNDA SÉRIE

The future:going to;

Was (were) going to;

Prepositions of place;

Presente perfect tense;

The comparative and superlative degrees;

Present perfect whith just;

Already and yet;

For and since;

Relative pronouns;

Comparative intensifiers;

Modal verbs;

321

Page 322:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Imperative;

Conditional clauses (type 1);

Time clauses;

Conditional clauses (type 2);

If & unless;

Prepositions of movement.

TERCEIRA SÉRIE

Passive constructions;

Time linkers;

Reflexive pronouns;

Possessive’s;

Two-object verbs;

Adverbs of manner;

Past perfect tense;

Conditional Clauses (type 3);

Countable and uncontable nouns;

Indefinite article: alan;

Definitive article: the;

Reported speech;

Reported questions;

Reported commands, requests etc;

Question tags.

322

Page 323:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A Educação Ambiental será inserida na disciplina através de textos que

abordem a questão em diferentes países e procurar estabelecer um paralelo com

as questões nacionais, uma vez que os problemas e soluções são em parte

comuns a todos os países.

A Língua Inglesa tem o discurso e o texto (verbal, escrito ou visual) como ponto

de partida. Esse texto trará problematização em relação à História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, sua contribuição na música, religião, alimentação, sua presença

na mídia, o racismo no Brasil e no mundo, o mercado de trabalho, conhecer a

contribuição do negro na literatura universal.

A Educação do Campo e seus eixos temáticos: trabalho, divisão social e

territorial, cultura, identidade, interdependência campo-cidade, questão agrária e

desenvolvimento sustentável, organização política, movimentos sociais e cidadania.

323

Page 324:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

-Maior contato com a língua através de livros, filmes, folders etc.

-Intercâmbio entre alunos.

-Aquelas que permitam ao aluno condições de entrar em contato com a língua

de forma real e significativa.

-Comunicação, troca de idéias sobre determinado assunto, a assimilação com o

dia-a-dia.

-Assimilação de método lúdico e atrativo que atraia interesse pela comunicação.

-Trabalhar com aluno na sua realidade e o que acontece no mundo que o rodeia.

-Trabalhar objetivamente situações de uso em momentos reais.

-Situar o ensino no contexto mundial (globalização).

-Aproximação do inglês do seu cotidiano.

-Priorizar ensino através de níveis de capacidade de aprendizagem dos alunos.

-Coisas de interesse dos alunos.

324

Page 325:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

Serão utilizados no mínimo quatro instrumentos de avaliação:

- Realização de atividades em sala de aula: escritas – traduções, pequenas

produções textuais;

- Realização de atividades em sala de aula: orais – dramatização de textos

que apresentem diálogos com uso efetivo da linguagem em restaurantes, lojas,

escola, para pedir informações, para apresentar a alguém e também para a

observação dos aspectos gramaticais da estrutura da língua estrangeira;

- Resumos de textos após a tradução para avaliar a compreensão dos

mesmos;

- Música – no sentido de desenvolver a oralidade e a participação do aluno.

A nota será obtida através da cotação atribuída a cada instrumento acima

citado, cujo valor ficaria entre 1,0 e 3,0 pontos para cada critério, que no total

somaria 10,0.

Em caso de aproveitamento insuficiente por parte do aluno, a atividade

será refeita considerando-se a maior nota obtida.

325

Page 326:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEM . Diretrizes Curriculares de Língua

Estrangeira Moderno para o Ensino Médio. Curitiva: [?], 2006.

FERRARI, Mariza Tiemann, et RUBIN, Sara Giersztel. Inglês para o Ensino Médio.

Vol. Único – Scipione – São Paulo, 2002.

MARQUES, Amadeu. Inglês – Novo Ensino Médio. Vol. Único – Ática 6ª ed., 2006.

326

Page 327:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A adoção da disciplina de Sociologia nos cursos secundários ocorreu no início da

República vinculada à disciplina de Moral. Nos anos 1930 a criação de cursos

superiores de Ciências Sociais e a formação de sociólogos em universidades

possibilitou um avanço na discussão e implantação da Sociologia como disciplina no

Ensino Médio, antigo Segundo Grau, pela Lei 5.692/71, que instituía obrigatoriedade

de ensino.

Posteriormente, a Lei 9394/96 abriu novas perspectivas da inclusão da

Sociologia nas grades curriculares, mas de modo tranversal. No estado do Paraná foi

aprovada a Lei 15.228/06 tornando a Sociologia obrigatória na Matriz Curricular do

Ensino Médio.

A Sociologia deve ser vista como construtora histórica e social desempenhando

o papel de localizar os problemas que moldura a realidade, questionando e buscando

respostas múltiplas para a construção de caminhos viáveis para a convivência

coletiva.

Metodologicamente, uma proposta norteada de currículo deve levar em

consideração as diferentes matrizes de pensamento para ampliar as possibilidades de

análise, tendo em vista a complexidade dos fenômenos sociais, hoje, pois nenhum

deles pode ser explicado apenas a partir de uma única perspectiva teórica.

Dessa forma, a construção de um campo de análise que amplie a capacidade de

compreensão da vida e do mundo, passa, necessariamente pela busca de

pensamentos diversos que possam colocar referências para uma investigação dos

problemas contemporâneos.

A sociedade brasileira pode ser privilegiada, enquanto objeto de análise e eixo

de trabalho, proporcionando uma via de mão dupla do questionamento de seus

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Page 328:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

problemas ao campo teórico que possibilite sua compreensão e proponha novos

caminhos de investigação.

A compreensão do mundo do trabalho poderá ser construída a partir de

diferentes perspectivas que abordem a revolução contemporânea no seu modo de

organização, bem com as diferentes determinantes da sua divisão técnica, em nível

internacional, observando-se, porém, as especificidades regionais e locais.

É de fundamental importância proporcionar uma visão sobre a constituição das

relações sociais em nível internacional e nacional. Da mesma forma, é importante

perceber o processo de globalização da economia e da inserção do país no mercado

internacional.

Nesse sentido, é desejável que os alunos desenvolvam seus conhecimentos

para utilizá-los em diferentes níveis de análise e avaliação sobre as conseqüências

sociais marcadas pela ordem mundial, e as dificuldades de ingresso e permanência no

mercado de trabalho formal.

A construção de uma concepção de sociedade deve permitir ao estudante do

ensino médio estabelecer relações entre os diferentes elementos que a compõem,

compreendendo seus mecanismos de funcionamento como uma totalidade, mas

sendo capaz de expressar o que é diverso e parcial.

A partir da construção dessa concepção de sociedade é possível o aluno

compreender a emergência dos temas que hoje ocupam o cenário das manifestações

sociais, tais como os de ordem étnica, religiosa, racial, sexual e ecológica, que exige

uma discussão sobre a diversidade cultural.

Pode-se proporcionar, assim, a compreensão de que diferentes manifestações

culturais são as legítimas expressões de povos, nacionalidades, raças e etnias que,

atualmente buscam novas significações para suas identidades coletivas. Pretende-se

através dessa discussão, possibilitar a formação de uma identidade social e pessoal

que permite ao aluno respeitar o outro a partir do princípio de respeito mútuo.

De outro lado, podem-se ampliar as possibilidades de exercício da cidadania a

partir do conhecimento sobre a construção histórica dos direitos e deveres dos

cidadãos, tendo em vista a construção de noções de sociedade política, sociedade

civil, direitos individuais e coletivos, legitimidade e governabilidade, representação,

participação e poder.

328

Page 329:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

Introduzir reflexões sociológicas acerca da cronologia e eventos históricos sobre

um prisma sociológico da ciência, seus pressupostos e métodos, bem como promover

uma reflexão ética sobre a ciência. Partindo, de tal, consideração acerca da

descoberta da racionalidade no mundo do homem, da instituição da ciência moderna

e da sua hegemonia como modelo de conhecimento.

Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e conseqüentemente a

agir nas diversas instâncias sociais.

Refletir a respeito do ensino da Sociologia

Articular conhecimentos sociais e diferentes conteúdos de modos discursivos

nas Ciências Naturais Humanas, nas Artes e em outras produções culturais.

Contextualizar conhecimentos tanto no plano de sua origem específica, quanto

em outros planos: o pessoal – biográfico; o entorno sócio – político, histórico e cultural;

o horizonte da sociedade científico – tecnológica.

Articular conhecimentos sociais e diferentes conteúdos de modos discussivos

nas Ciências Naturais, Humanas, nas Artes e em outras produções culturais.

Contextualizar conhecimentos tanto no plano de sua origem específica, quanto

em outros planos: o pessoal – biográfico; o entorno sócio-político, histórico e cultural; o

horizonte da sociedade científico-tecnológica.

329

Page 330:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes Curriculares Estaduais da Disciplina de Sociologia estabelecem

como conteúdos estruturantes:

O processo de socialização e as instituições sociais;

Cultura e Industrial Cultural;

Trabalho, Produção e Classes Sociais;

Poder, Política e Ideologia;

Cidadania e Movimentos Sociais.

Os conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos construídos

historicamente e considerados fundamentais para a compreensão do objeto e

organização dos campos de estudos de uma disciplina escolar. Os conteúdos

específicos a seguir elencados são derivados destes conteúdos estruturantes, que os

permeiam.

TERCEIRA SÉRIE

Conceitos básicos de Sociologia;

A Família: sua influência no indivíduo e na sociedade;

A Igreja e seu papel na sociedade;

Conceito de Sociedade;

Sociedade de classes;

Educação Popular.

