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COLÉGIO ESTADUAL “DR. AFONSO ALVES DE CAMARGO”
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
RIO AZUL 2017
SUMÁRIO
I – APRESENTAÇÃO........................................................................................... 5
II – INTRODUÇÃO................................................................................................ 6
2.1. Identificação do Estabelecimento.............................................................. 6
2.2. Atos Jurídicos da Legislação dos Cursos................................................ 6
2.3. Histórico da Escola...................................................................................... 7
2.4. Organização do Espaço Físico.................................................................... 8
2.5. Oferta de Cursos e Modalidades................................................................. 10
III – OBJETIVOS GERAIS..................................................................................... 12
IV – MARCO SITUACIONAL................................................................................. 14
4.1. Características da Comunidade Escolar..................................................... 14
4.2. Perfil dos Educadores.................................................................................. 17
4.3. Possibilidades e necessidades de avanços na prática pedagógica........ 17
4.4. Gestão Escolar.............................................................................................. 18
4.5. Formação Inicial e Continuada.................................................................... 18
4.6. Aproveitamento escolar............................................................................... 20
V – MARCO CONCEITUAL................................................................................... 25
5.1. Ser humano.................................................................................................... 25
5.2. Sociedade...................................................................................................... 25
5.3. Educação....................................................................................................... 25
5.4. Escola............................................................................................................. 26
5.5. Infância........................................................................................................... 27
5.6. Adolescência................................................................................................. 27
5.7. Escrita............................................................................................................ 28
5.8. Leitura............................................................................................................ 28
5.9. Letramento..................................................................................................... 29
5.10. Oralidade...................................................................................................... 29
5.11. Formas de Expressão................................................................................. 29
5.12. Ensino/Aprendizagem................................................................................. 29
5.13. Cidadania..................................................................................................... 30
5.14. Currículo...................................................................................................... 30
5.15. Conhecimento............................................................................................. 30
5.16. Mundo........................................................................................................... 31
5.17. Cultura.......................................................................................................... 31
5.18. Gestão.......................................................................................................... 31
5.19. Tecnologia................................................................................................... 31
5.20. Tempo........................................................................................................... 32
5.21. Espaço.......................................................................................................... 32
5.22. Formação Continuada................................................................................ 32
5.23. Avaliação...................................................................................................... 32
VI – CURRÍCULO.................................................................................................. 35
6.1. Matriz Teórica e Organização dos Conteúdos........................................... 35
6.2. Critérios de Organização de Turmas........................................................... 36
6.3. Organização da Hora-atividade.................................................................... 36
6.4. Calendário Escolar........................................................................................ 37
VII – REGIME ESCOLAR...................................................................................... 38
7.1. Organização Interna da Escola.................................................................... 38
7.2. Educação Ambiental..................................................................................... 38
7.3. Educação Inclusiva....................................................................................... 40
7.4. Educação do Campo..................................................................................... 41
7.5. História e Cultura Afro-brasileira e Africana.............................................. 42
VIII – AVALIAÇÃO................................................................................................. 43
8.1. Da Instituição................................................................................................. 43
8.2. Do Ensino e da Aprendizagem..................................................................... 45
8.3. Processos de Avaliação, Classificação e Promoção................................. 48
8.4. Recuperação Paralela................................................................................... 50
IX – MARCO OPERACIONAL............................................................................... 53
9.1. Organização interna da escola/funções específicas................................. 53
9.2. Equipe de Direção......................................................................................... 53
9.2.1. Compete ao Diretor...................................................................................... 53
9.2.2. Compete ao (à) Diretor Auxiliar.................................................................... 55
9.3. Equipe Pedagógica....................................................................................... 56
9.3.1. Compete à Equipe Pedagógica.................................................................... 56
9.4. Equipe Docente............................................................................................. 59
9.4.1. Compete aos Docentes................................................................................ 59
9.5. Equipe Técnico Administrativa e os Assistentes de Execução............... 62
9.5.1. Compete ao Secretário Escolar................................................................... 62
9.5.2. Compete aos Técnicos Administrativos que atuam na Secretaria............... 64
9.5.3. Compete ao Técnico Administrativo que atua na Biblioteca Escolar........... 65
9.5.4. Compete ao Técnico Administrativo que atua no Laboratório de
Informática............................................................................................................. 66
9.6. Equipe Auxiliar Operacional........................................................................ 67
9.6.1. Compete ao Agente Educacional I que atua na limpeza, organização
e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios............................ 67
9.6.2. Atribuições do Agente Educacional I que atua na cozinha.......................... 68
9.7. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA PARA 2017................................................ 70
X – DEMANDAS SÓCIO- EDUCACIONAIS.......................................................... 80
XI – PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS................................................... 82
11.1. Conselho Escolar........................................................................................ 82
11.2. Conselho de Classe.................................................................................... 83
11.2.1. São atribuições do Conselho de Classe.................................................... 84
11.3. Órgãos Colegiados de Representação da Comunidade Escolar........... 85
XII - FORMAÇÃO CONTINUADA DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO... 86
XIII - CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 88
XIV - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 89
XV – ANEXOS....................................................................................................... 92
15.1. Relação do Corpo Docente e Técnico Administrativo............................. 92
15.2. Matriz Curricular.......................................................................................... 95
15.3. Calendário Escolar...................................................................................... 99
15.4. Projetos desenvolvidos ............................................................................. 101
15.4.1. Feira das Ciências.....................................................................................
15.4.2. Festival de Talentos...................................................................................
15.4.3. Simulados ENEM, Vestibular, PAC/PSS, prova Brasil...............................
101 106 112
15.5. PROPOSTAS CURRICULARES - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.... 114
15.5.1. ARTE.......................................................................................................... 114
15.5.2. BIOLOGIA.................................................................................................. 127
15.5.3. CIÊNCIAS.................................................................................................. 142
15.5.4. EDUCAÇÃO FÍSICA.................................................................................. 155
15.5.5. ENSINO RELIGIOSO................................................................................. 163
15.5.6. FILOSOFIA................................................................................................. 173
15.5.7. FÍSICA........................................................................................................ 182
15.5.8. GEOGRAFIA.............................................................................................. 195
15.5.9. HISTÓRIA.................................................................................................. 208
15.5.10. LÍNGUA PORTUGUESA.......................................................................... 221
15.5.11. L.E.M. INGLÊS......................................................................................... 247
15.5.12. MATEMÁTICA.......................................................................................... 259
15.5.13. QUÍMICA.................................................................................................. 272
15.5.14. SOCIOLOGIA........................................................................................... 284
15.5.15. PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DO
CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS – CELEM........ 293
15.5.15.1. ESPANHOL........................................................................................... 293
15.5. PLANO DE ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO............................................... 307
15.6. PAC – AETE................................................................................................. 313
15.6.1 PAC – AETE VOLEIBOL............................................................................. 313
15.6.2 PAC – AETE FUTSAL................................................................................. 317
5
I – APRESENTAÇÃO
As profundas modificações no mundo de hoje, principalmente nas três últimas
décadas, vêm acarretando mudanças nas demandas sociais e para o sistema de
ensino. O avanço da ciência e da tecnologia, o impacto da informatização e
globalização da economia e consequente surgimento de novas formas de
organização do trabalho e organização social são algumas das causas dessas
modificações.
As exigências postas por essa sociedade em constante transformação
apontam novos objetivos para a escola, para os seus profissionais e para a própria
formação do estudante. Assim, é necessário que a escola seja repensada
coletivamente em relação à sua organização como um todo e na organização da
sala de aula. O Projeto Político Pedagógico é que norteará a escola na busca de
novos rumos, nova direção.
A reorganização da escola deve ser buscada de dentro para fora. Essa tarefa
exige empenho coletivo na construção de um Projeto Político Pedagógico que
implica rupturas com o existente para avançar, visto que a implementação dessa
proposta é condição para que a identidade da escola, como espaço pedagógico
imprescindível à construção do conhecimento e da cidadania se concretize.
Ter a escola seu próprio Projeto Político Pedagógico significa que ela tem
duração e continuidade, memória de sua marca fluente, de uma trajetória muito
própria de experiências, de tentativas felizes ou não, como tarefas que se retomam e
projetam nas transcendências de si mesmas, e que permitem ao conjunto escolar a
contínua reflexão sobre sua ação educativa, portanto, o Projeto Político Pedagógico
constitui nó norteador desse caminho.
Pretende-se que diante das ideias aqui apresentadas, os educadores sintam-
se desafiados a assumir uma prática reflexiva, crítica e criativa com vistas a unir
forças em direção a posturas compromissadas, autônomas, emancipatórias e
inclusivas.
6
II – INTRODUÇÃO
2.1. Identificação do Estabelecimento
DENOMINAÇÃO:
Colégio Estadual “Dr. Afonso Alves de Camargo” – Ensino Fundamental e
Médio
FUNDAÇÃO
24 de maio de 1941
ENDEREÇO:
Rua Cafieiro Corsi, 219 – Centro – Rio Azul/PR CEP 84.560-000
Tel./Fax: (42) 3463-1342
e-mail: [email protected]
NRE: Irati
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: SEED
ENTIDADE MANTENEDORA: Estado do Paraná
DISTÂNCIA DO COLÉGIO DO NRE: 34 km
2.2. Atos Jurídicos da Legislação dos Cursos:
Decreto n.º 2655 de 27/03/56 – Grupo Escolar “Dr. Afonso Alves de
Camargo”;
Decreto n.º 3536 de 30/12/66 e Portaria n.º 663 de 13/12/66 – Escola Normal
Colegial “Fagundes Varela”;
7
Resolução n.º 2243 de 05/11/80 – Colégio “Dr. Afonso Alves de Camargo” –
Ensino de 1º e 2º Graus;
Resolução n.º 2965 de 19/08/83 – Curso de 2º Grau Regular com habilitação
plena Magistério e Básico em Comércio;
Resolução n.º 638/89 – Técnico em Contabilidade (cessação definitiva; Res.
N.º 3189, em 08/12/1999);
Resolução n.º 1793/97 (autorização de funcionamento) – Curso de Educação
Geral;
Resolução n.º 987 de 01/04/2003 – Reconhecimento do Ensino Médio;
Resolução n.º 3981 de 25/08/2006 – Reconhecimento do Ensino
Fundamental anos finais.
Parecer nº 316/2007 e Ato Administrativo nº 515/2007 de 31/12/2007 –
Aprovação do Regimento Escolar
Parecer n.º 1546/11 e Resolução 2362/2011 de 31/08/2011 – Autorização de
Funcionamento da Sala de Recursos Multifuncional
Parecer n.º 2222/12 e Resolução 3543/2012 de 22/06/2012 – Autorização de
Funcionamento da Sala de Recursos Multifuncional.
Parecer n.º 693/15 e Resolução 2030/2015 de 31/07/2015 – Autorização de
Funcionamento da Sala de Recursos de Surdez.
2.3. Histórico da Escola
O Colégio Estadual “Dr. Afonso Alves de Camargo” Ensino Fundamental e
Médio, localizado em Rio Azul, Estado do Paraná, à Rua Cafieiro Corsi, 219,
mantido pelo Governo do Estado do Paraná e administrado pela Secretaria de
Estado da Educação, teve o lançamento da pedra fundamental em 24/05/1941, para
a construção do “Grupo Escolar de Rio Azul”, assim denominado na época. O Grupo
Escolar de Rio Azul ocupou o prédio no dia 01 de setembro de 1945, onde mantinha
o ensino “pré-primário”. Em 27 de março de 1956, o “Grupo Escolar de Rio Azul”
passou a denominar-se “Grupo Escolar Dr. Afonso Alves de Camargo”.
Neste prédio funcionou a “Escola Normal Regional”. Em 30 de dezembro de
1966, foi criada a “Escola Normal Colegial Estadual Fagundes Varela”. Neste
8
mesmo prédio também funcionou de 1960 a 1967 o “Ginásio Estadual Dr. Chafic
Cury”, passando a ocupar o prédio próprio onde funciona hoje, inaugurado a 14 de
julho de 1968. A partir de então, passou a funcionar no mesmo prédio o “Colégio
Comercial Estadual de Rio Azul”.
Através da Resolução n.º 2243 de 20 de abril de 1981, foi autorizado a
funcionar nos termos da Legislação vigente o Colégio “Dr. Afonso Alves de
Camargo” – Ensino de 1º e 2º Graus, resultante da reorganização da Escola Normal
Colegial Estadual Fagundes Varela, do Colégio Comercial Estadual de Rio Azul e da
Escola “Dr. Afonso Alves de Camargo” Ensino de 1º Grau”.
Através da Resolução n.º 2965, de 01 de setembro de 1983, foi reconhecido o
Curso de 2º Grau Regular com habilitação plena em Magistério e Básico em
Comércio. Com a extinção do Curso Básico em Comércio entrou em vigor o Curso
com habilitação em Técnico em Contabilidade em 07/03/89.
Em substituição aos Cursos de Magistério e Técnico em Contabilidade foi
implantado o Curso de Educação Geral no ano de 1997.
Atualmente o colégio oferece o Ensino Fundamental e Médio, sendo que o
Médio teve início no ano de 1999, reconhecido através da Res. 0987/2003 de
01/04/2003, e o Fundamental teve início no ano de 2005, autorizado a funcionar
através da Resolução 4136/03 de 21/10/2003 e reconhecido pela Resolução n.º
3981 de 25/08/2006. A partir do ano letivo de 2012, o Ensino Fundamental passou
automaticamente a ser constituído pelo ensino de nove anos, sendo que as atuais
5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries, passam a ser denominadas 6.º, 7.º, 8.º e 9.º anos,
respectivamente, conforme a LDB n. 9394/96, a Resolução n.º 7/2010-CNE/CEB, a
Deliberação n.º 03/2006-CEE/CEB, o Parecer n.º 407/2011-CEE/CEB e a Instrução
n.º 008/2011-SUED/SEED.
2.4. Organização do Espaço Físico
Atualmente, este estabelecimento de ensino dispõe de:
10 salas de aula, sendo 08 equipadas com TVs pendrive, aparelho de DVD,
apresentando condições razoáveis quanto à ventilação e à iluminação;
01 sala de professores equipada com mesas, cadeiras, armários, biblioteca do
9
professor e diversos materiais didáticos e pedagógicos;
01 sala para secretaria;
01 sala para Direção e Direção Auxiliar;
01 sala para Equipe Pedagógica;
01 sala de documentação escolar;
01 sala de arquivos e almoxarifado;
02 banheiros para professores;
01 banheiros feminino;
01 banheiro masculino com 02 sanitários e três mictórios de parede;
02 banheiros com 03 sanitários em desuso, com necessidade de readaptação do
espaço para guarda de materiais de higiene e limpeza, e equipamentos diversos
para serviços;
01 banheiro adaptado a deficientes físicos;
01 quadra de esportes sem cobertura;
01 quadra de esportes com cobertura;
01 quadra de areia;
01 cozinha;
01 refeitório.
01 biblioteca equipada com 04 computadores do Proinfo e com acervo
bibliográfico insuficiente para atender as necessidades do corpo docente e
discente;
01 laboratório de informática com 20 computadores que frequentemente
apresenta problemas de funcionamento;
01 laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia com carência de
equipamentos e reagentes.
Quanto às instalações físicas, as condições de ventilação e iluminação das
salas de aula são relativamente satisfatórias, quanto ao mobiliário das salas,
atualmente há uma carteira adaptada para cadeirantes e as demais apresentam-se
relativamente em bom estado, quanto aos recursos pedagógicos os quadros-negros
apresentam-se em bom estado e há Tvs pen drives revisadas em oito das dez salas
de aula, das quais uma não funciona.
10
A sala dos professores é ampla, dispõe de bebedouro, armários individuais
para todos os professores, quatro computadores remanejados do Proinfo, mesas
para realização das hora-atividades, quadro para avisos, e acomoda, também duas
estantes onde se localizam os livros da biblioteca do professor e materiais didático-
pedagógicos diversos.
A biblioteca destinada aos alunos é ampla, bem iluminada, com mesas para
pesquisa e leitura e defasada tanto em qualidade quanto em quantidade, pois o
número de títulos de obras é insuficiente para atender a demanda da escola.
Também dispõe de acervos da videoteca com aproximadamente 30 coleções de
CDs e DVDs de diversas disciplinas e aproximadamente 270 títulos de livros
paradidáticos adquiridos pela SEED, com recursos da escola ou doados por
professores.
O laboratório de informática possui 20 computadores que nem sempre
apresentam as condições adequadas ao uso com os alunos, principalmente quando
se pretende usar a internet, pois a conexão é lenta e torna-se lentíssima ao se
usarem todos os computadores.
O laboratório de Física e Química conta com janelas amplas que possibilitam
uma boa aeração e iluminação, possui um sistema de segurança para a lavagem
por jato de água direcionado dos olhos e corpo em caso de respingos de reagentes
químicos e também extintor de incêndio. Este espaço é carente de equipamentos e
reagentes suficientes para todos os alunos.
2.5. Oferta de Cursos e Modalidades
O Colégio Estadual “Dr. Afonso Alves de Camargo” – Ensino Fundamental e
Médio para o ano de 2017 espera a demanda de aproximadamente 700 alunos,
sendo estes assim distribuídos:
Curso Ensino Fundamental Vespertino: um sexto ano, dois sétimos anos, um oitavo
ano e um nono ano.
Curso Ensino Médio Vespertino: uma primeira série, uma segunda série e uma
terceira série.
Curso Ensino Médio Matutino: três primeiras séries; duas segundas séries e duas
terceiras séries.
11
Curso Ensino Médio Noturno: uma primeira série, uma segunda série e uma terceira
série.
Curso Celem-Espanhol Vespertino: uma primeira série e uma segunda série.
Sala de Recursos Multifuncionais: três turmas matutino e três turmas vespertino.
Sala de Recursos para Surdos: uma turma vespertino.
12
III - OBJETIVOS GERAIS
Considerando os aspectos sociais e legais (Diretrizes Nacionais da Educação,
LDB 9394/96, deliberações 002/2003 – Educação Especial, 007/99 – Avaliação do
Aproveitamento escolar, 009/2001 – Matrícula de ingresso, transferência,
classificação, reclassificação, adaptações, revalidação e equivalência de estudos,
014/99 – Indicadores da Proposta Pedagógica, 016/99 – Regimento Escolar, a
escola objetiva:
Possibilitar a emancipação social do estudante, preparando-o para a vivência
coletiva e a conquista da cidadania;
Propiciar aos estudantes o acesso ao saber sistematizado e produzido
historicamente, com vistas a formação do ser humano na sua integridade,
abrindo caminhos para a ampliação da cidadania, valorizando a sua cultura e a
de sua comunidade;
Possibilitar a formação do cidadão participativo, compromissado, crítico, criativo e
com conhecimento para agir e compreender o espaço no mundo com
responsabilidade;
Criar um ambiente propício para que o estudante beneficie-se com
aprendizagens significativas e para que construa conhecimentos utilizando-se
destes para desvendar o novo e progredir;
Propiciar aos estudantes a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da
cidadania;
Proporcionar um colégio de qualidade, oferecendo um ambiente favorável para
que os estudantes se desenvolvam plenamente respeitando as diferenças
individuais, no que diz respeito a cor, credo, orientação sexual, ideologia política,
características físicas, valorizando os limites e o desempenho de cada um,
reforçando a inclusão social e educacional dos indivíduos portadores de
necessidades especiais conforme a Deliberação 002/03 da Educação Especial;
História do Paraná, Lei 13.381/01; – História e Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena, Lei 11.645/08; Música, Lei 11.769/08; Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal;
13
Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente; Direito das
Crianças e Adolescentes L.F. 11.525/07; Educação Tributária Dec. Nº 1143/99,
Portaria nº 413/02; Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02.
Possibilitar que a avaliação seja cumulativa, contínua, formativa e diagnóstica do
desempenho dos estudantes, com predominância dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e atribuir-lhes valor, conforme a deliberação 007/99 da
Avaliação e aproveitamento escolar;
Ofertar matrícula de ingresso, por transferência e em regime de progressão
parcial, aproveitamento de estudos, a classificação e a reclassificação, as
adaptações, a revalidação e equivalência de estudos feitos no exterior e
regularização de vida escolar no Ensino Fundamental e Médio, nas suas
diferentes modalidades do Sistema Estadual do Paraná, conforme Deliberação
009/01 matrícula de ingresso, transferência, classificação, adaptações,
revalidação e equivalência de estudos;
Assegurar a constante re-elaboração do Projeto Político Pedagógico envolvendo
todos os segmentos da comunidade, bem como sua plena execução, zelando
pela aprendizagem dos estudantes e adaptando o currículo à função social da
escola, conforme Deliberação 014/99 – Indicadores da Proposta Pedagógica.
14
IV – MARCO SITUACIONAL
A observância do perfil da comunidade escolar e dos objetivos gerais
propostos neste Projeto Político Pedagógico impõe uma análise profunda do
trabalho educacional desenvolvido na escola, de forma que se possam estabelecer
estratégias que visem o alcance das metas de maneira eficiente.
Apresenta-se, a seguir, alguns dos aspectos mais relevantes.
4.1. Características da Comunidade Escolar
Entendemos que a Escola deve ser um local de reflexão sobre os valores de
uma sociedade. São muitas as discussões em torno da aprendizagem no País,
porém devemos voltar nossa atenção para as áreas do conhecimento já que, sem
dúvida, um país poderá desenvolver-se quando se investe na educação.
Na luta pela democratização da Escola pública, atendemos os limites
históricos para sua implantação, desde a própria organização e estrutura da
sociedade capitalista e dentro dela a própria organização escolar, sua cultura, sua
lógica interna.
No que se refere às práticas pedagógicas, há vários professores universitários
de escola pública e privada trabalhando, fazendo projetos e inúmeras experiências,
numa perspectiva transformadora, assim como da participação popular que vêm
instituindo uma nova cultura de gestão democrática em defesa do ser humano e de
sua inclusão que garanta os seus direitos elementares, que possa construir uma
sociedade justa e igualitária.
No Paraná, cada governo também impõe sua Política Educacional.
Atualmente, há uma tendência para reorganizar a escola em todas as suas formas
estruturais, representada pelo trabalho e esforço coletivo de diversos setores
educacionais e sociais a fim de se ter o ensino público com mais eficiência e
qualidade.
No município de Rio Azul, o Colégio Estadual Dr. Afonso Alves de Camargo –
Ensino Fundamental e Médio, conta com uma equipe de profissionais que trabalham
15
com aproximadamente 700 alunos, sendo cerca de 75% deles oriundos da zona
rural, especialmente os do ensino Fundamental.
A comunidade apresenta características culturais diversas, mas a que mais se
destaca é a religião. Em sua maioria cristãos, entre católicos e evangélicos. A
maioria das Festividades da Comunidade está relacionada a feriados religiosos, ao
Aniversário do Município, ao Carnaval, ligadas aos Centros de Tradições
Gauchescas. No esporte destacam-se o futebol e o voleibol, com participação ativa
em diversos torneios promovidos pelas comunidades, escolas e Secretaria Municipal
de Esportes. A cultura se manifesta, sobretudo, no cultivo das tradições (Grupo
Folclórico Ucraniano e Gaúcho).
A economia da localidade é baseada na agricultura. Notadamente a
agricultura familiar cuja principal cultura é a fumicultura, possuindo também
trabalhadores avulsos na derrubada e corte de pinho, suinocultura, avicultura,
extração de erva-mate, horticultura e fruticultura, beneficiamento de madeira
(serrarias, marcenarias e madeireiras), produção de esquadrias e materiais
metálicos, laticínio, comerciantes, prestadores de serviços, funcionários públicos e
também aposentados.
Alguns estudantes da zona rural que frequentam o estabelecimento, nos
períodos de plantio e da colheita de fumo, a principal fonte agrícola e econômica do
município, faltam à escola porque têm necessidade de ajudar os familiares e
acabam se prejudicando porque perdem os conteúdos e avaliações, sendo que,
alguns destes conseguem êxito. Isso ocorre especialmente no período noturno.
Outros, oriundos da zona urbana, de famílias assalariadas com dificuldades
financeiras, necessitam trocar de período para trabalharem.
Portanto, o corpo discente deste estabelecimento de ensino é formado por
alunos das mais diversas classes sociais, com valores e atitudes diferenciadas, com
turmas numerosas e heterogêneas que apresentam casos de indisciplina que afetam
o relacionamento entre seus pares; desinteresse pelos estudos, baixo rendimento,
evasão, repetência, comportamento inadequado, descumprimento do Regimento
Escolar, faltas excessivas dos alunos oriundos da zona rural nos períodos mais
chuvosos, devido à distância da residência até o ponto de ônibus e, principalmente,
no período noturno por motivo de trabalho e falta de perspectiva de futuro.
16
Além destes fatores que interferem no pleno desenvolvimento do processo
ensino-aprendizagem, ainda podemos destacar a pouca participação e
acompanhamento do processo ensino-aprendizagem por parte da família que alega
não ter tempo e/ou conhecimento suficiente para auxiliar seus filhos nas tarefas
escolares, falta do cumprimento das regras estabelecidas no Regimento Escolar,
gerando desmotivação de profissionais da Educação, dificuldade para reunir os
educadores para reunião pedagógica pelo fato de lecionarem em outras escolas.
Considerando a diversidade social, cultural, econômica, de educação especial
e étnica da comunidade escolar, destacamos que o colégio oferta a Sala de
Recursos aos alunos com problemas de aprendizagem na área cognitiva, emocional,
motora ou neurológica, avaliados pela Equipe Pedagógica, Conselho de Classe e
profissionais habilitados nesta área. Esses alunos serão atendidos no contra turno,
perfazendo quatro horas semanais de atendimento.
A partir de agosto de 2016, o colégio foi autorizado a ofertar Sala de Apoio a
Aprendizagem para os estudantes do sexto ano. Este serviço tem como principal
objetivo desenvolver ações pedagógicas para o enfrentamento dos problemas
relacionados às dificuldades de aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa
e Matemática, no que se refere aos conteúdos de leitura, escrita, oralidade e cálculo.
Sua oferta tem sido muito importante e auxilia muito na reduzir as disparidades de
aprendizagem dos estudantes provenientes de salas multisseriadas e isoladas ainda
existentes no município.
O colégio oferta o CELEM (Centro de Estudos de Línguas Estrangeiras
Modernas) que funciona no período da tarde com Língua Espanhola, que atende a
Instrução 011/2009. Neste curso são priorizados os alunos matriculados no colégio,
mas se as vagas não são preenchidas, poderão matricular-se pessoas da
comunidade. Funciona com quatro aulas semanais com dois anos de duração.
17
4.2. Perfil dos Educadores
O colégio contará em 2017 com cerca de 42 professores dos quais 27
pertencem ao Quadro Próprio do Magistério (QPM) e, para suprir a demanda
necessária, os demais são contratados pelo Processo de Seleção Simplificado
(PSS), 03 Pedagogas das quais 02 são QPM, necessita de 09 Agentes
Educacionais I, sendo que seis são contratadas pelo PSS e 05 Agentes
Educacionais II, dos quais três são contratados pelo regime PSS.
4.3. Possibilidades e necessidades de avanços na prática pedagógica
Este aspecto se apresenta bastante complexo quando são considerados
relevantes os diversos fatores que interferem na prática pedagógica, dentre eles:
- o perfil socioeconômico dos educandos, de origem predominantemente rural;
- a necessidade de uma educação inclusiva que beneficie todos os que apresentam
necessidades educacionais especiais, desde aqueles com dificuldades de
aprendizagem aos portadores de deficiência;
- a importância do respeito às diversidades: de gênero, de religião, de cultura, de
descendência ou de opção sexual;
- a utilização adequada das tecnologias de informação e comunicação na escola, de
modo a promover sua socialização, democratização e o acesso de todos;
- a concepção de currículo que a escola defende e deseja aplicar;
- contemplar os Conteúdos Obrigatórios conforme a Instrução nº 009/11
SUEED/SEED;
- os recursos didáticos, tecnológicos e humanos disponíveis na escola;
- a formação inicial e continuada dos educadores que propicie também sua
integração com o projeto escolar;
O Ensino Fundamental de Nove anos implantado automaticamente em 2012
vem propiciando um melhor desenvolvimento da aprendizagem aos educandos,
considerando-se a revisão do Projeto Político Pedagógico e das Propostas
Pedagógicas Curriculares.
18
Pode-se afirmar que a própria construção do Projeto Político Pedagógico da
escola propicia uma melhor compreensão destes aspectos, promovendo à
comunidade escolar uma visão mais ampla de educação escolar. Dessa forma,
considera-se que há muitos avanços nestes pontos nos últimos anos.
No entanto, como o PPP é um documento dinâmico, todo momento são
levantadas discussões para o aprimoramento das concepções e ações educativas,
aproveitando-se todo tipo de encontro entre os docentes, discentes, funcionários,
pais e associações escolares, no intuito de melhorar o projeto escolar.
4.4. Gestão Escolar
O próprio amadurecimento da comunidade escolar, no que se refere à
concepção de projeto educacional, leva também ao aprimoramento da gestão
escolar. Assim, o conceito de gestão escolar apontado neste PPP demonstra que
este colégio vem caminhando gradativamente e rapidamente para uma gestão mais
democrática e participativa.
O perfil de gestor que se tem buscado é daquela pessoa que possui
autoridade e deve ser respeitada por isso, mas que está aberto a diálogos e
discussões sobre as melhores formas de administrar as diversas situações
escolares, bem como busca a participação dos diversos segmentos da comunidade
escolar na tomada de decisões sobre as prioridades de aplicação de recursos, na
proposição de ações educativas, constante reavaliação institucional e melhoria da
qualidade dos serviços educativos oferecidos.
4.5. Formação Inicial e Continuada
Nos últimos anos, vem se percebendo um grande avanço no aspecto da
formação inicial, especificamente no que se refere a professores que atuam em
disciplinas diferentes de sua formação.
Mais especificamente as áreas de matemática, biologia, física e química têm
19
sido supridas satisfatoriamente por professores licenciados nessas disciplinas. Ainda
há dificuldades nas áreas de Sociologia, Filosofia e Ensino Religioso, para as quais
faltam professores habilitados, tendo sido supridas por profissionais da área de
História ou acadêmicos dessas licenciaturas.
Com relação à formação continuada, há grande interesse de todo o corpo
docente e também dos agentes educacionais, tendo em vista a busca por cursos de
pós-graduação/especialização e a grande participação em cursos oferecidos pela
própria SEED e pelo MEC. Dentre estes cursos, destacam-se os grupos de estudos,
participação em seminários e encontros de disciplinas, Itinerante, Reuniões da
Equipe Multidisciplinar e também em cursos de Educação à distância (EaD), como o
GTR – Grupo de Trabalho em Rede, Educação Fiscal, Prevenção ao uso indevido
de Drogas, entre outros. Também há professores participantes do PDE – Programa
de Desenvolvimento Educacional, sendo quatro professores em 2009/10, cinco em
2010/11; seis em 2011/12; dois em 2012/13; um em 2013/14. No ano de 2015 não
houve oferta dessa modalidade de formação pela SEED e para 2016, infelizmente
nenhum professor do corpo docente deste colégio conseguiu ser classificado.
4.6. Aproveitamento escolar
Possivelmente, este seja o aspecto de maior enfoque quando se trata de
planejamento das ações educativas, pois revela diretamente o resultado das ações
desenvolvidas anteriormente.
Como apontado anteriormente, a aprendizagem escolar está diretamente
relacionada à prática pedagógica e esta depende de diversos fatores. Dessa forma,
considera-se que a análise dos resultados de aproveitamento escolar são indicativos
importantes sobre os aspectos em que ainda há necessidade de avanços.
O Colégio teve nota 3,8 no IDEB de 2009. Neste primeiro ano em que o
Ensino Fundamental – Séries Finais participou da Prova Brasil, o desempenho foi o
seguinte: MATEMÁTICA: 245,02 pontos e LÍNGUA PORTUGUESA: 237,23.
Considera-se que este resultado é preocupante, pois está abaixo da média nacional
que foi de 4,0 pontos, sendo 248,7 e 244,0 as notas respectivas de Matemática e
20
Língua Portuguesa. No ENEM 2009, este colégio obteve média geral de 528,89
pontos, sendo este índice melhor que o de muitas escolas do NRE de Irati, porém
tendo muito a avançar ainda. Entretanto, a partir de 2010 a escola não teve
pontuação no ENEM devido ao fato de que não houve participação mínima dos
alunos nesta avaliação para que a escola fizesse parte da listagem de resultados.
Os quadros e gráficos a seguir demonstram evolução do aproveitamento
escolar geral do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Quadro 1: Índices de aproveitamento escolar de 2008 e 2016 do Ensino Fundamental
ANO APROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
REPROVADOS EVADIDOS
2008/ EF % 76,8 21,2 16,9 6,3
2009/ EF % 80,1 25,3 14 5,9
2010/ EF % 87,2 18,38 10,5 2,3
2011/ EF % 84,6 19,74 11,4 4
2012/ EF % 76,6 26,05 20,6 2,8
2013/ EF % 76,9 15,67 17,2 5,9
2014/ EF % 78,45 28,7 18,1 3,54
2015/ EF % 74,29 34,62 24,76 1
2016/ EF % 80,45 27,10 17,29 2,26
Fonte: SERE (atualizado em 06/01/2017) Quadro 2: Índices de aproveitamento escolar de 2008 e 2016 do Ensino Médio
ANO APROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
REPROVADOS EVADIDOS
2008/ EM % 75 14,3 8,8 16,2
2009/ EM % 73 21,2 7,9 19,1
2010/ EM % 77,4 10,8 9,4 13,2
2011/ EM % 78,3 10,4 10 11,7
2012/ EM % 77,3 14,7 11,8 10,9
2013/ EM % 73,7 12,2 12,7 13,6
2014/ EM % 71,1 21,9 14,8 14,1
2015/ EM % 69,89 22,29 16,63 13,47
2016/ EM % 70,75 12,72 16 13,25
Fonte: SERE (atualizado em 06/01/2017)
21
GRÁFICO 1: Índices do Ensino Fundamental em porcentagem
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2008 2010 2012 2014 2016
APROVAÇÃO
APROV. CONSELHO DECLASSE
REPROVAÇÃO
EVASÃO
Fonte: SERE
GRÁFICO 2: Índices do Ensino Médio em porcentagem
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2008 2010 2012 2014 2016
APROVAÇÃO
APROV. CONSELHO DECLASSE
REPROVAÇÃO
EVASÃO
Fonte: SERE
Quadro 3: Resultados do IDEB do Colégio Estadual Afonso Alves de Camargo
IDEB Observado Metas Projetadas
Escola 2009 2011 2013 2015 2011 2013 2015 2017
C. E. Afonso
Alves de
Camargo
3,8
4,2
3,5
2,9
4,0
4,2
4,6
4,8
Fonte: INEP
22
Quadro 4: Índices de EVASÃO e REPETÊNCIA entre 2002 e 2007
ANO 2002 2003 2004 2005 2006 2007
% EVASÃO
15,05
22,36
21,84
12,26
10,57
8,74
%REPETÊNCIA
5,98
7,17
5,10
10,38
7,27
5,6
Fonte: SERE
Analisando-se os quadros 1 e 2 e os gráficos 1 e 2, no que se refere aos anos
de 2008 e 2009 observa-se a elevação dos índices de evasão e repetência, quando
comparados com o quadro quatro. No entanto, outro índice que chama à atenção é
o de aprovação por Conselho de Classe naqueles anos, o que mostra fragilidade no
aspecto da aprendizagem. Eram muitos os alunos aprovados sem terem alcançado
a nota mínima, mas considerando outros aspectos relevantes e decidido em
Conselho de Classe. Esses dados permitem concluir que alunos vêm sendo
aprovados sem terem aprendizagem efetivada em uma ou mais disciplinas.
Na tentativa de diminuir estes três índices preocupantes, no ano de 2010 o
Colégio reformulou sua proposta de Conselho de Classe, promovendo uma
participação mais efetiva dos alunos e/ou pais nesse processo, por meio de Pré-
Conselhos e Pós-Conselhos, em que os diversos aspectos e especificidades das
turmas são discutidos, levantando-se proposições e assumindo compromissos entre
docentes, discentes, pais, direção e equipe pedagógica para a melhoria do processo
ensino-aprendizagem e, consequentemente, dos índices de aproveitamento.
O plano de efetivação da nova roupagem do Conselho de Classe tem se
mostrado muito proveitoso, tanto do ponto de vista da aprendizagem, como do
amadurecimento dos alunos com relação a suas responsabilidades com o estudo. A
participação dos pais no processo educacional dos alunos, especialmente do Ensino
Fundamental, também tem sido mais próxima.
Outro ponto em que os Pré e Pós-conselhos têm interferido de forma
significativa e positiva é sobre a relação entre docentes e discentes, permitindo-lhes
uma maior aproximação e conhecimento das particularidades de cada aluno,
professor, disciplina, abrindo possibilidades de resolução de problemas e conflitos
de forma mais madura e eficiente.
Os resultados mais significativos já aparecem e se mostram positivos, ao se
23
analisar os quadros e gráficos 1 e 2 no que se refere aos resultados de 2010. Outro
aspecto que vem melhorando graças ao Conselho de Classe Participativo refere-se
aos índices de evasão que tiveram considerável queda. De modo geral, pode-se
concluir que houve uma melhora crescente significativa nos resultados do Colégio
entre os anos de 2008 e 2010.
Isso leva à compreensão da importância do desenvolvimento de um trabalho
coletivo integrado, com vistas a sanar as dificuldades ainda encontradas,
especialmente nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e nas disciplinas
das Ciências Exatas e Naturais que ainda mostram índices preocupantes de
reprovação e aprovação por Conselho de Classe, conforme dados mais específicos
não demonstrados nos quadros e gráficos acima, mas discutidos nas reuniões
pedagógicas.
Um aspecto importante a ser observado refere-se a evolução nos resultados
do IDEB de 2009 para 2011, havendo superação da meta projetada. Entretanto para
o ano de 2013 houve queda do índice em maior proporção que havia crescido,
ficando muito abaixo da meta projetada. Em 2005, ano de implantação do IDEB, o
Brasil alcançou apenas 3,8 pontos na escala para os anos iniciais do ensino
fundamental, supondo-se, de acordo com as metas estabelecidas, a existência de
uma precária situação educacional.
A evolução dos resultados nos anos em que ocorreram as avaliações
externas e os resultados do IDEB, leva a diversas considerações. Entre os anos de
2009 e 2011 houve aumento do percentual de aprovados, diminuição dos
percentuais de aprovação por conselho de classe, reprovação e evasão, nos dois
níveis de ensino, acompanhando a evolução do IDEB conforme apresentado no
Quadro 3.
Em contrapartida, também se observa, assim como no resultado do IDEB
entre os anos de 2011 e 2013, considerável queda do percentual de aprovados e
ainda um aumento dos índices de reprovação e evasão. Apenas os percentuais de
aprovados por conselho de classe parecem não ter relação direta com os resultados
do IDEB, uma vez que houve queda nesse indicador entre 2011 e 2013. Entretanto,
se menos alunos foram aprovados por conselho de classe e mais alunos
reprovaram, disso se depreende que menos alunos foram considerados aptos a
24
progredir de ano/série por esta instância deliberativa do estabelecimento de ensino.
Diante desses resultados, é de se preocupar com a queda da aprendizagem
dos alunos, de modo que os resultados internos e o IDEB são coerentes entre si. Os
anos letivos de 2012 e 2014 se mostram bastante críticos em relação aos índices de
reprovação e evasão, o que pode representar fator importante para os resultados do
IDEB de 2013, sendo que este índice leva em conta os dados de aprovação e
reprovação dos alunos, não apenas seu desempenho na Prova Brasil. O mesmo
raciocínio pode ser utilizado para interpretar a evolução do IDEB em 2011, uma vez
que os resultados internos de 2010 são bastante satisfatórios em comparação com
os anos anteriores.
Entre as hipóteses mais contundentes para esse preocupante realidade está
o fato de que, a partir de 2011, a escola foi obrigada a adotar um sistema de
recuperação paralela para cada instrumento de avaliação, o que fez com que os
alunos desaprendessem a estudar para as avaliações, no comodismo de terem mais
uma oportunidade para obter notas. Entretanto, nem mesmo para a segunda
oportunidade, boa parte dos alunos se prepara para a avaliação ou sequer entregam
os trabalhos. Isto é fato, não suposição, tanto que ao analisarmos calmamente os
registros dos docentes no Livro Registro de Classe, observa-se uma proporção
muito baixa de alunos que melhoram suas notas nas recuperações em cada
instrumento, sendo que a imensa maioria se recusa a fazê-las ou as fazem apenas
por obrigatoriedade sem mostrar aprendizado. Claramente se instaurou uma
preguiça pedagógica e o descaso com os instrumentos de avaliação e recuperação.
Tendo por base estes e outros dados, é preciso estabelecer metas e propor
ações que venham a melhorar não somente os índices, mas principalmente a
aprendizagem efetiva dos alunos.
25
V - MARCO CONCEITUAL
5.1. Ser humano: em um mundo em constantes mudanças o ser humano é o agente
de grandes transformações, cabe a ele tomar postura frente às infinitas
possibilidades que lhe são colocadas, selecioná-las para que seja dono de seu
próprio destino. Neste sentido, a escola procurará trabalhar buscando:
A formação da pessoa, de maneira a desenvolver os aspectos
necessários à integração de seu projeto individual ao projeto da
sociedade em que se situa;
O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico.
A preparação e a orientação básica à sua integração ao mundo do
trabalho;
O respeito às diferenças sejam elas sociais, étnicas, físicas, sexuais e
de gênero, religiosas ou psicológicas visando à inclusão de todos;
A valorização da família como célula social, indiferentemente do seu
formato.
5.2. Sociedade: parafraseando o sociólogo Pérsio Santos de Oliveira, a escola
entende sociedade como uma coletividade organizada e dialética de pessoas que
ocupam o mesmo território, falam a mesma língua, compartilham a mesma cultura,
são geridas por instituições políticas e sociais aceitas de forma consensual e
desenvolvem atividades produtivas e culturais voltadas para a manutenção da
estrutura que sustenta o todo social. Embora apresente camadas ou classes sociais
diferentes, a escola procurará desenvolver a compreensão do outro e a percepção
das interdependências, na realização de projetos comuns, preparando-se para gerir
conflitos, fortalecendo sua identidade e respeitando a dos outros, respeitando
valores de pluralidade, de compreensão mútua em busca do equilíbrio.
5.3. Educação: A educação pode ser subdividida em dois aspectos: o informal,
que se caracteriza pelos ensinamentos transmitidos no meio familiar, religioso ou de
26
grupos sociais mais particulares; e o formal, caracterizado pela educação escolar
que deve considerar o desenvolvimento da afetividade, do intelectual, do social e
cultural dentro de uma perspectiva de conquista da cidadania, visando à ampliação
da capacidade de perceber o mundo e influir nele. Também deve estar voltada para
a autonomia, a ética, para a valorização da diversidade cultural e para a busca da
identidade. Pode-se dizer que a educação é um processo pelo qual são transmitidos
e construídos os conhecimentos e atitudes necessárias para que o indivíduo tenha
condições de se integrar à sociedade. Este colégio visa à formação de pessoas
criativas, capazes de ouvir o outro, respeitar o diferente, refletir, analisar situações e
buscar soluções e ver o outro como parceiro importante para a construção do seu
saber.
5.4. Escola: A escola pode ser considerada como reflexo da sociedade na forma de
instituição, encarregada de compartilhar os conhecimentos acumulados pela
humanidade com as novas gerações e que busca, num conjunto, levar o estudante a
desenvolver suas potencialidades. Quando pensamos a escola, pensamos uma
instituição que, ao trabalhar conhecimentos, leve o estudante a construir conceitos
necessários ao desenvolvimento de sua vida e sua cidadania. Portanto a escola
possui o objetivo de ensinar para que aconteça a apropriação dos conhecimentos
sistematizados por parte dos alunos. Esta escola objetiva o ensino e apropriação
dos conceitos intencionalmente sistematizados, além de propiciar uma educação
com qualidade que garanta as aprendizagens essenciais para formação de cidadãos
autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com dignidade e
responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas
necessidades individuais e coletivas.
O debate em torno das funções da escola é amplo e complexo e, por isso, a
construção da identidade da escola perpassa necessariamente pela construção
coletiva do PPP que norteará os profissionais da escola na empreitada de formação
do indivíduo e (con)formação da sociedade. Necessita ser construído com
direcionamento legal e deve estar estruturado sobre os princípios da democracia
estabelecida a partir da Constituição Federal de 1988, que prevê, em seu artigo 205:
“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
27
incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL,
1988). Ora, aqui fica explícita a função social da escola.
É importante, porém, que não se tenha uma visão simplista e reducionista da
função social da escola como a de formar cidadãos. Há que se considerar as várias
facetas dessa função dentro de uma perspectiva socializadora. Pérez Gómes (2001,
apud BRANDALISE, 2010a) propõe três funções complementares: socializadora
(processos de mediação social), instrutiva (processos de ensino-aprendizagem) e
educativa (processos de autonomia e independência intelectual).
5.5. Infância: A infância é um conceito construído historicamente e significa
reconhecer que esta condição da criança é resultado de determinações sociais mais
amplas do âmbito político, econômico, social, histórico e cultural. Significa ainda
considerar, no contexto da práxis pedagógica, que a criança emite opiniões e
desejos de acordo com as experiências forjadas nos diferentes grupos sociais e de
classe social aos quais pertence. É importante perceber que “as crianças concretas”,
na sua materialidade no nascer, no seu viver ou morrer, expressam a inevitabilidade
da história e nela se fazem presentes, nos seus mais diferentes momentos. Na
infância aprendemos muitas coisas brincando, por exemplo: regras, limites,
cooperação, competição, valores, noções de topologia, de lateralidade, de esquema
corporal, expressão, canto, dança, aspectos culturais, movimentos motores finos,
manipulação de objetos, trabalhos em grupos. Portanto, brincar é uma dinâmica
interna do indivíduo, mas uma atividade adotada de uma significação precisa que
como outras necessitam de aprendizagem.
5.6. Adolescência: O conceito de adolescência foi constituído historicamente para
designar a passagem de uma fase da vida que é a infância para uma outra, que
ainda não é considerada adulta, mas também não é mais criança, pois é um período
da vida do ser humano onde se vai descobrindo a si mesmo e aos outros,
construindo sua personalidade e seus projetos de vida pessoais. Segundo o
Estatuto da Criança e do Adolescente começa os 12 (doze) e vai até os 18 (dezoito)
28
anos, quando acontecem diversas mudanças físicas, psicológicas e
comportamentais.
5.7. Escrita: A escrita “é algo tão importante na vida que, para algumas, só existe
história quando existe escrita...” (NEVES, 2003, p. 108 apud Diretrizes Curriculares
da Educação Básica). A escrita, como objeto social é uma conquista da
humanidade, um grande avanço para todas as formas de comunicação
anteriormente produzidas, representa a memória e a possibilidade da autoria, do
pensamento, do consenso, da divergência, da diferença e da pluralidade de ideias.
A escrita é uma ferramenta, mas também uma representação de humanidade e, na
escola e na sociedade, um bem indispensável. Acreditamos que é “o escrever que
imprime significância à escrita; mas, antes necessitou o homem descobrir que os
traços depositados em algum suporte material podem sinalizar para algo outro que
eles mesmos, para uma ação humana reconhecível nas marcas que deixou após
si...” (MARQUES, 1997, p. 41 citado por Diretrizes Curriculares da Educação
Básica). Bakhtin (1992) citado por Diretrizes Curriculares da Educação Básica
afirma que “todo enunciado é um elo da cadeia da comunicação discursiva. É a
posição do falante nesse ou naquele campo do objeto de sentido.” A produção
escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em seu texto, interagindo
com as práticas de linguagem da sociedade. O estudante precisa compreender o
funcionamento de um texto escrito, que se faz a partir de elementos como
organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutor(es),
dentre outros. Além disso, “[...] a escrita apresenta elementos significativos próprios
na fala, tais como tamanho e tipo de letras, cores e formatos, elementos pictóricos,
que operam como gestos, mímica e prosódia graficamente representados”
(MARCUSCHI, 2005 apud Diretrizes Curriculares da Educação Básica).
5.8. Leitura: De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2008)
compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas
sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado
momento. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e para
se efetivar como coprodutor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses,
29
aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento
linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural. Somente uma
leitura aprofundada, em que o estudante é capaz de enxergar os implícitos, permite
que ele depreenda as reais intenções que cada texto traz.
5.9. Letramento: De acordo com Soares (apud.DCE, 1998), letramento refere-se ao
indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas usa socialmente a leitura e a escrita,
pratica a leitura e escrita, posiciona-se e interage com as exigências da sociedade
diante das práticas de linguagem, demarcando a sua voz no contexto social. O
professor tem o papel de propiciar ao educando a prática, a discussão, a leitura de
textos de diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária, digital, etc). As
práticas discursivas abrangem além de textos escritos e falados, a integração da
linguagem verbal com outras linguagens (multiletramentos). Ao considerar o
conceito de letramento, também é necessário ampliar o conceito de texto, o qual
envolve não apenas a formalização do discurso verbal ou não-verbal, mas o evento
que abrange o antes, isto é, as condições de produção e elaboração; e o depois, ou
seja, a leitura ou a resposta ativa.
5.10. Oralidade: A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma
como ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, para promover
situações que os incentivem a falar, ou seja, fazer uso da variedade de linguagem
que eles empregam em suas relações sociais, mostrando que as diferenças de
registro não constituem, científica e legalmente, objeto de classificação e que é
importante a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas.
5.11. Formas de Expressão: É a manifestação do pensamento, do sentimento pela
palavra, fisionomia e do gesto. Várias são as formas de expressão: cultural, artística,
corporal, musical e não-verbais (libras e placas), devendo a escola respeitar todas
essas formas de expressão.
5.12. Ensino/Aprendizagem: Processo que inter-relaciona os fazeres do professor
e do aluno, este como decorrência do primeiro. O ato de ensinar visa à
30
aprendizagem do aluno e consiste no ato sistemático de mediação de
conhecimentos o que requer planejamento sobre o que, como e para quem ensinar.
A aprendizagem do aluno consiste na maneira como ele constrói seu conhecimento,
se desenvolve e muda seu comportamento, por meio da mediação do professor.
Ensino-aprendizagem é, portanto, um processo impregnado de pressupostos
políticos e ideológicos, diretamente relacionado à visão de homem, de sociedade e
de conhecimento.
5.13. Cidadania: Considera-se a cidadania como o pleno cumprimento de seus
deveres e gozo de seus direitos civis, políticos e religiosos na sociedade em que o
indivíduo está inserido, sendo este participativo, crítico e responsável para atuar na
sociedade.
5.14. Currículo: Concebe-se o currículo como um conjunto de conteúdos,
estratégias, instrumentos que perfazem o projeto escolar, tendo por base um
planejamento que contemple a necessidade de formar o aluno para a vida em
sociedade no seu sentido mais amplo. Ou seja, o currículo tem a função de
coordenar as ações pedagógicas para a formação cognitiva, humana, política, social
e cultural. O currículo é objeto de análise contínua dos sujeitos da educação e as
matrizes teóricas que o orientam, valorizando o diálogo entre os saberes das
disciplinas, os aspectos intelectuais, físicos, emocionais e sociais da vida do
indivíduo.
5.15. Conhecimento: O conhecimento é um processo originário da vivência da
subjetividade de construção dos objetos de nossa experiência real. O conhecimento
é o esforço do espírito humano para compreender a realidade que se dá mediante a
explicação da ligação entre objetos e situações da realidade. O conhecimento
informal é trazido pelo aluno através das suas vivências na sociedade, resultante de
sua integração com as diversas instituições sociais. O conhecimento escolar é a
síntese do conhecimento formal produzido pela humanidade mediante critérios
estabelecidos como válidos no ambiente científico. Além do produto, o conhecimento
escolar também inclui o processo de produção do conhecimento formal e científico.
31
5.16. Mundo: é um nome para o universo do ponto de vista humano, como um lugar
habitado e transformado por seres humanos. Frequentemente, é usado para dizer a
soma de experiência humana na historia, ou a condição humana em geral. Apesar
do desenvolvimento econômico e tecnológico sem precedentes, o mundo continua
dividido entre norte e sul, entre ricos e pobres, entre aqueles que comem em
abundância e os que morrem de fome, entre os que gozam de direitos civis e os que
são sujeitos a constantes atropelos dos direitos humanos, entre os que nem sequer
possuem material básico, como cadernos e lápis.
5.17. Cultura: É o conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e
comportamentais de um povo ou civilização. Portanto, fazem parte da cultura as
seguintes atividades e manifestações: música, teatro, rituais religiosos, língua falada
e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura, invenções, pensamentos,
formas de organização social. A função da cultura é tornar a vida segura e contínua
para a sociedade, podemos dizer que tudo que faz parte do mundo humano é
cultura.
5.18. Gestão: O conceito de gestão escolar engloba as atuais exigências da vida
social e classifica-se em três áreas, sendo: gestão pedagógica – estabelece
objetivos gerais e específicos para o processo ensino-apredizagem; gestão
administrativa – responsável pela parte física e institucional da escola; gestão de
recursos humanos – atua nas questões de relacionamento humano. Estas áreas de
gestão não podem ser separadas, mas atuar integradamente de forma a garantir a
organização do processo educativo, devendo ser exercida de forma democrática
com a participação paritária dos segmentos da comunidade escolar em todos os
processos decisórios.
5.19. Tecnologia: Conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos,
ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados e aplicados em um
determinado ramo de atividade. Na educação, pode ser resumida na integração
através das mídias, pelas ferramentas e aparatos que favorecem o processo de
ensino aprendizagem.
32
5.20. Tempo: Para o senso comum, tempo pode ser considerado e indicado por
intervalos ou períodos de duração, dentro dos quais ocorrem os fenômenos sob uma
perspectiva linear. Fisicamente, esse conceito é mais amplo e complexo. Sob a ótica
escolar pode se considerar que o tempo, mesmo estando vinculado a eventos
externos ao indivíduo, constitui-se basicamente por momentos de aprendizagem, de
convívio e de planejamentos para ações futuras.
5.21. Espaço: Esse termo pode estar relacionado à geografia, à física, ao cosmos, à
informática, à geometria e outros. O espaço escolar faz parte de um conceito mais
abrangente da cultura humana, e enquanto espaço físico simboliza o local onde
docentes e discentes constroem o processo ensino-aprendizagem. Sua análise
implica considerar sua morfologia ou estrutura, seus diferentes usos e funções e sua
organização.
5.22. Formação Continuada: Processo contínuo e permanente do desenvolvimento
profissional do educador, que propõe novas metodologias e discute teorias atuais
com a intenção de contribuir para as mudanças que se fazem necessárias para a
melhoria da ação pedagógica.
5.23. Avaliação: Praticamente todo mundo avalia o tempo todo, pois avaliar é uma
prática corriqueira se pensarmos em avaliação como uma espécie de opinião sobre
algo ou como a atribuição de valor positivo ou negativo a respeito de algo que é
julgado. Fazemos juízo de valor sobre o clima, os alimentos, as roupas, sobre os
lugares ou pessoas que encontramos ou que tivemos contato anteriormente, sobre
as situações que vivenciamos, sobre as palavras que ouvimos e proferimos, enfim,
fazemos avaliações em muitos momentos e constantemente. A avaliação faz parte
do cotidiano do ser humano, mas em se tratando de avaliação na educação escolar,
ainda estamos longe de compreender muitas das consequências, da ideia de
avaliação em educação e de sua prática no ambiente escolar.
Sendo a avaliação de grande relevância ao processo educativo devido à
profundidade e seriedade que exige, é necessário que no âmbito escolar seja
realizada com muita clareza, humanidade e justiça, respeitando-se o ritmo e
33
temporalidade de cada aluno para não prejudicá-lo, pois é inegável a influência que
ela exerce na vida dos estudantes.
A avaliação é um processo importantíssimo para estudantes, educadores,
pais e escola, pois através dela que os estudantes tomam conhecimento de suas
dificuldades, os pais podem acompanhar o processo educacional, a escola e
educadores poderão refletir sobre suas práticas pedagógicas, mudando as
estratégias e metodologias, se necessários. É preciso estar atento às
individualidades, pois cada educando traz consigo problemas que podem interferir
na aprendizagem, como também na avaliação. Portanto, é essencial conhecer cada
aluno e suas necessidades para que o professor possa definir os caminhos e que
todos alcancem seus objetivos.
Avaliar é criar oportunidades de ação e reflexão, constantemente
acompanhadas pelo professor, visando estimular o aluno a novas questões e
problemas a partir das respostas apresentadas. O ato de avaliar não é a fase
terminal do processo ensino-aprendizagem, mas se constitui de momentos
constantes de coleta de dados, de busca de compreensão das dificuldades do
estudante, possibilitando a tomada de decisão sobre o trabalho pedagógico e o
consequente progresso ou não do estudante.
Portanto, avaliação é a reflexão transformada em ação cuja finalidade é
impulsionar novas reflexões e ações. Ou seja, a avaliação é norteadora da ação
pedagógica do educador, de maneira que possa modificar seu planejamento,
retomar conteúdos e adequar às metodologias, bem como da ação de estudos do
aluno, de forma que aprimore seu processo de aprendizagem com responsabilidade.
