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Sexta-feira, 03 de dezembro de 2010

Suplemento Aniversário Mauá e Diadema

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Suplemento Aniversário Mauá e Diadema

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Sexta-feira, 03 de dezembro

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A sina do prefeito de Mauá parece ser mes-mo a falta de perspectiva de fechar no "azul" adívida do município, acrescida no governoanterior. O discurso recorrente entre os petis-tas em janeiro de 2009 ainda ecoa: "Não temosR$ 1 para investir", reclama o prefeito OswaldoDias, no 56º aniversário de Mauá.

Em entrevista exclusiva ao Repórter Diário,Oswaldo Dias afirma que o orçamento executa-do não permite "folga" para investimento. Res-ta apenas cumprir as demandas já previstas nasáreas, como saúde e educação.

Acompanhe a íntegra da entrevistaRepórter Diário: Os precatórios são a prin-

cipal dificuldade do seu governo? Oswaldo Dias: Não. A maior dificuldade é adívida da canalização do córrego Corumbé. Osprecatórios nem são tanto porque nós estamospagando (R$ 933 mil por mês). Já a dívida docórrego – cerca de R$ 700 milhões –, retém(confiscado pela Secretaria do Tesouro Nacio-nal) R$ 2,7 milhões por mês. RD: O que já foi sanado da dívida de R$ 217milhões herdada da outra administração?Oswaldo: Desse montante, em torno de R$ 70milhões (INSS, Eletropaulo e Pasep) nós esta-mos pagando. Os R$ 150 milhões restantes sãofornecedores e tendem a virar precatório, pois

não têm solução. Não temos R$ 1 para investir. RD: O que tem previsto de verba do governofederal para 2011?Oswaldo: Estamos entrando no PAC 2, com opleito de cerca de R$ 40 milhões. Estão previs-tas obras de contenção de encostas em áreasde risco (R$ 22,51 milhões); urbanização do nú-cleo Cerqueira Leite e produção habitacionalna área de reassentamento do jardim Kennedy(R$ 8,89 milhões), elaboração de projeto deurbanização na área do Chafik/Macuco (R$ 2,34milhões), elaboração do plano de redução deriscos (R$ 300 mil) e ampliação do sistema deabastecimento de água (R$ 170 mil).

Dois anos já se passaram do governo Oswaldo Dias (PT). Até aqui muita dificuldade

em decorrência das turbulências econômicas de Mauá, turbinadas pela herança da

administração passada. Porém, mais um aniversário se aproxima, e, mais uma vez,

a perspectiva não é das melhores na ótica do prefeito.

As críticas ao governo passado devem ser deixadas de lado. De agora em diante

é preciso olhar pra frente e não pelo retrovisor. É preciso aproveitar o último e

decisivo biênio da atual gestão para acelerar o desenvolvimento e as promessas de

campanha. Com certeza, a permanência do PT no Palácio do Planalto deverá ser

um elemento facilitador para melhorar as verbas no comprometido orçamento do

município, que completa neste dia 8 de dezembro 56 anos de fundação.

Hora da virada!

Não temos R$ 1 para investir

Oswaldo Dias:

