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REUNIÕES DE TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO T E M Á R I O RODSE - RTC Fase 2 Módulo 2.2 NEDE NÚCLEO DE ESTUDOS E DIVULGAÇÃO ESPÍRITA “Obra Revisada pela Equipe Central RTC-Dez/2011“Formatação da Apostila Atualizada em Julho/2012” Direitos autorais reservados. É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, salvo com autorização da equipe RTC. (Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998)

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REUNIÕES DE TÉCNICAS

DE COMUNICAÇÃO

T E M Á R I O

RODSE - RTC

Fase 2 Módulo 2.2

NEDE – NÚCLEO DE ESTUDOS E DIVULGAÇÃO

ESPÍRITA

“Obra Revisada pela Equipe Central RTC-Dez/2011”

“Formatação da Apostila Atualizada em Julho/2012”

Direitos autorais reservados.

É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma

ou por qualquer meio, salvo com autorização da equipe RTC.

(Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998)

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RODSE / RTC - Reunião de Técnicas de Comunicação - TEMÁRIO - 2º SEMESTRE (F2-M2)

S U M Á R I O

Reuniões Títulos Página

Sugestões para o Desenvolvimento dos Temas ......................................... 03

1ª Reunião 1ª - T

2ª - P

A lição e seu conteúdo – O que Ensinar.

Prática (A Lição)

04

2ª Reunião 1ª - T

2ª - P

As Lições e suas Interligações

Exercícios de Exposição

09

3ª Reunião 1ª - T

2ª - P

Temário sobre Avaliação (Reflexão)

Exercícios de Exposição

13

4ª Reunião 1ª - T

2ª - P

A comunicação verbal na Casa Espírita

Exercícios de Exposição

18

5ª Reunião 1ª - T

2ª - P

Como dinamizar a abordagem dos temas

Exercícios de Exposição

20

6ª Reunião 1ª - T

2ª - P

A Mediunidade na Exposição

Exercícios de Exposição

28

7ª Reunião 1ª - T

2ª - P

Como contar Histórias

Exercícios de Exposição

31

8ª Reunião 1ª - T

2ª - P

Preparação de Ambiente para Assistidos e Colaboradores

- Preces e Vibrações

46

9ª Reunião 1ª - T

2ª - P

O Planejamento na Atividade Expositiva

Ponderações sobre o Planejamento

51

10ª Reunião 1ª - T

2ª - P

O trabalhador e o Assistido

Exercícios de Exposição

55

11ª Reunião 1ª - T

2ª - P

Como Falar para um Público de Assistidos

Adultos e Idosos - Exercícios de Exposição

60

12ª Reunião 1ª - T

2ª - P

Como Falar em Sala de Aula

Exercícios de Exposição

66

13ª Reunião 1ª - T

2ª - P

Como Falar para Colaboradores

Exercícios de Exposição

72

14ª Reunião 1ª - T

1ª - T

Como Falar para Crianças e Jovens 1º Enfoque

Como Falar para Crianças e Jovens 2º Enfoque

77

85

15ª Reunião 1ª - T

1ª - T

A Recepção na Casa Espírita - 1º Tema

Fases de uma Reunião – 2º Tema

88

93

Calendário - Calendário de Efemérides Espíritas 98

16ª Reunião 1ª - T

2ª - P

Interligação de Assuntos nas Obras Básicas e sua

importância na Formação do Expositor

105

17ª Reunião 1ª - T

2ª - P

A Atividade Expositiva do Grupo junto às Casas Espíritas 107

18ª Reunião 1ª - T

2ª - P

Planejamento das Atividades do Módulo 3

N / C

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P R O G R A M A – TEMÁRIOS – RTC F2 M2

AULAS TÍTULOS: AULAS TEÓRICAS - T

AULAS PRÁTICAS - P

BIBLIOGRAFIA

CÓD.

PÁG.

1ª Reunião 1ª - T 2ª - P

A lição e seu conteúdo Prática (A Lição)

2ª Reunião 1ª - T 2ª - P

As Lições e suas Interligações Exercícios de Exposição

3ª Reunião 1ª - T 2ª - P

Temário sobre Avaliação (Reflexão) Exercícios de Exposição

CD 104

4ª Reunião 1ª - T 2ª - P

A comunicação verbal na Casa Espírita Exercícios de Exposição

5ª Reunião 1ª - T 2ª - P

Como dinamizar a abordagem dos temas Exercícios de Exposição

6ª Reunião 1ª - T 2ª - P

A Mediunidade na Exposição Exercícios de Exposição

CV 96 / 97

7ª Reunião 1ª - T 2ª - P

Como contar Histórias Exercícios de Exposição

CV 74 / 79

8ª Reunião 1ª - T 2ª - P

Preparação de Ambiente para Assistidos e Colaboradores - Preces e Vibrações

9ª Reunião 1ª - T 2ª - P

O Planejamento na Atividade Expositiva Ponderações sobre o Planejamento

10ª Reunião 1ª - T 2ª - P

O trabalhador e o Assistido Exercícios de Exposição

11ª Reunião 1ª - T 2ª - P

Como Falar para um Público de Assistidos Adultos e Idosos - Exercícios de Exposição

12ª Reunião 1ª - T 2ª - P

Como Falar em Sala de Aula Exercícios de Exposição

13ª Reunião 1ª - T 2ª - P

Como Falar para Colaboradores Exercícios de Exposição

14ª Reunião 1ª - T 1ª - T

Como Falar para Crianças e Jovens 1º Enfoque Como Falar para Crianças e Jovens 2º Enfoque

15ª Reunião 1ª - T 1ª - T

A Recepção na Casa Espírita - 1º Tema Fases de uma Reunião – 2º Tema

Calendário - Calendário de Efemérides Espíritas

16ª Reunião 1ª - T 2ª - P

Interligação de Assuntos nas Obras Básicas e sua importância na Formação do Expositor

17ª Reunião 1ª - T 2ª - P

A Atividade Expositiva do Grupo junto às Casas Espíritas

18ª Reunião 1ª - T 2ª - P

Planejamento das Atividades do Módulo 3

Observação: A bibliografia segue a mesma codificação do módulo 1.

Como exercício e aprendizado, alguns destes temas são desenvolvidos

pelos próprios participantes, o que tem sido motivador e acelerador do

desenvolvimento do grupo no todo, em função das colocações feitas, das avaliações

por parte do grupo e das discussões decorrentes.

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1ª REUNIÃO

A LIÇÃO E SEU CONTEÚDO - O QUE ENSINAR

O professor / expositor normalmente faz uma análise criteriosa e

cataloga o que deve ser ensinado.

Nessa análise a teoria da Doutrina associada à prática diária é anotada

separadamente, para integrá-las depois, quando do momento de ensiná-las.

Os aspectos doutrinários constam das Obras Básicas e

Complementares, devendo-se separar o que se aplica a cada aula.

Os aspectos práticos se referem à aplicação nas atividades diárias da

Casa Espírita tais como: assistência espiritual e social, trabalho mediúnico, escolas,

entre outras.

A aplicação desses dois aspectos será executada na ordem em que

devem ser ensinados, ou seja, do mais fácil para o mais complexo, obedecendo a

uma escala crescente.

Com esta catalogação de conhecimentos e sua aplicação é montado o

programa de um curso e sua duração.

O programa das RTCs está dividido em módulos para limitar as

evasões que costumam ocorrer, na dependência dos participantes estarem mais ou

menos dispostos a prosseguir, em função dos limites hipotéticos a que se

submetem.

A parte prática das RTCs se diferencia dos cursos com programas rígidos porque ela é aplicada em função do limite momentâneo de cada um.

Exemplo:

No início todos participam dos exercícios de descontração, permanecendo nestes exercícios os mais tímidos, enquanto os outros, cada um de acordo com sua capacidade, vão desenvolvendo as atividades seguintes.

Observação:

Isto tem funcionado não como fator de limitação dos que se demoram

mais nessa primeira etapa, mas sim, como força de aglutinação, porque os mais

adiantados são orientados a apoiar os outros, sendo sempre salientado que o mais

importante do trabalho é a formação de uma equipe onde se faz necessária a

existência de colaboradores coesos, sendo a atividade expositiva apenas um meio e

não um fim, uma vez que existe curso que pode lhes dar o aprofundamento

requerido.

Cada programa de atividades deve ser dividido em etapas,

apresentando sempre um horizonte novo aos participantes, pelo encadeamento de

assuntos e tarefas.

A participação de mais de um expositor em um programa, no seu

estabelecimento e aplicação é importante porque, é difícil para um só expositor

abranger todos os assuntos adequadamente.

Cada expositor deve desenvolver os temas em que melhor possa se

desempenhar, solicitando, inclusive, a colaboração de outros, em caso de

especializações.

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A LIÇÃO

O primeiro passo de uma lição é estabelecer a quantidade de

ensinamentos a transmitir; o segundo é a sequência desses ensinamentos; o

terceiro é encaixar as atividades práticas que cabem em cada lição e sua sequência.

Quando do desenvolvimento das lições, o expositor deve estar atento

às características e nível de cada grupo ajustando-se ao mesmo, para obter os

melhores resultados.

Observação:

Em função dessas condições o programa pode ser mais ou menos

aprofundado, cabendo ao expositor passar o que o grupo pode absorver, deixando

que, com o tempo, cada participante amadureça e absorva o que não foi possível

assimilar de imediato.

Grande parte do sucesso no desenvolvimento de um programa está

condicionado à capacidade de fixar os itens a serem ensinados e à forma como o

trabalho se desenvolve.

SELEÇÃO DO CONTEÚDO

Há algumas regras nas quais se pode confiar e que orientam o

expositor a decidir sobre o que incluir em cada lição:

1. A primeira providência na preparação da lição é relacionar os objetivos a atingir,

por meio de pequenas frases. Deve-se ter cuidado para não fugir do objetivo,

evitando a dispersão.

2. Deve-se ter cuidado para não incluir muitos objetivos numa só aula e não

estendê-la demasiadamente.

Nesse caso há duas soluções:

a- passar parte dos objetivos para a próxima aula;

b- incluir os objetivos excedentes para uma próxima etapa.

EXEMPLO DO QUE OCORRE NAS RTCs (FASE 02 DO RODSE):

MÓDULO 01

13ª REUNIÃO: “A Seleção de Livros e Sua Organização”;

14ª REUNIÃO: “As Obras Básicas e Sua Importância no Trabalho

Expositivo”;

MÓDULO 02

11ª REUNIÃO: “Análise da Interligação de Assuntos nas Obras Básicas e

sua Importância na Formação do Expositor”

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Esta seqüência dá ao aluno a sensação de ter conquistado etapas e

ter feito progresso, o que não acontece quando ultrapassa seu limite de absorção.

A duração da aula dependerá da dinâmica do expositor, tempo

disponível e condição de absorção dos alunos.

3. O tempo necessário para efetuar uma demonstração também influenciará no

volume de matéria a ser transmitida antes.

O prolongamento constante das aulas também pode gerar desestimulo para os

alunos, devido a outros compromissos e problemas de condução que possam

ter.

4. A lição também não pode ser muito curta, o que pode, igualmente, desestimular o aluno.

Observação:

Os participantes de uma atividade devem ter sempre o anseio de retornar para a

próxima aula / reunião, pela expectativa de aprender algo novo.

5. Uma boa lição começa sempre com a apresentação de alguns pontos chaves

estudados na lição anterior, partindo para a introdução de novos ensinamentos.

Toda e qualquer lição / reunião deve conter novos assuntos, sejam teóricos ou

práticos.

6. No planejamento de uma lição devem constar testes para que o aluno /

expositor perceba o quanto foi absorvido e perceba a necessidade e

conveniência do esforço contínuo na obtenção de novos conhecimentos e

sedimentação dos já estudados.

ATIVIDADE PRÁTICA (A LIÇÃO)

Abaixo vocês terão um teste de conhecimentos gerais dentro da

Doutrina Espírita. São 10 questões. Leia com atenção antes de começar a

responder.

O tempo para execução do teste é de 4 minutos que serão

cronometrados. Assim que o tempo acabar todas as folhas deverão ser entregues ao

avaliador.

1. Quem foi Allan Kardec?

2. Qual o ano de seu nascimento e de sua morte?

3. Quais as principais obras de Kardec?

4. Quantas perguntas existem no Livro dos Espíritos?

5. Há quanto tempo freqüenta a Casa?

6. Qual o seu principal objetivo dentro da Casa?

7. Como você costuma realizar suas pesquisas?

8. Quanto tempo costuma demorar na leitura de um livro?

9. Qual gênero mais o atrai?

10. Caso você chegou até aqui obedecendo ao enunciado, não

responda nenhuma das questões.

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Pérolas do Jornalismo (e esses –jornalistas- são graduados hein!)

Os manuais de redação dos jornais gastam páginas e páginas com

recomendações aos seus profissionais, no final, a súplica: “Tenham pena do leitor.

Releiam os textos”. No entanto, muitos profissionais não ligam para isso. Na pressa,

soltam a matéria sem revisão. Resultado: os jornais estão cheínhos de “pérolas”. Os

leitores atentos anotam-nas. Vejam só algumas delas:

Divirtam-se ou chorem:

“Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério para

satisfação dos habitantes”.

(Eles deviam estar com muita sede, coitados...)

“A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada

ano”.

(Viva a ressurreição!)

“Apesar da metereologia estar em greve, o tempo esfriou ontem

intensamente”.

(Não pagaram os direitos do El Nino. Olha no que deu...)

“Os sete artistas compõem um trio de talento”.

(Alguém aí tem uma calculadora?)

“A vítima foi estrangulada a golpes de facão.”

(Que horror...)

“No corredor do hospital psiquiátrico, os doentes comiam como loucos”.

(É mesmo? Que coisa impressionante!!!)

“Ela contraiu a doença na época que ainda estava viva”.

(Que azar, coitada!)

“O aumento do desemprego foi de 0% em novembro”.

(Onde vamos parar desse jeito?)

“O presidente de honra é uma jovem septuagenário de 81 anos”.

(Quanta confusão!)

“Parece que ela foi morta pelo seu assassino”.

(Como conseguiram desvendar o mistério?)

“A polícia e a justiça são duas mãos de um mesmo braço”.

(É, todo mundo já sabia que eram defeituosas...)

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“O acidente foi tristemente célebre no Retângulo das Bermudas”.

(Retângulo das Bermudas???)

“Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio, trata-se de um

incêndio”.

(Achei que fosse uma churrascada!)

“O velho reformado antes de apertar o pescoço da mulher até a morte, se

suicidou”.

(A volta dos mortos-vivos)

“Na chegada da polícia, o cadáver se encontrava rigorosamente imóvel”.

(Viu como ele é disciplinado?)

“O cadáver foi encontrado morto dentro do carro”.

(Sem comentários)

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2ª REUNIÃO

AS LIÇÕES E SUAS INTERLIGAÇÕES

Nenhuma reunião, aula ou palestra deve ser tida como uma atividade

isolada, mesmo que seja apenas como exposição.

Para se exercer uma dessas atividades de forma isolada, o expositor

deve procurar sugestionar seus ouvintes a fim de que tenham a sensação dela estar

sendo proferida especialmente para eles e que não é apenas mais uma palestra.

Esse intento se consegue pelo resultado da análise de levantamento

prévio das características e necessidades deles, junto aos responsáveis pela Casa

Espírita e também, durante o desenvolvimento da palestra, pela assistência que nos

traz a sintonia com o Plano Espiritual na forma de intuição (essa questão será

abordada na 4ª reunião deste módulo e já foi abordada na 15ª reunião do 1º

módulo).

Um modo simples de perceber esta inter-relação é imaginar que cada

lição é um degrau de uma escada a subir. Cada degrau deve apoiar-se no degrau

anterior e deve servir de apoio para o degrau seguinte, de forma a não criar

sensação de vazio. Como em uma escada, se não houver certa regularidade de

distância (não confundir com monotonia) entre os seus degraus, sentiremos uma

sensação de insegurança. Essa situação exige atenção por parte do expositor, para

que os alunos e ouvintes não tenham esse tipo de sensação diante das lições e

possam vir a fracassar e desistir, como conseqüência.

Nessa interligação de ações está a formação de hábitos cuja adoção é

mais demorada do que a absorção de conhecimentos técnicos. Percebe-se que, no

“vazio dos degraus” abordaremos as carências do nosso público alvo, considerando

suas características.

No plano de aulas devemos evitar que a parte teórica e a parte prática

de um assunto sejam ministradas na mesma reunião, pela dificuldade natural em

absorver duas coisas ao mesmo tempo.

Exemplo:

Tema: Assistência Espiritual

Uma aula ou mais ministrando a parte teórica intercalada com aulas

onde se faça um ligeiro resumo do que já foi abordado e se passe para a parte

prática, resulta numa seqüência proveitosa.

Deve-se evitar expor toda a parte teórica numa seqüência de aulas e

abordar toda a parte prática só numa seqüência final, devido à dificuldade de

associar as duas partes em separado, considerando momentos distantes e porque

não teremos aulas práticas na seqüência das reuniões, para as devidas correções.

Nas atividades das RTCs isso não acontece porque, normalmente, os

temas teóricos não são os mesmos da parte prática e quando temos (fase 2, módulo

1, “técnicas de exposição”, 2ª e 4ª aulas, “exercícios de descontração”, “postura

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diante do público, olhar e gestos”), o fazemos de forma introdutória, que vai se

repetindo durante as reuniões seguintes, de maneira descontraída.

No final de um curso de passes, sim, podemos fazer uma revisão geral

para avaliarmos o rendimento do grupo.

OBSERVAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOS HÁBITOS

1. É uma das formas de aprender, necessitando familiarização com alguns

princípios;

2. A primeira impressão que um aprendiz recebe é a que mais perdura, sendo

essa a razão porque, uma demonstração deve ser clara e precisa, desde a 1ª

vez: é mais difícil corrigir, do que formar um hábito;

3. Quanto antes um aluno puser em prática o que aprendeu, mais fácil se torna

sua execução correta e de transformar-se em hábito;

4. A habilidade deve ser praticada corretamente desde a primeira tentativa: isto

facilita a repetição e formação de hábito nos exercícios posteriores;

5. Quanto mais for repetido o exercício, tanto mais rápida será a formação e a

fixação do hábito;

6. O hábito se fixará mais rápido se não houver desatenção na forma de praticá-

lo;

7. Não se pode adquirir várias habilidades simultaneamente, devendo ser uma de

cada vez.

COMO INTERLIGAR

1. Analisar as atividades em desenvolvimento ou a se desenvolver na

Casa Espírita;

2. Verificar os erros e acertos nas tarefas;

3. Ver o porquê de cada atividade e seus resultados;

4. Analisar a forma de como são preparados os colaboradores;

5. Analisar a capacidade dos colaboradores e expositores;

6. Analisar o programa existente e a forma como é aplicado.

Observação:

Às vezes, ao invés de preparar novos colaboradores devemos fazer

uma reciclagem dos trabalhadores e expositores existentes, na busca da mudança

de hábitos e nos rumos dos trabalhos.

Essa atividade exige muita atenção às reações dos participantes, bem

como às colocações que são feitas para, a partir daí, buscar as soluções (ver tema

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fase 02, módulo 02, 8ª reunião, “Como falar para colaboradores”). Após essas

verificações é que devemos buscar o que mudar.

Essas mudanças podem ser gradativas, na medida que haja

disposição dos grupos para tal.

Tendo verificado o que mudar monta-se o programa de atividades,

sendo interessante trabalhar em conjunto com quem já adquiriu experiência. Esta

colocação mostra a importância de trabalharmos com outras Casas e Conselhos

formados pelas Casas Espíritas pois, as situações se repetem e muitas delas já se

obrigaram a buscar soluções, não sendo necessário sua repetição: inventar o que já

foi inventado.

Essa forma de trabalho de seleção e de organização das soluções

pode ser usada em todas as situações, no seu todo, ou em parte.

Feito o levantamento das necessidades e encontrado suas respectivas

soluções, montamos as lições, fazemos a arrumação dos temas a abordar, numa

seqüência adequada, de modo a constituírem uma série de temas completos,

encaixando aulas teóricas e práticas. As lições serão montadas a partir dessa

organização.

SEQÜÊNCIAS DAS LIÇÕES

As lições teóricas e práticas podem ter a seqüência mencionada acima,

bem como, podem ser mostradas primeiro na prática para que transpareça o que

será ensinado, vindo, então, a aula teórica seguida de uma aula prática, para

sedimentar o aprendizado.

VANTAGENS DE UM CURSO COM LIÇÕES PROGRESSIVAS:

A estruturação de um curso com lições gradativas de dificuldade é

particularmente útil por permitir que seja visualizado o futuro em termos de preparo

de alunos, trabalhadores e atividades.

É necessário ter em mente que nem todos estão dispostos a estudar

sempre, preferindo, alguns, permanecer em uma atividade que corresponda à

condição em que se sente bem. Só com o tempo esse companheiro mudará, quando

sentir necessidade de mais conhecimento.

Normalmente, quando os alunos conseguem vislumbrar um horizonte

melhor em virtude de um programa bem elaborado e com expositor dinâmico, eles

correspondem e reagem.

VISÃO DE CONJUNTO

Sempre que iniciarmos uma atividade ou um curso, devemos dar uma

visão de conjunto do mesmo para que os alunos possam compreender os objetivos

das atividades e para que possam ter uma visão do que irão aprender e do que

serão capazes de fazer ao término do curso.

Verificar os anseios e o porquê os alunos estão participando do curso e

suas perspectivas para o futuro e fazer todo o grupo se apresentar na segunda parte

da aula, para que, desde o início, comecem a se integrar.

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Na apresentação do programa do curso ou em outra atividade,

devemos distribuir uma cópia da programação para cada participante, mostrando a

relação existente entre cada tema a ser desenvolvido e a importância da

participação de todos em todas as aulas ou reuniões, a fim que não se perca o elo

de ligação das matérias ensinadas.

APLICAÇÃO

Na Casa Espírita é possível aproximar os alunos das atividades

existentes, na medida em que for percebida sua condição para tal, como:

a) Na Assistência Espiritual, no trabalho de sustentação, para que se

familiarize.

b) Quem participa das RTCs pode iniciar fazendo a prece de abertura, a

preparação de ambiente mediante a leitura de livro, a prece de

encerramento e dar avisos nas reuniões de estudo e de assistência

espiritual.

c) Participar da recepção e encaminhamento também é uma atividade que

ajuda a desinibir.

d) Secretariar cursos e auxiliar como monitor nas aulas práticas, em grupos

que estão em nível precedente.

Observação:

A importância desta aplicação deve-se ao fato de não ser possível dar

todos os detalhes em sala de aula, cabendo a complementação do aprendizado

ocorrer no dia-a-dia.

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3ª REUNIÃO

TEMÁRIO SOBRE AVALIAÇÃO (REFLEXÃO):

A avaliação das atividades dos colaboradores deve ser encarada como

fator positivo em uma Sociedade Espírita, uma vez que, bem conduzida, gera

progresso no que tange ao relacionamento humano, nível de atividades, eliminação

de viciações e erros que cada um tem dificuldade de perceber em si mesmo, além

de criar um ambiente em que a ajuda mútua prevalece.

Quem não está acostumado a ser avaliado direta e objetivamente, via

de regra, reage negativamente a mesma, por não gostar de ver seus erros

apontados em público devendo, no entanto, ser observado que outras pessoas

também têm as mesmas dificuldades e que, se orientadas, poderão desenvolver

uma atividade mais produtiva (às vezes, a dúvida que um aluno levanta em sala de

aula, é a dúvida dos demais).

Diariamente todos nós somos avaliados em nossas atividades, só que,

apenas uns poucos realçam nossos defeitos, enquanto os outros se inibem e

dificilmente o fazem, tratando-os como normais ou sem importância.

Em virtude das colocações acima, as reações podem ser:

De ódio ou rancor, se o que é avaliado e tem seu defeito apontado não for

devidamente evangelizado ou se estiver invigilante;

Aquele que não é suficientemente esclarecido pode demorar a se aperceber

de suas dificuldades e limitações e não saber como superá-las futuramente.

Normalmente, nos acostumamos e nos acomodamos com ambientes,

situações e problemas que nos cercam, o que dificulta a superação dessas

falhas.

Quando as observações são feitas com o objetivo de auxiliar, uma vez

que estando de fora temos uma visão mais ampla e melhores condições para

sugerir, as reações podem ser:

Quem tem suas falhas apontadas aprende a superá-las e busca envolver o

avaliador com amor -no caso do desafeto-, pois se mantém mais vigilante;

Procura superar suas dificuldades, e passa a aceitar as observações de quem

lhe avalia, segundo suas necessidades e não com evasivas.

Normalmente, alunos e freqüentadores das Sociedades Espíritas não

fazem ponderações aos dirigentes e expositores mas, partem em busca de outro

local onde se sintam menos pressionados e que pareça preencher melhor as suas

necessidades.

É preciso que o dirigente esteja atento, pois, quando o dirigente não

percebe a deficiência do expositor, tudo passa a ser normal, desapercebendo-se das

dificuldades dos iniciantes, rejeitando as observações feitas, sem analisá-las

devidamente.

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Observações:

Esta reação do freqüentador é semelhante a do consumidor que muda

da marca de um produto que não lhe agrada, sem qualquer informação ao produtor,

razão pela qual os fabricantes estão sempre pesquisando as tendências dos

consumidores e promovendo seus produtos;

A Sociedade Espírita tem a função de auxiliar e esclarecer e, devido ao

menosprezo que às vezes dão a essa atividade vemos que bem poucos nela

permanecem, indo para aquelas que já contam com grande freqüência, por

atenderem mais a contento. Essa observação não leva em conta os problemas dos

freqüentadores, que também tem suas razões particulares para tomar decisões.

A alegação de não termos condições para fazer avaliação não

procede, pois, se as nossas colocações forem erradas, teremos então, a

oportunidade de sermos corrigidos e orientados. É fundamental que aquele que

estiver procedendo à avaliação, tenha condição de equilíbrio e conhecimento para

tal.

Toda a avaliação deve ser pautada segundo as observações abaixo:

A avaliação não pode ser um meio de agredir ou ferir.

Toda avaliação deverá ser feita para diagnosticar e auxiliar a superação de

dificuldades e não, a pretexto de fraqueza, derrubar quem estiver sendo

avaliado. É preferível um colaborador preparado tardiamente do que uma

pessoa frustrada por falta de tato do avaliador.

Para adquirirmos condições de avaliar o que está errado em uma atividade,

basta prestar atenção ao que as pessoas reclamam da mesma e buscar as

soluções.

Se a avaliação der motivo para afastamento de companheiros, o

procedimento deverá ser revisto, pois estará ocorrendo deturpação de seus

métodos e objetivos.

Não podemos obrigar as pessoas a se submeterem à avaliação ou

participação, caso não o queiram.

Na avaliação devemos também mostrar o progresso havido de uma

participação anterior para a atual, o que funciona como estimulante.

