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TAÍS VARGAS FREIRE MARTINS LUCIO
PERFIL DA PRODUÇÃO ACADÊMICA
SOBRE A REDE GLOBO DE TELEVISÃO
Universidade Metodista de São Paulo
Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
São Bernardo do Campo, 2008
1
TAÍS VARGAS FREIRE MARTINS LUCIO
PERFIL DA PRODUÇÃO ACADÊMICA
SOBRE A REDE GLOBO DE TELEVISÃO
Dissertação apresentada em cumprimento
parcial às exigências do Programa de Pós-
Graduação em Comunicação Social, Da
UMESP - Universidade Metodista de São Paulo
– para a obtenção do grau de Mestre.
Orientadora: Profª. Drª. Sandra Lúcia Amaral
Assis Reimão
Universidade Metodista de São Paulo
Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
São Bernardo do Campo, 2008
2
FOLHA DE APROVAÇÃO
A dissertação ......................................................................................................................
elaborada por ................................................., foi defendida no dia ......... de ...................
de ............., tendo sido:
( ) Reprovada
( ) Aprovada, mas deve incorporar nos exemplares definitivos modificações
sugeridas pela banca examinadora, até 60 (sessenta) dias a contar da data da defesa.
( ) Aprovada
( ) Aprovada com louvor
Banca Examinadora:
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
Área de Concentração: Processos Comunicacionais
Linha de Pesquisa: Comunicação Massiva
Projeto Temático: Livros e Outras Mídias
3
DEDICATÓRIA
Á meu pai, José Freire (in memorian),
À minha mãe, Sueli,
Aos meus filhos, Sarah e José Pedro,
Ao meu marido,Sérgio.
4
AGRADECIMENTOS
À Deus pela realização deste sonho.
À orientadora Profa. Dra. Sandra Reimão pelo incentivo e ajuda nos momentos difíceis durante a caminhada do mestrado.
À CAPES pelo financiamento da pesquisa.
Aos Profs. pelas dicas preciosas.
Aos colegas do curso de Mestrado.
Aos meus pais que sempre acreditaram que eu conseguiria.
Aos meus irmãos pelo incentivo .
Ao meu marido pela paciência e pelo companheirismo .
Aos meus filhos queridos .
5
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo traçar o perfil da produção acadêmica sobre a Rede
Globo de Televisão. Para isto, utilizamos como fonte de pesquisa teses de doutorado e
dissertações de mestrado defendidas em programas de pós -graduação no Brasil e
repertoriadas no banco de teses da CAPES. Foram analisadas 145 publicações
acadêmicas no período de 1987 a 2006. Na abordagem analítica do perfil desta
produção destacam-se: ano de produção; instituição de ensino de origem; região
geográfica; nível acadêmico, área de estudo e gênero dos autores.
Palavras-chave: Rede Globo de Televisão; Produção Acadêmica; Telejornalismo;
Telenovela
6
ABSTRACT
This work has as an objective to trace the profile of the academic production on the
Globo Network Television. For this, we use as source research works of master’s
degree dissertations and doctorate thesis defended in pos-graduate programs in Brazil
in repertoried bank of thesis of CAPES. 145 academic publications in the period of 1987
through 2006 had been analyzed. In the analytical approach of the profile of this
production we distinguish: year of production; institution of origin; geographic region;
academic level, area of study and gender of the authors.
Key words: Globo Network Television; Academic production; Telejournalism; Soap
Opera
7
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Número de Pesquisadores por Gênero que Produziram Trabalhos
Acadêmicos sobre Telejornalismo..............................................................................
38
Gráfico 2 – Total de Trabalhos por Instituição sobre Telenovela............................... 44
Gráfico 3 – Trabalhos por Área de Estudo sobre Telenovela.................................... 47
Gráfico 4 – Número de Autores por Gênero que Produziram Trabalhos
Acadêmicos sobre Telenovela....................................................................................
