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Syus

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Outro Livro Log da Campanha de Game of Thrones. Este do jogador Victeron que joga com Syus, em Winterfell.

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<Narradora>Quem gostaria de tomar o lugar de Syus e deixar de ser um nobre rico e com suas honrarias conhecidas para viver a ansiedade ser tão grande quanto o frio que fazia nas noites onde o vento era tão forte que apagava o fogo da pobre lareira? Que amargo destino era esse que afundava os homens simples no solo úmido do norte? A espada bastarda conseguida por herança era duas vezes mais pesada e sem tantas virtudes nas mãos de pessoas de sangue comum... Mas todos esses pensamentos já não afetavam tanto Syus. Tinha uma incumbência grande agora e não dependia somente de seu esforço para manter-se. Havia outros dependentes, o que significava mais dedicação, mais desgaste, mais tempo e menos descanso para os prazeres simples que os homens comuns podiam ter. A Guerra havia terminado e Ned já estava de volta há algum tempo. Era hora de reorganizar os exércitos da cidadela e isso significava novos testes com os interessados. Embora Syus soubesse que seria pouco mais do que um Guarda-Espadas se tentasse, isso já seria melhor do que ser mercenário ou vigia de uma taverna... Faltavam pouco mais de 6 horas para o início dos testes e era bom o jovem estar preparado para mudar sua vida... <Syus> *O agora adulto Syus encontrava-se em seu serviço comum, diário, posicionado na entrada da taberna fechada, sentindo o frio do Norte cortar a sua pele pálida, porém o corpo deste já estava tão acostumado com esse frio intenso que mal conseguia sentir o extremo climático de Winterfell. A espada bastarda fazia um peso grande nas suas costas e Syus via nesta a oportunidade de ingressar na guarda da cidade daqui a 6 horas, pouquíssimo tempo, com certeza não poderia preparar-se caso continuasse em seu serviço. Logo, adiantando o que viria, Syus entrou na taberna para conversar com Hogg, o dono gordo do lugar. No caminho, encarou com frieza os bêbados e visitantes do local, tentando meter-lhes medo e respeito* "Aquele maldito velho tem que me liberar hoje, não vou perder uma ótima oportunidade como essa porque um punhado de bêbados sem ambição vivem nesse lugar, causando todo o tipo de confusão.“ <Narradora>O local não estava muito cheio, devido ao evento de mais tarde e alguns homens ainda achavam que seriam úteis, mesmo não passando de lenhadores ou simples cuidadores de cavalos. Mesmo assim, havia certo número de pessoas, alguns já clientes assíduos do local, sempre com um ar mal encarado e de pouca amistosidade. Hogg estava conversando no balcão quando viu Syus se aproximar e pediu para um senhor alto de capas nobres de pelagem de lobo esperar. Com seus olhos grandes ele aguardou o rapaz se aproximar.

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<Syus> *Syus passou perto do homem de roupas nobres e que também pareciam quentes para enfrentar o clima rigoroso do Norte, encarou-lhe dos pés à cabeça, vendo se havia algo nele que o interessava de fato. Ele sentiu uma pontada de inveja, como sempre; ter uma roupa daquelas não era para qualquer plebeu. Voltando ao seu objetivo, Syus pôs a mão esquerda sobre o balcão e olhou no fundo dos olhos do barrigudo* -- Hogg, hoje há um evento para a escolha de novos guardas aqui na cidade e eu preciso me preparar para ele. O senhor sabe que, diferente desses homens sem habilidade alguma que vão tentar uma vaga, eu tenho utilidade. Pode me liberar agora? ** NPC: <Hogg> Pondera sobre as palavras do rapaz e fica com uma expressão mais séria do que a habitual, embora isso fosse bem difícil. -- Escute aqui rapaz. A próxima vez que me pedir dessa maneira te dou um chute no traseiro, tá me entendendo? Apontou o dedo para ele e inspirou nervoso pensando no próximo xingamento que diria. Para surpresa de Syus, o homem que estava ao balcão interviu na conversa e disse: ** NPC: <Homem> -- Deixe que ele vá senhor. É de direito de um homem querer o melhor para si. Syus não viu como era o rosto do homem, mas Hogg pareceu respeitá-lo. No momento seguindo o homem gordo indicou a saída para Syus, indicando que ele poderia ir. <Syus> *No momento em que ouviu tais palavras de Hogg, Syus sentiu uma ira consumindo seu peito, ele fechou os dedos fortemente contra a palma de suas mãos e respirou fundo, pensando, agora, em Orianna e Beaveth, elas precisavam daquele dinheiro mais que Syus, não poderia jogar tudo par ao ar daquela forma, como se ainda fosse um adolescente sem pretensões. Quando prestes a balançar a cabeça concordando com Hogg, ouviu as palavras do misterioso homem de capa confortável e surpreendeu-se com tal iniciativa, assim como o respeito que Hogg tinha por ele* "Mas o quê? Certamente esse homem quer algo de mim. Não se ajuda um plebeu sem ter um interesse." *Syus tomou distância do balcão e assentiu brevemente para o homem, dando as costas à Hogg e saindo da taberna, pisando forte. Teria que avisar sua mãe do evento que ocorreria, por esse motivo apressou o passo para casa* <Narradora>Syus seguiu para sua casa rapidamente e pela pressa que tinha chegou lá rapidamente. A conversa não se demorou muito e em pouco tempo conseguira a permissão desejada. Na verdade sua mãe tivera um início de preocupação excessiva, o que era natural, mas sabendo das possibilidades que aquilo representava, não seria ela a barrar o destino do rapaz. Desejando-lhe boa sorte, ela beijou a testa do rapaz e pediu que ele lhe trouxesse notícias o quanto antes. Syus viu grande mobilização na cidade, que geralmente era bem silenciosa. Não havia muito tempo para se preparar...

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<Syus> *Syus chegou no centro de Winterfell, onde ocorreria a seleção de candidatos, com muita inspiração para passar dos testes ou seja lá o que iriam inventar desta vez, apesar de não lembrar como foi o teste de seu pai para a entrada na guarda de Winterfell, sabia que não deveria ser tão fácil quanto ele esperava. Andando entre os homens, encarou os pobres com desdém e os mais abastados com inveja, desejando estar no lugar deles no que é relativo à riqueza. Parado, no meio de tantos, restou à Syus checar se estava com seus equipamentos preparados: espada bastarda e corselete de couro duro era o que ele precisaria agora, o suficiente* <Narradora>No local haviam alguns guardas de Winterfell e eles dividiam as pessoas em SERVIÇOS SECUNDÁRIOS e GUARDA. Claro que muita gente entrava na fila dos serviços secundários, indo na direção de tendas postas estrategicamente para avaliações distintas. Diferente desta, as pessoas que escolhiam ser da guarda, iam marchando em fila na direção do Hall da fortaleza Stark, o que era um pouco desgastante. Chegando na vez de Syus, um dos guardas o observou bem e, embora fosse óbvia a decisão do rapaz, ainda mais pelo equipamento que trajava, ele perguntou: "Serviços ou Guarda?“ <Syus> -- Guarda. *Syus respondeu com convicção absoluta o guarda que havia lhe perguntado aquilo, era uma questão de destino, não poderia mudar o que os Velhos Deuses já haviam escrito para ele. Depois da resposta com tom de voz estridente, Syus puxou o corselete em seu peito de um lado para o outro, tentando-o deixar em uma posição confortável para aguentar a cansativa espera e caminhada até o hall, onde provavelmente seria decidido os merecedores da vaga de guarda. Na fila, Syus tentou definir um perfil dos homens que estavam tentando a vaga, vendo se teria muita dificuldade naquilo* <Narradora>Syus percebeu que a maioria mal sabia lutar com uma espada de treinamento e alguns poucos poderiam erguer uma espada longa no frio do norte, bem como ter força ou jeito de sacá-la da bainha. Winterfell realmente carecia de bons guardas e aqueles certamente não pareciam ser os melhores. Quando chegou no Hall da Casa Stark, vendo os estandartes do lobo hasteados, ele sentiu que era a hora de mudar seu destino. Do alto da sacada, Ned Stark assistia a tudo ao lado de sua esposa, e parecia estar distante no seu olhar. Havia cansaço no seu semblante e algo que parecia arrependimento, mas podia ser só impressão, já que Syus nem estava tão próximo assim. Os duelos eram divididos em dupla e um membro da guarda intermediava o combate. Quando chegou a vez de Syus, ele duelaria com uma espada de treino, de madeira, e portanto pediram para ele deixar sua espada com o encarregado de vigiar um ou outro equipamento que surgia. Três toques era seu desafio e seria a hora dele provar, diante de Ned, que era capaz de defender a cidade... Seu adversário, um homem 5 anos mais velho, parecia determinado, embora não tivesse a postura e nem o porte de um grande guerreiro...

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<Syus> *Syus observou o hall dos Stark maravilhado com tanta beleza e aconchego em apenas um hall. Os estandartes davam o ar de orgulho e coragem da casa, enquanto os guerreiros e guardas nortenhos, encarregados de assegurar a boa realização do evento, davam a o tom de vida que faltava. De longe, encarou Eddard, o auge e modelo do que Syus gostaria de se tornar, o lorde de uma grande casa, como a Stark. Mas, sabendo que estava longe disso, restou lutar contra seu oponente utilizando espadas toscas de madeira. Era melhor ter o pé no chão, por enquanto. Syus entrou em sua posição de combate habitual, fitando a movimentação de seu oponente com frieza* "Lorde Eddard, olhe para mim. Veja do que sou capaz aqui." (Iniciativa e Ataque) <Narradora>Quando o guarda deu o sinal, Syus usou seu movimento rápido para ficar de lado, ganhando mais alcance com o braço e atingindo seu adversário no peito, precisamente. O golpe fez o guarda olhar para ele de um jeito curioso e o seu adversário crispou o lábio agora sabendo se tratar de alguém com bastante técnica. Este tentou fazer uma finta curta e golpear o lado de Syus, que defendeu com uma boa postura e tranquilidade. Era a vez do rapaz, novamente. >> <Narradora>Com um novo movimento, ele empurrou seu adversário para que tivesse liberdade para atacar. Fingindo que golpearia por cima, ele fez o movimento, obrigando seu adversário a proteger a cabeça, mas girou o corpo e parou com a espada as costas do rapaz, dando um toque sutil no coluna deste. Embora ele tivesse vencido, esperava que apenas ouvisse um "Muito bem, pode ir para outro local". Mas quando se deu conta, não só os homens que ali estava aguardando sua vez pararam, estasiados com os movimentos do rapaz, como o próprio Ned estava de pé, olhando sua desenvoltura. O silêncio só era interrompido por um ou outro golpe de espada de madeira de outros que não tinham parado para ver o rapaz e, no momento seguinte o guarda atendeu ao sinal de Ned e disse ao rapaz depois de tocar o seu ombro, identificando-o como vencedor: "Venha comigo, senhor". <Syus> *No último movimento depois do golpe que terminou a luta, Syus deixou escapar uma respiração ofegante, pois queria dar o máximo de si naquela luta para impressionar os guardas presentes, sabendo que uma boa primeira impressão seria essencial para que ele pudesse ter algum futuro dentro de Winterfell. Para sua enorme surpresa, ao fim da luta percebeu os homens estarrecidos pela sua performance e o ilustre/misterioso convite de um guarda logo ao fim desta. Sua contratação fora bem mais rápida do que pensou que fosse* "Ahn? Acabou?" *Syus até tentou retrucar para o guarda, porém considerando as circunstâncias, todos olhando para ele, não seria prudente fazer aquilo. Era melhor ser recluso como sempre foi desde o trágico acontecimento envolvendo seu pai*

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<Narradora>O guarda disse no caminho que os pertences seriam devolvidos em breve e ao que pode ver, Syus foi o único que adentrou o salão entre colunas frias. Sobre o eco de seus passos e do jovem que seguia ao seu lado, eles passaram por um curto corredor até chegar a uma porta metálica de aspecto bem severo. Ao lado desta, outro homem mais bem equipado abriu-a e logo Syus estava numa câmara semi-circular. Do outro lado, mais uma porta, dessa vez de madeira bem trabalhada, estava fechada e um outro homem a vigiava. Na lado leste da câmara, uma escada subia acompanhando o ângulo do local e por ela ele viu Eddard Stark descendo calmamente... <Syus> *Nesta altura da situação, Syus não importava-se mais tanto com seus equipamentos, sabendo que estava em segurança estando em segurança no hall da família dominante do Norte, mas importava-se sim com o destino daquela caminhada entre as paredes frias do local. De vez em quando, olhava para o guarda que lhe acompanhava, vendo se havia algo de errado ali, pois definitivamente era uma situação nova para Syus. Já no salão semicircular, a descida "triunfal" de Eddard Stark disparou o coração de Syus, pois ele nunca estudou costumes para conhecer todas as regras de como comportar-se perante um Lorde. Logo, de cabeça baixa ficou, prendendo a respiração, tentando estufar o peito para parecer mais forte e saudável aos olhos de Ned* "Eu fiz algo de errado..." <Narradora>A cada passo e a cada eco, uma emoção crescente preenchia o corpo de Syus e logo o chefe da casa dos lobos do norte estava diante dele. Estava com um olhar sério, mas ao mesmo tempo ele emanava uma nobreza solene indescritível. Sua barba bem escovada se juntava aos cabelos castanhos que ultrapassavam os ombros cobertos com a capa de inverno de lobo da neve. Ele deu dois passos mais até ficar bem próximo do rapaz, que sentia que a nobreza do homem era tão grande que sua cabeça teimava em não levantar. Depois de longos minutos apenas analisando o rapaz, sem dizer uma palavra, apenas mantendo seu corpo ereto com as mãos juntas às costas, ele enfim quebrou o silêncio: ** NPC: <Eddard Stark> -- Como se chama, rapaz? Foram suas primeiras palavras... <Syus> *A cada momento de aproximação de Eddard Stark, crescia o sentimento de culpa por atos do passado cometidos por Syus, jamais passou pela sua cabeça ter feito algo bom o suficiente para chamar a atenção do líder dos Stark. Suas pernas fraquejaram por um momento ao ouvir a pergunta de Eddard. Desfazendo o nó na garganta e erguendo a cabeça aos poucos, o sentimento de inveja e um pouco de orgulho se esconderam imediatamente dentro de Syus* - Syus, senhor... *A voz de Syus saiu sussurrada, meio desconfiada, temendo represália*

