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SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED · visto apenas como a natureza intocada, um pedaço da Terra onde o ser humano é separado da natureza, mas como qualquer espaço, mesmo onde

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PARANÁGOVERNO

DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

FICHA CATALOGRÁFICA

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA - CADERNO PEDAGÓGICO

TURMA - PDE/2012

Título O uso de paródias como instrumento pedagógico em aulas sobre meio ambiente.

Autor Nilson Aparecido Garcia

Escola de Atuação Col. Est. Pres. Tancredo Neves

Município da Escola Imbaú

Núcleo Regional de Educação Telêmaco Borba

Orientador Profa. Dra. Cristina Lucia Sant’Ana Costa Ayub

Instituição de Ensino Superior UEPG

Área do Conhecimento/Disciplina Ciências

Relação Interdisciplinar Português, Artes

Público Alvo Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental

Localização Col. Est. Pres. Tancredo Neves, av: Ivo Jangada S/nº, Imbaú- Paraná

Resumo: Ao longo dos anos de minha experiência tanto como gestor quanto docente, tenho ouvido queixas quanto ao desinteresse demonstrado pelos alunos em relação aos estudos. Isso exige dos profissionais da educação maior preparo para não só atrair a atenção dos alunos, mas também tornar a aprendizagem mais afetiva e prazerosa. Dessa forma, acreditamos que o uso de paródias pode contribuir para o professor explicar os conteúdos de

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forma mais clara, divertida, lúdica e próxima da realidade dos alunos do 8º ano, trazendo, assim, uma melhora significativa para a qualidade do ensino ofertado. Daí a importância deste caderno pedagógico que tem como objetivo desenvolver estratégias de ensino para o tema transversal meio ambiente. Assim, este caderno pedagógico traz o passo a passo para elaboração de paródias sobre o tema transversal meio ambiente que será trabalhado com os alunos. A partir dessa prática espera-se que haja interesse, compreensão e assimilação dos conteúdos, tornando mais significativa a aprendizagem.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Paródias. Meio ambiente. Lúdico. Ensino Fundamental.

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PARANÁGOVERNO

DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

CADERNO PEDAGÓGICO

NILSON APARECIDO GARCIA

O USO DE PARÓDIAS COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO EM AULAS SOBRE MEIO AMBIENTE.

IMBAÚ2012

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NILSON APARECIDO GARCIA

O USO DE PARÓDIAS COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO EM AULAS SOBRE MEIO AMBIENTE.

Caderno Pedagógico apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria Estadual de Educação – SEED/PR, ano 2012-2014, como requisito parcial para obtenção do título de Professor PDE na área de Gestão Escolar. Orientador: Profa Dra Cristina Lúcia Sant’Ana Costa Ayub

PONTA GROSSA2012

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FICHA CATALOGRAFICA PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

PROFESSOR PDE/2012

Titulo : O USO DE PARÓDIAS COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO EM

AULAS SOBRE MEIO AMBIENTE.

Autor : NILSON APARECIDO GARCIA

Escola de Atuação : COL. EST. PRES. TANCREDO NEVES

Município da Escola : IMBAÚ

Núcleo Regional de Educação : TELÊMACO BORBA

Orientador : PROFª. Draª . CRISTINA LUCIA SANT’ANA COSTA AYUB

Instituição de Ensino Superior : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA

GROSSA ( UEPG )

Área de Conhecimento : CIENCIAS

Produção Didático-Pedagógica : CADERNO PEDAGÓGICO

Relação Interdisciplinar : --------------------

Público Alvo : 8º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Localização : COL. EST. PRES. TANCREDO NEVES, AV; IVO JANGADA S/Nº, IMBAÚ-PARANÁ

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SUMÁRIO

CADERNO PEDAGÓGICO .............................................................................................. 1 PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA - CADERNO PEDAGÓGICO ............... 3 NOVAES, T. PRODUÇÃO DESENFREADA DE LIXO É HERANÇA DA GLOBALIZAÇÃO. AG. A TARDE ATERRO SANITÁRIO DE CANABRAVA, EM SALVADOR 2007. DISPONÍVEL EM: .......................................................................... 33 HTTP://ECOVIAGEM.UOL.COM.BR/NOTICIAS/AMBIENTE/RECICLAGEM/PRODUCAO-DESENFREADA-DE-LIXO-E-HERANCA-DA-GLOBALIZACAO-7081.ASP. ACESSO EM: 09/12/2012 ............................................................................... 33

REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 39 PIMENTEL, J. Estudo mostra o aumento do uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras: baixa escolaridade de agricultores pode influenciar nos riscos. Disponível em http://dssbr.org/site/2012/07/estudo-mostra-o-aumento-do-uso-de-agrotoxicos. Acesso em 13 de novembro de 2012. ......................................................................................... 39

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APRESENTAÇÃO

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Caros colegas,

a escolha do tema meio ambiente para compor este caderno pedagógico é

resultado de observações nos anos em que estivemos atuando como Professor e

Diretor do Colégio Estadual Tancredo Neves no Município de Imbaú. Trata-se de

uma temática de grande importância, que a LDB apresenta como um tema

transversal, ou seja, que deve ser trabalhado de maneira interdisciplinar. No

entanto, esse conteúdo tem sido trabalhado de forma isolada e normalmente em

datas específicas como o dia da água, dia do meio ambiente ou dia da árvore. A

aprendizagem acerca desse conteúdo, pouco tem interferido na mudança de

atitudes e melhoria da qualidade de vida dos alunos, um dos objetivos

fundamentais da educação escolar. Dessa forma, propomos aos colegas, o uso

desse caderno pedagógico, como coadjuvante no ensino de temas relacionados

ao meio ambiente. Como metodologia para o desenvolvimento das atividades

buscamos a leitura de textos sobre a temática meio ambiente, bem como a

reflexão e a produção de paródias a partir de letras de músicas que atuais ou não,

pelo seu ritmo conseguem chamar à atenção dos jovens. Esperamos poder

contribuir para um ensino de qualidade e mais atrativo aos alunos com aulas

prazerosas e produtivas, utilizando a paródia como ferramenta pedagógica de

forma interdisciplinar.

Nilson Aparecido Garcia

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MÓDULO I

1 O que é meio ambiente

O meio ambiente vem sendo objeto de estudo e preocupação por parte de

profissionais de diversas áreas do conhecimento e da sociedade de maneira

geral. No entanto, observa-se certo desconhecimento por parte das pessoas em

geral, acerca da percepção sobre o que venha a ser o meio ambiente. Existe

talvez uma visão equivocada ou romântica sobre o meio ambiente, que é tratado

apenas com relação aos rios, matas e florestas, quando na verdade meio

ambiente é tudo o que tem a ver com a vida de um ser (plantas, animais,

pessoas) ou de um grupo de seres vivos.

Essa visão equivocada deve ser superada, pois o meio ambiente não é

visto apenas como a natureza intocada, um pedaço da Terra onde o ser humano

é separado da natureza, mas como qualquer espaço, mesmo onde há a interação

com o ser humano, suas modificações ao meio, sua cultura. A espécie humana é

mais uma espécie fazendo parte do conjunto das espécies vivas da Terra.

Portanto meio ambiente é onde nós vivemos. A seguir algumas definições

encontradas na literatura:

De acordo com a resolução CONAMA 306/2002, “Meio Ambiente é o

conjunto de condições, leis, influencia e interações de ordem física, química,

biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas

as suas formas”. (BRASIL, 2002) e, conforme Aurélio (2001, p. 487), “Aquilo que

cerca ou envolve os seres vivos ou as coisas”.

De acordo com a Lei 6.938, de 31/08/1981, meio ambiente é o Conjunto

de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica,

que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. (BRASIL, 1981).

Meio ambiente é um conjunto de unidades ecológicas que funcionam

como um sistema natural, e incluem toda a vegetação, animais, microorganismos,

solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites.

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Meio ambiente também compreende recursos e fenômenos físicos como ar,

água, e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica, e magnetismo.

Encontra-se na ISO 14001/2004, a seguinte definição sobre meio

ambiente: “circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo-se ar,

água, solo, recursos naturais, flora fauna, seres humanos e suas inter-relações”.

Uma organização é responsável pelo meio ambiente que a cerca, devendo,

portanto, respeitá-lo, agir como não poluente e cumprir as legislações e normas

pertinentes. (LIMA, 2007).

