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Suplemento RAMB I COMLAM INOVAÇÕES EM MEDICINA Mensagem dos presidentes ............................................................................................................ 5 Sumário ........................................................................................................................................ 6 Apresentações orais .................................................................................................................... 10 Índice dos autores ....................................................................................................................... 71 Volume 63 Suplemento 1 ISSN 0104-4230 ISSN 1806-9282 (On-line) Revista da Associação Médica Brasileira www.ramb.org.br 6 a 8 de outubro de 2017 Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil

Suplemento AMMG - 01...Title Suplemento AMMG - 01.indb Created Date 2/7/2018 7:59:36 AM

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Suplemento RAMB

I CO M L A MINOVAÇÕES EM MEDICINA

Mensagem dos presidentes ............................................................................................................ 5

Sumário ........................................................................................................................................ 6

Apresentações orais .................................................................................................................... 10

Índice dos autores ....................................................................................................................... 71

Volume 63Suplemento 1ISSN 0104-4230ISSN 1806-9282 (On-line)Revista da Associação Médica Brasileira

www.ramb.org.br

6 a 8 de outubro de 2017Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1) 1

Revista da Associação Médica BrasileiraJournal of the Brazilian Medical association

aMB.org.BrRevista da Associação Médica Brasileira

Suplemento RAMB

Mensagem dos presidentes ............................................................................................................ 5

Sumário ........................................................................................................................................ 6

Apresentações orais .................................................................................................................... 10

Índice dos autores ....................................................................................................................... 71

6 a 8 de outubro de 2017Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil

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2 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1)

A Revista da Associação Médica Brasileira é indexada nas bases de dados Medline, SciELO, Science Citation Index Expanded, Journal Citation Reports, Index Copernicus, Lilacs, Qualis B2 Capes e licenciada pelo Creative Commons®. Registrada no 1º Ofício de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo, sob o n. 1.083, do livro B, n. 2.

A Revista da Associação Médica Brasileira é uma publicação ofi cial da Associação Médica Brasileira (AMB), distri-buída exclusivamente à classe médica do Brasil e da América Latina.

Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610 – 19/02/1998. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem autorização prévia, por escrito, da AMB, sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecâni-cos, fotográfi cos, gravação ou quaisquer outros.

Os anúncios e opiniões publicados na Ramb são de inteira responsabilidade de seus anunciantes e autores.

ASSOCIAÇãO MÉDICA bRASIlEIRA – DIRETORIA – GESTãO 2017-2020

PresidenteLincoln Lopes Ferreira

1o Vice-presidenteDiogo Leite Sampaio

2o Vice-presidenteRobson Freitas de Moura

Vice-presidentesJosé Luiz Dantas MestrinhoArno Buertiner Von RistowEduardo Francisco de Assis Braga

Mauro Cesar Viana de OliveiraAlfredo Floro Cantalice Neto

Secretário-geralAntonio Jorge Salomão

1a SecretáriaCarmita HelenaNajjar Abdo

1o TesoureiroMiguel Roberto Jorge

2o TesoureiroJosé Luiz Bonamigo Filho

DiretoresMaria José Martins Maldonado(Acadêmico)Antonio Carlos Palandri Chagas(Científi co)Débora Eugênia Braga Nóbrega Cavalcanti(Assuntos Parlamentares)

Marcio Silva Fortini

(Atendimento ao

Associado)

Carlos Alfredo Lobo

Jasmin

(Defesa Profi ssional)

Eduardo Nagib Gaui

(Relações Internacionais)

Fernando Antonio Gomes

de Andrade

(Cultural)

Associação Médica BrasileiraRua São Carlos do Pinhal, 324Bela Vista – São Paulo CEP 01333-903Tel. (11) 3178-6800Editor-chefe: Carlos V. Serrano Jr.Redator-chefe: César Teixeirae-mail: [email protected]: www.ramb.org.brAs normas para publicação estão disponíveis no site www.ramb.org.br

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1) 3

VI CONGRESSO SAMMG e I COMLAM – Presidente: Alessandra de Siqueira Carneiro

Suplemento RAMB

6 a 8 de outubro de 2017Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil

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4 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1)

DIRETORIA SAMMG 2017Presidente:

Filipe Dias Nassar Naback

Vice-presidente/ Secretaria geral:

Priscilla Benfica Cirilio

Relações externas:

Ana Clara de Souza Lima Junqueira Amarante

Diretora Científica:

Marina Cunha de Souza Lima

Tesoureira:

Patrícia Gomes de Magalhães

Ensino médico:

Carlos Henrique de Figueiredo

Relações com interior:

Arthur Augusto Alcantara Venturini

Diretor Estrutural:

Bernardo Soares Lacchini

Diretora Cultural:

Larissa Martins Silva

Comunicação Social e Marketing:

Frederico Luiz Pinto Coelho

COMISSãO CIEnTífICA DE TRAbAlhOSCoordenadora:

Rayane Nayara de Sousa

Membros:

Tabata Simão Conrado

Gabriel Prado Saad

Andressa Valério Rocha

Ademar Gonçalves Caixeta Neto

Luiz Fernando Ferreira Alcântara

Maria Clara Souza Schettini

Luis Eduardo Mariani Bittencourt

Tábata Marques Gontijo

Warlenn Molendolff Silva

Ana Luiza Melo Lima Costa

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1) 5

MENSAGEM

Mensagem dos Presidentes

É com imenso prazer que, em nome da Sociedade de Acadêmicos de Medicina de Minas Gerais (SAMMG), damos boas vindas ao maior evento Acadêmico de Medicina do Brasil, o VI Congresso SAMMG e I Congresso Mineiro de Ligas Acadêmicas de Medicina (COMLAM).

Nesta edição, destacando as incertezas e inseguranças que o cenário médico, político e social apresenta aos futuros pro-fissionais, bem como reconhecendo e valorizando a rápida velocidade com a qual as técnicas em Medicina surgem e se aper-feiçoam, nosso congresso contemplará a temática: “Inovações na Medicina: novas perspectivas, demandas e desafios”.

Nossa programação conta com a abordagem diversificada e inovadora de assuntos científicos, culturais, políticos e sociais, sempre integrando as variadas áreas da Medicina de forma transdisciplinar. Isso é possível através da diferen-ciação de nossas atividades em salas temáticas, cursos práticos, apresentação premiada de trabalhos científicos, sessões médico-culturais, workshops e dinâmicas interativas, oportunizando aos congressistas a ampliação e atualização do conhecimento individual e a troca de experiências entre acadêmicos, colegas, palestrantes e patrocinadores.

Este ano, em comemoração aos 24 anos de fundação da SAMMG, elevamos nosso evento a um patamar jamais experenciado pela comunidade acadêmica brasileira. E, para tal, valorizamos sempre a atuação de nossos parceiros, em especial a Associação Médica Brasileira, a Associação Médica de Minas Gerais e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, como incentivadores do ensino médico de qualidade, da formação ética e do enriquecimento profissional e pessoal de nossos congressistas.

Sua participação é uma honra e privilégio para nós. Desejamos a todos um evento enriquecedor, de grande cresci-mento acadêmico e pessoal!

Cordialmente,

Filipe Dias Nassar NabackPresidente da SAMMG

Alessandra de Siqueira CarneiroPresidente do VI Congresso SAMMG e do I COMLAM

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6 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1)

Avaliação da evolução antropométrica e da composição corporal de pacientes com ou sem polimorfismo FTO após tratamento cirúrgico da obesidade grau III .................................................. 10henriques hKf1, alMeida lf1, costa Jdr1, dall’aqua cg1, riBeiro hg1, alvarez-leite Ji1

Caracterização das alterações hematológicas em um modelo experimental de dengue hemorrágica ..... 11tavares ld1,3, costa vv1, fagundes ct1, de Mello MPv3, Xavier cl2, souza dg1

Função tireoidiana em gestantes com diabetes mellitus gestacional atendidas em ambulatório de endocrinologia em belo horizonte de 2012 a 2016 ......................................................................... 12toniolo Jn1, silvia PdM1, raJão KMaB¹, oliveira cMv¹, nogueira ai¹

Produção do polipeptídeo e de dengue virus sorotipo 3 e funcionalização em nanotubos de carbono de paredes múltiplas para testes como imunoprofilático .................................................... 13dos santos vc¹, da fonseca fg²

Análise quantitativa dos dados de febre amarela da macrorregião do leste de Minas Gerais ............. 14silva fa1, Polleze Ma¹, noronha iM¹, Porto JaP¹, vital ls¹, loBão lM²

Situação de rua como fator para o aumento da prevalência de HIV/AIDS ........................................ 15souza Óa1, trotta rM¹, oliveira hP¹, BarBosa ad¹, souza nM²

Eventos isquêmicos no sistema nervoso central em 44 pacientes com Doença de Fabry, provenientes de Minas Gerais (MG) .............................................................................................. 16alMeida gM¹, leite rs¹, Bessa rMM¹, guiMarães rBs¹, neto Jsa¹, frota erc¹

Associação entre o início de ordenha de leite materno e aleitamento materno exclusivo à alta hospitalar ................................................................................................................................... 17leal crv¹, raBello Mo¹, freitas nf¹, alves fl¹, rodrigues tM¹,Bouzada Mcf¹

Avaliação da correlação entre fatores de risco biológicos e ambientais no desempenho de desenvolvimento do survey of well-being of young children (SWYC) ao longo do primeiro ano de vida .... 18coelho aP1, santos aM1, riBeiro lnal1, riBeiro lfMsd1, faria ts1, siqueira cM1

Os fatores que influenciam a percepção dos estudantes e profissionais da área da saúde quanto a origem das doenças neuropsiquiátricas e neurológicas ............................................................... 19siMões Jv¹, luchesi M¹, tsuKuda MP¹, vieira ÉlM¹, Miranda as¹,2, de souza lc¹

Anemia hemolítica autoimune e Lupus Eritematoso Sistêmico ........................................................ 20resende Mr1, Biglia B2, silva gf2, saBaini cs2, garcia Pc2

PI3K (fosfatidil inositol-3-quinase) - potencial alvo terapêutico para tratamento da gota artrítica ..... 21tavares ld1,2, costa vv2, queiroz Junior cM3, da silva vP3, aMaral fa1, souza dg2

Síndrome Cardíaca X: relato de caso de angina microvascular em paciente do sexo masculino ......... 22Pereira acl1, filho grs1, silva nzv1, Maia Bdlc1

O dilema de usar ou não trombolítico no tromboembolismo pulmonar agudo com risco intermediário de morbimortalidade: relato de caso ............................................................................................. 23Brasil Ba1, heleodoro rB2, Moreira tM2, loPes rM2

Fechamento percutâneo de fístula arteriovenosa pulmonar (FAVP): um relato de caso .................... 24coura lMo¹, santos fB¹, carvalho igr¹, zerBini Js¹, oliveira ec¹

Relato de caso: trauma relacionado a trombose venosa profunda de membro superior ..................... 25flora hs¹, nasciMento ng¹, silva Js¹, Mol eocP²

SUMÁRIO

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1) 7

Reconstrução nasal por retalho frontal ......................................................................................... 26caPaneMa lB¹, Mitre gs¹, silva Krs²

Hérnia paraduodenal direita: relato de caso .................................................................................. 27Ávila i¹, oliveira gfM¹, santos lea¹, fonseca ef2.

Resistência em Tricomoníase Urogenital Humana e perspectivas no tratamento clínico ................... 28oliveira feM¹, Marques go¹, costa neB¹, silva sM¹

Doença celíaca: desafios e inovações na conduta terapêutica ........................................................ 29gonçalves iPr1, lara acc1, costa aas1, Mafra rscP2

Células epidérmicas progenitoras planejadas podem corrigir obesidade e diabetes induzidas por dieta ...30Piuzana e¹, Piuzana J.a²

Manejo da cetoacidose diabética em paciente pediátrico .............................................................. 31cruz lM¹, Pena lB¹, louzada cf¹

Aspectos clínicos - epidemiológicos da síndrome de Weil ............................................................... 32oliveira Jr¹; costa Kl¹; hiPÓlito cec¹; faria oM¹

As controvérsias da terapêutica hormonal em meninas com puberdade precoce central ................... 33azevedo ca¹, resende ll¹, santos sha¹, souza JhK²

Manejo do transplante fecal no tratamento de doenças inflamatórias intestinais: uma revisão de literatura .. 34guedes rl¹. azzi llM¹. sousa lc¹. Mafra rscP²

Hemangioma cavernoso de jejuno: desafio diagnóstico .................................................................. 35oliveira gfM1, fonseca MM1, cunha gn1,Júnior dB2

Pancreatite e ulcera duodenal por provável uso crônico de AINES evoluindo para sepse ................... 36dornelas lf1, Monteiro rP1, sana rz1, caMPos Mf2

Espasmo esofagiano difuso (esôfago em saca-rolhas) simulando infarto agudo do miocárdio ............ 37daniel aP¹, Magalhães Md¹, Maciel Ád¹, guiMarães afBc¹

Apendicite retroperitoneal perfurada com abscesso sub e intra-hepático: um raro relato de caso ...... 38Pereira dP1, santos tdB1, raMos Pvs1, neves MPc2

Relato de caso raro na literatura: Sífilis Gástrica ........................................................................... 39santos JP1, rinoldi M², Belo Mhs³, fernandes hJ4

Deficiência de GATA2 – uma desordem imune ................................................................................ 40Magalhães l1, guedes fh2, teiXeira l3, guiMarães l3, Xavier M1

Relato de caso: síndrome de regressão caudal em filho de mãe com diabetes mellitus tipo 1 ........... 41santos JP1, rinoldi M², vieira alP³

Tratameto de lesões intraepiteliais cervicais (NIC I/II) com laser de CO2 - relato de caso ............... 42oliveira iv¹, regis cc²,³

Terapia-alvo com trastuzumab no tratamento do câncer de mama ................................................... 43rodrigues gc1, freitas lf1, chaves tJv1, de souza JhK1

SUMÁRIO

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8 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1)

O uso de antipsicóticos e estabilizadores do humor durante a gravidez e sua correlação com disfunções de desenvolvimento infantil ......................................................................................... 44anastÁcio lB1, rezende gX¹, vieira JK¹, silva saB1,2

Abortos de repetição associados à síndrome antifosfolipídica: uma revisão de literatura .................. 45santos Js¹, alves ac¹, raMos aP¹, Marinho rM²

Afinal, o que é piebaldismo? Elucidação em um caso clínico .......................................................... 46sousa Pdf1, souza aldgc¹

Estruturação pigmentar, um novo método de tratamento das estrias brancas: uma revisão de literatura ...47godoi BB1, Pereira dP1, raMos Pvs1

Avaliação qualitativa do estágio de acompanhamento ambulatorial de membros de uma liga acadêmica de oncologia e hematologia......................................................................................... 48oliveira fcg¹, valle iv¹, saMPaio ccl1, Melo cdg1, silva va1, cancela csP²

Caso atípico de Púrpura Trombocitopênica imunológica em gestante no primeiro trimestre, persistindo até o puerpério: relato de caso ................................................................................... 49alMeida KYP¹, santos vr¹, Peres M¹

Aplicabilidade do transplante de células tronco hematopoiéticas no tratamento da diabetes mellitus tipo I ............................................................................................................................. 50costa Kl¹, oliveira Jr¹, costa dM¹

Mecanismos de resistência e estratégias terapêuticas para Pseudomonas Aeruginosa multirresistente ....51alviM lh¹, costa fr¹, Miguel PsB¹, Prates ir²

Coriorretinite por toxoplasmose em paciente em idade escolar ...................................................... 52Pereira acl1, teles ccos1, goulart YBo1

Protocolo de assistência ventilatória em pacientes onco-hematológicos com insuficiência respiratória aguda: Resultados preliminares .................................................................................. 53chagas lv¹ , alMeida Pinho nc¹, Mourão lMB², noBre v¹,²

Eculizumab e sua aplicabilidade no transplante renal ..................................................................... 54chaves tJv1, carvalho Ms1, PassaMani ev1, souza JhK1.

Associação entre o exercício aeróbico, níveis periféricos do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e melhora da cognição: revisão sistemática ...................................................................... 55faria MBd¹, freire fd¹, Macedo gd¹, cassola gKM¹, coMini-frota er¹

Síndrome do lobo frontal: relato de caso e implicações médico-legais ............................................. 56silva gr1, freitas ls1, Bordoni Phc2, Bordoni ls1,3

Trombose em artéria carótida direita associada à indução de ovulação para fertilização in vitro ........ 57freitas lf1, rodrigues gc1, carvalho Ms1, geBer s2

Esclerose lateral amiotrófica: inovação na abordagem terapêutica ................................................. 58Pereira dl1, duarte dr2, Puff lP2, neves BP1

Análise sobre a associação de corticóides no tratamento da meningite bacteriana em pacientes pediátricos .................................................................................................................. 59santos av¹, carvalho Ms¹, chaves tJc¹, torres fq1

SUMÁRIO

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1) 9

Fístula carótido – cavernosa: um relato de caso ............................................................................ 60godoi BB1, carvalho lg de2, noBre cl3, augusto fd1

Tricoleucemia: um relato de caso ................................................................................................. 61oliveira fPa1, Pereira Msr1, Pereira Bsr2, dias M2

A abordagem de um plasmocitoma ósseo recidivado submetido à radioterapia: relato de caso ......... 62siMão lc1, faria aPg1, araúJo lMB1, araúJo gMB1

Relato de caso: tuberculose laríngea primária associada à candidíase em imunocompetente ........... 63trindade-filho Mt1, silva Jv1, finotti MB1, oliveira-filho ln1

Reabilitaçao auditiva em pacientes com surdez profunda pós ressecçao cirúrgica de Schwannoma vestibular ............................................................................................................... 64oliveira feM¹, Marques go¹, costa neB¹, silva sM¹

Palivizumabe em pediatria: os impactos da profilaxia contra o vírus sincicial respiratório em pacientes de alto risco ................................................................................................................ 65carvalho Ms1, chaves tJv1, PassaMani ev1, torres fq1

Aspectos clínicos e socias da Síndrome de Burnout ...................................................................... 66costa Kl¹, oliveira Jr¹, costa dM¹

Complexidade no correto diagnóstico do transtorno bipolar ........................................................... 67fernandes ac¹, santos aM¹, venturini aaa¹, ianni hf²

Revisão sobre a aplicação do depletor de células B (Rituximabe) na artrite reumatóide ................... 68PassaMani ev1, chaves tJc1, carvalho Ms1, torres fq1

Duplicação pieloureteral completa: relato de caso ......................................................................... 69daniel aP¹, Magalhães Md¹, Maciel ad¹, guiMarães afBc¹

Tratamento por cirurgia robótica da recidiva de adenocarcinoma de próstata – relato de caso .......... 70Menta ls1, hoehne Mo1, dos santos vc1, Martins YM2

ÍNDICE DE AUTORES ................................................................................................................... 71

SUMÁRIO

Page 11: Suplemento AMMG - 01...Title Suplemento AMMG - 01.indb Created Date 2/7/2018 7:59:36 AM

10 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):10

Avaliação da evolução antropométrica e da composição corporal de pacientes com ou sem polimorfismo FTO após tratamento cirúrgico da obesidade grau IIIevaluation of anthroPoMetric evolution and BodY coMPosition of Patients with or without PolYMorPhisM fto after surgical treatMent of oBesitY grade iii

henriques hKf1, alMeida lf1, costa Jdr1, dall’aqua cg1, riBeiro hg1, alvarez-leite Ji1

1Universidade Federal de Minas GeraisContato: [email protected]; (31) 98382-3000

Introdução: O tratamento clínico da obesidade grau III é pouco efetivo e a cirurgia bariátrica surge como uma abor-dagem eficiente. A evolução pós-operatória em relação à composição corporal e perda de peso diferem, porém, sig-nificativamente entre os pacientes, o que pode ser expli-cado pela superexpressão de proteína decorrente do poli-morfismo SNP rs9939609 do gene FTO.Objetivos: Avaliar a evolução antropométrica e compo-sição corporal de pacientes submetidos à cirurgia e com-pará-los em relação à presença ou não de polimorfismo até 60 meses após a operação.Métodos: A pesquisa é um estudo retrospectivo longitu-dinal com 204 obesos grau III atendidos por equipe multi-profissional de um hospital público durante 6, 12, 18, 24, 36, 48 e 60 meses após gastroplastia com desvio intestinal em Y de Roux. Realizou-se análise do peso, massa gorda e magra (por meio de bioimpedância elétrica). Foi utilizado o software SPSS (19.0), aplicando-se teste de normalidade Shapiro Willk e teste T Student ou Mann-Whitney. A pes-quisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa uni-versitária (protocolos 0608.0.203.000-10 e ETIC 092/06).Resultados: A idade média da amostra foi de 43,43 ± 10,87 anos, sendo 71,3% mulheres (n=204), com perda média do excesso de peso de 59,59% (± 23,55) após um ano de

cirurgia. Os grupos foram comparados de acordo com a presença ou não do polimorfismo (Com polimorfismo N=143 /AA ou AT) e sem o polimorfismo (N=61/TT). O grupo sem o polimorfismo apresentou melhor evolução do perfil antropométrico, com maior perda do excesso de peso 61,94 ± 3,09 e massa gorda (kg) no período avaliado.Discussão: A ausência do polimorfismo foi relacionada à maior perda de massa gorda, sendo a massa magra pro-porcionalmente preservada e a massa magra absoluta (kg) similar à do grupo com o polimorfismo em todos os tempos. Apesar dessa evolução, mesmo no grupo sem polimorfismo, a perda de peso começou a decrescer (rea-quisição de peso) a partir do 2° ano e aumentou progres-sivamente até o 5° ano.Conclusão: A presença do polimorfismo SNP rs9939609 do gene FTO é um fator associado à pior evolução cirúrgica com consequente redução gradual da velocidade de perda de peso e de massa gorda. No grupo sem o polimorfismo, houve maior redução da massa gorda, preservando-se, pro-porcionalmente, a massa magra. Entretanto, a reaquisição ponderal observada em ambos os grupos abre discussão para os reais benefícios da cirurgia a longo prazo.

Palavras-chave: obesidade grau III; cirurgia bariátrica; antropometria; composição corporal.

RESUMOS

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REsuMos

AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):11 11

Caracterização das alterações hematológicas em um modelo experimental de dengue hemorrágicacharacterization of heMatologic changes in an eXPeriMental Model of heMorrhagic dengue

tavares ld1,3, costa vv1, fagundes ct1, de Mello MPv3, Xavier cl2, souza dg1

¹Departamento de Microbiologia, ICB-UFMG; ²Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina-UFMG; ³Faculdade de Minas- Faminas BHContato: [email protected]; (31) 99757-6673

Introdução: A dengue é uma doença viral transmitida por mosquito, causada por um dos quatro sorotipos do dengue virus (DENV-1-4), sendo considerada um dos maiores problemas de saúde pública no mundo (1). A patogênese da dengue permanece pouco compreendida e envolve uma complexa interação de fatores virais e do hospedeiro. Não existem, até o momento, drogas antivi-rais para tratar a doença, e não há nenhuma vacina ampla-mente disponível para preveni-la. Nesse sentido, o nosso grupo desenvolveu um modelo animal de infecção pelo DENV, que se assemelha a forma grave da doença em humanos (2). Alguns sinais primários de dengue grave foram observados: hemorragia, aumento da permeabili-dade vascular e choque hipovolêmico, sugerindo defeitos na hemostasia, que é mantida pelo equilíbrio entre ativa-ção da coagulação e fibrinólise. Alterações neste sistema envolvem principalmente três fatores: disfunções vascu-lares, trombocitopenia e defeitos múltiplos no sistema de coagulação e fibrinólise (3)Objetivo: Avaliar se há distúrbios hemostáticos após a infecção primária pelo DENV em camundongos.Métodos: Camundongos WT (C57BL / 6) foram infec-tados com 10 LD

50 do DENV3, por via intraperitonial

(ip), e após 3, 5 ou 7 dias de infecção, foram realizadas as análises.Resultados: No dia 7 após a infecção, os camundongos apresentaram importantes alterações hematológicas, ava-liada pela ocorrência de plaquetopenia, disfunção plaque-tária, hemoconcentração, prolongados tempo de trombo-plastina parcial ativada (aPTT) e tempo de protrombina (PT) em comparação com camundongos infectados em períodos anteriores ou camundongos não infectados. Além disso, a coagulação foi avaliada pela tromboelas-tografia do sangue, que mostrou a formação de coágulos menores e mais fracos após 7 dias de infecção.Conclusões: Observou-se que existe evidências de coagu-lopatia em nosso modelo experimental de dengue que asso-cia-se diretamente com a gravidade da doença. Estes dados corroboram com outros achados na literatura, inclusive em casos de infecção de humanos, o que permite estudar de forma mais ampla o impacto das mudanças nesse sistema na proteção ou exacerbação da doença. Sendo assim, este estudo aponta para novas perspectivas terapêuticas poten-ciais no tratamento da doença grave da dengue.

Palavras-chave: Dengue, hemostasia, coagulopatia, arbovirose.