330

Page 331:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A Educação Ambiental será abordada na disciplina através de trabalhos

interdisciplinares, pesquisas de campo, palestras, fóruns, seminários e outros.

A cultura afro-brasileira e africana será abordada no contexto sociológico a

partir do início da escravidão no Brasil, possibilitando aos alunos conhecerem a

contribuição e participação dos negros na construção da sociedade. Contribuindo para

a formação do cidadão reflexivo, ativo e responsável, visando a construção de um

mundo mais humanizado, minimizando o preconceito racial.

A Educação do Campo será abordada na disciplina de Sociologia comparando

com as civilizações antigas e as sociedades atuais a relação campo-cidade e a

importância do campo nas sociedades atuais.

331

Page 332:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Capacitar o aluno compreendera realidade social em que vive e a participação

ativamente de sua transformação

Tomar conhecimento das estruturas sociais, bem como suas repercussões na

educação das novas gerações atuando de forma critica e construtiva.

Identificar a educação e a mudança social, fazendo uma analogia específica de

cada uma.

Caracterizar a democratização das oportunidades educacionais.

Identificar a escola como grupo social, seus agrupamentos e mecanismos, e a

interação social na sala de aula.

Caracterizar os fatores culturais e forças sociais que interagem na sociedade.

Desenvolver o pensamento sociológico.

Compreender a sociologia (dentre as demais Ciências) como um contexto,

histórico e socialmente determinado.

Compreender a totalidade social como expressão de simultaneidade e

complexidade dos fenômenos sociais, produto de condicionantes diversos.

Perceber o processo de globalização da economia e de inserção de país no

mercado internacional.

Perceber os direitos e respectivos deveres do cidadão como parte de uma

construção social.

Compreender as diferentes manifestações culturais como expressão de um

povo, etnias, nacionalidades, segmentos sociais diversos.

Construir a identidade social e política de modo a viabilizar o exercício da

cidadania plena, no contexto do Estado de Direito, atuando para que haja

efetivamente uma reciprocidade de direitos e deveres entre o poder público e o

cidadão e também entre os diferentes grupos.

332

Page 333:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Construir sua identidade social (e pessoal) a partir do princípio de alteridade.

Compreender a Indústria cultural em suas ações como os contextos

econômicos, político, social e cultural em que se insere.

Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e as práticas sociais.

Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises,

interpretações sínteses, servindo-se para tanto dos conhecimentos sociológicos.

Exercitar, relacionar práticas sociais com contextos diversos.

Tópicos avançados especiais, com leitura dirigida e apresentações de

seminários abordando a evolução da civilização, sociólogos, suas obras e o seu

impacto delas no contexto da ciência.

Ler textos sociológicos de modo significativo.

Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo.

Debater, tomando uma posição, defendendo - a argumentativamente e

mudando de posição face a argumentos mais consistentes.

333

Page 334:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Sociologia deve ser de forma diagnóstica, de forma

a enfrentar situações — problemas que venham a superar dificuldades encontradas no

decorrer das atividades desenvolvidas.

Ela deve construir e aplicar conceitos de várias áreas do conhecimento para a

compreensão de fenômenos naturais, de processos históricos - geográficos, da

produção tecnológica e manifestações artísticas, utilizando diversas formas de

avaliação, como pesquisas, debates, interrogatórios, testes, trabalhos, provas,

dinâmicas de grupos, etc.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 3,0 (três) e de no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

334

Page 335:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO. Versão

Preliminar. Secretaria do Estado da Educação. 2006.

ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo :Ars Poética , 1996.

AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia

geral. 11ª. Ed. São Paulo: Duas Cidades, 1973.

CHAUÍ, M. S. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980.

COMTE., A. Sociologia São Paulo Ática, 1978.

ENGELS, F. A origem da família, da propriedade privada e do estado. Rio de janeiro:

Civilização Brasileira, 1978.

MARX, K. O Capital; crítica da economia política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.

335

Page 336:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

9.1.3 Educação Especial

336

Page 337:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

EDUCAÇÃO ESPECIAL

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Educação Especial na atualidade está consolidando – se sobre novos

paradigmas que sinalizam para a construção de uma sociedade inclusiva, orientada

por relações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças

individuais, de esforço coletivo na equiparação de oportunidades de desenvolvimento,

com qualidade, em todas as dimensões da vida.

Essa concepção de educação que repudia qualquer possibilidade de exclusão

encontra – se sistematizada nos principais documentos internacionais que norteiam as

agendas dos governos e políticas educacionais em todo mundo, com destaque à

Declaração Mundial de Educação para todos (Jomtien, Tailândia – 1990), a Declaração

de Salamanca (Espanha – 1994) e a Declaração de Guatemala (Honduras – 2001).

Nestes documentos sintetiza – se o ideal de uma educação que valoriza a

diversidade, reconhece as diferenças e oferece respostas educativas a todos os alunos

de modo a enfatizar suas potencialidades e remover as barreiras para sua

aprendizagem.

Os principais dispositivos legais e políticos – filosóficos que possibilitam

estabelecer o horizonte das políticas educacionais asseguram o atendimento

educacional especializado, com oferta preferencial na rede regular de ensino, de modo

a promover a igualdade de oportunidades e a valorização da diversidade no processo

educativo. Dentre eles destacam – se a Constituição Federal (art. 208), o Capítulo V

(art. 58,59 e 60) da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9394/96,

regulamentação pelas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na educação

Básica (Ris. CNE/CEB n.º 02/2001) e, no Paraná, pela Deliberação n.º 02/03, aprovada

pelo Conselho Estadual de Educação.

O Departamento de Educação Especial é o órgão responsável, no Estado pela

orientação da política de atendimento às pessoas com necessidades especiais, em

337

Page 338:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

cumprimento aos dispositivos legais e filosóficos estabelecidos na esfera federal em

consonância com os princípios norteadores da Secretaria de Estado da Educação do

Paraná.

Uma vez que a terminologia necessidades educacionais especiais pode ser

atribuída a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que apresentam

deficiências permanentes até aqueles que por, razões diversas, fracassam em seu

processo de aprendizagem escolar, será ofertado atendimento educacional

especializado aos alunos com necessidades educacionais especiais decorrentes de:

I. Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de

desenvolvimento;

II. Dificuldades de comunicação e sinalização;

III. Superdotação ou altas habilidades.

A Deliberação n.º 02/03 que normaliza a Educação Especial no Paraná assegura

a oferta de apoio e serviços pedagógicos especializados aos alunos com necessidades

educacionais especiais.

A Instrução n.º 05/04 estabelece critérios para o funcionamento da Sala de

Recursos para o Ensino Fundamental, na área da Deficiência mental e Distúrbios de

Aprendizagem.

A sala de Recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que

apóia e complementam o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do

Ensino Fundamental de quinta a oitava séries.

O atendimento oferecido na Sala de Recursos destina – se a alunos

regularmente matriculados no Ensino Fundamental de Quinta à Oitava Séries egressos

da Educação Especial ou aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com

atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental e

que necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo

de aprendizagem na Classe Comum.

O ingresso do aluno na Sala de Recursos se dá mediante matrícula e freqüência

no ensino regular e avaliação pedagógica realizada no contexto do Ensino Regular,

pelo professor da Classe Comum, professor especializado e equipe técnico –

pedagógica da Escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional (externa)

338

Page 339:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

e equipe do Núcleo Regional de Educação e/ ou Secretaria Municipal de Educação,

quando necessário. A avaliação pedagógica de ingresso realizada no contexto do

Ensino Regular deverá enfocar conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática das

Séries iniciais, além das áreas do desenvolvimento. A avaliação pedagógica no

contexto escolar deverá ser registrada em relatório, com indicação dos procedimentos

de intervenção e encaminhamentos. Quando o aluno da Sala de Recursos freqüentar a

Classe Comum em outro estabelecimento deverá apresentar relatório de avaliação

pedagógica no contexto, declaração de matrícula e encaminhamento: O aluno de

primeira a quarta série deverá apresentar o último relatório semestral da avaliação do

professor especializado.

Quanto a ORGANIZAÇÃO da Sala de Recursos para vinte horas semanais, o

número máximo de 30 (trinta) alunos, com atendimento por intermédio de

cronograma. O horário de atendimento deverá ser em período contrário ao que o

aluno está matriculado e freqüentando a Classe Comum. O aluno da Sala de Recursos

deverá ser atendido individualmente ou em grupos de até 10 (dez) alunos, com

atendimento por meio de cronograma pré-estabelecido. Os grupos de alunos em

atendimento serão organizados preferencialmente por faixa etária e/ ou conforme as

necessidades pedagógicas semelhantes dos mesmos.

O cronograma de atendimento deverá ser elaborado pelo professor da Sala de

Recursos junto com a Equipe técnico–pedagógica da Escola, e, sempre que possível ou

se fizer necessário, com os professores da Classe Comum, em consonância com os

procedimentos de intervenção pedagógica que constam no relatório da avaliação no

contexto escolar.

No cronograma deverá ser garantido um período para o encontro entre o

professor da Sala de Recursos, os professores da Classe Comum e a equipe técnica –

pedagógica da Escola em que o aluno freqüenta a Classe Comum.

O aluno deverá receber atendimento de acordo com as suas necessidades,

podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes por semana, não ultrapassando 2 (duas)

horas diárias.

O professor da Sala de Recursos deverá prever:

a. Controle de freqüência dos alunos por intermédio de formulário elaborado

pela própria Escola;

339

Page 340:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

b. Contato periódico com a equipe técnica – pedagógica da Escola, e,

sempre que possível ou se fizer necessário, com os professores da Classe Comum para

o acompanhamento do desenvolvimento do aluno;

c. Participação no Conselho de Classe.

