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Publicidade ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO J ORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 371 DE 24 DE ABRIL DE 2008 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE. XXV Semana Academica 2009 - Viseu l Suplemento

Suplemento Semana Académica

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Suplemento Semana Académica

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ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO,

EDIÇÃO 371 DE 24 DE ABRIL DE 2008E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

XXV

Semana

Academica

2009 - Viseu

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“A Semana Académica mexecom toda a economia da cidade”

A Semana Académica de Viseu, por estar a comemorar 25 anos, tem este ano algo diferente?É um momento marcante. Um quarto de século tem um significado espe-

cial. Será mais o sentido da nostalgia. Há muito que a Federação Académica tem apresenta-do cartazes muito bons até superiores à média nacional. Este ano, estamos a conseguir esse objectivo com bandas nacionais de topo, mais uma vez, em Viseu.

Quer destacar algumas?Gostava a destacar o facto dos

“Blasted Mechanism” darem em Viseu o seu primeiro concerto após o lança-mento do seu último álbum.

É muito difícil trazer a Viseu ban-das internacionais?

É. Primeiro é muito pesado o orça-mento em termos de viagens, alojamen-to… e, depois, em Viseu temos a limi-tação do espaço. O pavilhão Multiusos leva cinco mil pessoas no máximo e não dá para rentabilizar uma banda interna-cional.

O cortejo é outro dos momentos altos.É a altura em que os estudantes (cerca

de 10 mil) se mostram à população e mostram o peso que têm na cidade de Viseu.

Porque escolheram a problemática da droga para a edição deste ano?

Vamos de facto dar uma especial inci-dência na luta contra a droga e a toxicode-pendência. Achámos que o tema é actual e a própria federação está preocupada, porque a Semana Académica para algumas pessoas acaba por ser uma semana de

exageros e gostávamos de dar o nosso contributo, não é que tenhamos casos graves, mas é importante haver sempre uma sensibilização. Através de um protocolo que acabámos de assinar com o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), o IDT vai estar presente durante toda a semana a fazer sensibilização aos estudantes e a todas as pessoas que passarem pelo pavilhão.

Quanto custa fazer a Semana Académica de Viseu?Depende de muita coisa, depende do cartaz, despende da logística, mas anda-

rá sempre à volta dos 100 mil euros. Essa verba, conseguimo-la com as receitas de bilheteira, alguns patrocínios e apoios.

As empresas de Viseu ainda continuam pouco sensibilizadas pata patrocinar a Semana Académica?

A semana é uma forma de dar a conhecer a cidade, porque há muita gente que vem de fora e de outra forma não viria a Viseu. Há, no entanto, algumas empresas, potenciais patrocinadores, que de facto não estão sensibilizadas para a importância que têm os estudantes do ensino superior em Viseu, nomeadamente o comércio, basta ver durante a semana os restaurantes e os cafés cheios. Acho que a semana mexe com toda a economia da cidade

nestes dias.

Este ano, com a crise, diminuíram os apoios?Sim. Havia empresas que apoiavam e neste momento estão com algumas difi-

culdades e a “fechar os cordões à bolsa”. Nós compreendemos.

Que mensagem gostava de deixar aos 10 mil estudantes que se prepa-ram para a XXV Semana Académica de Viseu?

Que a Semana Académica é um ponto de viragem definitiva no ensino superior. Para uns é a passagem de caloiros a “superiores” e para outros será a despedida do mundo académico com o términos do curso e toda a emoção que se gera à volta desse ritual. Espero que todos se divirtam e, acima de tudo, mostrem o espírito de harmonia e alegria que se vive dentro da Academia de Viseu. Eu conheço várias academias e acho que, na de Viseu, há um espírito de grande união e entreajuda e é importante que continue assim.

Emília Amaral

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Aluno do terceiro ano de Engenharia Florestal, da Escola superior Agrária e com ano e meio de presi-

dência, tem pela frente este ano o maior desafio de sempre: organizar a Semana Académica de Viseu que comemora 25 anos de existência, com o apoio de uma equipa de 17 elementos que trabalha “dia e noite” para dia 26 estar tudo a postes.

