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r------- CYL2{CYy[ M~9\{SYLL COLÉGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA ANO XV - N° 67 - NOV/OEZ 2002 Coordenador: Nelson V. Pamplona A FAZENDA SANTA CLARA UM FEUDO CAFEEIRO E ESCRAVAGISTA e SEUS PROPRIETÁRIOS ( Parte 1/3 ) FAMÍLIA FORTES DE BUSTAMANTE Roberto Guião de Souza Lima Santa Clara, há 22 km da cidade de Rio Preto - MG e a 14 de Santa Rita do Jacutinga, município mineiro à qual ela hoje pertence, famosa propriedade dos Fortes de Bustamante emigrados de São João d'El Rei, distinguiu-se e destacou- se das demais "Empresas Agrícolas do Café" no Século XIX na região pela sua grandeza. Tudo nela era superlativo, da quantidade de terras (originalmente, 2 sesmarias de "légoa em quadra" = 1800 alqueires geométricos), ao número de escravos (dizem que chegou a ter 1800 FACHADA FRONTAL COM ESCADA INDEPENDENTE À CAPELA "enxadas", alguns acrescentaram outras 1000) e, por via de consequência, às milhares de arrobas de café produzidas e exportadas, tudo isso coroado pelo enorme solar construído para moradia dos proprietários e por seus anexos voltados à operação e à administração do empreendimento. Aliás, tudo na fanu1ia Fortes de Bustamante era grande. As terras que possuíam nas duas margens do Rio Preto (no lado fluminense, por exemplo, uma verdadeira procissão santificada de fazendas descia o curso do Rio Preto: São Mathias, Santa Bárbara, São Bartolomeu, São Francisco, Santa Tereza, São Fernando e São Paulo, sem contar outras com nomes profanos)- e tudo o que a elas se vinculava ou que por elas era gerado - e o poder e a influência que exerciam nas comunidades onde habitavam e das quais foram grandes benfeitores, notadamente em Rio Preto e em Santa Isabel do Rio Preto - Valença Femando A. 1. Jallllllzzi J,: A família Fortes de Bustamante era rica e proeminente em São João DeI Rei, Minas Gerais, onde, no século XVIII, seus membros foram grandes fazendeiros e mineradores. O primeiro Fortes de Bustamante que se ligou a história de Rio Preto - MG, foi Luiz Fortes de Bustamante e Sá, nomeado pelo governo colonial Guarda-Mor do Registro. Posteriormente, por desistência de Luiz, foi nomeado para o cargo, em substituição, por provisão de 10 de fevereiro de 1800, do Capitão-General Bernardo José de Lorena, Governador da Capitania de Minas Gerais, seu irmão, Francisco Dionísio Fortes de Bustamante. Assim, no início da década de 1800, Francisco Dionísio, em companhia da mulher e dos filhos, se estabeleceu em Rio Preto, para assumir não sómente as altas responsabilidades de seu cargo, como a administração direta das grandes extensões de terras que ali possuía, não tardando a se tornar a personagem principal da localidade. Em 1824, um dos filhos de Francisco Dionísio, Francisco Tereziano Fortes de Bustamante, recebeu do governo imperial a concessão de uma sesmaria de terras, situada às margens direitas do Rio Preto, onde fundou a Fazenda Santa Clara. LUIZ FORTES DE BUSTAMANTE SÁ Minerador em São João DeI Rei. c.c. MARIA LUIZA XAVIER DA FONSECA e Com MARIA LEONARDA DA SILVEIRA Pais de (l" núpcias): , U - RITA LUISA VITORIA DE BUSTAMANTE Fazendeira nas proximidades de São João DeI Rei, foi madrinha de batismo do futuro Marques de Baependi. F. RJ, 1812. C.c.MANUEL ANTUNES NOGUEIRA Capitão-Mor de São João DeI Rei, foi sócio, em uma empresa de mineração, do Capitão Felisberto Caldeira Brant. F. São João DeI Rei. 13.12.1779. Pais de: 11.1- LUIZ FORTES DE BUSTAMANTE E SÁ Guarda-Mor da Vila de S. João DeI Rei e 10 Guarda Mor do Registro de R Preto. C.c.RITTA TEREZA DE MELLO Pais de: IIU - CARLOS TEODORO DE SOUZA FORTES Barão de Santa Clara. Cavaleiro da Ordem da Rosa. Proprietário da Fazenda Santa Clara, que recebeu por herança de sua irmã, adiante citada. Contribuiu para a construção da estrada que ligava Conservatória a Bom Jardim de Minas e de pontes no município de Rio Preto, onde foi político e benfeitor importante. N São João DeI Rei. F. Fazenda Santa Clara, Rio Preto, 02.09.1893. C.c. sua prima MARIA ISABEL HENRIQUETA FORTES IIL2 - MARIA THEREZA DE SOUZA FORTES Viscondessa de Monte Verde. Proprietária da Fazenda Santa Clara, em razão de seu casamento. Responsável, com o marido, pela construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Passos, em Rio Preto. N São João DeI Rei. F. Fazenda Santa Clara, Rio Preto, 26.05.1868. c.c. seu primo FRANCISCO TEREZIANO FORTES DE BUSTAMANTE IIU - MARIA BENEDICTA DE SOUZA FORTES N. 08.12.1799. F. São João DeI Rei, 30.06.1869. c., São João DeI Rei, 21.05.1828, c.GABRIEL ANDRE MARIA DE PLOESQUELLEC Médico, pela Universidade de Paris, foi Físico-Mor da Província de Goiás. Pais de: IV.l - GABRIEL DE PLOESQUELLEC FORTES DE BUSTAMANTE II.2 - MANUEL DE SÁ FORTES BUSTAMANTE NOGUEIRA 11.3-FRANCISCO DIONISIO FORTES DE BUSTAMANTE E SÁ 20 Guarda-Mor do Registro e sesmeiro em Rio Preto e Valença. c.c. JOAQUINA FELISBERTA DA SILVEIRA N. São João DeI Rei. Filha do Capitão João Peixoto do Amaral e de Ana Bárbara de Magalhães Silveira. Pais de: IIU - ANTONIO JOAQUIM FORTES DE BUSTAMANTE Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, Portugal, retomando ao Brasil foi Ouvidor e Provedor Geral da Comarca de São João DeI Rei, Desembargador do Tribunal do Distrito. Proprietário da Fazenda São Paulo, em Conservatória (Valença, RJ) F. Conservatória, 1846. C., Portugal, c. ORMINDA Pais de: IV.l -ANTONIO FORTES DE BUSTAMANTE Solteiro.