Podemos dizer que a avaliação como parte integrante do processo ensino-
aprendizagem deve apresentar as funções diagnóstica, formativa e de registro, além
de ser um processo coletivo de tomada de decisão sobre a construção ou não do
conhecimento pelo estudante, com base em expectativas de aprendizagem
condizentes com o conteúdo/série/idade do mesmo e critérios de avaliação claros.
A função diagnóstica tem por finalidade realizar uma sondagem de
conhecimentos e experiências prévias do estudante, bem como a existência de pré-
requisitos necessários à aquisição de um novo saber. Permite ainda identificar
progressos e dificuldades de alunos e professores diante do objetivo proposto. A
34
função formativa tem por finalidade, proporcionar a retroalimentação para o
professor e para o estudante, durante o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem, ou seja, propicia a correção de falhas, esclarecimento de dúvidas e
estímulo a continuação do trabalho para alcance do objetivo. Também proporciona
informações sobre o desenvolvimento do trabalho docente, possibilitando a
adequação de métodos, materiais e linguagem.
A função de registro tem o propósito de oferecer subsídios para o registro das
informações relativas ao desempenho do aluno, visa proporcionar uma medida que
expressa uma nota sobre o desempenho do aluno, sendo que a mesma ocorre ao
final de cada bimestre e ao final do ano letivo. A avaliação somativa contempla tudo
que é visualizado na função diagnóstica e formativa.
A avaliação é essencial ao processo ensino-aprendizagem, cabendo ao
educador uma reflexão permanente sobre a sua realidade, um acompanhamento
contínuo do educando na construção do conhecimento.
35
VI – CURRÍCULO 6.1. Matriz Teórica e organização dos conteúdos A organização do trabalho pedagógico em todos os níveis e modalidades de
ensino segue as orientações expressas nas Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais.
O regime da oferta da Educação Básica é de forma presencial, organizado
por ano nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.
Os conteúdos curriculares na Educação Básica observam:
I. difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos
cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II. respeito à diversidade.
Os conteúdos e componentes curriculares estão organizados na Proposta
Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento
de ensino, em conformidade com as Diretrizes Curriculares Estaduais, sendo que os
conteúdos curriculares estão organizados por disciplinas para os anos finais do
Ensino Fundamental e Ensino Médio.
O estabelecimento de ensino oferta o Ensino Fundamental organizado em 4
(quatro) anos finais, em regime de ano, com 4 (quatro) anos de duração, perfazendo
um total de 3.200 horas.
Na organização curricular para os anos finais do Ensino Fundamental consta:
I. Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Ciências,
Educação Física, Ensino Religioso somente no 6º e 7º anos, Geografia,
História, Matemática e Língua Portuguesa e de uma Parte Diversificada,
constituída por Língua Estrangeira Moderna – Inglês;
II. O estabelecimento de ensino oferta o Ensino Médio, com duração de três
anos, perfazendo um mínimo de 2.400 horas.
Na organização curricular do Ensino Médio consta:
I. Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte (na 1ª série),
Biologia, Química, Física, História, Geografia, Educação Física, Filosofia,
36
Sociologia, Língua Portuguesa e Matemática e de uma Parte Diversificada
constituída por Língua Estrangeira Moderna – Inglês (nas 2ª e 3ª Séries);
II. Os Conteúdos Obrigatórios, conforme a Instrução 009/11 SUED/SEED, serão
trabalhados ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas do Ensino
Fundamental e Médio;
6.2. Critérios de organização de turmas
A equipe deste estabelecimento de ensino procura organizar as turmas de
forma que favoreça o processo ensino-aprendizagem, bem como a organização do
cotidiano escolar. A organização das turmas tem como princípio básico a
heterogeneidade, o respeito às diferenças e o número de alunos por turma, visando
ao desenvolvimento satisfatório dos educandos, respeitando a determinação
governamental, por meio de Resoluções oficiais da SEED.
Assim, inicialmente procura-se dividir os alunos, buscando atender a
solicitação de pais e alunos quanto ao turno e turmas por questões de trabalho,
estágio remunerado, transporte escolar, proximidade de residência para execução
de tarefas e pesquisas, quando esta tiver justificativa. Evita-se a formação de grupos
que tornem a turma muito indisciplinada e menos produtiva, mas em casos, em que
se observa a dificuldade de aprendizagem de determinados alunos, estes são
colocados nas turmas em que estudam os colegas que os auxiliam nas atividades.
Nas turmas em que há portadores de necessidades educativas especiais,
procura-se estabelecer um número menor de alunos, embora isso nem sempre seja
possível devido ao grande número de estudantes por turno.
6.3. Organização da Hora-atividade
A hora-atividade é o período em que o professor desempenha funções de
docência. Tempo reservado para estudo, avaliação, planejamento, reunião
pedagógica, atendimento à comunidade escolar, preparação de aulas, atendimentos
individuais e avaliação dos alunos. Portanto, cada membro do corpo docente deve
utilizar sua hora-atividade para preparar suas aulas, fazer correções das atividades e
37
avaliações, fazer os registros no Livro Registro de Classe, que em 2017 passa a ser
on line, fazer pesquisas no laboratório de informática, fazendo uso das tecnologias
disponíveis, como também para planejamento, pesquisas, reflexões, capacitação
pessoal, elaboração de projetos, etc., ou seja, é um espaço privilegiado em que o
professor pode organizar seu trabalho e repensar seus métodos e técnicas de
ensino. Além disso, esse tempo também é utilizado para estudos e leituras
direcionadas ao aperfeiçoamento contínuo do professor, atendimento a pais e
alunos, troca de experiências com outros membros do corpo docente, tendo valor
fundamental para o trabalho coletivo, de parceria e interdisciplinaridade.
Segundo orientações da SUED, a hora atividade deve ser organizada com a
finalidade de favorecer o trabalho coletivo dos professores que atuam na mesma
área ou turmas. Infelizmente esta forma de organização da hora-atividade fica
comprometida devido ao número de turmas em cada turno e professores que atuam
em mais de uma escola. Vale ressaltar que há disciplinas em que um único
professor ministra todas as aulas.
Permite-se que o professor cumpra sua hora-atividade em reuniões
pedagógicas solicitadas pela escola, quando fora de seu horário de trabalho.
Cabe à direção do estabelecimento de ensino distribuir, verificar o
cumprimento da hora-atividade e sistematizar o quadro da distribuição que deverá
constar em edital, permitindo o acompanhamento e informando à comunidade
escolar da disponibilidade de atendimento do professor aos alunos e pais.
À equipe pedagógica cabe coordenar as atividades coletivas e acompanhar
as atividades individuais a serem desenvolvidas durante a hora-atividade.
6.4. Calendário Escolar
O Calendário Escolar é elaborado anualmente pelo estabelecimento de
ensino, conforme normas emanadas da SEED, apreciado e aprovado pelo Conselho
Escolar e, após, enviado ao órgão competente para análise e homologação, ao final
de cada ano letivo anterior à sua vigência.
A elaboração do calendário escolar deverá atender ao disposto na legislação
vigente, garantindo-se o mínimo de horas e dias letivos previstos para cada nível e
modalidade de ensino.
38
VII – REGIME ESCOLAR 7.1. Organização Interna da Escola O Colégio Estadual Dr. Afonso Alves de Camargo - Ensino Fundamental e
Médio oferece três turnos: manhã, tarde e noite. Suas atividades educativas são
desenvolvidas tendo como base a Matriz Curricular de 2010, sendo cinco aulas por
dia com duração de cinquenta minutos cada, totalizando vinte e cinco aulas
semanais em cada turno, perfazendo um total de duzentos dias letivos e oitocentas
horas. O tempo escolar é organizado por séries no Ensino Médio sendo que a partir
de 2012 o Ensino Fundamental está organizado em anos.
No período da manhã, as atividades iniciam às 7 horas e 30 minutos e
encerram às 11 horas e 50 minutos, para o Ensino Médio e Sala de Recursos
Multifuncional. No período da tarde as aulas iniciam às 13 horas e encerram às 17
horas e 20 minutos para o Ensino Fundamental – Séries Finais, Ensino Médio e Sala
de Recursos Multifuncional e para Surdos, e CELEM Espanhol. No período da
noite as aulas iniciam às 18 horas e 30 minutos e encerram às 22 horas e 50
minutos para o Ensino Médio.
Salientamos que desde 2012 o colégio oferta a Sala de Recursos para os
alunos do 6º ao 9º ano que apresentam dificuldade de aprendizagem. Até o ano
letivo de 2010, os alunos eram atendidos em contra turno no Colégio Estadual “Dr.
Chafic Cury” – Ensino Fundamental e Médio. O atendimento deve ser de duas horas
diárias, no mínimo duas vezes por semana, totalizando quatro horas semanais. As
necessidades pedagógicas e dificuldades específicas dos alunos devem ser
trabalhadas individualmente, a frequência controlada pelo registro de classe e
elaborados relatórios semestrais, oferecendo subsídio pedagógico e contribuindo
para a aprendizagem dos conteúdos, visando desenvolver as áreas cognitivas,
motora, afetiva e emocional dos educandos.
Ainda há a expectativa de reoferta da Sala de Apoio aos alunos do sexto e do
nono ano do Ensino Fundamental que apresentam defasagem de aprendizagem na
leitura, escrita e cálculo.
Este colégio oferta o CELEM (Centro de Estudos de Línguas Estrangeiras
Modernas) que funcionam no período da tarde. Neste curso são priorizados os
39
alunos matriculados no colégio, mas se as vagas não são preenchidas, poderão
matricular-se pessoas da comunidade. Funciona com quatro aulas semanais com
dois anos de duração o curso de Língua Espanhola.
A matrícula é ofertada através do programa SERE WEB, de acordo com a
Instrução normativa do Estado.
Em relação aos recursos e materiais didáticos, destacamos que são utilizados
os livros didáticos e para didáticos, mapas, recursos audiovisuais e de multimídia
entre outros que a escola disponibiliza ao corpo docente e que estão em
conformidade com a proposta curricular de cada disciplina.
7.2. Educação Ambiental
A Educação Ambiental deve ter como princípio a sustentabilidade ambiental,
a ética do cuidado e precaução. É interessante que os professores de todas as
disciplinas trabalhem com o tema ecologia, pois ele contribui para que os alunos
sejam capazes de se identificar como parte integrante da natureza e sentir-se
efetivamente ligados a ela.
Trata-se de um processo pedagógico, participativo e permanente para incutir
uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, estendendo à sociedade a
capacidade de captar a gênese e a evolução de problemáticas ambientais com as
quais se vêm confrontando no dia a dia.
Entre as temáticas que necessitam ser abordadas em todas as disciplinas
estão:
Separação do lixo;
Abordagem dos cinco erres (repensar, recusar, reduzir, reutilizar, reciclar );
Adotar uma postura de responsabilidade ambiental, buscando a não
contaminação do ambiente natural;
Medidas de economia de energia, água e outros materiais de consumo.
Além disso, comportamentos ambientais corretos devem ser aprendidos na
prática do dia a dia na escola: gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e
também dos ambientes escolares e domiciliares.
Em se tratando de uma escola que atende basicamente alunos de
40
comunidades rurais e pela necessidade de se tratar de assuntos ambientais locais, é
fundamental repensar o processo de produção e consumo: estimular a produção
orgânica familiar sustentável; incentivar a economia popular solidária; promover o
consumo consciente; realizar a reciclagem, o reaproveitamento e a compostagem
entre tantas outras medidas possíveis e necessárias.
“Em suma, educação ambiental para o desenvolvimento sustentável é uma
vida ampla e longa que sustente com inteligência cada desafio individual, das
instituições e das sociedades que visualizem o amanhã com uma diferença que
pertença a todos nós, ou não pertença a ninguém”. (BOTH, 2009. p. 16)
7.3. Educação Inclusiva
Pensar em diferença ou no diferente é pensar na dessemelhança, na
desigualdade, na diversidade ou, como na Matemática, num grupo de elementos
que não pertencem a um conjunto, mas pertence a outros segundo o dicionário.
Portanto, a inclusão é um processo pelo qual se garante ao aluno o acesso
aos direitos civis, sociais, econômicos e culturais permitindo-lhe assumir seu papel
na sociedade.
A Escola Inclusiva educa todos os tipos de alunos, independente do gênero,
cor raça, deficiência, classe social, condições de saúde e outros, devendo
proporcionar ações educacionais apropriadas às necessidades dos alunos. Então é
importante que os profissionais acreditem nesta possibilidade e concretizem as
mudanças necessárias para que todos os educandos tenham uma escola de
qualidade.
A grande maioria dos conteúdos veiculados na sala de aula pode ser
simplificada em benefício de todos os alunos. As formas diferentes de mediação nas
estratégias de ensino e na avaliação do rendimento escolar fazem do professor um
articulador do processo inclusivo. É importante entender que todos os cidadãos que
tiverem acesso à educação formal vão para a escola não apenas para se socializar,
mas também para aprender conteúdos. Sendo assim, todas as disciplinas devem
contemplar ações efetivas para o êxito da integração social, na aquisição do
conhecimento e realização pessoal e profissional.
41
Para Maria Lúcia Madrid “..a escola só será inclusiva no momento em que
não excluir os que fazem parte do seu contexto escolar”.
7.4. Educação do Campo
De acordo com o Marco Situacional, muitos dos educandos que frequentam
este estabelecimento de ensino são provenientes do campo, por isso a necessidade
de abordar conteúdos que abarquem este tema.
Para pensar em educação do campo, é importante fazer uma distinção entre
termos “rural” e “campo”. A concepção de rural representa uma perspectiva política
presente nos documentos oficiais, que historicamente fizeram referência aos povos
do campo como pessoas que necessitam de assistência e proteção, na defesa de
que o rural é lugar de atraso. Trata-se do rural pensado a partir de uma lógica
economicista e não como um lugar de vida, de trabalho, de construção de
significados, saberes e culturas. A concepção de campo trata do campo como lugar
de trabalho, de cultura, da produção de conhecimento na sua relação de existência e
sobrevivência. O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se
relacionarem com a natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades
produtivas mediante mão-de-obra dos membros da família, cultura e valores que
enfatizam as relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas
comunitárias e de celebração da colheita, o vínculo com uma rotina que nem sempre
segue o relógio mecânico.
O tema Educação do Campo deve ser contemplado em todas as disciplinas,
articulando os conteúdos sistematizados com a realidade do campo.
Na educação escolar, cabe aos professores e alunos, num processo
investigativo, chegar à indicação dos temas e significados para a comunidade local.
A investigação, o diálogo, a interrogação constante são essenciais ao trabalho com
a educação do campo, para que esteja vinculada a um projeto peculiar aos sujeitos
que a concernem.
Visando ao desenvolvimento humano e o desenvolvimento do campo que se
contraponham ao modelo hegemônico, devem emergir conteúdos e debates, entre
outros, sobre:
a diversidade de produtos relativos à agricultura e o uso de recursos naturais;
42
a agroecologia e o uso das sementes crioulas;
a questão agrária e as demandas históricas por reforma agrária;
os trabalhadores assalariados rurais e suas demandas por melhores condições
de trabalho;
a pesca ecologicamente sustentável;
o preparo do solo;
7.5. História e Cultura Afro-brasileira e Africana
Não há como falar da História do Brasil sem mencionar as contribuições da
cultura africana. Podemos afirmar que temos uma grande dívida cultural para com
esse povo que tanto contribuiu para a formação étnica e cultural brasileira.
É preciso romper com certos paradigmas e imagens estereotipadas que foram
construídas historicamente a respeito do continente e do povo africano, como por
exemplo, associar a imagem do negro à pobreza e escravidão.
Dentro do contexto escolar, há disciplinas em que a história da Cultura
Africana está mais presente, como no caso de História, Geografia, Ensino Religioso,
Arte e Educação Física. Nesse contexto, a disciplina de História se configura de
forma privilegiada para abordar este tema, uma vez que seu ensino foi um dos
responsáveis pela visão que temos dessa cultura, fruto do eurocentrismo. Propomos
uma educação “inclusiva” e não “exclusiva” e, por isso, é preciso que a história
reveja alguns conceitos, pois serve de base para outras disciplinas trabalharem seus
conteúdos valorizando a cultura Afro, necessitam constantemente revisitá-lo.
É interessante também que sejam trabalhados os conflitos que os
descendentes destes povos enfrentam na atualidade, um exemplo disso são as
comunidades quilombolas que lutam para preservar sua cultura e sua memória.
Dessa forma, destaca-se a importância da implementação da Equipe
Multidisciplinar ocorrida em novembro de 2010, cujos membros têm maior acesso a
informações e condições de auxiliar os demais educadores com propriedade no
desenvolvimento de atividades diferenciadas que contemplem todos os aspectos da
cultura afro brasileira e africana, bem como as possibilidades de abordagens nas
diferentes disciplinas.
43
VIII - AVALIAÇÃO
8.1. Da instituição
Enquanto processo contínuo, a avaliação também precisa servir de referência
para adequação de práticas na sala de aula e na instituição como um todo. Dessa
forma, a avaliação institucional também tem sua importância como indicativo para
melhorias em todos os âmbitos da escola.
A avaliação institucional pode ser feita através da análise de diversos fatores
como: - índices de aprovação/reprovação/evasão, - participação dos pais na vida
escolar dos discentes; - apoio das instâncias colegiadas; - avaliação dos professores
e funcionários; - participação do colégio em eventos diversos; - eficiência da equipe
pedagógica; - parcerias com a sociedade e órgãos diversos.
A análise desses fatores pode ser utilizada para compor um índice de
avaliação da instituição, indicando os pontos de dificuldades e também os caminhos
para a tomada de decisão e resolução das dificuldades.
O Projeto Político Pedagógico, como documento coletivamente construído
para orientar/direcionar o trabalho escolar em todas as suas instâncias, está
naturalmente, sujeito a mudanças que podem ocorrer em função de leis, instruções,
deliberações ou adequações à estrutura física do colégio.
Desta maneira, entendemos que em cada modificação necessária ocorre,
naturalmente, uma avaliação. Contudo, para assegurar que o Projeto Político
Pedagógico atenda às suas especificidades, segue-se o disposto na Instrução
009/2011 como parâmetro que orienta/avalia a construção de tal documento.
A avaliação institucional pode ser realizada em diferentes níveis com
diferentes propósitos. No que tange aos processos de avaliação dos sistemas de
ensino, de modo simplista pode-se afirmar que o principal objetivo está relacionado
à verificação periódica dos resultados educacionais em larga escala, de modo a
orientar políticas educacionais também de larga escala.
Uma instituição de ensino não deve, no entanto, se balizar apenas pelos
resultados de avaliações externas que, de certo modo, tem uma função
classificatória excludente, por avaliarem basicamente aspectos quantitativos e não
44
considerarem os seus condicionantes contextuais. Justamente neste sentido que um
projeto de avaliação institucional interno tem relevância para que a escola possa
reconhecer sua identidade e suas especificidades, de modo a transpor o fracasso
escolar geralmente evidenciado pelos indicadores sistematizados. “Políticas de
combate à repetência e à evasão escolar são importantes e necessárias, mas é
preciso olhar para dentro da escola para investigar o que acontece ali” (VILLAS
BOAS, 2013, p. 33).
A avaliação institucional é efetiva quando oferece aos envolvidos na escola um retrato simples e claro de indicadores de desempenho de modo que, por este retrato, ocorra o desenvolvimento da identidade educacional da escola e a predisposição para aprimorá-la continuamente (LÜCK, 2012, pp. 52-53).
Sendo assim, a avaliação institucional interna, quando se apresenta com
caráter dinâmico e aberto, tem grandes possibilidades de oferecer subsídios
consistentes às necessidades de cada momento e contexto escolar com vistas a
fortalecer o PPP coletivamente construído, bem como a identidade da escola. Cada
novo elemento que se adiciona ao processo avaliativo pode servir de suporte ou
degrau também para que a escola acompanhe a evolução teórico-metodológica do
processo ensino-aprendizagem, produza conhecimentos, experiências e significados
vinculados ao seu propósito fundamental alinhavado no PPP. Nesse sentido, Lück é
categórica ao afirmar: “... escola de qualidade é aquela que está em contínua
transformação de modo a não apenas acompanhar essas mudanças, mas de
antecipar-se a elas” (2012, pp. 58-59).
O processo de avaliação interna da escola é complexo e exige esforço de
todos os envolvidos, especialmente da equipe gestora, equipe pedagógica e
professores. Ele não finda com a coleta de dados, mas deve continuar com ações
promotoras de melhoria do processo ensino aprendizagem. Depende da coleta e
análise de dados de diferentes esferas, mas tampouco é possível ou necessário
avaliar tudo ao mesmo tempo. O importante é estabelecer prioridades e construir um
processo que aos poucos incorpore novos aspectos significativos para compor o
aporte avaliativo da escola, mesmo porque deve ser um processo constante que
precisa ser reorganizado.
Entre os aspectos mais importantes a serem avaliados e que precisam
compor o aporte avaliativo da escola, estão:
45
O processo ensino aprendizagem em seus vários aspectos.
O desempenho docente.
Os processos de gestão escolar.
A cultura e o clima organizacional da escola.
O nível de expectativa dos profissionais da escola quanto ao efeito e resultado de seu trabalho.
Os indicadores de desempenho escolar.
O funcionamento dos mecanismos de gestão democrática (conselho escolar, grêmio, outros).
A participação dos pais na gestão escolar e no acompanhamento da aprendizagem de seus filhos.
A manutenção, conservação e limpeza do patrimônio escolar.
Os serviços de apoio técnico-administrativo (LÜCK, 2012, p. 98).
Um sistema de dados consistente e constantemente alimentado permite não
apenas uma visão sistêmica e atualizada da realidade escolar, mas também pode se
constituir em instrumento de registro histórico do processo evolutivo do
desenvolvimento da instituição, refletido pelas tomadas de decisões.
8.2. Do ensino e da aprendizagem
A avaliação vem se constituindo uma espécie de espinho dentro do processo
educativo, tanto para alunos, como para professores, bem como para os sistemas
de ensino. Historicamente o conceito de avaliação se consolidou na cultura da
sociedade como um todo, e na da comunidade educacional em particular, como
produto do processo educativo representado por notas ou conceitos atribuídos pelo
avaliador – o professor – em função da demonstração de determinados
conhecimentos pelo avaliado – o aluno. No entanto, a avaliação concebida como
processo contínuo e como parte integrante da construção de aprendizagens, tem
sido defendida por muitos estudiosos como ferramenta de emancipação, uma vez
que abarca preceitos de corresponsabilidade no ato avaliativo, mas principalmente
no ato educativo (SORDI; LUDKE, 2009; LÜCK, 2012; VILLAS BOAS, 2013;
HOFFMANN, 2014; AFONSO, 2009).
Especialmente Hoffmann (2014) vem defendendo formas e posturas
avaliativas mais inclusivas e emancipadoras, que se constituam em ferramentas de
suporte para uma intervenção adequada o professor e para a aprendizagem do
aluno. Em seus estudos, verificou diferentes concepções de avaliação que
geralmente convergem para um conceito atrelado ao julgamento de valor e aos
46
instrumentos de avaliação tradicionais com clara função classificatória e burocrática,
revelando uma dicotomia entre educação e avaliação. A autora argumenta que a
superação dessa dicotomia e a reconstrução da prática avaliativa dependem da
capacidade e hábito de questionamento do professor e afirma:
A avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação, essa, que nos impulsiona a novas reflexões. Reflexão permanente do professor sobre sua realidade, e acompanhamento de todos os passos do educando na sua trajetória de construção do conhecimento. Um processo interativo, por meio do qual alunos e professores aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade escolar no ato próprio da avaliação (HOFFMANN, 2014, p. 24).
Afonso (2009) alerta que a avaliação pode se constituir em instrumento de
poder disciplinador quando há uma relação de dominação do avaliador sobre o
avaliado, o que não favorece a emancipação. Nesse mesmo raciocínio, Brandalise
(2010) defende que a avaliação não pode se prestar apenas a atender objetivos
administrativos, reguladores ou controladores, seja por parte da escola ou do
sistema de ensino.
As causas socioeconômicas, geralmente, são apontadas como o principal
fator da evasão escolar. Por outro lado, uma crescente conscientização sobre a
necessidade de estudar os fatores internos da escola, demonstra que as práticas de
ensino e de avaliação também contribuem para o abandono escolar.
É crescente, também, o número de estudiosos que defendem, entre outras
coisas, uma avaliação diagnóstica para ajudar a construir a incorporação das
diferenças combatendo a desigualdade, a discriminação, a exclusão. De acordo com
C. C. Luckesi e Ana Canen, a avaliação diagnóstica é um processo que acompanha
o processo de ensino aprendizagem, buscando “diagnosticar” as dificuldades e
reelaborar as práticas pedagógicas a fim de superar os pontos críticos e favorecer
uma aprendizagem efetiva, subsidiando, portanto, o professor com elementos para
uma reflexão contínua sobre sua prática.
Neste colégio, a avaliação é considerada parte do processo pedagógico que
acompanha a aprendizagem dos alunos e norteia o trabalho dos professores. Mais
do que a definição de uma nota ou conceito, prioriza a qualidade e o processo de
aprendizagem.
Assim, esta instituição optou pela avaliação diagnóstica, contínua e
cumulativa que possibilite uma oportunidade de reflexão sobre o processo de ensino
47
e seus resultados que, quando não atingidos, recupere-se paralelamente, visando,
sempre, ao crescimento e inclusão dos alunos, autonomia do professor e a
permanência daqueles no sistema de ensino.
Na perspectiva da avaliação acima, instrumentos diversos serão utilizados, de
acordo com a criatividade e sensibilidade dos professores, os recursos disponíveis e
as especificidades de cada disciplina. O aluno será avaliado por, no mínimo, dois
instrumentos diversificados por bimestre nos diversos conteúdos trabalhados nas
disciplinas, como: relatórios; seminários; pesquisas; questionários; provas escritas
objetivas e discursivas, com ou sem consulta ao conteúdo; questões orais;
desenvolvimento das atividades em sala de aula; apresentação de trabalhos e
atividades nos cadernos em geral; trabalhos individuais e em grupos.
Além desses instrumentos, os professores podem considerar os simulados de
Enem, Vestibular, Pac, Pss e Prova Brasil, instrumentos de avaliação ao longo do
bimestre em que estas provas ocorrerem, desde que previstos nos seus Planos de
Trabalho Docente. Também é de consenso da comunidade escolar que a
participação dos estudantes em projetos como Feira das Ciências e Festival de
Talentos, entre outros, possa ser contemplada com pontuação extra em disciplinas
escolhidas pelo estudante, como forma de incentivo a melhorar notas e,
principalmente a participar das atividades com afinco, responsabilidade e
consciência.
Para o ano letivo de 2012, o sistema de média somatória foi substituído pela
média aritmética em que cada instrumento de avaliação terá valor de 10,0(dez)
pontos, uma vez que houve diversos debates entre docentes e comunidade escolar
acerca do mérito de cada sistema, sendo que a opção por alterá-lo justificava-se
pela possibilidade de melhorar o aproveitamento escolar dos alunos. Entretanto, os
resultados educacionais observados nos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015 não têm
sido satisfatórios e a comunidade escolar pretende retornar ao sistema de somatória
de notas a partir de 2016.
O resultado das avaliações do processo ensino-aprendizagem será informado
à comunidade escolar por meio de comunicação direta do professor para o aluno,
boletins individuais e nas reuniões dos pós conselhos. Para todos os alunos do
Ensino Fundamental e para aqueles do Ensino Médio com rendimento abaixo da
48
média, a escola reterá os boletins para garantir que os pais/e ou responsáveis
compareçam à escola e estes serão convocados via telefone e/ou comunicação
escrita para comparecerem à escola e tomarem ciência do rendimento escolar do
estudante pelo qual é responsável, bem como auxiliar a equipe na busca de
alternativas para a melhoria da aprendizagem do mesmo.
8.3. Processos de Avaliação, Classificação e Promoção
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno sendo contínua, cumulativa e processual, devendo refletir
o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos, dando-se relevância à atividade crítica,
à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização, mas
respeitando as expectativas de aprendizagem e os critérios de avaliação definidos
no Plano de Trabalho Docente, de acordo com a disciplina/idade/série do estudante.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, expectativas de
aprendizagem e critérios de avaliação, utilizando métodos e instrumentos
diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no
Projeto Político Pedagógico da escola. É vedado submeter o aluno a uma única
oportunidade e a um único instrumento de avaliação.
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político
Pedagógico e no Plano de Trabalho Docente e deverá utilizar procedimentos que
assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a
comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
49
escolar, tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua,
cumulativa e permanente e deverá obedecer à ordenação e à sequência do ensino e
da aprendizagem, bem como à orientação do currículo.
Os registros de notas serão expressos em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0
(dez vírgula zero), sendo diagnóstica, contínua e cumulativa feita por meio de, no
mínimo, dois instrumentos distintos, com valores proporcionalmente adequados ao
instrumento avaliativo e aos conteúdos avaliados, sendo que o valor das provas não
poderá ultrapassar sessenta por cento da nota global do bimestre.
Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos
próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida
escolar. Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
aliada à apuração da sua frequência.
50
Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino
Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula
zero), observando a frequência mínima exigida por lei.
NORMAS OPERACIONAIS DAS AVALIAÇÕES DO ANO:
MF = 1ºB + 2ºB + 3º B + 4ºB = 6,0
4
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que
apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual
igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados
aprovados ao final do ano letivo.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão
considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. Frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar;
II. Frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis
vírgula zero) em três ou mais disciplinas distintas;
III. O aluno que apresenta frequência igual ou superior a 75% e média anual inferior
a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após os Estudos de Recuperação Paralela ao longo
da série ou período letivo será submetido à análise do Conselho de Classe que
definirá sua aprovação ou não.
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente
inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de
documentação escolar.
Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo
com suas especificidades, conforme Lei nº 9.394/96 da LDBN, capítulo V, artigo 58.
8.4. Recuperação Paralela
A recuperação paralela, dos conteúdos será ofertada para todos. Se
constituirá na recuperação dos conteúdos trabalhados ao longo do bimestre e
51
ofertada uma nova oportunidade de avaliação para a recuperação do
aproveitamento escolar podendo ser aplicados provas ou testes escritos ou
trabalhos com valor global de 10,0 (dez) pontos, prevalecendo, nesta situação, o
valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola. Sendo
assim, poderá ser oferecido um instrumento para recuperar o aproveitamento/nota
das provas (com valor de seis pontos) e um instrumento para recuperar o
aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de quatro pontos).
Em outras palavras, utilizando-se de instrumentos de avaliação diversos
(como exercícios orais e escritos, trabalhos em grupo, jogos, dramatizações, provas,
testes, pesquisas, apresentações de trabalhos, participação nas aulas, relatórios de
aulas, debates) os professores irão detectar os pontos positivos e as dificuldades a
serem superadas através do processo de recuperação paralela, previsto no Plano de
Recuperação de Estudos elaborado pelo professor, com a retomada dos conteúdos
e o devido acompanhamento em sala de aula e extra classe.
No entanto, conforme o Parecer CNE/CEB n.º 12/97, a recuperação paralela
não deve ser confundida como ao mesmo tempo, por isso não devendo ser
desenvolvida dentro da carga horária das disciplinas, uma vez que, de acordo com a
LDB Lei n.º 9.394/96, a recuperação paralela é destinada a princípio aos alunos de
baixo rendimento escolar e deverá ser disciplinada pelas instituições de ensino em
seus regimentos, sendo que a fixação destas normas é da competência expressa de
cada escola. Cabe ainda ressaltar que o período de estudos de recuperação não
deverá ser computado no mínimo das 800 horas anuais que a referida Lei
estabelece, por não se tratar de atividade obrigatória aos alunos (Alves, 2013).
Com base nessa legislação, cada professor irá elaborar em seu Plano de
Trabalho Docente estratégias de recuperação dos conteúdos e instrumento de
recuperação de notas, podendo oferecer aulas de reforço, conforme sua
disponibilidade de carga horária em contra-turno e a possibilidade dos alunos de
frequentarem estas aulas de reforço, aproveitando-se para isto das horas-atividades,
com autorização da direção. Neste caso, o professor deverá apresentar um
cronograma à direção e equipe pedagógica e, sendo devidamente aprovado, deverá
ser divulgado para os alunos e comunicado aos pais ou responsáveis.
O professor deverá elaborar plano de estudos de recuperação para os
52
estudantes, com roteiro de atividades que deverão desenvolver e apresentar ao
professor para que este possa realizar o devido acompanhamento em sala de aula
até data previamente estipulada, de modo que haja tempo hábil para que o professor
possa avaliar o desempenho do mesmo e atribuir-lhe nota de recuperação paralela.
A recuperação de estudos é direito dos alunos – não uma obrigatoriedade -
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á
de forma permanente e concomitante ao processo ensino- aprendizagem, porém de
forma paralela, de modo a não comprometer o desenvolvimento dos conteúdos
previstos e o direito de todos os estudantes de adquirirem e construírem novos
conhecimentos. Poderá ser previsto no Plano de Trabalho Docente, aulas de revisão
de conteúdos caso haja necessidade da turma, sendo a retomada dos conteúdos
obrigatória para a recuperação da aprendizagem e posterior avaliação, conforme
prevê a Instrução N.º 001/2017.
Os resultados da recuperação de conteúdos e notas serão incorporados às
avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um
componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no RCO,
prevalecendo a maior nota entre a avaliação e a recuperação.
De acordo com a Deliberação N.º 007/99 – CEE – PR e a Instrução N.º
01/2017 SUED/SEED, é vedado oferecer apenas um momento de recuperação de
estudos ao longo do bimestre, devendo ser recuperados cem por cento dos
conteúdos trabalhados, utilizando para a recuperação de notas pelo menos dois
instrumentos diferenciados. Sendo assim, deverá ser oferecido um instrumento para
recuperar o aproveitamento/nota das provas (com valor de seis pontos) e um
instrumento para recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de
quatro pontos), cujos resultados deverão ser registrados no RCO.
53
IX - MARCO OPERACIONAL
9.1. Organização interna da escola/funções específicas.
Com base no Regimento Escolar, são os seguintes papéis a serem
desenvolvidos pelos membros integrantes da estrutura organizacional.
9.2. Equipe de Direção
A direção escolar é composta pelo diretor(a) e diretor(a) auxiliar, escolhidos
democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme
legislação em vigor.
A função de diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão
democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no
Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.
9.2.1. Compete ao Diretor (a):
- cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
- zelar pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
- coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político
Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;
- coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;
- implementar a Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino, em
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
- coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
- convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às
decisões tomadas coletivamente;
- elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando
a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
- prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho
Escolar e fixando-os em edital público;
54
- coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a
legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,
encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
- garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os
órgãos da administração estadual;
- encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente
escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
- deferir os requerimentos de matrícula;
- elaborar o Calendário Escolar, de acordo com as orientações da SEED, submetê-
lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação;
- acompanhar o trabalho docente referente as reposições de horas-aula aos
discentes;
- assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos;
- promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e
propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-
administrativa no âmbito escolar;
- propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação,
após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou
fechamento de cursos;
- participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao
Conselho Escolar para aprovação;
- supervisionar o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das normas
estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e padrões
de qualidade nutricional;
- presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas
coletivamente;
- definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe
auxiliar operacional;
- articular processos de integração da escola com a comunidade;
- solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e
professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;
55
- organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional
Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho,
correspondendo a 50% (cinquenta por cento) da carga horária da Prática
Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no Plano de
Curso;
- participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente
com a comunidade escolar;
- cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e
epidemiológica;
- viabilizar salas adequadas quando da oferta de ensino extracurricular e
plurilinguista de Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas – CELEM;
- disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios
Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial, ou
solicitá-lo quando não existir;
- assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento
de ensino;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
- assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
- cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
9.2.2. Compete ao (à) Diretor (a) Auxiliar
Assessorar o (a) diretor (a) em todas as suas atribuições e substituí-lo (a) na
sua falta ou por algum impedimento.
56
9.3. Da Equipe Pedagógica
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas
no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a
política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia.
9.3.1. Compete à Equipe Pedagógica:
- coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político
Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
- orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em
uma perspectiva democrática;
- participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico
escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação
escolar;
- coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica Curricular
do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
- orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao
coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
- acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos
discentes;
- promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de
propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
- participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do
estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
- organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação
57
sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
- coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção
decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
- subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do
estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiência, debates e oficinas pedagógicas;
- organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de
maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
- proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear
um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas
a promover a aprendizagem de todos os alunos;
- coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento
Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;
- participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da
organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
- orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e demais
materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
- coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto
Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino,
assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e
projetos de incentivo à leitura;
- acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e
Biologia e de Informática;
- propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
- coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;
- colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da SEED;
- coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a
58
partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
- acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às
atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento;
- acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso,
quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários
cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;
- promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as
formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
- coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político Pedagógico
do estabelecimento de ensino;
- acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;
- participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;
- orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-
pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial,
conforme legislação em vigor;
- organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias letivos,
horas e conteúdos aos discentes;
- orientar, acompanhar e vistar periodicamente os livros de Registro de Classe;
- organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
- organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
profissionais do estabelecimento de ensino;
- solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação
Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades
educacionais especiais;
- coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto
Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se
necessário;
- acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando
59
contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento
integral;
- acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
- acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver
necessidade de encaminhamentos;
- orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades
educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e
no processo de inclusão na escola;
- manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de
alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações
e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre
Educação Especial e ensino regular;
- assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas, quando o
estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular e plurilinguista de Língua
Estrangeira Moderna;
- assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento
de ensino;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos,
pais e demais segmentos da comunidade escolar;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
- elaborar seu Plano de Ação;
- cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
9.4. Da Equipe Docente A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente
habilitados.
9.4.1. Compete aos Docentes: - participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado
60
pelo Conselho Escolar;
- elaborar, com a equipe pedagógica, a Proposta Pedagógica Curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político Pedagógico e as
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
- participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos
livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
- elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
- desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do
conhecimento pelo aluno;
- proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,
quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando
prioritariamente o direito do aluno;
- proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se
de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,
estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do
período letivo;
- participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos
com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e
acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e
apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
- participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola,
com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
- participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
- assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,
ideologia, condição sociocultural, entre outras;
- viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno,
61
no processo de ensino e aprendizagem;
- participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto
ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à
Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contra turno, a fim de realizar ajustes ou
modificações no processo de intervenção educativa;
- estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação
artística;
- participar ativamente dos Pré-Conselhos, Conselhos de Classe e Pós- Conselhos,
na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo
educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões
tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;
- propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual
e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;
- zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à
equipe pedagógica;
- cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
- cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,
pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe
pedagógica, conforme determinações da SEED; instrução 002/04 - SUED;
- manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe
pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de
ensino, conforme instrução da SEED/DIE;
- participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola
com as famílias e a comunidade;
- desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
- dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e
ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e
educativa;
- participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
62
inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que
lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
- participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;
- zelar pela defesa dos profissionais e pela dignidade da classe;
- zelar pela disciplina geral do Estabelecimento;
- ser assíduo, pontual e manter conduta adequada à sua condição;
- exigir tratamento e respeito compatível com a sua profissão;
- cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
9.5. Da Equipe Técnico-Administrativa
A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de
todos os setores do Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que
os mesmos cumpram suas reais funções.
A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam
nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento
de ensino, denominados Agente Educacional II.
O Agente Educacional II que atua na secretaria como secretário (a) escolar é
indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,
conforme normas da SEED.
O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção.
9.5.1. Compete ao Secretário Escolar:
- conhecer o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED, que
regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;
63
- distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos
administrativos;
- receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
- organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções
normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
- efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência e conclusão de curso;
- elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às
autoridades competentes;
- encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
- organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de
forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade
da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;
- responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno,
respondendo por qualquer irregularidade;
- manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;
- organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da
escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
- atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando
informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e
funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento
Escolar;
- zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da
secretaria;
- orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe
com os resultados da frequência e do aproveitamento escolar dos alunos;
- cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da
secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
- organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor
64
competente a sua frequência, em formulário próprio;
- secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;
- conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
- comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na
secretaria da escola;
- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional
de sua função;
- organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular
(CELEM);
- auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizado os dados no
Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;
- fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando
solicitado;
- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
- participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
9.5.2. Compete aos Agentes Educacionais II que Atuam na Secretaria:
- cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto
ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, necessidades
de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação,
reclassificação e regularização de vida escolar;
- atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e
orientações;
- cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;
- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
65
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional
de sua função;
- controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações
sobre os mesmos a quem de direito;
- organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu
setor;
- efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico
Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;
- organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da
escola;
- classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a
movimentação de expedientes;
- realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do
estabelecimento, sempre que solicitado;
- coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e
atualizando o sistema informatizado;
- executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;
- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
- exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
9.5.3. Compete ao Agente Educacional II que atua na Biblioteca Escolar:
- cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando
organização e funcionamento;
- atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de
livros, de acordo com Regulamento próprio;
- auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta
66
pedagógica curricular do estabelecimento de ensino;
- auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre
outros;
- encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das
necessidades indicadas pelos usuários;
- zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;
- registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;
- receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da
biblioteca;
- manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela
sua manutenção;
- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional
de sua função;
- auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;
- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
- exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
9.5.4. Compete ao Agente Educacional II que atua no Laboratório de
Informática:
- cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática,
assessorando na sua organização e funcionamento;
- auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e
equipamentos de informática;
- preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais necessários
para a realização de atividades práticas de ensino no laboratório;
67
- assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório;
- zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;
- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional
de sua função;
- receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do
laboratório de Informática;
- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
- exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
9.6. Da Equipe Auxiliar Operacional
O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação,
manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar,
sendo coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino,
denominado Agente Educacional I.
9.6.1. Compete ao Agente Educacional I que atua na limpeza, organização e
preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:
- zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas
estabelecidas na legislação sanitária vigente;
- utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com
antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;
- zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer
irregularidade à direção;
- auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início
68
e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes,
quando solicitado pela direção;
- atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais
temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de
alimentação;
- auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores,
muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no
ambiente escolar;
- auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a alimentação
durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as
correspondentes ao uso do banheiro;
- auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades
escolares;
- cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o
seu período de férias;
- participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
- coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o
devido destino, conforme exigências sanitárias;
- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
- exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
9.6.2. Atribuições do Agente Educacional I que atua na cozinha:
- zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as
normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;
- selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de
69
qualidade nutricional;
- servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e
segurança;
- informar ao diretor do estabelecimento de ensino, com antecedência, da
necessidade de reposição do estoque da merenda escolar;
- conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda
escolar, conforme legislação sanitária em vigor;
- zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da
merenda escolar;
- receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e
da merenda escolar;
- cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o
seu período de férias;
- participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
- auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer
necessário;
- respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação
ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;
- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
- participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
70
9.7. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA EM 2017 DIMENSÃO 1 – GESTÃO DEMOCRÁTICA
INDICADOR PROBLEMAS E DESAFIOS
AÇÕES RECURSOS CRONO-GRAMA
ENVOL-VIDOS
METAS RESULTADOS ESPERADOS
RESPON-SÁVEL
Informação democra-
tizada
Falta de interesse das pessoas em observarem as informações disponíveis
Reuniões periódicas com os segmentos; Divulgação de decisões; Continuação e ampliação das divulgações em redes sociais; Bilhetes aos pais com assinatura de ciência dos mesmos e retorno para arquivamento na escola; Reorganização constante dos murais; Protocolos para recados e convocações com assinatura. Otimizar o repasse de informações.
Murais Redes sociais, e-mail, grupo de WhatsApp, Anúncio em rádios locais
Ano todo Toda a comunida-de escolar
Atualização de informações diariamente.
Todos terem acesso à informação e usufruírem das mesmas no trabalho coletivo, harmonizando e sincronizando o andamento das atividades escolares.
Direção Equipe adminis-trativa, pedagó-gica e represen-tantes de cada setor.
Conselhos Escolares Atuantes
Participação de todos os membros nas decisões coletivas
Estabelecer , em conjunto com as Instâncias Colegiadas, cronograma de reuniões com o Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil. Eventos e atividades de encontro com as famílias. Manutenção de um perfil da escola e do grêmio nas redes sociais. Manutenção de grupo nas redes sociais para informações, comunicados e convocações de reuniões.
Grupo de WhatsApp
Perma-nente-mente
Membros das instâncias colegiadas
Participação efetiva dos membros nas decisões da escola.
Comunicação constante, clara e aberta com os membros. Hábito e cultura da participação coletiva. Registro de informações.
Direção, equipe adminis-trativa.
Participação efetiva de
estudantes, pais, mães
ou responsáveis
legais e comunidade
em geral.
Pouca participação dos pais, especialmente casos críticos de dificuldade de aprendizagem e excesso de faltas.
Eventos e atividades de encontro com as famílias. Manutenção de um perfil da escola e do grêmio nas redes sociais. Manutenção da Mostra de Talentos na escola. Convocações por escrito. Comunicados via redes sociais.
Grupo de WhatsApp dos pais com equipe pedagógicapor turma.
Perma-nente-mente.
Equipe pedagógica E pais.
Participação efetiva dos responsáveis.
Melhor desempenho de estudantes com dificuldades de aprendizagem e redução do número de faltas.
Direção equipe pedagó-gica e adminis-trativa.
71
DIMENSÃO 1 – GESTÃO DEMOCRÁTICA INDICADOR PROBLEMAS E
DESAFIOS AÇÕES RECURSOS CRONO-
GRAMA ENVOL-VIDOS
METAS RESULTADOS ESPERADOS
RESPON-SÁVEL
Parcerias locais e
relacionamento da escola
com os serviços públicos
Falta de apoio imediato quando solicitado
Fortalecimento das relações com a rede de proteção.
Ofícios, telefone.
Perma-nente-mente
Equipe pedagógica Direção, Rede de proteção, sistema de atendimen-to à saúde do município, PM.
Não há previsão de percentual.
Maior divulgação das ações da escola. Desenvolver projetos com os parceiros. Aprimoramento e Integração das instituições. Espaço de debate constante e fonte de ideias.
Direção e equipe peda-gógica.
Tratamento aos conflitos que ocorrem no dia a dia da escola.
Falta de uma cultura e pensamento de coletividade.
Dinâmicas em sala de aula desenvolvidas pelos professores e equipe pedagógica. Palestras motivacionais e incentivadoras de estudo.
Espaço físico, projetor.
Na medida do possível.
Toda a comunida-de escolar.
Não há previsão de percentual.
Maior clareza nas ações educativas e disciplinares em relação a conflitos e descumprimento do Regimento Escolar. Diminuir conflitos na escola.
Direção equipe pedagógica.
Participação da escola no repasse de recursos públicos.
Burocracia na aplicação dos recursos.
Fortalecimento da APMF, com o incentivo à participação dos membros nas decisões e divulgação de planilhas de prestação de contas a toda a comunidade escolar.
Espaço de reuniões. Cópias do estatuto da APMF. Manuais de aplicação dos recursos. Cópias de prestação de contas.
Constan-temente e sempre que necessá-rio.
Comunida-de escolar, instâncias colegiadas.
Não há previsão de percentual.
Aumentar o conhecimento da comunidade escolar acerca do uso de recursos públicos utilizados. Otimizar a aplicação dos recursos.
Direção da escola e da APMF.
72
DIMENSÃO 2 – PRÁTICA PEDAGÓGICA INDICADOR PROBLEMAS E
DESAFIOS AÇÕES RECURSOS CRONO-
GRAMA ENVOL-VIDOS
METAS RESULTADOS ESPERADOS
RESPON-SÁVEL
A Proposta pedagógica curricular (PPC) é
definida e conhecida por todos?
Falta de tempo para realizar a leitura coletiva do documento que é disponibilizado a todos e falta de interesse de alguns em procurar conhecer.
Discussão da PPC em parte em reuniões convocadas para esse fim.
Horários e espaços para discussões e reuniões. Cópias impressas e virtuais da PPC.
Perma-nente-mente
Equipe pedagógica Direção, Professo-res
Aplicação da PPC integralmente. Reformulação e adequação constante da PPC.
Alcance dos objetivos de aprendizagem dos alunos.
Toda a equipe docente
Planejamento Nem sempre e nem todos os professores cumprem o que preveem no PTD. Com o RCO, há necessidade de adaptação dos conteúdos ao sistema.
Elaboração de planilha de entrega de planos bimestrais. Orientações coletivas e individuais para a construção e reformulação dos PTDs e registros no RCO.
Computa-dores, tablets, smart -phones, internet.
Perma-nente-mente.
Equipe pedagógica professores
Cumprir todos os conteúdos previstos no PTD, em consonância com o PPP.
Facilitar o planejamento do professor. Facilitar a organização das aulas. Coerência entre o previsto, o executado e o registrado.
Equipe peda-gógica
Contextualização
Dificuldades de acesso a teatro, cinema, museus em razão da falta de transporte e distância de grandes centros; Não há assistentes de laboratório de informática e de ciências.
Promoções para arrecadar fundos que financiem viagens dos alunos a diferentes espaços educativos/culturais relacionados aos conteúdos trabalhados. Manutenção da Feira das Ciências.
Material de divulgação e coleta de recursos.
Perma-nente-mente e de acordo com o previsto no calendá-rio escolar.
Toda a equipe docente.
Acesso dos alunos a atividades culturais diversas.
Maior interesse dos alunos pela aprendizagem e melhores condições de aprendizagem por meio do acesso a manifestações culturais diversas.
Profes-sores e equipe peda-gógica.
73
DIMENSÃO 2 – PRÁTICA PEDAGÓGICA
INDICADOR PROBLEMAS E DESAFIOS
AÇÕES RECURSOS CRONO-GRAMA
ENVOLVI-DOS
METAS RESULTADOS ESPERADOS
RESPON-SÁVEL
Variedades das
estratégias e dos recursos
de ensino-aprendizagem
Falta de um profissional que auxilie os professores na instalação de equipamentos. Laboratório de informática precário. Pouca disponibilidade de tempo para troca de ideias entre professores. Recursos financeiros escassos e apoio de profissionais qualificados restrito (CRTE com apenas um servidor).
Reorganização e manutenção do laboratório de informática. Agendamento de uso de laboratórios e equipamentos. Necessidade de Investimentos na estrutura física e tecnológica da escola (SEED)
Equipamentos de informática. Recursos financeiros para aquisição de materiais e equipamentos e para o reparo dos mesmos. Profissional técnico do NRE.
Na medida do possível.
Direção. Equipe pedagógica NRE. Profissional técnico do NRE.
Não há previsão de percentual para essa ação.
Deixar o laboratório de informática em condições de uso para alunos e professores.
Direção. Equipe peda-gógica profes-sores
Incentivo à autonomia e ao trabalho
coletivo
Apatia dos alunos e seus responsáveis em relação à importância e valorização da escola. Nem sempre é possível conciliar o previsto no PTD com o trabalho de sala de aula
Palestras motivacionais.
Espaço para palestras. Recursos audiovisuais. Profissionais de diversas áreas.
Na medida do possível.
Alunos, responsá-veis, professores
Não há previsão de percentual para essa ação.
Maior interesse e participação dos alunos nas atividades escolares. Maior envolvimento dos pais com a formação dos estudantes.
Direção e Eq. Peda-gógica.
Prática pedagógica
inclusiva
Alunos e professores despreparados para receber o aluno com as variadas necessidades específicas.
Integração dos professores regentes com os professores das salas de recursos multifuncionais e de surdez.
Espaço para reuniões entre professores. Relatórios. Organização de horários para troca de informações e experiências.
Mensal-mente.
Professo-res e Equipe Pedagógica
Não há previsão de percentual para essa ação.
Maior diálogo entre os professores para definição de estratégias mais eficientes de atendimento aos alunos que frequentam sala de recursos.
Direção e Eq. Peda-gógica.
74
DIMENSÃO 3 – AVALIAÇÃO INDICADOR PROBLEMAS E
DESAFIOS AÇÕES RECURSO
S CRONO-GRAMA
ENVOLVI-DOS
METAS RESULTADOS ESPERADOS
RESPON-SÁVEL
Acompanha-mento do
processo de aprendizagem
dos alunos
Participação dos responsáveis no acompanhamento da vida escolar dos estudantes. Alunos não realizam tarefas. (desafios constantes)
Convocação dos pais com registros sempre que houver dificuldades de aprendizagem, notas baixas nas avaliações, falta de tarefas.
Telefone, aplicativo WhatsApp, bilhetes, espaços para reuniões.
Ano todo. Direção e eq. Pedagógicaprofessores e responsá-veis pelos alunos.
Alcançar a presença de 90% dos pais convocados.
Melhorar o desempenho dos estudantes, maior acompanhamento dos responsáveis.
Direção, eq. Peda-gógica e profes-sores.
Mecanismos de avaliação dos alunos
Respeitar a diversidade das turmas e as dificuldade de cada alunos, dado o grande número de alunos por turma; Despertar o interesse e o comprometimento dos alunos com relação aos estudos
Esclarecimentos e conscientização sobre a recente reformulação do PPP com a implantação do RCO e a importância da realização das atividades escolares para o aprendizado e o rendimento dos estudantes, independentemente das notas obtidas e o reflexo disso em sua vida futura. Adaptação da recuperação paralela para melhor aproveitamento dos tempos em sala de aula. Manutenção dos Simulados de vestibulares e ENEM.
Espaços para reuniões, documen-tos, PPP, artigos e livros para estudo.
Perma-nente-mente.
Represen-tantes de todos os setores da instituição.
Não há previsão de percentual para essa ação.
Melhor aprendizagem dos alunos. Melhores índices e resultados educacionais. Aumentar o IDEB.
Direção e eq. Peda-gógica.
Participação dos alunos na avaliação de
sua aprendizagem
Alunos não entregam trabalhos em dia, não respeitam datas de avaliações, não se preocupam com seus resultados.
Reformulação da proposta pedagógica, no que se refere à critérios de avaliação de trabalhos, provas e outros instrumentos.
Espaços para reuniões, documen-tos, PPP, artigos e livros para estudo.
Perma-nente-mente, em especial semana pedagó-gica e datas de planeja-mento
Professo-res e equipe pedagógica
Não há previsão de percentual para essa ação.
Reorganizar critérios de avaliação.
Direção eq. Peda-gógica e profes-sores
75
DIMENSÃO 3 – AVALIAÇÃO INDICADOR PROBLEMAS E
DESAFIOS AÇÕES RECURSOS CRONO-
GRAMA ENVOLVI-
DOS METAS RESULTADOS
ESPERADOS RESPON-SÁVEL
Avaliação do trabalho dos profissionais
da escola
Participação, pouco envolvimento.
Manter e fortalecer comissão avaliadora de professores e funcionários. Manter sistema de avaliação institucional.
Formulários questionários, atas de avaliação.
Semestral Toda a equipe.
Não há previsão de percentual para essa ação.
Identificar problemas e propor soluções ao trabalho dos profissionais.
Direção e equipe pedagógica.
Acesso, compreensão
e uso dos indicadores oficiais de
avaliação da escola e das
redes de ensino.
Dificuldade de relacionar resultados de avaliação externa à realidade da escola.
Manter e aperfeiçoar o sistema de avaliação institucional interno para identificação dos problemas que levam aos resultados de avaliação externa.
Questioná-rios, entrevistas, formulários, estatísticas, espaço para reuniões e debates.
Ao longo do ano, com finaliza-ção em novembro
Membros das instâncias colegiadas, professores, alunos, pais, comunidade em geral.
Não há previsão de percentual para essa ação.
Identificar problemas e caminhos de solução de dificuldades nos diversos setores da escola, com vistas a melhorar os indicadores oficiais da escola e maior transparência na divulgação dos resultados.
Direção.
76
DIMENSÃO 4 – ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA INDICADOR PROBLEMAS E
DESAFIOS AÇÕES RECURSOS CRONO-
GRAMA ENVOLVI-
DOS METAS RESULTADOS
ESPERADOS RESPON-SÁVEL
Falta dos alunos
Participação e acompanhamento dos pais em relação ao excesso de faltas dos alunos.
Convocação dos pais com registros sempre que houver número de faltas acima dos limites estabelecidos por lei. Encaminhamento da ficha FICA ao Conselho Tutelar
Telefone Convocação por escrito Fichas FICA
Ano todo. Direção e eq. Pedagógica
Diminuir a taxa de reprova-ção por faltas.
Melhorar o desempenho dos estudantes, aumentar o acompanhamento dos responsáveis e possibilitar o sucesso escolar de maior número de alunos possível.
Direção, eq. Peda-gógica e profes-sores.
Abandono Elevado índice de evasão escolar no Ensino Médio, principalmente período noturno, apesar das medidas cabíveis sempre tomadas pela escola.
Fortalecer parceria com Conselho Tutelar/ Ministério Público. Conscientizar a comunidade da importância da continuidade e sucesso nos estudos.
Formulários de acompanha-mento de faltas, fichas FICA.
Ano todo. Direção, eq. Pedagógicaprofessores
Reduzir a taxa de evasão do Ensino Médio
Melhorar os índices de aprovação e sucesso escolar dos alunos do Ensino Médio.