José RochaPresidente da Federação Académica de Viseu

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“O tempofez mudar tudo”

Recente, ainda que com 25 anos, a história da Academia de Viseu está por escre-ver, mas bem presente na

memória dos que serviram de mentores à implantação da semana Académica e, mais tarde, da Federação Académica de Viseu (FAV) que tomou o pulso ao even-to anual envolvendo a cidade à volta da iniciativa que hoje já é tradição.

A primeira Semana Académica de Viseu realizou-se em 1984, feita em exclusivo pela Universidade Católica (UC). Martim de Gouveia e Sousa, professor e inves-tigador, foi aluno do primeiro ano de funcionamento da UC (1980), no tempo em que “ainda não havia associação de estudantes”. Do primeiro cortejo aca-démico não tem “grandes imagens” por isso define-o como “uma coisa quase invisível”.

Os anos foram passando, a envolvência dos estudantes foi dando mais qualidade e uma outra dimensão ao evento até que, em 1987 deixou de ser apenas a UC a organizar a festa passando a haver uma coordenação com a Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV). “Era a Universidade Católica e os outros davam uma ajuda, porque na altura, a Católica tinha 90 por cento dos alunos e a ESE 10 por cento”, recorda Manuel Teodósio, o mentor da Federação Académica de Viseu (FAV) formalmente constituída em 1990.

Passaram mais dois anos (1989). A UC, a ESEV, a Escola Superior de Tecnologia e o pólo da Faculdade de Arquitectura do Porto, na altura a funcionar em Viseu, deram as mãos e a semana académica deu o salto que precisava para se assu-mir perante a cidade e a região, mostran-do que em Viseu havia ensino superior.

Mas nem tudo foi fácil, Manuel Teodósio, hoje professor e presidente da Concelhia de Viseu do PSD, admite ter existido uma “rivalidade nada saudável”, com um “domínio da UC” e com muitas

divergências. “Lembro-me de em 1987, durante a serenata, em que os alunos da ESE, por não serem universitários e não terem traje, foram proibidos de participar. Então, um grupo de 30 alunos, foram a casa buscar lençóis brancos e aparece-ram na serenata embrulhados em lençóis brancos, em jeito de retaliação”.

Outros académicos da época recordam como uma das imagens marcantes, a “confusão” do dia do cortejo: “primeiro tínhamos que sair todos da porta da Universidade Católica, depois cada um saía de sua escola, porque nunca se chegava a um acordo…”, até ao dia em que se “pacificou” a situação e a ordem de partida era no parque do Fontelo.

A partir de 1990, passou a ser a Federação a organizar a Semana Académica de Viseu. Vinte e cinco anos depois, já praticamente nenhum dos pro-tagonistas da festa do ensino superior se recorda desses tempos, mas a qualidade que hoje é atribuído ao evento beneficia da base trabalhada durante anos, como admite Manuel Teodósio, presidente da FAV durante dois mandatos. “O tempo fez mudar tudo”, termina.

Emília [email protected]

Manuel Teodósio Manuel Teodósio (Escola Superior de Educação de Viseu), hoje professor e diri-gente do PSD, foi o mentor da Federação Académica de Viseu em 1990 e depois pre-

sidente durante dois mandatos. Consigo na criação do novo órgão federativo estiveram José Rui Cruz (Escola Superior de Enfermagem), hoje Subdirector Regional do Centro do IPJ, Luís Borges (Universidade Católica, hoje empresário e um representante da Escola Superior de Tecnologia de forma oficiosa, porque a escola ainda não estava legalizada.

Fundadores da Federação Académica de Viseu

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Trajes académicos

O traje académico é um símbolo dos estudantes universitários, faz igualmente parte da tradição académica e é utilizado desde o século XVIII tendo influências do clero, dado que, na altura, era o principal responsável pela educação do povo. Com o passar dos anos cada região do país adaptou o traje às suas tradições e hábitos.

