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Publicação institucional da ESAB Brasil Setembro / 2003
Voith Siemensaplica produtos
ESAB nasturbinas de Itaipu
Voith Siemensaplica produtos
ESAB nasturbinas de Itaipu
ESAB no RallyInternacional
dos Sertões
ESAB no RallyInternacional
dos Sertões
Synergic Power 450i:Um passo à frente
em tecnologia
Synergic Power 450i:Um passo à frente
em tecnologia
Seu parceiro em soldagem e corte.
ÍNDICE
Publicação institucional da ESAB BrasilRua Zezé Camargos, 117 – Cidade IndustrialCep. 32210-080 – Contagem – [email protected] - www.esab.com.br
Diretor Presidente – Dante de MatosDiretor Interino de Operações – Guillermo GestidoDiretor Financeiro – Ernesto Eduardo Aciar Gerente de Marketing – Antonio PlaisDiretor de Vendas – Newton de Andrade e Silva
Produção: Prefácio Comunicação – Filiada à Aberjewww.prefaciocomunicacao.com.br - 31-3372-4027Administração – Ana Luiza Purri • Edição – CelutaUtsch • Redação – Alexandre Asquine, AlexandreMagalhães, Renata Giordani • Projeto gráfico –Tércio Lemos • Fotografias – arquivo da ESAB • Revisão técnica – Antonio Plais
Passados os piores momentos do processo deencaminhamento e aprovação da chamada Reforma daPrevidência, patrocinada pelo Governo, e iniciado o movimentode queda dos juros, após a convincente batalha contra oaumento da inflação, parece que o Governo do PT vaiencontrando seu caminho e abrindo possibilidades para umgradual aumento da atividade econômica. Afinal, somente como crescimento da economia o Governo poderá cumprir grandeparte de suas promessas de campanha, como a diminuição dapobreza e do desemprego e o aumento da renda dapopulação trabalhadora. Muito ainda precisa ser feito, como adefinição da Reforma Tributária e Trabalhista, mas nãopodemos negar: o que foi feito até agora tem surpreendidopositivamente até os mais pessimistas.
Como participantes deste processo cabe a nós, industriaise comerciantes, um papel importantíssimo. Ao Governo cabeestabelecer políticas e condições para que os negóciospossam transcorrer de forma harmônica, em condições desustentabilidade e confiança, sem a carga de um regimetributário-fiscal completamente arcaico e inibidor da atividadeeconômica. A nós cabe identificar oportunidades de negócios,aumentar a eficiência de nossas empresas, oferecendoprodutos e serviços cada vez mais adequados àsnecessidades de nossos Clientes. Como em qualquerambiente hostil, somente os mais aptos, os mais preparadospara as dificuldades presentes, aqueles que se mantiverem emconstante evolução, serão capazes de sobreviver e crescer.
A ESAB mantém-se firme no mercado através da buscacontínua pela melhoria e pela pesquisa de novos produtos eserviços que agreguem real valor aos seus Clientes. Em breveteremos inúmeras novidades nas áreas de equipamentos,automatização e corte. Na área de consumíveis, estamosfazendo contínuos investimentos para aumento da capacidadeinstalada e melhoria dos processos de fabricação. Estamoslançando uma nova identidade visual nas tradicionais latasamarelas OK, que já se tornaram sinônimo de eletrodos,iniciamos o processo de substituição das latas tradicionais porlatas estanques e, ainda este ano, teremos mais novidades emrelação à oferta de novos tipos de embalagens.
Gostaríamos de usar este espaço para registrar, ainda, oenorme retorno de solicitações de assinatura da nossa RevistaSolução, que agora pode ser feito diretamente no nosso sitewww.esab.com.br. Esclarecemos que esta publicação égratuita e que é, para nós, um prazer receber também críticas,sugestões e comentários sobre as matérias apresentadas.Esta revista é feita tendo em mente você, e você é parteintegrante deste trabalho.
EDITORIAL
Marcando Presença• Pense certo, use apenas peças originais
• ESAB patrocina Semana da Soldagem
• Sistema de Gestão da Qualidade ESAB
é recertificado
• Feira na nova fronteira agrícola do país
• Bons negócios na Feissecre
Ao lado do cliente• Multiplicando conhecimentos
• Planejamento soluções
• Mário Cenni é homenageado
• Filiais investem em treinamento
Rally dos Sertões• ESAB no Rally Internacional dos Sertões
Especial• Voith Siemens aplica tecnologia de
soldagem ESAB na fabricação de turbinas
da hidrelétrica de Itaipu
Case• Caso Valvugás
Exportação• Turquia é o mais novo cliente
Tecnologia• Synergic Power 450i & Dura Drive 44
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Dentro do propósito deaumentar as vendasde peças de reposi-
ção para os equipamentos daempresa e fortalecer aindamais a parceria entre ESAB, cli-entes e assistentes técnicos, afilial Porto Alegre aproveitou a
Feira Brasileira da Mecânica2003 (Febramec), ocorridaentre os dias 19 e 23 deagosto, na cidade de Caxias doSul (RS), para lançar a campa-nha “Pense certo, use apenaspeças originais”. O estandemontado na feira ocupou uma
área de 120m2 onde foram re-alizadas demonstrações decorte e solda. Os visitantes co-nheceram os equipamentoslançados este ano e a linha deautomatização, cujos produtosnacionais têm preços maiscompetitivos.
Pelo segundo anoconsecutivo, a filialSalvador foi uma
das patrocinadoras da Se-mana da Soldagem SE-NAI/CIMATEC, realizadaem julho, na capital bai-ana, com o objetivo deapresentar ao mercado astecnologias mais recentesnas áreas de soldagem einspeção.
Além de uma palestrasobre processos automati-zados de soldagem, aESAB apresentou ao pú-
blico, formado em suamaioria por engenheiros,técnicos e estudantes, sualinha de equipamentos econsumíveis de soldagem,com destaque para os no-vos lançamentos: A2T,A6T, LAE 800, LTG 410 eSynergic Power 450i.
Mantido pelo SE-NAI/BA, o CIMATEC foifundado em 2002 e sededica à formação avan-çada de pessoal qualifi-cado em modernos pro-cessos industriais.