“RD: Como é a relação com o governo doEstado?Oswaldo: Eu espero que melhore. O governoque acabou de sair só me fez uma promessa. OJosé Serra me forneceu chinelo para eu matarbarata no hospital. Fora isso não teve nada. Nopassado (governo Alckmin) eu tive relação me-lhor. O projeto do governo do Estado aprova-do, que espero ser concluído, é o que prevêobras de canalização de córregos e controle deinundação.RD: O senhor falou em arrecadação. Aampliação do Polo Petroquímico vai gerarmais receita?Oswaldo: Isso vai ocorrer a médio prazo.Qualquer empreendimento é assim. Até a gera-ção de melhorias na arrecadação leva tempo. Arefinaria está fazendo uma obra para melhorara produção do óleo diesel. Isso melhora a arre-cadação, mas essa arrecadação vai para SãoCaetano. RD: O Rodoanel não traz benefícios?Oswaldo: O Rodoanel é um grande investi-mento que nós reivindicamos. No primeiromomento só traz problemas, pois impacta nosistema viário local, traz demanda habitacionale não traz resultado na arrecadação do municí-pio. Só depois de alguns anos teremos um ou-tro momento, com a vinda de empresas e au-mento na arrecadação.RD: As obras da UFABC (Universidade Federaldo ABC) começarão quando?Oswaldo: A UFABC está fechando negócio(compra do terreno). Há 10 dias, foi acertado odesmembramento da área (do INSS) – em tor-no de 127 mil m2 - para a compra por parte doMinistério da Educação. Queremos lançar ovestibular em 2011. RD: O senhor considera natural a sua candi-datura à reeleição em 2012?Oswaldo: Não tem nada natural. O termo énormal, pois o mandato se viabiliza nos primei-ros anos. Não tenho nada contra a reeleição.

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Foi dado início no último dia 22 de novem-bro ao Fórum Mauá 2025, um espaço para opoder público e a população da cidade deba-terem temas relevantes para os próximos 15anos. As discussões, em formato de seminárioe mesa-redonda, devem se estender no anoque vem, com encontros esporádicos.

São seis eixos temáticos que norteiam o Fó-rum: reforma e modernização do Estado; de-senvolvimento econômico; desenvolvimentourbano ambiental; saúde; educação, esporte,cultura e lazer; inclusão social e segurança pú-blica. A ideia é de que, na mesma data do anode 2011, a Prefeitura apresente o resultado dasdiscussões, com a criação de um documentosobre tudo o que foi debatido e as metas a se-rem alcançadas.

"Quero buscar com esse debate a participa-ção da população e que todos entendam quenós só podemos gastar de acordo com o quearrecadamos. É importante que o povo deMauá acompanhe os desafios da administraçãoe se as dívidas do município estão sendo pa-gas", diz o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias.

De acordo com o chefe do Executivo, aprincipal preocupação hoje é quanto à dívidapública de mais de R$ 1,2 bilhão que o municí-pio deve ao Tesouro Nacional. "Os seminários emesas-redondas servirão para encontrar umcaminho dentro desta realidade tão perversaque é essa dívida, que hoje nos retira todas aspossibilidades de investimento", afirma Dias.

Como o Fórum encontra-se em processo deformulação, a expectativa é de que até o mês de

março os eixos de discussão estarão estrutura-dos. O trabalho de cada eixo temático deverá,no fim do processo, apresentar um diagnósticodo setor, com levantamento dos problemas,propostas de soluções, estabelecimento de me-tas, ações, prazos e parceiros, além de indica-dores de avaliação.

TRANSPORTE E TRÂNSITOUm dos assuntos que merecem atenção

especial nas discussões é quanto ao transportee trânsito na cidade. Para o prefeito, este é umdesafio que começou a ser equacionado aindaneste ano. "Com a vinda do Rodoanel e a exten-

são da avenida Jacu-Pêssego, que será ligada àavenida Papa João XXIII, o trânsito de Mauáestá cada dia mais complicado. A expectativa doGoverno do Estado, responsável pela obra, éque o empreendimento esteja finalizado atéjulho do ano que vem. A partir daí, teremosuma melhora no escoamento do trânsito", ana-lisa Dias.

Quanto ao transporte público, a empresaLeblon assumiu no dia 6 de novembro 18 li-nhas de ônibus de Mauá. Com 86 novos veícu-los, a companhia cumpre o cronograma anun-ciado pela Prefeitura em outubro para ampliara oferta de novos ônibus na cidade.

Fórum planeja ações dedesenvolvimento em Mauános próximos 15 anos

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A expectativa é que o terminal, que benefi-ciará a região do jardim Zaíra, na avenida Pre-sidente Castelo Branco, fique pronto na segun-da quinzena de janeiro. "Hoje, todas as linhasque saem da região do Zaíra têm como desti-no o centro e passam pela avenida PresidenteCastelo Branco, congestionando a via. Serãocriadas linhas alimentadoras até este terminalde integração", esclarece. O investimentopara a readequação do terminal central econstrução da estação no Zaíra foi de cerca deR$ 850 mil.