A avaliação não deve ser feita logo nas primeiras reuniões da RODSE ou das

RTCs. Nessa ocasião ela deve ser explicada e esclarecidas suas metas.

A avaliação deve ser progressiva e descontraída, para dar condições às

pessoas de se soltarem e participarem.

Deve ser escalada pessoa capacitada para conduzir a atividade.

No tema “Ensaios de Direção”, do programa da RODSE, deve ser

esclarecido as diferentes situações nas varias atividades, mostrando a melhor

maneira de conduzi-las para que as avaliações sejam mais produtivas (olhar,

gestos).

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O tempo para as avaliações não deve exceder à 10 minutos, com exceção

para os casos em que o grupo pede, mesmo esporadicamente.

Devemos avaliar a ação e não a pessoa -criticas pessoais devido à alguma

antipatia.

Em cada atividade existem aspectos particulares a serem analisados, além

dos comuns a todos. Ex.: postura (exterior).

Se o expositor ou outro colaborador se postar diante da mesa, ele estará mais

em contato com o público (maior intimidade). Se ficar atrás da mesa, ocorre

um distanciamento entre ele e o público, que pode ser agravado por ficar

sentado ou apoiado à mesa, inibindo a gesticulação, além de dificultar a

visualização do público.

O linguajar não deve ser agressivo. Quem avalia deve se auto-avaliar para

não se tornar autoritário e intransigente.

Quando não estiver em condições de fazer uma avaliação imparcial, devido

às dificuldades íntimas, é melhor não fazê-la.

Sempre que avaliar, é necessário verificar as condições do avaliado, pois, é

mais produtiva uma palavra de incentivo e orientação para que ele se sinta

mais seguro, do que apenas a citação das falhas.

Para fazermos avaliações produtivas é necessário que nós mesmos

estejamos em constante aprimoramento e interessados no progresso dos

outros.

O avaliado não deve se opor às observações feitas, mas sim, acatar as que

procedem e procurar fazer as correções, para não ocorrer polêmicas estéreis.

Se ficar confuso o avaliado deve buscar, após a reunião, melhores

esclarecimentos junto a livros ou quem melhor abalizado, para superar

qualquer mal entendido e dúvidas.

Uma avaliação normalmente se faz em torno de objetivos e metas conhecidos

ou ainda, à luz de uma intenção definida, sem o que, seria difícil apontar

performances suficientes ou insuficientes.

O conhecimento de objetivos, metas e missão de forma continuada, pode

aquilatar as iniciativas de avaliação, de modo a conceder aos colaboradores,

opções de autoaprimoramento ou mudança de tarefas, sem atritos

desnecessários.

Uma avaliação pode preceder o diagnóstico, de acordo com o histórico de

atividades da instituição, de forma que respeite um determinado contexto de

manutenção das atividades desenvolvidas.

Para melhor avaliar precisa-se, além do conhecimento evangélico-doutrinário, estudar:

O manual do RODSE;

Relações Humanas na Família e no Trabalho, de Pierre Weil – Ed Vozes;

O orador Espírita, de Eliseu Rigonatti;

Você quer falar melhor? de Pedro Bloch;

Como falar Corretamente e sem inibições, de Reinaldo Polito – Ed

Saraiva;

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Gestos e Posturas Para Falar Melhor, de Reinaldo Polito – Ed Saraiva;

Liderança e Dinâmica de Grupo, de George M. Beal, Joe M. Bohlen e J.

Neil Raudabauch – Ed. Zahar;

Quanto à postura diante do grupo (nos trabalhos em grupo), o colaborador deve ser analisado:

Se consegue trabalhar em grupo;

Se tem iniciativa para criar coisas novas;

Se tem censo de responsabilidade diante do grupo;

A avaliação deve estender-se às seguintes situações:

A autoavaliação;

A avaliação do público;

A avaliação nas tarefas;

A próxima auto-avaliação é como somos vistos pelo grupo.

Após cada tarefa o colaborador deve proceder a autoavaliação e

verificar como ela foi vista pelo grupo. Esta comparação nos ajuda na superação de

outros problemas como vaidade, prepotência, complexo de inferioridade.

Como fazer a auto-avaliação após cada tarefa, ou seja, como nos imaginamos:

QUESTÕES COMO NOS

IMAGINAMOS

COMO NOS

IMAGINAM

Quanto à postura

- nível de tensão

- gestos

- olhar

- tiques nervosos

- movimentação

Quanto à mensagem

- clara

- confusa

- adequada aos ouvidos

- despertou interesse

- objetiva

Quanto à satisfação íntima

- aceita elogios com naturalidade

- aceita elogios com prazer

- aceita elogios e se envaidece

- prefere não ser elogiado, como defesa

- não dá valor ao elogio

- distingue o quanto pode e auxilia

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QUESTÕES COMO NOS

IMAGINAMOS

COMO NOS

IMAGINAM

Quanto ao público:

- sente-se cansado

- sente-se envolto pelo tema

- sente-se envolto pelo expositor

- manifestou interesse participando

- cansou depois de certo tempo

- buscou contato após reunião

Quanto ao tema

- foi apropriado para o grupo

- o expositor adaptou-o bem

- o expositor tornou-o atraente

Qual o parecer do expositor (relatar no verso)

Quanto ao material utilizado:

Do que se utilizou o expositor:

( ) quadro negro ( ) quadro branco ( ) cartazes ( ) transparências

O que melhorar no uso:

Quanto à situação íntima

- sentiu-se tranqüilo

- sentiu-se intranqüilo

- sentiu-se com a garganta seca

- teve facilidade de concatenar as idéias

A avaliação nas tarefas, após as reuniões:

É um hábito salutar o grupo de tarefeiros reunir-se ao término de cada atividade para avaliar:

- se os objetivos foram atingidos

- se os tarefeiros estão todos em boas condições para retornarem a seus

lares;

- como foi o desempenho de cada um e se teve alguma dificuldade;

Observação:

Cabe ao grupo amparar todo colaborador que tiver alguma dificuldade,

pois, a avaliação tem como um dos objetivos, auxiliar os que precisam.

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4ª REUNIÃO

A COMUNICAÇÃO VERBAL NA CASA ESPÍRITA

Este tema tem por objetivo analisar a questão da comunicação verbal

na Casa Espírita e auxiliar os dirigentes, colaboradores, freqüentadores e o público

em geral, a obter aprimoramento constante na sua comunicação e no seu inter-

relacionamento dentro e fora dela.

Para facilitar a abordagem e o entendimento da questão focamos o

tema nas partes abaixo relacionadas:

A diferença entre a Casa Espírita, a Empresa, o Ambiente Doméstico e a Vida

Pública, objetivos e formas de relacionamentos em cada um.

A comunicação e o relacionamento na Casa Espírita envolvendo:

- a forma de falar com o público em geral;

- a forma de falar com o público da assistência espiritual;

- a forma de falar com o público da assistência social;

- a forma de falar com o público das escolas;

- a forma de falar com e entre os colaboradores e tarefeiros de uma

Casa Espírita;

- a forma de falar com os adultos e idosos;

- a forma de falar com os jovens e crianças;

- o relacionamento entre Casas Espíritas.

Considerações Preliminares:

O aprimoramento constante dos expositores propicia condições de

manter a Doutrina sempre atualizada e atuante junto ao público que a procura,

embora ela, a Doutrina, em si, independa da nossa ação.

Para qualquer que seja o público, sempre há um objetivo central a

considerar, específico para cada um, que devemos atingir sob pena de desestimulá-

lo em caso contrário.

O responsável pela transmissão da mensagem ao público deve se

ocupar constantemente com essa questão, não se envaidecendo com os resultados

obtidos, sob pena de perder a sintonia com o Plano Espiritual.

A sintonia com o público é também de suma importância para se obter

resultado positivo.

Os expositores não devem se acomodar só na certeza da atuação dos

Espíritos, sob pena de terem queda de rendimento, e se tornarem repetitivos.

O estudo, tanto da doutrina como das obras didáticas e outras que

complementem o seu conhecimento, auxiliam na formação do expositor.

O esforço no sentido de superar suas limitações, completa a formação

do expositor que, ao falar, deve ter a autoridade de quem conhece e vive o que fala.

Este tema objetiva encontrar soluções e caminhos, propositando a

interação e o bom entendimento entre os freqüentadores das Casas Espíritas pois, o

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relacionamento humano, sem sombra de dúvidas, é um dos maiores problemas em

quaisquer ambiente, devido às diferenças existentes entre pessoas.

Por que a Casa Espírita é diferente de uma empresa?

Há diferenças fundamentais que passamos a analisar:

1. Os objetivos são diversos pois, enquanto na empresa o objetivo maior é o lucro,

vindo em segundo plano às questões humanas, na Casa Espírita o objetivo maior

e o ser humano, não havendo busca de lucro;

2. Na empresa, o candidato é selecionado para preencher determinada função,

enquanto na Casa Espírita, aceita-se quem se apresenta como candidato e, a

partir daí, se busca adaptá-lo às tarefas;

3. Na empresa é dispensado quem não se adapta ao seu perfil desejado, enquanto

que, na Casa Espírita, se busca auxiliar o colaborador a superar suas

deficiências;

4. A empresa que não apresentar os resultados projetados para a sua

sobrevivência desaparece, enquanto muitas Casas Espíritas sobrevivem, mesmo

sendo dirigidas por pessoas sem conhecimentos básicos de administração e

organização (são conduzidas com o apoio das atividades mediúnicas, sob o

manto evangélico/doutrinário);

5. Na empresa existe hierarquia subordinante que inexistente na Casa Espírita onde

ela é solidária, o mesmo ocorrendo com a remuneração por serviços prestados;

6. Na empresa há concorrência entre funcionários, faltando, por vezes, até respeito

e consideração entre eles, enquanto na Casa Espírita, busca-se colaboração,

paz e harmonia entre todos.

Por quê de nossas diferenças?

Resultado da bagagem adquirida no decorrer das encarnações, da

forma como fomos educados e uso do nosso livre arbítrio, criamos e absorvemos

tiques nervosos, marcas, condicionamentos e reações que facilitam ou dificultam

nossas vidas, havendo as que:

-sempre foram humilhadas, oprimidas ou reprimidas, que reagem aos

impulsos, acovardando-se, retraindo-se ou, de forma agressiva e

revoltada;

-nunca reagiram quando foram estimuladas e que, por serem indolentes,

assim permanecem;

-por não terem absorvido noções de limites, não conseguem se harmonizar

com a sociedade;

-buscando afirmar-se a todo custo e não conseguindo na vida profissional,

procuram compensação no campo religioso, chegando com facilidade ao

fanatismo e à intransigência;

-mesmo tendo recebido todo o amparo e orientações, transviam-se;

-por trazerem boa bagagem do passado, superam todas as dificuldades e

viciações do meio em que vivem, servindo de exemplo para os outros.

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5ª REUNIÃO

COMO DINAMIZAR A ABORDAGEM DE TEMAS

O expositor deve sempre analisar, questionar e buscar melhores

formas para obter resultado no trabalho expositivo, não para se projetar, mas, no

sentido de atender às necessidades dos ouvintes, auxiliando-os na busca das

respostas e dos seus anseios.

A dinamização do trabalho expositivo tem por objetivo transformar os

assistidos em estudantes e colaboradores, pois, todos têm potencialidade a ser

desenvolvida.

È comum observarmos baixo rendimento na atividade expositiva,

quando não são conhecidas melhores formas para apresentar os assuntos.

Para auxiliar os expositores a superar essas dificuldades, apresentamos as seguintes sugestões:

1. A boa postura do expositor;

2. A motivação permanente durante uma exposição/reunião (ver tema

“A recepção”);

3. O conhecimento da seqüência das atividades de uma reunião;

4. Conhecimento da próxima reunião;

5. O convite para a próxima reunião;

6. O aviso cabível das ocorrências (ver temário sobre avisos);

7. Trechos da Bíblia (ver temário sobre a importância das obras

básicas e a dinamização das exposições);

A Postura do Expositor

O expositor deve estar atento ao que se passa ao seu redor extraindo

aprendizado de tudo (PENSAR COMO EXPOSITOR), observando os fatos e

questionando como e o que falaria se tivesse que orientar e o que gostaria de ouvir

se fosse o assistido.

Diante dessas questões o expositor deve meditar e avaliar as

necessidades e, se apoiando no estudo, buscar a orientação da Doutrina,

comparando os diversos autores e refugando os que divergem dela ou não

apresentam respostas equilibradas.

O expositor deve encontrar e apresentar soluções com exemplos que

falem de perto aos que ouvem, além de motivá-los na busca da superação dos seus

limites.

O expositor que vivencia ou observa as situações e as associa com

soluções que atendam aos ouvintes, não o que os ouvintes querem, mas o que eles

precisam ouvir, ganha autoridade e é capaz de induzi-los a mudarem de postura

diante da vida.

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A Importância do Dia-a-Dia nas Atividades Expositivas

Há quem não desenvolva atividades expositivas, alegando, entre outros motivos:

Falta de conhecimento;

Receio de não acertar;

Outros medos e temores;

Falta de condição moral;

Que não é chegada a hora;

Que tem outros em melhores condições;

Dificuldades com a garganta e a voz.

Todo colaborador deve se esforçar para se adaptar ao trabalho

expositivo, por ser uma atividade que o auxilia na superação de suas limitações.

A vivência e exemplos pessoais de vida são de suma importância na

formação de um expositor, por serem fatores de enriquecimento do trabalho

expositivo. Todos temos exemplos pessoais de vida, bastando estarmos atentos

para percebê-los.

É preciso aplicar bem o que temos, para sermos merecedores de

oportunidades maiores.

O Início de uma Exposição

Ao iniciar uma exposição devemos entusiasmar o ouvinte e não

desestimulá-lo.

Por que o ouvinte vem a uma palestra ou a uma aula? Não é para

aprender a superar suas dificuldades? Não é para ser consolado?

Por que, então, pedir para que “deixem suas dificuldades lá fora”, com

o chavão “vamos nos desligar de nossos problemas...”.

Olhemos esta situação de outra forma:

“Peçamos para que cada um medite sobre o que o trouxe até a reunião

e sobre as dificuldades não superadas, além do progresso conseguido desde a

última reunião, para então, solicitar a cada um que peça ao plano espiritual para que

nos envolva a todos: frequentadores, colaboradores e expositor, a fim de que

possamos ter a mente aberta e perceber o que nos é necessário e que o expositor

possa ser o fiel intérprete de tudo”.

O que acontece neste momento, se o expositor estiver ombreado com

o público e sintonizado com o Plano Maior? Será despertado nos ouvintes o desejo

de obter resultados, passando a ficarem atentos ao que é falado pelo expositor.

Temos observado resultados baste animador onde é utilizada esta

forma de agir.

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Exemplo:

Um incrédulo e desesperado, ao ouvir esta introdução responderá

mentalmente “eu quero ver”, emitindo, então, pensamentos próprios do seu

desequilíbrio. Nesse mesmo momento o assistido que está ansioso por libertar-se do

seu problema, pedirá ao Plano Espiritual que o liberte. Esses pensamentos serão

captados pelo Plano Espiritual, que, em resposta, inspirará o expositor e os

colaboradores como agir.

Não é pelo fato de sermos colaboradores que estamos livres de

dificuldades.

Quantas vezes chegamos ao trabalho numa Casa Espírita e deixamos

de expor nossas dificuldades, que também não são percebidas pelos com quem

convivemos?

É importante que o colaborador sinta ser bem quisto, que tem alguém que busca amá-lo e que se importa com seu bem estar.

Podemos estimular os colaboradores e alunos já integrados com as atividades da Casa Espírita, pedindo a cada um que medite sobre a oportunidade bendita que estamos tendo de nos equilibrar, amparando nossos irmãos menos esclarecidos, e de, no decorrer das atividades, sermos agraciados com o refazimento necessário para continuarmos nossa caminhada evolutiva.

Quando o expositor consegue sintonia com o público e este emite pensamentos próprios das suas necessidades, ansiedades, desespero e dúvidas, esses apelos são capitados pelo Plano Espiritual, que a partir daí inspira o expositor.

Essa interação só é possível se o expositor estiver comprometido com a mensagem, sintonizado com o Plano Espiritual e, sensível às necessidades dos participantes, saber como atingir esse objetivo.

Para atingir estes objetivos e não se envaidecer o expositor deve se educar e se conscientizar de que é apenas um participante e não o ponto central, embora seja tido assim por muitos que o ouvem.

Para facilitar a manutenção desse estado de equilíbrio, demos rejeitar todas as honrarias, aplausos, enunciação de títulos, elogios e entender que, um expositor só tem a platéia na Casa Espírita, porque foi feito todo um trabalho anônimo pela equipe que mantém e dinamiza a instituição e que, não recebe, via de regra, nenhuma manifestação deste tipo.

O expositor que age desta forma estará em constante evolução, pois

se manterá aberto para novas informações vindas do Mais Alto, enquanto o vaidoso

tende a estacionar e se perder.

Como Dinamizar o Encerramento

Por vezes vemos expositores encerrar uma palestra ou uma aula, de

forma fria e desmotivante, com palavras do tipo: “era o que tínhamos a dizer” ou,

“assim encerramos nossa palestra/aula, esperando que todos tenham entendido...”

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Os alunos, ouvintes ou participantes, que devem sair comprometidos

com a mensagem e dispostos a pô-la em prática, com essas formas de expressão,

na verdade, saem aturdidos e desmotivados.

Como Encerrar?

Observe algumas formas.

Em reunião pública ou de assistência espiritual:

“Desejamos que todos possam retornar a seus lares em paz e harmonia,

envolvendo em equilíbrio os que lá permaneceram”;

“Que a mensagem desta reunião possa nos ajudar a enfrentar as lutas do dia-

a-dia”.

“Que possamos estar juntos na próxima reunião, unindo o resultado das

nossas experiências e anseios, para juntos progredirmos”.

Em reunião de estudos ou aula:

“Ao terminarmos esta aula / reunião de estudos, agradeçamos a oportunidade

do convívio e os esclarecimentos que obtivemos”;

“Que possamos vivenciar os ensinamentos de hoje no nosso dia-a-dia, para

estarmos mais integrados quando de nosso próximo encontro”.

Este encerramento deve ser feito com vibração, para motivar os que

participaram da reunião.

As Fases de uma Reunião

Principalmente nas reuniões de assistência espiritual é importante

relembrar o seu mecanismo, tomando cuidado para não se tornar repetitivo.

Quando percebermos a presença de novos frequentadores, devemos

esclarecer:

Qual o objetivo de cada fase da reunião;

A importância da palestra que, ao responder aos anseios dos frequentadores,

coloca-os em posição favorável para receber a Assistência Espiritual;

O quê são as vibrações e o porquê delas: É o momento vibrar pelos que não

puderam ou não quiseram vir e que desejamos ajudar;

Como se dirigir à Câmara de Passes para receber a assistência espiritual. É

um momento só nosso. Nesse instante, não devemos pensar nos outros, mas

pedir ao plano espiritual ajuda e energia para enfrentarmos as dificuldades e

desafios que fazem parte de nossa vida.

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A Próxima Reunião

Deve ser vista como oportunidade bendita de nos encontrarmos, nos

ajudarmos e nos confraternizarmos mutuamente.

O Convite Para a Próxima Reunião ou Atividade

Deve ser feito com conhecimento de causa, mostrando como será bom

ter a companhia dos que hoje estiverem reunidos. É preciso saber “vender” essa

idéia para que seja bem aceita.

Sobre o Lar

Ouvimos constantemente afirmações como sendo a família ou o lar, a

união de Espíritos que precisam resgatar dívidas do passado e, por vezes, que são

até inimigos.

Isto pode ser falado a um grupo que já tenha entendimento da

reencarnação, que a aceita e que está disposto a superar os seus conflitos, mas não

para um grupo que está recebendo a assistência espiritual pela primeira vez, que

não consegue se situar ainda nesta vida e muito menos, entender e aceitar a “lei de

causa e efeito”.

É muito mais positivo e proveitoso colocar o lar como sendo a

oportunidade bendita que os Espíritos têm para se aproximarem dos que são

diferentes com quem temos dificuldades para conviver, buscando chamar a atenção

para a importância do aprendizado que advém desse convívio, quando a pessoa

pode buscar crescer com a superação dos problemas.

Será que todos os que discordam de nós precisam ser inimigos do

passado? Por quê destas colocações?

Imaginemos que uma pessoa vem a um Centro Espírita em busca de

consolo e orientação, porque não consegue conviver com um familiar e, até alimenta

ódio ou intenção de se afastar desse convívio por não saber como enfrentar as

dificuldades.

Essa pessoa sairá mais confusa do que veio e propensa a buscar a

razão do ódio, que só aumentará e não as formas de perdão, esquecimento e

superação das diferenças, se falarmos em inimigos do pretérito.

Ao contrário, quando a pessoa é estimulada a buscar as formas de

superar as diferenças, dificuldades e ódios, com o objetivo de conseguir a paz;

naturalmente as reações futuras serão bem mais equilibradas falando da bendita

oportunidade de convívio pacífico e construtivo.

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Exemplos:

1. Se você dá atenção e se sente atingido por uma indireta, há sintonia

com quem o agride, o qual pode estar passando por fase difícil que o

leva a momentâneo desequilíbrio.

Se, ao contrário, você tenta não valorizar a ofensa, exercita ignorar não a pessoa, mas, as colocações que ela faz, torna-se mais fácil o convívio.

2. Jesus falou para que perdoássemos não sete vezes mas setenta vezes

sete vezes.

Sobretudo, quem não se ofende não precisa perdoar.

Observemos que, se não dermos importância e não valorizarmos as

ofensas, não passaremos pela situação de ofendidos e, automaticamente, não

precisaremos perdoar.

Se nos ofendemos, ficamos a remoer idéias negativas para só depois

tomarmos alguma atitude, aí é que vai exigir de nós um esforço considerável para

conseguirmos perdoar.

É necessário prestar atenção no que acontece nesse intervalo, quando

estamos ofendidos: falamos certas coisas que complicam e dificultam o retorno ao

relacionamento equilibrado, permanecendo ainda a desconfiança, mesmo que seja

leve.

Quando somos orientados no sentido de nos olharmos como Espíritos

imortais e que, quanto antes nos livrarmos dos ódios e diferenças, mais rapidamente

poderemos chegar à Perfeição Relativa, surgirá a pergunta: como? e este é o

momento de esclarecer a forma de agir:

- se você chega em casa e o ambiente é hostil, experimente parar um

pouco antes de entrar, fazer uma prece e envolver seus familiares em

vibrações de amor e de luz;

- se seu cônjuge costuma chegar em casa trazendo desequilíbrio, pare

suas tarefas um pouco antes dele chegar, faça uma leitura do Evangelho

e o envolva em vibrações de paz e amor;

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- se começar uma atmosfera de atrito:

a) porque alguém que chega e normalmente induz ao

desequilíbrio pelas colocações que faz, porque estimula

discussões desequilibradas ou porque se sente bem vendo os

outros em desequilíbrio, procure superar as vibrações

negativas, envolvendo-as em uma atmosfera mais equilibrada

e harmoniosa;

b) se na chegada ao lar não foi feito como sugerido logo acima;

c) se surgem discussões estéreis sobre assuntos que não podem

ser resolvidos no momento, sendo alimentadas as

inconformações, aumentadas as dificuldades de

relacionamento;

d) se por qualquer outra razão notarmos que se torna difícil

manter a paz, o equilíbrio e a harmonia, podemos sugerir:

Façamos o que Jesus nos recomendou: “Retira-te para o teu aposento

e ora”, o que significa procurar sair da situação de desconforto e buscar equilíbrio.

Se atentarmos veremos que há uma forma simples, que não desperta a atenção, ou

seja, irmos ao banheiro e fazermos lá uma leitura, ainda que de simples mensagem

evangélica (ressaltar a importância de manter na bolsa, a mensagem recebida no

Centro Espírita), fazer uma prece e envolver os outros em atmosfera de paz e

equilíbrio.

Por que no banheiro? Porque, normalmente, ninguém quer saber o que

vamos fazer lá e, ao contrário, se formos ao quarto ou outro aposento da casa, as

pessoas vão questionar a razão de nossa atitude, pois não percebem que sofrem

um momento de atuação e comportamento negativo.

Existem ocasiões em que se dá envolvimento e retorno ao normal, sem

que os envolvidos se apercebam da situação e da postura de quem buscou esse

procedimento.

Quando o expositor, diante dos quadros acima fala:

a)..Nós precisamos fazer a reforma íntima;

b) Nós precisamos perdoar;

c) Nós precisamos amar o próximo;

d) Nós precisamos ser bons;

e) Nós precisamos ajudar os que têm dificuldades;

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Porque ninguém se considera errado, surgem questionamentos e respostas como tais:

para a) O que é isso? Como fazê-la? Eu já sou bom.

para b, c, d) Falar é fácil, quero ver fazer;

Queria ver se você estivesse em meu lugar.

Se você estivesse no meu lugar não falaria com tanta facilidade.

Se você tivesse um cônjuge como o meu, queria ver você falar em amor e perdão.

para e) Você fala assim porque não tem problemas (quem sofre não consegue imaginar como se pode enfrentar problemas até mais sérios, sem se desequilibrar).

para f) Eu já ajudei muito e só recebi ingratidão como recompensa (problema de quem ajuda pensando em recompensa).

Como falar evitando a rejeição e ajudando

as pessoas a reagem favoravelmente

1. Observamos que, quando o ouvinte se encastela em uma das posturas acima,

ele já fechou questão (não sentiu autoridade em quem fala) e tende a rejeitá-la;

2. Estar atento às situações da vida, às dificuldades da sociedade e daqueles com

quem temos contato, buscando respostas para essas questões é a forma mais

fácil de traçar o roteiro de uma palestra;

3. Basear o roteiro de palestras nas obras da Codificação para ter o embasamento

necessário a fim de passar uma mensagem com maior elevação;

4. Revisar com regularidade os conceitos e ensinamentos aqui traçados para poder

praticá-los, gradativamente;

1. Avaliar as atividades desenvolvidas apoiando-se nas diretrizes do tema

“avaliação”.

2. Aprimorar a mensagem a partir de cada avaliação.

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6ª REUNIÃO

A MEDIUNIDADE NA EXPOSIÇÃO

Todo aquele que aceita a Doutrina Espírita não pode deixar de admitir

a existência da influência do plano espiritual nas mais diversas situações da vida dos

encarnados, como consta no Livro dos Espíritos, cap. IX, “Intervenção dos Espíritos

no Mundo Corporal”.

A atividade mediúnica, por ser parte integrante da Doutrina não pode

ser desconsiderada, não havendo uma atividade (fenomenologia) mais importante

que a outra. O que ocorre é em função das necessidades que se apresentam com

esta ou aquela característica, como vemos na citação de Allan Kardec no livro

Viagem Espírita em 1862, onde afirma ter constatado que, após cinco anos de

lançamento de O Livro dos Espíritos, um número maior de pessoas se convertia à

Doutrina pelos ensinamentos do que por presenciarem os fenômenos em sessões

específicas.