Direção e eq. Peda-gógica.
Atenção aos alunos com
alguma defasagem de aprendizagem
Atendimento individualizado aos alunos.
Manter atenção diferenciada aos alunos, disponibilizando aulas de reforço, mantendo comunicação com professores da sala de recursos, oferecimento de atenção e avaliações diferenciadas. Manutenção da sala de apoio à aprendizagem.
Aulas em contra turno, horas atividades dos professores, sala de aula e outros espaços.
Ano todo. Direção e eq. Pedagógica
Não há previsão de percen-tual para essa meta.
Melhorar o desempenho dos estudantes, aumentar o acompanhamento dos responsáveis e possibilitar o sucesso escolar de maior número de alunos possível.
Direção, eq. Pedagó-gica e profes-sores.
Atenção às necessidades educativas da comunidade
Comunidade escolar participa pouco dos eventos realizados pela escola.
Continuidade do levantamento das necessidades da comunidade, por meio do sistema de avaliação institucional interno. Oferecimento, incentivo e divulgação dos eventos da escola, como Simulados, Festivais, Feira das Ciências, Oficinas.
Questioná-rios, formulários, espaço para reuniões e debates, cadernos de provas.
Conforme calendário escolar.
Comunida-de escolar em geral.
Não há previsão de percen-tual para essa ação.
Identificar necessidades da comunidade, propor atividades, programas e projetos, ingresso de alunos no ensino superior.
Direção, equipe pedagó-gica, profes-sores.
77
DIMENSÃO 5 – AMBIENTE EDUCATIVO INDICADOR PROBLEMAS E
DESAFIOS AÇÕES RECURSOS CRONO-
GRAMA ENVOLVI-
DOS METAS RESULTADOS
ESPERADOS RESPON-SÁVEL
Ambiente Cooperativo e
solidário.
Pouco envolvimento dos alunos e pais nas ações escolares para manutenção do patrimônio e respeito aos colegas e profissionais da escola.
Registro de boletim de ocorrência em casos de danos ao patrimônio escolar e de desrespeito para encaminhamento ao Ministério Público.
Atas e fichas individuais de alunos. Espaço físico para reuniões. Ofícios.
Perma-nente-mente.
Toda a comunidade escolar.
Não há previsão de percentual para essa ação.
Maior consciência da comunidade escolar sobre a conservação do patrimônio público e construção de um ambiente mais respeitoso.
Direção e Eq. Peda-gógica, profes-sores.
Satisfação com a escola.
Dificuldade em ver a escola como um ambiente produtivo e formador.
Manutenção de sistema de avaliação institucional interno para identificação dos problemas que levam aos resultados de avaliação externa e identificar as necessidades da comunidade.
Questioná-rios, formulários.
Ao longo do ano, com finaliza-ção em novembro
Toda a comunidade escolar.
Não há previsão de percentual para essa ação.
Identificar fatores de satisfação e levantar índices que norteiem caminhos para solução de dificuldades nos diversos setores da escola.
Direção e equipe pedagó-gica.
Comprometi-mento e
participação.
Muitos alunos não participam das ações coletivas da escola, bem como das atividades individuais de aprendizagem. Falta de compromisso dos pais e alunos com a aprendizagem.
Aproveitamento da página da escola nas redes sociais para divulgar e socializar ações e atividades da escola. Delegar responsabilidades a pais e estudantes, por meio da divulgação do regimento escolar.
Computador, acesso à internet.
Ao longo de todo o ano letivo.
Toda a comunidade escolar.
Não há previsão de percentual para essa ação.
Desenvolver o senso de pertencimento dos alunos à escola, aumentando sua participação em diferentes atividades escolares.
Direção, equipe pedagó-gica e adminis-trativa, profes-sores.
Respeito nas relações
escolares.
Desrespeito ao Regimento Escolar.
Divulgação constante do regimento escolar. Cumprir e fazer cumprir o regimento escolar.
Reuniões, apresenta-ções, folders.
Perma-nente-mente.
Toda a comunidade escolar.
Não há previsão de percentual para essa ação.
Maior clareza nas ações educativas e disciplinares em relação a conflitos Diminuir conflitos na escola.
Direção e equipe pedagó-gica.
78
DIMENSÃO 5 – AMBIENTE EDUCATIVO INDICADOR PROBLEMAS E
DESAFIOS AÇÕES RECURSOS CRONO-
GRAMA ENVOLVI-
DOS METAS RESULTADOS
ESPERADOS RESPON-SÁVEL
Respeito nas relações
escolares.
Desrespeito ao Regimento Escolar.
Reuniões com a comunidade escolar para a reelaboração conjunta do Regimento Escolar; Conscientização dos estudantes sobre função e importância do Regimento Escolar.
Reuniões, apresentações, folders.
Perma-nente-mente.
Toda a comuni-dade escolar
Não há previsão de percentual para essa ação.
Maior clareza nas ações educativas e disciplinares em relação a conflitos Diminuir conflitos na escola.
Direção e equipe pedagó-gica.
Combate à discrimi-nação.
Alunos tímidos e/ou considerados diferentes sofrem bulling dos colegas.
Palestras de esclarecimento sobre o tema.
Espaço para palestras. Recursos audiovisuais. Profissionais das áreas relacionadas.
Uma a cada semes-tre.
Alunos, respon-sáveis profes-sores.
Não há previsão de percentual para essa ação.
Ampliar o conhecimento sobre a legislação. Construir consciência de respeito mútuo.
Direção e Eq. Pedagó-gica.
Disciplina. Manter a disciplina e a ordem em sala de aula.
Ampliar parceria com Conselho Tutelar, PM e Ministério Público e também com as Universidades da região. Revisão coletiva das ati-tudes e condutas dos professores em sala de aula. Conversas com os estudantes e seus responsáveis.
Reuniões constantes.
Perma-nente-mente
Profes-sores e equipe pedagó-gica
Não há previsão de percentual para essa ação.
Desenvolver projetos com os parceiros. Aprimoramento da Integração entre as instituições. Espaço de debate constante e fonte de ideias.
Direção Eq. Peda-gógica e profes-sores.
Respeito aos direitos das crianças e
dos adolescentes
Confusão conceitual sobre os direitos das crianças e adoles-centes. Excesso de liberdade e falta de limites.
Palestras de esclarecimento sobre o tema.
Espaço para palestras. Audiovisual
Na medida do possível
Alunos, respon-sáveis Profes-sores.
Não há previsão de percentual para essa ação.
Ampliar o conhecimento sobre a legislação. Construir consciência de respeito mútuo.
Direção e Eq. Peda-gógica.
Dignidade humana.
Desrespeito aos colegas e aos profissionais da escola.
Revisão coletiva das atitudes e condutas dos professores em sala de aula. Conversas com os estudantes e seus responsáveis. Valorização das capacidades de cada um.
Espaço para reuniões. Regimento Escolar.
Permanentemente.
Toda a equipe escolar e estudan-tes.
Não há previsão de percentual para essa ação.
Diminuir conflitos na escola. Resgatar o respeito e dignidade dos profissionais e estudantes.
Direção, equipe pedagó-gica e docente.
79
DIMENSÃO 6 – FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA (PROFESSORES E AGENTES I E II) INDICADOR PROBLEMAS E DESAFIOS AÇÕES RECUR-
SOS CRONO-GRAMA
ENVOL-VIDOS
ME-TAS
RESULTADOS ESPERADOS
RESPON-SÁVEL
Formação inicial em uma área e atuação em outra
(disciplina ministrada/atuação
profissional)
Incoerência de critérios de seleção de professores PSS (exigências desnecessárias e inobservância de necessidades formativas para iniciar na carreira)
A comunidade escolar não
visualiza possibilidade de
ação pela instituição
-
-
-
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-
-
Relação teoria e prática na formação inicial exigida
para o cargo.
Incoerência de critérios de seleção de professores PSS (exigências desnecessárias e inobservância de necessidades formativas para iniciar na carreira)
-
-
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-
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-
-
Semana pedagógica como momento de reflexão sobre
os desafios da escola (professores e agentes
educacionais I e II)
Apenas dois dias para realizar o planejamento inicial. Falta de profissionais no início do ano letivo para definir e iniciar ações coletivas da escola.
-
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-
-
-
-
-
Hora-atividade concentrada Professores trabalham em diferentes escolas, impossibilitando a organização de hora-atividade concentrada.
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Formação do professor PDE e sua contribuição para a
escola
Não oferecimento de PDE, não há professores participando de PDE no momento.
-
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-
Formação Stricto Sensu e seu reflexo para a escola (professores e agentes
educacionais I e II)
Ainda há poucos profissionais que tiveram oportunidade de fazer um curso de mestrado e/ou doutorado, sendo que o reflexo desses raros estudos ainda é pequeno.
-
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-
Equipe multidisciplinar na escola
A equipe multidisciplinar é bastante atuante, porém a superposição de funções na escola acaba prejudicando o desenvolvimento de trabalhos e projetos.
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Formação em Ação e a prática profissional na escola (professores e
agentes educacionais I e II).
A formação em ação se restringe apenas a teorias, sendo que muitas delas são ainda pouco conhe-cidas e experimentadas em escolas piloto, sem resultados práticos evidentes, causando confusão aos profissionais sobre o seu real papel na escola.
-
-
-
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-
-
-
80
X – DEMANDAS SOCIOEDUCACIONAIS.
Sob orientação da SEED, deverão ser trabalhados em todas as disciplinas do
Ensino Fundamental e Médio assuntos relacionados às Temáticas Socio-
educacionais relativos a Educação Fiscal, Educação Ambiental, Sexualidade,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e Enfrentamento à Violência nas Escolas
buscando inserir o educando socialmente através de uma formação
contextualizada.
Ainda, seguindo orientações da Lei 10.639/03 que trata da inclusão de
conteúdos relacionados a História e Cultura Afro-brasileira e Africana, destacamos
que o conteúdo relacionado ao tema deverá ser incluído no currículo de todas as
disciplinas onde poderão ser abordados a História da África e dos africanos, cultura
negra brasileira, a luta dos negros no Brasil, o negro na formação da sociedade,
resgatando a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômicas e políticas.
Consideram-se Temáticas Socioeducacionais demandas históricas que,
muitas vezes, são frutos de conflitos e contradições da sociedade capitalista e, em
outros momentos, de anseios dos movimentos sociais e, por isso, não podem ser
negadas às novas gerações.
Tais Temáticas (Educação Ambiental, Educação Fiscal, Sexualidade,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento a Violência nas Escolas)
devem ser consideradas pela escola uma vez que são relevantes para a
comunidade onde esta se insere e, desta maneira, se fazem presentes nas
experiências, nas práticas, nas representações e identidades dos educandos e
educadores.
Sendo a Educação Ambiental uma destas temáticas, a mesma será tratada
como processo que garanta ao educando a compreensão crítica das questões
socioambientais que o rodeiam. Assim, os estudantes serão orientados a assumirem
uma postura consciente, atuante e participativa diante das questões que se
relacionam à preservação e ao uso correto de recursos naturais a fim de diminuir as
desigualdades sociais e o impacto ambiental causado pelo consumo desenfreado.
Quanto a Educação Fiscal, esta será desenvolvida com o apoio do programa
da SEED, de modo a orientar os estudantes sobre os seus direitos e deveres como
81
contribuintes, sobre o valor social desses tributos, a estrutura que proporciona a
arrecadação de recursos pelo Estado e o papel dos cidadãos no acompanhamento
da arrecadação e sua aplicação em benefício da sociedade. Tais temas serão
abordados nas disciplinas da matriz curricular em que o tema seja pertinente sob
orientação do Programa Nacional de Educação Fiscal.
O trabalho pedagógico com a Sexualidade deverá considerar os referenciais
de gênero e diversidade sexual, subsidiado pelo conhecimento científico, sem juízos
de valores e crenças pessoais.
Desafio dos desafios, a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas exige
tratamento adequado e cuidadoso, com fundamentação em resultados de pesquisas
para um trabalho livre de preconceitos e discriminações. Assim, estudantes serão
estimulados, dentro das disciplinas a conhecer a legislação específica, a debater
assuntos presentes no cotidiano tais como: drogadição, preconceito e discriminação
do usuário de drogas, narcotráfico, violência e influência da mídia referenciados
pelas relações de poder nos contextos sociais, políticos, econômicos, étnico-raciais,
culturais, históricos, religiosos e éticos.
Para o Enfrentamento à Violência na Escola, com o apoio do programa da
SEED, o trabalho buscará ampliar a visão histórica e social da violência escolar a fim
de transformá-la em poder de conhecimento por meio de palestras, seminários,
debates, filmes, documentários e tudo que possa contribuir para diminuir a violência
na escola.
Todas as Demandas Socioeducacionais poderão ser abordadas por meio de
filmes, documentários, debates, pesquisas, seminários, palestras, oficinas e outras
atividades suscitadas pelo tema, com atividades complementares e extra classe, de
forma interdisciplinar..
82
XI - PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
11.1. Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,
consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho
pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a
legislação educacional vigente e orientações da SEED.
O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade escolar e
representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a
educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato,
o (a) diretor (a) escolar.
A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais da
educação atuantes no estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados
e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos.
A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados,
presentes na comunidade, não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado.
O Conselho Escolar poderá eleger seu vice-presidente dentre os membros
que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.
O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar a
efetivação do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares,
mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a
representatividade dos níveis e modalidades de ensino.
As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes,
realizar-se-ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um
mandato de 2 (dois) anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.
O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e da
proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros:
I. diretor (a);
II. representante da equipe pedagógica;
III. representante da equipe docente (professores);
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IV. representante da equipe técnico-administrativa;
V. representante da equipe auxiliar operacional;
VI. representante dos discentes (alunos);
VII. representante dos pais ou responsáveis pelo aluno;
VIII. representante do Grêmio Estudantil;
IX. representante dos movimentos sociais organizados da comunidade
(APMF, Associação de Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde etc.).
O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3 (dois
terços) de seus integrantes.
11.2. Conselho de Classe
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da
escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações
educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo
ensino e aprendizagem. Constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde
todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e
propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar
necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações
e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e
aprendizagem, oportunizando ao professor refletir sobre sua prática, adequando
metodologias para oferecer ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos
conteúdos curriculares estabelecidos.
É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e
dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.
Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos,
procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação
pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto
Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.
O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar,
84
pela equipe pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que
atuam numa mesma turma e/ou série, por meio de:
I. Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a
coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s) para
preenchimento de fichas para levantamento de dados sobre o trabalho do professor;
preenchimento de fichas pelos professores para levantamento de dados sobre o
desempenho da turma.
II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da
equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e
pais de alunos por turma e/ou série para análise dos dados coletados no Pré-
Conselho e proposição de alternativas.
III. Pós-Conselho de Classe com toda a turma, em sala de aula, os
professores, equipe pedagógica e eventualmente os pais de alunos para o retorno e
debate final dos problemas e propostas para o trabalho pedagógico.
A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do
Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48
(quarenta e oito) horas.
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em
calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.
As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Ata, pelo(a)
secretário(a) da escola, como forma de registro das decisões tomadas.
11.2.1. São atribuições do Conselho de Classe:
- analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos
metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e
aprendizagem;
- propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a
melhoria do processo ensino e aprendizagem;
- estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo
de aprendizagem, que atendam as reais necessidades dos alunos, em consonância
com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;
85
- acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar
os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem;
- atuar com corresponsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do
aluno para série/etapa subsequente ou retenção, após a apuração dos resultados
finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno;
- analisar pedidos de revisão de resultados finais recebidos pela secretaria do
estabelecimento, no prazo de até 72 (setenta e duas) horas úteis após o pedido de
recurso.
11.3. Dos Órgãos Colegiados de Representação da Comunidade Escolar
Os segmentos sociais organizados e reconhecidos como Órgãos Colegiados
de representação da comunidade escolar estão legalmente instituídos por Estatutos
e Regulamentos próprios.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF ou similar, pessoa
jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e
Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso,
racial e nem fins lucrativos, sendo constituída por prazo indeterminado, não sendo
remunerados os seus dirigentes e conselheiros.
A APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado em
Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim, sendo a renovação
dos membros efetuada por meio de eleição a cada dois anos.
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do
estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e
coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros.
O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio, aprovado e homologado
em Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.
86
XII - FORMAÇÃO CONTINUADA DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO
A crise econômica mundial e a revolução tecnológica, com a robótica e a
informática à frente, vêm delineando um novo cenário para a humanidade e para a
educação. A globalização, por um lado, aproxima todos os povos, em determinados
aspectos, assim como a tecnologia e a internet que redefiniu o conceito de distância.
O homem se vê perplexo, ante a constatação de que nada ou pouco sabe ou o que
sabe parece já não atender às perspectivas à sua frente.
Percebemos que conhecimentos tidos como perenes já não são suficientes
para direcionar a nossa vida no trabalho e na família. Principalmente, nós
educadores, sentimo-nos pequenos diante dessa realidade que se agiganta aos
nossos olhos, que nos entra pelos jornais, pela TV, pelo computador, pelos livros.
A educação surge como um trunfo indispensável à humanidade e ocupa papel
essencial no desenvolvimento contínuo, tanto das pessoas como das sociedades,
contribuindo para a construção dos ideais de paz, de liberdade e de justiça social.
O educador tem sua função ampliada e renovada. Passa de mero transmissor
de conhecimentos a um agente de mudanças, formador do caráter e do espírito das
novas gerações, alguém que deve orientar para um novo horizonte, passando a lidar
com um abrangente conceito de educar. Educar para que cada um, qualquer que
seja sua condição socioeconômica, tenha condições de fazer escolhas e de construir
seu destino. Educar para que o indivíduo tenha condições de readaptar-se
continuamente a um mundo em transformação.
Portanto, para vencer os desafios da sociedade contemporânea, os
educadores precisarão aperfeiçoar-se continuamente, cotidianamente.
A formação dos professores implica uma reflexão sobre o próprio significado
do processo educativo, na sua relação com o processo mais amplo de constituição e
desenvolvimento histórico-social do ser humano.
Pensar a capacitação dos profissionais da educação no contexto político e
social, implica em preparar esse profissional para os desafios da chamada
globalização e reestruturação produtiva do capitalismo.
A formação continuada propicia aos profissionais da educação momentos
significativos de formação por meio de encontros de estudos e de ações que
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viabilizem um estudo teórico-prático voltado para as suas reais necessidades, com
conteúdos voltados à área de formação específica ou interesse às questões
socioeducacionais.
Nesse sentido, este estabelecimento de ensino incentivará a formação
continuada de professores e funcionários através de capacitação em seminários,
simpósios, estímulo e sugestões de leitura e discussões nas horas-atividades;
debates em reuniões; Semana Pedagógica; reuniões das equipes multidisciplinares;
encontros descentralizados por disciplinas; Profuncionário; formação de gestores;
reuniões pedagógicas; grupos de estudo e cursos ofertados pela Secretaria Estadual
de Educação, como PDE e GTR; via Núcleo Regional, como o NRE Itinerante;
através de cursos ofertados por Universidades ou outras instituições credenciadas
para este fim e também priorizando a troca de experiências e o diálogo entre
educadores. Também, os funcionários (agente educacional) poderão participar de
cursos relacionados à nutrição, higiene, saúde, reaproveitamento de alimentos, entre
outros.
Propiciar aos profissionais da educação momentos significativos de
informação e formação continuada, de forma a articular teoria e prática, possibilitará
a ampliação das alternativas e recursos de apoio na prática docente, cujo fazer
diário, venha a contribuir significativamente na melhoria da qualidade da educação.
Pretende-se assim, contribuir para o desenvolvimento da educação e da
cultura, visando aprimorar a construção da consciência social, da cidadania e da
democracia.
88
XIII - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista que o século XXI será movido pelos conhecimentos, as
aptidões especializadas com visão globalizada, as habilidades humanas e
profissionais, as qualidades humanas, a ética, a capacidade de relacionamento, a
competência de trabalhar em equipe, o Projeto Político Pedagógico tem como meta
principal: preparar o jovem muito além dos conteúdos do Ensino Fundamental e
Médio, levando em conta que o essencial é formar integralmente o ser humano e o
cidadão do mundo.
Assim, a elaboração da presente proposta possibilitou um repensar, uma
reflexão em relação às práticas pedagógicas adotadas pela escola; apontou um
caminho no qual as atividades a serem desenvolvidas se darão em conjunto com os
profissionais deste estabelecimento, atividades estas que visarão, sempre, à
melhoria de qualidade do Ensino Fundamental e Médio e mostrou, também, a
necessidade da reflexão e avaliação contínuas para que essa caminhada seja feita
com sucesso.
89
XIV - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AFONSO, A. J. Avaliação Educacional: regulamentação e emancipação: para uma sociologia das políticas avaliativas contemporâneas. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2009, 151p. BRANDLISE, M. Â. T. Autoavaliação de escolas: alinhavando sentidos, produzindo significados. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2010. 248p. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 27 mar. 2014. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. São Paulo: Cortez, 1990. BRASIL. Lei N. 9.394 (1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: de 20 de dezembro de 1996. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. 2014. Acesso em 21 ago. 2014. CALEGARI, D.; PEREIRA, M. F. Planejamento estratégico nas escolas: o que leva as escolas a ter alto desempenho. São Paulo: Atlas, 2013, 146p. GADOTTI, M.; ROMÃO, J. E. (orgs). Autonomia da Escola: princípios e propostas. 6.ed. São Paulo: Cortez, Instituto Paulo Freire, 2004. GROCHOSKA, M. A. As contribuições da autoavaliação institucional para a escola da educação básica. Uma experiência de gestão democrática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013, 126p. HOFFMANN, J. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 44. ed. Porto Alegre: Mediação, 2014, 158p. HORTA NETO, J. L. Avaliação externa de escolas e sistemas: questões presentes no debate sobre o tema. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v. 91, n. 227, p.84-104, jan/abr. 2010. INEP – INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISA EDUCACIONAIS. IDEB – Resultados e Metas. 2015. Disponível em: < http://ideb.inep.gov.br/resultado/resultado/resultado.seam?cid=10025521>. Acesso em: 10 fev. 2015. INSTRUÇÃO N. 008/2011 – SUED/SEED sobre a implantação do Ensino Fundamental de Nove Anos. LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? 8. ed. São Paulo: Cortez, 2005, 200p, 543p.
90
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F. de; TOSCHI, M. S. Educação Escolar: Políticas, estrutura e organização. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2012, 544p. LÜCK, H. Perspectivas da avaliação institucional da escola. Petrópolis: Vozes, 2012, 154p. (Série Cadernos de Gestão, n. 6). LUCKESI, C. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005. MELLO, Guiomar Namo de. E outros. Roteiro Possível. A Proposta Pedagógica em Construção. Secretaria da Educação do Estado do Paraná, 2000. MOREIRA, Antonio Flávio; SILVA, Tomaz Tadeu da (orgs.). Currículo, Cultura e Sociedade. 8. Ed. São Paulo: Cortez, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Consulta Escolas. 2015. Disponível em: < http://www4.pr.gov.br/escolas/rendimento_escolar.jsp>. Acesso em: Março de 2015. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. SEED. Curitiba: 2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública do Estado do Paraná – EDUCAÇÃO DO CAMPO. SEED/SUED. Curitiba: 2006. PARANÁ. Cadernos Temáticos – EDUCAÇÃO DO CAMPO. SEED/SUED. Departamento do Ensino Fundamental Curitiba: 2008. PARANÁ. Cadernos Temáticos – EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA. SEED/SUED. Departamento do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED – PR, 2008. PARANÁ. Cadernos Temáticos – HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA. SEED/SUED. Departamento do Ensino Fundamental Curitiba: 2008. PARANÁ. Cadernos Temáticos – DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS – EDUCACÃO AMBIENTAL. SEED/SUED/DEDI. Curitiba: SEED – PR, 2008. PARANÁ. Cadernos Temáticos – DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS – EDUCANDO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS I e II. SEED/SUED/DEDI. Curitiba: SEED – PR, 2008. PARANÁ. Cadernos Temáticos – DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS – PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS. SEED/SUED/DEDI. Curitiba: SEED – PR, 2008. PARANÁ. Cadernos Temáticos – DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS – ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLA. SEED/SUED/DEDI. Curitiba: SEED – PR, 2008.
91
PARANÁ. Cadernos Temáticos da Diversidade – EDUCACÃO AMBIENTAL. SEED/SUED/DEDI. Curitiba: SEED – PR, 2008. PARANÁ. Cadernos Temáticos da Diversidade – SEXUALIDADE. SEED/SUED/DEDI. Curitiba: SEED – PR, 2009. PARANÁ. Ensino Fundamental de nove anos – Orientações pedagógicas para os anos iniciais. SEED/DEB. Curitiba – PR, 2010. RANCIÈRE, Jacques. O Mestre Ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. SILVA, A. J. da. Fundamentos do Projeto Político-Pedagógico. Ponta Grossa: UEPG/NUTEAD, 2014. 63p. SORDI, M. R. L. de; LUDKE, M. Da Avaliação da aprendizagem à avaliação institucional: aprendizagens necessárias. Avaliação. Campinas; Sorocaba, SP. V.14, n.2, p. 313-326, jul. 2009. VEIGA, Ilma Passos A. Projeto Político-Pedagógico da Escola – uma construção possível. 20 ed. Campinas, SP: Papirus, 1995. VIGOTSKI, L. S. A Formação Social da Mente. 7. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
92
XV - ANEXOS
15.1. Relação do Corpo Docente e Técnico Administrativo
DIREÇÃO:
GISELI CRISTINA MACHADO
DIREÇÃO AUXILIAR:
RUTE PADILHA
SECRETÁRIA:
Luciana Sprada
ASSISTENTES ADMINISTRATIVOS:
Elizabete Maria Szrajia
Giovanna Carla Cordeiro
Marlene Correa Plodoviski
EQUIPE PEDAGÓGICA:
Silvia Surmas Schuta
Elenice Holm
Tânia Maria Weretycki
PROFESSORES:
Adelaide Pageski Sampaio
Adriana Petreski Plodoviski Rymsza
Aldori Rodrigues de Matos
Anacleto Ianóski
Andressa Borba Cordeiro
Anésio Surmacz
Carine S. Kovalczyk
Carla Troyan
93
Dilma Lesnioviski
Dilmara Pallú Albini
Derlise Maria Wrublewski
Edson José Przybysz
Elisabete T. Urbik Surmacz
Gaspar G. Romaniuk
Gilmara Koslinski Correia
Glaucia Moro
Iracema Terezinha Myszy
Ivan Gapinski
Jaciel Surmacz
Jackeline Maria Simon França
Josué Duda
Juliana Marqevix
Jussara Romanhuk
Laercio Soares da Silva
Márcia Dembéski
Marcos dos SanTos Nascimento
Maria Aparecida Zem
Maria Eluíza Solareviski
Maria Goretti Mores Dacorreio
Maria Inês Tomal Surmas
Maria Luciane Kublitski
Marli Szymczak Dal Magro
Rosemari Patczyk Bassuma
Rute Padilha
Sandra C. Przybyczewski
Silmara Dusanoski
Solange Terezinha Karvoski
Sonia Mara Ferreira
94
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS:
Andreia Sopika
Ines Kieltyka
Marcia Teixeira de Lima
Maria Claudir Serafin
Maria Inês da Silva
Ronilda Oliveira de Paula
Rosane Budziak
Rosane Padilha
Terezinha Salete Belino de Morais
95
15.2. MATRIZ CURRICULAR
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2220 – RIO AZUL
ESTABELECIMENTO: 00475 – COLÉGIO ESTADUAL DR. AFONSO ALVES DE CAMARGO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENDEREÇO: RUA CAFIEIRO CORSI, S/N – CENTRO – RIO AZUL – PR CEP: 845690-000 FONE: (42)3463-1342 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA
TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL COMUM
DISCIPLINAS
SÉRIES
1.ª 2.ª 3.ª
ARTE 2 - -
BIOLOGIA 2 2 3
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 3 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 3 3 3
MATEMÁTICA 3 3 3
QUÍMICA 2 3 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUB-TOTAL 25 23 23
PARTE DIVERSI-FICADA
LEM – Espanhol (*) - - -
LEM – Inglês - 2 2
SUB-TOTAL - 2 2
TOTAL GERAL 25
25
25
Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB n.º 9394/96 * Disciplina Facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.
96
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2220 – RIO AZUL
ESTABELECIMENTO: 00475 – COLÉGIO ESTADUAL DR. AFONSO ALVES DE CAMARGO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENDEREÇO: RUA CAFIEIRO CORSI, S/N – CENTRO – RIO AZUL – PR CEP: 845690-000 FONE: (42)3463-1342 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA
TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL COMUM
DISCIPLINAS
SÉRIES
1.ª 2.ª 3.ª
ARTE 2 - -
BIOLOGIA 2 2 3
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 3 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 3 3 3
MATEMÁTICA 3 3 3
QUÍMICA 2 3 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUB-TOTAL 25 23 23
PARTE DIVERSI-FICADA
LEM – Espanhol (*) - - -
LEM - Inglês - 2 2
SUB-TOTAL - 2 2
TOTAL GERAL 25
25
25
Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB n.º 9394/96 * Disciplina Facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.
97
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2220 – RIO AZUL
ESTABELECIMENTO: 00475 – COLÉGIO ESTADUAL DR. AFONSO ALVES DE CAMARGO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENDEREÇO: RUA CAFIEIRO CORSI, S/N – CENTRO – RIO AZUL – PR CEP: 845690-000 FONE: (42)3463-1342 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 - ENSINO FUNDAMENTAL ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA
TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL COMUM
DISCIPLINAS
SÉRIES
5.ª 6.ª 7.ª 8.ª
ARTE 2 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 3 4
EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2
ENS. RELIGIOSO 1 1 - -
GEOGRAFIA 3 3 4 3
HISTÓRIA 3 3 3 4
L. PORTUGUESA 4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB-TOTAL 23 23 23 23
LEM - Inglês 2 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25
25
25
25
Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB n.º 9394/96 * Disciplina Facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.
98
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2220 – RIO AZUL
ESTABELECIMENTO: 00475 – COLÉGIO ESTADUAL DR. AFONSO ALVES DE CAMARGO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENDEREÇO: RUA CAFIEIRO CORSI, S/N – CENTRO – RIO AZUL – PR CEP: 845690-000 FONE: (42)3463-1342 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA
TURNO: NOITE MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL COMUM
DISCIPLINAS
SÉRIES
1.ª 2.ª 3.ª
ARTE 2 - -
BIOLOGIA 2 2 3
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 3 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 3 3 3
MATEMÁTICA 3 3 3
QUÍMICA 2 3 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUB-TOTAL 25 23 23
PARTE DIVERSI-FICADA
LEM – Espanhol (*) - - -
LEM - Inglês - 2 2
SUB-TOTAL - 2 2
TOTAL GERAL 25
25
25
Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB n.º 9394/96 * Disciplina Facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.
99
15.3. CALENDÁRIO ESCOLAR – 2017
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
ANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 5.185/2016-GS/SEED
CALENDÁRIO ESCOLAR - 2017
COLÉGIO ESTADUAL DR. AFONSO ALVES DE CAMARGO - EFM
Ensino Fundamental e Médio - código MEC: 41114655 Rua Cafieiro Corsi, s/nº - Centro - Rio Azul – PR
E-mail: [email protected] Fone/Fax (42) 3463 1342 Considerados como dias letivos: semana pedagógica (04 dias); formação continuada (02 dias);
planejamento (03) dias; formação disciplinar (01 dia)– Deliberação 02/2002-CEE/PR
Janeiro
Fevereiro
Março
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4
1 2 3 4
8 9 10 11 12 13 14
5 6 7 8 9 10 11
5 6 7 8 9 10 11 15 16 17 18 19 20 21
12 13 14 15 16 17 18
12 13 14 15 16 17 18
22 23 24 25 26 27 28
19 20 21 22 23 24 25
19 20 21 22 23 24 25 29 30 31
26 27 28
26 27 28 29 30 31
10 dias letivos
22 dias letivos
1 Dia Mundial da Paz
28 – Carnaval
Abril
Maio
Junho
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
1
1 2 3 4 5 6
1 2 3
2 3 4 5 6 7 8
7 8 9 10 11 12 13
4 5 6 7 8 9 10
9 10 11 12 13 14 15
14 15 16 17 18 19 20
11 12 13 14 15 16 17
16 17 18 19 20 21 22
21 22 23 24 25 26 27
18 19 20 21 22 23 24
23 24 25 26 27 28 29
28 29 30 31
25 26 27 28 29 30
1.º sem
30 18 dias letivos
22 dias letivos
19 dias letivos
14 Paixão 21 Tiradentes
1 Dia do Trabalho
15 Corpus Christi 101 dias
23 Feriado Mun. Padroeiro 96 c alunos
Julho
Agosto
Setembro
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
10 dias letivos
1
1 2 3 4 5
1 2
2 3 4 5 6 7 8
6 7 8 9 10 11 12
3 4 5 6 7 8 9
9 10 11 12 13 14 15
13 14 15 16 17 18 19
10 11 12 13 14 15 16
16 17 18 19 20 21 22
20 21 22 23 24 25 26
17 18 19 20 21 22 23
23 24 25 26 27 28 29
27 28 29 30 31
24 25 26 27 28 29 30
30 31 6 dias letivos
23 dias letivos
19 dias letivos
7 Dia do Funcionário de Escola
7 Independência
Outubro
Novembro
Dezembro
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
19 dias letivos
1 2
1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4
3 4 5 6 7 8 9
8 9 10 11 12 13 14
5 6 7 8 9 10 11
10 11 12 13 14 15 16
15 16 17 18 19 20 21
12 13 14 15 16 17 18
17 18 19 20 21 22 23
22 23 24 25 26 27 28
19 20 21 22 23 24 25
24 25 26 27 28 29 30
29 30 31 21 dias letivos
26 27 28 29 30
31 16 dias letivos 2.º sem
12 N. S. Aparecida
2 Finados
19 Emancipação Política do PR 103 dias
15 Dia do Professor
15 Proclamação da República 25 Natal
96 c alunos
20 Dia Nacional da Consciência Negra
100
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
ANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 5.185/2016-GS/SEED
CALENDÁRIO ESCOLAR - 2017
COLÉGIO ESTADUAL DR. AFONSO ALVES DE CAMARGO – EFM
Ensino Fundamental e Médio - código MEC: 41114655 Rua Cafieiro Corsi, s/nº - Centro - Rio Azul – PR
E-mail: [email protected] Fone/Fax (42) 3463 1342
Considerados como dias letivos: semana pedagógica (04 dias); formação continuada (02 dias); planejamento (03) dias; formação disciplinar (01 dia)– Deliberação 02/2002-CEE/PR
Início/Término das aulas Férias Discentes
Férias/Recesso/Docentes
Planejamento
MÊS DIAS
MÊS DIAS
Férias
janeiro/fev 44
janeiro/ férias 30
Recesso
Julho 9
fev/recesso 12
Semana Pedagógica
dezembro 11
julho/recesso 7
Feriados
recessos 6 dez/recesso 6
Formação continuada
Total 70 outros recessos 6
Fechamento do ano letivo
Total 61
Formação disciplinar - 01 (um) dia, a ser determinado pelo NRE e DEB/SUED
Início/Término dos Bimestres
Conselho de Classe (16/05 Contra turno; 11/08 Contra turno; 28/10; 21/12)
Plano de Abandono (20/04; 20/09)
Semana de integração EscolaComunidade/Feira das Ciências(09, 10, 11/10)
Festival de Talentos e da Diversidade (19/04 e 20/11)
SimuladosVestibular/PAC/PSS - ENEM - Prova Brasil (14/06 e 16/10)
HORÁRIOS DAS AULAS
AULA MANHÃ TARDE NOITE
PRIMEIRA 07:30 - 08:20 13:00 - 13:50 18:30 - 19:20
SEGUNDA 08:20 - 09:10 13:50 - 14:40 19:20 - 20:10
TERCEIRA 09:10 - 10:00 14:40 - 15:30 20:10 - 21:00
INTERVALO 10:00 - 10:10 15:30 - 15:40 21:00 - 21:10
QUARTA 10:10 - 11:00 15:40 - 16:30 21:10 - 22:00
QUINTA 11:00 - 11:50 16:30 - 17:20 22:00 - 22:50
Rio Azul, 09 de dezembro de 2016.
101
15.4. Projetos desenvolvidos 15.4.1. Feira das Ciências As Feiras das Ciências são eventos de suprema importância no
desenvolvimento do estudante, buscando sua alfabetização científica, sua
aproximação com as diversas tecnologias, sua inserção e aprimoramento no
processo de pesquisa científica entre diversos outros pontos positivos.
O formato da Feira das Ciências neste estabelecimento de ensino vem se
constituindo como uma forma de iniciação científica, em que os estudantes são
responsáveis pelos seus trabalhos, desde a ideia original, o trabalho de pesquisa, a
escrita e inscrição do projeto, a busca por orientação de professores a seu critério e
de acordo com as possibilidades dos docentes.
Este formato é desenvolvido na escola desde 2013 e tem mostrado resultados
muito satisfatórios e ampliados a cada edição. Desse modo, entende-se que o
trabalho desenvolvido plenamente pelo estudante, sob orientação de um professor,
se configura em maior autonomia intelectual, possibilidade de criatividade e
aprendizagens significativas nas diferentes áreas das Ciências.
No ano de 2013, o tema central da Feira foi relacionado à CNIJMA, ou seja,
tratando do tema meio ambiente: “Escolas Sustentáveis”. Já em 2014, o tema se
estendeu em relação ao meio ambiente e foi escolhido “Cidades Sustentáveis”. Os
dois anos seguidos enfatizaram os cuidados com o meio ambiente ampliando a
conscientização da comunidade escolar sobre a responsabilidade de cada cidadão
nessa esfera da vida em sociedade.
Neste ano de 2015, a comunidade escolar optou por um tema mais amplo e
com grandes possibilidades de trabalhos: “A ciência da arte – A arte na ciência”. O
tema, porém, não limita os trabalhos, podendo ser desenvolvidos trabalhos não
relacionados ao mesmo.
Em todas as edições, foi lançado um regulamento para a produção, inscrição
e apresentação dos trabalhos, tendo como estímulo pontuações em disciplinas a
critério dos estudantes, acordado com a comunidade escolar. Nesta edição de 2015,
obtivemos a inscrição de quarenta trabalhos, todos muito interessantes e originais,
102
sendo a exposição aberta ao público. Convites foram enviados a todas as escolas
do município.
Os trabalhos são expostos em dois dias, dividindo-os de acordo com o
espaço físico da escola, de forma que cada trabalho possa ter sua apresentação
plena ao longo dos três períodos e que os estudantes pudessem visitar os trabalhos
dos demais colegas, evitando-se, assim, que a feira ficasse monótona e repetitiva.
A seguir encontra-se o regulamento da Feira das Ciências – Quarta edição – 2016:
IV FEIRA DAS CIÊNCIAS
COLÉGIO AFONSO CAMARGO
TEM CIÊNCIA LÁ EM CASA?
REGULAMENTO
1 – DO TEMA
Todos os trabalhos a serem desenvolvidos devem, preferencialmente, estar
relacionados ao tema “TEM CIÊNCIA LÁ EM CASA?”
2 – DO CRONOGRAMA
2.1 – Inscrições dos projetos: até 23 de setembro de 2016.
2.2 – Organização das apresentações: entre 10 e 11 de outubro de 2016.
2.3 – Exposição dos trabalhos: 13 e 14 de outubro de 2016.
2.4 – Resultado das avaliações dos trabalhos: 21 de outubro de 2016.
3 – DOS TRABALHOS
Poderão ser desenvolvidos/apresentados trabalhos nos seguintes formatos ou
categorias:
3.1 – CARTAZES
3.2 – MAQUETES
3.3 – EXPOSIÇÕES DE MATERIAIS DIVERSOS
103
3.4 – APRESENTAÇÕES DE SLIDES
3.6 – ARTESANATOS
3.7 – PRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO DE VÍDEOS (cinema)
3.8 – PRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO DE TEATROS (esquete)
3.9 – OUTROS
Os trabalhos podem ser desenvolvidos ou embasados de acordo com:
– APLICAÇÕES DA FÍSICA, DA QUÍMICA, DA BIOLOGIA, DA MATEMÁTICA E
OUTRAS CIÊNCIAS EM NOSSAS CASAS, NO DIA A DIA
– A CIÊNCIA POR TRÁS DOS OBJETOS E INSTRUMENTOS DO NOSSO
DIA A DIA
– A CIÊNCIA POR TRÁS DO NOSSO VESTUÁRIO
– A CIÊNCIA POR TRÁS DOS NOSSOS HÁBITOS DE HIGIENE E DE
LIMPEZA
– A CIÊNCIA POR TRÁS DOS ESPORTES
– A CIÊNCIA POR TRÁS DA PREPARAÇÃO DOS NOSSOS ALIMENTOS
– A CIÊNCIA POR TRÁS DA PRODUÇÃO ORGÂNICA DE ALIMENTOS
– A CIÊNCIA POR TRÁS DOS REMÉDIOS CASEIROS
– A CIÊNCIA POR TRÁS DA DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS
4 – DOS PARTICIPANTES
Poderão se inscrever todos os alunos matriculados no colégio de forma:
4.1 – individual
4.2 – dupla
4.3 – grupo
4.3 – turma
5 – DO PROJETO
Os alunos, independentemente da forma de participação, deverão apresentar um
projeto, por escrito, até 23 de setembro de 2016, com a descrição do trabalho que
104
irão apresentar. O projeto escrito deverá ser redigido nos padrões e normas dos
trabalhos escolares, em papel A4 ou ALMAÇO e conter:
- CAPA ( nome do colégio, dos alunos, do professor orientador, data e o TÍTULO);
1- Introdução (escrever um breve parágrafo sobre a presença do conhecimento
científico fora do ambiente acadêmico, isto é , em nossas casas )
2- Justificativa (explicar o porquê da escolha do trabalho/material, etc)
3- Descrição (descrever sucintamente o trabalho, os materiais utilizados, o tema
escolhido, os objetivos, o conteúdo científico que será trabalhado, como será
apresentado, espaço necessário à apresentação, etc.)
4- Referências (listar as fontes de pesquisa para desenvolver o trabalho)
5- Anexos (opcional, no qual os alunos deverão inserir cópia dos textos, desenhos,
roteiro de teatro, etc.)
6 – DO PROFESSOR ORIENTADOR
Os alunos deverão solicitar ajuda de um ou mais professores para auxiliarem no
desenvolvimento do projeto e do trabalho, PORÉM, a pesquisa, os materiais, a
confecção, execução e apresentação é de inteira responsabilidade dos alunos.
7 – DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Para fins de avaliação, serão considerados os seguintes critérios:
7.1 – Relação com o tema geral da feira (comprovar, ou não, a presença da ciência
em nossas casas) – de 0,0 (zero) a 2,0 (dois) pontos;
7.2 – Criatividade – de 0,0 (zero) a 2,0 (dois) pontos;
7.3 – Originalidade – de 0,0 (zero) a 2,0 (dois) pontos;
7.4 – Apresentação/defesa do trabalho (ARGUMENTAÇÃO, ORALIDADE,
EXPLICAÇÃO) – de 0,0 (zero) a 2,0 (dois) pontos;
7.5 – Participação de TODOS os inscritos para o referido trabalho durante todos os
períodos de exposição – de 0,0 (zero) a 2,0 (dois) pontos;
8 – DA COMISSÃO AVALIADORA
A comissão avaliadora será composta por professores, funcionários, pedagogas e
convidados da comunidade escolar totalizando, no mínimo, 7 integrantes que irão
atribuir notas a cada trabalho apresentado. Tal avaliação atingirá o máximo de DEZ
PONTOS por avaliador. A nota final será a média de todas as notas atribuídas ao
trabalho.
105
9 – DAS EXPOSIÇÕES
A exposição dos trabalhos, os horários e locais para exposição, conforme a
necessidade do trabalho, serão divulgados após a finalização das inscrições.
9.1 – Os alunos/grupos deverão se organizar para apresentar os trabalhos nos três
turnos de funcionamento da escola no dia que lhe for estipulado (13 ou 14 de
outubro).
9.2 – Os alunos/grupos deverão solicitar o tipo de local que necessitam para
apresentar/expor o trabalho no momento da inscrição do mesmo.
9.3 – Os alunos/grupos deverão providenciar, antecipadamente, todos os materiais
de que irão necessitar para a exposição/apresentação, inclusive a identificação do
trabalho e do(s) professor(es) orientador(es).
9.4 – Os alunos/grupos deverão permanecer no local destinado a sua apresentação
durante todo o tempo previsto para tal.
9.5 – Os alunos que não permanecerem no local destinado a sua apresentação
durante todo o tempo e/ou ou promoverem desordem estarão sujeitos às sanções
previstas no Regimento Escolar bem como perderão o direito à pontuação.
10 – DA PREMIAÇÃO
As apresentações e exposições dos alunos terão a seguinte premiação:
10.1 – Alunos inscritos, que efetivamente participarem da Feira das Ciências e não
sofrerem penalização: 1,0 (um) ponto em uma disciplina a ser escolhida;
10.2 – Alunos inscritos, que efetivamente participarem da Feira das Ciências, não
sofrerem penalização e tiverem apresentações ou trabalhos selecionados pela
comissão avaliadora receberão menção honrosa e terão pontos extras assim
distribuídos:
1º LUGAR POR TURNO: 1,0 (um) ponto em mais outras três disciplinas a sua
escolha;
2º LUGAR POR TURNO: 1,0 (um) ponto em mais outras duas disciplinas a sua
escolha;
3º LUGAR POR TURNO: 1,0 (um) ponto em mais uma outra disciplina a sua
escolha;
4º LUGAR POR TURNO: 0,5 (meio) ponto em mais outras três disciplinas a sua
escolha;
106
5º LUGAR POR TURNO: 0,5 (meio) ponto em mais outras duas disciplinas a sua
escolha;
6º LUGAR POR TURNO: 0,5 (meio) ponto em mais uma outra disciplina a sua
escolha.
Rio Azul, 01 de setembro de 2016.
COMISSÃO ORGANIZADORA
15.4.2. Festival de Talentos Do mesmo modo que a Feira das Ciências, o Festival de Talentos tem por
objetivo estimular o desenvolvimento de habilidades diversas nos estudantes. Neste
ano de 2015 houve a primeira edição deste projeto, que ainda precisa de ajustes
para os próximos anos. No entanto, mesmo o primeiro evento deste tipo já contou
com inúmeros trabalhos apresentados.
O Festival de Talentos também foi regulamentado como a Feira das Ciências
e ocorreu em agosto. A seguir apresenta-se regulamento do projeto aprovado pela
comunidade escolar:
COLÉGIO ESTADUAL DR. AFONSO ALVES DE CAMARGO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
FESTIVAL DE TALENTOS
EDIÇÃO 2016
REGULAMENTO
CAPÍTULO I – DOS OBJETIVOS
Art. 1º - O Colégio Estadual Dr. Afonso Alves de Camargo realizará o Festival de
Talentos, em sua edição 2016, aberto a toda comunidade escolar, com o objetivo de:
107
- difundir e valorizar os talentos de alunos/as, professores/as e funcionários/as
do nosso colégio;
- proporcionar oportunidades de convivência civilizada entre direção,
coordenação, professores/as, funcionários/as e alunos/as, visando ao exercício
pleno dos direitos e deveres dos envolvidos no processo ensino-aprendizagem em
espaços diferentes dos da sala de aula;
- estimular o interesse pelas diversas artes.
CAPÍTULO II – DA REALIZAÇÃO
Art. 2º - O Festival será realizado no dia 11 de agosto de 2016, quinta-feira, nos
períodos da manhã, tarde e noite, no próprio colégio, SE houver o número mínimo
de inscritos para cada período: MANHÃ = 15 incritos; TARDE= 15 inscritos; NOITE=
10 inscritos.
CAPÍTULO III - DAS INSCRIÇÕES
Art. 3º - As fichas de inscrição podem ser retiradas na secretaria do colégio ou com
professor responsável.
Art. 4º - As inscrições estarão abertas de 01 a 15 de julho de 2016 e as fichas,
preenchidas e assinadas pelo/a professor/a responsável, DEVEM ser entregues à
Equipe pedagógica ou a um/a do/as funcionários/as da secretaria ATÉ O DIA 15 DE
JULHO.
CAPÍTULO IV – DAS CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO
Art. 5º - Para participar, é necessário ESTAR REGULARMENTE MATRICULADO E
FREQUENTANDO do 6º ao 9º ano Ensino Fundamental, o Ensino Médio, o CELEM
ou sala de recursos, ser professor/a ou funcionário/a do Colégio Estadual Dr. Afonso
Alves de Camargo.
§ I - O/as participante/s DEVE/M providenciar todo o material, equipamentos,
instrumentos e figurinos necessários às apresentações. O/A professor/a é
responsável apenas pelo repasse de informações e esclarecimento de dúvidas. O
colégio irá disponibilizar os espaços físicos e a caixa de som.
§ II – É permitido a participação de alunos de turmas diferentes para a formação de
108
duplas e/ou grupos maiores.
§ III- As apresentações não poderão ferir o decoro público e os figurinos devem ser
adequados ao espaço escolar;
§ IV - Estão impedidos de participar não integrantes da comunidade escolar, salvo
aqueles que tocarão em apresentações que envolvam musicas e, para isso,
deverão ser devidamente identificados para ter acesso às dependêcias do colégio.
§ V - A participação no Festival implica no pleno conhecimento e na aceitação deste
regulamento.
CAPÍTULO V – DAS APRESENTAÇÕES
As apresentações poderão consistir de
Art. 5º - esquetes (apresentações teatrais de curta duração), podendo ser em língua
portuguesa ou estrangeira ou até sem falas (mudo), individuais (monólogos) e em
grupo.
§ I - Os textos das peças teatrais poderão ser inéditos ou adaptados, em língua
portuguesa ou estrangeira.
§ II - O tempo estipulado para cada apresentação deverá ser de, no máximo, 20
minutos, entre montagem, apresentação e desmontagem, sendo que o tempo de
montagem e desmontagem não pode ultrapassar 10 minutos do tempo total. O/A
participante/grupo que ultrapassar o tempo informado na ficha de inscrição,
promover desordem ou não retirar o material do palco, após a apresentação, sofrerá
penalidades na avaliação.
§ III - As apresentações deverão considerar o espaço escolar, portanto, devem ser
apropriadas a esse ambiente.
Art. 6º - musical: canto e/ou instrumental, solo, dupla ou banda
§ I – Apresentação de música já conhecida, tanto nacional quanto internacional;
pode ser de forma individual, em dupla ou banda.
§ II - O tempo estipulado para cada apresentação deverá ser de, no máximo, 10
minutos, entre a entrada no palco, apresentação e saída, sendo que o/a
participante/dupla ou banda que ultrapassar o tempo informado na ficha de inscrição,
promover desordem ou não retirar o material do palco, após a apresentação, sofrerá
penalidades na avaliação.
109
§ III - As apresentações deverão considerar o espaço escolar, portanto, devem ser
apropriadas a esse ambiente.
Art. 7º – Paródia
§ I - Apresentação individual, em duplas ou banda/s de paródia musical a partir de
uma letra original.
§ II - O/a/s participante/s dupla/s ou banda/s devem apresentar à mesa julgadora a
letra original com o nome dos intérpretes e a letra da paródia que feita para o
festival.
§ III - O tempo estipulado para cada apresentação deverá ser de, no máximo, 10
minutos entre entrada no palco, apresentação e saída, sendo que o/a
participante/dupla ou banda que ultrapassar o tempo informado na ficha de inscrição,
promover desordem ou não retirar o material do palco, após a apresentação, sofrerá
penalidades na avaliação.
§ IV - As apresentações deverão considerar o espaço escolar, portanto, devem ser
apropriadas a esse ambiente.
Art. 8º - dança: individual, duplas ou em grupos
§ I – consiste na criação e apresentação de coreografia individual, em duplas ou em
grupo, a partir de uma música conhecida.
§ II - O tempo estipulado para cada apresentação deverá ser de, no máximo, 10
minutos entre entrada no palco, apresentação e saída, sendo que o/a
participante/grupo que ultrapassar o tempo informado na ficha de inscrição,
promover desordem ou não retirar o material do palco, após a apresentação, sofrerá
penalidades na avaliação.
§ III - As apresentações deverão considerar o espaço escolar, portanto, devem ser
apropriadas a esse ambiente.
Art. 9º – declamação de poema: individual.
§ I - consiste na declamação, individual, de poema em português ou língua
estrangeira de
autores conhecidos do público.
§ II - O/a participante deve apresentar à mesa julgadora o poema com o nome do
autor.
§ III - O tempo estipulado para cada apresentação deverá ser de, no máxi mo, 10
110
minutos entre entrada no palco, apresentação e saída; o/a participante que
ultrapassar o tempo informado na ficha de inscrição, promover desordem ou não
retirar o material do palco, após a apresentação, sofrerá penalidades na avaliação.
§ IV - As apresentações deverão considerar o espaço escolar, portanto, devem ser
apropriadas a esse ambiente.
Art. 10º - exposição de desenho e pintura.
§ I - Exposição de desenho ou pintura individual (preto e branco ou colorido) usando
material da preferência do participante que deverá obedecer aos critérios de
proporção e espaço em relação ao papel canson A4.
§ II - Os trabalhos DEVEM ser expostos com uma etiqueta com informações sobre a
técnica e o material utilizado, o nome, série, turma, período em que estuda ou
trabalha o/a autor/a no colégio.
§ III - O colégio providenciará o espaço físico para a exposição dos trabalhos; a
colocação
e retirada dos mesmos é de responsabilidade do participante e deverá seguir o
prazo estabelecido para tal.
Art. 11º - exposição de artesanato
§ I - exposição de peças de vestuário ou de decoração feitas em crochê, tricô; peças
com diferentes técnicas de bordado, pintura, fuxico, costura, papel machê, biscuit,
macramê, material reciclado, madeira, meia, palha ou outro material.
§ II - os trabalhos DEVEM ser identificados com título, nome completo, série, turma,
período em que estuda ou trabalha o/a autor/a no colégio.
§ III - O colégio providenciará o espaço físico para a exposição dos trabalhos; a
colocação
e retirada dos mesmos é de responsabilidade do participante e deverá seguir o
prazo estabelecido para tal.
CAPÍTULO VI – DA PREMIAÇÃO
Art. 12º - As apresentações e exposições dos/as alunos/as terão a seguinte
premiação
§ I – Alunos inscritos, que efetivamente participarem do Festival e não sofrerem
penalização: 1,0 (um) ponto em uma disciplina a ser escolhida pelo/a aluno/a.
111
§ II – Alunos inscritos, participaram do Festival com apresentações ou trabalhos
selecionados pelos jurados e não sofreram penalizações: terão pontos extras assim
distribuídos:
1º lugar: 1,0 (um) ponto pela participação + 1,0 (um) ponto em outras três
disciplinas, a sua escolha.
2º lugar: 1,0 (um) ponto pela participação + 1,0 (um) ponto em outras duas
disciplinas, a sua escolha.
3º lugar: 1,0 (um) ponto pela participação + 1,0 (um) ponto em mais uma disciplina,
a sua escolha.
4º lugar: 1,0 (um) ponto pela participação + 0,5 (meio) ponto em mais três
disciplinas, a sua escolha.
5º lugar: 1,0 (um) ponto pela participação + 0,5 (meio) ponto em mais duas
disciplinas, a sua escolha.
6º lugar: 1,0 (um) ponto pela participação + 0,5 (meio) ponto em mais uma
disciplina, a sua escolha.
§ III – Os pontos não são cumulativos.
CAPÍTULO VII – DO JULGAMENTO
Art. 13º - As apresentações serão julgadas por 4 (quatro) jurados. Um quinto jurado
atuará como “voto Minerva”, em caso de empate.
§ Único – A decisão dos jurados, quanto à premiação, será soberana e irrecorrível.
CAPÍTULO VIII – DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Categoria Esquete (Teatro) – o trabalho pode ser apresentado individualmente
(monólogo) ou em grupo e segue os seguintes critérios para julgamento: postura,
criatividade, entonação de voz, originalidade, adequação do figurino, interpretação.
No dia do festival, deve ser entregue o texto original da peça, assim como os nomes
dos participantes e do professor responsável. Tempo máximo para apresentação: 10
minutos.
Categoria Música/Paródia (Canto e/ou instrumental) – o/a participante ou
representante do grupo deve apresentar uma cópia da letra da música digitada, com
o nome do/s intérprete/s original/is no ato da inscrição. São critérios para julgamento:
112
afinação, dicção, ritmo, interpretação. Tempo máximo: 05 minutos.
Categoria Dança – o trabalho pode ser apresentado individualmente ou em grupo.
São critérios para julgamento: originalidade e criatividade na coreografia e
criatividade e adequação para o figurino. Tempo máximo: 5 minutos.
Categoria Declamação – o poema a ser declamado deve ser de um autor
conhecido e apresentado em 05 (cinco) cópias, digitado (fonte tamanho 12, tipo
Arial) de um só lado da folha, espaço 1,5 contendo: título do poema e nome do autor,
assim como nome do participante, série, turma e período. Os critérios para
julgamento são: postura, entonação da voz, gestos e naturalidade. Tempo máximo: 5
minutos.