Page 13: Suplemento AMMG - 01...Title Suplemento AMMG - 01.indb Created Date 2/7/2018 7:59:36 AM

REsuMos

12 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):12

Função tireoidiana em gestantes com diabetes mellitus gestacional atendidas em ambulatório de endocrinologia em belo horizonte de 2012 a 2016thYroid function Profile in Pregnant woMen with gestacional diaBetes Mellitus treated at an endocrinologY outPatient clinic froM 2012 to 2016

toniolo Jn1, silvia PdM1, raJão KMaB¹, oliveira cMv¹, nogueira ai¹

1Universidade Federal de Minas GeraisContato: [email protected]; (31) 98877-0024

Introdução: Diabetes e hipotireoidismo são as duas endocrinopatias mais comuns na gravidez. Vários estudos já estabeleceram a relação entre Diabetes Mellitus Gesta-cional (DMG) e disfunção tireoidiana com piores desfe-chos maternos e neonatais.Objetivo: Avaliar a presença de alterações na função tireoidiana em gestantes portadoras de DMG e correla-cioná-las com desfechos materno-fetais.Métodos: A pesquisa é um coorte retrospectivo em que foram acompanhadas 175 gestantes portadoras de DMG entre 2012 e 2016. Foram analisados dados dos prontuá-rios destas gestantes, sendo avaliados função tireoidiana, presença de comorbidades, antropometria, exame físico, história obstétrica, uso de medicações e desfechos obsté-tricos e neonatais. Análise estatística descritiva feita atra-vés do Microsoft Excel.Resultados: Das 175 gestantes, na primeira consulta, a idade média foi de 32 anos e a idade gestacional (IG) média foi de 26 semanas. O Índice de Massa Corpórea (IMC) médio foi de 27,6Kg/m2 (40,28% delas já apre-sentavam obesidade ao engravidar). Hipotireoidismo foi identificado em 17,81%, percentual maior que o obser-vado em grupos de gestantes sem DMG (entre 0,2% a 0,6%). Entre as pacientes com diagnóstico de hipo-tireoidismo préveio à gestação (14,49%), o início do

acompanhamento endocrinológico foi tardio (IG média de 22s2d), atrasando o ajuste da levotiroxina. Houve elevado índice de cesáreas (51,97%), semelhante ao observado em gestações de alto risco, porém foi ainda maior no grupo de gestantes diabéticas com hipotireoidismo (69,23%). Das 45 gestações que evoluíram com complicações, a mais prevalente foi a pré-eclâmpsia (15%). O percentual de natimortos foi 6,67%.Conclusão: Houve alta prevalência de sobrepeso e obe-sidade, reforçando a importância do acompanhamento nutricional dessas gestantes, preferencialmente antes da gestação. A maior frequência de hipotireoidismo no grupo de gestantes portadoras de DMG, quando comparamos com dados da literatura (17,8 x 0,6%) pode ser, em parte, explicado pelo rastreio da função tireoidiana em nosso ambulatório, mas também à associação entre DMG e dis-funções tireoidianas, já demonstrada em outros estudos. Os dados encontrados favorecem a necessidade de um rastreio universal de disfunção tireoidiana em portadoras de DMG, sobretudo porque essas endocrinopatias partici-pam do espectro multifatorial causador de maior morbi-mortalidade materno-fetal e é essencial ao médico saber diagnosticá-las e tratá-las precocemente.

Palavras-chave: Diabetes Gestacional, função tireoidiana, desfechos materno-fetais.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):13 13

Produção do polipeptídeo e de dengue virus sorotipo 3 e funcionalização em nanotubos de carbono de paredes múltiplas para testes como imunoprofiláticoProduction of sorotYPe 3 dengue virus e PolYPePtide and functionalization in MultiPle wall carBon nanotuBes to worK as an iMMuno-ProPhilactic

dos santos vc¹, da fonseca fg²

¹Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; ²Universidade Federal de Minas GeraisContato: [email protected]; (31) 999861402

Introdução: Os quatro sorotipos do Dengue virus (DENV) causam no mundo, anualmente, em torno de 100 milhões de casos de febre do dengue e 500.000 casos da febre hemorrágica do dengue. Apesar dos núme-ros alarmantes, a profilaxia de combate ao vetor Aedes aegypti continua ineficaz e, ademais, a vacina estrangeira ChimeriVax, além de ser distribuída somente em rede particular, não é capaz de proteger, totalmente, indiví-duos contra todos sorotipos do vírus.Objetivo: produzir a proteína do envelope do DENV soro-tipo 3 em leveduras e funcionalizá-la em Nanotubos de Carbono de Paredes Múltiplas (NTCPM) para testes, em camundongos, como imunoprofilático.Métodos: a partir de um estudo experimental, foram uti-lizados a sequência do gene codificante da proteína E e plasmídeos pGEM-T para receber o gene e transportá--lo para bactérias, com o intuito de se criar uma biblio-teca gênica. Em seguida, foram construídos plasmídeos pPIC9 para realizar o transporte do gene E para leveduras. O polipeptídeo E foi produzido em ensaios de fermenta-ção e, após sua purificação, tentou-se funcionalizá-lo na parede de NTCPM.Resultados: foram obtidas cinco colônias bacterianas e duas leveduriformes positivas para o inserto. A sequência

do gene E foi verificada, minuciosamente, por meio de sequenciador automático, após as duas clonagens, para eliminação de qualquer mutação que pudesse ter ocorrido. A purificação apontou 0,32 mg/mL de proteína. As funcio-nalizações nas proporções de 1/1, 1/3, 1/5 e 1/10 peso/peso não demonstraram a presença da proteína, na parede dos NTCPM, quando analisadas em géis de poliacrilamida.Conclusões: a proteína E constitui o principal alvo do sistema imune no combate à infecção pelo DENV e, por isso, representa ferramenta promissora para a criação de uma vacina. Os agentes de expressão bacteriano e levedu-riforme mostraram-se eficazes na construção da biblioteca gênica e na expressão proteica, respectivamente. A funcio-nalização em NTCPM, contudo, não foi bem sucedida, o que levará a equipe de pesquisa a modificar o protocolo experimental. Além disso, como nova estratégia de imu-nização em camundongos, serão empregados não só os NTCPM funcionalizados com a proteína E, mas também esse polipeptídeo livre do vetor supracitado. Dessa forma, espera-se tanto conseguir duas novas ferramentas, quanto diminuir o tempo para a realização de ensaios de imuniza-ção e desafio com camundongos.

Palavras-chave: Vacinas, dengue, natotecnologia, nanotubos, carbono.

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14 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):14

Análise quantitativa dos dados de febre amarela da macrorregião do leste de Minas Geraisquantitative analYsis of Yellow fever data of Minas gerais’s east Macroregion

silva fa1, Polleze Ma¹, noronha iM¹, Porto JaP¹, vital ls¹, loBão lM²

¹,²Faculdade Dinâmica do Vale do PirangaContato: [email protected]; (31) 99944-8716

Introdução: Nos anos de 2016 e 2017 foram notificados casos de febre amarela silvestre em diferentes regiões do país, aumentando o risco de epidemia da doença urbana.Objetivo: O objetivo do trabalho foi avaliar a incidência de febre amarela silvestre na macrorregião do Leste de Minas Gerais de casos confirmados no período de 2001 a início de 2017.Métodos: Tratou-se de um estudo quantitativo, obser-vacional, no qual foram utilizadas informações dispo-nibilizadas pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificações (SINAN) e Portal da Saúde, entre os anos de 2001 a 2017.Resultados: Dentre os resultados, observou-se que o ano de 2003 apresentou um elevado número de notifica-ções – 29 casos. Contudo, após o ano de 2003 a média de casos de febre amarela silvestre, na macrorregião, foi de 0,3 notificações por ano (±0,6 desvio padrão), repre-sentando aproximadamente 50% de todas as notificações em Minas Gerais (1). Nos anos de 2016 e 2017, foi iden-tificado um aumento da doença no estado, sendo 38 e

795 casos, respectivamente (4). O aumento do número de casos de febre amarela silvestre nos últimos dois anos foi além do esperado e encontrado para a média dos anos anteriores, caracterizando o quadro como uma epidemia de doença reemergente.Conclusão: Diferentes explicações foram propostas para tal cenário, dentre elas o desequilíbrio ambiental dos ecos-sistemas da região e a baixa cobertura vacinal da popula-ção, sendo vacinados mais ou menos 50%, de modo que o ideal seja acima de 80% (2). Diante da epidemia para febre amarela silvestre e fatores de risco da saúde como, o trânsito de pessoas em regiões de mata, a aproximação de animais silvestres e a presença dos vetores na zona urbana, o cenário poderá agravar-se nos próximos anos, tornando-se uma epidemia urbana. Assim, faz- se necessá-rio que a população seja imunizada e o controle de saúde ambiental esteja atento aos focos do vírus, investigando suspeitos oportunos nas imediações regionais.

Palavras-chave: Epidemiologia, febre amarela, epidemia, imunização, SINAN.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):15 15

Situação de rua como fator para o aumento da prevalência de HIV/AIDSstreet situation as a factor for increased hiv/aids Prevalence

souza Óa1, trotta rM¹, oliveira hP¹, BarBosa ad¹, souza nM²

¹,²Universidade Federal de Minas GeraisContato: [email protected]; (31) 98800-5328

Introdução: A população em situação de rua (PSR) possui qualidade e expectativa de vida consideravelmente menor que a população fora da situação de rua (PFSR). A inci-dência de doenças infectocontagiosas na PSR é maior do que o observado na PFSR, com destaque para o HIV/ AIDS. Com base nesses dados, o presente estudo buscou traçar a incidência do HIV/ AIDS nas duas populações, de acordo com sexo e raça, de modo a identificar o grau de vulnerabilidade da PSR para a doença mencionada em relação à PFSR. Além disso, o custo geral para tratamento seria reduzido, o que condiz com os objetivos do Sistema Único de Saúde brasileiro, responsável pela atenção pri-mária, a principal captadora dessa população.Objetivo: Analisar a prevalência de pessoas com HIV/ AIDS na PSR e na PSFR e comparar a vulnerabilidade desses grupos, em Belo Horizonte (MG). Métodos: Estudo transversal com dados secundários da prefeitura de Belo Horizonte, via análise estática descri-tiva de dados relacionados a pessoas HIV/ AIDS, obtidos no Centro de Saúde Carlos Chagas (CSCC), durante o período de abril a julho de 2017.Resultados: Sendo 2.730.578 indivíduos pertencentes a PFSR, 4553 a PSR, a prevalência de HIV/ AIDS na PSFR é de 0,19%, predominando o sexo masculino com 70,76%; Na PSR, há aumento da incidência, passando a representar

3,47% da PSR, sendo 89,87% no sexo masculino. Quanto ao perfil de cor de pele autodeclarado, foi constatada pre-dominância em indivíduos pardos, seguidos por brancos e pretos, em ambos os grupos.Discussão: Os dados inferem que a PSR é consideravel-mente vulnerável ao HIV/ AIDS, com incidência acima de dez vezes da observada na PFSR, sendo os homens o grupo destaque na incidência da doença. O perfil de vul-nerabilidade é provavelmente uma consequência direta de alguns fatores, como o elevado índice de uso de entorpe-centes e bebidas alcoólicas pelos integrantes da PSR, o que eleva comportamento sexual de risco, e pela pior qualidade de vida geral, o que dificulta ações preventivas por parte da PSR, seja pela escassez de recursos ou pela falta de infor-mação e treinamento.Conclusão: O perfil mais vulnerável da PSR a entorpecen-tes e comportamento sexual de risco indica que políticas públicas são essenciais para redução das taxas de trans-missão e tratamento dos indivíduos infectados. Pacientes que possuem carga viral controlada são menos propensos a transmissão sexual do vírus, além de possuírem qualidade de vida próxima aos soronegativos.

Palavras-chave: Atenção primária à saúde, soroprevalência de HIV, HIV, população em situação de rua.

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16 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):16

Eventos isquêmicos no sistema nervoso central em 44 pacientes com Doença de Fabry, provenientes de Minas Gerais (MG)ischeMic events in central nervous sYsteM in 44 Patients with faBrY’s disease, froM Minas gerais (Mg)

alMeida gM¹, leite rs¹, Bessa rMM¹, guiMarães rBs¹, neto Jsa¹, frota erc¹

¹Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS BHContato: [email protected]; (31) 99795-5040

Introdução: Doença de Fabry (DF) é uma doença debili-tante, decorrente da deficiência da enzima a-galactosidase A (a-Gal A), devido mutações no gene GLA, presente no cromossomo X. Resulta do acúmulo intracelular de glo-botriaosilceramida causando inflamação, isquemia, hiper-trofia e fibrose das células endoteliais capilares, renais, cardíacas e nervosas. O acidente vascular encefálico isquêmico é o fenômeno cerebrovascular mais prevalente e representa, na maioria das vezes, a primeira causa de hospitalização em pacientes com DF. Até o momento, mais de 600 mutações relacionadas à deficiência de a-Gal A foram identificados, entretanto, estudos demonstram que variações fenotípicas são frequentes, mesmo dentro de uma família, o que sugere a possibilidade de interação entre fatores genéticos e epigenéticos. Portanto, uma clara correlação genótipo-fenótipo na DF ainda não foi estabe-lecida, o que destaca a necessidade de estudos adicionais.Objetivo: Determinar a ocorrência e a frequência de even-tos isquêmicos no Sistema Nervoso Central (SNC) em 44 pacientes com DF de várias famílias de Minas Gerais (MG) e relacioná-las com as respectivas mutações genéticas.Métodos: Estudo observacional retrospectivo em 44 pacien-tes com DF, provenientes de MG, em acompanhamento

neurológico, entre 2006 e 2016. Foi realizada análise dos prontuários e os dados estatísticos foram organizados e computados pelo Excel e EpiInfo. Obteve-se a aprovação dos pacientes envolvidos e sigilo dos dados obtidos.Resultados: Foi analisada a correlação entre a ocorrência de eventos isquêmicos e os Éxons das mutações de cada paciente. Dentre os 44 pacientes com DF, 34,09% (N=15) apresentaram alteração no SNC. Em uma das famílias estu-dadas, cuja mutação detectada foi no Éxon2 pR118c, foi encontrada a maior ocorrência de eventos isquêmicos, sendo 100% (N=6) dos pacientes diagnosticados. A mutação no Éxon6 P323t não teve correlação com alterações no SNC.Conclusão: Na amostra estudada, observou-se uma repre-sentatividade de várias mutações encontradas na DF. Dentre estas, destaca-se a maior ocorrência de eventos isquêmicos no SNC na mutação do Éxon2 pR118c, inclu-sive em mulheres e pacientes muito jovens. Esta mutação foi anteriormente citada como não patológica por não cau-sar complicações. Eventos isquêmicos no SNC em pessoas jovens devem ter como diagnóstico diferencial a DF.

Palavras-chave: Fabry’s disease, ischemic event, mutations, exons.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):17 17

Associação entre o início de ordenha de leite materno e aleitamento materno exclusivo à alta hospitalarassociation Between the onset of BreastMilK eXPression and eXclusive Breastfeeding at hosPital discharge

leal crv¹, raBello Mo¹, freitas nf¹, alves fl¹, rodrigues tM¹,Bouzada Mcf¹

¹Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas GeraisContato: [email protected]; (35) 99832-0318

Introdução: A ordenha de leite materno (LM), além de ser essencial para suprimento das necessidades nutricionais do recém-nascido pré-termo (RNPT) na Unidade Neonatal, colabora no aumento e na manutenção da produção lác-tea, favorecendoas taxas de aleitamento materno exclusivo (AME) à alta hospitalar1,2,3.Objetivo: Avaliar a associação entre a precocidade da ordenha de LM de mães de RNPT e as taxas de AME à alta hospitalar, em duas maternidades de Belo Horizonte.Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, prospectivo e observacional. Os dados foram coletados no período julho/2016 a agosto/2017, em duas maternidades de Belo Horizonte. Foram incluídos RNPT com idade gestacional ao nascimento ≤ 32 semanas, cujos responsáveis assina-ram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foi utilizado software STATA - versão 11.0, para modelos de regressão linear e logística simples.Resultados: Foram analisados dados de 89 RNPT, sendo as médias e Desvios-Padrões (DP) de idade gestacional e de peso ao nascer 30 semanas (DP± 1,83) e 1363 gramas (DP± 387,3), respectivamente. Com relação às orientações

quanto ao aleitamento materno no pré-natal, 57 (64%) mães afirmaram ter sido orientadas e 87 (97,8%) informa-ram interesse em amamentar. À alta hospitalar, as médias e DP de idade gestacional corrigida, de dias de vida e de peso foram 36 semanas (DP± 2,65), 43 dias (DP± 26,3) e 2134 gramas (DP± 421), respectivamente. O tipo de dieta predominante à alta foi AME, em 47 (53,4%) RNPT, e alimentação mista, em 34 (38,6%). A associação entre o tempo em que foi realizada a primeira ordenha após o parto e a prevalência de AME à alta hospitalar foi estatisti-camente significante (p=0,020; IC=0,98-0,99). O aumento de uma hora no tempo da primeira ordenha reduz em 1% a chance de estar em AME à alta (OR=0,99).Conclusões: A precocidade da ordenha de LM após o parto está associada ao aumento da prevalência de AME à alta hospitalar. O incentivo ao aleitamento materno desde o pré-natal e o início precoce da ordenha de LM devem ser cada vez mais estimulados.

Palavras-chave: Método canguru, aleitamento materno exclusivo, recém-nascido pré-termo, ordenha de leite materno.

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18 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):18

Avaliação da correlação entre fatores de risco biológicos e ambientais no desempenho de desenvolvimento do survey of well-being of young children (SWYC) ao longo do primeiro ano de vidaevaluation of the correlation Between Biological and enviroMental risK factors in the develoPMental PerforMance of the surveY of well-Being of Young children (swYc) during the first Year of life

coelho aP1, santos aM1, riBeiro lnal1, riBeiro lfMsd1, faria ts1, siqueira cM1

1Universidade Federal de Minas GeraisContato: [email protected]; (31) 99984-6105

Introdução: A vigilância do desenvolvimento infantil é um dos eixos principais de atenção integral de saúde. O desenvolvimento é influenciado por fatores biológicos e ambientais. É relevante avaliar a relação entre o desenvol-vimento e situações de vulnerabilidade biológica e social.Objetivo: Investigar a interferência de fatores de risco biológicos e ambientais nos escores dos marcos de desen-volvimento do Survey of Well-being of Young Children (MD-SWYC). Métodos: Estudo longitudinal de amostra conveniência de crianças nascidas em dois hospitais públicos de Belo Horizonte. Foram excluídas crianças com deficiência neu-ropsicomotora previamente identificada. Foram obtidos informações perinatais e realizada a Classificação do Cri-tério Brasil (ABEP). O MD-SWYC é uma entrevista com os cuidadores, realizada aos 4, 6, 9 e 12 meses de idade (corrigida nos prematuros). A estimativa da influência dos fatores de risco nos escores de desenvolvimento no 1° ano de vida foi por regressão linear multivariada usando o Generalized Equations Estimating (GEE).Resultados: Foram analisados os dados de 263 crianças aos 4 meses, 241 aos 6 meses, 233 aos 9 meses e 210 aos

12 meses. A amostra foi composta por 74,9% de crian-ças nascidas prematuras (<37 semanas), sendo 13,2% abaixo de 30 semanas. 67% da amostra apresentou baixo peso ao nascimento (<2500 gramas), sendo 24,3% menor que 1500 gramas. 14,2% das mães eram adolescentes na época do nascimento das crianças. Segundo a Classifica-ção da ABEP, 23,3% das famílias pertenciam às classes D/E. Na amostra estudada, mãe adolescente, prematuri-dade, baixo peso e classificação econômica não influen-ciaram nos escores MD-SWYC. Houve influência signifi-cativa do consumo de álcool e/ou drogas pelos cuidadores (Valor-p=0,013) sobre o escore de MD-SWYC.Conclusões: O estudo identificou o abuso de substâncias pelos cuidadadores como influência negativa nos esco-res de MD-SWYC. Diferente do encontrado na literatura científica, os outros fatores de risco pesquisados não apre-sentaram influência negativa sobre os escores na amostra estudada. Há necessidade da realização de mais pesquisas acerca dos fatores positivos e negativos que influenciam o desenvolvimento da criança em situações específicas.

Palavras-chave: Desenvolvimento infantil, triagem, fatores de risco.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):19 19

Os fatores que influenciam a percepção dos estudantes e profissionais da área da saúde quanto a origem das doenças neuropsiquiátricas e neurológicasfactors that influence the PercePtion of students and Professionals of health field aBout the neuroPsYchiatric and neurological diseases

siMões Jv¹, luchesi M¹, tsuKuda MP¹, vieira ÉlM¹, Miranda as¹,2, de souza lc¹

¹Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais; ²Laboratório de Neurobiologia, Departamento de Morfologia, Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas GeraisContato: [email protected]; 11 97678-7590

Introdução: A percepção da doença psiquiátrica e neu-rológica pode ser influenciada por diversos fatores, não apenas pelo nível educacional, mas também por experiên-cias pessoais, crenças religiosas e ambiente sociocultural. Essas crenças e percepções são provavelmente causas de significativa interferência com o atendimento de pacientes com distúrbios neuropsiquiátricos.Objetivo: Investigar se os aspectos sociodemográficos, a cultura e a religião influenciam a concepção de estudantes e profissionais da área de saúde (EPS) em relação a doen-ças neurológicas e psiquiátricas. Métodos: Este trabalho é um estudo observacional. Foi desenvolvido um questionário eletrônico contendo questões relativas à história cultural, médica (pessoal e familiar), religiosa (escala de religiosidade de Duke), bem como crenças sobre doenças neuropsiquiátricas. O ques-tionário foi enviado por meio de redes sociais e e-mails, sendo respondido on-line. Os dados foram registrados e tabulados automaticamente pela plataforma Documentos Google, para posterior tratamento estatístico. As respos-tas foram coletadas durante três meses com o objetivo de alcançar o maior número de participantes de diferentes extratos sociais, econômicos e religiosos.Resultados: 2679 pessoas responderam ao questionário, sendo 1136 do campo da saúde. A idade média de EPS

foi de 31,5 (17-72) anos, dos quais 73,68% eram do sexo feminino. Um terço dos EPS não acredita que depres-são e ansiedade são condições fortemente associadas ao cérebro. Curiosamente, 95% dos participantes acreditam que o cérebro está subjacente a distúrbios neurológicos, como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson. Os participantes foram alocados com base em sua reli-gião da seguinte maneira: 1) ateus (19,98%); 2) católi-cos (51,06%); 3) evangélicos / protestantes (11,97%); 4) espíritas (12,32%); 5) outros (4,67%). Os espíritas apresentaram tendência a atribuir causas não-biológicas à ocorrência de doenças tanto psiquiátricas (depressão e ansiedade) quanto neurológicas (doença de Alzhei-mer e doença de Parkinson).Conclusões: Existe uma maior atribuição de causalidade não-biológica a doenças psiquiátricas do que a doenças neurológicas, que é mais forte entre os EPS da religião espírita. Esse é um achado que deve ser investigado mais profundamente, principalmente para que sejam determi-nadas as possíveis consequências da distinção de crenças que os EPS possuem quanto a origem de doenças neuro-lógicas e psiquiátricas.

Palavras-chave: Antropologia Médica, Transtornos Mentais, Psiquiatria, Religião, Determinação de Necessidades de Cuidados de Saúde.

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20 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):20

Anemia hemolítica autoimune e Lupus Eritematoso SistêmicoautoiMMune heMolYtic aneMia and sYsteMic luPus eritheMatosus

resende Mr1, Biglia B2, silva gf2, saBaini cs2, garcia Pc2

1Acadêmica de Medicina da UFMG; 2 Disciplina de Hematologia, Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESPContato: [email protected]; 31 998911632

Introdução: Anemia hemolítica autoimune (AHAI) é critério diagnóstico para Lupus Eritematoso Sistêmico (LES), segundo o Revised American College of Reuma-thology de 1997, e o Systemic Lupus International Colla-borating Clinics de 2012, podendo ocorrer antes, durante ou depois do diagnóstico de LES1,2. O presente estudo descreve pacientes com quadro de AHAI, com diagnós-tico de LES estabelecido durante ou após tal evento.Objetivos: Caracterizar clínica e laboratorialmente, pacien-tes com AHAI secundariamente diagnosticados com LES.Métodos: Estudo retrospectivo de casos de pacientes com AHAI internados na Disciplina de Hematologia da FMB – UNESP, de 2007 a 2016, incluindo aqueles que preencheram critérios diagnósticos para LES.Resultados: Total de 14 pacientes, 12 mulheres e 2 homens. Ao diagnóstico da AHAI, médias de hemoglobina e contagem de reticulócitos foram de 6.5 g/dL e 6.6%. Três mulheres apresentavam síndrome de Evans, com conta-gem média de plaquetas de 40.000/mm3. O Teste da Anti-globulina Direta (TAD) foi positivo para IgG e C3d em 8 pacientes, para IgG, IgM e C3d em 3, para IgG, IgM, IgA

e C3d em 1, para C3d e C3c em 1, e somente para IgG em 1. O auto-anticorpo foi definido em apenas 2 pacientes, respectivamente, comanti-I e anti-e. A pesquisa de anticor-pos irregulares (PAI) foi positiva nos 14 pacientes, com perfil definido em 3 (anti-E e anti-K nos 3, anti-Jka em 2 e anti-D em 1). Em 11 o diagnóstico de LES ocorreu junto com AHAI e 3 tiveram tal diagnóstico na evolução ambulatorial, de 16 a 43 meses após AHAI. O diagnós-tico de LES foi por critérios imunológicos (14 pacientes), hematológicos (14), artrites (11), manifestações cutâneas (7), alteração renal (6) e serosites (5). Três faleceram por choque séptico e 11 permanecem vivos sob tratamento.Conclusões: Nossos dados corroboram os da literatura de que 50% a 60% das AHAI apresentam causas secun-dárias, incluindo o LES, tanto ao diagnóstico quanto na evolução. Deve-se permanecer alerta quanto a essa possibilidade diagnóstica, mesmo no acompanhamento ambulatorial prolongado da AHAI, como ocorreu em 3 de nossos pacientes.