Da mesma forma cita que surgiram muito mais médiuns de efeitos

inteligentes, enquanto diminuía acentuadamente o número de médiuns de efeitos

físicos. Assim também surgem médiuns que chocam a sociedade de tempos em

tempos com fenômenos de cura, pintura mediúnica, entre outras formas ostensivas,

sem que os médiuns soubessem que seriam os instrumentos e que, por invigilância,

muitos caem e são motivos de escândalos.

Nos tempos atuais temos visto muitos livros sendo psicografados por

autores idôneos e outros nem tanto, o que exige todo cuidado antes de fazer sua

indicação. Por outro lado, em outras regiões ainda se faz presente fenômenos físicos

porque necessários ante a incredulidade ali reinante.

Um meio de grande importância de divulgação da Doutrina é a forma

expositiva com palestras para o público em geral, para assistência, tanto material

como espiritual; em cursos diversos; em palestras científicas e outras tantas formas

de divulgação e ensino.

No trabalho expositivo vemos aqueles que falam de forma

mediunizada, sem grande participação pessoal, se justificando como sendo assim a

sua tarefa. Muitos não se preparam adequadamente, confiando a atividade toda ao

plano espiritual. Essa postura não deve ser considerada a mais correta, porque,

como vemos no Livro dos Espíritos no capítulo IX, podemos ser influenciados por

espíritos bons ou maus, dependendo de nossa condição de maior ou menor

equilíbrio e sintonia.

Esta questão deve ser vista também pela mensagem da parábola do

“Bom Samaritano”, onde temos a invigilância e a falta de condições dos que tinham

se preparado para guiar seus semelhantes e que são citados como os que deveriam

amparar e levantar aquele que havia caído nas mãos dos salteadores e que, no

entanto, sem dar-lhe atenção, seguiram pelo caminho da insensibilidade.

Todo expositor que alimenta vaidade quanto a sua tarefa está sujeito a

quedas pela sua invigilância, ocorrendo não atender as necessidades dos ouvintes

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devido à falta de sintonia com o Plano Espiritual, fato próprio do seu estado de

desequilíbrio e que ele não percebe.

Os que alimentam o personalismo e querem se projetar, tirando partido

das atividades, podem ser situados nesta mesma condição, pois, Jesus cita que

dava Graças ao Pai por não ter lhes revelado sua mensagem, mas sim, aos

humildes.

Também não podemos nos considerar os donos da verdade, mas

devemos admitir como válidas as mensagens dos pregadores em seus diversos

níveis, desde que, sintonizados com o Plano Maior. Exemplo de incompreensão

vemos na postura dos discípulos que pediram a Jesus, que proibisse aos que não

conviveram com Ele, efetuarem curas e outras atividades em seu nome (isso não

significa adaptarmos a Doutrina à mensagem deles).

No Livro dos Médiuns, Allan Kardec nos chama à atenção em vários

capítulos, como:

XVII – Formação dos Médiuns

XVIII – Inconvenientes e Perigos da Mediunidade

XIX – Papel dos Médiuns nas Comunicações

XX – Influência Moral do Médium

No capítulo XV, “Médiuns Inspirados” é falado bem de perto aos

expositores, mostrando a necessidade de preparação adequada para ser um fiel

instrumento do Alto e que, quanto melhor for a sintonia, melhor será o resultado.

Conforme é salientado, devemos pedir o amparo desses Espíritos nos

momentos mais difíceis e nos em que vamos desenvolver tarefas em benefício de

nossos semelhantes. O expositor deve se manter vigilante e estar consciente que é

apenas um colaborador no conjunto formado pela Casa Espírita, onde outros

preparam o terreno para que ele, expositor, possa lançar a semente que não é a

sua, mas, do “Semeador”, que saiu a semear a sua semente, Jesus.

O expositor também não pode esperar a colheita, pois sua obrigação é

a de semear e deixar que o Senhor ajunte onde não espalhou e colha onde não

semeou, como vemos na parábola dos talentos.

O expositor que espera colher se assemelha ao que faz o bem com

ostentação e recebe sua recompensa na Terra, na forma de lisonjas ou bens

materiais, como citado também por Allan Kardec no Evangelho Segundo o

Espiritismo, capítulo XIII, “Que a vossa mão esquerda não saiba o que dá a vossa

mão direita”.

Por estas citações vemos a responsabilidade do expositor, por mais

simples que seja sua tarefa, e o esforço que deve fazer para desenvolvê-la com

humildade e se fazer fiel instrumento do plano espiritual mais elevado.

O expositor também deve observar o que nos é apresentado no

Evangelho Segundo o Espiritismo no item “Falsos Cristos e Falsos Profetas”,

capítulo XXI.

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Como proceder?

Preparar-se pelo estudo constante, pela disposição de auxiliar e querer

o bem do próximo, analisando as situações da vida, buscando respostas segundo as

orientações da Doutrina, procurando viver a mensagem de Jesus sem fanatismo,

mas com a vontade firme de acertar.

Para ter perfeita sintonia o expositor deve proceder como citado no

tema (A sintonia entre o Expositor e o Público), 15ª aula do módulo 1.

O expositor para ter perfeita sintonia com o plano espiritual e o com

público, deve, além do preparo próprio, procurar entender as necessidades e limites

do público, pedindo aos participantes que busquem o auxilio do Plano Espiritual

após mentalizar ligeiramente as razões que os trouxeram até ali.

O Plano Espiritual, na sua condição de Espíritos amigos, que

inspiraram os assistidos a buscarem auxilio, captará os seus pensamentos e, junto

com os mentores que assistem ao expositor e à Casa Espírita, formará um elo de

ligação entre as três partes: público –(assistidos, público em geral, colaboradores ou

alunos)-, expositor e plano espiritual, propiciando fluir, a partir daí, as palavras

certas, com exemplificação e orientações aos mais diversos níveis culturais e da

necessidade de atendê-los de conformidade com suas aspirações e merecimentos.

Quando o expositor desempenha bem sua tarefa, com preparo

adequado, senso de responsabilidade, perfeita sintonia com as outras duas partes e

sentimento de amor ao próximo, consegue induzir seus ouvintes a por em pratica os

ensinamentos recebidos e assim, a assumirem a responsabilidade pela sua

recuperação. Quando isto acontece, o que era responsabilidade do expositor

(transmitir a mensagem) passa para o público que obriga-se a vivenciar a

mensagem recebida.

Observamos finalizando que, mesmo buscando trabalhar dessa forma,

o expositor percebe que está recebendo aqui, a retribuição pelo seu trabalho ao ver

seus irmãos superarem seus limites e passarem a levar avante a mensagem

recebida, de paz, entendimento, harmonia e equilíbrio aos semelhantes que

seguem na sua retaguarda.

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7ª REUNIÃO

COMO CONTAR HISTÓRIAS E ESTÓRIAS

As analogias e as histórias no trabalho espírita

ESTÓRIA, narrativa de lendas, contos tradicionais de ficção,

independente do seu contexto e de suas intenções.

HISTÓRIA, narração ordenada, escrita, de acontecimentos passados,

exposição de fatos biográficos, científicos, religiosos, etc. Isto posto temos que:

No desenvolvimento de uma aula ou palestra sempre surgem

oportunidades de melhor esclarecer uma situação, o que pode ser feito por meio de

uma dinâmica de grupo, uma atividade extra, de analogias ou de histórias e relatos.

Existem livros específicos que podem nos auxiliar nessas atividades,

além daquelas dinâmicas que podem ser aprendidas em cursos de treinamento

profissional, onde normalmente se obtém bons resultados, mas que não serão

abordados no momento.

O expositor que busca obter conhecimento dessas técnicas,

naturalmente passa a ter maior visão e domínio da situação e ser melhor entendido

pelos participantes do curso ou atividade pertinente.

Contar história não é fazer mero relato, frio e sem emoções, sendo

necessária à interação do ouvinte, uma vez que o assunto relatado deve,

necessariamente, ser do seu interesse.

A analogia também precisa estar perfeitamente inserida no contexto,

porque, assim, aproximará o ouvinte do expositor, pela sintonia mais lógica.

A participação do ouvinte está intimamente ligada à emoção que este

sente ao ouvir a história e ao que a analogia puder auxiliá-lo na compreensão dos

fatos da vida.

Cada faixa etária é mais sensível a uma determinada forma de

apresentação do que outra, devendo o expositor estar atento a esse fato,

observando-se que:

O IDOSO

O idoso é mais sensível às histórias em casos que lhe tragam

lembranças de um passado às vezes distante, havendo necessidade de trazê-las

para o dia de hoje, para que aproveite o encontro atual e se sinta encorajado e

esclarecido com relação ao futuro.

O expositor deve se esclarecer quanto às atividades dos grupos de

terceira idade, seus benefícios, importância dos horizontes que apresentam, para

poder sensibilizar-se e fazer com que o idoso se sinta motivado a participar.

O depoimento de outro idoso, esclarecendo sobre as atividades que

são desenvolvidas pode falar mais alto do que o expositor por si só, porque funciona

também como um convite.

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Exemplos de atividades que o expositor precisa conhecer:

Clubes de terceira idade.

Grupos voltados ao preparo de enxovais para recém nascidos.

Atividades junto ao trabalho de assistência social.

Atividades de outros grupos fora de seu limite de ação normal.

Grupos de visita a asilos e hospitais.

Atividades profissionais desenvolvidas comumente por idosos.

A convivência como essas atividades lhes dará bagagem para abordar

as situações que se lhes apresentarão.

Para entender os participantes dessa faixa etária e conseguir bom

relacionamento com eles, de modo a poder trabalhar com histórias e analogias, levá-

los a perceber outros horizontes e predispô-los a aceitarem uma realidade nova, é

preciso ter paciência, ouvir e entender o que eles têm a dizer, suas reclamações e

angustias, fruto, muitas vezes, do isolamento.

Foi ressaltada a importância das atividades em grupo, porque elas

funcionam melhor do que apenas ponderações e conselhos, que podem ser

simplesmente ignorados se o idoso estiver cristalizado em sua posição costumeira.

Nesses casos as analogias e histórias servem como condutoras para novo

entendimento e uma nova posição diante da vida.

O expositor deve ter sempre postura de carinho e palavras de alento,

evitando contar histórias e fazer analogias que relembrem situações de dor e

sofrimento mas, ressaltando as benfeitorias que elas trouxeram para a sociedade e

até mesmo para a humanidade.

O isolamento é natural, porque já não conseguem competir como

antes, havendo diminuição das oportunidades somada à incompreensão e

intolerância das partes envolvidas (idosos e mais jovens).

A repetição de histórias que lhe tragam boas lembranças é sempre

bem vinda, com o devido cuidado para não torná-las enfadonhas. Encenações e

dramatizações também surtem bom efeito.

Ao descrever sobre as passagens evangélicas e contar as parábolas

de Jesus, Ele deve ser apresentado como o amigo que está sempre disposto a dar

novas oportunidades. Os idosos devem ser estimulados para que vivam com

entusiasmo os ensinamentos mais preciosos, que são os ensinamentos que atuam

sobre a vida atual, o momento presente, para que adquiram segurança e confiança

no futuro.

O adulto

O adulto se sensibiliza mais diante de outras situações, como:

As lutas diárias pela sobrevivência.

Os cuidados com os filhos.

As ocupações com os mais idosos.

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A manutenção do emprego.

Seu futuro profissional e de seus dependentes.

Relacionamento, tanto com os mais idosos quanto com os mais jovens.

Recuperação de seus horizontes, diante das frustrações profissionais,

familiares e de natureza intima.

Como lidar com o sucesso sem sentimento de culpa, usando com equilíbrio

o que conquistou, para não resultar em motivo de sofrimento.

Importância da atividade espiritual no relacionamento social e familiar.

As histórias e analogias para adultos, precisam ser colocadas de forma

lógica, com exemplos atuais.

O expositor precisa se manter atualizado quanto às modificações

correntes na sociedade para que tenha argumentação lógica e consiga sensibilizar

com as respostas esclarecedoras e elucidativas que tem a Codificação.

Observação:

Os expositores perceberão o que falar, mediante estudo constante e

pela boa sintonia com o Plano Espiritual, que os auxiliará a perceber as respostas,

na vivência e no esforço para superar suas lutas do dia-a-dia.

O expositor não deve repetir simplesmente histórias, casos e analogias

que outros já expuseram, como costuma ocorrer, pois se torna contrário à meta

desejada de alegria e esperança, ou seja, se torna monótona, enfadonha e irritante.

A leitura de livros com crônicas e histórias auxiliam o expositor. A

Revista Espírita é rica em exemplos, pois relata situações que ocorreram na época e

mantém-se atuais.

Exemplo:

Fenômenos de efeitos físicos que ocorrem atualmente e são

explorados pela televisão, sem o objetivo de apresentar soluções, convidando

pessoas das mais diferentes crenças, menos os espíritas, por saberem que estes

podem dar soluções e acabar com a brincadeira.

O expositor precisa apresentar exemplos do cotidiano atual e não

apenas os que ocorrem no plano espiritual, que muitos ouvintes ignoram e outros

duvidam.

O ouvinte precisa se esclarecer, enfrentar e superar suas dificuldades

atuais, para que não fique fascinado pela vida futura sem resolver os problemas do

presente.

Jesus deve ser apresentado como exemplo de coragem diante da vida

e daqueles que o cercavam, vencendo obstáculos intransponíveis para o homem

comum, que não confia em si próprio. Esse fato de confiança deve ser transmitido

quando estiver discorrendo sobre o seu trabalho e suas lutas. Um exemplo é o relato

de João, capítulos 13 a 17, que apresentam Jesus forte, e não derrotado como é

apresentado pelo “mundo”.

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O jovem

O jovem está sempre descobrindo a vida e tentando reformar o mundo,

resultado do idealismo próprio dessa fase da vida.

As histórias e analogias para esse grupo precisam conter muita

objetividade, bastante descontração e a conveniente participação deles, com uso de

meios modernos de comunicação como sonorização, projetor de filmes, data show

etc, que possam enriquecer as histórias e analogias contadas a fim de mantê-los

sintonizados e atentos.

A teatralização, a expressão corporal e a participação deles, os

próprios jovens, no desenvolvimento das histórias ajudam nessa integração e na sua

vivência.

O aprendizado dessa arte pode ser obtido pela observação e exercício

da forma com que as outras pessoas contam suas histórias, das reações ao que

ouvem e da interação com cada caso explanado.

O contato mais direto com o contador de histórias, principalmente de

suas atividades, da sua forma de observação, do seu modo de encarar e de ver as

situações da vida e de onde tira suas histórias é útil e acelera o aprendizado.

A participação em cursos e grupos teatrais ajuda no que se refere à

postura corporal, gesticulação, na parte emocional e na técnica de apresentação dos

assuntos, casos e histórias.

A sintonia com o público jovem pode ser obtida, também:

- Pela confiança dos expositores.

- Por quem fale de acordo com as necessidades desse grupo.

- Pela apresentação de assunto do seu interesse.

- Pela forma de como tornar o assunto interessante.

- Pela exposição de modo que atenda à expectativa deles.

- Pelo carisma e simpatia do expositor (ser simpático ao público).

- Pela notoriedade de conhecimento e eloqüência do expositor que

convence, valer a pena participar.

- Pela forma correta de comunicar avisos (que desperte o interesse desse

público).

Estrutura da História

Enquanto a analogia se resume à citação de situações comparativas

para facilitar o entendimento da explanação e são introduzidas em qualquer parte de

uma exposição, as histórias têm introdução, desenvolvimento, conceitos e conclusão

completos em si mesmas.

Pode ser iniciada com a descrição de um cenário, a apresentação

descritiva de um personagem do imaginário ou da vida real ou mesmo da narrativa

de uma parábola.

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O desenvolvimento é o desenrolar da história em si, com rememoração

dos fatos e diálogos, que deve se encaminhar para a conclusão com uma

mensagem de valor apelativo.

O conceito é a explicação que o expositor deve dar, para que o

ensinamento contido na história fique gravado e compreendido.

A gesticulação e a entonação da voz devem corresponder às fases da

história contada, vivificando a intensidade de cada momento ou ação.

O jovem

Para o jovem, Jesus deve ser apresentado como aquele mestre e

idealista digno de ser seguido, porque é o maior exemplo humano para toda a

humanidade.

A criança

A criança vive num mundo onde a fantasia é primordial, onde a

expressão corporal, a gesticulação, o olhar, a teatralização e as expressões físicas

devem fazer parte do relato, além da modulação da voz, e deve ser o retrato da

situação, com a emoção que o momento exige.

Nas histórias contadas a respeito de Jesus para as crianças devemos mostrar o valor do grande amor que Ele tem por todos nós e por todas elas em especial.

Como contar estórias para as crianças

São duas as grandes características da estória:

Continuidade de acontecimentos que levam a um fim imediato.

Visa mais ao sentimento do que ao intelecto.

Essas características é que diferem a estória da exposição e da

descrição.

Como a ação dos personagens fala mais à imaginação e ao sentimento

do que ao intelecto, é fácil de se perceber a importância da estória na formação do

caráter.

Quem ouve ou lê uma estória, participa imaginariamente de uma experiência em primeira visão; não se imagina um imitador do personagem, mas se coloca no lugar de herói; sofre seus sofrimentos, goza suas alegrias, como se fosse o próprio personagem.

Daí a importância de apresentarmos às crianças modelos (heróis)

atingíveis, bem como estórias que despertem o seu desejo de praticar o bem.

“A estória grava-se em nossa mente e seus ensinamentos passam ao

patrimônio moral de nossa vida”, pois ao nos depararmos com situações

semelhantes, somos levados a agir de acordo com a experiência que

inconscientemente já vivemos na estória.

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Por isso, em nossos dias, pais e professores responsáveis empregam

cada vez mais a estória como meio eficaz de corrigir faltas, ensinar bons costumes e

inspirar atitudes nobres, como o processo mais fácil, mais racional e eficaz de formar

caracteres.

Para as crianças pequenas utilizamos as estórias “imaginárias” que dão liberdade à imaginação (parábolas, fábulas, lendas, contos, etc).

O interesse será o fator que permitirá à criança participar da estória, tornando obrigatória a avaliação do seu nível no grupo com o qual vamos trabalhar.

Esse interesse varia segundo a idade, sexo, nível moral, intelectual e sócio-econômico.

Para crianças até 05 anos as estórias devem ser compostas com elementos que elas conhecem e que façam parte do seu mundo (animais, temas da natureza).

As crianças de 06 a 08 anos já descobriram que não são o “centro do mundo”. É a época da “fantasia”, do “faz-de-conta”.

Aos 09 anos a criança está mais adaptada à realidade. O pensamento que estava no “mundo do faz de conta” volta-se para a lógica, mais cheio de energia e atividade, desenvolvendo o gosto pela aventura. As estórias reais satisfazem mais e melhor nesta fase.

Dos 11 e 12 anos a criança percebe-se parte de uma sociedade,

procura ganhar a estima das pessoas que admira e pelas quais se influenciam

facilmente. É a fase dos interesses éticos, morais e sociais.

Atualmente, o computador e a Internet assumem um papel muito

importante na vida das crianças e dos jovens, e quanto mais alto o nível sócio-

econômico da família, mais a estória vai perdendo terreno na formação das crianças.

Quando contamos uma estória, após seu desfecho, não devemos nunca apontar a moral nela contida, pois é melhor para a criança compreender por esforço próprio, só parte da lição que queremos lhe passar, do que receber maior informação pelas palavras, conceitos e compreensão formados pelos adultos.

Jesus, o maior narrador de estórias que o mundo conheceu, nunca esclareceu suas parábolas, não evidenciava a moral das suas estórias e quando seus ouvintes e discípulos perguntavam algo sobre elas, Ele só explicava o significado depois de haverem pensado e discutido o tema entre eles e às vezes, até apresentado suas próprias interpretações.

Dizer não é ensinar; fazer a criança conhecedora de fatos não é educá-la. Se a estória é apropriada, não é preciso apontar a moral, pois ela a perceberá da melhor maneira.

Portanto, se a criança não for capaz de achar por si mesma o

ensinamento moral implícito na estória, é que essa estória não está adequada ao

seu desenvolvimento mental ou então não foi bem apresentada pelo narrador.

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LITERATURA INFANTIL

Como contar estórias

Muitos julgam facílimo contar uma estória. Puro engano. São poucos

os bons contadores de estórias. Vejamos estas sugestões:

1. Nunca conte uma estória que não atenda ao interesse e o nível da classe.

2. É importante que as crianças estejam bem próximas do evangelizador, se

possível, dispostas em semicírculo, para que se sintam mentalmente próximas

dele.

3. Nunca interromper a narração para fazer comentários, mesmo que ligados à

estória e até mesmo para chamar a atenção de uma criança.

4. Conhecer bem a estória a ser narrada. O evangelizador que tomar conhecimento

da estória pouco antes da aula não estará apto a narrá-la.

5. Planejar a apresentação da estória antes de contá-la, treinando a seqüência dos

fatos, ligando-os à apresentação das gravuras ou dos cartazes a serem utilizados

durante a narrativa.

6. Verificar se a estória contém passagens que necessitem de explicação prévia.

Caso exista, simplificar ao máximo a explicação necessária.

7. Verificar se a estória não é do conhecimento da criança. Conhecimento anterior

diminuirá muito o seu interesse.

8. Não por ênfase em pormenores sem importância. Além de cansar, tira o valor

das partes principais.

9. Contar com naturalidade, usando linguagem simples e correta. A linguagem deve

estar à altura do entendimento das crianças.

10. Modular a voz, encarando os ouvintes, sem fixar-se em nenhum deles.

11. Nunca interromper a narrativa e contar a estória com velocidade modulada.

12. As crianças devem estar bem acomodadas. O amontoamento delas tende a

quebrar o seu interesse.

13. Fale sempre em tom agradável, sem desafinos, nem depressa, nem devagar.

14. Evite comentários desinteressantes, impertinentes ou inúteis, pois cansam a

criança.

15. Evite balbuciência (hesitação e timidez).

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16. Evite tartareio: trocar “tá” por está; “né” por não é; “ocê” por você.

17. Evite cacoetes como dizer sempre ao fim da frase: “Não é?”, “Certo?”,

“Entende?”, “Compreende?”, “Aliás”, etc.

Etapas de como contar estórias

1. Incentivo inicial: nunca entrar diretamente no início da estória. Através de

conversações, gravuras, vários tipos de material didático, perguntas e

outros recursos, aguçar a curiosidade e o interesse da criança com relação

a ouvir e conhecer a estória.

2. Expressões e passagens desconhecidas das crianças devem ser

apresentadas e explicadas previamente, para que não ocorra estranheza

durante a narração.

3. Apresentação da estória: ao ouvir, se possível, as crianças devem se

colocar em semicírculo junto ao narrador.

4. Comentários da estória: marcar bem a passagem principal, fixando depois o

objetivo da estória relativo ao tema.

5. Atividade de desenvolvimento: reprodução da estória, perguntas gerais e

individuais e avaliação do que foi aprendido. Neste ponto da narrativa ainda

se pode apresentar a respeito do tema: dramatização, desenho, coro falado

(jogral), canções e composições de outras histórias pertinentes ao tema.

Características do bom contador de estórias

Conhecer o enredo com segurança, evitando desvio de atenção e

desconcentração por parte das crianças.

Confiar em si mesmo, preparando-se convenientemente.

Não ser afetado, narrar com toda a naturalidade.

Não ter gestos bruscos, movimentando-se tranqüilamente.

Evitar tiques, estribilhos e cacoetes, a fim de não desviar tenção das

crianças.

Atender a todos com igualdade.

Manter tom de voz agradável e não cansativa.

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Sentir a própria narração, permanecendo atento aos fatos.

(Fonte: Evangelização Infantil Volume 1 - Mariluz).

Valadão Vieira – Ed. Aliança. 1988)

Elementos essenciais da estória

1. Introdução

Tem por finalidade despertar o interesse do ouvinte, razão pela qual

não deve ser longa. Deve localizar a estória no tempo e no espaço,

apresentando os principais personagens com suas características

essenciais. Não há fórmulas fixas para a introdução, cabendo ao

narrador, através da prática e experiência, determinar qual a maneira

mais adequada de iniciá-la.

2. Enredo, ação ou sucessão de acontecimentos.

É o desenrolar dos fatos que compõem a estória, é a ação do

personagem. Os acontecimentos devem seguir uma seqüência

regular e cada um deve ter uma significação intensa num crescente,

até atingir o clímax da estória. Conservar o interesse do auditório é

de grande importância e isso se consegue deixando velado o

desfecho até o final da estória.

3. Clímax ou ponto culminante

É onde o enredo chega ao seu máximo de intensidade. É importante,

pois, convergir para ele o interesse da criança. Por isso, quanto mais

imprevisto for o clímax maior será o valor da estória. Deve conter

sempre o elemento surpresa.

4. Conclusão ou desfecho

Após o clímax a estória deve chegar rapidamente à conclusão.

Características de uma boa estória

Entre as características gerais de uma boa estória, apontamos:

1. Assunto interessante – artisticamente tratado e de acordo com os interesses

das crianças às quais se destina.

2. Linguagem simples – correta e elegante mas, adequada ao leitor ou ouvinte

a que é endereçada.

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3. Ter moral implícita – isto é, conter moral sem a preocupação de ensinar

moral.

4. Introdução curta – de modo a despertar o interesse da criança.

5. Ser movimentada – sem possuir, contudo excessivo número de

acontecimentos.

6. Apresentar surpresas – imprevistas.

7. Ter unidade – isto é, enredo tão lógico e de tal maneira encadeado que só

possa conduzir a um determinado clímax.

8. Possuir clímax – ou ponto culminante bem acentuado.

9. Apresentar conclusão – satisfatória.

10. Não ser longa – nem curta de mais.

11. Ter formas concretas, concisas – idéias vagas, explicações filosóficas,

abstratas, não tem cabimento na estória para crianças.

Adaptação de estórias

Nem sempre a estória que escolhemos possui as características de

uma boa estória, ou, se a possui, raramente se ajusta aos nossos fins. Daí a

necessidade de procedermos previamente a uma análise cuidadosa da estória, a fim

de verificarmos quais as adaptações a serem feitas. Esse trabalho de análise deverá

realizar-se:

1. Quanto ao assunto:

eliminar o que não concorra para aumentar o seu valor e acrescentar os

detalhes que sirvam para reforçar o aspecto moral sem, contudo, perder de

vista a função recreativa da estória.

Neste sentido convêm termos sempre em vista:

a) Os objetivos visados por nós.

b) O desenvolvimento mental das crianças a que a estória se destina.

2. Quanto à parte técnica:

para as necessárias alterações, devemos aqui considerar os elementos

essenciais e o tamanho da estória.

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Com relação aos elementos essenciais, teremos o cuidado de:

a) Determinar o clímax.

b) Verificar se a introdução visa despertar o interesse e se apresenta os

personagens com as características indispensáveis.

c) Verificar se os acontecimentos se sucedem com seqüência lógica, de

modo a fortalecer a ação do clímax e torná-la mais impressionante.

d) Analisar se o desfecho é satisfatório ou não e se sintetiza bem o

pensamento.