Categoria Desenho e Pintura – o trabalho deverá ser apresentado individualmente,
em papel canson A4 e deverá ser identificados com nome, série, turma, período em
que o/a aluno/a estuda ou turno de trabalho do funcionário/a ou a disciplina do
professor/a. Os critérios avaliados são: originalidade, criatividade, estética e
harmonia entre os elementos formais.
Categoria Artesanato – o trabalho deve ser apresentado individualmente e conter
identificação com nome, série, turma, período em que o/a aluno/a estuda ou turno de
trabalho do funcionário/a ou a disciplina do professor/a. Os critérios avaliados são:
criatividade, funcionalidade e acabamento.
Rio Azul, 27 de junho de 2016.
15.4.3. Simulados ENEM, Vestibular, PAC/PSS, Prova Brasil Os simulados de provas de vestibular, Pac e Pss, e também do Enem já vem
sendo realizados desde 2013, com uma edição anual. Desde o ano de 2015, porém,
têm sido realizadas duas edições anuais, sendo que a primeira contemplou provas
de edições anteriores do Enem aplicada aos estudantes do Ensino Médio, e foi
estendida também aos do Ensino Fundamental, no formato da Prova Brasil e Saeb.
A segunda edição contempla questões de provas anteriores de vestibular, Pac e Pss
da Unicentro e da Uepg, duas principais universidades públicas da região entre
outras. As datas da aplicação dos simulados são previstas no calendário escolar.
113
O principal objetivo dos simulados é aproximar os estudantes da realidade
dos vestibulares, Enem e outros testes seletivos, de modo a incentivá-los a
prosseguirem nos estudos, bem como possibilitar-lhes conhecer o nível das provas
e, a partir de seu desempenho, orientá-los em suas dificuldades.
A participação dos estudantes foi de praticamente cem por cento e seu
desempenho parece estar melhorando a cada edição. Um resultado importante e
muito significativo destas provas simuladas está no fato de que nos últimos anos
houve aumento considerável no número de aprovados em vestibulares de
Universidades públicas da região e também o número de bolsistas pelo Prouni em
função do bom desempenho no Enem.
Claramente, somente estes simulados não foram responsáveis exclusivos por
esses resultados, mas deram grande contribuição.
As provas são elaboradas em conjunto pelo corpo docente que escolhe
questões de edições anteriores das provas, utilizando como critério os conteúdos
trabalhados até a data do simulado, podendo inclusive, utilizar a nota do estudante
nesta prova como nota de avaliação ou recuperação do bimestre em questão.
No dia do simulado, os alunos são alocados em ordem alfabética em salas
heterogêneas, podendo estar com estudantes de outras turmas e séries, de modo a
oferecer uma simulação mais próxima possível da realidade.
As provas são fotocopiadas e encadernadas com auxílio dos funcionários do
colégio, contendo, além das questões de todas as disciplinas em número adequado
ao tempo disponível para prova, instruções, gabarito, rascunho e folha de redação
oficial.
Os gabaritos são conferidos com auxílio dos professores, as redações são
corrigidas pelos respectivos professores de Língua Portuguesa e os resultados
divulgados em edital.
114
15.5. PROPOSTAS CURRICULARES - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. 15.5.1. ARTE
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde os primórdios da humanidade o homem sempre procurou manifestar
seus sentimentos através da arte, pois a arte é a manifestação do poder criador do
ser humano. Através da arte o homem não apenas cria uma nova realidade como
também é capaz de transformar o meio em que vive. Dessa forma a arte esteve e
está presente em todas as sociedades, sejam elas desenvolvidas ou não.
No Brasil a historia mais remota da relação do homem com a natureza pode
ser contada através das pinturas rupestres principalmente na região norte do Brasil,
mas foi a partir do processo de colonização do nosso país que a arte teve
relevância, tendo origens bastante heterogêneas com a mescla da cultura indígena,
a arte medieval e renascentista europeia e a arte africana, cada uma com suas
peculiaridades formaram a matriz da cultura brasileira.
A primeira forma registrada de arte na educação no que hoje é o Estado do
Paraná ocorreu nas reduções jesuítas e nas vilas indígenas com ensinamentos de
artes e ofícios, utilizando se da retórica, música, dança, pintura, literatura, escultura
e outras artes manuais.
Em todos os locais onde os jesuítas se radicaram promoveram estas
reformas, cultivando junto com as formas ibéricas da alta idade média e
renascentista as formas artísticas locais. O trabalho dos jesuítas durou cerca de 250
anos e foi muito importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural
brasileira. Este trabalho teve fim com o governo de Marquês de Pombal por volta do
século XVIII, fundamentada nos padrões da Universidade de Coimbra, a forma
pombalina dava ênfase ao ensino das ciências naturais e estudos literários.
Em 1808, com a chegada da família real portuguesa, chega também um
grupo de artistas franceses (Missão Artística Francesa) e assim foi fundada a
Academia de Belas Artes, que adotou uma pedagogia tradicional e obedecia ao
estilo neoclássico fundamentado no culto à beleza clássica. Esse padrão estético
115
entrou em conflito com a arte colonial de características brasileiras como o Barroco
na arquitetura, na escultura, entalhe e pintura presentes nas obras de Aleijadinho.
Durante muitos anos o ensino da Arte no Brasil passou por diversas
tendências pedagógicas e um marco importante para a Arte brasileira, foi a semana
de Arte Moderna de 22, que influenciou diversos artistas, os quais valorizavam a
cultura local, esses artistas pretendiam dar ênfases a produção nacional e romper
com padrões europeus que deglutiam a arte brasileira em todas as linguagens e que
tinham como base a arte acadêmica e erudita.
A partir de 1960 as produções e movimentos artísticos se intensificaram e
após muita opressão do regime militar em 1971 foi promulgada a Lei Federal nº
5692/71, que determinava a obrigatoriedade do Ensino da Arte no currículo escolar.
Assim o ensino da arte na escola visa contribuir para o desenvolvimento de
habilidades, ampliar a sensibilidade e cognições estimulando o desenvolvimento
expressivo do educando, com meios que auxiliem a manifestação da criatividade e
imaginação, explorando a observação dos componentes artísticos, contribuindo para
desenvolver a sensibilidade estética aprimorando habilidades de percepção. que o
permitam utilizar esse conhecimento na compreensão e reflexão das diversas
manifestações culturais e desafios contemporâneos.
Assim, a disciplina de Arte tem como objetivos:
Criar condições de aprendizagem para o aluno ampliando as possibilidades de
análise das linguagens artísticas, a partir da ideia de que as mesmas são
constituídas de produções culturais, isto é, produtos de uma cultura em um
determinado contexto histórico,
Apreciar produtos de Artes em suas várias linguagens tanto fruição quanto
análise estética,
Realizar a observação, estudo e compreensão de diferentes obras de arte
produzidas em diferentes movimentos e períodos da história da arte,
Reconhecer, apreciar e diferenciar e saber utilizar as diversas técnicas nas
linguagens artísticas: artes visuais, música, teatro e dança,
Expressar, representar ideias, emoções, sensações por meio das linguagens
artísticas desenvolvendo produções artísticas individuais ou em grupo,
Perceber, reconhecer e aplicar os elementos da linguagem visual: cor, forma,
116
linha, ponto, texturas, volume, luz, sombra.
Compreender, analisar e observar as relações da arte através da leitura de
imagens com outras áreas do conhecimento,
Compreender a arte como linguagem.
2. CONTEUDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS DA DISCIPLINA
ENSINO FUNDAMENTAL
6º Ano - Área Música:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica cromática Improvisação
Greco-Romana Oriental Ocidental Africana
7º Ano – Área Música:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental, mista Improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
117
8º Ano – Área Música:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno
9º Ano – Área Música:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.
Música Engajada Música Popular Brasileira. Música contemporânea)
6º Ano – Área Artes Visuais:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da Mitologia
Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica
118
7º Ano –Área Artes Visuais:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco
8º Ano – Área Artes Visuais:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual, mista...
Indústria Cultural Vanguardas Arte Contemporânea
9º Ano – Área Artes Visuais:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura- fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte Performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino- Americana Hip Hop
119
6º Ano – Área Teatro:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Enredo, roteiro Espaço Cênico. Adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero; Tragédia, Comédia, Circo
Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento
7º Ano – Área Teatro:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização
Comédia dell’arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano
8º Ano – Área Teatro:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo
120
9º Ano – Área Teatro:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino
Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas
6º Ano – Área Dança:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera, Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo(livre e Interrompido) Rápido e Lento Formação Níveis ( alto, médio, baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular
Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica
121
7º Ano – Área Dança:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Movimento Corporal Tempo Espaço
Ponto de Apoio,Rotaçao, Coreografia, Slato e queda, Peso (leve e pesado) Fluxo( livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Níveis (alto, baixo, médio) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica.
Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena
8º Ano – Área Dança:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Movimento Corporal Tempo Espaço
Giro, Rolamento, Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação coreografia Sonopastia Gênero:Indústria Cultural e espetáculo
Hip Hop, Musicais, Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna
9º Ano – Área Dança:
Conteúdos Estruturantes
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdo básico para a série
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Ponto de Apoio Peso, Fluxo Quedas, Saltos, Giros, Rolamentos Extensão(perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna
Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea
122
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Superfície Textura Volume Luz Cor
Figurativa Abstrata Figura-Fundo Bidimensional Tridimensional Semelhanças contrastes Ritmo visual Gênero: paisagem, retrato, natureza morta Técnicas: pintura, gravura, desenho, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo...
Arte Pré-histórica, Arte Egípcia, Arte greco-romana, Arte pré-colombiana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Arte Bizantina, Românica, Arte Gótica, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Impressionismo, Fauvismo, Expressionismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo, Surrealismo, Op Art, Pop Art, Arte Naif, Vanguardas artísticas, Arte popular, indígena, Arte Brasileira, Paranaense, Indústria Cultural , Arte Latino Americana, Muralismo
MÚSICA Altura Duração Timbre intensidade
Ritmo, melodia, Harmonia tonal, modal Contemporânea Escalas Sonoplastias Estrutura Gênero: erudita folclórica... Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação
Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Medieval, Renascimento, Rap, Tecno, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Vanguardas artísticas, Música eletrônica, Música popular Brasileira, Arte popular, Arte indígena, Arte Brasileira e Paranaense, Indústria Cultural, Música Latino-americana
TEATRO
Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais). Ação Espaço
Representação, Texto dramático, roteiro, espaço cênico, cenografia, figurino, adereços, máscaras, caracterização e maquiagem. Gêneros: tragédia, comédia, Drama, Rua... Técnicas: jogos teatrais, enredo, manipulação, bonecos, sombras, monólogos.
Arte Greco-Romana, Oriental, Africana, Medieval, Renascimento, Barroco, neoclassicismo, Realismo, expressionismo, popular, ,indígena, contemporâneo, teatro pobre, teatro do oprimido, fantoches.
DANÇA
Movimento
corporal
Tempo
Espaço
Eixo Dinâmica Aceleração Ponto de apoio Rotação Deslocamento Coreografia Gêneros: folclóricos e de salão, étnica
Arte Greco-Romana, Oriental, Africana, Medieval, Renascimento, Barroco, neoclassicismo, Realismo, expressionismo, popular, indígena, dança circular, indústria cultural, dança clássica, dança moderna, dança contemporânea, hip hop, arte latino americana.
123
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de arte deve possibilitar o acesso e mediar a percepção e
apropriação dos conhecimentos, para que o aluno possa interpretar as obras através
da leitura formal e informal das imagens e apreender aspectos de sua dimensão
singular e social, e, dessa forma, pretende-se que os alunos adquiram
conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para
expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.
A mediação dos conteúdos selecionados na Educação Básica será efetuada a
partir do contexto sociocultural dos educandos com o uso de tecnologias e mídias
como vídeos, DVDs, TV pendrive, computadores fotografias e outros, nas diversas
linguagens artísticas (Artes Visuais, música, teatro e dança), norteada por três
abordagens pedagógicas: Teorizar (conceitos artísticos); Sentir e perceber
(apreciação e fruição); Trabalho artístico (prática criativa). Durante a prática e o
desenvolvimento dos conteúdos serão abordados e inseridos de forma
contextualizada, referencias aos desafios educacionais contemporâneos.
Para o desenvolvimento de tais práticas, além do uso de recursos didáticos,
como livros, revistas, papéis diversos, tintas, pincéis, tesoura, cola, entre outros,
também devem ser utilizados recursos tecnológicos, como TV, computador,
fotografias, vídeos, imagens digitais, etc.
Os conteúdos obrigatórios, conforme dispostos na Instrução 009/11
SUED/SEED, serão trabalhados concomitantes aos conteúdos específicos da
disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Arte.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de Arte é diagnóstica e processual, contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos, o desenvolvimento formativo e cultural do aluno, deve levar
em consideração a capacidade individual, o desenvolvimento cognitivo do aluno e
sua participação nas atividades realizadas.
Dessa forma, a avaliação em arte busca propiciar aprendizagens socialmente
124
significativas para o aluno não estabelecendo parâmetros comparativos entre
educandos, discutindo dificuldades e progressos de cada um, a partir da própria
produção, verificando-se o pensamento estético levando em conta a sistematização
dos conhecimentos, inclui a observação e registro do processo de aprendizagem,
com avanços e dificuldades percebidos na apropriação de conhecimentos pelos
alunos, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e
a dos colegas.
É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e percurso
escolar diferenciado de conhecimentos artísticos, e assim, a forma e a profundidade
de sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo.
O ato de avaliar exige que se defina aonde se quer chegar, também que se
estabeleçam os critérios. Dentre estes, os principais a serem levados em
consideração no processo avaliativo são a composição estética, cromática, espacial,
proporção, plano e profundidade. Em seguida são escolhidos os procedimentos,
inclusive aqueles que são referentes à seleção de instrumentos que serão utilizados
no processo de ensino e de aprendizagem.
Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos artísticos individuais e em
grupo, pesquisas bibliográficas, provas teóricas e práticas, debates, registros em
forma de relatórios, portfólio, audiovisual e outros, desenvolvimento individual ou em
grupo em todas as linguagens de arte, avaliando a criatividade e pesquisa. Os
registros de notas serão expressos em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula
zero), sendo diagnóstica, contínua e cumulativa feita por meio de, no mínimo, dois
instrumentos distintos, com valores proporcionalmente adequados ao instrumento
avaliativo e aos conteúdos avaliados, sendo que o valor das provas não poderá
ultrapassar oitenta por cento da nota global do bimestre. Esta, por sua vez, será
efetuada pela somatória das notas parciais. Em caso de alunos com necessidades
especiais a forma de avaliação será adaptada de acordo com suas necessidades.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
125
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
A recuperação paralela quando necessária será feita com a retomada dos
conteúdos trabalhados no decorrer do bimestre, porém de forma diferente de acordo
com o nível e a dificuldade de cada aluno, sendo realizadas novas avaliações, por
meio de instrumentos adequados, de forma que o aluno possa recuperar também
suas notas. A recuperação paralela, dos conteúdos será ofertada para todos. Se
constituirá na recuperação dos conteúdos trabalhados ao longo do bimestre e
ofertada uma nova oportunidade de avaliação para a recuperação da nota bimestral,
podendo ser aplicados provas ou testes escritos ou trabalhos, prevalecendo, nesta
situação, o valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da
escola. o valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola.
Sendo assim, poderá ser oferecido um instrumento para recuperar o
aproveitamento/nota das provas (com valor de seis pontos) e um instrumento para
recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de quatro pontos).
5. REFERÊNCIAS
ARNHEIM, Rudolf, Arte e percepção Visual - uma Psicologia da Visão Criadora, 1.ª edição, Editora Pioneira, São Paulo, 2002. BARBOSA, Ana Mae, A imagem no ensino da arte, 5.ª edição, São Paulo, Editora Perspectiva, 2004.
126
BUORO, Anamélia Bueno, O olhar em construção - uma experiência de ensino e aprendizagem na escola, Ed, Cortez, 5.ª edição, São Paulo, SP, 1996. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - ARTE. Secretaria do Estado da Educação do Paraná. 2008. GOMBRITCH, E. H., A História da Arte, Editora Zahar, Rio de janeiro, 1985. HADDADIM, M. A Arte de fazer arte. São Paulo. Saraiva, 2002 OSTROWER, Fayga, Criatividade e Processos de Criação, 12.ª edição, Editora Vozes, Petrópolis, 1997. PENTEADO, José de Arruda, Comunicação Visual e Expressão. Volume I, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1997. PROENÇA, Graça, História da Arte, 16.ª edição, Editora Ática, São Paulo-SP, 2003.
127
15.5.2. BIOLOGIA
1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Educação é o processo vital de desenvolvimento e formação da
personalidade. A educação não se confunde com a mera adaptação do indivíduo ao
meio, pois é atividade criadora e abrange o homem em todos seus aspectos. O
objetivo primordial da educação é dotar o homem de instrumentos culturais capazes
de impulsionar as transformações materiais e espirituais exigidas pela dinâmica da
sociedade. A educação aumenta o poder do homem sobre a natureza e, ao mesmo
tempo, busca conformá-lo com os objetivos de progresso e equilíbrio social da
coletividade a que pertence. Assim a Biologia participa do desenvolvimento
específico-tecnológico com importantes contribuições específicas, cujas
decorrências têm alcance econômico, social e político, sendo esta indispensável do
currículo escolar.
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA e ainda,
ligar esta disciplina ao tripé: ciência, tecnologia e sociedade, levando os alunos a
elaborar temas associados à história da ciência, ao cotidiano, às conquistas
tecnológicas e suas implicações éticas (PAULINO, R. W, 2006, p. 03).
Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as observações
dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram
sendo registradas nas pinturas rupestres, representando seu interesse em explorar a
natureza. A história da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem
registrada desde a antiguidade.
Na Idade Média, sob influência do cristianismo, a Igreja tornou-se uma
instituição poderosa não apenas no aspecto religioso, mas também influindo na vida
social, política e econômica, a visão teocêntrica apresentada pela Igreja repercutiu
nas implicações sobre a natureza “para tudo que não podia ser explicado, visto ou
reproduzido, havia uma razão divina” (RAW, 2002, p. 13).
O período entre a Idade Média e Idade Moderna é marcado pela ampliação da
sociedade comercial. Na história da Ciência na Renascença, é introduzido o
pensamento matemático e ainda, estudos botânicos com o objetivo de descrever
128
através da observação direta de fontes originais. Na zoologia também ocorre a
descrição, mas de forma comparativa e classificatória. (RONAN, 1997).
No contexto do pensamento descritivo, conceitua-se VIDA “como expressão
da natureza idealizada pelo sujeito racional“ (RUSS, 1994, p. 360 – 363). Com o
passar do tempo a Ciência ou então a VIDA foi estudada de pontos de vista
diferentes e, partindo-se da dimensão histórica da disciplina de Biologia foram
identificados os marcos conceituais da construção do pensamento biológico. Estes
marcos foram utilizados como critérios para a escolha dos Conteúdos Estruturantes
e dos Encaminhamentos Metodológicos. Cabe ressaltar que a importância desta
compreensão histórica e filosófica da Ciência está em conformidade com o atual
contexto socioeconômico e político, estabelecido a partir da compreensão da
concepção de Ciência enquanto construção humana.
A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser
entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento
humano (ANDERY, 1988). Compreendida assim é mais uma das formas de
conhecimento produzido pelo desenvolvimento do homem e determinada pelas
necessidades materiais deste em cada momento histórico.
A preocupação com o entendimento dos fenômenos naturais e a explicação
racional da natureza, levou o homem a propor concepções do mundo e
interpretações que influenciam e são influenciadas pelo processo histórico da própria
humanidade.
KNELLER (1980, p. 13) afirma que:
(...) a Ciência é intrinsecamente histórica. Não só o conhecimento científico, mas também as técnicas pelas quais ele é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que os apóiam, tudo isso muda em resposta os desenvolvimentos nelas e no mundo social e cultural a que pertencem. Se quisermos entender o que a Ciência realmente é, devemos considerá-la em primeiro lugar e acima de tudo como uma sucessão de movimentos dentro do movimento mais amplo da própria civilização.
A Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e
atuantes, por meio de conteúdos, desde que proporcionem o entendimento do objeto
de estudo, o fenômeno VIDA – em toda sua complexidade de relações, ou seja, na
organização dos seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, do
129
estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade
genética, hereditariedade e relações ecológicas, e das implicações biológicas do
fenômeno VIDA.
A prática pedagógica tem desconsiderado, tradicional e historicamente,
algumas questões relevantes para o ensino de ciências nas escolas. O conteúdo do
ensino é entendido e visto como resultado já pronto, estabelecido e fixado pelas
autoridades no assunto. Desta forma, o conhecido se reduz à definição.
A escola deve contribuir para que o sujeito entenda seu papel enquanto
cidadão integrante da realidade social do mundo contemporâneo e suas
transformações tecnológicas.
Algumas contradições ainda resistem no ensino das Ciências. Gil-Perez
(1996) destaca que apesar da grande importância dada à experimentação, o ensino
de ciências permanece livresco, com pouco trabalho prático, o conhecimento
científico é apresentado num estado final, sem referência às situações problemáticas
que estão na evolução histórica ou a limitação do conhecimento que aparece como
absoluta verdade não sujeita a mudança; o conhecimento científico aparece como
resultado de desenvolvimento linear, ignorando crises e reestruturações, a ciência é
vista como atividade isolada, ignorando o trabalho cooperativo e interação entre
grupos de pesquisas, esquece-se do complexo ciência – tecnologia – sociedade.
Outro fator que deve ser levado em consideração é que não se deve mitificar
a ciência e nem banalizá-la.
A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser
entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento
humano (ANDERY, 1988). Compreendida assim, é mais uma das formas de
conhecimento produzido pelo desenvolvimento do homem e determinada pelas
necessidades materiais deste em cada momento histórico.
A preocupação com o entendimento dos fenômenos naturais e a explicação
racional da natureza, levou o homem a propor concepções de mundo e
interpretações que influenciam e são influenciadas pelo processo histórico da própria
humanidade.
Se a incorporação da Ciência aos meios de produção promoveu
intensificações nos avanços da sociedade, não se pode considerar que a Ciência
130
somente acumula teorias, fatos, noções científicas aceitas na prática do cientista,
mas que cria modelos paradigmáticos que nascem da utilidade da Ciência em
resposta às necessidades da sociedade.
Dessa forma estabelecem-se os seguintes objetivos para a disciplina de
Biologia:
- desenvolver o pensamento biológico de forma a permitir a reflexão sobre a origem,
o significado, a estrutura orgânica e as relações do objeto de estudo da disciplina, o
fenômeno vida;
- descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados
em microscópio ou a olho nu;
- perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia;
- apresentar suposições e hipóteses acerca de fenômenos biológicos em estudo;
- apresentar de forma organizada, o conhecimento biológico apreendido, através de
textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc.;
- conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento,
leitura de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema
biológico de estudo;
- expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca de fenômenos biológicos;
-relacionar fenômenos, fatos, ideias e processos em biologia, elaborando
conceitos, identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações;
- utilizar critérios científicos para explicar como ocorrem as transformações de
animais, vegetais, etc;
- relacionar os diversos conteúdos conceituais de Biologia (lógica interna) na
compreensão de fenômenos;
- estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo biológico;
- selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de
problemas, fazendo uso, quando for o caso, de tratamento estatístico na análise de
dados coletados;
- formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados,
utilizando elementos da Biologia;
- utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado
(existencial ou escolar);
131
- relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos
ou de processos biológicos (lógica externa);
- reconhecer a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da
conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e
tecnológicos;
- identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos de
senso comum relacionados a aspectos biológicos;
- reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações produzidas
pelo seu ambiente;
- julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam à preservação e a
implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente;
- identificar as relações entre conhecimento específico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
Com o objetivo de construir um currículo que promova uma nova relação
professor- aluno- conhecimento, faz-se necessário compreender a concepção e a
epistemologia da Ciência presentes na História e Filosofia da Ciência e a
constituição da Biologia como Ciência e como disciplina escolar, para a partir disso
construir o conceito de Conteúdo Estruturante.
Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo
disciplinar sempre esteve pautado pelo fenômeno VIDA e influenciado pelo
pensamento historicamente construído, correspondente à concepção de Ciência de
cada época à maneira de conhecer a natureza.
Os conteúdos estruturantes foram assim relacionados:
Organização dos seres vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade: relações ecológicas, modificações evolutivas e variabilidade
genética.
Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA.
132
Para cada Conteúdo Estruturante, propõe-se:
1. ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS: propõe-se a observação e descrição
dos seres vivos. Busca-se partir desta metodologia ampliando a discussão
para a comparação das características estruturais anatômicas e
comportamentais dos seres, realizando discussões entre os critérios usados
desde Linné até a atualidade com a introdução da análise genômica,
propiciando a compreensão sobre como o pensamento humano, partindo da
compreensão de mundo imutável, chegou ao modelo de mundo em
constante mudança.
2. MECANISMOS BIOLÓGICOS: fundamenta-se no paradigma para explicar
os mecanismos biológicos. Por isso, baseia-se na análise dos
conhecimentos biológicos sob uma perspectiva fragmentada, conhecendo-
se as partes, utilizando as ideias do método científico propondo hipóteses
que permitam analisar como os sistemas biológicos funcionam. Nesta
diretriz, considera-se que este conhecimento, isoladamente é insuficiente
para permitir ao aluno compreender as relações que se estabelecem entre
os diversos mecanismos para manutenção da vida. É importante que o
professor considere o aprofundamento, a especialização, o conhecimento
objetivo como ponto de partida para que se possa compreende os sistemas
vivos como fruto da interação entre seus elementos constituintes e da
interação deste sistema com os demais componentes do seu meio.
3. BIODIVERSIDADE: fundamenta-se no paradigma evolutivo. Sendo a
concepção de Ciência entendida como construção humana , a metodologia
do ensino neste Conteúdo Estruturante pretende caracterizar a diversidade
da VIDA como um conjunto de processos organizados e integrados, quer no
nível de uma célula, de um indivíduo, ou, ainda, de organismos no seu
meio. Nesta diretriz, pretende-se que as reflexões propostas, neste
Conteúdo Estruturante, partam das contribuições de Lamarck e Darwin para
superar as ideias fixistas, já superadas há muito pela ciência e
supostamente pela sociedade. Pretende-se a superação das concepções
alternativas do aluno com a aproximação das concepções científicas,
procurando compreender os conceitos da genética, da evolução e da
133
ecologia, como forma de explicar a diversidade dos seres vivos.
4. IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENOMENO VIDA:
fundamenta-se no paradigma da manipulação genética. Ao propor o
paradigma da manipulação genética não significa que esteja sendo
proposta a manipulação do material genético nos laboratórios escolares. O
que se pretende, nesta diretriz, é garantir a reflexão sobre as implicações
dos avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade. Uma
possibilidade metodológica a ser usada é a problematização. Esta proposta
metodológica parte do princípio da provocação e mobilização do aluno na
busca por conhecimentos necessários para a resolução de problemas.
Estes problemas relacionam os conteúdos da Biologia ao cotidiano do aluno
para que ele busque compreender e atuar na sociedade de forma crítica.
Sendo assim, os conteúdos estruturantes apontam como a Biologia se
constituiu como conhecimento, e como esta tem influenciado na construção de uma
concepção de mundo contribuindo para que se possam compreender as implicações
sociais, políticas, econômicas e ambientais que envolvem a apropriação deste
conhecimento biológico pela sociedade.
Os Conteúdos Estruturantes de Biologia foram estabelecidos buscando-se
sua historicidade para que se perceba a não neutralidade da construção do
pensamento científico e o caráter transitório do conhecimento elaborado.
Desta forma, a disciplina de Biologia é capaz de relacionar diversos
conhecimentos específicos entre si e com outras áreas e deve priorizar o
desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos e propiciar reflexão
constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões
emergentes.
No que diz respeito a inserção dos Conteúdos Obrigatórios nos currículos
escolares, em conformidade com a Instrução 009/11, acrescentamos os itens que
serão articulados aos conteúdos estruturantes:
Estudos sobre as teorias antropológicas:
Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos. Essa análise deve
considerar os aspectos políticos, econômicos, ambientais, culturais e sociais
134
intrínsecos à referida situação;
Estudo das características biológicas (biotipo) dos diversos povos;
Hábitos alimentares e condimentos da cultura afro-brasileira;
Plantas medicinais;
Medicina indígena;
Hábitos alimentares indígenas (caça, pesca);
Agricultura;
Trabalho no campo: divisão social e territorial;
Cultura e identidade;
Interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável
(plantio, colheita);
Organização política, movimentos sociais e cidadania.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Características gerais dos seres vivos
Fundamentos Químicos das Células
Organização Celular
Células e Energia
Material Genético
Núcleo e Divisão Celular
Embriologia – a reprodução e o desenvolvimento da espécie humana
Desenvolvimento Embrionário – segmentação, gastrulação e organogênese
Anexos Embrionários
Histologia Animal
Implicações dos avanços biológicos
Classificação dos Seres Vivos – categorias taxonômicas e nomenclatura
Os Reinos dos Seres Vivos – definições e Curiosidades
Vírus
Bactérias
Reino Protista
Reino Animalia
135
Filo Chordata
Reino Plantae
Organização Geral das Plantas
Fisiologia Vegetal
Fundamentos e Hereditariedade
Herança de dois ou mais pares de Alelos
Sexo e Herança
Fisiologia e Anatomia Humana e Animal Comparada
Origem de Vida
Ecologia
Evolução
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino dos conteúdos específicos de Biologia aponta para as seguintes
estratégias metodológicas de ensino: prática social, problematização,
instrumentalização, catarse e o retorno à prática social (GASPARIN, 2002; SAVIANI,
1997).
1. PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo
é perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno
a partir de uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito
do conteúdo a ser trabalhado.
2. PROBLEMATIZAÇÃO: é o momento para detectar e apontar as questões
que precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em
consequência, estabelecer quais conhecimentos são necessários para a
resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação desse
conhecimento.
3. INSTRUMENTALIZAÇÃO: consiste em apresentar os conteúdos
sistematizados para que os alunos assimilem e os transformem em
instrumento de construção pessoal e profissional. Neste contexto, que os
alunos apropriem-se das ferramentas culturais necessárias à luta social
para superar a condição de exploração em que vivem.
136
4. CATARSE: é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de
conhecimento e o problema em questão. A partir da aproximação dos
instrumentos culturais, transformados em elementos ativos de
transformação social, e assim sendo, o aluno passa ao entendimento e
elaboração de novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação
para a conscientização.
5. RETORNO À PRATICA SOCIAL: caracteriza-se pelo retorno à prática
social, com o saber concreto e pensando para atuar e transformar as
relações de produção que impedem a construção de uma nova sociedade
mais igualitária. A situação de compreensão sincrética apresentada pelo
aluno no início do processo passa de um estágio de menor compreensão do
conhecimento científico a uma fase de maior clareza e compreensão
explicativa numa visão sindética. Neste contexto, o processo educacional
põe-se a serviço da referida transformação das relações de produção.
Para pensar sobre o currículo e sobre o ensino de Biologia o conhecimento
científico é fundamental, mas não suficiente. É essencial considerar o
desenvolvimento cognitivo dos estudantes, relacionado às suas experiências, sua
idade, sua identidade cultural e social, e os diferentes significados e valores que as
Ciências Naturais podem ter para eles, para que a aprendizagem seja significativa.
Neste contexto serão trabalhados:
Avaliação diferenciada;
Material apropriado;
Atenção mais direcionada;
Respeito às limitações.
Dessa forma, considera-se de grande importância não só o
acompanhamento do livro didático, que, na maioria das vezes é o único instrumento
disponível, mas também a disposição de outros instrumentos como revistas, vídeos,
exemplares de seres vivos, alimentos naturais e industrializados, laboratórios de
informática, TV pen drive, data show, DVDs, microscópio, reagentes e equipamentos
experimentais, passeios em parques, florestas, matas ciliares, fontes de captação de
água potável, lixões, materiais diversos, entre outros, de acordo com a necessidade
137
e possibilidade para um aprendizado mais efetivo.
Outras metodologias, além daquelas expositivas e orais por parte do
professor, que envolvam a plena participação do aluno, exigindo dele o
desenvolvimento de diferentes capacidades, são de fundamental importância, como
por exemplo, os trabalhos de pesquisa, discussões, leituras complementares,
experimentos, coleta, classificação e catalogação de materiais, confecção de
cartazes, produção de texto acerca de determinados temas, entre outros, tanto de
forma individual como em grupo.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é um dos aspectos do processo ensino-aprendizagem que mais
se faz necessária uma mudança didática, favorecendo a uma reflexão crítica de
ideias e comportamentos docentes (CARVALHO, 2001). É preciso compreender a
avaliação como prática emancipadora. Deste modo, a avaliação na disciplina de
Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade é obter
informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela
intervir e reformular os processos de aprendizagem.
Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, a avaliação
se inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e
continua a se evidenciar durante toda a sua situação escolar. Assim, o que constitui
a avaliação ao término de um período de trabalho é o resultado tanto de um
acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor como de momentos
específicos de formalização, ou seja, a demonstração de que as metas de formação
de cada etapa foram alcançadas.
Coerentemente com a concepção de conteúdos e com os objetivos
propostos, a avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos
estudantes com relação à aprendizagem não só de conceitos, mas também de
procedimentos e atitudes. Dessa forma, é de fundamental importância dispor de
diversos instrumentos e situações que possibilitem avaliar diferentes aprendizagens,
como por exemplo, além de testes orais e escritos, para verificar o conhecimento
dos conteúdos, também é necessário levar em consideração o desenvolvimento do
138
aluno durante todo o processo de ensino, na elaboração de trabalhos individuais e
em grupo, a capacidade de questionar determinados aspectos e posições sobre os
temas, a capacidade de levantar hipóteses e propor soluções para diversas
questões, e, ainda, o desenvolvimento da capacidade de fazer generalizações e
compreender as especificidades.
Assim, entende-se que a avaliação propõe-se a ser diagnóstica e
sistemática, levando em conta os diferentes pontos de vista acerca do
desenvolvimento do aluno, balanceando suas capacidades e dificuldades na
tentativa de fazer superá-las, para que ao final do período se possa diagnosticar a
sua capacidade primeira, que é a sua formação cidadã.
O aluno será avaliado por no mínimo dois instrumentos diversificados durante
o bimestre diversos conteúdos da disciplina como. Para isso, serão utilizados:
relatórios, seminários, pesquisas, questionários, provas escritas objetivas e
discursivas, com ou sem consulta ao conteúdo; participação e desenvolvimento das
atividades em sala de aula; trabalhos em grupos. Os registros de notas serão
expressos em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), sendo diagnóstica,
contínua e cumulativa feita por meio de, no mínimo, dois instrumentos distintos, com
valores proporcionalmente adequados ao instrumento avaliativo e aos conteúdos
avaliados, sendo que o valor das provas não poderá ultrapassar oitenta por cento da
nota global do bimestre. Esta, por sua vez, será efetuada pela somatória das notas
parciais.
Não esquecendo de levar em consideração o fato de existirem alunos com
necessidades especiais que necessitam de avaliações de formas diferenciadas que
levem ao bom entendimento e desempenho do aluno como avaliações orais,
ampliadas, etc.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
139
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
A recuperação paralela, dos conteúdos será ofertada para todos. Se
constituirá na recuperação dos conteúdos trabalhados ao longo do bimestre e
ofertada uma nova oportunidade de avaliação para a recuperação da nota bimestral,
podendo ser aplicados provas ou testes escritos ou trabalhos, prevalecendo, nesta
situação, o valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da
escola. o valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola.
Sendo assim, poderá ser oferecido um instrumento para recuperar o
aproveitamento/nota das provas (com valor de seis pontos) e um instrumento para
recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de quatro pontos).
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. E, ainda,
se busca critérios avaliativos a serem alcançados pelo professor que serão descritos
no Plano de Trabalho Docente a cada conteúdo básico aplicado na referida
disciplina no decorrer do ano letivo. Professores e alunos tornam-se observadores
dos avanços e dificuldades a fim de superar os obstáculos.
5. REFERÊNCIAS
ANDERY, M. A. Para compreender a Ciência. Editora Educ.: São Paulo, 1998. Caderno Temático – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Secretaria do Estado da Educação. Curitiba PR/ BR – 2005. CARVALHO, A. M. P. Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. Editora Pioneira: São Paulo, 2004.
140
DE ROBERTIS, EDP, DE ROBERTIS JR. EMF. Bases da Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE BIOLOGIA. GOVERNO DO PARANÁ - SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Paraná 2008. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná. GASPARIM, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-crítica. Editora Autores Associados: Campinas, 2002. HELENE, M. E. M. Evolução e Biodiversidade: o que nós temos com isso? São Paulo: Scipione, 1996. JUNQUEIRA, L. C. CARNEIRO, 1. Histologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990. _______. Noções Básicas de Citologia, Histologia e Embriologia. São Paulo: Nobel, 1983. J. LAURENCE, Biologia. São Paulo: Nova Geração Editora, 2005. KNELLER, G. F. A Ciência como atividade humana. Editora Zahar: São Paulo, 1980. LIBÂNEO, J. C. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: Revista da ANDE, nº 6, p. 1-19, 1983. LIMA, C. P. Genética Humana. Harbra, 1984. MIZUKAMI, M. G.N. Ensino: as abordagens do processo. Editora EPU, 1986. OLIVEIRA, N. S. de Anatomia e Fisiologia Humana. Goiânia/GO: AB Editora, 2002. PAULINO, W. P. Biologia. Editora Ática: São Paulo, 2005. RAW, I. Aventuras da Microbiologia. Hacker Editores. São Paulo, 2002. ROMER, A, PARSONS, T. S. Anatomia Comparada dos Vertebrados. São Paulo: Atheneu, 1985. RONAN C. A. História Ilustrada da Ciência. Oriente, Roma e Idade Média. Vol.2. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro, 1997. RUSS, J. Dicionário da Filosofia. Editora Scipione: São Paulo, 1994. Saberes e Práticas da Inclusão. Ministério da Educação. Secretaria da Educação
141
Especial. Brasília – 2005. SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. Autores Associados. Campinas, São Paulo, 1997. STORER, T, STEBBINS R. C. Zoologia Geral. São Paulo: Companhia Nacional,
2002.
142
15.5.3. CIÊNCIAS
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Atualmente as discussões pedagógicas atuais trazem as mudanças e
exigências para um novo ensino que hoje visa à formação de cidadãos e, mais
especificamente, os professores das Ciências da Natureza, que tem grande parcela
de contribuição nessa formação para a cidadania, já que é ela que reforça a
construção do conhecimento humano.
Segundo FRACALANZA (1994), os primeiros sinais de inovação para o
ensino de Ciências apareceram durante a década de 50, tendo como finalidade
fornecer ao aluno o patrimônio de conhecimentos construídos pela humanidade
através da história, e levando-lhe o produto da Ciência pronto e organizado, e tendo
como figura central o professor, com sua metodologia baseada em oralidade e
visualização, visando à memorização por parte do aluno.
Nesse período, denominado de pós-guerra, a educação no Brasil era
discutida em torno do eixo descentralização, após a Reforma de Ensino Capanema
de 1942 e da promulgação da quarta Constituição Republicana de 18 de setembro
de 1946. A Reforma Capanema, relativa ao ensino secundário, impunha o
desenvolvimento da moralidade e do civismo, o que RIBEIRO (1984) aponta como
um retrocesso educacional sintonizado com o modelo nazifascista de
desenvolvimento copiado dos Estados Unidos que reafirmava os princípios de
democratização da educação, dando prioridade à gratuidade do ensino primário e
seletividade de gratuidade do ensino secundário.
Com relação ao ensino de Ciências, o primeiro grande impulso de
reestruturação deu-se com o fim da Segunda Guerra Mundial e com o lançamento
do Sputnik, em 1957. KRASILCHIK (1987, p. 6-7) relata que naquela época o latim
era o mais importante na escola brasileira, sendo que sua “carga horária era de três
aulas semanais nas terceira e quarta séries do curso ginasial. Física, Química e
História Natural apareciam apenas no currículo do curso colegial, além disso, o
ensino de ciências era, como hoje, teórico, livresco, memorístico, estimulando a
passividade”.
143
Nos anos sessenta, a partir da promulgação da LDB de 1961, que se baseou
nas transformações sociais e políticas da época, o ensino de um modo geral e o de
Ciências em particular adquirem característica peculiar no que diz respeito à
formação do homem comum para um cidadão como um todo, incorporando o
objetivo de permitir a vivência do método científico, com a implementação de
laboratórios onde a realização de atividades práticas pelo aluno reportaria à
valorização do processo de obtenção do conhecimento (KRASILCHIK, 1987).
O método da redescoberta caracterizava a influência tecnicista no ensino de
Ciências, cujos alicerces eram os chamados livros-curso que traziam a proposta
completa de conteúdos e ainda a metodologia que o professor deveria aplicar, sem
poder libertar-se do modelo original.
Em 1971, a LDB nº 5692 estendia o ensino de Ciências para as oito séries do
antigo primeiro grau, cujas propostas de renovação orientavam-se no avanço
científico, é claro, mas também no movimento Escola Nova. Nesse contexto, o plano
de metodologia de ensino tinha como proposta básica de atividades a vivência do
método científico com atividades laboratoriais simuladas, onde o aluno reproduzia
uma sequencia de etapas, que eram consideradas necessárias para sua descoberta,
ou obtenção de conhecimentos (FRACALANZA, 1994).
Outra questão importante que influiu no ensino de Ciências na década de 70
foi a preocupação com o meio ambiente, em decorrência do desenvolvimento
industrial desenfreado que suscitou um relevante interesse pela educação
ambiental, cujo tema passou a fazer parte dos novos currículos de ensino, com
realce à compreensão do equilíbrio ecológico da natureza. Tudo isso foi incorporado
em um novo objetivo para o ensino de Ciências, ou seja, fazer com que o aluno
fosse capaz de perceber e discutir as consequências sociais do próprio
desenvolvimento científico. Segundo KRASILCHIK (1987, p. 17): “Esse objetivo
passou a constituir a nova ênfase dos projetos curriculares, evidenciando a
influência dos problemas sociais que se exacerbaram na década de setenta e
determinaram um novo momento da expansão das metas de ensino de Ciências. O
que agora se visava era incorporar, ao racionalismo subjacente ao processo
científico, a análise de valores e o reconhecimento de que a Ciência não era neutra”.
Frente às discrepâncias observadas nas décadas anteriores e levando em
144
conta a necessidade de direcionar o ensino de forma a responder às mudanças
sociais da época, nos anos oitenta o ensino de Ciências passa a ser incluído nas
Ciências Humanas e Sociais, dando ênfase à ciência como construção do
conhecimento e também à Filosofia da Ciência, além de considerar a bagagem de
conhecimentos do aluno, mesmo de senso comum, no processo de aprendizagem.
Todas as tentativas de mudança mostraram, de certa forma, que o ensino de
Ciências ainda está longe do ideal, fazendo da década de 80 um período de novas
discussões a respeito, gerando controvérsias acerca dos métodos e pedagogias a
serem aplicados. As mudanças sociais dessa época situaram-se em torno da crise
social e econômica, o que se refletiu na educação. Outro fato importante foi a
promoção de Feiras de Ciências, principalmente no sul do país que, na opinião de
HENNING (1994, p.72), “não se constituem apenas em um empreendimento
sociocientífico e sim em uma estratégia de ensino promissora, capaz de
proporcionar aos alunos o real fazer científico e sua única chance de serem
criativos."
Nos dias de hoje, o ensino de Ciências deve ter em vista o fato de que a
Ciência como um todo é produto humano e, portanto, algo mutável e passível de
contradições, não se constituindo, como se pensava anteriormente, num objeto
estanque e imune de incertezas e questionamentos.
Percebem-se as grandes diferenças acerca da educação em Ciências nos
vários períodos, devidas às ideologias e aos contextos sócio-político-culturais
predominantes em cada um deles. Percebem-se, também, as tentativas de
adaptações do ensino às necessidades que os contextos vinham exigindo, e
também as dificuldades e pontos negativos que até os dias de hoje refletem-se na
sala de aula, revelando assim, a importância do ensino de Ciências na escola
brasileira, que necessita de constante adaptação.
Hoje, temos mais uma vez, mudanças nas concepções de Ciência, Educação
e Sociedade. A de Educação como sendo o cerne para a formação de cidadãos,
sendo que o Ensino Fundamental passa a ter duração de nove anos, e que a partir
do ano letivo de 2012, as atuais 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries (séries finais), passarão a ser
denominadas 6.º, 7.º, 8.º e 9.º anos, respectivamente, conforme a LDB n. 9394/96, a
Resolução n.º 7/2010-CNE/CEB, a Deliberação n.º 03/2006-CEE/CEB, o Parecer n.º
145
407/2011-CEE/CEB e a Instrução n.º 008/2011-SUED/SEED.
A Ciência passa a ser vista como construção humana histórico-social e a
Sociedade como resultado do processo de educação escolar, e que, num mundo de
globalização está diretamente influenciando as mudanças no processo de
aprendizagem.
O ensino de Ciências tem por meta a desmistificação da Ciência e a
democratização dos conhecimentos científicos, promovendo a alfabetização
científica do sujeito centrada na inter-relação entre conhecimento científico, contexto
social e ética, permeando, desse modo, as implicações filosóficas do ensino, da
aprendizagem, da produção de conhecimento e da aplicação das Ciências.
Tendo em vista todos estes pressupostos e baseando-se nas Diretrizes
Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental, um novo ensino de Ciências
deverá ser construído sobre a proposta de conteúdos estruturantes que são:
ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E
BIODIVERSIDADE, os quais deverão ser contemplados em todas as quatro séries
do Ensino Fundamental dentro dos conteúdos específicos para cada uma, de acordo
com o nível de desenvolvimento intelectual dos educandos.
Na tentativa de contribuir para a efetivação da nova proposta de educação em
Ciências, a reflexão e a mudança na prática pedagógica, propõe-se alguns objetivos
a serem alcançados no decorrer do Ensino Fundamental dentro da disciplina de
Ciências, de maneira que o aluno seja capaz de:
• Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade,
como agente de transformação do mundo em que vive, em relação essencial com os
demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
• Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma
atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica,
política e cultural;
• Identificar relações entre o conhecimento científico, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a
tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo
sobre riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas;
• Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
146
coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de
elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e
atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
• Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
• Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta,
comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e
informações;
• Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a
construção coletiva do conhecimento.
• Respeitar as individualidades, as limitações, as qualidades e as diferenças dos
colegas e professores;
• Reconhecer a influência e a contribuição das culturas indígenas brasileiras e as
culturas afro-brasileira e africana para o status cultural, social, ambiental e científico
atual no Brasil;
• Reconhecer a si como agente do campo e a identidade cultural relacionada aos
conhecimentos científicos, à organização social e do trabalho, a interdependência
campo-cidade, a questão agrária e o desenvolvimento sustentável no campo.
Com esses objetivos pretende-se que o aluno desenvolva conhecimentos
que lhe possibilitem perceber o mundo com maior amplitude e que se sinta sujeito
ativo nesse mundo a partir dos subsídios científicos e tecnológicos que ele venha a
receber durante o curso do Ensino Fundamental.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos a serem trabalhados de 5ª a 8ª série neste ano letivo e do 6º ao
9º anos do Ensino Fundamental a partir de 2012, deverão estar divididos nos
seguintes eixos temáticos: ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS,
ENERGIA E BIODIVERSIDADE.
Estes conteúdos estruturantes deverão ter abordagens pedagógicas
considerando a historicidade, a intencionalidade humana, a provisoriedade da
147
ciência, a aplicabilidade dos conhecimentos e as relações e inter relações entre eles
e os conhecimentos das demais disciplinas, para que sejam significativos e se
constituam efetivamente em conhecimentos contextualizados e interdisciplinares.
Os conteúdos básicos a seguir deverão ser trabalhados em todas as quatro
séries finais do Ensino Fundamental, levando-se em consideração os conteúdos
específicos adequados aos níveis intelectuais, etários e sócio-econômico-culturais
dos alunos, e interagindo os conceitos químicos, físicos e biológicos que neles se
inter-relacionam e que a eles se aplicam:
ASTRONOMIA:
6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO
- Universo; - Sistema Solar; - Movimentos Terrestres; - Astros
- Astros; - Movimentos Terrestres; - Movimentos Celestes.
- Origem e evolução do Universo
- Astros; - Gravitação Universal.
MATÉRIA:
6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO
- Constituição da Matéria.
- Constituição da Matéria
- Constituição da Matéria
- Propriedades da Matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS:
6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO
- Níveis de Organização.
- Célula; - Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
- Célula; - Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos; - Mecanismos de herança genética.
ENERGIA:
6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO
- Formas de Energia; - Conversão de Energia; - Transmissão de Energia.
- Formas de energia; - Transmissão de energia
- Formas de energia - Formas de Energia; - Conversão de Energia.
148
BIODIVERSIDADE:
6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO
- Organização dos Seres Vivos; - Ecossistemas; - Evolução dos Seres Vivos.
- Origem da vida; - Organização dos seres vivos; - Sistemática
- Evolução dos Seres Vivos.
- Interações Ecológicas
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para pensar e trabalhar um currículo em Ciências, o conhecimento científico é
fundamental, mas é necessária uma visão maior acerca do que significa a expressão
Educação em Ciências. Desse modo, o essencial é considerar o desenvolvimento
cognitivo dos estudantes, relacionando as suas experiências de vida, a sua
identidade cultural e social, e as concepções que trazem acerca da Ciência e suas
implicações.
Sendo assim, é de importância fundamental a utilização de instrumentos e
estratégias diversas, adequados a cada conteúdo e ao contexto a que se aplicam.
Devem ser desenvolvidas metodologias que estejam além daquelas
expositivas por parte do professor, que envolvam a plena participação do aluno no
aprendizado teórico e prático, exigindo dele o desenvolvimento de diferentes
capacidades. Assim, os trabalhos de pesquisa, as discussões, as leituras
complementares, os experimentos, o trato dos dados, a confecção de materiais
diversos, a produção de textos, as interações em grupos, a construção e a
interpretação de mapas conceituais, o uso da TV pen drive, entre outros, constituem-
se em estratégias ricas para o desenvolvimento intelectual e social do aluno, bem
como para o aprendizado específico dos conteúdos.
Especialmente no que se refere à práticas experimentais, estas devem ser
conduzidas pelo professor de modo a orientar a manipulação dos objetos a serem
utilizados nessas práticas, a forma de executar os experimentos, e também
proporcionar a fundamentação teórica acerca do fenômeno de estudo. Para isso, é
importante a organização prévia do espaço e dos materiais, a formulação de um
roteiro que organize e facilite o trabalho, além das orientações necessárias à
149
elaboração de relatórios.
Considera-se que a variedade de instrumentos também é de fundamental
importância, não somente para o conhecimento de um conteúdo específico, mas
também para oportunizar ao aluno o contato com informações diversas envolvidas
com o objeto de estudo em diversas fontes, como revistas, literaturas específicas,
vídeos, artigos científicos, livros com temas correlatos, e o próprio livro didático, não
fazendo deste o centro das atenções.
Para atender aos estudantes com necessidades educativas especiais, os
materiais também deverão ser adaptados e apropriados para cada necessidade e
devem receber atenção diferenciada com respeito às suas limitações, sem fazer
destas barreiras para a aprendizagem, nem motivos de preconceitos.
É importante também salientar que a nova proposta para o ensino de
Ciências deve ainda contemplar a Lei Nº. 11645/2008 que rege a inserção dos
conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira e Africana nos currículos escolares,
com o objetivo de evadir todo e qualquer tipo de preconceito que possa existir com
relação aos afrodescendentes, uma vez que a cultura brasileira tem suas bases
nessa cultura. Sendo assim, no ensino de Ciências os conteúdos relacionados a
essa temática poderão contemplar o estudo das teorias antropológicas, panoramas
de saúde e características biológicas, hábitos alimentares, uso de plantas medicinais
e outros temas que digam respeito aos conhecimentos físicos, químicos e biológicos
da história e da cultura afro-brasileira e africana.
Outro aspecto a ser contemplado nessa nova proposta de ensino é a questão
dos assuntos indígenas, como seus costumes alimentares, medicinais, produção
e/ou obtenção de alimentos, objetos e instrumentos, uma vez que todo o povo
brasileiro, inclusive o paranaense e o da região deste município tem algum vínculo
com a cultura indígena, principalmente no aspecto cultural, mas também na herança
biológica da miscigenação.
A educação do campo é mais um ponto importante a ser considerado e
respeitado na nova proposta, pois a escola localiza-se numa região
caracteristicamente de campo. Assim, os processos de trabalho, de divisão social e
territorial, a cultura e a identidade, a interdependência entre o campo e a cidade, a
questão agrária e o desenvolvimento sustentável, a organização política, os
150
movimentos sociais e a cidadania, que necessitam ser analisados, compreendidos e
estudados para que essa realidade seja valorizada, as pessoas reconheçam a sua
identidade, possam intervir beneficamente sobre ela, respeitando a natureza da qual
tiram seu sustento e permitam que esses conceitos e valores permaneçam e/ou
sejam aperfeiçoados ao longo das gerações.
Uma proposta tão abrangente não pode deixar de lado a problemática da
educação inclusiva. É necessário, então, que a escola preste atenção à
individualidade, respeitando esses limites e essas potencialidades de maneira
igualitária. Isso não significa, porém, tratar a todos de maneira homogênea ou
promover a homogeneização, mas contemplar os diferentes ritmos e habilidades
dos alunos, favorecendo o desenvolvimento e a aprendizagem individuais de modo
que todos possam crescer. Assim, todos os alunos precisam ser respeitados na sua
individualidade, sejam eles portadores de deficiências físicas, metais, psicológicas,
ou não, os que são diferentes por seu modo de ser e de se relacionar com os
outros, os com dificuldades de aprendizagem, com condutas típicas, os que
apresentam obesidade ou qualquer enfermidade (crônica ou temporária), entre
muitos outros, pois todos são diferentes e é na diferença que a identidade de cada
um deve ser construída, respeitada e reconhecida.
Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos
didáticos e tecnológicos a serem utilizados, serão feitas inserções acerca dos
Conteúdos Obrigatórios da Instrução 009/11 – SUED/ SEED, que serão tratados em
conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostas nas DCEs,
além de promover uma educação Inclusiva, respeitando as capacidades individuais.
4. AVALIAÇÃO
Em concordância com o Projeto Político Pedagógico e com as DCEs, a
Proposta Pedagógica em Ciências compreende a avaliação como um processo
diagnóstico, sistemático, formativo, contínuo e auto regulador do processo
educativo.
A avaliação se constitui, pois, num instrumento de acompanhamento dinâmico
do desenvolvimento do aluno, intelectual e socialmente, e do trabalho pedagógico.
151
Dessa forma, os critérios e instrumentos devem ser os mais variados com o objetivo
de diagnosticar pontos positivos e negativos do processo como um todo, para
repensá-lo e adequá-lo para o crescimento pessoal do aluno, sem perder de vista a
coletividade da escola, respeitando as diferenças e promovendo a cidadania e o
respeito mútuo.
Para que os objetivos propostos sejam alcançados de forma articulada com
os conteúdos estruturantes é necessário que sejam estabelecidos previamente
critérios de avaliação para cada conteúdo básico a ser trabalhado. Ou seja, no Plano
de Trabalho Docente deverão estar explicitados os conceitos que o aluno deverá
aprender e apresentar nas avaliações, os quais também deverão ser de
conhecimento dos alunos, até mesmo no sentido de auxiliar e nortear o processo de
ensino-aprendizagem no decorrer das aulas.
Para orientar a escolha dos critérios específicos de avaliação, dispõe-se a
seguir alguns critérios gerais para a disciplina de Ciências:
entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza;
reconhecimento das características básicas de diferenciação entre os corpos
celestes;
conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntrica e
heliocêntrica;
entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas
transformações, como fenômenos da natureza;
compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera,
litosfera e hidrosfera;
conhecimento dos fundamentos teóricos da composição e ciclo da água
presente na Terra;
entendimento dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo integrado;
reconhecimento das características gerais dos seres vivos;
interpretação dos conceitos de energia por meio da análise das suas diversas
formas de manifestação;
reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação;
reconhecimento dos diversos fenômenos biológicos, nos níveis celular,
orgânico, de ecossistemas e do ser humano;
152
entendimento sobre teorias acerca da origem e evolução dos seres vivos;
compreensão dos fenômenos meteorológicos e sua relação com os seres
vivos.
Dessa forma, os critérios e instrumentos de avaliação deverão respeitar o
Projeto Político Pedagógico e estarem adequados a cada etapa do processo de
ensino de Ciências, com provas, trabalhos escritos, seminários, relatórios, entre
outros. Os registros de notas serão expressos em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0
(dez vírgula zero), sendo diagnóstica, contínua e cumulativa feita por meio de, no
mínimo, dois instrumentos distintos, com valores proporcionalmente adequados ao
instrumento avaliativo e aos conteúdos avaliados, sendo que o valor das provas não
poderá ultrapassar oitenta por cento da nota global do bimestre. Esta, por sua vez,
será efetuada pela somatória das notas parciais.