Meio Ambiente é tudo o que tem a ver com a vida de um ser ou de um

grupo de seres vivos. Tudo o que tem a ver com a vida, sua manutenção e

reprodução. Nesta definição estão: os elementos físicos (a terra, o ar, a água), o

clima, os elementos vivos (as plantas, os animais, os homens), elementos

culturais (os hábitos, os costumes, o saber, a história de cada grupo, de cada

comunidade) e a maneira como estes elementos são tratados pela sociedade. Ou

seja, como as atividades humanas interferem com estes elementos. Compõem

também o meio ambiente as interações destes elementos entre si, e entre eles e

as atividades humanas. Assim entendido, o meio ambiente não diz respeito

apenas ao meio natural, mas também às vilas, às cidades e todo o ambiente

construído pelo homem. (NEVES e TOSTES, 1992).

Meio ambiente é o conjunto de relações entre os meios físico, biológico e

antrópico. Podemos dizer que meio ambiente é como a confiança ou o

casamento. A confiança é uma relação de integridade entre duas pessoas. E o

casamento também. É intangível, não dá pra gente tocar e pegar. (SANTANA,

2010).

Para as Nações Unidas meio ambiente é o conjunto de componentes

físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou

indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades

humanas.

Do ponto de vista de Educação Ambiental é extremamente importante

que a população mundial desenvolve o senso de necessidade de preservação de

rios e florestas, por exemplo. No entanto, devemos ter em mente que 80% da

população mundial vivem atualmente nas cidades, sendo de extrema importância

que se desenvolva a discussão do meio ambiente com foco nas áreas urbanas,

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sem perder o foco na natureza como um todo, estabelecendo um elo entre esses

ambientes, principalmente em virtude da degradação ambiental e da baixa

qualidade de vida de uma grande parcela da população.

Sugestão de filme: A ERA DA ESTUPIDEZ

Resumo

A Era da Estupidez mostra a que ponto chegou a destruição ambiental no mundo

e alerta para a responsabilidade de cada indivíduo em impedir a anunciada

catástrofe global. Misturando documentário e ficção, o filme é estrelado pelo ator

indicado ao Oscar, Pete Postlethwaite, que interpreta um velho sobrevivente no

devastado mundo de 2055. Ao analisar cenas das muitas tragédias ambientais

ocorridas no início do século 21, ele se pergunta por que os seres humanos não

se salvaram. quando ainda tinham a chance.

Segue modelo de uma paródia para esse módulo

Paródia da música: Amigos para sempre (Agnaldo Rayol)

Ah! O meio ambiente é importanteVamos juntos preservar e proteger

Reflorestando e reciclando

Vamos reciclar papel e plásticoAlumínio, cobre, chumbo e o ferro

Tudo o que for possível

A reciclagem é o que nós vamos fazerE só assim é que iremos protegerNosso planeta contra a poluição

Reciclando para sempre.

Quem faz queimada e que desmataQuem joga o agrotóxico em nosso solo

Poluindo a atmosfera

Não faça queimada, não desmateProcure proteger as nossas florestas

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Pois é a salvação do mundo

Reflorestamento é o que devemos fazerE só assim é que iremos proteger

Nossas florestas contra a devastaçãoQueimadas e destruição

Quem está ai me escutandoSerá que a sua consciência está pesando

Do mal que fez a natureza

Amigos para sempre é o que nós iremos serSe todos juntos o ambiente proteger

Os nossos filhos, nossos netos e bisnetosIrão agradecer,

MEIO AMBIENTE PARA SEMPREEEE!!!

Nilson Aparecido Garcia

REFERÊNCIAS

BRASIL, M. do M. A. Resolução 306/2012. Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Brasília, 2002.

BRASIL, M. do M. A. Lei 6.938, de 31/08/1981. Brasília, 1981.

LIMA, A. M. M. de. O ambiente do meio, 2007. Disponível em http://ambientedome io.com/2007/07/29/conceito-de -meio-ambiente/. Acesso em 12 de novembro de 2012.

NEVES, E.; TOSTES, A. Meio Ambiente: Aplicando a Lei. Petrópolis: Vozes, 1992.

SANTANA, D. O que é meio ambiente: site vivoverde. Disponível em http://vivoverde.com.br/o-que-meio-ambiente/. Acesso em 12 de novembro de 2012.

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MÓDULO II

2 Qual o nosso meio ambiente?

Temos observado grande preocupação por parte da sociedade em

relação ao meio ambiente. Muitas são as leis de proteção ao meio ambiente,

organizações não governamentais, empresas e governantes tem demonstrado

preocupação em preservar nossas florestas, rios, lagos, nossa fauna e nossa

flora. Mas o que vem a ser meio ambiente?

Isso tudo é muito importante, porém não podemos esquecer que a cidade

e nós seres humanos fazemos parte do meio ambiente. Atividades simples como

passear com um cão pela rua ou regar um vaso de uma planta em nossa casa,

pode ter um impacto direto no meio ambiente.

Muitas vezes percebemos a natureza muito distante de nós, porém uma

horta caseira, uma praça bem preservada, um parque, ou arvores plantadas nas

ruas podem ser nosso meio ambiente. Portanto nós somos também a natureza,

independente da etnia, da língua, religião ou orientação sexual, nível sócio

econômico ou profissão.

Dessa forma, preservar o meio ambiente significa sim preservar os

animais, rios e as florestas, mas preservar também nossa casa, nosso quintal,

nossa rua, nosso bairro, pois esse é nosso meio ambiente, também.

Segundo o Dicionário Michaelis ambiente - adj m+f (lat ambiente) 1 Que

envolve os corpos por todos os lados. 2 Aplica-se ao ar que nos rodeia, ou ao

meio em que vive cada um. sm 1 O ar que respiramos ou que nos cerca. 2 O

meio em que vivemos ou em que estamos: Ambiente físico, social, familiar. A. de

campus, Inform: área extensa ou local com muitos usuários conectados por várias

redes, como uma universidade ou hospital. A. físico: parte do ambiente humano

que inclui fatores puramente físicos (como solo, clima etc.).

O arquiteto e urbanista Sylvio Podestá diz com toda propriedade que a

rua deve ser a extensão de nossa casa, afirmando ainda que, quando

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caminhamos pela calçada, percebemos que o espaço público é feito de pequenos

momentos, de pequenas gentilezas urbanas. (PRADO, 2009).

Quando um edifício se preocupa em deixar sua calçada mais verde e

plana, por exemplo, cria ali um pequeno espaço onde uma troca de olhares gentis

pode acontecer. Se isso for multiplicado para uma escala infinita, teremos um

ambiente urbano construído com base nas gentilezas.

Entre os novos edifícios, também vem sendo disseminada uma tendência

de substituir os muros e as grades por folhas de vidro que, ao mesmo tempo que

garantem a separação do espaço público e do privado, permitem uma transição

mais suave entre um e outro. Podestá, que foi um dos primeiros a usar o artifício

em Belo Horizonte, diz que está de fora não se sente tão excluído e afastado dali

como quando há um muro de concreto e cercas elétricas. (PRADO, 2009).

Nessa perspectiva de que o meio ambiente é onde vivemos, seja no

campo ou na cidade, são inúmeras as atitudes diárias que podemos adotar de

forma a ajudar o desenvolvimento de uma vida mais sustentável. O simples hábito

de apagar a luz, reduzir o tempo de banho, manter aparelhos eletrônicos

desligados, abrir a geladeira somente o necessário, reutilizar a água da maquina

de lavar roupa, entre outros, podem contribuir para melhorar o meio ambiente.

Dai podemos partir para ações em nossa rua, mantendo-a sempre limpa,

evitar jogar lixos, melhorar o acesso, mantendo as calçadas limpas e sem

obstáculos, plantar árvores e flores.

Existe um equívoco de que a preservação de ruas e praças é obrigação

apenas do serviço público da prefeitura. A prefeitura tem a obrigação de manter

esses espaços públicos, mas nós como cidadãos temos essa obrigação, como

exercício de cidadania, pois a manutenção dos espaços coletivos é da

responsabilidade de todos.

Essa prática, de construção e manutenção do espaço coletivo como

forma de melhorar a qualidade de vida das pessoas gerou o desenvolvimento do

conceito de urbanidade.

As dimensões do conceito de Urbanidade estão ligadas a muitas pessoas

utilizando os espaços públicos, especialmente as calçadas, parques e praças;

diversidade de perfis, interesses, atividades, idades, classes sociais, etc. O

conceito de urbanidade está ligado á alta interação entre os espaços abertos

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públicos e os espaços fechados, tais como: pessoas entrando e saindo das

edificações (o que é desempenhado especialmente bem pelo comércio de

pequeno porte – grandes equipamentos tendem a interiorizar essas interações, tal

como acontece nos shoppings e nos grandes magazines); mesas nas calçadas.