Palavras-chave: Anemia Hemolítica Autoimune, Lúpus Eritematoso Sistêmico.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):21 21

PI3K (fosfatidil inositol-3-quinase) - potencial alvo terapêutico para tratamento da gota artríticaPi3K (PhosPhoinositide 3-Kinases) - ProMising targets for the treatMent of goutY arthrits

tavares ld1,2, costa vv2, queiroz Junior cM3, da silva vP3, aMaral fa1, souza dg2

¹Departamento de Bioquímica e Imunologia, ICB-UFMG; ²Departamento de Microbiologia, ICB-UFMG; ³Departamento de Morfologia, ICB-UFMGContato: [email protected]; 31 997576673

Introdução: A gota artrítica é uma condição inflamatória caracterizada pela precipitação de cristais de ácido úrico monossódico (MSU) nas cavidades articulares e nos teci-dos periarticulares, resultando em intensa dor e incapa-cidade (1). Após essa deposição, há um intenso processo inflamatório iniciado por células residentes e amplificado pelo influxo celular. Esse recrutamento ocorre devido à ação de fatores quimiotáticos, regulados pela ativação de receptores específicos e vias de sinalização intracelular tais como a via de fosfatidilinositol-3-quinase (PI3K) (2).Objetivo: Avaliar a participação da via da PI3Kγ (fosfati-dilinositol-3-quinase gama), uma isoforma da família de PI3K, no desenvolvimento da inflamação e disfunção no modelo experimental de gota em camundongos. Métodos: A doença foi induzida pela injeção intra-articu-lar de cristais de MSU (100 µg por cavidade) em animais deficientes para a subunidade p110γ da PI3K (PI3Kγ -/-), animais selvagens (WT) tratados com o inibidor seletivo de PI3Kγ (AS605240) e animais WT não tratados. Foram ava-liados o influxo de neutrófilos, a produção de citocinas (IL-1β, CXCL1) por ELISA, adesão de leucócitos por micros-copia intravital, hipernocicepção por analgesímetro digital e lesão tecidual por histologia da articulação fêmoro-tibial.

Resultados: A ausência ou inibição de PI3Kγ foi impor-tante para reduzir o influxo de neutrófilos, diminuir os níveis CXCL1 e IL-1β no tecido peri-articular, minimizar a hipernocicepção e a lesão tecidual provocadas pelo estí-mulo com cristais de MSU.Conclusões: Os dados obtidos nos permitem inferir que os cristais de ácido úrico estimulam as células residentes do tecido sinovial e ativam a via de PI3Kγ com consequente liberação de IL1β. A citocina IL1β participa da liberação de quimiocinas, como CXCL1, que ativa receptores acopla-dos a proteína G e consequentemente ativa a via de PI3Kγ favorecendo o recrutamento de neutrófilo o que amplifica a resposta. A presença de neutrófilos será responsável pelo aparecimento de sinais flogísticos da inflamação, sendo a dor uma importante manifestação, característica da gota artrítica em humanos. Dessa forma, a PI3Kγ mostrou ser importante para mediar a inflamação e disfunção provo-cadas por cristais de MSU, e abre novas perspectivas no que se refere ao entendimento de mecanismos associados a essa patologia e o possível desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento da mesma.

Palavras-chave: Gota, ácido úrico, IL-1β, PI3Kγ, neutrófilos, quimiocinas.

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22 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):22

Síndrome Cardíaca X: relato de caso de angina microvascular em paciente do sexo masculinocardiac X sYndroMe: a case rePort of Microvascular angina in a Male Patient

Pereira acl1, filho grs1, silva nzv1, Maia Bdlc1

1Universidade Federal de São João Del ReiContato: [email protected]; 32 99131-0065

Introdução: Descrita por uma acentuada constrição coronariana, a Síndrome Cardíaca X manifesta-se clini-camente com dor torácica anginosa típica, concomitante à presença de isquemia em testes de esforço. Todavia, diante da realização de angiografia de artérias coronárias, não se evidencia doença ateromatosa clinicamente signi-ficativa. Sua prevalência é maior em mulheres a partir da 4ª década de vida, estando em 30% das vezes associada à síndrome metabólica.Descrição do caso: JDM, masculino, 61 anos, hipertenso, procura ambulatório de cardiologia queixando-se de pre-cordialgia atípica. Ao ECG observou-se alteração da repolarização ventricular ínfero-lateral, compatível com isquemia subepicárdica e teste ergométrico positivo para isquemia miocárdica. A complementação propedêutica se fez através da realização de cintilografia miocárdica reve-lando moderada alteração isquêmica em parede inferior e FE 62%. Diante dos achados, realizou-se uma angio-tomografia de coronárias, que apresentou escore de cál-cio zero e ausência de alterações das artérias coronárias. O conjunto de achados levou ao diagnóstico de angina microvascular (síndrome x). Procedeu-se com o controle dos fatores de risco com prescrição de anti-hipertensi-vos tais como antagonista do receptor de angiotensina e

bloqueador dos receptores beta adrenérgicos não seleti-vos, diurético tiazídico, além de fibrato para o controle da dislipidemia e acompanhamento ambulatorial.Discussão: O caso torna-se notável, uma vez que na lite-ratura há escassos relatos da condição em pacientes de sexo masculino. No que tange a abordagem e propedêutica da afecção, comprova-se que a investigação clínica com identificação de fatores como hipertensão, dislipidemias e resistência insulínica é de fundamental importância já que indivíduos com essa síndrome apresentam mais estes fatores em relação à população geral. Aliado a esses dados, a utilização do ECG, provas isquêmicas e arteriografia coronária são substanciais para um diagnóstico preciso. Evidências recentes mostram que a síndrome X não é uma condição benigna, relacionando-se com eventos cardiovas-culares e tornando a terapia para o controle das complica-ções e fatores de risco associados de extrema importância.Conclusão: A síndrome X representa um potencial risco para ocorrência de eventos cardiovasculares, de forma que seu diagnóstico deve ser considerado em pacientes com quadros anginosos e angiografias normais e o manejo terapêutico deve ser precoce, amplo e agressivo.

Palavras-chave: Síndrome Cardíaca X, Angina Microvascular, Doença Coronária, Microcirculação.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):23 23

O dilema de usar ou não trombolítico no tromboembolismo pulmonar agudo com risco intermediário de morbimortalidade: relato de casothe dileMMa of using or not troMBolitic in acute PulMonarY throMBoeMBolisM with interMediarY risK of MorBiMortalitY: a case studY

Brasil Ba1, heleodoro rB2, Moreira tM2, loPes rM2

1Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; 2Hospital Madre TeresaContato: [email protected]; 31 99802-1650

Introdução: A embolia pulmonar aguda é uma causa importante de morbimortalidade mundial. Apesar de existirem diretrizes nacionais e internacionais orientando quanto ao tratamento do tromboembolismo pulmonar (TEP) agudo, há situações nas quais, o tratamento de exce-ção impõe-se de acordo com a avaliação clínica. Descrição do caso: Paciente D.M.B.M, sexo feminino, 45 anos, com queixa de dor torácica bilateral, dispneia aos pequenos esforços e história de trauma com imobi-lização do pé esquerdo. Ao exame: frequência cardíaca: 125bpm, pressão arterial: 120x72mmHg, eupneica. Ini-ciado enoxaparina terapêutica. Realizada Angiotomografia computadorizada de tórax (Angio TCT) que mostrou TEP central bilateral, com trombo no tronco arterial pulmonar. Ecocardiograma transtorácico (ECO TT) mostrou pres-são sistólica da artéria pulmonar (PSAP) de 50mmHg e imagem sugestiva de trombo extenso em câmaras direitas. Na Unidade de Terapia Intensiva foi realizada trombólise com Alteplase 100mg, seguida de anticoagulação com heparina venosa. Doppler venoso de membros inferiores revelou trombose venosa profunda em veias poplítea, tibial posterior e fibular à esquerda. Novo ECO TT, em menos de 24 horas pós trombólise, mostrou desaparecimento do trombo intracavitário, normalização da PSAP (32mmHg)

e da performance do ventrículo direito (VD). Angio TCT de controle apresentou recanalização do TEP. Alta hospita-lar no décimo dia em uso de Rivaroxabana.Discussão: A trombólise no TEP agudo é recomendada para pacientes com instabilidade hemodinâmica e/ou choque, devido à alta mortalidade da doença. Nos pacientes estáveis hemodinamicamente, sem disfunção de VD, ela é contrain-dicada, pois há bom prognóstico com a anticoagulação sistê-mica. Contudo, existe um terceiro grupo, de pacientes com risco intermediário de morte, para os quais há controvérsia quanto à indicação de trombolítico - pacientes hemodinami-camente estáveis com sinais de disfunção de VD. Uma meta-nálise recente mostrou que trombólise em TEP agudo de risco intermediário está associada com menor mortalidade, porém com maior taxa de eventos hemorrágicos. Entretanto, o sangramento não aumenta significativamente em pacientes abaixo de 65 anos. Dessa forma, cabe à equipe médica assis-tente avaliar cada caso visando o melhor prognóstico.Conclusão: A trombólise em pacientes jovens, com TEP agudo de risco intermediário de morbimortalidade, pode e deve ser considerada, mesmo na ausência da indicação absoluta nas diretrizes vigentes.

Palavras-chave: Tromboembolismo Pulmonar, Disfunção ventricular, Tratamento, Trombólise.

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24 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):24

Fechamento percutâneo de fístula arteriovenosa pulmonar (FAVP): um relato de caso treatMent of PulMonarY arteriovenous fistula with cYanocrYlate glue: a case rePort

coura lMo¹, santos fB¹, carvalho igr¹, zerBini Js¹, oliveira ec¹

¹Pontifícia Universidade Católica de Minas GeraisContato: [email protected]; (31) 98348-7719

Introdução: A fístula arteriovenosa pulmonar (FAVP) con-siste em uma comunicação direta entre artérias e a veias pulmonares, sem que o sangue passe pelo capilar e realize a hematose. Como consequência, ocorre shunt com reper-cussões hemodinâmicas variadas como: cianose, embolia paradoxal e predisposição a abcesso cerebral. O tratamento deve ser realizado para a eliminação do SHUNT.Relato de caso: ABC, 4 anos, sexo feminino apresen-tando dispneia e cianose severa. Saturação de oxigênio (Sp02) 62%. Raio-X de tórax apontou densidade anor-mal no lobo inferior do pulmão direito. Ecocardiograma com microbolhas mostrou um grande shunt em direção ao átrio esquerdo. Angiografia pulmonar confirmou o diag-nóstico de múltiplas fístulas arteriovenosa no lobo infe-rior direito. Após realização de embolização com 14 coils, houve melhora dos sintomas e aumento da S02 para 88%. Após quatro anos, houve piora da SpO2, sendo a paciente reencaminhada para nova intervenção sendo depositado 15ml de cola (5 mL de Histoacryl com 10 mL de lipiodol) sobre as coils previamente implantadas com eliminação

das fístulas e normalização da SpO2. O bom resultado tem sido mantido com SPO2=98% em 9 anos de seguimento.Discussão: FAVP é uma doença rara, com sintomas rela-cionado com o tamanho, sendo os mais comuns: dispneia, cianose, embolia paradoxal. O objetivo do tratamento é a eliminação da(s) fístula(s) que pode ser feito cirurgica-mente com ressecção do lobo ou segmento envolvido ou pelo método percutâneo. O segundo por apresentar menor morbimortalidade é a primeira escolha atualmente. O caso apresentado mostra o uso com sucesso e de forma iné-dita de cola para tratamento FAVP, que só deve ser usada em casos especiais e por equipe experiente pelo risco de embolização com consequências imprescindíveis.Conclusão: A oclusão percutânea de FAVP pode ser rea-lizada com sucesso pelo método percutâneo e deve ser a primeira opção pela baixa morbimortalidade e alto índice de sucesso.

Palavras-chave: Fistula do Sistema Respiratório, Emboloterapia, Malformação congênita do septo aortopulmonar.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):25 25

Relato de caso: trauma relacionado a trombose venosa profunda de membro superiorcase rePort: suPerior MeMBer deeP venous troMBosis related trauMa

flora hs¹, nasciMento ng¹, silva Js¹, Mol eocP²

¹Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu; ²Faculdade de Ciências Gerenciais de ManhuaçuContato: [email protected]; (32) 99132-6490

Introdução: A trombose de veia profunda (TVP) é uma obstrução ocasionada por um trombo, que posteriormente provoca uma reação inflamatória na parede do vaso. No Brasil em 2016, o Sistema Único de Saúde, relatou 40571 internações para TVP, das quais 1073 evoluíram para óbito. Devido a sua importância clinica, o trabalho busca direcionar e destacar, através de um relato de caso, as etapas diagnósticas a serem realizadas, a fim de evitar complicações pré-operatórias.Relato de caso: ITS, 41 anos, trabalhador rural. Caiu da própria altura sobre o ombro direito, e após dois dias pro-curou o pronto atendimento. Foi diagnosticado uma redu-ção de fratura, e o paciente foi encaminhado à cirurgia ortopédica. Na avaliação pré-operatória cardíaca foi cons-tatado trombose venosa profunda em membro superior (TVPMS), a qual foi tratada e, após melhora do quadro, foi realizada a cirurgia.Discussão: A TVP é uma patologia de difícil diagnóstico devido a alta taxa de assintomáticos, que podem chegar a 50%. A clínica da TVPMS tem como característica edema de braço, antebraço e mão, e podem ser notadas veias dilatadas ou circulações bem definidas na região do del-toide, peitoral e parede torácica. O escore de Wells clas-sifica a probabilidade e o risco da TVPMS. O Dímero D (DD) é o exame laboratorial preferível por apresentar alta

sensibilidade, tendo assim, bons resultados diagnósticos em pacientes com baixa probabilidade no critério de Wells. O Ecodoppler colorido (EDC) é o exame de imagem prefe-rível, porém a flebografia é o exame padrão ouro. Entretanto o custo, o incomodo para o paciente e a contraindicação em pacientes renais diminui utilização da flebografia como primeira escolha. A Tomografia Computadorizada (TC) e a Ressonância Magnética (RM) apresentam sensibilidade e especificidade semelhante ao EDC e, devido ao seu alto custo, são menos utilizadas. Assim, para uma sequência diagnóstica, é recomendado o EDC, que positivo confirma a TVPMS. Quando esse exame é negativado, o DD, ou a TC, ou a RM são as opções a serem solicitadas. Se alguns desses negativarem, a TVPMS é afastada. Se o EDC for inconclusivo, o DD é indicado e, quando negativado, exclui a patologia. Entretanto, se o DD é positivado, é necessário a flebografia para confirmar ou afastar o diagnóstico.Conclusão: A TVPMS é uma patologia mais relacionada ao trauma e, por sua menor frequência na clinica, é muitas vezes subdiagnósticada. Por isso, seguir as recomendações diagnósticas podem evitar complicações, principalmente das cirurgias traumáticas.

Palavras-chave: Trombose de veia profunda, Pré-operatório, Diagnóstico, Traumatologia, Ecodoppler colorido.

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26 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):26

Reconstrução nasal por retalho frontalnasal reconstruction BY frontal flaP

caPaneMa lB¹, Mitre gs¹, silva Krs²

¹Universidade de Itaúna; ²Santa Casa Belo HorizonteContato: [email protected]; 37 9999-4629

Introdução: O carcinoma basocelular (CBC) é o tumor de pele maligno não-melanoma de maior incidência e pre-valência no Brasil, correspondendo entre setenta e setenta e cinco por cento dos casos. Geralmente localiza-se com mais frequência na face, causando morbidade tanto fun-cional quanto estética aos pacientes. O nariz é particu-larmente vulnerável as doenças malignas cutâneas, sendo acometido por uma porcentagem significativa dos CBCs. O tratamento consiste na ressecção oncológica da lesão, preservando a função com a menor deformidade possível. A reconstrução nasal é desafiadora devido à posição cen-tral e proeminente do nariz na face.Relato de caso: Descreve-se o caso clínico de um paciente S.C.F., masculino, 49 anos, sem comorbidades prévias, referenciado a consulta com a cirurgia plástica por CBC em ponta nasal recidivado. Foi submetido à ressecção da lesão em um primeiro tempo cirúrgico. A reconstrução nasal foi deixada para três tempos posteriores, fazendo-se autonomi-zação de retalho frontal com preparo de forro nasal.Discussão: A reconstrução nasal é um desafio para o cirurgião plástico. As deformidades do nariz são causa-das principalmente por ressecção de neoplasias de pele.

Existem muitas alternativas para cobertura cutânea, cons-tituindo os retalhos a melhor opção cosmética e funcional, devido sua grande versatilidade de aplicação. No presente estudo, por se tratar de uma lesão extensa que engloba mais da metade do nariz optou-se pela utilização de reta-lho frontal. A escolha foi baseada no fato de que esse tipo de retalho é o mais adequado, por sua segurança, quanti-dade de pele obtida, e semelhança de cor, textura e espes-sura cutâneas.Conclusão: O fechamento dos defeitos nasais é geral-mente difícil no que se diz respeito ao resultado funcional e estético. A idade do paciente, o tamanho e a localização do defeito cirúrgico são os parâmetros que nos orientam na escolha do melhor método de reconstrução. O cirur-gião plástico deve conhecer os distintos tipos de retalho, devido à crescente incidência de tumores cutâneos nasais. A escolha da técnica de reconstrução do nariz visa funda-mentalmente à cura da lesão, restauração da função, man-tendo-se boa permeabilidade respiratória e, finalmente, que a unidade estética fique o mais próximo do natural.

Palavras-chave: Carcinoma basocelular, Retalho frontal, Reconstrução nasal, Tumor nasal.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):27 27

Hérnia paraduodenal direita: relato de casoright Paraduodenal hernia: case rePort

Ávila i¹, oliveira gfM¹, santos lea¹, fonseca ef2.

¹Centro Universitário de Patos de MinasContato: [email protected]; 34 99804-0477

Introdução: As hérnias internas têm reduzida incidência global, porém formam 5,8 por cento das obstruções do intestino delgado. O tipo paraduodenal é o mais comum da hérnia interna congênita e ocorre mais na população masculina (3:1). O quadro clínico é semelhante ao de outras patologias, assim, osMétodos de imagens que excluem diagnóstico diferencial.Relato de caso: Paciente 68 anos relata forte dor difusa por distensão abdominal, dificuldade para alimentar e deambular. Ao exame físico, observou-se paciente des-corado, cianótico e com membros inferiores edemacia-dos; no abdome: timpanismo e ruídos hidroaéreos ausen-tes. Realizada tomografia, revelou-se distensão de alças intestinais do delgado e calibre reduzido junto à raiz do mesentério com níveis hidroaéreos, líquido na cavidade pélvica inferior e divertículo no cólon esquerdo. O tra-tamento efetuado foi laparotomia exploratória mediana, que evidenciou uma hérnia interna contendo alças do jejuno e íleo terminal, envoltas por peritônio que insi-nuou por um óstio no mesentério. Optou-se por lise do peritônio e do óstio da hérnia com liberação peritoneal, sem ressecções. Paciente encontrava-se evoluindo bem no pós-cirúrgico, sem queixas.Discussão: As hérnias paraduodenais ocorrem por falha da junção entre o mesentério e o peritônio

parietal; e má rotação intestinal, gerando deslocamento de uma víscera por meio de um orifício do peritônio ou do mesentério. Essas são divididas em direita e esquerda. Conforme o relato, a classe paraduodenal direita é menos prevalente (0,25: 1) e sucede na fossa de Waldeyer. As manifestações clínicas decorrem de dispepsia, cãibras periumbilicais, dor e distensão abdo-minal pós-prandial na região epigástrica, náuseas e vômitos; em situação de agravamento desponta a obs-trução intestinal. A radiografia do trato gastrointestinal simplifica o diagnóstico e a tomografia computadori-zada abdominal é o principal exame para confirmação diagnóstica obstrutiva, evidenciando massa e alças expandidas com líquido interno. O reparo laparoscó-pico ou a laparotomia é apropriado, no caso descrito, a manobra desta última foi a divisão das partes laterais do cólon à direita, transferindo-o à esquerda.Conclusão: Este relato elucida a imprescindibilidade de inclusão de hipótese diagnóstica de hérnia interna em pacientes que apresentam dor abdominal epigástrica, visto que existem inúmeros diagnósticos diferenciais. O aprimoramento de técnicas investigativas é essencial para delineamento terapêutico.

Palavras-chave: Hérnia paraduodenal, Cirurgia geral, Obstrução intestinal.

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28 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):28

Resistência em Tricomoníase Urogenital Humana e perspectivas no tratamento clínicoresistance in huMan trichoMoniasis and PersPectives in clinical treatMent

oliveira feM¹, Marques go¹, costa neB¹, silva sM¹

¹Universidade Federal de São Joao del ReiContato: [email protected]; (32) 99968-0004

Introdução: Trichomonas vaginalis é um parasito que aco-mete o trato geniturinário causando a Tricomoníase Uroge-nital Humana (TUH). O metronidazol é a droga de primeira linha no tratamento da TUH. A resistência clínica ao metro-nidazol tem aumentado na população mundial, tornando-se um problema para os órgãos governamentais de saúde. Em algumas regiões do mundo, os casos de resistência ultrapas-sam a 15%; no Brasil, as falhas no tratamento ocorrem entre 7-10% dos casos, sendo essa porcentagem ainda maior entre os portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana.Objetivo: Elucidar as inovações em pesquisas científicas mundiais sobre a TUH, tendo como foco a dinâmica dos processos envolvidos na resistência aos derivados 5-nitroi-midazóis e as investigações sobre tratamentos alternativos.Métodos: Revisão bibliográfica de artigos científicos publicados na base eletrônica de dados PubMed, utili-zando como descritores “trichomonas vaginalis”, “metro-nidazole”, “T. vaginalis and drug-resistance”, “treatment of trichomoniasis”.Discussão: A resistência ao metronidazol pode ocorrer por diversos mecanismos descritos na literatura, sendo que todos eles estão relacionados a dois tipos clássicos de resistência: o aeróbico e o anaeróbico. Vários tratamentos

alternativos estão sendo propostos, atualmente, visto a magnitude dos casos resistentes, incluindo outros deriva-dos nitroimidazólicos, que não o metronidazol, associações e uso de antimicrobianos de outras classes. Apesar das des-crições existentes sobre potenciais mecanismos envolvidos na resistência ao metronidazol em T. vaginalis, a forma exata como ela ocorre nesse protozoário ainda não foi elucidada. Em geral, mecanismos de resistência a medica-mentos são complexos, sistêmicos e envolvem a interação de redes biológicas que determinam o fenótipo de resis-tência. Nesse sentido, a comunidade científica busca avan-ços em tratamentos alternativos visando um manejo ade-quado em pacientes resistentes ao tratamento de escolha.Conclusões: Com o panorama atual da disseminação da TUH e a progressão dos casos resistentes ao tratamento com a droga de primeira linha, o conhecimento dos tra-tamentos alternativos para manejo de casos resistentes ao derivados 5-nitroimidazólicos é essencial. Embora, mui-tas vezes, haja cura com o emprego desses tratamentos, a infecção pode se arrastar por anos, o que torna o tratamento desta afecção dramática para os pacientes e seus parceiros.

Palavras-chave: Tricomoníase, perspectivas, resistencia, 5-nitroimidazólicos.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):29 29

Doença celíaca: desafios e inovações na conduta terapêuticaceliac disease: challenges and innovations in theraPeutic ManageMent

gonçalves iPr1, lara acc1, costa aas1, Mafra rscP2

1Faculdade de Minas – BH; 2Instituto Mineiro de Educação SuperiorContato: [email protected]; (31) 98312-2469

Introdução: Conhecida como enteropatia glúten-induzida, a doença celíaca (DC), é uma patologia autoimune, carac-terizada pela intolerância permanente ao glúten que gera atrofia da mucosa proximal e má absorção de alimentos. Afeta cerca de 1% da população mundial. Devido à falta de informação e a dificuldade de identificar os doentes, no Bra-sil, a DC é subdiagnosticada. Acredita-se que existam apro-ximadamente 300 mil doentes no país. É mais comum em crianças de 6 meses a 5 anos de idade, e no sexo feminino.Objetivos: O objetivo geral deste trabalho é abordar as implicações da DC e as inovações da medicina que con-tribuem para otimizar seu tratamento.Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura descritiva com produção científica indexada nas seguintes bases ele-trônicas: Scielo, MEDLINE, LILACS e Google Acadêmico.Discussão: Nos celíacos, o glúten se torna tóxico devido à presença de gliadinas e gluteninas, ricas em glutamina, peptídeo capaz de desencadear reação inflamatória na mucosa intestinal. A clínica é variada, sendo a forma mais clássica caracterizada por quadros de diarreia crônica, distensão abdominal, perda de peso e desnutrição. Para diagnosticar, o padrão-ouro é a realização de endoscopia digestiva alta com biópsia de intestino delgado. Os mar-cadores sorológicos identificam os indivíduos a serem

submetidos à biópsia, pelos testes dos anticorpos anti-gliadina, antiendomísio e antitransglutaminase. A terapia mais eficaz consiste em uma dieta isenta de glúten, tra-tamento simples, mas que reflete diretamente nos hábi-tos nutricionais e sociais do portador. Pesquisas buscam novas opções, como a ingestão oral de enzimas capazes de hidrolisar o glúten, inibidores da enzima transgluta-minase tecidual, da permeabilidade intestinal e da tole-rância oral ao glúten. Além disso, ensaios inovadores incluem o desenvolvimento de uma vacina para pacientes portadores do gene HLA-DQ2, a partir da visualização, a nível sub-molecular, da interação entre o glúten e as pro-teínas que desencadeiam o processo imune, baseada em três peptídeos específicos, visando reduzir drasticamente a rejeição ao glúten, permitindo uma dieta sem restrições.Conclusão: Apesar da clínica e dos mecanismos patológi-cos da DC serem conhecidos, osMétodos de tratamento ainda são restritos, sendo a dieta sem glúten o modo mais eficaz de evitar recidivas. Inovações na área de biotecnologia buscam descobrir uma possível cura através da vacina, o que mudaria drastica-mente o cenário dos celíacos.

