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FACULDADE DE PIMENTA BUENO WORKSHOP DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Tema : Educação Ambiental Pimenta Bueno – RO 2019

T e m a : Educação Ambiental · a- 01 - a conscientizaÇÃo para a proteÇÃo do meio ambiente em uma perspectiva da psicologia e educaÇÃo ambiental 7 a- 02 – horta na escola:

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FACULDADE DE PIMENTA BUENO

WORKSHOP DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 

Tema: Educação Ambiental 

Pimenta Bueno – RO

2019

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INSTITUIÇÕES ORGANIZADORAS

Faculdade de Pimenta Bueno – FAP

Faculdade de Administração, Ciências Contábeis, Direito, Enfermagem, Nutrição, Pedagogia, Psicologia.

GRUPO ATHENAS EDUCACIONAL

COMISSÃO ORGANIZADORA

Ma. Eliene Alves Ferreira (FAP)

Esp. Jessica Moreira Jardim Messias (FAP)

Ma. Joceli Mota Correa da Rocha (FAP)

Me. Mirivan Carneiro Rios (FAP)

Comissão Local

Joceli Mota Correa da Rocha

Mirivan Carneiro Rios

COMISSÃO CIENTÍFICA

Prof. Ma. Joceli Mota Correa da Rocha (FAP)

Prof. Me. Mirivan Carneiro Rios (FAP)

REVISORA

Prof. Ma. Rosangela Ribeiro da Silva Justo

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SUMÁRIO

Sumário

INTRODUÇÃO 4

A- 01 - A CONSCIENTIZAÇÃO PARA A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE EM UMA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 7

A- 02 – HORTA NA ESCOLA: RECURSO PEDAGÓGICO DE ENSINO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E NUTRICIONAL 17

A- 03 – BREVE REFLEXÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS DOS ANOS INICIAIS 27

A- 04 – HORTO FLORESTAL EM UMA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE PIMENTA BUENO – RO 39

PO- 01 – AULA DE CAMPO COM TEMAS AMBIENTAIS-CARTILHA PARA O MUNICÍPIO DE PIMENTA BUENO – RO 53

PO- 02 – PROJETO: PLANTANDO ÁGUA NO IFRO CAMPUS CACOAL 55

PO- 03 – AMBIENTE SEGURO AOS SERES VIVOS 56

PO- 04 – PROJETO: COMUNIDADE ATITUDES SUSTENTÁVEIS 57

PO- 05 – SUSTENTABILIDADE NO SÉCULO XXI 58

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INTRODUÇÃO

Estamos vivendo a era da globalização em que a humanidade quebrou todas as fronteiras de espaço e tempo. Não é possível, hoje, pensar apenas no local ou no regional. É preciso pensar e agir de forma holística, possibilitando uma reflexão ampla e irrestrita acerca dos problemas que a humanidade tem vivenciado.

Analisando por este prisma, vamos traçar um paralelo com as questões ambientais e estas, mais do que nunca, são pautas de debate mundial. Toda e qualquer ação voltada a esta temática deve sempre ser pensada e planejada como se fosse para o mundo todo, pois, um desequilíbrio ecológico ocorrido no continente europeu com certeza irá refletir aqui no continente americano.

A FAP é uma instituição que atua no mercado com o Ensino Superior, formando profissionais na área da Pedagogia, Enfermagem, Psicologia, Administração, Ciências Contábeis, Nutrição e Direito. A IES busca transformar pela educação e, nesse sentido, propicia, no campo acadêmico, temáticas interdisciplinares por meio de projetos que lhes possibilitam uma ampla formação, agregando valor aos conhecimentos que vão da teoria às práticas que são desenvolvidas em sala e levadas para espaços externos, onde a comunidade possa delas usufruir. Cabe ressaltar que as ações de vivências profissionais, são importantes para a formação do acadêmico de todas as áreas da IES.

Sendo assim, através do seu PDI (2016-2020, p. 70) é abordado as Políticas Internacional para a Educação Ambiental. Atendimento à Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e ao Decreto Nº 4.281 de 25 de junho de 2002 com integração da educação ambiental às disciplinas do curso de modo transversal, contínuo e permanente.

A Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999 (regulamentada pelo Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002), que dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental em seu Artigo1º define que: Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. E em seu Artigo 2º: A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal (Art. 9º, II – Educação Superior) e não formal.

Desta forma, estabelece-se como Política Institucional a inserção de temáticas relacionadas com a Educação Ambiental, no ementário de todos os

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cursos em andamento na IES, além da prática e participação docente e discente em eventos institucionais correlacionados com a temática.

A- 01 - A CONSCIENTIZAÇÃO PARA A PROTEÇÃO DO MEIO

AMBIENTE EM UMA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

Andréa Neimog da Silva 1

Hellen Fernanda de Souza Pereira 2

Prof.Ma. Joceli Mota Correa da Rocha 3

Prof. Me. Mirivan Carneiro Rios 4

RESUMO: O presente artigo trata das condições ambientais frente à globalização e como a psicologia e a educação ambiental pode intervir para a promoção de um ambiente saudável a sociedade. O objetivo é expor com clareza para a população quais medidas devem ser tomadas, envolvendo a Educação Ambiental, o comportamento pró-ambiental, a multidisciplinaridade, a interdisciplinaridade e projetos institucionais de responsabilidade socioambiental, a fim de que haja mudança no comportamento do indivíduo quanto em grupo.

Palavras – Chave : Psicologia e Educação Ambiental. Comportamento pró-ambiental. Multidisciplinaridade. Interdisciplinaridade. Responsabilidade socioambiental.

Orientadores (as): Prof. Ma. Joceli Mota Correa da Rocha, Profº. Me. Mirivan Carneiro Rios

INTRODUÇÃO

Com os avanços tecnológicos e científicos, surgiram impactos

significativos ao meio ambiente, os quais resultam em diversas problemáticas

1 Acadêmica do Curso de Psicologia, FAP-RO 2 Acadêmica do Curso de Psicologia, FAP-RO. 3 Professora Ma. Da faculdade de Pimenta Bueno FAP. Coordenadora de Atendimento e Presidente da CPA. 4 Professor Me. Da Faculdade de Pimenta Bueno FAP.

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como desmatamento, escassez de água, poluição e extinção de animais. A

sociedade em grande parte é responsável por essas questões, pois, muitas

vezes é visto o descaso do ser humano com o ambiente. A partir do exposto, é

importante que a sociedade se atente para a proteção e construção de um meio

ambiente saudável.

Em diversos âmbitos podem ser trabalhadas questões ambientais: como

nas escolas, empresas e na própria casa. Nessas instituições, podem envolver

profissionais de diversas áreas, como o psicólogo, o pedagogo, que pautará em

conscientização, promoção e prevenção para o meio ambiente. Os assuntos

relacionados à educação ambiental precisam ser contínuos para que possam ser

mais eficientes e surtir efeito, resultando na formação de indivíduos conscientes

do ambiente que o cerca, dessa forma, possibilitará a geração de resultados

positivos em longo prazo.

Daí a importância de trabalhar todas as temáticas relacionadas ao meio

ambiente, desde as séries iniciais, permitindo que esta geração se tornem

pessoas preocupadas e empenhadas nos problemas ambientais,

compreendendo que medidas individuais podem colaborar em direção a um

mundo melhor em aspectos ambientais.

DESENVOLVIMENTO

É de conhecimento geral que os fatores de riscos associados ao meio

ambiente vêm aumentando significativamente, o ser humano em suas condições

biopsicossociais é dependente de um ambiente saudável para que tenha uma

boa qualidade de vida, porém o problema se reflete em diversos ambientes

precários, vulneráveis e repletos de poluição.

Existem muitas causas que afetam diretamente o meio ambiente, dentre

elas, é de relevância citar o plástico como sendo um dos fatores de poluição

mais utilizados pelos os indivíduos, estando por toda a parte, como em copos

descartáveis, garrafas e em sacolas distribuídas por comércios e,

posteriormente, sendo descartadas de forma inadequada.

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O uso desenfreado desse resíduo faz com que haja diversas

problemáticas. Tonello et al (2011, p.711-712) ressalta que,

[...] ao serem depositadas de maneira inadequada na natureza, são consideradas como vilãs ao meio ambiente, causando a morte de animais, entre os quais marinhos [...] Outro problema que pode ser observado é o entupimento dos bueiros, dificultando o escoamento da água das chuvas. A impermeabilização de resíduos orgânicos nos lixões e nos aterros contribui para isolar o detrito do oxigênio e conduzir à putrefação, em vez de biodegradar.

Nesse sentido, como resíduo plástico pode se citar a sacola plástica que é

utilizada por toda a população diariamente, as garrafas pet, canudinhos de

refrigerantes e outros dejetos. A partir desse contexto, pode-se verificar na obra

de Fabro et al (2007) que no Brasil é produzido 210 mil toneladas por ano de

plástico filme, sendo o mesmo utilizado para a produção das sacolas que são

utilizadas em comércios e distribuída a cada compra de produtos, sendo

resistentes e que demoram mais tempo para a decomposição no meio ambiente.

É relevante salientar que o uso exagerado desse resíduo pode ser

evitado, como consequência desta diminuição, reduz-se os riscos ambientais.

Diante disso, é importante pensar em educação ambiental e psicologia ambiental

para conscientizar a sociedade e despertar na população o desejo de mudança

e preservação do meio ambiente.

A Psicologia Ambiental ocupa-se por estudar e entender o relacionamento

do homem nos diversos ambientes, buscando compreender como os integrantes

de um grupo em uma comunidade, por exemplo, agem e têm consciência de

seus comportamentos e o quanto se sentem responsáveis ou não pelos

problemas ambientais, a importância dessa relação indivíduo-ambiente de forma

bidirecional.

Melo (1991, p.85) destaca que o “campo da psicologia ambiental surgiu

após a Segunda Guerra Mundial devido ao processo de reconstrução das

cidades”. Esse campo da Psicologia não recebeu esse nome de início, sendo

uma área nova dentro da psicologia, mas seus conteúdos já eram explanados e

permeavam em diversas esferas de conhecimento e muito subsidiou ao que hoje

é a Psicologia Ambiental.

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Ainda de acordo com Melo (1991, p.85) acerca da Psicologia Ambiental,

[...] surgiu inicialmente com o nome de “Psicologia da Arquitetura” (Architetural Psychology), nos fins dos anos 50 e começo dos anos 60. A partir daí ela foi reconhecida como um ramo distinto da psicologia. Muito embora, mesmo antes de sua existência como um campo distinto, tenha havido alguns trabalhos oriundos de diferentes áreas, que por sua própria natureza deram grandes contribuições a esse novo ramo da psicologia.