É importante lembrar, ainda, que todo o processo de avaliação deve
contemplar os alunos com necessidades educativas especiais, com instrumentos e
formas de avaliação diferenciados, respeitando sempre as limitações e as
características dos alunos nos casos específicos.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
153
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
Finalmente, a recuperação de conteúdos e notas também deve ser
contemplada, principalmente quando se trata da avaliação da aquisição de
conhecimentos em provas ou testes escritos, por meio da retomada dos conteúdos
sob novas abordagens e novas avaliações. A recuperação paralela, dos conteúdos
será ofertada para todos. Se constituirá na recuperação dos conteúdos trabalhados
ao longo do bimestre e ofertada uma nova oportunidade de avaliação para a
recuperação da nota bimestral, podendo ser aplicados provas ou testes escritos ou
trabalhos, prevalecendo, nesta situação, o valor maior, em consonância com o
Projeto Político Pedagógico da escola. o valor maior, em consonância com o Projeto
Político Pedagógico da escola. Sendo assim, poderá ser oferecido um instrumento
para recuperar o aproveitamento/nota das provas (com valor de seis pontos) e um
instrumento para recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de
quatro pontos).
5. REFERÊNCIAS
ALARCÃO, I. (org.). Escola Reflexiva e Nova Racionalidade. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. CADERNOS TEMÁTICOS: INSERÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NOS CURRÍCULOS ESCOLARES. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental, 2005. CHASSOT, A. Alfabetização Científica: questões e desafios para a educação. Ijuí, RS: Editora UNIJUÌ, 2003. DELIZOICOV, D. & ANGOTTI, J. A. Metodologia do Ensino de Ciências. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2000. DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. Secretaria de Estado da Educação. 2008. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Jan/2007. FAZENDA, I. Práticas interdisciplinares na escola. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
154
FRACALANZA, H.; AMARAL, I. A. de; GOUVEIA, S. F. O Ensino de Ciências no Primeiro Grau. São Paulo: Atual, 1994. HENNING, G. J. Metodologia do Ensino de Ciências. 2 ed. Porto Alegre: Mercado Aberto Ltda, 1994. KRASILCHIK, M. O Professor e o Currículo das Ciências: Temas Básicos de Educação e Ensino. São Paulo: EPU, 1987. LÜCK, H. Pedagogia Interdisciplinar: Fundamentos Teórico-Metodológicos. 8 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação. Inclusão e Diversidade: reflexões para a construção do Projeto Político Pedagógico. Semana Pedagógica, 2006. REGO, T. C. Vygotsky: Uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996. RIBEIRO, M. L. S. História da Educação Brasileira: A Organização Escolar. 5 ed. São Paulo: Moraes, 1984. SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-crítica: Primeiras aproximações. São Paulo: Cortez, 1994. SEVERINO, A. J. Filosofia da Educação: construindo a cidadania. São Paulo: FTD, 1994.
155
15.5.4. EDUCAÇÃO FÍSICA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história da Educação Física apresenta os principais sucessos no campo
pedagógico e traduzirá os estudos relacionados aos exercícios físicos, considerados
no tempo e no espaço.
Os índios utilizavam a Educação Física de modo natural, quando tinham que
caçar, remar, lutar, correr, pescar e nadar.
A necessidade da Educação Física foi se tornando cada vez mais clara, até
que se tornou obrigatória nas escolas brasileiras e os estudantes passaram a ter
condições de receber melhor preparo e mais conhecimento.
Atualmente, a prática desportiva é fundamental, cresce o número de adeptos
e diminui-se o número de doenças, graças à atividade física praticada desde a mais
tenra idade até os mais idosos. A produção científica, as manifestações artísticas e o
legado filosófico da humanidade, são dimensões para as diversas disciplinas,
possibilitando um trabalho pedagógico que aponte na direção da totalidade do
conhecimento e sua relação com o cotidiano.
A tarefa da Educação Física é preparar o aluno para ser um praticante lúcido
e ativo, que incorpore e possa usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas,
das ginásticas, das práticas de aptidão física, bem como os demais componentes da
cultura corporal em sua vida, em benefício de uma qualidade de vida, tirando o
melhor proveito possível, além de oferecer uma formação necessária o
enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política
de seu tempo.
O Ensino Fundamental, assim como a Educação Infantil e o Ensino Médio,
procuram estabelecer a qualidade no ensino. A estrutura do Ensino Fundamental e
Médio, de forma geral, busca uma perspectiva democrática, comprometendo-se com
a educação necessária para a formação de cidadãos críticos, autônomos e atuantes.
A aula no Ensino Fundamental e no Ensino Médio deve propiciar aos alunos a
participação em atividades corporais, incentivar relações equilibradas e construtivas
com os colegas, sem qualquer forma de discriminação; valorizar atitudes de respeito
156
mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas. Deve transmitir
também informações sobre hábitos saudáveis de vida despertando o gosto pela
atividade física.
A prática motora deve ser múltipla, propiciando uma vasta experiência na
formação de uma base para aprendizagens mais específicas, que vão acontecer a
partir da quinta série. Jogos e exercícios devem ser diversificados e elaborados com
variados recursos materiais, visando ao aprimoramento e desenvolvimento de todas
as capacidades necessárias que serão requisitadas para a execução de práticas
mais elaboradas.
Deve-se, ainda, buscar atividades que visam atingir todos os educandos, sem
discriminá-los ou excluí-los. Nesse sentido, a inclusão tem sido tema de discussões
da comunidade escolar, da mídia e população em geral. Cabe a Educação Física
proporcionar igualdade e respeito às individualidades do aluno, objetivando atingir a
todos, independentemente de serem portadores de deficiência mental ou física,
preconceitos racial ou social.
A proposta de ensino de Educação Física do Colégio Estadual “Dr. Afonso
Alves de Camargo”, está em consonância com o disposto na atual Lei de Diretrizes e
Bases que orienta para a integração da disciplina na proposta pedagógica da escola,
visando a compreensão das práticas corporais através de várias possibilidades que
afirmam valores e sentidos contribuintes para a formação humana, sendo este
trabalho desenvolvido do 6 °ao 9° ano (anos finais do Ensino Fundamental) e 1°, 2°e
3° ano do Ensino Médio.
Nos últimos anos a Educação Física escolar transformou-se de disciplina
que apenas ensinava técnicas esportivas em um componente curricular que visa
desenvolver conteúdos sociais, culturais, pedagógicos e históricos. Rompe as
antigas perspectivas da aptidão física cujas concepções não ultrapassavam os
aspectos fisiológicos e técnicos.
Entende-se a Educação Física como uma área de conhecimento da
cultura corporal de movimento e a educação física escolar como uma disciplina que
introduz e integra o aluno, formando o cidadão que vai produzi-lo, reproduzi-lo e
transforma-la, instrumentalizando-o para usufruir dos conteúdos em benefício crítico
da cidadania e da melhoria da qualidade de vida.
157
Ressalta-se ainda que a inclusão faz parte da transformação da educação.
A tempos atrás, o aluno de Educação Física era submetido nas aulas, a passarem
por uma forma de treinamento, onde visava-se apenas a aptidão física da pessoa.
Com influência da mídia e a própria evolução, a Educação Física se transforma em
disciplina que se preocupa tanto com o corpo como com a mente, analisando a
pessoa como um todo.
Com isso, tem-se a importância de pensar os alunos como pessoas
individuais, cabendo a nossa disciplina trabalhar com as individualidades de todos,
independente de portarem deficiência física ou mental, preconceito racial e social.
A inclusão deve afirmar a pluralidade, a diferença, o aprendizado com o
outro, algo que todos os alunos devem ter como experiência formativa.
Ainda quanto ao reconhecimento das diferenças, é preciso valorizar as
experiências corporais do campo e dos povos indígenas, valorizar as práticas
corporais de cada segmento social e cultural nas escolas urbanas e com isso os
alunos tenham ampliado seu horizonte de expressão corporal.
O professor terá como instrumento de trabalho os conteúdos estruturantes
(expressividade corporal) enfocando os conteúdos específicos (jogos, esportes,
dança, luta, ginástica) compreendendo os diferentes saberes, valores, sentimentos e
crenças que interferem sobre a constituição de nosso corpo, tanto no plano
individual como no social.
A corporalidade não se manifesta somente nas aulas de Educação Física,
mas nas diferentes experiências formativas, indo além da vida escolar e se refletindo
em toda a vida social dos sujeitos.
2. OBJETIVOS:
* Ensinar aos alunos o que eles precisam aprender para ser cidadãos que saibam
analisar, decidir, planejar, expor suas ideias e ouvir as dos outros;
* Valorizar todas as atividades corporais, bem como ter a capacidade de alterar ou
interferir nas regras convencionais de trabalhar com a Educação Física como
instrumento de transformação;
158
* Trabalhar todos os limites e possibilidades do próprio corpo de forma a poder
controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia, como
recurso para melhoria de suas aptidões físicas;
* Apropriar-se dos processos e das habilidades motoras próprias das situações
aplicando-os com discernimento em situações que surjam no cotidiano;
* Analisar os padrões de saúde e desempenho presente no dia a dia do educando;
* Desenvolver atividades de lazer e de expressões corporais para uma melhor
qualidade de vida.;
* Proporcionar um ambiente de respeito mútuo entre os alunos nas atividades
propostas;
* Identificar o esporte no contexto histórico;
* Trabalhar habilidades esportivas visando a participação em competições;
* Conscientizar os alunos a utilizarem esporte/atividade física em seus momentos
de lazer, discernindo a importância desses esportes para sua vida;
* Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes manifestações
da expressividade corporal;
* Contemplar a cultura afro-brasileira através de danças e lutas;
3. CONTEÚDOS:
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico
Esporte Coletivos
Individuais
Radicais
Jogos e Brincadeiras
Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras e Cantigas de Roda
Jogos de Tabuleiro
Jogos Dramáticos
Jogos Cooperativos
Dança
Danças Folclóricas
Dança de salão
Dança de Rua
Danças Criativas
Danças Circulares
159
Ginástica
Ginástica Artística Olímpica
Ginástica Rítmica
Ginástica de Condicionamento Físico
Ginástica Circense
Ginástica Geral
Lutas Lutas de Aproximação
Lutas que mantém a distância
Lutas com Instrumento Mediador
Capoeira
Os conteúdos direcionados ao Ensino Médio serão os mesmos, no entanto com
abordagens diferentes.
4. METODOLOGIA:
Ao considerar a realidade social e pessoal do aluno no projeto educativo da
escola estamos construindo um ambiente, de aprendizagem significativa que fará
sentido para o aluno, no qual ele tenha a possibilidade de fazer escolhas, trocar
informações, estabelecer questões e construir hipóteses na tentativa de respondê-
las.
A aprendizagem e o ensino da expressividade corporal de movimento
baseiam-se na experiência prática e reflexiva dos conteúdos aplicados dentro de
contextos significativos.
O professor deverá diversificar estratégias de abordagens dos conteúdos,
como expor oralmente o conteúdo, através de vídeos, ilustrações e vivências
práticas; promover uma visão organizada do processo (experiência sócio-
culturalmente construída) e o aluno contribui com o elemento novo ( o seu estilo
pessoal de executar e refletir) trazendo a síntese da atualidade para o momento da
aprendizagem ( conhecimentos prévios, recursos de troca de informações,
informações da mídia etc...) Cada situação e cada momento servirão para o
processo de aprendizagem real do aluno.
Com relação aos recursos didáticos e físicos serão utilizados: giz, quadro
negro, quadra poliesportiva, materiais esportivos, pista de atletismo entre outros. Já
160
as tecnologias serão: laboratório de informática, TV multimídia, pen-drive, DVD,
rádio, etc.
Como a aprendizagem dos conteúdos nas aulas de Ed. Física está vinculada
à experiência prática, a busca de eficiência (técnica) e da satisfação ( prazer) podem
co-existir, mas nunca como aspecto excludente, alienando o aluno dos
conhecimentos socialmente construídos.
Para a aprendizagem e o ensino da cultura corporal de movimento serão
considerados: a Resolução de problemas, o exercício de soluções por prazer
funcional e de manutenção e a inserção nos grupos de referência social.
Serão ainda contemplados durante o ano letivo, os Conteúdos obrigatórios de
acordo com a instrução 009/11 (Educação Ambiental, Prevenção ao uso de Drogas,
Relações Étnico Raciais, Sexualidade e Violência na Escola), interagindo com os
conteúdos da disciplina.
A escola deve ser um lugar onde o aluno encontre a possibilidade de se
instrumentalizar para a realização de seus projetos
5 - AVALIAÇÃO:
Será desenvolvida de forma contínua, cumulativa, diagnóstica, levando em
consideração as alterações próprias e características de cada educando. Os
conteúdos e objetivos poderão ter uma variação conforme os instrumentos
utilizados.
Os instrumentos de avaliação serão: realização das atividades propostas,
atividades práticas e teóricas como: relatórios, pesquisas, debates, seminários,
provas escritas, entre outras.
Os critérios de avaliação serão: que conheçam e compreendam a importância
dos conteúdos específicos; que vivenciem experiências de criação e significação dos
movimentos; ampliem sua consciência corporal;
O aluno será avaliado dentro dos conhecimentos e limites do seu próprio
corpo, corrigindo sua postura com autonomia e recursos para melhorar a aptidão
física integrando cultura corporal do movimento juntamente com a saúde e bem
estar.
161
Para os alunos com necessidades educacionais especiais, as avaliações,
quando necessário, deverão ser diferenciadas das demais, para o melhor
entendimento do aluno.
Será obrigatório a utilização de no mínimo, dois instrumentos avaliativos
diferentes durante o bimestre. Os registros de notas serão expressos em uma
escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), sendo diagnóstica, contínua e
cumulativa feita por meio de, no mínimo, dois instrumentos distintos, com valores
proporcionalmente adequados ao instrumento avaliativo e aos conteúdos avaliados,
sendo que o valor das provas não poderá ultrapassar oitenta por cento da nota
global do bimestre. Esta, por sua vez, será efetuada pela somatória das notas
parciais.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
A recuperação paralela, dos conteúdos será ofertada para todos. Se
constituirá na recuperação dos conteúdos trabalhados ao longo do bimestre e
ofertada uma nova oportunidade de avaliação para a recuperação da nota bimestral,
podendo ser aplicados provas ou testes escritos ou trabalhos, prevalecendo, nesta
situação, o valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da
162
escola. o valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola.
Sendo assim, poderá ser oferecido um instrumento para recuperar o
aproveitamento/nota das provas (com valor de seis pontos) e um instrumento para
recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de quatro pontos).
6. REFERÊNCIAS
BARBOSA, Cláudio L. de Alvarenga. Educação Física Escolar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. – 2ª Ed. – Campinas: Papirus, 1991.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992.
Diretrizes Curriculares de Educação Física. Governo do Paraná: Secretaria de Estado da Educação. 2008. ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da educação física. In: Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995. FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São Paulo: Scipione, 1997. FERREIRA, Vanja. Educação Física, Recreação, Jogos e Desportos. Rio de Janeiro: Sprint, 2003. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. – 2ª ed. – São Paulo: Cortez, 1995. Orientações Curriculares do Ensino Fundamental: Educação Física. Governo do Paraná: Secretaria de Estado da Educação. Fevereiro/2006. SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991.
SILVA, Elizabeth Nascimento. Educação Física na escola. Rio de Janeiro: 2ª. Edição: Sprint, 2002.
SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física: raízes européias e Brasil. – 2ª ed. – Campinas: Autores Associados, 2001. TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2:1-23, jun./jul., 1998.
163
15.5.5. ENSINO RELIGIOSO
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A historia do Ensino Religioso até a Lei 9394/96 se processou em
consonância com a trajetória da educação brasileira e mostra a luta entre a Igreja e
o Estado, que se refletiu nos diversos documentos normativos, idealizado
historicamente como doutrinário, na atualidade adquiriu status de área de
conhecimento , identidade pedagógica curricular.
O ser humano, busca a superação de si mesmo num processo contínuo de
evolução, na maneira de pensar, sentir, querer, conhecer, relacionar-se, produzir e
atuar em busca do melhor, do que responde mais plenamente aos seus anseios.
Tais desafios com que nos deparamos diariamente estão a exigir profundas
transformações no relacionamento entre as pessoas e, por isso, necessitamos de
constante formação visando a aquisição de conhecimentos e da consciência da
complexidade do universo pluralista em que vivemos.
A educação, exatamente por lidar, sistematicamente, com processos de
elaboração de ideias, está permanentemente requisitando uma mudança ou um
repensar de afirmações e de certezas.
A escola é o espaço socializador do conhecimento, que, através dos
conteúdos tem a responsabilidade de fornecer as informações e responder aos
aspectos principais do fenômeno religioso, presente em todas as culturas em todas
as épocas. O Ensino Religioso, sendo um conhecimento humano e pertencente ao
universo da cultura, deve estar disponível à socialização no ambiente escolar,
visando oportunizar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o
fenômeno religioso.
Portanto, a inclusão do Ensino Religioso nos estabelecimentos de ensino
deve se justificar em termos educativos, já que a instituição escolar tem como
finalidade própria a educação entendida como um processo que visa o crescimento
integral do ser humano. O homem para adquirir seu estado de realização integral
também necessita da religião, pois ela é um caminho que dá sentido à sua vida.
Portanto é fundamental que a oferta do Ensino Religioso como área do
164
conhecimento, esteja relacionada com a sua contribuição para a tarefa educativa
como um todo, a fim de garantir que sejam respeitadas as diversidades culturais
locais e regionais, étnicas, religiosas, sociais e políticas. A educação deve atuar de
forma a facilitar o processo de construção da cidadania, como também formar
cidadãos que saibam compreender e lidar com a religiosidade humana, com o
fenômeno religioso e aprendam a conviver com as diferentes manifestações
religiosas evitando e repudiando toda e qualquer forma de preconceito.
O Ensino Religioso exige o respeito à diversidade cultural religiosa e proíbe
toda e qualquer forma de proselitismo. Ele é compreendido como parte integrante e
essencial para a formação do cidadão e visa a uma educação que possibilite ao
educando formular, em profundidade, o questionamento religioso. Como parte
obrigatória dos currículos nacionais e como área do conhecimento, refere-se às
noções e conceitos essenciais sobre fenômenos, processos, sistemas e operações
que contribuem para a constituição de saberes, conhecimentos, valores e práticas
sociais, indispensáveis ao exercício da cidadania.
“Portanto, o Ensino Religioso visa a proporcionar aos educandos a oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas e sociais diante da sociedade, fomentando medidas de repudio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que, todos nós, somos portadores de singularidades.” (Diretrizes Curriculares p. 9).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN, Lei nº. 9.394/96
prevê a forma de organização do Ensino Religioso. Em 22 de julho de 1.997 foi
aprovada a Lei nº. 9.475/97 que dá nova redação ao artigo 33 da LDB. Em
10/02/2006 foi aprovado a Deliberação nº. 01/06, que visa instituir novas normas
para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino no Paraná.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) nº 9394/96 prevê a
forma de organização do Ensino Religioso no Artigo 33° onde explicita que o ensino
constitui-se como disciplina nos horários normais das escolas públicas de ensino
fundamental, porém é de matrícula facultativa e ainda oferecida de acordo com as
preferências manifestadas pelos alunos ou pelos responsáveis. Preferencialmente a
disciplina é oferecida em caráter confessional, de acordo com a opção religiosa do
165
aluno ou responsável pelo mesmo, sendo ministrado por professores ou ainda
orientadores religiosos credenciados por entidades religiosas. Em caráter
interconfessional pode haver acordo entre as diversas entidades religiosas e estas
se responsabilizarão pela preparação do programa de ensino da disciplina.
A nova redação da Deliberação n° 9475/97 incorpora ao Artigo 33° da LDBN e
passa a vigorar que o ensino religioso facultativo é parte integrante da formação
básica do cidadão ainda com horários normais das escolas publicas de ensino
fundamental, porem assegura o direito à diversidade cultural religiosa do Brasil e é
vedada qualquer forma de proselitismo. A nova redação dada pela Lei n° 9475/97
normatiza a regulamentação do ensino religioso na definição e conteúdos e normas
na habilitação e admissão de profissionais para ministração da disciplina.
Em 2006 o Conselho Estadual de educação aprovou outra Deliberação de n°
01/06, que revisa as Deliberações anteriores 03 e 07 que foram aprovadas em 2002.
Nesta perspectiva os conteúdos serão trabalhados conforme o artigo 33° da LDBN
de acordo com a composição da Matriz Curricular previsto na Proposta Pedagógica
da Instituição.
A disciplina de Ensino Religioso destaca os principais objetivos:
A bordar os diversos aspectos das manifestações religiosas como o
conhecimento a ser apropriado pelos alunos;
Muito embora a nossa cultura Ocidental seja basicamente judaico-cristã, é
preciso que se considere e valorize a pluralidade religiosa existente em nossa
sociedade;
Analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência religiosa do
cotidiano que o contextualiza no universo cultural;
Fazer com que os conhecimentos apreendidos de outras manifestações
religiosas constituam-se em novas referencias para se analisar e aprofundar
os conhecimentos a respeito das manifestações já conhecidas e ou
praticadas pelos alunos;
Enfatizar o respeito à liberdade e a diversidade religiosa e cultural;
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
Como as demais áreas do conhecimento, o Ensino religioso também contribui
166
para o desenvolvimento do sujeito. No entanto, para a compreensão do objeto de
estudo, há que se determinar os conteúdos estruturantes que visam organizar os
saberes, conceitos ou práticas que identificam os campos de estudo a serem
contemplados.
Conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Ensino Religioso para o
Ensino Fundamental os conteúdo estruturantes para desenvolver a diversidade
cultural e todo universo simbólico presente no ensino são : Paisagem Religiosa ,
Universo Simbólico e Texto Sagrado.
Tais conteúdos não devem ser abordados isoladamente, pois são referencias
que se relacionam intensamente, contribuem para a compreensão do objeto de
estudo e orientam a definição dos conteúdos básicos e específicos de cada série.
Conteúdos básicos do Ensino Religioso para o 6º ano:
Organizações Religiosas: compõem os sistemas religiosos de modo
institucionalizado. Serão tratadas como conteúdos, sob ênfase das principais
características, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que
expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o
Sagrado. Poderão ser destacados: os fundadores ou lideres; as estruturas
hierárquicas.
Lugares Sagrados: o que torna um lugar sagrado é identificação e o valor
atribuído a ele, ou seja onde ocorrem as manifestações culturais e religiosas.
Assim os lugares sagrados são simbolicamente onde o sagrado se manifesta.
Destacam-se:
Lugares da Natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.;
Lugares construídos: templos cidades sagradas, cemitérios, etc.
Textos Sagrados Orais e Escritos: são ensinamentos sagrados, transmitidos
de forma oral ou escrita pelas diferentes culturas religiosas, como em
cantos, narrativas, poemas orações, pinturas rupestres, tatuagens, histórias
da origem de cada povo contadas pelos mais velhos, escritas cuneiformes,
hieróglifos egípcios, etc. entre eles, destacam-se os textos grafados tal
como o dos Vedas, o Velho e Novo Testamento, a Torá, o Al Corão e
também os textos sagrados das tradições orais das culturas africana e
167
indígena.
Símbolos Religiosos: são linguagens que expressam sentidos, comunicam e
exercem papel relevante para a vida imaginativa e para a construção das
diferentes religiões no mundo. Neste contexto, o símbolo é definido como
qualquer coisa que vincule uma concepção; pode ser uma palavra, um som,
um gesto, um sonho, um ritual, uma obra de arte, uma notação matemática,
cores textos e outros que podem ser trabalhados conforme os seguintes
aspectos: dos ritos; dos mitos; do cotidiano. Entre os exemplos a serem
apontados, estão: a arquitetura religiosa, os mantras, os parentescos, os
objetos, etc.
Conteúdos Básicos de Ensino Religioso para o 7º ano:
Temporalidade Sagrada: deve ser trabalhada, apresentando nas aulas o
evento da criação das diversas tradições religiosas, os calendários e seus
tempos sagrados como: nascimento do líder religioso, passagem de ano,
datas de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos.
Festas Religiosas: são eventos organizados pelos diferentes grupos
religiosos, com objetivo de reatualização de um acontecimento primordial:
confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas
importantes. Entre eles destacam-se:
Peregrinações;
festas familiares;
festas nos templos;
datas comemorativas.
Ritos: são celebrações das tradições e manifestações religiosas que
possibilitam um encontro interpessoal. Os ritos são um dos itens
responsáveis pela construção dos espaços sagrados. Dentre as celebrações
dos rituais nem todos possuem a mesma função. Destacam-se:
Ritos de passagem;
Os mortuários;
Os propiciatórios, entre outros.
Vida e Morte: as religiões procuram dar explicações aos seus adeptos para a
168
vida além da morte. As respostas elaboradas nas diversas tradições podem
ser trabalhadas sob as seguintes interpretações:
O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas;
A reencarnação;
Além da morte;
Ancestralidade;
Espíritos dos antepassados que se tornam presentes e outras;
Ressurreição;
Apresentação da forma como cada cultura religiosa encara a questão
da morte e a maneira como lidam com o culto aos mortos, finados e dias especiais.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Propor o encaminhamento metodológico a esta disciplina, não significa
apenas determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais. Primeiramente é
necessário romper alguns padrões convencionais para buscar a superação de
práticas tradicionais e implantar algumas inovações no tratamento e na forma de
apresentação dos conteúdos com a intenção de ampliar a compreensão e o
conhecimento do educando a respeito da diversidade religiosa.
Todo conhecimento, inclusive o conteúdo religioso é integrante do
patrimônio cultural da humanidade. Portanto, no âmbito escolar deverá ser tratado
como objeto de conhecimento sem propósito de doutrinação para uma determinada
religião. O processo ensino/aprendizagem deverá ser conduzido pelo professor de
maneira crítica e criativa buscando promover o debate, o confronto de ideias e de
informações, possibilitando a participação ativa dos alunos na construção do
conhecimento, respeitando-se a diversidade cultural e religiosa.
A metodologia do Ensino Religioso deve ser conduzida de maneira que
permita o diálogo e uma postura reflexiva perante a vida e o fenômeno religioso. A
interação entre educador e educando é imprescindível na ação pedagógica e, para
isso, deve-se utilizar uma metodologia dinâmica, realista e criativa para propiciar
uma participação ativa do aluno onde ele possa expressar-se criativamente,
despertar e descobrir os valores essenciais da vida. As aulas devem ter como ponto
de partida as experiências de vida do educando, ou seja, a sua realidade social na
169
qual está inserido para que se respeite a tradição trazida de suas famílias e assim
garanta a liberdade de expressão de cada um.
A intencionalidade e a direção do processo ensino/aprendizagem pressupõe
um constante repensar das ações que subsidiarão o trabalho visando a aquisição do
conhecimento religioso como tal e gerar uma mudança qualitativa traduzidos em
novas posturas de diálogo e respeito às diversas manifestações religiosas,
ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos evitando atitudes
preconceituosas.
A metodologia utilizada nas aulas de Ensino Religioso será baseada nas
aulas expositivas, buscando abordar as manifestações religiosas ou expressões do
sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para posteriormente
inserir os conteúdos que tratam de manifestações religiosas mais comuns que já
fazem parte do universo cultural da comunidade, buscando que eles participem ao
máximo das aulas, perguntando e expondo o que sabiam a priori.
Desse modo, pretende-se evitar a redução dos conteúdos da disciplina às
manifestações religiosas hegemônicas, que historicamente têm ocupado um grande
espaço nas aulas de Ensino Religioso, e pouco têm acrescentado ao processo de
formação integral dos educandos.
A fim de que os alunos aprendam o máximo do que estará sendo exposto,
vários recursos poderão vir a ser utilizados, tais como: TV pendrive, caderno
pedagógico de ensino religioso, livros, revistas, quadro negro, laboratório de
informática, entre outros.
Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos
didáticos e tecnológicos a serem utilizados, serão feitas inserções acerca dos
Conteúdos Obrigatórios em conformidade com a Instrução 009/11- SUED/SEED,
para que sejam discutidos assuntos referentes à Educação Ambiental, Sexualidade,
Prevenção ao uso indevido de drogas, Enfrentamento à Violência nas Escolas e
Relações étnico-raciais, além de promover uma educação Inclusiva, respeitando as
capacidades individuais.
4. AVALIAÇÃO
O ato de avaliar está presente em todos os empreendimentos humanos, pois
170
segundo os nossos critérios e valores próprios estamos sempre fazendo
julgamentos de situações com que nos deparamos diariamente passando por todas
as dimensões sociais, políticas, sociais, econômicas, religiosas, ideológicas, dentre
outras. No Ensino Religioso, a avaliação tem um sentido amplo: além de alimentar,
sustentar e orientar a intervenção pedagógica no processo ensino/aprendizagem
envolve outros aspectos: sociabilidade, afetividade, postura respeitosa diante das
diferentes opções religiosa, compromisso, integração, participação na expectativa da
aprendizagem do aluno e de sua transformação.
Na Educação Religiosa o ideal é a avaliação vivenciada entre educador/
educando, auto avaliação em termos de compromisso assumido com a prática
social, pois a sua função é diagnosticar falhas, acompanhar o processo de
apropriação de conhecimentos o que orientará a continuidade do trabalho ou a
reorganização e retomada do conteúdo, quando necessário.
Entre os principais critérios de avaliação, estarão: compreensão dos
fenômenos religiosos a partir das experiências percebidas no contexto sócio cultural;
entender a constituição dos grupos sociais e sua relação com o sagrado;
compreender a diversidade religiosa da cultura brasileira; conhecer e respeitar as
diferentes expressões religiosas na cultura dos povos; mostrar a construção do
transcendente na evolução da estrutura religiosa, apresentando sua orientação e
referência à vida; analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência
religiosa no cotidiano que o contextualiza no universo cultural.
A avaliação não é um momento isolado, mas acompanha todo o processo
ensino/aprendizagem, podendo ser realizada a qualquer momento, apesar de não
haver aferição de notas ou conceitos. Portanto, a avaliação será diagnóstica,
contínua e cumulativa e como instrumentos e procedimentos da avaliação serão
utilizados: redações, textos, conversas, trabalhos individuais e em equipe,
apresentações dos mesmos, pesquisas, paródias, murais, desenhos, acrósticos,
etc. Os registros de notas serão expressos em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez
vírgula zero), sendo diagnóstica, contínua e cumulativa feita por meio de, no mínimo,
dois instrumentos distintos, com valores proporcionalmente adequados ao
instrumento avaliativo e aos conteúdos avaliados, sendo que o valor das provas não
poderá ultrapassar oitenta por cento da nota global do bimestre. Esta, por sua vez,
171
será efetuada pela somatória das notas parciais.
É importante lembrar, ainda, que todo o processo de avaliação deve
contemplar os alunos com necessidades educativas especiais, com instrumentos e
formas de avaliação diferenciados, respeitando sempre as limitações e as
características dos alunos nos casos específicos.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
Finalmente, a recuperação de conteúdos e notas também deve ser
contemplada, principalmente quando se trata da avaliação da aquisição de
conhecimentos em provas ou testes escritos, por meio da retomada dos conteúdos
sob novas abordagens e novas avaliações. A recuperação paralela, dos conteúdos
será ofertada para todos. Se constituirá na recuperação dos conteúdos trabalhados
ao longo do bimestre e ofertada uma nova oportunidade de avaliação para a
recuperação da nota bimestral, podendo ser aplicados provas ou testes escritos ou
trabalhos, prevalecendo, nesta situação, o valor maior, em consonância com o
Projeto Político Pedagógico da escola. o valor maior, em consonância com o Projeto
Político Pedagógico da escola. Sendo assim, poderá ser oferecido um instrumento
para recuperar o aproveitamento/nota das provas (com valor de seis pontos) e um
172
instrumento para recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de
quatro pontos).
5. REFERÊNCIAS
BESEN, José Artulino; HEERDT, Mauri Luiz; COPPI, Paulo de. O universo religioso: as grandes religiões e tendências religiosas atuais. São Paulo: Editora Mundo e Missão, 2005. CADERNOS de Estudos Integrantes do Curso de Extensão de Ensino Religioso. Fórum Nacional Permanente de Ensino Religioso. 12 volumes. CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: editora Scipione Ltda, 1994. DURKHEIN, E. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989. GAARDER, Jostein. O livro das religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. MACEDO, C.C. Imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo: Editora Moderna Ltda, 1989. OTTO, R. O Sagrado. Lisboa: Edições 70, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Superintendência de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. 2009.
173
15.5.6. FILOSOFIA
“O que pretendo sobre título de filosofia, como fim e campo
das minhas elaborações, sei-o, naturalmente. E contudo não
sei... Qual o pensador para quem, na sua vida de filósofo, a
Filosofia deixou de ser um enigma? Só os pensadores
secundários que , na verdade, não se podem chamar filósofos,
estão contentes com as suas definições”. (Husserl)
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Quando se deu a passagem do mundo mítico para a consciência racional,
apareceram os primeiros sábios, sophos, como se diz em grego. Um deles,
chamado Pitágoras (sec. VI a. C) – também conhecido como matemático – usou
pela primeira vez a palavra filosofia, que significa “amor à sabedoria”. É bom
observar que a própria etimologia mostra que a filosofia não é puro logos, pura
razão; ela é a procura amorosa da verdade.
A Filosofia não é um saber. Com esta estranha afirmação não estamos
querendo dizer que a Filosofia não é trabalho teórico. Ela o é. Mas queremos
enfatizar que ela não é um corpo de doutrina, não é um saber acabado, com um
determinado conteúdo, não é um conjunto de conhecimentos estabelecidos de uma
vez por todas.
Portanto, não se trata de um saber abstrato, a margem da vida. O próprio
tecido do seu pensar é a trama nos acontecimentos, é o cotidiano; por isso a filosofia
se encontra no seio mesmo da História. No entanto está mergulhada no mundo e
fora dele, eis o paradoxo enfrentado pela Filosofia.
Nos seus primórdios, a ciência se achava ligada a Filosofia, sendo o filósofo
aquele sábio que refletia sobre todos os setores da indagação humana. Por isso, é
impossível falar na geometria de Tales e Pitágoras e na Física e Astronomia
Aristotélica.
A partir do século XVII, a revolução científica iniciada por Galileu determinou a
174
ruptura destas duas formas de abordagem do real. Lentamente apareceram as
chamadas ciências particulares – Física, Astronomia, Química, Biologia, Psicologia,
Sociologia, etc, delimitando um campo específico de pesquisa. Na verdade, o que
estava ocorrendo, era o nascimento mesmo da ciência, pois ela não existia
propriamente antes disto.
A primeira questão que nos ocorre é imaginar o que resta a Filosofia, se ela,
ao longo do tempo, foi “esvaziada” do seu conteúdo pelo aparecimento das ciências
particulares, tornadas independentes. Na verdade, a Filosofia continua tratando
dessa mesa realidade apropriada pelas ciências.
Apenas que as ciências se especializam e observam “recortes” do real,
enquanto a Filosofia jamais renuncia a considerar o seu objeto de ponto de vista da
totalidade. A visão da Filosofia é uma visão de conjunto, ou seja, o problema tratado
nunca é examinado de modo parcial, mas sempre sob a perspectiva de conjunto,
relacionando cada aspecto com os outros do contexto em que está inserida, a
Filosofia busca superar a fragmentação do real, para que o homem seja resgatado
na sua integridade a não sucumba à alienação do saber parcelado. A Filosofia deve
estar presente como reflexão crítica em relação ao conhecimento a ação,
reflexionando os fundamentos deste conhecimento e deste agir. Portanto a Filosofia
não faz juízos de realidade, como as ciências, mas juízos de valor.
O filósofo parte da experiência vivida do homem trabalhando numa linha de
montagem, repetindo sempre o mesmo gesto. Mas vai além desta constatação. Não
só vê como é, mas como deveria ser. Julga o valor da ação, sai em busca do
significado dela. Filosofar é dar sentido à experiência. A Filosofia propriamente dita
tem condições de surgir no momento em que o pensar é posto em causa tornando-
se objeto de uma reflexão, como análises, reflexões e críticas com graus de
autonomia e originalidade.
A Filosofia não é um pensar qualquer mas é uma reflexão mas também não é
filosófica quando é radical, rigorosa e de conjunto. Filosofar não é um exercício
puramente intelectual. Descobrir a verdade é ter a coragem de enfrentar as formas
estagnadas do poder que tentam manter os tatus que é aceitar o desafio, mudança.
Saber para transformar. Assim a Filosofia tem importante espaço a ocupar dentro
dos conteúdos do Ensino Médio ao tratar de assuntos polêmicos como: valores
175
éticos, políticos estéticos e epistemológicos que geram discussões e desencadeiam
ações e transformações. Seus conteúdos estão articulados em: do mito ao logos;
Filosofia política; ética, estética, Filosofia da ciência; teoria do conhecimento, em
congruência com as orientações curriculares da Secretaria do Estado da Educação.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
O principal objetivo da disciplina de Filosofia é fazer com que o aluno do
Ensino Médio seja capaz de ler, compreender e interpretar os conteúdos abordados
nos campos clássicos da Filosofia e a partir destes fazer articulações com a
realidade, bem refazer o percurso filosófico, onde o professor faz a mediação e
organiza a aula propondo questionamentos, leituras filosóficas e análises de textos,
organiza debates, propõe pesquisas, sistematizações e elaborações de conceitos.
O aprender e ensinar em Filosofia se concretizam de experiência resultantes
do relacionamento professor – aluno – problemas suscitados, na busca de soluções
no texto filosófico e elaboração de novos conceitos. O professor controla o que
ensina, jamais o que o aluno aprende. Dentro das aulas de Filosofia serão também
abordados temas relacionados a questões raciais, educação inclusiva, educação do
campo, cultura afro-brasileira e educação indígena.
Dessa forma, estabelecem-se os seguintes conteúdos a serem desenvolvidos
ao longo do Ensino Médio:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
MITO E FILOSOFIA
Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade do mito; O que é Filosofia?
TEORIA DO CONHECIMENTO
Possibilidade do conhecimento; As formas de conhecimento; O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento e lógica.
176
ÉTICA
Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e vontade; Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
FILOSOFIA POLÍTICA
Relações entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade política; Política e Ideologia; Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou participativa.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Concepções de ciência; A questão do método científico; Contribuições e limites da ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética
ESTÉTICA Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.; Estética e sociedade.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O exercício filosófico poderá se manifestar em cada aula, na relação
educador – educando. Para isso, as aulas poderão ser desenvolvidas através de
explanação oral do professor, leituras, discussão sobre tais leituras, filmes, fatos do
cotidiano, pesquisas com apresentação oral ou escrita.
No ensino de Filosofia quatro momentos serão indispensáveis para que se
trabalhe adequadamente com os conteúdos estruturantes e com os conteúdos
específicos, sendo assim mencionados: a sensibilização, a problematização, a
investigação e inclusive a criação de conceitos.
Quanto á sensibilização, pode-se utilizar a exibição de um filme ou de uma
imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário, da audição de uma música,
enfim, são inúmeras possibilidades para atividades conduzidas pelo corpo docente,
as quais podem ser retomadas a qualquer momento, a fim de instigar e motivar
possíveis relações entre o cotidiano do educando e o conteúdo filosófico a ser
desenvolvido.
177
Inicia-se então o trabalho propriamente filosófico, a problematização, a
investigação, a criação de conceitos, sendo que a problematização ocorre quando o
educador e os educandos levantam questões, identificam problemas e investigam o
conteúdo.
O educando analisará o problema, o que se faz por meio da investigação, no
entanto, ao recorrer a história da Filosofia e aos clássicos, o estudante se defronta
com diferentes maneiras de enfrentar o problema e com as possíveis soluções já
elaboradas que embora não resolvam o problema, orientam a discussão. No
entanto, almeja-se na busca da resolução do problema que haja preocupação
também com uma análise da atualidade, com uma abordagem contemporânea que
remeta o educando à sua própria realidade com o intuito de possibilitar que o
mesmo possa formular conceitos e construir seu discurso filosófico, na tentativa de
atuar sobre os problemas da sociedade.
Desta forma, o educando encontrar-se-á apto a elaborar um texto, um
construto teórico, onde terá condições de perceber o que está implícito nas ideias e
como elas se tornam conhecimento e, por vezes, ideologia, de modo que possam
argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios lógicos, num pensar coerente e
crítico.
Torna-se imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por
atividades investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate
filosófico, atribuindo-lhe um caráter extremamente dinâmico e participativo.
Nessa perspectiva, pode-se enfatizar que o ensino de Filosofia pressupõe um
planejamento que inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras
estratégias, possibilitando que a investigação seja de fato a diretriz do ensino, pois
evidentemente, um bom planejamento evita que se caia no vazio e nos prováveis
desastres do espontaneísmo.
Nessa perspectiva, a Filosofia torna-se importante para que o corpo discente
tenha consciência de que enquanto indivíduos devem tornar-se críticos, o que é
proposto pelos “desafios educacionais contemporâneos”.
Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos
didáticos e tecnológicos a serem utilizados, serão feitas inserções acerca dos
Conteúdos Obrigatórios, para que sejam discutidos assuntos referentes à Educação
178
Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao uso indevido de drogas, Enfrentamento à
Violência nas escolas e Relações étnico- raciais, além de promover uma educação
Inclusiva, respeitando as capacidades individuais.
4. AVALIAÇÃO
Torna-se importante salientar que a avaliação deve estar concebida na sua
função diagnóstica, pois almeja subsidiar e redirecionar o curso de ação no processo
ensino-aprendizagem.
Nesse contexto convém enfatizar que o ensino de Filosofia é um grande
desafio, pois o corpo docente deve ter respeito pelas posições do educando, mesmo
que discorde delas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e de
identificar os limites dessas posições. Considerando notavelmente a atividade com
conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e
interesses subjacentes aos temas e discursos.
No entanto, a avaliação será diagnóstica, contínua e cumulativa. Nessa
perspectiva, a avaliação de Filosofia se inicia com a sensibilização, com a coleta do
que o educando pensava anteriormente e o que passa a pensar após o estudo de
Filosofia.
Evidentemente, os instrumentos de avaliação deverão respeitar o Projeto
Político Pedagógico, para que se possa adequar cada etapa do processo de ensino-
aprendizagem. A recuperação de conteúdos e notas serão contemplados, pois
como se trata da aquisição de conhecimentos haverá a recuperação paralela,
sempre levando em conta as dificuldades de cada educando, principalmente em
relação aos conhecimentos já adquiridos por eles considerando o grau de
complexidade que cada professor pode propor em cada série.
A forma de avaliação será constituída pensando-se nas características da
disciplina. Como ela exige a melhora do poder argumentativo dos educandos, será
feita principalmente através de debates, seminários e trabalhos em grupo, pois
essas formas de avaliação proporcionam a possibilidade de uma maior
argumentação.
Quanto aos alunos com alguma necessidade especial, será feito total esforço
179
para que eles não sejam prejudicados em sua educação, respeitando suas
necessidades e proporcionando-lhes métodos e materiais diferenciados quando
necessário.
A avaliação será diagnóstica, contínua e cumulativa conforme preconiza o
Regimento Escolar, devendo ser utilizado, no mínimo dois instrumentos avaliativos
diferenciados por bimestre. Os registros de notas serão expressos em uma escala
de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), sendo diagnóstica, contínua e cumulativa
feita por meio de, no mínimo, dois instrumentos distintos, com valores
proporcionalmente adequados ao instrumento avaliativo e aos conteúdos avaliados,
sendo que o valor das provas não poderá ultrapassar oitenta por cento da nota
global do bimestre. Esta, por sua vez, será efetuada pela somatória das notas
parciais.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
Será feita através de:
Provas discursivas;
Pesquisas e relatórios;
Trabalhos individuais e em grupos;
180
Relatório de debates;
Resumos;
Resolução de problemas propostos;
Participação em sala de aula;
Participação na Feira das Ciências;
Apresentação de trabalhos.
Os diversos tipos de recursos, habilidade e avaliação serão adaptados de
acordo com os conteúdos. Esta proposta será flexível de acordo com o
desenvolvimento, curiosidade, aprendizagem e necessidade de cada turma. Para
tanto, estabelecem-se alguns critérios de avaliação gerais:
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa
compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo
estruturante Teoria do Conhecimento, elaborando respostas aos problemas
suscitados e investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade
filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas
quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria
conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter
inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e
pelo professor.
Reaprender a ver o mundo;
Desenvolver a crítica;
Levar a investigação e ao diálogo filosófico;
Organizar perguntas num problema filosófico;
Avaliar filosoficamente;
Desenvolver o respeito pela opinião alheia;
Aumentar a capacidade de pensar;
Aumentar a análise crítica dos fatos;
Ser capaz de emitir juízo de valor em questões polêmicas e filosóficas.
A recuperação paralela, dos conteúdos será ofertada para todos. Se
181
constituirá na recuperação dos conteúdos trabalhados ao longo do bimestre e
ofertada uma nova oportunidade de avaliação para a recuperação da nota bimestral,
podendo ser aplicados provas ou testes escritos ou trabalhos, prevalecendo, nesta
situação, o valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da
escola. o valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola.
Sendo assim, poderá ser oferecido um instrumento para recuperar o
aproveitamento/nota das provas (com valor de seis pontos) e um instrumento para
recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de quatro pontos).
5. REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1986. ARANTES, Paulo; MUCHAIL, Selma T. A Filosofia e seu ensino. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2004. CORBISIER, R. Introdução à Filosofia. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986, v. 1. DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA PARA O ENSINO MÉDIO. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação, 2008. FERRATER MORA. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001. GALLO, S; KOHAN, W.O. (orgs). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis, Vozes, 2000. KONDER, Leandro. O futuro da filosofia da práxis: o pensamento de Marx no século XXI. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. Orientações Curriculares – Filosofia – Secretaria de Estado da Educação. RANCIÉRI, J. A partilha do sensível. Estética e política. São Paulo: Ed. 34, 2005. REALE, G: ANTISERI, D. História da Filosofia: patrística e escolástica. São Paulo: Paulus, 2003. RUSSEL, B. Os Problemas da Filosofia. Coimbra: Almedina, 2001. VAZ, Sanchez Adolfo. Ética. - 27ª ed. - Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
182
15.5.7. FÍSICA
“A coisa mais bela que o homem pode experimentar é o
sentido do mistério. Ele é a fonte de toda a verdadeira arte e de
toda a verdadeira ciência. Quem nunca experimentou essa
sensação encontra-se como se estivesse morto: seus olhos
estão fechados. Esse perscrutar nos mistérios da vida, ainda
que confuso, deu vida à religião. Saber que, o que para nós é
impenetrável, existe realmente e se manifesta com a mais alta
sabedoria e a mais radiante beleza, que os nossos pobres
sentidos conseguem perceber somente em suas formas mais
primitivas. Essa consciência, esse sentimento, são a essência
da verdadeira religiosidade”.
Albert Einstein
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade,
através de modelos elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender a
natureza.
A disciplina de Física pode contribuir para que, em seu processo de
individualização, o aluno não só construa um esquema conceitual, mas também
desenvolva uma visão crítica que lhe permita operar com grande volume de
informações trazidas pelos meios de comunicação de forma tão diversificada,
aprendendo a selecionar e a compreender aquelas que são relevantes.
O ensino de Física também pode contribuir para a formação de uma cultura
científica na condução do exercício da cidadania e na percepção da beleza que o
conhecimento desvenda e leva à melhoria da relação entre os seres humanos.
O caráter prático-transformador e o caráter teórico-universalista da Física não
são traços antagônicos mas, isto sim, dinamicamente complementares.
Compreender este enfoque permitiu evitar tanto o tratamento “tecnicista” como o
183
tratamento “formalista” e, procurando partir sempre que possível de elementos
vivenciais e mesmo cotidianos, formulam-se os princípios gerais da Física com a
consistência garantida pela percepção de sua utilidade e de sua universalidade.
Observando o histórico da Física:
O povo grego foi quem primeiro organizou sistematicamente seus
conhecimentos criando a “Filosofia”, que em grego significa “amor à sabedoria”. A
Física (em grego Physiké), um dos ramos da Filosofia, buscava estudar fenômenos
da natureza, envolvendo também assuntos que hoje pertencem à Biologia, à
Química e a tantos outros ramos conhecidos, sem deixar de incluir a Medicina.
A dedicação de muitos filósofos gregos não só contribuiu significativamente
para esse ramo da filosofia grega, a Física, como também podemos dizer que
determinou o avanço necessário para que ela adquirisse a concepção atual e
formalizasse concretamente seu objeto de estudo, o qual veremos logo adiante.
Dentre as contribuições de alguns dos vários filósofos gregos, não podemos
deixar de citar o primeiro conceito de átomo, apresentando por Demócrito (400-360
a. C.); a primeira teoria heliocêntrica (a Terra gira em torno do Sol), elaborada por
Aristarco (310-230 a. C.); os trabalhos de Arquimedes (287-212 a. C.) a respeito das
alavancas, dos espelhos esféricos, da lei do empuxo, da primeira bomba-d’água, do
sistema de roldanas, etc.
O filósofo que mais se destacou, pois conseguiu sistematizar todo o
conhecimento científico adquirido pelos gregos até a sua época, foi Aristóteles (384-
322 a. C.). Uma de suas maiores ideias defendidas foi a Teoria do Geocentrismo,
segundo a qual a Terra ocupava o centro do Universo e todos os demais corpos
celestes, inclusive o Sol, giravam ao seu redor. Tal ideia, aceita pelos gregos, refletia
claramente o pensamento do homem antigo a respeito do mundo e de sua posição
perante ele.
O patrimônio cultural grego foi divulgado a quase todo o mundo por
Alexandre, o Grande (332 a. C.), através de suas inúmeras conquistas militares. Em
Alexandria, no Oriente, ele construiu uma das maiores e mais completas bibliotecas
do mundo da época, que foi o maior centro de estudos da Antiguidade.
Com a ascensão do Império Romano e consequente declínio do povo grego
(séc. II a. C. – séc. V d. C.), a cultura do mundo centralizou-se em Roma. As
184
ciências naturais, exceto a Medicina, pouco evoluíram, pois a preocupação com as
ciências humanas, como o Direito e a História, predominou hegemonicamente.
Na primeira fase da Idade Média (séc. V a séc. VIII d. C.), especialmente na
Europa, os conhecimentos científicos permaneceram praticamente estagnados, pois
a grande maioria da população vivia no meio rural e não se dava muita ênfase às
ciências. Já na segunda fase da Idade Média (séc. VIII a séc. XIII d. C.), com o
incentivo do comércio na Europa, as cidades se desenvolveram, a ciência tornou a
prosperar, surgindo então as primeiras universidades.
O Renascimento (séc. XIII a séc. XVI) determinou, em virtude da existência
das universidades, um período de intensa evolução científica em que se destacaram
inúmeros estudiosos, como, por exemplo, Nicolau Copérnico (1473-1543) e Galileu
Galilei (1564-1642). Copérnico foi o maior responsável pela retomada da Teoria
Heliocêntrica, muito antes apresentada pelo grego Aristarco. A retomada desta
teoria encontrou uma forte resistência, pois contrariava as ideias da comunidade
científica e da Igreja Católica da época, por defender a ideia de o Universo e tudo
que nele foi criado existirem em função do homem.
Com René Descartes (1596-1650) e Isaac Newton (1742-1727), o mundo
desponta para um movimento natural denominado Iluminismo. Nessa época os
trabalhos dos cientistas do Renascimento são divulgados sob a forma de leis
amplamente aceitáveis e aplicadas a todos os tipos possíveis de movimento,
determinando assim definitivamente o fim da ideia de que a Terra era o centro do
Universo.
A contribuição das ciências para com a tecnologia foi muito acentuada a partir
do século XVIII, com a denominada Evolução Industrial. Nessa época, destacaram-
se inúmeros especialistas em áreas específicas da Física, a qual, por já conter uma
infinidade de conhecimentos, impossibilitava que apenas um cientista se distinguisse
como conhecedor pleno.
No final do século XIX e início do século XX, o homem descobriu a
radioatividade, a variação da emissão de radiação emitida pelos corpos, em função
de sua alta temperatura, e a invariação da velocidade da luz em relação à mudança
de referencial. Tais descobertas determinaram um avanço significativo na Física, até
então denominada Clássica, surgindo assim a Física Moderna.
185
Olhando o aspecto histórico, percebe-se que o ensino de Física no Brasil é
algo recente, passando a ser objeto de estudo nas escolas de maneira mais efetiva
a partir de 1837, com a fundação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. O ensino
na época baseava-se na transmissão de informações através de aulas expositivas,
visando à preparação para os exames que proporcionavam a continuidade dos
estudos.
Destaca-se 1934 como o ano em que foi criado o primeiro curso de
graduação em Física no Brasil Sciencias Physicas, junto à Faculdade de Philosofia,
Sciencias e Letras da Universidade de São Paulo. Este curso visava formar
bacharéis e licenciados em Física, sendo os últimos destinados a lecionar em
escolas desde o Ensino Fundamental até o Superior.
Porém, foi a partir dos anos 50, que a Física passou a fazer parte dos
currículos desde o Ensino Fundamental até o Médio, tendo sua obrigatoriedade
ocorrida em função da intensificação do processo de industrialização no país. A este
fator somou-se o incentivo dado ao ensino de Ciências nas escolas de formação
básica nos anos pós-guerra (após o término da II Guerra Mundial) como forma de
atrair estudantes para a formação superior nessa área do conhecimento.
No período anterior à Segunda Guerra Mundial, as atividades experimentais
no ensino de Física eram poucas e centradas na demonstração por parte do
professor, pois eram constituídas por arranjos experimentais sofisticados, com
custos elevados. Esse período ficou conhecido como a Era das Máquinas, cujo
objetivo consistia na demonstração do fenômeno físico de modo a ilustrar a teoria.
Entretanto, após a década de 1950, a concepção acerca das atividades
experimentais modificou-se, passando a privilegiar a montagem das experiências
pelos alunos. Os estudantes recebiam kits para a montagem do experimento que
desejavam estudar, ocorrendo assim, uma mudança radical na postura que estava
sendo dadas as aulas práticas de Física.
Na década de 1960, os investimentos em educação continuavam dependendo
de capital estrangeiro, mas ao mesmo tempo, iniciava-se um movimento de reforma
da educação brasileira, principalmente com a instituição da primeira Lei de Diretrizes
e Base da Educação Nacional (LDB), em 1961. No ensino de Física, identifica-se
esta época com os consideráveis investimentos na aquisição de materiais para aulas
186
experimentais, sobretudo através de convênios com instituições e governos
estrangeiros. Chegavam as escolas os kits de materiais didáticos, sempre
acompanhados de livros que serviam de roteiros-guia para as atividades dos
professores, perpetuando, desta forma, o modelo de ensino difundido nos
programas.
Nas décadas de 1980 e 1990, o país passou por uma reorganização no
campo político e o ensino de Ciências, tomava em termos mundiais uma dimensão
de produção do conhecimento voltada para os avanços tecnológicos. Já não se
pode mais separar Ciência da Tecnologia e iniciava-se uma discussão em torno dos
benefícios desta associação para os homens e para a sociedade. Havia
necessidade de uma melhoria no ensino das Ciências no Brasil e no mundo,
aproximando-o das necessidades permanentes da sociedade em que os indivíduos
estão inseridos.
Hoje, no início do século XXI, mais de cem anos de história se passaram
desde a introdução da Física nas escolas no Brasil, mas sua abordagem continua
fortemente identificada com aquela praticada a cem anos atrás: ensino voltado para
a transmissão de informações através de aulas expositivas utilizando metodologias
voltadas para a resolução de exercícios algébricos. Questões voltadas para o
processo de formação dos indivíduos dentro de uma perspectiva mais histórica,
social, ética, cultural, permanecem afastadas do cotidiano escolar, sendo
encontradas apenas nos textos de periódicos relacionados ao ensino de Física, não
apresentando um elo com o ambiente escolar.
No ensino de Física, percebe-se a importância dessa interação social no
processo de aprendizagem escolar, já que esta Ciência se encontra próxima e
presente na realidade do educando.
Os conhecimentos da Física nos permitem elaborar conceitos de evolução e
composição cósmica, da energia presente na matéria, possibilitando o
desenvolvimento de novas fontes energéticas, novos materiais, produtos e
tecnologias. Assim, a Física está presente em nosso cotidiano num contexto
histórico, social, tecnológico, econômico, político e também está relacionada à
realidade imediata do educando.
187
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos estruturantes da Física Clássica são: o Movimento, a
Termodinâmica e o Eletromagnetismo.
Desta maneira, os três campos: o estudo dos movimentos, da mecânica de
Newton, unificou a Estática, a Dinâmica e a Astronomia (séc. XVII); a
Termodinâmica unificou os conhecimentos sobre gases, pressão, temperatura e
calor; a Teoria Eletromagnética unificou o Magnetismo, a Eletricidade e a Óptica
(séc. XIX). Representam teorias unificadas que dão referenciais à disciplina, são
independentes e garantem o fornecimento de referenciais entre os mesmos sendo
objeto de estudo desta. Estes conteúdos estruturantes serão trabalhados
articuladamente nas três séries do Ensino Médio proporcionando uma ligação entre
os conteúdos específicos.
Serão levantadas temáticas que contemplem a Diversidade Cultural,
Sexualidade, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Educação do Campo,
Educação Indígena e Educação Especial, sempre voltadas à Inclusão:
Contribuição dos povos africanos e de seus descendentes para os
avanços da Ciência e da Tecnologia.
A estrutura de Fractais presentes na arte africana.