A pasta individual do aluno, além dos documentos exigidos para a Classe

Comum, deverá conter os relatórios de avaliação pedagógica no contexto escolar e de

acompanhamento semestral elaborados pelo professor da Sala de Recursos, equipe

técnico – pedagógica da Escola e , sempre que possível ou se fizer necessário, com

apoio dos professores da Classe Comum, após o Conselho de Classe.

Quando o aluno freqüentar a Sala de Recursos em outra escola deverá ser

mantida na pasta individual da Classe Comum a documentação acima citada, vistada

pela equipe técnico pedagógica de ambas as escolas.

No Histórico Escolar não deverá constar que o aluno freqüentou Sala de

Recursos.

Caberá à Secretaria da Escola que mantiver a sala de Recursos a

responsabilidade de organizar e manter a documentação do aluno atualizada.

Recursos Humanos

Para atuar na Sala de Recursos o professor, conforme Del. N.º 02/03 – CEE, art.

Nº 33 e 34, deverá ter:

Especialização em cursos de Pós – Graduação na área específica ou;

Licenciatura Plena com habilitação em Educação Especial ou;

Habilitação específica em Nível Médio, na extinta modalidade de Estudos

Adicionais e atualmente na modalidade Normal.

340

Page 341:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Equipe técnica – pedagógica habilitada ou especializada (Deliberação 02/03 –

CEE, art. 11, inciso II) e/ ou em formação profissional continuada por meio da oferta de

cursos que contemplem conteúdos referentes à área de Educação Especial.

Para atuar em Sala de Recursos recomenda–se que o professor tenha

experiência de no mínimo 2 (dois) anos nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

Recursos Materiais

Espaço Físico: tamanho adequado, localização, salubridade, iluminação e

ventilação de acordo com os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT 9050/1994).

Materiais pedagógicos: a escola, por intermédio de sua mantenedora, proverá

para a sala de Recursos materiais pedagógicos específicos, adequados às

peculiaridades dos alunos, para permitir–lhes o acesso ao currículo.

341

Page 342:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

ASPECTOS PEDAGÓGICOS

O trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos deverá partir dos interesses,

necessidades e dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno, oferecendo

subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos na Classe

Comum.

A programação a se elaborada deverá observar as áreas do desenvolvimento

(cognitiva, motora, sócio afetiva – emocional) de forma a subsidiar os conceitos

defasados no processo de aprendizagem, para atingir o currículo da Classe Comum.

Os conteúdos pedagógicos defasados, das séries iniciais, deverão ser

trabalhados com metodologias e estratégias diferenciadas.

O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deve ser confundido com

reforço escolar (repetição de conteúdo da prática educativa da sala de aula).

O professor da Sala de Recursos deverá apoiar e orientar o professor da Classe

Comum, quanto ás adaptações curriculares, avaliação e metodologias que poderão ser

utilizadas na sala de aula, em atendimento aos alunos com necessidades educacionais

especiais.

MATEMÁTICA

Os conteúdos serão organizados de modo a contemplar o desenvolvimento

cognitivo, priorizando as noções de conservação, classificação, seriação e

reversibilidade, indispensáveis á construção do conhecimento matemático.

CONSERVAÇÃO (da matéria, peso, volume, distância, etc.)

O conceito de conservação quer dizer que um objeto, ou um conjunto de objetos

é considerado invariante no que diz respeito à estrutura de seus elementos, apesar da

mudança de sua forma, desde que não lhe seja tirado ou acrescentando nada

(CONDEMARIN, 1.989).

342

Page 343:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Exemplo: Se tivermos um pedaço de massinha de modelar, o dividimos em duas

partes iguais e uma delas subdividimos em quatro, a criança deverá ser capaz de

racionar que a quantidade mantém – se constante apesar da subdivisão.

SERIAÇÃO

Significa estabelecer uma sistematização dos objetos seguindo uma certa

ordem ou seqüência determinada previamente. (CONDERMARIN, 1.989).

Exemplos: - Colocar em ordem crescente 10 bastões pequenos de madeira (de 2

a 20cm). A diferença de um bastão para outro deverá ser de 2 cm.

- Fazer a série inversa (decrescente).

- Fazer séries de três elementos: maior, médio e menor, usando objetos

variados (sementes, pedras, os colegas de classe, etc.)

CLASSIFICAÇÃO.

É a capacidade de reconhecer classes de objetos por suas características

comuns e de usá – las ao estabelecer relações lógicas (DROVET, 1.990)

EXEMPLOS: Dado um conjunto de objetos, separa – los segundo critérios

estabelecidos: cor, tamanho, etc.

- Diante de certos objetos agrupar os que têm a mesma função (meios de

transporte, alimentação, etc.)

REVERSIBILIDADE

Implica ser capaz de regressar ao ponto de partida, quer seja pela “negação”,

“inversão” ou pela “reciprocidade”. (CONDERMARIN, 1.989).

EXEMPLOS: João é irmão de Pedro e, por fim, Pedro é irmão de João.

3 + 5 = 8 : 8 -3 = 5

343

Page 344:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

A seguir, com o objetivo de sistematizar e proporcionar clareza na organização

dos conteúdos apresentamos os principais eixos do trabalho com a matemática,

lembrando sempre que, embora em alguns momentos um ou outro tema seja

enfatizado, os demais estarão em relação permanente com o mesmo.

1.1 Noção de tamanho

1.2 Noção de quantidade

1. Conceituação 1.3 Noção de forma

1.4 Noção de espessura

1.5 Noção de cor

MATEMÁTICA

2. Sistemas de

Numeração

3. Operações

Aritiméticas

Apresentamos também as dificuldades mais comuns nestes processos, seguidas

de sugestões de encaminhamentos a serem desenvolvidos.

CONCEITUAÇÃO

Noção de tamanho (grande – pequeno – alto – baixo, maior – menor, médio).

Noção de quantidade (muito – pouco - mais – menos, vários – nenhum, todos –

alguns, cheio – vazio).

Noção de forma (formas – formatos e figuras).

Noção de espessura (grosso – fino, largo – estreito – comprido – curto – médio)

Noções de cor (primárias e secundárias).

344

Page 345:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

SISTEMA DE NUMERAÇÃO

Correspondência biunívoca (termo a termo).

Exemplo: Não consegue relacionar o número de crianças em uma sala ao

número de cadeiras.

Contagem com sentido.

Exemplo: Embora diga os números, a relação entre o símbolo e a quantidade

não está consolidada.

Associação de símbolos auditivos e visuais.

Exemplo: Conta auditivamente mas não identifica os números visualmente.

Associação de símbolos numéricos a quantidade.

Exemplo: Não associa o número 3 a quantidade de elementos (***).

Sistema cardinal.

Exemplo:

- Inversão do número em espelho (3/3 7/7).

- Inversão do número em posição (69/96 31/13)

f. Sistema ordinal.

Exemplo: Primeiro, segundo, último.

g. Escrever e ler números independentes.

Exemplo: 102 = 1002.

Outras.

OPERAÇÕES ARITMÉTICAS.

Compreensão do significado dos sinais das operações aritméticas.

345

Page 346:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Exemplo: Não distingue os sinais + e x, por serem idênticos, diferenciando – se

apenas por estarem em posições diferentes.

Estruturação das operações aritméticas.

Exemplo: Invertem números (235 em vez 532).

Número isolado (24 + 3) 24

+3

Memorização da seqüência de passos que devem ser seguidos nas quatro

operações.

Resolução de problemas.

- Escolher caminhos para solucionar problemas.

- Relacionar o enunciado dos problemas com as devidas operações.

- Escrever as respostas dos problemas.

e. Outras

Para superação das dificuldades, acima mencionadas é necessário que

seja priorizado o trabalho com atividades que desenvolvam processos de:

- Conservação.

- Classificação.

- Seriação.

- Processo psicomotores, cognitivos e sensórios – perceptivos.

.LÍNGUA PORTUGUESA

Os conteúdos e/ ou atividades desenvolvidas em Sala de Recursos serão

elaborados a partir do diagnóstico do educando: destacamos alguns exemplos de

diagnósticos e aplicações na leitura e escrita, pra crianças que apresentam um desvio

significativo no seu ritmo de aprendizagem.

346

Page 347:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

LEITURA

Dificuldades na leitura oral.

Dificuldades na leitura silenciosa.

Dificuldades na compreensão da leitura.

Dificuldade na Leitura Oral.

Problema:

- leitura com repetição: repete palavras, linhas e parágrafos.

Ex: Eu vi um lindo cachorro no parque.

Eu vi um lindo lindo cachorro no parque.

Pode ser:

- Necessidade de tempo para elaborar o conceito significativo.

- Dificuldade no processo análise e síntese.

- Desorganização têmporo – espacial.

- Falta de compreensão.

- Dificuldades na percepção visual e auditiva.

Trabalhar:

- O processo de análise e síntese, percepção temporal e espacial.

- Atividades que favorecem a simbolização, iniciando pela imagem

corporal.

- Trabalhar conceitos e compreensão

- Trabalhar discriminação auditiva e visual.

347

Page 348:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Problema:

- Inversão da ordem das letras, sílabas e/ ou palavras.

Pode ser:

- Falta na seqüência temporal.

- Dificuldade visomotora.

- Dificuldade de observação.

- Dificuldade de detalhes.

- Dificuldades de lateralidade.

- Consciência do esquema corporal não estabelecido.

- Ansiedade.