47
Gráfico 5 – Total de Trabalhos por Ano – Rede Globo de Televisão........................ 50
Gráfico 6 – Total de Trabalhos por Estado sobre o Tema Rede Globo de
Televisão.....................................................................................................................
53
Gráfico 7 – Total de Trabalhos por Região sobre o Tema Rede Globo de
Televisão.....................................................................................................................
53
Gráfico 8 – Total de Trabalhos por Área de Estudo sobre Rede Globo de
Televisão.....................................................................................................................
54
Gráfico 9 – Total de Trabalhos (ME+DO) por Ano de Defesa................................. 57
Gráfico 10 – Instituições de Ensino que Produziram Teses e Dissertações sobre
os Temas Rede Globo de Televisão, Telejornalismo e Telenovela............................
58
Gráfico 11 – Total de Trabalhos (ME+DO) por Nível Acadêmico.............................. 59
Gráfico 12 – Nível Acadêmico dos Trabalhos............................................................ 60
Gráfico 13 – Trabalhos (ME+DO) por Região Geográfica......................................... 61
Gráfico 14 – Total de Trabalhos por Estado.............................................................. 62
Gráfico 15 – Total de Trabalhos (ME+DO) por Área de Estudo................................ 63
Gráfico 16 – Número de Pesquisadores por Nível e Gênero dos Autores................ 65
8
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Instituições de Ensino Superior que Pesquisaram sobre a Rede Globo
de Televisão................................................................................................................
25
Quadro 2 – Dissertações e Teses que Pesquisaram sobre o Tema Telejornalismo. 26
Quadro 3 – Número de Teses e Dissertações por Ano que Pesquisaram sobre
Telejornalismo.............................................................................................................
29
Quadro 4 – Número de Instituições de Ensino que Produziram sobre
Telejornalismo.............................................................................................................
30
Quadro 5 – Número de Teses e Dissertações sobre Telejornalismo......................... 31
Quadro 6 – Total de Trabalhos Produzidos por Região e Estado sobre o Tema
Telejornalismo.............................................................................................................
32
Quadro 7 – Número de Dissertações e Teses Produzidas por Área de estudo
sobre o Tema Telejornalismo......................................................................................
33
Quadro 8 – Dissertações e Teses sobre o Tema Telenovela.................................... 35
Quadro 9 – Número de Teses e Dissertações por Ano que Pesquisaram sobre
Telenovela...................................................................................................................
38
Quadro 10 – Número de Instituições de Ensino que Produziram Estudos sobre
Telenovela...................................................................................................................
39
Quadro 11 – Número de Teses e Dissertações sobre o Tema Telenovela............... 40
Quadro 12 – Total de Trabalhos Produzidos por Região e Estado sobre o Tema
Telenovela...................................................................................................................
41
Quadro 13 – Número de Trabalhos sobre Telenovela por Área de Estudo............... 43
Quadro 14 – Dissertações e Teses sobre o Tema Rede Globo de Televisão........... 45
Quadro 15 – Número de Teses e Dissertações por Ano que Pesquisaram sobre
Rede Globo de Televisão............................................................................................
46
Quadro 16 – Universidades e Faculdades que Produziram Trabalhos com o Tema
Rede Globo de Televisão............................................................................................
48
Quadro 17 – Número de Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado sobre
Rede Globo de Televisão............................................................................................
49
9
Quadro 18 – Número de Trabalhos Acadêmicos por Área de Estudo com o Tema
Rede Globo de Televisão............................................................................................
51
Quadro 19 – Número de Autores por Gênero que Produziram Trabalhos
Acadêmicos sobre Rede Globo de Televisão.............................................................
52
Quadro 20 – Total de Trabalhos por Ano de Defesa sobre os Temas Rede Globo
de Televisão, Telejornalismo e Telenovela......................................... ........................
55
Quadro 21 – Nível Acadêmico dos Trabalhos Pesquisados...................................... 57
Quadro 22 – Número de Trabalhos (ME+DO) por Região Geográfica...................... 58
Quadro 23 – Número de Teses e Dissertações por Estado....................................... 60
Quadro 24 – Classificação por Área de Estudo sobre Temas Abordados nas
Teses e Dissertações..................................................................................................