É necessário entender a maneira como a Psicologia Ambiental concebe o

indivíduo e o meio ambiente (MA), e como a Educação Ambiental (EA) poderá

se relacionar no entendimento da percepção que o sujeito tem da realidade que

o cerca e a partir dessa ideia Ribeiro et al (2009, p.61) trazem uma reflexão

acerca da Psicologia Ambiental PA,

[...] PA considera o homem como um ser que está ligado essencialmente ao seu MA, seja esse natural e humano, modificando tanto a si quanto ao meio. E aqui reside a íntima relação entre percepção e EA, pois essa última, em sua faceta emancipatória, se dedica a valorizar não apenas os cinco sentidos, mas também as emoções, as sensibilidades e as instituições dos educandos na construção do conhecimento, no desenvolvimento da aprendizagem e, de uma maneira geral, no próprio processo de compreensão e de edificação da realidade. Ademais, essa nova Educação também exalta a dinâmica cotidiana e o contexto sociocultural dos sujeitos, sob um processo de aprendizagem coletiva.

Há pressupostos importantes da Psicologia Ambiental que oferece ao

trabalho de conscientização subsídios para desenvolver um projeto institucional

de responsabilidade socioambiental. O projeto institucional inicialmente procura

compreender como se procede, os tipos de instituição e como a sociedade se

organiza nesse âmbito. É importante para o projeto uma análise do ambiente em

que se deseja trabalhar, planejando ações de mudanças para que favoreçam o

ambiente em que será desenvolvido o projeto.

A responsabilidade socioambiental é de imensurável relevância dentro

desse projeto, pois, para que desenvolva um olhar consciente sobre o meio

ambiente torna se necessário que as pessoas sejam agentes de mudança,

colocando em prática as suas responsabilidades.

Nesse sentido, Mello e Mello (2018, p.85) alertam para,

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A responsabilidade social em questões ambientais tem-se traduzido em adoção de práticas que extrapolam os deveres básicos tanto do cidadão quanto das organizações. Constitui-se, em sua maioria, de ações voluntárias, que implicam um comprometimento maior que a simples adesão formal de obrigações oriundas de legislação.

Diante do exposto, a responsabilidade Social/Ambiental vai promover

estratégias de ações que impulsionam a preservação ambiental e melhoram a

qualidade de vida da população, com ênfase nas ações sociais e ambientais.

Considerando as relações estabelecidas entre o ser humano e o meio

ambiente, é importante pensar se há reciprocidade entre os mesmos, nesse

sentido a psicologia ambiental vem para a compreensão das inter-relações, da

visão que a sociedade tem e o cuidado que se deve ao ambiente.

Moser (1998, p.122) salienta que a psicologia ambiental analisa,

[...]Como o indivíduo avalia e percebe o ambiente e, ao mesmo tempo, como ele está sendo influenciado por esse mesmo ambiente. É fato bastante conhecido que determinadas especificidades ambientais tornam possíveis algumas condutas, enquanto inviabilizam outras

É importante ressaltar que a Psicologia Ambiental trabalhará sempre de

forma multidisciplinar, para que tenha maior produtividade no trabalho

desenvolvido e Melo (1991), ressalta que “ela recebe contribuições de outras

disciplinas, tais como: Psicologia, Geografia Humana, Sociologia Urbana,

Antropologia, Planejamento e Arquitetura.” A tarefa multidisciplinar exige o

trabalho em equipe, o psicólogo ambiental deverá desenvolver subsídios para

envolver as pessoas e conseguir com que elas trabalhem em grupo, o

comprometimento e a resistência à dificuldade são virtudes que deverão ser

adotadas.

Ainda sobre a condição multidisciplinar da psicologia ambiental, cabe

ressaltar as influências da Psicologia Social e desse modo, Moser (1998, p.126),

traz para reflexão a conceptualização das atitudes em se tratando do

pensamento dos Psicólogos Sociais,

[...] os psicólogos sociais deram alguns conceitos que nós utilizamos, como atitudes, representação social, a noção de campo de Lewin e outros. Mas também pelo fato de eles estarem centrados na interação

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entre o indivíduo e outros indivíduos. Isto pode ser visto como uma iniciação para se entrar no campo da Psicologia Ambiental, porque o tipo de análise é bem parecido.

Dessa maneira, a Psicologia Ambiental poderá usufruir da

multidisciplinaridade para trabalhar as dificuldades, envolvendo e engajando as

pessoas no projeto. O envolvimento com outras abordagens permitirá a

mudança no comportamento da população, atentando para a promoção de

saúde e o cuidado com o meio ambiente.

Com isso, o envolvimento da população no projeto, possibilitará o trabalho

tanto individual como em grupo. O comportamento pró-ambiental é um

importante aliado, pois visa o cuidado e a proteção que o indivíduo tem com o

meio ambiente, onde vai analisar suas atitudes que geram impactos negativos e

procuraram diminuir essas ações.

Além do exposto, pode-se verificar também as contribuições de Verdugo

e Pinheiro (1999), “Condições para o estudo do comportamento pró-ambiental”

que pessoas com controle interno e crenças pró-ambientais são mais atenciosas

com o meio ambiente e são mais propensas a desenvolver ações para cuidar do

mesmo. Ainda conforme os autores supracitados os estudos iniciais do

comportamento pró-ambiental, onde citam as influências do behaviorismo e o

cognitivismo, que não deixam de ser importantes para o estudo de

comportamentos dos envolvidos.

Verdugo e Pinheiro (1999, p.10), alertam que,

Se os behavioristas prestavam mais atenção ao controle pelos fatores externos ao comportamento (reforçadores, castigos, antecedentes, ou conseqüências da conduta ambiental), os cognitivistas mostravam mais interesse pelas variáveis internas dos indivíduos, que os conduziam ao CPA. Os psicólogos cognitivistas, empregando uma estratégia observacional, concentravam-se na relação entre a conduta ambientalmente responsável e algumas características psicológicas dos indivíduos, como suas atitudes, seus conhecimentos e sua personalidade.

Nesse caso, a Psicologia Ambiental poderá trabalhar diversos pontos

para que desenvolva olhares mais conscientes na população, elencando o

desenvolvimento de comportamentos pró-ambientais, visto que, o reforço de

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comportamentos positivos permitirá a repetição dos mesmos e a capacidade de

observação do contexto inserido, vai permitir o surgimento de atitudes

intrínsecas e extrínsecas para uma transformação plausível.

Assim, pode-se refletir acerca do que Verdugo e Pinheiro (1999, p. 18-19)

aduzem,

[...] ao reconhecer que a cultura tem um peso significativo na história comportamental dos sujeitos, antes de pretender explicar o CPA de uma comunidade, é necessário estudar esse grupo humano, considerando suas idiossincrasias, e o efeito delas sobre a conduta dos indivíduos. Considerando as diferenças culturais, poderemos desenhar um quadro mais realista, compreensivo e de utilidade, que possa nos ajudar, não só a predizer o comportamento ambiental responsável, mas também a planejar estratégias de intervenção para os crescentes problemas da degradação ambiental

Dessa maneira, para um melhor resultado no projeto institucional é de

relevância compreender a realidade do ambiente em que irá aplicar a

conscientização e prevenção. Para melhor compreensão dos comportamentos

dos indivíduos em relação ao meio onde estão inseridos e como se relacionam,

Lemos e Higuchi explicam que,

Com base nesses aspectos socioambientais, o estudo parte de algumas questões gerais, tais como: até que ponto as pessoas dessa localidade se sentem implicadas nas problemáticas socioambientais vivenciadas? Essas pessoas se percebem como corresponsáveis pelas problemáticas ambientais de sua área de moradia? Essas pessoas pensam e/ou agem com algum grau de comprometimento em busca de soluções? Esses questionamentos constituíram-se em bases para a compreensão das concepções e formas de compromisso ambiental, apresentando-se como um eixo orientador no delineamento do ethos do ambiente construído pela população-alvo deste estudo. (LEMOS; HIGUCHI, 2011, p. 124)

A partir de uma análise e compreensão do espaço em que se deseja

desenvolver algum tipo de pesquisa, projeto ou conscientização, é fundamental

levar em consideração o estilo de vida dessas pessoas. Os fatores de

necessidades primárias estão sendo supridas? Atingir as necessidades básicas

é essencial para que o indivíduo tenha motivação e, consequentemente, viver

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em harmonia com as outras pessoas e o do ambiente como um todo. A respeito

disso, Lemos e Higuchi coloca,

A forma como as pessoas constroem seus modos de vida está relacionada com o quanto se sentem envolvidas nos processos de apreensão da realidade em seus aspectos físicos e simbólicos e se percebem detentoras de capacidade de nela intervir para transformá-la. O compromisso socioambiental tem relação fundamental com esses aspectos, e se manifesta de acordo com a compreensão dos sujeitos sobre sua responsabilidade consigo e o meio físico e social. Portanto, enquanto necessidades básicas e vitais não são atendidas, outras necessidades carecem de satisfação, dentre elas, a necessidade de assumir a responsabilidade por suas atitudes individuais frente ao meio e da repercussão destas em suas relações como um todo. (LEMOS; HIGUCHI, 2011, p. 131).

O ambiente escolar é um meio pelo qual se forma cidadãos cientes da

sua cooperação para um mundo melhor ou dependendo de suas ações o autor

contribuinte para sua destruição. Pensando em questões ambientais a escola

pode trabalhar de forma interdisciplinar, abordando temáticas pertinentes ao

meio em que os alunos têm contato, colocando em prática o que viram em sala

de aula. Viveiro e Diniz (2009) traz uma estratégia que seria as atividades de

campo,

Quando se pensa num ensino de qualidade, sobretudo em Ciências, é indispensável um planejamento que articule trabalhos de campo com as atividades desenvolvidas em classe. As atividades de campo permitem a exploração de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, o que possibilita que sejam também de grande valia em programas de Educação Ambiental. (VIVEIRO; DINIZ, 2009, p.2)

Por meio das vivências em campo, é possível refletir sobre escolhas

pessoais e coletivas, e a responsabilidade de cada um perante aos problemas

atuais e das futuras gerações. As atividades de campo proporcionam um olhar

diferenciado frente aos diversos problemas no qual os discentes são expostos.

Esse é o diferencial nas atividades de campo, visto que, deve-se dar ênfase nas

causas socioambientais que fazem parte do contexto de realidade na qual

vivem, resultando assim em um maior entendimento e mudança de

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comportamento. O contato direto com ambiente, pode fazer com que os

indivíduos percebam a situação de uma maneira nunca vista antes.

Dessa forma, é possível uma autorreflexão sobre as atitudes de cada um,

perante a problemática em que determinado ambiente encontra-se, permitindo

que ao estarem a par da situação adotem medidas de redução de danos

objetivando minimizar agravos futuros. Viveiro e Diniz (2009, p.6) apud Carvalho

(1998) ressaltam as atividades de campo

As atividades de campo podem ser utilizadas também como importantes estratégias em programas de EA, uma vez que o contato com o ambiente permite a sensibilização acerca dos problemas ambientais. Além disso, surgem oportunidades de reflexão sobre valores, imprescindíveis às mudanças comportamentais e, sobretudo, atitudinais.

É extremamente essencial, que de forma interdisciplinar, a equipe escolar

venha trabalhando a Educação Ambiental continuamente, através de material

didático, aulas práticas, aulas de campo em todos os níveis de escolarização.