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** NPC: <Eddard Stark> Andou para um lado e depois para o outro do jovem, mantendo o semblante solene, como se divagasse várias e várias vezes, perdido em seus pensamentos, como se o nome de Syus tivesse o tamanho de todas as famílias de Westeros juntos. Analisava, durante esse tempo, da postura dos pés ao dorso do jovem, até passar pelas mãos e chegar no tronco, subindo pelo pescoço até os olhos. Ele balançou a cabeça, como se somente depois de tudo isso terminasse de ouvir o nome dele, e mesmo assim poderia haver dúvida se ele realmente se lembraria. Mas Eddard era um homem diferente de todos que Syus esteve diante e depois de um tempo ele continuou. -- Você me lembra alguém, jovem Syus... Ele disse no mesmo tom de sempre, mas aquilo causou um impacto grande em Syus. Ele prosseguiu. -- Winterfell terá um excelente combatente... que aprenda que o lobo que uiva mais baixo é o que sobrevive durante a caçada. Ele olha para o guarda e fez um breve sinal com a cabeça e depois faz um sinal com para que Syus se ajoelhe e aguarda com seu jeito nobre e intransponível. <Syus> *Syus ouvia as palavras do sábio Eddard Stark, mesmo aos 23 anos, com extrema atenção e cautela, duvidando da veracidade da sequência de fatos que estava ocorrendo ali. Era um salto imenso de um plebeu sem importância de Winterfell para um plebeu sendo confrontado e recebendo conselhos indiretos do lorde de Winterfell, grande aliado e amigo de Robert Baratheon. E a vaga mente de Syus ainda não conseguia compreender porque estava sofrendo aquele interrogatório gentil. Sem dizer uma palavra, e também não desejando atrito com Eddard, ele ajoelhou-se lentamente, juntando ambas as mãos na frente do corpo, na altura da cintura, como se estivesse sonhando acordado com Isaes. Seja qual fosse a decisão do Lorde naquele momento, já seria o suficiente para as simplórias expectativas de um plebeu ganancioso* ** NPC: <Eddard Stark> Sacou sua Greatsword de aço valiriano e posicionou no chão, como se apoiasse se forma honrosa a frente do rapaz de joelhos. A lâmina emanava algo parecido com uma brisa gélida, mas talvez fosse só impressão de Syus. Ele pareceu manter seus pensamentos, sem dizer uma única palavra a Syus. Quando depois de um tempo, ele abriu os olhos e disse: -- Repita comigo, jovem... Pelos deuses antigos, sobre as brumas esquecidas dos tempos imemoriais || ofereço meu braço, como sua arma || ofereço meu peito, como proteção || ofereço meus sonhos, para o único objetivo || de proteger meu coração contra as injustiças do mundo... || pelo sangue derramado dos ancestrais... || dos ditos filhos primeiros da terra || sou hoje mais um || e serei até quando suas vozes eu ouvir || se surdo ainda verei... || se cego ainda sentirei || sua força me guiará || por Winterfell. E ele aguardou que Syus repetisse.

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<Syus> *Aquela gloriosa e imponente espada provocou um calafrio de imediato em Syus, imaginando se algum dia conseguiria portar uma arma daquele poder, metendo medo nos fracos e provocando um sentimento de respeito entre sus inimigos. Pois bem, no momento ele se encaixava mais como "gente fraca" perto de Eddard, e não deixou de pensar na possibilidade de ter a cabeça cortada fora por um só golpe, porém aquela não parecia ser a ocasião, e mais nada passou pela cabeça de Syus. Coagido pela até pela espada, ele começou a repetir as frases pausadamente, proferidas por Eddard Stark. Os fatos continuavam confusos em sua cabeça, nada estava claro à ele* -- Sobre as brumas esquecidas dos tempos imemoriais... Ofereço meu braço, como sua arma... Ofereço meu peito, como proteção... Ofereço meus sonhos, para o único objetivo... De proteger meu coração as injustiças do mundo... *Syus aumentou o tom de voz em "injustiças do mundo", como se aquilo lhe afetasse realmente* Pelo sangue derramado dos ancestrais... Dos ditos filhos primeiros da terra... Sou hoje mais um... E serei até quando suas vozes eu ouvir... Se surdo ainda verei... Se cego ainda sentirei... Sua força me guiará... Por Winterfell! *As últimas palavras adquiriram um tom mais entusiasmado quando saíram da boca de Syus* ** NPC: <Eddard Stark> Manteve a mesma postura e olhar, mas se podia ver certo orgulho no rosto. Observou o jovem e fez um sinal, ao qual o guarda imediatamente se retirou. Em seguida, ele guardou sua espada imponente e sacou uma faca curvada com cabo de pinheiro negro. Em seguida ele disse: -- Sua mão... fique com a palma de sua mão hábil para cima... Disse no mesmo tom e com a mesma magnitude de sempre. <Syus> - S-... sim *Após ter dito todas aquelas frases pausadas que, em sua cabeça, começavam a fazer sentido se juntas, diferentes dos fatos embaralhados até agora, Syus erguera sua mãe destra para Eddard, virando a palma em direção ao rosto do Lorde para que ele tivesse uma visão plena desse membro. Ao mesmo tempo, Syus fechou os olhos e respirou fundo, preparando-se e tomando coragem para enfrentar qualquer coisa que viria* ** NPC: <Eddard Stark> Se aproximou de Syus com bastante calma e depois se aproximou, ficando diante dele. Em seguida, Eddard abaixou e foi falando, ao mesmo tempo que foi fazendo um corte na mão do rapaz, bem lentamente. -- Esse é o seu primeiro ferimento como protetor da cidade e ele foi feito pelo seu aliado. Quando precisar buscar forças, lembre-se de quem o fez. Inimigo algum poderá ter esse mérito, pois ele já é meu. Em seguida, ele tirou um pano branco com uma pequena linha esverdeada clara. -- Somente seu sangue deverá manchar esta flâmula. Guarde-a para que um dia mostre a seus descendentes. E ele se afastou em seguida.

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<Syus> *Syus aguentou firmemente o corpo superficial em sua mão, suficiente para provocar um leve sangramento, nada que ele não pudesse resistir possuindo um porte atlético e um corpo jovem, forte. Finalmente ele havia entendido o significado de todo aquele ritual que pareceu embaçado em sua mente, em parte pelo nervosismo de estar de frente à Eddard e em parte pela própria falta de conhecimento que possuía a respeito daquilo. Syus fechou a mão lentamente e não pôde deixar de perguntar para Eddard, enquanto ele afastava-se, algo que lhe incomodava sempre que batalhava em meio à uma multidão* -- Senhor, se permite-me perguntar... Por que todos olham para mim com espanto? *Já forçava suas pernas para levantar-se, lentamente, revigorado pela experiência nova e pelo sopro de vida recebido na ocasião* ** NPC: <Eddard Stark> -- Seu domínio com a espada. Ele disse no mesmo instante. -- Possui uma base perfeita ao manusear a espada e tem um controle preciso quando desloca seu antebraço. Seu balanço pode melhorar, para o caso de precisar partir escudos, mas sua técnica em corte e seu movimento de ponta estão em total harmonia. Ele disse como se tivesse observado Syus por mais de cinco horar, lutando contra pelo menos 5 adversários. -- Alguma pergunta mais, jovem? <Syus> -- Senhor, e-eu nunca tinha percebido isto. *Syus balançou a cabeça, obviamente surpreso pela revelação de seu talento que ele mesmo nunca tinha parado para perceber e comparar com o talento de batalha de outros homens de Winterfel. Realmente não gostaria de incomodar e tomar o precioso tempo de Eddard, logo, como se tivesse o poder para isso, dispensou Eddard, esperando ser guiado para fora daquele saguão* Obrigado pelo... Esclarecimento? <Narradora> Em poucos instantes o guarda voltou e trouxe o equipamento de Syus. Eddard assentiu discretamente e voltou para junto de sua esposa, na sacada. O guarda conduziu Syus para fora, onde alguns ainda duelavam e manteve uma expressão diferente em relação ao rapaz. Lá ele disse: ** NPC: <Guarda> -- Tens até o final da noite para vir com seus pertences ao castelo. O guiaremos até a fortificação. Está dispensado senhor. <Syus> *Syus assentiu para o guarda, terminando de observar os últimos duelos do hall e já saindo com os pertences todos recolhidos, sobre os braços dele. Depois do que Eddard havia dito, nunca mais veria as batalhas da mesma forma, passaria sempre a compará-las com seu estilo de luta que o Lorde de Winterfell julgava ser um estilo próximo da perfeição absoluta. Syus mal poderia conter-se em chegar logo em casa para contar tudo o que fora revelado aquele dia, em poucas palavras, para a mãe e dar seu beijo em sua irmã, Orianna, como de costume. No caminho para sua casa, encostou a mão destra no peito e suspirou, deixando escapar um tímido sorriso de satsifação*

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<Narradora>O caminho até a casa passou tão depressa que Syus parecia morar próximo do castelo. Chegou num misto de satisfação misturado com um jeito ofegante pela ida rápida pela trilha. Todos pareciam aguardar seu retorno e sua irmã, Orianna, escondeu algo às costas quando ele entrou, ficando próxima da parede. Sua mãe o observava esperançosa e pareceu ficar preocupada quando olhou para a mão de Syus. Todos aguardavam suas palavras... <Syus> -- Ao que tudo indica, eu fui aceito na guarda de Winterfell. E o mais importante de tudo... *Syus dirigiu o olhar sincero à mãe, uma das únicas pessoas de Winterfell que ele era capaz de nutrir bons sentimentos e ter grande empatia* O próprio Lorde de Winterfell me deu esta notícia, dizendo que eu estava alcançado a perfeição na arte da batalha. *As palavras saíram da boca de Syus naturalmente, pois uma semente de orgulho merecido agora geminava nele. Esperaria alguns momentos antes de perguntar à Orianna o que a pequena escondia em suas costas* <Narradora> Todos comemoravam dentro da casa simples e a matrona da casa não podia expressar maior felicidade, dando-lhe um forte abraço e deixando as lágrimas rolarem dos olhos, com sinceridade e orgulho. "Parabéns" foi o que ela conseguiu dizer, com muita emoção e, enquanto Syus era abraçados pelos outros, Orianna ficou lá, no canto dela, feliz e boba, com lágrimas nos olhos, como se esperasse a vez dela de ser notada. <Syus> *Syus retribuiu o abraço da mãe, mantendo seu velho sorriso tímido, contendo as lágrimas, pois fora ensinado pelo pai a nunca revelar suas fraquezas emocionais à ninguém, e seu jeito durão passou para o filho. Em menor escala, mas passou. Terminando de ser abraçado pela mãe, Syus foi em direção a Orianna e agachou-se para ficar da altura dela, abrindo os braços e envolvendo-a* -- O que essa garota está escondendo aí? *Poucas coisas em na vida de Syus o alegravam tanto quanto permanecer perto de sua família; Beaveth e Orianna* <Narradora> A menina estava emocionada, era fato. Ela o abraçou tão calorosamente que se fosse forte teria deslocado o pescoço do jovem, mas não era, então Syus sentiu apenas um abraço terno e sincero. A pequena tentou se acalmar e assim que as lágrimas e os soluços se foram, ela voltou a se desvencilhar um pouco e mostrar um boneco de pano rústico e simples. Ela ficou sem jeito, com ele nas mãos, pois parecia imaginar que não era um presente digno ao irmão. Porém, ela encheu o peito e mostrou a ele, dizendo:

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** NPC: <Orianna> -- Mano... eu costurei pra você... ela limpou a lágrima do rosto e prosseguiu. Peguei os botões mais bonitos do meu casaco pra fazer os olhos. Porque seus olhos são bonitos... Mas ela não conseguiu explicar... chorou e o abraçou novamente... <Syus> -- Ori... É-é uma... Obra de arte. *Syus pegou cuidadosamente a boneca, analisando-a nos níveis de uma criança alegre como Orianna, e ela parecia ter o dom da costura, de fato. No segundo forte abraço de Orianna, acompanhado das lágrimas, Syus abaixou a cabeça sobre os ombros de sua pequena irmã e fechou os olhos, abraçando-a junto. Estava acontecendo uma batalha interna para que ele não deixasse as lágrimas escorrerem pelo seu rosto pálido, marcado por barbas negras e grossas* Eu amo vocês... <Narradora> Depois da cena de maravilhosa afetividade, os brindes começaram e a casa tomou tom de festa e comemoração. Bebidas e taças foram erguidas "A Syus!" e sua irmã finalmente o soltou, entendendo que ela deveria deixá-lo seguir seu destino. Ao que parecia, já havia conversado com sua mãe sobre isso, embora fosse difícil para ela aceitar qualquer distância prolongada. Depois da primeira salva de palavras de boa esperança, Syus sabia que não poderia se demorar ou não chegaria no horário combinado com o guarda. <Syus> *No fim das comemorações, Syus estava bem empolgado com seu novo emprego que tampouco pensou em avisar Hogg sobre o abandono da taberna para dedicar-se a algo superior: a guarda de Winterfell. Despediu-se de sua família, carregando uma pesada trouxa lotada de mudas de roupa, debaixo desta trouxa uma mochila onde os seus pertences de combate estavam guardados. Já na cintura, uma bainha rústica guardava a espada bastarda e seu colete de couro duro encontrava-se debaixo de sua blusa comum, pronto para chegar no castelo sem deixar dúvidas de que possuía uma grande auto-confiança* "A partir de hoje, Winterfell me conhecerá de verdade. Eu terei meu devido reconhecimento."