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CYL2{CYy[ M~9\{SYLLCOLÉGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA

ANO XV - N° 67 - NOV/OEZ 2002

Coordenador: Nelson V. Pamplona

A FAZENDA SANTA CLARAUM FEUDO CAFEEIRO E ESCRAVAGISTA

e SEUS PROPRIETÁRIOS (Parte 1/3 )FAMÍLIA FORTES DE BUSTAMANTE

Roberto Guião de Souza Lima

Santa Clara, há 22 km da cidade de Rio Preto ­

MG e a 14 de Santa Rita do Jacutinga, municípiomineiro à qual ela hoje pertence, famosapropriedade dos Fortes de Bustamante emigradosde São João d'El Rei, distinguiu-se e destacou­se das demais "Empresas Agrícolas do Café" noSéculo XIX na região pela sua grandeza. Tudonela era superlativo, da quantidade de terras(originalmente, 2 sesmarias de "légoa em quadra"= 1800 alqueires geométricos), ao número deescravos (dizem que chegou a ter 1800

FACHADA FRONTAL COM ESCADA INDEPENDENTE À CAPELA

"enxadas", alguns acrescentaram outras 1000)e, por via de consequência, às milhares de arrobasde café produzidas e exportadas, tudo issocoroado pelo enorme solar construído paramoradia dos proprietários e por seus anexosvoltados à operação e à administração doempreendimento.

Aliás, tudo na fanu1ia Fortes de Bustamante

era grande. As terras que possuíam nas duasmargens do Rio Preto (no lado fluminense, porexemplo, uma verdadeira procissão santificadade fazendas descia o curso do Rio Preto: São

Mathias, Santa Bárbara, São Bartolomeu, SãoFrancisco, Santa Tereza, São Fernando e São

Paulo, sem contar outras com nomes profanos)­e tudo o que a elas se vinculava ou que por elasera gerado - e o poder e a influência que exerciamnas comunidades onde habitavam e das quaisforam grandes benfeitores, notadamente em Rio

Preto e em Santa Isabel do Rio Preto - Valença

Femando A. 1. Jallllllzzi J,:

A família Fortes de Bustamante era rica e proeminente em São João DeI Rei, MinasGerais, onde, no século XVIII, seus membros foram grandes fazendeiros e mineradores.

O primeiro Fortes de Bustamante que se ligou a história de Rio Preto - MG, foi LuizFortes de Bustamante e Sá, nomeado pelo governo colonial Guarda-Mor do Registro.

Posteriormente, por desistência de Luiz, foi nomeado para o cargo, em substituição,por provisão de 10 de fevereiro de 1800, do Capitão-General Bernardo José de Lorena,Governador da Capitania de Minas Gerais, seu irmão, Francisco Dionísio Fortes deBustamante.

Assim, no início da década de 1800, Francisco Dionísio, em companhia da mulher edos filhos, se estabeleceu em Rio Preto, para assumir não sómente as altasresponsabilidades de seu cargo, como a administração direta das grandes extensões deterras que ali possuía, não tardando a se tornar a personagem principal da localidade.

Em 1824, um dos filhos de Francisco Dionísio, Francisco Tereziano Fortes deBustamante, recebeu do governo imperial a concessão de uma sesmaria de terras, situadaàs margens direitas do Rio Preto, onde fundou a Fazenda Santa Clara.

LUIZ FORTES DE BUSTAMANTE SÁMinerador em São João DeI Rei.c.c. MARIA LUIZA XAVIERDA FONSECA eCom MARIA LEONARDA DA SILVEIRAPais de (l" núpcias): ,U - RITA LUISA VITORIA DE BUSTAMANTE

Fazendeira nas proximidades de São João DeI Rei, foi madrinha de batismo dofuturo Marques de Baependi. F. RJ, 1812.C.c.MANUEL ANTUNES NOGUEIRACapitão-Mor de São João DeI Rei, foi sócio, em uma empresa de mineração, doCapitão Felisberto Caldeira Brant. F. São João DeI Rei. 13.12.1779.Pais de:11.1- LUIZ FORTES DE BUSTAMANTE E SÁ

Guarda-Mor da Vila de S. João DeI Rei e 10 Guarda Mor do Registro de R Preto.C.c.RITTA TEREZA DE MELLOPais de:IIU - CARLOS TEODORO DE SOUZA FORTES

Barão de Santa Clara. Cavaleiro da Ordem da Rosa. Proprietário da FazendaSanta Clara, que recebeu por herança de sua irmã, adiante citada. Contribuiupara a construção da estrada que ligava Conservatória a Bom Jardim de Minase de pontes no município de Rio Preto, onde foi político e benfeitor importante.N São João DeI Rei. F. Fazenda Santa Clara, Rio Preto, 02.09.1893.C.c. sua prima MARIA ISABEL HENRIQUETA FORTES

IIL2 - MARIA THEREZA DE SOUZA FORTESViscondessa de Monte Verde.Proprietária da Fazenda Santa Clara, em razão deseu casamento. Responsável, com o marido, pela construção da Igreja Matrizde Nossa Senhora dos Passos, em Rio Preto. N São João DeI Rei. F. FazendaSanta Clara, Rio Preto, 26.05.1868.c.c. seu primo FRANCISCO TEREZIANO FORTES DE BUSTAMANTE