Desenvolvimento de ações voltadas para todo o currículo escolar,

capacitação dos docentes para que possa trabalhar de maneira mais assertiva

com os educandos, levando a conscientização e criticidade sobre o mundo que

os cerca, constituindo novos valores e conceitos socioambientais, colaborando

para um meio ambiente mais saudável.

Educar ultrapassando os muros da escola faz com que os educadores

saiam de sua s zonas de conforto, combinando duas forças, a teoria com a

prática, alcançando de forma mais satisfatória a interpretação, conscientização e

aquisição de conhecimento coletivo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do presente estudo foi possível compreender a importância da

Psicologia Ambiental e da Educação Ambiental no desenvolvimento de projetos

voltados para o meio ambiente como, por exemplo, institucionais com

responsabilidade sócio ambiental, fornecendo meios para o início de ações e

estratégias de mudança nos diversos ambientes.

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Faz-se necessário despertar o comportamento pró-ambiental quando se

almeja modificação em determinado ambiente, pois, é visto que suas ações

ultrapassam o modelo grupal, dando subsídios para que o indivíduo trabalhe de

forma individual em prol do ambiente.

Dentro da perspectiva pró-ambiental, ainda é importante salientar que a

Psicologia oferece algumas abordagens, podendo trabalhar as questões de

observação e reforço. É notável que quando se trata de comportamentos frente

às questões ambientais, depara-se com inúmeras variáveis. Em contextos onde

a população pertencente à determinada comunidade não tem o primordial de

suas necessidades atendidas, como acesso habitação seguras, saúde e

segurança, torna-se complexo pensar em uma mudança coletiva.

Compreende-se a necessidade de um trabalho interdisciplinar nas

escolas, visto que, no âmbito educacional encontram-se agentes

transformacionais e disseminadores do conhecimento favorecendo a

aprendizagem dos alunos. É pertinente que a interdisciplinaridade,

inegavelmente, permite o alcance de resultados mais satisfatórios por meio dos

vastos saberes de diferentes disciplinas dialogando entre si, possibilitando a

produção de um saber crítico e reflexivo, unindo o método teórico com a prática

consolidando o aprendizado.

REFERÊNCIAS

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A- 02 – HORTA NA ESCOLA: RECURSO PEDAGÓGICO DE

ENSINO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E NUTRICIONAL

Adriana Justino Silva Farias 5

Claudinéia Ferreira dos Santos 6

Taynara Santana de Oliveira 7

Profª. Ma.:Joceli Mota Correa da Rocha 8

Profº. Me.: Mirivan Carneiro Rios 9

RESUMO: Este artigo objetiva fazer uma reflexão sobre a importância de práticas de ensino da Educação Ambiental e nutricional, abordando como proposta de grande potencial conscientizador a horta na escola, sendo utilizada como um recurso pedagógico. A educação ambiental ao ser incluída no currículo escolar permite desenvolver diversas atividades de forma interdisciplinar e contextualizada com a realidade. É relevante que se compreenda a necessidade da tomada de consciência ambiental, visto que o modelo de desenvolvimento atual consumista degrada os recursos naturais do planeta, trazendo consequências para a qualidade de vida humana. Espera-se com essa pesquisa, oferecer um debate que auxilie no entendimento sobre práticas educativas que podem ser incluídas no planejamento das escolas nas séries iniciais, e apresentando como alternativa o plantio de hortaliças que contribui para melhores hábitos alimentares, visando a preservação do meio ambiente.

Palavras – Chave : Educação ambiental. Horta escolar. Recurso pedagógico.

Orientadores (as): Prof. Ma. Joceli Mota Correa da Rocha, Profº. Me. Mirivan Carneiro Rios

INTRODUÇÃO

A educação ambiental, como proposta pedagógica, contribui para a

formação de cidadãos conscientes, visto que a cada dia emerge a necessidade

de se pensar nas próximas gerações da sociedade. É importante que, além de

informações e conceitos, a escola trabalhe com atitudes, visando à formação de

5 Acadêmica do Curso de Psicologia, FAP-RO 6 Acadêmica do Curso de Psicologia, FAP-RO 7 Acadêmica do Curso de Psicologia, FAP-RO 8 Professora Ma. Da faculdade de Pimenta Bueno FAP. Coordenadora de Atendimento e Presidente da CPA. 9 Professor Me. Da Faculdade de Pimenta Bueno FAP.

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valores por meio de ações práticas para que o aluno possa desenvolver uma

formação que respeite à conservação ambiental.

De forma geral, a EA é proposta pedagógica que busca fazer da escola o

lugar onde o aluno adquire experiências ao longo do seu processo de

socialização. Com isso, os comportamentos ambientalmente desejáveis e

corretos podem ser ensinados na prática, na caminhada da vida escolar de

modo que, o professor ao dispor em seu planejamento didático de práticas

pedagógicas com EA contribua de forma significativa para que uma parcela da

sociedade tenha formação consciente e cidadã acerca da realidade em que se

vive.

A sociedade precisa ser esclarecida das consequências que advém do

aproveitamento incorreto da produção e ingestão de alimentos. Desse modo,

Louredo (2013) orienta que “as propriedades nutricionais dos alimentos é um

dos fatores que levam ao desperdício”.

Os bons hábitos, conscientes no processo de alimentação pode ser

realizado através da EA, visto que as crianças que hoje estão na escola serão os

adultos de amanhã. A escola pode propiciar vivências que as crianças vão levar

para toda vida, podendo ter melhor qualidade de vida, bem como, manejo e

cultivo correto dos alimentos, contribuindo para a evolução de uma sociedade

saudável.

O objetivo dessa pesquisa é oportunizar a reflexão de práticas

pedagógicas pertinentes à EA e a nutrição dos estudantes, família e comunidade

com a implementação de horta na escola.

Esta pesquisa está dividida em três capítulos: no capítulo intitulado

Educação Ambiental trata-se da importância dessa disciplina no seio da

sociedade mundial. Ao que tange o capítulo intitulado Cultivo de hortaliças como

recurso pedagógico, discorre-se sobre a horta escolar como atividade

pedagógica, no qual os professores têm muitos assuntos a abordar por meio

dessa proposta potencial de ensino aprendizagem. E no capítulo A Educação

Ambiental em escolas nas séries iniciais, traz e discute-se a importância de se

desenvolver nas crianças desde mais cedo o poder da reflexão de atitudes

corretas com o meio ambiente.

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A parte final trata das Considerações Finais, onde se expõe as

aprendizagens acerca da temática bem como as considerações para boas

práticas na EA como a sugestão de implementação de Horta na Escola.

2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O termo Educação Ambiental surgiu no ano de 1965, como Environmental

Education, numa Conferência em Educação na Universidade Keele, no qual o

foco pauta na formação dos cidadãos relacionado a problemas ambientais no

entorno da humanidade ( FERREIRA, 2019). De fato, essa é uma preocupação

constante de poucos, em como propiciar a preservação da natureza.

Percebe-se que essa preocupação se assenta em conservar aquilo que foi

levado com tanto descaso por muito tempo, e a maneira pela qual é possível

transmitir uma consciência de zelo pelo meio ambiente é através da Educação

Ambiental .

“Educação ambiental é uma disciplina bem estabelecida que enfatiza a relação dos homens com o ambiente natural, as formas de conservá-lo, preservá-lo e de administrar seus recursos adequadamente” (UNESCO, 2005, p. 44).

Pode-se dizer que a Educação ambiental precisa ser um processo

contínuo, desde criança ensinada com exemplos que esclareçam o presente e o

futuro da sociedade diante dos hábitos vivenciados. A escola é parte primordial

no trabalho com a Educação Ambiental, haja visto a perspectiva interdisciplinar

que pode existir no ambiente escolar.

É interessante, relacionar a educação com o cotidiano do aluno, pois, na

escola o conhecimento prévio de mundo que o aluno traz é relevante para

construção de outros conhecimentos. E, ao se tratar de Educação Ambiental a

escola precisa ter em seu currículo a temática ambiental, visto que documentos

como os PCNs, Temas Transversais ressaltam que:

[...]a partir da década de 70, com o crescimento dos movimentos ambientalistas, passou-se a adotar explicitamente a expressão „Educação Ambiental” para qualificar iniciativas de universidades, escolas, instituições governamentais e não governamentais por meio

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das quais se busca conscientizar setores da sociedade para as questões ambientais. Um importante passo foi dado com a Constituição de 1988, quando a Educação Ambiental se tornou exigência a ser garantida pelos governos federal, estaduais e municipais (artigo 225, § 1º, VI) (BRASIL, 1998, p. 181).

A Educação Ambiental ganhou muitos conceitos que foram evoluindo ao

longo dos tempos. Dentre eles, o de que grande parte dos problemas ambientais

partem de fatores culturais, políticos e socioeconômicos, os quais não podem

ser previstos ou resolvidos somente por meios tecnológicos (DIAS, 1992).

Portanto, entende-se que a conscientização e mudança de hábitos é necessária

em pleno século XXI.

A EA apresenta-se no passar dos tempos como um processo, no

qual deveria ocorrer um desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupação com o meio ambiente, em que ocorre uma relação de

incentivo ao homem para a compreensão do ambiente a sua volta

(MELLOWS, 1972).

Para este autor, a Educação Ambiental é um procedimento que visa

produzir no indivíduo uma reflexão acerca do meio ambiente, de modo que

cause nele uma inquietação, junto ao vínculo que permeia entre o homem

e o ambiente em que está inserido. Desse modo, entende-se que esse

processo reflexivo pode fazer com que o homem entenda como o cuidado

com a natureza está diretamente ligado ao cuidado com a vida, pois tudo

que precisamos para nossa sobrevivência está ligado à absorção dos

bens que a natureza nos proporciona.

Minini (2000) concorda que cada vez mais torna-se necessário que

haja a compreensão humana crítica e global do ambiente que vivemos, de

modo que elucide valores e o desenvolvimento de atitudes numa posição

consciente e participativa a respeito dos recursos naturais, uma vez que a

prática da EA traz consequências positivas para o ser humano, a

conservação da natureza traz benefícios e aumento da qualidade de vida

do homem.

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Tal processo construtivo de conscientização parte da perspectiva

que as pessoas aprendam o uso correto do meio ambiente, pautado na

percepção de como dependemos dele, de como o afetamos e de como

podemos promover a sua sustentabilidade (DIAS, 2004). Tais perspectivas

de mudanças de comportamento permitem tornar o nosso mundo melhor.

3. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS NAS SÉRIES INICIAIS

A escola tem um importante papel quanto a promover nos indivíduos um

senso de cuidado para com o meio ambiente. Por isso é essencial que a EA seja

trabalhada nas escolas, e que sejam promovidos projetos de sensibilização

sobre o Meio Ambiente. Sendo assim, a escola tem uma enorme parcela de

responsabilidade na formação de cidadãos conscientes da sua relação com a

natureza.