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<Narradora> Syus se despediu de todos, sendo sua irmã a que mais demorou para soltá-lo, indo na direção do castelo pela trilha, no meio da noite fria do norte. Ao chegar lá, viu que somente ele e mais um haviam, aparentemente, passado nos testes. O outro era um jovem de pouco mais de 14 anos e parecia indeciso quanto a seu futuro. Quando, enfim, Syus chegou, o guarda os conduziu para uma carroça e pediu que eles subissem. Em seguida, após os dois obedecerem, partiram para o portão leste, contornando os bosques sagrados. Depois de algum tempo, finalmente chegaram na fortaleza, onde haviam vários guardas e outros homens com funções secundárias. Ali Syus começaria sua vida como guarda de Winterfell e a brisa pareceu tocar seu rosto de forma diferente quando pisou ali. O guarda o conduziu para um quarto, que dividiria com mais 3 pessoas. Havia somente um baú para guardar seus pertences e ele parecia ser o mais velho dos 3, embora no local houvesse homens com mais de 30 anos, embora fossem raros. O guarda avisou que eles teriam a primeira refeição somente no outro dia e que era para descansarem, o melhor que pudessem... <Syus> *A fortaleza foi vista com um olhar de surpresa por Syus, que não esperava estar em um edifício tão elaborado para exercer sua profissão que prometia ser duradoura e produzir bons frutos para seu futuro. Na caminhada até o quarto onde descansaria e guardaria seus pertences, Syus encarou cada um dos homens que ali perambulavam ou exerciam suas funções secundárias, demonstrando desprezo por estes, já que, na opinião de Syus, escolheram uma profissão menos digna do que a de guarda. Syus colocou seus pertences dentro do baú no quarto, retirou o corselete, assim como a bainha, e sentou-se sobre a cama, olhando o teto do quarto* "Eu tenho que me acostumar com isso. Não posso deixar que pensem que sou um estranho, um guarda bizarro. Tenho que me... Socializar, argh." *Jogou suas pernas sobre a cama um tanto quanto desconfortável e estreita, respirando fundo* -- É... "Onde foi aquele jovem que estava comigo?" *O olhar de Syus logo percorreu o quarto, vendo se ele tinha vindo junto* <Narradora>Syus percebeu sim que o jovem veio com ele, mas não ficou no mesmo quarto, tampouco na mesma ala. Ele pareceu ficar mais próximo de onde estavam os estábulos, em outra torre. Os que dividiam o quarto com ele pareceram inquietos, como se Syus fosse diferente deles, embora pudesse ser só impressão do guerreiro. <Syus> *Syus não estava decepcionado, porém o curto período que passaram juntos dentro da carroça em direção à fortaleza foi o suficiente para ele considerar o jovem como um conhecido dentro da organização. Ignorando este fato, teve de lidar com os olhares curiosos de seus companheiros de quarto, dos quais não conseguiu se livrar nem mesmo deitando-se de novo. Syus não era muito de conversar, porém a situação lhe incomodava* -- Tem algo errado? *Perguntou rapidamente Syus, deitado em sua cama, não olhando aqueles homens nos olhos*

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<Narradora>Os homens ignoraram o comentário, fosse por medo ou respeito, ou simplesmente para não causar confusão ou atrito desnecessário. Logo a noite envolveu Winterfell como um manto, e o escuro envolveu todos os cantos trazendo o silêncio e mais frio... A noite passou rápida, mas Syus pareceu ter um sonho interminável com a cena diante do Lorde de Winterfell. Seu sonho parecia tão duradouro que ele não despertou no primeiro toque dos sinos, tendo de ser acordado por um dos homens do quarto. Um novo dia nascera na vida do guerreiro e ele teria de começar a se adaptar ao seu novo caminho... <Syus> *Syus acordou com um pequeno susto e sentindo-se desconfortável por ter acordado de um sonho tão interessante como aquele, mas o dever lhe chamava e nunca esperava. Naquela nova etapa de vida, precisa deixar certas mordomias e hábitos de lado para adaptar-se. Syus abriu seu baú e buscou a espada bastarda, o corselete de couro duro e suas roupas comuns, de frio. Mais ao fundo, estava o pano dado por Eddard, que não hesitou em pegar e guardar dentro do corselete. Pronto para o início do serviço, esperou não ter se atrasado, e seguiu os outros homens em passos largos e decididos, às vezes esbarrando com alguns. Queria marcar sua presença naquele lugar, ser reconhecido como uma potência* <Narradora>Syus chegou num salão aquecido por uma grande lareira queimando toras de pinheiro. Estava um ambiente agradável e a comida não era nada mal. Três fatias de pão torrado, uma pequena porção de ameixas amassadas, uma tigela rústica com leite de vaca, um prato com bife de presunto, 3 ovos marrons cozidos e uma semente de aizal. Depois do café, os guardar se reuniam para conhecer as atividades... Alguns treinavam espada, outros arco e alguns montaria. A fortaleza parecia mobilizada naquele dia, mas ainda não se sabia o por quê. De certo que haveria uma informação dentro em breve. Logo veio o treinamento, nada que Syus não soubesse com maestria, mas não era bom desdenhar o instrutor logo no primeiro dia. Depois de algumas horas, uma badalada de sino chamou atenção de todos para o Pátio. Era Eddard e Kathleen stark, vindo a cavalo, acompanhados de dois guardas de proteção. Logo, os grande senhor do norte disse que sua esposa iria até o white Harbor para uma incursão diplomática e uma escolta deveria ser feita para manter sua segurança. Eddard chamou seu instrutor responsável e este começou a chamar guardar de sua confiança. Eddard parecia procurar por alguém e foi então que se deparou com o olhar de Syus. Ele pareceu satisfeito e logo em seguida o instrutor interrompeu os devaneios do jovem. Catelyn stark deixaria seu filho pequeno em Winterfell e tinha que se cuidar, pois estava grávida e precisava do dobro de cuidados.

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<Syus> *Syus foi realmente pego de surpresa por tal proposta, já que participar de uma viagem de importância como esta, ao lado dos principais membros da família Stark, Eddard e Catelyn, definitivamente não era algo que ele esperava conseguir em um tempo curtíssimo de trabalho. Preferindo não gaguejar e acabar por transmitir um ar de insegurança e de homem despreparado para o casal Stark ali, em sua frente, Syus concordou com a decisão de proteger o pequeno fruto do amor entre estes. As mãos do jovem tremiam levemente e sua respiração falhava um pouco, como se os peitos estivessem cheios de orgulho e, em certo ponto, temor do que viria a acontecer após essa proposta. No final de tudo, Syus apenas concordou com um gesto de cabeça, arqueando também seu corpo em sinal de respeito* <Narradora>A saída de Winterfell foi no mesmo dia e os homens se juntaram a Lady Catelyn Stark para seguir até White Harbor e os homens receberam a única instrução de proteger a esposa de Eddard Stark. Dois batedores haviam sido nomeados para fazerem o trajeto mais adiantados, a fim de fornecer qualquer garantia antecipada de boa passagem. O tempo estava mais firme e possivelmente o clima não seria nenhum adversário até a grande cidade portuária. O caminho é que deveria ser um grande impecílio e era por isso que o Lorde do Norte nomeou seus principais guerreiros para a tarefa. Syus teve um mínimo de tempo para se preparar, junto dos outros e ele ficou designado para a defesa pessoal da senhora de Winterfell, junto de mais um homem. Por coincidência, era o mesmo que havia sido aceito para a entrada na guarda e com uma breve conversa durante os primeiros minutos os dois souberam um pouco um do outro. O rapaz se chamava Leyann de Holdfast e aparentemente era um arqueiro, levando consigo, também, uma espada curta. O caminho parecia bem tranquilo, mas a paz acabou sendo interrompida por uma fumaça vinda de Cerwyn, cidade próxima. Catelyn pediu a um dos batedores que se certificasse do ocorrido, mas este pediu permissão para que ela enviasse mais alguém com ele... os homens pareciam compelidos a se manter com a Lady e não se pronunciaram de início... <Syus> *O papel de ser um guarda pessoal de uma Lady influente como Catelyn Stark era um peso grande nas costas de Syus e de seu colega de profissão que visava cumprir a mesma função que ele estava cumprindo. Os outros soldados com certeza queriam estar no lugar de Syus e ele não podia deixar-se levar por essa negatividade vinda de outros homens, adquiriu um alto posto e iria mantê-lo a qualquer custo, assim como buscaria impressionar Catelyn, e foi o que aquela ocorrência lhe proporcionou; uma oportunidade de erguer-se como um grande guerreiro perante a Lady* -- Lady, caso permita-me, gostaria de seguir esse homem. Creio que ele possa precisar de algum homem habilidoso... *Syus falou em um tom baixo e respeito, sem um vocabulário nobre e cheio de falhas em certas palavras, porém era o que um plebeu tinha para oferecer. Ele aguardou ansiosamente a decisão de Lady, que poderia por outro homem TEMPORARIAMENTE em seu lugar para a guarda pessoal*

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** NPC: <Catelyn Stark> Observou o guerreiro por um tempo, como seu semblante calmo e nobre, e depois assentiu, dizendo: -- Creio que está habilitado para ir com ele, guerreiro. Tem minha permissão. Em seguida ela fez um gesto para que outro homem tomasse o posto de Syus na comitiva e enquanto esta seguia mais cautelosa para Cerwyn, o Batedor se aproximou de Syus para que este subisse no cavalo. Seriam mais rápidos e isso poderia fornecer o tempo necessário, caso se precisasse de uma mudança de estratégia. <Syus> *Syus assentiu, cheio de orgulho por ter sido escalado para essa tarefa de reconhecimento na cidade próxima. Saiu andando entre os homens da comitiva até chegar o local onde o batedor estava posicionado com seu cavalo e logo pôs a mão sobre o cabo proeminente de sua espada bastarda na cintura, com uma bainha bem improvisada. O convite para montar no cavalo não foi muito bem visto por Syus, que hesitou em subir no mesmo* -- Não estou muito confiante... Nunca cheguei a montar em um cavalo e- *Foi só depois de uma série de palavras proferidas que Syus percebeu que ser um covarde naquela situação não ajudaria ninguém nas condições atuais, então resolveu deixar de frescura e subir sem jeito no cavalo* "Que os Velhos Deuses me protejam." <Narradora>Syus cavalgou junto ao batedor velozmente e teve de se segurar no traje deste para não cair. A fumaça em Cerwyn não chegava a ser tão alarmante, mas uma preocupação extra nunca era demais, ainda mais se tratando da proteção de Lady Catelyn Stark. Em pouco tempo chegaram na cidade, cavalgando as margens do rio da faca branca. À entrada, estandartes brancos com o machado duplo, referente a casa dos Cerwyns, estavam bem postados e logo um guarda veio recebê-los. Ao se aproximar, Syus percebeu que as coisas não pareciam tão seguras... ** NPC: <Guarda> -- Estamos tendo problemas, senhores... saqueadores da floresta... o local não está seguro... Disse com certa aflição... <Syus> -- Este exército está aqui para proteger uma valiosa e respeitada pessoa. Esses saques podem afetar Lady Catelyn Stark de alguma forma? *Syus não conseguiu identificar a casa que possuía aquele brasão apenas com uma primeira olhada, pois não havia sido ensinado a compreender tais brasões, porém foi curto e grosso com o guarda de Cerwyn. Na mente dele, ser frio e valente sempre foi uma característica bem reconhecida, negativa e positivamente, pelas pessoas, e Syus só queria seu reconhecimento merecido*

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<Narradora>De onde eles estavam, mal era possível ver o que estava acontecendo, mas pelo que se pode sentir era um incêndio em alguma construção. O guarda parecia aflito e um tanto desorientado e ficou ainda mais quando o nome de Lady Catelyn foi pronunciado. O Batedor que foi com Syus pareceu bem desconfiado da situação e parecia avaliar riscos para a passagem de sua Lady por ali. Dar a volta consumiria muito tempo e chegariam bem depois do que imaginavam em White Harbor. O guarda manteve a vigia ali, aguardando o que eles fariam... depois de alguns segundos, o batedor falou a Syus: ** NPC: <Batedor> -- As coisas não parecem nada bem... o que sugere guerreiro? <Syus> -- Eu não conheço muito esse lugar... Não tem algum outro caminho, algo alternativo? Acredito que resolver esse problema de saqueadores em apenas algumas horas seja muito difícil. "Mas eu gostaria de fazê-lo." *Syus apenas tentou parecer o mais culto possível para o batedor, talvez ele também fosse reconhecido por algum outro talento natural além de cortar peles humanas e objetos de ferro e bronze com uma lâmina afiada e com maestria. Naquele momento, ele só queria fazer algo impressionante para Catelyn* ** NPC: <Batedor> -- Poderíamos cortar pelo rio se... Ele interrompeu muito rapidamente sua fala e empurrou Syus do cavalo, tempo suficiente para que ele evitasse que o guerreiro levasse um virote de besta na cabeça. Do alto da torre um homem começava a recarregar a arma e o guarda, antes amistoso, já sacava sua espada. Syus teria que se recuperar rápido, a menos que quisesse ser golpeado ainda no chão. (Agilidade) <Syus> *Syus prestava atenção nas palavras do batedor, mas sua mente estava em outro lugar, não exatamente perto de Cerwyn, mas sim ao lado de Catelyn, na comitiva, sendo um grande homem protetor, entretanto, seus delírios menores logo foram apagados violentamente pelo empurrão do batedor, o que o fez de início pensar que foi de propósito em alguma armadilha. Ele emendou a queda do cavalo com uma rolagem rápida pelo chão, já sacando a espada para perceber que o guarda do vilarejo havia feito o mesmo e o ataque tinha vindo do alto* "Os Deuses ouviram meus pensamentos?"

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<Narradora>O guarda, que vinha confiante com sua espada curta em mãos, já esperando pegar Syus caído, ficou quase paralisado quando ele quase não pareceu ter acabado de cair do cavalo. Sua leveza e seu movimento foram tão rápidos que ele parecia ter estado sempre ali, de guarda, esperando o ataque e isso fez o guarda exitar, como se esperasse que seu aliado no alto da torre fosse rápido o suficiente para recarregar a sua besta. Seu semblante mudou quando o batedor sacou sua lança do alforge do cavalo e lá debaixo arremessou precisamente no peito do homem com a besta, que caiu lá de cima, causando um som seco e único ao atingir o chão de pedra. O guarda, antes ofensivo, soltou a espada... só havia medo em seus olhos agora... <Syus> *Syus brandiu a espada bastarda com ambas as mãos, sentindo-se em um perigo iminente de morte, perto de uma cidade inteira que possivelmente era traidora e estava pronta para matar ele e o batedor. Sua surpresa foi a ação rápida do batedor que botou o assassino da torre no chão com uma bem arremessada lança. Syus entendeu o recado, avançando contra o guarda para rasgar-lhe o peito com sua poderosa espada bastarda. Alguém que tentou lhe matar não merece ser poupado* <Narradora>Syus sentiu o sangue ferver dentro dele... a batalha havia iniciado e mesmo com o inimigo atônito ele não hesitaram em enrijecer seus músculos e liberar sua fúria no momento certo. O guarda até tentou, inutilmente, se esquivar e o golpe perfurou todo o abdômen dele, fazendo parte da lâmina cortar seus pulmões e sair as costas. O sangue brotou na boca dele no mesmo instante e Syus sabia que havia tomado sua vida e ele não mais seria um empecilho para quem quer que fosse. O Batedor, puxando seu cavalo consigo, passou correndo, buscando se posicionar próximo da torre, evitando qualquer disparo de alguém que pudesse surgir de lá de cima e aproveitou para retirar sua lança do corpo morto do outro homem. [<Syus> *Syus surpreendeu a si mesmo quando acabou por sentir prazer em cortar a carne e estraçalhar os ossos de um ser humano, pois seu corpo já estava tomado por uma fúria selvagem e brutal, canalizada em seus braços. Aproveitou a força que a espada bastarda exerceu para cima e seguiu com o movimento do corpo, saltando por cima do corpo, sentindo as gotas de sangue espirrarem em seu rosto. Porém, não tinha tempo para ficar estasiado, precisava focar no confronto, em sua própria proteção. Syus disparou correndo em direção ao batedor, ainda um pouco desnorteado pelo golpe que deu e as sensações posteriores à esse golpe*