ESAB patrocina Semana da Soldagem
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MARCANDO PRESENÇA
A Semana deSoldagem é uma
oportunidade para os profissionais
trocarem informaçõese experiências
A Semana deSoldagem é uma
oportunidade para os profissionais
trocarem informaçõese experiências
Pense certo, use apenas peças originais
Sistema de Gestão da Qualidade ESAB é recertificado
OSistema de Gestão da
Qualidade ESAB foi re-
certificado segundo os
critérios estabelecidos pela
norma ISO 9001:2000. Na audi-
toria realizada em junho, além de
verificarem uma série de proces-
sos, os auditores do BVQI apre-
sentaram sugestões para a me-
lhoria do sistema, que já come-
çam a ser colocadas em prática.
Vale registrar que o envolvi-mento e a transparência dosfuncionários auditados mere-
ceu elogios do BVQI, por teremfacilitado o processo de recerti-ficação.
As auditorias externasacontecem semestralmente esão intercaladas por auditoriasinternas. Assim, a empresa
está constantemente seatualizando para garantir obom funcionamento doSistema da Qualidade.
A próxima auditoria demanutenção do BVQI está pre-vista para dezembro deste ano.
Em junho, a filial daESAB em Salvadormarcou presença
na 2ª Feira da Colheita, emLuiz Eduardo Magalhães(BA), considerada a maisnova fronteira agrícola dopaís. Promovida pelas se-cretarias estadual e muni-cipal de Indústria e Comér-cio e Turismo, a feira rece-beu 15 mil pessoas.
Ao lado da ESAB – queapresentou toda a sua linhade equipamentos de soldae corte, lançou uma novamáquina de soldagem peloprocesso TIG (LTG 410) efechou negócios no valorde R$ 140 mil – MasseyFerguson, John Deere, New
Holland e Ford, entreoutras marcas “depeso”, dividiam a aten-ção de fabricantes deequipamentos agríco-las e de implementosrodoviários, represen-tantes de cooperativase produtores rurais, pú-blico-alvo do evento.No estande da ESAB,os visitantes tambémtiveram a oportunidadede acompanhar de-monstrações ao vivoem duas cabines desolda.
Segundo Luiz Fer-nando Breitenbach, da fi-lial ESAB em Salvador,além do ganho institucio-
nal, a feira abriu possibili-dades de novas encomen-das do oeste baiano. “Osresultados superaram nos-sas expectativas”, disse.
Luiz Eduardo Magalhãesfica a 1.100 km de Salva-dor e tem sua economiabaseada nas culturas dasoja e do algodão.
Feira na nova fronteira agrícola do país
MARCANDO PRESENÇA
Estande daempresa na
2a Feira daColheita
Estande daempresa na
2a Feira daColheita
Pela segunda vez,a filial da ESABem São Paulo
participou da Feira deExposição dos Cháca-ras Reunidas (Feisse-cre). O evento, queestá em sua 6ª edição,foi realizado entre osdias 22 e 25 de julho,na cidade de São Josédos Campos (SP) econtou com a participa-ção de diversas empre-sas de São Paulo, SãoJosé dos Campos e re-gião. A ESAB, em par-
ceria com o revendedorNikkeypar, expôs seusprodutos e realizou de-monstrações de aplica-ções. Neste ano, apro-ximadamente seis milvisitantes passarampela feira. Segundo osupervisor de vendasda filial paulista, Fer-nando Caetano, oevento é uma excelenteoportunidade para a di-vulgação dos produtose a realização de boasvendas por meio daNikkeypar.
Bons negócios na Feissecre
Da esquerda paraa direita: RenatoAraújo (ESAB),Hissachi Takehara(Nikkeypar) eFernando Caetano(ESAB)
Da esquerda paraa direita: RenatoAraújo (ESAB),Hissachi Takehara(Nikkeypar) eFernando Caetano(ESAB)
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AO LADO DO CLIENTE
Numa tarde fria do mêsde julho, encontramos umgrupo de vendedores inter-nos e externos da ESAB namatriz da empresa, em Con-tagem (MG), ávidos por co-nhecimento. Eles queriamaproveitar bem as duas últi-mas horas de um treina-mento de três dias, que che-gava ao fim de maneira gra-tificante para o supervisorde vendas Fernando Cae-tano, da filial São Paulo:“Todo treinamento é bem-vindo para quem participa.No caso da área comercial,é da maior importância, por-que o conhecimento técnicoamplia a nossa visão sobrenovas oportunidades demercado.”
Planejada para se consti-tuir em um dos diferenciaisoferecidos pela ESAB aomercado, a política de treina-mento hoje adotada temcomo principal alvo os con-sumidores finais dos produ-tos fabricados pela ESAB. “AESAB não se coloca no mer-cado apenas como uma for-necedora. Hoje, podemosdizer que a ESAB é uma par-ceira ativa de seus clientes”,resume Cléber Fortes, res-
ponsável pelo treinamentoem consumíveis.
O treinamento tem doisobjetivos principais: muni-ciar os vendedores de infor-mações sobre cada produto,para que eles tenham condi-ções de atender melhor osseus clientes, e propiciar aosparceiros da ESAB informa-ções que permitam umamelhor utilização dos produ-tos adquiridos. Afinal, aocomprar produtos fabrica-dos pela ESAB, nossos cli-entes levam, além da quali-dade reconhecida pelo mer-cado, soluções para os de-safios enfrentados no dia-a-dia de suas empresas.
Planejandosoluções
Cleber Fortes conta que,na etapa inicial, o treina-mento é dirigido ao públicointerno, de todas as filiais dopaís. “Estamos aproveitandopara colher o máximo de in-formações que nos permitamaprimorar o material didáticoe estruturar melhor nossasinstalações, já que uma denossas metas é criar condi-ções para que nossos clien-
tes possam ser treinadosaqui mesmo”, acrescenta.
Atualmente, a empresaoferece três cursos ligadosaos processos de utilizaçãode eletrodos revestidos, ara-mes tubulares e arco sub-merso, com duração que va-ria de dois a três dias, con-forme o tema abordado.Além destes, já está em fasede elaboração outro cursovoltado especificamente paraa área de metalurgia de sol-dagem. O enfoque se divideentre o processo de solda-gem e as máquinas necessá-rias. Outra meta para o futuroé montar um show-room quepossibilite fazer demonstra-ções e treinar pessoal no usodos equipamentos.
O treinamento nas instala-ções dos clientes, ainda queem pequena escala, tambémjá é oferecido, segundo Cleber.Além dos cursos normais,existem situações em que énecessário reunir conhecimen-tos específicos para “aquela”utilização que o cliente faz dedeterminado produto, o quedemanda tempo. “É um treina-mento mais focado, mas parao qual já estamos nos estrutu-rando também”, adianta.