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As recentes alterações no sistema de trans-porte de Mauá consumiram investimento de R$50 milhões, e culminaram na renovação dafrota de ônibus, colocação de abrigos, alteraçãono sistema de bilhetagem, criação de traçadodas linhas de ônibus municipais e mudança nofuncionamento dos terminais da cidade.

"O usuário tem direito a transporte digno ede qualidade. Estamos trabalhando para ade-quar sempre a relação oferta e demanda", ob-serva o secretário de Mobilidade de Mauá, Rena-to Moreira dos Santos. Segundo o titular dapasta, há ônibus suficientes para o atendimentoda população. Novo diagnóstico será realizadoentre fevereiro e março para avaliar o sistema.

Segundo Santos, considerando a renovaçãoda frota – 132 novos coletivos –, colocação de100 novos abrigos, troca dos bilhetes antigos

para o novo Cartão DaHora, reformulação dedois terminais de integração – na região dosjardins Zaíra e Itapark –, e outras ações deman-daram todo o investimento da secretaria, queprevê gastar cerca de R$ 10 milhões, em 2011,com a manutenção dos serviços na área. "Uminvestimento menor porque hoje a idade mé-dia dos ônibus de Mauá é de dois a três anos eo permitido é de cinco anos", explica.

MELHORIAS NECESSÁRIASO secretário conta que estudos realizados

em 2010 apontaram a necessidade de mudar aforma de operação do terminal central, queatuava como ponto final, para uma estação depassagem dos ônibus. "Precisamos agilizar.Hoje os ônibus ficam parados no terminal docentro apenas pelo período do embarque", diz.

Outro terminal que será utilizado para pas-sagem é o localizado entre as avenidas Itaparke Barão de Mauá. A reforma do espaço contacom recurso federal – cerca de R$ 1 milhão – etem inauguração prevista até agosto de 2011. Aestação atenderá a população do Itapark.

A promessa de Mauá para 2011 é acelerar aconversa com o governo do Estado sobre aintegração tarifária dos ônibus municipaiscom a CPTM e a EMTU. "Essa discussão traráum impacto positivo para o bolso do usuário",destaca.

Mudança no sistema detransporte de Mauá custou R$ 50 milhões

Secretário diz que queixascaíram 65% ...

Para o secretário de Mo-bilidade do município, Rena-to Moreira dos Santos, hou-ve melhora no sistema detransportes. "Podemos dizerque houve queda de 65% nonúmero de reclamações",destaca. Ao contrário do quevinha ocorrendo em anosanteriores, Santos revela quea população encaminha e-mails reconhecendo a me-lhoria dos serviços.

Na visão de Santos, otransporte não caminha deforma isolada. "Estamos re-vendo a política de estacio-namento e paradas, a possi-bilidade de aumentar o nú-mero de bolsões de estacio-namento, e também foi feitoedital para instalação de zo-na azul", comenta. Outraação para melhorar o trânsi-to é a implantação de 75% desemáforos inteligentes.

...mas moradores reclamamdo tempo de espera

Os novos ônibus sãobem-vindos, no entanto, odesejo dos moradores épara que o tempo de espe-ra pelo coletivo seja me-nor. Morador do jardimHélida, o ajudante geral Eridan Souza, demons-tra contentamento com os novos coletivos,mas sem esconder a insatisfação quanto aoshorários. "Fico em média 30 minutos esperan-do um ônibus", confessa.

A auxiliar administrati-vo, Andressa Correa, apon-ta que já chegou atrasadano trabalho diversas vezespor conta da demora paraconseguir embarcar em um coletivo. "Aindanão tem ônibus novo na linha que eu pego.Tenho que esperar no mínimo 20 minutos noponto", observa.