IIU - MARIA BENEDICTA DE SOUZA FORTESN. 08.12.1799. F. São João DeI Rei, 30.06.1869.c., São João DeI Rei, 21.05.1828, c.GABRIEL ANDRE MARIA DEPLOESQUELLECMédico, pela Universidade de Paris, foi Físico-Mor da Província de Goiás.Pais de:IV.l - GABRIEL DE PLOESQUELLEC FORTES DE BUSTAMANTE

II.2 - MANUEL DE SÁ FORTES BUSTAMANTE NOGUEIRA11.3-FRANCISCO DIONISIO FORTES DE BUSTAMANTE E SÁ

20 Guarda-Mor do Registro e sesmeiro em Rio Preto e Valença.c.c. JOAQUINA FELISBERTA DA SILVEIRAN. São João DeI Rei. Filha do Capitão João Peixoto do Amaral e de AnaBárbara de Magalhães Silveira.Pais de:IIU - ANTONIO JOAQUIM FORTES DE BUSTAMANTE

Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo. Bacharel em Direito pela Universidadede Coimbra, Portugal, retomando ao Brasil foi Ouvidor e Provedor Geral daComarca de São João DeI Rei, Desembargador do Tribunal do Distrito.Proprietário da Fazenda São Paulo, em Conservatória (Valença, RJ) F.Conservatória, 1846.C., Portugal, c. ORMINDAPais de:IV.l -ANTONIO FORTES DE BUSTAMANTE

Solteiro.

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(RJ). Este poder, quase absoluto e exercido emlarga medida sem contestação, refletia-se na duraadministração da escravaria e, extrapolado, levoua desmandos e abusos como, por exemplo, océlebre e bárbaro assassinato 'do fazendeiro

português Manoel Pereira da Silva Junior,ocorrido em 1863 a mando do Dr. Gabriel

Ploisquelec Fortes de Bustamante, Juiz Municipalde Rio Preto, e que abalou, decisivamente, oprestígio e a influência do clã na região.

As terras de Santa Clara, outrora incluídas na

"Ária Proibida" - região da Mantiqueira acimado Rio Preto onde não se podia penetrar parapreservar o poder real sobre as minas de ourodas "Gerais"- desde o Século XVIII já tinhamsido palmilhadas pelos Fortes de Bustamante apartir de João Pedro de Bustamante e Sá e, depois,pelo Capitão Francisco Dionyzio Fortes deBustamante. Efetivamente, entretanto, só tiveram

claro impulso como empreendimento agrícola apartir de 1824 com o Comendador (na verdade,assim passou a ser chamado embora tenha sidode Cavaleiro o grau da Comenda da Ordem deCristo que recebeu na época), FranciscoTereziano Fortes de Bustamante, filho dosegundo, que ali estabeleceu a grande Fazendade Santa Clara e construiu, entre 1824 e 1850, aestrutura geral do solar, 1° e 2° pisos, e todos osanexos e instalações do café.

O Capitão Francisco Dionyzio - 2° Guarda­Mor do Registro do Rio Preto - e sua mulher Dona

~ J oaquina Felisbeitã da 'Silveifa, além do " ­primogênito Tereziano, tiveram mais três filhosque, não fugindo ao modelo da faI11l1ia,foramricos e conceituados: (i) Dr. Antonio JoaquimFortes de Bustamante que, junto com o pai e oirmão Tereziano, teve participação expressiva naconsolidação e no desenvolvimento de Rio Preto;(ii) Dona Eleutéria Claudina Fortes deBustamante, casada com Candido Xavier de

Andrade - 3° Guarda-Mor, substituto do sogro­e (iii) Dona Isabel Henriqueta Fortes deBustamante, casada com o primo Carlos Teodorode Souza Fortes, Comendador da Ordem da Rosa,2° Barão de Santa Clara, político e benfeitor deRio Preto e testamenteiro do seu primo e cunhado,o Comendador Tereziano, pois era irmão damulher dele, Dona Maria Tereza de Souza Fortes,Baronesa (1861) e Viscondessa de Monte Verde(1867).

Em 1991 tive a oportunidade de ver, naSacristia da Matriz de Nosso Senhor dos Passos

de Rio Preto, de 1860, os retratos (óleos sobretela) da Viscondessa de Monte Verde - fundadorada Matriz - do marido, Comendador Tereziano

(ambos pintados por Rocha Fragoso) e do Barãode Santa Clara, todos com belas moldurasdouradas. Na época, embora razoavelmenteconservados, estavam no chão e encostados em

uma parede o que, além de não adequado àconservação, não fazia justiça a quem tanto fezpela Igreja. A Viscondessa, falecida em26.05.1868, está enterrada na Matriz, próximaao Altar-Mor.••

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Carta 9rfensa{ 67

IV.2 - ADRIANO FORTES DE BUSTAMANTECasado e c. descendência

III.2 - FRANCISCO TEREZIANO FORTES DE BUSTAMANTECavaleiro da Ordem de Cristo. Capitão do Corpo de Ordenanças de São JoãoDeI Rei. Fundador da Fazenda Santa Clara. Foi proprietário ainda do SítioJoão Batista e de casas, em Rio Preto, e de chácaras no Rio de Janeiro. F. SãoJoão DeI Rei, 1854.c.c. sua prima MARIA THEREZA DE SOUZA FORTESPais de:IV.1 - Falecido criança.IV.2 - Falecido criança.

lI1.3 - ELEUTERIA CLAUDINA DE SOUZA FORTESProprietária da Fazenda São Francisco, em Santa Isabel do Rio Preto(Valença, RI).C.c.CANDIDO XAVIER DE ANDRADEGuarda-Mor do Registro do Rio Preto, onde foi proprietário de sesmaria.Pais de:IV.1- FLORISBELLA CANDIDA FERRAZ

Solteira.IV.2 - FRANCISCO XAVIER FORTES

Proprietário Fazenda Oriente, em Santa Isabel do Rio Preto.IV.3 -SALVIANO XAVIERFORTES

Proprietário Fazenda São Jeronimo, em Santa Isabel do Rio Preto.C.c.CANDIDA MEIRELLESCom descendência.

