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AVM Faculdade Integrada Contabilidade Governamental Gerlandy Martins da Cruz Padrão A CRIAÇÃO DA CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO (CGU) AS FINALIDADES E ATUAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO Dissertação apresentada à AVM Faculdade Integrada como parte integrante do conjunto de tarefas avaliativas da disciplina Controle Interno e Externo. Róbison Gonçalves de Castro

TAREFA 2 CGU

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CRIAÇÃO DA CGU

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Page 1: TAREFA 2  CGU

AVM Faculdade IntegradaContabilidade Governamental

Gerlandy Martins da Cruz Padrão

A CRIAÇÃO DA CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO (CGU)

AS FINALIDADES E ATUAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Dissertação apresentada àAVM Faculdade Integrada como parte integrante

do conjunto de tarefas avaliativas da disciplinaControle Interno e Externo.

Róbison Gonçalves de Castro

Rio de Janeiro2015

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SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 3

II. DESENVOLVIMENTO................................................................................................................. 3

III. CONCLUSÃO.............................................................................................................................. 7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................................8

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I. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo a realização de uma dissertação sobre os

enunciados: A criação da Controladoria Geral da União (CGU) e as finalidades e

Atuação do Sistema de Controle Interno.

II. DESENVOLVIMENTO

1. CRIAÇÃO DA CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO (CGU)

A Controladoria Geral da União (CGU), típica agência anticorrupção do país, foi criada

em 28 de maio de 2003, com a publicação da Lei nº 10.683.

A CGU é o órgão encarregado de assistir direta e imediatamente ao Presidente da

República no desempenho de suas atribuições quanto aos assuntos que, no âmbito do

Poder Executivo, sejam relativos à defesa do patrimônio público e ao incremento da

transparência da gestão, por meio das atividades de controle interno, auditoria pública,

correição, prevenção e combate à corrupção, e ouvidoria.

A CGU exerce, como órgão central, a supervisão técnica dos órgãos que compõem o

Sistema de Controle Interno e o Sistema de Correição e das unidades de ouvidoria do

Poder Executivo Federal, prestando a orientação normativa necessária.

Em 2003, a lei de criação da CGU incorporou, à estrutura do novo órgão, as funções da

então Corregedoria-Geral da União – instituída em 2001 pela Medida Provisória n°

2.143-31 – que tinha o propósito de combater, no âmbito do Poder Executivo Federal, a

fraude e a corrupção e promover a defesa do patrimônio público.

Antes da Lei 10.683, as atividades de controle interno e de ouvidoria já eram

desempenhadas pela Secretaria Federal de Controle Interno (SFC) e pela Ouvidoria-

Geral da União (OGU), respectivamente. Essas duas unidades, antes vinculadas ao

Ministério da Fazenda (SFC) e ao Ministério da Justiça (OGU), passaram a ser

vinculadas à então Corregedoria-Geral da União em 28 de março de 2002, com a

publicação do Decreto n° 4.177.

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O Decreto n° 5.683, de 24 de janeiro de 2006, alterou a estrutura da CGU, conferindo

maior organicidade e eficácia ao trabalho realizado pela instituição e criando a

Secretaria de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas (SPCI), responsável

por desenvolver mecanismos de prevenção à corrupção. Assim, a CGU passou a ter a

competência não só de detectar casos de corrupção, mas de antecipar-se a eles,

desenvolvendo meios para prevenir a sua ocorrência.

Com o Decreto nº 8.109, de 17 de setembro de 2013, novas mudanças institucionais

foram realizadas para adequar a atuação da Controladoria aos novos desafios que

surgiram longo dos anos, e a SPCI passa a ser chamada de Secretaria de

Transparência e Prevenção da Corrupção (STPC), que dispondo de uma estrutura

compatível com a dimensão e relevância de suas competências, em especial, com as

leis de Acesso à Informação, de Conflito de Interesses e Anticorrupção.

A Controladoria-Geral da União (CGU) acredita que a transparência é o melhor antídoto

contra corrupção, dado que ela é mais um mecanismo indutor de que os gestores

públicos ajam com responsabilidade, e que uma gestão pública transparente permite à

sociedade, com informações, colaborar no controle das ações de seus governantes,

com intuito de checar se os recursos públicos estão sendo usados como deveriam.

A CGU tem como titular o Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, e

sua estrutura básica é constituída por: Gabinete, Assessoria Jurídica, Conselho de

Transparência Pública e Combate à Corrupção, Comissão de Coordenação de Controle

Interno, Secretaria-Executiva, Corregedoria-Geral da União, Ouvidoria-Geral da União e

2 (duas) Secretarias, sendo 1 (uma) a Secretaria Federal de Controle Interno.

2. AS FINALIDADES E ATUAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

O Controle Interno integra a estrutura organizacional da Administração, tendo por

função acompanhar a execução dos atos e apontar, em caráter sugestivo, preventivo

ou corretivamente, as ações a serem desempenhadas. Além disso, note-se o caráter

opinativo do Controle Interno, haja vista que o gestor pode ou não atender à proposta

que lhe seja indicada, sendo dele a responsabilidade e risco dos atos praticados.

