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www.criciuma.sc.gov.br/fcc TALENTOS EXPRESSADOS NAS PONTAS DO PÉS Há 25 anos oficinas de dança lotam o teatro Elias Angeloni Pág. 05 Pontos Turísticos Espaços públicos de Criciúma são revitalizados e passam a receber apresentações. Pág. 4 Música Projeto Meio Dia Cultural anima Praça Nereu Ramos e divulga o trabalho de artistas da região. Pág. 2 Novidade O “Ponto da Arte” Marlene Just ganhou destaque entre as salas do Mercado Público Municipal. Pág. 4 Edição 01 Ano 2016 Gratuito DISTRIBUIÇÃO MENSAL Foto: Luana Mello

TALENTOS EXPRESSADOS NAS PONTAS DO PÉS · que formaram a nossa cidade, preservar o patrimônio cultural e desmistificar a idéia de que cultu - ra é privilégio de poucos. Ela está

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www.criciuma.sc.gov.br/fcc

TALENTOS EXPRESSADOS NAS PONTAS DO PÉS

Há 25 anos oficinas de dança lotam o teatro Elias Angeloni Pág. 05

Pontos TurísticosEspaços públicos de Criciúma são revitalizados e passam a receber apresentações.Pág. 4

MúsicaProjeto Meio Dia Cultural animaPraça Nereu Ramos e divulga otrabalho de artistas da região. Pág. 2

NovidadeO “Ponto da Arte” Marlene Justganhou destaque entre as salasdo Mercado Público Municipal.Pág. 4

Edição 01Ano 2016GratuitoDISTRIBUIÇÃO MENSAL

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Editorial: histórias para compartilhar

Pessoas, memórias e muitas ex-periências para relembrar. É pos-sível pensar que não se vive do passado - apenas do presente e futuro. Porém, para compreen-der a história atual que construí-mos em sociedade, é preciso co-nhecer o início desta construção. No jornal “Cultura na Comunida-de”, buscamos valorizar as tra-dições e os saberes das pessoas que formaram a nossa cidade, preservar o patrimônio cultural e desmistificar a idéia de que cultu-ra é privilégio de poucos. Ela está em toda a parte, na co-munidade através das oficinas artísticas, músicas, no jeito de pensar, falar e agir e, no mais im-portante, na nossa memória. E a Fundação Cultural de Criciú-ma (FCC) tem papel fundamental neste processo. Desde 1993, a instituições cria e realiza ações no município para divulgar a identidade cultural, histórica e social da cidade, além de envolver a comunidade nas oficinas de música, arte e dança sem privilegiar nenhuma natu-reza. Através de boas histórias o jornal registrou as atividades desenvolvidas este ano e bus-cou mostrar ações que ajudam a transformar vidas.

Meio-Dia Cultural anima as quartas-feiras na Praça Nereu Ramos

Projeto é realizado pela Casa da Cultura há mais de 20 anos

Quarta-feira é dia de música na Praça Nereu Ramos. A partir

das 12h30, os artistas de Criciú-ma e região divertem o espaço com apresentações musicais no projeto “Meio-Dia Cultural”, rea-lizado há mais de 20 anos pela Casa da Cultura Professora Neusa Nunes Vieira.

A cantora e compositora Cibe-le Mdauí, é uma das artistas que já animaram as edições do pro-jeto. “Participei diversas vezes do Meio Dia Cultural e acho super-bacana, pois beneficia o músico que divulga seu trabalho e tam-bém o público que pode curtir um som ao vivo no horário de almoço”, afirma.

Além disso, Cibele também destaca que conseguiu pro-postas de trabalho durante as apresentações. “Aconteceu de algumas pessoas pegarem meu contato para contratar meu pro-jeto acústico. É uma oportunida-de muito legal de divulgação”,

comenta.Segundo a coordenadora da

Casa da Cultura, Giorgiana Savi Cunha, um dos principais objeti-vos das atividades é oportunizar espaço para os artistas da cidade e oferecer um momento de lazer gratuito. “A Praça também é uma vitrine. Várias pessoas passam diariamente no local. Os músicos participam e são reconhecidos pela comunidade e recebem ca-chê.”, explica.

A Casa da Cultura atende de segunda à sexta-feira, das 8h30 às 17h30, na Praça Nereu Ramos e no Distrito do Rio Maina. “Pos-suimos outros trabalhos que va-lorizaram as produções artísticas da cidade, comenta Giorgiana.