IVA - AFONSO XAVIERFORTESDiplomado em direito pela Universidade de Coimbra e proprietário FazendaSão Francisco, em Santa Isabel do Rio Preto. F. Taubaté. Solteiro.

IV.5 - AURELIANO XAVIERFORTESSolteiro.

IV.6 - CANDIDO XAVIERDE ANDRADEProprietário Fazenda Santa Barbara, em Santa Isabel do Rio Preto.c.c. URBANA ANDREZZA DE MEIRELLESCom descendência.

IV.7-MARCOLINA CANDIDA FERRAZc.c. FERNANDO ANTONIO FERRAZProprietário da Fazenda São Matias, em Santa Isabel do Rio Preto. N.Portugal. Com descendência.

IV.8 - CAROLINA CANDIDA FORTESC.c. ANTONIO IGNACIO FERRAZProprietário da Fazenda Pirapetinga, em Santa Isabel do Rio Preto.

IV.9-=-vlRGINIATANDIDÂFORTES -Solteira.

III.4 - ISABEL HENRIQUETA FORTESProprietária da Fazenda São Fernando, em Conservatória.C.c. seu primo, CARLOS THEODORO DE SOUZA FORTES

lIA - LUISA FELICIA SINFOROSA DE BUSTAMANTEF. 1845.

11.5- MARIA ANGELICA DE BUSTAMANTE E MEZESES1.2 - FRANCISCO XAVIER FORTES DE BUSTAMANTE

Padre. F. 24.04.1820.1.3 - JOSÉ FORTES DE BUSTAMANTE E SÁ

Pais de (união): .IA -LUIZ FORTES DE BUSTAMANTE

F. São João DeI Rei, 21.06.1832.Com ...Pais de:lU - CARLOTA ROBERTA FORTES

C.c.FRANCISCO DE ASSIS PINTOPais de:lIU - MARIA DO PATROCINIODE ASSIS

C.c.ANTONIO ALVES PEREIRA DA CUNHA TORGABibliotecário Municipal de São João DeI Rei. F. São João DeI Rei, 07.09.1901.Filho de José Alves Pereira da Cunha Torga e de Lizarda Maria L Vera Cruz.Pais de:IV.1 - FRANCISCO DE SALLES TORGA

Padre, foi vigário e vereador em Arcângelo, MG. F. 03.04.1921.IV.2- ANTONIO ALVES PEREIRA DA CUNHA TORGA JUNIOR

C.c.MARIA CLOTHILDES DE PAULA

Filha de Francisco de Paula Celeste e de Inacia Francelina de MesquitaCom descendência.

III.2 -FRANCISCO TEREZIANO DE ASSISPadre, foi comissário da Ordem de São Francisco, em São João DeI Rei. F.São João DeI Rei, 07.05.1886.

lI1.3 - MIGUEL ARCANJO DE ASSISPadre. F. São João DeI Rei, 01.04.1876.

lI1.3 - CASSIANA CANDIDA DE ASSIS11.2- MESSIAS FORTES lI.6 - LUIZ FORTES

lI.3 - ERANCISCO FORTES lI.7 - JOAQUIM FORTESlIA - ANTONIO FORTES lI.8 - MARIANNA FORTES11.5- CANDIDO FORTES lI.9 - MARIA FORTES

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Carta !MetÍsa{ 67

ORGANIZAR A REUNIÃO DA FAMÍLIA - UM GRATIFICANTE DESAFIO (Parte 1/4 )

Nelson V.Pal11plona e Clarice Pal11plona Schl11idt

o estudo da história das famílias a cada dia

envolve um maior número de pessoas, e as maisentusiastas, ficam fascinadas pelos seus nomesde fmmlia.

O que significa o nome da fmmlia? Donde

veio? Como o nome mudou ao longo dotempo? Quantas pessoas hoje possuem estemesmo nome? A quantidade está aumentando?Ou as pessoas com este nome estão diminuindoa ponto de se tornarem uma "espécie emextinção" ? Estas e outras dúvidas do mesmonaipe estimulam e questionam os indivíduosdando origem à novas pesquisas.

Juntos, a história da farmlia e a pesquisado sobrenome, criam uma imensa motivaçãopara realização de reuniões de família, isto é,uma Reunião de pessoas com o mesmo nome.

Uma recompensa gratificante no estudo dasfamílias é a união que a consangüinidadedesenvolve entre pessoas com o mesmosobrenome. Portadores de nomes poucocomuns, na maioria dos casos supõem quepoucos além de seus familiares mais próximostenham o mesmo nome. A descoberta

repentina de que fazem parte de uma famíliamuito maior desperta forte curiosidade eansiedade para conhecer os demais.

À medida que a pesquisa progride podemser encontrados laços comuns entre ramosfamiliares que pareciam distintos, e a união émais fortalecida. É uma questão de tempo paraque cresça um desejo generalizado visandouma Reunião do clã.

2 - POR QUE SE REUNIR?

A Reunião de Família é sempre um pontomuito importante no levantamento da história

desta família. Para o pesquisador é umaoportunidade singular de conhecer e deagradecer aos familiares que corresponderam,enviando informações ao longo de anos.

Existem porém muitas outras vantagens.Enquanto os convidados se reúnem, comparamálbuns de família e recordações, contam suashistórias e descobrem o que têm em comum,fatos novos, descobertas e semelhanças físicasaparecem, que ajudam a preencher antigaslacunas e orientar as pesquisas futuras.