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<Narradora>O homem fez sinal a Syus que mantivesse vigilância e enquanto Syus observava o local, na tentativa de encontrar mais agressores, o batedor checava se a besta ainda podia ser utilizada. Quando constatou que não, Syus viu ele fazendo uma rápida revista para avaliar a situação. Quando, ao abrir a gola do corselete e rasgar a roupa que cobria o tórax, uma marca como tatuagem apareceu, o batedor teve certeza do que se tratava... ** NPC: <Batedor> -- São impostores... estão se passando por homens dos Cerwyn... <Syus> -- Impostores? Mas que maldição... - "Não é realmente, essa é uma boa chance." - Acho que não podemos voltar até as tropas para informar, seria tarde demais. *Syus flexionou os joelhos para ficar agachado, encostando o joelho da perna esquerda no chão e apoiando-se na espada bastarda para manter o equilíbrio, sempre atento contra qualquer movimentação na sua área de visão. Sangue misturava-se com um suor frio no seu rosto, porém não sabia porque suava, aquela não foi uma atividade tão intensa* Eu e você podemos lidar com essa ameaça? ** NPC: <Batedor> - Nós temos que lidar, guerreiro. Ele pondera alguns instantes e depois diz a Syus. Vá naquela direção... Ele aponta para dentro do da cidadela, na direção da base do contraforte. - Passe correndo o máximo que conseguir, prepare o ataque e chute a porta... pode ser que haja inimigos te esperando. Se ainda houver alguém nas torres, eu vou saber a posição dele. Vá! Disse em tom veemente, mas em sussurro. <Syus> *Syus apenas assentiu corajosamente, observando a direção que seguiria correndo, orando para que os Velhos Deuses cuidassem de seu destino enquanto corria. Ele ficou em pé, deixando um pé para dar impulso e deu um último suspiro tranquilo antes de correr em máxima velocidade, o mais rápido que conseguisse carregando seus equipamentos até a porta, onde usaria a força de seu corpo para derrubá-la. Talvez se arrependesse do que iria fazer, porém se não apostasse naquilo, como seria reconhecido?* "É melhor eu morrer como um semi-herói do que viver como um desconhecido." *Com essas palavras em mente, no início do trajeto, Syus inspirou-se* (Atléticos)

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<Narradora>Syus foi de encontro a porta, mas um disparo de cima fez com que ele diminuísse a intensidade da corrida, já que teria que evitar ser atingido. Para sua sorte, sua agilidade estava em dia e, apesar de sua intenção ter sido desviada, ele conseguiu, ao menos, se posicionar bem o suficiente para buscar abrigo. O disparo fez o homem na torre ser visto pelo batedor, que teve tempo de preparar a lança e fazer um arremesso preciso. Distraído como estava, pois seu alvo era Syus, o homem com a besta nem teve tempo de reação e a lança atravessou seu peito, fazendo-o cair como o outro, de uma altura de sete metros. Na queda, dessa vez, a lança do batedor se partiu e ele, agora, sacou sua espada longa vindo para próximo de Syus, ao lado do contraforte. <Syus> *Escapando por muito pouco do disparo que com certeza teria lhe acertado se não estivesse mais preocupado em proteger-se do que derrubar a dita porta do contraforte. A cobertura foi muito bem utilizada por Syus, que sacou a espada bastarda imediatamente após esconder-se, vendo apenas um vulto caindo da torre e o som de madeira se quebrando* "Ótimo!" *Respirando ofegantemente, Syus esgueira-se até o limite da proteção da cobertura para buscar por impostores que estivessem no solo. Obviamente não poderia abrir a porta sem estar seguro de que não havia ninguém caçando-lhe ali* <Narradora>O batedor parecia uma máquina de batalha e sempre estava a alguns passos na estratégia para sobreviver ao que quer que fosse. Segurou sua espada longa com uma das mãos e com a outra ele ergueu o homem morto na altura dos ombros, usando-o como escudo... ** NPC: <Batedor> - Derrube a porta! Bradou ele, enquanto se posicionava para oferecer proteção a Syus. <Narradora>Syus mal saiu da proteção e viu dois homens disparando contra eles... um dos disparos errou e o outro pegou no corpo morto, usado como escudo. Ele teria de ser rápido, antes que mais homens pudessem vir atrás deles e cercá-los... <Syus> -- Aguente firme! *Syus respondeu ao grito do batedor ao gritar e correr da cobertura para ir de encontro à porta do contraforte. Tendo que ser rápido, Syus investe contra a porta com o ombro direito, deixando a espada bastarda presa à sua bainha* Largue o corpo quando eu conseguir derrubar, precisamos das mãos livres! *Disse em tom de voz alto, no meio da tentativa de arrombamento. Sabia que o batedor era valioso* (Atléticos)

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<Narradora>Syus usou o máximo que conseguiu de sua força para derrubar a porta e o fez tão bem que as velhas dobradiças não suportaram o tranco e a porta voou para dentro do local. O guerreiro ainda teve tempo de ver a porta batendo num homem que possivelmente esperava a entrada de alguém e as desconfianças de ser um refém esvaiu-se quando Syus viu que ele tinha uma espada em mãos. O batedor veio rapidamente buscar cobertura e jogou o corpo na entrada para se livrar logo do peso e poder ter mais mobilidade, caso precisasse combater. Syus, agora, poderia por fim a vida do homem abaixo da porta.. <Syus> *A porta havia voado com tanta facilidade que Syus achou que era feita de algum material bem frágil ou um material que já estava podre, pois sua força nunca havia sido notada por ninguém, nem mesmo Beaveth e Isaes disseram algo à respeito da força dele. O guerreiro caído no chão logo teve seu fim fúnebre com o gigante Syus saltando por cima da porta para cravar sua espada bastarda na cabeça do homem, utilizando as duas mãos para uma maior brutalidade na morte* -- Traidores! *Gritou Syus, chamando todos os impostores daquele lugar para um combate sangrento em nome de sua glória e da segurança de Catelyn* <Narradora>A sala onde estavam não media mais do que 3 metros por cinco e havia uma escada para o piso superior. Evitando que Syus se demorasse, girando a espada no crânio partido do homem no chão, o batedor o puxou e evitou que ele fosse alvejado. Embora a proteção oferecida pelo local fosse boa, os inimigos se mostravam bem eficientes, pelo menos no disparo... ** NPC: <Batedor> -- Suba logo! Empurrou Syus na direção da escada, enquanto fazia sua proteção. -- Precisamos ir pela parte alta dos muros. Assim teremos mais vantagem do que na parte baixa da cidadela... <Syus> *Mesmo dentro de um edifício daquele tamanho com suas boas paredes, Syus estava longe de estar tão bem protegido à ponto de abaixar a guarda, e o batedor fez questão de alertá-lo sobre essa situação de grande perigo. Subindo a escadaria e segurando a poderosa espada bastarda ensanguentada com ambas as mãos, ele foi direcionando seu olhar para o piso superior, buscando não ser surpreendido por um golpe de um dos inimigos* -- Batedor, se sairmos vivos... *Syus não pode completar a frase por preocupação, afinal, estava em território hostil naquele momento*

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<Narradora>Syus não teve tempo de completar a frase e logo veio de cima um homem o golpeando com uma espada longa. Como sua devesa estava bem postada, ele bloqueou o ataque e, num movimento rápido, abriu a guarda do agressor e estocou-o no coração. O homem tombou, ao lado de Syus, assim que ele puxou a lâmina e logo subiu no piso superior para dar passagem a seu aliado. Já na parte de cima, haviam dois homens caídos e amarrados, com sinais de espancamento. Um deles estava ferido na lateral do tronco e morreria em pouco tempo. O batedor faz um sinal a Syus que não há tempo, pois pela saída superior para os muros de proteção dois homens vinham correndo na direção deles e Syus sabia que pelo menos mais dois vinham por baixo. O sangue do guerreiro fervia a cada vida tomada e sentiu que sua espada ensanguentada servia apenas a ele e ao deus da morte.. Seu aliado já se posicionavam aguardando o movimento do guerreiro.. <Syus> -- Batedor... Consegue segurar dois guerreiros? Eu tentarei matar os outros dois que estão vindo do portão, precisamos liberar a passagem e esses traidores estão dificultando tudo. *Syus brandiu a espada bastarda embebida de sangue de tantos homens mortos em poucos instantes e passou pelos sujeitos amarrados, desejando, talvez, poder soltá-los posteriormente quando tudo estiver terminado, indo de encontro aos homens que vinham da saída superior* "Não tenho mais cabeça para perdoar a vida de nenhum homem agora..." (Iniciativa) <Narradora>Seu aliado assentiu e se preparou para o combate, visando, também, defender os homens ali caídos. Syus, por sua vez, correu com um olhar assassino, enquanto brandia sua espada bastarda sobre a cabeça para um golpe decisivo, mas foi surpreendido com a agilidade dos dois homens sobre um local estreito como aquele. Esguios e rápidos, eles atacaram juntos Syus, que conseguiu bloquear um dos golpes, mas logo sentiu a dor da lâmina curta do outro, rasgando-lhe o couro da armadura e cortando sua carne. O guerreiro não soube precisar se isso foi o estopim para aumentar ainda mais a força do golpe e utilizando sua arma longa, ele desceu num golpe mortal, já impulsionando seu corpo para ocupar todo o espaço onde estavam. Seu golpe partiu do ombro ao coração o homem e seu movimento seguido derrubou o outro lá embaixo. Apesar da queda não ser tão alta, ele não teve tempo de se posicionar e, de sete metros, ele bateu com as costas no chão de pedra. Virando-se para traz, no ímpeto de ajudar seu companheiro, Syus percebeu, mais uma vez, que estava do lado de um bravo guerreiro e quando voltou, ainda sentindo fortes dores na lateral do corpo, seu aliado, também um pouco ferido no ombro, havia derrotado os dois homens... Antes que Syus pudesse dizer alguma coisa, eles viram três homens, batendo em retirada, fugindo pela cidadela a cavalo...

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<Syus> *A dor do golpe que sofrera não foi suficiente para interromper ou acalmar a fúria que ficou presa dentro de Syus durante mais de uma década. O som da carne se cortando, do corpo se curvando na sua frente e o abafado som de um corpo sendo destruído em uma queda foi anestésico para Syus, que deixou a lâmina da espada bastarda bater no chão e fazer um pequeno ruído, tirando Syus da "realidade fantasiosa" que estava. O lugar ferido ardia de dor e apostava que o batedor sentia a mesma dor ou pior com aquele ferimento no ombro* -- Oremos para que aqueles traidores não chamem seus... Reforços. Não agora. *Syus mostrou-se bem surpreso pelo batedor ainda estar de pé, entretanto não poderia ignorar o fato de três terem fugido e ainda haver dois sujeitos amarrados* O que faremos? ** NPC: <Batedor> Embainhou sua espada e ajoelhou-se, tirando de sua algibeira tecido e uma garrafa de bebida. Não era o melhor jeito de se manter um ferimento estancado, mas ele o fez de um jeito que iria ajudá-lo a se recuperar. Em seguida, veio foi até Syus, fazer o mesmo, e disse ante a pergunta dele. -- Soltaremos esses homens... temos sorte deles terem se debandado, embora nosso grupo já esteja próximo o suficiente para representar algum risco. Interrogue-os... eu buscarei mais alguns com meu cavalo, temos que apagar as chamas daquela torre... Ele apontou o edifício, que ainda ardia em chamas, provocando muita fumaça na cidadela. Interrogue-o... Disse ele no singular e Syus entendeu o por quê. Depois de terminar o curativo em Syus, ele se agachou e pegou o homem ferido no ombro. -- Espero que dê tempo de salvá-lo... E foi descendo as escadas... <Syus> *Com a mão esquerda segurando o ferimento por debaixo do corselete, Syus assente para o batedor que levava o prisioneiro ferido. Embora não fosse muito bom em interrogatórios, faria o que pudesse para extrair informação do sujeito que sobrou ali, jogado no chão. Agacha-se perto do homem, pondo a mão direita no cabo de sua espada para tentar intimidá-lo e mostrar que não era tão bonzinho* -- Certo... Não tenho muito tempo *Prosseguiu, engrossando sua voz* Preciso que me diga o que aconteceu nesse vilarejo, quem invadiu? Por que invadiram? *Syus aproximou o rosto perto dos olhos do prisioneiro amarrado, encarando-lhe com determinação* Não me enrole. Isso é um assunto sério, eu e o batedor quase morremos para chegarmos até aqui, não quero que tenha sido tudo em vão.

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** NPC: <Homem> Syus teve um pouco de dificuldade para se aproximar do homem caído, já que cada movimento mais brusco estirava o ferimento, afastando a carne ensanguentada, causando uma dor próxima de um novo golpe no mesmo local, só que em proporções menores. O homem gemeu um pouco, dizendo palavras a esmo e quando ouviu a voz mais grave do guerreiro acabou se sentindo um pouco acuado. Depois de ouvir o que Syus havia dito, ele começou a falar: -- C...cães... cães dos Lannisters senhor. Syus não entendeu bem o que ele quis dizer, mas pareceu ter a ver com a família dos Leões ou ao menos uma de suas casas vassalas. <Syus> -- Lannisters? Os leões? Mas... *Cada palavra ou movimento mais brusco que um respiro atingia o ferimento aberto de Syus como agulha e disfarçar a dor que sentia era cada vez mais difícil, mesmo para um guerreiro nortenho de porte atlético e potente como ele. Syus não entendeu a informações, mas, crente de que tinha sido útil, começou a desamarrar o prisioneiro lentamente, tomando cuidado para não abrir mais a ferida dolorida que possuía* Qual o nome desses cães? Você sabe! Fale, não esconda nada de mim! *O tom de voz de Syus aumentava a cada puxão na corda que ele dava, espalhando sangue em sua armadura de couro* (Persuasão) ** NPC: <Homem> -- Tu...do... bem senhor. Disse ele e ao desamarrar o homem, Syus percebeu que ele havia sido golpeado algumas vezes, certamente por chutes quando estava no chão. Haviam muitas escoriações no corpo dele. -- São Hollards, senhor, vieram para o norte recentemente... pelos antigos senhor, melhor tentarmos apagar logo aquele incêndio. Mudou ele de assunto, se preocupando com a cidadela. Syus sentiu que o homem dizia a verdade, mesmo não sendo o mais apto para esse tipo de percepção. Em seguida o homem tentou se levantar e começou a ficar de pé. Por último ele disse: -- Ainda não agradeci senhor, obrigado. E fez uma breve reverência. <Syus> *Ao terminar de desamarrar o homem, Syus imediatamente postou a mão por cima do ferimento para que não vazasse mais sangue do que já havia vazado, não sendo o melhor curandeiro para identificar o tipo de ferimento, assim como não era o melhor interrogador do Norte, acreditou que havia sido capaz de persuadir o homem com sucesso* -- Claro, claro. Vamos... *Syus havia aceito a reverência como se fosse uma reverência ao rei de Westeros, aumentando, então, seu ego e sua ganância. Colocou a mão livre no ombro do recém libertado prisioneiro e foi empurrando para que ele fosse na frente* Ande, me guie rapidamente até o incêndio!