Contato visual dos andares superiores através de janelas (paredes cegas são

veneno para a Urbanidade); diversidade de modos de transporte e deslocamento

(pedestres principalmente, mas também ciclistas, automóveis, ônibus, trens, etc.);

Pessoas interagindo em grupos, o que requer espaços que apoiem essas

atividades, como bancos, mesas, áreas sombreadas, etc.) Traços da vida

cotidiana – crianças indo à escola, pessoas comprando o jornal, indo à mercearia,

fazendo compras, etc. Isso não estava na minha concepção original de

Urbanidade, mas depois de conhecer Veneza (aliás, apenas sua área central) me

parece algo essencial. Cidades eminentemente turísticas têm milhares de

pessoas nas ruas, mas a sensação pode ser a de um museu a céu aberto se não

houver traços da vida cotidiana. Quando todos são turistas, não parece haver

urbanidade real, apenas movimento de pessoas. (SABOYA, 2011).

Devemos entender então que o ambiente é natureza com seus rios,

lagos, plantas e florestas, mas como somos maioria morando nas cidades,

devemos cuidar de nosso entorno começando pelo quarto, pela nossa casa, rua,

bairro, escola e cidade, contribuindo assim para uma vida melhor.

REFERÊNCIAS

PRADO, T. Urbanidade: A cidade é nosso meio ambiente. 2009. Disponível em: planetasustentavel.abril.com.br/noticia/.../conteudo_474179.shtml. Acesso em 12 de setembro de 2012.

SABOYA, R. Conceito de urbanidade. Disponível em http://urbanida des.arq. br/2011/09 /o-conceito-de-ur banidade/. Acesso em 10 de setembro de 2012.

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MÓDULO III

3 Ser sustentável

Observa-se nos últimos anos a intensa utilização do termo modelo

sustentável ou sustentabilidade, caracterizando um modismo de governantes e

empresas que procuram manter uma boa imagem perante a opinião pública. Mas

o que vem a ser sustentabilidade?

Quem primeiro usou o termo foi a norueguesa Gro Brundtland, ex-

primeira ministra de seu país. Em 1987, como presidente de uma comissão da

Organização das Nações Unidas, ONU publicou um livreto chamado Our

Common Future, que relacionava meio ambiente com progresso. Nele, escreveu-

se pela primeira vez o conceito: "Desenvolvimento sustentável significa suprir as

necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de

suprirem as próprias necessidades". Note que interessante: a proposta não era

só salvar a Terra cuidando da ecologia, mas suprir todas as necessidades de

gerações sem esgotar o planeta. "Nem de longe se está pedindo a interrupção do

crescimento econômico". O que se reconhece é que os problemas de pobreza e

subdesenvolvimento só poderão ser resolvidos se tivermos uma nova era de

crescimento sustentável, na qual os países do sul global desempenhem um

papel significativo e sejam recompensados por isso com os benefícios

equivalentes. (CABRERA, 2009).

Nesse conceito foram embutidos pelo menos dois importantes princípios:

o de necessidades e o da noção de limitação. O primeiro trata da equidade

(necessidades essenciais dos pobres) e o outro se refere às limitações que o

estágio da tecnologia e da organização social determina ao meio ambiente. Já

que as necessidades humanas são determinadas social e culturalmente, isto

requer a promoção de valores que mantenham os padrões de consumo dentro

dos limites das possibilidades ecológicas. O desenvolvimento sustentável

significa compatibilidade do crescimento econômico, com desenvolvimento

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humano e qualidade ambiental. Portanto, o desenvolvimento sustentável

preconiza que as sociedades atendam às necessidades humanas em dois

sentidos: aumentando o potencial de produção e assegurando a todos as

mesmas oportunidades (gerações presentes e futuras). (PAIVA, 2009).

Sustentabilidade não é algo a mais, mas uma maneira diferente de fazer

negócios. É um alvo móvel, que você nunca acerta, vai apenas se aproximando

dele, tentando prever seus próximos movimentos. Em termos de cadeia,

sustentabilidade não é apenas fazer alguma coisa boa, ou respeitar a lei.

Significa conhecer e tornar transparente a relação com os fornecedores, por

entender que os insumos são parte integrante de seu produto ou serviço. O

aspecto mais crítico é que os impactos indiretos de uma atividade, via de regra,

são muito mais sérios e importantes que os diretos. Em vez de esconder ou

externalizar os passivos, o empreendedor preocupado com sustentabilidade os

assume e transforma as iniciativas para superá-los em vantagem competitiva em

relação aos seus concorrentes. (PENTEADO, 2010).

O homem moderno destrói e influencia o meio ambiente que o cerca

como nunca. E as consequências desses atos podem levar até mesmo a

inviabilização da vida, como a conhecemos, em nosso planeta. Felizmente, a

aparente aniquilação iminente fez com que os seres humanos acordassem e

descobrissem que somente a convivência sustentável com o ambiente que os

cerca é a chave para a sobrevivência de nossa espécie. Nunca antes se falou

tanto em sustentabilidade quanto antes. Da mesma forma que nunca se tentou

seguir e estudar formas de encontrar os caminhos da sustentabilidade e

harmonizar nossa existência com as necessidades de preservação do meio

ambiente. (NUNES, 2008).

A sustentabilidade só ocorrerá se a humanidade desenvolver a noção e a

prática do consumo sustentável Esta proposta se propõe a ser mais ampla que

as anteriores, pois além das inovações tecnológicas e das mudanças nas

escolhas individuais de consumo, enfatiza ações coletivas e mudanças políticas,

econômicas e institucionais para fazer com que os padrões e os níveis de

consumo se tornem mais sustentáveis. Mais do que uma estratégia de ação a ser

implementada pelos consumidores, consumo sustentável é uma meta a ser

atingida. Para ficar mais claro, se é possível dizer “eu sou um consumidor verde”,

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ou “eu sou um consumidor consciente”, não teria sentido dizer “eu sou um

consumidor sustentável”. (BRASIL, 2005).

É importante entender que a busca por caminhos da sustentabilidade

global, passam antes de qualquer coisa, pela busca da sustentabilidade

individual. Pois, cada um como indivíduo pode combater ao lado das forças que

desejam proporcionar uma melhor qualidade de vida para o futuro da

humanidade. Cidades que tratam seus efluentes e resíduos, empresas que

evitam o desperdício de energia e recursos e pessoas que vivem atentas para o

modo como interferem na natureza e no meio ambiente que as cercam. Essas

são as formas para encontrar os caminhos da sustentabilidade e para manter

nosso planeta com capacidade de sustentar a vida por muitas e muitas gerações

ainda. (NUNES, 2008).

A grande realidade; é que para garantir a sustentabilidade ambiental nas

grandes cidades, devemos praticamente abandonar o modo de vida que

experimentamos até hoje e criar devida consciência nas massas e na classe

dirigente de que a exploração desenfreada do meio ambiente só levará a

destruição do planeta. Num sistema insustentável de produção, os recursos

naturais planetários seriam exauridos muito rapidamente e proporcionariam

problemas gravíssimos que seriam sentidos com um impacto devastados nos

grandes aglomerados urbanos. (NUNES, 2008).

A sustentabilidade requer responsabilidades mais amplas para os

impactos das decisões. Para tanto são necessárias mudanças nas estruturas

legais e institucionais que reforcem o interesse comum. Algumas dessas

mudanças partem da ideia de que um meio ambiente adequado à saúde e ao

bem-estar é essencial para todos os seres humanos inclusive as futuras

gerações. Essa perspectiva coloca o direito de usar os recursos públicos e

privados em seu contexto social apropriado e dá margem a medida mais

específica. (OLIVEIRA e BARROS, 2008).

Sabemos que a sustentabilidade só ocorrerá se todos os países do

mundo adotarem práticas sustentáveis, o que parece impossível. É preciso que

governantes, industrias, empresas, comércio, agricultores adotem práticas

sustentáveis não só na produção, mas também no consumo de bens produzidos

pela humanidade. Porém, sabermos que a sustentabilidade pode começar em

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nossa cidade, em nosso bairro, em nossa rua, em nossa escola e em nossos

lares.

Segue abaixo, algumas ações domésticas que podem auxiliar na

melhoria da sustentabilidade em nosso planeta, destacados por Romanini e

Vinicic (2011).

