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MINISTÉRIO DASAÚDESuperintendência de Campanhas de Saúde Pública

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Carlos Correa de Menezes Sant’AnnaMinistro de Estado

Eleutério Rodriguez NetoSecretário-Geral

SUPERINTENDÉNCIA DE CAMPANHAS DE SAÚDE PÚBLICA—SUCAMJosé Taquarussú Fiusa LimaSuperintendente

Agostinho Cruz Marques — CoordenadorCoordenadoria de Planejamento, Orçamento e Controle — COPLANAntônio Carlos Silveira — Diretor-Geral / SubstitutoDepartamento de Erradicação e Controle de Endemias — DECEN

Edinaldo Alves PinheiroDiretor da Divisão de Malária

Antônio Carlos SilveiraDiretor da Divisão de Doença de Chagas

Ronaldo Santos do AmaralDiretor da Divisão de Febre Amarela

Francisco de Oliveira FerroDiretor da Divisão de Esquistossomose

João Batista Furtado VieiraDiretor da Divisão de Endemias Focais

Carlos Hiroyuki OsanaiDiretor da Divisão de Epidemiologia

Alberto Garnier de SouzaDiretor da Divisão Técnica

Marcos Antônio Soare5 PortoChete do Serviço de Projetos e Atividades Especiais

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MINISTERIO DA SAÚDESuperintendência de Campanhas de Saúde Pública

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INSTRUÇÕES PARA GUARDAS,

GUARDAS-CHEFES E INSPETORES

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Edição ampliada e atualizada

Brasilia - 19858.eJ.

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Ministério da Saúde. Superintendência deCampanhas de Saúde Pública.

Combate ao Aedes aegypti — Instruçõespara Guardas, Guardas-Chefes e Inspetores/Ministério da Saúde, Superintendênciade Campanhas de Saúde Pública. — 3 ed. —

Brasília : Ministério da Saúde, 1985.gsp. :iI.

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ÍNDICE

CAPiTULO 1

1.1. Obrigações 71.2. Disciplinas e Deveres 71.3. Horário de Serviço 151.4. Ponto de Reunião e Revista Diária 1515. Itinerário 1616. Material Necessário 171 .7. Uniforme 181.8. Bandeiras e Flâmulas 1919. Visita do Guarda 20

CAPÍTULO 2

2.1. Noções sobre as Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti —

Febre Amarela e Dengue 2322. Noções Elementares sobre Mosquitos 242.3. O Aedes aegypti (Texto e Ilustração) 302.4. Identificação de Outros Mosquitos 322.5. Esquema dos Principais Caracteres Macroscópicos Diteren-.

ciais entre Larvas de Aedes e Cu/ex 332.6. Criadouros de Mosquitos 362.7. Focos e Técnica de Pesquisa 38

Pesquisa de Focos Geradores 382.8. Remessa e Conservação de Larvas 412.9. Serviço de Captura de Mosquitos 41

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2.10. Conservação e Acondicionamento dos Mosquitos. 45

CAPÍTULO 3

3.1. Reconhecimento GeográficoMarcação de quart2irões e confecção de itinerários e croquis

3.2. Levantamento de índiceíndice larvárioíndice de adultos de Aedes aegyptiíndice de depósitos

CAPÍTULO 4

4.1. Fases de Combate aoAedesAegypti 524.2. Inseticidas Usados no PCFA 534.3. Cuidados com os Inseticidas Usados e Suas Dosagens 534.4. Métodos de Tratamento com Inseticidas . 58

Tratamento Focal 58Tratamento Perifocal 58Tratamento por UBV 60

4.5. Conservação dos Pulverizadores . . . 62

CAPÍTULO 5

5.1. Boletim Diário do 66Depósitos 67Verso do FA-202 75Casas Fechadas . 78Casas Desabitadas 79

CAPÍTULO 6

6.1. Serviço Marítimo e FluvialTipos de EmbarcaçõesDepósitos Típicos de EmbarcaçõesLarvicidaAtestado de Proteção Anti-AegyptiMedidas EspeciaisArea de Proteção PortuáriaCooperação das AutoridadesRelatório do Serviço Marítimo

474750515151

Serviço Anti-Aegypti FA-202

808081838585858585

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CAPÍTULO 7

7.1. Serviço de Armadilhas 86

CAPÍTULO 8

8.1. Decretos 88

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INTRODUÇÃO

O presente Manual destina-se aos guardas, guardas-chefes e inspe

tores da SUGAM que trabalham no Programa de Controle da Febre

amarela no combate ao Aedes aegypti.

Algumas instruções, até hoje con tidas no Manual, remonta às ori

gens das primeiras instruções organizadas de combate ao Aedes aegypti

no Brasil, depois que ficou provado, por J. Carlos Finlay, a responsabHi

dade desse mosquito como transmissor da Febre Amarela Urbana.

Desde que essas instruções foram apresentadas, pela primeira vez

sob a forma de manual, vem sendo atualizado a cada nova ediçio, na

medida da evolução das atividades de combate ao vetor, que faz com

que as normas e métodos de trabalhos, nele descritas, se modifiquem.

Em 1946, durante a vigência do Serviço Nacional de Febre Amarela,

esse mesmo Manual já havia sido editado seis vezes.

Depois da decisão brasileira em erradicar o Aedes aegypti, e com o

sucesso de tais trabalhos, o Manual foi reproduzido em todos os Países

a medida que o Plano de Erradicação Continental do Vetor nas A méri

cas foi sendo implantado.

A presente edição, atualizada, ampliada, e, enriquecida com foto

grafias e mais figuras, contou com a colaboração de técnicos das Direto

rias Regionais da SUGAM em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Procurou-se, dispor os assuntos, em capítulos, obedecendo-se a seqüên

cia mais lógicâ possível.

Esperamos que na presente edição o pessoal de campo possa dispor

de ensinamento claro, prático, de acordo com as realidades das situa

ções, dos problemas e das questões que deve resolver e das orientações

que deve seguir no combate ao Aedes aegypti.

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CAPITULO 1

1.1. OBRIGAÇÕES

As obrigações básicas do guarda do serviço antilarvário são:DESCOBRIR focosDESTRUIR os focos encontradosEVITAR a formação e reprodução de focos

1.2. DISCIPLINA E DEVERES

O regime disciplinar dos servidores está regulamentado por lei:

Ordens superiores — O servidor deverá cumprir as ordens de seussuperiores, respeitá-los, bem como ao público e aos companheiros deserviço. Caso tenha dúvidas, solicitará esclarecimentos. Entretanto, asordens deverão ser cumpridas dentro do prazo estipulado,independente da obtenção dos esclarecimentos. Respeitará rigorosamente as normas regulamentares da hierarquia, ao pleitear ou defender seus interesses.

Aparência — Os guardas devem trabalhar barbeados (sem barba)com suas roupas limpas e cuidados de modo a apresentarem boa aparência.

Fumo — È proibido fumar durante as horas de trabalho, a não serquando tenha que se transportar a distâncias relativamente grandes,por exemplo, quando terminado um quarteirão de seu itinerário, eletenha que andar alguns minutos para atingir o inicio do outro quarteirão. Em qualquer hipótese é, em absoluto, proibido fumar diante desuperiores hierárquicos.

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Álcool — Sempre que se constatar que um servidor faz uso de bebidas alcoólicas, em horas de trabalho, ele será punido.

Uso de armas — Ë expressamente proibido o uso de armas.Gratificações — € em absoluto proibido o servidor receber gratifi

cações, presente, etc., a título de “Festas” ou sob qualquer alegação.A desobediência a esta determinação será severamente punida.Esquecimento — Constitui infração disciplinar, para que não há

4 escusa, a falta de cumprimento de ordens recebidas, com alegação deesquecimento.

Para evitar o esquecimento, todos os servidores são obrigados a trazer consigo uma caderneta de notas na qual deverão consignar as ordenstransmitidas.

Impossibilidade de trabalhar — O servidor que, por motivo dedoença ou qualquer outro não puder comparecer ao trabalho, deveráavisar, por qualquer meio, a sede do Distrito, até trinta minutos antesdo ini’cio do trabalho.

Acidentes — Em caso de acidentes em serviço, deverá a sede seravisada pelo meio mais rápido de que se puder dispor.

Honestidade — O guarda deve ser sempre franco, honesto e verdadeiro.

Deve mencionar, lealmente, todas as ocorréncias, todos os focosencontrados, todas as visitas feitas e todas aquelas que não pode efetuar,esclarecendo os motivos porque não se realizou.

Constituem faltas graves, o lançamento em boletim de casas nãoinspecionadas como tendo sido visitadas, sonegação de focos e de recusas.

Carteira de identidade — Ao servidor é fornecido um cartão deidentificação funcional que deve ser sempre cuidado e conduzido pelomesmo, quando em serviço. Será apresentado aos interessados quandonecessário. Deve ser devolvido quando o servidor deixar a campanha.

O servidor deve apresentar também, quando solicitado, a Carteira•de Identidade.

DEVERES DO GUARDA-CHEFE

Os guardas-chefes são diretamente responsáveis pelo trabalhorealizado pelas suas respectivas turmas, assim como da orientação esupervisão de cada um de seus guardas. Essa responsabilidade compreende:

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1. Obrigação de dar ponto diariamente aos guardas, fiscalizando,nessa ocasião, o equipamento e fardamento de cada um deles.

2. Disciplina do pessoal, providenciando para que sejam observados e cumpridos os dispositivos e instruções regulamentares e informãndo, por escrito, a seu superior todas as infrações, faltas e acidentes queocorrerem.

3. Fiscalização do serviço de guardas, quer trabalhando com eles,quer verificando o serviço por eles recentemente efetuado.

O trabalho juntamente com o guarda permite verificar as condições da zona em que ele está trabalhando; observar sua capacidade epreparacão técnica; corrigir as deficiências que apresente, orientar einstruí-lo sobre a maneira de melhorar a qualidade de seu trabalho.

No trabalho “junto com o guarda”, o guarda-chefe, habitualmente,deve permitir que ele prossiga nas suas inspeções como se não estivesseacompanhado, observando e procurando corrigir as faltas que porventura cometer. A “Revisão”, isto é, o trabalho atrás do guarda, consistena reinspeção das mesmas casas já visitadas pelos guardas do mesmo diaou do dia anterior. O fim da revisão é determinar o número de focosdeixados pelo guarda, e julgar se trabalha satisfatóriamente, quando estásó.

A revisão constitui a maneira mais eficaz de supervisionar, assim,deve ser a preferida pelo guarda.chefe; contudo, não se pode deixar delevar em consideração que os guardas novos necessitam serem orientados e instru (dos repetidamente para que possam melhorar a técnica e aqualidade do seu trabalho. Desse modo, o critério recomendável para assupervisões é o seguinte:

a) Do total de casas que o guarda-chefe supervisione aos guardasantigos (com seis meses ou mais de serviço) de 70 a 80% deveráser em “Revisão” e de 20 a 30% em “Fiscalização” com o guarda.

b) No caso de guardas novos (com menos de seis meses de serviço)se procederá ao contrário, isto é, de 70 a 80% em “Fiscalização”e de 20 a 30% em “Revisão”.

Quando um guarda-chefe trabalhar com um guarda, deve indicarno boletim desse guarda, a hora em que começar a sua inspeção,a hora em que terminar, rubricando o referido boletim, ao retirar-se.

A hora do início deve ser posta na linha correspondente a primeira casa que visitar com o guarda, a de saída na linha em quefor assinalada a última visita feita com o guarda; e a rubrica, amargem do boletim, entre essas duas linhas.

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4. Confecção diária da folha de ponto.5. Semanalmente, confecção de modelos de fiscalização e dos resu

mos semanais dos trabalhos sob sua responsabilidade.6. Comunicação imediata, a seu superior, pelos meios mais rápidos

possíveis, da ausência de guardas, para que sejam enviados substitutos, demodo a não ser alterado o ritmo do trabalho.

7. Orientação aos novos guardas e aos substitutos dos guardas.8. Auxilio aos guardas nas situações de emergência ou dificuldades,

tais como: recusa a visita ou a destruição de focos, casos de agressão,etc. Os guardas-chefes tratarão estes casos usando sempre meios suasórios; se falharem levarão, pelo meio mais rápido que puderem dispor nomomento, o fato ao conhecimento do Inspetor, que submeterá o casoà apreciação do Chefe do Distrito,

9. Atenção aos problemas especiais ou dificuldades que os guardasvenham a encontrar em seu trabalho. Se o guardachefe for incapaz deresolver tais problemas deverá fazer comunicação escrita ao seu superior.

10. Responsabilidade do material distribuído aos guardas e detodo o material da turma. Os guardas-chefes providenciarão para que opessoal tenha o material necessário. Para guardar o material deve haverem cada turma uma caixa de madeira de 92 x 71 x 95 cms., com divisões, provida de chave que fica em poder d guarda-chefe.

11. Distribuição e exame de pilhas. Os gaurdas-chefes devem verificar todas as manhãs, nos pontos de reunião ou P.A., o poder luminoso das lanternas de seus guardas e substituir as pilhas fracas por outrasem boas condições. Fora das horas de serviço, as pilhas devem ser guardadas fora das lanternas. O guarda-chefe, sempre que fornecer umapilha, deve datá-la e fazer o controle no modelo próprio.

DEVERES DO INSPETOR

O inspetor é o responsável primário do trabalho que realizam asturmas sob seu mando. Ë também o elemento de enlace entre as turmas,o lnspetor.Geral e a Seção de Operações de Campo.

Funções burocráticas — As principais são: Recepção e exame dosboletins semanais das turmas, para examinar o desenvolvimento do trabalho, ver se os itinerários estão em dia, preencher os boletins SUCAMFA-226, Resumo Semanal do Serviço Anti-aegypti. Observará as falhase recomendações mencionadas no boletim Sucam FA-223 de Supervisãodo Serviço Anti-aegypti, para reforçá-las nas suas próximas visitas, a fimde melhorar a qualidade do trabalho.

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Atenção aos assuntos do pessoal— Licenças, faltas e outras gestõessimilares que deverào ser comunicadas por escrito à seção de Controledas Operações de Campo, através do Inspetor-Geral.

Funções de adestramento — o encarregado de adestrar o pessoaldas turmas, de acordo com estabelecido no manual, principalmente sobre os seguintes pontos:

• Conhecimento e manejo do equipamento de aspersão. Ensinaráa desmontar, reparar e montar as bombas.

• Noções sobre os inseticidas em uso, sua manipulação e dosagem.• Técnica de tratamento pelo método perifocal.

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caixa de madeira de 92 x 71 cms mostrando as divisões para bombas e outros materiais.

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ResponsabÜidade de abastecimento das turmas — Apesar de quecada turma tem um PA simplificado, é importante que no PA do Inspetor exista depositado uma certa quantidade de material, equipamento,inseticida e peças de bomba BRUDDEN P 5 de sobressalentes para suprir a necessidade de alguma turma em caso de emergência. Cada vez

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Outro aspecto de caixa mostrando o tabuleiro com divises para formulários e outros artigos

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que abasteça de material a uma turma, exigirá um recibo e pedirá aoalmoxarifado o material transferido para manter o seu estoque de acordo com a quantidade estabelecida pela Chefia da Campanha.

O Inspetor será responsável pelo material, que tenha no PA e também pela perfeita conservação do mesmo.

Controle e Supervisõo das turmas — função principal do Inspetor de campo é a de controlar, orientar e supervisionar as suas turmas,tarefa que deve cumprir em forma regular e periódica. Nenhum Inspetordeve ter mais de 5 (cinco) turmas sob seu mando, de tal maneira quepossa dedicar um dia por semana a cada uma delas, excetuando oexpediente da manhã das terças-feiras que dedicará ao trabalho burocrático de informes e correspondências, etc.

Nas suas visitas controlará o cumprimento do itinerário; estado deequipamento, estoque de material e técnica de trabalho, disciplina econduta do pessoal com o público. A inspeção será detalhada e minuciosa seguindo a rotina estabelecida no boletim SUCAM FA-223, de Supervisão do Serviço Anti-aegypti. O Inspetor deve portar o mesmo materialque leva o guarda, com exceção de inseticida e bomba. Preencherá oFA 202 do trabalho diário, cujos dados serão transportados para o Resumo Semanal de Serviço Anti-aegypti (SUCAM FA 226).

Toda observação que faça ou instruções que transmita, a deixaráescrita na caderneta de inspeções que cada Chefe de turma terá paraeste fim.

Também deve dedicar uma atenção especial às casas pendentes e aatualização do croqui, incluindo novos quarteirões, novas ruas, estradasou caminhos abertos. Ajudará ao guarda-chefe a resolver recusas de visitas e a obter as chaves cujos proprietários residam fora da área em que aturma está trabalhando. Igualmente observará a numeração da casa, feVta pelo pessoal da Campanha com lápis de cera, apagando com lixa, osnúmeros antigos. A casa uma vez numerada deverá permanecer semprecom o mesmo número. Do contrário não se pode levar um controle adequado do Serviço.