A Reunião encorajará muitos dosconvidados a extrair novas informações dosparentes mais idosos ou de documentosesquecidos em sótãos e baús abandonados etalvez até ajudar na pesquisa, consultando oslivros da sua paróquia.

A medida que o evento ganha publicidadena imprensa local ou no jornal da farmlia vocêpoderá ser contatado por descendentesafastados da farmlia, até aqui desconhecidos,e interessados em sua ancestralidade. Eles lhe

darão detalhes importantes os quais você talvezestivesse procurando há anos.

Para os convidados e suas famílias, a

Reunião é um importante evento social duranteo qual podem encontrar uns aos outros, alegrar­se em descobrir semelhanças na aparência,

maneiras e tradições familiares. Eles estarãofelizes em poder finalmente encontrar oorganizador do conclave, dirimir eventuaisdesconfianças manifestadas em outras ocasiõesao revelar seus dados pessoais para umestranho, ficarem satisfeitos em saber das suas

boas intenções e como você usou e relacionoutais informações. ( eventualmente podem atéconcluir que você é um cara muito bacana)

Além disto a Reunião pode enfatizar umlocal antes desconhecido. Se o local escolhido

para a Reunião tiver o nome da família ouestiver associado com a vida dos ancestrais,

será considerado com grande afeição egeralmente associado com a origem da família.Na cidade ou na vila se estabelecerá um climade boas vindas aos convidados. Os habitantes

locais ficarão envaidecidos pela sua escolha,surpreendidos com o interesse na suacomunidade e agradecidos pela publicidadeque advém das poucas horas em que estarãosob o efeito dos holofotes.

Para a associação da família, se já tiver sidocriada, é uma oportunidade de melhorar aorganização e eleger novos diretores.' Em casocontrário, é o momento mais indicado para quea associação seja fundada.

Independente das razões que lhe levaram aorganizar a primeira Reunião da Família, tenhacerteza do seguinte: primeiro, a organizaçãonecessária é um compromisso muitoimportante o qual lhe tomará muitos meses detrabalho e certamente vai interferir em seus

trabalhos normais de pesquisa, e a segunda,que todo o tempo, os esforços e a dedicaçãoempregados valerão a pena. Apesar ser uminvestimento que pode render dividendos paraseu estudo é também uma ocasião

sublimemente feliz que permanecerá na suamemória e na de seus convidados por longostempos. O prazer dos membros do clã, osagradecimentos que lhe farão, serão fonte de

grande satisfação para o decidido e persistenteorganizador.

3 - O INÍCIO

Agora que você já decidiu reunir a famíliaem algum lugar, em dia a ser definido, vale apena parar para pensar nas muitas duvidas quehabitam sua mente.

A quem perguntar? O que providenciar paraos convidados? Onde fazer a Reunião? Qualo melhor período do ano? Quanto tempo devedurar? Precisarei de ajuda? Quanto vai custar?Afinal, por onde devo começar ?

No momento você precisa fazer oplanejamento com respostas provisórias.Sugerimos que neste primeiro estagio seusplanos estejam limitados a o QUE, QUEM, ONDE

E QUANDO, isto é, os itens números 4 a 7 deste

artigo.Depois de executada esta parte, teste o seu

mercado, para obter as reações de seusconvidados em relação à suas idéias.

Exponha suas idéias aos familiares paraavaliar a reação dos mesmos.

Lembre-se que o que parece ser ótimo paraum clã, não é necessarianlente absorvido poroutro. Você tem que proporcionar aquilo queos convidados desejam, pois em casocontrário, não comparecerão e você se meteuem uma grande e onerosa confusão, a trocode nada.

Portanto esteja preparado para mudar seusplanos em função dos comentários, e não sepreocupe agora com custos e outros detalhesaté que seus planos estejam devidamenteclaros, comentados e detalhados.

Vejamos os itens principais do plano básico.

4 - O'QUE f>LAI'IoEJAR

Antes de decidir quando e onde fazer aReunião, você precisa definir o que vaiacontecer. Se sua família já possui umaassociação ou o objetivo da Reunião é aformação da mesma, então pelo menos umaparte dos acontecimentos já está definida.Mesmo nos maiores grupos familiares osacontecimentos formais raramente tiram o

brilho do encontro informal que é a maioratração para a maioria de seus convidados. Poristo seria um erro programar tantas atividadesque os familiares não tivessem tempo de seconhecerem mutuamente, trocar idéias e

recordar. Isto é tudo que muitos desejamembora outros, talvez para justificar uma longaviagem, queiram um evento mais sofisticado.

Fazer uma exposição de todo o material queesteja ligado a historia da família é muitoimportante. Deve incluir a maior parte possíveldo material recolhido pelo pesquisador,disposto e etiquetado de tal modo que possaser facilmente entendido e apreciado por todos.Árvores genealógicas e fotografias são muito

apreciados, podendo ser fixados em painéis emtorno dos quais as pessoas se reúnem. Osmesmos fornecem assunto para longas eagradáveis conversas. Para responder acuriosidade de alguns convém preparar copiasde certificados, de registros paroquiais, detestamentos etc. que servem de referência,embora não precisem estar necessariamenteexpostos.

O livro de presença, que todos os presentes

assinam no ato da chegada, é um registro••

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adequado para listar os presentes e pode atéservir de inspiração para novos estudos sobrecaracteristicas caligráficas dos membros dafamília.

Normalmente uma refeição faz parte doencontro. Poderá ser sob a forma de piqueniqueem que cada família traz a sua parte, ou umserviço de bufete, churrasco ou feijoada, parao qual todos contribuem, podendo serpreparado por alguns familiares voluntários oucontratado com um serviço especializado. Podetambém ser um almoço ou jantar em umrestaurante, churrascaria ou hotel.