O projeto Meio-Dia Cultural conta com o apoio da Câmara de Dirigentes e Lojistas de Criciúma (CDL). Os interessados em parti-cipar podem entrar em contato pelo telefone (48) 3445-8840 ou (48) 3445-8841.

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A cantora e compositora, Cibele Mdauí, já animou as edições do projeto

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Expediente:

Projeto Experimental de Mídia Im-pressa da acadêmica Luana Vicen-te De Mello. Apresentado em exi-gência do Curso de Jornalismo da Faculdade Satc, sob orientação da professora Marli Vitali. Texto, fotos e edição são responsabilidades da acadêmica.

Feira do livro incentiva a leiturana comunidade do Rio Maina

Cirquinho do Revirado, Grupo Cirandela e Teatro de Pernas Pro Ar, são atrações confirmadas no evento

Apresentações culturais, con-tação de histórias e teatros

são algumas das atrações que se-rão oferecidas para a comunida-de na 4ª edição da Feira do Livro no Rio Maina. O evento ocorre de 4 a 6 de julho, na Praça Calixto Scotti e terá como tema “Festival Literário de São João”, em home-nagem as comemorações realiza-das neste mês.

“A Feira do livro é com certeza um evento para aproveitar com toda a família. Estamos prepa-rando uma programação espe-cial para as escolas visitarem e também conhecerem um pouco da cultura de Criciúma”, aponta o presidente da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), Júlio Lopes

A diretora de cultura da FCC, Solange Scotti, explica que o evento envolverá uma rica diversidade de manifesta-ções culturais em torno da li-teratura. “O objetivo principal é promover a circulação do livro, do conhecimento e da leitu-ra na comunidade. Estaremos democratizando o acesso à cultura para todas as pessoas que desejarem visitar os espa-ços e prestigiar o evento”, co-menta.

Entre as atrações da Feira, es-tão as quadrilhas da cultura de São João. As escolas e entidades do município irão realizar apre-sentações das 16h às 18h no pal-co do evento. “A ação possibilitará que a comunidade apresente sua arte para o público, incentivando a produção e o aperfeiçoamento da dança nas instituições”, afirma Solange.

Além da atuação das escolas, o evento contará com o show do Grupo Cia de Mafagafos, que realiza apresentações musicais com canções populares e histó-rias musicadas com composições próprias. O Teatro de Pernas Pro

Confira a programação completa:04/07 – Abertura da feira com apresentação da Camerata Criciúma; 05/07 – Banda Musical Cruzeiro do Sul, Grupo Cirande-la, Rodrigo Calistro - contador de histórias e apresenta-dor de palco. Cirquinho do Revirado - O sonho de Nata-nael;06/07 – Orquestra Sinfônica de Criciúma (Oscri), Grupo de Teatro de Pernas Pro Ar, Grupo Cia de Mafagafos, Ofi-cina de Mangá com o professor Reginaldo Lima Arraes e grupos de danças;07/07 – Banda Musical Guella Seca, Grupo Cirandela, Rodrigo Calistro, Cirquinho do Revirado;08/07 – Oscri, Grupo de Teatro de Pernas Pro Ar, Grupo Cia de Mafagafos, Oficina de mangá com o professor Reginaldo Lima Arraes.09/07 – Apresentações Culturais dos Grupos Folclóricos de Criciúma e Região e Meio dia Cultural.

Ar, com o espetáculo “Mira” que utiliza bonecos gigantes durante o show. O “Cirquinho do Revira-do” apresentará “O sonho de Na-tanael” para os visitantes da Feira.O evento recebe apoio da Secre-taria de Educação Municipal.

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Evento ocorre de 4 a 6 de julho, na Praça Calixto Scotti, no Distrito Rio Maina

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Obras de arte são expostas no Mercado Público Municipal

Espaços públicos são revitalizadose passam a receber apresentações culturais

Próximo ponto turístico a receber melhorias será a Praça da Chaminé, no bairro Próspera

Aos poucos, os espaços pú-blicos de Criciúma vão ga-

nhando flores, pinturas, podas de árvores, proteção adequada e novos visitantes. O projeto de Manutenção, Revitalização e Bom Uso dos Pontos Turísticos realizado pelo Departamento de Turismo da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), iniciou em fe-vereiro deste ano e já revitalizou três locais da cidade. São eles: o Parque Ecológico José Milanese, no Bairro Jardim União; a Praça Nereu Ramos, na região central; e a Gruta Nossa Senhora de Lour-des, no Pio Corrêa.