Na visão da auxiliaradministrativo AmandaSilva Santos, houve melho-rias no começo, mas agorajá está tudo. "Já relaxou.Chego a esperar 40 minutos para embarcar",dispara a moradora do jardim Zaíra.

Eridan Souza

Andressa Correa

Amanda Silva

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O convênio firmado com a FUABC em feve-reiro deste ano prevê repasse de R$4.029.957,00 por mês, por parte da Prefeitura,para custeio de equipes médica e de enferma-gem, gerência, apoio, materiais e medicamen-tos, serviços contratados, despesas administrati-vas, entre outros, além de R$ 200 mil para inves-timentos.

UPAS ALIVIARÃO PRONTO-SOCORROA previsão é de que as quatro Unidades de

Pronto Atendimento de Mauá estejam prontasainda neste ano. As UPAs estarão localizadas naVila Assis (rua D. José Gaspar, 2.190), JardimZaíra (avenida Washington Luiz, 1.952), JardimSão João (avenida Barão de Mauá, nº 3.609) eCentro (avenida Washington Luiz, 3.890) e têminvestimento de R$ 8 mi-lhões do governo federal,além de repasse mensal deR$ 700 mil para manuten-ção e contrapartida de R$ 2milhões da Prefeitura.

Nas unidades de prontoatendimento, que funciona-

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Desde que foi firmado convênio entre aFUABC (Fundação do ABC) e a Prefeitura deMauá para o gerenciamento do Hospital de Clí-nicas Dr. Radamés Nardini, o equipamento mu-nicipal retomou uma série de serviços e apre-senta atendimento humanizado à população,no entanto, a demanda de pacientes ainda é su-perior à capacidade. Para a população, as mu-danças são visíveis, assim como a necessidadede melhorias.

Na opinião do prefeito Oswaldo Dias, o ba-lanço da nova gestão do Nardini, apesar de nãoser técnico e científico, é positivo. "Esse avançoé sentido à medida que as pessoas dão retornoe avaliam o serviço. Sabemos que é uma ques-tão de equacionar a situação e buscar mais re-cursos para melhorar", observa.

Segundo Dias, a partir do próximo ano, coma entrega de quatro UPAs (Unidade de ProntoAtendimento) e um AME (Ambulatório Médicode Especialidades), haverá uma diminuição nademanda do Nardini. "Hoje, o hospital está so-brecarregado, mas o atendimento especializadodas UPAs e do AME vai aliviar um pouco o Nar-dini", acredita.

rão 24 horas, serão realizados exames diagnósti-cos e laboratoriais, além de estabilização clínica.Com quatro médicos, clínicos e pediatras enove leitos de observação, a capacidade de

atendimento é de até 300 pacientes por dia.Dessa forma, o serviço de pronto-socorro doHospital Nardini passará a atender apenas oscasos mais graves.

Apesar de evolução no atendimento, Nardini continua sobrecarregado

A qualidade dos serviços e otempo de espera para ser atendidomelhoraram, mas para os moradoresde Mauá, usuários do Hospital Nar-dini, ainda há muito para evoluir. "An-tes, isso aqui era um lixo. Melhoroumuito", comenta a dona de casa Ma-ria José. Apesar do elogio, a morado-ra do Parque São Vicente está incon-formada por ter de ir embora para ca-sa com o marido, que tinha cirurgia devesícula marcada e não foi operado."O médico já autorizou, mas chega-mos aqui e disseram que ele não estáem condições de operar. Acho que de-veriam ter pelo menos feito um exa-me antes de mandar a gente de volta

para casa com mala e tudo", destaca.Para o ajudante geral, Elias José da

Silva, o atendimento ainda não éideal. Acompanhando o filho que so-freu um acidente doméstico, o mora-dor da vila Assis comemora o atendi-mento rápido. "Ele chegou e já foiatendido. Agora está fazendo exa-mes", conta. Com um irmão interna-do na enfermaria do hospital, a aju-dante geral Vanessa Queiroz de Limadestaca a falta de recursos do equipa-mento público. "Ele sofreu um aci-dente no domingo e ainda aguardauma tomografia para avaliar o qua-dro", destaca a moradora de RibeirãoPires, no último dia 1º de dezembro.