Com relação ao tamanho, temos de observar:

a) Se a estória é longa de mais, apresentando grande número de fatos,

tornando-se por isso enfadonha;

b) Se a estória é curta demais, não ganhando significado e atenção.

O primeiro caso, estória longa demais, soluciona-se com a

eliminação de alguns fatos e a análise prévia terá então por finalidade:

a) Resumir as explicações preliminares à simples frases de introdução;

b) Suprimir digressões;

c) Diminuir o número de personagens, condensando as ações em torno

do personagem principal.

Na estória curta demais o trabalho será feito no sentido de ampliá-la,

aumentando o número de fatos, obedecendo sempre a uma seqüência lógica, até

chegar ao seu clímax.

Após o trabalho de análise deverá ser feito o resumo da estória,

guardando-se, tanto quanto possível, a forma original.

Apresentação da estória

Lidas ou contadas são formas pelas quais podemos apresentar a

estória.

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1- Estórias lidas:

São de grande valor educativo sob o ponto de vista de enriquecimento

da linguagem do educando, pois a estória vai permitir que ele se coloque em contato

com as formas literárias originais.

Há certas descrições de ambientes e de colorido local, expressões

cheias de encanto e originalidade, que na estória contada não podem ser

reproduzidas com tanto encanto, mesmo que o narrador seja uma “artista”.

Portanto, sempre que o valor da estória estiver mais na beleza da

forma do que no enredo, ela poderá ser apresentada através da leitura,

principalmente para alunos maiores (em nosso caso, do intermediário em diante),

levando-se em conta o grau de adiantamento dos mesmos, isto é, que todos estão

em condições de entender a narrativa lida.

Aquele que se dispõe a utilizar essa forma de apresentação, além de

dominar perfeitamente o mecanismo da leitura, deve ainda ter, entre outros, os

seguintes cuidados:

a) Evitar a monotonia:

Isto é, efetuar leitura agradável, cadenciada, com observância das

pausas e inflexões adequadas; ler com interesse e entusiasmo; com

eloqüência, dar vida à leitura.

b) Olhar de quando em quando para os ouvintes

Ora para uns, ora para outros, exibir seu olhar para assim ligar-se a

cada um.

2- Estórias contadas:

A estória contada é a forma de apresentação preferida. É a mais

acessível a qualquer auditório e a que proporciona maior aproximação entre

narrador e ouvinte, estabelecendo entre ambos uma atmosfera de simpatia e

confiança.

As estórias contadas são as mais interessantes e prendem mais a

atenção do que as estórias lidas, por boa e expressiva que seja a leitura.

Aquele que conta uma estória, é livre e pode apelar para uma série de

recursos vocais, mímicos e teatrais.

Nas estórias contadas os personagens tornam-se mais reais, os

episódios mais dinâmicos, transmitindo mais vida às narrativas. Por isso mesmo são

as preferidas, prendendo a atenção do público com maior facilidade.

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Por isso recomendamos para o nosso trabalho de evangelização, o

emprego da estória contada que, além das vantagens que oferece, proporciona ao

narrador observação mais segura das reações dos ouvintes, fator importante para o

bom desempenho da tarefa.

O narrador de estória

1. Preparo do narrador para a apresentação da estória:

O bom êxito das apresentações depende do preparo prévio do

narrador que deverá, então, ter os seguintes cuidados:

a) Escolher a estória de acordo com o objetivo que tiver na mente.

b) Verificar se a estória ainda não foi contada para o mesmo auditório.

.

c) Verificar se a estória que pretende contar é adequada aos ouvintes.

d) Proceder à análise cuidadosa da estória, fazendo as adaptações

necessárias.

e) Aprender bem a estória, isto é, ter noção exata do seu conjunto,

assenhorear-se dos acontecimentos em ordem cronológica sem, contudo,

haver necessidade de decorá-los em todos os seus detalhes.

f) Verificar se a estória vai exigir algum material ilustrativo (estampas,

quadros, etc).

g) Verificar se a estória exige explicação prévia para ser contada, (pode

acontecer que no enredo haja elemento importante desconhecido pela

classe – animais, plantas, lugares, etc. Nesse caso a explicação deverá ser

efetuada antes e não durante a narrativa.

h) Experimentar a estória contando-a para alguém, de preferência, sendo

possível, a uma criança, pois assim poderá verificar as falhas existentes e

corrigi-las a tempo.

2. Antes de começar a estória deverá o contador:

a) Verificar se o auditório é homogêneo. A estória capaz de interessar um

menino de 9 ou 10 anos, por exemplo, não oferece elementos para

agradar a uma criança de 5 anos. Esse cuidado é, pois, de grande

importância para o êxito da estória.

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b) Verificar se todos os ouvintes estão bem acomodados nos seus lugares.

Todos devem estar posicionados de modos a ver e ouvir bem o narrador

da estória.

c) Verificar se o auditório está interessado em ouvir a estória. Em caso

negativo, procurar despertar o seu interesse através de gravuras,

cartazes, frases prévias ou outro qualquer recurso, apresentados sempre

do modo a atrair a atenção da classe para a estória a ser contada.

d) Proceder à verificação da estória. A medida, entre outros, terá os

seguintes objetivos:

1- Verificar se a estória foi bem compreendida;

2- Se o enredo agradou;

3- Se a mensagem da estória foi bem aprendida.

2. Características de um bom contador de estória

1. Sentir a estória vivendo-a no desenrolar de seus acontecimentos,

dando assim, à narrativa, um cunho de realidade.

2. Conhecer o enredo com absoluta segurança. O narrador que hesita,

interpondo reticências inúteis entre os períodos, pode sacrificar por

completo o êxito da narrativa. As hesitações decorrem de certas dúvidas,

de pequenas falhas e as dúvidas não ocorrem para aquele que conhece o

enredo com boa segurança.

3. Ter confiança em si mesmo, isto é, contar a estória sem receios. Falar

com convicção. Narrar com naturalidade, sem afetação: Na narrativa de

uma estória, principalmente diante de um auditório infantil, não se pode

empregar linguagem rebuscada, afetada. A emoção não pode ser

simulada com voz altissonante e gestos “tribunicos”, nem na imaginação

com frases feitas e floreios literários. Se a exposição não se adaptar à

linguagem e ao mundo espiritual dos alunos, os esforços do

“mestre”.serão inúteis e vãos

4. Falar com voz agradável, clara e expressiva.

5. Ser comedidos nos gestos: Os gestos devem ser sóbrios, simples e

expressivos. Do exagero poderá resultar o ridículo. Os gestos devem ser

variados, mas sóbrios Devem ser como que um prolongamento da

palavra.

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6. Evitar os tiques, cacoetes, estribilhos: (Fechar os olhos, fazer trejeitos,

fungar, etc.). Há também certos cacoetes ou estribilhos (na dicção) que

enfeiam a narrativa: “não é?” “ouviu?”... etc.

7. Tirar partido de qualquer anormalidade que ocorrer durante a

narrativa: Não se perturbar. “O narrador que for dotado de presença de

espírito, poderá aproveitar e até mesmo intercalar no enredo da estória,

qualquer anormalidade perturbadora, mesmo desagradável, que ocorra

durante a narrativa”.

8. Dispensar a todos os ouvintes o mesmo índice de atenção: O narrador

deve dispensar a todos os ouvintes igual atenção e o mesmo interesse.

Sempre que for possível cruzar seu olhar com o olhar de cada participante

do público.

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8ª REUNIÃO

CURSO DE PASSES

Preparação de ambiente para assistidos e colaboradores

Preces e vibrações

Para os assistidos a Casa Espírita representa o local próprio para

receber a ajuda de que necessitam. Podemos considerá-la um Pronto Socorro e

como todo ambiente hospitalar, traz a atmosfera carregada de microorganismos

nocivos, necessitando de higienização, purificação e renovação.

Em qualquer pronto socorro, tanto a enfermaria como o enfermo

precisam ser preparados, a primeira para recepcionar o paciente e o segundo para

receber o tratamento requerido. O mesmo ocorre na Casa Espírita, onde o ambiente

também precisa estar em condições de recepcionar o assistido, para operar o

socorro espiritual e o assistido deve ser preparado para absorver essa assistência,

de socorro às suas múltiplas necessidades, quer sejam de ordem física, de ordem

psíquica ou espiritual.

Por que a preparação de ambiente?

a) Para nos compelir à leitura, explanação e conseqüente meditação;

b) Para elevar e equilibrar o teor das vibrações, tornando-as uma força

homogênea, numa só intenção. Tudo para proporcionar uma melhor Prece

Inicial que é executada após a Preparação do Ambiente.

Esta preparação de ambiente poderá ser feita de duas maneiras:

1) Associada ao tema a ser desenvolvido pelo expositor,

2) Aplicada às necessidades de aprimoramento moral e evangélico do grupo.

A fim de atingir estes objetivos, o dirigente fará a escala dos

participantes para a Preparação de Ambiente, Prece Inicial, Vibrações, etc, de

acordo com a relação dos companheiros inscritos para aquela reunião. Devem ser

usados livros de comprovado conteúdo evangélico-doutrinário, como O Evangelho

Segundo o Espiritismo, Vinha de Luz, Sinal Verde, Pão Nosso, Ideal Espírita, etc.

Preparação para colaboradores

O tarefeiro nada mais é que alguém um pouco melhorado e esclarecido

sobre a Doutrina, não sendo senão uma pessoa que tem problemas como todo

mundo, que enfrenta lutas e dificuldades na vida.

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- Início da preparação pessoal.

- A preparação de todo trabalhador deve ser diária, pois não se sabe

quando deverá ser útil ao próximo.

- Deve trabalhar sempre para sua melhoria, pela paz e harmonia de onde

estiver.

- Por servir de exemplo, deve espelhar-se no Evangelho estudando-o

constantemente.

- Cultivar a humildade sempre, colaborando com a disciplina no trabalho, em todas

as tarefas,

- Ter total responsabilidade perante a tarefa que abraçou, cumprindo horários,

selecionando sua alimentação, eliminando vícios, renovando seu pensar e seu

falar.

- Obedecer as regras e orientações da Casa em que atua, respeitando seus

companheiros.

A exemplo do que ocorre com os assistidos, deve-se igualmente,

cuidar com muito esmero e carinho do preparo dos colaboradores em geral,

principalmente dos passistas e do ambiente de trabalho na sala de passes.

Assim, são úteis as leituras e comentários sobre Evangelho,

mentalizações com a participação de todos, para que se integrem completamente no

trabalho a se realizar e que todos sejam convidados a participar de uma grande

confraternização entre si e com a Espiritualidade que ali se encontra para a

execução da tarefa proposta.

É necessária também, a assistência espiritual aos colaboradores, com

troca de passes, o passe específico para o trabalhador.

Preparação do assistido

Aquele que chega à Casa Espírita em busca de auxílio, traz consigo

todo tipo de problemas materiais e espirituais. Se atingido por problemas obsessivos

graves, vem quase alienado, sem condições de discernir. Quase sempre é trazido

por familiar ou amigo. Muitas vezes vem em total desequilíbrio, sendo numerosos os

problemas apresentados: falta de relacionamento familiar; doenças físicas

superficiais e outras tidas como incuráveis, etc.

A Casa Espírita é para ele, nesse momento, o último recurso, depois

de ter batido em muitas portas e encontrado decepção na medicina oficial, busca a

Casa Espírita como tábua de salvação.

O bom atendimento da Casa Espírita é de vital importância e não pode

ser descurado sobre pretexto algum porque, uma vez sendo o assistido efetivamente

socorrido, será com certeza um futuro colaborador, senão, poderá se afastar para

sempre da Doutrina Espírita.

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Sem uma preparação adequada (explanação do Evangelho), bem feita,

na qual se deve empregar todo o carinho, não será possível uma boa Assistência

Espiritual, por mais que os médiuns e mentores se esforcem.

O trabalho de atendimento ao assistido começa na recepção da Casa.

Essa é a primeira fase da execução da assistência e deve receber a maior atenção

por parte do Dirigente, pois, o primeiro sorriso e a atenção individual são fatores

agregantes, de valor fraternal. Fica subentendido na recepção o como externar boas

vindas e dar as orientações preliminares ao assistido, para que ele perceba que

encontrou um local de confiança, onde poderá receber todo o auxílio de que

necessita, espiritualmente falando.

O setor de Entrevistas do “DEPOE”, (Departamento de Orientações e

Encaminhamento) deve contar com pessoas devidamente preparadas para

recepcionar aqueles que chegam lá pela primeira vez e precisam ter conhecimento e

vivência dos problemas humanos, conhecimento doutrinário e profundo amor

aprendido no Evangelho de Jesus.

O entrevistador deve buscar de forma rápida, sucinta e objetiva, a

causa dos problemas atuais que afligem o assistido, dado-lhe orientações

evangélicas e encaminhando-o para o Tratamento Espiritual adequado.

Ambiente para Assistência Espiritual

O ambiente deve ser propício para a realização de tarefas dessa

natureza, devendo ser mantido bem higienizado física e espiritualmente. Os que

adentram esse ambiente carregam fluidos pesados, deletérios.

A mudança do ambiente se opera na ação conjunta, tanto do Plano

Espiritual quanto do plano material, que o purificam fluidicamente através de leitura

edificante, preces, correntes de proteção, etc.

Sabemos que a Assistência Espiritual não ocorre somente na Casa

Espírita, mas em todos os lugares do mundo. Entretanto, nesse ambiente preparado

é possível haver um trabalho mais equilibrado pelas vibrações conscientes daqueles

que ali operam.

Em toda reunião de Assistência Espiritual deve haver uma palestra de

tema evangélico, de maneira a levar o assistido a pensar nas palavras do Mestre, a

fixar sua mente em algo bom e salutar, livrando-o, mesmo que por momentos, dos

pensamentos enfermiços ou negativos.

Os expositores devem ter os temas bem preparados, com

antecedência, devendo ser evitado o improviso. Deve ser um preparo muito bem

feito para melhor englobar as necessidades dos assistidos e bem captar a inspiração

dos Mentores, levando a esperança e renovação, através mudança e elevação do

padrão de pensamento do companheiro em sofrimento.

O passe, somente, não soluciona todos os problemas das criaturas,

mas, constitui lenitivo para suas dores humanas. É através do Evangelho que

mostraremos aos nossos irmãos necessitados, um caminho mais seguro para

alcançarmos a cura dos nossos males.

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O Evangelho bem compreendido propicia alivio aos corações aflitos e

consegue, dessa forma, desligar as entidades obsessoras das mentes envolvidas

neste processo.

O trabalho do Evangelho é mostrar às criaturas, que todos fomos

criados para sermos felizes e não para a dor e o sofrimento.

O objetivo da palestra na Assistência Espiritual é levar o consolo e a

esperança, sem cunho de escola. Quem busca a Casa Espírita pela primeira vez,

deseja apenas solucionar os seus problemas, pouco se ligando ao aprendizado

necessário.

A Escola

Somente quando o assistido já tiver passado pela Assistência Espiritual

é que poderemos encaminhá-lo para os cursos regulares da Casa, pois, estudando

e conhecendo a Doutrina e o Evangelho, ganhará a compreensão dos seus

problemas e, com certeza, encontrará o que busca.

ORIGEM DAS DOENÇAS

“A cura dos males reside em nós mesmos” – André Luiz

Residem praticamente em nosso orgulho, no egoísmo e na ignorância,

todos os nossos males de hoje.

A vaidade, a tirania, a preguiça, enfim, todos os vícios e defeitos em

geral, nos desviaram profundamente do caminho do bem e são hoje os responsáveis

pelas nossas doenças físicas, morais e mentais. O assistido desconhece esses

fatos, mas, com conhecimento e esclarecimentos vai encontrar lenitivo e solução

para todos eles.

Salientar sempre a importância do Evangelho na Assistência Espiritual,

para que o assistido não se torne um viciado em passes, deixando bem claro que é

preciso renovar a mente para alçar vôos mais altos.

Papel do Dirigente

É de suma importância sua reta posição, para o equilíbrio dos trabalhos.

É o companheiro, que apóia e orienta.

Deve chegar sempre mais cedo, com tempo para a distribuição de tarefas e

atribuições.

Dar início aos trabalhos e coordenar a troca de passes.

Escalar com uma semana de antecedência as palestras e leituras, quando

não houver escalas programadas.

Atender aos casos prioritários sem interromper o andamento dos trabalhos

regulares.

Encerrar as atividades de forma correta e completa no seu devido tempo.

Proporcionar aos demais colaboradores, oportunidades de rodízio na direção,

visando a formação de novos dirigentes.

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Bibliografia

- Apostila do DEPAEX – Depto. De Expansão Doutrinária – Área Federativa.

- Assistência Espiritual de Moacyr Petrone

- Manual de Encaminhamento e Orientação Espiritual – Moacyr Petrone

- Passes e Radiações – Edgar Armond

- O Passe Espírita – Luiz Carlos de M.Gurgel

- Manual do RODSE – Unidade de Estudo

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9ª REUNIÃO

PLANEJAMENTO NA ATIVIDADE EXPOSITIVA

Planejamento/Preparação

A preparação da palestra é em todos os sentidos, fundamental. Através

dela o expositor conseguirá selecionar as idéias, desenvolver a melhor maneira de

expô-las e alinhavar coerência e ordem no pensamento.

Embora muitos oradores consigam falar de improviso, esse deve ser

um recurso a se utilizar somente em casos de exceção, por aqueles que já tenham

algum conhecimento sobre o tema.

Como preparar uma palestra

Sinteticamente, resumiremos em cinco os passos da preparação de

uma palestra espírita:

Passo 1 – Escolher o tema

Passo 2 – Pesquisar na bibliografia disponível

Passo 3 – Estudar as páginas escolhidas

Passo 4 – Formular a idéia mãe

Passo 5 – Esboçar e escrever a palestra

Escolher o tema:

Caso já não tenha sido determinado.

Para que um assunto desperte o interesse do público alvo, são quatro

as considerações básicas a se considerar:

1. Recursos Próprios

O expositor deve levar em conta suas limitações intelectuais e morais,

evitando abordar temas sobre os quais não tenha pleno conhecimento, e

dispuser de tempo suficiente para pesquisá-lo, mesmo quando o assunto lhe

for designado.

2. Circunstâncias

Fatos do dia a dia que estejam geograficamente próximos ao público.

3. Público

Características e necessidades

Cultura

Especializado ou heterogêneo

Grande ou pequeno

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4. Inspiração

Embora o expositor conte com a assistência espiritual para determinar e

expor o tema, ele não deve se esquecer do culto à oração e ao estudo, não

transferindo aos Espíritos uma responsabilidade que é só dele.

Pesquisar na bibliografia disponível

Espírita ou não, desde que as obras sejam idôneas, selecionando

textos e páginas pertinentes ao tema determinado.

Como pesquisar:

Utilizando-se da sua memória o expositor deverá procurar na própria

biblioteca ou na Espírita que lhe for mais acessível, nos livros que já tenha

lido, a página onde se encontra o assunto a ser tratado. Não encontrando,

procurar no índice o texto desejado e ao encontrar a referência, buscar e

ler no texto:

- o primeiro parágrafo completo

- as primeiras palavras de cada parágrafo subseqüente

- o último parágrafo completo

Desse modo saberá identificar o assunto com precisão.

Fontes:

a) Obras da Codificação

Mais divulgadas:

O Evangelho Segundo o Espiritismo

O Livro dos Espíritos

O Livro dos Médiuns

Menos divulgados:

O Céu e o Inferno

A Gênese

Obras Póstumas

O que é o Espiritismo?

b) A Bíblia

No estudo da Bíblia não devemos nos limitar unicamente a identificar e citar

capítulos e versículos, mas saber focalizar as passagens que forneçam

subsídios para o desenvolvimento do tema.

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Antigo Testamento

Gênesis 18 – útil para abordar a Reforma Íntima.

I Samuel 28 – “Saul consulta a médium de Endor” – serve para mostrar,

comprovando, a tese espírita da comunicação com os mortos.

Isaías 5:8 O tema “ambição, desapego aos bens terrenos”

Novo Testamento

Poderá ser utilizado, praticamente todo, com exceção do Apocalipse, por

ser de difícil interpretação e seu contexto não ser fundamentado

doutrinariamente.

c) Literatura Espírita

É vasta, podendo ser dividida em clássica e atual.

Clássica:

Gabriel Delane, William Crookes, Camile Flamarion, Ernesto Bozano,

César

Lombroso, Alexandre Akazakof

Atuais:

Toda produção mediúnica de Chico Xavier, Divaldo Franco, Yvoni Pereira e

outros

d) Literatura em Geral

Em muitos textos podem ser encontrados inúmeros temas para palestras

doutrinárias, como os de Platão, Sócrates e Vitor Hugo.

Estudar as páginas escolhidas

Este estudo deve ser feito de forma metódica, selecionando as idéias

que podem servir para a palestra.

Definidos os textos que se relacionam com o tema, é útil tecermos

algumas considerações:

a) Estudar é pensar

Não apenas ler ou memorizar, mas procurar pensar e entender o texto

que lemos.

b) Tempo disponível

Para que a alegada falta de tempo não prejudique os estudos devemos

estabelecer dia e horário fixos, cumprindo-os rigorosamente.

c) Fidelidade às Obras Básicas

Levar em conta, sempre, a pureza doutrinária, mantendo o

embasamento na Codificação e se permanecendo atento à sua

fidelidade.

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Técnicas de Leitura

a) Técnica da leitura repetida

Leia diversas vezes o texto até certificar-se de que aprendeu seu

conteúdo e que “entendeu” o pensamento do autor.

b) Técnica de leitura sublinhada

Sublinhar as palavras chaves do texto, resumindo à parte, o

pensamento do autor expressado no parágrafo.

c) Técnica da leitura com resumo

Entendido o texto, faz-se um resumo dos pontos aproveitáveis para a

palestra.

Formular a idéia mãe

É um pensamento único, expresso numa frase simples, clara e se

possível, direta.

Observação: A idéia mãe não deve ser confundida com o tema, que é o assunto da

palestra.

Exemplo:

Tema “Obsessão”

Idéia mãe:

“A cura da obsessão está ligada à evangelização do obsediado”. “O

obsessor é um irmão desencarnado, em desequilíbrio, a quem devemos

auxiliar”.

Esboçar e escrever a palestra

Neste o expositor deve ter diante de si uma folha de papel contendo

todas as informações desejadas, devendo esquematizar com clareza, simplicidade e

coerência a palestra que proferirá.

Esboçar

- Concatenar de maneira lógica e coerente as idéias selecionadas, não

esquecendo a introdução, o desenvolvimento e a conclusão,

escrevendo em fichas apropriadas, como recurso a consultar no

momento da palestra.

Escrever

- Esta tarefa facilita a memorização da seqüência organizada do tema,

além de aperfeiçoar o orador no manejo da língua, do vocabulário e da

gramática.

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10ª REUNIÃO

O TRABALHADOR E O ASSISTIDO

No desenvolvimento da atividade de assistência individual ou para um

grupo devemos levantar algumas questões a fim de nos posicionarmos e nos

prepararmos melhor, visando que a atividade se torne mais objetiva.

Eis algumas das questões que devem ser levantadas diante da tarefa a

ser desenvolvida:

Por que uma pessoa com problemas não procura uma Casa Espírita?

Por que ela vai uma vez e não volta mais?

O que leva uma pessoa a buscar uma Casa Espírita?

O que ela imagina encontrar numa Casa Espírita?

O que ela espera como resultado final?

O que é necessário lhe dar?

O que é possível lhe dar?

Como ela é vista pelos colaboradores?

Como ela deve ser vista pelos colaboradores?

Como ela se posiciona em função da sua situação?

Como ela se posicionará no futuro em função da forma como é assistida?

Que dificuldades existem para sua libertação espiritual?

Quais os espaços existentes para ela na medida em que se liberta?

Quais espaços existirão no seu futuro no lar, na sociedade e na Casa

Espírita?

Como transformar dificuldades, traumas e remorsos em novas

oportunidades de vida?

Qual a postura normal do colaborador diante dessas questões?

Qual a postura ideal do colaborador diante desse assistido?

Qual a importância da autoavaliação de cada um?

Qual a importância da avaliação em grupo após as tarefas?

Na objetividade do preparo e desenvolvimento de qualquer atividade

na Casa Espírita a resposta a estas questões é fator da maior importância para

quem ouvirá.

Esse procedimento evita que o trabalhador se perca em aspirações vãs

como destaque, honrarias e aplausos, pois, para manter o diálogo com os

necessitados deve falar mais alto o amor, o desprendimento, a humildade e a

dedicação, fatores que trarão a felicidade de vê-los crescer e se libertarem.

A verdadeira fraternidade, em resumo, é essa forma de interagir, onde

todos se fazem úteis e sentem-se respeitados, havendo progresso do grupo como

um todo e espaço de ocupação e crescimento para quem chega.

A rotina em nossa vida particular tanto como em sociedade, associada

ao egoísmo e outras mazelas morais comuns no ser humano, são entraves para que

o relacionamento possa ser fraterno.

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A fraternidade deve ser estimulada a partir do momento em que o

assistido adentra a Casa Espírita, desde a recepção, passando pela orientação,

encaminhamento e assistência adequada.

Procedendo assim diminuiremos o medo que muitos têm de vir à Casa

Espírita, pois a primeira impressão é, normalmente, a que marca com mais

profundidade os que chegam, transformando-os em divulgadores da Doutrina, caso

a impressão tenha sido boa.

Há pessoas que esperam resolver seus problemas sem sua

participação, imaginando ser possível superá-los, entregando-os aos outros (ver no

Evangelho Segundo o Espiritismo, o que é falado sobre preces pagas).

Essas pessoas ficarão desencantadas se não conseguirem seus

intentos, mas retornarão ao perceberem que nessa busca vã não obtiveram êxito, se

tiverem uma boa impressão da primeira vez.

Roque Jacinto observou, certa ocasião, que esse retorno pode ser até

em uma encarnação futura, manifestando-se como comumente observamos nas

pessoas que adentram a Casa Espírita, representando o término da busca de algo

que as mesmas não sabem exatamente o que é, e que encontram, observando a

mensagem que está sendo transmitida e permanecem no grupo, não o deixando

mais.

A referência foi feita ao trabalhador que havia enterrado o talento – MT

25:24-30 – e que, ao devolvê-lo ao Senhor, afirmou: “Senhor, sabendo que és

homem severo, que ceifas onde não semeaste, e ajuntas onde não espalhaste”..., o

que significa que devemos semear e espalhar sem a preocupação de colher, mas de

ajudar, pois colher cabe a Jesus.

Nessa observação foi chamada a atenção para importância relativa de

nossas atividades, em relação às atividades da Doutrina Espírita, uma vez que, sem

os seus ensinamentos, não teríamos condições de amparar os nossos semelhantes

com a devida presteza.