O emprego de tecnologia no Campo.
A criação de armas e instrumentos indígenas (canoa, arco e flecha) e a
relação com conhecimento de física.
A evolução da tecnologia e as consequências sociais e ambientais.
Tecnologias desenvolvidas para facilitar a vida dos portadores de
necessidades especiais.
A produção do conhecimento está diretamente ligada à necessidade da
sobrevivência do homem. À medida que ele busca suprir estas necessidades
práticas, ele soma ao senso comum o conhecimento científico, consolidando-se,
assim, a relação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.
Dentro do papel da ciência no processo do desenvolvimento tecnológico e
social, a disciplina de Física possibilita ao homem que se coloque como agente cada
188
vez mais atuante, pois lhe permite:
Conhecer cada vez mais o universo físico e os fenômenos que nele
acontecem;
Desvendar abstração de leis físicas;
Evoluir o seu espírito crítico;
Desenvolver o raciocínio associativo e as capacidades dedutivas que
possibilitem inserir novos conhecimentos no contexto da tecnologia
avançada, ou mesmo em simples aplicações no cotidiano;
Compreender enunciados que envolvam código e símbolos físicos;
Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física;
Desenvolver a capacidade de investigação física;
Conhecer e utilizar conceitos físicos;
Compreender a Física presente em seu cotidiano;
Compreender a Física como um instrumento indispensável na elaboração
de novas tecnologias;
Reconhecer a Física como construção humana;
Ser capaz de emitir juízo de valor em questões que envolvam aspectos
físicos e/ou tecnológicos.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Pretende-se trabalhar durante os três anos do Ensino Médio os conteúdos
básicos abaixo apresentados:
Conteúdo Estruturante: Movimento:
- Momentum e inércia
- Conservação da quantidade de movimento
- Variação da quantidade de movimento: impulso
- 2ª lei de Newton
- 3ª lei de Newton e condições de equilíbrio
- Energia e o princípio da conservação de energia
- Gravitação
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Conteúdo Estruturante: Termodinâmica:
- Leis da Termodinâmica
- Lei Zero da Termodinâmica
- 1ª Lei da Termodinâmica
- 2ª Lei da Termodinâmica
Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo:
- Carga, corrente elétrica, campo e onda eletromagnéticos
- Força eletromagnética
- Equações de Maxwell: lei de Gauss para a eletrostática, lei de Coulomb, Lei de
Ampère, Lei de Gauss Magnética, Lei de Faraday
- A natureza da luz e suas propriedades.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O encaminhamento metodológico partirá de indagações acerca do
conhecimento prévio do aluno onde o professor media estes com os conhecimentos
científicos considerando a evolução das idéias e conceitos físicos (História interna e
externa à Física), mostrando a não neutralidade da produção científica, na qual os
modelos matemáticos são construções humanas já que a elaboração e a
sistematização dos conteúdos da disciplina de Física devem atingir, de maneira
congruente, as várias dimensões da inteligência humana em virtude das aptidões
individuais e das capacidades diferenciadas de aquisição dos conhecimentos. Neste
sentido, a metodologia deve explicitar ao aluno o que o mesmo precisa saber e
saber cada vez mais para tornar-se cada vez melhor. Assim, é necessário levar os
conteúdos o mais próximo de sua vivência, da realidade que o cerca, valorizando os
conhecimentos que possa ter com relação aos conteúdos, procurando, através de
uma participação ativa de cada aluno e do coletivo educacional, desenvolver uma
visão articulada do ser humano em seu meio natural, como construtor e
transformador deste meio, desmitificar os conteúdos de Física tornando-os partes de
sua realidade, além de globalizar o ensino possibilitando uma melhor compreensão
do mundo e formação da cidadania mais adequada, promovendo um conhecimento
190
contextualizado e integrado à vida do aluno capacitando-o para uma leitura de
mundo articulada a outras áreas do conhecimento. É essencial considerar o
desenvolvimento cognitivo do aluno, relacionado às suas experiências, sua
maturidade, sua identidade cultural e social e os diferentes significados e valores
que a Física pode ter para os mesmos a fim de que a aprendizagem seja
significativa.
As abordagens que serão consideradas no processo têm papel fundamental,
pois possibilitam estender a todos os alunos a construção do conhecimento:
Relacionar os conteúdos com fatos concretos e palpáveis do dia a dia;
Mostrar historicamente o processo, o desenvolvimento e a aplicação do
conhecimento físico;
Enfatizar o raciocínio lógico e reflexivo;
Priorizar o entendimento do fenômeno físico com redução das considerações
matemáticas;
Utilizar a formulística mais como instrumento de comprovação do que de
dedução;
Possibilitar a compreensão de determinada abstração física mediante simples
experimentação;
Neste contexto, serão trabalhados: avaliação diferenciada, material
apropriado (ampliação), atenção mais direcionada, respeito às limitações. Isso se
dará através de: aulas expositivas, pesquisas, aulas em laboratório, apresentação
oral e escrita de trabalhos, painéis, debates e dramatização.
Assim, a compreensão do todo possibilitará ao aluno a certeza do papel da
Física como uma das ciências que mais se destaca como modificadora da realidade,
em virtude de sua vasta aplicação tecnológica e social.
No decorrer do Ensino Médio, a disciplina também abordará conteúdos
sobre a Educação do Campo, Educação Inclusiva, Cultura Afro-brasileira e Indígena,
buscando observar as contribuições que estas trouxeram ao campo da Física.
Procurar-se-á também desenvolver atividades relativas aos Desafios Educacionais:
Educação Ambiental, Relações étnico-raciais, Sexualidade, Prevenção ao uso
Indevido de Drogas e Enfrentamento à Violência nas Escolas, Educação Fiscal,
Cidadania e Direitos Humanos.
191
Serão utilizados recursos tecnológicos de multimídia: computador, data-
show, TV pen drive, DVDs e Cds entre outros que se fizerem necessários. Sempre
que possível, serão desenvolvidas atividades no laboratório experimental de Física.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é vista como um ato educativo essencial para a condução de um
trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem é um direito de todos e a
escola pública é o espaço onde a educação democrática acontece.
Desse modo, a avaliação será contínua, diagnóstica e cumulativa,
possibilitando uma oportunidade de reflexão sobre o processo de ensino e seus
resultados. Obtidos através de:
- Provas objetivas e discursivas;
- Pesquisas e relatórios;
- Trabalhos individuais e em grupos;
- Resumos;
- Resolução de problemas e exercícios;
- Participação na Feira das Ciências;
- Apresentação de trabalhos;
Observação:
Os diversos tipos de recursos, habilidades e avaliações serão adaptados de
acordo com os conteúdos;
Estes conteúdos serão flexíveis de acordo com o desenvolvimento,
curiosidade e aprendizagem de cada turma, bem como o suprimento das
necessidades especiais dos educandos;
Como a avaliação é diagnóstica, contínua e cumulativa, a recuperação,
quando necessária, será feita de forma paralela.
Os registros de notas serão expressos em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0
(dez vírgula zero), sendo diagnóstica, contínua e cumulativa feita por meio de,
no mínimo, dois instrumentos distintos, com valores proporcionalmente
adequados ao instrumento avaliativo e aos conteúdos avaliados, sendo que o
valor das provas não poderá ultrapassar oitenta por cento da nota global do
192
bimestre. Esta, por sua vez, será efetuada pela somatória das notas parciais,
sendo obrigatório o uso de, no mínimo, dois instrumentos avaliativos
diferenciados por bimestre.
De acordo com as DCEs, os critérios de avaliação em Física que serão
verificados são:
A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada dentro dos conteúdos estruturantes;
A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e
as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os
conhecimentos da Física.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
O processo de recuperação de conteúdos e notas ocorrerá de modo paralelo
ao processo de ensino-aprendizagem. A recuperação paralela, dos conteúdos será
ofertada para todos. Se constituirá na recuperação dos conteúdos trabalhados ao
193
longo do bimestre e ofertada uma nova oportunidade de avaliação para a
recuperação da nota bimestral, podendo ser aplicados provas ou testes escritos ou
trabalhos, prevalecendo, nesta situação, o valor maior, em consonância com o
Projeto Político Pedagógico da escola. o valor maior, em consonância com o Projeto
Político Pedagógico da escola. Sendo assim, poderá ser oferecido um instrumento
para recuperar o aproveitamento/nota das provas (com valor de seis pontos) e um
instrumento para recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de
quatro pontos).
Caso existam alunos com necessidades educacionais especiais, serão
utilizados diversos recursos para a verificação da aprendizagem com ampliação de
textos e provas, provas orais, tradução simultânea para libras, entre outros.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMALDI, Ugo. Imagens da Física. São Paulo: Scipione, 1996. BERNERDES, Luiz Antônio Bastos. Dos Gregos à Teoria Quântica: um breve painel de idéias fundamentais na Física. DEFIS/UEPG, 19... __________. Grandes Físicos da Humanidade. DEFIS/UEPG, 19... BONFORNO, Regina Azenha; BONFORNO, José Roberto; BONFORNO, Valter; RAMOS, Clinton Marcio. Física Fundamental. – Volume único. São Paulo: Editora FTD, 1993. CADERNO TEMÁTICO – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. CHIQUETTO, Marcos José. Física para o 2º grau. – Volume único. São Paulo: Editora Scipione Ltda, 1993. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Física. Ensino Médio, SEED. Pr, 2009. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná. ENCICLOPÉDIA GREF. Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. – 4ª ed. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2000. FOULLÉ, A. Enciclopédia Técnica Universal Globo: Física das Vibrações. – Vol. I, II e III. Trad.: Rui Pinto da Silva Sieczkowski e Álvaro Magalhães. Porto Alegre: Editora Globo, 1970.
194
GRIEBELER, Enéri Márcia Czerwonka; BERNARDES, Luiz Antônio Bastos. Apostila História da Física. Universidade Estadual de Ponta Grossa – Setor de Ciências Exatas e Naturais – Departamento de Física, 19... HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de Física 3: Eletromagnetismo. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1991. LOBO, Ary Maurell. Biblioteca Profissional Brasileira: Compendio de Física Ginasial segundo as Teorias Modernas. Edição da Revista “Ciência Popular”, 1933. MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Física de olho no mundo do trabalho. São Paulo: Scipione, 2003. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃ E CULTURA. Ciências Físicas e Naturais: 700 experiências copiladas pela UNESCO. Diretoria do Ensino Industrial, 1965. NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de Física Básica: Ótica, Relatividade, Física Quântica. – Vol. 4. São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda, 1998. PENTEADO, Paulo Cesar M. Enciclopédia Física: Conceitos e Aplicações. São Paulo: Editora Moderna Ltda, 1998. ROSMORDUC, Jean. Uma História da Física e da Química de Taltes a Einstein. Trad.: Jorge Zahar. Rio de Janeiro: Editora de Livros Ltda, 1988. SILVA, Djalma Nunes da. Enciclopédia Física. – Vol. 1, 2 e 3. São Paulo: Editora Ática, 1993. __________. Física Paraná: Novo Ensino Médio. – Volume único. São Paulo: Editora Ática, 2003.
195
15.5.8. GEOGRAFIA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Por ter como objeto de estudo o espaço geográfico, isto é, as relações
homem/meio, a Geografia está presente no contexto histórico das sociedades desde
os princípios das civilizações e sempre apresentou fundamental importância no
processo da evolução histórica. Até mesmo quando o homem nem a compreendia
como ciência, já a praticava em seu cotidiano, demarcando os locais onde podia
obter seus alimentos, por onde andava, onde construía suas habitações, enfim, seu
território.
De forma mais recente, quando já sistematizada como ciência, a princípio
meramente descritiva (geografia tradicional), passando pela Nova Geografia que
dava ênfase ao levantamento de dados (estatística), pela Geografia Crítica
(analítica) e pela Geografia Humanística (ênfase aos problemas humanos), esta
ciência sempre forneceu subsídios fundamentais para a análise e compreensão de
fatos e fenômenos, possibilitando a análise do passado, o entendimento do presente
e o planejamento do futuro. Prova disso é o fato de que quase todos os países do
mundo, inclusive o Brasil, possuem institutos de geografia que fornecem estes
referidos dados, e estes servem para o planejamento das políticas públicas a médio
e longo prazo, no campo natural, social e econômico.
Em outras palavras, a utilização e a importância do saber geográfico sempre
aumentou com a evolução histórica das sociedades, pois se os objetos de estudo da
Geografia são, como já mencionados, as relações homem/meio, e se estas se
intensificam e crescem, também o fazem a importância e a utilização da Geografia.
O ensino da geografia há algum tempo, tenta realizar esforços no sentido de
refletir sobre as práticas identificando desafios e desventuras, trabalhar com um
espaço mais criativo e mais próximo do aluno, situar alternativas e propô-las,
representar ideias, voltar ao momento de profundas transformações que se tornam
necessárias em relação à educação. Para que isso seja possível, deve-se buscar a
ampliação do conhecimento do aluno sobre o mundo e promover valores e atitudes
196
que concorram para a construção de um espaço socialmente justo e ecologicamente
correto.
O campo da geografia levou a refletir e discutir ao longo dos últimos anos,
certos de que cada momento histórico a sociedade vê na escola a possibilidade de
novas perspectivas. Acreditar que esse é o tempo e o lugar para retomar e
aprofundar o nosso conhecimento, de propor desafios de um mundo com uma série
de possibilidades, de buscar uma sociedade pluralista, democrática e dignificante
aos que, com seu suor, constroem as riquezas deste país.
Assim, para que se possa entender o papel da geografia, é preciso
compreender e interpretar a realidade social, econômica, política, cultural e
ambiental do espaço geográfico de forma integrada. Sendo assim, deve considerar
as dimensões geográficas da realidade-econômica, geopolítica, socioambiental,
cultural e demográfica sendo que essa proposta proporcione o aluno, um ser
politizador e crítico, assuma uma atitude de questionamento, dúvida e curiosidade,
com objetivo de encontrar resposta para as questões nucleadoras que envolvem a
vida social e afetiva dele.
Finalizando, o estudo da geografia (estudo das relações homem/meio) traz
três razões fundamentais para que o aluno possa valorizar o estudo dessa disciplina.
Primeiro: para conhecer o mundo e obter informações, que há muito tempo é o
motivo principal para estudar geografia. Segundo: podemos acrescer que a
geografia é a ciência que estuda, analisa e tenta explicar (conhecer) o espaço
produzido e reproduzido pelo homem. Ao estudar certos tipos de organização do
espaço, procura-se compreender as causas que deram origem às formas resultantes
das relações entre a sociedade e natureza. Para entendê-las, faz-se necessário
compreender como os homens se relacionam entre si. Terceira razão: não é no
conteúdo em si, mas num objetivo maior que dá conta de tudo ou mais, qual seja a
formação do cidadão crítico.
É importante também salientar que a nova proposta para o ensino da
Geografia deve ainda contemplar a Lei 11.645/08 que rege a inserção dos
conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira e Africana nos currículos escolares,
com o objetivo de evadir todo e qualquer tipo de preconceito que possa existir com
relação aos afro-descendentes, uma vez que a cultura brasileira tem suas bases
197
nessa cultura. Sendo assim, no ensino de Geografia os conteúdos relacionados a
essa temática poderão contemplar principalmente os aspectos regionais envolvidos
na produção dos materiais, objetos, instrumentos e outros temas que digam respeito
aos conhecimentos geográficos da história e da cultura afro-brasileira e africana.
Outro aspecto a ser contemplado nessa nova proposta de ensino é a questão
indígena, que esteja envolvido com as transformações e aplicações desta cultura
nos seus processos de produção de objetos e instrumentos, uma vez que todo o
povo brasileiro, inclusive o paranaense e o da região deste município tem algum
vínculo com a cultura indígena, mas também na herança biológica da miscigenação.
A educação do campo é mais um ponto importante a ser considerado e
respeitado na nova proposta, pois a escola localiza-se numa região
caracteristicamente agrícola. Assim, os processos de trabalho, de divisão social e
territorial, a cultura e a identidade, a interdependência entre campo e a cidade, a
questão agrária e o desenvolvimento sustentável, a organização política, os
movimentos sociais e a cidadania, que necessitam ser analisado, compreendidos e
estudados para que essa realidade seja valorizada, as pessoas reconheçam a sua
identidade, possam intervir beneficamente sobre ela, respeitando a natureza da qual
tiram seu sustento, permitam que esses conceitos e valores permaneçam e/ou
sejam aperfeiçoados ao longo das gerações e, principalmente que os aspectos
geográficos envolvidos nesses processos sejam conhecidos e compreendidos.
Uma proposta tão abrangente não pode deixar de lado a problemática da
educação inclusiva. É necessário, então, que a escola preste atenção à
individualidade, respeitando esses limites e essas potencialidades de maneira
igualitária. Isso não significa, porém, tratar a todos de maneira homogênea ou
promover a homogeneização, mas contemplar os diferentes ritmos e habilidades dos
alunos, favorecendo o desenvolvimento e a aprendizagem individuais de modo que
todos possam se desenvolver. Assim, todos os alunos precisam ser respeitados na
sua individualidade, sejam eles portadores de deficiências físicas, mentais,
psicológicas, ou não, os que são diferentes por seu modo de ser e de se relacionar
com os outros, os com dificuldades de aprendizagem, com condutas típicas, os que
apresentam obesidade ou qualquer enfermidade (crônica ou temporária), entre
198
muitos outros, pois todos são diferentes e é na diferença que a identidade de cada
um deve ser construída, respeitada e reconhecida.
Finalmente, tem-se uma concepção de Educação como sendo o cerne para a
formação de cidadãos, sendo que o Ensino Fundamental passa a ter duração de
nove anos, e que a partir do ano letivo de 2012, as atuais 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries
(séries finais), passarão a ser denominadas 6.º, 7.º, 8.º e 9.º anos, respectivamente,
conforme a LDB n. 9394/96, a Resolução n.º 7/2010-CNE/CEB, a Deliberação n.º
03/2006-CEE/CEB, o Parecer n.º 407/2011-CEE/CEB e a Instrução n.º 008/2011-
SUED/SEED.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e geográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista. A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos. A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural. As diversas regionalizações do espaço geográfico.
199
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e geográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. A dinâmica da natureza e a sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. As diversas regionalizações do espaço brasileiro. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos. Movimentos migratórios e suas motivações. O espaço rural e a modernização da agricultura. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e geográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço geográfico. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. O comércio em suas implicações sócio-espaciais. A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
200
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. O espaço rural e a modernização da agricultura. A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural. Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e geográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço brasileiro. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O comércio mundial e as implicações sócio-espaciais. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos. As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural. Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a
201
transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e a sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e geográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
A formação e transformação das paisagens. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O espaço rural e a modernização da agricultura. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.
202
Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural. O comércio e as implicações sócio-espaciais. As diversas regionalizações do espaço geográfico As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Propõe-se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de forma crítica
e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos
fundamentos teóricos aqui propostos, utilizando a cartografia como ferramenta
essencial, possibilitando assim transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja,
local ao global.
Além disso, faz-se necessário destacar os conteúdos específicos que são
abordados a partir do enfoque de cada Conteúdo Estruturante pelo qual estes estão
inter-relacionados, garantindo uma totalidade de abordagens sem adotar uma
linearidade de conteúdos.
Os conteúdos a serem desenvolvidos constituem um conjunto de ações
ordenadas, orientadas para a realização de uma meta. Nesse sentido, a aplicação
de diferentes linguagens presentes tem a intenção de promover a construção das
noções fundamentais que encaminham a compreensão do conhecimento geográfico,
é preciso utilizar ainda: leitura e interpretação de textos, leitura e interpretação de
fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas, pesquisas bibliográficas, relatórios de aula
de campo, construção e análise de maquetes, entre outros. Sendo assim, são
atividades que levam os alunos a aplicar os seus conhecimentos informais
juntamente com os conhecimentos geográficos, que eles possam entender o espaço
203
geográfico onde os elementos não estejam segregados, mas sim interligados entre
si.
Para a construção do conhecimento em sala de aula é importante a
contextualização do conteúdo. Na perspectiva teórica das Diretrizes Curriculares
Estaduais, contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida
do aluno é, principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais,
econômicas, culturais, em manifestações espaciais concretas, nas diversas escalas
geográficas.
Ao concluir o Ensino Fundamental, espera-se que os alunos tenham noções
básicas sobre as relações socioespaciais nas diferentes escalas geográficas (do
local ao global) e condições de aplicar seus conhecimentos na interpretação e crítica
de espaços próximos e distantes, conhecidos empiricamente ou não.
Esses conhecimentos serão aprofundados no Ensino Médio, de modo a
ampliar as relações estabelecidas entre os conteúdos, respeitada a maior
capacidade de abstração do aluno e sua possibilidade de formações conceituais
mais amplas. Estudos sobre o espaço geográfico global, bem como os estudos
continentais e regionais, serão realizados a partir de recortes temáticos mais
complexos.
O trabalho pedagógico da história e da cultura afro-brasileira e indígena
pode ser feito, por exemplo, por meio de textos, imagens, mapas e maquetes que
tragam conhecimentos sobre: a questão histórica da composição étnica e
miscigenação da população brasileira; a questão político-econômica da distribuição
espacial da população afrodescendente e indígena no Brasil e no mundo.
A educação ambiental deverá ser uma prática educativa integrada, contínua
e permanente, no desenvolvimento dos conteúdos de ensino da Geografia. A
dimensão socioambiental é um dos conteúdos estruturantes dessa disciplina e,
como tal, deve ser considerada na abordagem de todos os conteúdos específicos ao
longo da educação básica.
Os Conteúdos Obrigatórios, conforme dispostos na Instrução 009/11
SUED/SEED, serão trabalhados concomitantes aos conteúdos específicos da
disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Geografia.
204
As metodologias direcionadas aos alunos portadores de necessidades
educacionais especiais, o uso de materiais adaptados para cada caso e o
tratamento para com esses alunos (explicações extras, ser mais lento no falar e
atender individual) são de uma importância muito grande para que estes possam
aproveitar ao máximo seu potencial de desenvolvimento, respeitando o limite desse
aluno e valorizando o que ele sabe fazer.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação está inserida dentro do processo de ensino/aprendizagem e,
antes de mais nada, deve ser entendida como mais uma das formas utilizadas para
avaliar o nível de compreensão dos conteúdos específicos tratados durante um
determinado período.
Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em
Geografia a formação dos conceitos geográficos, gráficos básicos e o entendimento
das relações socioespaciais para a compreensão e intervenção na realidade. O
professor deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e
assimilaram as relações Espaço - Temporais e Sociedade - natureza para
compreender nas diversas escalas geográficas.
A avaliação será desenvolvida de forma contínua, cumulativa, diagnóstica e
formativa e não será excluída a avaliação formal (por meio de provas), mas existirá
outros instrumentos de avaliação que contemplem as várias formas de expressão
dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e
interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas, pesquisas bibliográficas,
relatório de aulas de campo, construção e análise de maquetes, debates, seminários
entre outros. , Os registros de notas serão expressos em uma escala de 0,0 (zero) a
10,0 (dez vírgula zero), sendo diagnóstica, contínua e cumulativa feita por meio de,
no mínimo, dois instrumentos distintos, com valores proporcionalmente adequados
ao instrumento avaliativo e aos conteúdos avaliados, sendo que o valor das provas
não poderá ultrapassar oitenta por cento da nota global do bimestre. Esta, por sua
vez, será efetuada pela somatória das notas parciais, sendo obrigatório o uso de, no
mínimo, dois instrumentos avaliativos diferenciados por bimestre.
205
Sendo assim, a avaliação será um processo contínuo de construção e
reconstrução, assentado na interação e na relação dialógica que acontece entre os
sujeitos do processo – professor e aluno.
Dessa forma, os instrumentos de avaliação deverão respeitar o Projeto
Político Pedagógico e estarem adequados a cada etapa do processo de ensino da
geografia, com provas, trabalhos escritos, seminários, relatórios, entre outros.
No caso de alunos portadores de necessidades especiais, a avaliação
poderá ser feita conforme as suas necessidades: ampliação da fonte, de imagem,
avaliação oral, LIBRAS.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
Finalmente, a recuperação de conteúdos e notas também deve ser
contemplada, principalmente quando se trata de avaliação da aquisição dos
conhecimentos geográficos em provas ou testes escritos. A recuperação paralela,
dos conteúdos será ofertada para todos. Se constituirá na recuperação dos
conteúdos trabalhados ao longo do bimestre e ofertada uma nova oportunidade de
avaliação para a recuperação da nota bimestral, podendo ser aplicados provas ou
testes escritos ou trabalhos, prevalecendo, nesta situação, o valor maior, em
206
consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola. o valor maior, em
consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola. Sendo assim, poderá ser
oferecido um instrumento para recuperar o aproveitamento/nota das provas (com
valor de seis pontos) e um instrumento para recuperar o aproveitamento/nota dos
trabalhos (com valor de quatro pontos).
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Andressa e BOLIGIAN, Levon. Geografia: espaço e vivência. 1. ed. São Paulo. 2004. ANDRADE, M. C. de. Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987. CASSETI, V. A natureza e o espaço geográfico. In. MENDONÇA, F. A. e KOZEL, S. (orgs) Elementos de epistemologia da geografia contemporânea. Curitiba: Ed. da UFPR, 2002. CASTELLAR, Sonia MAESTRO Valter. Geografia - Ensino Fundamental. 2.ed. São Paulo: Editora eletrônica, 2002. CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1999. CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectivas da geografia. São Paulo: Difel. 1982. CIGOLINI, A.; MELLO, L.; LOPES, N. Geografia do Paraná: quadro natural, transformações territoriais e economia. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2001. CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo Ática, 1986. COSTA, Wanderley Messias da. Geografia política e geopolítica: Discurso sobre o Território e o Poder. São Paulo: Editora Hucitec, 2002. DAMIANI, Amélia Luisa. Geografia política e novas territorialidades. In: PONTUSCHKA, Nídia Nacib; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de, (Orgs). Geografia em perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002. Diretrizes Curriculares de Geografia. Governo do Paraná: Secretaria de Estado da Educação. 2008. KOZEL, S. e FILIZOLA, R. Didática de geografia: memórias da Terra, o espaço vivido. São Paulo: FTD, 1996. MAAK, R. Geografia física do estado do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial, 2002. MORAES, A. C. R. de. Pequena história crítica da geografia. São Paulo: Hucitec, 1987.
207
PASSANI, E. Y. As representações gráficas e sua importância para a formação do cidadão. Revista Geografia e Ensino, Belo Horizonte, v.6, nº1, 1997. PENTEADO, H. D. Metodologia do ensino de história e geografia. São Paulo: Cortez, 1994. PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna. Florianópolis: Ed. UFSC, 1989 Projeto Araribá. Editora Moderna. 1. ed. São Paulo. 2006. RAFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993. SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. ________. Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986. ________. Técnica, espaço, tempo. Globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: Hucitec, 1996. ________. A natureza do espaço. Técnica e Tempo Razão e Emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. TUAN, Y. F. Geografia humanística. In: CHRISTOFOLETTI, A. (Org) Perspectivas da geografia. São Paulo: Difel, 1982. VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.
208
15.5.9. HISTÓRIA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A decisão de ensinar História nas escolas, de maneira semelhante à que se
conhece hoje foi tomada no momento em que na Europa ocorria o processo de
“invenção” da escolarização que se deu a partir do início do século XIX. A intenção
do ensino desta disciplina era criar um sentimento coletivo de pertencer a uma
nação cuja origem mítica confirmaria um futuro brilhante a todos que se
envolvessem nesse projeto.
No Brasil, principalmente a partir da Proclamação da república, o caminho foi
parecido. No Ensino Primário, demonstravam-se as qualidades e os feitos dos
grandes homens e celebravam-se determinadas datas e marcos fundamentais da
nação.
Nos níveis mais avançados, apresentava-se a história da “civilização”, tendo
como ápice a sociedade europeia, da qual o Brasil teria recebido a herança dos
costumes civilizados a qual se igualaria, mantendo a caminhada rumo ao progresso.
Tendo por objetivos a política oficial e as batalhas, a História despertava nos
alunos, a médio prazo, atitudes de distanciamento, indiferença e passividade pois
esperava-se dos estudantes a repetição e a memorização.
No Brasil, o debate se acentuou com as reformas curriculares na década de
1980. A ideia de “cidadão protagonista” começa a substituir a de “cidadão súdito”
com o fim da Ditadura Militar. Apesar disso, manteve-se a organização estruturada
no século XIX, com suas temporalidades, seus objetos e eurocentrismo. Passados
mais de 20 anos, apesar de notáveis avanços, muitos autores ao analisar currículos,
livros didáticos e práticas de professores, demonstram que houve mais
permanências que rupturas nas propostas que começam a se concretizar no fim dos
anos 1980.
O problema não é só brasileiro. Em diversos países, as pesquisas sobre a
aprendizagem em História apontam que, depois de passar vários anos pelos bancos
escolares a maioria dos alunos não consegue relacionar aquilo que aprendeu à vida
prática.
209
Não é por acaso que alguns historiadores, como Éric Hobsbawm, acreditam
que a sociedade contemporânea vive sobre a ideia de um presente contínuo, sem
relação orgânica com o passado.
A formação de sujeitos leitores e perseguida todos os momentos do ensinar
História, fazendo com que os estudantes sejam capazes de processar e comunicar,
de forma ampla, informações e conhecimentos, superando a visão tradicional que
delega tais atribuições apenas à disciplina de Língua Portuguesa. Também a
possibilidade do desenvolvimento da autonomia de pensamento, de raciocínio crítico
e da capacidade de apresentar argumentos historicamente fundamentados é
buscado por meio do trabalho com diferentes interpretações e da obtenção de
informações em fontes variadas.
Trabalhar com conceitos estruturantes da disciplina de História como: cultura,
relações sociais, poder, ética, identidade e trabalho auxiliam os alunos na
compreensão de que as ações sociais são realizadas no tempo e no espaço,
portanto, historicamente construídos, evitando determinismos entendendo que as
sociedades e os múltiplos fatores que nela intervém são produtos da ação humana.
Construir mecanismos para o desenvolvimento da cidadania, estabelecendo
relações passado/presente, estimulando e oportunizando atitudes focadas à
cidadania, ou seja, exercer os direitos e deveres políticos, civis e sociais,
desenvolvendo atitudes de solidariedade, cooperação, respeito às diferenças e
repúdio às injustiças, às desigualdades sociais e a toda forma de preconceito.
Posicionar-se criticamente em relação ao seu entorno social e aos meios de
comunicação.
Situar acontecimentos históricos no tempo e relacioná-las segundo critérios
de anterioridade, posteridade e simultaneidade.
Perceber-se como sujeito capaz de contribuir para mudanças históricas.
Em busca de um saber preenchido de significados, visando à formação
integral do ser humano, a escola enquanto instituição educacional deve promover o
maior número possível de vivências e informações a fim de auxiliar na formação com
capacidade para a compreensão do real significado da sociedade atual, numa
perspectiva de transformação que aponte para o compromisso com o coletivo e com
a ordem social democrática. A sala de aula não é apenas um espaço onde se
210
transmite informações, mas onde uma relação de interlocutores constroem sentidos.
Procurando romper com o ensino tradicional, com o desinteresse dos alunos pelo
ensino de História, conteúdos deslocados do cotidiano, metodologias que obrigam
os alunos a decorar os conteúdos, aulas enfastiosas, assuntos repetitivos, verdades
prontas, sentiu-se a necessidade de analisar o passado não como algo distante e
preso no tempo, mas em perceber a interação passado-presente, a partir das
realizações humanas, situando o aluno na sua realidade vivida, enquanto ser
pensante, em evolução, ativo e norteador do seu próprio destino, na medida em que
constrói o mundo.
Levando em conta a necessidade da presente proposta de encaminhar os
alunos no caminho da produção e da relação critica do ser, possibilitando manejar e
produzir conhecimento como atitude construtiva, no sentido da emancipação do
aluno e da sociedade, tendo o cuidado de criar situações de aprendizagem nos
quais se possa compreender o presente em sua organização social estabelecendo
condições necessárias para que os alunos percebam as constantes mudanças
sociais, políticas, econômicas culturais e éticas que permeiam a sociedade nas suas
mais diversas conjecturas.
Pretende-se assim resgatar na História – ciência uma nova postura em
relação professor-aluno, com uma reorganização dos conteúdos articulados, críticos
que considerem a história de todos os homens, as suas relações contraditórias e
conflituosas instauradas na sociedade contemporânea, necessidades postas pelo
cotidiano exige uma inserção crítica com o presente, levando o professor e aluno a
olharem o passado de forma diferenciada, um passado que questiona, que
problematiza a relação dos homens.
Procurando recuperar na prática da sala de aula o prazer pela investigação,
pela busca proporcionando diversas leituras, diferentes olhares, evitando a
hierarquização de base geográfica, valorizando a História Regional sem cair na
armadilha de pensá-la autônoma. Privilegiando a Educação do Campo como prevê a
LDB no artigo XXVIII, contribuindo para o desenvolvimento da identidade e
especificidade dessa realidade. Ressaltando também a importância da História e
Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, devendo perpassar todas as séries
desse nível ao longo do ano letivo, incluindo também a temática da História do
211
Paraná e a Educação Inclusiva, estabelecendo com os alunos uma perspectiva de
permanente busca, investigando, aguçando o interesse pela descoberta, pela
procura, incentivando a criação de textos criativos, desenvolvendo a curiosidade e
principalmente a busca pelo conhecimento.
A História está presente na vida de cada indivíduo, portanto é imprescindível.
Isto se dá pelo fato desta ser viva, dinâmica e atual, pode-se considerar que esteja
inerente à vida de cada indivíduo.
Isto evidencia que a História é, antes de tudo, um processo vivo e presente
aqui e agora. Não é algo que está apenas no livro ou no patrimônio intelectual de
alguém, mas existe em todos os locais, em todos os âmbitos, na memória, na ação,
reação e no viver de cada pessoa.
Pretende-se, assim, que o conhecimento a ser ensinado deva superar as
formas de organização factuais, lineares e cronológicas, buscando dessa forma que
o ensino de História tenha uma função crítica, inclusive no conhecimento dos usos
que se pode fazer do passado e não para lhe conferir um estatuto de verdade
absoluta.
A disciplina de História é um importante instrumento analítico, capaz de
ampliar a reflexão dos alunos sobre a realidade que os cerca e, consequentemente,
dotá-los de espírito crítico que o capacitará a interpretar essa mesma realidade.
Todavia, formação de espírito crítico não significa, necessariamente, levar alunos a
posições ideológicas extremadas, mas capacitá-los a discernir as várias linhas e
correntes de interpretações que se podem dar aos fatos históricos, em seus devidos
contextos, e assim, a partir daí, o aluno fazer suas experiências políticas, culturais,
sócio-econômicas.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
ENSINO FUNDAMENTAL – 6º ANO – Os Diferentes Sujeitos, Suas Culturas, Suas
Histórias
212
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. As culturas locais e a cultura comum.
ENSINO FUNDAMENTAL – 7º ANO – A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. As relações entre o campo e a cidade Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
ENSINO FUNDAMENTAL – 8º ANO – O Mundo do Trabalho e os Movimentos de
Resistência
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade. Os trabalhadores e as conquistas de direito.
ENSINO FUNDAMENTAL – 9º ANO – Relações de Dominação e Resistência: a
Formação do Estado e das Instituições Sociais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, Guerras e revoluções.
213
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
Tema 1 Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre. Tema 2 Urbanização e industrialização. Tema 3 O Estado e as relações de poder. Tema 4 Os sujeitos, as revoltas e as guerras. Tema 5 Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e as revoluções. Tema 6 Cultura e religiosidade.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Procurando métodos significativos específicos em História, que favoreçam ao
aprendizado de conteúdos e conhecimentos históricos pelos alunos, tornando-os
significativos para os estudantes, como saber escolar e social, criando situações
para que os alunos estabeleçam relações entre o passado e o presente, o particular
e o geral, as ações individuais e coletivas, os interesses específicos e de grupos e
articulações sociais.
O professor deverá adotar um método de pesquisa de forma que possa
problematizar o passado, e buscar, por meio dos documentos e das perguntas que
faz aos mesmos, respostas às suas indagações. A partir desse trabalho o professor
produzirá uma narrativa histórica, que tem como desafio contemplar a diversidade
das experiências políticas, econômico-sociais e culturais.
A elaboração e sistematização dos conteúdos de História devem levar em
consideração as capacidades diferenciadas de aquisição dos conhecimentos,
214
possibilitando aos alunos a construção da aprendizagem, buscando relacionar os
conteúdos com fatos concretos e palpáveis do dia-a-dia; mostrar historicamente o
processo, desenvolvimento e a aplicação dos conhecimentos da História; enfatizar o
raciocínio e a reflexão; trazer os valores do conhecimento da família, os costumes,
crenças para análise em grupo valorizando-os historicamente;
Propõem-se as seguintes situações metodológicas:
Pesquisa e análise através de notícias e reportagens contidas em jornais e
revistas e internet;
Teatros – será trabalhado em primeiro lugar com a explanação do conteúdo, o
aluno fará sua própria pesquisa sobre o assunto e a produção do texto para a
criação do teatro, caracterização dos personagens, tempo e espaço, podendo
haver a participação de professores de outras disciplinas tais como: Educação
Artística, Português, Geografia e Ciências;
Histórias em quadrinhos – baseando-se nos temas aplicados em sala de aula,
o aluno produzirá uma história criativa, cômica, desvinculada da metodologia
tradicional do livro didático, trazendo para uma leitura do dia-a-dia do aluno
tornando o assunto mais agradável e de fácil compreensão para os próprios,
podendo fazer uso do computador;
Vídeos e DVDs – trabalhando os temas relacionados aos conteúdos poderá
optar-se por história em quadrinho, teatro e produção de textos, excursões às
indústrias, etc.;
Filmadora – Filmagens de entrevistas, teatros, visitas a indústrias, passeios,
etc.;
Músicas e Paródias – serão trabalhados com temas atuais como fome,
drogas, violência, turismo, pois as músicas serão a representação da nossa
realidade, as músicas poderão também ser transformadas em paródias;
Trabalho com documentação histórica (mapas, fotos, pinturas e objetos) - o
trabalho será desenvolvido através de excursões a locais históricos e de
interesses geográficos, exposições de fotos, objetos, pinturas, com o uso de
softwares, internet e CD room.
Trabalhos orais e escritos;
Pesquisas bibliográficas – serão efetuadas nas atividades como teatro,
215
história em quadrinhos, paródias;
Aulas expositivas, debates, discussões;
Apresentação de textos básicos, com informações essenciais a cada assunto;
Produção de murais;
Livros didáticos – será utilizado como ponto de apoio para o aluno, mas não
como forma única de conhecimento do conteúdo;
Atividades realizadas no caderno do aluno;
Exploração de softwares, site ou CD room;
Assim, a compreensão da evolução histórica do homem, possibilitará ao aluno
a certeza do seu papel social na mudança da realidade, em virtude do conhecimento
acumulado historicamente e da oportunidade de se fazer História, pois ele é o
agente dessa mesma história.
O ensino de História tem a necessidade de uma reflexão sobre a prática
pedagógica para um ensino eficaz, atraente, curioso e capaz de instrumentalizar
para a compreensão das profundas transformações recentes, sem esquecer que o
mundo atual é o resultado de um longo e contraditório processo histórico. Partindo
dessa perspectiva, faz-se necessário trabalhar os conteúdos, sempre que possível,
estabelecendo relações com o cotidiano do aluno.
O ensino da cultura afro-brasileira, conforme a Lei N.º 10639/03, será incluído
no contexto dos estudos e atividades realizadas em sala de aula, com as
contribuições histórico-culturais dos povos afro-descendentes. Para tanto, serão
trabalhados os conteúdos com atividades como:
História dos Quilombos: a começar pelo de Palmares e de remanescentes de
quilombos.
Divulgação e estudo da participação dos africanos e seus descendentes em
episódios da história do Brasil na construção econômica, social e cultural da
nação.
Atividades com teatros sobre a história do povo africano, como, por exemplo,
a história das religiões afro-brasileiras e suas divindades.
História em quadrinhos com as lendas africanas.
Registro da história oral da cultura afro-brasileira relatada pelos
remanescentes de quilombos, comunidades e territórios negros, urbanos e
216
rurais.
Confecção de cadernos de receitas com as contribuições da culinária afro-
brasileira.
Seleção de textos, ilustrações e recortes de jornais, revistas e demais
informações sobre a cultura afro.
O ensino da história e cultura indígena, conforme a Lei N.º 11645/08, será
incluído no contexto dos estudos e atividades realizadas em sala de aula, com as
contribuições histórico-culturais dos povos indígenas. Para tanto, serão
desenvolvidas atividades, considerando a diversidade cultural no processo ensino-
aprendizagem, dando um tratamento aos valores, saberes e conhecimentos dos
povos tradicionais, neste caso o indígena.
Assim, serão desenvolvidas atividades que terão como objetivo o
fortalecimento da cultura indígena em sala de aula por meio de:
Pesquisas sobre o uso de ervas medicinais pelos indígenas.
Visitas a reservas indígenas para que haja uma interação entre os alunos e
a cultura indígena.
Entrevistas com os indígenas sobre sua língua, hábitos alimentares,
artesanato.
Estabelecimento de relações diretas entre os conhecimentos empíricos dos
alunos e os conhecimentos teóricos mediados pelo professor.
Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos
didáticos e tecnológicos a serem utilizados, serão feitas inserções acerca dos
Conteúdos Obrigatórios, para que sejam discutidos assuntos referentes à Educação
Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao uso indevido de drogas, Enfrentamento à
Violência nas escolas e Relações étnico-raciais, além de promover uma educação
Inclusiva, respeitando as capacidades individuais.
Serão também observadas as necessidades especiais que os alunos possam
portar e a melhor forma de suprir suas limitações.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é uma pratica inerente a todo ser humano, na educação isso não
217
é diferente. Partindo deste pressuposto, ela será permanente, contínua a cada aula
trabalhada através da participação e do comprometimento do aluno nas atividades
propostas, verificando se ele estabelece relações entre os conteúdos e seu
cotidiano, bem como a realidade de outros seres humanos, reelaborando seu
conhecimento histórico e produzindo seu conhecimento através dos trabalhos
propostos.
No decorrer de cada bimestre, a avaliação será contínua, diagnóstica,
processual e somativa, ou seja, o aluno será avaliado continuamente.
Entre os critérios de avaliação, estabelecem-se os seguintes:
Estabelecimento de limites históricos, como períodos, sequência de datas,
sequência de objetos e imagens e relacionamento de acontecimentos com
uma cronologia;
Compreensão das fontes históricas e criticidade na análise de documentos
para a explicação do passado.
Distinção de fontes primárias e secundárias.
Interpretação correta de textos históricos, com entendimento de conteúdos e
conceitos históricos.
Estabelecimento de comparação simples entre passado e presente, com
referência a uma diversidade de períodos, culturas e contextos sócio-
históricos.
Estabelecimento de relações diretas entre conhecimentos empíricos e
conhecimentos teóricos.
Entendimento das diferentes temporalidades.
Compreensão e interpretação das diversas visões sobre o tema trabalhado.
Valorização da história das civilizações como instrumento de equacionar
questões do presente.
Compreensão da diversidade cultural e pluralidade étnica, bem como os bens
culturais do patrimônio histórico.
Os instrumentos de avaliação serão variados, tais como:
Trabalhos em grupo, envolvendo os temas dos conteúdos;
Trabalhos individuais
218
Avaliações escritas, objetivas e discursivas;
Resumo;
Avaliação oral;
Pesquisas bibliográficas ou de campo;
Apresentação de paródias, música e poesia;
Confecção de histórias em quadrinhos;
Seminários;
Debates;
Análise de imagens, fotografias e filmes.
O aluno deverá ser avaliado por, no mínimo, dois instrumentos diferenciados
por bimestre. Os registros de notas serão expressos em uma escala de 0,0 (zero) a
10,0 (dez vírgula zero), sendo diagnóstica, contínua e cumulativa feita por meio de,
no mínimo, dois instrumentos distintos, com valores proporcionalmente adequados
ao instrumento avaliativo e aos conteúdos avaliados, sendo que o valor das provas
não poderá ultrapassar oitenta por cento da nota global do bimestre. Esta, por sua
vez, será efetuada pela somatória das notas parciais.
É importante lembrar, ainda, que todo o processo de avaliação deve
contemplar os alunos com necessidades educativas especiais, com instrumentos e
formas de avaliação diferenciados, respeitando sempre as limitações e as
características dos alunos nos casos específicos.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
219
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
Finalmente, a recuperação de conteúdos e notas também deve ser
contemplada, principalmente quando se trata da avaliação da aquisição de
conhecimentos em provas ou testes escritos. A recuperação paralela, dos conteúdos
será ofertada para todos. Se constituirá na recuperação dos conteúdos trabalhados
ao longo do bimestre e ofertada uma nova oportunidade de avaliação para a
recuperação da nota bimestral, podendo ser aplicados provas ou testes escritos ou
trabalhos, prevalecendo, nesta situação, o valor maior, em consonância com o
Projeto Político Pedagógico da escola. o valor maior, em consonância com o Projeto
Político Pedagógico da escola. Sendo assim, poderá ser oferecido um instrumento
para recuperar o aproveitamento/nota das provas (com valor de seis pontos) e um
instrumento para recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de
quatro pontos).
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS
Apostilas, a escravidão na América. O tráfico negreiro e a escravização de populações africanas e indígenas – Roberto Castelli Júnior. Apostila, história e cultura afro-brasileira e africana. ANTUNES, Araci. Desenvolvimento das Relações de Tempo e Espaço na Criança. Secretaria Municipal de Educação, Rio de Janeiro, 1983. ARRUDA, José Jobson de A. Toda a história. Editora Ática, São Paulo: 1997. BALDIN, Neuman. A História de Dentro e Fora da Escola. UFSC. Florianópolis. 1989. Cadernos Temáticos. História e cultura afro-brasileira e africana. SEED, Curitiba 2005. DEL PRIORI, Mary; VENANCIO, Renato Pinto. Ancestrais: uma introdução à história da África. Atlântica, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
220
DEMO, P. Complexidade e aprendizagem: a dinâmica não linear do conhecimento. São Paulo: Atlas, 2002. Diretrizes Curriculares de História, 2008. FEIL, Isabela Teresinha Saubem. Proposta Metodológica para as séries do Ensino de 1º Grau. Vozes. Rio Grande do Sul. 1989. FERREIRA, Olavo Leonel. História do Brasil. Editora Ática, São Paulo: 1995. FERREIRA, José Roberto Martins.História. FDT. São Paulo. 1997. FREYRE,Gilberto. Casa Grande e senzala. 47. ed. [s.i]: Editora Global; 2003 HISTÓRIA VIVA: TEMAS BRASILEIROS. Presença Negra. São Paulo; Duetto, nº 3.2006-08-07. HOBSBAWM, E. A era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. KARNAL, L. (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003. MAESTRI, Mário. O escravismo antigo. Editora Atual, Campinas São Paulo: 1985. MUNAKATA, K. Histórias que os livros didáticos contam depois que acabou a Ditadura no Brasil. IN: FREITAS, M.C. de (Org.). Historiografia brasileira em perspectiva. São Paulo: Contexto, 2001. NIDELCOFF, Maria Tereza. A Escola e a Compreensão da realidade. 17. ed. Brasiliense. São Paulo. 1979. NUNES, Carlos Alberto. Metodologia de Ensino de geografia e História. Ed. Lê. Ibirité. 1997. ORDOÑEZ, Marlene; QUEVEDO, Julio. Apostila IBEP – História Geral, volume único. Editora Aficiada. PAZZINATO, Alceu Luiz; SENISE, Maria Helena Valente. História moderna e contemporânea. Editora Ática, São Paulo: 1993. PARANÁ- Lei 13.381. de 18 de dezembro de 2001. Diário Oficial do Paraná nº 6.134 de 18 de dezembro de 2001. SCHMIDT, Mario Furley. Nova história crítica. Editora Nova Geração, 1999.
221
14.5.10. LÍNGUA PORTUGUESA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Como não há uma única concepção de linguagem, também haverá diferentes
formas para o ensino de Língua Portuguesa.
As concepções mais tradicionais tendem a reduzir a linguagem ora a um
conjunto de regras (a uma gramática); ora a um monumento (a um conjunto de
expressões corretas); ora a um mero instrumento de comunicação e expressão (a
uma ferramenta bem acabada que os falantes usam em certas circunstâncias).
Historicamente, o processo de ensino da Língua Portuguesa no Brasil, iniciou-
se com a educação jesuítica. Pensava-se, segundo uma concepção filosófica
intelectualística, que a linguagem se constituía no interior da mente e sua
materialização fônica revelava o pensamento.
Evidenciava-se, já na constituição da escola e do ensino no Brasil, que o
acesso à educação letrada era determinante na estrutura social, fazendo com que
os colégios fossem destinados aos filhos da elite colonial.
No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O
português era a língua da burocracia. Em 1758, um decreto do Marquês de Pombal
tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral.
A partir de 1808, com a vinda da família real para o Brasil, foram instaladas as
primeiras instituições de ensino superior no país, privilegiando as camadas
superiores da sociedade brasileira.
Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua
Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros. O conteúdo
gramatical ganhou a denominação de Português em 1871.
O ensino de Língua Portuguesa manteve sua característica elitista até
meados do século XX, quando se iniciou no Brasil, a partir da década de 1960, um
processo de expansão do ensino primário público.
A Lei N.º 5692/71 abordou uma pedagogia tecnicista, sendo que o ensino
deveria ser voltado à qualificação para o trabalho.
No vigor da Ditadura Militar, não seria tolerada uma prática pedagógica que
222
visasse despertar o espírito crítico e criador do aluno.
Mais tarde, nos anos oitenta, a consolidação da abertura política fortaleceu a
pedagogia histórico-crítica, uma vertente progressista.
No final da década de 1990, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)
fundamentaram a concepção interacionista.
Neste momento histórico, requer-se a inclusão dos saberes necessários ao
uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multiletramentos. Dessa
forma, será possível a inserção na sociedade de todos os que frequentam a escola
pública.
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de
língua, busca:
- empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
- desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado,
além do contexto de produção;
- analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
- aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da
oralidade, da leitura e da escrita;
- aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando
ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,
apropriando-se, também, da norma padrão.
Nossa concepção, à luz das Diretrizes Curriculares Estaduais, recusa olhares
que alienam a linguagem de sua realidade social concreta. Nós a concebemos como
um conjunto aberto e múltiplo de práticas sócio interacionais, orais ou escritas,
desenvolvidas por sujeitos historicamente situados.
Pensar a linguagem desse modo é perceber que ela não existe em si, mas só
223
existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento constitutivo
dessas múltiplas relações e nelas se constitui continuamente.
Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos históricos e
como realidades psíquicas em meio a essa intrigada rede de relações sócio-verbais
e pela interiorização da própria dinâmica da interação sócio-verbal.
Somos, nesse sentido, seres de linguagem, constituídos e vivendo num
complexo feixe de relações sócio-verbais. De forma alguma, podemos ser
compreendidos como meros aplicadores de regras de um sistema gramatical; ou
como meros reprodutores de um certo monumento linguístico cristalizado; ou, ainda,
como meros usuários de um instrumento externo a nós.
Desse modo, ensinar português é, fundamentalmente, oferecer aos alunos a
oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles já têm das práticas de
linguagem. Em língua materna, a escola, obviamente, nunca parte do zero: os
alunos têm uma experiência acumulada de práticas de fala e de escrita. Cabe-nos,
no entanto, criar condições para que esse domínio dê um salto de qualidade,
tornando-se mais maduro e mais amplo.
Na saída do Ensino Médio, é fundamental que nossos alunos tenham
adquirido efetiva autonomia nas práticas de linguagem que devem ser de domínio
comum de todos os cidadãos e cidadãs.
O ensino da língua materna na escola deve garantir a todos os estudantes o
domínio daquelas práticas sócio-verbais indispensáveis à cidadania e que vão além
dos limites das vivências cotidianas informais.
Trata-se tanto do domínio amplo da leitura, da escrita e da fala e as situações
formais, quanto do desenvolvimento de uma compreensão da própria realidade da
linguagem nas suas dimensões sociais, históricas e estruturais.
2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE E CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA
O estudo da língua que se ancora no texto extrapola o tradicional horizonte da
palavra e da frase. Busca-se na análise linguística, verificar como os elementos
verbais (os recursos disponíveis da língua), e os elementos extraverbais (as
condições e situação de produção) atuam na construção de sentido do texto.
224
Quando se assume a língua como interação, em sua dimensão linguístico-
discursiva, o mais importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir
considerar hipóteses a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, instância em
que pode chegar à compreensão de como a língua funciona e a decorrente
competência textual. O ensino da nomenclatura gramatical de definições ou regras a
serem construídas, com a mediação do professor, deve ocorrer somente após o
aluno ter realizado a experiência de interação com o texto.
Ressalta-se que os conhecimentos prévios e o grau de desenvolvimento
cognitivo e linguístico dos alunos precisam ser considerados pelo professor na
seleção/escolha dos conteúdos específicos a serem trabalhados em sala de aula.
ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS DAS ESFERAS - Cotidiana: adivinhas, álbum de família, anedotas, bilhetes, cantigas de roda, carta pessoal, exposição oral, músicas, parlendas, trava-língua, piadas, provérbios, quadrinhas, receitas. - Literária/artística: escultura, fábulas, haicai, narrativas míticas, lendas, histórias em quadrinhos, paródias, poemas, tankas, romances, contos de fadas, contos de fadas contemporâneos, narrativas fantásticas, biografias, autobiografias. - Escolar: cartazes, diálogo/discussão argumentativa, exposição oral, mapas, palestra, pesquisas, resumo, verbetes de enciclopédias. - Imprensa: caricatura, cartum, charge, classificados, tiras. - Publicitária:anúncio, caricatura, cartazes, músicas, paródias. - Política: abaixo-assinado. - Jurídica: boletim de ocorrência, constituição brasileira, declaração de direitos. - Produção e consumo: bulas. - Midiática: blog, chat, desenho animado, filmes.
LEITURA - Tema do texto; - Interlocutor; - Finalidade; - Aceitabilidade do texto; - Informatividade; - Discurso direto e indireto; - Elementos composicionais do gênero; - Léxico; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
225
ESCRITA - Tema do texto; - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Informatividade; - Argumentatividade; - Discurso direto e indireto; - Elementos composicionais do gênero; - Divisão do texto em parágrafos; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; - Processo de formação de palavras; - Acentuação gráfica; - Ortografia; - Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE - Tema do texto; - Finalidade; - Argumentatividade; - Papel do locutor e interlocutor; - Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
ENSINO FUNDAMENTAL 7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS DAS ESFERAS - Cotidiana: carta pessoal, cartão, cartão postal, causos, bilhetes, convites, diário, exposição oral, músicas, fotos. - Literária/artística: história em quadrinhos, paródias, poemas, romances, contos, crônicas de ficção, letras de músicas, narrativas de aventura, narrativas de ficção científica, narrativas de enigma, literatura de cordel, textos dramáticos, biografias, autobiografias. - Escolar: cartazes, diálogo/discussão argumentativa, exposição oral, mapas, palestra, pesquisas, resumo, verbetes de enciclopédias, debate regrado. - Imprensa: caricatura, cartum, charge, tiras, horóscopo, infográfico, manchete, carta ao leitor, sinopse de filmes. - Publicitária: cartazes, músicas, paródia, e-mail, folder, fotos, placas. - Política: carta de reclamação, carta de solicitação. - Jurídica: constituição brasileira, declaração de direitos, contrato.
226
- Produção e consumo: manual técnico, placas, regras de jogo. - Midiática: e-mail, entrevistas, filmes.
LEITURA - Tema do texto; - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Informatividade; - Aceitabilidade; - Situacionalidade; - Intertextualidade; - Informações explícitas e implícitas; - Discurso direto e indireto; - Elementos composicionais do gênero; - Repetição proposital de palavras; - Léxico; - Ambiguidade; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA - Tema do texto; - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Informatividade; - Discurso direto e indireto; - Elementos composicionais do gênero; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; - Processo de formação de palavras; - Acentuação gráfica; - Ortografia; - Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE - Tema do texto; - Finalidade; - Papel do locutor e interlocutor; - Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; - Semântica.
227
ENSINO FUNDAMENTAL 8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS DAS ESFERAS - Cotidiana: carta pessoal, convites, exposição oral, músicas, comunicado, relatos de experiências vividas, causos. - Literária/artística: história em quadrinhos, paródias, poemas, romances, contos, crônicas de ficção, letras de músicas, textos dramáticos, narrativas de humor, narrativas de terror, memórias, narrativas fantásticas, narrativas míticas. - Escolar: cartazes, diálogo/discussão argumentativa, exposição oral, mapas, palestra, pesquisas, resumos, verbetes de enciclopédias, debate regrado, relato histórico, relatório, resenha, seminário, texto argumentativo de opinião. - Imprensa: cartum, charge, tiras, horóscopo, sinopse de filmes, mapas, reportagens, crônica jornalística, entrevista (oral e escrita), resenha crítica, carta ao leitor, editorial. Publicitária: cartazes, músicas, paródia, comercial para TV, slogan, publicidade comercial. - Jurídica: constituição brasileira, declaração de direitos, depoimentos, discurso de acusação, discurso de defesa, estatutos. - produção e consumo: prospecto turístico, outdoor. - Midiática: fotoblog, home page, reality show, talk show.