População aponta falhasnos serviços do hospital

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A municipalização de escolas estaduais, areorganização do ensino e a construção denovos equipamentos fará com que Diademacrie no próximo ano 2,8 mil vagas no atendi-mento de crianças de 0 a 5 anos, um salto de23% em comparação com 2010. Com isso, aquantidade de alunos atendidos passará de12,4 mil para 15,2 mil.

Este número é resultado do aumento daverba destinada à educação, que em 2011será de R$ 14 milhões, ante os R$ 11 milhõesreservados para 2010. Com o montante, acidade deverá repetir o repasse à pasta de25,5% do orçamento geral do município.

Quando o assunto é a pré-escola, a secre-tária de Educação da cidade, Lucia Couto,explica que neste ano cerca de 1,5 mil crian-ças de 4 e 5 anos ficaram sem vagas nesteano. "Não sabemos qual a real demanda para

O ano de 2010 foi importante para Diademano que se refere à iniciação de projetos paramelhorias no trânsito. Um dos grandes proble-mas na região é a dificuldade de circulação deveículos que, em horários de pico, formamgrandes congestionamentos. Entre os investi-mentos do poder público para melhorar o qua-dro estão obras de canalização de córregos.

As ações em andamento têm como objetivomelhorar a vazão das águas das chuvas, causarimpacto positivo na circulação de veículos econtribuir com a segurança no trânsito da re-gião. O projeto do Ribeirão dos Couros, orçadoem R$ 3,2 milhões, abrange a descida da alça darodovia dos Imigrantes, com prolongamento daavenida Pirâmide e acesso até a avenida NossaSenhora dos Navegantes. As obras serão dire-cionadas para drenagem e pavimentação, e irão

beneficiar cerca de 45 mil famílias.Outra ação que facilitará o acesso à Diade-

ma é a canalização do córrego dos Monteiros,que possibilitará a construção de nova via. A obrafoi iniciada em junho deste ano e financiada peloMinistério das Cidades, por meio do ProgramaSaneamento para Todos, com um investimentode R$ 13 milhões e contrapartida municipal deR$ 800 mil. Com término previsto para agosto de2011, a obra terá, como maiores beneficiados, asindústrias que fazem divisa entre o bairro Serrariae a vila Conceição.

Em maio, a Prefeitura deu início a obras nobairro Campanário e na av. Fábio Eduardo Esquí-vel, na região central do município. Uma dasprincipais modificações é a abertura de alça deacesso que liga a av. Paranapanema à av. Brasíliapara aliviar o intenso fluxo de veículos na região.

o próximo ano letivo porque as inscriçõesseguem até o dia 18", conta.

Segundo Lucia, a meta da cidade é atendertodas as crianças nesta faixa etária até 2016. APEC (Proposta de Emenda à Constituição)96A/03, aprovada e sancionada no ano passa-do, determina que todos os municípios aten-dam brasileiros de 4 a 17 anos até 2016.

CRECHESCerca de 5,2 mil crianças de 0 a 4 anos

esperam por vagas em creches na cidade."Com a construção de novas unidades, con-seguiremos atender 1,2 mil em 2011", afirmaa secretária. "Zerar a fila de creche é algomuito difícil e complexo. A demanda é muitogrande", argumenta. Para minimizar a fila deespera, a pasta possui plano de construir 10novas creches até 2012.

Diadema investe nacanalização de córregospara desafogar o trânsito

Educação infantil ganha2,8 mil vagas em 2011

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Dados preliminares do Censo 2010 do IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas)apontam que Diadema possui pouco mais de370 mil habitantes. Deste total, aproximada-mente 110 mil atuam no mercado formal detrabalho. Entretanto, a população economica-mente ativa é de quase 250 mil pessoas, ou seja,mais da metade delas estão no mercado infor-mal ou são microempreendedores.