62
Quadro 25 – Gênero de Autores dos Trabalhos Acadêmicos.................................... 63
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Evolução do Número de Cursos de Pós-Graduação no Brasil 1976-
2000....................................................................... .....................................................
15
Tabela 2 – Evolução do Número de Cursos de Pós-Graduação por Dependência
Administrativa..............................................................................................................
16
Tabela 3 – Evolução do Número de Cursos de Pós-Graduação por Região
Geográfica (ME e DO)................................................................................................
17
11
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................13 1. A PESQUISA CIENTÍFICA NO BRASIL............................................................................13 2. OS NÚMEROS DA CAPES..................................................................................................15 3. O BANCO DE TESES...........................................................................................................18 CAPÍTULO I.................................................................................................................................19 1. ALGUNS DADOS SOBRE A REDE GLOBO DE TELEVISÃO.....................................19
1.1. Os Primeiros Anos da Televisão no Brasil..................................................................19 1.2. A TV Globo e os Itens mais Importantes .....................................................................23
CAPÍTULO II ................................................................................................................................26 1. A PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE A REDE GLOBO DE TELEVISÃO................26
1.1. O Universo da Pesquisa ................................................................................................26 2. ANÁLISE DESCRITIVA E COMPARATIVA ABRANGENTE DA PRODUÇÃO.........27
2.1. Tema Telejornalismo ......................................................................................................28 2.1.1. A Produção por Ano ....................................................................................................31
2.1.2. A Produção por Instituição de Ensino ..................................................................32 2.1.3. A Produção por Nível Acadêmico .........................................................................34 2.1.4. A Produção por Região Geográfica ......................................................................35 2.1.5. A Produção por Área de Estudo............................................................................36 2.1.6. A Produção por Gênero dos Autores....................................................................37
2.2. Tema Telenovela .............................................................................................................38 2.2.1. A Produção por Ano ................................................................................................41 2.2.2. A Produção por Instituição de Ensino ..................................................................42 2.2.3. A Produção por Nível Acadêmico .........................................................................44 2.2.4. A Produção por Região Geográfica ......................................................................45 2.2.5. A Produção por Área de Estudo............................................................................46 2.2.6. A Produção por Gênero dos Autores....................................................................47
2.3. Tema Rede Globo de Televisão ...................................................................................48 2.3.1. A Produção por Ano ................................................................................................49 2.3.2. A Produção por Instituição de Ensino ..................................................................51 2.3.3. A Produção por Nível Acadêmico .........................................................................52 2.3.4. A Produção por Região Geográfica ......................................................................53 2.3.5. A Produção por Área de Estudo............................................................................54 2.3.6. A Produção por Gênero dos Autores....................................................................55
CAPÍTULO III ..............................................................................................................................56 1. ANÁLISE CONCLUSIVA DOS TEMAS .............................................................................56
1.1. Por Ano de Defesa dos Trabalhos Acadêmicos ........................................................56 1.2. Por Instituição de Ensino Superior ...............................................................................58 1.3. Por Nível Acadêmico dos Trabalhos............................................................................59 1.4. Por Região Geográfica e Estado de Origem dos Trabalhos....................................60
1.4.1. Por Região Geográfica............................................................................................60
12
1.4.2. Por Estado de Origem.............................................................................................61 1.5. Por Área de Estudo.........................................................................................................63 1.6. Por Gênero dos Autores ................................................................................................65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................66 ANEXOS ......................................................................................................................................69
13
INTRODUÇÃO
1. A PESQUISA CIENTÍFICA NO BRASIL
A pesquisa científica no Brasil é um tema abordado por vários autores de
diversas áreas de estudo e pesquisadores da comunidade acadêmica, bem como suas
produções e práticas. Neste estudo será comentado, mais especificamente, sobre a
pesquisa no âmbito da Pós-Graduação. O programa de Pós-Graduação da
universidade brasileira, apesar de recente, da década de 1960, demonstra excelentes
resultados, podendo inclusive ser comparado aos grandes centros de estudos pós-
graduados mundiais.