Trabalhar:

- Orientação temporal.

- Esquema corporal

- Coordenação visomotora

- Concentração, atenção (jogos de memória, quebra – cabeça e outros).

- Reeducação da ansiedade

Problema:

- leitura sem ritmo, sem pontuação

A Criança lê quando a palavra é mostrada lentamente, mas não consegue ler as

palavras com rapidez.

Pontuação ausente ou inadequada.

Pode ser:

348

Page 349:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Falha na organização temporal

- Inadequação do ritmo respiratório na leitura

- Dificuldade na interpretação do símbolo na pontuação

- Ansiedade

Trababalhar:

- A organização através do ritmo, respiração e a pontuação como um

símbolo.

- Discriminação visual e auditiva.

- Análise e síntese

- Auto estima

Problema:

- Confusão de letras ou palavras semelhantes.

Ex: BOLA E BOLO / FALHA E FOLHA.

Pode ser:

- A criança não nota detalhes, não consegue ver configurações gerais.

Trabalhar:

- Discriminação visual.

- Estruturação espacial.

- Percepção visual.

- Atenção/ concentração / auto imagem.

349

Page 350:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Problema:

- Omissão e acréscimo de letras, sílabas e troca de palavras.

- Adição – A criança lê frases adicionando palavras que não estavam no

texto.

Ex. O menino é grande.

- Omissão – lê omitindo palavras ou frases inteiras.

Ex: O vestido vermelho da menina é bonito.

O vestido é bonito.

Pode ser:

- Falha no processo de análise e síntese.

- Falha na apreensão do estímulo como um todo e das partes que a

compõem.

- Dificuldades de orientação temporal

- Ansiedade / impulsividade.

- falta de atenção / concentração.

Trabalhar:

- O processo de análise e síntese.

- Representação corporal.

- Atenção / concentração (através do jogo).

- Discriminação visual.

- Orientação temporal.

Problema:

350

Page 351:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Substituição ou troca de consoantes surda ou sonora: F/V; P/B; CH/J; T/D;

S/Z; C/G.

Ex: Cama lê Gama.

Pode ser:

- Falha na discriminação visual.

- Dificuldades na seqüência temporal.

- Falta de consciência no esquema corporal.

- Dificuldades de lateralidade.

Trabalhar:

- Discriminação visual.

- Noção temporal.

- Lateralidade.

- Esquema corporal.

- Auto - estima.

Dificuldades na leitura silenciosa.

1. Problema:

- Leitura Silenciosa.

- Lentidão no ler , acompanhada de dispersão.

- Leitura cochichada.

Pode ser:

351

Page 352:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Dispersão.

- Dificuldade na lateralidade

- Inadequação do ritmo respiratório

- Desorganização têmporo – espacial.

Trabalhar.

- Lateralidade

- Exercícios corporais

- Ritmo

- Organização espacial

2. Problema:

- Uso do apoio tátil e/ ou articulatório

- Necessidade de apontar as palavras com lápis, régua ou dedo

Pode ser:

- Necessidade de apoio concreto na tentativa de codificar a escrita

- Apoio concreto para manter a atenção

- Dificuldade na lateralidade

- Desorganização têmporo – espacial

- consciência do esquema corporal não estabelecido

Trabalhar:

- Simbolização: Códigos em geral, corpo

352

Page 353:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Orientação temporal

- Estruturação espacial

- Atenção, concentração (jogos)

3. Problema

- Pula linha ao ler

Pode ser:

- Falha no processo de análise e síntese

- Dificuldade de figura fundo

- Falha na seqüência temporal

- Dificuldade de coordenação visual

- Ansiedade / impulsividade

Trabalhar:

- O processo de análise e síntese, figura fundo, seqüência temporal e

coordenação visomotora

- Atenção / concentração

- Ritmo

- Respiração

- redução da ansiedade

- Auto – estima

Dificuldades na compreensão da leitura

353

Page 354:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

1. Problema:

- Não compreende o que lê

- Compreender o que lê quer dizer perceber integralmente o significado do

que esta sendo falado (ouvido).

Pode ser:

- Dificuldade de compreensão de idéias

- Dificuldades no manejo do significado dos termos

- Dificuldades de análise de idéias

- Dificuldades de comparação

- Dificuldades de memorização

- Utilização inadequada de pontuação

- Incapacidade para seguir instruções

- Dificuldade de memória imediata

- Deficiência de vocabulário

Trabalhar:

- A compreensão, o pensamento em si, os conceitos

- Fazer leituras das vivências, dos objetos, rótulos, desenhos

- Jogos de memória, quebra – cabeça, jogos de palavras

- Discriminação visual

354

Page 355:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Graduar o nível de dificuldades (oferecer, em um primeiro momento,

textos curtos, mensagem simples e do interesse da criança, palavras do cotidiano,

para depois aumentar as dificuldades).

- Apoio, na leitura e interpretação (orientar a interpretação, fazendo alguns

questionamentos)

- Auto – imagem

ESCRITA:

Escrita como ato motor

Escrita como ato simbólico

Erros de formulação e síntese

a. Escrita como ato motor

1. Problema:

- Escrita irregular, angulosa “garranchos”

Pode ser:

- Conseqüências das dificuldades de coordenação

- Esquema corporal não estabelecido

Trabalhar:

- Motricidade fina

- Lateralidade

355

Page 356:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Esquema corporal

2. Problema:

- Pressão forte, pressão débil

- Pressão ora débil, ora forte

Pode ser

- Emocional

- Hipertonia (musculatura rígida) (segura o lápis com muita força)

- Hipotonia (musculatura flácida) (segura o lápis com pouca força: - o lápis

cai freqüentemente das mãos da criança)

- Muito perto da ponta do lápis ou muito longe desta

Trabalhar:

- Exercícios de musculatura (tônus muscular)

- Consciência do esquema corporal

- Lateralidade

- Postura

- Equilíbrio

- Motricidade fina

- Coordenação visomotora

- Intensificar relaxamento se for hipertônico e tensão muscular, se for

hipotônico

- Auto estima, valorização do aluno

356

Page 357:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

3. Problema:

- Macrogafismo

Pode ser:

- Compensação das dificuldades de tônus

- Exigências pedagógicas

- Dificuldades emocionais

Trabalhar:

- Diminuir o nível de exigência pedagógica

- Diminuir a ansiedade

- Trabalhar a auto – estima

4. Problema:

- Lentidão

Pode ser:

- Conseqüências das dificuldades motoras

- Problemas emocionais

- Dificuldade perceptiva e sensorial

- Condições ambientais desfavoráveis (luz insuficiente, ruído)

Trabalhar:

357

Page 358:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Coordenação motora ampla e fina.

- Auto estima, auto – confiança

- Condições ambientais favoráveis

5. Problema:

- Cansaço

Pode ser

- Dificuldades motoras

- Dificuldades da respiração

- Excesso de atividades pedagógicas

- Postura inadequada

Trabalahar:

- Coordenação motora

- Esquema corporal

- Lateralidade

- Respiração

- Adequação das atividades Pedagógicas

6. Problema:

- Postura inadequada

358

Page 359:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Pode ser:

- Dificuldades na motricidade ampla

- Problemas de equilíbrio estático

Trabalhar:

- Controle postural

- Motricidade ampla

7. problema

- Aglutinação e dissociação de palavras

Pode ser:

- Falhas no freio inibitório (descontrole motor – ex: a criança não tem

consciência que deve parar de escrever).

Trabalhar:

- Exercícios perceptivos

- Motricidade fina

8. Problema:

- Escrita em espelho

Pode ser:

359

Page 360:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Dificuldade de consciência corporal

- Dificuldade de dominância e direcionalidade

Trabalhar:

- Esquema corporal

- Lateralidade

- Consciência corporal

9. Problema:

- Movimentos contrários aos da escrita convencional – Ex: 5 S

Pode ser:

- Dificuldade de lateralidade

- Falta de coordenação motora fina

- Falta de estruturação espacial

- Dificuldades visomotora

- Postura corporal

Trabalhar:

- Esquema corporal

- Estruturação espacial

- Coordenação motora

- Orientar postura corporal

360

Page 361:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Visomotor

10.Problema:

- Irregularidade no espaçamento das letras na palavra

- Dificuldade na escrita e no alinhamento dos números na página

Pode ser:

- Dificuldades de lateralidade

- Falta de coordenação motora fina

- Falta de estruturação espacial

- Dificuldades visomotora

Trabalhar:

- Esquema corporal

- Estruturação espacial

- Coordenação motora

11.Probema

- Margens malfeitas ou inexistentes; a criança ultrapassa ou para muito

antes da margem, não respeita limites, amontoa letras na borda da folha.

Pode ser:

- Dificuldades na lateralidade

361

Page 362:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Falta de coordenação motora fina

- Falta de estruturação espacial

- Dificuldades visomotora

- Postura corporal, posição do papel

Trabalhar:

- Dificuldades de lateralidade

- Falta de coordenação motora fina

- Falta de estruturação espacial

- Dificuldades visomotora

- Orientação da postura corporal

b. Escrita como Ato Simbólico

1. Problema:

- Troca de letras (trocas visuais)

- Simétricas: b/d, p/q

- Semelhantes: e/a, b/h, f/t

2. Pode ser:

- Dificuldades perceptivas auditivas e/ ou visuais

- Dificuldades de simbolização

- Falhas na atenção / concentração

362

Page 363:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Trabalhar:

- Discriminação visual e auditiva

- Atenção / concentração

2. Problema:

- Troca de palavras com o mesmo perfil gráfico

Ex: pato/pelo

Pode ser:

- Dificuldade na percepção visula

- Falhas no processo de análise e síntese (aprende o todo como uma

unidade sem conseguir discriminar as partes que o compõem).