Multiplicando conhecimentos
Em agosto, a filial da ESABem São Paulo inaugurou umanova sala de treinamento quetem o nome de um dos gran-des conhecedores e multiplica-dores de conhecimentos naárea de solda no Brasil e nomundo: o paulista Mário Cenni,falecido há pouco mais de dois
anos. Funcionário da matriz daempresa, em Contagem (MG),durante toda a sua vida profis-sional, Cenni era reconhecidonacional e internacionalmentepelo pioneirismo e pelos treina-mentos de soldagem.
A inauguração contou coma presença de familiares, ami-
gos e admiradores do trabalhorealizado por Cenni. “Trata-sede uma justa homenagem,uma vez que o nome de MárioCenni é, para toda a sociedadeligada à soldagem, um símbolode competência e dedicação”,diz o gerente da filial SãoPaulo, Pedro Rossetti Neto.
Mário Cenni é homenageado
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AO LADO DO CLIENTE
Porto Alegre – Em maio, afilial ESAB em Porto Alegre(RS) promoveu um ciclo detreinamentos dirigido à suarede de Serviço AutorizadoESAB (SAE) nos estadosdo Rio Grande do Sul,Santa Catarina, Paraná eMato Grosso do Sul. Aotodo, cerca de 80 pessoasforam treinadas pelo con-sultor técnico de solda ecorte da unidade, Júlio Cé-sar Raupp.
Segundo Alex SandroMachado, da ESAB PortoAlegre, o treinamento foidado na própria filial ou emvisitas feitas aos SAEs. Quemparticipou se encarregou derepassar o conteúdo aos ou-tros colegas.
Márcio Marzola Szezer-baty, da Housetec, foi umdos participantes. “O treina-mento é importantíssimopara nós que defendemos amarca ESAB, pois é o mo-mento que temos para co-nhecer os novos equipa-mentos, tirar dúvidas e tro-car experiências valiosascom as outras assistênciastécnicas da região sul”, diz.A Housetec fica em Lon-drina (PR) e é parceira daESAB há 10 anos.
Além deste, há ainda otreinamento com os reven-dedores – que necessitamde atualização permanente– e com os clientes finais,este último “mais direcio-nado”, explica Machado.“Além disso, também ofere-cemos consultoria naquelescasos em que o cliente ne-cessita de soluções especí-ficas nas áreas de solda e
corte, quando apontamos oprocedimento correto, oconsumível adequado e oequipamento que vai ofere-cer o melhor resultado”,completa.
Salvador – Como parte docronograma traçado paraeste ano, em maio a filial daESAB em Salvador (BA)treinou técnicos da sua redede SAEs no Amazonas,Amapá e Roraima. Areciclagem foi dada em Ma-naus (AM). Em seguida, fo-ram treinados técnicos resi-dentes em Marabá, Tucuruí,Paragominas e Paraupebas,no Pará. A expectativa doconsultor técnico da filialSalvador, Pedro Muniz, é deque, até o final do ano, todaa rede seja treinada. Até ju-lho deste ano, 38 técnicosjá haviam passado pelocurso.
“O treinamento asse-gura aos clientes da ESABa correta instalação dosequipamentos e o retornoimediato para a produçãodaqueles que, eventual-mente, apresentam proble-mas técnicos. Ele tambémnos possibilita cumprir ple-namente o termo de garan-tia dado no momento dacompra”, explica Muniz.
Para a rede de SAEs, otreinamento é a alternativaque os assistentes técnicostêm para se manter atuali-zados. “Na região em queatuamos, este segmento émuito carente de informa-ções. Se somarmos a isso ofato de a tecnologia mudarmuito rapidamente, e cada
vez mais a eletrônica estarganhando espaço na fabri-cação dos equipamentos desolda, temos a noção exatada importância de treinaresse pessoal”, conclui.
São Paulo – A Filial daESAB em São Paulo estáimplantando procedimentospara o levantamento, docu-mentação e divulgação deestudos de casos na aplica-ção de produtos ESAB. Me-diante a autorização e cola-boração dos técnicos docliente, são registradas ascondições e os problemasexistentes, analisadas as al-ternativas de solução e do-cumentado o resultado finalalcançado, com ênfase nosganhos reais obtidos noprocesso.
Segundo o gerente daFilial, Pedro Neto, “este tra-balho contribui para regis-trar as melhores soluçõespara cada situação real, vi-vida pelo cliente, e é umaimportante ferramenta deanálise e divulgação de me-lhores práticas na área desoldagem e corte. As expe-riências aprendidas são re-passadas para os outrosmembros da equipe e for-mam um banco de dadosde soluções à disposiçãode nossos clientes.”
Os consultores e vende-dores técnicos da Filial es-tão extremamente motiva-dos para esta tarefa, e di-versos casos já foram docu-mentados.
Leia nesta edição o estudorealizado no cliente Valvugás,
situado em Osasco, SP.
Filiais investem em treinamento
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RALLY DOS SERTÕES
Em nove dias de muitaemoção e adrena-lina, os participan-
tes do 11º Rally Internacio-nal dos Sertões, que acon-teceu no período de 23 dejulho a 2 de agosto, percor-reram 3.825 km de Goiâ-nia (GO) a São Luiz (MA).E a ESAB não ficou foradessa: apoiou a equipe FiatAdventure, que participoucom o carro Fiat Doblò,fornecendo equipamentosde solda e corte, além dosconsumíveis necessáriospara os eventuais reparosdurante a corrida. Foramutilizados os produtosSmashweld 182M, LPH35, Caddy TIG 150 e Su-per Bantam, escolhidosdevido à sua confiabili-dade e robustez.
No resultado final, o pi-loto Cacá Clauset (bi-cam-peão do Rally dos Ser-tões) e o navegador JorgeNieckele terminaram aprova em 10° lugar, na ca-tegoria Protótipos. Cercade 20 profissionais, cincoveículos de apoio e umacarreta-oficina acompa-nharam a equipe. Entretrilhas estreitas, com tre-chos travados, areia, pe-dras, lombadas e cer-rado, os pilotos, às ve-zes, eram obrigados afazer o percurso às ce-gas, sem hodômetro edebaixo de muita poeira.
A competição tambémteve o seu lado social.Foram arrecadadas 130toneladas de alimentos,através da união dasequipes que contribuíramcom os projetos sociais.As comunidades próxi-mas ao trajeto do rallyainda receberam atendi-mento médico. Alémdisso, numa manifesta-ção de preocupação como meio ambiente, umgrupo ficou responsávelpela coleta do lixo dei-xado no meio do cami-nho.