Uma das alternativas para preencher esteespaço é a economia solidária. A modalidade éuma das prioridades da administração que,para isso, lançou em 2009 a Incubadora Pública,que tem como objetivo prestar assessoria técni-ca e financeira a dez grupos de empreendedo-res populares.

"É fundamental que aqueles empreendedo-res que estão começando, principalmente os

de caráter popular e solidário, tenham um pla-no de negócio estabelecido, que saibam paraonde estão indo. O papel da incubadora é aju-dar a fazer isso", explica o secretário de Desen-volvimento Econômico e Trabalho de Diadema,Luís Paulo Bresciani. Segundo ele, "a economiasolidária tem se mostrado promissora e deixoude ser uma opção de sobrevivência para ser umnegócio, um meio de inserção real na econo-mia da cidade".

O trabalho de incubação pode durar até trêsanos, mas não tem data de validade. Depoisdeste tempo o suporte continua sendo presta-do pela secretaria. Para aumentar o número deempresas e cooperativas atendidas, uma parce-ria com o Instituto de Tecnologia Social está emfase de formalização e um novo edital deveráser lançado em 2011.

Incubadora pública éalternativa para inserçãode empreendedores

Uma fábrica de varal feito a partir de garra-fas pet instalada em Diadema e integrante daIncubadora Pública emprega seis pessoas. Noinício do próximo ano serão 15, cada um ga-nhando um salário mínimo. O que antes eraum sonho para o ex-catator Claudinei de Lima,agora é realidade para ele e para as famílias queajuda a sustentar.

Há pouco mais de seis anos Lima resolveudesenvolver produtos utilizando garrafas pet.Depois de muita persistência, o Varalpet nas-ceu. "Fico feliz em poder produzir o que eu criei

e ao mesmo tempo dar emprego para as pes-soas", destaca o dono da patente do varal ecoló-gico. "A incubadora ajuda o negócio a expandire a ideia pode ser utilizada por outras coopera-tivas e, assim, ajudar mais pessoas", finaliza.

"Atualmente são produzidas cerca de 4 milunidades de varal por mês. A meta é alcançar 12mil já nos próximos meses", explica a coorde-nadora do projeto Varal, Maria da Penha Apa-recida Cunha de Guimarães. O trabalho é de-senvolvido pela CoopCent (Cooperativa Cen-tral dos Catadores do ABC).

Varal de garrafa pet é exemplo de sucesso

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Diadema saiu eufórica das urnas dia 3 de outubro. As vitórias de ReginaGonçalves (PV) na disputa do Legislativo estadual e do ex-prefeito José deFillipi Júnior (PT) na esfera federal, abriram espaço para o encaminhamentodas demandas locais nas duas Casas de Leis.Porém, o êxito de Regina caiu por terra com a ratificação dos votos de umficha-suja. Somado ao desastre do PT, que não elegeu nenhum postulante e a frustração de José Augusto que não teve chancelada a reeleição, Diademaperdeu a representatividade no plenário estadual. Apesar do cenário desfavorável no Estado, a expectativa pelos repasses do governo federal – com a permanência do PT no comando do País e aeleição de Fillipi – é a melhor possível e, com isso, já é possível sonhar em participações efetivas do Município na destinação das verbas do PAC 2.

Perdas e ganhos

Rua Álvares de Azevedo, 210 – Centro – Santo André - Tel.: 4427-7800www.reporterdiario.com.br

Jornalista responsável: Airton Resende

Edição: Aline Bosio e Maria do Socorro Diogo

Reportagem: Angela Martins, Natália Fernandjes, Carolina Neves, Leandro Amaral e Aline Bosio

Comercial: Claudia Plaza e Alessandra Duran

Fotos: Marciel Peres e Carolina Neves

Projeto Gráfico: Rubens Justo

Suporte Operacional: Pedro Diogo

Com o foco da gestão voltado à educação,o prefeito Mário Reali (PT) quer melhorar aqualidade do ensino para tonificar o ingressodos estudantes locais no mercado de trabalho.O primeiro passo é mexer já nas creches. Opetista quer acabar com o terceiro turno, noqual a criança (entre 4 e 5 anos) entra às11h30 e deixa a unidade às 14h30.