O dirigente e colaboradores devem ter em mente que o Plano Espiritual

conduziu aquele assistido à Casa Espírita, cabendo-lhes desenvolver as tarefas

assistenciais sem a preocupação de serem os principais artífices da recuperação,

mas sim, parte do conjunto que facilita o sucesso.

Caso o assistido tenha vivido situações que o levem à busca das

soluções de seus problemas com a força do filho pródigo, da parábola, ele saberá se

utilizar das oportunidades que se lhe apresentarem.

Quando o assistido supera suas dificuldades, não cabe mérito ao

trabalhador, que deve se colocar apenas como instrumento da mensagem maior

trazida pela doutrina de Jesus.

Devido à falta de maior objetividade na divulgação da Doutrina Espírita,

que pode ser utilizada apenas na busca de valores menores, como o destaque

pessoal, a aceitação de títulos e honrarias, disputas por cargos com troca de farpas,

críticas e desconfianças, bem como pela falta de entendimento da necessidade

comum de todos, não transmitindo, por isso, a mensagem que deveria ser ponto de

referência aos assistidos, participantes de reuniões de estudo, alunos de cursos e

colaboradores, gera, esse procedimento, a redução da produtividade no aprendizado

e na execução das tarefas, por isso é comum, ao término de cursos, o aluno não

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saber o que fazer, o que o leva a não se entrosar nas atividades e afasta-o do

trabalho voluntário de benefício aos seus semelhantes.

Caso sejamos convidados ou indicados para algum cargo, devemos

assumir as responsabilidades da função, mas, acima de tudo, é necessário

buscarmos sintonia com o Plano Maior, trabalhando no sentido de preparar novos

colaboradores, para que, com maior disponibilidade de elementos capacitados,

menor valor venha ser dado a posições, que são cobiçadas como status pessoal,

pela falta de quem as cumpra com melhor propriedade.

A maior objetividade nas tarefas, implica no conhecimento das

necessidades e das soluções a serem apresentadas aos que buscam a Casa

Espírita.

Há algumas situações comuns que, freqüentemente, levam as pessoas

à busca da Casa Espírita, tais como:

a) problemas nem sempre percebidos por elas:

desequilíbrios espirituais com atuação de terceiros, encarnados ou

desencarnados;

desequilíbrios oriundos de problemas de encarnações anteriores;

desequilíbrios oriundos desta encarnação, geradores de traumas, remorsos e

medos;

medos oriundos de educação deficiente, devido ao despreparo de quem as

educou.

b) problemas percebidos mais claramente pelos necessitados:

doenças;

desemprego;

dificuldades no lar.

Da mesma forma que quem procura um médico, advogado, pedreiro,

ou outro profissional qualquer, deseja aquele que melhor lhe entenda, que seja de

confiança e maior capacidade, o mesmo ocorre com o assistido de uma Casa

Espírita, esperando resolver suas dificuldades, sem, no entanto, saber como.

Essa é a razão pela qual devemos oferecer boa recepção e

encaminhamento fraternal para reuniões de esclarecimento, de forma a evitar a

busca do suposto melhor passista, melhor orientador ou de outros colaboradores

tidos como especiais, na ilusão de que dessa forma obterá melhores resultados.

Quando o assistido recebe a orientação adequada e é conscientizado,

torna-se mais fácil a assistência, uma vez que passa saber de suas perspectivas,

que está sujeito à Lei de Causa e Efeito, consolo em relação ao futuro, além de

entender sua realidade e os limites, tanto da assistência quanto dos seus próprios,

devido à sua postura em relação à vida.

O assistido, em qualquer situação, seja espiritual ou material, não deve

ser visto como um coitado, mas sim, como um colaborador em potencial, devendo

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ser gradativamente esclarecido quanto às suas responsabilidades diante si mesmo,

do próximo e da Doutrina.

É comum a perda de colaboradores em potencial, porque os dirigentes,

desatentos, não se dão conta da sua ausência. Eles vão sendo aproveitados em

Casas Espíritas que freqüentam, onde os trabalhos são dinâmicos, justamente

porque os colaboradores e dirigentes se põem mais atentos às necessidades e

perspectivas deles enquanto freqüentadores. Não que esse fato seja errado ou

inconveniente, pois, é esse mesmo o alvo deste nosso trabalho, porém, o

aproveitamento dos freqüentadores que vão se tornando aptos, deve ser feito de

forma consciente, ordenada e conseqüente, para serem direcionados para onde

realmente há falta e sua colaboração possa ser de fato produtiva.

Os dirigentes de cursos e reuniões devem estar em contato mais

íntimo com os participantes, ouvindo-os, encorajando-os, dando oportunidades de

participação, convidando aqueles que se destacam para novas atividades, sem

descuidar dos mais lentos, que pela sua própria característica, darão suporte aos

primeiros e estabilidade às tarefas existentes ou às que serão iniciadas.

Os dirigentes e colaboradores que tenham dificuldades neste sentido

devem participar das reuniões RODSE/RTC, com o objetivo de adquirir os

conhecimentos e as técnicas necessárias a fim de superá-las.

Os dirigentes e colaboradores precisam aprender a trabalhar com as

dificuldades e incertezas dos iniciantes, para que a ajuda possa ser mais objetiva e

proveitosa.

Algumas situações que levam as pessoas em busca da Casa Espírita,

relatadas mais acima, devem ser trabalhadas, observando-se que, quando a equipe

sabe lidar com as dificuldades dos assistidos os resultados são mais promissores.

Os assistidos que compreendem a função das dificuldades, a sua

origem e a necessária mudança de postura (questão de conscientização),

normalmente passam para o quadro de colaboradores, vindo a desenvolver bons

trabalhos.

Cabe à equipe abrir ou facilitar esse entrosamento para que não haja

frustrações e abandonos de tarefas.

As tarefas de grande importância e nem sempre valorizadas e

compreendidas, que normalmente são desenvolvidas pelos que estão iniciando são:

recepção (vide temário específico);

campanhas de assistência social;

colaboração em eventos;

biblioteca;

lanchonete;

assistência espiritual;

evangelização infantil;

atividades junto aos jovens.

Observação:

A ocupação com o preparo e o saber como desenvolvê-lo leva a resultado positivo.

Muitos colaboradores ficam reticentes diante do surgimento dessas oportunidades,

mas precisa ser ressaltado que todos devem estar em constante processo de

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aprendizado, porém, aos mais antigos compete a dianteira, para que possam vir a

atuar em atividades que exigem maior experiência, como a abertura de novas

frentes de trabalho.

Estas atividades devem ser criadas na medida em que a Casa Espírita

atinja equilíbrio nos trabalhos já existentes e surja necessidade de criar novas

frentes de trabalho, como:

a) entrosamento com outras Casas da região, envolvendo:

reuniões fraternas;

reuniões evangélico-doutrinárias, objetivando dinamizar a troca de

conhecimentos;

intercâmbio entre expositores, com criação e dinamização de trabalhos

existentes em outras Casas Espíritas;

Formação de Conselhos Distritais;

Desenvolvimento de reunião mensal com os expositores de uma ou mais

Casas, com o objetivo de corrigir dificuldades e abrir os horizontes

desses colaboradores, tendo como conseqüência a dinamização de suas

atividades.

Em todas essas atividades, há necessidade de constante avaliação

das propostas e resultados (ver temário específico), tanto ao nível individual, quanto

coletivo, para que os trabalhos não venham a sofrer interrupções ou desvios dos

objetivos maiores da Codificação Espírita e, em conseqüência, desistirmos por falta

de perspectivas.

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11ª REUNIÃO

COMO FALAR PARA UM PÚBLICO DE ASSISTIDOS

1. Os problemas dos assistidos

2. Como apresentar a reencarnação

3. As realidades e perspectivas dos assistidos

4. A superação das dificuldades

5. A exemplificação

6. Exemplos a evitar

7. Reações do público

8. Dos termos espíritas

9. Outros exemplos a evitar

10. Colocações impessoais

1. Os problemas dos assistidos

Os assistidos têm necessidades específicas e, portanto, a abordagem

dos seus problemas tem a finalidade de levá-los a participar das soluções, a partir de

sua compreensão.

Sem estes entendimentos o assistido pode continuar na postura que é

comum na sociedade, qual seja a de aguardar a solução das questões de cima para

baixo, eximindo-se da sua participação e comprometimento. Exemplo clássico é

visto nas épocas de eleições, quando muitos candidatos são eleitos pelo “voto da

esperança” dos que anseiam ter suas dificuldades resolvidas por eles.

Da mesma forma, grande parte dos homens imaginam que neste final

de ciclo evolutivo, todos os problemas serão resolvidos num passe de mágica,

variando segundo a concepção de cada instituição religiosa.

Todo aquele que permanece com a imagem distorcida da vida, tende a

amedrontar-se com uma realidade diferente da que deseja, que venha a se

apresentar.

Muitas pessoas rejeitam a reencarnação, por ser mais fácil aceitar a

idéia de um céu de alegrias eternas que se ganha, ao invés de se conquistar com

merecimentos.

Por não fazerem uma análise mais séria e concisa da situação de

muitos entes queridos que podem ir para o inferno (dentro do princípio exposto

acima), não imaginam que serão infelizes, mesmo estando no céu, tendo-os em

sofrimento eterno, sem apelo, sem condições de reabilitação, vivendo eternamente

no inferno.

Além dessa postura egoísta e infantilizada, tem a daqueles que,

estando em apuros, não sabem por onde começar nem para onde ir, por não

admitirem a existência do Espírito e do seu mundo de interações com os

encarnados, na terra.

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2. Como apresentar a reencarnação

Se o expositor não tiver tato e conhecimento doutrinário para

apresentar a idéia da reencarnação, criará uma barreira entre ele e quem ouve,

anulando qualquer esforço já feito até então para esclarecê-lo.

Para o assistido, ao invés de apresentá-la como uma lei, é necessário,

inicialmente, pedir que se desarme e acompanhe o raciocínio que se vai expor.

Exemplo:

“Se você admitir a possibilidade de existir a reencarnação terá respostas sensatas e

equilibradas para tais situações...”

Observações:

As situações serão apresentadas, não de forma a que seja obrigada a aceitá-las,

mas para que volte para o seu lar com uma perspectiva melhor para seu futuro,

tendo em vista que, tudo que é imposto tende a ser rejeitado.

Inicialmente, poderá ficar confuso diante do que lhe foi apresentado e

que começa a admitir como certo, podendo vir a aceitar a nova concepção, desde

que as colocações atendam as suas necessidades e lhe dê novas perspectivas.

O expositor que estiver no firme propósito de auxiliar seu semelhante será sempre

bem inspirado pelo Plano Espiritual, criando no assistido a vontade de mudar as

coisas.

3. As realidades e perspectivas dos assistidos

Todo trabalhador, tanto na recepção como na orientação,

encaminhamento e exposição deve ter sempre em mente, que a apresentação e

entendimento das realidades não devem levar o assistido à prostração, mas sim, ao

caminho do entendimento, para sua libertação pessoal.

Na recepção, palavras de boas vindas, um sorriso franco, mensagens

adequadas e de solidariedade darão a segurança necessária.

Na orientação e encaminhamento, a distribuição gratuita do Evangelho

Segundo o Espiritismo, aos que não podem adquiri-lo, no final da entrevista,

mostrando como utilizá-lo no momento de deitar ou levantar e quando se fizer

necessário durante o dia, bem como as orientações sobre o Evangelho no lar,

servem de esclarecimento, estímulo e apoio.

O expositor deve demonstrar que todo e qualquer ato que hoje possa

ser entendido pelo assistido como negativo, na ocasião em que ocorreu foi admitido

como conveniente, como o mais certo e por isso adotado.

Deve ser esclarecido que são coisas normais no nosso estágio

evolutivo e que, uma vez adotada a vontade de lutar pela superação do que for

constatado como impróprio, passa a ser menor a possibilidade de reincidência.

Observação:

O assistido deve ter em mente que, se voltar a ter dificuldades para superar suas

mazelas, a Casa Espírita estará sempre de portas abertas para ampará-lo.

Com essa postura, ao invés de criar uma situação de constrangimento,

teremos mais facilidades de obter cooperação em busca das soluções.

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Quando o assistido toma contato com sua realidade presente, existe a

tendência de se retrair em função de remorsos e questionamentos, devido às

tendências do passado, que se apresentam também sob formas compulsivas de

difícil superação.

Ao apresentar as perspectivas que a Doutrina lhe dá em relação ao

futuro, o expositor pode reforçar no assistido a disposição para superar as situações

que lhe caracterizam o presente e o passado trevoso (no passado fizemos o que

achávamos certo, dentro de nossa visão de vida).

4. A superação das dificuldades

O expositor não deve apresentar a vida como um vale de lágrimas,

mas sim, como um mundo de oportunidades novas, bastando para isso o assistido

entender e aceitar sua realidade como um fato que pode ser modificado, desde que

queira.

A superação das vibrações negativas exige esforço e tempo, devendo

o assistido ser estimulado neste sentido, esclarecendo-o de que o tempo de

permanência no estado de sofrimento depende também da sua disposição em

superá-lo.

O assistido não deve ser visto como vítima e com pena, como se fora

um coitado, devendo, ao contrário, ser estimulado a mudar seu comportamento

negativo, muitas vezes alimentado por ele próprio, e assistido por seus familiares

que se irmanam na mesma sintonia.

Quando o imaginamos como colaborador em potencial, as palavras

proferidas levam-no a aceitar as dificuldades que enfrenta atualmente, não como

sofrimento, mas sim, como oportunidade de aprendizado.

Todo aquele que vê nas dificuldades uma oportunidade de

crescimento, deixa de sofrer –como disse Jesus: “meu fardo é leve, meu jugo

suave”-, vindo a aprender, acelerando sua libertação e evolução.

5. A exemplificação

Os exemplos citados em uma palestra devem ser adequados ao

público que assiste, como resultado de uma avaliação prévia da sua qualificação.

Segundo um dos princípios da aprendizagem, citado também em uma

das Obras Básicas, “deve se partir do simples para o complexo ou composto, ou

seja, do conhecido para o desconhecido”, do mais fácil para o mais difícil, devendo

considerar:

- o que é conhecido para o assistido.

- dificuldades de relacionamento no lar, no trabalho, na sociedade.

- problemas de envolvimento espiritual: íntimo, social, em função da

formação social, de desemprego, questões salariais.

- frustrações entre outras, diversas.

- o que é desconhecido.

- a solução das situações acima.

- ação do Plano Espiritual.

- vida além da matéria.

- forma de superação geral.

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O expositor deve ter se capacitar a:

- entender as necessidades dos ouvintes.

- usar linguajar correto, porém, simples e conciso, uma vez que, todos

que estão envolvidos em problemas têm maior facilidade de se

confundir. (Jesus usou exemplos e palavras simples, que permanecem

até hoje).

- usar as Obras Básicas como referência melhor apropriada em suas

exposições.

- usar exemplos que sejam compreensíveis por todos, uma vez que, a

platéia, geralmente, é composta de pessoas com escolaridade,

profissões e hábitos de vida os mais diferentes (as Obras Básicas e

complementares, de Allan Kardec, estão repletas de exemplos de

situações e soluções, incluindo entre elas a Revista Espírita).

1º Exemplo:

Para citarmos como adquirimos novos hábitos, evoluímos e superamos nossos

limites, podemos oferecer a construção de uma parede, que é o acréscimo e

sobreposição de tijolos e argamassa, fiada por fiada, como forma ordenada,

equilibrada e continuada.

Como isso é visto:

- pela dona de casa: parte do lar em construção.

- pelo operário: as atividades de construir.

- pela arquiteta: os tipos de materiais, resistência e acabamento.

- pela médium: como parte do seu ambiente de trabalho, associando com o

espiritual.

- mostrar como a superação das situações se assemelha com o exemplo e a

necessidade.

2º Exemplo:

Citar um grupo que faz chacotas com alguém alcoolizado ou perturbado, salientando

que essas pessoas continuarão no plano espiritual com suas atividades

desequilibrantes, mostrando o exemplo de um encarnado que conversa sozinho,

esbraveja e atira coisas contra o “nada” (solicitar ao público que procure ver nesta

analogia um exemplo de como continuamos do outro lado, em função da nossa vida

atual).

Reforçar a argumentação mostrando que, da mesma forma, existem aqueles que,

após o desencarne nos ajudam, como no caso em que, bem orientamos alguém e

depois nos questionamos de onde extraímos todas as colocações e exemplos

colocados.

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6. Exemplos a evitar

Citação de trechos de livros em situações que não são assimiláveis

pelo público.

Exemplo:

Situações apenas conhecidas por uma classe espiritual, sem aclará-lo devidamente

para as demais.

- termos profissionais, desconhecidos da maioria, usados por exemplos

em eletrônica.

Se o expositor tem uma profissão onde ocorrem situações específicas,

só deve utilizá-las como exemplo, se for capaz de torná-las inteligíveis ao público

ouvinte.

Outro exemplo:

Temos visto expositores que em suas palestras são incapazes de citar exemplos do

dia a dia, citando sempre casos descritos em livros que relatam a vida no plano

espiritual, com a citação de nomes e detalhes que são desconhecidos da maioria.

7. Reações do público

1º Para os que não aceitam a existência do Espírito o expositor é visto como

alguém que está fora da realidade, sendo, por isso, mais difícil convencê-

los.

2º Para quem está em desequilíbrio e em desespero poderá ser um passo a

mais para a fuga pelo suicídio, tentando chegar logo a esses lugares onde

não passará mais fome e necessidades. Notar que o desesperado não

consegue distinguir realidade de fantasia, muito menos, ver o outro lado da

questão, ou seja, as conseqüências do seu ato.

3º Se um incrédulo pedir provas concretas da existência e não estiver disposto

a admitir a possibilidade da existência do mundo invisível, o expositor cairá

no ridículo e numa discussão estéril, não adiantando citar este ou aquele

autor e obras, pois isso será para ele obra de ficção.

Para evitar tais contratempos, esses livros devem ser estudados por

eles mais tarde, quando já estiverem na condição de alunos das escolas ou

participando de reuniões de estudos.

8. Dos termos espíritas

Da mesma forma, termos utilizados no meio espírita devem ser

explicados ao público, quando utilizados, por não serem inteligíveis para o iniciante.

De preferência, explicar as situações utilizando termos de fácil compreensão e os

mais difíceis, quando puderem ser compreendidos com mais naturalidade.

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9. Outros exemplos a evitar

- Citação de obras, conceitos e autores que divergem da Doutrina,

pertencentes a outras correntes filosóficas, pois o iniciante ficará confuso

diante de definições e concepções conflitantes.

Observação:

Este que hoje é iniciante poderá vir a ser alguém que no futuro deturpará a Doutrina

involuntariamente. Devemos ter em mente que somos co-responsáveis pelos

resultados das palavras, conceitos e ensinamentos que transmitimos aos nossos

semelhantes.

10. Colocações impessoais

- Todas as colocações devem ser impessoais devendo, o que citarmos

como exemplo acontecido conosco, ser colocado como um caso em que

fomos meros observadores, para evitar as reações do público, como:

Como ele pode estar falando de amor, se ele já praticou este ou aquele

ato (sabido) contraditório, de incorreção ou de imoralidade.

Se ele está apenas iniciando não tem bagagem que autorize nos

transmitir essa mensagem de esclarecimento e reconforto.

O expositor nunca deve se desculpar antes, no início ou após uma

palestra, pois, esse procedimento a desacreditará diante do público. O expositor

deve se colocar a serviço do Plano Espiritual, confiar nele e desenvolver a tarefa da

melhor maneira que possa e o resultado será positivo, uma vez que o público

necessita da mensagem passada.

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12ª REUNIÃO

COMO FALAR EM SALA DE AULA

Há certa diferença entre falar em uma sala de aula e falar

esporadicamente, no desenvolvimento de uma palestra para a assistência espiritual,

para um público geral, numa ocasião festiva ou em uma data comemorativa.

O comprometimento de quem fala em público é muito “maior” quando

fala com alunos, vindo a seguir a grupos de assistência espiritual e com o público

geral. Esse comprometimento ocorre em função da seqüência de assuntos, do

tempo de convívio durante o curso e, posteriormente, como colegas de atividades no

meio espírita. Em todos os casos, palestras ou aulas, o compromisso com a Doutrina

é o mesmo.

Devido à seqüência de aulas a público mais esclarecido e com

objetivos definidos a atingir, cria-se relacionamento mais íntimo entre as partes.

Quem ministra aulas no meio espírita não pode se posicionar como

quem trabalha por remuneração, considerando-se descompromissado devido à

exercer um trabalho voluntário e não o de satisfazer alguma aspiração materialista.

O expositor espírita não pode assistir passivamente ao esvaziamento

de uma sala de aula, conformando-se com desculpas, como:

- é normal devido ao despreparo dos alunos;

- há sempre a busca do maravilhoso e quando não satisfeitos, saem para

buscar em outro lugar;

- isso sempre aconteceu.

Devemos observar que quando um aluno está motivado, ele espera

ansiosamente pela próxima aula, ao contrário de quando desmotivados porque as

aulas são rotineiras e monótonas.

Da mesma forma que precisamos ter o conteúdo certo para falar aos

jovens, os alunos precisam ter conteúdo e participação nas soluções, não bastando

apenas a citação de uma passagem evangélica, como normalmente acontece em

uma palestra isolada, como a comemorativa ou para o público em geral e assistência

espiritual.

Exemplo:

A abordagem de um tema evangélico.

- Usa-se o Evangelho Segundo Espiritismo, devendo se observar que

Allan Kardec não transcreveu toda a mensagem evangélica de Jesus,

mas apenas os tópicos que mais tinham ligação com o tema em foco.

- devemos observar que, mesmo tirando alguns versículos, na transcrição

há perfeita interligação de assuntos, dando a impressão que é o texto

completo de cada passagem.

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Exemplo:

Procedimento

1. Pede-se a um aluno que leia a passagem evangélica no O Evangelho

Segundo o Espiritismo.

2. Pede-se para fazer pequena observação sobre o que foi lido.

3. Pede-se para observarem que não são versículos seguidos (escolher um

que tenha essa condição)

4. Pede-se que um aluno leia no Novo Testamento, o que consta no E.S.E. e

o que não foi citado.

5. Observa-se quanta coisa mais existe, pedindo aos alunos que falem sobre

os versículos lidos (suas interpretações).

6. Os alunos devem observar se no texto citado existe referencia a outro

evangelista, podendo ser feita a análise comparando a profundidade e

abrangência com os demais textos.

7. Pede-se a um aluno que busque no índice do livro Fonte Viva, alguma

referência ao texto lido -orientar como usar os quatro livros de Emmanuel:

Fonte Viva, Pão Nosso, Vinha de Luz e, Caminho, Verdade e Vida.

8. Pedir a um aluno que leia a citação evangélica encontrada -observar que

nem sempre é o versículo todo, e as explicações de Emmanuel.

9. Ressaltar a importância dos comentários desse autor e de como isso

enriquece o nosso entendimento.

Objetivos deste procedimento:

- Situar o aluno, tanto nos ensinamentos de Allan Kardec, como nos de

Jesus, mostrando sua perfeita sintonia;

- Dinamizar a aula de forma visível e fácil;

- Mostrar uma visão mais consistente dos ensinamentos;

- Levar o aluno a se motivar pelo estudo;

- Tornar a aula mais atraente.

Observações:

Podem ser utilizados outros livros para executar a atividade dessa forma, como:

- O Céu e o Inferno: proibição de Moisés quanto à invocação dos Espíritos

(interligação com o Velho Testamento)

- Obras Póstumas: análise da condição natural do corpo de Jesus

(interligação com o Novo Testamento)

- Gênese: os milagres (interligação com o Velho e o Novo Testamento)

- Cabe ao expositor detectar o que pode vir a ser utilizado, catalogando as

situações e passando-as a outros colaboradores, em reuniões de

estudos. Essas reuniões passam assim a ter maior dinamismo.

- Exemplo de reuniões são o 3º Módulo das RTCs.

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Observação:

O expositor deve estar atento para a forma simples como Jesus, Allan Kardec e

Emmanuel expuseram seus pensamentos, buscando seguir-lhe os passos. Razões

para isso:

- Quanto mais próximo estivermos do linguajar, dos hábitos, das condições

de vida e cultura do aluno ao transmitirmos os ensinamentos, maior será

o interesse deste e conseqüentemente mais fácil será a absorção.

- Observar que não se transmite conhecimentos por muito falar, mas, por

associá-los com os interesses e necessidades de quem participa. A

citação de exemplos simples abrange com mais facilidade a todas as

classes, como:

- É tão claro e transparente com a água limpa

- A aquisição de novas informações é como o subir de uma escada

com degraus que não dificultem ao usuário.

- As experiências somam-se como assentamento de tijolos em uma

parede.

O tema “Como se Aprende”, constante do primeiro módulo,

complementa esta colocação.

Cada atividade tem objetivo próprio a atingir, o mesmo acontecendo

com o ensino porque, cada curso tem o seu programa, por isso, seno dirigido a um

grupo determinado, com características específicas e que espera determinado

resultado.

É importante não frustrar o aluno, porque esse é um dos fatores de

esvaziamento das salas de aula. Neste curso existe tema específico abordando essa

questão.

O expositor deve se inteirar dos objetivos de cada curso, o que ele

deve acrescentar à vida do aluno e sua aplicabilidade, utilizando dessas informações

como meio de se motivar e despertar o interesse do aluno, para que este, por sua

vez, também se sinta motivado a participar.

Quem dirige um curso deve se ocupar com o encaminhamento dos

alunos e criar oportunidades para que executem a atividade a que o curso se

destina, o que está bem claro no tema “Planejamento das Atividades de uma Casa

Espírita”, constante do primeiro módulo da primeira fase das RODSEs – Reuniões

de Orientações a Dirigentes de Sociedade Espírita. Conclui-se que um curso só

deve ser criado em função das necessidades, tanto dos alunos da entidade que o

promove, quanto da sociedade local. É preciso detectar esta necessidade nas

reclamações, nas entrevistas de orientação e encaminhamento, nas perguntas em

cursos e palestras e nas conversas informais com eles.

Para que o expositor atinja com mais facilidade os objetivos a que se

propõe no desenvolvimento de um curso, ele deve estar em constante

aprimoramento, buscando se atualizar em todos os conhecimentos da vida,

procurando conhecer sempre com mais profundidade o que vai ensinar, não

perdendo a simplicidade no momento de transmitir os ensinamentos.

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Exemplos:

- não perder contato com as modificações que estão ocorrendo na

sociedade (desemprego, novas atividades profissionais, expectativas e

perspectivas de vida, entre outras);

- manter-se em contato com outras atividades no Movimento Espírita;

- participar de palestras, seminários e cursos de atualização;

- assistir a programas que abordam as experiências e novidades que

surgem.

A objetividade também deve estar presente durante as aulas, devendo

ser utilizados os recursos áudio visuais disponíveis e outros, como dinâmica de

grupo, sempre que esta se prestar para facilitar o entendimento. A teatralização e

demonstrações práticas também devem ser utilizadas, lembrando sempre que

apenas falar não é suficiente para ensinar.