Em sua 11ª edição, oRally Internacional dosSertões se consolidoucomo a terceira maiorprova off-road do mundoem número de participan-tes - 214 veículos inscri-tos - e a maior da Amé-rica Latina. Hoje, o princi-pal objetivo de vários pi-lotos e empresas dosegmento automobil ís-t ico é disputar estaprova, que testa, no li-mite, homens e máqui-nas.
Com o apoio à equipeFiat Adventure, a ESABacredita no desenvolvi-mento do rally no país.Quem quiser mais infor-mações sobre a competi-ção pode acessar os sites:www.rallydossertoes.com.brwww.fiatadventure.com.br.
ESAB no Rally Internacional dos Sertões
RALLY DOS SERTÕES
Ointeresse de mi-lhões de pessoaspor esportes radi-
cais vem aumentando acada dia. O espírito deaventura e a adrenalinaatraem um público dosmais variados segmentos,idades, classes sociais etc.É por esse e outros moti-vos que o Rally dos Sertões
é sucesso no Brasil e noexterior. Quem se aventuranesse tipo de competiçãotem que estar preparadopara percorrer trechos sinu-osos, perigosos, com areiapesada, cascalho, erosão,buracos, atravessando cer-rado, dunas e rios, semcontar que, muitas vezes, épreciso navegar às escuras,
sem referência. Mas, os pi-lotos têm o privilégio deapreciar as belezas naturaisde um país ainda desco-nhecido por muitos brasilei-ros, percorrendo praias de-sertas e lugares aonde a ci-vilização não chegou.
Em certas etapas daprova, navegadores e pilo-tos são obrigados a fazer,
sozinhos, a manutençãodos carros e, aí, o queconta é a habilidade decada um em saber superaros momentos de dificulda-des: pneus furados, capo-tagem, atolamento etc.Tudo isso vale quando oque realmente importa é oespírito de aventura ecompetição.
Espírito de aventura
Oprimeiro Rally dosSertões foi organi-zado no ano de
1992, com um percurso de3.500 quilômetros entreCampos do Jordão (SP) eNatal (RN), onde 34 pilotosse inscreveram na categoriamotos. A idéia surgiu a par-tir da realização do RallySão Francisco, ocorrido doisanos antes e que percorreuum trecho do curso do Ve-lho Chico, entre RibeirãoPreto (SP) e Maceió (AL).
Nessa competição, organi-zada pelo arquiteto ChicoMorais, os participantesconcorreram exclusivamentena categoria motos, no es-tilo rally aberto. Inicialmente,as provas tinham temas bra-sileiros, como a obra de LuizGonzaga, o livro: GrandeSertão Veredas, de Guima-rães Rosa, a Coluna Prestes,o cangaceiro Lampião etc.
A segunda edição doRally dos Sertões, em1994, teve novamente a
cidade de Natal como des-tino e deu início à fase in-ternacional do evento: 44inscritos do país e do ex-terior. Com os resultadospositivos e a participaçãode grandes pilotos do ce-nário mundial, em 1995, oterceiro Rally Internacionaldos Sertões foi homolo-gado pela Federação In-ternacional de Motoci-clismo (FIM). Esse tam-bém foi o ano da estréiados carros 4x4.
Os caminhões só estrea-ram em 1998 e, desde en-tão, a concorrência ficoucada vez mais acirrada entrepilotos, equipes e patrocina-dores de todas as catego-rias. O evento passou a serreconhecido no cenário na-cional e internacional e asações ecológicas e sociaiscontribuíram ainda maispara consolidar o Rally Inter-nacional dos Sertões comoum dos maiores eventos doautomobilismo off-road.
Como surgiu a competição
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Voith Siemens aplica tecnologia de soldagem ESAB na fabricação de
turbinas da hidrelétrica de Itaipu
ESPECIAL
Além do fato de te-
rem sido constituí-
das no Século XIX,
na Alemanha, e de opera-
rem globalmente, a Voith e a
Siemens têm outro ponto
em comum: a tradição no
fornecimento de equipa-
mentos para geração de
energia. A Voith voltou-se
para o setor de hidrogera-
ção, enquanto a Siemens,
além de geradores para usi-
nas hidrelétricas, buscou
também o segmento de usi-
nas termoelétricas. Em
2004, a Voith e a Siemens
vão completar quarenta
anos de presença no Brasil.
Atuando em áreas comple-
mentares há muitos anos, as
duas companhias vinham es-
tabelecendo parcerias em um
grande número de iniciativas:
a Voith com o fornecimento de
turbinas e também projetando,
fabricando ou adquirindo, para
integração, outros componen-
tes hidromecânicos, como
comportas, condutos e siste-
mas auxiliares aplicados a usi-
nas hidrelétricas, e a Siemens,
fabricando e fornecendo gera-
dores e, também, auxiliares
elétricos, como transformado-
res e subestações, entre ou-
tros.
Há pouco mais de três
anos, as duas empresas deci-
diram reunir em uma joint ven-
ture mundial os respectivos
setores de hidrogeração de
energia. Com 65% de partici-
pação da Voith e 35% da Sie-
mens surgiu, em abril de
2000, a empresa Voith Sie-
mens Hydro Power Genera-
tion, que domina aproximada-
mente 25% do mercado mun-
dial e registrou faturamento
global, em 2002, da ordem
de 850 milhões de dólares,
dos quais 240 milhões de dó-
lares resultantes das opera-
ções da unidade de São Paulo.
MercadosNo Brasil, a Voith Siemens
Hydro Power Generation vem
atuando em dois campos: a
Moino: sintonia fina entre ESAB eVoith Siemens
11
ESPECIAL
fabricação de novas hidroelé-
tricas e a reabilitação e repo-
tenciação de usinas hidroelé-
tricas com mais de 25 anos,
neste caso, por meio de proje-
tos que consideram a substitu-
ição de certos componentes
fundamentais, visando ao au-
mento de potência e melhoria
de rendimento do equipa-
mento.
No passado, tanto a Voith
como a Siemens vendiam ba-
sicamente produtos, ou seja,
os equipamentos ou compo-
nentes que fabricavam, mas a
realidade, agora, é outra: “Ven-
demos soluções. De modo ge-
ral, nossos clientes não que-
rem fazer a coordenação da
obra. Querem saber em que
dia poderão colocar a energia
na rede”, explica Hélio Evilázio
Moino, diretor industrial da
Voith Siemens, acrescentando
que, dependendo da dimen-
são da hidroelétrica a ser
construída, a companhia res-
ponsabiliza-se por tudo no
projeto, de estudos prévios de
engenharia às linhas de trans-
missão, passando pela obra ci-
vil, implantação das máquinas
e subestações e mesmo por
estudos de impacto ambiental.