Trabalhar:

- O processo de análise e síntese

- Figura fundo

- Percepção visual

3. Problema:

- Omissão e adição de letras e/ ou palavras

- Inversão na ordem das letras

Ex: Omissão – (caixa/casa)

363

Page 364:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Adição – (árvore / árvovore)

Inversão – (pipoca / picoca)

Pode ser:

- Falha no processo de análise e síntese

- Falha na organização temporal e espacial

Trabalhar:

- O processo de análise e síntese

- Percepção temporal

- Percepção espacial

c. Erros de Formulação e Sintaxe

Problemas:

- A criança consegue ler com fluência e apresenta uma linguagem oral

perfeita, compreendendo e copiando palavras, mas não consegue escrever cartas,

histórias e nem dar respostas a perguntas escritas em provas, isto é não consegue

organizar os seus pensamentos em forma adequada para a comunicação escrita.

Pode ser:

- Falha na integração visomotora

- Falha na memória visual

- Falhas no processo de análise e síntese

364

Page 365:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Trabalhar:

- Coordenação visomotora

- Memória visual

365

Page 366:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

- A modalidade de atendimento em Educação Especial no ensino regular

Sala de Recursos vêm atender exatamente os alunos, que pelas suas dificuldades de

aprendizagem, já sofreram várias reprovações, ficando defasada tanto na sua relação

idade/ série, como dos conteúdos curriculares, tendo por objetivo possibilitar a

inclusão dos mesmos na trajetória do sistema regular de ensino.

Na Educação Especial, entendemos por avaliação diagnóstica todo

instrumento que permita ao professor detectar as dificuldades dos alunos e por meio

delas ofertar novos encaminhamentos que facilitem o processo ensino –

aprendizagem.

Com esta visão de a avaliação, o professor assume um papel de

pesquisador, que investiga as dificuldades do aluno, analisando as causas e os efeitos,

estudando com cuidado suas produções, ouvindo suas justificativas diante do erro,

detectando assim sua forma de construir o conhecimento podendo então interferir na

sua forma de aprender.

A avaliação só servirá como instrumento de aprendizagem, quando o

professor utilizar de todas as informações, para planejar suas intervenções, propondo

encaminhamentos metodológicos, para que os alunos posam alcançar sucesso na

aquisição de novos conhecimentos.

Esta intervenção deverá atender ás necessidades individuais do aluno,

nas áreas específicas do desenvolvimento (psicomotricidade, cognição, linguagem...)

ou acadêmica, onde muitas vezes o professor deixará suas práticas tradicionais para

se voltar a práticas que favoreçam o desenvolvimento global do aluno.

As informações, que o professor obtiver através da avaliação diagnóstica,

servirão como instrumento de aprendizagem, quando forem utilizadas para planejar

sua intervenção junto ao aluno.

Estas intervenções exigirão formas individualizadas de atendimento para

que os alunos possam trafegar pelas vias do conhecimento. É esta forma de avaliação

que determinará se o atendimento será em grupo ou individual.

366

Page 367:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Para que o professor possa mudar seu olhar diante da produção do aluno,

será necessário que o mesmo tenha certeza dos seus objetivos de trabalho. Na análise

da produção do aluno, poderá fazer a comparação dele com seu próprio progresso,

nunca compara – lo com o outro. Assim, é preciso ter bem claro o que se espera que o

aluno alcance.

Ao assumir esta visão de avaliação, o professor observará

cuidadosamente cada um dos seus alunos, no seu processo de aprendizagem,

registrando cuidadosamente suas observações. É indispensável que o professor esteja

partilhando esta análise com seu aluno, para que o mesmo possa reconhecer os seus

avanços, suas dificuldades, desenvolvendo nele a consciência de seus progressos

com relação ás situações anteriores. Isto só ajudará a adquirir autonomia, tornando –

se, portanto, sujeito do seu aprendizado, melhorando suas competências.

A organização de pastas individuais, onde o professor poderá guardar as

principais atividades desenvolvidas pelo aluno, tem por finalidade permitir a

visualização do seu processo de aprendizagem, durante determinado tempo,

identificando dificuldades e potencialidades.

O professor deverá ajuda – lo na reflexão sobre sua forma de aprender. A

auto - avaliação coloca o aluno em posição de poder olhar criticamente o seu caminho

na aprendizagem.

Outra forma de enriquecimento da percepção de si é poder ver o seu

trabalho pelo olhar do outro.Esta forma de procedimento é riquíssima, quando os

alunos podem estar interagindo através da apreciação dos trabalhos dos outros,

indicando o que mais gostou, o que entenderam, ou não entenderam, podendo

inclusive opinar sobre a melhoria da qualidade dos mesmos.

Quando a avaliação é continuada, possibilita uma maior reflexão sobre os

processos da aprendizagem. É necessário, também que existam momentos

específicos previstos em calendário, para que o professor de Sala de Recursos e da

Classe Comum possam fazer uma síntese do desempenho do aluno.

Estes encontros permitirão uma visão mais clara do progresso do aluno e do

grupo. São momentos para uma reflexão mais profunda sobre a relação processo –

produto

Na elaboração desta síntese serão usadas as produções do aluno e as

anotações feitas pelos professores.

367

Page 368:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Com esta visão, a avaliação é usada a favor do aluno e de seu processo

de aprendizagem, bem como instrumento de trabalho para o professor.

368

Page 369:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

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sua história. In: ALMEIDA, M. A. (org). Perspectivas multidisciplinares em

Educação Especial. Londrina: Ed. UEL, 1998. pp. 11-14

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394/96.

Brasília, 1996.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial.

Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC / SEESP: 1994.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes

Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Parecer CNE/CEB nº

017/2001.

BRASIL. Ministério de Educação / Secretária de Educação Especial. Educação

Inclusiva. Direito à Diversidade. Curso de Formação de Gestores e Educadores.

Brasília: MEC/SEESP, 2004.

EDLER CARVALHO, Rosita. Educação Inclusiva: com os pingos nos is. PortoAlegre:

Mediação, 2004.

EDLER CARVALHO, Rosita. Removendo barreiras para a aprendizagem: Educação

Inclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2001.

EDUCAR EM REVISTA. Curitiba, PR: Ed. UFPR, n.º 23, 2004.

FACION, José Raimundo (org). Inclusão Escolar e suas Implicações. Curitiba: IBPEX,

2005.

FERREIRA, Maria Elisa Caputo; GUIMARÃES, Marly. Educação Inclusiva. Rio de

Janeiro: DP & A, 2003.

MATISKEI, Angelina C. R. M. Políticas Públicas de Inclusão Educacional: desafios e

perspectivas. In: EDUCAR EM REVISTA. Curitiba, PR: Ed. UFPR, n.º 23, 2004. p. 185

-202.

MAZZOTTA, Marcos. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas. São

Paulo: Cortez, 1996.

369

Page 370:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Especial.

Fundamentos Teórico Metodológicos da Educação Especial. Curitiba, SEED/ SUED /

DEE: 1994.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação. Ensino

Fundamental na Rede Pública de Ensino da Educação Básica do Estado do Paraná.

Curitiba: SEED/SUED, 2005. Mimeog.

370

Page 371:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

2 PROJETOS

371

Page 372:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AGENDA 21 ESCOLAR

Nome da Escola COLÉGIO ESTADUAL GETÚLIO VARGAS ENSINO MÉDIO E

FUNDAMENTAL

Endereço: Rua Romano Bettega, 340

Telefone: (42) 3459 1163 Município: FERNANDES PINHEIRO

Núcleo de Jurisdição: NRE DE IRATI

Endereço Eletrônico: [email protected]

Coordenador Técnico da Agenda 21 Escolar: SANDRO JOSÉ RAMOS

A Agenda 21 prevê iniciativas e ações voltadas para a melhoria da qualidade de

vida de toda a população. Não podemos, no entanto, fazer da Agenda 21 uma simples

listagem de problemas que a Prefeitura ou o Estado devam resolver. A participação de

todos os setores sociais é condição indispensável para a sua construção e as soluções

sempre devem ser buscadas de forma criativa.

Agenda 21 Escolar é a proposta que resulta do estudo das Agendas 21 Global,

Brasileira, Estadual e Local e dos diagnósticos, para ser implementada no meio de

influência da escola, tanto nos recintos escolares quanto no meio familiar e social

onde tal influência é exercida.

Idealizado por alunos, professores e representantes da comunidade vem

buscando, diagnosticar a realidade do município, buscar soluções para os problemas

encontrados e ainda conscientizar e despertar nos alunos e na população o desejo de

preservar e restaurar a natureza, fazendo-os refletirem e debaterem idéias e

sugestões em relação aos danos que são causados ao meio ambiente e a importância

da preservação ambiental e utilização dos recursos naturais de forma equilibrada e

sustentável.

O projeto Luta Pela Vida e Pela Qualidade de Vida busca as causas e os efeitos

da falta de cuidados com o meio ambiente no intuito de alertar a todos ,

principalmente os alunos , para que o município no futuro possa desfrutar de um

ambiente mais saudável, proporcionando melhores condições de vida aos cidadãos em

equilíbrio com a fauna e a flora.

372

Page 373:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Vinte e um Compromissos para o Século 21

1 – Produção e consumo sustentáveis, contra a cultura do desperdício.

2 – Ecoeficiência e responsabilidade social das empresas.