Substituir sacolas de plástico pelas de papel – baixo

A sacola de plástico é a atual vilã do ambientalismo. Sua substituição pelas de

papel é a primeira - e muitas vezes a única - atitude sustentável que pessoas e

empresas estão dispostas a adotar. Em decorrência disso, o consumo de

embalagens de papel no Brasil aumentou 30% desde o ano passado. O plástico

das sacolas demora quatro séculos para se decompor na natureza, usa petróleo

como matéria-prima e, se jogado em rios e mares, provoca a morte de animais

que engolem o resíduo. Só que as vantagens da troca não são tão evidentes. A

produção do papel emite 70% mais poluentes atmosféricos que a de plástico. A

reciclagem do papel consome 98% mais energia que a do plástico. A solução

talvez não seja a troca, mas um descarte mais eficiente das embalagens

plásticas.

Fazer xixi no banho – médio

A campanha lançada pela SOS Mata Atlântica baseia-se numa conta simples:

cada descarga utiliza 12 litros de água tratada. Como um adulto saudável urina,

em média, quatro vezes ao dia, são 17520 litros de água por ano. O objetivo do

xixi no banho é aproveitar a água que já está sendo usada e poupar uma

descarga por dia. Evidentemente, há modos mais eficientes de economizar água.

Adotar bacias sanitárias com caixa acoplada que gaste só 6 litros por descarga,

por exemplo. De qualquer forma, toda iniciativa para economizar água tratada é

bem-vinda.

Reciclar o lixo – alto

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Papel, vidro e plástico são recicláveis, com vantagens óbvias para a natureza.

Economizam-se matéria-prima e energia. Evita-se o acúmulo de detritos em

aterros e lixões. O problema é como fazer isso. Raras cidades brasileiras têm

coleta seletiva de lixo. Em São Paulo, por exemplo, esse tipo de serviço só

atende a 20% das residências. Em muitos lugares, o melhor a fazer é encaminhar

o material reciclável para instituições ou cooperativas de recicladores.

Abolir a carne da dieta – baixo

A rigor, não há motivo para colocar no mesmo prato a abstenção do consumo de

carne (que é uma postura filosófica) e a adoção de hábitos sustentáveis - mas

existe certa confusão popular entre as duas. É verdade que a pecuária responde

por 17% das emissões de gases do efeito estufa e ocupa terras que teoricamente

poderiam ser florestas - mas o mesmo se poderia dizer da agricultura. Ambos, a

carne e os vegetais, são recursos renováveis domesticados pelo homem e fazem

bem à saúde. "Alimentar-se só de vegetais pode causar doenças, como a

anemia", diz Solange Saavedra, do Conselho Regional de Nutricionistas de São

Paulo.

Deixar de imprimir documentos – médio

Economizar papel tem três objetivos. Primeiro, diminui a produção de lixo.

Segundo, evita a derrubada de árvores. Terceiro, reduz o consumo de água.

Doze árvores são derrubadas para cada tonelada de papel virgem. São

necessários 540 litros de água para fazer um quilo de papel. O Instituto Akatu,

que promove o consumo consciente, calcula que uma empresa com 100

funcionários que use 50000 folhas de papel por mês consome indiretamente

128000 litros de água. "Só que ninguém tem de abolir de vez o papel, um item

essencial para o homem", diz Camila Melo, do Akatu. "O certo é usá-lo somente

quando for necessário."

Desligar o equipamento eletrônico da tomada – alto

Estima-se que, em média, 15% da conta de eletricidade de uma residência se

deva ao consumo de aparelhos em stand-by. Aí está uma providência simples

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que resulta em economia de energia (em outras palavras, reduz o uso de

recursos naturais e a emissão de gases do efeito estufa) e alivia o peso da conta

de luz. Um uso sustentável da eletricidade pode incluir equipamentos de

consumo eficiente, substituição das lâmpadas incandescentes por modelos

econômicos e a administração cuidadosa do período em que o ar-condicionado

permanece ligado.

Desligar o chuveiro enquanto se ensaboa – alto

A quantidade depende da vazão de cada chuveiro, mas uma boa ducha pode

gastar 30 litros de água por minuto. Basta multiplicar para ver como é simples

economizar água e dinheiro. Na região metropolitana de São Paulo, o metro

cúbico de água tratada custa 6,10 reais. Parece barato? Um banho diário de 10

minutos custa 350 reais em um ano. Um dinheiro que vai literalmente pelo ralo.

Fazer compostagem – médio

O processo para converter resíduos orgânicos, como alimentos e grama, em

adubo é trabalhoso e demorado. Leva dois meses para estar completo. Em

compensação, reduz o volume do lixo doméstico em 60%. O adubo pode ser

aproveitado no jardim, na horta ou no sítio. Devido à complexidade da produção e

do uso, a compostagem é restrita a uma minoria de residências, o que reduz seu

impacto positivo no ambiente.

Trocar o carro a gasolina por um elétrico – alto

O carro elétrico não polui o ar e não utiliza combustíveis fósseis (exceto por

tabela nos países cuja matriz energética é formada por carvão, petróleo ou gás

natural). Bastante eficaz, aproveita 90% da energia gerada, diante de 17,5% do

motor de combustão interna. De qualquer forma, a troca é uma decisão a ser

tomada no futuro, visto que ainda não há produção em massa de carros elétricos

no Brasil.

Parar de jogar óleo na pia – médio

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O óleo que é jogado na rede de esgotos ajuda a formar uma massa compacta de

detritos que entope as tubulações e contribui para inundações. Quando

contamina os reservatórios, o óleo torna mais caro e trabalhoso o tratamento da

água para uso nos domicílios. Uma boa prática é recolher o óleo usado e

encaminhá-lo a uma instituição ou empresa que cuide de sua reciclagem (o

material pode virar biocombustível ou sabão). Fonte: revista Veja – edição

especial 11/2011.

REFERÊNCIAS

BRASIL, MEC. Consumo Sustentável: Manual de educação. Brasília: Consumers International/ MMA/ MEC/ IDEC, 2005.

CABRERA, L.. Afinal, o que é sustentabilidade? Revista Você S/A. Editora Abril – maio de 2009.

NUNES, R. Os caminhos da sustentabilidade. 2008. Disponível em http://www.ecologiaur bana.com. br/sustentabilidade/os-caminhos-da-sustentabilidade/. Acesso em 12 de outubro de 2012.

OLIVEIRA, I. P. de; BARROS, R. P. Em busca do desenvolvimento sustentável. Disponível em http://www.webartigos.com/artigos/em-busca-do-desenvolvime nto-sustentavel /7795/#ixzz2D8L6kBRR.

PAIVA, J. M. O conceito de sustentabilidade. Disponível em http://www.gausscon sulting.co m .br/imagens/tt_011.pdf

PENTEADO, H. O que é sustentabilidade para você. Disponível em http://scienceblogs.com. br/eco desenvo lvimento/2010/01/oquesustentabilidadepravoc/. Acesso em 12 de outubro.

ROMANINI, C. VINICIC, Filipe. Vale a pena ser sustentável em casa? Revista Veja – Edição especial sustentabilidade: 12/2011.

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MÓDULO IV

4 Deserto verde e a produção de papel

A região do município do Imbaú, cuja cidade polo é o Município de

Telêmaco Borba, vem assistindo a avanço da plantação de pinus e eucalipto.

Cada Vez mais áreas rurais estão sendo utilizadas para o plantio dessas culturas.

Muitos agricultores estão aderindo a essa atividade em função da aparente

lucratividade e facilidade de manuseio. No entanto, esse tipo de cultivo pode

trazer impactos negativos para as comunidades locais, curto, médio e longo

prazo.

Alguns especialistas tem estudado esse fenômeno de substituição da

agricultura convencional pela silvicultura. A existência de imensas áreas de

reflorestamento no Brasil acabou recebendo a denominação de deserto verde.

Essa expressão vem ganhando força e destaque na mídia nacional e

internacional, especialmente na rede mundial de computadores. Essa

denominação pode referir-se não somente ao reflorestamento de pinus e

eucalípto, mas á monocultura de maneira geral.

O Brasil, em função de sua grande extensão, possui imensas

propriedades com essas características, que basicamente se caracterizam pela

monocultura, emprego de alta tecnologia, mecanização, pouca mão de obra, uso

intensivo de agrotóxicos e baixos salários.