Estes recursos não serão detalhados no presente tema, uma vez que

existem livros específicos para cada um deles, devendo o expositor adaptá-los às

situações e condições do grupo e do curso.

Exemplo:

- curso de passes não pode deixar de ter aulas práticas.

- curso de recepção precisa ter exercícios que envolvam a execução

prática (como agir na recepção).

A exemplificação também deve ser objetiva, não sendo válido fazer

apenas citações e exemplos genéricos, muitas vezes usados em palestras, como:

- é preciso dar a vara e ensinar a pescar, e não apenas dar o peixe.

Observação:

O que é dar a vara?

- mostrar o caminho a percorrer para atingir o objetivo.

- mostrar quais os meios para atingi-lo.

- o que pode significar o “dar a vara”, exemplificando: o que é pescar

(ensinar).

- chamar a atenção para o fato de que existem formas de encontrar

soluções para os problemas, olhando por ótica diferente da que

usualmente olhamos.

- mostrar que é importante o aluno olhar a situação, colocando-se no lugar

de quem está vindo em busca de auxilio, pois isto facilita o entendimento

da questão e sua conseqüente solução.

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O que é apenas “dar o peixe?”

- quantas vezes são feitos os trabalhos de assistência social, sem o

cuidado de auxiliar os necessitados a encontrar meios próprios de se

sustentarem sem as doações?

- salientar que é necessário estimular o assistido a encontrar a solução de

seus problemas por meios próprios.

- a importância da orientação evangélica como fator de libertação e

esclarecimento.

Há outras citações muito comuns, como:

- “fomos criados simples e ignorantes”.

- “a Doutrina tem três aspectos”.

- “é preciso fazer a Reforma Íntima”, sem, contudo, explicar o que é

Reforma Íntima, que é o mesmo que “substituir hábitos velhos por

hábitos novos”, ou “abandonar posições arraigadas por outras mais

atualizadas” ou ainda “substituir um hábito negativo por um positivo”.

O expositor precisa inteirar-se também dos hábitos e da forma de vida

dos alunos, caso venha a lecionar em um ambiente que lhe seja estranho, para que

a exemplificação fique mais adequada, o linguajar se adapte melhor ao dos alunos

e, o nível e o conteúdo da mensagem estejam ao alcance deles.

Observação:

Não são os alunos que têm que se adaptar ao expositor, mas sim este

aos alunos, trazendo-os a partir daí, para uma nova realidade, chegando dessa

forma atingir os objetivos propostos.

Ao expositor não basta conhecer o assunto e passá-lo aos alunos; é

necessário que transmita o conteúdo associando as informações com sua aplicação,

formando e não apenas informando. O conteúdo a transmitir é adquirido com a

vivência de situações que, quando passadas para os alunos vão carregadas de

vibração o que não se observa naqueles que apenas relatam um fato sem emoção,

sem vibrar com ele.

Observação:

Não devemos nos colocar como personagem da história.

A alegria e vibração com o que se faz contagia o aluno, ao contrário

daquele que apenas cumpre com sua obrigação.

O conhecimento dos métodos de ensino e de como contar história

(temas constantes deste curso), também são fatores de peso para que se dê uma

boa aula.

Postura em sala de aula:

1º No início de um ano letivo

- saudar os alunos com boas vindas;

- apresentar-se e pedir que cada um se apresente;

- apresentar o programa;

- levantar quais os interesses, objetivos e experiências que cada um tem,

a fim de situar-se.

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2º No decorrer do curso:

Quando vai dar uma aula ou uma série de aulas:

- inteirar-se do andamento e do nível do curso, assistindo a uma aula que

antecede a sua;

- perceber as características dos alunos;

- preparar-se para o trabalho apoiado nas observações feitas;

- adaptar as aulas em função das necessidades dos alunos, com a

preparação dos planos e dinâmica necessária para estimulá-los.

De acordo com o grupo, suas necessidades e características, ter em mente:

- a didática para a criança é montada em situações sensoriais perceptíveis

(pedagogia);

- a didática para o adulto tem carga simbólica baseada em suas

experiências.

A didática para o adulto deve partir de uma situação existente, devendo ser

observado:

- que há maior motivação quando o que está sendo apresentado tem

utilidade clara e desejada por todos;

- que deve haver clareza quanto à finalidade e ao conteúdo que está

sendo transmitido

- que é de fundamental importância a seqüência de temas ou assuntos

bem como a graduação de desafios.

Na condução da aula:

O expositor deve observar a seqüência dada no temas “Fases de uma

aula”, tema de exposição.

Ao término deve fazer uma auto-avaliação ou pedir a alguém de sua

confiança para fazê-lo, analisando as observações que forem feitas, sem

comportamento de autodefesa, mas, com humildade e pré-disposição para

permanecer em contínuo aperfeiçoamento.

O expositor deve ainda estudar, analisar e buscar a aplicação das

orientações dadas por Paulo Freire que é uma referência no ensino.

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13ª REUNIÃO

COMO FALAR PARA/COM COLABORADORES

Todo freqüentador deve ser visto como um colaborador em potencial,

capaz de superar seus limites ao se conscientizar da necessidade de sair dessa

condição para a de liberto, motivado por objetivos maiores. Esse freqüentador, ao

passar pela assistência espiritual e pelas escolas ou reuniões de estudo, deve

receber uma mensagem que o motive de forma a se sentir comprometido com o

trabalho em prol do próximo e de si mesmo (vide como falar para assistido).

Em algumas Casas Espíritas, ao se decidir pelo trabalho, o

frequentador se assemelha ao Filho Pródigo da parábola, que resolve abandonar a

forma de vida que tinha e ir à busca de outra que lhe atenda a novos anseios. Nesse

exemplo, existe uma motivação interior capaz de romper todos os limites e barreiras

que venham se apresentar, porque houve esgotamento do modelo de vida adotado

anteriormente. Essa pessoa alimentava o desejo de se libertar, causado pela forma

de vida que adotou, bastando para isso, surgir a oportunidade e a palavra certa a fim

de que ele se decida.

Dotados, os filhos pródigos, de coragem, mas sem o devido

conhecimento de causa para torná-los capazes de compreender e observar os

limites existentes na sociedade que os cercam, criam situações delicadas se não

houver alguém capaz de entendê-los e auxiliá-los na sua caminhada.

Nesses casos se enquadram aqueles que se propõe fazer as coisas e

criam mais problemas do que benefícios (existe uma vontade interior muito grande).

A falta de preparo para lidar com eles nos leva a rejeitá-los e, por vezes, a eliminá-

los do grupo. Devemos observar, no entanto, que todos nós já passamos por isso e

que, no momento atual, mantemos um equilíbrio relativo, quebrado nas ocasiões de

crise, por não sabermos como superar determinadas dificuldades. Essas quedas e

falta de horizonte devem servir de motivação para buscarmos soluções próprias, de

referência, de como agir e falar aos outros.

A Doutrina Espírita nos serve de apoio nesta afirmativa, pelo fato de

ser uma Doutrina evolucionista. Todos os freqüentadores e assistidos de uma Casa

Espírita devem ser estimulados e não, segregados e contidos, ora na condição de

assistidos, ora na condição de freqüentadores, com o conceito de que são

incapazes, de que não há tarefas para eles, de que não é chegada a sua hora ou

porque precisam de mais isto ou mais aquilo para iniciar.

Observemos como Jesus nos falou em várias situações:

- Ao que foi curado pede que se apresente ao sacerdote, pois, era um

colaborador em potencial e deveria se integrar à sociedade;

- Aos primeiros discípulos pediu que abandonassem as atividades

puramente materiais e o seguissem, o que foi aceito pois, estavam

prontos para o trabalho.

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- Quando o povo estava faminto, perguntou aos discípulos o que eles

tinham para saciar-lhes a fome, pedindo assim, a participação deles

próprios, antes da multiplicação dos pães e dos peixes.

- Aceitou a presença de Maria Madalena sem discriminá-la pelo seu

passado, ajudando-a em sua libertação.

- Quando houve questionamento sobre quem seria o maior, informou-nos

que quem quisesse ser o maior, deveria ser o menor entre os seus,

indicando-nos o comportamento da humildade e da renúncia como

caminho certo.

- Na parábola do Semeador mostrou-nos que também devemos semear,

independentes de qualquer coisa ou impedimentos e que, não devemos

esperar que outros façam, mas que devemos dar o exemplo.

- Quando os discípulos queriam impedir que os outros trabalhassem em

seu nome, recriminou-os mostrando que devemos unir forças em torno

do ideal comum da sua doutrina libertadora.

- Pela expulsão dos vendilhões mostra sua autoridade moral.

- Diante da imponência do templo informou-nos do pequeno valor dos

bens materiais e da inutilidade das vaidades humanas.

- Diante das dez virgens, conclamou-nos a vigilância.

- Na última ceia conforta os discípulos encorajando-os, preparando-os

para enfrentarem sem Ele as dificuldades futuras.

- Como mensagem maior pediu que os discípulos se amassem, pois, “por

muito se amarem” seriam conhecidos como discípulos do Mestre.

- Que como no exemplo da lamparina que deve iluminar a todos os que

estão no ambiente, devemos espargir, ainda que bruxuleante, a luz que

já obtivemos.

Por essas palavras de Jesus podemos observar que na condução de

qualquer atividade, devemos buscar sua sabedoria e inspiração, que manteve os

colaboradores sempre alertas, dispostos a apreender e amparar seus semelhantes,

e ocupados em seu aprimoramento.

Quem conduz uma atividade não deve se inibir diante da

responsabilidade que se lhe apresenta, mas sim, deve pedir o amparo ao Plano

Espiritual e caminhar confiantemente amparando aos que o seguem, transmitindo-

lhe essa confiança.

De nada adianta ao dirigente conduzir o seu grupo pelo temor ou

incentivando a disputa entre seus membros, porque pode conseguir um resultado

maior temporariamente, porém, em longo prazo, terá que resolver problemas sérios

como:

Falta de liderança, (quando o dirigente centraliza tudo), afasta as

pessoas que não aceitam a submissão e vão buscar outros grupos onde possam se

integrar melhor, resultando, normalmente, na permanência daqueles que preferem

serem conduzidos.

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Relacionamento humano deficiente, com a presença de atritos

constantes, rivalidade entre seus membros e acomodação de tdos, esperando

sempre que outro determine o que fazer ou o faça por sua vez.

Dificuldades para se relacionarem amistosamente com os outros

grupos e outras situações próprias do relacionamento humano, que afirmamos ser o

mais difícil de resolver porque depende da transformação interior de cada um. Isso

se torna mais fácil de resolver diante de um relacionamento aberto e transparente,

tendo a mensagem de Jesus e Kardec como referência: Viver esta segunda

realidade exige de nossa parte um esforço constante e permanente avaliação dos

nossos atos e suas conseqüências junto aos que nos rodeiam, porque, para eles,

somos um ponto de referencia.

Como classificar os colaboradores:

1- Internos, que são os mais atuantes porque, pelas suas atividades a

Casa Espírita cumpre sua missão, qual seja:

Principais:

- esclarecimento evangélico-doutrinário -são os principais, porque, pelo

esclarecimento advém:

a libertação.

Secundários:

- Assistência social, espiritual, educação mediúnica -são secundárias,

porque, passada a fase de superação tendem a depender menos dessas

atividades para se manterem em equilíbrio.

Observação:

Esta divisão é de Edgard Armond. Emilia M. Vieira também faz uma divisão

semelhante.

2- Externos, são aqueles que prestam serviços esporádicos, como:

- pedreiros e outros profissionais que são contratados ou que prestam

serviços que são permanentes.

- doares e que colaboram em campanhas.

Observação:

São necessários para a Casa, mas não são necessariamente úteis para a Doutrina.

Os que colaboram em campanhas muitas vezes são alunos das escolas ou da

mocidade.

Dos resultados nas tarefas:

O bom resultado no desenvolvimento de uma tarefa ou do conjunto de

tarefas em uma Casa Espírita, depende em grande parte da percepção e da forma

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como os dirigentes se relacionam entre si e com os colaboradores, tanto internos

como externos.

Havendo clareza nas propostas e na forma de agir é mais fácil

conquistar os colaboradores e induzi-los a participar do progresso.

O que gera bom relacionamento, equilíbrio e progresso no trabalho de

uma equipe:

Na fala:

- saber entender os outros e se fazer entender;

- ser agradável e saber se posicionar no grupo;

- ter personalidade e estimular seus semelhantes;

- buscar sempre trabalhar pelo progresso da equipe, apresentando-lhe

novos horizontes;

- saber repreender sem humilhar;

- saber diferenciar incentivo de ser alegre (usar mais o primeiro);

- saber motivar durante as fases de um discurso, de uma reunião ou no

dia-a-dia.

Nos atos:

- exemplificar com atos, a que falam, trabalhando pela união do grupo;

- respeitar o semelhante, não discriminando, mas, valorizando o seu

trabalho

(espírito de equipe);

- Perceber as necessidades do grupo auxiliando-o na superação delas;

- Aceitar as avaliações e agir para superar os defeitos apontados -ter

noção de seus limites, não se envaidecendo diante de elogios;

- Buscar constantemente auto-aprimoramento;

- Respeitar as decisões dos superiores, não relatando suas

inconformações aos subordinados.

O que evitar:

- Habituar-se ao mando -o ser humano acaba imaginando que sempre

deve ter a palavra final e decisiva;

- Absorção ou geração de melindres, em si ou nos outros, que podem

afastar colaboradores ou criar situações incomodas, além de

comprometer as tarefas;

- Inibição diante de expositores de fora ou com a presença de uma

autoridade, porque gera insegurança no restante do grupo;

- Aborrecer-se diante do afastamento de um dos membros da equipe -nem

todos querem viver a mesma experiência da mesma forma. Cada um

precisa ter suas próprias experiências e aprendizados.

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O que conquistar:

- Capacidade de enfrentar situações difíceis pela aceitação de desafios,

usando o processo de conquista para incentivar o semelhante;

- Capacidade de equilibrar o grupo e obter a participação de todos,

respeitando seus limites -palavras certas, nas horas certas, para a

pessoa certa;

- Liberdade para os componentes do grupo dialogarem sem reservas, sem

medo de melindres, aceitando-se mutuamente;

- A valorização do grupo como um todo, respeitando as individualidades

com seus erros, acertos e limitações;

- Perceber, aceitar e trabalhar na superação das limitações próprias e

alheias;

- Levar o grupo a se interessar pelo trabalho, pela Casa Espírita e pela

Doutrina.

Como atingir o objetivo:

Os objetivos apresentados neste tema serão atingidos gradativamente,

na medida em que formos vivendo os três princípios da aprendizagem:

- sentir necessidade de aprender;

- aprender fazendo;

- partir do simples para o complexo.

Para que isso esteja sempre presente em nossas vidas, devemos nos

colocar como eternos aprendizes e colaboradores, para podermos entender e nos

adaptar às mudanças e necessidades daqueles que conosco trabalham. Esta

postura é a busca constante das soluções, facilitando o nosso progresso, evitando a

rotina que é o princípio da queda de qualquer atividade e de qualquer

relacionamento. A leitura de obras e sua comparação facilitam o entendimento e

evita a radicalização em torno de uma só idéia e uma só postura.

O dirigente deve aprender a transmitir as mensagens e ensinamentos

de forma dinâmica, pela participação do grupo como nas Reuniões de Técnicas de

Comunicação, procurando estar sempre a par de evoluções da metodologia do

ensino.

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14ª REUNIÃO - (primeiro enfoque)

COMO FALAR PARA JOVENS

Sempre que falamos para um ou mais jovens temos que levar em

conta e entender seus horizontes, envolvendo:

Suas aspirações.

Educação recebida e possíveis conflitos oriundos de confronto com a

sociedade.

Incertezas.

Limitações espirituais oriundas do processo evolutivo atual e do passado.

Limitações culturais e do meio em que vivem.

Conflitos devido a preconceitos e opressão sofridos na infância.

Revoltas diante da vida (choque com seus semelhantes e a sociedade).

Idealismo próprio dessa fase.

Linguajar.

Hábitos adquiridos e forma de viver.

Como o jovem aprende, como participar do aprendizado, como melhorar

cativá-los.

Como participar de suas atividades, de modo a obter os melhores resultados.

Como auxiliá-los na superação de suas dificuldades íntimas de ordem

familiar, sexual, religiosa, cultural, profissional e de relacionamentos em geral.

Normalmente o adulto tem dificuldade para falar e se relacionar com

jovens devido:

A maneira de como cada qual vê a vida.

Dificuldade em resolver seus próprios conflitos por vezes abafados,

camuflados e não solucionados, sendo necessário superar essa situação para

conseguir falar e analisar com a tranqüilidade necessária, a fim de

implementar uma diretriz de solução para esses problemas.

Os próprios horizontes e capacidade de entender seus semelhantes.

A como se relacionam com os seus semelhantes.

Não darem importância ao seu modo de relacionamento alegre e

descontraído; não aceitarem suas músicas e seus hábitos como próprios do

jeito de ser do seu tempo.

Na Casa Espírita e em alguns outros ambientes existe separação

entre jovens e adultos, porque os adultos raciocinam de forma mais lógica ou mais

acomodada (muitos não sonham mais, por acomodação, por desilusão ou pelas

lutas que enfrentaram) não se interessando por entender os sonhos e aspirações

dos jovens, isolando-os, assim gerando conflito entre partes.

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Observação:

O adulto precisa sonhar sempre para criar horizontes novos para si, tendo por vezes

que reaprender a sonhar, para não envelhecer antes da hora.

Para que haja uma melhoria neste relacionamento é necessário que se

tenha em mente:

Que para sermos entendidos por qualquer pessoa é necessário que

tenhamos o que falar, pois, em caso contrário, não existe diálogo.

É preciso termos humildade, para ouvirmos o que os outros têm a dizer, em

particular o jovem, que anseia viver e se situar.

Que é necessário buscar saber quais as perspectivas de vida daqueles a

quem vamos nos dirigir, daí a importância de ouvir primeiro e ouvir mais do

que falar, aprendendo a conduzir o diálogo e não a centralizar a palavra em

si.

Que quem se enclausura na sua forma de pensar, de agir e de se relacionar,

não levando em conta o descortino do jovem, está fadado ao fracasso ou a

atingir apenas o grupo que pensa da mesma forma ou aqueles que se

subordinam passivamente.

Observação:

Esse grupo é incapaz de participar de uma decisão por covardia ou por não ter

aprendido a participar de decisões, deixando sempre que alguém decida por ele.

Isso ocorre em qualquer faixa etária.

Que falar para adulto é muito mais fácil porque existem semelhanças na

forma de interpretar a vida (os exemplos e situações estão muito mais

presentes do que os da infância e da juventude)

Não é suficiente falar com fluência e com linguagem correta, desconhecendo

trejeitos e particularidades da vida dos ouvintes e a forma como eles se

relacionam.

É necessário saber como os jovens assimilam conhecimentos novos (existem

formas diferentes e mais adequadas de ensinar cada faixa etária).

O adulto precisa aprender e exercitar a paciência, buscando

entrosamento com os jovens, observando como eles se relacionam, sem ter uma

atitude de recriminação, mas, participando de suas atividades, aprendendo:

A participar mais da vida de seus filhos, sobrinhos, netos e filhos de vizinhos

ou outros que estejam próximos.

Assistir ao trabalho feito com os jovens em qualquer situação como nos

esportes, no trabalho profissional ou escolar, nos grupos de jovens das Casas

Espíritas ou em qualquer outro grupo religioso, para entendê-los melhor.

Participar de atividades de orientação a jovens em situação de carência.

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Observações:

É melhor prevenir na infância e juventude do que combater a criminalidade na

fase adulta do ser humano, sendo de vital importância colaborar com grupos

que assistam aos orfanatos, que promovam a alfabetização de jovens e

adultos, como forma de aprender a lidar com essas situações.

Devemos entender que nem todos os que exercem uma atividade

remunerada ou não, nesses ambientes, estão espiritualmente preparados

para lidar com o desequilíbrio dos que vivenciam essas situações.

É importante que se busque entender e aprender a conviver, ao invés de

alimentar o medo, como vemos em grande parte da sociedade, que se

enclausura por trás de grades e de outras formas de defesa, na ilusão de que

assim estão protegidos daqueles a quem segregam.

Essa atitude é reforçada por políticos que exploram tal situação ao invés de

proporem um movimento social voltado para a fraternidade e amparo dos que

podem incorrer em erros.

Outros, simplesmente condenam situações como a Fundação Casa, sem

nada fazerem para reverter a situação, ignorando quão difícil é reeducar

alguém que age como um delinqüente.

Reavaliando a forma como convivemos nas situações já compartidas com os

jovens nos seus erros e acertos, o que aprendemos com a sua reação, com o

seu comportamento e que proposta podemos oferecer daqui para frente.

É importante essa reflexão, não sendo suficiente apenas, concluir e se

acomodar nas conclusões, mas sim, mudar de atitude realmente, agindo em

busca de melhores resultados.

Aquele que consegue perceber que errou, admite o erro e se propõe a

superá-lo; adianta-se no processo evolutivo, tendo, inclusive, mais autoridade

para trabalhar na orientação de seus semelhantes.

Perceber suas limitações, pois a maioria dos adultos pensa saber se

relacionar com os jovens por já ter convivido com eles, porém, raras vezes

analisam os resultados desse relacionamento, o que aprenderam e se coloca

em prática o que aprenderam.

O adulto e o idoso que sabem se relacionar com jovens e crianças, não é

rejeitado por eles.

Outro exemplo comparativo é o de se imaginar sabendo planejar, projetar e

construir uma casa, simplesmente porque moramos numa. Se buscarmos a

opinião de um técnico da área e compararmos nossos conceitos com os dele

veremos que temos muito a aprender, para sermos capazes de executar.

Um dos erros mais comuns do adulto é não aceitar a sua incapacidade

de competir com os jovens fisicamente, além de tentar desvalorizá-lo naquilo em que

eles se destacam, ao invés de se associarem com eles na busca de melhores

resultados nas atividades específicas e no relacionamento humano.

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Exemplo de atitude negativa:

“Você foi ótimo, mas quando eu praticava esse esporte era mais difícil e nós

conseguimos “este ou aquele resultado”, tentando mostrar que éramos melhores”.

Questão:

“Qual a importância e necessidade de afirmar que o que fazia era melhor, se não

pode repetir o resultado?”.

O que isso ajuda ao jovem que está buscado superar-se?

O que isso acrescenta no relacionamento além de aumentar a distância entre as

partes, o conflito de pontos de vista e a concorrência desnecessária?

Alternativa:

- Por que não utilizar a experiência adquirida para entender as aspirações,

horizontes e possibilidades do jovem e incentivá-lo?

- Por que não buscar entender o que vai no seu íntimo e trabalhar para se

construir uma amizade e não uma aversão?

Partindo desse raciocínio, o adulto e o idoso precisam estar

conscientes que não são capazes de competir com o jovem numa atividade que

exija vigor físico, conhecimento de esportes que não existiam em outras épocas, o

mesmo acontecendo com atividades como a informática.

Se o adulto souber se situar, ele será capaz de organizar torneios,

atuar como juiz em uma competição, ponderar quando necessário se conhecer as

regras da atividade em questão.

Isso também se aplica para outras áreas, como o apoio no

desenvolvimento profissional, na busca de um emprego, na escolha de uma

profissão ou de uma atividade autônoma.

Exemplos:

Quantos atletas quando mais maduros passam a atuar como técnicos, preparadores

físicos de equipes ou como treinadores individuais, utilizando a mão de obra mais

jovem para o desenvolvimento de outras atividades?

Certa ocasião observamos a postura de um mecânico de automóveis,

que buscou nos filhos a sua complementação uma vez que ele não tinha

conhecimento de como fazer a regulagem eletrônica dos carros atuais e a mesma

ocorrência com um idoso motorista de táxi, que aconselhou um passageiro a

procurar um jovem para reparar seu veículo, por ter mais facilidade de lidar com a

tecnologia moderna.

Vimos por esses exemplos que o adulto e o idoso, por não conhecerem

uma certa atividade desenvolvida por jovens, não devem ficar isolados, mas se

inteirar dela.

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Predispondo-se a se inteirar, valorizando a atividade do jovem, surge

melhoria no diálogo e a conseqüente diminuição de atritos.

Profissionalmente também é possível estabelecer melhoria no diálogo

com o jovem que está em busca de um lugar ao sol. O adulto que estiver

acomodado e que não procura se aprimorar na sua atividade, também terá

dificuldades para dialogar, porque estará vivendo num passado desvinculado da

realidade presente e não tem nada para acrescentar às expectativas desses jovens.

O que fazer?

- Atualizar-se, entender as necessidades modernas, buscar respostas para

as dúvidas e situações que forem surgindo.

- Não apresentar uma imagem pessimista ao jovem e à sociedade, mesmo

que esteja passando por uma fase difícil.

Devemos atuar dentro da mensagem da Doutrina Espírita que nos

orienta a aprender a cada dia e que toda dificuldade superada serve de apoio para

um novo aprendizado, um novo desafio, exigindo de cada um de nós uma mudança

de postura, o que se resume na tão falada “reforma intíma”.

Se apresentarmos na nossa conduta, uma imagem derrotista ao jovem,

como ele reagirá diante das incertezas da vida e em particular do futuro? pois ele

poderá raciocinar: “se ele (o adulto) com a experiência que tem não sabe como se

conduzir diante da vida, como é que eu que não conheço tanto quanto ele, devo

fazer para me afirmar?”.

Não se deve iludir o jovem, mas sim, buscar entender as suas dúvidas

e anseios e colaborar para que possa obter o resultado desejado.

Outro fator que pesa negativamente sobre as pessoas é a

apresentação de idéia ou ponderação calcada no medo ou em frustrações, porque

em nada ajuda ao aconselhado que ouve, não importando se é idoso, adulto ou

jovem, pois, qualquer ser humano que esteja numa situação de dúvida, dessa

maneira ficará mais inseguro ainda diante de suas lutas.

Um exemplo dessa postura improdutiva é a de que ninguém procura

um derrotado como ponto de referência, mas sim os que são vitoriosos, como Jesus,

Kardec e outros Espíritos que nos trouxeram orientações e progresso. Sejamos, pois

um exemplo positivo, mesmo que pequeno, para os que estão em busca de

crescimento, libertação e afirmação diante da vida.

Diante de revoltas e frustrações dos jovens, o adulto precisa ter o bom

senso de usar de amor, percepção e coragem para, com poucas palavras, tocá-lo e

induzi-lo ao acerto, como podemos ver nos exemplos a seguir:

“Diante da possibilidade de uma pessoa alimentar idéias de revide ou

de desistência, devido a uma avaliação feita por alguém que não mediu suas

palavras, podemos argumentar se vale a pena ela desistir e se prejudicar devido ao

desequilíbrio de quem o avaliou? Se não é mais construtivo ele se esforçar e

aprender a isolar-se de opiniões que o prejudicam e não lhe acrescentam nada?”