Loca/ização do Inspetor — O inspetor deixará, diariamente, no seuPA o itinerário dentro de um envelope fechado. Caso o PA tenha quepermanecer fechado, o itinerário deve ficar num lugar visível do lado defora da porta, fixado com um prego, percevejo, etc.

Envio de boletins — O inspetor deverá preencher e enviar os boletins sob sua responsabilidade dentro dos prazos predeterminados. Paraisso se utilizará do meio de remessa mais rápido e seguro disponível nomomento.

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Arquivo — As cópias de toda correspondência e boletins enviadosdeverão ser guardados em pastas próprias de papelão, as quais constituirão o arquivo do Sub-distrito.

Remessa de informações — As informações e materiais entomológicos (larvas, pupas e adultos) deverão ser enviados diretamente a Seção de Operações de Campo ou ao Laboratório indicado pela Chefia doDistrito.

DEVERES DO INSPETOR.GERAL

O Inspetor-Geral é, logo depois do Inspetor especializado, o servidor no campo a quem se atribui maior autoridade, maior responsabilidade e maior confiança na execução das atividades. Como lhe cabem afiscalização e orientação de todo o pessoal de campo, as suas atividadesassumem caráter importante e exigem, para seu desempenho, não sóum perfeito conhecimento de todos os recursos técnicos empregados nocombate ao Aedes-aegypti, mas, ainda, um exato discernimento das situações que têm de ser resolvidas.

Como atividades que são exercidas pelo Inspetor-Geral e deveresque lhe competem, contam-se:

1. Responsabilidade pela eficiência integral do serviço que lhe ficaafeto.

2. Será responsável para que os servidores sob o seu mando cumpram o itinerário e a cobertura da área de trabalho, assinalada pela Chefia, dentro do prazo previsto.

3. Supervisionará e será responsável que o pessoal empregue comprecisão as técnicas e métodos aprovados pela Chefia.

4. Será encarregado e responsável pelos cursos de adestramento ereciclagem do pessoal, em particular da parte prática de campo.

5. Colaborará com a Chefia nos trabalhos que lhe sejam encomendados.

6. Terá a seu cargo a organização das turmas, mantendo em dia osquadros de distribuição.

7. Deverá fazer com que o pessoal sob seu mando cumpra todas asinstruções e recomendações recebidas da Chefia.

8. Nas supervisões de campo corrigirá as deficiências que observeno trabalho, informando por escrito à Chefia qualquer falta grave queobservar no pessoal subalterno.

9. Instruirá aos Inspetores e Guarda-chefes no manejo de quadros eboletins que têm que preencher no trabalho,

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10. Revisará croquis, planos e mapas de conjunto de Guardas-chefese Inspetores, para ver se se ajustam às indicações que a chefia do Programa tenha dado a respeito.

11. Informará aos Inspetores e ao Escritório as faltas que observenas turmas em quanto ao abastecimento de material para que sejamremed ladas.

12. O Inspetor-Geral também portará o mesmo material que usa oInspetor e o Chefe de Turma. Preencherá os SUCAM FA-202, SUCAMFA-223 (boletim de Supervisão do Serviço Anti-aegypti) e deixará oseu itinerário no PA. ou no escritório da Chefia a fim de ser facilmentelocalizado em caso de necessidade.

13. Continuará confeccionando os informes semanais e será responsável pelo resumo do serviço anti-larvário das localidades terminadasna sua área de trabalho.

1.3. HORÁRIO DE SERVIÇO

O horário, em cada Estado ou área, será estabelecido de acordocom as indicações locais de 2a.5 às 65 feiras, nunca inferior a quarentahoras de trabalho semanal.

A inobservância do horário é falta punível, de acordo com as leis eregulamentos em vigor.

1.4. PONTO DE REUNIÃO E REVISTA DIÁRIA

Diariamente, pela manhã, à hora pré-estabelecida, os guardas dezona devem apresentar-se no ponto de reunião, para receberem instruções, material, serem revisados pelo guarda-chefe e partirem para seusitinerários. A tarde, o guarda que no estiver obrigado a recolher o material sob sua responsabilidade, deverá trabalhar na zona, até o términodo expediente.

A revista diária deve ser feita com seriedade e honestidade, emqualquer fase dos trabalhos de combate ao A. aegypti. Através da revista se objetiva evitar omissões, deficiências, insuficiências no trabalho ena apresentação do guarda, defeitos que vão se refletir na Diretoria Regional, na SUCAM e por último nos resultados do trabalho.

Durante a revista deve ser lido, todos os dias, um trecho do Manual,e o guarda-chefe deve fazer duas perguntas a cada guarda, sobre assuntojá lido anteriormente (Fig. 2).

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No Serviço Rural, a reunião dos guardas é efetuada pela manhã de2? feira, na sede da turma, de onde partem para seus itinerários, regressando 6? feira para a entrega dos trabalhos executados durante a semana, ao seu Guarda-Chefe.

1.5. ITINERÁRIO

O guarda começa, cada primeiro dia útil da semana à hora pré-estabelecida, o itinerário da sua zona, iniciando o trabalho na esquina quemarca o inicio do quarteirão e continua de modo que cada casa a serinspecionada fique à sua direita.

Completada toda a volta desse quarteirão, passa para outro vizinho, conforme a ordem estabelecida no itinerário, até que todos osquarteirões, sob sua responsabilidade, sejam fechados, O trabalhodo dia seguinte começará no ponto em que foi suspenso, no diaanterior.

Fig. 2 — A Turma pronta para a ‘revista diária”

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1.6. MATERIAL NECESSÁRIO

O guarda é obrigado a trazer sempre consigo, de acordo com suasfunções, e quando o exercício delas o exija, o seguinte material (fig. 3)

1) carteira de identidade,2) manual de instruções,3) itinerário para os trabalhos do dia,4) lanterna completa e em boas condições,5) três pilhas com a data de entrega e a série marcadas pelo guar

da-chefe6) uma lâmpada sobressalente7) espelho pequeno para examinar depósitos pela reflexo da luz

do sol8) pesca-larva de nylon, para apanhar amostras de focos em água

potável e outro para água suja9) lápis azul, de cera

10) lápis preto com borracha11) modelos necessários, do Programa, em quantidade suficiente

para o trabalho de um dia12) relógio em perfeito funcionamento (de propriedade do guarda)13) pasta de cartolina para guardar papéis14) prancheta15) bomba aspersora, do tipo que a chefia determinar16) inseticida em quantidade suficiente, para o trabalho de um dia17) medidas para o uso do Abate (colher de sopa-20 g e colher de

café-5 g)18) tabela para o emprego do Abate19) picadeira20) tubitos e rótulos para focos21) fita métrica22) caderneta de supervisão23) bandeira (completa)24) flâmula (completa)25) bacia plástica (pequena)26) bolsa de lona27) cola plástica28) flanela29) lixa de madeira30) pipeta tipo conta-gota31) álcool32) algodão33) bastão agitador - nj

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1.7. UNIFORME

Os uniformes, para os trabalhos na cidade e no itinerário, serâo debrim caqui, de modelos aprovados pela Campanha.

Sapatos e batas sero de cor preta, e as meias pretas ou brancas.

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1. O pesca-larva de água potável deve estar sempre limpo; será conduzido em saco plástico e mantido distante daquele empregado em água poluida.

2. Os tubitos para remessa de larva5 ao laboratório serão fornecido5 com a dosagem necessária de água e álcool, nunca em número inferior a 10 (dez) para cada guarda.

Fig. 3— Disposiço do material para a revista diária

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1.8. BANDEIRAS E FLÂMULAS

Para facilitar o encontro dos servidores de campo nos locais emque se acharem trabalhando, eles são obrigados a conduzirem bandeirase flâmulas adequadas que são colocadas, de modo especial, nos prédiose embarcações em inspeções, enquanto os servidores neles permanecerem. Tais bandeiras e flâmulas, cujas cores e combinações variam com aespecialização dos servidores, se acham reproduzidas, indicando quemas devem usar e quando, nas páginas seguintes (Fig. 4,5).

PROGRAMA DE CONTROLE DA FEBRE AMARELA

BANDEIRAS, SUPORTEE MANEIRA DE COLOCÁ-Los

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PROGRAMA DE CONTROLE DA FEBRE AMARELA

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GUARDA, GUARDA-CHEFE, INSPETOR DE ENDEMIAS

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Fig. 5

1.9. VISITADO GUARDA

Bandeira — O guarda chegando à Casa a ser visitada, coloca a bandeira na porta, na janela, no port5o ou no gradil, de modo que ela fiqueperpendicularmente à fachada, a fim de que os técnicos, guarda-chefes edemais supervisores possam encontrá-la facilmente.

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F!ãmula — Em edifícios de apartamentos, hotéis, vilas, navios, etc.,isto é, quando há um certo número de residências ou locais com umaporta comum para a rua, usará a bandeira nesta e a flâmula no local ouresidência que no momento estiver inspecionando.

Entrada nw casa — O servidor toca a campainha, bate palmas oubate na porta (mas nunca com a lanterna), anunciando da seguinte forma: “Bom dia; Servidor da SUCAM. Estamos fazendo um importantetrabalho de pesquisa de focos larvários do transmissor da Febre Amarelae do Dengue. Dai-nos licença para realizar-mos nosso trabalho”. Nosgrandes centros, desse modo, evita-se que o morador o confunda comum Fiscal Sanitário.

Em seguida pede licença para fazer a inspeção, entendendo-se sempre com pessoas de responsabilidade, a quem apresentará sua carteira deidentidade, se lhe a pedirem, O servidor nunca passará de uma paraoutra casa aproveitando-se da existência de qualquer comunicação queentre elas exista. Terminada a inspeção, virá a rua e entrará, então, nacasa que deve visitar em seguida, com os mesmos cuidados aqui recomendados.

Recusa à visita — Quando não permitirem a inspeção, totalmenteou parcialmente, o servidor procurará convencer a família dos benefícios proporcionados pela Campanha, assim como do amparo legal que ogarante. Em caso de persistir a recusa, tomará nota da ocorrência na suacaderneta e comunicará o fato, por escrito, ao seu superior imediato elançará a casa no seu boletim de casas fechadas, com a observação“Recusada”.

Ë proibido aos servidores discutirem, trocarem razões, ou insistirem em fazer a visita. Sempre que houver a menor anormalidade, nadadeverão dizer, a fim de evitar que se possa alegar que eles se conduzirammal.

Socorro de autoridades — Na iminência de uma agressão física, oservidor poderá pedir socorro de autoridades, tão somente porém, como fim de evitar a agressão.

Técnica da visita — Concedida a licença para a visita, o servidoriniciará a inspeção, começando pela visita externa (pátio, quintal, jardim, etc.) seguindo sempre pela direita.

Terminada a visita externa, prosseguirá a inspeção da casa, fazendoa visita interna, iniciando-se pela parte dos fundos e passando de umaposento para outro, até ao da frente, circulando, em cada um deles,pela direita.

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Conclu ida a visita, registrará a data e o resultado da inspeção no“Visto” (SUCAM FA-201) que será colocado no lado interno da portado banheiro ou da cozinha.

Todas as visitas feitas na casa, por qualquer servidor, serão anotadas no “Visto”.

Nas visitas ao interior das habitações, o servidor sempre pedirá auma das pessoas da casa o favor de acompanhá-lo, principalmente nosdormitórios. Nesses aposentos e em particular nos banheiros e nos sanitarios, sempre baterá e anunciará a sua entrada.

Ao término da visita, o guarda deverá dar éxplicações a pessoaadulta responsável para não deixar depósitos qúe possam acumular águanos quintais; mudar, com freqüência de cinco dias, a água dos depósitoscom plantas e tampar depósitos com água para consumo, dentro e forade casa.

Visita com o técnico — Todas as vezes que um servidor estiver trabalhando com o técnico e pedir licença para visita, logo que ela sejaconcedida, anunciará: “Técnico da Saúde Pública”, O servidor entraráadiante mas só sairá depois do técnico que, nesse caso, é a autoridadea quem cabe decidir se a visita está ou não terminada. O guarda auxiliará o técnico, facilitando-lhe o exame de todos os depósitos que esteinspecione,

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CAPÍTULO 2

2.1. NOÇÕES SOBRE AS DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO AEDESAEGYPTI -- FEBRE AMARELA E DENGUE

A febre amarela é uma doença infecciosa de evolução curta (emmédia 10 dias) produzida pelo denominado vírus da febre amarela que

se manifesta clinicamente por febre, icterícia, fenômenos hemorrágicos,

e histopatologicamente por lesões degenerativas e necróticos do fígado

e rins.

São conhecidas duas formas de transmissão da infecção amarflica,embora entre elas não existam, em absoluto, diferenças etiológica, clíni

ca, histopatológica, nem laboratorial:

1) Febre amarela silvestre — Descrita a partir de 1937, com algunscasos no Esp (rito Santo, permanece presente no Brasil nas regiões Norte,Centro-Oeste e Nordeste (apenas na faixa pre-Amazônica do Maranhão).Ocorre de macaco doente a macaco sadio, e, acidentalmente, de macacodoente ao homem sadio através da picada de fêmeas de mosquitos silvestres infectados dos gêneros Hameagogus, Sabethes e Aedes.

2) Febre amarela urbana —. É conhecida no Brasil desdel685, anode registro da primeira epidemia, em Recife. Já foi responsável por muitas perdas de vida e sérios prejuízos econômicos e sociais ao Pais. Ocorre sempre de forma epidêmica, com alta letalidade nos casos que evoluem para formas graves (com hemorragias e icterl’cia). Embora erradicada, os últimos casos ocorreram em 1942, na cidade de Sena Madureirano Acre, persiste sempre a possibilidade de reurbanização da doença, napresença do Aedes aegypti. Ocorre do homem doente ao homem sadioatravés da picada de fêmeas, do mosquito urbanoAedesaegvpti, infectad as -

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Quanto ao Dengue é uma doença produzida por quatro cepas devírus: Dengue 1, Dengue 2, Dengue 3 e Dengue 4. Há registro no Paísde duas ocorrências, uma epidemia em 1923, em Niterói, sem diagnóstico laboratorial, A outra mais recentemente, em 1982, em Boa Vista,na qual no curso da epidemia foram isoladas as cepas de Dengue 1 e 4.

É uma doença com letalidade baixa, sem tratamento especifico,porém que ocorre também em forma epidêmica e incapacita as pessoaspara o trabalho.

Existe vacina contra a febre amarela mas não contra o Dengue.A medida mais segura contra a presença dessas doenças numa loca

lidade é a inexistência do Aedes aegypti, através da sua erradicação.

2.2. NOÇÕES ELEMENTARES SOBRE MOSQUITOS

Os mosquitos se desenvolvem através de metamorfose. Os ovospostos na superfície da água dão nascimento às larvas que, vivendonesse líquido, se transformam em pupas, e finalmente em alados, que éa forma adulta dos mosquitos (figuras 6, 7, 8 e 9).

O tempo de evolução do ovo a alado varia, de acordo com as condições da água, da temperatura e da alimentação da larva.

A evolução do Aedes aegypti se dá em prazo de sete ou mais dias.A característica principal do mosquito é ter a tromba ou probóscidamuito longa em relação ao corpo (figura 10).

Os mosquitos adultos apresentam: cabeça, tórax (de onde saem asasas e pernas) e o abdâmem (figuras 9 e 10).

Na cabeça há tromba ou probóscida, as antenas, os palpos e osolhos (figura 10).

Pelas antenas distinguem-se os sexos. Nos machos: são plumosas,enquanto que nas fêmeas são singelas, com pelos bem mais ralos(figura 10).

Na fêmea, a probóscida é apropriada para sugar o sangue que lhe énecessário para a maturação dos ovos. No macho a probóscida é imprópria para picar, e por isso se alimenta de suco de plantas.

A fêmea, após a cópula, suga o homem ou um animal recolhendo-se então em lugar tranqüilo, saindo à procura de água para desovar nofim de três dias.

O Aedes aegypti vive relativamente pouco tempo, de dez a quarenta e dois dias.

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Fig. 10

AEDESAEGYPT/VISTA LATERAL DA FÊMEA

PALPO LONGO

ANTENA

CABEÇA DO MACHO

ASA

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DA FÊMEA

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Pouso — o modo de pousar varia conforme o gênero dos mosquitos. Os anofelinos pousam perpendicularmente à parede, enquanto queos outros ficam com o corpo paralelo à superfície de pouso (figura 7).

Ovos — os ovos dos anofelinos e aegypti são postos isoladamente,enquanto que os Culex são postos, de uma só vez, aglomerados (jangadaou barquinho) (figura 6). No fim de três dias dão nascimento às larvas.