3 – Retomada do planejamento estratégico, infra-estrutura e integração regional.

4 – Energia renovável e biomassa.

5 – Informação e conhecimento para o desenvolvimento sustentável.

6 – Educação permanente para o trabalho e para a vida.

7 – Promover a saúde e evitar a doença, democratizando o SUS.

8 – Inclusão social e distribuição de renda.

9 – Universalizar o saneamento ambiental, protegendo o ambiente e a saúde.

10 - Gestão do espaço urbano e autoridade metropolitana.

11 – Desenvolvimento sustentável do Brasil rural.

12 – Promover agricultura sustentável.

13 – Promover a Agenda 21 local e o desenvolvimento integrado e sustentável.

14 – Implantar o transporte de massa e a mobilidade sustentável.

15 – Preservar a quantidade e melhorar a qualidade da água nas bacias hidrográficas.

16 – Política florestal, controle de desmatamento e corredores da biodiversidade.

17 – Descentralização e o pacto federativo: parcerias, consórcios e poder local.

18 – Modernização do Estado: gestão ambiental e instrumentos econômicos.

19 – Relações internacionais e governança global para o desenvolvimento sustentável.

20 – Cultura cívica e novas identidades na sociedade da comunicação.

21 – Pedagogia da sustentabilidade: ética e solidariedade.

(fonte Agenda 21 Brasileira: www.mma.gov.br)

373

Page 374:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

BIOVIVA

PROJETO

Idealizado por alunos, professores e representantes da comunidade vem

buscando, desde sua criação em 2003, diagnosticar a realidade do município, buscar

soluções para os problemas encontrados e ainda conscientizar e despertar nos alunos

e na população o desejo de preservar e restaurar a natureza, fazendo-os refletirem e

debaterem idéias e sugestões em relação aos danos que são causados ao meio

ambiente e a importância da preservação ambiental e utilização dos recursos naturais

de forma equilibrada e sustentável.

O projeto BIOVIVA transformou-se em um projeto permanente o qual busca as

causas e os efeitos da falta de cuidados com o meio ambiente e providências a serem

tomadas para que o município possa desfrutar de um ambiente mais saudável,

proporcionando melhores condições de vida aos cidadãos em equilíbrio com a fauna e

a flora.

DIAGNÓSTICO

Através de levantamentos feitos no município, foram encontrados diversos

problemas, tanto na zona urbana como na zona rural: falta de saneamento básico,

poluição de córregos com dejetos humanos e animais, lixo em terrenos baldios e nas

ruas, plantações próximas a córregos e nascentes d’ água, derrubada da mata ciliar,

problemas de erosão, poluição por embalagens de agrotóxicos depositados em

nascentes ou próximos a córregos, drenos em áreas de várzea, entre outros.ffyhhryyA

concretização tem-se dado através de diversas atividades como: palestras, oficinas,

artesanato com material reciclado, pintura, confecção de cartazes, teatro, coletas de

lixo reciclável nas proximidades do colégio, pequenas passeatas com coleta simbólica

de lixo das ruas centrais do município, distribuição de panfletos visando orientar a

comunidade quanto à necessidade de preservação do meio ambiente, realização de

Conferências e Seminários sobre o Meio ambiente, visitas e plantio de mudas nativas

em áreas devastadas, principalmente tentando preservar e reconstruir as matas

ciliares de alguns rios, córregos e nascentes.

374

Page 375:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Em busca de maiores resultados, o projeto BIOVIVA ao sendo a cada ano

apresenta um lema diferente e busca difundir e trabalhar as questões de “Qualidade

de vida em um ambiente preservado e protegido, ressaltando a utilização inteligente

dos recursos naturais para o progresso econômico e cultural através do

desenvolvimento sustentável”.

“VIVA, PROTEJA, PROGRIDA”

DENOMINAÇÃO

BioViva – do grego: bíos = vida; e viva; ou seja, Vida-Viva: a vida (o meio ambiente, a

água) em condições favoráveis à sobrevivência de todas as espécies vegetais e

animais em harmonia com o ser (des)humano. Trazendo o significado da palavra VIDA

para a difusão da (re)construção de um meio ambiente em que realmente a vida de

todas as espécies seja favorecida, equilibrada e verdadeiramente VIVA. Além de

ordenar para que VOCÊ trabalhe e busque melhorias no meio ambiente para que a sua

Vida possa continuar Viva, (no âmago da palavra), sem doenças, sem falta de água e

com alimentos, pois a sua vida depende apenas de suas ações para mantê-la e da

preservação do meio ambiente.

COORDENAÇÃO

Sandro José Ramos

375

Page 376:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CAMINHOS DO AMANHÃ

JUSTIFICATIVA

Este projeto encontra sua justificativa na necessidade de incentivar os

educandos a prosseguirem seus estudos após a conclusão do Ensino Fundamental, em

cursos profissionalizantes de nível médio integrados, ou ainda ao término Ensino

Médio, em cursos profissionalizantes pós-médio ou nível superior.

OBJETIVOS

- Incentivar os educandos a prosseguirem seus estudos, aprimorando-se pessoal

e profissionalmente;

- Realizar a aproximação entre os educandos, os estabelecimentos de ensino

que ofertam ensino profissionalizante em nível médio e as instituições de ensino

superior.

- Despertar nos educandos o interesse pelo conhecimento e pelos estudos;

- Oportunizar a abertura de novos caminhos para os educandos.

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Participação em Feiras de Profissões e atividades semelhantes;

Palestras e outros eventos envolvendo profissionais dos estabelecimentos de

ensino que ofertam ensino profissionalizante em nível médio e das

instituições de ensino superior;

Visitas aos estabelecimentos de ensino que ofertam ensino profissionalizante

em nível médio e às instituições de ensino superior;

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Page 377:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Realização de atividades que possibilitem o intercâmbio e a troca de

experiências entre os educandos, estudantes de cursos

profissionalizantes e acadêmicos;

Palestras que abordem assuntos como Vestibular, Processo Seletivo

Simplificado, FIES, PROUNI, ENEM e Sistemas de Cotas, entre outros.

Realização de atividades de orientação vocacional como testes ou palestras.

EXECUÇÃO

Este projeto será executado durante o período letivo, preferencialmente com os

educandos concluintes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, podendo ser

estendido às demais séries.

AVALIAÇÃO

Será feita através da participação dos educandos e da produção de relatórios

sobre as atividades, entre outros.

COORDENAÇÃO

Ian Navarro de Oliveira Silva

377

Page 378:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CELEM - ESPANHOL

APRESENTAÇÃO

O ensino de um idioma estrangeiro em nosso país é parte da construção da

cidadania. A LEM (espanhol) está aos poucos conquistando espaços nas escolas de

ensino fundamental e médio e também em todos os meios de comunicação. Desde o

ponto de vista político-cultural, o ensino de uma nova língua é bem mais que o

oferecimento de um simples instrumento de interação social; é uma das portas que

permitirá ao aluno se identificar com seu meio social e desempenhar efetivo trabalho

como cidadão reafirmando assim, sua identidade sociocultural.

É de conhecimento de todos, que a língua espanhola é a segunda língua mais

falada em todo o mundo. Na América do Sul, a grande maioria dos paises fala como

língua oficial o espanhol, somente o Brasil tem como língua oficial o Português. Diante

disso, a língua espanhola passa a ser uma necessidade para o bom relacionamento

com outras culturas vizinhas de nosso país. Bem como, também, porque a sociedade

esta cada vez mais multicultural por muitas razões, o turismo, o prazer, as regiões

fronteiras, e ainda, pelos negócios dentro do Mercosul.

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Page 379:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

• Propiciar aos alunos o desenvolvimento das competências comunicativas:

falar, ouvir, interpretar e escrever em atividades atrativas e lúdicas de

expressão e compreensão oral e escrita;

• Conhecer e utilizar o espanhol como instrumento de trabalho e acesso a

informações de outras culturas vizinhas e de outros grupos culturais, bem

como, propor situações de uso efetivo do idioma em situações

comunicativas de descrição, narração e reflexão.

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Page 380:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS

PRIMEIRO SEMESTRE

• Diferentes sons das letras do alfabeto;

• Dias da semana;

• Identificar as cores, objetos da casa e da escola;

• Vestimenta;

• Apresentações;

• Cumprimentos;

• Profissões, nacionalidades, idade, e pronomes;

• Formas verbais do presente do indicativo;

• Música, brincadeiras e jogos;

SEGUNDO SEMESTRE

• Dar e pedir informações;

• Conversação telefônica;

• Atividades diárias;

• Aceitar ou recusar um convite;

• Características físicas e psicológicas;

• Conhecer animais e sua alimentação e habitat;

• As formas verbais do passado;

• Expressar desejos e opiniões;

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Page 381:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

• Localização de lugares e coisas;

• Música, brincadeiras e jogos educativos.

TERCEIRO SEMESTRE

• Feitos passados;

• Dar e pedir instruções;

• Dúvidas e hipóteses (presente e futuro)

• Expressar obrigação, necessidade ou proibição;

• Utilizar pronomes possessivos e pessoais;

• As formas verbais no futuro;

• Fazer compras no supermercado ou no shopping;

• Música, vídeos,jogos e brincadeiras.

QUARTO SEMESTRE

• Expressar hipóteses no tempo passado ou condicional;

• Expressar ponto de vista;

• Pedir informações telefônicas sobre hora e preços;

• Interpretação de textos diversos;

• Produção de textos diversos;

• Leitura de livros, periódicos, revistas e tiras;

• Criação de propagandas, tiras e canções;

• Músicas, paródias, brincadeiras, vídeos e jogos.