Em decorrência da breve história da existência da universidade brasileira, convive-se, ainda hoje, com um baixo índice de doutores pesquisadores em nosso país, apesar da positiva evolução ocorrida nos últimos dez anos, quando a pós-graduação brasileira passou de 1.005 doutores titulados em 1987, para 2.972 doutores em 1996, apontando um crescimento de 196%. Contudo, se em países como Alemanha, Estados Unidos e Japão, o número de doutores representa 0,4% da população, no Brasil, este número cai para 0,02%, dado que vem ressaltar, ainda mais, a alta qualidade individual de nossos cientistas. (VASCONCELOS, M. L., 1999)
O PNPG1 discute , atualmente , o crescimento da pós-graduação enfocando as
regiões menos desenvolvidas do país, uma vez que há uma grande concentração
destes pesquisadores em algumas poucas regiões do Brasil. Dados do
MEC/Sesu/DAIN 2 nos informam que, em 1993, enquanto a região sudeste possuía
cerca de 11.000 mestres e doutores, os números da região norte não atingiam a 1.500
titulados. Pode-se verificar que a ocorrência deste dado também aparece nesta
pesquisa, referente a produção acadêmica sobre a Rede Globo de Televisão.
Pode-se detectar que a Região Sudeste pesquisou mais sobre os três temas
aqui trabalhados: “Telejornalismo Globo”, “Telenovela Globo” e “Rede Globo de
1 PNPG – Plano Nacional de Pós-Graduação, uma política norteadora do setor de Pós-Graduação que discute problemas administrativos e acadêmicos da comunidade científica brasileira. 2 IV Plano Nacional de Pós-Graduação. Ministério da Educação e Cultura.
14
Televisão” e, ainda, que o Estado de São Paulo detém a maioria das pesquisas
científicas acadêmicas da região e do país.
A CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, foi
criada em 1951 e originalmente era chamada de Campanha Nacional de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), hoje tem se expressado na
expansão e consolidação da pós-graduação Stricto Sensu (mestrado e doutorado) em
todo país. Atualmente, o país conta com mais de 1.549 cursos de mestrado e 862 de
doutorado 3. Essa expansão da pós-graduação é evidenciada pela evolução do
contingente de alunos. Em 1976 foram titulados 2.387 alunos, sendo apenas 188
doutores. Em 2000, o número de titulados elevou-se para 23.718, destes, 5.344
doutores. Entre 1976 e 1994, o ensino superior cresceu cerca de 30%. A pós-
graduação, no mesmo período, cresceu 130%.
Este crescimento também aparece nas produções de revistas científicas que, de
1994 a 2001, dobrou o número de artigos de cientistas brasileiros publicados em
revistas indexadas de referência internacional. Segundo Abílio Afonso Baeta Neves,
Presidente da CAPES, atualmente, o Brasil ocupa o 21º lugar na produção tecnológica
e mundial. A Capes tem grande contribuição neste processo, uma vez que detém uma
política de fomento associada a uma boa administração. O fomento da Capes se dá
fundamentalmente pela concessão de bolsas no país e no exterior e pelo apoio às
atividades dos cursos de mestrado e doutorado. Atualmente, são distribuídas 21 mil
bolsas de mestrado e doutorado no país através dos programas de pós-graduação e
cerca de 1.500 bolsas no exterior. (NEVES, A. A. B., 2002).
3 CAPES/ Ministério da Educação e Cultura.
15
2. OS NÚMEROS DA CAPES
Com objetivo dedicado a consolidação da pós-graduação brasileira e formação
de cientistas, pesquisadores e profissionais qualificados que contribuem de forma
significativa para o desenvolvimento da educação no país, a CAPES, com pouco mais
de cinqüenta anos, mostra seu surpreendente resultado. As informações disponíveis
indicam uma significativa expansão da pós-graduação Stricto Sensu. Na tabela 1
percebe-se que no ano de 1976 existiam no país 561 cursos de mestrado e 200 de
doutorado. No ano de 2000, 1453 cursos de mestrado e 821 cursos de doutorado e, no
período de 1995 a 2000, ocorreu um crescimento de 25% nos mestrados e de 33% nos
cursos de doutorado.