Palavras-chave: doença celíaca, glúten, biotecnologia, glutamina.

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30 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):30

Células epidérmicas progenitoras planejadas podem corrigir obesidade e diabetes induzidas por dietaengineered ePiderMal Progenitor cells can correct diet-induced oBesitY and diaBetes

Piuzana e¹, Piuzana J.a²

¹Faculdade de Ciências Médicas MG; ² Universidade Federal de Minas GeraisContato: [email protected]; (31) 98888-4827

Introdução: Um de cada três adultos é considerado obeso, e mais de 100 milhões de americanos possui diabetes. O presente trabalho teve como foco a necessidade de se criar uma alternativa para tais pacientes, utilizando da engenharia genética para se criar células capazes de induzir a secreção de insulina pelo pâncreas.Objetivos: Criar uma alternativa rápida e minimamente invasiva, de baixo custo, que atenda às demandas mundiais de controle da diabetes e da obesidade.Métodos: Foi realizado um estudo caso-controle, experi-mental, quantitativo e prospectivo com ratos. Foram utliza-dos dois grupos de ratos, um controle e um experimental. Ambos os grupos apresentavam sistema imunológico intacto e não apresentavam co-morbidades. O grupo experimental recebeu um enxerto de pele com células geneticamente modi-ficadas, que apresentava o gene para a proteína glucagon-like peptide 1 (GLP1), um hormômio que estimula a secreção extra de insulina pelo pâncreas. Inicialmente, os dois grupos receberam uma dieta hiper-calórica, o que desenvolveu obe-sidade nos ratos. Em seguida, foi administrado doxiciclina nos ratos do grupo experimental, que estimula a liberação de GLP1, e a dieta de ambos os grupos foi mantida.Resultados: Ao final do experimento, os ratos que rece-beram o enxerto tiveram menos ganho de peso que os do

grupo controle, além de terem apresentado níveis de gli-cose sanguínea reduzidos.Discussão: Os ratos do grupo experimental tiveram menor ganho de peso e níveis de glicose sanguínea reduzidos por-que o gene modificado nas células do enxerto eram respon-sáveis pela liberação da GLP1, que estimula uma secreção extra de insulina pelo pâncreas. A maior taxa de insulina reduz os níveis de glicose no sangue, estimulando a quebra de lipídeos para obtenção de energia e revertendo pouca glicose para a síntese de triglicérides.Conclusão: Essa abordagem, combinando uma edição precisa do genoma in vitro com a aplicação efetiva de célu-las de engenharia in vivo, poderia fornecer benefícios sig-nificativos para o tratamento de muitas doenças humanas. Além disso, as células progenitoras da pele possuem várias vantagens únicas que são perfeitas para a terapia genética, a pele humana é o órgão maior e mais acessível do corpo e é fácil de monitorar. A pele transplantada pode ser remo-vida rapidamente, se necessário. As células de pele pro-liferam rapidamente em cultura e podem ser facilmente transplantadas. O procedimento é seguro, minimamente invasivo e barato.

Palavras-chave: Engenharia genética; Insulina; Obesidade; Diabetes

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):31 31

Manejo da cetoacidose diabética em paciente pediátricoManageMent of diaBetic Ketoacidosis in the Pediatric Patient

cruz lM¹, Pena lB¹, louzada cf¹

¹Universidade Federal de Ouro PretoContato: [email protected]; (31)99716-2195

Introdução: A cetoacidose diabética (CAD) em crianças constitui uma emergência importante dentro da pedia-tria, uma vez que é a causa mais frequente de morte em crianças com diabetes mellitus tipo um (DM1). Labora-torialmente, define-se CAD como um quadro de acidose metabólica com pH arterial abaixo de 7,3 e/ou por um valor de bicarbonato plasmático abaixo de 15 mEq/dL, associado ao aumento de corpos cetônicos séricos e urinários e, em geral, à hiperglicemia e glicosúria. Em sua apresentação clínica, tem-se poliúria, polidipsia e perda de peso, apesar de aumento no consumo calórico. Tanto em pacientes já diagnosticados com DM1, quanto naqueles sem diagnóstico prévio, a história de infec-ção é comum, além de queixas como dor abdominal, vômitos e náuseas. Ao exame físico, crianças em CAD apresentam-se prostradas, desidratadas e, em casos de acidose grave, com respiração de Kussmaul.Objetivo: identificar os passos iniciais da terapêutica da criança em franca CAD, evitando as suas complicações.Métodos: foram pesquisados artigos nas plataformas médicas Pubmed e LILACS com as palavras-chaves “cetoacidose diabética pediátrica”.Discussão: o tratamento imediato da CAD baseia-se na hidratação do paciente, correção da acidose e

insulinoterapia. A reposição volêmica deve ser iniciada, administrando-se 10-20mL/Kg de peso de solução de cloreto de sódio (NaCl) 0,9% em uma hora, podendo esse esquema ser repetido, sem que se exceda o volume de 30mL/Kg. Após, inicia-se a terapia de manutenção, com acréscimo de 40 mEq de potássio a cada litro de solução de NaCl a 0,9%, e avalia-se o início da admi-nistração de solução glicosada a 10% a níveis de glice-mia próximos a 250-300mg/dL. A insulinoterapia deve ser iniciada concomitantemente, com infusão contínua de insulina regular a 0,1UI/Kg/hora, objetivando-se uma queda na glicemia do paciente entre 50 a 100 mg/dL/h. Deve-se monitorizar a criança com glicemia capilar de hora em hora nas primeiras 12 horas do início do qua-dro, dosar eletrólitos a cada duas horas e fazer gasometria venosa a cada duas horas para avaliação da acidose.Conclusão: Cabe ao médico identificar os sinais e sinto-mas do quadro de CAD na faixa etária pediátrica, uma vez que comumente o paciente chega no pronto atendimento em estado grave e o diagnóstico de DM1 não é conhecido. O tratamento adequado deve ser iniciado de imediato, sendo fundamental seu domínio, de modo a evitar compli-cações como hipoglicemia, hipocalemia e edema cerebral.

Palavras-chave: Cetoacidose, diabetes, pediatria.

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32 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):32

Aspectos clínicos - epidemiológicos da síndrome de Weilclinical and ePideMiological asPects of weil’s sYndroMe

oliveira Jr¹; costa Kl¹; hiPÓlito cec¹; faria oM¹

¹Universidade de ItaúnaContato: [email protected]; (37) 99105-0239

Introdução: A Síndrome de Weil (SW), manifestação grave da leptospirose, é causada principalmente pela Leptospira interrogans e caracteriza-se por icterícia, injúria renal aguda e diátese hemorrágica. Verifica-se uma varia-ção sazonal e regional da mesma, o que torna o perfil epi-demiológico da doença importante para o seu diagnóstico.Objetivo: Enfatizar os aspectos epidemiológicos impor-tantes para o diagnóstico da SW.Métodos: Revisão bibliográfica em bases de dados Pub-Med, Scielo e Lilacs.Discussão: A leptospirose, zoonose emergente e pro-blema de saúde pública no Brasil, é uma doença bacte-riana, cujo principal reservatório é o roedor. A infecção humana pode ocorrer de forma direta, através de sangue ou urina de animais infectados, ou por meio do contato indireto, a mucosa ou pele lesada entra em contato com água contaminada. Nos países tropicais, é uma doença de caráter endêmico, e os surtos ocorrem durante a esta-ção chuvosa, coincidindo com áreas inundadas, sendo, portanto, as enchentes e as fortes chuvas, no Brasil, um importante meio de contato do homem com as águas.

A SW, forma severa da doença, manifesta-se em aproxi-madamente 10% dos casos, sendo 5 a 15% destes fatais. Essa se caracteriza por febre alta, icterícia, insuficiência renal que cursa com hipopotassemia, necrose hepática, comprometimento pulmonar, colapso cardiovascular, alte-rações neurológicas e diátese hemorrágica. O diagnóstico requer alto grau de suspeição clínica, porque a doença possui manifestações que podem imitar outras infecções tropicais ou outras doenças febris inespecíficas. A confir-mação fundamenta-se nos aspectos clínico-laboratoriais, bem como nos clínico-epidemiológicos.Conclusões: A SW, além da icterícia e da insuficiência renal aguda, predispõe o aparecimento de manifestações hemorrágicas potencialmente fatais. As manifestações clínicas, associadas às características epidemiológicas, permitem o diagnóstico e tratamento precoces, otimi-zando o prognóstico. Reforça-se a importância de priori-zar a prevenção primária no manejo da leptospirose como forma de se evitar novos casos.

Palavras-chave: Síndrome de Weil, leptospirose.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):33 33

As controvérsias da terapêutica hormonal em meninas com puberdade precoce centralthe controversY horMone theraPY in girls with central Precocious PuBertY

azevedo ca¹, resende ll¹, santos sha¹, souza JhK²

¹Faculdade de Minas – FAMINAS BHContato: [email protected]; (31)994835959

Introdução: É considerada puberdade precoce central (PPC), em meninas, o desenvolvimento das características sexuais secundárias antes dos oito anos de idade, ocor-rendo devido à ativação precoce do eixo hipotálamo-hipó-fise-gonadal.¹ Para iniciar o tratamento em crianças com puberdade precoce é necessário que o diagnóstico esteja claro e que outras causas para o surgimento dos sintomas sejam excluídas.² Se não diagnosticada e tratada numa fase precoce, a PPC pode comprometer a estatura final do adulto e pode provocar também problemas psicológicos decorrentes da menarca precoce3,4. Para o tratamento de PPC são usados, análogos agonistas do hormônio libe-rador das gonadotrofinas (GnRH) de ação prolongada (a-GnRH), que tem como essência o bloqueio da secreção das gonadotrofinas.5

Objetivos: O objetivo deste estudo é discutir sobre o uso terapêutico de a-GnRH e a alternativa de associar o hor-mônio de crescimento recombinante humano (rGH) nas meninas com PPC.Métodos: Foram selecionados artigos nas bases de dados PubMed, Scielo e The Lancet, tendo sido identificados e revisados 25 artigos, publicados entre 2013 e 2015, nas línguas inglesa e portuguesa. Estudos retrospectivos e de revisão foram considerados. Por se tratar de uma revi-são de literatura, foram apresentadas as conclusões mais

relevantes dos principais artigos sem a interferência direta da análise pessoal dos autores deste estudo.Discussão: Além do tratamento com a-GnRH isolado há a possibilidade de associação com rGH, visando acelerar a velocidade do crescimento para obter um maior nível estrutural e consequentemente proporcionar uma altura adulta final maior.5 Para isso é necessário utilizar a dosa-gem correta do hormônio e iniciar o tratamento no período adequado. O tratamento com rGH deve ser introduzido quando a velocidade de crescimento for abaixo de 4 cm por ano, mesmo em tratamento com a-GnRH.5 Os estudos ana-lisados afirmam que a estatura final alcançada pelas meni-nas em tratamento com rGH foi aproximadamente 6 cm maior do que em meninas em uso de apenas a-GnRH.5’6

Conclusão: Os benefícios do uso do a-GnRH como tera-pêutica da PPC em relação à estatura final já é compro-vado, porém a associação com o r-GH, segundo estudos analisados, fornece um resultado final superior. Desta forma, é necessário avaliar a possibilidade de associação e iniciar o tratamento precocemente, lembrando que cada caso deve ser avaliado individualmente para não serem criadas expectativas além das possibilidades.

Palavras-chave: Puberdade precoce central. Agonista do hormônio liberador de gonadotrofina. Efeitos terapêuticos. GH na puberdade precoce.

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34 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):34

Manejo do transplante fecal no tratamento de doenças inflamatórias intestinais: uma revisão de literaturaManageMent of fecal transPlantation in the treatMent of intestinal inflaMMatorY diseases: a literature review

guedes rl¹. azzi llM¹. sousa lc¹. Mafra rscP²

¹Acadêmica de Medicina da FAMINAS-BH ²Professor titular do curso de Medicina da FAMINAS-BHContato: [email protected] ; (61) 99309-6161

Introdução: O transplante fecal, ou cientificamente cha-mado de Transplante de Microbiota Fecal (TMF), consiste na introdução de fezes de uma pessoa saudável no intestino de um indivíduo com alterações intestinais. Este processo pode ser feito por inúmeras vias, entretanto, a mais comum é pela via enteroscópica, pela qual será incorporado um conjunto de bactérias saudáveis que podem substituir as bactérias causadoras de doenças, ou seja, aquelas que são prejudiciais à saúde daquele indivíduo. Uma das possíveis aplicações do TMF é no tratamento de doenças inflamató-rias intestinais, moléstia que está relacionada a uma série de fatores que culminam na inflamação do trato gastroin-testinal, em especial o intestino.Objetivos: O objetivo deste trabalho é avaliar a eficácia e manejo do transplante fecal em pacientes que apresentam doenças inflamatórias do intestino.Métodos: Esta revisão de literatura foi baseada em 05 arti-gos na língua inglesa e 02 artigos na língua portuguesa, incluindo ensaios clínicos randomizados, revisões de lite-ratura e meta- análises, datados de 2014 a 2017. As bases de dados utilizadas foram Scielo, PubMed, Bireme e Lilacs.Discussão: Ainda não se sabe o mecanismo exato do TMF, entretanto, observou-se que a presença de fezes de indivíduos

saudáveis no intestino de pacientes enfermos reduz a exacerba-ção dos sintomas, como diarreia e/ou constipação desta pato-logia em até 90% e reestabelece o equilíbrio da flora intestinal reduzindo a chance de novas infecções. Este procedimento parece viável e está associado à uma maior probabilidade de resposta positiva no tratamento destes pacientes. Além disso, ao realizar a transferência de bactérias, pode-se observar o desenlace no tratamento de infecções recorrentes causadas pela bactéria Clostridium difficile resistente aos fármacos anti-microbianos, sendo que a principal complicação causada por esta bactéria é a colite pseudomembranosa. Ademais, sabe-se que neste procedimento são transferidas bactérias ativas anti--inflamatórias assim como seus resíduos, que geralmente não são conhecidos. Logo, experimentos estão sendo feitos para descrever melhor os constituintes da microbiota, para que o TMF seja um processo eficaz e proveitoso.Conclusão: O TMF pode ser considerado uma modali-dade promissora no tratamento de pacientes portadores de doenças inflamatórias intestinais, além do que seu uso pode ser mais seguro e eficaz do que a terapia imunossu-pressora nestes pacientes.

Palavras-chave: Transplante fecal, microbiota intestinal, doenças inflamatórias intestinais.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):35 35

Hemangioma cavernoso de jejuno: desafio diagnósticocavernous heMangioMa at JeJunuM: diagnostic challenge

oliveira gfM1, fonseca MM1, cunha gn1,Júnior dB2

1Centro universitário de Patos de Minas – UNIPAM.Contato: [email protected]; (34) 9830-1001

Introdução: Hemangiomas gastrointestinais são tumo-res relativamente raros com uma incidência de apenas 0,05% de todos os tumores do trato gastrointestinal (TGI), sendo mais comumente localizados no jejuno. Não apre-senta predileção por sexo e são mais comuns a partir dos 30 anos. A maioria desses tumores só apresentam sintomas em estágio avançado e o diagnóstico exato se dá através de análise histopatológica da lesão.Relato de caso: Paciente de 82 anos refere que iniciou com dor em fossa ilíaca esquerda recentemente com queda do apetite e perda de peso progressiva. Durante avaliação clínica não foi identificada nenhuma alteração à palpação abdominal e o exame laboratorial se mostrou sem altera-ções significativas. O exame ultrassonográfico revelou lesão expansiva provavelmente de origem anexial. Na ava-liação tomográfica sem contraste foi evidenciada uma lesão expansiva bem delimitada em alças de delgado em fossa ilíaca direita. Como conduta optou-se por laparotomia exploradora com visualização de lesão tumoral vermelho arroxeada em borda antimesentérica de alça jejunal média e realização de enterectomia segmentar com anastomose término-terminal com margens de segurança de 4 cm. Paciente apresentou boa evolução no pós-operatório, sem nenhuma intercorrência.

Discussão: Hemangiomas gastrointestinais surgem a partir de plexos vasculares submucosos e podem ser divididos em três categorias: hemangioma capilar, hemangioma cavernoso e hemangioma misto. No geral, 80% dessas malformações são de subtipo cavernoso e erroneamente diagnosticadas como hemorroidas ou colite ulcerativa. As manifestações clí-nicas mais descritas na literatura atual discorrem a respeito da hemorragia no TGI que comumente se manifesta através de hematêmese, melena ou hematoquezia com consequente anemia. Outras manifestações relatadas são; dor abdomi-nal, intussuscepção, obstrução intestinal, náuseas e vômitos. A tomografia é a primeira linha de pesquisa podendo demons-trar espessamento da parede da alça intestinal. Também pode ser realizada uma endoscopia, colonoscopia ou ressonância magnética. O tratamento de eleição é a ressecção cirúrgica.Conclusão: O caso relatado e os dados obtidos na lite-ratura revelam a singularidade dessa enfermidade, sendo o diagnóstico dificultado pela semelhança dos sintomas com os de outras afecções mais comuns no TGI. Portanto, mostra-se a importância desse trabalho, que elucida sobre o hemangioma cavernoso e a relevância do seu reconheci-mento para provável intervenção.

Palavras-chave: hemangioma, jejuno, trato gastrointestinal, cirurgia geral.

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36 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):36

Pancreatite e ulcera duodenal por provável uso crônico de AINES evoluindo para sepsePancreatitis and ulcer of the duodenuM, PossiBlY BY cronical use of aines evolving to sePsis

dornelas lf1, Monteiro rP1, sana rz1, caMPos Mf2

1Universidade do Grande Rio; 2Hospital Márcio CunhaContato: [email protected]; (21) 980611163

Introdução: A úlcera péptica perfurada pode apresentar como um abdome agudo perfurativo e risco de morte pós operatória e complicações, relacionado à duração da perfu-ração. Pode evoluir para sepse, com hipotensão, taquicardia, sudorese. Tendo como causa o uso crônico de AINES.A pan-creatite aguda medicamentosa é rara, sendo a sua incidência desconhecida. O diagnóstico envolve um elevado grau de suspeição e exclusão de etiologias mais frequentes.Relato de caso: Paciente, J.C.V, masculino, 45 anos. Não etilista, sem comorbidades. Oriundo da UPA, com diagnóstico de abdome agudo perfurativo. Sob uso de cetoprofeno e nimesulida,por fratura em mão esquerda.Taquicárdico, taquipneico, abdome distendido e dolo-roso com sinais de irritação peritoneal. Admissão no box de emergência: hemoglobina 20 g/dL, uréia 100 mg/dL, creatinina 4,2 mg/dL, amilase 665 UI/L, lipase 202 UI/L.Apresentava acidose metabólica e alcalose respiratória, lactato 79,9 mmol/L, saturação O2 69%.Raio X e Tomo-grafia Computadorizada(TC) de abdome evidenciando pneumoperitônio.Submetido a laparotomia exploradora evidenciando grande quantidade de secreção bilioenté-rica intracavitária, úlcera em 2ªporção duodenal, reali-zado ulcerorrafia. Aumento do nível de lipase e amilase e hipoinsulflação pulmonar a direita(D) com derrame pleural

ipsilateral. Ultrassonografia abdominal mostra coleção subfrênica, submetido a drenagem. Presença de coleção entre alças de delgado compatível com pancreatite, fístula duodenal, realizado peritoniostomia. Hidratação venosa e antibioticoterapia com meropenem e ceftriaxona IV. Evolui com falência respiratória, necessitando de intuba-ção orotraqueal e encaminhado a UTI. Em uso de Fenta-nil, Midazolam, e sem uso de drogas vasoativas. TC de abdome relata moderada quantidade de líquido hipodenso em região sub-hepática e flanco D e retroperitônio com líquido e focos gasosos.Submetido a cultura, resultado de Acinetobacter baumannii sensível a amicacina, colistina. Iniciado tratamento de sepse.Conclusões: Na pancreatite aguda, a amilase apresenta-se elevada já nas primeiras horas de evolução do quadro. Os exames radiológicos, podem detectar complicações como derrame pleural, coleções, e ascite pancreática. A avaliação pancreática é realizada através da TC de abdome. Antibio-ticoprofilaxia de largo espectro, com imipenem, deverá ser introduzida em casos de pancreatites graves com coleções ou necrose pancreática. O procedimento cirúrgico consiste em drenagem de todas as coleções peripancreáticas.

Palavras-chave: Pancreatite, úlcera duodenal, AINES, sepse.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):37 37

Espasmo esofagiano difuso (esôfago em saca-rolhas) simulando infarto agudo do miocárdioesoPhagic sPasM siMulating acute MYocardial infarction

daniel aP¹, Magalhães Md¹, Maciel Ád¹, guiMarães afBc¹

¹Centro Universitário de Patos de MinasContato: [email protected]; (38) 992577000

Introdução: O espasmo esofagiano difuso é um distúr-bio da motilidade esofágica causado por uma alteração na condução elétrica local. Nessa condição, o peristaltismo fisiológico que move os alimentos através do esôfago é substituído por contrações simultâneas, repetitivas, não propulsoras e de forte intensidade. Geralmente a clínica apresentada pelo paciente é de dor torácica opressiva, que pode irradiar para mandíbula, dorso ou membros superio-res, tornando-se importante o diagnóstico diferencial com isquemia miocárdica. O diagnóstico é firmado pela eso-fagomanometria, porém, a seriografia contrastada de esô-fago fornece um achado radiológico clássico, chamado esôfago em “saca-rolhas” ou em “contas de rosário”. Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 71 anos, procurou unidade de pronto atendimento com queixa de dor torácica em aperto de forte intensidade com irradia-ção para mandíbula. Refere ser diabética e hipertensa, em uso contínuo de hidroclorotiazida, losartana, metfor-mina e AAS. Na história familiar refere mãe falecida após infarto agudo do miocárdio e pai falecido por morte súbita (paciente não soube relatar a causa). Foram solicitados marcadores de necrose miocárdica e eletrocardiograma, considerando o diagnóstico de infarto agudo do mio-cárdio e iniciado imediatamente AAS 300 mg + nitrato.

Paciente evoluiu com melhora da dor torácica. O eletro-cardiograma não apresentou alterações e os marcadores de necrose miocárdica encontravam-se dentro dos valo-res de normalidade. Paciente permaneceu em observação por 24 horas e recebeu alta. Procurou atendimento clí-nico onde foi questionada sobre disfagia e perda de peso. Foi solicitada seriografia de esôfago-estômago-duodeno, onde foi constatado esôfago em saca-rolhas sugerindo espasmo esofagiano difuso. Foi prescrito nifedipina de uso contínuo, com alívio dos sintomas.Discussão: A dor torácica é um sintoma esofagiano relati-vamente comum com características muito semelhantes à dor de isquemia cardíaca, sendo esta discriminação muito difícil em alguns casos. Tendo em vista o potencial de morbimortalidade das afecções cardíacas, convém sempre descartar este diagnóstico antes da avaliação esofágica.Conclusões: O quadro de dor torácica é exemplo de situa-ção em que o médico deve estar atento aos possíveis diag-nósticos diferencias, realizando boa avaliação clínica e propedêutica adequada, para que não se deixe de diagnos-ticar casos potencialmente letais, porém evitando também intervenções desnecessárias.

Palavras-chave: Espasmo Esofágico Difuso; Diagnóstico Diferencial; Infarto do Miocárdio

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38 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):38

Apendicite retroperitoneal perfurada com abscesso sub e intra-hepático: um raro relato de casoPerforated retroPeritoneal aPPendicitis with suB and intrahePatic aBscess: a rare case rePort

Pereira dP1, santos tdB1, raMos Pvs1, neves MPc2

1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; 2Departamento de Clínica Cirúrgica da Santa Casa de Caridade Diamantina (SCCD), MG.Contato: [email protected]; (38) 98844-2976

Introdução: A apendicite aguda é a causa mais comum de abdome agudo cirúrgico no Ocidente, desenvolve-se em qualquer idade e sua prevalência durante a vida é de cerca de 7%. Seu diagnóstico é clínico, mas pode ser retardado quando o apêndice encontra-se em posição ana-tômica atípica, evoluindo com complicações, como abs-cesso piogênico e óbito.Relato de caso: Paciente masculino, 33 anos, obeso, sol-teiro, admitido na emergência da SCCD com queixa de dor no hipocôndrio direito há 11 dias, mal-estar e febre, negando vômitos e alterações intestinais. Havia procurado atendimento médico prévio, com suspeita diagnóstica de infecção do trato urinário. Ao exame estava consciente, descorado, anictérico e febril. Aparelho cardiovascular, res-piratório e geniturinário sem alterações. No abdome sinal de Murphy positivo e Blumberg negativo. O leucograma revelou leucocitose de 15.800 células/mm3. À radiografia de tórax presença de nível hidroaéreo na base do hemitórax direito e à tomografia computadorizada de abdome abscesso sub-hepático. Ocorreu piora acentuada da dor e manifesta-ção difusa no abdome. Foi encaminhado ao bloco cirúrgico com suspeita de abscesso sub-hepático secundário à cole-cistite aguda gangrenosa. Na cirurgia observou-se saída de de secreção purulenta do abscesso sub e intra-hepático ao

nível da vesícula, entre o fígado e o retroperitônio, mas sem envolvimento da vesícula biliar. O apêndice era retroperi-toneal e ascendia junto ao ceco e cólon ascendente, com a sua extremidade supurada situada dentro do abscesso. Foi realizado apendicectomia com colocação de drenos e antibioticoterapia. Cursou no pós-operatório com sepse e óbito após um mês de internação no CTI.Discussão: Em quadros de abdome agudo com suspeita de apendicite, o principal achado é a hipersensibilidade à palpação no ponto de McBarney. Porém, as manifestações semiológicas se alteram em casos de posição incomum do apêndice, caso em questão, o que permite a supuração e formação de abscesso com acometimento de estruturas adjacentes. Isto aconteceu devido posição posterior do apêndice que ascendia no retroperitônio com sua ponta fixada em região sub-hepática, fato associado à localiza-ção mais alta do ceco, ao nível do umbigo.Conclusão: As diferentes posições do apêndice vermi-forme podem ter um efeito negativo no diagnóstico de apendicite aguda, o que retarda seu reconhecimento e terapêutica adequada precoce. É importante publicações de casos semelhantes para guiar o raciocínio clínico.