Larvas — nadam ativamente, vindo à superfície para respirar. Seucorpo se divide em cabeça, tórax e abdômem. Na extremidade livre doabdõmem está localizado o sifão, por onde respiram (figuras 7 e 11).Passam por quatro mudas e no fim de quatro a cinco dias transformam-se em pupas (figura 8).

Pupas — o corpo da pupa divide-se em: cefalotórax e abdâmem. Ossifões respiratórios ficam situados na extremidade livre da cabeça, enquanto que na extremidade livre do abdômem ficam as palhetas natatórias. Não se alimentam e se movimentam por contrações. O Aedesaegypti tem sifões curtos e grossos, enquanto que os do Culex são maislongos e finos, os anopheles têm sifões curtos, mas o seu cefalotórax ébem maior (figura 8).

2.3. O AEDES AEGYPTI

Os ovos aparecem como pequenos pontos escuros colocados, emgeral, na parede do depósito, ao nível da água. Tem muita resistência adessecação. Já se tem observado ovos, com até 450 dias dessecados, evoluirem quando colocados na água. As larvas têm sifão respiratório curto,grosso mais escuro que o corpo. Para respirar ou descansar vêm a superfície da água, onde ficam em posição quase vertical (figura 11). Parapesquisá-la é preciso que, sem choques ou ruidos; destampe-se o depósito e incida-se um jato de luz percorrendo, rapidamente, o nível deágua, junto à parede do depósito. Percebendo a luz, elas mergulham, embusca do fundo, em rápidos movimentos semelhantes aos de uma cobra.

O mosquito adulto tem colorido escuro, rajado de branco, comanéis brancos nas pernas (figura 10). O tórax e o abdômem apresentammanchas prateadas nas partes laterais. É característico um desenhobranco, em forma de lira, na parte superior do tórax (figura 10).

Faz posturas parciais e, assim, uma fêmea pode produzir vários focos. Pode picar a qualquer hora do dia ou da noite, porém, geralmenteataca o homem durante o dia.

É o único transmissor conhecido da febre amarela urbana e denguenas Américas.

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TRANSMISSORES SILVESTRES

Os mosquitos que transmitem a febre amarela silvestre são osHaemagogus (ft janthinomis, M Ieucocelaenus, H. capricornhi, frL spegazzinni), Sabethes (Sabethes cloropterus), e algum Aedes silvestres(A. scapu!aris, A. fluviatilis etc.) que em laboratório tem demonstradocapacidade de transmitir o vírus mas nos quais nunca foi detectado nanatureza.

Estes mosquitos são muito multicores, tem hábitos selváticos,sendo seus focos encontrados, quase sempre, nas cavidades das árvores,nas matas.

2.4. IDENTIFICAÇÃO DE OUTROS MOSQUITOS

Aedes scapularis — Colorido geral escuro, caracteriza-se por umamancha creme na cabeça e no dorso do tórax, não tendo anéis brancosnas pernas. Pica de preferência à tarde. Ataca, em geral, as pessoas queestão próximas das habitações, nas varandas, etc. Raramente é encontrado, em repouso, dentro de casa, porque depois que se alimenta desangue volta para seus esconderijos no meio da vegetação. Faz posturasem valas, poços, etc., onde existe água de chuvas recentes, e nas quaishá vegetação.

Aedes taeniorrynchus — Mosquito de colorido escuro, caracteriza-se por um anel branco na tromba e pelos anéis brancos nas pernas. E omosquito que, dentro das casas, mais se parece com o Aedes aegypti.Seus hábitos alimentares se assemelham aos do scapularis. porém invadeas casas com mais freqüência.

Faz posturas nas águas salobras (buracos de caranguejos, lastro deembarcações, etc.).

Aedes fluviatilis — Colorido pardo escuro, caracteriza-se pela mancha dourada clara na parte superior da cabeça. Pernas com anéis brancos.É raramente encontrado dentro das casas. Antigamente, preferia paradesovar, as cavidades das pedras, à margem dos rios, hoje em dia, estáfazendo posturas, na parte externa das casas, nos mesmos depósitospreferenciais para o Aedes aegypti (caixas d’água, tanques, barris, tonéis, artificiais especiais, pneus, etc.).

Mansonia — Coloração escura. Caracteriza-se pelas asas aveludadase escuras; pernas com anéis claros e um anel na tromba. Sua picada édolorosa e o vôo longo. Quase nunca é encontrado em repouso nas casas.Os criadouros de Mansonia são os lagos, lagoas, alagados, etc., ondeexistem goivo, bodocó ou baroneza. As larvas do Mansonia respiramatravés das raízes do tecido poroso da planta.

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Limatus durhamü — Ë mosquito pequeno, frágil, de aparência muiticor. Tromba comprida e muito fina. Pernas escuras sem anéis, nuncainvade as casas. Tem como criadouros prediletos as árvores e plantas(gravatás, bambús, etc.), cacos de vidros e latas, fora das casas. Suas larvas se parecem com as do Aedes aegypti, quando vistas a olho nú.

Culex pipiens fatigans — Ë o mosquito doméstico mais comumente encontrado. É de cor parda, quase uniforme, não apresentando característica de relevo.

Começa a picar ao escurecer e sua atividade se prolonga por toda anoite. A fêmea faz a postura de uma só vez (ovos formando jangada).Desova de preferência nas águas sujas (fossas, etc.), podendo, no entanto, desovar também nos depósitos de água limpa. É o transmissor dafilariose.

Anopheles — Também chamado mosquito prego, porque pousaperpendicularmente à parede. As asas têm manchas características. Todas as espécies do subgênero Myssorrhynchus têm anéis brancos naspernas. As espécies do subgênero Mizomya ao qual pertence o Anopheles gambiae, vistas a olho nú, tem coloração uniforme nas pernas. Oanopheles é o transmissor da malária. Desova nos brejos, valas, etc.

2.5. ESQUEMAS DOS PRINCIPAIS CARACTERES MACROSCÓPICOS DIFERENCIAIS ENTRE LARVAS DEAedesaegyptiE Culex

Caracter(sticas Diferenciais

• Aedesaegypti

Movimentos como de cobra, abrindo e fechando porigual todas aspartes do corpo. A larva move-se muito e custa a chegar ao ponto dedestino, fazendo quando em movimento.

LUZ — A larva de Aedes aegypti foge da luz.

TIMIDEZ — Esta larva espanta-se com facilidade e afugenta-Se demorando-se no fundo da água (figura 12).

• Cu/ex

Movimento como de chicote, sendo mais com a parte do sifão doque com a cabeça. Chega mais depressa ao ponto de destino.,

LUZ — A larva de Cu/ex não se importa com a luz.

TIMIDEZ — A larva de Cu/ex só se espanta e se afugenta com a aproximação brusca de qualquer agente, voltando depressa ã superfície daágua (figura 13).

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AEDES AEG YPTI

SIFÃO curto, grossoe mais escuro que ocorpo, parecendo umasemente de melancia

ABDOME alongadoe mais cheio

TÓRAX de tamanhoreduzido pouco maisargo que o abdome

Fig. 12— Esquema para diferenciação entre as larvas de Aedes aegypri e de cufex

CABEÇA pequenae despontada

ANTENAS curtas /e pouco visíveis

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CULEX

SIFÃO comprido, emgeral mais claro queo do Aedes aegyptie mais ou menos dacor do corpo da larva

ABDOMEmenos alongado J

TÓRAX maisvolumoso emais salienteque o abdome

CABEÇA grandee larga

ANTENAS maioresL,/’salientes para fora

Fig. 13— Esquema para diferenciação entre as larvas de Aedesaegvpti e de culex

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ESQUEMA DOS PRINCIPAIS CARACTERES MACROSCÓPICOSDIFERENCIAIS DE ALGUNS MOSQUITOS

MOSQUITO DORSO TROMBA ASAS ABDOME PERNAS

Com ComA. aegypti Lira branca — — manchas anéis

prateadas brancos

ManchaA. scapularis creme — —

— Sem anéis

A. toenio,- Com anel Com anéisrhynchus — branco — brancos

A. fluvia- Mancha Com anéisti/is parda — — — brancos

Com anéisCu/ex — Escura — Sem anéisclaros

. Com anel Aveludadas Extremidade Com anéisMansona

— branco e escuras rombuda claros

CompridaLimatus

— e fina Multicores — Sem anéis

Com Conforme oAnopheles —

— manchas — subgênero

2.6. CRIADOUROS DE MOSQUITOS

Todos os depósitos que puderem conter água deverão ser Cuidadosamente examinados, pois que qualquer um deles poderá Constituir-seem criadouro ou foco de mosquitos.

Depósitos vazios e limpeza de quintais — os depósitos vazios dascasas que podem conter água devem ser protegidos, à prova de mosquito e, se inservíveis: eliminados pelos servidores e responsáveis pela casa.Estes aconselharão às famílias a manterem as casas, em geral e os quintais, em particular, limpos e impróprios à procriação de mosquitos.

ESPECIFICAÇÃO DE DEPÓSITOS

Caixa d’água — qualquer depósitd d’água colocado em nível elevado permitindo a distribuição do líquido pelo próprio peso.

As caixas d’água podem ser divididas em duas categorias: as acessíveis aos guardas e as que aos mesmos forem de difícil acesso, e que requerem providências especiais.

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Caixas d’égua acessíveis são as que podem ser facilmente examinadas pelo guarda de serviço anti-larvário, por estarem a pequena altura,ou porque há condições locais que permitem subir até elas facilmente.

As caixa d’água que estiverem fechadas, à prova de mosquito,ainda que não se possa verificar se elas contém água ou não, serão assinaladas no boletim, como inspecionadas e eliminadas.

Tanque — É depósito geralmente usado como reservatório de água,e colocado ao nível do chão.

Depósitos, como banheiras ou caldeiras velhas, usados como tanques serão classificados como tais.

Depósitos de barro — São os potes, moringas, talhas etc.

Barris, tondis e tinas — Não requerem explicação especial.

DEPÓSITOS ARTIFICIAIS ESPECIAIS

São depósitos de tipos variados. Compreende caixas de descarga eaparelhos sanitários; latas, pilões, cuias, alguidares; pias, lavatórios, regadores; protetores de plantas e guarda-comida, vasilha de uso caseiro; bacias; baldes, registros de água; jarras de flores, pias d’água, depósito degeladeira, diques de garagem, égua de pisos de porões e de calçamentos,esgotos de águas limpas, cobertas de zinco e flandres, folhas de metal,cascas de ovos, sapatos abandonados, bebedouros de galinha, de pássaros e de outros animais, ferragens diversas, jarrões de jardins, vasos plantados que coletam água, vidraria de toda espécie e seus cacos, folhascaídas, boca de lobo, caixas de areia, sargetas, calçadas, galerias comágua limpa, telhas, irrigadores, vasilhas existentes em veículos (focoambulante), água de fundo de embarcações etc.

Calha — Não requer explicação especial.

Arvores e plantas — Incluem-se nesta rubrica as coleções de águaencontradas nas cavidades das árvores, nas folhas etc.

Cacimbas, poços e cisternas — São escavações feitas no solo, usadaspara captar água com as paredes ou não.

Outros depósitos — Esta rubrica compreenderá: fossas, ralos, barreiros, charcos e alagados, poças, sargetas desguarnecidas, esgotos deágua sujas, buracos de caranguejos, caixas de gordura, pegadas de animais, etc., onde em geral, não se encontram focos de Aedes aegypti.

PNEUS

Os pneus são, muitas vezes, responsáveis por reinfestações, à distâncias, de áreas e de países livres do Aedes aegypti. Todos os pneus

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inservíveis deverão ser removidos para incineração. Os utilizáveis, depoisde inspecionados e secos devem ser mantidos no interior das casas, aoabrigo das águas de chuvas.

Calafeto — As caixas d’água e depósitos que necessitem de calafeto, serão calafetados pelo responsável ou pelo guarda do serviço complementa r.

Fossa defeituosa — Quando uma fossa não estiver à prova de mosquitos, será ela tratada com o larvicida adotado e providenciada a correção do defeito, a ser executado pelo infrator.

DEPÓSITO TRATA DO

É aquele em que se aplicou inseticida.

DEPOSITO ELIMINADO

aquele que foi destruído ou posto em condições de não sercriadouro de mosquito (calafetado, telado, ou com cavidade obturadacom cimento) (figura 14).

2.1. FOCOS E TÉCNICA DE PESQUISA

Não serão nunca transportado vivos pelo guarda ou por quem querque seja.

Informações à família — Os focos encontrados deverão ser mostrados às pessoas da casa em que eles tenham sido descobertos aconselhando-se e ensinando-se, então, como fazer a proteção e ou destinação correta dos depósitos.

Destruições de focos — A sua destruição será feita, tratando-se odepósito, em que o foco for encontrado, pela substância larvicida usadapela Campanha, ou destruindo-se o depósito.

Não sendo permitida pela família nenhuma dessas providências, oservidor informará, por escrito ao seu superior imediato, que providenciará a execução das medidas em causa.

Focos reincidentes — Em qualquer casa com reincidência de focosde Aedes aegypt4 o guarda-chefe tomará as providências para a pesquisado foco gerador, fazendo, de imediato a sindicância rigorosa e providenciando, de logo, a instalação de uma batida de F.G.

Peixes /arváfagos — Nos depósitos que não puderem ser protegidosde outro modo, será aconselhado o uso de peixes larvófagos, de preferência piabas. No depósito peixado deve ser usado uma telha emborcada, para abrigo de peixes.

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PESQUISAS DE FOCOS GERADORES — Batidas

As pesquisas de focos geradores de Aedes aegypti sâo orientadospor:

19) Captura positiva para Aedesaegypti — Esta constitui o melhormeio de orientação, porquanto, havendo Aedes aegypti, adulto, devehaver foco na vizinhança.

29) Endereço de foco de Aedes aegypti — Ë a indicação dos lugares onde foram encontrados focos deste mosquito, O guarda anexará aoboletim de inspeção o endereço orientador da batida.

39) Queixa de mosquitos — Raramente motivadas pelos Aedesaegypti.

49) Avulsas — Essas pesquisas são feitas em quarteirões que já foram infestados de Aedes aegypti, e qualquer outros pontos perigososcomo: estações de estradas de ferro, rodoviárias, oficinas, estaleiros,cemitérios, etc.

Raio de pesquisa — O centro do raio de ação é a casa que deumotivo a uma das indicações acima,

Será feita então uma primeira pesquisa inicial com o raio de 150metros, abrangendo todas as casas que estiverem total ou parcialmentedentro desse raio. Não sendo encontrado o foco gerador, será aberto umsegundo raio de mais 150 metros, abrangendo assim uma batida completa de dois raios com um total de 300 metros.

Cada raio corresponde a uma pesquisa. O conjunto de pesquisasconstitui uma batida.

A medida do raio será obtida por passos. Em média, cada 100 pas7sos correspondem a 50 metros.

Método de trabalho — As inspeções para pesquisa de focos geradores, devem ser completas e esgotantes. Todos os depãsitos mesmo osde difícil acesso, serão rigorosamente inspecionados e todos os aposentos visitados cuidadosamente. Se o guarda não encontrar o foco gerador,o guarda-chefe ou oütro guarda fará a batida revisora.

Para a pesquisa de foco gerador, as casas desabitadas, as calhas eárvores têm importãncia, e devem ser cuidadosamente inspecionadas.Em resumo: a área a ser compreendida numa batida, deve ficar imprópria à procriação de Aedes aegypti.

Controle das batidas pela captura — Todas as batidas serão sistematicamente controladas pela captura. Para as batidas negat(vas, esse controle será feito 24 horas após o término das mesmas e para as positivas,

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10 a 15 dias depois de sua conclusão. Na falta do guarda complementar,a captura de controle será feita pelo guarda-chefe.

2.8. REMESSAE CONSERVAÇÃO DE LARVAS

Os focos não devem, salvo exceções autorizadas pelo Diretor daCampanha, sair vivos da casa ou local onde foram colhidos ainda que oíndice de infestações esteja alto para que fiquem reduzidas ao mínimoas possibilidades de reinfestação por transporte de focos. Para isto, cadarvidor carregará pequenos frascos com álcool a 70%, nos quais serãocolocadas de 6 a 8 larvas para identificação.

O modelo de identificação do foco larvatório (RÓTULO DE TUBOPARA LARVAS — SUCAM FA-224) deve ser preenchido imediatamente pelo guarda em letras bem legíveis e colocado dentro do tubo paralarvas no espaço seco compreendido entre o chumaço de algodão eparte interna da rolha de cortiça. Cada guarda terá uma numeração crescente para focos larvários encontrados, começando no n9 1 e seguindo2, 3 etc., até o nQ 999. Quando voltará a numéração começando outravez no nQ 1. Enquanto o guarda permanecer lotado numa Diretoria,essa numeração não deverá ser interrompida até que seja esgotada asérie de 999 focos, mesmo passando de um ano para outro.