Café, chá, água e refrigerantes devem estardisponíveis não só durante a refeição mas aolongo de todo o evento. Uma bonito bolo dáum toque especial à festa do qual convidadospodem levar para casa uma fatia para aquelefamiliar que não pode comparecer.

Muitos convidados gostariam de levar para

casa uma lembrança: uma caneta alusiva aoevento, lápis, uma chicara, uma camiseta,gravatas, crachás, papel de carta ou pasta decartolina ou se possível um livreto com ahistoria da fal11l1ia.

Esteja preparado para distribuir cópias dasárvores genealógicas e das fotos expostas.Muitos convidados trarão suas máquinasfotográficas mas se você não tomar as devidasprovidências, nenhum deles fotografará todoo grupo. Todos vão querer uma cópia da fotode todos os participantes.

Se existe uma ligação entre a família e a

cidade ou vila em que se dá a Reunião vocêdeve organizar um event(\que fortaleça esteslaços. Uma visita à Igreja, onde talvez possamexaminar alguns livros paroquiais ou algosemelhante, e onde ainda outros gostariam derezar em comunhão e agradecer a oportunidadede estarem todos juntos em sua paróquia deorigem. Uma missa em memória daquelesancestrais que construíram as bases da famíliaé adequada. Podem existir outros lugares de

interesse, tais como casas habitadas porfamiliares, fazendas, lojas ou fábricas ondetrabalharam ou até mesmo o botequim em quese reuniam ou ainda ruas e construções com onome da família. Os mesmos podem servisitados a pé ou de ônibus. Você também podeconvidar um historiador local que possa fazeruma exposição sobre o local e a família.

Desejamos salientar que não sejademasiadamente ambiciosos em sua primeiraReunião. Planeje algo simples deixando temposuficiente para a mais importante dasatividades: conversar e recordar.

5 - PERGUNTAR A QUEM?O encanto da Reunião está em convidar o

maior número possível de participantes detodos os ramos da família. Os nomes das

pessoas a convidar podem ser obtidos nas listasda associação da farmlia, se houver, ou os daspessoas que você conheceu durante suaspesquisas. Se você ainda não relacionou tôdas

as pessoas com o mesmo nome que constamdas listas telefônicas, a Reunião de Família é

uma ótima oportunidade para interessar maisfamiliares na pesquisa.

Lembre-se que a Reunião é de fal11l1iaonde

devem estar presentes maridos, esposas efilhos. O brilho maior vem exatamente da

mistura das idades, do mais idoso ao maisjovem bebê.

Obviamente você precisa limitar o numero

de convidados de modo que o evento possaser administrado. Se você prevê problemas deexcesso de convidados sugerimos convidarpessóas das mesmas regiões. 'MaS'Iembre-seque muitos que você convidar estarãoimpossibilitados de comparecer, apesar deestarem interessados. Razões práticas, comosaúde, distâncias longas, compromissospréviamente assumidos perfazem a lista dosfaltosos. Se o seu sobrenome não for

excessivamente comum você seguramente

• BARRETO,Annibal-São Benedito do Passadoe do Presente R$ 25,00

• CBG-Bibliografia Preliminar sobre

Genealogia no Brasil ( Projeto MemóriaGenealógica) 40,00

• FERRARINI,Sebastião-Gente que Preza suaGente 15,00

• GUILHON,Norma- Confederados emSantarém 30,00

• GUIMARÃES,Ivan de Campos-TrezeGerações 25,00

• KUHN,Monsenhor Leopoldo-Os Assumpção20,00

Aos novos sócios Colaboradores, aprovadosem reunião de Diretoria em 21 Nov 2002,nossas boas vindas.

• CARLOSEDUARDOMONTEIRODEBARROSFRANÇAENNES- Rio de Janeiro-RJ• GILDAROCHADEMELLO- Rio de Janeiro• GUSTAVOALMEIDAMAGALHÃESDELEMOS- Riode Janeiro-RJ

• JEANPIERREDASILVEIRAMANDALEST- Aguas

Carta !Ménsa{ 67

convidará a todos e terá o prazer de receberfamiliares das mais distantes áreas, até falando

com sotaques diferentes. Se houver espaço,vale a pena convidar também algumas pessoasimportantes, como o vigário, o prefeito e umhistoriador local para reforçar os laços entre afamília e a localidade.

A não ser que a Reunião seja realizada pertode sua casa, você necessita conhecer

informações do local sobre ônibus, hotéis eacomodações, estacionamento, fornecedoresde refeições e bebidas e jornais. Estasinformações você pode obter através de umfamiliar residente no local, mas se não houver,

é necessário solicitar a ajuda de alguém dolugar. A escolha desta pessoa, que chamaremosde Contato Local, é vital para o sucesso doevento.

É de toda conveniência envolver a

comunidade local, uma vez que seus conselhose ajuda podem ser de grande valor.Provavelmente mostrar-se-ão muito solícitos

em participar e contribuir.Alguns convidados prontificar-se-ão a

ajudar e existem muitas tarefas, antes, durantee após o evento, que podem ser executadaspelos mesmos, tais como: serviços dedatilografia, reprodução e cópias, despacho deconvites, preparo de mostruários e crachás, tirarfotos, servir as refeições e as bebidas, obterpublicidade, limpar e arrumar o local após eevento. Algumas destas tarefas melhor seriacontratá-Ias com profissionais como porexemplo, fotografia, refeições e limpeza.

Apesar de você se-sentir-confortável emcentralizar as tarefas que julga terem que serexecutadas com perfeição e sob seu controle,a distribuição de tarefas incentiva a amizade ecooperação. Sua função principal deve ser ade organizar.