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Page 382:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA

Desde o princípio da aprendizagem o aluno deveria falar na língua estrangeira

proposta, sem ter medo ou vergonha de cometer erros. A partir disso, as aulas

ministradas serão sempre que possível, fazendo com que o aluno seja o centro do

trabalho.

É fundamental, ao desenvolvimento do trabalho, que seja oportunizado para o

aluno um ambiente de confiança e estimulo. Com tal ambiente, ele falará mais, não só

por obrigação, e sim, por prazer.

Recursos Didáticos

DVD, aparelho de som, televisão, vídeo, jornais, revistas, retro-projetor, giz,

caderno, folhas, caneta, lápis, régua, cola, tesoura, dicionário, etc.

Proposta de Trabalho

As quatro habilidades lingüísticas: oralidade, audição, interpretação e escrita

de textos variados.

Os aspectos gramaticais serão abordados dentro do contexto, bem como,l de

acordo com a necessidade de entendimento do texto ou música em estudo, as

traduções não serão literais, ou seja, serão feitas de acordo com o nível de

conhecimento da turma.

Os materiais utilizados deverão contemplar os interesses dos educandos, tendo

em vista, que os mesmos podem e devem permitir a flexibilidade do idioma espanhol.

• Habilidade oral – É fundamental ao desenvolvimento oral do aluno que fale

sem medo de errar. Errar é bom. Errando se aprende. Se os próprios

companheiros se corrigem uns aos outros, será duplamente melhor, o aluno

aprende com seus companheiros e vede ser muito atento para observar

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Page 383:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

erros alheios. A prática da oralidade deve estar presente em todas as

classes, por isso a necessidade do professor só falar na língua ministrada.

• Habilidade escrita – Desde o princípio o aluno deverá escrever. Começará

com pequenas frases, aumentando a complexidade de acordo com o aluno,

até escrever textos próprios. Quando o aluno conseguir fazer uma redação é

através dela que revelará seu conhecimento da língua no que se refere ao

vocabulário, estrutura gramatical e criatividade. A escrita de um texto é o

mais importante exercício escrito que se pode fazer para conhecer o nível de

aprendizagem.

• Habilidade auditiva – Ouvir canções, diálogos e textos na língua estrangeira

é um excelente exercício oral e de imaginação, e claro, de conseqüente

domínio da língua. O que vale é a constância oral com a qual o aluno vai se

aperfeiçoar. A música, como exercício fonético, é altamente didática. Mas

não se pode esquecer que a letra da canção é também uma produção

textual feita com um objetivo, o aperfeiçoamento auditivo e textual, além

disso, o aluno vai trabalhar também sua imaginação e criatividade. Ouvir

música faz bem ao corpo e a alma.

• Habilidade de interpretação e leitura – Trabalhar com diversos tipos de

textos verbais e não verbais, como tiras humorísticas, desafios, jogos,

exercícios gramaticais, quebra cabeças, adivinhas, propagandas, jornais,

revistas, desenhos, canções, poemas, etc.

383

Page 384:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

A avaliação deve contemplar todo o aprendizado. Os alunos serão avaliados em

todas as atividades desenvolvidas durante as aulas.

A avaliação terá como objetivo maior averiguar, através da oralidade e dos

textos escritos, o nível de compreensão e proveito das atividades propostas.

Todo esse processo levará em conta a improvisação, a criatividade, o interesse

e a participação do aluno em todos os trabalhos individuais ou em grupo.

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Page 385:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

ALVES, A.N.M. MELLO, A. ! VALEenzamos. 2 ed. São Paulo: Santillana, 1999.

GARCIA, M. L. J. Español Sin Fronteiras – Curso de Lengua Española. São Paulo:

Scipione, 1999.

385

Page 386:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CELEM - INGLÊS

APRESENTAÇÃO

O aprimoramento em Língua Estrangeira Moderna - Inglês é oferecido aos

alunos que já concluíram o Ensino Fundamental, com o objetivo de oportunizar aos

alunos da escola pública o acesso à aprendizagem da Língua Inglesa para

comunicação/interação com grupos e cultura diferentes. Cumprirá o cronograma de 4

(quatro) aulas semanais em dois dias no período noturno.

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Page 387:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS

Compreender textos variados, apoiados em elementos icônicos (gravuras,

tabelas, fotografias e desenhos) e/ou em palavras cognatas.

Selecionar informações específicas no texto.

Demonstrar consciência crítica em relação aos objetivos do texto, em relação ao

modo como escritores e leitores estão posicionados no mundo social.

Identificar família/nacionalidade/características culturais.

Opinar sobre profissões/emprego/salário/a partir de um texto/contexto.

Usar adequadamente na produção elementos que influenciam o significado no

nível da sintaxe, da morfologia, do léxico e da fonologia.

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Page 388:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

CONTEÚDOS

1. Estratégias e habilidades de leitura em Língua Inglesa. Técnicas para a

compreensão de textos variados, visando a ampliar os conhecimentos na referida

língua.

2. Subsídios teóricos e práticos para o entendimento das variedades das

características da linguagem escrita, presentes em textos diversos.

3. Busca no contexto, para a solução de eventuais dificuldades com vocabulário.

Programa

1. Aquisição das seguintes estratégias de leitura:

- uso do conhecimento anterior;

- uso da informação não-verbal que inclui as ilustrações e as dicas tipográficas;

- predições;

- skimming (compreensão geral do texto);

- scanning (dados específicos do texto;

- localização dos pontos principais;

- uso do dicionário;

- uso da estrutura do texto: introdução, desenvolvimento e conclusão.

2. Aquisição das seguintes estratégias de vocabulário:

reconhecimento de palavras repetidas;

reconhecimento de palavras-chave;

reconhecimento de palavras cognatas;

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Page 389:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

uso de inferência;

reconhecimento de afixos.

3. Aquisição das seguintes estratégias gramaticais:

estrutura nominal;

estrutura verbal.

4. Desenvolvimento da habilidade de estudo:

habilidade de selecionar informações relevantes.

Serão abordadas as estratégias de leitura, de vocabulário e estratégias

gramaticais de modo expositivo e, em seguida, demonstradas através da aplicação

das mesmas nos textos, e, à medida que, os estudantes sentirem necessidade de

explicações adicionais sobre as estruturas da Língua Inglesa, estas lhe serão

fornecidas.

Levando-se em consideração que, os discentes já possuem conhecimento

básico da língua, os textos contemplarão os seguintes itens gramaticais, dentre outros

que se fizerem necessários:

1. Prepositions.

2. Simple Past, Auxiliary Verbs, Present Continuous, Past Continuous, Future

Forms, Modal Verbs, Present Perfect, Modal Verbs.

3. Adjectives and Adverbs.

4. Conjunctions.

5. Connectors.

6.Conditional Sentences.

7. Relative Clauses and Pronouns.

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Page 390:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Conteúdos complementares

1.Vocabulário essencial utilizado para “pesquisas” na Internet.

2. Conteúdos Diversos, tais como:

A importância da Língua Inglesa.

Internet.

Problemas sociais.

Cidadania.

Economia dentre outros.

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Page 391:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA

Aulas expositivas;

Trabalhos em grupo;

Oficinas diversificadas: Leitura e produção.

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Page 392:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

Será realizada através das atividades individuais, em grupo da participação e da

valorização do esforço de aprendizagem pelo aluno.

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Page 393:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEM. Diretrizes Curriculares Estaduais -

Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: [?], 2006.

FERRARI, Mariza Tiemann, RUBIN, Sarah Giersztel. Inglês para o Ensino Médio.

Scipione, 2002.

LEFFA, V. O ensino de línguas estrangeiras no contexto nacional.

LIBERATO, Wilson. Compact English Book. – Inglês-Ensino Médio – v. único. São

Paulo: FTD, 1998.

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Page 394:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

EDUCAÇÃO FISCAL

JUSTIFICATIVA

Desde a redemocratização do Brasil e a promulgação da atual Constituição

Federal, na década de 1980, tem crescido a pressão por maior participação e controle

popular nas atividades do Estado e das diversas esferas de governo, inclusive devido

aos sucessivos casos de desvio e mal uso do dinheiro público.

Nesse contexto faz-se necessário ofertar ao educando-cidadão a educação

fiscal, para que este possa compreender o funcionamento do Sistema Tributário

Nacional e, principalmente, exercer o controle democrático das contas públicas, entre

outros.

OBJETIVOS

- Promover e institucionalizar a educação fiscal para o pleno exercício da

cidadania;

- Sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo;

- Levar conhecimentos aos cidadãos sobre administração pública;

- Incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos

públicos;

Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

EXECUÇÃO

Este projeto será executado no decorrer do ano letivo, com educandos da

Educação Básica.

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Page 395:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA

O presente projeto privilegiará a interdisciplinaridade entre as disciplinas,

principalmente, de Artes, Filosofia, Geografia, História, Língua Portuguesa,

Matemática e Sociologia. Serão valorizadas também a interação dos educandos

com o conhecimento, sua aplicação prática e o exercício da cidadania.

ATIVIDADES

Sensibilização

Provocar o questionamento sobre a necessidade e as funções do Estado e

dos tributos através da exposição de imagens e problematização.

Prática Social

Seleção de um tributo e seu estudo – fundamentação legal, arrecadação

e uso - objetivando o Controle Democrático.

Socialização

Divulgação dos conhecimentos adquiridos e dos resultados obtidos para

a comunidade escolar.