Tabela 1 – Evolução do Número de Cursos de Pós-Graduação no Brasil 1976-2000
Ano Mestrado Doutorado Total 1976 561 200 761 1978 664 235 899 1980 726 277 1003 1982 760 301 1061 1984 792 333 1125 1986 829 353 1182 1988 899 402 1301 1990 964 450 1414 1992 1018 502 1520 1994 1119 594 1713 1996 1186 629 1815 1998 1291 695 1986 2000 1453 821 2274
Fonte: CAPES/MEC
No capítulo 2 é possível encontrar a descrição do objeto de estudo, as
dissertações e teses e classificados por critérios como: instituição de origem, nível
acadêmico, ano de defesa, gênero dos autores, região geográfica e área de estudo,
além de apresentar características que , depois de analisadas, traçam o perfil da
produção acadêmica sobre a Rede Globo de Televisão. Muitos destes critérios
16
coincidem, de forma proposital, em alguns casos, com os critérios avaliados pela Capes
e que aqui estão representados na forma de tabelas.
Sobre a dependência administrativa, pública ou privada, dos cursos de pós-
graduação (Tabela 2), a Capes mostra um predomínio das instituições públicas que
atualmente absorve 89% do total dos cursos de mestrado e 92% de doutorado. Este
dado também aparece nesta pesquisa, quando da conclusão, a USP – Universidade de
São Paulo é a instituição que possui o maior número de trabalhos que pesquisaram
sobre a Rede Globo de Televisão em forma de dissertações de mestrado e teses de
doutorado.
Tabela 2 – Evolução do Número de Cursos de Pós-Graduação por Dependência Administrativa
Ano Particular Estadual Federal Municipal Total ME DO ME DO ME DO ME DO
1987 79 33 279 193 503 159 1246 1989 89 42 302 215 545 173 1366 1991 95 45 323 228 563 199 1453 1993 97 47 338 246 604 231 1563 1995 112 54 365 274 682 288 1775 1997 115 55 396 287 738 316 1907 1999 148 65 426 309 811 377 3 1 2140 2000 174 69 441 323 835 428 3 1 2274
Fonte: CAPES/MEC
De acordo com Ferreira e Moreira (2002), apesar da CAPES trabalhar com:
O objetivo de atenuar a existência da concentração regional dos programas de pós-graduação constata-se a persistência de acentuado desequilíbrio na sua distribuição no país. A Região Sudeste concentra 60% dos programas de mestrado e 71% de doutorado, ao passo que a Região Norte detém apenas 2% dos mestrados e 1,5% dos cursos de doutorado existentes no país.
17
Pode-se exemplificar este dado com a tabela 3.
Tabela 3 – Evolução do Número de Cursos de Pós-Graduação por Região Geográfica
(Mestrado e Doutorado)
Ano Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
ME DO ME DO ME DO ME DO ME DO
1987 36 4 119 10 18 5 574 340 114 26
1988 40 5 120 10 18 5 599 352 122 30
1989 42 7 124 13 18 5 624 373 126 30
1990 42 10 126 14 18 5 645 385 131 36
1991 43 10 128 18 18 5 657 397 136 38
1992 44 11 140 22 20 6 670 415 144 48
1993 48 13 145 26 21 6 677 431 148 51
1994 52 14 160 35 24 8 712 477 171 60
1995 57 15 164 36 25 8 731 493 182 64
1996 58 16 172 37 27 8 738 498 191 70
1997 64 18 179 42 27 8 772 514 207 76
1998 68 20 186 49 27 8 791 531 219 87
1999 73 21 202 60 28 8 842 555 243 108
2000 80 24 211 76 32 11 872 582 258 128 Fonte: CAPES/MEC
18
3. O BANCO DE TESES
O banco de teses da Capes tem por objetivo facilitar o acesso a informações
sobre teses e dissertações defendidas junto a programas de pós-graduação do país,
fazendo parte do Portal de Periódicos da Capes/MEC e disponível para qualquer
pessoa no site http://www.capes.gov.br/servicos/bancoteses.html. Para pesquisa a
Capes disponibiliza ferramenta de busca e consulta por autor, títulos e palavras-chave.