O traje académico pode, normalmente, começar a ser utilizado a partir do mês de Maio, altura da semana académica, pelos alunos que frequentem o primeiro ano; durante esse ano, o aluno foi sujeito à praxe que o fez crescer a nível académico. Cabe à Comissão de Praxe analisar se o estudante está a usar o traje correctamente. O traje académico é, genericamente, constituído por:

Variedade – Consoante instituição de ensino

No homem:Sapatos pretos lisos, sem fivelas nem adornos metálicos, com

cordões em número ímpar Meias pretas Calça preta lisa com ou sem portaColete preto não de abas ou cerimónia Batina que não seja de modelo eclesiástico Camisa branca e lisa, com colarinho de modelo comum, gomado

ou não, e com ou sem punhos Gravata preta e lisa Capa preta, com ou sem cortes na parte inferior e com ou sem

distintivos na parte interior O colete e a batina deverão ter um número de botões pregados

correspondente ao número de casas A Batina deve ter pregados, na parte média posterior, dois botões

de tamanho maior e apresentar em cada uma das mangas de um a quatro botões, mas de modo a que o número destes seja o mesmo num e noutro punho

Na falta do colete, a batina deve apresentar-se abotoada O bolso posterior da calça, tendo casa, tem de ter botão O laço pode usar-se com o traje em ocasiões solenes O uso de lenço visível no bolso superior esquerdo não é incompa-

tível com o uso da capa e batina, desde que seja brancoO uso do gorro da praxe é facultativo, mas este não pode ter borla

nem terminar em bicoÉ proibido o uso de botins ou botas altas

Na mulher:Sapato preto, de modelo simples, com tacão pequenoMeia alta, preta Fato saia e casaco, preto e de modelo simplesO casaco não pode ter golas de seda ou peleA saia não pode ser rodada e deve usar-se pelo meio do joelho Camisa branca Gravata preta lisa Capa preta O uso do gorro da praxe é proibido às mulheres E proibido o uso de maquilhagemNão havendo proibição formal acerca do uso de brincos, aconse-

lha-se que sejam discretos

Contudo, existem diferenças nos trajes académicos, nas diferentes instituições de ensino de Viseu, as alunas que trajam na Escola Superior de Tecnologia, conhecida genericamente como politécnico, usam saia comprida com dois tipos de tecido e pregas até ao tornozelo; contrariamente no Piaget a saia é curta com uma “racha”. As alunas que trajam no Piaget usam casaco liso com 5 botões, já na Católica o casaco é de apenas 3 botões. Nos homens as diferenças mais significativas estão na batina e na capa. Assim, num aluno da Escola Superior de Educação a capa tem uma gola e uma aba nos ombros. No Piaget e na Católica a capa é lisa com col-chete. Aparte destas diferenças, o traje académico, sem dúvida que tem outro significado para quem o veste pela primeira vez. Assim, para João Martins, caloiro do curso de engenharia das madeiras da Escola Superior de Tecnologia de Viseu, o trajar pela primeira vez significa,” a emancipação do caloiro, é como se deixasse de sofrer com a praxe”, deixo de ser da população baixa”.

Tiago Virgílio [email protected]

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• Avenida da Europa

• Rotunda da Fonte Cibernética

• Avenida António José de Almeida

• Rua Major Leopoldo da Silva

• Rua dos Bombeiros Municipais

• Avenida Alberto Sampaio

• Rotunda da Fonte Luminosa

• Rossio

(Final do desfile com a avaliação do júri)

Percurso do Cortejo Académico28 de Abril, 14h00

Os bastidoresdo cortejo académico

Apesar de alguns alunos se dedicarem mais intensa-mente à construção do carro do curso, ou por tradição ou

até mesmo pelo próprio curso, que pro-picia a este tipo de actividades, o certo é que o cortejo académico está à porta e nenhum curso quer ser “mal falado” até porque o carro pode dizer muito acerca do curso e, inevitavelmente, das pesso-as que o frequentam.