AVALIAÇÃO

A avaliação será parte integrante de todas as etapas do processo de ensino e

aprendizagem, mensurando qualitativamente os resultados obtidos pelos educandos e

educadores e indicando possíveis caminhos a serem seguidos.

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Page 396:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

COORDENAÇÃO

Ian Navarro de Oliveira Silva

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Page 397:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

FESTDANCE Festival de Dança

JUSTIFICATIVA

Este projeto tem como justificativa atender a necessidade de implantar na

escola momentos de descontração e de criatividade através da dança, oportunizando

à um número cada vez maior de educandos o acesso à esta atividade.

A dança faz parte de nosso cotidiano e é através de atividades como esta que

os educandos podem externar de maneira de externar sua capacidade criativa, o que

pode refletir-se em suas atitudes perante os outros e a si próprio.

OBJETIVOS

- Incentivar a dança na escola;

- Aprimorar os movimentos rítmicos;

- Oportunizar um maior número de praticantes;

- Favorecer o surgimento de novos talentos;

- Criar momentos de descontração;

- Estimular a criatividade.

EXECUÇÃO

Será executado durante o ano letivo em várias etapas, sendo que ao final deste,

teremos a realização de um Concurso, o qual elegerá as melhores apresentações de

dança.

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Page 398:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

Os educandos serão avaliados pela sua participação nas atividades propostas.

COORDENAÇÃO

Beatriz Loss.

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Page 399:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

INCENTIVO À LEITURA

OBJETIVO

Incentivar a ampliação do universo de leitura dos alunos, valorizando-a como

fonte de informação, entretenimento e gratificação.

JUSTIFICATIVA

A leitura é de indiscutível importância para o desenvolvimento intelectual das

pessoas. Essa prática possibilita ao indivíduo novas leituras do mundo em que vive,

ampliando seu universo de conhecimentos e a capacidade de análise crítica de

discursos dominantes. Por isso o Colégio Estadual Getúlio Vargas propõe (durante o 2º

semestre do ano letivo de 2.006) atividades interdisciplinares de leitura de material

diverso em dias e horários alternados, contemplando a todos os alunos desta

Instituição e todas as áreas do conhecimento com a riqueza dessa prática.

PROBLEMATIZAÇÃO

Estímulo à leitura sem que esta seja pretexto para outras atividades escritas

(leitura por prazer). Espera-se que o ato de ler seja a construção do significado de

mundo, pois havendo interação entre leitor e autor, haverá êxito na leitura e prazer

em continuá-la fora da escola.

CONTEÚDO

Leitura de livros, jornais, revistas, gibis e outros.

METODOLOGIA

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Page 400:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Os participantes do projeto terão liberdade para escolher o material para

leitura, sendo aos poucos incentivados a ler também outros pelos quais não

demonstram tanto interesse.

CRONOGRAMA

As atividades de leitura serão desenvolvidas uma vez por mês, em dias

alternados.

AVALIAÇÃO

Não haverá cobrança de trabalhos referentes à leitura, visto que não se objetiva

o preenchimento de fichas ou a simples cópia de um resumo já feito por alguém.

Haverá, sim, uma avaliação gradativa do projeto como um todo, considerando-se os

aspectos positivos e negativos como ponto de partida para futuras mudanças ou

adequações.

COORDENADORES

lzabel Musiat

Leocádia Kotscherowski

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Page 401:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

JINGEVAR Jogos Internos do Colégio Getúlio Vargas

JUSTIFICATIVA

Este projeto encontra sua justificativa na necessidade de ofertar aos educandos

espaço e tempo para desenvolverem, aprimorarem e demonstrarem suas habilidades

criativas, intelectuais, culturais e físicas, entre outras, em atividades coletivas que

incentivem a solidariedade e o trabalho em equipe.

OBJETIVOS

- Promover a integração dos educandos do Colégio;

- Incentivar a participação de todos;

- Promover o esporte e a recreação no Colégio;

- Oportunizar o surgimento de novos talentos;

- Propiciar momentos de confraternização entre a comunidade escolar.

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

- Futsal;

- Voleibol de duplas;

- Basquetebol;

- Handebol;

- Xadrez;

- Tênis de mesa;

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Page 402:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Atletismo;

- Maratona intelectual;

- Gincana cultural;

- Teatro;

- Música;

- Dublagem;

- Filmes;

- Coral;

- Outros.

EXECUÇÃO

Este projeto será executado preferencialmente no mês de outubro, durante a

Semana Cultural e Esportiva, no turno de aula com a participação de todos os

educandos do Colégio, que serão divididos em equipes.

Para a participação nas diferentes provas, deverão ser obedecidos os seguintes

critérios: categoria, sexo, idade.

INSTALAÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

- Quadra poliesportiva;

- Vias públicas;

- Salas de Aula;

- Uniformes;

- Material Esportivo;

- Outros.

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Page 403:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO

Será feita através da participação, priorizando principalmente a socialização, de

forma competitiva e recreativa.

COORDENAÇÃO

Beatriz Loss

Elisangela Cristine da Silva

Regiane Woiski

403

Page 404:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

NOSSO MUNDO... NOSSA ESCOLA...

NOSSO ESPAÇO.

JUSTIFICATIVA

Desde meados do século XX a questão ambiental tem assumido grande

importância no cenário político e econômico mundial devido às alterações climático-

ecológicas provocadas pela ação humana no meio.

A Educação Ambiental é considerada como uma das mais importantes ações

para a preservação e conservação do planeta, alterando atitudes, sensibilizando e

desenvolvendo o senso crítico dos educandos para a questão.

Os conteúdos costumeiramente desenvolvidos, embora importantes e válidos,

muitas vezes não abordam a temática ambiental na escala mais próxima da relação

de ensino e aprendizagem: a própria escola.

Nesse contexto, sem desprezar as escalas regional e global, o presente projeto

tem como justificativa a necessidade de abordar a questão ambiental tendo com

espaço de estudo e ação, iniciais, o próprio ambiente escolar, compreendido este

como as instalações do Colégio Estadual Getúlio Vargas.

OBJETIVOS

• Proporcionar aos educandos a possibilidade de refletir sobre a questão

ambiental nos âmbitos global, regional e local;

• Questionar o modelo econômico hegemônico e a sociedade de consumo;

• Observar, refletir, desenvolver o senso crítico e alterar atitudes com relação

à manutenção, conservação e preservação do ambiente escolar;

404

Page 405:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

• Criar um espaço de discussão, reflexão e tomada de decisão por parte dos

próprios educandos sobre o uso do meio ambiente escolar.

EXECUÇÃO

Este projeto será executado no decorrer do ano letivo, com educandos da

Educação Básica.

METODOLOGIA

O presente projeto privilegiará a interdisciplinaridade, a realização de atividades

práticas, de pesquisa e produção de conhecimento, observação e análise, a relação

com outras escalas, a reflexão, a tomada de decisões e a mudança de atitude em

relação ao meio ambiente escolar.

ATIVIDADES

Sensibilização

Propriciar o reconhecimento do meio ambiente escolar, a observação da sua

situação e suas conseqüências.

Instrumentalização

• Descrever a situação do meio ambiente escolar, suas causas e

conseqüências, quais ações podem ser desenvolvidas para melhorar a

situação;

• Dialogar sobre a questão, socializando resultados, e tomar decisões quanto

às ações a serem tomadas;

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Page 406:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Prática Social

Implementar, acompanhar e avaliar a ações decididas coletivamente.

Socialização

Divulgar os conhecimentos adquiridos e os resultados obtidos para a

comunidade escolar.

AVALIAÇÃO

A avaliação será parte integrante de todas as etapas do processo de ensino e

aprendizagem, valorizando a participação nas atividades propostas e mensurando

qualitativamente os resultados obtidos pelos educandos e educadores. Seus

resultados também serão utilizados para avaliar o próprio projeto, aprimorando-o

sempre que necessário.

COORDENAÇÃO

Ian Navarro de Oliveira Silva

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Page 407:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

SÁBADO ATIVO

JUSTIFICATIVA

Este projeto encontra sua justificativa na necessidade de ofertar aos educandos

espaço e tempo para desenvolverem, aprimorarem e demonstrarem suas habilidades

criativas, intelectuais e físicas, entre outras, em atividades coletivas que incentivam a

solidariedade e o trabalho em equipe, assim como proporcionar-lhes momentos de

recreação e descontração.

OBJETIVOS

- Promover a integração dos educandos do Colégio, inclusive com seus

familiares;

- Incentivar a participação de toda a comunidade escolar;

- Promover a cultura, o esporte e a recreação no Colégio;

- Oportunizar o surgimento de novos talentos;

- Propiciar momentos de confraternização entre a comunidade escolar.

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

- Futsal;

- Voleibol de duplas;

- Basquetebol;

- Handebol;

- Xadrez;

- Tênis de mesa;

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Page 408:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

- Cursos de artesanato (pintura em tecido etc)

- Exibição de filmes;

- Danças;

- Outros.

EXECUÇÃO

Este projeto será executado bimestralmente aos sábados com a participação de

todos os educandos do Colégio. Estes serão divididos em equipes, conforme seus

níveis de habilidade e através de sorteio.

Para a participação nas diferentes provas as equipes serão formadas por

turmas, configurando-se em uma competição inter-séries.

INSTALAÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

- Quadra poliesportiva;

- Salas de Multi-uso;

- Refeitório;

- Material Esportivo;

- Outros.

AVALIAÇÃO

Será feita através da quantidade de participantes e da qualidade das atividades

desenvolvidas.

COORDENAÇÃO

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Page 409:  · SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 004 2 INTRODUÇÃO

Beatriz Loss

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