A unidade brasileira da
Voith Siemens é considerada,
no contexto do Grupo Voith,
um Center of Manufacturing
(COM), fornecendo todos os
componentes hidráulicos fun-
didos e soldados, preparados
e prontos para serem aplica-
dos nas obras.
Cerca de 30% da produ-
ção da Voith Siemens é direci-
onada para o mercado ex-
terno. A empresa exporta ou
exportou recentemente para a
Áustria, Alemanha, China, Es-
tados Unidos, Índia, Itália e
Portugal. “A China comprou
máquinas para novas usinas,
enquanto os mercados norte-
americano e europeu reque-
rem peças para reabilitação e
repotencialização de antigas
unidades”, afirma o diretor in-
dustrial.
ItaipuA usina hidrelétrica de
Itaipu é um projeto concebido
para ser executado em duas
fases. Na primeira, iniciada no
final dos anos 70 e concluída
em aproximadamente dez
anos, foram instalados 18
conjuntos de turbinas e gera-
dores, com participação tanto
da Voith como da Siemens.
Metade desses conjuntos per-
tence ao Brasil e a outra me-
tade ao Paraguai, embora o
país vizinho utilize, no máximo,
o equivalente a uma vez e
meia a produção de um dos
conjuntos, comercializando o
restante.
“Nessa primeira fase, a
Voith forneceu 12 turbinas e a
Siemens nove geradores, uma
participação bastante significa-
tiva. E tudo deu certo. Cos-
tumo dizer que o projeto de
Itaipu é iluminado, porque os
18 conjuntos de máquinas es-
tão trabalhando todos esses
anos com carga máxima, sem
problemas”, afirma o diretor in-
dustrial.
Há alguns anos iniciou-se
a segunda fase de Itaipu, obje-
tivando à instalação de duas
máquinas suplementares, a 9-
A e a 18-A, uma para cada
país. Essas novas máquinas
permitirão o início do processo
de manutenção regular dos
primeiros equipamentos. É
preciso que haja 20 máquinas
em condições operacionais
para que, ao se colocarem
duas delas em manutenção,
18 continuem funcionando,
garantindo a constante vazão
da usina, conforme acordo tri-
lateral que inclui também a Ar-
gentina.
Nova tecnologia Os equipamentos que se-
rão enviados para Itaipu no fi-
nal do ano correspondem ao
conjunto 18-A. Os equipa-
mentos do conjunto 9-A já es-
tão na usina, praticamente no
final da montagem
O rotor da turbina corres-
pondente ao conjunto 9-A dei-
xou as instalações da Voith Si-
emens em São Paulo no mês
de janeiro de 2003. Trata-se
de uma peça com 350 tonela-
das de aço inoxidável marten-
sítico (13% cromo, 4% níquel,
1% molibdênio), peça signifi-
cativamente avançada, se
comparada às peças similares
previstas na primeira fase do
projeto, feitas em aço carbono,
com revestimento de aço ino-
xidável apenas da região de
desgaste.
O diretor da Voith, Hélio
Moino, ensina que, no setor de
bens de capital, há o que
chama de “regrinha básica”:
quanto menor for o ciclo de
produção, mais barato e mais
competitivo será o produto.
O revestimento de uma
peça de aço carbono com aço
inoxidável toma um certo
tempo e, na medida em que
se possa produzir uma peça
exclusivamente com aço inoxi-
dável, o tempo antes gasto no
processo de revestimento
passa a ser um ganho, que re-
duz o custo final do produto.
As vantagens tornam-se
ainda maiores quando se exa-
mina de que forma os proces-
sos de soldagem podem con-
tribuir para a redução do
tempo e conseqüente diminu-
ição de custos na produção de
equipamentos não seriados
de grande porte. Por exemplo:
é possível comprar um eixo in-
teiriço pronto, só que, para fa-
bricar esse componente, seria
preciso recorrer a forjarias com
capacidade para produzir pe-
ças de grandes dimensões, e
empresas com tais caracterís-
ticas existem apenas na Co-
réia do Sul, Romênia, e, even-
tualmente, em outros poucos
países da Europa, como
França ou Itália.
“Pela confiança nos pro-
cessos e no material de solda-
gem que estamos utilizando
na Voith Siemens, compramos
os forjados em pedaços e, em
nossas instalações de São
Paulo, estamos soldando, apli-
cando o tratamento térmico
de alívio de tensões e fazendo
a usinagem da peça”, diz
Moino, mostrando que o pro-
cesso traz ganho de tempo e
também economia de recur-
sos em diferentes momentos,
inclusive porque a forjaria fará
o trabalho mais rapidamente e
12
ESPECIAL
a um custo menor, porque
executará peças mais simples.
Este trabalho é facilitado pela
utilização de fluxos aglomera-
dos e arames tubulares ESAB,
que garantem um excelente
rendimento e ótima qualidade
nos trabalhos de soldagem.
Importância dasoldagem
Na fabricação de turbinas,
geradores ou quaisquer outros
equipamentos não seriados
para infra-estrutura, como es-
truturas para portos, pontes e
viadutos, entre muitos outros,
a soldagem tem um papel cru-
cial, sobretudo por unir partes
de grande porte, de extremo
peso, de grande espessura e
de altíssima responsabilidade.
“A soldagem é o fator que
mais agrega valor aos nossos
produtos, pois responde por
70% do tempo de produção”,
afirma Moino, deixando claro
que essa condição pode ser
radicalmente revertida, se
houver falhas. “Obviamente,
um retrabalho não agrega va-
lor. Uma trinca, um problema
de soldagem pode levar a
companhia a perder completa-
mente o valor agregado de
um produto. Trabalhamos com
chapas de 200 milímetros de
espessura, que são soldadas e
avaliadas por ultra-som. Caso
haja um defeito, seja por que
motivo for, praticamente todo
o resultado planejado pode se
desfazer.”
Na fabricação seriada, é
possível controlar o processo
por meio, por exemplo, de sis-
temas robotizados, como os
encontrados na indústria au-
tomobilística. Mas, quando a
soldagem se refere a peças
maiores, não seriadas, passa-
se a depender demais do pro-
cesso, das pessoas, da quali-
dade daquele trabalho, o que
inclui a origem dos equipa-
mentos e consumíveis que
estão sendo empregados.