LEITURA - Interlocutor; - Intencionalidade do texto; - Aceitabilidade do texto; - Informatividade; - Situacionalidade; - Intertextualidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; - Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; - expressões que denotam ironia e humor no texto.
228
ESCRITA - Interlocutor; - Intencionalidade do texto; - Informatividade; - Situacionalidade; - Intertextualidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; - Concordância verbal e nominal; - Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; - Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE - Finalidade; - Aceitabilidade do texto; - Informatividade; - Papel do locutor e interlocutor; - Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; - Elementos semânticos; - Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ENSINO FUNDAMENTAL 9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS DAS ESFERAS - Cotidiana: carta pessoal, convites, exposição oral, músicas, curriculum vitae. - Literária/artística: paródias, poemas, romances, contos, crônicas de ficção, letras de músicas, textos dramáticos, narrativas fantásticas. - Escolar: cartazes, diálogo/discussão argumentativa, exposição oral, mapas, palestras, pesquisas, resumos, verbetes de enciclopédias, debate regrado, relatos de experiências científicas, resenha, seminário, texto argumentativo de opinião, júri simulado.
229
Imprensa: cartum, charge, tiras, sinopses de filmes, crônicas jornalísticas, entrevista (oral e escrita), resenha crítica, agenda cultural, anúncio de emprego, artigo de opinião, mesa redonda, notícia, editorial. - Publicitária: cartazes, música, paródia, publicidade institucional, publicidade oficial, texto político. - Política: fórum, manifesto, mesa redonda, panfleto, discurso político “de palanque”. Jurídica: constituição brasileira, declaração de direitos, leis, ofício, procuração, regimentos, regulamentos, requerimentos. - Produção e consumo: rótulos, embalagens. - Midiática: telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo clip, vídeo conferência.
LEITURA - Interlocutor; - Finalidade Intencionalidade do texto; - Aceitabilidade do texto; - Informatividade; - Situacionalidade; - Intertextualidade; - Temporalidade; - Discurso ideológico presente no texto; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - Partículas conectivas do texto; - Progressão referencial no texto; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; - Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA - Interlocutor; - Intencionalidade do texto; - Informatividade; - Situacionalidade; - Intertextualidade; - Temporalidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - Partículas conectivas do texto; - Progressão referencial no texto; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
230
- Sintaxe de concordância; - Sintaxe de regência; - Processo de formação de palavras; - Vícios de linguagem; - Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia.
ORALIDADE - Finalidade; - Aceitabilidade do texto; - Informatividade; - Papel do locutor e interlocutor; - Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; - Semântica; - Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS DAS ESFERAS - Cotidiana: carta pessoal, convites, exposição oral, músicas, curriculum vitae. - Literária/artística: paródias, poemas, romances, contos, crônicas de ficção, letras de músicas, textos dramáticos, narrativas fantásticas. - Escolar: cartazes, diálogo/discussão argumentativa, exposição oral, mapas, palestras, pesquisas, resumos, verbetes de enciclopédias, debate regrado, relatos de experiências científicas, resenha, seminário, texto argumentativo de opinião, júri simulado. Imprensa: cartum, charge, tiras, sinopses de filmes, crônicas jornalísticas, entrevista (oral e escrita), resenha crítica, agenda cultural, anúncio de emprego, artigo de opinião, mesa redonda, notícia, editorial. - Publicitária: cartazes, música, paródia, publicidade institucional, publicidade oficial, texto político. - Política: fórum, manifesto, mesa redonda, panfleto, discurso político “de palanque”. Jurídica: constituição brasileira, declaração de direitos, leis, ofício, procuração,
231
regimentos, regulamentos, requerimentos. - Produção e consumo: rótulos, embalagens. - Midiática: telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo clip, vídeo conferência.
LEITURA - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Intencionalidade; - Aceitabilidade do texto; - Informatividade; - Situacionalidade; - Intertextualidade; - Temporalidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Discurso ideológico presente no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Contexto de produção da obra literária; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; - Progressão referencial; - Partículas conectivas do texto; - Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; - Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo.
ESCRITA - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Intencionalidade; - Informatividade; - Situacionalidade; - Intertextualidade; - Temporalidade; - Referência textual; - Vozes sociais presentes no texto; - Ideologia presente no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Progressão referencial; - Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores;
232
- figuras de linguagem; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; - Vícios de linguagem; - Sintaxe de concordância; - Sintaxe de regência.
ORALIDADE - Finalidade; - Intencionalidade; - Aceitabilidade do texto; - Informatividade; - Papel do locutor e interlocutor; - Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; - Elementos semânticos; - Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Acreditamos que a concepção de linguagem e os procedimentos
metodológicos não são realidades isoladas, isto é, o modo como concebemos a
linguagem condiciona nossa metodologia.
No trabalho com a língua portuguesa não se podem ignorar as diversas
concepções de linguagem, e há muitas, desde as mais tradicionais, que a reduzem a
um mero conjunto de regras, até as que a transformam em monumento e, na maioria
desses casos, dificultam o trabalho com ela. Porém, há aquelas que a consideram
indissociável do sujeito porque o constitui ao mesmo tempo em que é constituída por
ele, só existindo, assim, no intrincado contexto das relações sociais.
Desse modo, cremos que ensinar a língua materna é permitir, oferecer aos
alunos todas as oportunidades de amadurecer, aumentar, ampliar o domínio que
estes já têm das práticas da linguagem, levando-se em conta o seu conhecimento
acumulado como usuário da língua falada e da língua escrita.
Assim, esta visão da linguagem implica uma metodologia diversificada,
233
dinâmica, que possibilite trabalhos individuais, em duplas, em pequenos grupos,
com toda a turma, além, é claro, das atividades de exposição do professor, visita,
pesquisas bibliográficas e de campo, elaboração e aplicação de palestras sobre
temas de interesse dos alunos, para proporcionar ao aluno, no final da Educação
Básica, o real domínio da leitura e da escrita de diferentes tipos de textos e da fala
em diferentes contextos, tornando-os sujeitos da sua própria história com auxílio dos
recursos tecnológicos disponíveis na escola (tv multimídia, datashow, computadores,
rádio, retroprojetor, quadro de giz).
Deste modo, os alunos serão submetidos a trabalhos que os levem a
expressarem-se de maneiras particulares, valorizando o conteúdo (letramento) e
conhecimento que eles têm da língua materna. Trabalhos como: encenação de
textos; obras literárias; contos; debates enfocando temas polêmicos, dando
oportunidade à livre expressão de ideias; participação em eventos da escola como
Feira das Ciências, Confecção do Jornal da escola, Semana da Cultura e outra
atividades desenvolvidas pela escola; promoção de trabalhos de pesquisas
bibliográficas e de campo procurando a interação com a comunidade local que é a
geradora de mecanismos que levam o homem a desenvolver sua capacidade
linguística, entre outras atividades que o professor julgue mais adequada ao efetivo
domínio da língua (Pécora, Alcir ).
3.1. Leitura:
Ler pressupõe, em primeiro lugar, familiarizar-se com diferentes tipos de
textos oriundos das mais variadas práticas sociais, em especial da literatura, do
jornalismo, da divulgação científica, da publicidade.
Pressupõe também o desenvolvimento de uma atitude de leitor crítico, o que
significa, entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante do texto dos outros,
percebendo que atrás de cada um desses textos há um sujeito, com uma certa
experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma intenção.
Ler pressupõe também uma compreensão responsiva, o que implica reagir ao
texto, dar-lhe uma resposta, concordando com ele, ou dele discordando; rindo dele,
emocionando-se com ele, aplaudindo-o, refutando-o, assimilando-o, fazendo-lhe a
234
paródia e assim por diante.
Neste ponto, é importante dizer que ler e texto não estão aqui sendo usados
como termos restritos à linguagem escrita. Estamos entendendo ler em sentido mais
amplo, como a ação de recepção crítica e responsiva de textos escritos ou falados.
E mais: por extensão queremos abranger também a recepção (leitura) de
manifestações (texto) em outras linguagens, combinadas ou não com a linguagem
verbal.
Essa extensão nos ajuda a compreender de forma integrada à linguagem
verbal, as demais linguagens (as artes visuais, a música, o cinema a fotografia, a
televisão, a publicidade, as charges, os quadrinhos, a infografia), percebendo seu
chão comum (são todas atividades sócio-interacionais entre sujeito históricos) e
suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos; seus diferentes modos
de composição e geração de significados).
Ao mesmo tempo, aquela extensão nos permite propor, para leitura das
outras linguagens, as mesmas ações que previmos para leitura dos enunciados
falados ou escritos: a leitura crítica e responsiva.
Obviamente, cabe à disciplina de Língua Portuguesa se concentrar nas
atividades de leitura dos textos em linguagem verbal. No entanto, não pode deixar
de oferecer aos/as estudantes uma experiência de leitura de outras linguagens,
considerado, de um lado, que somos seres de múltiplas linguagens; e, de outro que
a sociedade contemporânea ampliou a circulação de textos nas mais variadas
linguagens, exigindo uma múltipla capacidade de leitura de seus cidadãos e cidadãs.
Quanto à leitura dos textos em linguagem verbal, é importante dizer também
que, em Língua Portuguesa, jamais podemos descuidar da relação dos/das
alunos/as com texto literário. Essa é, sem dúvida, uma das mais significativas
experiências de leitura que a escola pode e deve oferecer, abrindo os horizontes
dos/das nossos/as alunos/as para a riqueza do modo estético de representar o
mundo e de trabalhar a linguagem.
Além de merecerem uma abordagem que dê destaque às suas
especificidades, os textos literários abrem um fértil espaço para um trabalho
integrado com textos verbais oriundos de outras esferas da atividade humana, por
exemplo, do jornalismo ou divulgação científica, criando uma rede para múltiplas
235
leituras do mundo e para a compreensão e apreensão do potencial expressivo da
linguagem.
Os textos literários permitem também um trabalho integrado com outras
linguagens (artes plásticas, músicas, cinema), criando condições para percepção do
fazer artístico em geral, seja de suas especificidades, seja de suas dimensões
histórico-culturais, por isso, procura-se trabalhar, explorando todas essas
possibilidades.
3.2. Escrita:
Quanto à escrita cabe, em primeiro lugar, reiterar que o ato de escrever deve
ser visto como uma atividade sócio-interacional. Ou, ditos de outra forma, escrevem
para serem lidos. Isso implica reconhecer que o interlocutor é um dos
condicionantes do nosso texto. Em consequência, a escrita cobra de nós uma ação
de contínua adequação do nosso dizer às circunstâncias de sua produção.
Por isso, quando propomos atividades de escrita buscamos sempre
contextualizá-las e, ao mesmo tempo, insistimos para que o aluno mostre seu texto
para os colegas. É uma das formas que temos para contornar um certo artificialismo
inerente à prática escolar de escrita transformando-a numa atividade efetivamente
geradora de sentidos.
Claro, há também outras formas como a divulgação dos textos no jornal da
escola, em murais da classe, em livros artesanais e coletivamente produzidos ou
ainda, no jornal do bairro ou da cidade. De qualquer modo, o olhar do colega será
um fator fundamental para o aluno aprender a incorporar ativamente a figura do
interlocutor no seu processo de escrita.
Acrescente-se a isso outra importante atividade: a apreciação coletiva de
textos sob a orientação do/a professor/a. Outra vez, essa atividade permite que o
aluno perceba o texto como um leitor e aprenda a fazer o que todos os que
escrevem com autonomia fazem, isto é, monitorar sua própria escrita, sendo, ao
mesmo tempo, autor e leitor.
Todas essas balizas devem estimular cada aluno a perceber a relevância da
prática da refeitura de seus textos. Embora o refazer seja inerente ao ato de
escrever (nenhum texto sai pronto da primeira vez, basta ver testemunho dos
236
grandes escritores), o aluno precisa vivenciá-lo numa prática significativa de escrita.
Por isso, é importante se que crie um ambiente de “oficina” para práticas de
escrita, isto é, a escrita não deve jamais ser encarada como uma tarefa burocrática,
mas como uma atividade em que a turma se sinta coletivamente envolvida com a
preparação, apreciação e refacção dos textos.
Em todo esse processo, os alunos deverão perceber, aos poucos, quanto a
prática significativa da escrita (isto é, a escrita como atividade sócio-interacional) é
desafiadora e cativante: envolve, entre outras ações, adequar-se ao gênero, como
planejar o texto, organizar sua sequência, articular suas partes, selecionar a
variedade linguística (mais ou menos formal), dialogar com discursos que circulam
socialmente. Além, é claro, de transitar pelos imensos recursos expressivos
acumulados ao longo do incessante fazer histórico com linguagem, realizando aí
escolhas em vista das intenções, dos interlocutores e da construção de um mundo
personalizando de dizer (isto é, da construção de seu estilo) como parte do próprio
processo de desenvolvimento da identidade.
Entendemos que os/as alunos/as, ao fim do Ensino Médio, precisam dominar
aquelas práticas de escrita que são indispensáveis para a vida cidadã: a escrita
argumentativa, a escrita informativa, a escrita de apoio cognitivo (resumos e
esquemas), mas sem deixar de vivenciar, evidentemente, a escrita literária (narrativa
ou poética).
3.3. Oralidade:
A escola não pode descuidar da oralidade, seja pelo efeito positivo que seu
desenvolvimento tem sobre o conjunto das práticas de linguagem, seja pela
relevância que o falar em situações formais tem para a vida cidadã, mas, é claro,
não precisamos ensinar as práticas aprendidas no nosso cotidiano (a conversa
informal e corriqueira). A escola deve oportunizar aos alunos condições para
amadurecer o falar com segurança, com fluência em situações formais, seja em
atividades de transmissão de informações ou em debates.
Com relação aos Conteúdos Obrigatórios conforme dispostos na Instrução
009/2011 SUED/SEED, serão trabalhados concomitantes aos conteúdos específicos
237
da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua
Portuguesa. Tais temáticas serão abordadas através de textos, discussões,
músicas, filmes, palestras, apresentações artísticas, pesquisas individuais, em grupo
ou em conjunto com outras disciplinas.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação – seus critérios e procedimentos – decorrem, evidentemente, da
concepção de linguagem e suas consequências metodológicas. Em outras palavras,
entendemos que a avaliação não pode ser pensada e realizada sem vinculação
intrínseca com o modo como concebemos a linguagem e como definimos os
objetivos e a metodologia.
A avaliação pressupõe, então, uma clara articulação entre objetivos, práticas
metodológicas e instrumentos, articulação que deve estar clara não só para o/a
professor/a, mas também para o conjunto da turma.
Por fim, não podemos nos esquecer de que as atividades de avaliação nunca
se esgotam em si mesmas: elas não servem apenas para cumprir calendário e para
dar nota. Elas têm de ser vistas como uma oportunidade de reflexão sobre o próprio
processo de ensino e seus resultados, não só para verificar o desenvolvimento dos
(as) alunos (as), mas principalmente para verificar o rendimento das práticas
pedagógicas. Nesse sentido, a avaliação deve subsidiar o/ a professor/a para
eventuais ajustes na programação e no (re) encaminhamento pedagógico de certo
tema ou certa prática.
Considerando que as atividades de avaliação nunca se esgotam por si
mesmas já que não servem apenas para cumprir obrigações de calendário e atribuir
nota, mas, principalmente, abrem espaço para uma reflexão sobre o processo de
ensino, seus resultados e o rendimento (ou não) das práticas pedagógicas e, por
isso mesmo, não pode ser dispensada, ela será feita de maneira contínua,
cumulativa levando-se em consideração os critérios propostos pelas Diretrizes
Curriculares Estaduais, por meio da leitura de diferentes gêneros discursivos e
questões de compreensão dos mesmos, fazendo uso de questões objetivas e/ou
abertas, discussões, debates e outras atividades que permitam avaliar as estratégias
238
que os alunos empregam no decorrer da leitura; atividades de escrita de diferentes
gêneros; quanto à oralidade, esta será avaliada por meio da participação em
eventos que exijam a expressão oral como diálogos, relatos, dramatização,
seminários, paródias, declamações entre outras atividades. No caso específico dos
conteúdos gramaticais, poderão ser avaliados por meio de exercícios de observação
e reconhecimento dos fenômenos linguísticos em textos orais e escritos. Os
registros de notas serão expressos em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula
zero), sendo diagnóstica, contínua e cumulativa feita por meio de, no mínimo, dois
instrumentos distintos, com valores proporcionalmente adequados ao instrumento
avaliativo e aos conteúdos avaliados, sendo que o valor das provas não poderá
ultrapassar oitenta por cento da nota global do bimestre. Esta, por sua vez, será
efetuada pela somatória das notas parciais.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
A recuperação paralela, dos conteúdos será ofertada para todos. Se
constituirá na recuperação dos conteúdos trabalhados ao longo do bimestre e
ofertada uma nova oportunidade de avaliação para a recuperação da nota bimestral,
podendo ser aplicados provas ou testes escritos ou trabalhos, prevalecendo, nesta
239
situação, o valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da
escola. o valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola.
Sendo assim, poderá ser oferecido um instrumento para recuperar o
aproveitamento/nota das provas (com valor de seis pontos) e um instrumento para
recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de quatro pontos).
Entre os critérios de avaliação, enumeram-se:
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL:
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Identifique o tema;
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Identifique a ideia principal do texto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse as ideias com clareza;
• Elabore/re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo: − às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
− à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função das
classes gramaticais;
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
240
• Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;
•Compreenda argumentos no discurso do outro;
• Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos,
etc;
• Respeite os turnos de fala.
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse suas ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, etc.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
241
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente suas ideias com clareza;
• Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus argumentos;
• Organize a sequência de sua fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos
gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize de informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as
partes e elementos do texto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
242
• Expresse suas ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática;
• Diferencie o contexto e uso da linguagem formal e informal;
• Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus argumentos;
• Organize a sequência da fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais
trabalhados;
• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem, entre outros.
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
243
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade,etc;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e
244
elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente argumentos;
• Organize a sequência da fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou
nos gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;
• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem entre outros.
ENSINO MÉDIO
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não
verbais;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Produza inferências a partir de pistas textuais;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a idéia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
245
• Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os
diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o
contexto histórico atual;
• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,
etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
246
• Compreenda os argumentos do discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;
• Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas
redondas, diálogos, discussões, etc.;
• Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais,
pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
É importante lembrar, ainda, que todo o processo de avaliação deve
contemplar os alunos com necessidades educativas especiais, com instrumentos e
formas de avaliação diferenciados, respeitando sempre as limitações e as
características dos alunos nos casos específicos.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FARACO, Carlos Alberto. Português: Língua e Cultura. Ed. Base, 1ª edição. Curitiba, 2005, vol. 1, 2, 3. INFANTE Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. Scpione, São Paulo, 1998.
MAZZAROTTO, Luiz Fernando. Manual da Gramática – Guia Prático da Língua Portuguesa. Difusão Cultural do Livro. São Paulo, 2005. MAZZAROTTO, Luiz Fernando et ali. Manual de Redação – Guia Prático de Língua Portuguesa. DCL, São Paulo, 2005. MARTINS, Patrícia e Leno, Teresinha de Oliveira. Manual de Literatura. DCL, São Paulo, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, Secretaria de Estado da Educação, 2008.
247
15.5.11. L.E.M. INGLÊS
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Antes do século XIX, o inglês era apenas mais uma dentre as línguas
europeias. Com a expansão do império britânico, e mais tarde, com a dependência
econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos, que emergiu durante
a Segunda Guerra Mundial, a língua portuguesa tornou-se bastante influenciada
pela língua inglesa.
A internet, o cinema, os jogos, as atividades profissionais, cientificas,
artísticas e acadêmicas do mundo moderno mostram o poder que tal língua exerce.
Há uma estimativa de que existem 300 milhões de falantes nativos e que este
número de pessoas usam o inglês como segunda língua e ainda 100 milhões usam-
na como língua estrangeira. É a língua da ciência, aviação, computação, diplomacia
e turismo. Está ligada como oficial ou co-oficial em aproximadamente 45 países.
Dois terços da produção científica no mundo são escritos em inglês.
Conhecer a língua inglesa passou a ser um anseio e uma necessidade, que
o ensino dessa língua ganhou espaço obrigatório nos currículos escolares.
Portanto, objetiva-se com o ensino da Língua Estrangeira que o aluno use-a
em situações de comunicação oral e escrita; vivencie, na aula de Língua
Estrangeira, formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre
ações individuais e coletivas; compreenda que os significados são sociais e
historicamente construídos e passíveis de transformação na prática social; tenha
maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural do país.
2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE E CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA
O conteúdo estruturante: Discurso como prática social trata a língua por
meio da oralidade , da escrita e leitura segundo as DCEs.
Levando em conta a seleção de textos como engajamento discursivo e não
pela prática de estruturas linguísticas, os conteúdos básicos contemplam diversos
248
gêneros discursivos a fim de suscitar consciência crítica da língua e promover a
construção de significados nas práticas socioculturais.
Levar-se-á em consideração o perfil do aluno e de cada turma, as condições
de trabalho existentes na escola, o Projeto Político Pedagógico e a articulação com
as outras disciplinas.
Dentre os conteúdos básicos desta disciplina, que envolvem as diferentes
práticas discursivas como: leitura, oralidade e escrita, bem como a análise
linguística, que serão gradativamente aprofundadas de acordo com o grau de
conhecimento dos alunos, abordam-se também outros conteúdos significativos como
a historia e cultura Afro-brasileira e africana; a Inclusão; a Educação e os Conteúdos
Obrigatórios em conformidade com a Instrução 009/2011 (educação fiscal, educação
ambiental, sexualidade, prevenção do uso indevido de drogas e enfrentamento à
violência na escola). Filmes, biografias, charges, propagandas e outros gêneros
podem demonstrar a revelação destes temas no ensino da Língua Inglesa.
Em relação aos alunos com necessidades educacionais especiais, os
conteúdos serão adaptados às condições de cada estudante.
Outra questão relevante a ser considerada é a relação dos conteúdos com a
realidade campesina dos alunos, visto que existe um percentual de alunos em nosso
estabelecimento oriundos da área rural.
Seguem-se no quadro os conteúdos básicos de Língua Estrangeira divididos
por curso e séries:
Ensino Fundamental:
6ºano
Gêneros discursivos: adivinhas, músicas, diálogos, trava-línguas, fotos, mapas,
cartum, tiras, desenho animado.
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
249
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos;
Marcas linguísticas;
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos;
Marcas linguísticas;
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Marcas linguísticas; coesão e coerência, gírias, repetição.
Pronúncia.
250
7ºano
Gêneros discursivos: adivinhas; músicas, diálogos, trava-línguas, fotos, mapas,
cartum, tiras, desenho animado, bilhetes, autobiografia, relatos de experiência
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos;
Marcas linguísticas;
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos;
Marcas linguísticas;
251
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Marcas linguísticas; coesão e coerência, gírias, repetição.
Pronúncia.
8ºano
Gêneros discursivos: músicas, diálogos, cartão postal, diário,relatos,
biografias,mapas, pesquisas, relatos históricos, relatos de experiência.
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos;
Marcas linguísticas;
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
ESCRITA
Tema do texto;
252
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos;
Marcas linguísticas;
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Marcas linguísticas; coesão e coerência, gírias, repetição.
Diferenças e semelhanças entre discurso oral e escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
9ºano
Gêneros discursivos: bilhetes, cartão postal, diálogos, relato histórico, poemas,
letras de música, artigos, debate, filmes, desenho animado, charges.
LEITURA
Identificação do tema;
253
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto;
Recursos estilísticos;
Marcas linguísticas;
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos;
Marcas linguísticas;
Variedade linguística;
254
Ortografia;
Acentuação gráfica.
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Marcas linguísticas; coesão e coerência, gírias, repetição.
Diferenças e semelhanças entre discurso oral e escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
ENSINO MÉDIO
Gêneros discursivos: Convites, documentários, biografias, histórias em
quadrinhos,artigos, pesquisas, mapas, anúncios, sinopses de filmes, propagandas,
músicas,textos de opinião, manual técnico.
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Marcadores do discurso;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Recursos estilísticos;
Marcas linguísticas;
255
Variedade linguística;
Ortografia.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade;
Vozes sociais presentes no texto;
Vozes verbais;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções de classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos;
Marcas linguísticas;
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
256
Diferenças e semelhanças entre discurso oral e escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Segundo a visão das DCEs do Paraná, o trabalho com LEM deve ser voltado
sobre as três práticas discursivas: oralidade, escrita e leitura.
O texto verbal e não verbal é o ponto de partida para o trabalho em sala de
aula, considerando o conhecimento prévio dos alunos; formulando questionamentos
para inferência sobre os textos; oportunizando a socialização das ideias dos alunos
sobre o texto; planejando e acompanhando a produção e a reescrita textual;
analisando se a produção textual está coerente e coesa; conduzindo a uma reflexão
dos elementos discursivos; organizando apresentação de textos pelos alunos;
preparando apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal e selecionando discursos de outros para análise dos
recursos da oralidade, escrita e leitura.
Para tanto, propõe-se o uso dos recursos tecnológicos apresentados pela
escola como DVD e TV pendrive, exposição oral e escrita pelo professor, uso de
materiais como jornais, revistas e outros recursos que facilitem a aprendizagem.
Com relação aos Conteúdos Obrigatórios conforme dispostos na Instrução
009/2011 SUED/SEED, serão trabalhados concomitantes aos conteúdos específicos
da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua
Estrangeira. Tais temáticas serão abordadas por meio dos seguintes gêneros
textuais: filmes, biografias, charges, propagandas e outros gêneros que podem
demonstrar a relevância destas temáticas no ensino da Língua Inglesa.
4. AVALIAÇÃO
Na visão de educação adotada, o aluno precisa ser envolvido no processo
de avaliação, partes inseparáveis do mesmo processo. A avaliação é, também, um
instrumento para orientar a ação pedagógica e detectar a melhoria do processo
257
ensino-aprendizagem. Segundo a DCE, a avaliação é determinada pela perspectiva
de investigar para intervir.
Na disciplina do LEM, pretende-se que os alunos compreendam a
diversidade linguística e cultural, compreendam seus benefícios, tomem consciência
do papel das línguas na sociedade e sejam participantes ativos do mundo.
Para isso, espera-se que o aluno compreenda pequenos textos; identifique o
tema do texto e reconheça a ideia principal; amplie seu vocabulário; compreenda as
funções das classes gramaticais; apresente suas ideias com clareza; identifique
palavras cognatas presentes no texto; identifique a finalidade dos textos; reconheça
a função dos recursos gráficos; produza pequenos textos e frases; pronuncie
corretamente as palavras e respeite os turnos da fala. Tais critérios estarão de
acordo com o desenvolvimento dos alunos em cada série.
Quanto aos instrumentos de avaliação, propõe-se provas, trabalhos
individuais e em grupos, trabalhos escritos e orais, desempenho do aluno nas
atividades escritas, orais e de leitura em sala de aula.
Quanto aos alunos com necessidades educativas especiais serão utilizados
critérios e instrumentos de avaliação de acordo com as suas especificidades.
Em conformidade com o Projeto político Pedagógico do Colégio Afonso Alves
de Camargo, os registros de notas serão expressos em uma escala de 0,0 (zero) a
10,0 (dez vírgula zero), sendo diagnóstica, contínua e cumulativa feita por meio de,
no mínimo, dois instrumentos distintos, com valores proporcionalmente adequados
ao instrumento avaliativo e aos conteúdos avaliados, sendo que o valor das provas
não poderá ultrapassar oitenta por cento da nota global do bimestre. Esta, por sua
vez, será efetuada pela somatória das notas parciais. Então, propõe-se realizar três
avaliações para a atribuição de notas: uma referente à oralidade, outra à escrita e
outra à leitura.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
258
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
A recuperação paralela dos conteúdos será ofertada para todos. Se
constituirá na recuperação dos conteúdos trabalhados ao longo do bimestre e
ofertada uma nova oportunidade de avaliação para a recuperação da nota bimestral,
podendo ser aplicados provas ou testes escritos ou trabalhos, prevalecendo, nesta
situação, o valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da
escola. o valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola.
Sendo assim, poderá ser oferecido um instrumento para recuperar o
aproveitamento/nota das provas (com valor de seis pontos) e um instrumento para
recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de quatro pontos). O
aluno deverá pontuar a média 6,0 para aprovação.
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA FILHO, J.C.P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Ed. Pontes, 2002. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. BEAVEN, B. Headstart. Oxford: Oxford University Press, 1988 PARANÁ Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica – Língua Estrangeira Moderna . SEED – PR, 2008 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática da autonomia. 20 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra S/A. 2001. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. COLÉGIO Dr Afonso Alves de Camargo. 2010. TEIXEIRA, G. Avaliação da Aprendizagem – Apostila .
259
15.5.12. MATEMÁTICA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações
conseguiam desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram
a compor a Matemática que se conhece hoje. Registros que podem ser classificados
como álgebra elementar foram acumulados pelos babilônicos por volta de 2000 a.C.
São fatos registrados na literatura da História da Matemática provenientes da
capacidade humana de reconhecer configurações geométricas, comparar formas,
tamanhos e quantidades. Os princípios lógicos, regras e exatidão de resultados
foram registradas na civilização grega. É também na Grécia, através dos pitagóricos,
que ocorreram as preocupações iniciais sobre a importância e o papel da
Matemática no ensino e na formação das pessoas. Com os platônicos, se buscava
pela Matemática, principalmente a aritmética, um instrumento que, para eles,
instigaria o pensamento do homem. Esta concepção arquitetou as interpretações, o
pensamento matemático e o ensino de Matemática que ainda hoje, exercem
influências na prática docente.
Por volta do século VI a.C. a educação grega começou a valorizar o ensino da
leitura e da escrita na formação dos filhos da nobreza. A Matemática se inseriu no
contexto educacional grego um século depois, quando se abordava uma Matemática
abstrata. Essa Matemática se distanciava das questões práticas e com ela os
pensadores pretendiam encontrar respostas sobre a origem do mundo. Pelo ensino
da Matemática, tentavam justificar a existência de uma ordem universal, tanto na
natureza como na sociedade.
A geometria analítica e a geometria projetiva, o cálculo diferencial e integral, a
teoria das séries e a teoria das equações diferenciais, foram produções matemáticas
do século XVI, fizeram com que o conhecimento matemático alcançasse um novo
período de sistematização. As descobertas matemáticas desse período contribuíram
para uma fase de grande progresso científico e econômico que se aplicou na
construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos, tais
como, armas de fogo, imprensa, moinhos de vento, relógios e embarcações. Foi o
260
momento no qual prevaleceu o conhecimento provenientes das engenharias e o
valor da técnica, aspecto que determinou uma concepção mecanista e de mundo e,
em função disso, os estudos concentraram-se principalmente, na Matemática pura e
na Matemática aplicada. Isso refletiu na modernização das manufaturas e no
atendimento às necessidades técnico-militares. O ensino da Matemática servia
então, para preparar os jovens para o exercício de atividades ligadas ao comércio,
arquitetura, música, geografia, astronomia, artes da navegação, da medicina e da
guerra.
No período que abrange o final do século XIX e início do século XX,
levantaram-se preocupações voltadas para o ensino da Matemática, sendo as
mesmas traduzidas em ações concretas, decorrentes das discussões em encontros
internacionais promovidos por matemáticos que já tinham uma preocupação com
propostas de ensino da Matemática. Por conta dessas discussões, iniciou-se a
tarefa de transferir para a prática docente os ideais e as exigências advindas das
revoluções do século anterior. A instalação de fábricas e indústrias nas cidades criou
um novo cenário sócio-político-econômico que, em conjunto com as ciências
modernas, fez surgir uma nova forma de produção de bens materiais. Muitas
atividades desenvolvidas pelo homem foram substituídas por máquinas. Como
consequência, ocorreu o aumento da população urbana e uma nova classe de
trabalhadores e, com isto, a necessidade de discutir a educação dessa classe. Com
isso, os matemáticos antes pesquisadores, passaram a ser também professores,
preocupando-se mais diretamente com as questões de ensino matemáticos.
O ensino de Matemática costuma provocar sensações contraditórias, por
parte de quem aprende, quando, de um lado, se trata de uma área de conhecimento
importante e de outro, a insatisfação diante dos resultados negativos obtidos com
mais frequência em relação à sua aprendizagem.
A matemática comporta um amplo campo de relações, regularidades e
coerências que despertam a curiosidade e instigam a capacidade de generalizar,
projetar e prever, favorecendo a estruturação do pensamento e o desenvolvimento
do raciocínio lógico. É importante que a Matemática desempenhe, equilibrada e
indissociavelmente seu papel na formação de capacidades intelectuais na
estruturação do pensamento, na agilização do raciocínio dedutivo, na aplicação de
261
problemas, situações da vida cotidiana e atividades do mundo de trabalho também
interagindo nas atividades desenvolvidas no campo demonstrando a importância da
matemática nas atividades realizadas valorizando sua cultura e no apoio à
construção de conhecimentos em outras áreas curriculares.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Sistemas de Numeração; Números Naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e Radiciação; Números fracionários; Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de tempo; Medidas de ângulos; Sistema monetário.
GEOMETRIAS
Geometria Plana; Geometria Espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem.
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números inteiros; Números racionais; Equação e inequação do 1º grau;
262
Razão e proporção; Regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de temperatura; Medidas de ângulos.
GEOMETRIA
Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Pesquisa estatística; Media aritmética; Moda e mediana; Juro simples.
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Número racional e irracional; Sistemas de equações do 1º
grau; Potências; Monômios e polinômios; Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de ângulo.
GEOMETRIAS
Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Gráfico e informação; População e amostra.
263
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º Grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações biquadradas; Regra de três composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Relações métricas no triangulo
retângulo; Trigonometria no triangulo
retângulo.
FUNÇÕES
Noção intuitiva de função afim; Noção intuitiva da função
Quadrática.
GEOMETRIAS
Geometria plana; Geometria espacial; Geometria analítica; Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Noções de Analise combinatória; Noções de probabilidade; Estatística; Juros compostos.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais; Números complexos; Sistemas lineares; Matrizes e Determinantes; Polinômios; Equações e Inequações
exponenciais, logarítmicas e modulares.
264
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de Área; Medidas de Volume; Medidas de grandezas vetoriais; Medidas de informática; Medidas de energia; Trigonometria.
FUNÇÕES
Função Afim; Função Quadrática; Função Polinomial; Função Exponencial; Função Logarítmica; Função Trigonométrica; Função Modular; Progressão Aritmética; Progressão Geométrica.
GEOMETRIAS
Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Analise combinatória; Binômio de Newton; Estudo das Probabilidades; Estatística; Matemática Financeira.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A construção de um conceito matemático deve ser iniciada através de
situações reais que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum
conhecimento sobre o assunto, a partir desse saber promover a difusão do
conhecimento matemático já organizado.
As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam uma
inteligência essencialmente prática, que permite reconhecer problemas, buscar e
selecionar informações, tomar decisões e, portanto, desenvolver uma ampla
capacidade com a atividade matemática.
265
O professor deve ter clareza de que seu papel é diversificado, em alguns
momentos é fornecedor de informações e em outro é mediador. A diversidade de
métodos de encaminhamento de conteúdo e de interação em sala de aula
representa um facilitador para a construção do conhecimento.
A partir de uma base conceitual, o aluno deve trabalhar em grupo e também
sozinho para que elabore seus conceitos e definições em interação com os colegas,
mas também desenvolva e teste suas ideias próprias.
A análise dos procedimentos de resolução corretos ou incorretos pelos alunos
e professor é um recurso importante para a tomada de consciência de que é
possível criar hipóteses e conjunturas e investigá-las e, durante esse processo o
erro muitas vezes se constitui em uma visão parcial que o aluno possui do conteúdo.
As atividades e exercícios de fixação devem permitir a organização e a
síntese das ideias propostas e desenvolvidas durante o trabalho.
Com relação aos Conteúdos Obrigatórios, conforme dispostos na Instrução
009/2011 SUED/SEED, serão trabalhados concomitantes aos conteúdos específicos
da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de
Matemática. As temáticas serão trabalhadas através de pesquisa, interpretação de
gráficos e tabelas, desenvolvendo o espírito de coletividade e cooperação,
respeitando opiniões diversas, aceitando as diferenças individuais.
Na aplicação da Matemática em seus aspectos formais e conteúdos
tecnológicos, busca-se a essência e a formação do ser cidadão que o torne
integrante no meio social, universal e profissionalizante.
Serão utilizados diversos métodos entre os quais:
Discutir as dúvidas, assumir que as soluções dos outros fazem sentido a persistir
na tentativa de construir suas próprias ideias;
Incorporar soluções alternativas, reestruturar e ampliar a compreensão acerca
dos conceitos envolvidos nas situações e, desse modo, aprender;
Fazer e definir experiências com os conceitos e não serem passados
simplesmente;
Aplicar os conteúdos a situações problemas adequados à realidade, introdução,
sendo isso necessária também durante todo o trabalho e não deixados para o
fim;
266
Conduzir e induzir caminhos para aplicar o ensino da Matemática como meio de
crescimento e desenvolvimento do raciocínio e habilidade do conhecimento;
Discutir e problematizar situações atuais e reais dentro de conteúdos específicos;
Trabalho, confecção e manuseio de materiais de manipulação que possam
ajudar na compreensão e interpretação da linguagem matemática como forma
simbólica para resolução de situações problemas;
Utilizar de recursos tecnológicos e métodos atualizados como calculadoras,
computadores, TV pendrive, DVDs, vídeos e materiais diversos;
Contemplar a Lei 11.635/2008 trabalhando com dados sobre a população
brasileira e cultura afro-brasileira e indígena;
Dialogar com os alunos uma forma de convivência respeitosa defendendo sua
particularidade étnico-racial, valores, raciocínios e pensamentos de cada um.
Valorizar o meio ambiente oportunizando o envolvimento em questões presentes
no seu cotidiano;
Atender individualmente os alunos com necessidades educacionais especiais de
acordo com a sua dificuldade;
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino-aprendizagem, em
que o objetivo não é verificar a quantidade de informações retidas pelo aluno ao
longo de um determinado período.
Ela deve servir como um instrumento de diagnóstico do processo ensino-
aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os
componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia –
instrumento de avaliação).
As formas de avaliação também contemplarão as explicações, justificativas e
argumentações orais, uma vez que estas revelam aspectos do raciocínio que muitas
vezes não ficam evidentes nas avaliações escritas.
A observação do trabalho individual do aluno permitirá a análise de erros.
Na aprendizagem escolar o erro é inevitável e pode ser considerado como um
caminho para se buscar o acerto. Ao procurar identificar, mediante a observação e o
267
diálogo, como o aluno está pensando, o professor obterá pistas do que ele não está
compreendendo e pode planejar a intervenção adequada para auxiliar o aluno a
refazer o caminho.
Embora a avaliação esteja relacionada aos objetivos visados, estes nem
sempre se realizam plenamente em todos os alunos. Deve-se levar em conta a
progressão de desempenho de cada aluno, as características particulares da classe
em que o aluno se encontra e as condições em que o processo ensino-
aprendizagem acontece.
Educandos com necessidades especiais estão presentes nas escolas, sendo
assim, as avaliações devem ocorrer de acordo com o nível de aprendizagem dos
mesmos, não podendo ser comparado aos de aprendizagem regular, ocorrendo
muitas vezes avaliações diferenciadas para que esse educando sinta-se estimulado
em sala de aula.
Assim, se estabelece alguns critérios de avaliação gerais, que irão nortear a
definição dos critérios específicos no Plano de Trabalho Docente para cada
conteúdo específico:
Indique os diversos conjuntos de números, comparando e reconhecendo seus
elementos;
Realize operações com diversos tipos de números;
Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que
envolva as operações com diversos tipos de números;
Estabeleça relação de igualdade e transformação entre fração e número
decimal; fração e número misto;
Reconheça as potencias como multiplicação de mesmo fator e a radiciação
como sua operação inversa;
Relacione as potencias e as raízes quadradas e cúbicas com padrões
geométricos e numéricos;
Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;
Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;
Conceitue e classifique polígonos;
Indique corpos redondos;
Conheça os diferentes sistemas de numeração;
268
Indique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de
área e perímetro de diferentes figuras planas e também o volume dos sólidos
geométricos;
Reconheça os sólidos geométricos em suas formas planificadas e seus
elementos;
Interprete e indique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados,
sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se
apresentam;
Resolva situações problemas que envolvam porcentagem e relacione-as com
os números na forma decimal e fracionária;
Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações problemas que
envolvam contagens aplicando o principio multiplicativo;
Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;
Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;
Resolva situações problemas que envolvam cálculos de juros compostos;
Identificar e escrever conjuntos na forma simbólica e por meio de suas
propriedades;
Identificar subconjuntos: união, intersecção, diferença e complementar;
Efetuar operações entre conjuntos: união, intersecção, diferença
complementar;
Determinar o número de elementos da união de dois conjuntos;
Operar com intervalos: união e intersecção;
Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes
contextos;
Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive
as exponenciais;
Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de
diferentes grandezas e compreenda as relações matemáticas existentes nas suas
unidades;
Aplique a lei dos senos e lei dos cossenos de um triângulo para determinar
elementos desconhecidos;
269
Reconhecer uma função em relação do cotidiano;
Formalizar o conceito de formação: sua definição e notação;
Diferenciar função de uma relação não funcional;
Conceituar domínio, contradomínio e conjunto imagem de uma função;
Reconhecer o domínio, o contradomínio e o conjunto imagem de uma função;
Representar e interpretar gráficos de uma função;
Resolver equações exponenciais elementares e as que exigem uso de
artifícios;
Entender e compreender a condição de existência de um logaritmo;
Reconhecer uma progressão aritmética e geométrica;
Expressar e calcular o termo geral de uma progressão e a soma de seus
termos;
Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações problemas;
Realize analise gráficos de diferentes funções;
Reconheça nas sequências numéricas, particularidades que remetem ao
conceito das progressões aritméticas e Geométricas;
Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência
numérica;
Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma
leitura crítica dos mesmos;
Compreender, aplicar e generalizar o princípio multiplicativo;
Compreender e aplicar, na resolução de problemas, os conceitos de arranjo
simples, permutação simples, permutação com repetição e combinação simples;
Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;
Compreenda a ideia de probabilidade;
Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações
estatísticas.
A avaliação, cujos instrumentos serão definidos pelo professor (provas,
debates, trabalhos individuais, trabalhos em grupo, resolução de atividades
propostas e, principalmente, o desenvolvimento do aluno), servirá como um
diagnóstico do processo ensino-aprendizagem, que irá nortear os novos rumos do
270
trabalho. Deverão ser utilizados, no mínimo, dois instrumentos diferenciados de
avaliação Os registros de notas serão expressos em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0
(dez vírgula zero), sendo diagnóstica, contínua e cumulativa feita por meio de, no
mínimo, dois instrumentos distintos, com valores proporcionalmente adequados ao
instrumento avaliativo e aos conteúdos avaliados, sendo que o valor das provas não
poderá ultrapassar oitenta por cento da nota global do bimestre. Esta, por sua vez,
será efetuada pela somatória das notas parciais.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
A recuperação paralela, processo que auxilia na solução de dúvidas e
questionamentos reverenciados pelos alunos no momento em que foi realizada a
avaliação, é um procedimento muito favorável no processo ensino-aprendizagem.
Esta se constituirá na recuperação dos conteúdos de provas e testes e prevalecerá
o valor maior, onde este valor maior será adquirido através de nova avaliação,
apresentação de trabalho oral e/ou escrito e pesquisas, os quais levarão o aluno a
rever e analisar novamente os conteúdos trabalhados. A recuperação paralela, dos
conteúdos será ofertada para todos. Se constituirá na recuperação dos conteúdos
trabalhados ao longo do bimestre e ofertada uma nova oportunidade de avaliação
271
para a recuperação da nota bimestral, podendo ser aplicados provas ou testes
escritos ou trabalhos, prevalecendo, nesta situação, o valor maior, em consonância
com o Projeto Político Pedagógico da escola. o valor maior, em consonância com o
Projeto Político Pedagógico da escola. Sendo assim, poderá ser oferecido um
instrumento para recuperar o aproveitamento/nota das provas (com valor de seis
pontos) e um instrumento para recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com
valor de quatro pontos).
5. REFERÊNCIAS: Cadernos Temáticos- História e Cultura Afro Brasileira e Africana. Coleção Nova Didática - Matemática Ensino Médio -1ª, 2ª e 3ª séries. Adilson Longen. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Matemática – 2009. GIOVANNI, José Ruy. Matemática completa/José Ruy Giovanni, José Roberto Bonjorno – 2ª ed. Renov – SP: FTD,2005, Coleção Matemática Completa. LINS, R. C.GIMENEZ, Álgebra. Revista Nova Escola. Educação. 16 outubro de 2003. LONGEN, Adilson. Matemática Ensino Médio. Orientações Curriculares (Departamento de Ensino Médio). Sem. Ped. (Julho, 2005)
272
15.5.13. QUÍMICA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Para uma proposta inovadora do trabalho pedagógico em Química, que vise
fazer dos alunos sujeitos das transformações sócio-históricas, é necessária uma
tomada de postura por parte do educador que vise a um ensino contextualizado no
próprio meio social e histórico do educando, uma vez que as abordagens
educacionais tendem a se concentrar no desenvolvimento integral da pessoa,
integrando aspectos epistemológicos, axiológicos e antropológicos.
A Química está intimamente ligada ao desenvolvimento da civilização, pois
em todas as necessidades do homem ela e seus processos estiveram e estão
presentes, desde as necessidades básicas de sobrevivência até o desenvolvimento
tecnológico. Sendo assim, é necessário aliar os conhecimentos químicos ao
desenvolvimento histórico da Ciência Química, aliando concomitantemente os fatos
políticos, religiosos, sociais, e culturais que permearam os passos de sua
construção.
Outro aspecto que deve merecer espaço no ensino da Química é o
experimental, uma vez que os experimentos práticos permitem a aproximação mais
íntima entre os conceitos e os fatos reais. Deve-se, no entanto, ter em mente que o
que se concebe por experimentos em química está além de meros experimentos
laboratoriais, sendo necessária a junção contextualizada entre a teoria e a prática,
sob uma abordagem fundamentada na vivência cotidiana do educando. A
importância da abordagem experimental deve estar, pois, na caracterização de seu
papel investigativo e de sua função pedagógica em proporcionar ao aluno a
explicitação, a problematização e a elaboração de conceitos, sendo indispensável
perceber que o experimento faz parte do contexto natural da Química, aliando teoria
e prática.
Esses três aspectos – a contextualização, o desenvolvimento histórico da
Ciência Química e a aliança teoria/prática – devem nortear as novas estratégias de
ensino de modo que se leve os estudantes a aproximarem-se e apropriarem-se de
forma qualitativa e quantitativa dos conceitos e processos científicos de uma forma
273
dialógica com os conceitos que trazem acerca das coisas e do mundo, a partir do
senso comum e de sua vivência sócio-histórica.
É necessário, pois, romper com o discurso arraigado de formalismos,
formulismos e simbolismos abstratos e descontextualizados, típicos dos conteúdos
da Química, e promover um aprendizado mais abrangente sobre a Ciência Química,
aliando o conhecimento químico, o contexto sócio-histórico e a aplicabilidade dos
conceitos, utilizando-se de linguagens diversas em rumo à compreensão da
linguagem característica da Química.
O ensino da Química tem por meta a desmistificação da Ciência e a
democratização dos conhecimentos científicos, promovendo a alfabetização
científica do sujeito centrada na inter-relação entre conhecimento químico, contexto
social e ética, permeando, desse modo, as implicações filosóficas do ensino, da
aprendizagem, da produção de conhecimento e da aplicação da Química enquanto
Ciência.
Tendo em vista todos estes pressupostos e baseando-se nas Diretrizes
Curriculares de Química, um novo ensino deverá ser construído sobre a proposta de
conteúdos estruturantes que são: MATÉRIA E SUA NATUREZA, BIOGEOQUÍMICA
E QUÍMICA SINTÉTICA, os quais deverão ser contemplados em todas as três séries
do Ensino Médio dentro dos conteúdos específicos para cada uma, de acordo com o
nível de desenvolvimento intelectual dos educandos.
É importante também salientar que a nova proposta para o ensino de Química
deve ainda contemplar a Lei Nº. 11645/2008 que rege a inserção dos conteúdos de
História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares, com o objetivo
de evadir todo e qualquer tipo de preconceito que possa existir com relação aos
afro-descendentes, uma vez que a cultura brasileira tem suas bases nessa cultura.
Sendo assim, no ensino de Química os conteúdos relacionados a essa temática
poderão contemplar principalmente os aspectos químicos envolvidos na produção
dos materiais, objetos, instrumentos e outros temas que digam respeito aos
conhecimentos químicos da história e da cultura afro-brasileira e africana.
Outro aspecto a ser contemplado nessa nova proposta de ensino é a questão
dos assuntos indígenas que estejam envolvidos com o uso da matéria, as
transformações e aplicações desta nos seus processos de produção de objetos e
274
instrumentos, uma vez que todo o povo brasileiro, inclusive o paranaense e o da
região deste município tem algum vínculo com a cultura indígena, principalmente no
aspecto cultural, mas também na herança biológica da miscigenação.
A educação do campo é mais um ponto importante a ser considerado e
respeitado na nova proposta, pois a escola localiza-se numa região
caracteristicamente de campo. Assim, os processos de trabalho, de divisão social e
territorial, a cultura e a identidade, a interdependência entre o campo e a cidade, a
questão agrária e o desenvolvimento sustentável, a organização política, os
movimentos sociais e a cidadania, que necessitam ser analisados, compreendidos e
estudados para que essa realidade seja valorizada, as pessoas reconheçam a sua
identidade, possam intervir beneficamente sobre ela, respeitando a natureza da qual
tiram seu sustento, permitam que esses conceitos e valores permaneçam e/ou
sejam aperfeiçoados ao longo das gerações e, principalmente, que os aspectos
químicos envolvidos nesses processos sejam conhecidos e compreendidos.
Uma proposta tão abrangente não pode deixar de lado a problemática da
educação inclusiva. É necessário, então, que a escola preste atenção à
individualidade, respeitando esses limites e essas potencialidades de maneira
igualitária. Isso não significa, porém, tratar a todos de maneira homogênea ou
promover a homogeneização, mas contemplar os diferentes ritmos e habilidades dos
alunos, favorecendo o desenvolvimento e a aprendizagem individuais de modo que
todos possam crescer. Assim, todos os alunos precisam ser respeitados na sua
individualidade, sejam eles portadores de deficiências físicas, mentais, psicológicas,
ou não, os que são diferentes por seu modo de ser e de se relacionar com os outros,
os com dificuldades de aprendizagem, com condutas típicas, os que apresentam
obesidade ou qualquer enfermidade (crônica ou temporária), entre muitos outros,
pois todos são diferentes e é na diferença que a identidade de cada um deve ser
construída, respeitada e reconhecida.
Na tentativa de contribuir para a efetivação da nova proposta de educação em
Química, a reflexão e a mudança na prática pedagógica, propõem-se alguns
objetivos a serem alcançados no decorrer do Ensino Médio dentro da disciplina de
Química, de modo a formar cidadãos conscientes de suas obrigações e deveres,
aptos a participar do mundo do trabalho e a assimilar as mudanças tecnológicas,
275
sociais e éticas, desenvolvendo a autonomia intelectual e o pensamento crítico.
No decorrer dos estudos no Ensino Médio, em Química os alunos deverão ser
levados a:
Reconhecer as implicações da Química no contexto sócio-histórico, no
sistema produtivo, na interação humana e no desenvolvimento científico e
tecnológico;
Compreender e utilizar fatos e conceitos químicos;
Identificar tendências e relações de correspondência em Química;
Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos para resolver situações
inerentes à Química;
Identificar conexões e inter-relações nas transformações químicas;
Compreender a simbologia e a linguagem próprias da Química;
Identificar fontes de informação sobre a Química e utilizá-las para o seu
crescimento intelectual;
Desenvolver a curiosidade científica;
Desenvolver o pensamento e a postura críticos e éticos frente aos avanços
científicos, suas implicações ambientais e sociais;
Reconhecer a Química como parte de todos os processos vivos e não-vivos;
Reconhecer as conexões da Química com as demais ciências,
desenvolvendo uma forma de pensamento sistêmico e uma visão ampla do
mundo e do conhecimento humano;
Respeitar as individualidades, as limitações, as qualidades e as diferenças
dos colegas e professores;
Reconhecer a influência e a contribuição das culturas indígenas brasileiras e
as culturas afro-brasileira e africana para o status cultural, social, ambiental e
científico atual no Brasil;
Reconhecer a si como agente do campo e a identidade cultural relacionada
aos conhecimentos científicos, à organização social e do trabalho, a
interdependência campo-cidade, a questão agrária e o desenvolvimento
sustentável no campo.
276
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos em Química devem ser norteados através do objeto de estudo
da disciplina, Substâncias e Materiais articulando-os dentro da tríade
COMPOSIÇÃO, PROPRIEDADES E TRANSFORMAÇÕES, sem deixar de lado os
aspectos humanos e ambientais que os envolvem. Assim, os conteúdos químicos
serão dispostos nas três séries do Ensino Médio, contemplando os conteúdos
estruturantes MATÉRIA E SUA NATUREZA; BIOGEOQUÍMICA E QUÍMICA
SINTÉTICA.
Estes conteúdos estruturantes deverão ter abordagens pedagógicas
considerando a historicidade, a intencionalidade humana, a provisoriedade da
ciência, a aplicabilidade dos conhecimentos e as relações e inter-relações entre eles
e os conhecimentos das demais disciplinas, para que sejam significativos e se
constituam efetivamente em conhecimentos contextualizados e interdisciplinares.
Dessa forma, estebelecem-se os seguintes conteúdos básicos a serem
trabalhados nas três séries do Ensino Médio, articulados com os conteúdos
estruturantes:
MATÉRIA: - constituição da matéria; - estados de agregação; - natureza elétrica da
matéria; - modelos atômicos; - estudo dos metais; - tabela periódica.
SOLUÇÃO: - substância: simples e composta; - mistura e métodos de separação; -
solubilidade; - concentração; - forças intermoleculares; - temperatura e pressão; -
densidade; - dispersão e suspensão; - tabela periódica.
VELOCIDADE DAS REAÇÕES: - reações químicas; - leis das reações químicas; -
representação das reações químicas; - condições para a ocorrência das reações; -
fatores que interferem na velocidade das reações; - lei da velocidade das reações
químicas; - tabela periódica.
EQUILÍBRIO QUÍMICO: - reações químicas reversíveis; - concentração; - constante
de equilíbrio; - deslocamento do equilíbrio; - equilíbrio químico em meio aquoso; -
tabela periódica.
LIGAÇÃO QUÍMICA: - tabela periódica; propriedades dos materiais; - tipos de
ligações químicas; - solubilidade e ligação química; - ligações intermoleculares; -
277
alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS: - reações de Oxi-redução; - reações exo e endotérmicas; -
diagrama das reações; - variação de entalpia; - medidas de calor; - equações
termoquímicas; princípio da termodinâmica; - lei de Hess; - entropia e energia livre; -
calorimetria; - tabela periódica.
RADIOATIVIDADE: - modelo atômico de Rutherford; - elementos químicos
radioativos; - tabela periódica; - reações químicas; - velocidade das reações; -
emissões radioativas; - leis da radioatividade; - cinética radioativa; - fenômenos
radiativos.
GASES: - estados físicos; - tabela periódica; - propriedades dos gases; - modelo de
partícula para os materiais gasosos; - diferença entre gás e vapor; - leis dos gases.
FUNÇÕES QUÍMICAS: - funções orgânicas; - funções inorgânicas; - tabela
periódica.
Os conteúdos básicos e específicos deverão ser trabalhados em todas as três
séries do Ensino Médio, levando-se em consideração a adequação aos níveis
intelectuais, etários e sócio-econômico-culturais dos alunos, e interagindo com os
conceitos físicos, sociais, culturais, históricos e biológicos que neles se inter-
relacionam e que a eles se aplicam.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para pensar e trabalhar um currículo em Química, o conhecimento científico é
fundamental mas é necessária uma visão maior acerca do que significa a expressão
Educação em Química. Desse modo, o essencial é considerar o desenvolvimento
cognitivo dos estudantes, relacionando as suas experiências de vida, a sua
identidade cultural e social, e as concepções que trazem acerca da Ciência e suas
implicações.
Sendo assim, é de importância fundamental a utilização de instrumentos e
estratégias diversas, adequados a cada conteúdo e ao contexto a que se aplicam.
Devem ser desenvolvidas metodologias que estejam além daquelas
expositivas por parte do professor, que envolvam a plena participação do aluno no
aprendizado teórico e prático, exigindo dele o desenvolvimento de diferentes
278
capacidades. Assim, os trabalhos de pesquisa, as discussões, as leituras
complementares, os experimentos, o trato dos dados, a confecção de materiais
diversos, a produção de textos, as interações em grupos, a construção e a análise
de mapas conceituais, o uso da TV pen drive, entre outros, constituem-se em
estratégias ricas para o desenvolvimento intelectual e social do aluno, bem como
para o aprendizado específico dos conteúdos.