O material disponível relativo a teses e dissertações está em forma de resumos que
foram diretamente fornecidos pelos programas de pós-graduação e que se
responsabilizam pela veracidade dos dados.
Para esta pesquisa temos três palavras–chave: “Telejornalismo Globo”,
“Telenovela Globo”, “Rede Globo de Televisão”, no intervalo de tempo de 1987 até
2006, e que resultaram em 62, 49 e 34 trabalhos respectivamente. Como forma de
melhor visualização, os dados captados foram reorganizados e dispostos nos anexos:
Anexo 1 – Banco de Teses Capes – Trabalhos Acadêmicos sobre a Rede Globo de
Televisão com tema ‘Telejornalismo Globo’; Anexo 2 - Banco de Teses Capes –
Trabalhos Acadêmicos sobre a Rede Globo de Televisão com tema ‘Telenovela Globo’;
e Anexo 3 – Banco de Teses Capes – Trabalhos Acadêmicos sobre a Rede Globo de
Televisão com tema ‘Rede Globo de Televisão’. Cada tabela está subdivida em autor,
título do trabalho, orientador, nível acadêmico, ano de defesa, instituição de origem e
resumo. O último acesso foi feito em 21 de agosto de 2007.
19
CAPÍTULO I
1. ALGUNS DADOS SOBRE A REDE GLOBO DE TELEVISÃO
1.1. Os Primeiros Anos da Televisão no Brasil
A televisão brasileira foi inaugurada oficialmente no dia 18 de setembro de 1950,
em estúdios instalados em São Paulo, graças ao pioneirismo do jornalista Assis
Chateaubriand. A TV Tupi-Difusora, canal 3, surgiu numa época em que o rádio era o
veículo de comunicação mais popular do País, atingindo a coletividade brasileira em
quase todos os estados. Ao contrário da televisão norte-americana, que se desenvolveu
apoiando-se na forte indústria cinematográfica, a brasileira teve de se submeter a
influência do rádio, utilizando inicialmente sua estrutura, o mesmo formato de
programação, bem como seus técnicos e artistas.4 Nesta noite foi transmitido um show
de variedades que contou com a presença dos atores: Lima Duarte, Walter Foster, Lia
de Aguiar, Wilma Bentivegna, Romeu Feres e Lolita Rodrigues. A programação foi
assistida pelos proprietários dos duzentos aparelhos distribuídos por Assis
Chateaubriand e através dos 22 televisores expostos nas vitrines de 17 lojas no centro
de São Paulo. O alcance da transmissão foi de cerca de cem quilômetros e abrangeu
cidades como Campinas e Santos. (REIMÃO, 2006). No dia seguinte foi ao ar o
primeiro telejornal brasileiro: “Imagens do Dia”.
O sistema brasileiro de radiodifusão é considerado um serviço público e as
empresas que o integram sempre estiveram sob controle do governo governamental
direto, uma vez que o Estado era quem detinha até cinco de outubro de 1988, data da
nova promulgação a nova constituição brasileira, o direito de conceder e cassar licença
e permissão para uso de freqüências de rádio ou televisão.
4 MATTOS, Sergio. Um Perfil da TV Brasileira: 40 anos de história. Salvador: A Tarde, 1990.
20
O processo de concessão da televisão brasileira, inicialmente, foi efetivado a
partir do favoritismo político. A proliferação de estações de TV começou, entretanto,
muito antes do Golpe Militar de 1964, mais precisamente durante a administração do
presidente Juscelino Kubitschek, e prolongou-se até o governo da Nova República, de
José Sarney. A constituição de 1988 estabeleceu normas e diretrizes que anulam o
critério casuístico utilizado até então.