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<Narradora> Syus desceu com o homem até o andar inferior e de lá para a torre da cidadela, que estava em chamas. O guerreiro percebeu que seu ferimento já havia se estancado, visto que o batedor havia feito o necessário para isso. Depressa, os dois seguiram para lá, com o homem gritando para que a população saísse de suas casas para ajudar. De fato, as pessoas haviam se escondido com medo de serem mortas e Syus presumiu que algumas delas deveriam ter sido saqueadas. Não era possível precisar quantos eram os malfeitores, mas deveriam ser experientes de qualquer forma. Ou burros demais para querer buscar no norte, riquezas ou terras. As pessoas começaram a sair das casas e algumas traziam baldes, enquanto outras usavam areia, para que as chamas abrandassem. Porém, só foi possível controlar o fogo um bom tempo depois, com a chegada da comitiva de Catelyn, que foi muito bem recebida pelas pessoas da cidadela. Com o fogo controlado e as pessoas devidamente cuidadas, um Meistre utilizou suas técnicas de trato de ferimentos em Syus, fazendo-o melhorar com mais rapidez. Depois de um tempo ali na cidadela, o que acabou servindo para alguns descansarem, Catelyn se reuniu com a regente local, Jonela Cerwyn, que havia se trancado em sua torre de regência para evitar ser alvo dos malfeitores... Como Syus e o batedor foram os primeiros a chegar no local e conseguir contornar a situação, pelo menos provisoriamente, eles foram chamados aos salões da casa do machado, um local bem menos imponente do que era Winterfell, mas ainda sim imponente o suficiente para o guerreiro e o batedor. Jonella mandou preparar um javali para a senhora do Norte e no salão, além de Catelyn, Syus e o Batedor, de nome Henry Hornwood, estavam oito guardas dos Cerwyn. ** NPC: <Jonella Cerwyn> Depois da comida ser trazida, juntamente com água, vinho, uvas e molho agridoce, a Regente local iniciou a cerimônia no pequeno salão, aquecido pela grande lareira na parede oeste, onde queimavam teixo verde. -- É com grande honra que os recebo, senhora do norte. Fez uma demorada reverência. -- E aos salvadores desta cidadela... Ela vez uma mesura em direção a Syus e a Henry, onde este último, devolveu o gesto.

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<Syus> *Syus havia recebido o tratamento do curandeiro com grande vergonha, pois não queria ser visto na forma que estava, debilitado por um ferimento em batalha, embora tenha sido ferido de forma injusta por dois combatentes simultaneamente. Durante o tempo que havia passado na cidade, além de estar sendo curado, buscou conhecer os costumes desse povo e ficar, claro, sempre o mais próximo possível de Catelyn. Já na cerimônia que estava sendo feita por Jonella Cerwyn, Syus estava muito apreensivo à respeito do que ocorreria ali, pois acima de um salvador, era um plebeu com suas humildes ganâncias, e ser agradecido por um feito daquele porte perante a Senhora de Winterfell era muita honra e prestígio, tanto que Syus tremia as mãos freneticamente, escondendo-as entre suas roupas simplórias de frio* "Oh! Eu sempre quis isso..." *Após o discurso de Jonella, Syus imitou o gesto de Henry, que havia sido um grande herói junto com ele na retomada do vilarejo* -- É-é uma honra... ** NPC: <Jonella Cerwyn> Ponderou sobra a situação e voltou-se para Catelyn, começando a se explicar. -- Honorável senhora do Norte, sei que aos seus olhos podemos ter falhado, mas a situação saiu do controle quando flechas com fogo atingiram os telhados das casas. Enquanto o fogo era controlado pela nossa guarda, eles aproveitaram a brecha para entrar na cidadela, causando pânico nas pessoas, inclusive em mim ... E Catelyn, nobremente e prontamente, interrompeu. ** NPC: <Catelyn Stark> -- Sei que os Cerwyn nos servem bem, Jonella, não há motivos para duvidarmos de sua honra e cuidado nas defesas do norte. Precisamos apenas entender como tudo aconteceu e sei que deve ter homens que possam nos dar essa informação. Catelyn fala com altivez e calma, aguardando Jonella trazer explicações mais abrangentes. Se sua viagem tivesse que ser interrompida para assegurar tranquilidade a uma cidadela como Cerwyn, ela o faria. <Narradora>Imediatamente, os guardas se aproximaram da mesa, desarmados, como deveriam fazer na presença de Lady Catelyn Stark. Lá, a senhora do Norte interrogou os dois e logo eles confirmaram a versão de Jonella e que a matriarca, embora muito jovem, dos Cerwyn não teve culpa do ocorrido. Já era difícil para ela ter de assumir o posto que era de seu marido, morto na guerra do Usurpador, para garantir que os entroncamentos dos rios não fossem utilizados pelos marginais e que o norte se mantivesse seguro, enquanto os principais exércitos rumavam para o grande embate. Catelyn ouvia com calma e tudo parecia fazer muito sentido. No final ela acalmou a todos, dizendo que enviaria um corvo para Winterfell, para que a cidadela fosse reforçada, até que tudo estivesse normalizado. O banquete prosseguiu e alguns músicos começaram a deixar o ambiente mais ameno...

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<Syus> "Preciso contar o que eu sei, eles me olhariam como um grande informante também, além de um bom guerreiro. Henry, onde você está agora?" *Syus, no meio do banquete e dos festejos, começou sua busca pelo Henry até encontrá-lo, então andando sorrateiramente até o batedor que havia feito companhia à Syus nso combates sucessivos que ocorreram há algum tempo atrás, nesta mesma cidade* - Ei, eu preciso contar algo para Lady Catelyn, mas não tenho porte para isso. Você poderia falar diretamente com ela, não? *Murmurava Syus para o batedor, ao lado dele, já querendo abrir a boca para contar o que havia ouvido do prisioneiro* Eu consegui extrair algo do homem que estava amarrado: os impostores eram "cães" dos leões, dos Lannisters, creio. Ele disse que eram Hollards. *As mãos de Syus pararam de tremer, porém elas suavam agora e suas roupas de frio estavam molhadas nos bolsos por conta disso* [Os Bardos tocavam essa música] “Sob o céu cinzento Eles chegaram Destemidos Vencendo traidores Eles eram só dois Corajosos, invencíveis Expulsaram os malfeitores Guerreiros anônimos Eles eram só dois Espada e Lança Força e Destreza Não era um exército Eles eram só dois E de branco e cinza Defensores do Norte Não restaram inimigos Só restaram os dois E Cerwyn agora livre Sem chamas ou dor Proclamam a vitória Bravos homens, os dois”.

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** NPC: <Henry Hornwood> Ouviu com atenção a música e achou lisonjeio demais, embora gostasse. Em seguida, ele deu mais atenção a Syus e ao que ele havia dito. Ponderou um pouco sobre o nome dito pelo guerreiro, Syus, e lhe disse em seguida: -- Hm... o nome é distinto para mim, mas certamente não o será para Lady Catelyn. Devemos sim, juntos, abordar a senhora do norte, mas se lhe deixa mais tranquilo, posso intermediar a conversa, afinal foi o senhor que conseguiu as informações. Lhe parece justo? Ele aguarda a resposta do guerreiro. <Syus> - Sim, muito justo. O que importa é dar a informação para a Senhora e assim ajudar o Norte. *Syus assentiu para Henry, de certa forma considerando-o um camarada, companheiro de batalha. Aquela música apenas aumentava a sensação de glória que tinha naquele momento, assim Syus estufou o peito para abordar Catelyn junto com o batedor, contando e planejando as palavras que diria para seu companheiro* "Lannist-, Lannister, Lannisters... Cães, Holl-, Hollards... Sim, assim mesmo. Ela deve entender." ** NPC: <Henry Hornwood> Seguiu para próximo da senhora do norte e fez uma reverência para ela, chamando sua atenção, para que ela momentaneamente deixasse de falar com Jonella Cerwyn. -- Com licença, milady, preciso passar uma informação sobre o ocorrido. Catelyn ouviu com calma as palavras do Batedor e fez um gesto para que a regente de Cerwyn aguardasse ela ter sua conversa Henry e Syus. Quando ela indicou um local mais afastado, pedindo para dois guardas Cerwyn se retiraram, ela permitiu que Henry prosseguisse. Bem, milady, este guerreiro conseguiu informações de que os Hollards são os responsáveis. Isso veio da boca de um dos guardas no contraforte, o qual Syus desamarrou. Queremos saber se compete a nós um comentário sobre isso, já que desconhecemos a casa. Se não nos for privilégio, minha senhora, perdoe-me a intromissão e receba minhas desculpas. E mais uma vez ele fez uma reverência a Catelyn. ** NPC: <Catelyn Stark> Após escutar com atenção as palavras de seu batedor e agora glorificado com canções nos salões do machado, ela avaliou o peso da informação, e disse num tom tranquilo e cristalino para os dois. -- Agradeço-os pelo relato, o que me poupa chamar um guarda por vez para um questionário sobre a situação. O senhor já havia me dito sobre a tatuagem no ombro de um deles, senhor Hornwood, mas pelo visto o soldado da cidadela identificou a casa. A última parte, falou como se dissesse a si mesma e prosseguiu: -- Acha que o que ele disse é verdade guerreiro? Indagou ela, agora diretamente a Syus.

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<Syus> *O guerreiro ficou escutando a breve conversa entre Henry e Catelyn, meio ausente, observando e escutando de perto o que ele diziam, mas não compreendendo por completo, pois estava tão nervoso quanto imaginava que o batedor estava também, até que Catelyn lhe chamou para provar se era verdade ou não. Imediatamente estufando o peito para parecer mais robusto, disse, com todo respeito* -- O guarda me disse de coração, senhora, mas eu não sou um interrogador habilidoso. Gosto do combate, não me dou bem com a intriga. *Syus só depois mediu as palavras que havia proferido, não percebendo se havia falado muito pouco ou demais, queria ser grandioso e perfeito perto de pessoas importantes. Não dava certo todas as vezes, infelizmente* ** NPC: <Catelyn Stark> Avaliando novamente o peso da informação, ela deixou-se pensar por alguns segundos, mantendo o silêncio no local. Somente depois dessa análise, ela prosseguiu: -- Embora confie em você, guerreiro, o mesmo não posso dizer do soldado. Os Hollards são de muito distante e se ainda existir um grupo deles, não passariam de quatro pessoas. Talvez tenham sido enganados, os homens daqui, mas precisaria que identificasse o soldado. Que sua memória seja melhor que sua capacidade de questionar, senhor. Disse ela, não em tom de ofensa ou algo parecido, mas sim do mesmo jeito sensato e confiável que tratava seus subordinados. Assim, ela esperou que os dois pudessem encontrar o homem que fez o relato e pediu licença para prosseguir com a conversa com Jonella. Para que o serviço de Syus não demorasse a noite toda, Catelyn pediu que o contingente fosse reunido, separando as pessoas do contraforte para que fossem inspecionadas e interrogadas pelos seus homens. <Narradora>Todos foram convidados a sair do salão do machado, para se reunir a frente da torre da Regente, um pátio circular, com um esboço de jardim, onde havia uma pequena estátua com o primeiro bárbaro da região. Os guardas contiveram a curiosidade das pessoas e logo o destacamento daquele perímetro, onde o embate aconteceu e os homens foram libertos, estavam diante dos olhos de Henry e Syus. <Syus> - Henry, você lembra da aparência de algum dos dois ou apenas falaremos para procurar um guarda com ferimentos de espancamento? *Syus buscou sempre a companhia de Henry naquele momento, pois ambos eram os únicos a terem vivenciado a invasão e terem combatido os impostores. Também eram os únicos a ter uma canção especial sobre isso. Precisaram ter um trabalho em dupla para conseguirem as informações reais pedidas por Catelyn* "Demorei e sofri tanto para chegar até aqui, diante dos olhos da influente Lady Catelyn, não posso falhar agora!" *Ele encarou a grande quantidade de guardas e soldados no pátio, interessado nos mesmos* (Astúcia)

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** NPC: <Henry Hornwood> -- Me recordo sim, Syus... acho que é aquele. Depois de passar por alguns homens, Henry finalmente reconheceu o rosto do homem. Mais do que isso, Syus agora teve certeza que era ele. O batedor o chamou para próximo e começou o interrogatório. Pediu para ele descrever como conseguiu a informação e o soldado disse que um dos homens falou sobre os fugitivos dos Targaryen. Também acrescentou que, enquanto fingia estar desacordado, depois de muitos chutes, ele ouviu um deles dizer sobre se reunir em Long Lake, mais ao norte. Syus, embora não fosse a pessoa mais sensível do norte, notou que Henry se preocupou com o relato. <Syus> -- Ei, isso é ruim, correto? Os Targaryen não são bons. *Syus passou a mão por sua barba, alisando-a, enquanto tentava entender os sentimentos e expressões de Henry para identificar se a notícia era, de fato, a verdadeira. Mas depois dessa tentativa falha de compreender o sentimento alheio, Syus encarou o guarda, furioso e as veias do pescoço saltando, pulsantes* Por que mentiu para mim, homem? Acha que não sou de confiança depois de salvar, junto com Henry, este vilarejo?! ** NPC: <Henry Hornwood> Interveio quando Syus começou a falar de maneira ofensiva com o homem, e fez um sinal para que ele saísse da frente dos dois, podendo voltar ao regimento. -- Já temos a informação. Acho que devemos, antes de quaisquer conjecturas, informar Lady Catelyn sobre isso. Pelo que eu me lembre, os Targaryen foram mortos... E fazendo um sinal para Syus, ele caminhou na direção da senhora do Norte. <Syus> -- Está bem, mas este homem não tem minha confiança. Nunca mais. *Antes do guarda sair da frente da dupla, Syus lançou um olhar intimidador para o mesmo, fechando os punhos quando passou pelo menos. Demorou para tirar a ideia de ter sido enganado vergonhosamente por um guarda Cerwyn e sua cabeça só esfriou conforme foi andando junto com Henry para encontrar Catelyn* E se eles ainda estivessem vivos? Seria muito ruim, não? *Pensou em voz alta, demonstrando que tinha absolutamente nenhum conhecimento sobre os participantes da Guerra do Usurpador e as consequências do fim dela para cada família*

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<Narradora>Logo os dois se aproximaram da senhora do norte e esta ouviu a versão dada, agora com a novidade sobre Long Lake, Targaryens e o que mais o soldado havia falado. Catelyn Stark ponderou novamente sobre tudo aquilo, como se cada palavra tivesse de ecoar pelo menos algumas vezes em seus pensamentos, para então ela prosseguir com a conversa. Reunindo seu pessoal, depois de pedir um local reservado a regente da cidadela, Catelyn explicou, aos muitos que não sabiam, sobre a quase extinção das famílias citadas, tanto os Hollards quanto os Targaryens e que havia um grupo deles no norte, boa coisa não queriam. A senhora do norte também avisou que passariam a noite na cidadela e avisou os guardas que mantivessem um mínimo de vigilância e não se consumissem no bordel da estrela branca, o único e muito famoso ali naquela região. Ficou apenas com o guerreiro nomeado por seu marido próximo e Syus sabia que ele também não deveria baixar sua guarda para nenhuma rapariga naquela noite, já que o senhor do norte o incumbiu da proteção de sua esposa. <Narradora>Depois da dispensa dos seus homens, Catelyn Stark seguiu para uma grande construção de madeira, próxima da torre de Jonella Cerwyn. O local tinha um hall de entrada grande, servindo também de salão pelo que era visível a luz de velas. Os guerreiros perceberam que o lugar poderia servir de estalagem, caso necessitasse e dali daquele hall subiram as escadas para o piso superior, conduzidos pelo dono do casarão, que se sentiu lisonjeado pela nobre hóspede. Depois de caminhar pelo corredor com 8 portas, quatro de cada lado, ele deu a chave a Lady Catelyn do último e mais nobre quarto que tinha, se retirando em seguida. Lá, o outro guerreiro e Syus tomaram suas posições num quarto ao lado do dela. Nessa hora, era necessário decidir quem ficaria com qual turno, já que deveriam ter, ao menos 8 horas de vigília, sendo quatro para cada. <Syus> *Na longa noite que passaria na cidadela, perto de Catelyn, a preocupação de Syus não era a de resistir ao desejo de ir ao bordel, afinal não sabia como era a sensação de agarrar uma mulher e, naquela noite, também não estava curioso. Nutria sentimentos respeitosos por Catelyn, não amorosos, pervertidos, apesar dela ter uma aparência muito boa e saudável. Syus sempre checava como estava seu equipamento, se estava bem posicionado, pronto para o uso imediato caso houvesse emergências* - Eu ficarei com esse turno, posso aguentar facilmente. *Sussurrou, querendo se gabar para o guerreiro também escalado para a guarda pessoal de Catelyn e já foi se posicionando em frente à porta do quarto da senhora, focando sua atenção nos sons do interior deste quarto*