Considera-se que a variedade de instrumentos também é de fundamental
importância, não somente para o conhecimento de um conteúdo específico, mas
também para oportunizar ao aluno o contato com informações diversas envolvidas
com o objeto de estudo em diversas fontes, como revistas, literaturas específicas,
vídeos, artigos científicos, livros com temas correlatos, e o próprio livro didático, não
fazendo deste o centro das atenções.
Para atender aos estudantes com necessidades educativas especiais, os
materiais também deverão ser adaptados e apropriados para cada necessidade e
devem receber atenção diferenciada com respeito às suas limitações, sem fazer
destas, barreiras para a aprendizagem, nem motivos de preconceitos.
Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos
didáticos e tecnológicos a serem utilizados, serão feitas inserções acerca dos
Conteúdos Obrigatórios conforme dispostos na Instrução 009/2011 SUED/SEED,
serão trabalhados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em
consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais Química para que sejam
discutidos assuntos referentes à Educação Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao
uso indevido de drogas, Enfrentamento à Violência nas Escolas e Relações étnico-
raciais, além de promover uma educação Inclusiva, respeitando as capacidades
individuais.
A abordagem teórico-metodológica mobilizará para o estudo da Química
presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma
descrição dos fenômenos, repetição de fórmulas, números e unidades de medida.
Sendo assim, quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do
conteúdo estruturante Biogeoquímica, é preciso relacioná-lo com a atmosfera,
hidrosfera e litosfera. Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do
conteúdo estruturante Química Sintética, o foco será a produção de novos materiais
279
e a transformação de outros, na formação de compostos artificiais. Os conteúdos
químicos serão explorados na perspectiva do conteúdo estruturante Matéria e sua
Natureza por meio de modelos ou representações. E é imprescindível fazer a
relação do modelo que representa a estrutura microscópica da matéria com o seu
comportamento macroscópico.
Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética, a
significação dos conceitos ocorrerá por meio das abordagens histórica, sociológica,
ambiental, representacional e experimental a partir dos conteúdos químicos. Porém,
para o conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, tais abordagens são limitadas.
Os fenômenos químicos, nessa perspectiva, podem ser amplamente explorados por
meio das suas representações, como as fórmulas químicas e modelos.
O conteúdo básico Funções Químicas não deve ser apenas explorado
descritivamente ou classificatoriamente. Este conteúdo básico dever ser explorado
de maneira relacional, porque o comportamento das espécies químicas é sempre
relativo à outra espécie com a qual a interação é estabelecida.
4. AVALIAÇÃO
Em concordância com o Projeto Político Pedagógico e com as DCEs, a
Proposta Pedagógica em Química compreende a avaliação como um processo
diagnóstico, sistemático, formativo, contínuo e auto-regulador do processo
educativo.
A avaliação se constitui, pois, num instrumento de acompanhamento dinâmico
do desenvolvimento do aluno, intelectual e socialmente, e do trabalho pedagógico.
Dessa forma, os critérios e instrumentos devem ser os mais variados com o objetivo
de diagnosticar pontos positivos e negativos do processo como um todo, para
repensá-lo e adequá-lo para o crescimento pessoal do aluno, sem perder de vista a
coletividade da escola, respeitando as diferenças e promovendo a cidadania e o
respeito mútuo.
Para que os objetivos propostos sejam alcançados de forma articulada com
os conteúdos estruturantes é necessário que sejam estabelecidos previamente
critérios de avaliação para cada conteúdo básico a ser trabalhado. Ou seja, no Plano
280
de Trabalho Docente deverão estar explicitados os conceitos que o aluno deverá
aprender e apresentar nas avaliações, os quais também deverão ser de
conhecimento dos alunos até mesmo no sentido de auxiliar e nortear o processo de
ensino-aprendizagem no decorrer das aulas.
Para orientar a escolha dos critérios específicos de avaliação, dispõe-se a
seguir os critérios gerais para a disciplina de Química. Assim, espera-se que o aluno
apresente nas avaliações:
entenda e questione da Ciência de seu tempo e dos avanços tecnológicos na
área de Química;
tenha capacidade de construção e reconstrução do significado dos conceitos
químicos;
problematize a construção dos conceitos químicos;
tome posição frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela
produção do conhecimento químico;
compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos
sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da
matéria;
formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo
básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação,
solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc.
Identifique as ações dos fatores que influenciam a velocidade das reações
químicas, representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da
velocidade, inibidores;
compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos
específicos: concentração, relações matemáticas e o equilíbrio químico,
deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos
catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso;
elabore o conceito de ligação química na perspectiva da interação entre o
núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste
conteúdo básico;
entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível
microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse
281
conteúdo básico;
reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que
ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse
conteúdo básico;
diferencie gás e vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades
dos gases, modelo de partículas e as leis dos gases;
reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a
outra espécie com a qual se estabelece.
Os instrumentos de avaliação deverão respeitar o Projeto Político Pedagógico
e estarem adequados a cada etapa do processo de ensino de Química, com provas,
trabalhos escritos, seminários, relatórios, entre outros. Os registros de notas serão
expressos em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), sendo diagnóstica,
contínua e cumulativa feita por meio de, no mínimo, dois instrumentos distintos, com
valores proporcionalmente adequados ao instrumento avaliativo e aos conteúdos
avaliados, sendo que o valor das provas não poderá ultrapassar oitenta por cento da
nota global do bimestre. Esta, por sua vez, será efetuada pela somatória das notas
parciais.
É importante lembrar, ainda, que todo o processo de avaliação deve
contemplar os alunos com necessidades educativas especiais, com instrumentos e
formas de avaliação diferenciados, respeitando sempre as limitações e as
características dos alunos nos casos específicos.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
282
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
Finalmente, a recuperação de conteúdos e notas também deve ser
contemplada, principalmente quando se trata da avaliação da aquisição de
conhecimentos químicos. A recuperação paralela, dos conteúdos será ofertada para
todos. Se constituirá na recuperação dos conteúdos trabalhados ao longo do
bimestre e ofertada uma nova oportunidade de avaliação para a recuperação da
nota bimestral, podendo ser aplicados provas ou testes escritos ou trabalhos,
prevalecendo, nesta situação, o valor maior, em consonância com o Projeto Político
Pedagógico da escola. o valor maior, em consonância com o Projeto Político
Pedagógico da escola. Sendo assim, poderá ser oferecido um instrumento para
recuperar o aproveitamento/nota das provas (com valor de seis pontos) e um
instrumento para recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de
quatro pontos).
5. REFERÊNCIAS
CADERNOS TEMÁTICOS: INSERÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NOS CURRÍCULOS ESCOLARES. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental, 2005. CHASSOT, A. Alfabetização Científica: questões e desafios para a educação. Ijuí, RS: Editora UNIJUÌ, 2003. DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA. Secretaria de Estado da Educação, 2008.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Jan/2007.
283
FAZENDA, I. Práticas interdisciplinares na escola. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2001. MANTOAN, M. T. E. (org.). Caminhos pedagógicos da Inclusão: como estamos implementando a educação (de qualidade) para todos nas escolas brasileiras. São Paulo: Memnon, 2001. MORTIMER, E. F. & MACHADO, A H. Química para o Ensino Médio. V.único. São Paulo: Scipione, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação. Inclusão e Diversidade: reflexões para a construção do projeto político-pedagógico. Semana Pedagógica, 2006. REGO, T. C. Vygotsky: Uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996. SARDELLA, A. Química. Série Novo Ensino Médio. V.único. São Paulo: Ática, 2003. SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-crítica: Primeiras aproximações. São Paulo: Cortez, 1994. SEED/PR/DEM. Orientações Curriculares: Química. Semana Pedagógica, Fev. 2006. SEVERINO, A. J. Filosofia da Educação: construindo a cidadania.
284
15.5.14. SOCIOLOGIA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Podemos começar tentando esclarecer o que é a Sociologia, lembrando que
os homens diferenciam-se dos animais por sua capacidade de se relacionar de
maneiras diferentes, entre as quais a própria linguagem, código que lhe possibilita
comunicar-se com outros homens e tornar-se um ser social. Pois passamos parte
considerável de nossa vida interagindo com grupos sociais e devemos à influência
desses grupos muito do que somos. E qual a importância disso para nós? – Esse é
um dado fundamental para entendermos como o homem biológico torna-se um ser
social e produz cultura envolvendo a todos e modelando sua personalidade,
internalizando regras sociais, maneira de ser, de pensar e de agir, transmitidas por
meio do processo de socialização.
Os grupos são formados por indivíduos heterogêneos, e cabe a estes
contribuir conscientemente para o desenvolvimento social. Para tanto, é preciso
compreender as estruturas e os processos sociais, bem como suas repercussões na
educação das novas gerações, é importante que cada pessoa atue de forma crítica
e construtiva para tornar tais estruturas e processos sempre mais condizentes com a
realização humana. O homem precisa compreender-se, compreender os outros e
buscar respostas para as perguntas que a vida nos coloca.
A Sociologia é uma ciência, e como tal, tem uma base teórico-metodológica
que serve para estudar os fenômenos sociais, tentando explicá-los, analisando os
homens em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes
sociedades e culturas é um dos objetivos da Sociologia, ela mesma um produto
histórico, isto é, algo que surge num determinado contexto histórico, fruto das
transformações pelas quais passou a humanidade a partir do final do século XVIII.
Evidentemente, a trajetória do ensino de Sociologia, caracterizada por
frequentes interrupções, trouxe marcas a esta disciplina, até se concretizar sua
inserção no cenário educacional. No entanto, a Sociologia, desde a sua constituição
como conhecimento sistematizado, tem contribuído notavelmente para a análise das
285
sociedades, possibilitando inclusive ampliar o conhecimento dos indivíduos sobre
sua própria condição de vida.
Neste contexto, torna-se extremamente importante enfatizar as diferentes
linhas teóricas, com seus respectivos autores, a fim de que os alunos passem a
conhecer todas as concepções, pois desta forma haverá uma autêntica construção
do pensamento sociológico, especialmente no contexto escolar. Através das
diferentes óticas o professor poderá refletir e orientar criticamente sua ação
pedagógica, como também possibilita ao educando ter acesso a conhecimentos
elaborados de forma rigorosa e complexa, acerca da realidade social na qual está
inserido. Na verdade, possibilita tanto os professores quanto os alunos a uma
alteração qualitativa de sua prática social.
A Sociologia pode ser caracterizada pelo questionamento do real e do
pensado e, certamente, da relação entre ambos, questionamento este, que vai além
do que está estabelecido, questionamento que possa descortinar as desigualdades,
as diversidades e os antagonismos presentes no movimento histórico, mais
precisamente no contexto educacional, onde professores e alunos estão inseridos.
Visa-se também a possibilidade e compreensão da constituição da realidade social e
sua relação com a educação, através dos estudos de aspectos dos processos
sociais presentes na produção e configuração do sistema educacional, pois a
Sociologia está intimamente ligada á democratização do acesso ao conhecimento
científico ao incremento da discussão consciente, racional e fundamentada na
realidade social.
Refletindo sobre o ensino da Sociologia, pode-se constatar que é
imprescindível reconstruir dialeticamente o conhecimento que o aluno já dispõe, uma
vez que está imerso numa prática social, no entanto, num outro nível de
compreensão, este aluno terá a capacidade de intervenção e transformação desta
respectiva prática.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
Considerando-se a recente implantação da disciplina de Sociologia em todas
as séries de nossa instituição, e sabendo-se que nos anos anteriores a disciplina era
286
trabalhada somente na segunda série, os conteúdos trabalhados na primeira e na
segunda séries terão características semelhantes, visto que a primeira e a segunda
séries do corrente ano terão em sua grade curricular pela primeira vez a referida
disciplina. Isto para que a experiência dos alunos ao estudarem Sociologia não seja
prejudicada. Os conteúdos serão reformulados nos próximos anos,
sequencialmente. Adequando assim o conteúdo a cada série.
Conteúdos Estruturantes:
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL
TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS
PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA
DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS
Conteúdos Básicos:
Processo de Socialização;
Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;
Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc)
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na
análise das diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural do Brasil;
Questões de gênero;
Culturas afro-brasileiras e africanas;
Culturas indígenas;
O conceito de trabalho e o trabalho nas diversas sociedades;
Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização e Neoliberalismo;
Relações de trabalho;
287
Trabalho no Brasil;
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo e totalitarismo;
Estado no Brasil;
Conceitos de poder;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas;
Direitos: civis, políticos e sociais;
Direitos humanos;
Conceito de cidadania;
Movimentos sociais;
Movimentos sociais no Brasil;
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
A questão das ONG's.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Propõe-se para a Sociologia do Ensino Médio, a abrangência da realidade
brasileira sob o aspecto social, econômico, político, cultural e ideológico.
Os objetivos serão atingidos através de pesquisas sociais, em livros,
revistas, entrevistas, leitura de textos complementares, observação dos meios de
comunicação de massa, na convivência real familiar e escolar, cartazes alusivos,
possibilitando aos alunos discussões de temas adquirindo uma visão crítica acerca
da realidade social, incutindo o desejo de formar uma sociedade mais humana, justa
e digna. Será feita a análise de filmes em vídeo, debate sobre temas atuais,
palestras sobre os problemas atuais da sociedade em geral ou local, produção de
murais, trabalho em grupo, produção de textos e outros.
Entre os principais encaminhamentos metodológicos, destacam-se:
- Inicia-se seu curso com uma pequena contextualização da construção
histórica da sociologia;
- Retomar esse histórico a cada passo, de acordo com o autor trabalhado ou
288
sua teoria;
- A todo o momento, retomar a relação entre o contexto histórico dos autores, a
construção de sua teoria e o conteúdo específico trabalhado, para mostrar
que o conhecimento sociológico não é estático.
Serão observadas as necessidades especiais que os alunos possam
apresentar e a melhor forma de suprir suas limitações.
Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos
didáticos e tecnológicos a serem utilizados, serão feitas inserções acerca das
Demandas Socioeducacionais, para que sejam discutidos assuntos referentes à
Educação Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao uso Indevido de Drogas,
Enfrentamento à Violência nas escolas e Relações étnico-raciais, além de promover
uma educação Inclusiva, respeitando as capacidades individuais. Ainda será preciso
inserir questões sociais relativas à Cultura Afro-Brasileira e Africana, Cultura
Indígena, Educação do Campo, Educação Especial e Inclusão, sendo observadas as
contribuições destas à sociedade, à economia e o desenvolvimento sócio-cultural.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem é um processo continuo que privilegia a ação
professor – aluno. Passar para o educando a ideia de que os homens estão a todo o
momento transformando a realidade a fim de que o aluno se torne um ser crítico
para que compreenda as relações dos homens entre si.
Leitura de textos, elaboração de resumo e esquemas, trabalho realizado em
sala de aula, atividades extra classe, debates orais, avaliação escrita, e
evidentemente o desempenho individual e coletivo do mesmo serão alguns dos
instrumentos de avaliação. Lembrando, ainda, que toda a avaliação será
diagnóstica, contínua e cumulativa e, se necessária, com recuperação paralela para
conteúdos avaliados em provas ou testes escritos, como também será paralela ao
desenvolvimento dos conteúdos com retomada de conteúdos defasados e
reavaliação.
O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia deve perpassar
atividades significativas, sendo que o respectivo processo deve ser elaborado de
289
maneira transparente e preferencialmente coletiva.
Faz-se necessário a apreensão de conceitos básicos da ciência, articulados
com a prática social para que os educandos possam argumentar utilizando-se de
uma fundamentação teórica, demonstrando desta forma coerência na exposição das
ideias expressas de forma escrita ou oral.
A avaliação será diagnóstica, contínua e cumulativa. Deverão ser utilizados,
no mínimo, dois instrumentos diversificados de avaliação por bimestre. Os registros
de notas serão expressos em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero),
sendo diagnóstica, contínua e cumulativa feita por meio de, no mínimo, dois
instrumentos distintos, com valores proporcionalmente adequados ao instrumento
avaliativo e aos conteúdos avaliados, sendo que o valor das provas não poderá
ultrapassar oitenta por cento da nota global do bimestre. Esta, por sua vez, será
efetuada pela somatória das notas parciais. Nessa perspectiva, será analisado no
cotidiano dos alunos, a mudança na forma de olhar e analisar os problemas sociais,
a iniciativa, a autonomia a fim de romper com a acomodação e o senso comum.
Entre os principais critérios de avaliação, destacam-se:
Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade: as
explicações das Ciências Sociais, amparadas nos vários paradigmas teóricos e
as do curso comum;
Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a partir das
observações e reflexões;
Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida cotidiana,
ampliando a visão de mundo e o horizonte de expectativas, nas relações
impessoais com os vários grupos sociais;
Formar uma visão mais crítica da indústria cultural e dos meios de comunicação
de massa, avaliando o papel ideológico de marketing enquanto estratégias de
persuasão do consumidor e do próprio eleitor;
Compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais de etnias e
segmentos sociais, agindo de modo a preservar o direito à diversidade, enquanto
princípio estético, político e ético que supera conflitos e tensões do mundo atual;
Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de
qualificação exigida, geradas por mudanças na ordem econômica;
290
Construir a identidade social e poética, de modo a viabilizar o exercício de
cidadania plena, atuando para que haja uma reciprocidade de direitos e deveres
entre o poder público e o cidadão, além de diferentes grupos;
Identificar, analisar e comparar os diferentes pressupostos sobre a realidade, as
explicações das Ciências Sociais, amparados nos vários paradigmas teóricos, e
as do senso comum;
Na verdade, as práticas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias
práticas de ensino, considerando notavelmente a reflexão crítica nos debates, nas
ideias expressas referentes a textos que demonstrem satisfatoriamente a
capacidade de articulação entre a teoria e a prática.
Convém enfatizar que existem inúmeras maneiras de avaliar, mas ao
selecioná-las o professor deverá observar se realmente existe clareza dos objetivos
que se pretende atingir, no sentido de haver apreensão, compreensão e reflexão por
parte dos alunos.
Pode-se mencionar que não só o aluno deve ser avaliado, mas também o
corpo docente e o próprio sistema escolar devem ser constantemente avaliados, em
suas dimensões práticas, discursivas e de modo inclusivo em seus princípios
políticos para que haja qualidade e a democracia almejada.
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
291
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
Evidentemente, os instrumentos de avaliação deverão respeitar o Projeto
Político Pedagógico, para que se possa adequar cada etapa do processo de ensino-
aprendizagem. A recuperação de conteúdos e notas serão contemplados, pois como
se trata da aquisição de conhecimentos haverá a recuperação paralela. A
recuperação paralela, dos conteúdos será ofertada para todos. Se constituirá na
recuperação dos conteúdos trabalhados ao longo do bimestre e ofertada uma nova
oportunidade de avaliação para a recuperação da nota bimestral, podendo ser
aplicados provas ou testes escritos ou trabalhos, prevalecendo, nesta situação, o
valor maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola. o valor
maior, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola. Sendo assim,
poderá ser oferecido um instrumento para recuperar o aproveitamento/nota das
provas (com valor de seis pontos) e um instrumento para recuperar o
aproveitamento/nota dos trabalhos (com valor de quatro pontos).
A avaliação será constituída considerando as características da disciplina.
Como ela exige a melhora do poder crítico dos educandos, será feita principalmente
através de debates, seminários e trabalhos em grupo, pois essas formas de
avaliação proporcionam a possibilidade de uma maior argumentação.
Quanto aos alunos com necessidades educativas especiais serão respeitadas
as suas necessidades proporcionando-lhes métodos e materiais diferenciados,
quando necessário.
5. REFERÊNCIAS:
Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. Apostila Versão Preliminares. SEED, 2006. BRANDÃO, C.R. Identidade e etnia. São Paulo: Brasiliense, 1986. CHINAY, Ely. Sociedade – Uma introdução a Sociologia. São Paulo: Cultrix, 1971. COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
292
DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Versão Preliminar, julho, 2008. DURKHEIM, Emili. As regras do método sociológico. São Paulo: Abril Cultural, Coleção Os Pensadores, 1973. INFORZATO, Hélio. Fundamentos sociais e educação. São Paulo: Nobel 1971. GIDDENS, A. Sociologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. GOHN, M.G. (Org.) Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e novos atores sociais. Petrópolis: Editora Vozes, 2003. MANNHEIN, K. Ideologia e utopia. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. Orientação Curricular. Semana Pedagógica, julho 2005. OLIVEIRA, Persio Santos de. Introdução a Sociologia. Série Brasil: Editora Ática, 2004. SARTRE, J.P. O existencialismo é um humanismo. São Paulo: Abril Cultural, 1978. TOURAINE, A. A sociedade pós-industrial. Lisboa: Moraes editores, 1970. VALLE, M.R. 1968, o diálogo é a violência: movimento estudantil e ditadura militar no Brasil. Campinas: editora da Unicamp. ZIZEK, S. (org.) Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1999. WEBER, Max. Ensaio de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.
293
15.5.15. PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DO CENTRO DE
LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS – CELEM
15.5.15.1 ESPANHOL
1. APRESENTAÇÃO DO CELEM
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Não é possível conceber uma língua sem pensar na cultura e
costumes de seus usuários. Por gerar discurso a língua não pode ser um código a
ser decifrado, deve construir significados levando os sujeitos à interação.
Em 1961, a promulgação da Lei das Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nº
4024, criou os Conselhos Estaduais a quem cabia decidir a oferta ou não da Língua
Estrangeira nos currículos e, como o mercado exigia, ficou clara a valorização da
Língua Inglesa.
Os militares, ao tomarem o poder, reformaram a lei e, em 1971 entra em vigor
a LDB nº 5692/71. Tal reforma, porém, não trouxe benefício algum para o ensino de
Língua Estrangeira, já que a lei desobrigava a inclusão de Línguas Estrangeiras nos
currículos de 1º e 2º Graus porque, segundo o governo militar a escola não deveria
se prestar a ser a porta de entrada para a cultura estrangeira a fim de evitar o
aumento da dominação ideológica de outras sociedades que, por sua vez, nos
levaria a colonialismo cultural.
Somente em 1976 o ensino de Língua Estrangeira retomou o seu valor
quando a disciplina tornou-se novamente obrigatória, porém, somente no 2º Grau.
Para o 1º, seria ofertada se a escola tivesse condições de oferecê-la.
No Paraná, registra-se, na década de 70, movimentos de professores
insatisfeitos com a reforma do ensino e, principalmente, com os métodos utilizados
para ensinar cujo foco está no instrumental, ou seja, abolira-se o ensino da Língua e
da civilização estrangeira para trabalhar-se a língua apenas como recurso
instrumental. Assim, a criação do Centro de Línguas Estrangeiras no Colégio
Estadual do Paraná, em 1982, foi uma forma de manter o ensino de Língua
Estrangeira e de qualquer supremacia de um único idioma ensinado nas escolas já
294
que o centro oferecia aulas de inglês, espanhol, francês e alemão no contra turno.
Com as mudanças no cenário político, em meados de 1980, e o país
redemocratizando-se, os professores, organizados em associações tinham diante de
si o momento perfeito para o retorno da pluralidade de oferta de Língua Estrangeira
nas escolas públicas. A mobilização dos professores levou a SEED a criar,
oficialmente, em 15 de agosto de 1986, o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas
(CELEM), como forma de valorizar a diversidade étnica que marca a história do
estado. O CELEM, segundo dados da SEED, está presente em mais de 300
estabelecimentos de ensino e oferta aulas de Espanhol, Francês, Alemão, Italiano,
Japonês, Ucraniano e Polonês a cerca de 15.195 alunos da Rede Pública Estadual
do Paraná.
A Resolução nº 2137/2004 regulamenta os cursos ofertados pelo CELEM, isto
é, o número mínimo de alunos em cada turma, a carga horária (que pode variar de
acordo com a língua), a qualificação exigida para o professor, as condições de
ingresso, permanência, conclusão e certificação do aluno.
Em Rio Azul, o curso do CELEM é oferecido no Colégio Estadual Dr. Afonso
Alves de Camargo onde, desde 2004, é ofertada a Língua Espanhola. O curso tem a
duração de dois anos para o idioma espanhol, com 4 aulas semanais e certificação
emitida pela SEED.
Mais do que formar para o mercado de trabalho ou para o uso das
tecnologias, o ensino de LEM proposto deve contribuir para formar alunos críticos e
transformadores, que saibam utilizar as operações de linguagem para agir no mundo
em situações de comunicação. Espera-se que o aluno use a língua em situações de
comunicação oral e escrita e compreenda que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
O ensino da Língua Espanhola visa a atender aos interesses da comunidade,
principalmente, os interesses profissionais. O objetivo maior é envolver os alunos
com a cultura, com os costumes e possibilitar a apropriação básica da língua.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
De acordo com A DCE, o conteúdo estruturante do ensino de LE é o discurso
295
enquanto prática social a partir do qual serão abordadas questões linguísticas,
culturais e discursivas assim como as práticas do uso da língua: leitura, escrita e
oralidade.
Assim, sem perder de vista os três eixos serão desenvolvidos os conteúdos
básicos abaixo:
CONTEÚDOS BÁSICOS – P1
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
ESFERA COTIDIANA DE CIRCULAÇÃO
ESFERA PUBLICITÁRIA DE
CIRCULAÇÃO
ESFERA PRODUÇÃO DE CIRCULAÇÃO
ESFERA JORNALÍSTICA DE
CIRCULAÇÃO
Bilhete Carta pessoal
Cartão felicitações Cartão postal
Convite Letra de música Receita culinária
Anúncio** Comercial para
rádio* Folder
Paródia Placa
Publicidade Comercial
Slogan
Bula Embalagem
Placa Regra de jogo
Rótulo
Anúncio Classificados
Cartum Charge
Entrevista** Horóscopo
Reportagem** Sinopse de filme
ESFERA ARTÍSTICA DE CIRCULAÇÃO
ESFERA ESCOLAR DE CIRCULAÇÃO
ESFERA LITERÁRIA DE CIRCULAÇÃO
ESFERA MIDIÁTICA DE CIRCULAÇÃO
Autobiografia Biografia
Cartaz Diálogo**
Exposição oral* Mapa
Resumo
Conto Crônica Fábula
História em Quadrinhos
Poema
Correio eletrônico (e-mail)
Mensagem de texto (SMS)
Telejornal* Telenovela* Videoclipe*
*Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA:
ORALIDADE
ABORDAGEM TEÓRICO
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto; Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos; Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado; Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas
Espera-se que o aluno: Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal); Apresente suas idéias com clareza, coerência; Utilize adequadamente
296
Papel do locutor e interlocutor; Conhecimento de mundo; Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações lingüísticas. Fatores de textualidade centradas no texto: Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
exposições orais dos alunos; Preparar apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; Estimular a expressão oral (contação de histórias) sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como a entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
entonação, pausas, gestos; Organize a sequência de sua fala; Respeite os turnos de fala; Explore a oralidade em adequação ao gênero proposto; Exponha seus argumentos; Compreenda os argumentos no discurso dos outros; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna); Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
PRÁTICA DISCURSIVA:
LEITURA
ABORDAGEM TEÓRICO
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrados no leitor: Tema do texto; Conteúdo temático do gênero; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do gênero; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto; Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor; Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referencia textual. Fatores de textualidade centrados no texto: Intertextualidade;
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados a esfera social de circulação; Considerar os conhecimentos prévios dos alunos; Desenvolver atividades de leitura em três etapas: - pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura); - leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas); - pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a atribuição e
Espera-se que o aluno: Realize leitura compreensiva do texto; Identifique o conteúdo temático; Identifique a idéia principal do texto; Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto; Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual; Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; Analise as intenções do autor; Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
297
Léxico repetição, conotação, denotação, polissemia; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); Partículas conectivas básicas do texto.
construção de sentidos com o texto); Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais como: gráficos, fotos, imagens, mapas; Socializar as idéias dos alunos sobre o texto; Estimular leituras que suscitem no conhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros: - temáticas (o que é dito nesses gêneros); - estilísticas (ou registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos lingüísticos); - composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referencia textual; Amplie seu léxico bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.
PRÁTICA DISCURSIVA:
ESCRITA
ABORDAGEM TEÓRICO
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrados no leitor: Tema do texto; Conteúdo temático do gênero; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do gênero; Aceitabilidade do texto; Informatividade do texto; Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e
Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema do interlocutor, do gênero, da finalidade; Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; Acompanhar a produção de texto; Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (idéias), dos elementos que compõem o gênero;
Espera-se que o aluno: Expresse as idéias com clareza; Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade); - à continuidade temática; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e da informal;
298
interlocutor; Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referencia textual. Fatores de textualidade centrados no texto: Intertextualidade; Partículas conectivas básicas do texto. Vozes do discurso: direto e indireto; Léxico: emprego de repetição, conotação, denotação, polissemia, formação de palavras, figuras de linguagem; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal e nominal.
Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto; Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referencia textual; Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas; Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc; Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc; Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto; Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados; Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
CONTEÚDOS BÁSICOS – P2
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
ESFERA COTIDIANA DE CIRCULAÇÃO
ESFERA PUBLICITÁRIA DE CIRCULAÇÃO
ESFERA PRODUÇÃO DE CIRCULAÇÃO
ESFERA JORNALÍSTICA DE CIRCULAÇÃO
Comunicado Curriculum Vitae Exposição oral* Ficha de Inscrição Lista de compras Piada** Telefonemas*
Anúncio** Comercial para televisão* Folder Inscrições em muro Propaganda** Publicidade Institucional
Instrução de montagem Instrução de uso Manual técnico Regulamento
Artigo de opinião Boletim do tempo** Carta do leitor Entrevista** Notícia** Obituário Reportagem**
ESFERA JURÍDICA DE CIRCULAÇÃO
ESFERA ESCOLAR DE CIRCULAÇÃO
ESFERA LITERÁRIA DE CIRCULAÇÃO
ESFERA MIDIÁTICA DE CIRCULAÇÃO
Boletim de ocorrência Contrato Lei
Aula em vídeo Ata de reunião Exposição oral Palestra*
Contação de história* Conto Peça de teatro*
Aula virtual Conversação chat Correio eletrônico (e-mail)
299
Ofício Procuração Requerimento
Resenha Texto de opinião
Romance Sarau de poema*
Mensagem de texto (SMS) Videoclipe*
*Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA:
ORALIDADE
ABORDAGEM TEÓRICO
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrados no leitor: Tema do texto; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto; Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto Papel do locutor e interlocutor; Conhecimento de mundo; Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações lingüísticas. Fatores de textualidade centrados no texto: Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos; Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado; Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; Preparar apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; Estimular a expressão oral (contação de histórias) sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como a entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
Espera-se que o aluno: Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal); Apresente suas idéias com clareza, coerência; Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos; Organize a sequência de sua fala; Respeite os turnos de fala; Explore a oralidade em adequação ao gênero proposto; Exponha seus argumentos; Compreenda os argumentos no discurso dos outros; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna); Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
PRÁTICA DISCURSIVA:
LEITURA
ABORDAGEM TEÓRICO
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrados no leitor: Tema do texto; Conteúdo temático do gênero;
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados a esfera social de circulação; Utilizar estratégias de
Espera-se que o aluno: Realize leitura compreensiva do texto com vistas a prever o conteúdo temático, bem como a idéia principal do
300
Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do gênero; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto; Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor; Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referencia textual. Fatores de textualidade centrados no texto: Intertextualidade; Léxico repetição, conotação, denotação, polissemia; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); Partículas conectivas básicas do texto. Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios, interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legenda e textos.
leitura que possibilitem a compreensão textual significativa de acordo com o objetivo proposto no trabalho com gênero textual selecionado; Desenvolver atividades de leitura em três etapas: - pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura); - leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas); - pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto); Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais como: gráficos, fotos, imagens, mapas; Relacionar o tema com o contexto cultural do aluno e o contexto atual; Demonstrar o aparecimento dos modos e tempos verbais mais comuns em determinados gêneros textuais; Estimular leituras que suscitem no conhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros: - temáticas (o que é dito nesses gêneros); - estilísticas (ou registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos
texto por meio da observação das propriedades estilísticas do gênero (recursos como: elementos gráficos, mapas, fotos, tabelas); Localize informações explícitas e implícitas no texto; Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto; Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual; Reconheça diversos participantes de um texto (quem escreve, a quem se destina, outros participantes); Estabeleça o correspondente em língua materna de palavras ou expressões a partir do texto; Analise as intenções do autor; Infira relações intertextuais; Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referencia textual; Amplie seu léxico bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.
301
lingüísticos); - composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
PRÁTICA DISCURSIVA:
ESCRITA
ABORDAGEM TEÓRICO
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrados no leitor: Tema do texto; Conteúdo temático do gênero; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do gênero; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto; Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor; Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referencia textual. Fatores de textualidade centrados no texto: Intertextualidade; Partículas conectivas básicas do texto. Vozes do discurso: direto e indireto; Léxico: emprego de repetição, conotação, denotação, polissemia, formação de palavras, figuras de linguagem; Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explícitas; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema do interlocutor, do gênero, da finalidade; Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; Acompanhar a produção de texto; Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (idéias), dos elementos que compõem o gênero; Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto; Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referencia textual; Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas; Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
Espera-se que o aluno: Expresse as idéias com clareza; Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade); - à continuidade temática; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e da informal; Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc; Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc; Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto; Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados; Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual. Defina fatores de contextualização para o texto (elementos gráficos, temporais).
302
Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal e nominal.
3. METODOLOGIA
Uma vez que é preciso saber qual é o conhecimento de língua que o aluno
possui, em que mundo está inserido, quais são suas aspirações para, então, decidir
como trabalhar, as aulas de Língua Estrangeira Moderna devem estar de acordo
com a realidade de cada turma, do aluno, da escola, da comunidade da região e da
LE do curso escolhido pelo aluno.
Os conteúdos devem ser contextualizados, tendo a leitura de diferentes tipos
de textos que correspondam, ao máximo, o cotidiano dos alunos respeitando as
diferenças culturais, crenças e valores individuais como ponto de partida.
O número de alunos e as diferenças de faixa etária, de interesses e de nível
de conhecimento da LE dificultam a prática auditiva e da fala. No entanto, tais
aspectos poderão ser trabalhados através de músicas, filmes, dramatizações e
outras atividades interativas.
Almeja-se trabalhar tanto na leitura como na escrita os diferentes gêneros
textuais e fazer uso do livro didático público de língua estrangeira. Quanto à
oralidade os assuntos serão trabalhados de acordo com as características de cada
gênero. As atividades propostas a partir de textos, reais ou não, envolverão práticas
e conhecimentos que proporcionem condições para os alunos assumirem uma
atitude crítica e transformadora. Assim, todos os recursos possíveis serão usados
para facilitar a aprendizagem como vídeos, cds, internet, tv pen drive, jornais,
revistas, figuras, trabalhos em grupos, duplas e individuais, exposição oral e escrita
de resultados de pesquisas, jogos e outros que possam efetivamente, contribuir para
a aprendizagem em LE considerando que o professor deve motivar os alunos para a
aprendizagem da LE como o instrumento de comunicação que é e, assim, se
habituarem a interagir na e com a mesma.
Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na instrução nº 009/11 SUED/
SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina
303
em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de LEM.
4. AVALIAÇÃO
Na visão de educação adotada, o aluno precisa ser envolvido no processo de
avaliação, uma vez que também é construtor do seu conhecimento. É fundamental
haver coerência entre ensino e avaliação, partes inseparáveis do mesmo processo.
Assim, a avaliação deve ser de natureza diagnóstica, somativa, paralela e contínua,
voltada aos objetivos das Línguas Estrangeiras respeitando as diferenças individuais
e valorizando o esforço de casa aluno nas quatro habilidades.
Em conformidade com o PPP, as avaliações serão marcadas com
antecedência de no mínimo 48 horas, principalmente provas, testes e trabalhos
escritos ou apresentações orais. No caso de ausência do aluno no dia da prova, este
deverá justificá-lo (atestado médico, por exemplo). Os registros de notas serão
expressos em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), sendo diagnóstica,
contínua e cumulativa feita por meio de, no mínimo, dois instrumentos distintos, com
valores proporcionalmente adequados ao instrumento avaliativo e aos conteúdos
avaliados, sendo que o valor das provas não poderá ultrapassar oitenta por cento da
nota global do bimestre. Esta, por sua vez, será efetuada pela somatória das notas
parciais. Poderão ser utilizados os seguintes instrumentos no decorrer do bimestre
contemplando as três práticas (escrita, oralidade e leitura):
Avaliações orais e escritas de acordo com os gêneros selecionados por meio
de provas, seminários, resumos, pesquisas, dramatização, entre outros para a
verificação dos conteúdos estudados;
Produção de pequenos textos conforme os gêneros trabalhados;
Avaliação para leitura: questões de compreensão e interpretação de textos
dos gêneros selecionados;
Com a adesão ao RCO (Registro de Classe On line) para o ano letivo de
2017, este colégio define que deverão ser realizadas pelo menos duas avaliações e
duas recuperações bimestrais a serem lançadas no sistema, sendo que os
instrumentos do tipo “PROVA” terão valor total de 6,0 (seis vírgula zero) e os
instrumentos do tipo “TRABALHO” terão valor total de 4,0 (quatro vírgula zero). O
304
professor poderá aplicar mais que dois instrumentos de avaliação. Por exemplo,
será permitido fazer duas provas de valor três cada uma, ou outros valores que
somem seis pontos. Outro exemplo é em relação a trabalhos, podendo ser
realizados dois ou mais trabalhos diferentes que somem quatro pontos.
Entende-se por PROVA toda avaliação previamente preparada pelo professor
e realizada em sala de aula, com questões objetivas e/ou descritivas, com ou sem
consulta ao material de apoio, conforme determinar o professor em função da
melhor adequação ao conteúdo e critérios de avaliação. Entende-se por TRABALHO
toda avaliação proposta pelo professor que envolva pesquisa, relatórios, seminários,
produções de textos, portfólio, produções artísticas diversas, apresentações
diversas, individual ou em grupos, realizada em sala de aula ou extraclasse.
Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão ofertados
estudos de recuperação paralela após a retomada de conteúdos, conforme
determina o artigo 24, alínea e, da LDB n.9394/96. A recuperação paralela, dos
conteúdos será ofertada para todos. Se constituirá na recuperação dos conteúdos
trabalhados ao longo do bimestre e ofertada uma nova oportunidade de avaliação
para a recuperação da nota bimestral, podendo ser aplicados provas ou testes
escritos ou trabalhos, prevalecendo, nesta situação, o valor maior, em consonância
com o Projeto Político Pedagógico da escola. o valor maior, em consonância com o
Projeto Político Pedagógico da escola. Sendo assim, poderá ser oferecido um
instrumento para recuperar o aproveitamento/nota das provas (com valor de seis
pontos) e um instrumento para recuperar o aproveitamento/nota dos trabalhos (com
valor de quatro pontos).
Aos alunos com necessidades educativas especiais serão atribuídos
trabalhos e/ou testes diferenciados, de acordo com cada caso, visando não
prejudicar de forma alguma sua aprendizagem.
5. REFERÊNCIAS
Diretrizes curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná para Língua Estrangeira Moderna. PICANÇO, Deise Cristina de Lima. El arte de leer español. Curitiba: Base Editora, 2005. SEED, Pr. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês. Vários Autores, 2006.
305
15.6. PLANO DE ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
1 – IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Denominação Completa do Estabelecimento de Ensino
COLÉGIO ESTADUAL “DR. AFONSO ALVES DE CAMARGO”
Endereço completo
RUA CAFIEIRO CORSI
Bairro/Distrito
CENTRO
Município
RIO AZUL
NRE
IRATI
CEP
84560-000
Caixa Postal
DDD
42
Telefone
3436 1342
Fax
(42) 3463 1342
Site
Entidade mantenedora
GOVERNO DO PARANÁ
CNPJ/MF
Local e data
RIO AZUL, 25 DE SETEMBRO DE 2009.
Assinatura
Direção
II – IDENTIFICAÇÃO DO CURSO E EIXO TECNOLÓGICO
Ensino Médio
a) Carga Horária: 2.500 horas
III – PROFESSOR ORIENTADOR
Pedagoga: SILVIA SURMAS SCHUTA
306
Graduação: Licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual do
Centro-Oeste – Campus de Irati / Ano de Conclusão: 2000.
Especialização: Pós-Graduada em Psicopedagogia pela Faculdade de
Ensino Superior de Marechal Cândido Rondon / Ano de Conclusão: 2002.
IV – JUSTIFICATIVA
A Lei nº 11.788/08, que dispõe sobre o estágio obrigatório e não-
obrigatório de estudantes, e a Deliberação nº 02/09 do CEE, que estabelece normas
para a organização e a realização dos Estágios, definem, também, obrigações da
Instituição de Ensino para com os estágios não obrigatórios.
No Parágrafo único do Art. 7º da Lei 11.788/08: “O plano de atividades do
estagiário, elaborado em acordo das 3 (três) partes a que se refere o inciso II do
caput do art. 3º desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de
aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.”
Na Deliberação 02/09 do CEE, Art. 1º, Parágrafo 1º, incisos I e II:
“I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de
ensino, deverá estar previsto no Projeto Político-Pedagógico;
II – “o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de
Estágio;”.
A Deliberação 02/09, Art. 4°, Incisos III - “Plano de Estágio, a ser
apresentado para análise juntamente com o Projeto Político-Pedagógico, ou em
separado no caso de estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará
assegurar a importância da relação teoria-prática no desenvolvimento curricular,
deverá ser incorporado ao Termo de Compromisso e será adequado à medida da
avaliação de desempenho do aluno, por meio de aditivos;”.
V – OBJETIVOS DO ESTÁGIO
Estágio é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências
pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando,
de modo a prevalecer sob o aspecto produtivo.
307
Contribuir para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades
relacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem concebê-lo como ato
educativo.
O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, alem de integrar o
itinerário formativo do educando.
Visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à
contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para
a vida cidadã e para o trabalho.
VI – LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
Prefeituras;
Copel;
ACIAP;
Empresas;
Secretarias Municipais.
VII – CARGA-HORÁRIA E PERÍODO DE REALIZAÇÃO DE ESTÁGIO NÃO-
OBRIGATÓRIO
A jornada de estágio terá, no máximo, a seguinte duração 6 (seis) horas
diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da
educação profissional de nível médio e do ensino médio;
A Instituição de Ensino deverá negociar com a instituição concedente o
horário de início e término do estágio de cada aluno durante a semana, de forma a
garantir que o aluno cumpra pontualmente seus compromissos escolares.
VIII – ATIVIDADES DE ESTÁGIO
Os alunos matriculados no Ensino Médio podem realizar atividades que
possibilitem:
308
a integração social;
o uso das novas tecnologias;
produção de textos;
aperfeiçoamento do domínio do cálculo;
aperfeiçoamento da oralidade;
compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como:
planejamento, organização e realizações de atividades que envolvam
rotina administrativa, documentação comercial e rotinas afins.
IX – ATRIBUIÇÕES DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
celebrar Termo de Compromisso com alunos e parte concedente após
firmado o Termo de Convênio, autorizado pelo Sr. Governador;
incluir o estágio não-obrigatório no PPP;
regimentar o estágio não-obrigatório;
indicar professor orientador, responsável pelo acompanhamento e avaliação
das atividades de estágio;
zelar pelo cumprimento do Plano de Estágio;
avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à
formação cultural e profissional do educando;
exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6
(seis) meses, de relatório das atividades;
comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas
de realização de avaliações escolares ou acadêmicas.
X – ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR DE CURSO, COORDENADOR DE
ESTÁGIO, PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO, SUPERVISOR DE
ESTÁGIO (ENFERMAGEM)
elaborar o plano de estágio e orientar sua execução;
organizar formulários e registros para acompanhamento do estágio de cada
aluno;
309
manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio
na parte concedente;
explicitar a proposta pedagógica da Instituição de Ensino e do plano de
estágio obrigatório e não-obrigatório à parte concedente;
planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o
cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário;
realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do
estágio estão de acordo com o Plano de Estágio e o Termo de Compromisso,
mediante relatório;
zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
orientar a parte concedente e o aluno sobre a finalidade do estágio;
orientar a parte concedente quanto à legislação educacional e às normas de
realização do estágio;
solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno;
realizar visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições de
funcionamento do estágio;
orientar previamente o estagiário quanto:
- às exigências da empresa;
- às normas de estágio;
- aos relatórios que fará durante o estágio;
- aos direitos e deveres do estagiário.
Obs.: No caso de estudante com deficiência, que apresente dificuldades para
elaborar o relatório, o professor orientador deverá auxiliar esse estagiário.
XI – ATRIBUIÇÕES DA PARTE CONCEDENTE
11 Considerar-se-ão partes concedentes de estágio, os dotados de
personalidade jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que
estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de
fiscalização profissional.
12 A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:
I. celebração de Convênio com a entidade mantenedora da instituição de
310
ensino;
II. celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o
estudante;
III. a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao
estudante atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;
IV. indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou
experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do
estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários
simultaneamente;
V. contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário,
cuja apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar no
Termo de Compromisso de Estágio nos casos de estágio não-obrigatório;
a) no caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação
do seguro contra acidentes pessoais, poderá, alternativamente, ser assumida
pela mantenedora/instituição de ensino;
VI. entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por
ocasião do desligamento do estagiário, com indicação resumida das
atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
VII. relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo
funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio, com prévia e
obrigatória vista do estagiário e com periodicidade mínima de 6 (seis) meses;
VIII. a remuneração do agente integrador pelos serviços prestados, se houver.
XII – ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL PELA SUPERVISÃO DE ESTÁGIO NA
PARTE CONCEDENTE
Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte
concedente e a instituição de ensino:
tomar conhecimento do Termo de Compromisso;
311
orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de
Estágio;
preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;
manter contato com o Professor orientador da escola;
propiciar instalações e ambiente favoráveis à aprendizagem social,
profissional e cultural dos alunos;
encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do
estagiário, à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.
XIII – ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO
Considerando a Concepção de Estágio:
- ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte
concedente como na instituição de ensino;
- celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição de
ensino;
- respeitar as normas da parte concedente e da instituição ensino;associar a
prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;
- realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas não
previstas no plano de estágio;
- entregar os relatórios de estágio no prazo previsto.
XIV – FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO
O estágio como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter
acompanhamento efetivo pelo professor orientados da instituição de ensino e por
supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no
inciso IV do caput do art.7º da Lei nº. 11.788, de 25 de setembro de 2008 e por
menção de aprovação final.
312
XV – AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO
Analisar em que medida o Plano de Estágio está sendo cumprido.
a) No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio não-
obrigatório, faz-se necessário avaliar em que medida está contribuindo ou não
para o desempenho escolar do aluno. Desta forma o professor orientador precisa
ter acesso a três documentos do aluno:
rendimento e aproveitamento escolar;
relatório elaborado pelo aluno.(Anexo II)
relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte
concedente (Anexo III);
b) No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas
às instituições e análise dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições
de funcionamento do estágio, recomendando ou não sua continuidade. Aspectos
a serem observados: Cumprimento do Artigo 14 da Lei 11.788/98 e Artigos 63, 67
e 69 da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
XVI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lei nº. 11.788/98
Lei nº. 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.
Decreto nº. 87.497 de 18 de agosto de 1982.
Deliberação nº. 02/09 do CEE.
Instrução nº. 006/2009 – SUED/SEED.85
313
15.6. PACCC – AETE
A Educação Física, atualmente tem como objeto de estudo “o homem em
movimento” e pode ser entendida como uma área que interage com o ser humano
em sua totalidade, englobando aspectos biológicos, psicológicos, sociológicos,
culturais e a relação entre eles.
A proposta deste programa – Aulas Especializadas em Treinamento
Esportivo, conforme prevê a Instrução N.º 12/2014 – SEUD, é treinar diferentes
modalidades esportivas, além de levar os alunos ao mundo do bem-estar físico,
mental e social por meio do esporte. Os conteúdos serão trabalhados de forma que
o aluno interaja com o conteúdo e com seus pares, visando a formação de um
cidadão que produz, reproduz e transforma a si e ao conteúdo.
Portanto, além de visar o treinamento específico de cada modalidade, o
programa deve buscar estimular a interação sujeito-realidade, num exercício de
cidadania, contribuindo para a formação de pessoas críticas e participativas.
15.6.1. PACC – AETE – VOLEIBOL
MODALIDADE ESPORTIVA: VOLEIBOL FEMININO
TURNO: Intermediário tarde
CONTEÚDOS
Histórico e regras
Domínio do corpo, (coordenação motora geral e específica, deslocamentos);
Habilidades básicas;
Manipulação de bola;
Fundamentos ( toque, manchete, saque, cortada, passe, levantamento, ataque,
bloqueio, defesa, entre outros);
Regras de jogo;
314
Sistemas (6x0, 5x1, 4x2)
Jogos pré-desportivos;
Vídeos da modalidade.
OBJETIVO
O voleibol é um esporte que vem se destacando muito no Brasil e, por isso,
não podemos deixar de destacar sua relevância para a cultura corporal de
movimento da escola e sua consequente influência na aprendizagem sociocultural e
motora dos alunos
As aulas especializadas de treinamento esportivo visam proporcionar ao
aluno a oportunidade de treinar a modalidade de Voleibol favorecendo a integração,
o intercâmbio, o desenvolvimento das capacidades esportivas, além de criar uma
consciência e prazer pela prática esportiva . A intenção é usar o esporte como meio
e não um fim em si mesmo para proporcionar experiências satisfatórias, sejam elas
motoras, sociais ou cognitivas.
Visam também proporcionar acesso à prática esportiva, desenvolver as
habilidades específicas da modalidade; desenvolver e identificar talentos esportivos.
Ocupar tempo ocioso com atividades esportivas, evitando drogas e criminalidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
As aulas serão realizadas nas dependências do Colégio Estadual “Dr. Afonso
Alves de Camargo” e no Ginásio de Esportes, com a modalidade de Voleibol, na
categoria feminina. Os alunos do turno da manhã e tarde serão selecionados e os
treinamentos acontecerão num horário intermediário entre o turno da tarde e noite.
Serão duas tardes: segundas e quartas- feiras (17:20 as 19:00 hs), totalizando então
quatro horas de treino por semana. O número de alunos será de 20 a 25.
As atividades serão compostas de momentos de aulas práticas e também de
exposição de elementos relacionados ao voleibol utilizando outros meios como:
desenhos, esquemas, rodas de conversas e pesquisas feitas pelos alunos.
315
Todas as atividades práticas iniciarão com alongamento e aquecimento,
seguidos pela explanação das práticas a serem realizadas no dia. Após o término
das atividades, ocorrerá uma discussão entre aquilo que foi proposto, o que ocorreu,
por que ocorreu e quais mudanças/alterações poderiam melhorar a atividade.
Poderão ser agendadas partidas amistosas com equipes de outras escolas da
cidade e também do núcleo de Irati.
LOCAL DE REALIZAÇÃO
Quadra poliesportiva do Colégio Estadual Dr. Afonso Alves de Camargo
Ensino Fundamental e Médio e quadra poliesportiva do Ginásio de Esportes Albinão.
AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica e contínua, assim como o desempenho da
escola nas competições esportivas.
Os alunos/atletas serão avaliados a cada encontro, na relação da
sociabilização, cooperação, e também no seu próprio desenvolvimento motor.
RESULTADOS ESPERADOS
PARA O ALUNO:
De uma maneira geral, busca-se a interação do aluno e esporte.
O resultado só será obtido a médio e longo prazo, ou seja, o aluno, a escola e
a comunidade precisam saber respeitar os limites, para que se tenha uma boa
equipe de Voleibol Feminino da nossa escola.
Buscaremos uma melhoria na qualidade de vida de cada aluno, bem como,
incentivar este aluno nos seus estudos, pois sem conhecimento não se chega a
lugar algum.
Além de todo aspecto social das aulas, busca-se treinar a equipe para
disputar os Jogos Escolares do Paraná, campeonatos municipais e amistosos.
316
PARA ESCOLA
Incentivo aos alunos em situação de vulnerabilidade social, bem como as
necessidades sócio-educacionais, para que consigam superar os problemas de
sociabilização, disciplina, organização e desenvolvimento na escola
PARA A COMUNIDADE
Além do aspecto social , teremos equipes representando a comunidade em
competições.
REFERÊNCIAS
DCE'S – Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física.
BOJIKIAN, João Crisóstomo Marcondes. Ensinando o Voleibol. Editora Phorte, 2008
FERREIRA, Vanja. Educação Física escolar. Rio de Janeiro: Editora Sprint, 2006.
INSTRUÇÃO Nº 012/2014 – SEED/SUED
SANTINI, Joarez. Voleibol Escolar - Da Iniciação ao Treinamento. Editora: Ulbra,
2007
317
15.6.2. PAC – AETE FUTSAL
MODALIDADE ESPORTIVA: FUTSAL MASCULINO
TURNO: Intermediário tarde
CONTEÚDOS
Os conteúdos a serem trabalhados são:
• Noções tradicionais de metodologia parcial, global e mista;
• Habilidades básicas;
• Manipulação de bola;
• Fundamentos (passe, chute, drible, ataque, defesa, entre outros);
• Regras de jogo;
• Sistemas (2x2, 2x1x1, 3x1 e 1x3);
OBJETIVOS
Desenvolver um trabalho educacional através da prática do futsal de acordo
com o espaço físico, material disponível e despertar e aprimorar as potencialidades
do aluno através da prática desportiva. O futsal exige uma série de predicados de
seus praticantes, que poderão ser desenvolvidos através de uma prática orientada.
O iniciante encontrará na prática do exercício técnico uma das formas de
desenvolver corretamente os fundamentos do mesmo, bem como aqueles, que já
tem uma condição técnica desenvolvida, usarão desta forma de exercitação para
aprimorarem ainda mais os seus fundamentos.
Além disso, pretende-se favorecer ao aluno a evolução da consciência, o
prazer pela prática esportiva, a aquisição de uma cultura de lazer esportivo, numa
perspectiva que compreenda o educando como um ser social ativo. A intenção é
usar o esporte como meio e não um fim em si mesmo para proporcionar
experiências satisfatórias, sejam elas motoras, sociais ou cognitivas. Visam também
318
desenvolver e identificar talentos esportivos; . Ocupar tempo ocioso com atividades
esportivas, evitando drogas e criminalidade.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
As atividades serão compostas de momentos de aulas práticas e também de
exposição de elementos relacionados ao futsal, utilizando outros meios como:
desenhos, esquemas, rodas de conversas e pesquisas feitas pelos alunos.
Todas as atividades práticas iniciarão com alongamento e aquecimento,
seguidos pela explanação das práticas a serem realizadas no dia. Após o término
das atividades, sempre ocorrerá uma discussão entre aquilo que foi proposto, o que
ocorreu, por que ocorreu e quais mudanças/alterações poderiam melhorar a
atividade.
Poderão ser agendadas partidas amistosas com equipes de outras escolas da
cidade, e também do NRE de Irati.
AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica e contínua, assim como o desempenho da
escola nas competições esportivas.
Os alunos/atletas serão avaliados a cada encontro, na relação da
sociabilização, cooperação e também no seu próprio desenvolvimento motor.
Através da prática regular da avaliação do desempenho, o aluno terá a
oportunidade de conhecer quais são seus pontos fortes e fracos, adquirindo
consciência sobre os limites do seu corpo e as exigências da modalidade.
LOCAL DE REALIZAÇÃO
O programa será desenvolvido no Colégio Estadual Dr. Afonso Alves de
Camargo, com a modalidade de Futsal, na categoria masculina. Os alunos do turno
da manhã e tarde serão selecionados e os treinamentos acontecerão no período da
noite, das 18h30m às 20h10m.
319
RESULTADOS ESPERADOS:
PARA O ALUNO:
De uma maneira geral, busca-se a interação do aluno e esporte. O resultado
só será obtido a médio e longo prazo, ou seja, o aluno, a escola e a comunidade
precisa saber respeitar os limites, para que se tenha uma boa equipe de Futsal da
nossa escola.
Buscaremos uma melhoria na qualidade de vida de cada aluno, bem como,
incentivar este aluno nos seus estudos, pois sem conhecimento não se chega a
lugar algum.
Além de todo aspecto social do projeto, busca-se conseguir formar uma
equipe para disputar os Jogos Escolares do Paraná, visto que, equipes são
formadas para estes jogos, semanas antes do evento, onde muitas vezes os alunos
nunca jogaram juntos antes, só cumprindo um protocolo.
PARA A ESCOLA:
Incentivo aos alunos em situação de vulnerabilidade social, bem como as
necessidades socioeducacionais, para que consigam superar os problemas de
sociabilização, disciplina, organização e desenvolvimento na escola.
PARA A COMUNIDADE:
Além do aspecto social , teremos equipes representando a comunidade em
competições.
REFERÊNCIAS
LOPES, Alexandre Apolo. Futsal: metodologia e didática na aprendizagem.2004.
Diretrizes Curriculares da Educação Física.
INSTRUÇÃO Nº 012/2014 – SEED/SUED
320
SANTANA, Wilton Carlos de. Futsal. Metodologia da Participação. Londrina, PR:
Lazer 7 Sport, 1998.
TOYODA, H. (1983). Teoria da técnica fundamental. In: CBV e FIVB (orgs.). Manual
do Treinador, p. 8 e 10. Grupo Palestra Sport, Rio de Janeiro.
TAVARES, F. Bases teóricas da componente táctica nos jogos desportivos
colectivos. In: OLIVEIRA, J.; TAVARES, F. (Ed.). Estratégia e táctica nos jogos
desportivos colectivos. Porto, FCDEFUP, 1996.