Se você não se julga um bom organizador,sugiro deixar a tarefa para outrem e entregar a

• LESSA,Francisco de Paula Mayrink- Vida eObra do Conselheiro Mayrink 25,00

• LIMA,Espiridião de Queiroz-Antiga Familiado Sertão 20,00

• MIRANDA,Victorino Cherrnont de­

Iconografia e Bibliografia dos Titulares doImpério IV - Letras E e H 15,00

• RiBEIRO,Laerte M.Magno- Vinte Gerações deJoão Ramalho e Barytira 20,00

Pedidos para o CBG acompanhados de chequecruzado e nominal ao Instituto Histórico e

Geográfico Brasileiro no valor respectivo acrescidode R$ 3,00 por volume

Formosas-MG• JOÃORODRIGOALLISONPOPE- Rio de Janeiro

• JOAQUIMMACHADOMENDES- Rio de Janeiro• LÚCIAMARIACORDEIROJARDIMAMORIM- BeloHorizonte- M G• MARCOSLEVYPINAGOUVÊACRESPO- Rio deJaneiro-RJ• ULISSESCRESPOSILVA- Rio de Janeiro-RJ

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OS PRIMEIROS IMIGRANTES ALEMÃES NO BRASIL (Parte 3/3 )

o segundo navio foi o "Caroline", salndo deHamburgo a 17.12.1823 e chegando ao Rio a13.04.1824. Com a chegada deste segundo naviotiveram que ser tomadas providências para oenvio dos agricultores ao seu destino. Deveriamter sido enviado enviados a Caravelas, no sulda Bahia, mas foram enviados a Nova Friburgo,onde os imigrantes suíços haviam debandadoem grande número.

Os colonos alemães rebelaram-se, lideradospor Jacob Heringer, mas não tiveram escolha.Mas também muitos destes não ficaram. Um

grande número foi para o Rio de Janeiro, ondese tornaram operários, engajaram-se nosbatalhões de estrangeiros ou mudaram-se paraoutros estados. Suas esposas sobreviveramcomo enfermeiras ou empregadas domésticas.Outras famílias estavam tão pobres que tinhamque mendigar. Leopoldina, a madrinha dosimigrantes de Friburgo, via-se na obrigaçãomoral de ajudá-los e chegava a contrairsecretamente dívidas particulares para poderajudá-los. O casal imperial visitoupessoalmente cada navio que trazia imigrantese ela servia de intérprete.

Os primeiros navios a trazerem imigrantesalemães foram:

• "ARGUS"- chegou ao Rio de Janeiro a13.01.1824 trazendo 150 soldados e134 agricultores, além de 24 canhões.

• "CAROLINE"- chegou ao Rio de Janeiroa 13.04.1824 trazendo 174 imigrantes(a maioria soldados) .

• "ANNA LmsA" - chegou ao Rio deJaneiro a 04.06.1824 com 206 soldadose 120 lavradores, entre eles 27 reclusose outros, somando 325 passageiros.

• "GERMÂNIA"- chegou ao Rio de Janeiroa 14.09.1824 com 182 soldados e 70

lavradores, entre os quais 8 reclusos eoutros, somando 275 passageiros.

• "GEORGFRIEDRICH"- chegou ao Riode Janeiro a 11.10.1824 com 4 oficiais,346 soldados, um médico e 111

colonos, somando 462 passageiros(entre os quais 169 reclusos).

• "PETERE MARIE"- chegou ao Rio deJaneiro a 12.11.1824 com 206 soldadose 74 lavradores.

• "KRANICH"- chegou ao Rio de Janeiroem janeiro de 1825 com 77 soldados e282 lavradores.

• "WILHELMINE"- chegou ao Rio deJaneiro, trazendo um grande número desoldados e 160 criminosos de

Mecklenburgo ..• "CAROLINE"- chegou ao Rio de Janeiro

a 05.04.1825 com 384 imigrantes (13oficiais, 4 cirurgiões e boticários, 3cadetes, 31 inferiores, 6 tambores, 264soldados e 63 lavradores ).

Esta relação mostra que a vinda de colonosparece ter sido, apenas, um disfarce, pois ossoldados vieram em número bem maior.

Em 1830, as atas do Senado registram oseguinte pronunciamento do senador Marquêsde Barbacena: -

" a organização dos corposmercenários não foi contra a constituição,porque foi anterior ao juramentodela O nobre senador falou daqualidade de gente. Consideremos asituação do govemo: deu-se ordem quese levantassem corpos regulares comoficiais de merecimentos e que viessemprontos: o nosso soberano ainda nãoestava reconhecido e os agentesportugueses protestavam contra isto: nósnão podíamos receber senão esseshomens, não tínhamos outros, e eles setornavam necessários naquelascircunstâncias, vinham disfarçados decolonos, porque de outro modo nãoembarcavam. Era possível em taiscircunstâncias fazê-lo melhor ? Não decerto". (Anais do Senado do Império doBrasil, citado cf. Juvêncio SaldanhaLemos - Os Mercenários do Imperador,pág.404).

Armindo L. MÜeller

O monsenhor Miranda mandou inspecionaros armazéns da Armação na Praia Grande, ondedeveriam ser abrigados provisoriamente ospassageiros do "Argus", e constatou que elesainda estavam cheios de barbatanas de baleias

(a denominação correta do lugar dodesembarque era Praia Grande, na Armaçãodas Baleias). Imediatamente tomou as devidasprovidências para a remoção deste material.

Ali os imigrantes do "Argus" permanecerampor três meses e meio, sendo-lhes acrescidosdepois os passageiros do "Caroline". Enquantoisto as autoridades deliberavam sobre o futurodestino destas pessoas. E parece ter sido idéiado monsenhor Miranda instalá-los em Nova

Friburgo, onde os imigrantes suíços haviamdebandado em grande número.

Os imigrantes do "Argus" rebelaram-secontra esta decisão, mas foram obrigados a ir.Pois, se não fossem, seriam abandonados àprópria sorte. Conforme o relato de Cansançãode Sinimbu, 342 lavradores foram a NovaFriburgo: 195 homens e 147 mulheres, sendo128 casados e 214 solteiros.