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<Narradora> Syus não notou absolutamente nada de anormal no quarto de Catelyn, e tampouco no quarto do guerreiro que fora escolhido como ele. Porém, seus sentidos abrangeram mais do que a porta do quarto de ambos os quartos, e ele pareceu ouvir um cochicho no piso inferior, algo parecido com um tipo de discussão em sussurros. Medindo o peso de seus passos, mantendo a espada junta da coxa, para que seu andar não atritasse tanto com o metal que a prendia no cinto, sendo o mais discreto possível, usava o canto do corredor, onde a madeira rangia o menos possível se comparado ao centro do mesmo e, enfim, se aproximou de onde estava o som. Quando se aproximou de lá, achou que o tivessem notado, mas logo em seguida a conversa, em sussurros ofensivos prosseguiu... <Voz Masculina> - ... não vai não e é melhor você manter esse ar de bom anfitrião ou ela ganhará um sorriso mais largo. E Syus ouviu o som de choro contido, como se uma mulher estivesse com algo tapando sua boca. <Syus> "Ahn? Choro?!" *O coração de Syus disparou ao perceber o que supostamente estava acontecendo no andar debaixo, poderia ser um sequestro, uma invasão ou uma simples briga cotidiana nortenha, entretanto não tinha tempo para suposições, precisava agir rápido para garantir a segurança de Catelyn naquela noite e, por isso, não hesitou em descer as escadarias o mais furtivo que conseguia ser, já com a espada bastarda desembainha para checar o que acontecia* "Onde está Henry nessas horas?" <Narradora>Syus manteve sua furtividade e avaliou os degraus da escada, para ver onde deveria pisar. Em seguida, após desce-la com o mínimo de ruído, ele seguiu para onde deveria ter vindo a voz. No hall, sobre a luz tênue das velas quase no fim, ele viu a porta, antes fechada, aberta e se esgueirou pelo corredor ao qual ela guardava. Pé-ante-pé, ele seguiu tentando escutar a conversa, a espada desembainhada em mãos, até que ouviu, muito sutilmente o lamento da mulher, que supostamente seria algo do homem que os recebeu. Estava agora de frente com a porta de onde vinha o som, e sabia que havia luz lá dentro, observando a parca luminosidade debaixo da porta. Mais um passo e sua sombra o denunciaria e agora sua mente e seu coração conflitavam sobre sua decisão... <Syus> "É tudo ou nada agora. Não tenho porque voltar como se nada tivesse acontecido." *Syus tirou a mão cicatrizada do cabo de sua espada brevemente, apenas para olhar tal cicatriz e lembrar que a primeira vez que foi ferido foi por mãos aliadas, estava protegido, abençoado. Segurou firmemente sua arma e investiu para dentro da sala após a porta com tamanha velocidade que a sombra denunciaria sua presença, mas seria tarde demais. Syus entrou na sala já brandindo a espada, preparado para cortar ao meio qualquer invasor ali*

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<Narradora>Syus entrou no quarto abruptamente, fazendo a porta se abrir de maneira rude e quase acertar o homem de joelhos, implorando para que sua mulher fosse solta. Com os sentidos aguçados, os olhos de Syus rapidamente procuraram o intruso cruel e ele e sua espada se direcionaram para o homem com uma faca de caça no pescoço da mulher jovem do anfitrião. Ele se assustou com a entrada de Syus e quase matou a mulher, segura em seus braços. O guerreiro viu no pescoço da mulher um corte superficial aparecer, fazendo o sangue escorrer de maneira lenta. O desespero dela aumentou e o homem, trajando vestes vermelhas escuras e um tabardo negro, ameaçou matá-la, caso Syus não recuasse <Syus> -- Ah! Traidor! Monstro! O que você quer aqui?! *Syus urrou de forma enfurecida para o sequestrador, empunhando uma espada intimidadora e com manchas de sangue ainda visíveis, tudo para tentar ameaçar o homem. Como havia entrado na sala já dessa forma bruta e gritando, não teve tempo para compreender a situação realmente, porém seu sangue fervia e devia seguir seus impulsos agora* Diga ou cortarei sua cabeça e darei para os porcos comerem! <Narradora>As palavras de Syus surtiram efeito no homem, que olhou para espada bastarda com o sangue ainda manchando o metal como se visse refletida nela sua morte. Deu dois passos para traz, puxando consigo a mulher, mas não tinha para onde ir. O quarto era pequeno, havendo uma cama e um guarda-roupas, além de um cabideiro simples, mas bem moldado. O homem estava próximo da janela semiaberta e Syus podia sentir que ele tentaria escapar. Novamente ele deveria agir... <Syus> -- Largue a mulher viva e você vai poder fugir e todo mundo aqui esquece do que aconteceu... O que você prefere? A fuga ou a morte? *Syus dava passos longos e determinados para aproximar-se do sequestrador enquanto o mesmo recuava para perto da janela, pronto para agir rápido se o mesmo quisesse pular a janela para fugir de medo. Sua prioridade era proteger a Senhora Stark, porém proteger a vida daquela mulher seria de grande valor para sua jornada em busca da glória e do ouro que tanto deseja* RESPONDA! <Narradora>O homem ponderou um momento e Syus via o suor brotando em sua testa, quase oculta pelas sobras do quarto e pelo capuz que usava. Ele hesitou por alguns instantes e empurrou a mulher na direção da lâmina de Syus, tentando achar uma brecha, que fosse, para conseguir fugir pela janela. Syus deveria ser rápido, ou sua posição com a espada seria fatal para a jovem... >

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<Syus> *Syus deixou escapar um sorriso quase imperceptível de canto de boca quando o homem tomou a decisão de fugir, reconhecendo sua capacidade de intimidar sujeitos covardes como aquele que ousava utilizar uma donzela como escudo para proteger seus pontos vulneráveis e vergonhosos. Para evitar machucar mais a mulher, girou seu corpo para colocar a espada bastarda atrás de si, impulsionando a mulher para o lado com seu ombro, tirando-a da frente para que o seu caminho ficasse livre e, assim, pudesse perseguir o homem que poderia fugir pela janela* (Iniciativa/Luta) <Syus> *O giro defensivo foi um sucesso, tanto para a jovem quanto para Syus, que conseguiu forças suficientes para desferir um ataque horizontal incontrolável no covarde sequestrador. Quando seu corpo completou o giro, a lâmina da espada bastarda cortou o vento e destruir as costelas do homem, atravessando seu corpo e parando no momento em que a lâmina cortou seu esôfago. O cadáver largou a faca e ficou pendendo sobre a espada bastarda de Syus, com metade do corpo cortado e sem sustentação, o sangue respingando nas roupas, na espada e no piso do local. Syus nem mesmo havia usado toda sua fúria e tinha conseguido uma morte dolorida e brutal para o sequestrador* -- Merecido. *Completou, suspirando, pois já não sentia mais nojo ou surpresa com o sangue humano* <Narradora>Syus havia acabado de tirar a vida do homem que ameaçava a mulher do estalajeiro e ela desmaiou ao ver o sangue escorrendo da quase metade do corpo partida do homem em sua janela. Imediatamente, depois de colocar sua mulher deitada na cama, para que ela não tombasse de vez no chão, O homem começou a empurrar para fora o corpo do agressor e Syus, enquanto limpava a lâmina de sua espada, encharcada de sangue, viu que o outro guardião desceu, com sua espada bastarda em mãos, ofegante e preocupado... Depois de todas as explicações, o homem pediu que eles voltassem ao quarto para a segurança de Lady Catelyn, enquanto ele resolveria com a milícia a questão do corpo morto e posteriormente da limpeza do seu quarto, que ainda tinha pedaços do intestino do homem. Depois de tudo resolvido, quando enfim voltou a calmaria, findou o turno de Syus e ele pode descansar, o quanto pode dentro das quatro horas. A manhã veio num piscar de olhos e ele foi convidado pelo homem a fazer o desjejum em seu humilde salão. Catelyn disse ter ouvido o barulho e questionou os homens, que responderam a senhora do norte o ocorrido. No final, quando todos estavam satisfeitos, a senhora Stark reuniu sua comitiva e Jonella a esperava próxima a parte sul da cidade, onde de lá eles partiriam de barco. Os acertos foram feitos e a regente da cidade deixou um pergaminho com Syus, onde determinava o direito de uma propriedade em Cerwyn. O barco era bem modesto, tão quanto a cidadela, mas os fariam chegar em White Harbor em menos de um quarto do tempo. Não tardou muito e o barco partiu, deixando Syus com suas memórias e glórias de Cerwyn, ainda com a missão de proteger a senhora do norte com sua própria vida

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<Syus> *O pergaminho entregue pessoalmente por uma persona de tanta importância quanto Jonella, regente de Cerwyn, deixou Syus bastante excitado com a possibilidade de poder crescer seu ouro e sua fama naquelas redondezas, iniciando por apenas uma propriedade. Embora rodeado por pensamentos ambiciosos, a guarda de Lady Catelyn era sua grande prioridade no momento e o homem que quase partiu ao meio, em Cerwyn, tinha lhe aumentado a coragem de enfrentar outros perigos e desafios, pois passou a ter certeza que sua habilidade em batalha superava em muito a habilidade de todos os outros guerreiros incomuns. Dentro do barco, Syus buscou manter sempre uma curta distância entre ele e Catelyn para evitar que outro invasor ou mercenário venha querer tirar a vida da Senhora do Norte por motivos ainda obscuros para ele. Por nunca ter navegado antes, ele estava bem admirado pelas mecânicas do barco e como o ambiente passava com alguma, não muita, rapidez na frente de seus olhos, isso lhe fazia passar o tempo* <Narradora>O barco seguiu seu curso pelo White Knife (nome do rio) na direção sudeste, indo para White Harbor. Iria ser uma viagem curta, de somente dois dias e meio, e por isso não havia tanta preocupação com suprimentos, embora Jonella tivesse deixado o barco bem amparado para essa questão. Com o curso indo na direção do mar das três irmãs, a viagem se deu de forma rápida e tranquila. Syus não teve problemas com a proteção de Catelyn e ficou a maior parte do tempo observando os homens trabalhando em suas funções náuticas até o maior porto do norte. Ora ou outra, tinha um serviço de vigiar a entrada do dormitório da senhora do norte, função que ele dividia com Jeremy. Assim que o sol se pôs, no final do segundo dia, eles foram recebidos pelos guardas do porto e Catelyn Stark, ao lado dos seus protetores, pediu que Wyman Manderly, regente da cidade, a recebesse nas imediações do Forte Costeiro. Enquanto ela aguardava a chegada do Lorde local e protetor da cidade, Jeremy pareceu desconfiado com o número de guardas no local e Syus percebeu isso, claramente... <Syus> *Finalmente Syus havia chego na cidade natal de seu pai, Isaes de White Harbor, um local de comércio abundante para os padrões nortenhos. A chegada nesta cidade trouxe a Syus um sentimento nostálgico, breves lembranças sobre Isaes e suas lições de moral humildes, mas verdadeiras que sempre mexiam com o psicológico de Syus, às vezes para o lado ruim e outrora para o lado bom. Mas estava em White Harbor para outro motivo, um motivo de maior interesse político e sentimental, a proteção de Lady Catelyn, e nada poderia passar despercebido aos olhos dele e de Jeremy, o companheiro de guarda não tão habilidoso quanto o Grande Henry. De fato, o número de guardas estava bem alto, o que pôs Syus em modo de alerta, desembainhando metade de sua espada bastarda* -- Jeremy, fale com Lady Catelyn sobre essa quantidade estranha de guardas aqui e leve-a para um lugar seguro, se ela aceitar. *Tendo feito seus pedidos à Jeremy, Syus se dirigiu ao soldado de mais alto escalão, se houvesse algum na comitiva, para também comentar sobre a movimentação dos guardas*

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<Narradora>O guardião pareceu não gostar muito da proposta de Syus, tampouco falar, na frente de todos, mesmo que em sussurro, algo daquele tipo e só balançou a cabeça negativamente para Syus, mantendo sua postura simples, demonstrando coragem e convicção. Catelyn fazia o mesmo, não se intimidando com o número de guardas ali. Quando Syus foi na direção de Henry, o mais experiente dos soldados e principal batedor da comitiva e comentou sobre a situação, ao que ele apenas fez um gesto de calma para Syus e em seguida pediu para que ele voltasse ao lado da senhora do norte e de lá não saísse de jeito algum. Não demorou muito tempo para que Lorde Wyman Manderly aparecesse, junto com seus quatro guardiões, todos bem equipados com armaduras de batalha. Syus pode notar uma atmosfera um tanto quanto hostil, mas ele logo indicou a direção do Forte Costeiro e Catelyn, junto de Jeremy, começaram a rumar para lá, esperando que Syus os acompanhassem. Wyman era um homem alto e forte, de olhos azuis bem claro e de pouco cabelo, com barba curta. Trajava uma roupa de nobre, embora por baixo fosse visível um corselete. Trazia consigo também sua espada e todos seguiram para o edifício próximo. Lá, após passar por dois lanceiros guardiões, os 4 do lorde local fizeram fila, num meio salão, que servia de ante câmara. Jeremy fez postura de forma respeitosa e Syus deveria se posicionar ao seu lado. Somente Catelyn e Wyman adentraram a próxima porta e Syus não pode avaliar como era o local lá dentro. Onde estava, parecia um hall de treinamento, embora só abrigasse os guardiões agora, de ambos os lados. <Syus> *Tendo seus pedidos e conselhos ignorados por, basicamente, todos os integrantes de importância na comitiva, Syus abaixou a cabeça e recolheu-se para o seu posto de guarda pessoal, próximo à Catelyn, embora nunca tomando a frente dela ou ofuscando o brilho que ela tinha, uma beleza "sulista" para o povo do Norte. Talvez seja uma paranoia sem sentido de Syus depois dos últimos acontecimentos em Cerwyn, mas ele não gostou da expressão daquele Lorde e muito menos achou o ambiente agradável para uma visita, tudo cheirava à violência para Syus... Na antecâmara, ficou ao lado de Jeremy, visivelmente tenso e com o rosto um pouco avermelhado, misturando ira, desconfiança e vergonha por suas decisões não terem peso na comitiva* - Ei, eu tenho um mal pressentimento... Deveríamos estar com Lady Catelyn Stark dentro daquela sala. *Syus fechou os punhos, estalando alguns dedos e mantendo uma respiração ofegante*