O próximo a receber melhorias é a Praça da Chaminé, no bairro Próspera. O local deverá ganhar iluminação adequada, a implan-tação de uma escultura de mo-

numento do Mineiro e também um espaço voltado a exposições de arte e grafite ao ar livre.

“Não queremos apenas re-vitalizar e sim manter esses es-paços limpos e bem cuidados para os moradores e turistas que visitam o nosso município. Mas, para isso, é importante que toda a comunidade cola-bore e não jogue lixo nos can-teiros, nem arranquem flores, todos devem ajudar a cuidar”, destaca a diretora de turismo, Fátima Guimarães.

Após a revitalização, os locais recebem programações culturais como o “Pergolado dos Espetá-culos”, que divulga os trabalhos de grupos musicais da região e o “Pergolado dos Artistas”, que expõe trabalhos e obras de arte

produzidas no município. Os eventos são realizados uma vez por mês e abertos ao público em geral. A a diretora da Associação Feminina de Assistência Social (Afasc), Leticia Maria Vieira, desta-ca a importância das ações para a instituição. “Nosso grupo sempre prestigia os eventos e todas nós gostamos muito. As programa-ções trazem palestras, sempre com assuntos de interesse geral do grupo. Também conhecemos os artistas e exposições da região e podemos prestigiar em lugares agradáveis. É um prazer visitar esses lugares perto de nossas ca-sas”, afirma.

As atividades do projeto con-tam com o apoio da Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Fa-mcri).

O Horto Florestal de Criciúma, no Bairro Vila União, possui uma atração que encanta os visitan-tes: a “Árvore dos Desejos”. Uma figueira de aproximadamente 30

metros de altura, com raízes de 20 metros e idade entre 80 a 100 anos. Além disso, a planta possui um diferencial, o tronco se abriu, permitindo uma passagem. Há

quem acredite que ao passar pela abertura, no meio da árvore, os desejos mais sinceros serão reali-zados. O espaço fica aberto para visitação de segunda à sexta-feira.

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Figueira é conhecida como “Árvore dos Desejos” no Horto Florestal

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Figueira com aproximadamente 30 metros de altura encanta os visitantes no Horto Florestal

Obras de arte são expostas no Mercado Público Municipal

O prédio onde atualmente a Fundação Cultural de Cri-

ciúma (FCC) atende a comuni-dade e realiza seus trabalhos, no Mercado Público Municipal (antiga prefeitura), também será espaço para os artistas do mu-nicípio divulgarem obras. A sala 1, no térreo, recebeu reformas e quinzenalmente abrirá ao pú-blico com exposições novas. De acordo com o presidente da FCC, Júlio Lopes, o espaço não estava sendo utilizado há muitos anos. “A sala estava vazia e também com lixo acumulado. Pensamos em uma finalidade e chegamos à conclusão que iríamos expor obras no local, mas com o obje-tivo principal de divulgar os artis-tas de Criciúma”, comenta Lopes.

O espaço recebeu o nome de Marlene Milanese Just, artista plástica que já atuou como di-

retora de cultura na FCC e atual-mente ministra oficinas de arte na “Casa do Vô Just”. “Fiquei emo-cionada com o reconhecimento. Para mim, é uma responsabilida-de muito grande dar nome a um espaço onde os meus colegas poderão expor obras e mostrar seu trabalho”, conta Marlene.

A responsável pela galeria, Iolanda Perez, destaca que até o fim do ano, 15 exposições de-vem ocupar o espaço. “Estamos com a agenda de mostras com-pleta e damos prioridade para as pessoas que moram na cidade. Ficamos felizes com a qualidade do material que o público poderá conhecer”, afirma Iolanda.

O “Ponto da Arte” funciona de segunda à sexta-feira, das 8h30 às 17h30. A mostra atual “Arte e outros Suportes”, da artista Cleu-sa Olavo, ficará no local até o dia

24 de junho. São 29 obras que destacam linhas, cores e mate-riais de diferentes tipos usados de forma criativa nos quadros. “A arte está em todo o lugar. Tentei aproveitar jornais e revistas nas minhas telas para chamar aten-ção da sociedade, às vezes acha-mos que tudo é descartável”, afir-ma Cleusa.