O ambiente escolar é um dos primeiros caminhos para a formação

consciente de futuros cidadãos frente ao meio ambiente. No qual, segundo

Medeiros et al. (2011), ela pode ser introduzida em todos os conteúdos, de

forma interdisciplinar, buscando relacionar as vivências do ser humano e o uso

da natureza .

A inserção da Educação Ambiental na formação das crianças pode ser

trabalhada com bastante amplitude na escola por ser um tema relevante e

abrangente . Dessa forma, a discussão de ideias e trabalho se torna riquíssima.

Outro fator pertinente, é a oportunidade de se desenvolver nas crianças, desde

mais cedo, o poder da reflexão de atitudes coerentes com o meio ambiente.

Pois, os problemas ambientais aumentam numa velocidade constante, partindo

daí a necessidade de atenção, com o ambiente que nos cerca.

A escola foi um dos primeiros espaços a absorver esse processo de ambientalização da sociedade, recebendo a sua cota de responsabilidade para melhorar a qualidade de vida da população, por meio de informação e conscientização (SEGURA, 2001, p. 21).

É preciso dar crédito ao papel da escola na conscientização acerca do

cuidado com o meio ambiente a partir das séries iniciais, pois quando se

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aprende desde a infância, consequentemente o indivíduo poderá se tornar um

cidadão consciente pró ativo em relação ao zelo com o meio ambiente.

Dessa forma, o processo de ensino e aprendizagem pode ser

desenvolvido de modo a abordar a educação ambiental e nutricional junto aos

alunos, relacionando os conteúdos numa perspectiva interdisciplinar. As "ações

voltadas à sensibilização da coletividade para as questões ambientais,

nutricional" é um avanço na formação integral do aluno (DANELIV E

LEWANDOWSKI, 2016, p.2).

Dentre essas ações, a horta escolar, torna-se um recurso pedagógico

eficaz no desenvolvimento de atitudes e competências. O professor pode

trabalhar atividades que permitam ao aluno praticar a preservação do meio

ambiente, valorizar a produção de alimentos sem agrotóxicos, e ainda aprender

a necessidade de cuidar da saúde com hábitos diários de alimentação correta.

Neste sentido, entende-se que as atividades pedagógicas na horta

escolar levam a uma aprendizagem reflexiva sobre os hábitos alimentares. Para

Cribb (2010), este assunto pode ser trabalhado de forma interdisciplinar.

Partindo daí, o papel do professor em trabalhar o reaproveitamento de matéria

orgânica para cultivo de hortaliças, e ainda conscientizar quanto ao uso de

agrotóxico.

O trabalho com o meio ambiente nas escolas traz a ela a necessidade de

estar preparada para trabalhar essa temática. É importante a formação

continuada sobre a Educação Ambiental. Assim, os professores estarão mais

preparados para o trabalho com os pequenos.

Os conhecimentos que se transmite e se recriam na escola ganham sentido quando são produtos de uma construção dinâmica que se opera na interação constante entre o saber escolar e os demais saberes, entre o que o aluno aprende na escola e o que ele traz para a escola, num processo contínuo e permanente de aquisição, no qual interferem fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos (BRASIL.1997).

Os professores têm o papel de serem os mediadores das questões de

ensino e das aprendizagens ambientais. Essa busca deve partir deles em

desenvolver um trabalho de qualidade com seus alunos.

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Bonfim (2014, p.4) ressalta que,

[...] é fundamental a participação da escola, especialmente nas aulas de Educação Física, o ensino do conteúdo hábitos alimentares saudáveis, o docente poderá proporcionar uma aprendizagem significativa aos educandos e com isto possibilitar uma mudança de comportamento na busca de uma alimentação adequada para um estilo de vida mais saudável.

Dentre as atividades possíveis de serem realizadas com os alunos no

cultivo de hortaliças, em Matemática pode-se trabalhar cálculos na construção

dos canteiros, semeadura; em Ciências, a produção de adubo com

compostagem, uso incorreto do solo, valor nutricional das hortaliças; em

Geografia pode-se trabalhar sobre o clima e regiões propícias para cada tipo de

cultivo de alimentos. Para Costa et al. (1998) são atividades que eles se

entusiasmam, sentindo-se responsáveis em cada execução proposta nas

disciplinas.

Cabe destacar que os estudantes são agentes multiplicadores do

conhecimento. Haja visto, que o ensino abordado na horta escolar de maneira

significativa, permite que o aluno leve todo o conhecimento assimilado para sua

casa, onde se sente capaz de pôr em prática, expandindo o que aprendeu na

escola.

Para Fernandes (2007, p.12) as hortas como recurso pedagógico tem

como principal finalidade:

[...] a realização de um programa educativo preestabelecido, a Horta Escolar, como eixo organizador, permite estudar e integrar sistematicamente ciclos, processos e dinâmicas de fenômenos naturais. Superando a área das ciências naturais, o(s) professor(es) pode abordar problemas relacionados com outras áreas do conhecimento de forma interdisciplinar, como: matemática, história, geografia, ciências da linguagem, entre outras.

Logo, pensar na educação ambiental e nutricional numa perspectiva

prática de cultivo na Horta Escolar, permite que o processo pedagógico se torne

eficaz, pois, uma amplitude de atividades pode ser realizada com os alunos,

desde as séries iniciais até o ensino médio. O que de fato denota que, é

possível desenvolver aprendizagens em espaços não formais, com aulas

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práticas que destacam a importância de desenvolver o senso crítico e consciente

nos alunos quanto ao uso do solo para consequentemente uma vida saudável.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo permitiu compreender algumas atitudes pedagógicas frente ao

cultivo de hortaliças no ambiente escolar. Perceber tal objeto como recurso

pedagógico agregou possibilidades do fazer educativo sobre a Educação

Ambiental com os alunos.

Entendeu-se, ainda que o cultivo de hortaliças como recurso pedagógico

tem o propósito de desenvolver atitudes e competências amplas no aluno que

vão desde simples práticas cotidianas sobre a preservação do meio ambiente, a

replicação das atitudes em casa, e ainda a valorização da saúde com hábitos

diários de alimentação correta.

No entanto, percebe-se que a necessidade de atividades pedagógicas

sobre EA é coerente com os tempos que vivemos, em que planeta e ser humano

já sente as consequências da exploração errônea dos recursos naturais.

Portanto, a Educação Ambiental e Nutricional numa ação de cultivo de hortaliças

na Horta Escolar, permite que a aprendizagem teórica e prática dos alunos seja

eficaz, não deixando de ser prazerosa, pois pode ser trabalhado esses assuntos

de forma interdisciplinar nas matérias que os discentes cursam.

Para que seja possível uma prática pedagógica, crítica e sensibilizadora,

torna-se inevitável formação docente em Educação Ambiental. Uma vez que o

docente está sensibilizado com as causas ambientais torna-se capaz de passar

para seu aluno essa sensibilização. Não tem como ensinar algo que você não

vive.

Acredita-se que a EA é de suma importância na vida do ser humano, e que

existe a necessidade de que haja um trabalho contínuo de inserção desse tema

nas escolas. É preciso que haja perspectiva de integrar a Educação Nutricional,

Horta Escolar e componentes curriculares e que possa funcionar como um

recurso pedagógico de grande relevância para um ensino que promova nos

indivíduos uma consciência a respeito do cuidado com o meio ambiente e a

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alimentação.

REFERÊNCIAS BONFIM, J. V. Hábitos Alimentares Como Conteúdo da Educação Física In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Os Desafios da Escola Pública Paranaense na Perspectiva do Professor PDE: Produção Didático-pedagógica, 2014. Curitiba: SEED/PR., 2016. V.2. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998. 436 p. COSTA ML; ROENICK SAW; MALUF WR. 1998 Construa uma horta com seus alunos. Lavras: UFLA. 4p. (Boletim Técnico de Hortaliças, 2). CRIBB, S. L. de S. P. Contribuições da educação ambiental e horta escolar na promoção de melhorias ao ensino, à saúde e ao ambiente. REMPEC - Ensino, Saúde e Ambiente, 2010. DANELIV, Lucio. LEWANDOWSKI, Hilario. Horta escolar: um instrumento eco alfabetizador no ensino fundamental. Cadernos PDE. 2016. DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 1992. 399 p. DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e práticas / Genebaldo Freire Dias - 9. ed. - São Paulo: Gaia, 2004. FERNANDES, M. do C. de A. Orientações para Implantação e Implementação da Horta Escolar. Caderno 2. Brasil/Brasília: MEC, 2007. FERREIRA, Leidryana da Conceição. MARTINS, Leydiane da Conceição Gomes Ferreira. PEREIRA, Sueli Cristina Merotto. RAGGI, Désireé Gonçalves. Silva, Jose Geraldo Ferreira da . Educação Ambiental e sustentabilidade na prática escolar. 2019. LOUREDO, Paula. Reaproveitamento de alimento. Reaproveitamento de alimento. Brasil, 06 abr. 2013. Disponível em:<http://educador.brasilescola.com/estrategiadeensino>. Acesso em: 19 de setembro de 2019.

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MEDEIROS, Aurélia Barbosa de. SOUSA, Gláucia Lourenço de. OLIVEIRA, Itamar Pereira de. MENDONÇA, Maria José da Silva Lemes. A importância da educação ambiental na escola nas séries iniciais. Disponível em http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/index.php?option=com_abook&view=book&catid=4:educacao-ambiental&id=1462:a-importancia-da-educacao-ambiental-na-escola-nas-series-iniciais&Itemid=54. Acesso em 20 de agosto de 2019. UNESCO. Década das Nações Unidas da Educação para um Desenvolvimento Sustentável, 2005-2014: documento final do esquema internacional de implementação. – Brasília: UNESCO, 2005. 120p.

A- 03 – BREVE REFLEXÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM

ESCOLAS DOS ANOS INICIAIS

Bruna Taune Lemes 10

Erika Mayara Silva 11

Ester Alvarenga Ferreira Ribeiro 12

Francilene Henrique Rosa 13

10 Acadêmica do Curso de Psicologia, FAP-RO 11 Acadêmica do Curso de Psicologia, FAP-RO 12 Acadêmica do Curso de Psicologia, FAP-RO 13 Acadêmica do Curso de Psicologia, FAP-RO

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Karina de Souza Oliveira 14

Profª. Ma. Joceli Mota Correa da Rocha 15

Profº. Me.Mirivan Carneiro Rios 16

RESUMO: O presente artigo tem por finalidade apresentar o conceito de educação ambiental, este apresentará ideias de alguns autores e leis que falam sobre o assunto. Destacará a importância de se trabalhar a educação ambiental desde os anos iniciais, pois essa prática deve ter início desde a menor idade, sendo que tais crianças são sujeitos de direito. As práticas pedagógicas com a EA devem trabalhar a conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos educandos. O artigo traz também algumas práticas para se trabalhar nas escolas de Pimenta Bueno.

Palavras – Chave : Conscientização. Interdisciplinaridade. Educação. Meio ambiente. Práticas.