Igual procedimento deve ser seguido para remessa de larvas demosquito, para qualquer parte do país ou do exterior.

Nas localidades do interior o guarda deve colher uma amostra, euma contra amostra. Esta última será destruida logo que seja recebidaa classificação da amostra.

2.9. SERVIÇO DE CAPTURA DE MOSQUITOS

A captura de mosquito tem por finalidade:

a) verificar a exatidão do índice larvário dado pelo guarda de serviço antilarvário;

b) orientar as pesquisas de foco gerador;

c) levantamento de índice;

d) vigilância das localidades com índices negativos;

e) captura de controle das batidas de focos geradores;

f) avulsas, para reconhecimento de áreas suspeitas quanto à existência de focos geradores;

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O guarda de captura trabalha circulando os quarteirões pela direita. Nos trechos em que as casas são contíguas, basta fazer inspeção de 3em 3 casas. Quando a distãncia de uma casa para outra for até 25 metros serão trabalhados de 2 em 2 casas.

As casas separadas por distâncias superiores a 25 metros, serão todas trabalhadas.

Sempre que em uma casa forem encontrados adultos de Aedesaegypti, as casas vizinhas, à esquerda e à direita, serão trabalhadas, atéque a captura não mais os encontre. A casa onde for encontrada maiornúmero de adultos do mosquito, servirá de centro para abertura de raiode batida.

Pessoal e material — As turmas de captura compõem-se, em geral,de quatro a seis guardas sob a direção de um guarda-chefe ou guarda encarregado, responsável pela disciplina, distribuiç5o do serviço e fiscalização.

Os guardas conduzem, em “maleta de madeira”, apropriada, o seguinte material:

1 lanterna equipada3 pilhas sobressalentes1 lâmpada sobressalente1 aparelho para capturaPinças de pontas finas ouPincel de cabeloLentePasta com modelos de capturaCarteira de identidadeLápis comumCarta de apresentaçãoFrasco pequeno com algodão secoFrasco pequeno com clorofórmioCaixas para mosquitosEspelho pequenoLápis azul de cera

Técnica de visita do guarda capturador — Todos os aposentosserão examinados, começando a inspeção à direita da porta que dá acesso ao aposento imediato, e circulando de modo a manter a parede, sempre à sua direita.

Todas as paredes, móveis, objetos, roupas, etc., são verificados à luzda lanterna, deixando-se de empregá-la, szmente quando uns e outrosestejam suficientemente iluminados por outra fonte de luz.

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Havendo mais de um pavimento, a visita será iniciada pelo térreo econtinuada pelos superiores, em ordem ascendente, mas em qualquerdeles começará pela sala ou cômodo frontal, para terminar no último,ao fundo.

Deverá examinar cuidadosamente os cantos escuros, cortinas e cortinados, redes e seus armadores, roupas em cabides, molduras de quadros, pregos fincados às paredes, pendentes e tios de instalações e partes inferiores de móveis, em virtude de serem pontos prediletos de pouso do Aedes aegypti. Após a primeira inspeco de roupas e cortinas é deboa técnica sacudNlos ou toca-los, levemente, forçando-se assim, o aparecimento de adultos no percebidos, cuja captura, então, realiza-selogo que fiquem, de novo quietos.

Nos trabalhos de rotina, a captura é feita apenas nos dormitórios,sendo realizada em todos os aposentos, nos seguintes casos:

a) zona rural, quando a captura do dormitório for negativa;

b) nas casas sem dormitório ou desocupados;

M7’.erIaI do guarda capturador

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e) nas embarcações fluviais, quando a carga permitir;d) na captura de controle das pesquisas de focos geradores.

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Um guarde capturedor em plena açâo

USO DOS MOLDES DE CAPTURA1. Boletim Diário de Captura — SUCAM FA-209É preenchido diariamente pelo guarda de captura, em uma só via.

Seu preenchimento é simples.

Quando o modelo for utilizado em trabalhos de revisão, quer porturma especial de revisão, quer pelo guarda-chefe, terá anotado no cabeçalho: “Revisão”.

2. Resumo Semanal de Captura — SUCAM FA-21QÉ confeccionado pelo guarda.chefe de turma de captura e guardas-

chefes dos serviços complementares, em três vias, com os dados dosBoletins Diário de Captura de rotina e de revisão.

Os dados desse modelo entrarão na confecção do Relatório Mensaldo Serviço Anti-aegypti, feito pela Seção de Estatística.

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3. Notificação de mosquitos

Ë utilizado sempre que encontrar alados de Aedes aegypti. Quandoem várias casas vizinhas são encontrados alados do mosquito, as anotações serão feitas num só modelo. Esse modelo é entregue ao guarda-chefe para ser dada a competente batida, de acordo com a orientação dachefia.

SERVIÇO DE CAPTURA NO INTERIOR (FORA DAS CAPITAIS)

Terminada a captura, o Distrito informará à Diretoria Regional,por relatório, os seguintes dados, sempre que uma localidade for positiva.

a) nome da localidade e município;

b) número de casas inspecionadas;

c) número de casas com Aedes aegypti;

d) número de alados de Aedes aegypti encontrados;

e) número de focos encontrados nas batidas (se a turma for mista).

2.10. CONSERVAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DOS MOSQUITOS

Os mosquitos, depois de mortos pelos vapores do clorofórmio,serão passados do tubo de captura para caixinhas especiais, de papelão,com naftalina, que a Campanha distribui para o seu acondicionamento eremessa. Nesta passagem, cuidados extremos precisam ser tomados,para que se evite traumatismo prejudicial às futuras identificações.

Se ficarem amontoados, pode-se separá-los ou dispõ-los melhor,com auxilio de pinça de pontas finas. Fechada a caixinha, é convenientepingar-se quatro a cinco gotas de clorofõrmio sobre a tampa, medidacom que se obsta voltem à atividade aqueles que estejam, apenas, narcotizados.

Na rotina geral, podem-se reunir todos os Aedes aegypti captura-dos em uma localidade, numa caixinha. No rótulo SUCAM FA-225 bolocado na tampa, escrevem-se o nome da localidade, a quantidade de mosquitos, a data de captura e o nome do capturador. Em casos especiaispode-se usar uma caixinha para cada casa onde foram capturados essesmosquitos, anotando-se no rótulo, cada endereço.

Fiscalização — A fiscalização dos guardas de captura pode ser feita:

19 — Acompanhando o guarda e apreciando o seu trabalho;

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29 — Trabalhando atrás do guarda para verificar se deixou mosquitos. As falhas técnicas verificadas serão corrigidas e, dentre elas, bemobservadas as seguintes:

a) posição incorreta eríl relação ao plano de captura;b) uso inadequado de lanterna e desperdício de luz;c) golpe de vista inseguro e talho, manejo lento e impreciso do

tubo capturador.

d) má identificação dos mosquitos a pequena distância, O exameperiódico da vista, necessário a todos os servidores é imprescindível aos guardas capturadores.

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CAPITULO 3

3.1. RECONHECIMENTO GEOGRÁFICO

Marcaç5o de Quarteirões e Confecções de Itinerário e Croquis

Quarteirjo — É um determinado número de casas ou terrenoslimitados por ruas, avenidas, caminhos, rios, córregos, estradas, linhasférreas.

Pode ser: regular ou irregular. O regular é aquele, que se pode circundar totalmente; o irregular, pelo contrário, não permite circundálo para chegar ao mesmo ponto de partida por impedi-lo algum acidentetopográfico.

Para marcação e orientação na inspeção dos quarteirões, são usados números e sinais nas suas esquinas da seguinte maneira: os númeroterão 5 centímetros de altura e se marcarão com lápis azul de cera ou detinta.

A numeração se fará a altura do individuo com o braço estirado eno cateto esquerdo de cada ângulo do quarteirão. Em continuaçãoalguns exemplos:

Indica o inicio do quarteirão nQ 3

4 13 Indica a continuação do quarteirão nQ 13

• 4 146 Indica o final do quarteirão nP 146 (Este sinalse usará unicamente em quarteirões irregulares).

4 5 • Sinal de quarteirão constituido por uma só casa.

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O ponto do lado direito, ou base do triângulo, indica o prédio doinício do quarteirão e do lado esquerdo, ou vérticie, (em caso de quarteirões irregulares) o último prédio do quarteirão, O vérticie do triângulo indica a direção que o guarda deve seguir para fazer a volta doquarteirão.

Os quartèirões receberão numeração crescente do número 1 (hum)ao infinito (povoados e cidades pequenas), porém em casos excepcionais se pode, a critério da Chefia do Programa, modificar a seqüêncianumérica dos quarteirões, como seria o caso de cidades grandes divididas em bairros. Neste caso usa-se uma letra junto ao número de cadaquarteirão a fim de identificar o bairro que terá por sua vez numeraçãoprópria, e crescente, do 01 (hum) ao infinito.

Exemplos: Bairro da Tijuca da cidade do Rio de Janeiro com 131quarteirões.

Indica o início do quarteirão 1 do4 T 1 • bairro da Tijuca.

Indica o inicio do quarteirão 1314 T 131 do bairro da Tijuca.

No caso de quarteirões muito grandes ou quando a escassez decasas se torne difícil ou demorada a procura dos respectivos númerospara melhor orientação, poderão estes ser repetidos tantas vezes quantasforem necessárias.

Mas, em cada esquina, só haverá um número de quarteirão.

Em caso de substituição do número, o anterior deve ser apagadocom uma lixa de madeira que deve portar o servidor.

Desde que as zonas são compostas de quadras completas e possuem sinais indicativos do caminho a ser seguido pelo guarda, o seu itinerário escrito fica então reduzido a uma simples relação de números dequarteirões, na ordem em que devem ser trabalhados nos diferentes diasda semana. Fornece-se ao mesmo o itinerário que lhe compete por quarteirões numerados com a indicação da tarefa de cada dia e, também,um croqui mostrando a posição de todas as quadras da zona, O guarda-chefe, que é o responsável pela fiscalização e, conseqüentemente, pelascondições de trabalho de uma zona, possui um mapa da mesma com arelação do número de prédios existentes nos quarteirões que a compõe.O itinerário não deve nunca ser organizado aquém das possibilidades doguarda.

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A complementação do RG no que concerne a numeração dos prédios será realizado durante o levantamento de índice pelo guarda do itinerário. Para fazer a numeração o guarda obedecerá o conceito de casapara o PCFA de acordo com o que está expresso no capítulo 5 referenteas instruções para preenchimento de Boletim Diário do Serviço Antiaegypti — FA 202.

Os números terão 5 centímetros de altura e se marcarão com lápisazul de cera, ou tinta, na altura do indivíduo com o braço esticado,na parede da frente da casa, do lado direito da porta.

A numeração das casas de cada quarteirão começarão do número1 até o infinito.

Em caso de vilas as casas do fundo terão o número que couber acasa da frente seguido de traço (—) e outros números do 1 ao infinito.Ex. numa vila em que a casa da frente receber o número 9 e existemmais três casas no fundo estas receberão os números: 9—1, 9—2, 9—3.

Em caso de edifício o número base será o da casa do zelador ou docondomínio e os números dos apartamentos receberão o númerobase, um traço (—) e o número do apartamento. Ex. Ap. 201 do edifício que tem o número base (casa do zelador ou condomínio) 3, seránumerado 3—201.

Em caso de prédio novo este será numerado com o número da casaque lhe antecede, um traço (—) e letras maiúsculas de A a Z. Ex. umacasa nova entre o número 8 e 9, receberá o número 8—A.

3.2. LEVANTAMENTO DE INDICE

O levantamento de índice na Campanha anti-aegypti, é uma pesquisa que se faz em localidade não trabalhada, para saber-se de sua infestação ou não pelo Aedes aegypti.

O levantamento de índice pode ser realizado de duas maneiras:1) Pela pesquisa de focos larvários2) Pela captura de alados

Comumente é feita apenas a pesquisa de focos larvários.O levantamento de índice será feito na base da inspeção de 3 em 3

casas para as contíguas; de 2 em 2 para as casas separadas por distânciasinferiores a 25 metros, e em todas quando as distâncias forem maioresde 25 metros.

Em nenhuma localidade que já tenha sofrido tratamento, será possível o levantamento de índice.

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ÍNDICES DE INFESTAÇÃO DE AEDES-AEGYPTI E FORMA DEACHA-LOS

flwlfce larvário — Obtem-se multiplicando o número de casas encontradas com larvas de Aedes aegvpti por 100 e dividindo-se o resultado pelo total de casas inspecionadas.

Casas positivas X 100Casas inspecionadas

índice de adultos de Aedes aegypti — Número de casas onde encontraram-se adultos multiplicado por 100 e dividindo-se o resultadopelo

total de casas inspecionadas.

Casas com adultos X100Casas inspecionadas

Ihdice de depósitos — Número de depósitos com larvas de Aedesaegypti multiplicado por 100 e dividindo-se o resultado pelo total dedepósitos inspecionados.

Depósitojpçsitivos X 100Depósitos inspecionados

INFORMESTerminado o levantamento de índice numa localidade, o Diretor

Regional fará relatório à DIFA, informando os seguintes dados:a) nome de localidade e do municípiob) número de casas examinadasc) número de casas com foco de Aedes aegypti

PROCEDIMENTO

a) Tratar todos os focos de Aedes aegytpi que encontrar, ent5oproceder a desinsetização perifocal e/ou UBV.

b) Anotar os endereços.c) Instalação, no mais curto prazo, do serviço anti-aegypti.

MODELOS USADOSBoletim de recenseamento e mais os boletins do serviço anti-larvá

rio. Caso a turma seja mista, ou o levantamento seja por captura, serãousados os modelos da captura.

Nesses casos, todavia, no cabeçalho dos modelos, será feita a anotação: “Levantamento de Índice”.

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CAPÍTULO 4

4.1. FASES DE COMBATE AO Aedesaegypti

O combate visando a erradicação do Aedes aegypti é realizado me

diante a execução de várias atividades agrupadas em três fases distintas

da Campanha:

a) Fase preparatória — Consiste no recrutamento e adestramento

de Pessoal, planificação das estratégias e metodologias a serem

seguidas, estimativa de equipamentos, materiais e inseticidas; e

pesquisa larvária visando a definir a distribuição espacial do

vetor na área a ser trabalhada inicialmente.

b) Fase de Ataque — Esta fase caracteriza-se, fundamentalmente,

pelo tratamento com inseticida dirigido ao Aedes aegypt/, se

guido da verificação (inspeção predial após á tratamento) das

localidades tratadas, para avaliar os resultados do tratamento.

A cada verificação se seguirão novo tratamento das áreas encon

tradas infestadas, até que se complete a erradicação do mosqui

to. A inspeção deve ser realizada em áreas contínuas e crescen

tes, a partir das localidades infestadas com a finalidade de deli

mitar exatamente a possível dispersão do vetor. Compreende,

ainda; a complementação do reconhecimento geográfico a nível

de numeração de quarteirões e casas; confecção de croquis e iti

nerário do pessoal de campo; levantamento de índice completo

visando a delimitação definitiva da área infestada.

c) Fase de Vigilância — S estabelecida logo que se complete a erra

dicação do A. aegypti, e tem por objetivo evitar reinfestações

procedentes de áreas ou países ainda infestados. Nesse sentido

os trabalhos de vigilância ao mosquito tem que ser permanente,

sem interrupcão, e desenvolvido, racionalmente, naqueles locais

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reconhecidos como porta de entrada do vetor, tais como os portos, aeroportos etc. Nessa fase é de grande importância a utilização das armadilhas para o Aedes aegypti.

4.2. INSETICIDAS USADOS NO PCFA

No combate ao Aedes aegypti estão sendo usados três tipos de inseticidas fosforados com quatro formas de apresentação comercial, porser a cepa, que reinfestou o Pais, resistente aos inseticidas clorados,anteriormente usados.

São eles:

TEMEFOS (ABATE) — granulado a 1%;FENITROTHION (SUMITHION, FOLITHION) — pó molhável a 40%;FENITROTHION (SUMITHION, FOLITHION) — grau técnicocom 95—97% de pureza.CYTHION (MALATHION DESODORIZADO) — grau técnicocom 95% de pureza.

4.3. CUIDADOS COM OS INSETICIDAS USADOSE SUASDOSAGENS

TEMEFOS (ABATE) granulado a 1% — O citado inseticida é em;pregado em dose inofensiva ao homem, mas letal ao Aedes aegypti. Eusado como larvicida no tratamento tocai, nos depósitos de água parauso doméstico, inclusive água de beber, na concentração de 1 ppm (umaparte por milhão). Esta concentração é obtida empregando-se o Abate,nas seguintes proporções:

05 gramas (01 colher de café) para tratar um depósito com capacidade de 50 litros.

10 gramas (02 colheres de café) para tratar um depósito com capacidade de 100 litros.

20 gramas (01 colher de sopa) para tratar um depósito com capacidade de 200 litros.