No caso do Eucalípto, atualmente 100% da produção de papel e celulose

emprega matéria prima de áreas reflorestadas, sendo 65% eucalípto e 35% de

pínus, boa parte voltada para a exportação. (FILHO, 2009).

Sob o argumento de reflorestamento, criam-se verdadeiros desertos

verdes de produção de madeira para fábricas de celulose. O eucalipto é a

principal espécie dessa estratégia e danifica o solo de forma irreparável: uma vez

plantado, não é possível retomar a fertilidade da terra e seus minerais. Além

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disso, as raízes do eucalipto penetram nos lençóis freáticos, prejudicando o

abastecimento de água das regiões. Cada pé de eucalipto é capaz de consumir

30 litros de água por dia. (GOEBEL, 2009).

O Município de Imbaú tem como uma das suas principais riquezas uma

grande quantidade de nascentes de água, que estão correndo sérios riscos. Pois

de acordo com algumas pesquisas científicas, a monocultura do eucalipto, por

exemplo, consome tanta água que pode afetar significativamente os recursos

hídricos. Segundo Daniela Meirelles Dias de Carvalho, geógrafa e técnica da

Fase, organização não-governamental que atua na área sócio-ambiental, só no

norte do Espírito Santo já secaram mais de 130 córregos depois que o eucalipto

foi introduzido no estado.

Outro indício da devastação e do desequilíbrio ambiental causados pelo

plantio de eucalipto é o assoreamento dos rios, hoje praticamente secos, uma vez

que a espécie consome muita água. A falta d'água não aflige só os animais, como

também impede a produção de qualquer tipo de alimento. O amendoim cresce

raquítico, o feijão não se desenvolve, o milho não nasce, deixando claro que a

improdutividade da terra generalizou-se para além das áreas onde estão as

plantações de eucalipto. (CARDOSO, 2010).

O plantio de eucalipto em locais de baixa umidade chegou a secar poços

artesianos com até 30 metros de profundidade, deixando a população local sem

água. O eucalipto tem alto consumo de água, pois tem uma grande

evapotranspiração, podendo ressecar o solo, secar olhos d’água, baixar o lençol

freático, secar banhados, diminuir a água dos pequenos córregos e riachos, etc.

(CARDOSO, 2010).

Outro impacto ambiental causado pelo monocultivo do eucalipto é a

redução da biodiversidade da flora e da fauna. O eucalipto causa também a

degradação da fertilidade dos solos, exigindo grandes investimentos de

recuperação posterior à colheita e compactação pelo uso de máquinas pesadas.

(GOEBEL, 2010).

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Sugestão de vídeo

http://tvzo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=569&Itemid=173

http://www.ecolnews.com.br/desertoverde/index.html

REFERÊNCIAS

CARDOSO, R. S. B. O deserto verde no Brasil. Disponível em http://florestaspovoblogs pot.com.br /p/obse rvatorio-florestas-sociais.html. Acesso em 13 d3e setembro de 2012.

FILHO, E. R. O papel e os impactos de sua produção no ambiente. Disponível em http://www.ecolnews.com.br/papel.htm. Acesso em 20 de setembro de 2012.

GOEBEL, F. Dossiê Deserto Verde: O latifúndio do Eucalípto. Disponível em www.natbrasil.org.br/Docs/Monoculturas/dossie_deserto_verde.pdf.

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MÓDULO V

5 Produzir sem poluir: é possível?

Com o crescente uso dos computadores, o advento de novas mídias de

comunicação, o uso de nota fiscal eletrônica, consulta de extrato bancário via

internet e a utilização cada vez mais frequente de mecanismos de mensagem

eletrônica, e-mail e sms imaginava-se uma diminuição do consumo de papel e

seus insumos. Mas consumo de papel aumentou nas últimas décadas. Com o

aumento do consumo, a cada ano que passa a indústria de papel e celulose

precisa de novas fontes de matéria prima e para isso investe em reflorestamento

e tecnologia para aumentar a eficiência da produção, mas ainda sim acaba

desmatando e poluindo cada vez mais avançando mata à dentro. À produção de

celulose e de papel está associada a muitos problemas ambientais que não

cabem em apenas um artigo, mas tentarei mostrar alguns deles. (MACHADO,

2011).

Para produzir 1 tonelada de papel são necessárias 2 a 3 toneladas de

madeira, uma grande quantidade de água (mais do que qualquer outra atividade

industrial), e muita energia (está em quinto lugar na lista das que mais consomem

energia). O uso de produtos químicos altamente tóxicos na separação e no

branqueamento da celulose também representa um sério risco para a saúde

humana e para o meio ambiente - comprometendo a qualidade da água, do solo e

dos alimentos. (FILHO, 2012).

O alto consumo de papel e seus métodos de produção insustentáveis

endossam o rol das atividades humanas mais nocivas ao planeta. O consumo

mundial cresceu mais de seis vezes desde a metade do século XX, segundo

dados do Worldwatch Institute, podendo chegar a mais de 300 kg per capita ao

ano em alguns países. E na esteira do consumo, cresce também o volume de lixo,

que é outro sério problema em todos os centros urbanos. (FILHO, 2012).

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Cada 40 kg de papel consumido é preciso cortar uma nova árvore. O

consumo de água varia de 800 a 1200 litros por ano para o ciclo de crescimento

da planta, em compensação o consumo de água por tonelada de papel

processado, pode chegar a 100.000 litros. Somado a isso, a indústria papeleira é

o maior consumidor de dióxido de cloro (ClO2) do mundo, que o utiliza como

agente de branqueamento da polpa "Elemental Chlorine-Free" (ECF). Diferentes

sequências de branqueamento devem ser utilizadas na produção de várias

polpas, isso depende do processo de fabricação de polpa utilizado, do conteúdo

de lignina residual da polpa, e do branqueamento desejado. (MACHADO, 2011).

Atualmente 100% da produção de papel e celulose no Brasil emprega

matéria-prima de áreas de reflorestamento, principalmente de eucalipto (65%) e

pinus (31%). Mas nem por isso podemos ficar tranquilos. Segundo a consultora

de meio ambiente do Idec, Lisa Gunn, utilizar madeira de área reflorestada é

sempre melhor do que derrubar matas nativas, mas isso não quer dizer que o

meio ambiente está protegido. "Quando o reflorestamento é feito nos moldes de

uma monocultura em grande extensão de terras, não é sustentável porque causa

impactos sociais e ambientais, como pouca oferta de empregos e perda de

biodiversidade".

Outro problema relacionado a indústria papeleira são os odores

característicos dos compostos voláteis de enxofre (mercaptanas) que se formam

durante a remoção da lignina pelo processo kraft. Mesmo em baixas

concentrações, a presença desses compostos pode ser facilmente percebida na

região que circunda as fábricas. As empresas produtoras de celulose utilizam

equipamentos de desodorização e caldeiras de recuperação de produtos

químicos e realizam o monitoramento contínuo de suas emissões gasosas.

Contudo, o problema ainda não foi totalmente solucionado pelo setor. A indústria

de papel e celulose ainda é responsável por lançar monóxido de carbono, amônia,

metanol, benzeno, clorofórmio e traços de mercúrio no meio ambiente,

contaminando água, solo e o ar. (MACHADO, 2011).

É nos estágios de branqueamento que se encontra um dos principais

problemas ambientais causados pelas indústrias de celulose. Reagentes como

cloro e hipoclorito de sódio reagem com a lignina residual, levando à formação de

compostos organoclorados. Esses compostos não são biodegradáveis e

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acumulam-se nos tecidos vegetais e animais, podendo levar a alterações

genéticas, riscos de desenvolver câncer, alterações hormonais e neurológicas,

infertilidade, diabetes e enfraquecimento do sistema imunológico. Além do dióxido

de cloro, ainda são utilizados oxigênio, hidróxido de sódio (NaOH - soda cáustica),

e peróxido de hidrogênio no processo. Nos rios que banham as cidades que tem

essas fábricas, quase 40% de todos os dejetos sólidos são provenientes dessas

fábricas. A indústria de papel é a 5° maior consumidora de energia elétrica do

mundo. Todos esses fatores em conjunto provocam impactos ambientais

irreversíveis, em curto prazo, e desafiam as autoridades e órgãos de fiscalização

com promessas de geração de emprego e renda para a população. (MACHADO,

2011).