Orientadores (as): Prof. Ma. Joceli Mota Correa da Rocha, Profº. Me. Mirivan Carneiro Rios

INTRODUÇÃO

A educação ambiental tem se perpassado por diversos contextos

histórico-cultural sofrendo variações. Alguns autores discorrem ideias sobre o

conceito dessa educação, as preocupações e limitações advindas das épocas,

trazendo em suas bagagens a importância da conscientização e respeito ao

meio ambiente, sendo trabalhado individualmente e coletivamente.

Partindo do pensamento histórico a educação ambiental traz a

importância de ser trabalhada no meio escolar, mais precisamente nos anos

14 Acadêmica do Curso de Psicologia, FAP-RO 15 Professora Ma. Da faculdade de Pimenta Bueno FAP. Coordenadora de Atendimento e Presidente da CPA. 16 Professor Me. Da Faculdade de Pimenta Bueno FAP.

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iniciais para que tais crianças tenham acesso e estejam inseridas no meio e

espaço ao qual vivem pensando nos problemas e enfrentamentos que as

rodeiam, possibilitando prevenções e cuidados desde cedo.

A Pedagogia deve estar inserida desde logo nessa educação, com

propostas lúdicas de preservação, contribuindo para o crescimento das crianças.

Trabalhando práticas que provocam o interesse e respeito dessas, para a

prevenção de futuros problemas com o meio ambiente.

1.1 - CONCEITO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Educação Ambiental (EA) surgiu na segunda metade do século XX,

basicamente como uma das “estratégias” da sociedade para fazer frente aos

problemas ambientais entendidos como ameaças à qualidade e à vida no

planeta. Alguns problemas eram cruciais como a ameaça do esgotamento dos

recursos naturais, os efeitos da poluição ambiental, o crescimento populacional e

o aumento da produção e do consumo, era preciso impor limites.

A partir disso, o assunto se impôs na agenda dos governantes dos países

desenvolvidos dando início às grandes conferências e eventos internacionais

para debater os grandes problemas ambientais e a elaboração de sugestões e

estratégias para se agir em favor ao meio ambiente.

Entre o apontamento de medidas analisadas, refletidas e recomendadas

colocou-se, também, a responsabilidade do ser humano em sua relação com o

ambiente, onde a educação adquire importância singular para a solução dos

problemas. Mostra-se a necessidade de mudança na intervenção do meio

ambiente, e entende-se que isso é possível pela educação ambiental. Ocorre,

assim, o primeiro comunicado oficial sobre a necessidade da EA,

convertendo-se numa recomendação universal imprescindível, com o

desenvolvimento de inúmeros projetos e programas para a sua implementação.

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Podemos dizer que a educação assume um papel central na construção

de um mundo “socialmente justo e ecologicamente equilibrado”, condição tida

como indispensável para sobrevivência humana e para a manutenção da vida no

planeta.

Foi então que se deu a devida importância de se cuidar do meio em que

vivemos, para o nosso próprio bem. Atualmente, encontram-se algumas teorias

sobre o conceito de Educação Ambiental.

Segundo Marconi (2006, p. 24), a Educação Ambiental é o

comportamento moral e ético caracterizado de virtude humana contemporânea,

para fornecer ao homem ferramentas para transformar todas as suas iniciativas

em atitudes eminentemente acabativas, é um conhecimento humano de

natureza, política, social e cultural de base epistemológica para orientar o

homem a utilizar a inteligência para empreender o desenvolvimento político,

social e cultural das populações viventes nas terras do mundo.

É possível notar que diversas pessoas concordam com o que Marconi (2006) diz, pois, moralidade e ética vem daquilo que se aprende e admira, do que se tem orgulho de ter ou ser. Quando alguém apresenta um mau comportamento perante o meio ambiente, o mesmo recebe críticas de modo ao qual diz que lhe falta moralidade e conhecimento.

De acordo com a LEI Nº 9.795 (1999, p.01),

Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Sendo que meio ambiente não se resume apenas em rios, matas,

campos, mas sim em qualquer lugar em que estamos situados, cabendo a nós

termos os devidos cuidados e respeito. O meio ambiente não se refere apenas

aos aspectos naturais de um lugar, tais como o ar, o solo, a água, a fauna e a

flora, mas pressupõe o ser humano e o produto de suas ações. Vê-se, assim,

que essa educação deve ser pautada com o devido rigor e competência para

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que o ensino ocorra de forma clara e objetiva aos alunos, criando hábitos

sustentáveis em processo contínuo e inacabáveis.

Para Jacobi (2003),

a EA pode ser definida como um recurso necessário para a modificação de uma crescente degradação socioambiental, ela transforma e corresponsabiliza os sujeitos envolvidos buscando promover um desenvolvimento sustentável.

É necessário cuidar e preservar para que as próximas gerações não

sejam prejudicadas. Algumas atitudes no momento em que ocorrem não

aparentam ser danosas, como por exemplo, um simples plástico de bala jogado

no chão, olhando para isso representa ser pequeno e inofensivo, mas quando

vamos a fundo percebe-se que esse plástico poderá demorar mais de 100 anos

para sua decomposição, o que automaticamente estaria atingindo as futuras

gerações.

Cabe destacar que o meio ambiente é assegurado aos cidadãos pela

Constituição Federal, art. 225, (1988, p.146),

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

1.2 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS NOS ANOS INICIAIS

Para que a conscientização de se obter educação ambiental se certifique

de fato, é importante que a mesma seja trabalhada desde os anos iniciais na

escola. Cabe destacar que a EA não é tarefa exclusiva do Ensino Fundamental e

Médio, cabendo esse trabalho também à Educação Infantil. As discussões

possibilitadas por essa prática devem ter início desde a menor idade, decorrendo

daí a fundamental ideia de que a criança seja envolvida numa prática educativa

sobre a temática ambiental. As crianças são sujeitos dotadas de direitos,

incluindo o de expressar sua vontade e de participar da sociedade.

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Segundo Tonucci (2005, p.16), a criança é “uma pessoa titular de direitos,

com uma maneira própria de pensar e de ver o mundo”, devendo a escola

“propor as experiências sobre as quais será possível fundamentar seus saberes,

seus conhecimentos e suas habilidades”.

Educar na infância significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras

e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o

desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar

com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o

acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e

cultural.

O entrelaçamento entre a EA e a criança vem sendo destacado por

diversos autores. Rodrigues (2011, p.169) destaca “as importantes sinergias

possíveis entre a Educação Ambiental e a Educação Infantil”. O autor se apoia

em Ruffino (2003) para apontar que um problema deve ser enfrentado: o fato de

a maioria dos professores na EI ainda trabalhar com abordagens mais

tradicionais de EA, o que muitas vezes remete a uma prática não significativa

para o aprendiz.

Cabe informar que as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Infantil – Resolução CNE/CEB no 5, de 17 de dezembro de 2009, em seu artigo

3º , concebe “o Currículo da Educação Infantil como um conjunto de práticas que

buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os

conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental,

científico e tecnológico”, de forma que se promova seu desenvolvimento integral

(Brasil, 2009).

Segundo Dias (2004), na educação infantil a proposta de temas

ambientais na educação deve dar ênfase em uma perspectiva geral, sendo

muito importante que atividades sejam desenvolvidas com toda equipe da

escola, de forma a estimulá-los para que, consequentemente estimule as

crianças, tendo em vista, que nesta fase as crianças são bastante curiosas e é

comum uma maior integração e participação das mesmas. Assim, é importante

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que sejam apresentados temas pertinentes que levam a uma conscientização,

de maneira que esta criança propague tal conhecimento, pois é comum uma

criança ao adquirir um novo conhecimento repassar principalmente para seus

familiares.

EA pode ser desenvolvida nas escolas em diversas matérias e de vários

modos, ensinando aos alunos a importância da separação do lixo e onde jogá-lo,

explicando o que ocorre quando o Meio Ambiente não é bem cuidado, de que

forma as queimadas e o desmatamento estão prejudicando esse meio ao qual

vivemos.

Como já dito por Dias (2004), crianças repassam conhecimentos

adquiridos para seus familiares. Esses conhecimentos são repassados com

entusiasmo. Automaticamente, quando a criança presenciar um indivíduo

prejudicando o meio ambiente, irá repreendê-lo, o que de fato mostrará que os

ensinos apresentados na escola tiveram boa influência no aprendizado dela.

1.3 - PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM A EA

Dentre as práticas pedagógicas integradas a Educação Ambiental,

deve-se trabalhar a conscientização, mudança de comportamento,

desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos

educandos. “A relação entre meio ambiente e educação para a cidadania

assume um papel cada vez mais desafiador demandando a emergência de

novos saberes para apreender processos sociais que se complexifica e riscos

ambientais que se intensificam” (Jacobi, 2003, p 02).

Essas práticas tratam de um aprendizado social, fundamentado no

diálogo e interação com procedimento de recriação e reinterpretação de

informações, conceitos e significados, podendo motivar o aprendizado em sala

de aula ou da experiência pessoal do aluno. A escola pode transformar-se em

um ambiente no qual o aluno poderá analisar a natureza dentro de um contexto

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entrelaçado de práticas sociais, compõe uma realidade mais complexa e possui

muitos lados. Deve-se evitar atividades que fujam da realidade do aluno, pois

assim não terá tanto significado.

Para Sorrentino (1998, p.196)

[...]os grandes desafios para os educadores ambientais são, de um lado, o resgate e o desenvolvimento de valores e comportamentos (confiança, respeito mútuo, responsabilidade, compromisso, solidariedade e iniciativa) e de outro, estimular uma visão global e crítica das questões ambientais e promover um enfoque interdisciplinar que resgate e construa saberes.

A visão do meio ambiente como um campo de conhecimento e

significados socialmente construídos é perpassado pela diversidade cultural e

ideológica, como pelos conflitos de interesse. Portanto, os professores devem

estar cada vez mais preparados para reelaborar as informações que recebem, e

entre elas as ambientais, para transmitir e decodificar para os alunos a

expressão dos significados em torno do meio ambiente e da ecologia nas suas

múltiplas determinações e intersecções.

Essa educação caminha de forma a oferecer alternativas para a formação

de sujeitos que construam um futuro melhor e se façam cidadãos. Assim, a

ambientalização de tais currículos deve ser vista como um importante elemento

organizador da prática, e isto estimulará uma reestruturação em função da

dinâmica da sua própria complexidade e da complexidade ambiental, em todas

as suas manifestações.

O professor não deve ficar nas mesmas ideias de educação ambiental, é

preciso seguir as mudanças e atualizações para o melhor desenvolvimento dos

alunos. Para criar práticas pedagógicas com a educação ambiental nas escolas,

necessita-se, primeiramente, conhecer bem o ambiente desses alunos, quais

problemas contêm esse ambiente e formar atividades fundamentadas nesses

problemas e necessidades. É importante que sejam atividades práticas, que eles

vejam a realidade deles mesmos, para que reflitam e se conscientizem para

fazer algo em prol do ambiente.

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O papel dos professores é essencial para impulsionar as transformações

de uma educação que assume um compromisso com a formação de valores de

sustentabilidade, como parte de um processo coletivo. A educação ambiental,

nas suas diversas possibilidades, abre um estimulante espaço para um repensar

de práticas sociais e do papel dos professores como mediadores e como

transmissores de um conhecimento necessário.