O modelo brasileiro de televisão segue, portanto, o modelo do desenvolvimento
dependente. Ela é dependente cultural, econômica, política e tecnologicamente (Mattos,
1982 ). Por isso além de divertir e instruir, a televisão favorece aos objetivos capitalistas
de produção, tanto quando oportuniza novas alternativas ao capital como quando
funciona como veiculo de valorização dos bens de consumo produzidos, através das
publicidades transmitidas. Além de ampliar o mercado consumidor da indústria cultural,
a televisão age também como instrumento mantenedor da ideologia e da classe
dominante (Caparelli, 1982).
De 1950 a 1965, a história da televisão brasileira se desenvolveu à margem da
história da família Marinho, que, entretanto, vinha atuando desde 1925 na imprensa
diária, com O Globo, e no rádio desde 1944. A TV Difusora será pioneira também na
América Latina, pois nasce oito dias antes da inauguração da primeira emissora
mexicana, de propriedade da empresa Telesistema Mexicano, ascendente direta do
conglomerado de multimídia Televisa. Na mesma época, inauguram-se também os
estúdios da televisão cubana, a CMQ.5
Se na década de 20 as estações de rádio surgiram quase simultaneamente em
todas as regiões do Brasil, a televisão, ao contrário, começa em São Paulo e no Rio de
Janeiro. A partir destes dois grandes pólos do desenvolvimento urbano e industrial do
país, ela se propagará por todo território nacional. Quando a televisão entra de fato em
franco desenvolvimento, em 1970, essas duas cidades somavam 56% do produto
nacional e 73% da indústria.6
5 A. e M. MATTELART. A Arqueologia de um gênero 6 CAPARELLI, S. Televisão e Capitalismo no Brasil. Porto Alegre, L & PM Editores, 1982.
21
Em 1951 começou a ser transmitida “Sua Vida me Pertence”, a primeira
telenovela brasileira, escrita por Walter Foster, e transmitida em dois capítulos por
semana. Também nesse ano, foi inaugurada a TV Tupi do Rio de Janeiro. Um dos
programas de notícias de maior sucesso na televisão brasileira, o “Repórter Esso”, foi
ao ar em 17 de junho de 1953, na TV Tupi, e sua audiência era tão expressiva que
permaneceu no ar até 31 de dezembro de 1970.
A TV Record, canal 7, terceira emissora de televisão a surgir em São Paulo,
transmitiu o primeiro seriado de aventuras produzido no Brasil: “Capitão7”, e, em 1955,
lançou “A Grande Gincana Kibon”, um dos programas infantis de maior sucesso na TV
e que foi transmitido por dezesseis anos. Além disso, fez muito sucesso na TV Tupi
também o programa de perguntas e respostas “O Céu é o Limite”, apresentado por J.
Silvestre. Alguns formatos desses programas foram inspirados na TV americana.
A programação da televisão brasileira em seus primeiros anos é considerada como sendo ‘elitista’: teatro clássico e de vanguarda, música popular e erudita e alguns poucos shows mais populares. Nesses primeiros anos, o próprio aparelho de TV era um objeto possuído pela elite. (REIMÃO, 2006, p. 21).
Depois de apenas seis anos, as três emissoras de São Paulo conseguiram
faturar mais do que as treze emissoras de rádio juntas. Estima-se que, em 1955, a
audiência da televisão já atingia cerca de um milhão e meio de telespectadores.
(MATOS, 2000, p. 263). Isso porque , somente em 1959, a AEG Telefunken lançou no
país o seu primeiro televisor, em preto e branco, com 21 polegadas, ou seja, todos os
aparelhos que aqui existiam eram importados.
Em 1957 havia dez emissoras de televisão no Brasil. Em 1958 foi inaugurada a
TV Cultura, canal 2, de São Paulo. Em 1959, além de São Paulo e Rio de Janeiro,
havia emissoras também em Belo Horizonte, Porto Alegre, Ribeirão Preto e Bauru.