A etapa seguinte, e a mais crítica, é o branqueamento da celulose, um

processo que envolve várias lavagens para retirar impurezas e clarear a pasta

que será usada para fazer o papel. Até pouco tempo, o branqueamento era feito

com cloro elementar, que foi substituído pelo dióxido de cloro para minimizar a

formação de dioxinas (compostos organoclorados resultantes da associação de

matéria orgânica e cloro). Embora essa mudança tenha ajudado a reduzir a

contaminação, ela não elimina completamente as dioxinas. Esses compostos,

classificados pela EPA, a agência ambiental norte-americana, como o mais

potente cancerígeno já testado em laboratórios, também estão associados a

várias doenças do sistema endócrino, reprodutivo, nervoso e imunológico.

(FILHO, 2012).

Mesmo com o tratamento de efluentes na fábrica, as dioxinas

permanecem e são lançadas nos rios, contaminando a água, o solo e

consequentemente a vegetação e os animais (inclusive os que são usados para

consumo humano). No organismo dos animais e do homem, as dioxinas têm

efeito cumulativo, ou seja, não são eliminadas e vão se armazenando nos tecidos

gordurosos do corpo. A Europa já aboliu completamente o cloro na fabricação do

papel. Lá o branqueamento é feito com oxigênio, peróxido de hidrogênio e ozônio,

processo conhecido como total chlorine free (TCF). Já nos Estados Unidos e no

Brasil, e em favor de interesses da indústria do cloro, o dióxido de cloro continua

sendo usado. (FILHO, 2011).

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Segue modelo de uma paródia para esse módulo

Paródia da música : Natureza rara (Banda Eva)

Eu não posso deixar que vocêDesmate e destrua o meio ambiente

Porque ele pro nosso futuro é importante

Quem desmata que faz as queimada e Joga o esgoto nos rios e maresEstará prejudicando a si mesmo

Você tem que tomar consciência Que o meio ambiente é importante pra nós

A proteção do planetaDepende dele

Mil erros e danos causouPoluído os rios ficou

Respeito ao meio ambiente faltou

Consciência de agora em dianteProteção é muito importante

Tudo isso só pra você natureza rara

Hoje sou feliz protegendo O meio ambiente

Hoje sou feliz, feliz Protestando só por causa

do meio ambiente

Nilson Aparecido Garcia

REFERÊNCIAS

FILHO, E. R. O papel e os impactos de sua produção no ambiente. Disponível em http://www.ecolnews.com.br/papel.htm. Acesso em 20 de setembro de 2012.MACHADO, C. A poluição provocada pela indústria de papel. Disponível em

http://www.protecaorespiratoria.com/2011/10/poluicao-provocada-pela-industria-

de.html. Acesso em 13 de outubro de 2012.

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MDULO VI

6 Reciclar é preciso

A produção excessiva de lixo é uma característica natural da sociedade

de consumo estabelecida com a consolidação do fenômeno da globalização. As

pessoas passaram a gerar mais lixo devido ao consumismo, já que a prioridade

não é acumular bens, mas usá-los e descartá-los em seguida, a fim de abrir

espaço para as novidades mercadológicas. A vida consumista baseada na

velocidade e na busca por novidades gera a rotatividade dos produtos, sendo

necessário o descarte constante dos resíduos. Sustentamos uma visão

equivocada de que lixo é algo que não pode ser aproveitado e essa é uma ideia

insustentável do ponto de vista ambiental. As pessoas têm que aprender a não

gerar lixo e o que for gerado pode ser reutilizado ou reciclado antes de ir para o

aterro. (NOVAES, 2007).

Segundo estudos realizados no Rio de Janeiro, o volume de RSU -

Resíduos Sólidos Urbanos gerados em 2010 pela população é 6,8% superior ao

registrado pelo Panorama em 2009. Foram quase 61 milhões de toneladas de lixo

produzidos nos últimos doze meses. Todavia o aumento populacional no país não

é desculpa para esse crescimento: o estudo mostrou que a geração de resíduos

aumentou seis vezes mais do que a população em 2010, o que significa que, no

último ano, cada brasileiro produziu sozinho, uma média de 378 kg de

lixo. (SPITZCOVSKY, 2011).

Especialistas apontam que existe a necessidade de se reduzir o consumo

humano para garantir uma melhoria de qualidade de vida, garantir a

sustentabilidade e reduzir a emissão de lixo. Porém, sabemos que boa parte da

população no Brasil e no mundo ainda não consome o necessário para um

padrão de vida no mínimo aceitável. O problema esta na má distribuição da

riqueza e do consumo.

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Enquanto essas desigualdades não diminuem, visto que é praticamente

impossível que sejam totalmente eliminadas numa sociedade capitalista, a saída

é desenvolver ações que minimizem os efeitos negativos da produção de lixo.

Dentre essas ações está a reciclagem.

A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o

reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo

produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são

o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a

minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a

minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como

aterramento, ou incineração. (TORRES, 2009).

Enquanto no Brasil ainda são poucos os que pensam duas vezes antes

de colocar uma garrafa PET no lixo, no Japão, reciclar é obrigatório e complicado.

O sistema de coleta de lixo do Japão funciona por causa da “cultura de

reciclagem” que foi criada durante anos. “Os japoneses aprendem a separar o lixo

desde pequenos.” La a reciclagem minuciosa é necessária porque, no Japão,

“falta espaço para tudo”. Com o detalhamento dos materiais recicláveis, o Japão,

que importa quase toda sua matéria-prima, pode reutilizá-la em vez de importá-la

novamente, em sua totalidade. Outra vantagem é a potencialização da

incineração. “Com a incineração, o volume de lixo gerado diminui, e os poucos

aterros sanitários existentes duram muito mais.” Segundo um relatório divulgado

pelo Ministério do Meio-Ambiente do Japão, em 2005, cerca de 80% das 53

milhões de toneladas de lixo doméstico geradas foram incineradas. (MANZINI,

2008).

Reciclar papel e papelão não só ajuda a reduzir o volume de lixo como

evita a derrubada de árvores. No Brasil, apenas 37% do papel produzido vai para

a reciclagem. De todo o papel reciclado, 80% é destinado à confecção de

embalagens, 18% para papéis sanitários e apenas 2% para impressão.

(TORRES, 2009).

A cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que

uma árvore seja cortada. Quantas árvores poderia já ter ajudado a preservar?

Com um quilo de vidro quebrado, faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a

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grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes; A cada 50

quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de

5.000 quilos de minério, a bauxita. (TORRES, 2009).

São diversos os materiais que podem ser recicláveis, dentre eles: Vidro:

potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc), garrafas, frascos de

medicamentos, cacos de vidro. Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de

papelão, embalagens de papel. Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos,

tampas, tubos de pasta, cobre, alumínio. Plástico: potes de plástico, garrafas

PET, sacos plásticos, embalagens e sacolas de supermercado.

Além desses materiais outra possibilidade importante a reciclagem do lixo

orgânico, pois resíduos de origem vegetal e animal são cada vez mais um

problema no mundo. Esse lixo produzido por escolas, casas e empresas deve ser

tratado adequadamente para que suas consequências não afetem as pessoas

com seu mau-cheiro e sua produção de bactérias e fungos. Umas das milagrosas

alternativas para o lixo orgânico tem sido a reciclagem, feita nas grandes cidades

principalmente pelo aproveitamento do mesmo para produção de energia, o

biogás composto formado a partir desses restos animais é um dos itens formados

com a utilização do lixo orgânico. Já em outro setor reciclável o lixo pode ser

usado como adubo, no processo da compostagem, ele é reutilizado por

agricultores nas plantações, fortalecendo assim o crescimento e manutenção das

lavouras. (CONTIERO, 2010).

Apesar de todos os problemas do lixo o tipo orgânico apresenta uma

vantagem em relação aos demais, ele se decompõe em tempo muito curto,

contudo a preocupação ainda é grande com a produção do chorume, por

exemplo, como gás tóxico oriundo dos orgânicos. Para que a decomposição

desses restos sejam feitas é necessário a colaboração dos cidadãos para realizar

em casa a separação do lixo orgânico do lixo inorgânico.

Segue modelo de paródia para esse módulo

Paródia da música: Planeta azul (Chitãozinho e Xororó)

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A revolta da natureza,com toda certezatem explicação

A ação destruidora do homem,o ambiente consomecom sua ambição

O homem polui os riosleva a extinçãoespécies animais.destrói as nossas florestas,colocando tudo acima de seus ideais

Em nome do seu consumismo,O homem não se importa com a degradaçãobaterias de eletrônicos jogadascausa ao ambiente um mal sem solução.