Os interessados em conhecer o “Ponto da Arte” ou expor obras podem entrar em contato pelo telefone (48) 3445-8840. As visi-tas são mediadas e possibilitam que os participantes conheçam o trabalho e as experiências dos artistas através de rodas de con-versa.

As ações realizadas no Ponto da Arte recebem o apoio da Se-cretaria de Educação Municipal e da Secretaria de Assistencia Social.

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Espaço já recebeu obras do artista plástico Adair Fernandes e de Morgana Bruning

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Espaço é dedicado aos artistas da região e presta homenagem a Marlene Milanese Just

Talento na pontas dos pés Aulas iniciaram em 1991 e continuam lotando as salas do Teatro Elias Angeloni

Desde pequena, Raquel Flores sonhava em tornar-se bai-

larina. Nas apresentações cultu-rais da escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Lapages-se, em Criciúma, era a primeira a demonstrar interesse em subir nos palcos. “Queria participar de aulas particulares de dança, mas meus pais não tinham condições para pagar. Foi em 1994, na apre-sentação da “Quermesse”, antigo nome da Festa das Etnias, que vi a apresentação das Oficinas de Dança da Fundação Cultural e me interessei”, contou Raquel.

Ainda jovem aos 22 anos, Ra-quel realizou a matrícula nas Ofi-cinas de Dança e até hoje, aos 44 anos, não abandou as sapatilhas. Transformou o sonho de ser dan-çarina em realidade ao iniciar a faculdade de Educação Física e começar a dar aulas de dança.

“A cultura abre portas, edu-ca, realiza, e tenho sorte por ter entrado um dia em uma sala de dança. Há 10 anos dou aulas de balé e não faço outra coisa. A dança me proporcionou cresci-mento pessoal e profissional”, ex-plica. Assim como Raquel, outros

130 alunos das oficinas tentam na ponta dos pés realizar o so-nho de seguir carreira na dança. As aulas que iniciaram em 1991, completam 25 anos de história em Criciúma em dezembro de 2016.

“Estou muito feliz, pois iniciei minha carreira de professor na Fundação Cultural nas oficinas e continuei persistindo no sonho de trazer as crianças e jovens para o mundo da dança”, destaca o professor Valter Savi.

Os encontros ocorrem de se-gunda à sexta-feira, no Teatro Elias Angeloni, e contam com a participação de alunos de 5 a 45 anos. “As turmas estão sempre lo-tadas e tentamos atender todos. Não formamos alunos em dança-rinos, mas, ajudamos com certe-za a maioria a encontrar seu ta-lento na dança, expressando-se através de movimentos. Muitos professores da cidade já passa-ram por aqui, tenho orgulho de dizer isso”, afirma Savi.

Maria Eduarda Souza, 9 anos, iniciou as aulas recentemente e já está apaixonada pelos pas-sos de balé clássico ensinados

na oficina. “Gosto muito e quero vir todos os dias. Não conhecia nenhum passo e agora já apren-di vários, pois meus colegas e o professor ajudam muito. Quero ser bailarina e dar aula de dança”, conta. O grupo realiza apresenta-ções em eventos da região e, de acordo com o professor Valter, o objetivo das oficinas não é com-petir e sim contribuir para o de-senvolvimento social e cultural dos alunos.

“Não cobramos dos alunos mensalidades, pois temos cons-ciência que a maioria não tem condições de pagar”, complenta Valter. O professor também des-taca que alguns pais ajudam na compra dos figurinos, sapatilhas e outros acessórios. “Algumas or-ganizações privadas contribuem com o nosso trabalho. Nós pre-cisamos muito e pedimos ajuda para continuar nossas atividades”, comenta. A comemoração dos 25 anos das oficinas será realizada nos dias 2 e 3 de dezembro, no Teatro Elias Angeloni. O evento contará com participação de gru-pos musicais, apresentações de dança e grupos de balé.

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Apresentação no último “Natal dos Sonhos” emocionou as pessoas que prestigiaram o evento

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Cinema e educação são aliados em projeto da Casa da Cultura

A pequena Gabriela Gonçalves presta atenção nos detalhes

de cada filme exibido na tela de cinema da Casa da Cultura Pro-fessora Neusa Nunes Vieira, no Centro de Criciúma. A aluna da escola Antônio Milanez Neto, no bairro Maria Céu, nunca visitou uma sala de cinema, mas adora participar das sessões do “Cine-FCC” com os colegas de classe. “Meus amigos e eu sempre as-sistimos bons filmes e adoramos visitar a Casa da Cultura. Hoje aprendemos sobre o Sambaqui e foi muito legal”, conta a jovem.