50 gramas (02 colheres de sopa e 02 de café) para tratar um depósito com capacidade de 500 litros.

100 gramas (05 colheres de sopa) para tratar um depósito comcapacidade de 1.000 litros.

Os depósitos com capacidades maiores de 1.000 litros, serão tratados na mesma proporção.

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Os pequenos depósitos de uso doméstico, como bebedouro deaves, animais, vasos de flores, vasilhas com plantas aquáticas usadascomo adorno dentro de casas, deverão ser tratados com a quinta partedo conteúdo de uma colher de café (1,09).

Os depósitos com peixes assim como os bebedouros de passarinhosengaiolados, somente devem ser tratados quando encontre foco deAedes aegypti nos mesmos, neste caso, se tomará o cuidado de mandarretirar os peixes dos depósitos antes do tratamento, e recomendar quese evite que os pássaros tomem água com inseticida.

Na dosificação as colheres devem estar completamente cheias deAbate e não niveladas para que o seu conteúdo seja equivalente a 05gramas (a colher de café) e 20 gramas (a colher de sopa).

Para os aplicadores é recomendado sempre evitar o contato prolongado direto do inseticida com a pele. O inseticida deve ser transportadosempre em sacos plásticos até o momento da aplicação.

Os pesadores devem evitar o contato direto com a pele, olhos ou ainalação, utilizando equipamentos de segurança, fornecido pelo serviço,tais como: uniforme de mangas compridas, máscara com filtro, óculos,capacete, luvas e botas. Os pesadores devem ser submetidos a dosagemde colinesterase sangüinea a cada 15 dias.

A embalagem vazia deve ser inutilizada.

MÊTODO SIMPLES PARA CALCULAR VOLUME DE DEPÕSITOS

Para que o tratamento pelo método focal com Abate, tenha suaeficiência assegurada é necessário que o pessoal do Combate, ao Aedesaegypti tenha consciência da quantidade de inseticida que deve ser aplicada nos depósitos para obter a concentração de uma parte por milhão,ou seja, um grama de ingrediente ativo em um milhão de mililitros deágua, que representa 1.000 litros de água.

O tratamento com Abate é feito de acordo com a capacidade dodepósito e, não com a quantidade de água existente no mesmo.

Um método simples para calcular o volume de um depósito é oseguinte:

“Como se sabe que um litro de água ocupa o volume de um decímetro cúbico, se deve tomar as medidas em decímetro para facilitar o cálculo”.

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MÉTODO NO 1 — PARA CALCULAR O VOLUME EM DEPÓSITOSRETANGULARES

Fórmula: V = Cx Lx h

V= VolumeC = ComprimentoL = Largura Ehaltura 2 - L

com p n mentoExemplo:

Suponhamos que um tanque tem 12 decímetros de comprimento,10 decímetros de largura e 10 decímetros de altura. Utilizando-se a fórmula temos:

V = 12 x 10 x 10 = 1.200 decimetroscúbicos (1.200 litros)Como estamos trabalhando com Abate, grãos arenosos a 1%, em

pregando como medida uma colher de sopa de 20 gramas para cada200 litros de água, para se obter uma concentraçifo de 1 ppm (parte pormilhão), neste tanque deve-se colocar 6 colheres de Abate, ou seja, 120gramas de Abate, g. a 1%.

MÉTODO N02 — PARA CALCULAR DEPÓSITOS DE FORMASCILÍNDRICAS

Toma-se as medidas também em decímetros. _dmetro

V= KxD2xhV= Volume E’k = 0,785 valor constante 1

D2 = diâmetro ao quadrado — —

h= altura

Exemplo:

Suponhamos que uma cisterna tenha 15 decímetros de diâmetro e20 décimos de altura, empregando-se a fórmula temos:

V = k x Dx Dx h = 0,785 xiS x 15x 20=3.532,5 litros

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METODO N93 — PARA CALCULAR VOLUME DE DEPÕSITOSTRIANGULARES

Fórmula: V= B; L x H

V = VolumeBBaseL = LarguraH = Altura2 = Constante - -. -,

- -

- baseEste tipo de depósito é encontrado freqüentemente em cantos in

ternos de dependências residenciais ou não, como opção de aproveitamento do espaço formado pela intersecção de duas paredes.

Exemplo prático:Suponhamos que um depósito de forma triangular tem 20 decíme

tros de base, 8 decímetros de largura e 12 decímetros de altura. Aplicando-se a fórmula temos:

V= 20x8 x12 160 x12=80x12= 96odecímetros2 2

cúbicos (960 litros).

Para se obter uma concentração de 1 ppm (uma parte por milhão)neste depósito, será aplicado 96 gramas de abate granulado a 1%, ouseja, 4,8 colheres de sopa com capacidade para 20 gramas cada.

Para se achar a altura de uma cisterna, caixa d’água, etc., na faltade uma vara se deve conseguir uma corda ou cordão que atinja até ofundo do depósito. Com um objeto amarrado na ponta se desce atétocar o fundo, devendo ter o cuidado de deixar a corda esticada e, marca-se a medida do nível da água para conhecer a altura.

A medida do diâmetro toma-se da parte interior do depósito ouseja, de dentro a dentro.

FENITROTHION (SUMITHION OU FOLITHION) pó molhável a40% — inseticida usado como adulticida ou larvicida no tratamentoperifocal ou focal, em água não destinada ao consumo humano (nãobebida pelo homem), empregado na concentração final de 2,5% deprincípio ativo. Esta concentraç8o é obtida adicionando-se água, aospoucos, sob agitacão, ao Fenitrothion pó molhável a 40%, nas seguintesproporções:

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Volumedeinseticida Quantidade de feni- Concentração finala ser preparado em: trothion pó molhá- da suspensão

(Litros) vel 40% a ser mis- obtidaturado em (Gramas) (%)

2 125 2,53 187 2,54 (Bomba Bruden P-5) 250 2,55 312 2,56 375 2,57 437 2,58 500 2,59 562 2,510 625 2,5

Durante o tratamento perifocal devem ser tomados cuidados demodo a que o fenitrothion pó molhável 40% não atinja as pessoas, emparticular as crianças, nem pássaros ou outros animais domésticos ealimentos. Deve ser recomendado a população que após o tratamentoquando se varrer a casa enterrar o lixo com resíduo de inseticida.

Os aplicadores devem evitar o contato direto do inseticida com apele. O inseticida deve ser transportado sempre em sacos plásticos atéo momento da aplicação.

Os pesadores devem evitar o contato direto com a pele, olhos oua inalação utilizando equipamento de segurança, já mencionado em relação ao abate.

Os pesadores devem ser submetidos a dosagem de colinesterasesangüínea a cada 15 dias e substituidos a cada 3 dias.

A embalagem vazia deve ser inutilizada.

FENITRHOTION (SUMITHION, FOLITHION) grau técnico95-97% e CYTHION (MALATHION DESODORIZADO) — grau técnico a 95% — ambos usados como adulticidas, diluídos em até 50% emóleo de soja não refinado, mediante dois tipos de tratamentos:

— Tratamento por ULV (sigla que corresponde ao equivalente eminglês “Ultra Low Volume”) e que significa Ultra Baixo Volume ouVolume Ultra Reduzido.

— Tratamento por Neblina Térmica.

Nos dois casos o inseticida é aplicado por intermédio de máquinasmotorizadas seja manual (portátil) ou montada sobre veículo.

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L

Como nesses dois tipos de tratamento o inseticida é usado concentrado, a aplicação deve ser feita com o máximo cuidado para evitar in

toxicação do operador, da população, ou contaminação ambiental.

Qualquer que seja o tipo da máquina ela deve operar em perfeito

estado, conforme indicação do manual especifico para cada modelo, e o

pessoal deve receber um treinamento apropriado e supervisão constante.

Tanto aqueles servidores que trabalham na medição e fornecimen

to do fenitrothion G. T. como os aplicadores, que trabalham nas equi

pes de tratamento por ULV ou no tratamento por Neblina Térmica,

devem evitar o contato direto com a pele, olhos ou a inalação utilizando

equipamentos de segurança, fornecidos pelo Serviço, tais como: unifor

me de mangas compridas, máscaras com filtro, óculos, capacete, luvas e

botas. Estes servidores devem ser submetidos a dosagem de colinesterase

sangüinea a cada 15 dias e os que trabalham no fornecimento do inseti

cida substitu (dos a cada 3 dias.

A embalagem do inseticida, vazia, deve ser inutilizada.

4.4. MÉTODOS DE TRATAMENTO COM INSETICIDAS

O combate ao Aedes aegypti é realizado, atualmente, através detrês métodos distintos de aplicação de inseticidas, os quais se complementam, proporcionando meio eficiente de erradicação do vetor, sãoeles:

a) TRATAMENTO FOCAL — Consiste na aplicação de larvicidasem todos os depósitos que contenham ou possam conter águano momento da inspeção. Excetuam-se, ao tratamento, os pequenos depósitos (latas vazias garrafas, vidros, cascas de ovo, decoco, etc) que devem ser de preferência, eliminados ou enterrados, assim como os bebedouros de passarinhos, que só devemser tratados quando tiverem focos; os utensílios de cozinha quevão ao fogo e os que se destinam ao armazenamento de farinhase grãos (em geral hermeticamente fechados).

b) TRATAMENTO PERIFOCAL — Consiste na aplicação de uminseticida de efeito residual, por meio de uma bomba aspersoramanual, nas partes internas, externas e sobre a porção da superfície vertical dos depósitos com água, ou que possa vir a cont&la, de modo que essas superfícies fiquem cobertas por uma película fina de inseticida, nos depósitos que se encontrem dentrode uma casa ou no peridomic(lio, e que sejam criadouros reaisou potenciais doAedesaegypti.

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No momento está sendo utilizada para o tratamento perifocala bomba aspersora Brunden modelo P-5 com capacidade de 4 litros, aqual deve ser adaptada um bico T-jet 8002.

Preparação da carga — A mistura de inseticida com água deve serfeita, diretamente, no funil, de modo gradativo, com o auxilio de umbastão agitador.

Seqüência da borrifação — A seqüência do tratamento perifocalé a mesma que segue durante a inspeção predial.

b.1. Primeiro se tratam as depósitos que se encontram na frentede casa, até a metade da rua.

b.2. Em segundo lugar o guarda penetra até ao fundo da casa etrata os depósitos que se encontram no quintal, depois os que se encontram nos pátios laterais que rodeam a casa, caminhando da direita paraa esquerda.

b.3. Em seguida passa à casa e inicia o tratamento dos depósitosque se encontram no interior da mesma, inspecionando todos os vãos,a partir da cozinha, até chegar a frente da casa, deslocando-se sempreperto da parede, procurando os depósitos, caminhando sempre dadireita para a esquerda.

bÁ. Ao terminar o tratamento, preenche os formulários, faz asrecomendações pertinentes aos moradores e passa á casa seguinte doitinerário.

Técnica da aspersão — O guarda com a bomba no ombro esquerdo á tiracolo, coloca-se frente ao depósito que vai ser tratado, segurando o sistema de descarga, próximo a pistola, com a mão direita, demaneira que ao estirar o braço, o bico fique a uma distância de 45cmda superficie. Com uma velocidade de aplicação que permita cobrir45 cm da superficie em cada segundo o guarda deve começar a aspersão da parede externa do depósito, de cima para baixo, continuandoem faixas verticais, com superposição de 5 cm, fazendo girar o depósito quando seja necessário e o seu tamanho o permita, ou rodeando-oda direita para a esquerda quando for fixo ou demasiadamente grande.Em seguida borrifará a parede interna do depósito, do nível da águapara cima. Finalmenteaplica o inseticida sobre a porção da parede (ouqualquer superfície vertical) próxima, até um metro em volta do depósito, aplicando-se faixas verticais dos lados e horizontais por cima domesmo. Os depósitos pequenos (latas, garrafas vazias e emborcadas)devem ser recolhidos e borrifados juntos. A cada início de tratamento oguarda deve checar a pressão e agitar a bomba.

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Depósitos não borrifáveis — Não se borrifará, em sua face interna,os recipientes de água de beber os quais devem ser mantidos durante aborrifação, hermeticamente fechados. Também não devem ser borrifados as fossas sépticas e utensílios de uso diário tais como latas de lixoe recipientes que vão ao fogb.

O ciclo de tratamento Focal e Perifocal deve ser repetido a cada3 meses, no máximo, sempre obedecendo o efeito residual do inseticidautilizado.

a) TRATAMENTO POR UBV — Ultra Baixo Volume — Consistena aplicação espacial de soluções concentradas de inseticidasgrau técnico. Nesse método espacial de aplicação de inseticida,as partículas liquidas são muito pequenas, geralmente se situando abaixo de 30 micras de diâmetro, sendo 17 a 20 micras odiâmetro para o combate ao Aedes aegypti. A divisão das partículas é feita por uma corrente de ar produzida por ventiladoras partículas não enfrentam o ar, mas são carregadas em turbilhonamento flutuando no ar com facilidade por tempo variávelde acordo com o peso especifico das mesmas e o regime de vento da área a ser tratada.

Devido às particularidades acima citadas e principalmente o tamanho reduzido das partículas, este método de aplicação de inseticida atin

ge uma percentagem de superfície do como do mosquito muito maiordo que através de qualquer outro tipo de pulverização.

As vantagens do método onsiste: 1 — redução da infestaçgo predial do Aedes aegypti a nível igual ou inferior a 2% em quatro a seisciclos semanais de aplicação; 2 — fácil aplicação; 3 — alto rendimento;4 — pouco desgaste do equipamento; 5 — baixo volume de óleo oumesmo nada de diluente; 6 — maior área tratada na unidade de tempo;7 — melhor adesividade das partículas no corpo do mosquito vetore 8 — como as partículas não enfrentam o ar, pois são carregadas, elaspodem ser levadas à distâncias de 10, 20 e até 30 metros em função davelocidade do ventilador.

Desvantagens: 1 — exige mão-de-obra especializada; 2 — maiorinfluência do vento; 3 — pouca ou nenhuma ação focal; 4 — grandeação corrosiva na pintura de automóveis quando o tamanho médio daspartículas for superior a 40 micras e 5 — necessidade de assistência técnica especializada. Cuidados especiais devem ser observados para obter-se êxito na aplicação de inseticida por Ultra-Baixo Volume. Para issorecomenda-se que a pulverização seja sempre feita na parte da manhã,bem cedo, ou ao anoitecer, uma vez que nesses períodos normalmentenão existe ar em movimento. O método não deve ser empregado quan

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do a velocidade do vento for superior a 6 km/hora, para que as partículas aspergidas não sejam transportadas para fora da área objeto detratamento. Quando a máquina pulverizadora for do tipo montada sobre o veículo, a velocidade deste nunca deve ultrapassar a 16 km/horadurante o processo de aplicação e a boquilha do pulverizador deve serdirecionada para as casas obedecendo um ângulo de inclinação de aproximadamente 45 graus com vazão de inseticida regulada para 90 a 127 ml!minuto.

Durante a operação os servidores tomarão ainda os seguintes cuidados: Não fumará ou comerá qualquer alimento; usará equipamento desegurança pessoal; evitar qualquer contato com o inseticida, acidentalmente se tal acontecer, lavar-se-á imediatamente com água e sabão;trocará o uniforme e tomará banho após cada etapa de trabalho (no fimdo expediente da manhã e da tarde); usará diariamente uniforme e outros acessórios de segurança limpos, lavando-os diariamente com sabão;recomendará aos moradores residentes no roteiro da máquina, cujasresidências tenham janelas ou portas voltadas para a rua, que as abramdurante a operação a fim de que as partículas penetrem nas casas; evitará o contato do inseticida com olhos e demais partes do corpo; não tratará o interior de fábricas, depósitos, ou armazéns que contenham alimentos; não fará aplicação em áreas com plantações de verduras, cereais,frutas etc.; deverá cuidar para que as máquinas, estejam bem reguladasde modo que produzam partículas que não manchem pinturas de carro,mármores, etc.; mesmo que as máquinas estejam bem reguladas as aplicações devem ser feitas de modo que não atinjam as pinturas dos carros,mármores, restaurantes, açougues, padarias etc.; deverá cuidar aindapara que o local de limpeza das máquinas seja sempre em áreas nãopróximas a rios, córregos ou locais que tenham animais, evitando-seassim envenenamento ou poluição do meio ambiente.

Em razão do desenvolvimento biológico do Aedes aegypti, ocorrerem condições normais de umidade e temperatura, num período de 9 a13 dias para se transformar em mosquito adulto, e não se dispor, nomomento, de •inseticida com poder ovicida, os ciclos de tratamentospelo método Ultra Baixo Volume devem ser semanais, para que sejaatingida as espécimes eclodidas de ovos remanescentes; repetindo-se otratamento por 4 a 6 semanas consecutivas.