Repórter Diário: O precatório ainda é oprincipal problema como em 2009?Mário Reali: O precatório foi o maior proble-ma. Mas (devido aos sequestros do orçamen-to em 2009, que somaram R$ 40 milhões) éuma sombra que fica no cotidiano. Se voltar asituação anterior (sequestros) aí será o maiorproblema novamente, pois até hoje temosreflexos.

RD: Quanto a Prefeitura paga mensalmentereferente a precatório?

Reali: Nós pagamos R$ 800 mil. Esse valorpode variar, porque representa 1,5% da recei-ta líquida como prevê a legislação. E, comoessa receita varia, nós recalculamos todo mês.Na avaliação do fluxo do pagamento, é a maiorfatia depois do pagamento do lixo. Claro semcontar folha pessoal.

RD: A cidade já recuperou o ritmo "pré-crise" e "pré-sequestro"?Reali: A nossa receita melhorou muito e nósestamos com o melhor nível de emprego com110 mil carteiras assinadas, além da menortaxa de desemprego (6,4%).

RD: A que o senhor atribui essa recuperaçãoeconômica?Reali: A posta no mercado interno foi correta.Quando você desonera o IPI do carro, da linhabranca. O nosso "cata bagulho", mesmo nacrise econômica, aumentou em 50% a coleta.

RD: Na linha dos investimentos, qual a prio-ridade da gestão?Reali: Eu ressalto a educação. Nós municipa-lizamos 10 escolas e, com isso, reorganiza-mos a rede de acordo com a faixa etária.Conseguimos equacionar algumas escolasque tinham o terceiro turno (crianças entre 4e 5 anos que entram às 11h30 e saem às14h30) e nosso objetivo é, até 2012, zeraresse turno.

RD: Qual o desafio da educação para 2011?Reali: Não podemos ter terceiro turno, poisprejudica a qualidade do ensino. Esse turnodo meio é horrível, porque a criança vai prati-camente para almoçar e sair logo depois. Aliás,com o fim do terceiro turno, podemos execu-

tar o programa "MaisEducação" que prevê a pre-sença do aluno mais trêshoras na escola, além doperíodo normal, para reali-zar atividades esportivas eculturais.

RD: Qual é o déficit hoje? Reali: O Ministério Públicofala em sete mil vagas, masessa contagem apresentaduplicação, porque foibaseada apenas nas matrícu-las das escolas. Se você nãotiver a lista informatizada,você não cruza e os nomesse repetem. Nós contabiliza-mos cerca de 3 mil.

RD: É possível zerar?Reali: Nós vamos trabalharpara zerar, mas a cada anonascem cerca de seis milcrianças. Então nós ficamospraticamente enxugandogelo.

RD: Essa preocupação edu-cacional reflete diretamen-te na qualificação para omercado de trabalho.Reali: Nosso balanço aindanão é o que nós queremos,pois ainda falta qualificação.

Atualmente 1/3 das vagas na nossa cidade éocupado por pessoas de Diadema. Com basenesse quadro, verifiquei que um mito foi der-rubado. Eu achava que o problema das vagasde trabalho não preenchidas era decorrenteda falta de escolaridade. E não é. Hoje, a nossapopulação tem média escolar fincada no ensi-no médio, mas o problema é a qualidade doensino. O menino tem o diploma do ensinomédio, mas não sabe fazer uma boa redação.

RD: Como é possível aprimorar essa quali-dade?Reali: Nós temos fomentado o enfoque emtemas extracurriculares, como feiras, eventosculturais, entre outras tantas coisas, paradiversificar o olhar crítico do aluno.

Reali quer acabarcom o 3º turnoem Diadema

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