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** NPC: <Jeremy Locke> Observou calmamente o comentário de Syus, mas não quis demonstrar outra coisa que não fosse calma e paciência. - Eu também... mas não é hora de comentarmos sobre isso. O Regente veio com quatro guardiões e provavelmente sabia de nossa chegada. Por algum motivo ele deve desconfiar de algo... Ele pensou por mais um momento, dando um tempo para os homens pararem de olhar na direção dos dois. Quando isso aconteceu, ele prosseguiu com discrição. - Acha prudente tentar saber algo daqueles homens? E com a cabeça, ele indicou os quatro a frente dos dois. <Syus> -- Desconfiar de- *Entretido, Syus esqueceu de dosar seu tom de voz para um sussurro e os guardas próximos dele haviam escutado todas as palavras que ele havia dito anteriormente, então ele finalmente abaixou o tom de voz para um sussurro grave* - Desconfiam de nós? Os guardas pessoais? Junto com Henry, eu salvei um vilarejo! Tenho que ser reconhecido como uma boa força, não um traidor. *Syus aparentava alterar-se muito quando falava de si mesmo, engrandecendo-se a cada palavra proferida. Suas veias do pescoço também saltavam violentamente quando estava com os sentimentos, quaisquer que fossem, à flor da pele* ** NPC: <Jeremy Locke> - Bolton! Ele colocou a mão na boca e fingiu tossir, o melhor que conseguiu. E depois de voltar a posição ereta e confiante, sussurrou discretamente para Syus. - São deles a aliança principal. E ainda pode ter ocorrido deles já saberem sobre os "cães"... E ele levantou uma sobrancelha, para que Syus se recordasse do ocorrido em Cerwyn. Embora o guerreiro soubesse que Syus não estava com ele na mesa, sendo reconhecido como salvador da cidade, as notícias se espalhavam rápido o suficiente para a região toda já ter notícias do ocorrido a dois dias atrás <Syus> - B-Bolton? Os que tiram a pele do corpo e penduram em uma parede como um troféu? *Syus arregalou os olhos só de pensar na possibilidade daqueles guardas serem Bolton, e não Manderly, o que lançaria sua desconfiança nas alturas e o tornaria ainda mais vigilante a respeito de Lorde Wyman Manderly. Sua mão coçava para puxar a espada bastarda e entrar em investida na sala onde Catelyn estava, entretanto poderia estar cometendo um grande erro e decidiu reavaliar a situação. Syus olhou para o ambiente e para os guardas, tentando buscar alguma ligação com a casa Bolton, que não conhecia muito a não ser os rumores de que eles torturavam cruelmente seus inimigos*

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<Narradora>Antes que Jeremy pudesse concluir o pensamento, pareceu ficar 10 quilos mais leve quando Catelyn Stark abriu a porta e estava aparentemente bem, com seu semblante nobre e tranquilo. Calma como sempre, ela fez apenas um gesto para Syus, para que ele viesse a participar da reunião e Wyman Manderly chamando um de seus guardiões para o mesmo, talvez em sinal de proteção... Syus pode ver a expressão branca de Jeremy, tendo de ficar sozinho com os três homens, aguardando a reunião acabar... Syus adentrou o local, um salão retangular construído em pedra e madeira, com vigas resistentes no alto de um teto sem fosso, somente com o telhado. Uma lareira apagada estava oculta no final da mesma e no meio uma mesa de figueira velha, mas resistente. O regente se sentou na cabeceira, enquanto Catelyn ao seu lado esquerdo, esperando Syus ao seu lado. O guardião do Lorde dos tritões sentou-se a frente de Syus. Quando todos estava nos seus devidos lugares, Wayman começou: ** NPC: <Wyman Manderly> -- Pelo que a senhora do norte me relatou, vocês tiveram problemas com Hollards em Cerwyn. Isso confere guardião? E lançou um olhar frio para Syus, como se quisesse que ele titubeasse. <Syus> *O peito de Syus ficou muito aliviado ao ver Catelyn saindo ilesa da sala, logo soltando a respiração antes presa pela tensão. Já a ordem para que ele entrasse na mesma sala foi uma situação que Syus julgou perfeita. Nada passaria desapercebido por sua percepção caçadora herdada da mãe e nem a segurança de Catelyn estaria em risco* -- Exatamente, Lorde Wyman, foi a confissão do guarda que interroguei após eu limpar a área, expulsando invasores. *Foi uma resposta um pouco simples, mas Syus achou suficiente, não queria contar seus defeitos em uma fala com um Lorde hostil como aquele; o defeito de não conhecer as casas de maior importância de Westeros. Ao lado de Catelyn, Syus sentia-se mais confiante para falar, pois sob o olhar dela ele poderia mostrar seu talento e ser notado por isso, ao mesmo tempo em que a protegeria de qualquer um* ** NPC: <Catelyn Stark> A senhora do norte interveio na mesma hora, antes que o lorde dos tritões pudesse dizer algo em resposta. -- Como pode ver, senhor Manderly, a entrada pelo sul aconteceu de alguma forma e não fosse eu ter outros assuntos, os quais já adiantamos em particular, para tratar, não teria tido tempo suficiente para responder a um pedido de defesa, mesmo Cerwyn sendo próxima do castelo do norte. Syus podia ver o rosto de Wyman se contorcer de desgosto, ante a informação. -- Pressuponho que suas defesas nas ruínas de Moat Cailin tenham enfraquecido, de alguma forma, já que invasores das terras da coroa adentraram tão facilmente nossos sagrados territórios. Ela analisou com calma o rosto por baixo do elmo do guardião e depois voltou seus olhares para o regente. -- Devo confirmar sua incompetência ou o senhor tem algo a me dizer?

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** NPC: <Wyman Manderly> -- Sinto por esse equívoco, milady. E reconheço a fragilidade do posto avançado na fronteira de The Neck. Tem sido uma região insalubre e cheia de conflitos... manter tropas por lá acaba sendo... custoso... Ele pareceu escolher bem as palavras, mas Catelyn parecia uma rocha e mantinha sua mesma expressão analítica. -- Enviarei tropar na direção de Long Lake, como nos foi relatado... há algo mais que queira me culpar, milady? ** NPC: <Catelyn Stark> -- Ainda terei de rever números militares. Se estivesse passando tamanha dificuldade, que comunicasse a meu marido, em Winterfell. Ela encerrou o assunto ficando de pé, de maneira que demonstrara imensa insatisfação. -- Providencie para nós uma boa estalagem, bem como comida para os soldados da comitiva. Os corvos devem ser enviados ainda esta noite... não tolerarei mais equívocos, regente. (Atenção) <Syus> *Syus deixou um sorriso tímido escapar com as duras e sinceras palavras de Catelyn, capaz de intimidar e deixar sem palavras até o mais bravo guerreiro daquelas terras gélidas e estéreis. Mas não tinha ideia de que aquilo poderia incitar a fúria de um guerreiro de tão alto padrão como o guardião, bem equipado e, aparentemente, robusto o suficiente. O breve som do 'clic' da espada fez com que Syus se levanta-se junto com Catelyn e ficasse um passo à frente dela, imediatamente levando sua mão até a espada bastarda* - Não queira tirar essa espada da bainha... *Murmurou Syus, lançando um olhar igualmente furioso para o guardião, alimentado pela promessa que fez, de joelhos, à Eddard Stark* <Narradora>Syus pode ver um Wyman assustado com a situação e acalmou os ânimos dizendo estar tudo bem, o que fez o guardião dele baixar as armas, mas não sem antes olhar de forma a jurar o guerreiro de Catelyn de morte. A senhora do norte também pediu para que Syus não se desse o trabalho de desembainhar a espada, pois disse que o homem de Manderly não iria ter coragem de golpeá-la e essas palavras só serviram para mudar a cor do homem de branca para vermelha abaixo do elmo. Saindo de lá, todos seguiram para uma estalagem próxima do porto, "A Lira de Prata" e Jeremy agradeceu aos céus pela reunião ter acabado logo. A estalagem era bem maior do que a de Ceywin e deveria ter dois andares a mais, feita quase que exclusivamente de madeira. Catelyn não quis comer no salão, pois alegou estar se sentindo um pouco mal, mas disse que era por causa da gravidez. Syus e Jeremy mantiveram o serviço de guardiões e Henry acabou aparecendo para reforçar o corredor onde ela estava. Foi então que os dois quiseram saber de Syus o que ele achava da situação.

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<Syus> *O confronto direto dentro daquela sala confortável, mas de atmosfera pesada, só colaborou para as más impressões que Syus continuava tendo de White Harbor e as pessoas que vivem nesta, principalmente Wyman Manderly e aquele guardião. Em silêncio, Syus jurou que, caso encontrasse-o, iria matá-lo da pior forma que ele poderia imaginar para deixar uma mensagem aos seus inimigos. Dentro do corredor, Syus apreciou a companhia de Henry e Jeremy, começando a contar em voz baixa* - Foi estranho. O Lorde Wyman e o guardião são asquerosos, tóxicos. Esse guardião tentou levantar uma espada contra Catelyn e eu imediatamente entrei na frente para confrontá-lo, mas parou por aí. Eu não vou deixar isso barato, obvio. *Syus cruzou os braços e olhou para a porta do quarto de Catelyn, no corredor* Tomem cuidado aqui nessa cidade. <Narradora>Os dois homens assentiram ante as informações que Syus dera, o que aumentou ainda mais a preocupação de Jeremy. Não bastasse ter ficado sozinho com três guardiões, ainda correria o risco de problemas com o regente local. Henry Hornwood acalmou o rapaz e disse que ele estaria de olho no que quer que aparentasse perigoso ali. Foi nesse momento que uma jovem apareceu no corredor e ela trazia consigo, segurando com muito cuidado, uma travessa de prata pura, com uma tampa na mesma qualidade. Com muita educação, ela se dirigiu até os três, fazendo menção de querer entrar no quarto. Com um olhar bem simples, ela fez breve reverência e apenas disse "Com licença senhores", esperando que eles permitissem sua passagem. <Syus> *Syus concordou com a atitude de Henry, atenção total a qualquer coisa, em qualquer lugar, de qualquer jeito. A prioridade era Catelyn Stark e toda a comitiva, pelo menos os honrados, iriam morrer por ela. A aparição da jovem que serviria comida à Catelyn já deixou Syus em estado e alerta, dirigindo-se até a mesma, de peito estufado e muito confiante* -- O que tem aí dentro? Mostre agora! <Narradora>Com extrema timidez e diante da intimidação de Syus, além dos olhares recriminativos dos dois outros homens, a jovem pareceu exitar por um momento, mas depois deu um passo atrás, pensando se deveria fazer aquilo ou não. Syus e os outros homens viram a culpa no semblante da garota e ela pareceu ficar ofegante e quase sem voz, pois não emitiu uma palavra, sequer. Depois de mais um olhar de intimidação e fazendo menção de puxar a tampa, Henry se posicionou de maneira mais calma e disse que estaria tudo bem, dando a palavra para a jovem. Trêmula, ela tocou a tampa e logo eles viram um líquido viscoso e rubro brilhar através da brecha. Engolindo a seco, ela continuou e o que se viu pareceu repugnante. Diante dos três estava a cabeça de um homem, mas Syus imediatamente reconheceu, mesmo com uma expressão horrenda no rosto, a face do guardião que esteve a pouco diante dele...

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<Syus> *A visão de Syus ficou turva por alguns instantes, pois as coisas passaram a fazer pouco sentido depois de ter visto a cabeça do guardião posta em uma bandeja daquela, como se fosse uma refeição ou, nesse caso, um troféu para Catelyn Stark. Aquilo não poderia ter sido obra da Senhora do Norte, nunca tinha ouvido histórias macabras à respeito dela e não seria hoje que ela iria fazer algo assim. Imediatamente, Syus segurou a cabeça do guardião pelos cabelos e analisou sua expressão facial, inseguro sobre o que fazer diante daquela situação* "Pelos Deuses, será que eu tenho tanto poder assim para decapitar um homem apenas com palavras?" *Ainda olhando para o rosto do guardião, Syus disse em voz branda para a jovem* -- Quem enviou essa cabeça para incomodar a Senhora do Norte em seu leito? *Syus dificilmente permitira que essa cabeça entrasse nos aposentos de Catelyn, especialmente pelo fato dela estar grávida e Syus saber bem como era tratar de uma mulher grávida, tendo sempre que ter todo o cuidado para que a prole nasça saudável, como Orianna, sua irmã. Ver uma cabeça decapitada em uma bandeja não seria algo muito cômodo* ** NPC: <Camareira> A garota ainda tremia, pois parecia saber do conteúdo da bandeja desde sempre, mas talvez tivesse tido ordens explícitas para dar rumo certo àquela cabeça decepada. Com os três ali cercando-a e com Syus tentando intimidá-la, ela se sentiu fragilizada e acabou deixando que Syus pegasse o conteúdo, causando espanto nos outros dois. Ante a pergunta, ela engoliu a seco e disse: -- Um homem, meu senhor... a mando do Regente... meu senhor... <Syus> -- O regente, é? Pois bem. "Eu já não gosto muito desse Lorde, agora, com essa decisão de enviar uma cabeça à uma mulher fragilizada pela gravidez, eu o odeio, mas é melhor eu guardar isso para mim ou serei severamente punido. Um plebeu não tem valor." *Syus colocou a cabeça dentro da bandeja, fechou-a e entregou a mesma para Henry segurar enquanto batia repetidamente na porta dos aposentos onde Catelyn descansava, preparando o que iria dizer na sua cabeça. Deveria ser bem direito sobre o conteúdo da bandeja ou ser o mais subjetivo possível? Syus se conhecia e logo sabia que não era de seu feitio ser muito sutil com as palavras* ** NPC: <Catelyn Stark> Catelyn demorou um pouco para abrir a porta e deixou Syus e os outros a sua espera por alguns longos minutos. Quando enfim ela se aproximou da porta, girou a maçaneta com calma e tranquilidade, nem sequer perguntando quem é que estava ali do outro lado. Calmamente, ela abriu a porta e analisou Syus e atrás dele, como era costume dela fazer. Depois de manter os olhos na direção dos de Syus, ela questionou. Sim, guardião?