Palavras-chave: apendicite aguda, abscesso, sub-hepático, perfuração, retroperitoneal.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):39 39

Relato de caso raro na literatura: Sífilis Gástricarare case rePort in literature: gastric sYPhilis

santos JP1, rinoldi M², Belo Mhs³, fernandes hJ4

1Universidade do Vale do Sapucaí; ² Faculdade de Medicina de Barbacena; ³Faculdade de Medicina de Barbacena; 4Médico especialista em Infectologia com experiência em ClínicaContato: [email protected]; (35) 984194091

Introdução: Sífilis é uma doença de transmissão predo-minantemente sexual, causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença apresenta múltiplas apresentações clí-nicas, podendo acometer qualquer órgão. O acometimento gástrico é raro na sífilis, cerca de 0,1% dos casos, ocorre geralmente na fase secundária da doença e em adultos jovens com predileção ao antro gástrico. Os achados clí-nicos são inespecíficos: dor abdominal, náusea, vômito, perda ponderal, hiporexia e sangramento digestivo. O diagnóstico é de exclusão e de alto grau de suspeição, se baseia nos achados endoscópicos, clínicos e sorológicos. O tratamento é realizado com Penicilina Benzatina.Relato de caso: J.R.P.I, 31 anos, feminino, quadro de dor abdominal há 15 dias do tipo pontada, localizada no hipocôndrio direito com irradiação para o hipocôndrio esquerdo sem fator de melhora ou piora. Concomitante, referia aparecimento de manchas eritemato-descamativas nas regiões das coxas, palmares e plantares, além de náu-seas que pioravam ao se alimentar e vômitos noturnos de consistência pastosa com coloração amarelo esverdeada. Paciente referia ainda perda ponderal de 5 Kg. Histórico de

relações sexuais protegidas. Exames laboratoriais eviden-ciaram VDRL 1:32, FTA-ABS IgG reagente. Endoscopia digestiva alta evidenciou enantema no corpo gástrico e os achados histopatológicos evidenciaram gastrite em intensa atividade. Tratamento foi realizado com 7.200.000 UI de Penicilina Benzatina, considerando sífilis latente tardia. Paciente evoluiu com remissão completa dos sintomas.Conclusões: A Sífilis Gástrica é extremamente rara e seus principais sintomas são comuns em grande maioria das doenças pépticas. Geralmente o exame físico não contribui para o diagnóstico. A suspeição clínica deve partir princi-palmente da história sexual, epidemiologia e achados nos exames complementares. O tratamento é eficaz na grande maioria dos casos, sendo a prevenção a melhor maneira de evitar a doença. No caso relatado, os achados clínicos e endoscópicos foram inespecíficos, o exame laboratorial de VDRL e os micro abcessos encontrados na histopatologia foram sugestivos para a conclusão do diagnóstico, que foi corroborado pela melhora do quadro após o tratamento.

Palavras-chave: sífilis gástrica; quadro clínico; exames laboratoriais; diagnóstico.

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40 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):40

Deficiência de GATA2 – uma desordem imunegata2 deficiencY – an iMMune disorder

Magalhães l1, guedes fh2, teiXeira l3, guiMarães l3, Xavier M1

1Universidade Federal de Minas Gerais; 2Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais; 3Pontifícia Universidade Católica de Minas GeraisContato: [email protected]; (31) 99798-4803

Introdução: GATA2 é um fator de transcrição essen-cial para a hematopoiese e angiogênese. A deficiência de GATA2 caracteriza-se por uma variedade de mutações heterozigotas no seu gene, refletindo em níveis reduzidos de transcrição do fator, o que afeta a quantidade e a quali-dade de células tronco hematopoiéticas (CTH) produzidas. Trata-se de uma doença rara e complexa, cujas caracterís-ticas ainda estão sendo estudadas.1

Descrição do caso: LCPG, mulher, 21 anos, avaliada por hematologista em 2014 por apresentar pancitopenia, com quadro clínico de discreta fadiga. Biópsia de medula óssea (MO) mostrou hipocelularidade. Passou a apresentar infecções bacterianas de repetição, como abscesso axilar, linfadenite necrotizante, infecção seios da face e abscesso perianal. Evoluiu sem progressão das citopenias e a última biópsia medular, em 2016, apresentou hipocelularidade e alterações displásicas nas três séries. A análise molecular do gene GATA2 detectou a variante Chr3:128.200.721 G>A, em heterozigose. Diante do diagnóstico, realizou transplante alogênico de MO em 23/09/2016, com pega completa do enxerto. Atualmente, encontra-se em recupe-ração imunológica e acompanhamento ambulatorial.2

Discussão: a deficiência de GATA2, por gerar uma deple-ção das CTH, pode resultar em citopenias, inclusive de

células imunológicas, o que predispõe ao desenvolvi-mento de infecções, principalmente bacterianas, fúngicas e pelo HPV; pode ainda causar linfedema, secundário a defeitos em células endoteliais. Além disso, a combinação de depleção continuada das CTH, infecções e citopenias cria um ambiente de estresse na medula óssea, que favo-rece o surgimento da síndrome mielodisplásica (SMD), e esta pode levar à leucemia mieloide aguda ou crônica. O caso relatado, que possui muitas características compa-tíveis com essa apresentação clínica, como pancitopenia persistente, hipocelularidade na MO, infecções bacteria-nas de repetição e alterações displásicas, teve a suspeita diagnóstica de deficiência de GATA2 confirmada. O trata-mento inicial para essa doença é controlar as infecções e as demais complicações, mas o transplante de medula óssea é recomendado e feito o mais cedo possível.1,3

Conclusões: a deficiência de GATA2, apesar de pouco conhecida, é um importante diagnóstico para pessoas que apresentam infecções de repetição, citopenias e SMD. Apesar de um conhecimento ainda incipiente sobre a doença, sua investigação pode direcionar melhor o trata-mento para, se possível, alcançar a cura.

Palavras-chave: GATA2, deficiência, citopenia, infecções

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):41 41

Relato de caso: síndrome de regressão caudal em filho de mãe com diabetes mellitus tipo 1case rePort: caudal regression sYndroMe of a son whose Mother had tYPe 1 Mellitus diBetes

santos JP1, rinoldi M², vieira alP³

1Universidade do Vale do Sapucaí; ²Faculdade de Medicina de Barbacena; ³Hospital das Clínicas Samuel LibânioContato: [email protected] ; (35) 984194091

Introdução: A incidência de malformações em filho de mãe diabética (FMD) varia de 3 a 9%, três a quatro vezes mais frequente que a observada na população geral. MARTINEZ-FRIAS (1994) estudou 76 crianças nascidas de mães diabéticas pré-gestacionais e verificou que a sín-drome de regressão caudal (SRC) foi verificada em 16% dos FMD, porcentagem esta 32 vezes mais frequente do que a observada na população normal e portanto, consistiria no defeito mais característico desses pacientes. A Síndrome de regressão caudal (SRC) foi descrita pela primeira vez em 1960, por Bernard Duhamel. Ele relatou a síndrome como um espectro de malformações congênitas que consiste de anomalias dos sistemas urinário e genital, da coluna lom-bossacra e dos membros inferiores.Relato de caso: Recém-nascido do sexo feminino, idade gestacional de 32 semanas pela data do último parto (DUM), peso de nascimento 2680g, necessitou de mano-bras de reanimação ao nascer com melhora devido quadro de apnéia, Apgar 3, 8. Parto cesárea, devido sofrimento fetal agudo. Mãe 39 anos, tercigesta, com um aborto, dia-bética tipo 1, sem controle clínico adequado. Ao exame físico anormalidades de membros inferiores e pelve como fosseta na região de coluna toracolombar, ausência de

prega interglútea, limitação à abdução do quadril, joelhos em hiperextensão, encurtamento dos membros inferiores e pé torto congênito bilateral, sugestivos de síndrome de regressão caudal. Durante a internação foram realizadas investigações diagnósticas, que evidenciaram presença de miocardiopatia hipertrófica, com hipertrofia septal de 8mm no ecocardiograma, ao ultrassom abdominal presença de rins em ferradura e ao Raio X ausência de coluna sacral e pelve. No décimo dia de internação evoluiu com quadro clí-nico sugestivo de sepse tardia com melhora clínica. Atual-mente encontra-se em acompanhamento multidisciplinar. Conclusões: O período crítico em que o diabetes materno pode causar malformações nos conceptos estaria entre a terceira e a sétima semana de gestação. É importante que a mulher diabética, seja orientada para um planejamento ade-quado de sua gravidez, bom controle diabético no período periconcepcional e durante a gestação, principalmente no 1º trimestre assim como motivada a realizar seu próprio controle de glicemia a fim de que sejam diminuídos os índi-ces de morbimortalidade gestacional e das malformações congênitas nos FMD em nosso meio.

Palavras-chave: malformação congênita; síndrome da regressão caudal; diabetes mellitus.

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42 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):42

Tratameto de lesões intraepiteliais cervicais (NIC I/II) com laser de CO2 - relato de casotreatMent of cervical intraePithelial inJuries (nic i/ii) with co2 laser - case rePort

oliveira iv¹, regis cc²,³

1Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais; 2Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência de São Paulo; ³Whorton School of the University of PennsylvaniaContato: [email protected]; (31) 984819570

Introdução: Estima-se que haja 9 a 10 milhões de infec-tados pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) no Brasil. Aproximadamente 99% dos casos de câncer (CA) de colo do útero são HPV positivos. Cerca de 105 milhões de pessoas são positivas para o HPV 16 ou 18 (de alto risco oncogênico) no mundo. As lesões cervicais precur-soras do câncer de colo do útero são classificadas como: Neoplasias Intra Cervicais (NIC), sendo NIC I (lesão de baixo grau), NIC II e III (lesões de alto grau). O trata-mento pode ser realizado comMétodos químicos e/ou físicos. Dentre os últimos des-taca-se o laser de gás carbônico (CO2).Descrição do caso: paciente VAC, sexo feminino, 33 anos, nulípara, atendida em consultório de ginecologia em São Paulo apresentando lesões causadas por infecção de HPV nas regiões do colo uterino (NIC I/ II), vagina e vulva, com captura híbrida positiva para vírus do tipo 16 e 18. Anteriormente, a paciente foi submetida à traque-lectomia por Cirurgia de Alta Frequência (CAF), porém, não houve supressão das lesões. Como alternativa de tratamento, foi realizada laserterapia em regime ambu-latorial com CO2 sem intercorrências. Posteriormente, foram realizadas citologia e captura híbrida com resul-tados negativos.

Discussão: a ablação com o laser foi o método de esco-lha na paciente citada, devido à indicação desta terapia em casos de doença recorrente, quando se faz necessário a preservação da função sexual e reprodutiva, em infecção multifocal, em jovens, em lesões presentes em fórnices vaginais, vulva e região anal ou em mulheres que não dese-jam as modalidades cirúrgicas. Essa terapêutica é indicada para todos os tipos de lesões por HPV, associadas ou não à NIC e até em casos de carcinoma in situ.Conclusões: até o momento, há poucas evidências para suge-rir que uma única terapia se apresenta como padrão-ouro. A seleção de uma modalidade de tratamento de lesões cau-sadas por HPV, geralmente está associada às necessidades e expectativas individuais da paciente. O laser de CO2 apre-senta menor impacto emocional, por não desencadear alte-rações significativas no corpo e no psiquismo da mulher, já que preserva anatomicamente o colo do útero lesado, dife-rentemente da técnica de traquelectomia, por exemplo. Por ocorrer em regime ambulatorial, de rápida duração, a técnica evita a internação da paciente e os efeitos do pós-operatório, podendo ser repetida até a eliminação completa da lesão e com alto índice de sucesso com uma única aplicação.

Palavras-chave: Tratamento HPV, laser CO2, NIC, relato de caso.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):43 43

Terapia-alvo com trastuzumab no tratamento do câncer de mamatarget theraPY with trastuzuMaB in the treatMent of Breast cancer

rodrigues gc1, freitas lf1, chaves tJv1, de souza JhK1

1Faculdade de Minas-BHContato: [email protected]; (31) 99988-9080

Introdução: O câncer (CA) é um sério problema de saúde pública e sua epidemiologia torna-se cada vez mais signi-ficante1. O CA de mama é a neoplasia mais incidente nas mulheres, correspondendo a 25% do total de casos da doença no mundo 2. A terapia-alvo, método de tratamento em que os agentes farmacológicos objetivam atuar especificamente nas células cancerígenas, firmou-se como uma das inovações mais promissoras e revolucionárias na oncologia. O desenvol-vimento do trastuzumab gerou aumento da taxa e do tempo de duração da resposta ao tratamento, da sobrevida livre de progressão e ainda da sobrevida global das pacientes 3.Objetivos: O presente artigo tem como objetivo descrever as informações clínicas essenciais para o entendimento e atualização do profissional atuante na área da saúde, bem como da população em geral, a respeito do uso de trastu-zumab no tratamento do CA de mama.Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura nas bases de dados Uptodate, SciELO, PubMed, Lilacs sendo selecionados um total de 20 artigos publicados no período de 2000 a 2017.Discussão: A terapia-alvo visa aumentar a eficácia do tratamento e minimizar seus efeitos adversos. Ela se divide em diversos subtipos, com mecanismos diferen-tes, mas que resultam todos em modificações do ciclo

celular das células cancerígenas e/ou na forma de inte-ração entre elas4. Dentre esses subtipos, encontramos a terapia anti-HER2, que bloqueia os receptores do fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER-2). Nos tumo-res em que há superexpressão destes, o trastuzumab está fortemente indicado, pois ocupa a porção extracelular dos receptores HER-2 e consequentemente impede a liga-ção dos fatores de crescimento a eles, interrompendo a sinalização intracelular para proliferação das células, o que gera um efeito citostático e citotóxico. Por isso, essa medicação tem se tornado tão eficaz e relevante no trata-mento do câncer de mama HER-2 positivo4,5,6,7,8,9.Conclusões: As mulheres com CA de mama HER-2 posi-tivo têm um prognóstico desfavorável. Contudo, a criação do trastuzumab revolucionou o tratamento dessas pacien-tes. Os estudos realizados confirmam a eficácia dessa droga em aumentar a resposta ao tratamento. Além disso, os impasses encontrados na prática, como por exemplo a resistência tumoral à terapia anti-HER2, são intensamente estudados na atualidade, favorecendo assim o surgimento de novas descobertas que levem esse modelo de trata-mento para ainda mais próximo do modelo ideal.

Palavras-chave: saúde da mulher, câncer de mama, trastuzumab, terapia-alvo.

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44 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):44

O uso de antipsicóticos e estabilizadores do humor durante a gravidez e sua correlação com disfunções de desenvolvimento infantilthe use of antiPsYchotics and Mood staBilizers during PregnancY and its correlation with child develoPMent dYsfunctions

anastÁcio lB1, rezende gX¹, vieira JK¹, silva saB1,2

1Universidade de Itaúna; 2Maternidade Odete ValadaresContato: [email protected]; (31) 99841-5895

Introdução: As psicoses e a bipolaridade são distúrbios psiquiátricos importantes no contexto neuropsiquiátrico global, afetando cerca de 80 milhões de pessoas. Medica-mentos Antipsicóticos (MA) e estabilizadores do humor (EH) são a primeira linha de tratamento farmacológico para diagnóstico destas patologias, respectivamente. Muitas pacientes psiquiátricas femininas utilizam MA e EH durante a idade fértil, e mais da metade das mulheres com psicoses ou doenças neurocomportamentais graves engravidam durante o tratamento. Sendo os MA, típi-cos e atípicos, e EH agentes lipofílicos que ultrapassam a barreira hemato-placentária, o concepto acaba sendo exposto a estes fármacos, uma vez que as pacientes, pre-ponderantemente, não podem abandonar as medicações. Por fim, esta exposição intra-útero do feto, a estes medi-camentos, foi correlacionada a diversos eventos adver-sos neonatais.Objetivos: Avaliar a capacidade de MA e EH de induzir eventos adversos e disfunções de desenvolvimento (intra--útero, peri e pós-parto) de conceptos expostos a estes fár-macos durante a gestação.Métodos: Revisão nas bases de dados PubMed, Scien-ceDirect e Cochrane Library, utilizando-se dos descrito-res (previamente consultados no MESH – Medical Sub-ject Headings): Antipsychotic; Child; Child development

e Pregnancy, associados ao operador booleano AND. Foram encontrados um total de 2060 artigos nas três bases de dados. Destes, 14 compõe a presente revisão, tendo como critérios de inclusão e exclusão, respectivamente, análise do abstract e o ano de publicação (desde 2012).Resultados: O uso de MA e EH foi relacionado a diversas disfunções de desenvolvimento fetal e neonatal pós-parto, dentre elas malformações, deficiências de crescimento intrauterino e disfunções cardíacas. Em relação ao desen-volvimento neuromotor, ensaios clínicos (Johnson et al., 2012; Peng et al., 2013) verificaram disfunções motoras em lactentes de até 6 meses de idade expostos à MA na gestação. Contrariamente, duas revisões sistemáticas (Whitworth, 2017; Ornoy et al., 2017), demonstraram falta de evidência no que tange eventos adversos associa-dos ao uso destas medicações na gestação.Conclusão: Após a análise das evidências atuais, tem-se que uso de MA e EH durante a gravidez pode vir a preju-dicar o desenvolvimento neuropsicomotor de fetos, neo-natos e lactentes. Entretanto, tais resultados não são con-clusivos, sendo necessários estudos mais aprofundados para elucidar a real implicação do uso destes fármacos na gestação.

Palavras-chave: Antipsicóticos, Moduladores de humor, Criança, Recém-nascido, Desenvolvimento, Gestação.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):45 45

Abortos de repetição associados à síndrome antifosfolipídica: uma revisão de literaturarecurrent Miscarriage associated with the antiPhosPholiPid sYndroMe: a review of literature

santos Js¹, alves ac¹, raMos aP¹, Marinho rM²

¹Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais; ²Universidade Federal de Minas GeraisContato: [email protected]; (31) 975904003

Introdução: Aborto de repetição é definido pela ocorrên-cia de três ou mais perdas fetais antes da 20ª semana de gestação, excluindo-se gravidezes ectópicas, molares e bio-químicas. Afeta cerca de 1% dos casais, durante o primeiro ou segundo trimestre e com o mesmo parceiro. Uma causa potencialmente tratável de aborto recorrente é a Síndrome Antifosfolipídica (SAAF), que se refere à associação entre anticorpos antifosfolipídicos (aAF) circulantes e compli-cações da gravidez e/ou eventos trombóticos. A fisiopato-logia dessa síndrome ainda não está claramente definida. A SAAF incide em 15% a 20% dos casais com abortos de repetição, sendo recomendado seu tratamento, uma vez que a taxa de nascidos vivos pode ser reduzida para cerca de 10% quando não há intervenção terapêutica.Objetivos: Fazer uma revisão de literatura sobre a SAAF como causa de aborto de repetição e sobre os tratamentos que podem evitar novas perdas gestacionais nesses casos.Métodos: Nesta revisão de literatura foram estabelecidos dois critérios para selecionar osResultados: a abrangência temporal dos estudos, preferindo-se estudos mais recentes, e o idioma, selecionando-se textos em inglês. Essa busca foi feita no PUBMED, LILACS, Portal de Periódicos CAPES e The Cochrane Library.

Discussão: O diagnóstico da SAAF segue critérios clíni-cos e laboratoriais, os quais podem apresentar certa dis-paridade. Dentre as mulheres com abortos de repetição, a incidência de testes positivos para aAF varia de 15% a 40%, o que sugere considerável variabilidade entre labo-ratórios. Estudo de alta evidência demonstrou aumento da taxa de nascidos vivos de 42,9% na terapia com aspirina sozinha para 74,3% com a combinação de aspirina e hepa-rina. Foi evidenciado que baixas doses de heparina são mais seguras do que a prednisona nos casos de mulheres com aAF com gestação de alto risco e que as terapias com corticosteroides e com imunoglobulina intravenosa não diminuíram as morbidades fetal e materna. Estudos ran-domizados não relataram diferença clínica no uso hepa-rina e/ou aspirina em mulheres com abortos recorrentes que não cumpriam os critérios para SAAF.Conclusões: Estudos experimentais bem concebidos, estatísticas concretas e testes laboratoriais padronizados são bases para diagnóstico e terapêutica mais eficazes da SAAF.

Palavras-chave: ‘antiphospholipid syndrome’, ‘recurrent miscarriage’ e ‘treatment’

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46 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):46

Afinal, o que é piebaldismo? Elucidação em um caso clínicoafter all, what is PieBaldisM? elucidation in a case rePort

sousa Pdf1, souza aldgc¹

1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e MucuriContato: [email protected]; (38) 991234196

Introdução: O Piebaldismo é uma rara doença autossô-mica dominante. Sempre congênita, é caracterizada por áreas de acrômia ou hipopigmentação da pele da região anterocentral do tronco, extremidades, linha frontal e cabe-los sem pigmentação (poliose) na porção frontal do couro cabeludo, este último presente em quase todos os pacientes.Relato de caso: M.A.F.O., feminina, 10 meses, negra, foi levada a unidade de saúde pela mãe, que relatou que a filha apresenta desde o nascimento máculas em linha fron-tal, tórax, abdome e em articulações, sensíveis ao calor e a exposição solar, o que faz com que essas fiquem erite-matosas e descamem. Diurese e hábito intestinais fisioló-gicos. Sem alterações de crescimento e desenvolvimento. Pai hígido e família materna com história das mesmas alte-rações cutâneas, incluindo mãe e avô. Ao exame: 7,520kg e 68,5 cm. Máculas acrômicas com ilhas hiperpigmentadas ou com pigmentação normal em articulações; máculas acrô-micas em hemitórax direito e abdome; pequenas máculas hiperpimentadas no dorso das mãos e nádegas, região frontal com acromia de epiderme e cabelos. Sem outras alterações.Discussão: As hipopigmentações cutâneas em crianças são lesões que apresentam diagnóstico essencialmente clínico. São relevantes por poderem indicar importan-tes doenças sistêmicas. Os elementos essenciais para o

diagnóstico diferencial dessas lesões são: história familiar, extensão do acometimento, idade de surgimento, asso-ciação com outras lesões concomitantes, sintomatologia e fatores precipitantes. Assim, a atenta avaliação clínica da criança levou ao provável diagnóstico de Piebaldismo. O Piebaldismo tem distribuição peculiar na maioria dos casos reportados e localização geralmente simétrica nas extremidades. Máculas hiperpigmentadas normalmente são vistas dentro e ao redor das áreas de hipopigmentação. As lesões permanecem estacionárias ou apresentam evo-lução discreta e limitada, havendo aumento proporcional da área com o crescimento do paciente. O diagnóstico é clinico e os pacientes são hígidos. A doença ocorre devido a mutações dos genes KIT-4q12 ou Slug-8q11, que preju-dicam a síntese de melanina. O tratamento consiste essen-cialmente em fotoproteção/camuflagem cosmética.Conclusão: O Piebaldismo ainda é uma condição pouco estudada e elucidada, devido, principalmente, a sua baixa prevalência. Devemos conhecê-lo para que os portadores dessa condição possam ter garantia de qualidade de vida, tenham suas necessidades supridas e sejam adequada-mente conduzidos.

Palavras-chave: piebaldismo, hipopigmentação, poliose, melanócitos.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):47 47

Estruturação pigmentar, um novo método de tratamento das estrias brancas: uma revisão de literatura PigMent structuring, a new Method for treating white stress: a literature review

godoi BB1, Pereira dP1, raMos Pvs1

1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e MucuriContato: [email protected]; (31) 99452-2746

Introdução: As estrias são lesões dermatológicas comuns, que acarretam considerável preocupação estética com alte-rações emocionais e comportamentais. São consideradas cicatrizes dérmicas caracterizadas por achatamento e atro-fia da epiderme por rompimento de fibras elásticas presen-tes na derme. As estrias recentes ou imaturas são definidas como bandas lineares de pele lisa, eritematosas ou violá-ceas. Posteriormente, elas tendem a tornarem-se brancas, planas ou deprimidas, de difícil tratamento. Dentre as diversas terapias existentes, nenhuma mostrou resultados consistentes até o presente momento. Diante disso, a estru-turação pigmentar consiste em um novo método de trata-mento das estrias brancas.Objetivos: Apresentar um novo método terapêutico para estrias brancas como opção aos demais tratamentos apre-sentados na literatura até o momento, que tem restrições importantes de resultados.Métodos: Buscamos obter todos os artigos publicados dis-poníveis que estudaram ou relataram métodos terapêuticos para as estrias, principalmente as brancas. Uma ampla pes-quisa bibliográfica no PubMed, Cochrane Central Register of Controlled Trials e EMBASE foi realizada em junho de 2017. Os seguintes termos de pesquisa foram emprega-dos: estrias, estrias, lasers, luz e frações. Somente foram

publicados artigos publicados em inglês e envolvendo assuntos humanos.Discussão: Vários tratamentos foram propostos para melhorar a aparência das estrias, mas nenhuma modalidade consistentemente efetiva está disponível até a data. Os reti-nóides tópicos, a microdermoabrasão, as cascas químicas, a radiofrequência, a agulha da pele, o plasma rico em pla-quetas, a luz pulsada intensa, as ablativas e não voláteis foram utilizados com resultados variáveis. Com apenas algumas alternativas de tratamento para estrias, terapia a laser e outras tecnologias ganharam popularidade e se tor-naram opções terapêuticas. A estruturação pigmentar vem se destacando pela possibilidade de camuflar as estrias brancas com pigmentos com tonalidade muito semelhante à da pele sã adjacente.Conclusões: Devido à prevalência e a permanência das estrias, há uma demanda substancial por uma opção tera-pêutica confiável, no entanto, nenhum método de pre-venção e tratamento mostrou resultados consistentes até o momento. Diante disso, a estruturação pigmentar surge como uma boa opção terapêutica, de fácil aplicação e reprodutividade, com poucos efeitos adversos.