Atualmente são utilizados pelo PCFA os seguintes atomizadoresna aplicação de inseticidas por UBV:

1) HATSUTA — Ë do tipo costal motorizado com capacidade para12 litros. São usadas para complementar o tratamento de pequenos focos e para auxiliar o trabalho das máquinas UBV instala

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das sobre veículos, quando estas no conseguem atingir locais dedifícil acesso (encostas, favelas, etc).

2) MICRO-CEM — Atomizador com versatilidade semelhante aoanterior, apresentando a vantagem de produzir partículas menores que o HATSUTA;

3)TAKACHI — Ë um termonebulizador que produz partículas aBaixo Volume, ou seja, com diâmetro intermediário entre o volume normal e UBV. Ë usado especifiamente em vagão de tremde carga procedente de áreas infestadas;

4) LECO — Esta máquina opera montado sobre veículo e consistebásicamente de um motor a gasolina combinado a um ventiladorde alta rotação que produz o turbilhonamento do ar, bico desaída do inseticida em partículas UBV, tanque para inseticidae painel de controle eletrônico, o qual, geralmente fica instalado na carroceria do veículo. Este aparelho, é o mais sofisticadoque o PCFA utiliza.

4.5. CONSERVAÇÃO DOS PULVERIZADORES

Depois do trabalho diário o guarda deve lavar a bomba,interna eexternamente. Deve merecer especial cuidado o bico da bomba, utilizando para sua limpeza vassouras de cerdas ou pressão de ar, e nuncapontas metálicas. As partes móveis (êmbolo), devem ser mantidas sempre lubrificadas com óleo vegetal ou grafita em pó, e a parede externalimpa com líquido limpa metais.

A conservação da bomba é de exclusiva responsabilidade do guarda.

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Bomba aspersora Bruden model. P-5

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A5pecto do tratamento parifocal

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Aspectos da cubagem de uma caixa d’água

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Aplicaç3o do Abato (Temefos) pelo método focal de acordo com a capacidade do depásito

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PULVERIZADORES DE INSETICIDAS PELO MÉTODO ULTRA-BAIXO.VOLUME

Maquina Leco Instalada sobra ve(culo

Máquina Hatsuta — tipo costal

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CAPItULO 5

5.1. BOLETIM DIÁRIO DO SERVIÇO ANTI-AEGVPTI FA-202

Ë utilizado nas fases de ataque ou de vigilância. O novo modelo doboletim foi elaborado para permitir um melhor preenchimento sobre asocorrências e providências.

Na coluna “NQdo Quarteirão” será escrito o n9do quarteirão deacordo com a numeração do R.G. e do croqui da localidade ou bairro.

“Rua ou logradouro” será escrito o nome da rua ou praça que dêacesso à entrada principal da casa.

O “NPda Casa” será o número correspondente ao R.G. o “NQdoAp” será o número do edif (cio que conste no R.G. seguido de “Barra”(—) e número respectivo do apartamento. Quando se trabalha terrenobaldio, escreve-se “T.B.” na coluna “NQda Casa”.

Casa é a unidade básica de trabalho do Programa de Controle daFebre Amarela (Sub-Programa Anti-aegypti), é uma construção comentrada independente que só pode ser franqueada ao pessoal do serviçopor seus ocupantes ou responsáveis, constituída por um quarto ou grupo de quartos, uma casa ou um apartamento ocupado ou por ocuparpor uma família, por uma só pessoa ou por um grupo de pessoas, paraai viver, trabalhar ou exercer qualquer atividade.

Considera-se que a unidade tem entrada independente quando seusocupantes podem passar desde a via pública até o interior da mesmasem ter que atravessar a unidade ocupada por outras pessoas, ainda quetenham que passar por saguões, escadas, elevadores, corredores ou outros recintos de uso comum ou coletivo.

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De acordo com esta definição, considera-se como uma casa, umaresidência particular, um hotel, um hospital, um colégio, um apartamento, uma igreja, um rancho, um consultório, uma oficina mecânica,um quartel, uma cadeia (prisão), um armazém, uma fábrica, etc. Entretanto, não se considera como casa, cada um dos quartos de um hotelou cada uma das celas de uma prisão; cada uma das salas de um hospitalou as salas de aula de uma escola que se encontre num sã corpo do edit (cio.

Quando em uma fábrica, um quartel, um hospital, etc., existem vários pavilhões ou edificações independentes, cada um desses pavilhõesdeve-se considerar como uma casa.

Deve-se incluir na casa todas as dependências anexas a ela, taiscomo: pátios, jardins, privadas externas, garagens, galinheiros, etc.,assim como a parte da via pública que esteja em frente, com seus depósitos e focos.

Na coluna “Hora de Entrada” deve ser escrito a hora de início dotrabalho de inspeção em cada casa.

As seguintes 10 (dez) colunas verticais com cada tipo de depósitosestão divididos cada uma em (02) duas sub-colunas verticais “NO e*r.Na sub-coluna “Çl’ deve ser escrito o total de depósitos daquele tipoque foram inspecionados. Na subcoluna ‘““‘ será escrito quantos depósitos apresentavam foco “F”, “FP”, “FA” ou “FAP” e, quantos foramtratados, eliminados ou peixados, isto é, que contenham peixes.

DEPÓSITOS

O guarda é obrigado a inspecionar todos os depósitos para ver seeles contém água. Somente, porém, devem ser anotados, como inspecionados, os depósitos encontrados com água. Entretanto um depósitorecentemente esvaziado e ainda úmido, é considerado como depósitocom água.

A não ser que o Chefe do Serviço dê instruções especiais, nas áreaslivres de Aedes aegypti, que estejam em vigilância, os guardas não devem se ocupar em eliminar depósitos, salvo os que estiverem com foco.

Há que se destacar o depósito de difícil acesso que é aquele que,no trabalho de rotina, mesmo utilizando todos os meios ao alcance doGuarda e do Guarda-Chefe, as escadas disponíveis etc., não pode ser inspecionado ou tratado. Esse depósito requer atenção especial e prioritária e para tanto deve ser registrado no formulário SUCAM FA-208, Bo

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letim de Inspeço e Controle de Depósito de Difícil Acesso. Nesses

casos os Inspetores, Inspetores Gerais, ou servidores hierãrquicamente

superiores providenciarão os meio adequados para que esses tipos de

depósitos possam ser rigorosamente inspecionados, e, se for o caso, tra

tados. Exemplos comuns de depósito de difícil acesso são as caixas

d’água.

INDICAÇÕES DOS FOCOS ENCONTRADOS NOS DEPÓSITOS

No registro dos focos encontrados, sero usados as seguintes abre

viaçôes:

F — para indicar os tocos de ovos e de larvas de qualquer espé

cie de mosquito, com exceção do Aedes aegpti.

A’ — para assinalar os focos de pupas de qualquer espécie de

mosquito, excetuados, também, os de Aedes aegypti.

FA — para assinalar os focos de ovos e de larvas de Aedesaegypt/.

FAP — para anotar os focos de pupas de Aedes aegypti.

Terminada a visita, o Guarda, registrará nos espaços corresponden

tes ao boletim, o número dos depósitos, por espécie, e marcará os focos

encontrados, do seguinte modo:

a) Suponhamos que 03 (três) Caixas d’Água foram inspecionadas,

e 02 (duas) delas tinham foco, sendo 01 (um) de larvas de Aedes

aegypti e outro de pupa de Aedesaegypti. Na sub-coluna “NQ”

da coluna correspondente “Caixa d’água” será escrito o nO 3,

que indica que 3 caixas foram examinadas. Na sub-coluna ()seguinte, escreverá 1 FA (que indica um foco de larvas de Aedes

aegypti), e abaixo desta indicação, no mesmo espaço, 1 FAP

(que quer dizer, foco de pupa de Aedes aegypt/, assim:

CAIXA D’ÁGUA

N9 *

1FA1FAP

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b) Num tanque inspecionado foi encontrado 1 (um) foco de pupade Culex. Na sub-coluna “NO” da coluna correspondente (TANQUE), será anotado o número 1, indicando que um tanque foiinspecionado. E na sub-coluna (*) seguinte, escreverá 1 FP (queindica um foco de pupa de qualquer espécie de mosquito, exceto deAedesaegypti). Assim:

TANQUES

: NO *

1 1FP

c) Foram examinados, 2 barris, um dos quais apresentou 1 foco deovo ou larva de Culex. Na sub-coluna “NQ” da coluna correspondente (Barris-Tonéis-Tina), será anotado o número 2, indicando aqui 2 barris, foram inspecionados. Na sub-coluna (*) seguinte, escreverá 1 F (que indicará um foco de ovos ou de ‘arvasde qualquer espécie de mosquito, exceto deAedesaegypti).

Assim:

BARRIS, TONËIS, TINAS

N9

2 1F

— 1

Quando forem encontrados focos mistos, isto é, com mais de umaespécie de mosquitos, se houver Aedes aegypti o foco será assinaladoapenas como foco de aegypti.

Quanto ao estágio de evolução, o foco é classificado de acordocom a fase mais adiantada que for encontrada, isto é, se houver ovos,

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larvas e pupas, o foco será classificado de pupa; se houver ovos e larvas,será chamado foco de larvas.

INDICAÇÃO DE DEPÓSITOS ELIMINADOS, TRATADOS OU COMPEIXES

Além das indicações referentes ao tipo de foco, sergo também anotadas, nas respectivas sub-colunas (1, as providências adotadas peloGuarda para destrui-los ou impedir que se formem novamente. Paraesse fim, serão usadas as seguintes observações:

E — para depósito eliminado

T — para depósito tratado

PE — para depósito com peixe

Exemplificando, esclarecemos que as anotações que se seguem,signifcam:

5 — 2 PE, que 5 depósitos foram inspecionados, estando 2 compeixe;

3 — 2 T, que 3 depósitos foram inspecionados, sendo tratadosdois deles;

2 — 2 E, que 2 depósitos foram inspecionados, sendo os 2eliminados por qualquer processo.

A coluna “Focos”, será preenchida com a soma dos focos de cadatipo e em vários depósitos, em cada casa ou apartamento, do seguintemodo:

a) Na sub-coluna “F”, será registrado todos os focos encontrados,de qualquer espécie de mosquito, inclusive de Aedes aegypti, quer sejamde ovos, larvas ou pupas;

b) Na sub-coluna “FP”, será registrado todos os focos de pupasencontrados, de qualquer espécie de mosquitos, inclusive de Aedesaegyp ti;

c) Na sub-coluna ‘FA”, serão anotados somente os focos de Aedesaegypti, quer sejam de ovos, larvas ou pupas;

d) Na sub-coluna “FAP”, serão anotados exclusivamente os focosde pupa de Aedes aegyptL

Vejamos, para exemplificar e esclarecer possíveis anotações no FA . 202do trabalho realizado numa determinada casa:

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Essas anotações significam que:

a) Três caixas d’água foram examinadas (3), das quais duas estavam calafetadas (2E), e a terceira foi tratada (1T).

b) Três tanques foram examinados (3), em dois deles havia foco delarvas de Aedes aegypti (2FA), sendo tratados com larvicida (2T),e o terceiro com peixe (1 PE).

c) Três depósitos de barro foram examinados (3), um com foco deoutros e por isso foi quebrado (1E), e os outros dois estavamcom peixe (2 PE).

d) Um barril examinado (1), estava com foco de pupa de outros(1 FP), e por isso foi eliminado (quebrado) (1 E).

e) Em cinco depósitos artificiais (5), todos estavam com foco delarvas de outros (5 F), e foram eliminados (enterrados) (5 E).

f) Três calhas foram examinadas (3), e nelas foram encontrados focos de pupas de Aedes aegypti (3 FAP), e por isso foram eliminadas (retiradas por desnecessárias) (3 E).

g) Em duas árvores examinadas (2), foram encontradas cavidadesque foram eliminadas (obturadas com cimento) (2 E).

h) Os três poços foram examinados (3), estavam com peixe (3 PE).

i) Um charco examinado (1), foi eliminado (por aterro) (1 E).

j) Um pneu examinado (1), com foco de larvas de outros, (1 F),que foi tratado (1 T).

Ao todo foram encontradas, naquela casa, 13 focos entre todas asespécies. Destes, 7 foram de (ovos ou larvas de outros); 1 de pupa (pupade outros); 2 de (ovos ou larvas Aedes• aegypti e 3 de (pupa de Aedesaegypti) -

A coluna de “Focos” com suas respectivas sub-colunas (F, FP, FAe FA e FAP), será preenchida com a soma dos focos encontrados, decada tipo, e em vários depósitos, em cada casa ou apartamento inspecionado. E a soma das dez colunas verticais, anteriores. Veja exemplodado acima.

A seguinte coluna “Consumo de Inseticida”, em gramas, permiteregistrar o gasto de inseticida. Lembramos que no caso do “Sumithion”,a anotação do consumo é feita na coluna horizontal correspondente àcasa onde se enche a bomba, onde se prepara a carga da bomba.

Na pane inferior do boletim, para as dez colunas verticais dos diversos tipos de depósitos, existem seis linhas horizontais que destacamespaços destinados às seguintes rubricas:

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“Total de Depc/ FA” — que significa total de depósitos com FA.Nesta linha e nas colunas correspondentes, serão anotados os totais defocos de “FA” por depósito.

“Total de Dep. c/ FAP” — nesta linha e nas colunas correspondentes, serão registrados totais de focos de “FAP” (focos de pupas deAedes aegypti).

“Total de Dep. lnsp.” — nesta linha serão anotados os totais dedepósitos inspecionados. Segue-se o mesmo procedimento para as trêsúltimas rubricas; “Total de Depósitos Tratados”, “Total de DepósitosEliminados” e “Total de Depósitos Peixados”.Na coluna “Casas com Focos”, na parte inferior direita do boletim, estão assinaladas outras rubricas destinadas ao registro da somadas casas encontradas com focos. Aqui cada casa é contada apenas umavez, seja qual for o número de focos que nela tinha sido encontrados.Na rubrica “F”, será anotado o total de casas com focos de qual.quer espécie de mosquitos e em qualquer fase de evolução (ovos, larvasou pupas).

Na rubrica “FP”, o total de casas com focos de pupas de qualquerespécie de mosquitos.

Na rubrica “FA”, o total de casas com focos de Aedes aegypti,seja qual for o estágio de evolução (ovos, larvas ou pupas).Na rubrica “FAP”, escreve-se o total de casas com focos de pupasde Aedes aegypti.

VERSO DO FA-202

Na parte inferior existem amplas instruções sobre algumas das principais modalidades de trabalho e também das siglas sobre as ocorrênciasem focos.

O preenchimento da parte superior do verso do boletim é simples erepresenta apenas o resumo do trabalho realizado, o qual é copiado daparte anterior do boletim.Na parte de “Casas”, a coluna “Pendentes”, refere-se ao númerode casas que o Guarda não logrou inspecionar ou tratar, apesar dos esforços feitos.

Esclarecemos como assinalar as casas com focos. Observa exemplosseguintes:

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A B

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C D

Em A — uma casa com-um ou mais focos de ovos, larvasde qualquer espécie de mosquito.

Em B — duas casas com um ou mais focos de pupas deespécie de mosquito,

Em C — uma casa com um ou mais focos, de ovos ouAedes aegypti.

Em O — três casas com um ou mais focos de pupasaegyp ti.

A coluna de terrenos baldios refere-se ao total desses locais queforam tratado e englobados na coluna de casas tratadas.

Uso do quadro “Depósitos” do Boletim Diário do Serviço Antiaegypti — Completado o preenchimento da frente do FA-202, o Guarda deverá fazer a soma dos depósitos encontrados e anotar no verso

do boletim, na parte “Depósitos”, do seguinte modo:

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CASAS COM F 1

CASAS COM FP

CASAS COM FA

CASAS COM FAP

CASAS COM F 1

CASAS COM FP

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CASAS COM FAP

CASAS COM F 2

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CASAS COM FA

CASAS COM FAP

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CASAS COM FP 3

CASASCOMFAP 3

CASAS COM FA 3

ou pupas

qualquer

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de Aedes

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DepósitosT P ° Focos Aegypti Inspecio- Elimi- Tratados c/Peixes

Total FAP nados nadosCaixas D’água 3 2 1Tanques 2 3 2 1Dep. de Barro 3 1 2Barris, tonéisetinas 1 1Dep. art. esp. 5 5Calhas 3 3 3 3Arv. e plantas 2 2Cacimbas, poçosecisternas 3 3Outros dep. 1 1

Pneus 1 1TOTAIS 5 3 25 15 4 6

O quadro acima refere-se ao exemplo que demos no Boletim Diáriodo- Serviço Anti-aegypti. Este quadro, juntamente com o quadro“Casas”, pode também ser usado pelo guarda com o fim de preparar oresumo semanal da zona.

Na parte referente a “Depósitos” — “Focos Aegypti”, a subcoluna“Total” é a mesma que “FA” da frente do FA—202, na qual será registrados todos os focos de Aedes aegypti, sejam de ovos, larvas ou pupas,por tipo de depósito. Na sub-coluna “FAP” serão registrados todos focos de Aedes aegypti na fase de pupa.