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<Syus> -- Senhora, temos algo que o Regente lhe enviou. Para sua segurança, eu vi o conteúdo da bandeja e era... *Syus pigarreou, hesitando em contar para Catelyn, mas não poderia fugir de suas responsabilidades logo naquele momento* A cabeça do guardião que lhe ameaçou antes. A senhora quer vê-la? *Syus estava em uma postura ereta, de peito estufado, posicionando a mão direita sobre a bainha onde a espada bastarda estava guardada, assim teria uma reação rápida de saque de arma. Ele acreditava que sua postura dava uma boa impressão sobre suas habilidades como guerreiro* ** NPC: <Catelyn Stark> Catelyn manteve sua expressão e deixou que as palavras de Syus vagassem pela sua mente por um tempo. Então, depois de analisá-las, ela enfim respondeu: -- Agradeço pela oferta... Disse ela em tom singelo e irônico. -- Mas um homem deve ter o direito de ser enterrado com sua cabeça. Ela aproveitou para olhar a jovem no corredor e disse para ela. -- Pode vir até aqui e levar de volta essa cabeça, jovem. Diga que você veio diretamente a mim e eu a vi com meus próprios olhos. A jovem fez um sinal de respeito e veio pegar a bandeja das mãos de Syus. -- Pode entregar a ela, guardião . <Syus> -- Sim, senhora. *Syus fez uma reverência desajeitada para Catelyn e deixou que ela fechasse a porta antes de virar-se, na ponta do calcanhar, para a jovem e entregar a bandeja de conteúdo bizarro. Olhando para suas próprias mãos, agradeceu de não tê-las sujas de sangue, pois havia pego na cabeça sem cuidado algum. Syus, após entregar a bandeja, colocou a mão esquerda forte no ombro da mulher e disse, rispidamente* Quando for enviar algo desse tipo para Catelyn Stark, pense duas vezes. Ela é um perigo muito maior que esse regente, agora vá. *Pediu, dando um leve impulso no ombro dela, esperando que ela se retirasse* <Narradora>A jovem, gentilmente, pegou de volta a bandeja e voltou a passos largos para o andar debaixo, deixando novamente o corredor somente com os três rapazes, já que Catelyn havia fechado a porta depois de assentir com a cabeça. Aparentemente o local estava tranquilo, mas Syus, depois de Cerwyn, acabara por manter-se mais alerta nesses casos. Henry, que não tinha a nobreza de ser o guardião, embora experiente e capaz para isso, despediu-se também de Jeremy e Syus, deixando os dois ali. Quando o principal batedor dos Stark se retirou, o garoto disse a Syus: ** NPC: <Jeremy Locke> -- Não gostei nada dessa história... mas pelo menos, é uma pessoa a menos para nos preocupar. Disse em tom sério.

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<Syus> -- É verdade, mas o que mais me preocupa é a motivação. Você acha que esse regente é tão louco à ponto de cortar a cabeça do guardião porque ele tentou erguer uma espada contra Lady Catelyn Stark? Se for assim, podemos estar em perigo aqui, em Porto Branco. *Syus passou as mãos no rosto, tentando esclarecer melhor para si mesmo sobre o que acontecia naquela cidade. Depois, aproximou-se da porta do quarto para ficar ouvindo o que acontecia lá dentro, certificando-se de que Catelyn estava bem, tranquila* Redobre a atenção nesses dias que virão, Jeremy. ** NPC: <Jeremy Locke> -- Como a jovem disse, foi um homem a mando do Regente... se é que essa informação é verdadeira. Ele segurou o cabo de sua espada bastarda e disse. -- Não temo por nós aqui, Syus, pois nesse corredor só passarão por cima de nós e, no meu caso, depois de eu ter encontrado a morte. Pode ser que estejamos correndo perigo sim, mas não tenho autonomia para qualquer início de investigação por conta própria... ao que parece, a senhora do norte está tranquila... E ele pareceu confuso nessa última parte do diálogo, já que Catelyn não esboçava nenhuma preocupação. <Syus> -- Ela parece estar acostumado com essas situações, como uma cabeça enviada em uma bandeja. Aquela garota... Você tem razão, não podemos confiar nela. Parece tão frágil e manipulável, qualquer um poderia tê-la ameaçado e assim fazê-la contar que o Regente mandou essa cabeça. *Syus viajava em suas próprias teorias, algumas não tinham pé nem cabeça, já outras faziam certo sentido, pelo menos em sua cabeça. Pensativo, Syus coçava a própria barba* Para nossa tristeza, não temos muita importância. Somos guardas, protegemos o que é importante, não temos nenhum poder pra nada. Mas, ei... Eu não serei um guarda para sempre. *Ele abaixou o tom de voz, dando um sorriso de lábios fechados para Jeremy* Quero poder e glória. <Narradora>Jeremy sorriu, mas ele não tinha o mesmo sorriso ganancioso de Syus. Depois ele montou guarda ali, para que Catelyn Stark se mantivesse tranquila dentro do quarto. As horas passaram até que a noite chegou e Catelyn resolveu sair, já preparada para partir, reunir sua comitiva para voltar a Winterfell. Já tinha feito o que fora enviada para fazer e ela agora seguia com Syus e Jeremy até uma das torres, depois de sair da Estalagem, para enviar um corvo para Eddard Stark. Após chegar numa construção muito mal cheirosa, Catelyn subiu a torre e falou com um senhor sobre o serviço, pagando dois cervos de prata a ele, embora o velho tivesse recusado em receber. Depois de designar ao animal que voasse, o velho retribuiu o gesto benevolente de Catelyn desejando uma boa viagem. Saindo dali, a senhora Stark reuniu seus homens e o Regente trouxe a eles cavalos, para que a viagem se desse num ritmo mais acelerado.

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<Narradora>Catelyn falou ao regente Manderly sobre o excesso de ter enviado a cabeça de seu guardião e quando ele pareceu não entender a história, Syus soube imediatamente que havia alguma coisa errada. Catelyn falou do ocorrido com detalhes e pediu que a jovem fosse trazia imediatamente até eles, mas as coisas só pioravam, e o taverneiro local, trazido por Henry a força e jogado no meio dos homens, disse não conhecer tal jovem e nem saber como ela foi parar lá... as coisas começavam a tomar outro rumo e Syus teve uma horrível impressão ao olhar nos olhos dos guardas de Manderly... alguns pareciam sorrir, de canto de boca... ou poderia ser só impressão... <Syus> *O pressentimento de Syus, perto de tantos guardas, tanto de Porto Branco quanto da comitiva, foi o pior possível. A impressão de ter visto sorrisos malignos diretos da face desses guardas lhe fez abaixar a cabeça e fechar os punhos, ficando com uma respiração ofegante, um tanto quanto desconfortável* "O que estão planejando? Por que eu não posso resolver tudo com alguns golpes de espada? Tudo parecia tão simples na minha cabeça..." *Após essa breve reflexão, Syus decidiu ir à passos rápidos até próximo de Catelyn e, caso ela estivesse conversando, esperaria terminar tal diálogo para começar a falar* - Lady Catelyn Stark, i-isso está estranho. Sei que a senhora me achou louco da primeira vez que eu disse que essa cidade estava perigosa, mas agora e-eu acho que é... Sério. Gostaria de partir agora? *Syus orava pelos Velhos Deuses para que ela resolvesse partir logo e deixasse tudo aquilo para trás. A intriga assustava esse grande guerreiro* <Narradora>Catelyn estava conversando com Lorde Manderly e quando terminou de dizer sobre a fragilidade em que se encontravam, ela deu ouvidos à Syus. O guerreiro percebeu que o Regente, embora tivesse um ar soturno, era muito leal a Catelyn, assim como a maioria do povo do norte. Ele mesmo pediu que seus guardas baixassem as armas e ele fez questão de se posicionar ao lado dela, servindo de proteção e Catelyn fez um gesto de aprovação tanto para Syus quanto para Jeremy, permitindo a ação do regente. Assim, ela só subiu no cavalo quando Henry e o outro batedor se posicionaram de modo defensivo a ela, cavalgando juntos no mesmo trote curto, para que seus homens a acompanhassem. O cortejo de Lady Catelyn seguiu até os portões oeste, quando Lorde Manderly, também num cavalo, desejou que ela partisse em segurança. Syus pareceu ver o mesmo sorriso nos homens pelo caminho e os da torre do portão em que estavam, ficando um pouco paranoico. Quando fizeram a primeira parada, depois de algumas horas de viagem longe, já bem longe de White Harbor, Syus começou a se sentir um pouco mal e agora parecia ver, no rosto de seus próprios aliados o mesmo sorriso. Algo estava bem estranho ao redor do guerreiro...

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<Syus> *Syus não deixou de perceber que o sorriso sinistro ainda o perseguia, mesmo entre aliados em que confiava quase cegamente havia aquele sorriso. Sua mente estava perturbada, já não sabia mais em quem confiar, sua mente não era mais um porto seguro e ele precisava buscar alternativas. Como instinto, Syus segurou firmemente na espada que estava na bainha, buscando por Jeremy no meio daquele ninho de serpentes venenosas. Sabia que, pelo menos, o guarda pessoal de Catelyn seria de confiança* - O que está havendo? *Sussurrou para si mesmo, suando frio* <Narradora>Foi então que o destino deu o primeiro golpe em Syus, fazendo sua mente enxergar o que parecia ser uma brincadeira de algum deus zangado com ele. Diante dele, ali próximo, ele viu a jovem camareira, sorrindo tranquila, fervendo água junto a fogueira, de certo para preparar alguma coisa. Ela parecia tranquila e parte da comitiva, embora Syus tivesse plena convicção de que ela não havia vindo junto de Winterfell. Quando os olhos do guerreiro pousaram nela, vendo ali um corpo esguio e não tão atraente, mas de feições delicadas e de olhar plácido, ela assentiu para ele, em sinal de respeito, pegando com trapo a alça do caldeirão de bronze e indo na direção de uma das tendas... <Syus> *Syus franziu o cenho ao ter a visão da camareira, jovem, não tão bela, mas não era aquilo que importava para o guerreiro no instante em que a viu. Ter uma traidora na comitiva era inadmissível e Syus não hesitou em segui-la com passos rápidos e determinados, podendo trombar com qualquer um que entrasse em sua frente para não perder de vista a mesma* -- Ei! Ei! Não fuja! *Gritou Syus, querendo ter uma conversa séria com a mesma. Estava irado e, ao mesmo tempo, confuso* ** NPC: <Jovem> A jovem parou, deixando o caldeirão de água quente no chão e aguardou a chegada de Syus, vindo ao seu encalço. Ao chegar próximo dela, viu que ela parecia preocupada com o alarde que ele fazia e só depois dela pedir calma a ele, com um gesto, é que ela começou a falar. -- Não gostaria que me chamasse de traidora, meu senhor. Não lhe fiz nada de mal e nem a ninguém... <Syus> -- Não tente minimizar sua culpa. Era você que estava com a cabeça do guardião, não é? Conte a verdade, quem lhe mandou? *Syus não retirou a espada da bainha pois era um ato de covardia contra uma mulher, e ele poderia simplesmente segurá-la se fosse necessário. Estava muito alterado, pois a situação não lhe deixava opção a não ser estar dessa forma. Para um plebeu que nunca tinha sofrido a intriga na pele, estava sendo caótico*

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** NPC: <Jovem> A jovem sorriu ante ao comentário de Syus e esperou ele terminar o sermão, enraivecido com a situação. O guerreiro também percebeu que estava chamando a atenção, mas pareceu não se importar com aquilo. Quando enfim ele deu a deixa com as questões, ela disse de um modo singelo. -- Eu não sei porque o senhor está tão alterado... afinal, foi o senhor mesmo que desejou a morte cruel daquele homem... E ela apertou os lábios de um jeito meigo, enquanto com o indicador ela enrolou uma mecha do cabelo negro que descia rente a orelha. Antes que Syus pudesse prosseguir com o questionário, ele viu vindo da sua direita Henry, parecendo muito preocupado... ** NPC: <Henry Hornwood> -- Syus... Syus!!! Ele enfim chegou ofegante até o guerreiro, demonstrando imensa preocupação. -- Syus, pelos antigos homem, que é que deu em você? Ele tocou o ombro do guerreiro e pareceu analisá-lo de perto. -- Tudo bem que passamos por situações de tensão... mas você precisa realmente para com essa gritaria... E Syus agora sentiu o chão aos seus pés girar e ao olhar para onde estava a mulher ele não mais a viu. Seu coração palpitou tão forte que ele pouco pode fazer para receber aquela tontura de mal estar, mas Henry o pegou e disse. -- Está tudo bem! Ele só está exausto. E passando o braço sele por cima do ombro, Henry o conduziu até próximo de uma árvore, onde deu seu cantil para que ele bebesse. -- Vai ficar tudo bem, Syus... descanse... <Syus> -- O que? Não, é verdade, estou interrogando-a, ela entregou a bandeja! Aqui- *Syus sentiu o coração palpitar forte quando a jovem não mais estava em seu campo de visão. Sua visão ficou embaçada e ele buscou-a em todos os lugares que sua visão alcançava, sem obter sucesso. Ficou boquiaberto, escutando as palavras de Henry sobre sua loucura, sua imaginação* Não! Ela estava aqui, eu não estou cansado, Henry, acredite em mim! *Mesmo dizendo que tudo era verdade, Syus não apresentou resistência ao ser "levado" por Henry para tomar água e descansar mais um pouco, pois ele sabia que aquilo também podia ser falso. A mulher não estava mais lá* "Pai, me dá uma dica, uma luz... Eu estou louco?" <Narradora>Henry pareceu compadecido da situação de Syus e pediu que ele descansasse ali, dizendo aos curiosos que voltassem aos seus postos. Parecer louco diante de todos era uma péssima situação para o guerreiro, que podia se ver desacreditado pela senhora do norte e até pelos seus próprios aliados... ele conseguiu sentir a vergonha subindo lá do fundo de sua alma, trepidando desde o peito até o cenho, ondulando com a vermelhidão de sua pele, num misto de raiva, temor e loucura.

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<Narradora>O que poderia ter sido aquele evento? Já que os demais também viram a jovem moça no corredor, mas aparentemente não mais diante deles, agora. Seria algum tipo de punição? Seria o fato dele ter acabado com a vida do sequestrador de modo tão brutal me dividiu-o ao meio? O peso das almas pareceram se desprender da espada de Syus e ele sentiu que iria sucumbir ao desespero, mas no último momento equilibrou seu estado, mantendo tudo que havia feito de honroso, embora tivesse sido um pouco brutal, para a família Stark... e quando ele estava quase se levantando, notou que havia alguém próximo e para romper de vez seu estado emocional, ele viu a jovem, sentada do outro lado da árvore, mexendo nos cabelos dela. Seu corpo imediatamente ficou paralisado e ele apenas ouviu a voz dela cristalina, como o rio White Knife: ** NPC: <Jovem> -- O caldeirão, Syus... você não olhou para o caldeirão... [Fim do primeiro arco] Agradeço aos leitores por estarem acompanhando. Será o que Syus vai ficar louco? Quem era aquela garota? Aguardem mais novidades no arco 2. Beijos Kerol

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