Palavras-chave: estrias, estruturação pigmentar, estria alba, estria rubra, tratamento estria alba.

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48 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):48

Avaliação qualitativa do estágio de acompanhamento ambulatorial de membros de uma liga acadêmica de oncologia e hematologiaqualitative evaluation of aMBulatorial oBservational internshiP for MeMBers of an acadeMic league of oncologY and heMatologY

oliveira fcg¹, valle iv¹, saMPaio ccl1, Melo cdg1, silva va1, cancela csP²

¹Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais; ²Doutora e Professora Adjunta do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de Minas GeraisContato: [email protected]; (31) 984846668

Introdução: Diante do aumento da incidência e da mor-talidade por câncer no Brasil e no mundo1, uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica mostrou que apenas 30% das faculdades de medicina con-tinham Oncologia na grade curricular2. Partindo do tripé acadêmico de pesquisa, ensino e extensão, cabe às ligas acadêmicas ajudar a suprir carências nos currículos de graduação3,4. Das ações de extensão, o estágio ambula-torial oferece ao acadêmico uma oportunidade de vivên-cia prática, sobretudo em especialidades pouco vistas na graduação, como Oncologia e Hematologia4. A presente liga acadêmica oferece aos seus membros o estágio nas áreas de Oncologia e de Hematologia, adulto e pediátrica, por um período médio de 30 horas, ao longo de 7 sema-nas. Esse apoio na formação profissional visa consolidar o conhecimento do graduando.Objetivos: Avaliar qualitativamente o estágio observacio-nal e comparar dados dos anos de 2016 e 2017.Métodos: Estudo observacional, qualitativo, retrospec-tivo. Foi criado um questionário virtual de múltipla esco-lha, com acesso único para cada aluno, sobre a vivência no estágio, aplicado em 2016 e 2017, sendo avaliadas e comparadas as respostas.Resultados: Dos 46 ligantes que realizaram o estágio em 2016, e dos 39 de 2017, 26 (56,6%) e 35 (89,7%),

respectivamente, responderam ao questionário. A maior parte estava entre o 6º e 7º períodos (70,8% de 2016 e 48,6% de 2017), sendo a Oncologia adulto a área com maior demanda (66,7% em 2016 e 85,7% em 2017). Em 2016, 100% dos ligantes consideraram satisfatório o estágio, sendo a aprovação de 94,3% em 2017. Nos 2 anos analisados, todos repetiriam o estágio e/ou indicariam a outros colegas. Quanto a qualificação do aprendizado, de 0 a 5, as notas foram, em 2016 e 2017, respectiva-mente: 5= 33,3% e 37,1%; 4= 45,8% e 25,7%; 3= 16,7% e 31,4%; 2= 4,2% e 8,6%; ausência de notas 1 ou 0 nos dois anos. Em 2016, 95,8% dos ligantes mudaram sua visão sobre a área acompanhada, contra 79,4% em 2017. O estágio foi relevante para escolha da liga em 75% dos membros de 2016 e 82,9% de 2017. Por último, 87,5% em 2016 e 62,9%, em 2017, consideram a carga horária suficiente para retratar a área de atuação, mas anseiam maior tempo de estágio.Conclusão: A comparação das respostas reforça a impor-tância do estágio para os membros da liga, ampliando suas visões sobre as áreas de atuação e até modificando-as. No entanto, um estágio com maior carga horária pode ser mais produtivo.

Palavras-chave: liga acadêmica; estágio; oncologia; hematologia; aprendizado.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):49 49

Caso atípico de Púrpura Trombocitopênica imunológica em gestante no primeiro trimestre, persistindo até o puerpério: relato de casoatYPical case of iMMune throMBocYtoPenic PurPura in Pregnant on the first triMester, Persisting until the PuerPeriuM

alMeida KYP¹, santos vr¹, Peres M¹

1Centro Universitário de Patos de MinasContato: [email protected]; (31) 99165-5772

Introdução: A Púrpura Trombocitopênica Imunológica (PTI) é uma patologia hemolítica caracterizada pela pro-dução de autoanticorpos contra a membrana plaquetária. A referida patologia pode ter caráter idiopático ou ser asso-ciada a infecções, doenças autoimunes e neoplasias.² Em gestantes, ocorre após os 40 anos e raramente no primeiro trimestre de gestação. O diagnóstico é baseado no quadro clínico, exclusão de outras comorbidades e contagem de plaquetas. O tratamento farmacológico está associado à presença de sintomas e varia de acordo com a gravidade dos mesmos.¹Descrição do caso: JRS, 19 anos, desenvolveu durante o segundo mês de gestação epistaxe, gengivorragia, peté-quias e equimoses associados à cefaleia periorbital bila-teral frontal e sintomas sensórios. A contagem de plaque-tas nesse período foi 14.000/mm³ e a paciente recebeu transfusão plaquetária, a qual manifestou reação alérgica. Iniciou-se o tratamento farmacológico, sendo utilizada a prednisona com dose inicial de 40 mg. A gengivorragia, cefaleia e alterações visuais permaneceram durante toda a gravidez e se estenderam ao puerpério. Após a cesa-riana, a dose de prednisona foi aumentada para 60 mg e dois meses após o parto reduzida a 40 mg novamente. A

paciente segue em acompanhamento clínico laboratorial e farmacológico.Discussão: A PTI é compreendida por alterações endo-teliais relacionadas à destruição periférica de elementos celulares do sangue. A apresentação clínica é caracterizada por hemorragia, sintomas sensórios e trombocitopenia, geralmente de início súbito, marcando quadros de recidiva e sinalizando persistência da doença em vigência do trata-mento.³ Em pacientes sintomáticos o tratamento inicial con-siste em prednisona 1 a 2 mg/kg/dia, reduzindo para 10 mg após melhora dos sintomas. Não havendo melhora após tra-tamento farmacológico, a esplenectomia é indicada.²Conclusões: A paciente referida acima, após exclusão de outras comorbidades por realização de mielograma, leuco-grama e sorologias, foi diagnosticada com PTI, sendo o seu caso considerado atípico em decorrência de ter idade infe-rior à prevalente em gestantes e ter início da patologia no primeiro trimestre gestacional. A corticoterapia realizada foi em decorrência dos seus sintomas e a manutenção da avaliação laboratorial e do acompanhamento clínico vigora em decorrência da persistência sintomática.

Palavras-chave: Púrpura Trombocitopênica Imunológica, Gestação, Corticoterapia.

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50 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):50

Aplicabilidade do transplante de células tronco hematopoiéticas no tratamento da diabetes mellitus tipo IaPPlicaBilitY transPlantation of heMatoPoietic steaM cell in the treatMent of tYPe i diaBetes Mellitus

costa Kl¹, oliveira Jr¹, costa dM¹

¹Universidade de Itaúna Contato: [email protected]; (37) 99128-8374

Introdução: A diabetes mellitus tipo I (DM1) envolve a destruição autoimune das células beta pancreáticas produto-ras de insulina. As ilhotas de Langgerhans são invadidas por linfócitos T citotóxicos que destroem as células beta, desen-cadeando hiperglicemia prolongada. A base do seu trata-mento consiste na aplicação de insulina subcutânea, porém, uma nova abordagem terapêutica vem sendo utilizada: o uso da imunossupressão em altas doses associada ao transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH).Objetivo: Descrever o uso do TCTH no tratamento da DM1.Métodos: Revisão bibliográfica em bases de dados PubMed e Scielo.Discussão: Segundo a Organização Mundial de Saúde, no mundo, quinze milhões de pessoas são acometidas por DM1, acarretando considerável morbimortalidade. Considerando que a administração de insulina não leva à restauração das células beta pancreáticas e não evita o aparecimento de complicações secundárias de forma defi-nitiva, novas abordagens buscando resultados terapêuticos sustentados estão surgindo. Estudos recentes demonstram a aplicabilidade da imunossupressão em altas doses asso-ciada ao TCTH no tratamento da DM1. Essa tem o intuito de regenerar o sistema imunológico: as células defeituosas do sistema imune são destruídas com a imunossupressão

para então se introduzir as células tronco hematopoiéticas. O objetivo é preservar a massa de células beta residual e facilitar os mecanismos endógenos de regeneração dessas. Os resultados obtidos contemplaram desde a redução na quantidade de insulina utilizada até a isenção do uso da mesma. Contudo, esses foram influenciados pelo tempo de diagnóstico e pela presença de cetoacidose diabética. Estima-se que ao diagnosticar a DM1, cerca de oitenta por cento das células beta já foram destruídas. Se a tera-pêutica com células tronco não for iniciada em até seis semanas do diagnóstico, a massa de células beta residual tornar-se-á insuficiente, produzindo resultados insatisfató-rios. Pacientes com cetoacidose diabética apresentam uma reserva de células beta baixa, o que diminui a capacidade de recuperação das mesmas, não obtendo bons resultados com essa terapêutica.Conclusões: Com sua prevalência aumentando, a DM1 ins-tiga a pesquisa de novas abordagens terapêuticas mais efe-tivas. O uso do TCTH associado à imunossupressão tem se mostrado promissor, porém são necessárias mais pesquisas para determinar essa terapêutica como altamente satisfató-ria no tratamento da DM1.

Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo I; células tronco; transplante de células tronco hematopoiéticas.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):51 51

Mecanismos de resistência e estratégias terapêuticas para Pseudomonas Aeruginosa multirresistenteMechanisMs of resistance and theraPeutical strategies for Multi-drug resistant PseudoMonas aeruginosa

alviM lh¹, costa fr¹, Miguel PsB¹, Prates ir²

¹Universidade Federal de Viçosa ²Hospital Santana de GuaraciabaContato:[email protected]; (31) 98231-2025

Introdução: Pseudomonasaeruginosa é um bacilo gram--negativo de grande importância clínica. Trata-se de um dos principais causadores de infecções nosocomiais, principal-mente em pacientes em centros de terapia intensiva e em imunocomprometidos. Ademais, apresenta taxas crescentes de resistência o que tornam escassas as opções terapêuticas.Objetivos: Revisar os mecanismos de resistência de P. aeru-ginosa multirresistente (MDR) e discutir as possíveis estra-tégias de tratamento.Métodos: Revisão da literatura nas seguintes bases de dados: Cochrane, Lilacs, Pubmed e Scielo.Discussão: Os mecanismos de resistência da P. aeruginosa MDR são múltiplos, podendo vários deles coexistir em uma mesma cepa. Entre os principais mecanismos estão a superexpressão de bombas de efluxo, produção de enzimas contra antibióticos e impermeabilidade dos canais de porina. Ressalta-se que este último é o principal mecanismo que gera resistência contra os carbapenemas, escolha no trata-mento contra infecções por P. aeruginosa produtora de beta--lactamase de amplo espectro (ESBL). Isso ocorre, pois, o mesmo plasmídeo que confere a bactéria a característica de produzir ESBL, a torna resistente às fluoroquinolonas e

aminoglicosídeos. Paradoxalmente, apesar de carbapenemas serem beta-lactâmicos, eles são estáveis frente às ESBL. Entre os carbapenemas, o Imipenem é hoje utilizado como último recurso nas infecções hospitalares causadas por gram-negativos. Novas drogas em estudo dessa classe, como Doripenem, mostraram possuir a melhor atividade in vitro contra P. aeruginsa MDR, além de gerar a menor indução de resistência, ao contrário do Imipenem que é o maior indutor da classe. Diante de um patógeno resistente aos carbapenê-micos, tradicionalmente a linha final do tratamento, drogas da classe daspolimixinas, como a colistina, se mostraram efi-cazes com raros casos de resistência e podem ser vistas como uma opção. Entretanto, possuem efeitos colaterais severos como neuro e nefrotoxicidade. Outras drogas, como fosfo-micina, biapenem, tomopenem, ceftobiprole e sitafloxacina estão em fase de estudo e podem vir a se tornar alternativas.Conclusões: É necessário o uso de antibióticos de forma consciente, pois as opções são escassas e novos fármacos não se desenvolvem na mesma velocidade que a resistência bacteriana e ainda necessitam de validação.

Palavras-chave: Pseudomonasaeruginosa, resistência bacteriana, carbapenemas, polimixina.

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52 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):52

Coriorretinite por toxoplasmose em paciente em idade escolarchorioretinitis BY toXoPlasMosis in a school-age Patient

Pereira acl1, teles ccos1, goulart YBo1

1Universidade Federal de São João Del ReiContato: [email protected]; (32) 99131-0065

Introdução: Toxoplasmose é uma parasitose de ampla dis-tribuição que pode ter importante acometimento ocular. Há a forma congênita e a adquirida, sendo que esta última ocorre principalmente a partir da fase adulta. Como são infrequen-tes, os poucos casos relatados na literatura de toxoplasmose adquirida em crianças se evidenciam.Resumo do Caso: RKRC, feminino, 11 anos, avaliada no ambulatório de oftalmologia com baixa visual em olho esquerdo (OE) e cefaleia. Ao exame, apresentava acui-dade visual corrigida de 20/20 em olho direito e de 20/40 em OE. Biomicroscopia em OE com precipitados ceráti-cos no endotélio, células e flare na câmara anterior (2+/4). Fundoscopia (OE) com foco de coriorretinite em atividade e vítreo ligeiramente turvo. A sorologia da mãe para toxo-plasmose era negativa. Foi prescrito prednisolona e tro-picamida tópicos para tratar a uveíte anterior e solicitado sorologia para toxoplasmose com resultado IgG: 650 UI/mL e IgM não reagente. A conduta foi tratamento via oral para coriorretinite por toxoplasmose com pirimetamina, sulfa-diazina e prednisona. Ao final do tratamento, melhora da acuidade visual corrigida de 20/20 em OE, vítreo claro, sem reação de câmara anterior e cicatriz discreta na fundoscopia.Discussão: A forma adquirida da toxoplasmose é inco-mum em crianças, e as manifestações oculares não

permitem diferenciar da forma congênita. Assim sendo, é fundamental uma investigação mais refinada. No caso apre-sentado, a identificação da forma adquirida só foi possível pela apresentação da sorologia materna. É importante dis-tinguir as duas formas, pois além da conduta terapêutica, na forma adquirida é importante alertar o paciente e/ou acompanhante quanto à exposição aos fatores de risco. De acordo com a história clínica, a referida paciente man-tinha contato frequente com felinos e tinha o costume de consumir carnes cruas. Foi preciso, pois, orientar a famí-lia a adequar os hábitos.Conclusões: Durante a pesquisa do tema, encontrou-se carência na literatura sobre essa forma de apresentação da doença e suas implicações clínicas. A bibliografia escassa existente é, em sua maioria, desatualizada, prejudicando a disseminação do assunto. O diagnóstico precoce do comprometimento ocular secundário à toxoplasmose é essencial para agilidade da conduta adequada, já que, conforme evolução da doença, as sua complicações tem potencial para afetar parcial ou completamente a visão, acarretando em grande impacto na saúde e qualidade de vida do paciente.

Palavras-chave: Toxoplasmose adquirida, Toxoplasmose ocular, Toxoplasmose Infantil, Coriorretinite, Uveíte.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):53 53

Protocolo de assistência ventilatória em pacientes onco-hematológicos com insuficiência respiratória aguda: Resultados preliminaresProtocol of ventilatorY assistance in Patients with oncoheMatological diseases and acute resPiratorY dYsfunction: PreliMinarY results

chagas lv¹ , alMeida Pinho nc¹, Mourão lMB², noBre v¹,²

¹Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais; ²Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas GeraisContato: [email protected]; (31) 987283044

Introdução: O bom uso de Ventilação Não-Invasiva (VNI) em pacientes onco-hematológicos na UTI associa-se a menor necessidade de Ventilação Mecânica Invasiva, intu-bação e mortalidade. Sendo que os submetidos à VNI e intubados têm pior desfecho clínico.Objetivo: Objetiva-se avaliar protocolo de suporte ven-tilatório nesses pacientes com insuficiência respiratória aguda, identificando fatores de falha à VNI. Métodos: Estudo prospectivo coletou diagnóstico hema-tológico, escores prognósticos dentre outros. Incluiu-se treinamento do protocolo pela equipe, sendo PaO

2/FiO

2

determinante à admissão.Resultados: 73 pacientes foram incluídos, com idade média de 51 anos, sendo 46,5% mulheres. 39 pacientes usaram vasopressores. Dentre a totalidade, nas primei-ras 12 horas, 23,3% usaram O² suplementar, 33% VNI, 37% VNI seguida por Ventilação Mecânica Invasiva e 7%

Ventilação Mecânica invasiva sem VNI. Dos 51 pacientes submetidos a VNI, 53% faliram, sendo semelhantes entre estes os escores Saps 3, Apache II, o Índice de Oxigenação (PaO

2/FiO

2) e valores de Leucócitos totais.

Conclusão: Por não serem mais graves, os que faliram à VNI apresentaram maior mortalidade do que os que obtiveram sucesso e pior evolução, indicada pelo escore SOFA. Pacientes que faliram apresentaram leucopenia e maior uso de aminas vasoativas frente aqueles que obti-veram sucesso na VNI, com evolução mais grave, maior mortalidade na UTI e prognóstico pior. Contagem de leucócitos, escores prognósticos e Índice de Oxigenação podem prever falha dentre os submetidos à VNI. É impor-tante ressaltar que trata-se de resultados iniciais devendo ser avaliada amostra maior.

Palavras-chave: Doenças Hematológicas, Respiração Artificial, Terapia Intensiva.

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54 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):54

Eculizumab e sua aplicabilidade no transplante renaleculizuMaB and its aPPlicaBilitY in renal transPlantation

chaves tJv1, carvalho Ms1, PassaMani ev1, souza JhK1.

1Faculdade de Minas – FAMINAS-BH.Contato: [email protected]; (86) 988716130

Introdução: O Eculizumab é atualmente proposto como tratamento de primeira linha para os doentes com síndrome hemolítica urêmica (SHU). É um anticorpo monoclonal, inibe a clivagem de C5 em C5a e C5b e, portanto, inibe a for-mação do sistema complemento terminal e do complexo de ataque à membrana (MAC). Este medicamento vem sendo utilizado com sucesso tanto na SHU incidente em rins nativos quanto na manifestação após transplante, sendo considerada uma terapia salvadora e efetiva para prevenir a recorrência da microangiopatia trombótica (MAT) (DÉBORA, 2014).Objetivos: Explicitar a eficácia e a importância do uso do Eculizumab em pacientes com SHU que foram submetidos a transplante renal.Métodos: O estudo foi baseado em uma revisão de litera-tura, onde foram utilizados 10 publicações referentes ao tema e 1 livro texto.Discussão: A literatura mostra que o uso prolongado do eculizumab e o início precoce do tratamento podem estar associados a um maior benefício clínico. Ao inibir a via terminal do sistema do complemento, o Eculizumab inibe a MAT e melhora significativamente a plaquetometria, estando associado a uma recuperação importante da função renal em todos os grupos de doentes com SHU. Por outro

lado, a inibição da via terminal do complemento causada pelo Eculizumab aumenta o risco de infecção por microrga-nismos bacterianos capsulados, particularmente pela Neis-seria meningitidis. Por isso, todos os doentes devem receber a vacina meningocócica antes de iniciar o tratamento com Eculizumab, adicionalmente, também é recomendada a vaci-nação antipneumocócica e contra o Heamophilus influenzae (RATHBONE, 2013). A terapia precoce ainda é um desafio, para muitos serviços do interior do país, pela dificuldade de acesso e alto custo do medicamento, um frasco de 300mg de Eculizumab custa cerca de 4,600 euros. Num adulto, um ano de tratamento pode custar 460,000 euros (DÉBORA, 2014). Quando analisados os dados já obtidos pelos ensaios clínicos realizados, pode-se perceber a importância da introdução do Eculizumab no tratamento desses pacientes, gerando maior qualidade de vida e um bom prognóstico.Conclusões: De acordo com a revisão bibliográfica feita, foi demonstrado que a droga é bastante efetiva tanto na prevenção como no tratamento da SHU pós-transplante, o que fortalece a ideia de que seja um fármaco acessível para todos os pacientes que a necessitem.

Palavras-chave: Eculizumab; transplante renal; tratamento; doença renal crônica.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):55 55

Associação entre o exercício aeróbico, níveis periféricos do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e melhora da cognição: revisão sistemáticaassociation Between aeroBic eXercise, PeriPheral levels of the Brain derived neurotroPhic factor (Bdnf) and iMProveMent of cognition: sYsteMatic review

faria MBd¹, freire fd¹, Macedo gd¹, cassola gKM¹, coMini-frota er¹

¹Universidade José do Rosário Vellano – Unifenas-BHContato: [email protected]; (31) 99580-8999

Introdução: O fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) é uma proteína produzida principalmente no hipo-campo e no córtex. Participa, mais especificamente, nos processos de neurogênese e plasticidade sináptica. O exer-cício aeróbico pode ser fundamental para sua produção, induzindo a captação do fator de crescimento responsável pela expressão do mRNA do BDNF.Objetivo: Investigar as possíveis relações entre o exer-cício aeróbico agudo (EAA) ou crônico (EAC), os níveis periféricos de BDNF e a melhora da cognição.Métodos: Foi realizada uma busca sistematizada nos por-tais PubMed, Scielo, LILACS e Google Acadêmico com os descritores “brain derived neurotrophic fator”, “aero-bic activity”. Foram selecionados 18 estudos publicados nos últimos 10 anos, incluindo estudos originais e revi-sões sistematizadas. Foram excluídos estudos realizados em animais, adolescentes, tabagistas e portadores de qual-quer doença crônica.Discussão: Os 18 estudos incluem 2075 participantes (39,33% mulheres). Dois estudos concluíram que há rela-ção entre o EAA e uma melhor performance em testes de QI. Destes, um correlacionou tal melhora com os níveis periféricos de BDNF. Dois estudos sugerem que há relação entre o EAC com níveis de BDNF e melhora da memória

de curto e longo prazo. Além disso, um destes estudos relacionou o EAC com um maior volume do hipocampo. Dos 13 estudos que avaliaram o EAA, 12 associaram o EAA com melhora da memória. Destes, 8 correlacionaram estes resultados com os níveis periféricos de BDNF. Outro estudo, ao comparar o efeito do EAA em indivíduos com faixas etárias diferentes sugeriu que a variância dos níveis periféricos de BDNF foi maior no grupo adulto jovem do que no grupo de meia-idade. Um estudo foi inconclusivo ao associar o EAA com a atenção. Nenhum estudo encontrou diferenças das variáveis entre os gêneros.Conclusões: Dentre os estudos analisados, a maioria demonstrou uma relação entre o exercício aeróbico, níveis de BDNF e a cognição. Apesar disso, esta relação precisa ser mais explorada no que se refere ao tipo e a intensi-dade do exercício, além das características dos indivíduos analisados, como idade e sexo. Novos estudos envolvendo testes neuropsicológicos, escassos na literatura, podem explorar melhor esta relação e determinar se o aumento das concentrações de BDNF no sangue, induzido pelo exercício, resulta em benefícios clínicos em diferentes grupos de pacientes.

Palavras-chave: Exercício aeróbico, BDNF, hipocampo, cognição.