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De acordo com a Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores –

INTOSAI, controle interno é um processo integrado efetuado pela direção e corpo de

funcionários, e é estruturado para enfrentar os riscos e fornecer razoável segurança de

que na consecução da missão da entidade os seguintes objetivos gerais serão

alcançados: execução ordenada, ética, econômica, eficiente e eficaz das operações;

cumprimento das obrigações de accountability; cumprimento das leis e regulamentos

aplicáveis; salvaguarda dos recursos para evitar perdas, mau uso e dano.

A Lei 4320/64 previu como atribuição do controle interno a prática de verificação prévia,

concomitante e subsequente da legalidade dos atos de execução orçamentária. A

verificação prévia ou a adoção do controle a priori significou, em termos práticos, uma

transformação da tradicional sistemática do registro prévio, anteriormente executada

pelo Tribunal de Contas.

Posteriormente, a Reforma Administrativa implantada pelo Decreto Lei N.º 200/67

determinou a criação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo, com vistas a:

(i) criar as condições para eficácia do controle externo, conforme já mencionado; (ii)

acompanhar a execução de programas de trabalho e do orçamento; e (iii) acompanhar

os resultados alcançados pelos administradores e verificar a execução dos contratos.

Na Constituição Federal de 1988, o controle da Administração Pública foi bem

delineado, fazendo referência ao sistema de controle interno, que deve ser

institucionalizado, mediante lei, em cada esfera de governo.

Nos três níveis, envolve um conjunto de atividades de controle exercidas internamente

em toda a estrutura organizacional, sob a coordenação de um órgão central (ou cargo

devidamente formalizado).

Segundo a Constituição Federal de 1988, temos:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

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I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.

Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

O Controle na administração pública já era muito importante, e com o advento da Lei

nº 101 de 04 de maio de 2000 - Lei de responsabilidade Fiscal (LRF) passou a ser um

dos principais pontos, é preciso ter um sistema de controle e informações muito

eficientes.

De acordo com a LRF o responsável pelo controle interno: assinará o relatório de

gestão Fiscal juntamente com o titular do poder ou Órgão e responsável pela

administração financeira (art. 54, LRF); será responsável pela certificação dos dados

contábeis relativos a pessoal, dívida, inscrição de despesas em restos a pagar e

demais informação a servem divulgadas nos relatórios resumidos da execução

orçamentária e de gestão fiscal; será responsável pela orientação normativa, pela

supervisão técnica e fiscalização específica de todos os atos da gestão fiscal,

objetivando o cumprimento das normas estabelecidas na Lei de Responsabilidade

Fiscal e outras; deverá manter acompanhamento das metas bimestrais de arrecadação,

das limitações de empenho, dos limites com gastos com pessoal, dos limites de

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endividamento, dos gastos com serviços de terceiros e outros; e, deverá ser o

responsável pela prestação de contas anual.

Os Tribunais de Contas e os órgãos de controle, em geral, ganham com a LRF, novos e

eficazes instrumentos de controle sobre as finanças públicas, inclusive com a inserção

de mecanismos de alerta previsto no art. 59 da Lei.

Os sistemas de controle interno, além da obrigatoriedade prevista nas Legislações

mencionadas, permite aos gestores acompanhar o desenvolvimento dos serviços

públicos, a adequada aplicação dos recursos e da indispensável preservação do

patrimônio público e, ainda, garante a transparência das contas públicas.

III. CONCLUSÃO

Quando o controle interno é implementado de maneira a cumprir suas funções

corretamente traduz-se em resultados positivos para a administração pública. Ademais,

bons resultados devem ser buscados pela gestão pública, não só pelas exigências

legais, mas também porque a gestão do patrimônio público exige uma sistemática de

controle de suas ações.

Cabe ressaltar que existe uma série de atividades que podem ser utilizadas para a

melhoria nos procedimentos de controle interno para a busca da qualidade dos

serviços, tais como: ênfase em treinamento com base na qualidade; “reforço” na busca

de solução dos problemas detectados; elaboração de planos de ação para atingir

metas; prioridade ao cidadão; busca de cultura de redução de desperdícios; motivação

dos funcionários; revisão e elaboração contínua dos processos, através da utilização de

fluxogramas; destinação de recursos para equipamentos de informática e treinamento

de funcionários; estabelecimento de metas por equipes, controle e avaliação dos

resultados obtidos.

Por fim, cabe destacar que é fundamental que as ações de controle interno sejam

aperfeiçoadas de forma contínua e permanente para que se possam atingir níveis

satisfatórios de desempenho e busca de qualidade superior nos serviços oferecidos aos

cidadãos com o intuito de promoção do bem comum.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Constituição Federal (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.

Brasília, DF: Senado, 1988.

BRASIL. Decreto-Lei nº. 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sôbre a organização

da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá

outras providências. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0200.htm> Acesso em: mar. 2015

BRASIL. Lei nº. 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de direito

financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos

Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm Acesso em: mar.2015

BRASIL. Lei Complementar n° 101, de 04 de maio de 2000. Estabelece normas de

finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras

providências. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm>

Acesso em: mar. 2015

SILVA, Lino Martins. Contabilidade Governamental. 9. ed. São Paulo: Editora Atlas,

2011.

Sites:

< http://www.cgu.gov.br/ > em 10/03/2015

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