Muitas pessoas associam o cortejo como uma forma exuberante dos alunos desfilarem, alguns em figuras lastimá-veis devido ás elevadas quantidades de álcool consumidas. Contudo, para os principais intervenientes do cortejo, os estudantes, o dia do cortejo é um dia de festa, e estão a ultimar os preparativos.

Para José Carlos, presidente do núcleo de engenharia das madeiras, o carro do cortejo, “mostra a força de vontade das pessoas intervenientes”, “dá gozo fazer o carro porque aplica-mos algumas técnicas que aprendemos durante o ano lectivo”, refere. Por ser uma engenharia direccionada para o manuseamento de madeiras, os alunos do curso, “tentam construi-lo apenas em madeira”, “todos podem colaborar na sua construção, independentemente do ano que frequentam”.

O carro deste ano promete animar com os “Flintstones”, no sentido de demonstrar que a madeira já era utiliza-da na idade da pedra. A sua construção começou há duas semanas, o projecto já conta um mês, “tem aparecido bas-tante gente com vontade de colabo-rar, contudo, nesta altura é complicado conciliar as aulas com a construção do carro”, conclui.

Tiago Virgílio [email protected]

Engenheiros – Apostam na madeira

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Curiosidades

Orfeão Académico estreia-se no cortejo

Foi preciso esperar 25 anos para, pela primeira vez, o Orfeão Académico do Instituto Politécnico de Viseu desfilar

juntamente com os outros carros ale-góricos no cortejo académico. Como habitualmente, o cortejo vai realizar-se terça-feira, este ano no dia 28 de Abril, e vai percorrer as principais ruas da cidade de Viriato, milhares de estudantes, entre caloiros e finalistas, vão gritar pelos res-pectivos cursos.

Primariamente, é importante esclare-cer o que é o orfeão e, segundo a relações públicas, Marlene Monteiro, “ é como uma tuna, somos 40 elementos neste grupo coral que canta a 4 vozes”, explica.

Por ser a primeira vez, os membros do orfeão, maioritariamente estudantes, mas há também professores e funcionários do Instituto Politécnico de Viseu, já estão a preparar, cuidadosamente, o carro ale-górico que os vai representar, “o carro vai ter uma clave de sol, que simboliza a música, a clave de sol é como uma orien-tação musical e é, consequentemente, o símbolo do orfeão”, refere. Ao simbolis-mo do carro está adjacente um tema que é uma frase do maestro “o canto coral é o maior exercício de fraternidade que

a gente pode experi-mentar”.

Esta participação é para Marlene Monteiro como uma “afirmação do orfeão na academia”, como tal, “este é sem dúvida um grande desa-fio, na medida em que nenhuma compensação monetária adicional nos é atribuída, mas acredi-tamos piamente que a união faz a força”, rema-ta. “Com a agravante de haver alunos que estão a ajudar simultaneamente na construção do carro do orfeão e do carro do curso”, conclui.

Em jeito de conclusão, os elementos do Orfeão Académico estão abertos a inscrições, a condição é pertencer de alguma forma ao Instituto Politécnico de Viseu.

Tiago Virgílio [email protected]

Clave de sol – Dá o mote

Bilhete geral27,5 euros

Bilhete diário5,00 e 10,00 euros para

estudantes; 4,50 e 7,50 para estudantes trajados; 6,50 e 15,00 para não estudantes

Local dos concertosPavilhão Multiusos 1990

ano da criação da Federação Académica de Viseu

Primeiro presidente: Manuel Teodósio

1992ano em que surgiu o primeiro cartaz

da Semana Académica de Viseu10 000

é o número de alunos da academia de Viseu

10 é o número de associação

académicas que fazem parte da FAV 1984

é o ano em que se realizou a primeira Semana Académica de

Viseu apenas com alunos da Universidade Católica14

é o número de alunos do ERASMUS a estudar em Viseu

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