“Precisamos ter confiança no
fornecedor, na forma como o
consumível é fabricado, con-
trolado. Precisamos ter garan-
tias de que o material forne-
cido não tenha sofrido ne-
nhum processo de contami-
nação, como umidade ou ou-
tros fatores que alterem sua
qualidade”, diz Moino.
O diretor industrial avalia
que a Voith Siemens teve êxito
em montar uma estrutura mu-
ito boa naquilo que se propôs
a fazer “dentro de casa”. A em-
presa conhece bem cada um
de seus fornecedores, sabe o
que deve comprar no mer-
cado nacional, o que deve tra-
zer do exterior, inclusive pelas
mãos dos fornecedores que
estão no mercado brasileiro.
Ele destaca a parceria com
a ESAB. “Existe uma sintonia
fina entre as companhias. Por
ser uma multinacional e por
estar muito bem inserida no
mercado europeu, a ESAB nos
oferece muitos recursos”, diz,
acrescentando que a confiabi-
lidade passa também pela res-
posta pronta e adequada às
necessidades da Voith Sie-
mens, o que é fundamental
para a redução do ciclo produ-
tivo. “Nesta parceria, consegui-
mos treinar adequadamente
nosso pessoal e ter uma ga-
rantia da qualidade dos produ-
tos que utilizamos. Temos ob-
tido excelentes resultados e
efetivamente agregado valor
ao processo de soldagem.”
13
CASECASE
FFundada em 1968, emum pequeno espaçoalugado no bairro da
Água Rasa, São Paulo, comsete funcionários, o primeiroproduto fabricado pela em-presa Válvugás Indústria Meta-lúrgica Ltda. foi uma válvulapara amônia que inovou peloseu projeto diferenciado e tec-nologia de manufatura pio-neira no Brasil. Fabricada emaço laminado, tinha durabili-dade e segurança superior àsválvulas convencionais cons-truídas em aço fundido.
Após alguns anos, a Valvu-gás já expandia sua estruturae seu mercado com o lança-mento de novos produtos econquistando novos clientes.Em poucos anos firmou-secomo líder de mercado noBrasil nos segmentos de vál-vulas para refrigeração e fluidotérmico, além de ter desenvol-vido outras linhas de produtosque atualmente envolvem 80modelos diferentes de válvulase filtros para água, ar compri-mido, pasta de chocolate, resi-
nas, óleo comestível, deriva-dos de petróleo etc.
Atualmente localizada nomunicípio de Osasco, SP, emuma área de 4.000 m2, for-nece seus produtos para asprincipais empresas nacionaise multinacionais instaladas noBrasil, além de exportar direta-mente para diversos países daAmérica Latina (Argentina, Ve-nezuela, Paraguai) e para aÁfrica do Sul.
Está gradativamente inves-tindo em equipamentos comtecnologia de ponta, aumen-tando ainda mais a qualidadede seus produtos e a produti-vidade de seus colaboradores,reforçando o conceito damarca Valvugás.
PrProgogrresso deesso deSoldaSoldaggem doem doCorCorpo da Válvulapo da Válvula
Material:Material: anel de 199 mmde diâmetro e espessura 26mm (SAE 1020) com umcopo de 141,3 mm de diâ-metro e parede de 6,55 mm
(ASTM A106 Gr. B) em fi-lete interno e externo.Teste de estanqueidade emtodas as válvulas montadas(21 Kgf/cm2), radiografiapor amostragem.PrProcesso atual:ocesso atual: pontea-mento com eletrodo revestidoAWS E6013 diâmetro 3,2mm e AWS E7018 diâmetro5,0 mm para enchimento, umpasse interno e dois passesexternos.Qualidade da solda:Qualidade da solda: alto ní-vel de respingos (operação deraspagem após a soldagem) ealta contaminação com fluore-
tos na peça (contaminação daágua de lavagem, descarte emultas Cetesb).PrProcesso em implantação:ocesso em implantação:arame sólido cobreado AWSER 70S6 diâmetros 1,0 mme 1,2 mm.PrProcesso processo proposto:oposto: arametubular OK Tubrod 71 Ultradiâmetro 1,2 mm, um passeinterno e dois passes externoscom remoção de escória, gásde proteção CO2 puro, equi-pamento LAI 550 / MEF44R.Qualidade da solda:Qualidade da solda: sensíveldiminuição dos respingos e di-minuição da contaminação defluoretos na peça soldada (im-plantou sistema de decanta-ção no descarte).
RResultadosesultadosAlcançadosAlcançados
•• Ampliação gradativa do usodo arame tubular em substitu-ição ao eletrodo revestido e aoarame sólido.•• Os eletrodos devem ser usa-dos somente em soldas de di-fícil acesso.•• Ganho de produtividade.•• Praticamente eliminada aoperação de raspagem dosrespingos de solda na peça.
DADOS COMPARATIVOS Eletrodo revestido Arame tubular
Corrente de soldagem 270 A 310 A
Velocidade do arame N.A. 20 m/min
Vazão do gás (CO2) N.A. 15 L/min
Peso da peça antes da soldagem 10.600 g 10.600 g
Peso da peça após soldagem 11.050 g 10.950 g
Consumo por peça (consumível) 650 g (6 varetas) 400 g
Tempo de soldagem por peça 13,58 min 4,13 min
Metal de solda depositado 450 g 350 g
Eficiência de deposição 69,2% 87,5%
Taxa de deposição 1,99 Kg/h 5,08 Kg/h
Consumo atual 300 Kg/mês 400 Kg/mês
Aumento de produtividade 155% (base taxa deposição)229% (base tempo de soldagem)
Caso ValvugásFernando Mecchi – Filial SP
EXPORTAÇÃO
Turquia é o mais novo cliente
Nos primeiros dias
de julho deste
ano, dois enge-
nheiros da Turkish Stan-
dards Institution (entidade
certificadora da Turquia) e
o distribuidor da ESAB na-
quele país estiveram na
matriz para testar uma sé-
rie de produtos fabricados
aqui. Além da homologação
dos sete eletrodos celulósi-
cos que, inicialmente, ha-
viam despertado o inte-
resse dos visitantes, outros
quatro produtos foram tes-
tados e homologados e, em
agosto, embarcaram para a
Europa.