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56 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):56

Síndrome do lobo frontal: relato de caso e implicações médico-legaisfrontal loBe sYndroMe: case rePort and Medical-legal iMPlications

silva gr1, freitas ls1, Bordoni Phc2, Bordoni ls1,3

1Universidade Federal de Ouro Preto; 2Posto Médico Legal de Ribeirão das Neves; 3Instituto Médico Legal de Belo HorizonteContato: [email protected]; (38) 99157-6265

Introdução: Uma das funções da Medicina Legal é realizar exames periciais de corpo de delito em sobreviventes de acidentes de trânsito com o objetivo de fornecer elementos materiais probatórios para a investigação criminal do ocor-rido e também para finalidades securitárias (pagamento do seguro DPVAT). Neste contexto, sequelas de traumas sofri-dos, como enfermidade incurável, incapacidade perma-nente para o trabalho e deformidade permanente, podem apresentar importantes consequências jurídicas.Objetivo: Avaliar a relação entre uma lesão no lobo frontal (LF) com as mudanças comportamentais apresentadas por uma paciente bem como destacar o papel destas na invali-dez segundo a tabela do DPVAT.Métodos: Relato de caso atendido no contexto médico legal, utilizando o laudo pericial, o boletim de ocorrência relacionado ao evento, a análise de relatórios médicos e de exames complementares realizados. Tanto a periciada como sua responsável legal autorizaram a realização deste relato e sua posterior publicação.Relato de caso: Tratava-se de adolescente que sofreu com a idade de 16 anos um traumatismo crânio-encefálico (TCE) grave em acidente automobilístico. Após admissão hospitalar foi diagnosticado afundamento frontal aberto, contusão no LF direito, hemorragia subaracnóidea traumá-tica e lesão axonal difusa, bem como fraturas no antebraço esquerdo e na coluna lombar. Após o tratamento médico das lesões sofridas, recebeu alta hospitalar após três sema-nas do trauma. Ao longo do tempo, apresentou mudanças

comportamentais, como episódios de agressividade inex-plicada, irritabilidade e comportamentos sexualizados, impróprios para o contexto social.Discussão: A periciada foi submetida a exame médico legal após 16 meses do trauma, com idade de 18 anos e diagnóstico de síndrome pós-traumática - síndrome do LF. O diagnóstico ocorreu pelos seguintes critérios: higidez pré-trauma; histórico de TCE grave; presença de lesão cerebral permanente; ausência de alteração no nível de consciência e memória; relato de cefaléia, insônia e fadiga pós-trauma; alterações comportamentais que persistiam após um ano da lesão. A última tomografia de crânio indicou área de formação cística no lobo frontal direito. O córtex pré-frontal, localizado nos lobos frontais, é sede anátomo-funcional das funções cognitivas mais comple-xas, sendo essencial na tomada de decisões, no juízo ético e moral, no desenvolvimento de operações formais de pensamento, na expressão da criatividade, dentre outras. Lesões extensas desta área podem ocasionar importantes alterações comportamentais, como observado na peri-ciada, que se enquadram na definição médico legal de enfermidade incurável e de invalidez total e permanente pelos parâmetros do seguro DPVAT.Conclusão: A síndrome do LF é uma complicação rara, mas potencialmente grave de um TCE grave, apresentando importantes repercussões sociais e médico-legais.

Palavras-chave: síndrome do lobo frontal; síndrome pós-traumática; córtex pré-frontal; traumatismo crânio-encefálico; medicina legal.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):57 57

Trombose em artéria carótida direita associada à indução de ovulação para fertilização in vitrotroMBosis in right carotid arterY associated with ovulation induction for in vitro fertilization

freitas lf1, rodrigues gc1, carvalho Ms1, geBer s2

1Faculdade de Minas-BH; 2 Clinica Origen - Centro De Medicina Reprodutiva LTDAContato: [email protected]; (32) 98869-3776

Introdução: A fertilização in vitro (FIV) concede a pos-sibilidade formidável de haver gestação em casais infér-teis e confirma sua magnitude com a alta prevalência de bons resultados. No entanto, a FIV está sujeita a compli-cações, sendo que boa parte delas está relacionada à esti-mulação ovariana realizada durante o procedimento. Em alguns casos, em especial nas pacientes que cursam com hiperestimulação folicular, como na síndrome de hiperes-timulação ovariana (SHO), as concentrações de estrogênio no organismo excedem os níveis fisiológicos e alteram o equilíbrio hemostático 1,2,3,4,5.Descrição do caso: Casal procurou serviço de reprodu-ção assistida. Foi realizada propedêutica para infertilidade. O tratamento foi iniciado com indução da foliculogênese. Os folículos atingiram o tamanho adequado e foram indu-zidos à maturação oocitária. A punção folicular foi reali-zada 36 horas depois. Identificou-se 13 oócitos em estágio Metáfase II. Todos foram inseminados e 6 desenvolveram--se em embriões com boa qualidade. Como a paciente apresentou grande desconforto abdominal após a punção, e mesmo não havendo diagnóstico de SHO, optou-se por não transferir os embriões nesse ciclo. Uma semana após a pun-ção, a paciente apresentava-se em bom estado geral e com remissão do quadro. Foi orientada a retornar no próximo

ciclo menstrual para continuar a FIV. Duas semanas depois, a paciente procurou pronto atendimento com dor cervical à direita, edema, hiperemia. O Doppler solicitado mostrou a presença de imagem sugestiva de coágulo em artéria caró-tida direita. O tratamento foi realizado com enoxaparina por uma semana e internação inicial por 3 dias até estabili-zação da razão normalizada internacional (RNI), seguidos de medicação oral por 6 meses. O preparo endometrial foi feito após esse período e dois embriões foram transferidos. O teste de gravidez foi positivo. Gravidez evoluiu normal-mente com uso de heparina e AAS até 36ª semana. Parto cesárea com 38 semanas, recém-nascido saudável.Discussão: Em revisão realizada entre os anos de 1997 e 2003, dos 97 casos relatados de fenômenos tromboembóli-cos relacionados à indução de ovulação, 74% das pacientes apresentavam SHO e 77% se deram durante a gravidez, sendo 67% dos casos de origem venosa e 33% de origem arterial 5.Conclusões: O presente caso relatado é extremamente raro e relevante, visto que a paciente não apresentava SHO, o evento tromboembólico foi de origem arterial e ocorreu fora do período gravídico.

Palavras-chave: trombose, indução de ovulação, síndrome de hiperestimulação ovariana, fertilização in vitro.

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58 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):58

Esclerose lateral amiotrófica: inovação na abordagem terapêuticaaMYotroPhic lateral sclerosis: innovation in the theraPeutic aPProach

Pereira dl1, duarte dr2, Puff lP2, neves BP1

1Centro Universitário Unifaminas Muriaé (UNIFAMINAS- Muriaé); 2Centro Universitário Belo Horizonte (UniBh) Contato: [email protected]; (37) 99143-8000

Introdução: A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa, de etiologia desconhecida, que envolve a perda de neurônios motores superiores (NMS) e inferiores (NMI), levando à atrofia muscular global e morte, geralmente por insuficiência respiratória1.Apresenta pico de incidência em indivíduos de 55 a 75 anos com expecta-tiva de vida de cerca de 3 a 5 anos, após os primeiros sin-tomas associado aos locais preferencialmente acometidos. Sua confirmação diagnóstica é feita de 10 a 13 meses após início dos sintomas2, os quais refletem a depleção de NMS, como hiperreflexia e espasticidade; de NMI, como hiporre-flexia e fasciculações; e dos sinais bulbares, como disartria e disfagia3. Contudo, os pacientes permanecem lúcidos e cognitivamente ativos durante a evolução da doença.Objetivos: Discutir sobre a terapêutica da ELA, eviden-ciando avanços farmacológicos.Métodos: Análise de artigos nas plataformas: Scielo, Pubmed e DynaMed com os descritores: ELA, manifestação clínica da ELA, tratamento ELA, Riluzol, Edaravone e ortotanásia.Discussão: Na literatura, não existe cura para a ELA, sendo o Riluzol a droga de escolha para tratamento4. Com base em testes piloto e ensaios confirmatórios evidenciou-se os efeitos positivos de um novo medicamento, o Edaravone,

que promove a redução do estresse oxidativo envolvido na fisiopatologia da doença. A prova do seu benefício foi fundamental para a sua autorização e comercialização em 2015, no Japão5. Para a sua aprovação, em maio de 2017, pelo US Food and Drug Administration, outro estudo com pacientes japoneses portadores da doença, sugeriu um pos-sível efeito do composto, confirmado por um segundo teste através da alteração no índice ALSFRS-R, um dos critérios avaliativos da evolução dos portadores de ELA, servindo ambos de respaldo para a sua validação1. Alguns pesquisa-dores também têm estudado a utilização de células-tronco como possíveis terapia contra a doença, o que requer ainda investigações mais aprofundadas.Conclusões: Apesar dos avanços na terapêutica da ELA, a droga consolidada é o Riluzol, estendendo a sobrevida por alguns meses5, mas sem alteração na deterioração funcional. Por isso, uma das alternativas é a ortotanásia que pode melhorar os aspectos de qualidade de vida6. A perspectiva futura se deposita no Edaravone, nas células tronco, com os cuidados paliativos tornando-se o princi-pal foco das intervenções6.

Palavras-chave: Esclerose lateral amiotrófica, ELA, Tratamento.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):59 59

Análise sobre a associação de corticóides no tratamento da meningite bacteriana em pacientes pediátricosanalYsis on the association of corticoids in the treatMent of Bacterial Meningitis in Pediatric Patients

santos av¹, carvalho Ms¹, chaves tJc¹, torres fq1

¹Faculdade de Minas (FAMINAS-BH)Contato: [email protected]; (31)992056349

Introdução: Há indícios de que a lise bacteriana causada pela ação dos antibióticos, no tratamento da meningite bac-teriana, agrave o processo inflamatório no espaço subarac-nóideo por ação dos componentes de parede celular que esti-mulam a liberação de citocinas inflamatórias como TNF-a, IL-1ß e prostaglandinas. Isso faz com que haja acúmulo de leucócitos no LCR, edema cerebral, danos à barreira hema-toencefálica e às células do sistema nervoso central (SNC). Com isso acredita-se que o uso de corticóides possa atenuar esse processo reduzindo as lesões do SNC e, consequente-mente, a morbimortalidade decorrente da doença.Objetivo: Avaliar a eficácia na redução da morbimortali-dade por uso de corticóides no tratamento da meningite bacteriana em pacientes pediátricos.Métodos: A pesquisa bibliográfica foi realizada através do LILACS, EBSCO, PudMed, BVS e Google Scholar. Os artigos foram selecionados de 2007 a 2017 abran-gendo idiomas em português, inglês, espanhol e francês. Foram incluídos artigos de cunho experimental e observa-cionais realizados na população pediátrica.Discussão: Em um estudo com 25 ensaios clínicos, observou-se que pacientes tratados com corticóides apre-sentaram taxas menores de perda auditiva em relação aos que não foram submetidos a esse tratamento (19,8%

versus 28,8%) e taxas menores de sequelas neurológicas (17,8% versus 21,6%) e em pacientes infectados por S. pneumoniae houve uma redução da mortalidade (29,9% versus 36,0%). Contudo estudos realizados na África, com crianças do Malawi, mostrou que não houve benefício sig-nificativo ou nenhum benefício com o uso de esteróides adjuvantes à terapia. Uma meta-anáise publicada por Van de Beck et al. (2010), concluiu que o uso de dexametasona não reduzia mortalidade, perda neurológica ou sequelas neurológicas. Ademais, um estudo de coorte realizado nos EUA verificou que o uso de corticóides no tratamento não teve associação com a redução da mortalidade ou com o tempo de internação. Os resultados conflitantes obtidos nos estudos podem estar ligados à diferença do tempo para início do tratamento, das populações, dos agentes etioló-gicos e dos esquemas de antibioticoterapia. Assim não se pode comprovar boa relação de causalidade dessa hipótese.Conclusão: Os estudos sobre a terapia adjuvante com cor-ticóides no tratamento da meningite bacteriana em pacien-tes pediátricos são controversos na comprovação de um benefício e, por isso, a sua utilização não deve ser uma rotineira na prática médica.

Palavras-chave: tratamento, meningite bacteriana, corticóides.

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60 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):60

Fístula carótido – cavernosa: um relato de casocarotid – cavernous fistula: a case rePort

godoi BB1, carvalho lg de2, noBre cl3, augusto fd1

1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; 2Santa Casa de Caridade de Diamantina; 3Centro Universitário de DiamantinaContato: [email protected]; (31) 98686-2511

Introdução: As fístulas carótido-cavernosas (FCC) são comunicações anormais entre o sistema arterial carotídeo e o seio cavernoso, caracterizando-se pelo fluxo de sangue arterial de um sistema de alta pressão da artéria carótida interna (ACI) ou externa (ACE) para o sistema venoso de baixa pressão do seio cavernoso. Descrição do caso: P.F.S, 36 anos, pardo, previa-mente hígido. Admitido com queixa de olho inchado”. Refere início de forma súbita há 1 (um) dia. Evoluiu com edema periorbitário, dor no local, eritema da conjuntiva. Nega febre, queixa de cefaleia de moderada intensidade em região frontal direita. Há 12 dias sofreu uma queda de motocicleta, com a qual teve um traumatismo crânio--encefálico (TCE) leve, tendo, na ocasião, fraturado o frontal direito e contusão frontal de tratamento conserva-dor. Ao exame físico: Paciente orientado, verbalizando, Glasgow 15, edema importante periocular direito, hipere-mia conjuntival, acuidade visual preservada, motricidade extrínseca comprometida, sopro pulsátil em globo ocular direito, proptose ocular direita. Motricidade e sensibili-dade preservadas. Aparelho cardiovascular: Ritmo car-díaco regular, bulhas normofonéticas em dois tempos, sem sopros. Aparelho respiratório: Murmúrio vesicular

fisiológico sem ruídos adventícios. Temperatura: 36,4 oC. Pressão arterial: 126 x 76 mmHg.Discussão: As fístulas arteriovenosas (FAVs) da região do seio cavernoso (SC) têm como principais sinais e sinto-mas: proptose, hiperemia conjuntival, quemose, paralisia dos III, IV, V e VI nervos cranianos, ptose palpebral, glau-coma, redução da acuidade visual e cefaleia. Nas fístulas carótido-cavernosa existe um defeito na parede da artéria carótida interna (ACI) que a comunica diretamente com o SC e, em consequência, um shunt arteriovenoso de grande volume. Na TC podemos identificar dilatação ou trombose da veia oftálmica superior (VOS), proptose, contrastação precoce do SC, espessamento da musculatura extraocular e edema da gordura periorbitária.Conclusões: As FCC são lesões raras e difíceis de diag-nosticar. Quadros mais graves como amaurose e hemor-ragia intracraniana também são descritos. Dessa maneira, a anamnese atrelada ao exame físico são de suma impor-tância para suspeita diagnóstica podendo, com auxílio do exame de neuroimagem, confirmar o diagnóstico.

Palavras-chave: Fístula, Fístula Arteriovenosa, Fístula Carotidocavernosa, Seio Cavernoso.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):61 61

Tricoleucemia: um relato de casotricoleuKeMia: a case rePort

oliveira fPa1, Pereira Msr1, Pereira Bsr2, dias M2

1Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais; 2Faculdade de Medicina da Universidade de BarbacenaContato: [email protected]; (31) 98789-4573

Introdução: A Tricoleucemia (leucemia de células pilosas) é uma doença linfoproliferativa de células B de comporta-mento indolente; tipo incomum de leucemia crônica que afeta principalmente homens de meia idade e soma 2% de todos casos de leucemia dos Estados Unidos. O paciente acometido tem predisposição à diversas infecções devido à leucopenia, sendo muitas potencialmente fatais. A apresen-tação clínica se relaciona a infecções de repetição, cansaço (anemia), sangramentos (plaquetopenia), dor abdominal e saciedade precoce (esplenomegalia). O diagnóstico é feito através de biópsia de medula óssea, sendo a imunofenoti-pagem necessária para identificar a co-expressão de marca-dores associados aos clones de células B e para diagnóstico diferencial de outras malignidades. Para o tratamento, o uso de análogo nucleosídico como a cladribridina (2- CdA) associada a pentostatina demonstrou grande eficácia.Descrição do caso: Paciente sexo masculino, 64 anos, hipertenso há 2 anos e diabético há 5 anos, em uso de Alopurinol, Hidroclorotiazida, Lozartana, Glibencamida e Metformina. Procurou atendimento há 4 anos com quadro de febre, tosse com secreção mucopurulenta, dor pleurítica, tonteira e turvação visual. Recebeu diagnóstico e tratamento para pneumonia e anemia com seguimento laboratorial e clínico, mas não teve remissão completa.

Há um ano apresentou exacerbação do quadro com can-saço aos médios esforços, dificuldade para deambular e epistaxe espontânea volumosa. Para melhor elucidação, foi realizado biópsia de medula óssea que levou ao diag-nóstico de tricoleucemia. Iniciou tratamento com 2-CdA e após uma semana evolui com melhora clínica aparente, porém veio a óbito após um mês devido à infecção.Discussão: O caso demonstrou o caráter insidioso da doença, com paciente iniciando quadro semelhante a pneumonia, evoluindo sem êxito terapêutico. O quadro exigiu melhor elucidação devido a episódios de sangra-mentos espontâneos e anemia persistente, por meio de biópsia de medula óssea. O relato do caso e o estudo sobre o tema propõe a discussão de uma patologia que pode se apresentar assintomática sem requerer tratamento, com prognóstico geralmente favorável e uma ótima resposta terapêutica. Porém, a realização do diagnóstico é crucial, uma vez que o seu atraso pode levar a sérias complicações infecciosas e culminar até mesmo em óbito do paciente.Conclusão: A tricoleucemia deve ser considerada um diagnóstico diferencial de qualquer desordem com cito-penia e esplenomegalia.

Palavras-chave: tricoleucemia, fisiologia, diagnóstico, tratamento.

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62 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):62

A abordagem de um plasmocitoma ósseo recidivado submetido à radioterapia: relato de casothe aPProach of a recidived Bone PlasMacYtoMa suBMitted to radiotheraPY: case rePort

siMão lc1, faria aPg1, araúJo lMB1, araúJo gMB1

1Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAMContato: [email protected]; (34) 99672-3066

Introdução: Os plasmocitomas solitários ósseos são tumores raros que representam 3% a 7% das doenças dos plasmócitos. Cerca de 5% dos pacientes possuem essa forma solitária. Os critérios diagnósticos envolvem uma única área de destruição óssea, uma medula óssea sem evidências de proliferação de clones plasmocitários, acha-dos normais de outros locais ósseos, ausência de anemia, hipercalcemia ou disfunção renal atribuída ao mieloma.Descrição do caso: Paciente masculino, 58 anos, vítima de trauma nas nádegas sete dias após queda da própria altura. Mantendo dor local sem alívio com uso de anti--inflamatórios, procurou atendimento em Pronto-Socorro. A avaliação clínica não demonstrou alterações aparentes. Foi solicitada radiografia da pelve, evidenciando lesão em corpo do osso do quadril à esquerda. Encaminhado ao hospital para avaliação, descobriu-se história de plasmoci-toma solitário em coluna lombar há 23 anos, submetido à cirurgia para exérese e radioterapia e considerado curado após acompanhamento em dez anos. Na avaliação atual não foram encontradas alterações nos exames laboratoriais, no mielograma e na biópsia da crista ilíaca, bem como, na res-sonância magnética e nas tomografias das regiões cervical, torácica e cranial. Uma biópsia da lesão demonstrou quadro compatível com plasmocitoma ósseo. Iniciada radioterapia, houve regressão da lesão ao fim do tratamento.

Discussão: No plasmocitoma solitário não se encon-tram evidências de outras afecções esqueléticas. A biópsia de medula óssea e o mielograma são normais, assim como os exames laboratoriais. O diagnóstico se faz quando a biópsia demonstrar um tumor de células plasmáticas dentro ou fora do osso, com a proliferação celular abaixo de 10% do total de células da medula óssea, e nenhuma lesão lítica detectada além do local do tumor. Na doença não responsiva à radioterapia prévia, há indicação cirúrgica. Após o tratamento radioterápico, os pacientes devem ser acompanhados periodicamente e o rastreamento para metástases ósseas feito anualmente ou mais precoce, se o paciente apresentar alterações relacionadas à proteína M.Conclusões: O diagnóstico precoce do plasmocitoma ósseo solitário, principalmente em recidivas, evita com-plicações, como o desenvolvimento de um mieloma múltiplo e o óbito do paciente. Nesse sentido, uma análise clínica associada aos exames laboratoriais e de imagem contribuem para um diagnóstico diferencial criterioso, identificando-se o tratamento adequado para controle do caso.

Palavras-chave: Plasmocitomas solitários ósseos, critérios diagnósticos, biópsia da lesão, tratamento radioterápico, diagnóstico precoce, recidivas.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):63 63

Relato de caso: tuberculose laríngea primária associada à candidíase em imunocompetentecase rePort: PriMarY larYngeal tuBerculosis associated with candidiasis in iMMunocoMPetent

trindade-filho Mt1, silva Jv1, finotti MB1, oliveira-filho ln1

1Instituto Metropolitano de Ensino SuperiorContato: [email protected]; (77) 99800-1578

Introdução: Laringite por cândida ou tuberculose são afec-ções geralmente associadas à infecção pulmonar ou disse-minada e ocorrem principalmente em imunodeficientes. A associação de ambas infecções, o acometimento laríngeo primário, sem acometimento pulmonar em imunocompe-tente é raro e de difícil diagnóstico.Descrição do caso: Masculino, 26 anos, histórico de dis-fonia, rouquidão insidiosa e piora gradual há 1 ano, asso-ciada à ardor e prurido na garganta. Negou tabagismo, etilismo e cirurgias prévias. Foi radialista, mestre de ceri-mônias e cantor. Diagnosticado com refluxo faringo-larín-geo; prescrito omeprazol, bromoprida e fonoterapia. Após 6 meses, relatava odinofagia leve e intermitente, negava dispnéia, tosse, febre, sintomas dispépticos ou de refluxo gastro-esofágico. Oroscopia, otoscopia, rinoscopia, pes-coço, exame da voz e laringoscopia normais. Raio X de tórax hemograma e leucograma sem alterações; HIV: não reagente; blastomicose: não reagente; teste de Mantoux: 13mm; Endoscopia: esofagite erosiva e gastrite enantema-tosa moderada de antro. Um mês depois apresentava dis-fonia inalterada, piora da odinofagia, sialorréia e emagre-cimento. Laringoscopia direta: eritema e edema difusos de glote e supraglote, com placas esbranquiçadas, removíveis à fricção; coletada cultura. Suspenso omeprazol, prescrito

Fluconazol e solicitado interconsulta com infectologia. Cultura positiva para Candida Sp. e negativa para mico-bactéria (inicialmente). Diagnóstico de laringite crônica tuberculosa com candidíase superficial associada confir-mado pela histopatologia. Manteve-se o fluconazol por 2 semanas, realizado o esquema tríplice e encaminhamento para a pneumologia. Paciente evoluiu com melhora e remissão do quadro em 30 dias.Discussão: A tuberculose laríngea (TL) leva ao compro-metimento de cordas vocais em função de lesão cicatri-cial, estabelecendo a rouquidão como o principal sintoma associado e apesar da doença ser tratada clinicamente com sucesso, pode causar mudanças irreversíveis na qua-lidade da voz.Conclusões: A TL é uma condição incomum e de difícil diag-nóstico, uma vez que não apresenta características patogno-mônicas e pode ser confundida com diversas afecções, como o câncer. A doença deve ser considerada se há queixa de rou-quidão persistente, mesmo na ausência dos demais sinais clí-nicos. O desfecho favorável do quadro depende da suspeita clínica, diagnóstico imediato e início precoce do tratamento médico para evitar a proliferação da doença.

Palavras-chave: extra-pulmonar, laringe, tuberculose, candidíase.

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64 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):64

Reabilitaçao auditiva em pacientes com surdez profunda pós ressecçao cirúrgica de Schwannoma vestibularhearing rehaBilition in Patients with Profound hearing loss after surgical resection treatMent for vestiBular schwannoMa

oliveira feM¹, Marques go¹, costa neB¹, silva sM¹

¹Universidade Federal de São Joao del ReiContato: [email protected]; (32) 99968-0004

Introdução: O Schwannoma vestibular (SV) é um tumor benigno e de crescimento lento que acomete o ramo ves-tibular o VIII par craniano, sendo responsável por cerca de 90% dos tumores do ângulo cerebelo-pontino e por cerca de 6% de todos os tumores intracranianos. Apesar dos vários avanços em termos de propedeutica e terapeu-tica, grande parte dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico evoluem com perda total da audiçao ipsilateral ao tumor o que, por vezes, compromete suas atividades laborais e diminui sua qualidade de vida.Objetivos: Elucidar as formas de reabilitaçao auditiva em pacientes com surdez profunda pós ressecçao cirúrgica de SV, bem como seus fatores limitantes e perspectivas.Métodos: Revisão bibliográfica na base de dados eletrônica PubMed com os descritores vestibular schwannoma, hea-ring rehabilitation e profound sensorineural hearing loss.Resultados: A surdez profunda é condiçao muito prevalente em pacientes que foram submetidos a cirurgia para retirada de SV sendo a abordagem translabiríntica a que cursa com perda auditiva total e inevitável. Nesse sentido, há avan-ços na medicina no sentido de reabilitaçao auditiva desses pacientes pelo uso de dispositivos, a saber, implante coclear, Implante auditivo de tronco encefálico, Roteamento contra-lateral de sinais e Dispositivo auditivo ancorado no osso.

Discussão: O implante coclear é a forma mais ampla-mente difundida para reabilitaçao auditiva em pacientes pós remoçao de SV, o que devolve ao paciente a audiçao ipslateral ao tumor e sua localizaçao espacial orientada pelo som, contudo tal técnica é inaplicável em casos em que há lesao no ramo coclear, o que pode ocorrer durante a cirurgia para retirada do tumor ou no tratamento de radio-terapia, sendo, nesses casos o implante auditivo de tronco encefálico, outra opçao considerada. Ademais, avanços surgem no sentido de dispositivos que captam o sinal sonoro do lado surdo e os emite para interpretaçao no lado contralateral, uma vez que essa audiçao esteja preservada, como o Roteamento contralateral de sinais e Dispositivo auditivo ancorado no osso.Conclusão: A reabilitaçao auditiva é imprescindível para garantir ao paciente uma melhor qualidade de vida pós retirada do SV e avanços nessa área garantem o sucesso do dispositivo bem como asseguram o tempo ideal para colocaçao da prótese. Vale ressaltar que o dispositivo auditivo a ser utilizado varia conforme a capacidade audi-tiva do paciente e a preservaçao de estruturas anatomicas.