O boletim FA-202, é preenchido pelo guarda, em uma só via. Notrabalho diário, pode preencher mais de um boletim, visto que o mesmo,somente, permite registrar o trabalho realizado em 14 casas.

No final do trabalho diário, o mesmo é entregue, por cada guardaao guarda-chefe. O guarda-chefe, inspetor, inspetor-geral ou qualquersupervisor, quando realizar supervisão indiréta visitando casas trabalhadas pelo guarda pode e devem preencher um boletim SUCAM FA-202,para conferir depois com o FA-202 preenchido pelo guarda.

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No fim de semana, o guarda-chefe reunirá todos os boletins

SUCAM FA-202 de todos os guardas da turma e fará um resumo. Em

seguida entregará ao inspetor a resumo e os boletins SUCAM FA-202

dos guardas, serão levados pelo inspetor para preenchimento do

boletim SUCAM FA-226, Resumo Semanal do Serviço Anti-aegypti.

Além disso, o guarda antes de entregar os boletins SUCAM FA-202,

tirará deles informações para o preenchimento dos seguintes boletins:

SUCAM FA-205 (Boletim de Casas Pendentes), FA-208 (Boletim de

Inspeção e Controle de Depósitos de Difícil Acesso) e FA-217 (Bole

tim de Controle de Batida de Foco Gerador).

CASAS FECHADAS

Distinção entre casas fechadas e casas desabitadas

Casas fechadas consideram-se aquelas cujos moradores estão ape

nas ausentes e, assim há na casa, móveis, objetos de uso, etc. Equivalem,

para o serviço, as casas habitadas, e devem ser visitadas pelo guarda.

Anotações no Boletim — As casas que, por ocasião da visita regular do

guarda, forem encontradas fechadas, deverão ser anotadas no Boletim

Diário do Serviço Anti-aegypti da seguinte maneira:

No espaço destinado para “Depósitos” o guarda indicará: “FE

CHADA” anotando no boletim apenas a hora. Na mesma ocasião o

guarda deverá assinalar essa casa em um boletim especial, feito em du

plicata, para casas fechadas, preenchendo todos os tens que estão den

tro da primeira divisão (rua, número, quarteirão).

Ao fazer a soma dos boletins comum do serviço, as casas fecha

das, inclusive as recusadas, não deverão, é claro, ser contadas no total

de casas inspecionadas.

Inspeção de casas fechadas — depois que todo o itinerário da semana

houver sido coberto, o guarda entregará uma cópia do seu “boletim de

casas fechadas” ao guarda-chefe. O guarda-chefe providenciará a visita

que será efetuada pelo próprio guarda da zona, ou pelo guarda de servi

ço de casas fechadas. Os resultados das inspeções feitas a casas fechadas,

nessa segunda tentativa, deverão ser anotados nas colunas respectivas,

no boletim de casas fechadas e terão naturalmente de ser inclu (das no

resumo semanal.

Casas fechadas não visitadas — as casas fechadas que ainda não puderem

ser visitadas pela segunda vez, no ciclo, devem ser anotadas em outroboletim intitulado: “Casas fechadas não visitadas no ciclo ...“. Esse

boletim será entregue ao guarda-chefe para as providências que couberem.

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Casas habitualmente fechadas — nas casas cujos moradores estão habitualmente ausentes, o guarda deixará um “Aviso” colado em pontovisível da porta de entrada da casa. Caso o morador não atenda o pedido feito para deixar a casa aberta, ou não facilitar a obtenção da chaveno dia em que a visita devia ser feita, o guarda dará conhecimento dofato, por escrito ao seu guarda-chefe para que este tome as providências.

CASAS DESABITADAS

Categorias — as casas desabitadas devem ser divididas em duas categorias

As que podem ser feitas pelo guarda do serviço anti-larvário e querequerem providências especiais.

Casas desabitadas feitas pelo guarda de serviço anti-!arvário

São aquelas cujas chaves o guarda pode facilmente obter sem desviar-se do seu itinerário.

Casas feitas em serviço complementar

As casas que para obtenção das chaves obrigue o guarda a desviar-se do seu itinerário deverão ser inspecionadas no fim de semana, oupelo serviço complementar.

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CAPI’IULO 6

6.1. SERVIÇO MARÍTIMO E FLUVIAL

Ë um serviço destinado à eliminação de criadouros doAedesaegyp

ti nas embarcações e a proteger a orla terrestre das localidades, numa

área de pelo menos 400 metros. Esta última se denomina parte terres

tre do Serviço Marítimo ou Fluvial.

A inspeção não só das grandes embarcações como ainda das peque

nas tem uma grande importância, porque elas podem agir como meio

de difusão do Aedes aegypti.

Atribuições do guardas SM ou SE — ao guarda do Serviço Maríti

mo ou Serviço Fluvial, compete:

1. Inspeções de embarcações visando a eliminação de focos e adultos

de Aedes aegypti.

2. Proteção pelos meios adequados, dos depósitos existentes nessas

embarcações, de modo a evitar-se a reprodução de focos.

3. Pesquisa e eliminação de focos e proteção dos depósitos existentes

na orla portuária.

TIPOS DE EMBARCAÇÕES

a) Grandes Embarcações

Em geral possuem cascos de ferros e são de fundo largo, permi

tindo a existência de vários porões completamente fechados. São as

chatas, chatinhas e as conhecidas na Amazãnia por “vaticanos”.

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b) Médias Embarcações

Em geral, têm o casco estreito, com uma ou duas séries de porões,no centro. Este grupo compreende as lanchas, batelões, pequenosnavios, e as conhecidas, na Amazônia por “gaiolas”.

TubuMveis — quando nela se pode aplicar tubulação.

Não Tubuláveis — quando, por fácil inspeção, não necessitem de tubulação.

DEPÓSITOS TIVICOS DE EMBARCAÇÕES

Muitas das embarcações grandes e médias possuem depósitos especiais que merecem ser descritas, pela constância com que neles sãoencontrados focos.

a) Porões — são dependências formadas pelos espaços limitadosentre a sobrequilha e cavernames ou cavernas, Os porões, porvezes, ficam totalmente inundados, e quando a água baixa,ficam focos nos cavernames e sobrequilha, havendo subdivisão do foco primitivo. Os porões se denominam; de amarra,de prôa ou vante, de meia nau, de popa ou ré ou de bucha.Os paiás, embora estanques, são considerados como porões.

b) Grinaldas — são divisões da parte interna do casco, situadono extremo da popa, acompanhando a sua declividade, e ondepode acumular-se água, vinda do convés, por infiltração.

c) Tanques — são os de “aguada”, para abastecimento da tripuação e os de “lastro”, que servem para manter a estabilidade.

Esses últimos, em geral são em número de quatro, sendo doisà vante e dois à ré.

d) Tricanizes — são regos no convés destinados a coletar a água dechuva ou lavagem que escoa dos embornais, orificios existentesde espaço a espaço. Detritos e resíduos de bordo, frequentemente obstroem estes depósitos, formando coleções d’água.

e) Guinchos — os orifícios existentes nos guinchos acumulam águaque poderão dar lugar à formação de focos.

f) Pneus — Os pneumáticos usados nas embarcações como proteção, só é permitido o emprego dos mesmos quando estiveremperfurados em distâncias, no máximo, de 20 cm, devendo teros furos, pelo menos, polegada e meia de diâmetro (fig. 15).

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Oimeero do furo: poleqada e

meia, pelo menol (carta ara

cetinecroul.

2 — Detànc,e màx, ma aflue os lance.20 cccl lmetrce.

Artigo 189 —Só é permitido o emprego de pneumáticos, como defensa de embarcações

quando os mesmos estiverem perfurados em distâncias máximas de 20cm,

devendo os furos ter, pelo monos, polegada e meia de diâmetro.

DECRETO-LEI N9 785 DE 25 DE AGOSTO DE 1969

Dispõe sobre infrações às normas relativas à Saúde respectivas penalidades:

Artigo 89 — Alínea Xl — O nâo cumprimento de medidas, formalidades e outras exigên

cias sanitárias pelas empresas de transØortes, seus agentes e consignatários.

comandantes ou responsáveis diretos por embarcações, aeronaves e veículos

terrestre, nacionais ou estrangeiros;Pena — Multa de quatro a dez vézes o maior salário mínimo vigente no país, inter

diçâo temporária ou definitiva, apreensão, suspensão, impedimento tempo

rário ou definitivo.

Técnica de inspeçffo — A inspeção das pequenas embarcações requer cuidado minucioso quanto ao lastro e aos pequenos depósitosmóveis (barris, etc.).

Para as grandes e médias embarcações, a inspeção deve estender-se,rigorosamente, a um variado grupo de depósitos exigindo, não só pes

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199. 15— DAS NORMAS DA CAMPANHA DE ERRADICAÇÃO DO AEDES AEGYPTI

(mosquito transmissor da Febre Amarela).

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quisas de focos larvários, mas, ainda, um serviço de captura em todas assuas dependências. A inspeção deve começar pela parte inferior da embarcação circulando, o guarda, pela direita.

No Serviço Marítimo, os grandes navios, em virtude de possuiremporões estanques e depósitos de água convenientemente protegidos,não são inspecionados, rotineiramente, a menos que condições especiaiso determine.

Esses trabalhos são executados por um guarda, geralmente, eacompanhado por um servente.Os porões encontrados com focos receberão primeiramente, uma

carga de larvicida empregado. Terminado esse trabalho, pratica-se oexpurgo com o inseticida aprovado pela Campanha.Visto (SUCAM FA-201) — Este modelo serve para o registro dasvisitas dos guardas e dos guardas-chetes, nas embarcações de grande

e médio portes. Em cada uma das partes do porão deverá ser colocado um “Visto”.

Proteção dos depósitos e das embarcações — Os depósitos das embarcações devem ser protegidos da seguinte maneira:

a) Barris de aguada — Com moldura telada de dupla tela milimetrada de latão (FIG. 16).

b) Tubulação — Quando necessário, dotar os porões com sistemade tubos com três oitavos de polegadas de diâmetro, atravessando em posição horizontal todos os cavernames, sendo o tuboperfurado de maneira que cada furo corresponda ao espaçoentre duas cavernas. Em cada extremidade do tubo horizontal,e às vezes, nas suas partes centrais, ligam-se tubos de uma polegada de diâmetro que sobem junto à parede divisória ou aocasco, até ao assoalho do convés. Na extremidade desses tubossão adaptados bocais metálicos, que tem um nome de flangee prende o conjunto ao assoalho do convés. Uma peça em roscafecha o bocal do tubo. Esta peça deve ser sextavada, ou terdois orif (tios a fim de poder ser retirado, quando necessário.

LAR VICIDA

Os comandantes poderão usar como larvicida o óleo diesel, quepoderá ser colocado em quantidade adequada, conforme o tamanhodo porão, derramando-o, semanalmente, por meio de funil, nosflanges.

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Eig. 16— Esquema de barril inviolável com selo de chumbo.

SELO OS CuvEo

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EOPED_ETAS

DOBRADIÇA PORTAESTDJO DA ELA

ESCAVAÇÃD FEITA NO BARRIL PARA ENCAIXE DA PORTA

FJRCS RARA BORBOLETAS E RAHAELD5

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A campanha usará:a) ABATE — como larvicida para o tratamento dos depósitos com

água de beber.b) FENITROTHION PÓ MOLHÁVEL A 40% — como larvicida

em águas que não sejam para beber, e também como inseticida.

ATESTADO DE PROTEÇÃO ANTI-AEGYPTI

Só ao término do trabalho, e após satisfeitas todas as providênciaspara a proteÇão d embarcação será fornecido o Atestado de ProteçãoAnti-aegypti.

MEDIDAS ESPECIAIS

Caso se observe grande quantidade de adulto de Aedes aegypti, aose iniciar a visita, a embarcação deverá ser desatracada, e conduzida àdistância mínima de 400 metros do cais, onde, então, se procederá otrabalho, inclusive a borrificação de todas as distâncias.

ÁREA DE PROTEÇÃO PORTUÁRIA

O Serviço Marítimo ou Fluvial é realizado numa orla de profundidade variável, mínimo de 400 metros, de acordo com o que for determinado pela Campanha. Em nada se diferencia do serviço antilarvário,a não ser pelos depósitos encontrados em seu pátio, oficinas e armazéns.

COOPERAÇÃO DAS AUTORIDADES

A policia marítima, capitania dos portos, e demais autoridadescooperam com a Campanha, reforçando o cumprimento das exigênciasregulamentares.

RELATÓRIO DO SERVIÇO MARÍTIMO

Ë feito, mensalmente com registro e atualização diária, pelo guarda-chefe, no modelo Resumo Mensal de Inspeção e Controle deVeículos — FA-212.

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CAPÍTULO 7

7.1. SERVIÇO DE ARMADILHAS

As armadilhas são depósitos (geralmente de barro ou pneus) dispostos em locais considerados como “portas” de entrada do vetor, eportanto sujeitos a vigilância, tais como portos fluviais ou marítimos,aeroportos, estação rodoviária, estação ferroviária, etc.

As armadilhas deve ser instaladas em sítios preferidos pelo Aedesaegyptf adultos pois sua finalidade é detectar precocemente infestaçõesimportadas de áreas positivas e originárias de alados trazidos pelas embarcações, aviões, caminhões etc.

É importante que essas áreas submetidas a vigilância com instalações de armadilhas sejam mantidas livres de outros tipos de depósitospara que as armadilhas possam atrair os Aedes adultos.

De preferência as armadilhas devem ser colocadas numa alturainferior a 80 cm do solo, em local sombreado e silencioso. Cuidado especial deve ser tomado para que a água da armadilha esteja, sempre, emnível propicio à atração dos mosquitos. Durante a inspeção da armadilha, inicialmente, deve ser tentado a captura de mosquitos adultos quepor acaso estejam voando ou pousada na armadilha ou nos arredores da

mesma. Em seguida deve ser pesquisado larvas e pupas.

Cada armadilha deve conter a sigla SUCAM/MS e logo abaixo a sigla do programa PCFA seguido do número de controle da armadilha, naface externa do depósito e escrito em tinta de cor branca contrastandocom a cor da armadilha, presa ao depósito, por arame, haverá umapequena tábua onde será colocado o “Visto” — SUCAM FA-201 -

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O guarda-chefe deve ter uma lista de todas as armadilhas em funcionamento e um croqui da área em vigilância, com a sinalização doslocais em que elas se encontrem.

As armadilhas requerem inspeções semanais destinadas à verificação da sua capacidade esclarecedora dirigida ao período de desova até aformação de pupas que varia de 7 a 1 O dias.

Sob nenhum pretexto deve ser ampliado ou interrompido o período semanal de visita pois nesses casos qualquer armadilha que fiqueabandonada, ou seja visitada irregularmente, passa a funcionar com umexcelente criadouro de mosquitos.

Qualquer armadilha que resulte positiva para Aedçs aegytpti deveser eliminada e substituida por outra nova.

Os resultados das inspeções semanais são anotadas em um modelopróprio (Ficha de Inspeção e Controle de Armadilhas SUCAM FA-213).

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CAPÍTULO 8

8.1. DECRETOS

DECRETO N9 56.759 DE 20 DE AGOSTO DE 1965

Baixa Normas Técnicas Especiais para a Profilaxia da Febre Amarela eda outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando de suas atribuições quelhe confere o artigo 87, item 1, da Constituição resolve baixar asseguintes Normas Técnicas Especiais relativas à Profilaxia da Febre-amarela no Pais, de acordo com os artigos 89, 26 e 131 do Decreto nQ 49.974 de 21 de janeiro de 1961:Art. 1 9 — A profilaxia da Febre Amarela será realizada das seguin

tes medidas:1 — Investigação epidemiológica com o fim de:

a) diagnosticar os casos de febre-amarela;b) descobrir sua procedência e avaliar a extensão dos surtos;

2 — Vacinação destinada a promover a imunização contra a doença.3 — Pesquisa de imunidade, objetivando:

a) identificação da presença da febre-amarela em determinadas regiões, ou de sua ocorrência em épocas anteriores;

b) verificação da imunidade conferida pela vacina;4 — Prática de necrópicias e viscerotomia, visando o diagnóstico dadoença.

5 - Vigilância anti-aegypti com o fim de evitar a reinfestação no país.6 — Medidas de vigilância sanitária.

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7 — Estudos e pesquisas sobre a febre-amarela, inclusive transmissores ereservatórios de vírus.

Art. 29 As medidas previstas neste Decreto, serão exercidas peloMinistério da Saúde, através de seus órgãos responsáveis pela profilaxiada febre-amarela.