A vinda da delegação
teve o objetivo de fazer
cumprir uma das várias eta-
pas do processo de expor-
tação. “A norma européia
exige que se faça uma vi-
sita ao fabricante para a re-
alização de uma série de
testes. Só depois de tes-
tado é que o produto tem
sua comercialização libe-
rada”, explica o gerente de
Desenvolvimento de Con-
sumíveis, José Roberto Do-
mingues, que credita à
“vontade de exportar” o
ótimo desfecho do contato
iniciado com a distribuidora
na Turquia.
Rumo às metasSegundo Luciana Sa-
bino, responsável pelas ex-
portações na matriz brasi-
leira, a negociação com os
turcos “abre portas para
um mercado promissor e
faz com que caminhemos
em direção ao cumpri-
mento de nossa meta de
exportação”, diz.
Mais do que isso,
aponta para a consolidação
de uma tendência seguida
hoje pela empresa: deixar
de ser uma empresa vol-
tada exclusivamente para o
mercado interno e ampliar
seus negócios para além
do Brasil. Diversos países
da América Latina e o Mé-
xico já importam, há três
anos, produtos da ESAB
Brasil, antes comprados
nos Estados Unidos. “O ob-
jetivo é tornar a matriz bra-
sileira uma parceira da
ESAB International nos
mais diversos setores, seg-
mentos de mercado e re-
giões do mundo”, acres-
centa José Roberto.
Luciana enxerga duas
vantagens principais na ex-
portação: “A primeira é a
segurança que toda em-
presa busca quando vende
para o exterior, de receber
em moeda forte. Além
disso, embora mais difícil de
ser conquistado – em razão
da qualidade e do planeja-
mento minucioso que exige
de quem exporta –, o mer-
cado externo é seguro, por
não estar sujeito às oscila-
ções que enfrentamos em
um país economicamente
instável como o Brasil.”
14
EXPORTAÇÃO
Em média, a ESAB
Brasil fatura cerca de
US$ 500 mil dólares/mês
com as vendas ao exte-
rior. Para os próximos
anos, a meta é chegar a
US$ 1 milhão. Os produ-
tos exportados são, em
maior volume, fluxos e
eletrodos celulósicos.
Eletrodos rutílicos e bási-
cos também compõem o
menu ofertado ao mer-
cado externo, além de
equipamentos de solda-
gem da linha ESAB.
Soluções para quem precisa
Em alguns casos,
quando o produto desen-
volvido para o mercado in-
terno não atende às ne-
cessidades de algum cli-
ente externo, a ESAB de-
senvolve produtos especí-
ficos ou faz as adaptações
necessárias para aquela
finalidade. Para isso, é ne-
cessário conhecer a fundo
as mais variadas deman-
das do mercado externo e
ter a qualidade exigida.
É preciso, também, in-
vestir em tecnologia. Há
pouco tempo, somente na
fábrica de arames tubula-
res foram investidos US$
1,2 milhão, que resulta-
ram em um significativo
aumento na capacidade
de produção e na melho-
ria da qualidade de todo o
processo. Uma das próxi-
mas metas da matriz bra-
sileira é desenvolver no-
vos sistemas de embala-
gem, para atender tanto
ao mercado interno
quanto o externo.
A ESAB espera, porém,
que todo o esforço em-
preendido, atualmente, na
matriz brasileira, seja
acompanhado de medidas
do governo que incenti-
vem a exportação. “As
perspectivas comerciais
são boas, mas precisamos
contar, também, com um
câmbio favorável, com a
desburocratização dos
procedimentos e com uma
melhoria dos serviços de
logística, transporte e por-
tos”, conclui Luciana.
15
16
TECNOLOGIA
Um passo à frente em tecnologia
O controle dos parâme-tros de soldagem em máqui-nas de solda pode ser reali-zado de várias maneiras: nosequipamentos mais simplese de pouca precisão, por con-trole eletro-mecânico ou atra-vés de chaves e resistências;em equipamentos mais sofis-ticados e precisos, por con-trole tiristorizado (SCR), quepossibilita uma boa veloci-dade de resposta; e, emequipamentos no “estado-da-arte”, através de controlepor MosFet ou IGBT, queproporciona altas velocida-des de resposta e grandeprecisão. Este último métodode controle está associado àutilização de circuitos inver-sores para a geração da ten-são de saída e está sendoutilizado com sucesso nonovo equipamento de solda-gem lançado pela ESAB, afonte de energia multi-pro-cesso sinérgica Synergic Po-wer 450i, fabricada no Brasil.
Tecnologia tiristorizada
Neste tipo de construção,existe um transformadorabaixador, como nas máqui-nas convencionais, e logo de-pois a ponte tiristorizadapara retificação e controledos parâmetros (tensão ecorrente) de soldagem. Noentanto, a freqüência com
que isto ocorre está limitadaa um múltiplo da freqüênciada rede - que no nosso casoé 60HZ -, podendo chegarno máximo a 360hz paramáquinas trifásicas com 6 ti-ristores.
Depois da ponte retifica-dora, é colocado um indutor,para atenuar o ripple, fa-zendo com que a corrente fi-que estabilizada. O circuitoeletrônico de controle per-mite o ajuste dos parâmetrosde soldagem e provê recur-sos para melhorar a estabili-dade da solda, como porexemplo, a compensação dainfluência da oscilação darede (em até 10%) na cor-rente de saída.
Tecnologia de inversores
A utilização de circuitosinversores em equipamentosde soldagem tem se mos-trado extremamente vanta-josa em diversos aspectos. Acombinação de componen-tes de potência com alta ve-locidade de resposta com mi-croprocessadores de con-trole de altíssima velocidadegarante ótimos resultados naqualidade da soldagem euma grande precisão na ma-nutenção dos valores desaída dentro dos parâmetrosestabelecidos. Esta tecnolo-gia permite, ainda, a fabrica-ção de máquinas multi-pro-cesso SMAW/GMAW/GTAWcom diversas funções adicio-
nais, como é o caso daSynergic Power 450i, recen-temente lançada pela ESAB.
Equipamentos que utili-zam inversores podem sermonofásicos ou trifásicos, e ocircuito inversor pode estarlocalizado no circuito primá-rio ou no circuito secundáriodo transformador principal.
Inversor no primário
A principal vantagem dacolocação do circuito inversorno primário é a redução notamanho do transformador e
do indutor, fazendo com queos equipamentos que utili-zam esta configuração sejambem mais leves e portáteis,quando comparados comequipamentos convencionais.No entanto, a colocação doscomponentes da ponte retifi-cadora primária, capacitor decarga e transistores de potên-cia no circuito primário obrigaa que estes componentespossuam isolação suficientepara suportar a maior tensãodo primário, ficando aindasusceptíveis aos ruídos e os-cilações da rede.