A grande maioria destes lavradores nãopermaneceu em Nova Friburgo, poque a terraque lhes foi concedida não era própria para aagricultura. Dispersaram-se pela região deCantagalo (às margens do Paraíba) e outrosmunicípios vizinhos, foram para o sul de MinasGerais (região de Manhuaçu), encontraram oseu sustento no Rio de Janeiro ou mudar:LTTI-se

para o Estado do Rio Grande do Sul.A imigração suíça e alemã ainda apresenta

muitas dúvidas, pois por que os imigrantesforam assentados nas terras impróprias doMorro Queimado (Nova Friburgo) ? Nãopodemos aprofundar aqui o assunto, masapenas deixar dito que, neste episódio, pessoasenganaram e outras foram enganadas. Entre osque foram enganados estão, indubitavelmente,os imigrantes e o próprio rei D. João VI.

Os imigrantes alemães não estavamdestinados, inicialmente, para Nova Friburgo,mas sim pàra as colônias de Frankenthal eLeopoldínia, na Bahia. Foi isto que foiacordado em 2 de maio de 1822, em Frankfurt.

Estes imigrantes não conseguiram ver umfuturo promissor para a sua sobrevivência e,por isto, começaram a debandar, abandonandoas suas terras. Para ocupar de novo as terrasabandonadas foram angariados imigrantesalemães, que, em sua grande maioria, tambémdebandaram.

Entre outras, a Biblioteca recebeu as

seguintes obras:• Anais do IV e do V Seminário Nacional de

Pesquisadores da História das ComunidadesTeuto-Brasileiras~ Associação dos

Pesquisadores ... Lageado: Gráfica Garten Sul,2002 - doação Armindo L. Müeller• Vinte Gerações de João Ramalho e Bartyra,seus Descendentes Mineiros de Andrelandia e

Outras Grandes Famílias - Ribeiro. Laerte

M.Magno - S. Paulo: Press Grafic Editora,1989.360 p. - doação do autor

• Passando a Limpo: Ia Parte-Memórias dePernambuco - Bezerra, Luciano Hardman ­

Rio de Janeiro: ed. autor, junho 2002. 620 p.doação Geraldo M. Howling• Richards of Dover - Courtney, P.E - NewZealand - doação de Geraldo M.Howling• Tronco e Vergônteas: Descendentes de LuizManoel Caldas - Pinheiro, Antonio CesarCaldas - Goiania: Bandeirantes Ltda., 2002.

376 p. - Doação do autor• Coxilha Rica: Genealogia da Familia Ramos- Ramos Filho, Celso - Florianópolis: Insular,

2002.416 p. adquirido pelo CBG• Boletim do Instituto Histórico e Geográficode Santa Catarina- Instituto ... Florianópolis:ano V n. 55, outubro 2002• Boletim Informativo do Instituto Histórico

e Geográfico de Minas Gerais - Instituto ...BeloHorizonte: setembro 2002

• Paraíba, Nomes do Século - Serie Histórica

n.42 - José Maria dos Santos - Rodrigues,

Gonzaga - Paraíba: A União, 2000. 81 p.

Page 6: {SYLL - CBGcbg.org.br/cartamensal/CM67.pdf · C.c. ANTONIO IGNACIO FERRAZ Proprietário da Fazenda Pirapetinga, em Santa Isabel do Rio Preto. IV.9-=-vlRGINIATANDIDÂFORTES - Solteira

Carta 9vfensa[ 67

NOSSOS ANCESTRAIS ITALIANOS

L' ITALIA DEI COGNOMI< http://gens.labo.net/it/cognomi/

genera.html >Para descobrir as localidades habitadas

por familiares com o mesmo sobrenomebasta preencher o campo "COGNOME:"

com o sobrenome italiano desejado. Aresposta é obtida em um mapa da Itália,

físico, por região ou por provincia,através de círculos, cujo diâmetro éproporcional ao numero de ocorrências,posicionados na localidadecorrespondente. É baseado nos nomesconstantes das listas telefônicas e o mapapode ser detalhado através do zoom. Umapesquisa rápida e simples para identificaras localidades habitadas por familiarescom o mesmo nome. A organizaçãoaceita a execução de pesquisas pagas,inclusive para fins de cidadania.

João Simões Lopes Filho

Giovanni Agnelli", com os detalhes abaixo:• Nova York - 200 000 emigrantes chegadosentre 1880 e 1891, com sobrenome, nome,eventual parentesco, profissão, idade, estado

civil, nível de instrução, religião, ultimaresidência, porto de embarque, classe dasacomodações de bordo, nome do navio, datade desembarque e nome dos membros damesma família.

• Buenos Aires - 1 020 000 emigranteschegados entre 1882 e 1920, contendo osmesmo dados exceto ultima residência.

• Vitória - 27 000 emigrantes chegados entre1858 e 1899, contendo os mesmos dados exceto

nível de instrução, religião e porto de embarque.Embora o banco de dados brasileiro sejarelativamente menor que o americano e oargentino, é um boa referência para buscarinformações sobre parentes de antepassadosque possam ter migrado para Argentina e EUA.

LISTAS DE PASSAGEIROS< http://www.italians-world.orgfltaly/BancaDatiGb.htm >

Bancos de dados contendo as Listas de Passageiros italianosdesembarcados nos portos de Nova York-USA, Buenos Aires­

Argentina e Vitória-Brasil, emitidas pelo "Centro de Documentaçãosobre as Populações e as Culturas Italianas no Mundo" da" Fundação

ITALIAN GENEALOGY LINKS< http://www.genealozylinks.net/europe/ita1v/index.htm1>

Grande quantidade de links que conduzem a centenas de sites, dosmais variados tipos, referentes à genealogia italiana. Existem também

classificações: recenseamento, militares e listas de passageiros

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