Art. 39 Ao órgão encarregado das atividades relativa5 à profilaxiada febre-amarela em todo o território nacional compete:

a) realizar a vacinação anti-amaríNca em todo o país através depostos fixos e unidades móveis;

b) promover a realização de necrópsia e viscerotomia sempre queforem necessários,

c) realizar inquéritos e investigaçôes epidemiológicas;d) realizar estudos e pesquisas relacionados com a febre-amarela;e) promover medidas de vigilância contra o “Aedes aegypti” em

todas as localidades em que se tornem necessárias, especialmente nas áreas fronteiriças, com países ainda infestados por esse vetor, nas zonas marítimas, fluviais e aeroportos internacionais.

Art. 49 — Com o objetivo de cumprir o que dispõe o artigo anterior, serão visitados pelos servidores do árgão responsável pelo serviçode profilaxia da febre-amarela, sempre que se fizer necessário todas ascasas; prédios, apartamentos, áreas e terrenos, ocupados ou não, de propriedades privadas ou pública, destinadas a quaisquer fins, de caráter civil, militar ou religioso, igualmente os transportes de quaisquer natureza.

Parágrafo único — Esses locais serão inspecionados minuciosamente, em todas as dependéncias, inclusive dormitórios.

Art. 59 — Os servidores do órgão responsável pela profilaxia dafebre-amarela terão sempre livre e imediato ingresso, em qualquer dia,em todos os locais previstos no artigo 49 destas Normas, para neles procederem as referidas inspeções.

Art. 69 — Sempre que um servidor do órgão responsável Pela profilaxia da febre-amarela encontrar foco de mosquito, deverá destruir orespectivo receptáculo, ou nele aplicar a substância larvicida adotada.

Art. 79 — Nas embarcações, os depósitos d’água serão mantidos àprova de mosquitos, de conformidade com as instruções previstas noart2l.

Art. 89 — Nas áreas em que houver pessoa devidamente credendada para a prática de “viscerotomia” as guias passadas pelo oficial do

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registro civil, para sepultamento, somente serão extraídas mediante aapresentação da declaração de óbito, tendo o seu “visto”.

Art. 9Q — Nos casos de infringência das disposições deste Decreto,as autoridades sanitárias aplicarão aos infratores as sanções cabíveis naforma de legislação em vigor, independentemente da ação das autoridades policiais, que será requisitada sempre que necessária para garantir ocumprimento das presentes Normas Técnicas e das Instruções a que serefere o art. 21.

Art. 10— Ë obrigatória a notificação às autoridades sanitárias detodos os casos positivos ou suspeitos de febre-amarela.

Art. 11 — Uma embarcação ou aeronave será considerada infectada, quando ocorrer um caso de febre-amarela a bordo.

Art. 12 — Será considerada suspeita a embarcação proveniente daárea local infectada, quando contar com menos de 6 (seis) dias de viagem ou se, ao chegar dentro dos 30 (trinta) dias seguintes à data de suapartida for constatada a presença do “Aedes aegypti” a bordo.

Art. 13— Será considerada suspeita a aeronave em que se comprovar a presença do “Aedes aegypti”.

Art. 14— Sempre que se verificarem no pais a existência de áreaslocais infectadas, o Ministério da Saúde comunicará este fato, e suaextensão, à Repartição Sanitária Pan-Americana que será notificadatambém quando as mesmas estiverem eliminadas.

Art. 15 — Tratando-se de febre-amarela silvestre, após decorridostrês (3) meses sem que seja comprovada a presença do vírus, a área localdeixará de ser considerada infectada.

Parágrafo Único — Nas zonas fronteiriças a focos enzoóticos defebre-amarela silvestre, deverão ser mantidos os serviços de vacinaçãoanti-amarilica e de vigilância sanitária.

Art. 16— Quando tiverem sido aplicadas as medidas exigidaspelas autoridades sanitárias, a embarcação ou outro meio de transportedeixarão de ser considerados infectados ou suspeitos.

Art. 1] — Serão fornecidas às pessoas submetidas à imunizaçãoanti-amarfl ica, atestados de vacinacão.

Parágrafo Único — Para viagem internacional será fornecido o Certificado Internacional de Vacinação, de acordo com o modelo adotadopela Organização Mundial de Saúde.

Art. 18—A validade do certificado começa 10 dias após a orimoinoculação ou no dia da revacinacão, e durará 6 (seis) anos, prazo esse

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que noderá ser modificado de acordo com outros critérios que foremadotados.

Art. 19 — Nenhuma pessoa de posse de certificado válido de vacinação anti-amarilica será tratada como susoeita, mesma que proceda deárea local infectada.

Art. 20 — Ao órgão encarregado da defesa sanitária internacionalcompete:

a) realizar a vacinação anti-amarílica para efeito de fornecimentode Certificado Internacional de Vacinacão,

b) controlar os certificados de vacinação anti-amarílica dos passageiros e tripulantes em viagem internacional.

c) promover, em articulação com as autoridades sanitárias terrestres, o isolamento de doentes em viagem internacional estabelecendo, quando indicada, a vigilância sanitária das oessoas procedentes de áreas locais infectadas,

d) efetuar medidas de viailância nas embarcacões, aeronaves e ou-outros meios de transoortes provenientes do exterior, visandoevitar a reinfestacão no pais pelo “Aedes aegypti”.

Art. 21 — Serao elaboradas pelas autoridades sanitárias instruçõespara a perfeita execUção destas Normas.

Art. 22— Fica revogado o Decreto nQ 21.434, de 23 de maio de1932.

Art. 23 — Este Decreto entrará em vigor na data de sua nublicaçao.

BRASÍLIA, 20 de agosto de 19651449 da Independência e 779 da República

H. CASTELLO BRANCORaymundo de Brito

Obs.; O prazo de validade do Certificado Internacional de VacinaçãoAntiamarilica a que se refere o art. 18, foi aumentado de 6 oara 10anos, em 1966.

DECRETO N964385 DE 22 DE ABRIL DE 1969

Regulamenta o Decreto-Lei n9 190, de 24 de fevereiro de 1967, auedisQõe sobre o despacho de embarcações e dá outras orovidências.

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Art. 12 — Quando a autoridade de Saúde do Porto verificar queas condições sanitárias da embarcação não são satisfatõrias, enviarácomunicação escrita ao Capitão dos Portos ou Delegado das Capitanias, dando as razões que desaconselham a saída, a entrada ou a permanência da embarcacão no porto, oodendo inclusive retê-la ou determinar fique a mesma no largo.

• DECRETO-LEI N9785 DE 25 DE AGOSTO DE 1969

Dispõe sobre infrações às normas relativas à saúde e respectivas penali

dades.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA no uso de atribuições que lhe

confere o § 19 do artigo 29 Ato Institucional Número 5, de 13 de

dezembro de 1968, decreta:

Art. 19 — As infracões às normas sanitárias regem-se pelo presente

Decreto-Lei, salvo determinação legal e indeoendentemente das sancões

penais cabíveis.

Art. 29 — Considera-se infracão, oara o fim deste Decrnto-Lei, a

desobediência ou a inobservância ao disposto nas normas legais, reaula

mentares e outras que, por qualuuer forma, se destinem a preservar a

saúde.

Parágrafo Único — Constituem, ainda, infrações, a fraude, a falsifi

cacão e adulteracão das matérias-primas e dos produtos farmacêuticos,

dietéticos, produtos de higiene, perfumes, cosméticos e conqêneres, sa

neantes e detergentes e seus conqêneres, quaisouer produtos, substân

cias ou insumos e outros que interessem á Saúde Pública.

Art. 39 — As infrações serão apuradas em processo administrativo,

iniciado com a lavratura de auto infração e as penalidades a serem im

postas são as classificas a seguir:1. advertência;

II. multa,III. apreensão e inutilização dos produtos,IV. suspensão, impedimento ou interdição temporária ou definitiva,

V. deneacâo, cassação ou cancelamento de registro ou licenciamen

to;VI. intervenção.

Art. 49 — Responde pela infração auem, de qualquer modo, come

ter ou concorrer para sua prática ou dela se beneficiar.

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Art. 59 — As penas previstas no artigo 39 serão aplicadas pelasautoridades competentes do Ministério da Saúde e dos Serviços Sanitários dos Estados, Territórios e Distrito Federal, conforme as atribuiçõesque lhes são conferidas nas respectivas legislações ou por competênciadelegada através de convênios.

Art. 69— As infracões serão a critério das autoridades classificadasem leves, graves e gravíssimas.

Parágrafo Único — Para a imposição das penalidades e a sua graduação, será levado em conta:

1. a maior ou menor gravidade da infração,II. as circunstâncias atenuantes e agravantes,

III. os antecedentes do infrator com relação às disposições das leissanitárias, de seus renulamentos e demais normas complementares.

Art. 79 — A pena de multa nas infrações consideradas leves, graves ou gravissimas, a critério da autoridade sanitária, consiste no pagamento de uma soma de dinheiro fixada sobre o valor do maior salário-mínimo vigente no Pais, na seguinte proporção.

1. as infrações leves, de um terco a três vezes,II. as infracões graves, de quatro a seis ve7es;

III. as infrações gravissimas, de sete a dez vezes.Art. 89 — São infrações de natureza sanitária:

1. construir, instalar ou fazer funcionar, em qualouer parte do território nacional, laboratórios industriais farmacêuticos ou quaisquer outros estabelecimentos que interessem à medicina e à saúde pública, contrariando normas legais pertinentes à matéria.

PENA -— multa de quatro a seis vezes o maior salário-mínimo vigente no País, e interdição temporária do estabelecimento ou intervenção, conforme o caso.

1. extrair, produzir, fabricar, transformar, preparar, manipular,purificar, fracionar, embalar ou reembalar, importar, exportar, armazenar, expedir, comprar, vender, trocar ou ceder produtos, substâncias ouinsumos, bem como utensílios ou aparelhos que interessem à medicina eà saúde pública, em desacordo com as normas legais vigentes.

PENA — multa de quatro a seis vezes o maior salário-mínimo vigente no País, apreensão e inutilização dos produtos, suspensão ouinterdição temporária ou definitiva, cancelamento do registro, licenciamento, autorização ou intervenção, conforme o caso.

III. exercer, sem habilitação ou autorização legal, ainda que a título gratuito, as profissões de enfermagem e funções auxiliares de nutri-

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cionista, obstetrícia, protético, técnico em radiologia médica e auxiliarde radiologia médica, técnico de laboratório, laboratorista e auxiliar delaboratório, massaaista, ética prático e ético em lentes de contato, pedi-cures e outras profissões congêneres que sejam criadas pelo poder público e sujeitas a controle e fiscalização das autoridades sanitárias.

PENA — multa de quatro a seis vezes o maior salário-mínimo vi-ciente no país, ou suspensão, temporária ou definitiva do exercício daprofissão.

IV. cometer, no exercício das profissões enumeradas no inciso anterior, ação ou omissão em que haja o propósito deliberado de iludir ouDreiudicar, bem como, erro cujo efeito não possa ser tolerado pelas circunstâncias que envolverem o fato;

PENA — multa de quatro a seis vezes o maior salário-mínimo nooais, ou suspensão temporária ou definitiva do exercício profissional.

V.aviar receita ou vender medicamentos, em desacordo com asprescricões médicas;

PENA — multa de quatro a seis vezes o maior salário-mínimo vigente no pais e/ou interdição temporária ou definitiva, cancelamento delicença, conforme o caso.

VI. deixar de notificar doença ou zoonose transmissível ao homem, de acordo com as normas legais ou regulamentares vigentes;

PENA — advertência ou multa de um terço a três vezes o maiorsalário-mínimo vigente no pais.

VII. impedir ou dificultar a aplicação de medidas sanitárïas relativas às doenças transmissíveis e ao sacrifício de animais domésticos considerados perigosos pelas aútoridades sanitárias;

PENA — advertência ou multa de quatro a seis vezes o maior salário-mínimo vigente no País.

VIII. deixar de executar, dificultar ou opor-se à execução de medidas sanitárias que visem à prevenção das doenças e sua disseminação,à preservação e à manutenção da saúde;

PENA — advertência, multa de um terço a dez vezes o maior salário-minimo vigente no pais, apreensão e inutilização, suspensão, impedimento ou interdição temporária ou definitiva, cassação ou cancelamento de registro ou licenciamento ou intervenção;

IX. opor-se à exigência de provas imunológicas pelas autoridadesSanitárias;

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PENA — advertência ou multa de um terço a três vezes o maiorsalário-mínimo vigente no país.

X. obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das autoridades sanitárias competentes no exercício de suas funções;

PENA — advertência ou multa de um terço a três vezes o maiorsalário-mínimo vigente no pais, suspensão, impedimento ou interdição temporária ou definitiva.

Xl. o não cumprimento de medidas, formalidades e outras exigências sanitárias pelas empresas de transportes, seus agentes e consignatários, comandantes ou responsáveis diretos por embarcações, aeronaves e veículos terrestres, nacionais ou estrangeiros;

PENA — multa de quatro a dez vezes o maior salário-mínimo vigente no país, interdição temporária ou definitiva, apreensão, suspensão, impedimento temporário ou definitivo.

XII. a inobservância das exigências’da saúde pública pertinente aimóveis, pelos seus proprietários, arrendatários ou ocupantes,

PENA — advertência ou multa de um terço a três vezes o maiorsalário-mínimo vigente no país, e/ou interdição temporária ou definitiva -

Art. 99 — A inobservância ou a desobediência às normas sanitáriaspara o ingresso e/ou a fixação de estrangeiros no País, implicará em impedimento ao desembarque pela autoridade sanitária competentes.

Parágrafo Único — O estrangeiro que desembarque burlando a saúde pública será repatriado.

Art, 10— Quando aplicada a pena de multa o infrator será notificado para recolhê-la no prazo de 10 (dias) dias à Fazenda Nacional ouEstadual conforme o caso.

§ 19—A notificação será feita por intermédio de funcionário lotado no órgão competente ou mediante registro postal, e no caso de nãoser localizado ou encontrado o infrator, por meio de edital publicadono órgão oficial de divulgação.

§ 29— O não recolhimento da muIta dentro do prazo fixado nesteartigo, implicará na sua inscrição para cobrança judicial, na forma prescrita pelo art. 22 e seus parágrafos do Decreto-Lei n9 147, de 3 de fevereiro de 1967.

Art. 11 — As multas previstas neste Decreto-Lei serão aplicadasem dobro no caso de reincidência.

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Art. 12— Verificado, em processo administrativo, a existência defraude, falsificação ou adulteração de produtos, substâncias ou insumose outros, deverá a autoridade sanitária competente ao proferir a suadecisão, determinar a sua inutilização.

Parágrafo único — A inutilização dos produtos, substâncias ou insumos e outros, somente deverá ser feita após o decurso de 20 (vinte)dias, contados da data da publicação da decisão condenatória irrecorrível, lavrado o competente termo de inutilização, que deverá ser assinadopela autoridade sanitária e pelo infrator ou seu substituto legal, devendoa recusa destes, ser o termo assinado por duas testemunhas.

Art. 13 — Não são consideradas fraude, falsificação ou adulteração às alterações havidas nos produtos, substâncias ou insumos e outros,em razão de causas, circunstâncias ou eventos naturais ou imprevisíveis,que vierem a determinar avaria ou deterioração.

§ 19 — Verificada a alteração nos casos previstos neste artigo,serão notificado o fabricante, manipulador, beneficiador, responsável,para que no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data de recebimentoda notificação, providencie o recolhimento dos produtos, substânciasou insumos alterados.

§ 29 — O não atendimento à notificação mencionada no parágrafoanterior sujeitará o notificado às penalidades previstas no presenteDecreto-Lei.

Art. 14— Das decisões das autoridades sanitárias caberá recursoàquelas que lhe sejam imediatamente superiores, exceto quanto à hipótese prevista no parágrafo único do art. 12.

§ 19 — O recurso será interposto dentro do prazo de 20 (vinte)dias, contados da data da publicação da decisão na imprensa oficial oude conhecimento da parte ou de seu procurador à vista do processo, ouda notificação por escrito, sob registro postal.

§ 29 — O recurso, devidamente fundamentado, será examinadopela própria autoridade recorrida a qual poderá reconsiderar a decisãoanterior.

Art. 15 — As infrações às disposições legais, regulamentares e outras, de ordem sanitária, regidas pelo presente Decreto-Lei, prescrevem-se 5 (cinco) anos.

§ 1 9 — A prescrição interrompe-se pela notificação ou outro atoda autoridade competente, visando a sua apuração e conseqüente imposição de pena.

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§ 29 — Não corre o prazo prescricional enquanto houver processoadministrativo pendente de decisão.

Art. 16— Este decreto-lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

BRASÍLIA, 25 de agosto de 19691489 da Independência e 819 da República

A. COSTA E SILVALeonel Miranda

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Reviso final: Ronaldo Santos do Amaral (Diretor da Djviso de FebreAmarela)Serviços gráficos:Gráfica e Editora Itamarati Uda.

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