O projeto “CineFCC” que ini-ciou em 2012, ocorre todas as terças-feiras, no período da ma-nhã, e recebe alunos das escolas municipais para assistirem pro-duções de diversas categorias e gêneros.

A coordenadora da Casa da Cultura, Giorgiana Cunha, expli-ca que os filmes são produções brasileiras apresentadas na Mos-tra de Cinema Infantil. O Evento ocorre em 156 cidades de Santa

Catarina. Na última edição reali-zada em Criciúma contou com a participação de 1,5 mil crianças e proporcionou a experiência de assistir uma sessão de cinema.

“Os pequenos lotam a sala e se divertem com os filmes que passamos. Ficamos felizes com a popularização do nosso projeto, pois sabemos que a maioria das crianças nunca esteve em uma sala de cinema. Aqui, eles podem ter contato com os filmes e am-

pliar seu repertório cultural”, afir-ma a coordenadora.

A professora de Geografia, Fa-biola Bez, destaca que os filmes exibidos na Casa da Cultura são aliados para explicar os conteú-dos. “A línguagem simples facilita o entendimento. Além disso, a fotografia chama atenção e eles gostam muito”, comenta.

O CineFCC recebe apoio da Secretaria de Educação Munici-pal.

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Ação é realizada todas as terças-feiras e conta com a participação de alunos das escolas de Criciúma

Gabriela, atenciosa acompanha os curta-metragens na Casa da Cultura

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Os filmes exibidos no CineFCC fazem parte da Mostra de Cinema Infantil de Santa Catarina

Patrimônio Cultural: história preservada através de monumentos

Basta caminhar pelo centro da Criciúma para admirar cons-

truções e monumentos que re-metem ao passado. A Casa Lon-dres, na Praça Nereu Ramos, a Casa do Vô Justi, na Avenida Uni-versitária e o Museu Histórico e Geográfico Augusto Casa Gran-de, no bairro Comerciário, são alguns dos 21 espaços tombados como Patrimônio Histórico do Município.

O Serviço de Patrimônio Histó-rico, Artístico e Natural do Muni-cípio (Spham) constatou, através de pesquisa, que em Criciúma existem 210 bens considerados culturais.

“Sabemos que existem mui-to mais, porém ainda não estão devidamente inventariados. Es-sas obras são objetos religiosos, monumentos, imóveis, tudo o que contribuiu para a formação da cidade”, explica a historiadora do Spham, Cinara Gomes do Nas-

cimento. Hoje 21 construções estão tombadas conforme a Lei Nº 3700/1998 do município, que garante a proteção de todos as obras e bens considerados histó-ricos. A historiadora destaca que o tombamento é uma das for-mas de acautelamento mais an-tigas do Brasil e os proprietários podem continuar usufruindo do imóvel normalmente após a me-dida. O processo pode ser feito pela administração federal, esta-dual e municipal.

“Quando se tem um bem tom-bado, você não perde o direito jurídico sobre ele, ou seja, você continua sendo o dono, afinal qualquer cidadão pode fazer o pedido de tombamento. No caso de um imóvel, você pode vendê--lo. Você pode transformar o uso dele, como, por exemplo, a an-tiga Casa Londres, que era uma residência e loja e hoje é usada somente como loja”, afirma.

O que acontece após o tomba-mento de obras e como o pro-prietário deve prosseguir?

Após o processo de tomba-mento o proprietário do imóvel é notificado se a construção foi tombada parcialmente - quando se tomba apenas as fachadas, ou total - quando não pode realizar intervenções no interior e ex-terior do imóvel. A partir disto, todas as reformas deverão ser analisadas pelo Spham e pela Comissão Técnica de Relatórios e Sugestões para o Tombamento de Bens Municipais, afim de man-ter as características originais da obra. Assim, se o dono não comunicar o órgão responsável pelo tombamento ele poderá ser multado de acordo com o dano causado e previsto em lei muni-cipal. Mais informações no site do Intituto de Patrimônio Artís-tico Nacional (Iphan) acesse em: http://portal.iphan.gov.br/.

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Monumento das Etnias, no Parque Centenário, representa as culturas que colonizaram Criciúma.

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Em Criciúma, existem 210 bens considerados culturais, mas apenas 21 são tombados