Synergic Power 450i & Dura Drive 44
17
Inversor no secundá-rio (Chopper) -
Esta tecnologia permite a uti-lização de capacitores de carga,transistores de potência e diodoscom níveis de isolação menores,pois estes estão dispostos nosecundário do transformador,que tem tensão mais baixa, ga-rantindo assim maior confiabili-dade contra picos e oscilaçõesda rede elétrica. Os transforma-dores para essas máquinas sãomenores que de uma máquinatiristorizada convencional, e mai-ores que de um equipamentocom inversor no primário. O cir-cuito eletrônico de controle des-ses equipamentos é extrema-mente rápido e preciso, garan-tindo a manutenção constantedos parâmetros de soldagemnos níveis pré-estabelecidos.
Tecnologia Chopper “inversor no secundário”
- Performance de um inversor com a confiabilidade
dos equipamentos tiristorizados
• Controle preciso dos parâmetros de soldagem;
• Performance equivalente a equipamentos com inversor no primário;
• Durabilidade comparável a equipamentos com tecnologia SCR (tiristor);
• Otimização de arco e da performance de soldagem;
• Ajuste fino de indutância;• Mais versatilidade
- MIG, Eletrodo e TIG;• Aumento da satisfação
do operador;• Redução de consumo
de energia elétrica.
Configuração dos parâmetros de soldagem por processo sinérgico
No processo sinérgico, ooperador indica, por meio dechaves, a bitola do arame e otipo de material utilizado, econtrola a velocidade de ali-mentação do arame e o ajustefino do comprimento do arco.A partir disto, a máquina ajustaos parâmetros de soldagem,de acordo com uma programa-ção pré-estabelecida na fá-brica, e faz as compensaçõesnecessárias para garantir aoperação otimizada. Esta tec-nologia garante uma excelentecondição de operação, pois osvalores pré-estabelecidos e oajuste automático proporcio-nado pelo equipamento pro-porcionam uma combinaçãosempre ótima dos parâmetrosde soldagem, aumentando aqualidade do trabalho e a pro-dutividade do operador.
Economia de energia
A economia de energia éuma característica marcantedos equipamentos com tecno-logia de inversor no secundá-rio. A tabela ao lado mostra arelação entre a corrente no cir-cuito primário e o fator de po-tência típico da Synergic Power450i e de um equipamento re-tificador tiristorizado convenci-onal.
Foi utilizada para compara-ção uma corrente de saída de300A/29V, para os dois equi-pamentos. Enquanto o retifica-dor tiristorizado apresentou
um fator de potência de 78%e eficiência de 56%, consu-mindo 26A da rede, a SynergicPower 450i atingiu 84% de fa-tor de potência e 72% de efi-ciência, com um consumo de
apenas 19A. Esta diferençasignificativa representa 27%de economia de energia, comreflexos claros na redução doscustos da operação de solda-gem.
TECNOLOGIA
18
TECNOLOGIA
CaracterísticasSynergic Power 450iFaixa de corrente: 10 – 500ATensão em vazio (MMA): 80 VCorrente nominal: 450 AFator de trabalho: 450 A @ 100 % / 500 A @ 60 %Alimentação Trifásica: 220/380/440 VClasse térmica: H - 180ºCTomada auxiliar: 115V (Conexão do sistema de refrigeraçãode tocha ESAB WC8)• Gabinete com rodas e rodízio para fácil movimentação no local de
trabalho e plataforma para cilindro de gás. • 100% estado sólido.• Voltímetro/Amperímetro digital
Dura Drive 44Tensão de alimentação: 42 VVelocidade de alimentação: 1,2 – 25 m/min• Conexão da tocha: Euro
Conector• Mecanismo de avanço do
arame com 4 roldanas• Voltímetro digital• Indicador digital da velocidade
de alimentação em polegadaspor minuto.
FunçõesSynergic Power 450iMultiprocesso – trifásica com característica de corrente constante
e tensão constante:
• Eletrodo revestido
• TIG
• MIG – Curto-circuito e spray
• MIG Pulsado Sinérgico
Permite a soldagem de aços carbono e aços ligados, aços ino-
xidáveis, ferros fundidos, alumínio e suas ligas, cobre e bronze.
Sistema do controle do Arc Force automático – melhora a perfor-
mance para soldagem com eletrodo revestido.
MIG convencional – possui indutância variável para solda-
gem neste processo, permitindo ajuste preciso da res-
posta dinâmica da fonte quando trabalha com transferên-
cia por curto-circuito, de forma a garantir uma excelente
estabilidade do arco.
MIG pulsado sinérgico – os parâmetros de soldagem são ajusta-
dos automaticamente, selecionado-se o material e o diâmetro do
arame através de chaves seletoras.
Diâmetro do arame: 0.8 / 0.9 / 1.0 / 1.2 / 1.4 / 1.6
Tipo de material:
Arame sólido: aço carbono, aço inoxidável, alumínio 4000 e
5000
Arame tubular “Metal cored”: aço carbono e aço inoxidável
Indicador de falha – quando operando no modo MIG Pulsado
Sinérgico, indica quando os parâmetros pré-selecionados es-
tão incorretos.
Ajuste contínuo de corrente e tensão – Em todos os pro-
cessos, o ajuste da corrente ou da tensão é feito de forma
continua e precisa através de um potenciômetro no painel
frontal, no controle remoto opcional ou no alimentador de
arame.
Proteção contra sobre-temperatura – sistema automático de
acionamento do sistema de refrigeração, operando somente
quando necessário.
Dura Drive 44• Anti-stick, para evitar que o arame cole na poça de fusão.
• Pré e pós-vazão do gás de proteção.
• Controle do gatilho em 2T ou 4T .
• Solda ponto, com controle de temporização.
• Ajuste da velocidade de partida, operando na metade do valor
da velocidade normal de alimentação, ajustado no painel traseiro.
• Para utilização no processo MIG pulsado sinérgico da SynergicPo-
wer 450i, os parâmetros de pulso (altura, largura, corrente de base
e freqüência) são automaticamente ajustados pela fonte, de acordo
com a velocidade do arame ajustada pelo operador no DuraDrive 44.
• Ajuste duplo, permitindo a seleção de um conjunto de parâme-
tros pré-definidos alternativo com um segundo acionamento do
gatilho, sem parar a solda.