Não se recicla mais o lixoautomóveis poluindo sem parare os poluentes das indústriasassim a terra não vai aguentarassim a terra não vai aguentarassim a terra não vai aguentar

Nilson Aparecido Garcia

REFERÊNCIAS

CONTIERO, P. A reciclagem do lixo orgânico. Disponível em http://meioambiente.culturamix.com/reciclagem/reciclagem-do-lixo-organico. Acesso em 20 de novembro de 2012.

MANZINI, G. No Japão jogar lixo na rua requer manual de instruções. 2008. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u375012.shtml. Acesso em 01 de novembro de 2012.

NOVAES, T. Produção desenfreada de lixo é herança da globalização. Ag. A TARDE Aterro sanitário de Canabrava, em Salvador 2007. Disponível em:

http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/ambiente/reciclagem/producao-desenfreada-de-lixo-e-heranca-da-globalizacao-7081.asp. Acesso em: 09/12/2012

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SPITZCOVSKY, D. Produção de lixo cresce seis vezes mais que a população. 2011 – Disponível em http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/producao-destinacao-residuos-solidos-brasil-panorama-2010-abrelpe-625938.shtml. Acesso em 23 de outubro de 2012.

TORRES, C. Use papel reciclado. 2009. Disponível em http://cesaratorres.blogspot.com .br/2009/11/use-papel-recicla do.html. Acesso em 03 de novembro de 2012.

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MÓDULO VII

7 Agricultura x agrotóxicos

Plantar alimentos foi um passo decisivo para o domínio da natureza e

para o processo de fixação (sedentarização) dos grupos humanos. O fato do

homem se tornar sedentário provocou uma verdadeira revolução no modo de vida

da humanidade. Um dos acontecimentos mais importantes relacionados a isso foi

o desenvolvimento de vilas e cidades. (BRAGA, 2009).

As vilas se desenvolveram, geralmente, em regiões de solo fértil e

propicio à agricultura. Perto de grandes rios, pois a água, a irrigação era

fundamental para as plantações. Ali, às margens dos rios, as comunidades

estabeleceram-se e começaram a praticar a agricultura. Entre os produtos

cultivados estavam o trigo, a cevada e a aveia. Aos poucos os alimentos

passaram a ser armazenados em vasilhas de cerâmica. A argila era modelada e

cozida no fogo para ficar resistente. Nas primeiras vilas, as cabanas funcionavam

como uma cerca protetora para a comunidade. Alguns animais foram

domesticados, como a cabra e o porco. A população também aumentou, pois

havia mais comida e mais segurança. (BRAGA, 2009).

As vilas se desenvolveram tanto que se transformaram em grandes

cidades. Novas técnicas agrícolas surgiram como o arado, que proporcionou

maior produtividade. Os alimentos eram suficientes para toda a população da

cidade e os excedentes, o que sobrava, passou a ser utilizado no comércio.

(BRAGA, 2009).

A modernização da agricultura também está causando profunda

deterioração dos recursos hídricos, devido à utilização de agrotóxicos em larga

escala. É cada vez mais comum a utilização de insumos como adubos químicos,

pesticidas, inseticidas e herbicidas, que, uma vez aplicados nos cultivos, são

levados pelas águas das chuvas aos rios, além de penetrarem no solo e atingirem

o lençol freático. E o Brasil ainda enfrenta muitos outros problemas ambientais

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oriundos da agricultura. É o caso das queimadas, até hoje uma prática comum

durante a colheita da cana-de-açúcar nos estados do Centro-Sul. A fuligem

produzida por elas atinge as cidades e provoca uma verdadeira chuva negra, que

polui o ar e suja as roupas estendidas nos varais das residências. A queimada

também destrói os nutrientes do solo, o que exige uso ainda maior de produtos

químicos sob forma de adubos e conetivos; cria-se, portanto, um risco maior de

poluição dos mananciais. (CLICK ESCOLAR, 2012).

A retirada da cobertura vegetal, as operações de preparo e manejo

inadequado do solo provocam o aumento do escoamento superficial das águas

das chuvas, carreando a camada mais fértil do solo (erosão), nutrientes, metais

pesados e pesticidas para os cursos d’água. Afeta também a infiltração da água,

com diminuição das águas subterrâneas que alimentariam as nascentes. Em

consequência, diminui a vazão dos cursos d’água nos períodos secos, e maior

concentração de contaminantes nos rios. A erosão provocada pelo escorrimento

superficial da água é um fator de grande importância para a degradação do solo,

com assoreamento dos rios e mares, agravamento das consequências das

enchentes, e o aumento da quantidade de sedimentos dessas águas indicam a

gravidade do processo. (MARTINS, 2010).

A monocultura acelera também o processo de erosão do solo. Ao longo

dos anos, esse processo dá origem às voçorocas profundos e extensos sulcos na

terra resultantes da ação das enxurradas sobre o solo desprotegido. Os prejuízos

decorrentes desse fenômeno são enormes: terras cultiváveis e férteis

simplesmente desaparecem, transformando-se em milhões de toneladas de areia

que vão assorear os rios, ao mesmo tempo que geram a desertificação de

extensas áreas, como o sudoeste gaúcho, antes recoberto por pastagens e

plantações de soja. Finalmente, é preciso registrar a expansão rápida da cultura

da soja nos estados das regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil. (CLICK

ESCOLAR, 2012).

A exploração agrícola gera grande quantidade de resíduos orgânicos e

estercos, provocando alterações no solo, ar, nas águas superficiais e

subterrâneas. A quantidade de água residuária gerada em criatórios animais é

responsável por grande carga de poluição em áreas rurais, com elevado potencial

poluidor pelos dejetos gerados, podendo poluir o meio ambiente pela

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contaminação das águas e solo, além da contaminação dos homens e animais

por agentes patogênicos. A presença dos resíduos orgânicos ou fertilizantes nos

cursos d’água leva à eutrofização, provocando excessivo aumento de algas,

diminuindo o oxigênio da água, provocando a morte de peixes. (MARTINS, 2010).

Como consequência da monocultura ocorreu um desequilíbrio ambiental

com o aumento de pragas, doenças e ervas daninhas, levando o agricultor ao uso

intensivo de agrotóxicos. São produtos químicos usados na lavoura, na pecuária e

mesmo no ambiente doméstico: inseticidas, fungicidas, acaricidas, nematicidas,

herbicidas, bactericidas, vermífugos; além de solventes, tintas, lubrificantes,

produtos para limpeza e desinfecção de estábulos.

Existem cerca de 15 mil formulações para 400 agrotóxicos diferentes,

sendo que cerca de 8 mil formulações encontram-se licenciadas no Brasil que é

um dos cinco maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. (DARINI, 2012).

De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA) em 2010 o Brasil movimentou 19% da produção mundial destes

agroquímicos. Para debater o uso dos produtos em plantações brasileiras, o

Senado Federal promoveu em maio uma audiência pública sobre o mercado de

agrotóxicos na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. A comissão levou os

debates para o terreno da Saúde Pública, trazendo o alerta da Agência Nacional

de Vigilância Sanitária (ANVISA) sobre a utilização destes agentes químicos sem

controle e para os danos causados à saúde através de seu consumo. “Nós não

temos posição ideológica contra agrotóxicos, nós temos é que ter cuidado com a

forma de produção, com a comercialização, com a prescrição e, principalmente,

com a aplicação”, destacou José Agenor Álvares da Silva, diretor da ANVISA.

(PIMENTEL, 2012).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que apenas 1/6 dos

acidentes são oficialmente registrados e que 70% dos casos de intoxicação,

ocorrem em países do terceiro mundo, sendo que os inseticidas conhecidos como

organofosforados são os responsáveis por 70% das intoxicações agudas.

(DARINI, 2012).

O inseticida organofosforado atinge insetos em plantações como feijão,

batata, algodão e amendoim. O manuseio inadequado de agrotóxicos é assim, um

dos principais responsáveis por acidentes de trabalho no campo. A ação das

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substâncias químicas no organismo humano, pode ser lenta e demorar anos para

se manifestar. (DARINI, 2012).

O uso de agrotóxicos tem causado diversas vítimas fatais, além de

abortos, fetos com má-formação, suicídios, câncer, dermatoses e outras doenças.

Há 20.000 óbitos/ano segundo a OMS, em consequência da manipulação,

inalação e consumo indireto de pesticidas, nos países em desenvolvimento, como

o Brasil. (DARINI, 2012).