1. 4 - SUGESTÕES DE EA PARA ESCOLAS DE PIMENTA BUENO

Para ensinar educação ambiental nas escolas, o professor não deve

limitar-se a ficar apenas na sala de aula. Para se obter um melhor aprendizado

por parte dos alunos, é preciso que eles vejam a realidade. Porém, o professor

deve tomar cuidado para que essas práticas não sejam vagas, deve fazer uma

breve explicação antes da atividade, e após, pedir que os alunos façam algo a

partir da atividade, obtendo assim o devido aprendizado.

Algumas práticas que podem ser sugeridas nas escolas de Pimenta

Bueno são levá-los para uma visita técnica, no Horto, na praça, em uma reserva

natural, para que tenham acesso a esse meio. É importante, também, levá-los

em canais, esgoto e lixo a céu aberto, para que vejam de perto os problemas

existentes em sua cidade. O professor pode propor que os alunos façam

pesquisas, textos, desenhos e etc. para resolver esses problemas, provocando a

conscientização, instigando-lhes o respeito e cuidado com o meio ambiente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sendo assim, conclui se que a educação ambiental tem um contexto

histórico, vários autores apresentam seus conceitos e apontam como surgiu a

necessidade de se trabalhar EA, trazendo a importância da responsabilidade do

ser humano em sua relação com o ambiente, quando a educação adquire

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importância singular para a solução dos problemas, devendo cuidar e preservar

para que outras gerações não sejam prejudicadas.

Desta forma, as crianças são sujeitas de direito, tendo em vista que nesta

fase são bastante curiosas e é comum uma maior integração e participação

delas. Então, é papel da escola trabalhar a EA desde os anos iniciais para que,

assim, participem da sociedade. O professor deve trabalhar com as crianças

métodos que lhes são significativos. A EA pode ser desenvolvida nas escolas

em diversas matérias e de vários modos, ensinando aos alunos sua importância

e o que ocorre quando o Meio Ambiente não é bem cuidado.

Pode-se usar as práticas pedagógicas para trabalhar a EA, destacando a

conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de

competências, capacidade de avaliação e participação dos educandos. Um

momento de aprendizado social, interação do aluno, em que possa analisar o

ambiente dentro de sua realidade, é preciso que o professor se atualize sempre

para melhor aprendizado dos educandos, levando-os a construírem um futuro

melhor.

Para o melhor ensinamento da EA, é necessário que o professor se

desprenda da sala de aula e levem os alunos para verem quais são os

problemas, em que pode afetar e como os alunos podem agir para reverter ou

evitar que o pior aconteça.

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CRIANÇAS EM RISCO SOCIAL. Disponível em:

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em:http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitur

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CHRISTMANN, Elisabeth Christmann Ramos; Educação ambiental: origem e

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Acesso dia 25 de agosto de 2019.

MOURÃO, Lais Mourão; Revista brasileira de Educação Ambiental. Disponível

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30 de agosto de 2019.

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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742003000100

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A- 04 – HORTO FLORESTAL EM UMA PERSPECTIVA DA

PSICOLOGIA AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE PIMENTA BUENO –

RO

Daiane Ferreira da Costa 17

Raiula de Souza Silva 18

Profª. Ma. Joceli Mota Correa da Rocha 19

Profº. Me. Mirivan Carneiro Rios 20

RESUMO: O presente artigo é sobre como foi implementado o Horto Florestal no município de Pimenta Bueno - Rondônia, e a vantagens de sua inserção. O objetivo desta pesquisa de campo, é trazer a educação ambiental para a comunidade pimentense, como prática de promoção de saúde e a fim de minimizar os impactos ambientais. Além disto, há inserção da Psicologia Ambiental como intervenção ao comportamento humano e sua interrelação com o meio ambiente. Considera – se ainda, que o artigo é de relevância para sociedade,pois, traz práticas educativas socioambientais, promove o bem-estar aos cidadãos da comunidade, favorece o cultivo de plantas nativas, possibilita a educação ambiental e preserva a natureza.

Palavras – Chave : Educação Ambiental. Psicologia Ambiental. Horto Florestal.

Orientadores (as): Prof. Ma. Joceli Mota Correa da Rocha, Profº. Me. Mirivan Carneiro Rios

INTRODUÇÃO

A necessidade de abordar um tema ambiental decorre dos impactos

ambientais que a natureza vem sofrendo ao longo dos anos. Tratar de educação

17 Acadêmica do Curso de Psicologia, FAP-RO 18 Acadêmica do Curso de Psicologia, FAP-RO 19 Professora Ma. Da faculdade de Pimenta Bueno FAP. Coordenadora de Atendimento e Presidente da CPA. 20 Professor Me. Da Faculdade de Pimenta Bueno FAP.

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ambiental é mais amplo que o ensino nas escolas sobre jogar lixo no lixo, cuidar

do quintal de casa, não jogar lixo nas ruas, dentre outras práticas que são

apresentadas no ensino infantil. Sabe-se que a aprendizagem não vem apenas

do ambiente escolar, faz-se necessário, então, o ensino sobre educação

ambiental no núcleo familiar, visto que, se não houver uma concordância nestes

dois contextos em que a criança está inserida, esta não compreenderá como

agir nos diferentes contextos da sociedade. A Psicologia Ambiental traz a

proposta de trabalhar o comportamento do indivíduo e sua relação com o meio

ambiente, a fim de trazer benéficos a saúde e minimizar os impactos ambientais.

Considera-se que a partir da educação/psicologia ambiental será possível

nortear o comportamento do indivíduo em diferentes contextos da sociedade,

intervindo com práticas de comportamentos pró-ambientais. O horto florestal é

um dos benefícios que agrega a preservação do meio ambiente, promove a

cidadania, a inserção da população neste meio, traz o bem-estar em está em um

ambiente agradável, a produção de espécies nativas, possibilita usos medicinais,

além disso, o horto existente no município de Pimenta Bueno possui uma Área

de Preservação Permanente (APP), com a função ambiental de preservar os

recursos, a biodiversidade, a fauna e flora, proteger o solo e assegurar o

bem-estar da população.

DESENVOLVIMENTO

Quando se trata de questões ambientais, vai além de falar apenas do

Brasil, a crise ambiental foi um marco no século XX, no mundo. Atualmente, em

pleno século XXI, vem passando por um momento histórico e isto é preocupante.

Através da não conscientização e em virtude do não cumprimento de normas

simples estabelecidas na sociedade, em grande parte, por causa de algumas

mudanças no desenvolvimento econômico e social, a população vem sofrendo

algumas consequências por não cuidar do meio ambiente. Segundo Callenbach

et al. (1993,p.2),

a preocupação com o meio ambiente evoluiu a partir da obra de Rachel Carson, Silent Spring (Primavera Silenciosa), publicada nos Estados

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Unidos em 1960, ocasionando intensa mudança de atitude do povo americano e aumentando a cobrança de ações de políticos quanto às leis de proteção ambiental. A abordagem do tema meio ambiente implica, essencialmente, citar a natureza, que é o conjunto de todos os seres que formam o universo. (Callenbach et al, 1993).

Quando se trata de educação ambiental, devem ser analisados alguns

pontos, como ambiente, economia e o social, visto que são elementos

fundamentais para práticas de intervenção/conscientização. Deve-se buscar

meios de trazer a sustentabilidade para a preservação do meio ambiente,

através de equipes multiprofissionais, que podem trabalhar as inter-relações a

fim de promover comportamentos pró-ambientais, visando diminuir os impactos

existentes no meio ambiente. De acordo com Kloetzel el at . (2004, p.27),

[...] meio ambiente é como o “conjunto de soluções, leis, influências e infra estruturas de ordem física, química, biológica e psíquica, que permite, abriga e rege a vida (e ainda, a qualidade de vida e o bem-estar do cidadão) em todas as suas formas”. Já a sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável é um tipo de desenvolvimento que busca a satisfação das necessidades da geração presente sem comprometer, entretanto, as necessidades das gerações futuras, considerando não apenas a dimensão ambiental. (Kloetzel et al, 2004, p. 127).

Até o final do século XX, já existiam legislações voltadas para a Educação

Ambiental, no entanto, no Brasil só veio acontecer em 27 de abril de 1999, com

a Lei nº 9.795, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, com isso

teve a inserção legal do tema no ensino formal, sendo transversal e

interdisciplinar.

A educação ambiental representa a possibilidade de motivar e sensibilizar

as pessoas para transformar as diversas formas de participação na defesa da

qualidade de vida, formar indivíduos preocupados com os problemas ambientais

e que busquem a conservação e preservação dos recursos naturais e a

sustentabilidade. O professor poderá mediar para construções de novos

referenciais para transformações desejadas.

Segundo Reigota (1998), a educação ambiental aponta para propostas

pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento,

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desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos

educandos.

Ao longo dos anos, a população passou a sentir a falta de recursos

naturais, ocasionado pela falta de cuidado com a natureza. A partir desta

preocupação com a natureza e os impactos ambientais que sofrem, a sociedade

passou a observar que, um dos fatores para o bem-estar deve- se considerar as

condições ambientais, a partir de uma imagem ecologicamente correta. Segundo

Thompson et al (1994, p.23),

a preservação ambiental, nem sempre parece ser traduzido em ações voltadas à conservação dos recursos naturais. Muitas pessoas que expressam pontos de vistas positivos em relação à preservação ambiental não apresentam comportamentos de conservação, o que ajudaria a diminuir os danos ao meio ambiente (THOMPSON; BARTON, 1994, pg 23).

Sendo assim, compreendemos que a Psicologia Ambiental tem fator

fundamental na sociedade, visto que a partir da sua utilização, será possível

nortear o comportamento do indivíduo em diferentes contextos da sociedade. A

fim de intervir com práticas de comportamentos pró-ambientais com intuito de

minimizar os impactos ambientais e cultivar o cuidado com o ambiente. O

ambiente é espaço produtor de desenvolvimento psicológico, e é fundamental

que este proporcione o bem-estar ao indivíduo, para isto é necessário cuidar,

cultivar e organizar o espaço em que se está inserido. Para G. Evans (2006,

p.281),

a Psicologia Ambiental é definida como o estudo científico da relação entre o ambiente físico e o comportamento humano. Segundo este autor, toda pesquisa na disciplina deve dirigir-se ao ambiente físico, o único objeto que pode satisfazer as exigências de um método científico e que pode permitir realizarem a transição entre os nossos discursos e o dos engenheiros que supostamente aplicariam os nossos saberes. (Evans,2006, p.281).

Os estudos e as pesquisas sobre o comportamento humano mostram diversos fatores internos e externos que podem influenciar os indivíduos em suas ações diante das questões ambientais. Existem muitas variáveis que

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podem influenciar e motivar o comportamento ambientalmente consciente ou não. Segundo Ribeiro et al.(2006, pg.120),

o estudo do comportamento pró-ambiental, pode ser definido como “um conjunto de comportamentos considerados responsáveis para a conservação dos recursos naturais e para a manutenção da vida humana”. Porém, os comportamentos são complexos porque cada um deles está sujeito à influência de fatores diversos, internos e externos, e que estão inter-relacionados. Na busca da sustentabilidade, muitos comportamentos devem ser alcançados para obtenção de mudanças bem sucedidas.