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“Diante de uma pessoa que está desorientada devido à perda de um

familiar, por desencarne ou por afastamento, desequilíbrio no lar, é preciso ter

serenidade para entender sua dor e orientá-la no sentido de se manter calma, para

poder perceber e receber o auxílio do Plano Espiritual e o rumo a seguir, buscando

em primeira instância na oração, um ponto de apoio e de equilíbrio. Não se deve

reforçar sua dor, alimentando a revolta ou endossando as acusações, que de nada

valem na busca de soluções. Não se deve bisbilhotar e querer saber detalhes, que

apenas aumentam sua dor, permitindo que ela desabafe, prestando atenção e

pedindo inspiração ao Plano Espiritual para que possa ser um instrumento que a

leve ao reequilíbrio”.

Mesmo palavras simples, mas se proferidas com amor, na hora certa,

com a autoridade de quem luta para se manter em equilíbrio, ou que já superou

situações semelhantes, têm valor incalculável e soam como milagrosas. Não existe

uma fórmula mágica, porque são de inspiração do plano espiritual e por vezes nós

mesmos não nos lembramos de tê-las dito. Jesus disse que seremos bem

aventurados se orarmos pelos que nos perseguem, entre outras coisas pediu para

aquele que estiver se sentido abandonado, que ore pelo que o abandonou, por ser

ele mais infeliz do que possa parecer.

Em muitas situações como esta, a pessoa absorve a mensagem e a

usa para servir de apoio aos seus familiares, evitando acusações e revoltas,

alegando que não devemos acusar, pois nunca alguém erra sozinho.

Diante de um jovem que se sente injustiçado e revoltado, que tende a

desistir dos estudos, devemos exortá-lo a pelo menos terminar o curso que já iniciou,

pois de nada vale abandoná-lo porque continuará na condição de inferiorizado. O

jovem deve ser estimulado para que se alguém o estiver diminuindo, não consiga

atingir seu intento, pois com o saber poderá superar muitas situações, que hoje

parecem insuperáveis. É importante que estas colocações sejam baseadas em

realidades e que o jovem possa acreditar nos argumentos e em quem argumenta.

Uma atitude ou um gesto vale mais que muitas palavras.

Por outro lado existem jovens que encarnam nos ambientes mais

difíceis e que alimentam o propósito de se formarem em uma determinada profissão

que parece impossível. Não devemos desestimulá-los, pois não sabemos a força e

determinação desse espírito, uma vez que na história vemos vários exemplos

vitoriosos.

Há também os que sonham, mas não conseguem atingir seus

objetivos, cabendo a nós, muitas vezes, orientá-los a aceitarem e enfrentarem os

desafios atuais e utilizá-los como aprendizado no seu caminho futuro.

As reuniões de estudo com jovens devem ser dinâmicas, com

participação ativa deles, para que não aconteça como em muitas palestras em que

temos apenas ouvintes. Os temas evangélico-doutrinários devem ser discutidos e

analisados, levando-se em conta as condições da sociedade, suas características,

seus dramas. Essas análises devem despertar o interesse dos jovens.

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Exemplos:

O tema “Fora da caridade não há salvação” deve estar intimamente ligado ao

trabalho de assistência social, assim dividido:

- campanhas de arrecadação de alimentos.

- preparação de cestas básicas.

- participação em visitas a asilos e orfanatos.

- participação em campanhas de doação de órgãos e outras que

sensibilizem a sociedade.

- participação na preparação e condução de reuniões fraternas e bazares.

- reuniões de estudos que sensibilizem os jovens com relação a problemas

de

relacionamento entre as pessoas.

Quando se fala das Leis Naturais, podemos associar com:

- a importância do trabalho conjunto e fraterno.

- como se processa a evolução da humanidade.

Existe no meio espírita, programas que facilitam a tarefa de quem se

pré-disponha a trabalhar com jovens. Outros programas também devem ser

aproveitados naquilo que têm de útil, tomando-se o cuidado para não deturpar a

pureza da Doutrina.

Há trabalhos voltados para a educação de jovens com várias

dinâmicas que podem enriquecer e dinamizar as reuniões, devendo ser consultadas

livrarias ou se fazer intercambio com quem desenvolve atividades semelhantes.

A programação de estudos deve incluir idas a bibliotecas, a escolas de

formação profissional, hospitais, indústrias, feiras (industriais, comerciais, científicas,

de artesanato, etc), além do Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária, Guarda

Municipal e outras instituições e eventos que possam expandir seus horizontes.

O contato com profissionais das mais diversas áreas e visitas a seus

ambientes de trabalho, também é de fundamental importância para que se situem

diante do seu futuro profissional.

O contato com situações diferentes da sua realidade deve ser uma

constante, para que possa ter um crescimento equilibrado e saber se posicionar

diante das várias situações da sociedade, adquirido a capacidade de se adaptar,

além de facilitar o trabalho criativo, por não vivenciar uma fixação.

Como exemplo, podemos citar jovens que nunca andaram de ônibus,

nunca viram uma horta, não sabem como é o comércio (além das prateleiras de uma

loja) ou como se produz determinado artigo.

A avaliação e análise de reportagens e eventos devem ser

aproveitadas para esclarecimento e direcionamento dos jovens.

Exemplo vivenciado:

Um grupo participa há vários anos de visitas mensais no Lar Irmão

José em Itapevi/SP, tendo sido observado em uma dessas visitas, que os jovens ali

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residentes estavam alvoroçados devido ao seqüestro da filha de importante diretor

de uma emissora de televisão.

Motivo: Os seqüestradores eram do local, haviam estudado na mesma escola que

eles estavam freqüentando e passaram a serem vistos como heróis. Por que?

Devido à influência dos programas violentos que são apresentados pela TV, de

modo geral. Por que desta influência? Devido ao horizonte limitado em que essas

crianças vivem, sendo a televisão o maior meio de contato com o mundo exterior e a

transmissão bombástica do desenrolar do episódio, fez com que os seqüestradores

fossem vistos como heróis.

Como foram mudados o cenário e a interpretação?

Mostrando que todos que assim agem acabam presos ou tendo uma

vida complicada e não de sucesso. Depois da prisão dos seqüestradores foi

levantada a possibilidade de serem eliminados do grupo, o que ocorreu.

Aproveitando o desfecho, foram conclamados a se unirem e buscarem outras formas

de solução dos problemas, apresentando-lhes exemplos de benfeitores da

humildade.

Observação:

O trabalho nesse orfanato não tem por objetivo conduzir as crianças e

jovens ao Espiritismo, mas usar a mensagem da Doutrina para dar-lhes uma visão e

uma postura que os leve a serem cidadãos equilibrados, deixando que cada um

decida seu caminho no futuro.

Esta maneira de agir se prende ao fato de o Espírito ter livre arbítrio

para analisar o que percebe e decidir o que fazer, por conta própria, pois,

observamos que mesmo entre nossos filhos, há os que seguem e outros não o bom

caminho indicado, embora tenham recebido as orientações evangélicas na Casa

Espírita.

Na Casa Espírita também devemos dar o melhor possível, tendo em

mente que a semente lançada permanece latente, vindo a germinar no momento em

que cada um despertar para a realidade maior.

Há uma observação de uma mãe, que tendo dado o melhor de si na

educação dos filhos, não temeu diante da ida deles para outras regiões, afirmando: “

Se dermos o melhor de nós aos filhos, mesmo que venham a tropeçar na vida, um

dia despertarão recordando a mensagem recebida quando no lar”.

A confirmação destas palavras está na Parábola do Filho Pródigo.

Aprendamos com a orientação ao jovem!

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14ª REUNIÃO - (Segundo enfoque)

COMO FALAR PARA JOVENS

Escolha do Tema

Deverá ser efetuada de acordo com as necessidades e interesses dos

jovens e essas necessidades poderão ser identificadas como: dificuldade no

relacionamento com os pais, na vivência do ambiente escolar, dificuldade de ser

aceito no grupo de colegas, falta de entrosamento com os amigos, relacionamento

difícil com o sexo oposto, sentir-se incompreendido pelos demais e isolado, etc.

Esses são os requisitos sobre os quais se fundamentará a escolha do assunto a ser

abordado.

Quando vamos falar aos jovens, faz-se necessário saber que é nessa

fase, dos 10 aos 21 anos de idade, aproximadamente, que o indivíduo começa a se

interrogar e a distinguir a individualidade própria. É a tomada de consciência do

exterior, enquanto distinta do próprio eu. Suas vida social se alarga, ultrapassando o

âmbito familiar. Vale lembrar que a adolescência é a fase mais importante do

desenvolvimento humano; é quando o indivíduo se solta da família e vai à procura

de seus ideais, forma o seu caráter e começa a andar com suas próprias pernas.

Assume progressivamente a direção ativa e pessoal da sua própria vida.

É a busca da auto-afirmação que às vezes é intrínseca e outras vezes

se manifesta na forma de rebeldia. É a procura da auto-segurança.

Introdução

Partindo do princípio que reuniões e palestras para jovens devem

despertar interesse pelo estudo, com seriedade e planejamento, a introdução do

tema deverá ser feita através da motivação, seja contando uma história ou narrando

uma parábola, se houver uma específica para o assunto a ser abordado; ler uma

poesia, uma mensagem, sempre relacionada ao tema. Vale lembrar que a Doutrina

Espírita nos presenteia com lindas mensagens que nos convidam à reflexão e que

poderão ser também utilizadas. Uma motivação adequada despertará o interesse e a

atenção do grupo, envolvendo os jovens de forma próxima e agradável.

Desenvolvimento

É fundamental que o expositor esteja muito bem preparado, tenha bom

discernimento e capacidade de doar amor, exercitando tolerância e compreensão e

que possua bons conhecimentos, pois é impossível falar de algo que se

desconhece, de um tema que não se domina.

Faz-se necessária grande capacidade de doação, pois a adolescência

é fase de amoldamento, de adaptações e ao mesmo tempo, de transformações que

merecem e exigem paciência e habilidade psicológica (tudo que gosta, “adora” e

tudo com o que não simpatiza “odeia” -tudo é muito intenso); deve-se ter o cuidado

de que todas as propostas sejam apresentadas de forma edificante, sem acusações

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nem rejeições, mas, com espírito de tolerância e compreensão, até que o

discernimento do adolescente aceite como fenômeno natural a contribuição e

orientação de fora; tendo em mente que a escolha foi própria e que isso é bom para

ele, não porque os outros assim o queriam, mas, porque mais o conforta e agrada.

Devemos levá-los ao diálogo, ao debate, à reflexão, à pesquisa, não a lhe dar tudo

pronto; devemos deixar que ele se descubra e conheça o mundo, não devemos dar

roteiros de comportamento, padrões de conduta; não fazer qualquer forma de

doutrinação do tipo “sermão encomendado”, pois isso o afastará.

São muito criativos e devemos deixá-los se organizar, tratando-os,

acima de tudo, com muito respeito.

O assunto deverá ser sempre transmitido com muita convicção, não

vacilando com frases, expressões e gestos de insegurança caso seja surpreendido

com perguntas para as quais não estava preparado, por exemplo: como agir? por

quê?

Devemos ser autênticos sempre, pois não é possível passar

orientações se não agimos de acordo com elas; devemos propositar reflexões sobre

o seu cotidiano.

É primordial que todas as orientações e opiniões sejam sempre

embasadas na Doutrina Espírita, falando sobre livre arbítrio, causa e efeito, ação e

reação, etc.

Vocabulário

Sempre claro e objetivo, falar com sinceridade, sem floreios,

esclarecendo de forma concisa, sem disfarces ou rodeios; não é aconselhável o

português formal; usar uma linguagem jovial, coloquial, sem que com isso se obrigue

ao uso de gíria ou erros usuais de concordância, mantendo sempre o bom senso.

Postura – Entonação de voz

Não manter a mesma modulação; em alguns momentos, falar com um

tom de voz mais grave; não falar com a voz sumindo ou sumida; não manter sempre

um mesmo tom para não soar como uma cantiga de ninar, criando monotonia.

Corporal

Não permanecer parado, estático, em só lugar o tempo todo e também,

não andar por toda a sala perdidamente; buscar um meio termo; manter movimentos

apenas para que o grupo, observando, siga-o com o olhar, rompendo a inércia, o

que evita sonolência.

Método e Técnica

Reuniões planejadas, agradáveis, de conteúdo, marcarão a vida do

jovem de forma indelével. Para isso, nada impede que se utilize a música

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instrumental, cantada por coral, o teatro, artes em geral, os recursos de tecnologia

bem como, os passeios.

De forma ponderada, equilibrada, envolver os jovens com as demais

atividades da casa; tornando-os participativos e responsáveis por atividades

compatíveis com sua idade, será possível assim, formar jovens conscientes.

As palestras e reuniões deverão se caracterizar pelo dinamismo

próprio da idade. Se forem sonolentas e sem motivação corre-se sério risco de

promover o afastamento dos jovens

Como técnica podemos utilizar a dinâmica de grupo:- formar grupos

de, no máximo quatro participantes e dar-lhes atividades para o seu

desenvolvimento, como, por exemplo: apresentar um resumo do tema estudado,

teatralizar o que foi discutido, montar painéis a partir de recortes ou desenhos.

Apresentar o tema a ser trabalhado, dando uma linha de conduta,

orientando sobre o resultado do que se deverá obter, o que se espera que cada

grupo faça durante essa atividade. Supervisionando os trabalhos poderemos

conhecer melhor cada participante, a partir do seu comportamento ou do

desenvolvimento da tarefa. Desenvolver atividades que envolvam o grupo com a

música e a dança tem sempre um efeito positivo e se consegue uma boa sintonia

com os jovens. Devemos atentar para atividades que incentivem a integração deles.

Conclusão

Reafirmar que o estudo é que prepara as pessoas para se conhecerem

e conhecerem a vida, suas leis espirituais e que, aplicar essas leis garantirá

equilíbrio no viver!

Declarar com clareza e firmeza, em tom convincente de quem conhece

bem o assunto, que a Doutrina Espírita tem conteúdo para a vida toda e para

qualquer idade.

Esclarecer com bons argumentos que a liberdade de ação é a sua

característica intrínseca e que esse proceder é o uso do livre arbítrio.

Que, com o passar do tempo, com o amadurecimento que chega com

a idade, com a evolução que se vai conquistando, perceberemos essas

características todas com naturalidade, de forma mais abrangente.

Explicar didaticamente que: “Na juventude aprendemos. Na maturidade

compreendemos: não é o mundo que deve entrar na Casa Espírita... é o Espiritismo

que deve ir para o mundo”.

Avaliação

Poderá ser efetuada uma avaliação para se observar se neles se

despertou interesse em conhecer os trabalhos realizados na Casa e o desejo de

contribuir e participar de atividades e de dar seu comprometimento através da

freqüência e da prática dos ensinamentos, mediante interação com o grupo.

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15ª REUNIÃO - 1º Tema

A RECEPÇÃO NA CASA ESPÍRITA

A recepção em uma Casa Espírita é uma atividade de extrema

importância, tendo em vista ser o primeiro contato do seu freqüentador.

Adentrar a uma Casa Espírita.

O que apresentamos no desenvolvimento deste tema não visa

burocratizar essa atividade, mas dar-lhe uma visão mais ampla, com o objetivo de

auxiliar na dinamização da Casa Espírita.

De acordo com as atividades a serem desenvolvidas, a recepção será

mais simples ou obedecerá a um plano mais elaborado; em todos os casos, o calor

humano deve estar acima de qualquer procedimento para que os objetivos dos

trabalhos possam ser atingidos com maior facilidade e num clima mais fraterno.

Para melhor exemplificar como deve ser esta fase que antecede às

reuniões, sugerimos que sejam lidos do livro Desobsessão, de André Luiz, os

capítulos:

11 – Chegada dos Companheiros.

12 – Conversação Anterior à Reunião.

14 – Pontualidade.

21 – Visitantes .

23 – Chegada Inesperada de Doente.

Do livro Nos Domínios da Mediunidade, do mesmo autor, temos:

Capítulo IV – Ante o Serviço.

Objetivos da Recepção:

- Envolver fraternalmente todos os que chegarem à Casa Espírita, dando-

lhes as boas vindas e amparando-os.

- Dar as primeiras orientações e esclarecimentos aos iniciantes e

visitantes (não fazer às vezes do orientador).

Encaminhamento:

Para não se sentirem como que desamparados e deslocados,

encaminhar cada um como segue:

Freqüentador iniciante:

- Ao Plantão de Orientação e Encaminhamento.

- Às Reuniões Públicas.

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Visitantes:

- À Secretaria.

- Ao Dirigente ou à sala onde assistirá a palestra ou aos trabalhos.

- Às Reuniões Públicas.

Assistidos:

- Às Reuniões de Assistência Espiritual.

- Às Reuniões de Assistência Social.

- Ao Plantão de Orientação e Encaminhamento (caso perceba no assistido

a necessidade de assistência ou orientação, mesmo não tendo tomado

todos os passes indicados).

Colaboradores:

- Aos novos locais de trabalho, caso tenha havido modificações.

- A uma tarefa de emergência, quando for o caso.

Para onde encaminhar:

Ao recepcionar uma pessoa, o recepcionista deve saber para onde e

para quem encaminhá-la em busca de uma informação qualquer.

Para facilitar essa tarefa, é interessante que seja montada uma tabela

de atividades que permaneça em poder de quem recepciona; vide formulário nº 2

(necessita também no quadro de avisos).

Nessa tabela devem constar todas as atividades da casa, bem como

os seus horários e respectivos responsáveis.

Uma tabela semelhante pode ser afixada em quadro de avisos para

facilitar a dinâmica da Casa, não devendo constar nela o nome das pessoas que

respondem pelas atividades, principalmente quando são escalas móveis e também

para evitar que o assistido fique escolhendo com quem vai buscar atendimento.

Nessa tabela afixada no quadro de avisos pode ser observado que, em

caso de dúvidas, as primeiras informações serão prestadas pelos recepcionistas ou

outros colaboradores, como os da biblioteca ou da livraria, os quais devem ser

esclarecidos para essa função.

Perfil do Colaborador:

Para atuar na recepção o colaborador deve ter as características a

seguir:

Ter facilidade de:

- se relacionar com outras pessoas.

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- memorizar as atividades da Casa associando-as com os responsáveis.

- memorizar fisionomias e nomes.

- lidar com listas de presença.

Gostar de:

- auxiliar as pessoas.

+Não deve executar as funções do Orientador ou Entrevistador

(Orientação e Encaminhamento), mas apenas dar esclarecimentos

breves, se necessários.

- ter contato com o público.

+Não se irritar com a agitação característica dos locais de grande

movimento de pessoas.

- Ter conhecimento e equilíbrio para:

+Não se perturbar diante de situações, como ter que lidar com:

- pessoas revoltadas e impacientes.

- pessoas alcoolizadas.

- pessoas em desequilíbrio.

- outras situações desconcertantes e delicadas.

+Não absorver para si os problemas alheios, na ânsia de resolvê-los:

- É necessário perceber os problemas das pessoas que vêm à Casa

Espírita,

envolvendo-as em amor e equilíbrio (é comum vermos pessoas que até

abandonam as tarefas por não saberem se posicionar e se envolverem

com os problemas alheios).

Entender as condições dos que adentram pela primeira vez, a uma

Casa Espírita, para que os mesmos:

- não se sintam deslocados e amedrontados diante do ambiente que lhes

é estranho.

- Se sintam a vontade e superem seus receios e preconceitos referentes à

Doutrina.

- Não se envergonhem ou se sintam diminuídos em virtude de seus

problemas.

- Não sejam discriminados em função de raça, condição financeira, cultural

ou

deficiências físicas (devemos ter sempre em mente que a condição

social, cultural e racial nada significa em relação à Espiritual).

A recepção na Casa Espírita pode ser complementada como segue:

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Controle de Freqüência:

Normalmente, é de responsabilidade da Secretaria, porém, em Casas

pequenas é exercida pelos próprios colaboradores que recepcionam.

Esse controle objetiva facilitar as atividades na elaboração de relatórios

para fins estatísticos e de Diretoria.

Como controlar:

a) Em cursos: podem ser usados formulários como a sugestão anexa a

este.

b) Em reuniões públicas: não se faz necessário um controle rígido,

bastando a simples contagem com ou sem uso do contador mecânico,

anotando-se posteriormente em local próprio.

c) Em trabalhos assistenciais: pode ser feito através do picotamento do

cartão individual, emitido pelo entrevistador (Orientador), quando o

número de freqüentadores (Assistidos) justificar o uso do mesmo ou

usando o contador mecânico.

Quando a recepção é feita nos locais das reuniões?

No início dos cursos ou de reuniões com programa definido, podendo

ser desenvolvida como se segue:

Ter um grupo destinado à:

- controlar a freqüência.

- identificar os freqüentadores e Casas Participantes.

- Distribuir material complementar necessário, como apostilas, crachás e

outros.

A recepção no início de cada atividade:

Início de um curso:

- dar boas vindas, irmanando a todos num envolvimento cordial;

- estimular os participantes, ressaltando a importância das atividades que

são desenvolvidas, como parte da vida dos mesmos (essa importância

deve ser real e não ilusória, para não frustrar depois);

- Analisar o programa, buscando eliminar dúvidas e posicionar o

participante quanto à sua posição;

- Orientar quanto à organização das reuniões;

- Fazer de forma descontraída a apresentação dos participantes,

buscando amparar quem tiver dificuldades e inibições além do normal,

para que os mesmos não se sintam ridicularizados.

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No término da reunião deve ser dada ênfase para a importância da

vivência do que foi aprendido e desejando um bom retorno na próxima reunião.

A recepção no início de cada aula ou reunião

Foi observado que não é produtivo pedir aos participantes que se

desliguem de seus problemas e suas dificuldades, sendo mais positivo salientar que

procedam como segue:

De preferência o dirigente e se este não o fizer deve ser feito pelo

expositor, de forma tranqüila, buscando a participação e o interesse de todos, pedir

que meditem sobre as razões que os trouxeram à reunião, o que esperam obter

dela, saber das dificuldades vividas, o que foi realizado e o que não foi possível

realizar e, a partir daí, que peçam ao Plano Espiritual o amparo para si e para todos

os colaboradores, para que possam desempenhar suas tarefas e que cada expositor

possa ter a palavra necessária ao seu público.

Salientamos que a forma acima, cada um pode executar com suas

próprias palavras, por ter sido observado que as pessoas vão ao Centro Espírita em

função de suas dificuldades e anseios e que deixam de freqüentá-lo quando não

vêem razão para continuar e deixam de se sentirem motivadas para participarem

das reuniões e terem perspectiva de melhora.

Devemos observar que quando uma pessoa é levada a participar pela

motivação, o resultado é muito superior ao de um desanimado (o primeiro princípio

da aprendizagem é de que, para um aluno aprender é necessário que este esteja

interessado no que está sendo transmitido).

Observou-se que quando os participantes concluem a assistência são

advertidos de que cada um pode receber resposta às suas necessidades em função

do desejo de recebê-las, da assiduidade da sua freqüência e participação nas

atividades, envolvendo o expositor, e que este aborda o tema de forma a bem

atender aos ouvintes, amparado pela inspiração do Plano Espiritual que capta e

atende a esses anseios da assembléia.

Observação:

Para obter esse resultado na recepção, no início de cada reunião, é necessário que

a equipe de trabalho esteja comprometida e disposta a dar o melhor de si.

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15ª REUNIÃO - 2º Tema

FASES DE UMA REUNIÃO

Avisos

Os avisos, em parte, são responsáveis pelos resultados bons das

atividades dos Centros Espíritas, quando transmitidos de forma clara e dinâmica.

Para a obtenção desse resultado é necessário nos prepararmos

adequadamente, com antecedência, adquirindo e vivenciando os conhecimentos

transmitidos em atividades como a da RODSE.

Quem transmite os avisos tem papel semelhante ao do vendedor de

idéias, ao indicar a localização de eventos, temas, horários e informando quanto à

importância das atividades a serem desenvolvidas na Casa Espírita, motivando-os a

participarem deles.

Para melhorar o nosso desempenho nessa atividade devemos também

observar e avaliar a reação das pessoas quando são anunciados os avisos, com o

fito de perceber o quê e o quanto lhes despertam o interesse. Para aumentar o

poder dessa percepção é interessante lermos livros como os que abordam:

- As Relações Humanas;

- Chefia e Liderança;

- Vendas e Planejamentos, entre outros.

Devemos ainda, estudar e observar as propagandas, pois o seu

objetivo é justamente despertar o nosso interesse para o produto apresentado.

Na seqüência relacionamos um roteiro com o objetivo de entender

melhor e de facilitar o desenvolvimento dessa atividade, podendo o mesmo ser

complementado ou enriquecido, quando necessário:

Quando e o que avisar:

Início da reunião.

Responsável: Dirigente ou Secretário(a).

Tempo máximo: 5 minutos.

Na abertura da reunião, pelo dirigente.

Tipos de avisos:

Informações sobre o desenvolvimento da reunião, envolvendo:

- os objetivos que a mesma se propõe atingir.

- temas que serão desenvolvidos.

- nomes dos participantes (escala).

- tempo da reunião ou apresentação de horários (quando houver).

- observações ao grupo.

- anúncio da presença de visitas ou novos participantes.

- datas comemorativas (anunciá-las observando sugestões no final).

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- datas natalícias de colaboradores e participantes (fazer levantamento

nas fichas pessoais ou na reunião, quando privada).

Entre início e encerramento:

- tempo máximo: 10 minutos

Responsável:

O encarregado pelos avisos que pode ser:

- conforme escala

- secretário (a)

- dirigentes

- pessoa convidada, por cujas particularidades do aviso só ela conheça.

Observação:

Essas responsabilidades devem ser estabelecidas previamente para evitar

desencontros.

Tipos de avisos:

Informações sobre o que será desenvolvido:

- Na próxima reunião abrangendo:

. escalação de colaboradores

. temas e expositores, conclamando a todos para que estejam

presentes.

. datas comemorativas

. se há feriado (ver se haverá reunião)*

- Durante a semana outras atividades como:

. Reuniões:

. das Casas participantes

. de interesse da comunidade

. Convites:

. para atividades das Casas Espíritas

. de outras Casas Espíritas

. para outras comemorações ou atividades de interesse do grupo

*Feriado

- se a folga está prevista no programa.

- se o grupo opta pela reunião ou não, em conjunto com a Direção.

- havendo alteração de datas de reuniões, fazer contato com os

expositores, alterando-as.

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No final da Reunião

- Responsável:

. Dirigente

- Tempo máximo:

. 2 a 3 minutos durante o encerramento

- Tipos de avisos:

. Apenas avisos que sejam realmente importantes

Observações quanto:

Ao tempo

Evitar avançar no tempo da reunião (término após o horário estabelecido), pois esse

é um fator de afastamento de participantes e da dificuldade em conseguir que se

disponham a participar de outros eventos.

À forma

- os avisos devem ser do interesse de quem participa,

- devem ser transmitidos de modo a despertar o interesse pelo que está

sendo anunciado.