Agrotóxicos são produtos químicos usados na lavoura, na pecuária e

mesmo no ambiente doméstico: inseticidas, fungicidas, acaricidas, herbicidas,

bactericidas, vermífugos, além de solventes, tintas, lubrificantes, produtos para

limpeza e desinfecção de estábulos. (DARINI, 2012).

A maioria dos acidentes com agrotóxicos ocorre, justamente, durante o

seu manuseio: no preparo da calda e na aplicação do produto no campo. Daí a

necessidade do agricultor procurar um Engenheiro Agrônomo, para que este

recomende o produto adequado, a formulação correta e a técnica de aplicação

mais indicada.

A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, aponta outras

recomendações para o manuseio correto dos agrotóxicos, antes da sua aplicação

na lavoura:

• Utilize os Equipamentos de Proteção Individual - EPI´s indicados no

rótulo do produto;

• Para abrir as embalagens, use o abridor adequado, em vez de

improvisar com talhadeiras, formões, canivetes, etc;

• Ao misturar a calda, utilize um pedaço de madeira ou um misturador

adequado e/ou luvas impermeáveis;

• Mantenha o produto em sua embalagem original, evitando colocá-lo

em recipientes que não possam ser identificados facilmente pelas

demais pessoas;

• Não reaproveite as embalagens dos produtos químicos,

principalmente como depósito de água;

• Siga rigorosamente o período de carência do produto;

• Para colocar o líquido no pulverizador, use um funil adequado pata

evitar a contaminação do local;

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• Não use pulverizador com defeito ou vazamentos e não desentupa

os bicos com a boca;

• Não permita que pessoas fracas, idosas, crianças, gestantes,

doentes ou destreinadas, apliquem agrotóxicos;

• Se ventar durante o trabalho, caminhe numa direção que faça com

que o vento carregue o produto para longe do seu corpo;

• Mantenha a distância de, pelo menos, 15 m de distância dos demais

trabalhadores do local;

• Se durante o trabalho o produto atingir o seu corpo desprotegido,

lave imediatamente a parte atingida com água corrente e sabão. Ao

terminar o serviço tome uma belo banho e ponha a roupa e demais

Epis.

REFERÊNCIAS

BRAGA, V. L. F. O homem e a agricultura. 2009. Disponível http://portaldopro fessor. mec.go v.br/fichaTecnicaAula.html?aula=6334. Acesso em 12 de outubro de 2012.

CLICK ESCOLAR. O impacto da agricultura sobre o meio ambiente. 2012 - Disponível em http://www.clickescolar.com.br/o-impacto-da-agricultura-sobre-o-meio-ambiente.htm. Acesso em 23 de outubro de 2012.

DARINI, F. Brasileiro ainda chama o agrotóxico de remédio das plantas. Disponível em http://www.uniara.com.br/ageuniara/artigos.asp?Artigo=388. Acesso em 25 de outubro de 2012.

MARTINS, C. L. O impacto da agricultura no meio ambiente. Disponível emhttp://www.atitudejb.com.br/site/artigos?artigo=IMPACTOS+DA+AGRICULTURA+NO+MEIO+AMBIENTE. 2012.

PIMENTEL, J. Estudo mostra o aumento do uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras: baixa escolaridade de agricultores pode influenciar nos riscos. Disponível em http://dssbr.org/site/2012/07/estudo-mostra-o-aumento-do-uso-de-agrotoxicos. Acesso em 13 de novembro de 2012.

SPADOTO, C. A.; GOMES, M. A. F. Agrotóxicos no Brasil. Disponível em http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agricultura_e_meio_a mbiente/arvore/CONTAG01_40_2102007928 14.html. Acesso em 05 de novembro de 2012.

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MÓDULO VIII

8 Recursos didáticos: Paródia e meio ambiente

A música pode ser uma importante ferramenta de aprendizagem em

função dos inúmeros benefícios que ela proporciona para o ser humano.

A música, além de provocar fortes reações emocionais, como arrepio, riso

e lágrimas, pode diminuir a resposta tanto física como psíquica ao estresse. Ou

seja, ela pode provocar redução dos níveis de ansiedade, diminuição da pressão

arterial e da frequência cardíaca e modificações nos níveis de cortisol e

adrenalina no sangue. Além disso, a música pode estimular a comunicação entre

as pessoas; aumentar a autoestima e a autoexpressão (por exemplo, a dança);

favorecer a catarse, a introspecção, a reflexão, o surgimento de recordações, de

novas sensações e emoções que muitas vezes não podem ser expressas por

meio da fala ou da linguagem verbal. (FABICHEK, 2010).

A música tem exerce influência sobre a atenção, provocando alterações

no comportamento dos alunos, que em 55,5% (10) referiram maior atenção e

interesse no decorrer do desenvolvimento da aula, demonstradas nas falas

abaixo: A musica também é vista como elemento facilitador para a compreensão

e aprendizagem do ser humano, e neste estudo tal categoria teve 38,9% (07) dos

depoimentos, vindo a confirmar a música como elemento positivo no processo

ensino-aprendizagem, já que segundo os entrevistados, melhora a concentração,

o que contribui significativamente para a melhoria do rendimento. (RAMIN, 1998).

Dentre as atividades relacionadas á música que podem ser desenvolvidas

em sala de aula como ferramenta de aprendizagem está a paródia.

Não dá para negar que a paródia é uma atividade didática popular entre

alunos e professores das mais variadas disciplinas. Sendo assim, resolvi

disponibilizar algumas dicas que possam auxiliar na preparação e apresentação

deste tipo de atividade. Primeiramente, é importante saber que a paródia –

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imitação, na maioria das vezes cômica, de uma composição literária – não está

restrita apenas às músicas. (GOULART, 2010).

A paródia pode ser criada de quatro formas diferentes: a musical, onde o

aluno cria uma letra inédita em cima de uma música já existente. A dramática

onde o grupo produz uma pequena peça sobre o assunto proposto. Pode

inclusive recorrer ao uso de fantoches, mímicas e danças, etc.. Poética, podendo

ser individual ou em grupo, incentivando a produção textual do aluno em prosa ou

verso, com ou sem rima; e gráfica, como na forma de charges, cartuns e a

produção de histórias em quadrinhos. (GOULART, 2011).

A seguir algumas dicas para a construção de paródias, sugeridas por

Goulart, 2011.

1º passo: Escolha músicas legais: Parece básico, mas nem sempre as músicas

escolhidas ficam bacanas em uma paródia. Dê preferência a baladas do tipo pop

ou rock, que todos conhecem e são fáceis de cantar, tocar e assimilar.

2º passo: Defina o uso ou não de instrumentos: A paródia musical pode ser

feita sem instrumentos, usando apenas o gogó. Instrumentos musicais tornam a

experiência mais divertida. Se for usá-los, dê uma maneirada no barulho e

cuidado para não abafar a letra da música.

3º passo: Distribua cópias da letra: O objetivo de uma paródia não é revelar

artistas, ainda que muitos talentos musicais se sobressaiam nesta atividade. É

bom distribuir cópias da letra para que os outros alunos possam acompanhar e,

quem sabe, até cantar junto.

4º passo: Contextualize a música e o tema: Faça uma introdução, explicando o

motivo da escolha desta ou daquela música. Da mesma forma, fale do conteúdo e

da forma que ele foi abordado na paródia. O professor pode, inclusive, fazer uma

discussão posterior.

5º passo: Seja criativo!: Apesar de uma paródia ter apelo cômico, o humor não

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precisa ser o requisito básico. Porém, criatividade é sempre fundamental. Se

possível, surpreenda seus professores e colegas.

REFERÊNCIAS

FABICHAK, C. Benefícios da música para nossa vida. Disponível em http://www.bbel.c om.br/qualidade-de-vida/post/beneficios-da-musica-para-nossa-vida/page2.aspx#sl. Acesso em 22 de novembro de 2012.

GOULART, M. Como fazer uma paródia. Disponível em http://www.historiad igital.org/tuto riais/ como-fazer-uma-parodia-musical/. Acesso em 20 de novembro de 2012.

MATEUS, L. A. A. A música facilitando a relação enfermeiro-cliente em sofrimento psíquico. Ribeirão Preto; 1998. Tese (doutorado). Escola de enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo.

RAMIN, C. S. de A. et. al. A música como elemento facilitador na interação docente-aluno. An. 8. Simp. Bras. Comun. Enferm. May. 2002, Cielo. Disponível em Files\Content.Outlook\7BN7OPNV\Simpósio Brasileiro de Comunicação em Enfermagem - Music as A música como facilitador da aprendizagem (2).mht. acesso em 20 de outubro de 2012.