HORTO FLORESTAL - PIMENTA BUENO

Há uma legislação a nível nacional que exige dos municípios contribuição

para com o meio ambiente. No ano de 2000, foi sancionado a Lei nº

845/GP/2000, que autoriza o poder executivo a implantar o horto municipal com

área de 115.249.52 m², localizado nos setores 07 e 08 no bairro Seringal e Nova

Pimenta, no município de Pimenta Bueno - Rondônia.

Desde então, o município colabora diretamente com o meio ambiente,

através do horto florestal, recuperação de áreas degradadas, doações de

mudas, sem nem um custo, seja para os interessados da área urbana, rural e

entidades e/ou instituições municipais, estaduais e federais.

No horto florestal. de forma sustentável e agroecológica, é produzido o

substrato, o minhocário, o biofertilizante, as mudas e o resgate de abelhas, com

ferrão e sem ferrão, de forma que fortalecer o meio ambiente, preserva a

natureza e inibe impactos ambientais. De acordo com Getzel (1975, p.283),

O enquadramento ambiental não é um espaço neutro e isento de valores, ele é culturalmente marcado. As análises em termos de comportamentos compatíveis com um desenvolvimento durável são confrontadas, de modo recorrente, às diferenças culturais. O ambiente, enquanto tal, veicula significações; nossa visão da natureza humana se exprime na maneira como nós moldamos o espaço construído; e este espaço construído retorna a nós, re-significando quem nós somos e o que devemos fazer (Getzel, 1975).

Há três responsáveis pelo cuidado e manejo, e é contagiante a energia e

orgulho que eles têm em trabalhar em um ambiente agradável que proporciona o

bem-estar. O Engenheiro Agrônomo, Bruno Bataglia Maciel, faz parte desta

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equipe, sempre buscando inovar e desenvolver projetos visando a

sustentabilidade, além dele o Sr. Adão e o Sr. Dirceu que contribuem nesta

equipe visando a sustentabilidade do meio ambiente.

Figura 1 - Responsáveis pelo cuidado com o Horto.

Fonte: Arquivo Pessoal, 2019.

O projeto do horto busca a sustentabilidade e as mudas são produzidas

com sementes que os próprios responsáveis pelo horto colhem, além disso,

recebem dos visitantes algumas sementes e espécies raras que contribuem na

produção do horto.

O viveiro ou berçário de mudas ocupa um espaço bem significativo nas

atividades do horto. As sementes são coletadas na zonas urbanas e rurais do

município e esse serviço é desempenhado pelo engenheiro responsável e

funcionários do horto.

A secretaria de Agricultura fornece sementes mas devido ao tempo de

armazenamento essas sementes não dão um resultado satisfatório, sendo assim

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fazer a coleta na própria natureza é mais eficaz. As mudas são fornecidas para

projetos de reflorestamentos proporcionando assim a reconstrução da natureza.

Figura 2 - Berçário de Mudas.

Fonte: Arquivo Pessoal, 2019.

As sementes de espécies florestais ganharam grande importância para a

formação de mudas a serem utilizadas em programa de reflorestamento,

recuperação de áreas degradadas, arborização urbana e a preservação das

espécies em extinção, entre outras atividades, que necessitam deste insumo.

Segundo Bill Mollison 1981, permacultura é um sistema de design para a

criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e

harmonia com a natureza.

O horto florestal do município possui a permacultura, e é gratificante para

a população ambientes como estes que possibilitam o bem-estar com a

natureza, a sustentabilidade com meio ambiente e, principalmente, os recursos

naturais.

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Além das mudas, é produzido biofertilizante no horto, com o propósito de

fornecer nutrientes essenciais para as plantas e auxiliam no controle de doenças

e insetos.

Figura 3 - Biofertilizante.

Fonte: Arquivo Pessoal, 2019.

É válido considerar que as práticas desenvolvidas no horto são formas de

educação ambiental e esta educação pode ser trabalhada nos diferentes

contextos do município formal e informal, por meio de projetos, pesquisas,

leituras, possibilitando o indivíduo contribuir com práticas educativas, aderindo

comportamentos pró ambientais visando contribuir com o meio ambiente.

Os trabalhos de Borden et at (1979, p.8), mostram que as pessoas mais

propensas a cuidar de seu entorno são aquelas com conhecimento, atitudes

favoráveis, motivadas, hábeis, com locus de controle interno, responsáveis e

com crenças pró-ambientais.

A compostagem é de extrema importância para o meio ambiente e para a

saúde dos seres humanos. Além de evitar a poluição e gerar renda, faz com que

a matéria orgânica volte a ser usada de forma útil, com o uso dos próprios

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microorganismos presentes nos resíduos. O horto fornece este material aos

moradores do município, instruindo como deve ser feita a utilização.

Figura 4 - Engenheiro mostrando a Compostagem.

Fonte: Arquivo Pessoal, 2019.

O minhocário é uma ferramenta de diminuição do lixo orgânico e de

redução dos gases do efeito estufa. As minhocas fragmentam a matéria

orgânica, permitindo que o ciclo de vida se renove, facilitando a decomposição

pelos microorganismos que são os principais formadores de húmus. Para

Schiedeck (2007, p.34),

A produção de húmus de minhoca é uma atividade muito interessante ainda do ponto de vista econômico e ecológico. É um adubo orgânico de excelente qualidade, fácil de produzir em pequena e média escala, que requer pouca mão-de-obra e que apresenta, além dos nutrientes necessários ao desenvolvimento das plantas, características importantes para manutenção ou melhoria dos atributos físicos do solo, como a aeração e a retenção de água (Schiedeck, 2007, p.34).

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Figura 5 - Engenheiro mostrando o minhocário para Acadêmica.

Fonte: Arquivo Pessoal, 2019.

Acerca de outros projetos, o município tem como meta, desenvolver um

projeto de “arborização municipal”, com objetivo de padronizar as árvores da

cidade. Visto que pertencemos a uma área da região amazônica que possui

muita umidade no solo, além disso, existem muitas árvores de porte alto que

“racha calçadas”, danifica construção civil, sendo necessário ser podadas.

Então, o projeto surge em prol do meio ambiente em conjunto com crescimento

da cidade e o seu embelezamento.

A implantação do horto florestal no município trabalha a educação

ambiental, pois o mesmo promove através de palestras, orientação, projetos de

reflorestamento, urbanização e a conscientização da população.

As escolas do municípios fazem visitas técnicas e no ambiente do horto

são orientadas sobre a importância das árvores, dos cuidados com o meio

ambiente, preservação dos recursos naturais e conscientização. A inserção dos

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núcleos escolares no horto possibilita às crianças e adolescentes adotar práticas

ambientais educativas, o interesse de fazer uma horta em casa, modos de

reciclagem, o prazer de estar em contato com a natureza.

PSICOLOGIA AMBIENTAL

A definição de Moser (1998,p.17), de que “a psicologia ambiental estuda a

pessoa em seu contexto, tendo como tema central as inter relações – e não

somente as relações – entre a pessoa e o meio ambiente físico e social”.

Compreende-se, então, que a psicologia ambiental envolve os processos

sociais, possibilitando uma maior aproximação entre Psicologia Social ou, até

mesmo, Psicologia Comunitária, pois, ambas poderão desenvolver um trabalho

em sociedade/comunidade, com a finalidade de trazer os fatores de

comportamentos pró ambientais e meios de conscientização, visando intervir nos

impactos ambientais.

Valera (1996, p.21), define a Psicologia Ambiental como uma “disciplina

que tem por objeto o estudo e a compreensão dos processos psicossociais

derivados das relações, interações e transações entre as pessoas, grupos

sociais ou comunidades e seus entornos psicofísicos”.

A Psicologia Ambiental está em constante ligação com o meio ambiente,

o contato com a natureza traz benefícios. Algumas espécies possibilitam uso

medicinais como, por, exemplo: utilizar para fazer chás e ervas da casca (ervas

de arbusto como: hortelã, boldo, carquejo, terramicina dentre outros). A natureza

está totalmente voltada a nos beneficiar, só cabe ao ser humano aprender a

manusear de forma correta para que não o prejudique ou comprometa a

qualidade de vida das futuras gerações. Para Evans et al (1987, p.282),

a Psicologia Ambiental emergiu como uma área aplicada da psicologia objetivando resolver problemas com respeito às interações ambiente comportamento. Como é bem conhecido, duas abordagens dominaram a área (e ainda prevalecem) desde as suas origens. Uma abordagem privilegiou o estudo dos efeitos ambientais sobre o comportamento. Estudos referentes à percepção ambiental, mapas cognitivos, preferências ambientais, ao efeito da estimulação ambiental sobre o desempenho humano, às relações entre o projeto e o uso de espaços

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construídos, e às avaliações pós-ocupação são representativos desta abordagem .

É válido considerar que é possível preservar o ambiente, aderindo

práticas ambientais com o auxílio da Psicologia Ambiental, visto que a mesma

possibilitará a mudança no comportamento do indivíduo diante as questões

ambientais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Trabalhar educação ambiental é acima de tudo, pensá-la como

instrumento de reflexão, buscando alertar o ser humano a analisar suas atitudes

frente à natureza, ao meio ambiente e até mesmo a poluição. É preciso que seja

tomada consciência de nossas ações e como estas podem ser, não só

prejudiciais ao meio ambiente, mas, principalmente a nós mesmos como

dependente da natureza.

A partir de então, é necessário refletir sobre a educação ambiental das

gerações que estão em formação, para que então se possa ter uma geração

futura mais consciente do seu papel de cidadão. Ter uma geração que respeita,

que preserva, ter um planeta mais limpo, com menos rios poluídos, com mais

áreas arborizadas.

A natureza grita por mudança, e não é de hoje, uma forma de mudar é

começando trabalhar a educação ambiental nos diferentes contextos da

sociedade, de forma individual e coletiva, restabelecendo nossos princípios,

valores e, principalmentes comportamentos relacionados ao meio ambiente,

tornando-se participantes ativos na sociedade e nos núcleos que estamos

inseridos.

Com base em tudo que já foi exposto, considera-se ainda a importância

da psicologia ambiental no contexto da sustentabilidade, possibilitando a

reabilitação saudável do ser humano, através de adoção de práticas ambientais

fundamentais para preservação do meio ambiente.

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Além disso, é válido ressaltar a importância do horto florestal no

município, possibilitando a arborização e preservação da natureza. É de suma

importância que o país em sí, comece a acordar para o que está acontecendo,

ter consciência e passar a cuidar do ambiente. Através de práticas simples que

podem ser adotadas nas escolas, podemos começar a mudar o cenário da

natureza.