Palavras-chave: Schwannoma vestibular, surdez profunda, reabilitaçao auditiva, dispositivos auditivos.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):65 65

Palivizumabe em pediatria: os impactos da profilaxia contra o vírus sincicial respiratório em pacientes de alto riscoPalivizuMaB in Pediatrics: the iMPacts of ProPhYlaXis against resPiratorY sYncYtial virus in high risK Patients

carvalho Ms1, chaves tJv1, PassaMani ev1, torres fq1

1Faculdade de Minas – FAMINAS-BH.Contato: [email protected]; (32) 98847-0407

Introdução: O vírus sincicial respiratório (VSR) é uma importante causa de infecção do trato respiratório infe-rior em crianças, sendo responsável por um aumento sig-nificativo da morbi-mortalidade de pacientes pediátricos. Neste contexto, o Palivizumabe, um anticorpo mono-clonal IgG1 humanizado capaz de garantir a profilaxia passiva de infecção pelo VSR, é considerado uma opção satisfatória para pacientes selecionados. Estudos demons-tram que, quando administrado mensalmente durante a sazonalidade do VSR, esta medicação pode diminuir de 45 a 55% a taxa de hospitalização de crianças infectadas pelo vírus e, caso contrário, é capaz de reduzir significa-tivamente o tempo de hospitalização e a necessidade do uso de oxigênio suplementar.Objetivos: O presente trabalho busca analisar os impac-tos da recomendação atual relacionada ao uso de Pali-vizumabe em Pediatria, assim como orientar a conduta de médicos e acadêmicos de medicina frente à infecção pelo VSR em pacientes pediátricos.Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica baseada em publicações da Science Translational Medi-cine e da The Lancet, e de referenciadas entidades de promoção em saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria.

Discussão: Apesar de aprovado pelo MS desde 2013, o Palivizumabe é utilizado apenas em casos selecionados, quando há fatores de risco para a forma grave da infecção pelo VSR ou quando a profilaxia é sabidamente efetiva e o custo-benefício viável, uma vez que seu custo é extrema-mente elevado. São considerados pacientes de risco ele-vado e que devem receber o tratamento específico: Crian-ças menores de 1 ano, prematuras ao nascimento e com idade gestacional menor de 29 semanas; Crianças meno-res de 2 anos, que apresentam doença pulmonar crônica da prematuridade e que necessitam de tratamento; Crianças menores de 2 anos, portadoras de cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, hipertensão pulmonar grave ou com necessidade de tratamento de Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). Existem ainda outras condi-ções clínicas que merecem avaliação individual quanto ao tratamento direcionado, como crianças com Síndrome de Down e Fibrose Cística.Conclusões: Por ser seguro, bem tolerado e apresentar significantes resultados relacionados à morbi-mortalidade de pacientes pediátricos de alto risco, o Palivizumabe pode ser considerado, hoje, a profilaxia ideal contra o vírus VRS.

Palavras-chave: Palivizumab, vírus sincicial respiratório, pediatria, morbi-mortalidade.

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66 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):66

Aspectos clínicos e socias da Síndrome de Burnoutsocial and clinical asPects of Burnout sYndroMe

costa Kl¹, oliveira Jr¹, costa dM¹

¹Universidade de Itaúna Contato: [email protected]; (37) 99128-8374

Introdução: Caracterizada por um conjunto de sintomas relacionados à exaustão emocional, despersonalização e reduzida realização profissional, em decorrência de uma má adaptação do indivíduo a um trabalho prolongado e estressante, a Síndrome de Burnout (SB) está intimamente relacionada com os profissionais de saúde.Objetivo: analisar os aspectos clínicos e sociais da SB. Métodos: Revisão bibliográfica em bases de dados Pub-Med e Scielo.Discussão: A SB tem sido considerada uma importante questão de saúde pública. É um dos agravos ocupacio-nais de caráter psicossocial mais importante na atuali-dade, envolvendo deterioração da qualidade de vida do trabalhador, tendo em vista suas implicações para a saúde física e mental. A instalação da SB ocorre de maneira lenta e gradual. Em um primeiro momento, as demandas de trabalho são maiores que os recursos humanos, o que gera um estado de estresse no indivíduo e uma percepção de sobrecarga de trabalho. No segundo momento, eviden-cia-se um esforço do indivíduo em adaptar-se e produzir uma resposta emocional ao desajuste percebido. Apare-cem, então, sinais de fadiga, tensão, irritabilidade e até mesmo ansiedade, exigindo uma adaptação psicológica,

que reflete no seu trabalho, reduzindo seu interesse e sua responsabilidade pela função. E, finalmente, em um ter-ceiro momento, ocorre o enfrentamento defensivo, ou seja, há uma troca de atitudes e condutas com a finali-dade de defender-se das tensões experimentadas, oca-sionando comportamentos de distanciamento emocio-nal. Quando permanece por um longo tempo, a SB tem consequências nocivas para o indivíduo, sob a forma de enfermidade, com alterações psicossomáticas (cardior-respiratórias, gastrite e úlcera, dificuldade para dormir, náuseas), e para organização trabalhista (deterioração do rendimento ou da qualidade de trabalho). Seu tratamento abrange não só o uso de medicamentos e a terapia, como também uma necessidade de melhora da relação do indi-víduo com seu ambiente de trabalho.Conclusões: Os efeitos da SB interferem em todas as esfe-ras da vida do indivíduo, com prejuízos pessoais e profis-sionais. Além do uso de medicamentos e de terapia, a SB pode ser evitada a partir de ações adotadas pela organiza-ção que busquem diminuir o estresse crônico associada à vontade do próprio indivíduo de querer mudar.

Palavras-chave: Síndrome de Burnout, síndrome do esgotamento profissional.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):67 67

Complexidade no correto diagnóstico do transtorno bipolarcoMPleXitY in the correct diagnosis in BiPolar transtorn

fernandes ac¹, santos aM¹, venturini aaa¹, ianni hf²

Faculdade de Minas – BH¹; Universidade Federal de Minas Gerais²Contato: [email protected]; (34)99282-7934

Introdução: Transtornos de humor estão entre as desordens que frequentemente levam o paciente ao médico. Estima--se que 15-30% dos adultos apresentam depressão algum momento da vida. Tais dados confirmam os achados em estudos de Medicina da Família em que a depressão é apon-tada como um dos transtornos mais prevalentes na atenção primária. A distinção entre depressão unipolar e depressão relacionada ao Transtorno Bipolar(TB) é fundamental para a definição do tratamento e para prognóstico.No entanto, cabe notar que não se consegue distinguir com base ape-nas nos sintomas, por isso, um grande número de pacientes com TB são tratados exclusivamente com antidepressivos e tem o quadro agravado em função do tratamento.Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo auxi-liar o médico de atenção básica a detectar um quadro de depressão bipolar e realizar o tratamento correto, visto que, o uso de antidepressivos tradicionais neste caso pode pre-cipitar um episódio grave de mania. Além de diminuir as necessidades de encaminhamento a especialistas, visto que, o atendimento com especialista pode demorar um tempo inviável ao paciente que necessita de tratamento imediato.Métodos: O levantamento bibliográfico foi realizado em julho de 2017 nos bancos de dados PubMED e MedLINE, utilizando os seguintes termos: “Bipolar Disorder”,

“Diagnosis Bipolar Disorder”, sendo incluídos apenas artigos publicados no período de 2012 a 2017 e, sendo excluídos os que não estavam disponíveis em inglês ou que apresentavam pesquisas em modelos animais. Assim, 8 artigos foram selecionados para compor as referências desta revisão.Discussão: Há diversas formas do médico na atenção pri-mária realizar a distinção entre as diferentes formas de depressão, anamnese detalhada além de entrevista com familiares do doente ajudam a esclarecer os sintomas ini-ciais da crise e a história familiar positiva são fatos que corroboram para o diagnóstico de TB.Conclusões: É bastante provável que as estimativas de casos de TB em alguns serviços de saúde mental sejam mascara-das por diagnósticos errôneos da doença, inúmeros pacien-tes que procuram atenção médica com queixas depressivas recebem inicialmente o diagnóstico de transtorno depressivo maior antes que seja investigada a ocorrência prévia de epi-sódios de mania ou hipomania. Uma vez que o tratamento da depressão unipolar e do TB são diferentes, um diagnóstico preciso é fundamental para a indicação correta do tratamento e determinação do prognóstico do paciente.

Palavras-chave: Transtorno Bipolar; Diagnóstico de Transtorno Bipolar.

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68 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):68

Revisão sobre a aplicação do depletor de células B (Rituximabe) na artrite reumatóidereview concerning the aPPlication of the B cells dePletor (rituXiMaB) in rheuMatoid arthritis

PassaMani ev1, chaves tJc1, carvalho Ms1, torres fq1

1Faculdade de Minas (FAMINAS-BH)Contato: [email protected]; (31) 9944-04090

Introdução: A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença auto-imune de caráter inflamatório sistêmico crônico, de etiologia desconhecida e que leva a incapacidades. Atual-mente, novas drogas modificadoras do curso da doença (DMCD) são adicionadas à terapia, o que aumenta o arse-nal terapêutico do médico em vista de uma doença crônica de difícil resolução. Entre elas, está o depletor de células B, Rituximabe (RTX).Objetivos: esclarecer a utilização do RTX na AR, expondo sua segurança e eficácia, e determinar o melhor momento para sua utilização no curso da doença bem como sua posologia.Métodos: foi realizada revisão bibliográfica nas bases de dados PubMed, LILACS, Scielo e BVS, sendo seleciona-dos artigos em Inglês e Português com as palavras-chave “Rituximabe” e “Artrite Reumatóide” nos respectivos idiomas. Metanálises, ensaios clínicos e revisões de litera-tura que associassem RTX à AR, foram escolhidos.Discussão: Ensaios clínicos relataram superioridade do uso de RTX na AR em relação ao placebo, tendo resultados

mais expressivos quanto mais precoce o início do trata-mento. Sua ação foi semelhante a dos inibidores de TNFalfa quando usado na segunda linha de tratamento em pacientes previamente tratados com TNFalfa. Ademais, foi utilizado em pacientes com falha no tratamento com Metrotrexato (MTX) e mostrou superioridade no tratamento que obje-tiva remissão em relação ao tratamento realizado somente quando necessário. No que diz respeito à posologia, houve melhores resultados no tratamento com 2 doses de 1000mg somadas a mais 2 doses de 1000mg em um intervalo de 14 dias, se comparada a posologias com doses menores.Conclusões: O RTX é seguro e eficaz no tratamento da AR, sendo mais bem aplicado como terceira linha de tra-tamento, juntamente com o MTX e após falha clínica com agentes anti TNF-alfa. A dose utilizada atualmente são 2 infusões endovenosas de 1000mg, duas vezes, em um intervalo de 2 semanas.

Palavras-chave: artrite, reumatóide, rituximabe, tratamento, biológico.

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REsuMos

AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):69 69

Duplicação pieloureteral completa: relato de casocoMPlete Pieloureteral duPlication: case rePort

daniel aP¹, Magalhães Md¹, Maciel ad¹, guiMarães afBc¹

¹Centro Universitário de Patos de MinasContato: [email protected]; (38) 992577000

Introdução: As variações anatômicas congênitas do trato urinário superior podem provocar alterações morfofun-cionais com espectro clínico variável, desde manifesta-ções assintomáticas até falência renal e incompatibili-dade com a vida. A maior parte das anomalias da pelve renal e do ureter apresenta-se como duplicidade do sis-tema coletor, causa comum de assimetria de dimensões entre os rins durante a infância e que ocorre em 1% a 2% da população, sendo mais comum no sexo feminino. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de duplica-ção pieloureteral completa no lado direito.Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 40 anos, queixa disúria, algúria e colúria. História da moléstia atual: paciente relata que há dois dias iniciou quadro de sintomas urinárias, associado a febre e a calafrios. Histó-ria Pregressa: Paciente alérgica a norfloxacino, refere seis episódios de infecção do trato urinário no ano passado, nega patologias prévias, nega uso de medicações. Relata ainda quadro urinário recorrente desde criança. Procurou urologista para resolução do quadro, quando foi prescrito nitrofurantoína um comprimido ao dia por quatro meses e solicitado elementos anormais e sedimentos (EAS) uro-cultura e urografia excretora. EAS evidenciou 32 leucó-citos por campo, nitrito positivo. Urocultura evidenciou

crescimento bacteriano múltiplo. Urografia excretora: Duplicação piélica completa bilateral com retardo de esvaziamento do meio de contraste do grupo calicinal superior esquerdo. Pelve extrarrenal (ectasia) da porção inferior à esquerda. Rins assimétricos em detrimento do esquerdo que se encontra com possível sequela de pielo-nefrite (menor e lobulado).Discussão: A duplicação pieloureteral apresenta mecanis-mos embriológicos complexos. Pode classificada em incom-pleta, quando os ureteres se fundem antes de chegar à bexiga, ou completa, quando os ureteres se ligam a bexiga separadamente. Nesta ocorrência, o paciente pode apresen-tar problemas distintos de obstrução, refluxo e infecção uri-nária. A forma unilateral é mais comum que a bilateral, e frequentemente está associada a várias complicações.Conclusões: O achado radiológico justificaria o quadro de infecção urinária recorrente, uma vez que complica-ções da duplicação completa incluem infecções, refluxo vesicoureteral e obstrução da junção pieloureteral. O refluxo no sistema coletor do segmento inferior pode produzir cicatrizes e deformidades deste segmento, con-forme descrito no laudo do caso da paciente.

Palavras-chave: Sistema urinário; Variação Anatômica; Urografia.

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REsuMos

70 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1):70

Tratamento por cirurgia robótica da recidiva de adenocarcinoma de próstata – relato de casoroBotic surgical treatMent of Prostate adenocarcinoMa recurrence - case rePort

Menta ls1, hoehne Mo1, dos santos vc1, Martins YM2

1Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; 2Universidade Federal de Minas GeraisContato: [email protected]; (31) 99835-3007

Introdução: O adenocarcinoma de próstata consiste em uma neoplasia maligna, primária, que acomete pre-dominantemente a zona periférica da referida glândula. Estima-se que, em 2016, no Brasil, surgiram 61.200 casos. Nos pacientes com doença de alto risco, pela classificação de D’Amico, a probabilidade de doença extraprostática é em torno de 58 a 76% dos casos. Nos últimos anos, a prostatectomia radical e as cirurgias para tratamento de recidiva do câncer de próstata têm sido auxiliadas pela robótica. Como aperfeiçoamento da cirurgia minima-mente invasiva, essa técnica tem a finalidade de aumentar a capacidade humana de realizar movimentos com maior precisão. Construído na década de 1990, o robô da Vinci chegou ao Brasil em 2008. Ele é constituído por braços robóticos que mimetizam as ações do cirurgião. Esse sis-tema já foi utilizado em procedimentos urológicos, gas-troenterológicos e ginecológicos.Descrição do caso: Paciente AVS, 62 anos, residente em Aracaju, foi submetido, em 2014, à prostatectomia radi-cal, cujo exame anatomopatológico apontou Gleason 4+5, margem positiva e 4 linfonodos negativos. Após 3 meses, o paciente foi submetido à radioterapia adjuvante apenas na loja prostática. Em 2015 houve recidiva bioquímica, motivo pelo qual iniciou uso de terapia anti-androgênica.

Posteriormente, foi realizado o exame PET-PSMA, cujo resultado sugeriu metástase em linfonodo em região ilíaca interna direita. Foi realizada, então, linfadenectomia de res-gate robótica. Ao exame anatomopatológico pós-cirúrgico, observou-se metástase em 1 linfonodo de 36 retirados.Discussão: O paciente em questão apresentou recidiva de adenocarcinoma prostático. Uma vez que a radioterapia foi realizada previamente, outras alternativas para o tra-tamento foram consideradas. Assim, optou-se pelo exame PET-PSMA, o qual é capaz de visualizar lesões canceríge-nas prostáticas com maior acurácia do que o uso do exame com derivados da colina. O resultado sugeriu uma metás-tase em linfonodo ilíaco e, dessa forma, optou-se por rea-lizar uma linfadenectomia de resgate robótica. A história prévia de prostatectomia e radioterapia pélvica aumenta a complexidade e os riscos de uma nova abordagem cirúr-gica. Dessa forma, a técnica robótica foi preferida por seu potencial de aumentar a precisão cirúrgica e diminuir o risco de complicações.Conclusões: A partir do exposto, percebe-se a importân-cia das novas tecnologias tanto para o diagnóstico quando para o tratamento de novas lesões cancerígenas.

Palavras-chave: cirurgia, robótica, Da Vinci, linfadenectomia.

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1) 71

AAlmeida GM .............................................................. p. 16Almeida KYP ............................................................. p. 49Almeida LF ................................................................ p. 10Almeida Pinho NC ..................................................... p. 53Alvarez-leite JI ........................................................... p. 10Alves AC .................................................................... p. 45Alves FL ..................................................................... p. 17Alvim LH ................................................................... p. 51Amaral FA .................................................................. p. 21Anastácio LB ............................................................. p. 44Araújo GMB .............................................................. p. 62Araújo LMB ............................................................... p. 62Augusto FD ................................................................ p. 60Ávila I ........................................................................ p. 27Azevedo CA ............................................................... p. 33Azzi LLM ................................................................... p. 34

BBarbosa AD ................................................................ p. 15Belo MHS .................................................................. p. 39Bessa RMM ............................................................... p. 16Biglia B ...................................................................... p. 20Bordoni LS ................................................................. p. 56Bordoni PHC .............................................................. p. 56Bouzada MCF ............................................................ p. 17Brasil BA .................................................................... p. 23

CCampos MF ................................................................ p. 36Cancela CSP ............................................................... p. 48Capanema LB ............................................................. p. 26Carvalho IGR ............................................................. p. 24Carvalho LG de .......................................................... p. 60Carvalho MS ...................................... p. 54, 57, 59, 65, 68Cassola GKM ............................................................. p. 55Chagas LV .................................................................. p. 53Chaves TJC .......................................................... p. 59, 68Chaves TJV .................................................... p. 43, 54, 65Coelho AP .................................................................. p. 18Comini-Frota ER ........................................................ p. 55Costa AAS .................................................................. p. 29Costa DM ............................................................. p. 50, 66Costa FR..................................................................... p. 51Costa JDR .................................................................. p. 10Costa KL ........................................................ p. 32, 50, 66Costa NEB ........................................................... p. 28, 64Costa VV .............................................................. p. 11, 21Coura LMO ................................................................ p. 24Cruz LM ..................................................................... p. 31Cunha GN .................................................................. p. 35

DDa Fonseca FG ........................................................... p. 13Daniel AP ............................................................. p. 37, 69Da Silva VP ................................................................ p. 21De Mello MPV ........................................................... p. 11de Souza JHK ............................................................. p. 43de Souza LC ............................................................... p. 19Dias M ........................................................................ p. 61Dornelas LF ............................................................... p. 36dos Santos VC ............................................................ p. 70Dos Santos VC ........................................................... p. 13Duarte DR .................................................................. p. 58

FFagundes CT .............................................................. p. 11Faria APG................................................................... p. 62Faria MBD ................................................................. p. 55Faria OM .................................................................... p. 32Faria TS ...................................................................... p. 18Fernandes AC ............................................................. p. 67Fernandes HJ .............................................................. p. 39Filho GRS .................................................................. p. 22Finotti MB .................................................................. p. 63Flora HS ..................................................................... p. 25Fonseca EF ................................................................. p. 27Fonseca MM .............................................................. p. 35Freire FD .................................................................... p. 55Freitas LF ............................................................. p. 43, 57Freitas LS ................................................................... p. 56Freitas NF................................................................... p. 17Frota ERC .................................................................. p. 16

GGarcia PC ................................................................... p. 20Geber S ....................................................................... p. 57Godoi BB ............................................................. p. 47, 60Gonçalves IPR ........................................................... p. 29Goulart YBO .............................................................. p. 52Guedes FH ................................................................. p. 40Guedes RL .................................................................. p. 34Guimarães AFBC ................................................. p. 37, 69Guimarães L ............................................................... p. 40Guimarães RBS .......................................................... p. 16

HHeleodoro RB ............................................................ p. 23Henriques HKF .......................................................... p. 10Hipólito CEC ............................................................. p. 32Hoehne MO ................................................................ p. 70

ÍNDICE DE AUTORES

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ÍndiCE dE AuToREs

72 AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1)

IIanni HF ..................................................................... p. 67

JJúnior DB ................................................................... p. 35

LLara ACC ................................................................... p. 29Leal CRV .................................................................... p. 17Leite RS ..................................................................... p. 16Lobão LM .................................................................. p. 14Lopes RM................................................................... p. 23Louzada CF ................................................................ p. 31Luchesi M .................................................................. p. 19

MMacedo GD ................................................................ p. 55Maciel AD .................................................................. p. 69Maciel ÁD .................................................................. p. 37Mafra RSCP ......................................................... p. 29, 34Magalhães L ............................................................... p. 40Magalhães MD ..................................................... p. 37, 69Maia BDLC ................................................................ p. 22Marinho RM............................................................... p. 45Marques GO ......................................................... p. 28, 64Martins YM ................................................................ p. 70Melo CDG .................................................................. p. 48Menta LS .................................................................... p. 70Miguel PSB ................................................................ p. 51Miranda AS ................................................................ p. 19Mitre GS..................................................................... p. 26Mol EOCP .................................................................. p. 25Monteiro RP ............................................................... p. 36Moreira TM ................................................................ p. 23Mourão LMB ............................................................. p. 53

NNascimento NG .......................................................... p. 25Neto JSA .................................................................... p. 16Neves BP .................................................................... p. 58Neves MPC ................................................................ p. 38Nobre CL .................................................................... p. 60Nobre V ...................................................................... p. 53Nogueira, AI ............................................................... p. 12Noronha IM ................................................................ p. 14

OOliveira, CMV ........................................................... p. 12Oliveira EC ................................................................ p. 24Oliveira FCG .............................................................. p. 48Oliveira FEM ....................................................... p. 28, 64Oliveira-Filho LN ...................................................... p. 63

Oliveira FPA ............................................................... p. 61Oliveira GFM ....................................................... p. 27, 35Oliveira HP ................................................................ p. 15Oliveira IV ................................................................. p. 42Oliveira JR ..................................................... p. 32, 50, 66

PPassamani EV ................................................ p. 54, 65, 68Pena LB ...................................................................... p. 31Pereira ACL .......................................................... p. 22, 52Pereira BSR ................................................................ p. 61Pereira DL .................................................................. p. 58Pereira DP ............................................................ p. 38, 47Pereira MSR ............................................................... p. 61Peres M ...................................................................... p. 49Piuzana E ................................................................... p. 30Piuzana J.A ................................................................. p. 30Polleze MA ................................................................. p. 14Porto JAP ................................................................... p. 14Prates IR ..................................................................... p. 51Puff LP ....................................................................... p. 58

QQueiroz Junior CM .................................................... p. 21

RRabello MO ................................................................ p. 17Rajão, KMAB ............................................................ p. 12Ramos AP ................................................................... p. 45Ramos PVS .......................................................... p. 38, 47Regis CC .................................................................... p. 42Resende LL ................................................................ p. 33Resende MR ............................................................... p. 20Rezende GX ............................................................... p. 44Ribeiro HG ................................................................. p. 10Ribeiro LFMSD ......................................................... p. 18Ribeiro LNAL ............................................................ p. 18Rinoldi M ............................................................. p. 39, 41Rodrigues GC....................................................... p. 43, 57Rodrigues TM ............................................................ p. 17

SSabaini CS .................................................................. p. 20Sampaio CCL ............................................................. p. 48Sana RZ ...................................................................... p. 36Santos AM ............................................................ p. 18, 67Santos AV ................................................................... p. 59Santos FB ................................................................... p. 24Santos JP .............................................................. p. 39, 41Santos JS .................................................................... p. 45Santos LEA ................................................................ p. 27Santos SHA ................................................................ p. 33Santos TDB ................................................................ p. 38

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AnAis do Vi ConGREsso sAMMG E i CoMlAM

AnAis do Vi ConGREsso sAMMG | REV. AssoC. MEd. BRAs. 2017; 63 (suppl. 1) 73

Santos VR .................................................................. p. 49Silva FA ...................................................................... p. 14Silva GF ..................................................................... p. 20Silva GR ..................................................................... p. 56Silva JS....................................................................... p. 25Silva JV ...................................................................... p. 63Silva KRS................................................................... p. 26Silva NZV .................................................................. p. 22Silva SAB................................................................... p. 44Silva SM............................................................... p. 28, 64Silva VA ..................................................................... p. 48Silvia, PDM................................................................ p. 12Simão LC ................................................................... p. 62Simões JV .................................................................. p. 19Siqueira CM ............................................................... p. 18Sousa LC .................................................................... p. 34Sousa PDF .................................................................. p. 46Souza ALDGC ........................................................... p. 46Souza DG ................................................................... p. 21Souza JHK ........................................................... p. 33, 54Souza NM .................................................................. p. 15Souza ÓA ................................................................... p. 15

TTavares LD ........................................................... p. 11, 21Teixeira L ................................................................... p. 40Teles CCOS ................................................................ p. 52Toniolo, JN ................................................................. p. 12Torres FQ ....................................................... p. 59, 65, 68Trindade-Filho MT..................................................... p. 63Trotta RM ................................................................... p. 15Tsukuda MP ............................................................... p. 19

VValle IV ...................................................................... p. 48Venturini AAA ........................................................... p. 67Vieira ALP .................................................................. p. 41Vieira ÉLM ................................................................ p. 19Vieira JK .................................................................... p. 44Vital LS ...................................................................... p. 14

XXavier CL ................................................................... p. 11Xavier M .................................................................... p. 40

ZZerbini JS ................................................................... p. 24