- quem avisa deve ter conhecimento do que será transmitido, pois em caso

contrário, não terá o menor efeito (penetração, entendimento,

atendimento).

- não pegar recados de última hora.

- se o anúncio for muito específico (de conhecimento só de quem o traz)

ele mesmo deve ser convidado a enunciar o aviso.

- quem tem avisos específicos deve se inscrever junto à secretaria para

participar (estabelecer tempo para o mesmo).

- quem avisa deve ser simpático ao público.

- os avisos devem ser o mais breve possível e com a maior objetividade.

Os avisos podem:

Ser complementados ou feitos de outras formas como a distribuição de:

- material complementar aos avisos.

- convites em geral.

- programas de atividades.

- roteiros.

- convocações para reuniões específicas, etc.

Essa distribuição deve ser feita no momento em que o aviso está

sendo dado, por ser maior o seu impacto e a sua penetração. Não havendo tempo

suficiente para isso, a distribuição deve ser feita no final da reunião e nunca quando

estiver sendo abordado outro assunto ou desenvolvido o tema proposto.

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Observação:

Isso também se aplica à distribuição de apostilas e outros papéis como testes, fichas

de inscrição, de adesão, etc.

Os avisos e convites costumam ser feitos ou complementados com

cartazes e faixas, devendo, para sua preparação, observar o que é abordado no

Manual das RODSEs, no tema “Métodos de Ensino”, além de livros que abordam a

comunicação visual. Devem ser afixados em quadros bem localizados.

Dentre os avisos podemos citar:

- plano de reuniões com escalas de participantes.

- festividades.

- reuniões desenvolvidas nas Casas Espíritas.

- atividades desenvolvidas em conjunto com outras Casas Espíritas.

Material Complementar:

- avisos a serem dados de acordo com o programa e plano anual de

reuniões.

- datas comemorativas do ano que podem ser pesquisadas no jornal O

Semeador, sob o título “Fatos Espíritas”.

Observação:

Informações regionais podem ser coletadas em publicações locais.

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AVISOS A SEREM DADOS DE ACORDO COM O

PROGRAMA E PLANO DE REUNIÕES ANUAIS

Ano:__________ Semestre:___________ Zona:________

REUNIÕES

AVISOS

Preparatória da

RODSE

Preparatória da

RODSE

Preparatória da

RODSE

Do Programa

Do Programa

Do Programa

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CALENDÁRIO DE EFEMÉIDES ESPÍRITAS

MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS

J A N E I R O

01.1858 01.1875 01.1846 02.1884 02.1984 03.1412 05.1861 06.1868 08.1958 09.1862 09.1977 10.1969 10.1868 11.1971 12.1827 13.1968 13.1910 14.1942 15.1861 15.1862 16.1916 17.1901 18.1969 20.1919 21.1883 21.1883 22.1909 23.1906 27.1995

Lançamento do 1º número da Revista Espírita fundada por A. Kardec. É publicada a 1ª Folha Espírita do Rio de Janeiro Nasce Leon Denis – filósofo do Espiritismo É eleita e empossada a 1ª diretoria da FEB, tendo como presidente o major Francisco Raimundo Ewerton Quadros. É instalada em Brasília, DF, a sede central da FEB. Nasce na França, Joana D’Arc. É publicado o 1º número de O Livro dos Médiuns, com o subtítulo “Guia dos Médiuns e Doutrinadores”. É publicada a 1ª edição de A Gênese, de Allan Kardec. É fundado no Rio de Janeiro, o Lar Fabiano de Cristo, por Jayme Rolemberg e Carlos Pastorino. Nasce em Gênova, Itália, o Dr. Ernesto Bozzano. É criada a Caravana da Fraternidade, de Jesus Gonçalves, em favor dos hansenianos em São Paulo (Asilo Colônia de Pirapitinguí). Desencarna a médium Zilda Gama, com 91 anos de idade. Nasce em Paris, França, Hubert Forestier – foi diretor da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, fundada por Allan Kardec. Desencarna o médium José Pedro de Freitas, o Zé Arigó, em acidente automobilístico. Foi médium do Espírito do Dr. Fritz. Nasce em Zurique, Suíça, João Henrique Pestalozzi, educador de Allan Kardec. Realizada a 1ª reunião de médicos espíritas para fundar a Associação de Médicos Espíritas de São Paulo Desencarna Andrew Jackson Davis, o Allan Kardec americano. Desencarna Antônio José Trindade, um dos fundadores da FEESP. É lançada a 1ª edição de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec.

É lançado o livro O Espiritismo na sua Expressão mais Simples É fundada a FEP - Federação Espírita Paraibana Nasce no Maranhão, Luiz Olímpio Guillon Ribeiro – foi engenheiro civil, senador da República e presidente da FEB. Desencarna no Rio de Janeiro, Ismael Gomes Braga, jornalista ativo no Movimento Espírita e esperantista. Desencarna em São Paulo, Anália Emília Franco. É fundada a revista O Reformador, órgão de divulgação da FEB. Desencarna Amelie Boudet, aos 87 anos de idade, Sra. Kardec. Desencarna Antônio Gonçalves da Silva, o Batuíra, notável médium de cura. Nasce em Baixada Grande, Bahia, Deolindo Amorim. Divaldo Pereira Franco é incluído no quadro de vultos artísticos e históricos da Bahia, pelo plenário da Assembléia Legislativa do

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CALENDÁRIO DE EFEMÉIDES ESPÍRITAS

MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS

Estado.

J A N E I R O

28.1995 30.1938 31.1907

Desencarna na Espanha, Miguel Vives y Vives, fundador da Federacion Espírita Del Valles e da Revista Union. Desencarna em Matão, São Paulo, Cairbar de Souza Schutel. É fundado o Colégio Allan Kardec, por Eurípedes Barsanulfo, em Sacramento, Minas Gerais.

F E V E R E I R O

01.1905 01.1834 01.1856 06.1832 06.1915 07.1901 12.1809 15.1925 15.1926 16.1947 17.1958 17.1827 18.1891 20.1822 26.1842 26.1802

Nasce em Pacatuba, Ceará, Francisco Peixoto Lins, o Peixotinho, notável médium de efeitos físicos. Nasce em Laranjeiras, na então província de Sergipe, Francisco Leite Bittencourt Sampaio. Nasce em Resende, Rio de Janeiro, Anália Emília Franco, professora humanitarista, criadora de inúmeras obras educativas e assistenciais. Casamento de Allan Kardec com Amélie Gbrielle Boudet.

Desencarna no Rio de Janeiro, Joaquim Carlos Travassos, tradutor do Pentateuco Kardequiano. Desencarna em Natal, Rio Grande do Norte, a poetisa Auta de Souza. Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos, realiza reuniões mediúnicas. Lançamento da Revista Internacional de Espiritismo – RIE, por Cairbar Schutel, em Matão, São Paulo. Desencarna Gabriel Delanne. Desencarna em Pirapitinguí, São Paulo, no Hospital Colônia, Jésus Gonçalves. Contraiu hanseníase aos 27 anos de idade. Foi poeta e teatrólogo, convertido ao Espiritismo fundou a Sociedade Santo Agostinho, instituição espírita. Desencarna em São Paulo, Cornélio Pires. Desencarna na Suíça, João Henrique Pestalozzi. Bezerra de Menezes funda o Grupo Espírita Regeneração, no Rio de Janeiro. Desencarna em Salvador, Bahia, Madre Joana Angélica de Jesus, Joanna de Angelis. Nasce Camille Flammarion. Nasce em Paris, França, o escritor e humanista Victor Hugo.

M A R Ç O

01.1944 04.1954 06.1932 09.1979 09.1984 19.1839 20.1833

É lançado o jornal O Semeador em São Paulo, órgão da FEESP. É constituída Fraternidade Discípulos de Jesus. É fundada a Associação das Senhoras Cristãs em Araçatuba, pela emérita espírita Benedita Fernandes. Desencarna José Herculano Pires. Desencarna Yvone do Amaral Pereira. Nasce em Portugal, Antônio Gonçalves da Silva, o Batuíra, médium curador. Nasce na Inglaterra, Daniel Dunglas Home, considerado o maior

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CALENDÁRIO DE EFEMÉIDES ESPÍRITAS

MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS

20.1952

médium de efeitos físicos. Desencarna Lins de Vasconcelos.

M A R Ç O

22.1882 23.1857 24.1856 31.1848 31.1869 31.1870

O livro A Gênese, de Allan Kardec, é editado pela 1ª vez em língua portuguesa. Nasce Gabriel Delane. O Espírito de Verdade revela-se para Allan Kardec. Através de pancadas inteligentes convencionadas com os Espíritos, os fenômenos em Hydesville (EUA), envolvendo a família Fox, atingem o auge, iniciando inúmeras investigações sobre a mediunidade. Desencarna Allan Kardec, vítima da ruptura de um aneurisma.

Em Paris, França, é inaugurado o monumento a Allan Kardec em seu túmulo.

A B R I L

01.1858 02.1869 02.1910 04.1919 11.1900 12.1927 18.1857 18.1973 18.1957 20.1909 21.1889 22.1904 24.1984 29.1864 30.1856

Á fundada a Associação Parisiense de Estudos Espíritas, por Allan Kardec. Allan Kardec é sepultado em Paris, no Cemitério de Montmartre. Nasce em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Francisco Cândido Xavier. Desencarna William Crookes, estudioso inglês dos fenômenos espíritas, prêmio Nobel em Física. Desencarna no Rio de Janeiro, Bezerra de Menezes. Desencarna Lèon Denis. É lançado O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, em edição definitiva.

É lançado o jornal Folha Espírita. É lançado no Brasil o 1º Selo Postal Espírita do mundo, em comemoração aos 100 anos de O Livro dos Espíritos. Desencarna na Espanha, Amália Domingo Soler. Foi fundado no Rio de Janeiro o Centro Espírita Brasil; seu primeiro presidente foi Adolfo Bezerra de Menezes que, junto de Augusto Elias da Silva, instalou a 1ª Escola de Médiuns. Desencarna Florence Cook, a médium de materialização do Espírito Katie King. Desencarna no Rio de Janeiro o jornalista Deolindo Amorim. É lançado O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec. É transmitida a Allan Kardec, a primeira revelação mediúnica a respeito da sua missão.

M A I O

01.1880 01.1864 02.1980 04.1928

Nasce em Sacramento, Minas Gerais, Eurípedes de Barsanulfo. O Clero, através da Sagrada Congregação colocava todas as obras espíritas no INDEX de livros proibidos, condenando em bloco, todas as obras, revistas, folhetos e jornais espíritas. Desencarna em São Paulo, Silvio Canuto de Abreu. Desencarna William Crookes.

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CALENDÁRIO DE EFEMÉIDES ESPÍRITAS

MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS

05.1927 06.1950 07.1878

Nasce em Feira de Santana, Bahia. Divaldo Pereira Franco. Inicia-se a 1ª turma da Escola de Aprendizes do Evangelho. Nasce em Piracicaba, São Paulo, Pedro de Camargo, Vinícius.

M A I O

07.1934 08.1858 22.1932 22.1885 27.1832 30.1431

A FEB é considerada de utilidade pública pelo Decreto Lei 4.765. É lançado nos Jovens espíritas reuniram-se em São Paulo, no Centro Espírita Maria de Nazareth e constituíram o Primeiro núcleo de Mocidade Espírita do Brasil. Desencarna Victor Hugo. Nasce em São Petersburgo, Rússia, Alexander N. Aksakof, cientista, espírita e diretor de dois jornais de estudos psíquicos. Joana D’Arc é sacrificada na fogueira pela Santa Inquisição, do Clero.

J U N H O

1869 03.1908 03.1925 05.1947 12.1902 14.1894 14.1932 16.1966 17.1832 20.1900 24.1943 24.1908 26.1890 28.1972 30.2002

É publicado em Paris, o último número da Revista Espírita. É fundada a Federação Espírita do Estado de Alagoas. Desencarna na França, Camille Flammarion. É fundada a USE-União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, Nasce em Borebí, São Paulo, Jésus Gonçalves, O Gigante Deitado. Nasce em Guaratinguetá, São Paulo, Edgard Pereira Armond. Desencarna em Turim, Itália, a médium Linda Gazera. Desencarna Francisco Peixoto Lins, o Peixotinho. Nasce em Londres, Inglaterra, o cientista William Crookes, Nobel de Física, famoso pela pesquisa sobre a materialização de espíritos. Lançamento da obra poética HORTO, única de Auta de Souza. Desencarna Ernesto Bozzano. Fundação da União Espírita Mineira. Nasce em Roma, Itália, a médium Linda Gazera. Francisco Cândido Xavier responde a perguntas de alunos do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Desencarna em Uberaba, Minas Gerais, Francisco Cândido Xavier.

J U L H O

04.1948 04.1942 12.1936 12.1902 30.1932

Desencarna Monteiro Lobato. Desencarna em Salvador, Bahia, Manuel Philomeno de Miranda. Fundação da Federação Espírita do Estado de São Paulo Nasce em Borebí, São Paulo, Jésus Gonçalves. É fundada em Juiz de Fora, Minas Gerais, a revista O Médium.

A G O S

01.1865 03.1895 04.1969 15.1952

Lançamento do livro O Céu e o Inferno, de Allan Kardec.

Bezerra de Menezes assume a presidência da FEB. Desencarna em Niterói, Rio de Janeiro, Carlos Imbassahy. Inaugurada em Salvador, Bahia, A Mansão do Caminho.

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MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS

T O

16.1886 22.1864 22.1940

Em reunião pública no salão da Guarda Velha do Rio de Janeiro Bezerra de Menezes proclama sua adesão ao Espiritismo. É fundada a Cruz Vermelha Internacional. Desencarna na Inglaterra, Sir Oliver Lodge.

A G O S T O

28.1912 29.1831 31.1926 31.1874

Nasce em Esplanada, Bahia, o médium de cura e materialização, Urbano de Assis Xavier. Nasce na Freguesia do Riacho Grande, Ceará, Bezerra de Menezes. É fundada a Federação Espírita Portuguesa. Nasce em Xiririca, atual Eldorado, S. Paulo, Francisca Júlia da Silva.

S E T E M B R O

04.1991 05.1892 06.1925 09.1932 12.1876 16.1937 22.1868 28.1895

Desencarna João Nunes Maia. Desencarna o médium de efeitos físicos, Willian Stainton Moses. Na abertura do III Congresso Espírita Internacional, em Paris, defende o aspecto religioso do Espiritismo, como o fundamental da Doutrina. É fundada a Federação Espírita do Estado de Sergipe. Nasce Auta de Souza. Em 20.06.1900 é publicado seu livro de poesias, sua única obra literária. É publicada a 1ª edição do livro Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, iniciando a série de livros doutrinários desse Espírito. Nasce no Rio de Janeiro, Cairbar de Souza Schutel. Desencarna Louis Pasteur.

O U T U B R O

03.1804 1862 03.1943 09.1861 10.1895 11.1966 15.1861 18.1943 19.1909 22.1922

Nasce em Lion, França, Hippolyte Leon Denizard Rivail, mais tarde conhecido como Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita. Allan Kardec publica O Espiritismo em sua Expressão mais Simples e Viagem espírita. É publicada a 1ª edição do livro Nosso Lar, psicografado por Francisco Cândido Xavier, abrindo a importante obra do Espírito André Luiz. Em Barcelona, Espanha, são queimados 300 volumes de obras espíritas pela Santa Inquisição, órgão repressor da Igreja Católica, num Auto de Fé. Desencarna no Rio de Janeiro, Francisco Leite Bittencourt Sampaio, notável médium receitista. Desencarna Pedro de Camargo, Vinícius. É lançado em edição definitiva, O Livro dos Médiuns; Desencarna no Rio de Janeiro, Luiz Olímpio Guillon Ribeiro. Desencarna em Turim, Itália, César Lombroso. Nasce em Mateus Leme, Minas Gerais, Irma de Castro Rocha, mais conhecida por Meimei.

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MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS

N O V E M B R O

01.1918 06.1835 10.1923 10.1835 14.1849 14.1876 15.1939 15.1942 20.1919 23.1795 23.1948 29.1982

Desencarna em Sacramento, Minas Gerais, Eurípedes Barsanulfo. Nasce em Verona, Itália, César Lombroso. Nasce em Glaucilândia, MG, o médium João Nunes Maia. Nasce em Sevilha, Espanha, Amália Domingos Soler. As irmãs Fox realizam as primeiras demonstrações públicas de suas faculdades mediúnicas. Nasce na Bahia, Manoel Philomeno de Miranda. Tem início o 1º Congresso Brasileiro de Jornalistas Espíritas. É fundado em Franca, São Paulo, o jornal espírita Nova Era. Desencarna Francisco Raimundo Ewerton Quadros, primeiro presidente da FEB. Nasce Amélie Gabriele Boudet, futura esposa de Allan Kardec.

É descoberto em Hydesville, EUA, nos escombros de uma adega, o esqueleto do mascate assassinado, comprovando a mediunidade das irmãs Fox. Desencarna em São Paulo, Edgard Armond.

D E Z E M B R O

01.1962 02.1866 04.1973 04.1935 05.1934 10.1944 10.1933 10.1874 11.1874 11.1762 15.1859 16.1945 17.1875 24.1872 24.1900

É fundada a Federação Espírita do Distrito Federal. Nasce na Bahia, José Florentino de Sena, o José Petitinga. É fundada em São Paulo, a Aliança Espírita Evangélica, para a divulgação do Espiritismo em seu aspecto religioso. Desencarna Carlos Richet. Desencarna Humberto de Campos, o Irmão X. É fundada a Cruzada dos Militares Espíritas. É inaugurada a sede própria da FEB no Rio de Janeiro, por Leopoldo Cirne. Nasce em Icó, Ceará, Manoel Viana de Carvalho. Em Hydesville, USA, a Família Fox aluga a casa onde se deram as manifestações ativas e inteligentes que precederam ao surgimento da Doutrina Espírita. Nasce em Salvador, Bahia, Joana Angélica de Jesus, Joanna de Angelis. Nasce Lázaro Luiz Zamenhof, criador do Esperanto. É fundada por Jésus Gonçalves, a Sociedade de Santo Agostinho, no Hospital Colônia para Hansenianos de Pirapitinguí. Nasce Luiz Olímpio Guillon Ribeiro. Nasce Francisco Waldomiro Lorenz, escrito e pesquisador sobre Esperanto e Espiritismo. Nasce em Rio das Flores, Rio de Janeiro, Yvone do Amaral Pereira.

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MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS

25. 31.1828

Natal. Comemora-se o nascimento de Jesus Cristo. O Professor Hippolyte Lèon Denizard Rivail lança sua obra educacional: Plano Proposto para Melhoramento da Instrução Pública.

Fonte de Consultas 1 – Espiritismo Básico. 2 – Manual e Dicionário Básico de Espiritismo. 3 – Grandes Vultos da Humanidade e do Espiritismo. 4 – Grandes Espíritas do Brasil. 5 – Personagens do Espiritismo.

.

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16ª REUNIÃO

ANÁLISE DA INTERPRETAÇÃO DE ASSUNTOS NAS OBRAS BÁSICAS

E SUA IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO DO EXPOSITOR

As obras básicas da Doutrina Espírita estão intimamente ligadas entre

si, como nos mostra Pedro Barbosa no seu livro Espiritismo Básico, onde faz uma

avaliação do Espiritismo Filosófico, Científico e Religioso, situando cada livro no

contexto do conjunto (2ª parte, postulados e ensinamentos).

Logo a seguir faz uma análise sintética da obra da codificação de Allan

Kardec, onde é feito um breve histórico do que cada livro contém, ampliando o que

foi apresentado inicialmente no Livro dos Espíritos.

No capítulo seguinte ele aborda os princípios básicos da Doutrina e na

conclusão desse capítulo ele faz um resumo, mostrando que esses princípios não

podem ser separados ou deixados de lado sob pena de haver a quebra da unidade,

da sua essência ou estrutura e natureza.

Como última colocação nesse livro temos os quadros sinóticos, que

facilitam o entendimento do desdobramento do Livro dos Espíritos nas outras obras,

ampliando os sentidos desta, além de outros aspectos da Doutrina.

Observação:

Utilizar esse livro para o desenvolvimento dessa parte do tema.

O expositor ampliará o entendimento dessa interligação ao analisar os

temas com suas fontes de consulta, contidos no Guia ao Expositor Espírita.

Observar que há temas onde existe só uma fonte de consulta, de uma

obra básica e em outros, nenhuma, o que é natural devido ao enfoque de cada

tema, que apenas suplementa a obra de Allan Kardec, enquanto outros citam mais

de uma fonte para consulta (Obras Básicas).

Ao analisarmos essa interligação é importante observar as diferenças

de abordagem em cada livro, em função dos objetivos de que tratam.

Sempre que fizermos essa análise é importante que os participantes

estejam de posse das obras básicas, além dos dois livros citados, para facilitar o

entendimento, pois não deve ser apenas uma aula expositiva, mas participativa.

Em nossas atividades devemos nos habituar a fazer estudo

comparado, como forma de dinamizarmos e ampliar nosso horizonte, o que é

facilitado quando usamos material preparado e específico para este fim. O Guia ao

Expositor Espírita pode ser usado tanto em palestras como em aulas ou reuniões de

estudo, onde podemos fazer estudos comparados, estando de posse das obras

indicadas como fontes de consulta de cada tema.

Esse estudo pode ser ampliado com pesquisas na Revista Espírita,

que serviu de base para boa parte das obras que vieram após o Livro dos Espíritos

(observar que ali encontramos respostas para muitos fenômenos que ainda hoje são

apresentados como miraculosos por alguns desavisados e desinformados e que

aparentemente não tem explicação, como apresentados e explorados pela imprensa

sensacionalista).

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As outras obras de Allan Kardec, suplementares, também devem ser

usadas, como o livro Viagem Espírita em 1862, onde o tradutor ressalta que o livro é

tão atual nos dias de hoje como quando do seu lançamento.

No Espiritismo Básico temos uma relação de obras a serem

trabalhadas, tanto de Allan Kardec, como de autores clássicos e dos continuadores.

Exercício prático:

GUIA DO EXPOSITOR ESPÍRITA

Tema:

1. Objetivo

2. Introdução

3. Desenvolvimento

4. Conclusão

5. Fontes de Consultas

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17ª REUNIÃO

A ATIVIDADE EXPOSITIVA DO GRUPO JUNTO ÀS CASAS ESPÍRITAS

A atividade expositiva nas Casas Espíritas é uma das melhores

ferramentas para dinamizá-las, sendo o trabalho facilitado e mais eficiente quando

executado por mais que um expositor.

O preparo de novos expositores, por isso, é uma necessidade e uma

benção para o movimento e, em particular para a Casa Espírita, pois abre novos

horizontes para os que já desenvolvem essa função, uma vez que poderão trabalhar

em tarefas novas, ensejando assim, oportunidades para os que vêm em busca de

socorro na Casa Espírita.

Observando-se os objetivos propostos a serem atingidos pelas RTC,

nota-se que o maior deles é o de agregar os colaboradores de uma ou mais casas

em torno de um objetivo comum maior, que é o desenvolvimento da Doutrina

Espírita em todos os seus níveis de atividade.

As Reuniões de Técnicas de Comunicação têm obtido ótimos

resultados usando essa filosofia de trabalho, onde os participantes, cada um com

seu potencial se engajam nas diversas tarefas das Casas Espíritas, respeitando-se e

se relacionando harmoniosamente.

As atividades que essas equipes se dispõe a desenvolver vão desde a

recepção, onde, pela descontração e habilidade no trato com os freqüentadores e

visitantes oferece as atenções necessárias, passando pelos avisos com objetividade

e equilíbrio, preparação de ambiente, convidando de forma harmoniosa para que

todos participem dinamicamente das reuniões, chegando aos outros trabalhos

expositivos que se fazem tão necessários à Casa Espírita.

O ciclo de atividades não se limita ao citado, pois os passos seguintes

são: aprofundamento pela participação das reuniões do módulo 3, trabalho junto às

Casas Espíritas e freqüência do curso de expositores.

As atividades expositivas na Casa Espírita são desenvolvidas a partir

de tarefas mais simples até chegarem às mais complexas, respeitando-se os limites

de cada um, com sua concordância, como detalhado abaixo:

Preparação de ambiente:

Essa atividade pode ser iniciada durante o desenvolvimento do

segundo módulo, durante os exercícios de exposição de cada aula, transformado em

treinamento, avaliação e devidas orientações para o desenvolvimento da tarefa nas

reuniões pré-determinadas.

Nessa atividade o aluno é ajudado pelo dirigente do trabalho e por dois

colegas, para que se sinta amparado e para que possa ser realizada a avaliação do

seu desempenha na tarefa. Na avaliação feita na reunião seguinte, são observadas

as seguintes questões: olhar, gesticulação, postura, mensagem e tempo, entre

outras.

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Por que da avaliação? Para que o aluno possa ter melhor referência e se aprimorar -

tempo estimado 5 a 10 minutos.

Quando o aluno não conhece o local ou a Casa onde se desenvolverá

a reunião da sua atividade, ele e os dois colegas que lhe darão apoio devem fazer

uma visita ao local 15 dias antes, para se familiarizarem e se informarem com

relação à rotina da reunião, o tipo e necessidades específicas do púbico e

conhecerem os dirigentes.

Observação:

Para outras atividades expositivas, enquanto não tenha a segurança para

desenvolvê-la sozinho, o procedimento é o mesmo. Estas atividades são exposições

evangélicas em aulas e reuniões de assistência espiritual, além das preparações de

trabalhos em equipe.

Atividades mais complexas:

O expositor deve saber seu limite, devendo falar apenas sobre

assuntos que tenha domínio. Não há demérito em desenvolver atividades simples,

em reuniões de assistência social e espiritual tendo como freqüentadores pessoas

com pouca cultura.

Todo colaborador deve ter em mente o que é necessário falar dentro

do limite e das necessidades dos seus ouvintes.

Os expositores que têm conhecimento dos problemas da classe mais

pobre e sabem falar para ela, têm tanto valor quanto os que falam para platéias mais

cultas.

Observação:

Existem expositores que não sabem consolar devido à distância da realidade em

que vivem dos necessitados, o que pode ser evitado, participando de trabalhos

assistenciais para não perder o contato com a forma de vida possível de uma grande

parcela da nossa população.

Atividades Específicas:

A atividade de expor sobre assuntos específicos, como em cursos de

aprendizes do evangelho, educação mediúnica, preparação de colaboradores exige

maior preparo do expositor.

Os ciclos de palestras devem ser montados a partir das características

do público alvo, com temas apropriados, sendo a partir das escalas feitas para

expositores.

A participação em reuniões de estudo, desenvolvidas mensalmente

nos malotes do terceiro módulo ou de forma semelhante é um ótimo ponto de apoio

para os que participaram das RTCs e de cursos de expositores, por serem

fundamentais para o progresso e união das equipes de trabalho.

Expositores que não tenham participado dessas atividades de

preparação e que queiram se aprimorar devem atuar sempre e cada vez mais.