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PO- 01 – AULA DE CAMPO COM TEMAS AMBIENTAIS-CARTILHA

PARA O MUNICÍPIO DE PIMENTA BUENO – RO

Joceli Mota Correa da Rocha 21

RESUMO: Esta cartilha foi desenvolvida para que possa ser uma ferramenta de apoio na abordagem de temas ambientais nas escolas de ensino fundamental do município de Pimenta Bueno/RO. A Educação Ambiental (EA), conforme os vários documentos de cunho nacional está vinculada à educação cidadã, uma educação de cidadania responsável voltada para as culturas de sustentabilidade socioambiental. A escola tem papel relevante para o desenvolvimento de reflexões, de debates, e de aula de campo, onde o aluno esteja integrado ao ambiente natural, que possa tocar, que possa sentir e assim construir o seu conhecimento e agregar valor. Tem como objetivo auxiliar pedagogicamente o docente no preparo da aula de campo com temas ambientais. A Cartilha aborda temas de estudos nas áreas urbanas e rurais. Cada um dos locais sugeridos traz elementos (objetos e conhecimento) que podem ser explorados pelos professores. A Cartilha está organizada em seis capítulos onde o primeiro trata da Educação Ambiental; o segundo, Aula de campo com temas ambientais; o terceiro traz uma ênfase na história do município de Pimenta Bueno e as questões ambientais; o capítulo quatro explora as áreas urbanas propícias para o trabalho com os temas ambientais e sugere os locais: Encontro dos Rios -Pontal da Ilha, Praça dos Pioneiros, Canal Central, Horto Florestal e o Parque Municipal Urbano. O capítulo cinco vai explorar as áreas pertinentes a zona rural e sugere locais como: Fonte de Água Mineral LIND´ÁGUA, Balneário Lagoa Azul, Instituto Estadual de Educação Abaitará, Parque Municipal de Pimenta Bueno (Reserva natural RO/010) e o Vale do apertado. Já no capítulo seis foi abordado materiais que auxiliam os professores e alunos na pesquisa de temas ambientais. Espera-se que esse material possa agregar valor no planejamento docente das aulas com temas ambientais, que atendam e venha ao encontro do que é de fato o fazer Educação Ambiental.

Palavras – Chave : Aula de Campo. Temas Ambientais. Cartilha. Escola. Professor.

21 Professora da Faculdade de Pimenta Bueno FAP. Pedagoga, Ma. Ciências Ambientais.

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PO- 02 – PROJETO: PLANTANDO ÁGUA NO IFRO CAMPUS

CACOAL

Davys Sleman de Negreiros 22

RESUMO: Entende-se por nascente o afloramento do lençol freático que vai dar origem a uma fonte de água de acúmulo (represa), ou cursos d’água (regatos, ribeirões e rios). Em virtude de seu valor inestimável dentro de uma propriedade agrícola, deve ser tratada com cuidado todo especial. A nascente ideal é aquela que fornece água de boa qualidade, abundante e contínua, localizada próxima do local de uso e de cota topográfica elevada, possibilitando sua distribuição por gravidade, sem gasto de energia. A proteção de mananciais é a condição essencial para a qualidade da água e como consequência é qualidade de vida. Recuperar nascentes degradadas e educação ambiental são mais que uma atividade simples de plantio de árvores, requerendo conhecimento das mais diversas áreas de estudo e também parceiras. Nesse sentido, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia IFRO Campus Cacoal em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura (SEMAGRI) , com a Castilho Engenharia, Docentes e Técnicos das mais variadas áreas, além dos alunos dos cursos integrados em Agropecuária e Agroecologia, realizaram a consciência sobre o uso responsável dos recursos naturais disponíveis, assim como, sendo uma instituição de ensino, o primeiro compromisso foi zelar pelas riquezas naturais que possuímos, como também, a recuperação e preservação das nascentes gerou um ganho ambiental e nos tem permitido o emprego deste recurso para a produção agrícola com sustentabilidade.

Palavras-chaves : Recuperação, Nascentes, Educação Ambiental

22 Mestre em Ciências Sociais - Universidade Federal de São Carlos – UFSCar; Professor Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - IFRO - Campus Cacoal; Avaliador ad hoc Institucional e de Cursos do INEP/MEC; Consultor da UNESCO - Ensino de Jovens e Adultos – EJA; Especialista da ANDI/UNICEF - Agência Nacional dos Direitos das Crianças e Adolescentes na Imprensa; Pesquisador do NEMP-UFSCar - Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da Universidade Federal de São Carlos

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PO- 03 – AMBIENTE SEGURO AOS SERES VIVOS

Paulo Dimer Justo 23

Maria Clara Freitas 24

Gilcivan Rocha de Oliveira 25

Guilherme do Santos Lopes 26

RESUMO: O projeto “Ambiente seguro aos seres vivos” apresenta um estudo realizado pelos alunos do Centec- Abaitará com alternativas aos órgãos públicos competentes para minimizar as mortes dos animais do parque Ecológico do município de Pimenta Bueno-RO, na RO 010. Realizou-se, portanto, uma pesquisa quantitativa junto aos moradores do Assentamento Casulo. Após o estudo de viabilidade dos técnicos do Ministério Público solicitou-se aos órgãos competentes a construção de travessias através de túneis, pontes aéreas, cercamento das margens e placas de identificação em portais fixados na Rodovia. O projeto busca a preservação das espécies da flora, bem como garantir a segurança dos que trafegam pela rodovia. O projeto foi escrito em 2019, pelo Professor Paulo Dimer e apresentado aos alunos e gestão da escola. Contou com apoio destes, sendo em seguida apresentado aos órgãos competentes para execução do projeto. Nesse período, algumas etapas evoluíram, estando na fase de conclusão técnica pelo DER para execução do das obras. O apoio recebido Ministério Público, IDEP, CENTEC Abaitará, DER, Semagri e alunos e equipe Abaitará foram fundamentais para o sucesso do projeto..

Palavras-chave: Ambiente Seguro, Parque Ecológico, mortandade de animais.

23 Professor Coordenador; Paulo Dimer Justo, graduado em Administração de Empresas Rural e Urbana, possui pós-Graduação MBA em Agronegócios, Historiador e Pós-Graduação em História Regional. 24 Maria Clara Freitas estudante do 3ª ano do Ensino Médio do curso de Agropecuária do CENTEC Abaitará. 25 Gilcivan Rocha de Oliveira estudante do 3ª ano do Ensino Médio do curso de Agropecuária do CENTEC Abaitará. 26 Guilherme dos Santos Lopes estudante do 3ª ano do Ensino Médio do curso de Agropecuária do CENTEC Abaitará.

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PO- 04 – PROJETO: COMUNIDADE ATITUDES SUSTENTÁVEIS

Wilson Corrêa Guimarães Junior 27

RESUMO: A Comunidade Atitudes Sustentáveis é uma organização não governamental que tem como objetivo contribuir para a fundação de uma instituição comunitária voltada a sustentabilidade (@AtitudesSustentaveisAmazonia). O projeto também tem como foco disseminar a importância e as vantagens do voluntariado sustentável para região norte conscientizar sobre descarte correto do óleo de cozinha “usado”. A Comunidade Atitudes Sustentáveis é organizada com membro voluntários e parceiros que discutem a implementação da coleta desse óleo que é descartado hoje na natureza bem como os prejuízos causados por essa prática. Já existe em outros estados do Brasil essa prática e que a sociedade participa ativamente levando seus óleos de cozinha usados, esse óleo se converte em biodiesel com um valor bem mais em conta para a própria comunidade. Para a concretização desse projeto, cabe a tomada de consciência e isso só é possível a partir da Educação Ambiental iniciada desde a infância com a participação da família e a parceria da escola na formação cidadã.

Palavras – Chave : Reciclagem, Voluntariado, Sustentabilidade.

27 Técnico em Contabilidade pública; Técnico em Informática SENAI Cacoal; Supervisor e técnico em Gestão Ambiental.

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PO- 05 – SUSTENTABILIDADE NO SÉCULO XXI

Marcelo Teixeira Portela 28

RESUMO: No ano de 2016, iniciou o planejamento da Coleta Seletiva para Pimenta Bueno, Município do estado de Rondônia. No início foram quatro bairros e de forma bem tímida e sem muita visibilidade, foram feitos vários projetos para a implementação da Coleta Seletiva, muitos deles executados e alguns engavetados, porém no início do ano de 2019 com a nova Gestão do município houve um grande interesse pelo tema Coleta Seletiva que é um dos eixos trabalhados pela educação Ambiental do Município, temos também o plano de arborização, a Revitalização do Canal Central (Agualim) e as Campanhas de Conscientização das Queimadas urbana. Aqui será tratado do assunto COLETA SELETIVA, desde Janeiro até hoje já foram executadas várias ações para a implementação, tem-se trabalhado como base para as ações as unidades escolares da Educação básica, pois entende-se que é na Educação que pode mudar uma nação, temos desenvolvido um Teatro de Fantoches em parceria com o Clube dos Desbravadores Estrela do Norte, onde apresentamos o tema COLETA SELETIVA, temos a I Gincana Ambiental que já tem demonstrado resultados surpreendentes que consiste nos alunos trazerem para a escola o material reciclável a Associação dos Catadores Aguapé faz a coleta e a pesagem, no final do ano serão premiadas as escolas que mais arrecadarem material reciclável e o resultado tem sido surpreendente, pois temos recebido cerca de 3 toneladas de recicláveis por semana. Hoje, temos também a campanha das sacolas retornáveis para acondicionamento de resíduos recicláveis onde cada residência de Pimenta Bueno receberá uma sacola para acondicionamento de seu material reciclável e no dia pré-estabelecido o caminhão da coleta seletiva passará para o recolhimento do material, retornando a sacola ao usuário para poder continuar fazendo a segregação do seu reciclável. Hoje, a Coleta Seletiva atende 80% dos bairros em Pimenta Bueno trazendo uma expectativa muito grande por parte dos Membros da Associação dos Catadores, pois movidos por uma ação civil pública foram obrigados a deixar as dependências do Lixão (que encontra-se fechado) fazendo com que sua renda diminuísse. Desta forma, o poder público municipal tem dado todo o apoio em fornecer o Aluguel do Barracão, equipamentos, veículos, motorista e uma grande campanha de Educação Ambiental para fomentar e proteger o Meio

28 Teólogo; Administrador de Empresa; Graduando em Sociologia; responsável pela Educação Ambiental do Município de Pimenta Bueno/RO (SEMAGRI).

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Ambiente, de forma rentável para a Associação e de preservação para nós moradores de Pimenta Bueno. Hoje, a produção de reciclável quadriplicou. Diante de todas as campanhas e ações, hoje, a Associação dos Catadores tem 20 toneladas a serem processadas uma venda no mês de Agosto de 20 toneladas e uma arrecadação diária de 1,5 toneladas dia, demonstrando assim o tema sustentabilidade no Século XXI pode ser praticado e utilizando os recursos naturais e conscientização dos moradores.

Palavras – Chave : Coleta Seletiva. Igarapé Agualim; Material reciclável. Queimadas Urbanas. Conscientização.