(ORTIZ, 1991).
Em 1960, no dia 7 de setembro, foi inaugurada, por um grupo de empresários
santistas, a TV Excelsior. Ainda neste ano, em 19 de novembro, o grupo dos Diários
Associados, sob o comando de Assis Chateaubriand, inaugura em Salvador, a TV
Itapoan, que seria vendida 37 anos depois ao grupo da TV Record, do Bispo Edir
Macedo da Igreja Universal.
22
A TV Tupi usou pela primeira vez o videoteipe numa adaptação de “Hamlet”, de
William Shakespeare, dirigida por Dionísio de Azevedo. Em 1962, a televisão absorvia
24% dos investimentos públicos do país e em 27 de novembro do mesmo ano, com
objetivo de defender os direitos dos donos de emissoras de rádio e TV, foi fundada a
Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT).
Vai ao ar, em 1963, a primeira telenovela brasileira em capítulos diários: “25499
– Ocupado”, produzida pela TV Excelsior, dirigida por Tito Moglio e estrelada por
Tarcísio Meira e Glória Menezes. Neste ano a televisão brasileira começou a transmitir
os grandes shows musicais.
No ano do golpe militar, em 1964, havia no país 34 estações de televisão e mais
de 1,8 milhão de aparelhos receptores. Da realização do III Congresso Brasileiro de
Radiodifusão, no Rio de Janeiro, presidido por João Calmon, elaborou-se e aprovou-se
o primeiro código de ética da radiodifusão no Brasil, que permaneceu em vigência até
setembro de 1980, quando foi substituído por outro, aprovado durante o XII Congresso
Brasileiro de Radiodifusão. (MATOS, 2000, p. 269).
O ano de 1965 foi bastante importante para a história da televisão brasileira: em
26 de abril foi inaugurada a TV Globo, no Rio de Janeiro. Na TV Record o programa “O
Fino da Bossa” reuniu Elis Regina e Jair Rodrigues, marcando o início de uma série de
musicais de grande sucesso. Também na TV Record, foi ao ar o programa “Jovem
Guarda”, com Roberto Carlos. A TV Excelsior realizou o primeiro Festival de Música
Popular Brasileira, o vencedor foi Edu Lobo com a música “Arrastão”, interpretada por
Elis Regina. A telenovela “O direito de Nascer” produzido pela Rede Tupi bateu todos
os recordes de audiência. Começou a distribuição, em nível nacional, dos programas
gravados em videoteipe e produzidos no Rio de Janeiro e São Paulo.
Em 1965 foi criada a Embratel, Empresa Brasileira de Telecomunicações
que tinha as seguintes funções : unir os diversos Estados da Federação através de um
sistema de microondas,que ocorreu em 1972; construir uma estação terrestre de
comunicação por satélite, que foi inaugurada em 1969, e lançar as bases de uma rede
nacional de televisão. Este plano de expansão previa a criação de pelo menos um canal
de televisão VHF em cada grande cidade. Em fevereiro de 1972 ocorre a primeira
transmissão em cores para todo o país. Em agosto de 1974, o Brasil torna-se o quarto
23
usuário dos canais de telecomunicações do sistema internacional de satélites Intelsat.
Daí por diante, o sistema de transmissão por satélite apenas se aperfeiçoou e desde
fevereiro de 1985, o Brasil conta com seu próprio satélite de telecomunicações.
O primeiro programa regular a ser transmitido em rede nacional, introduzindo o
conceito e marcando o início das operações de rede no Brasil, foi o “Jornal Nacional”,
da Rede Globo, que foi ao ar pela primeira vez em 1º de setembro de 1969. Em 1970 a
Copa do Mundo é transmitida ao vivo para todo o país. A partir daí a TV Globo liderou
os índices de audiência.
Alguns estudiosos consideram o período de 1964 a 1975 como a segunda etapa
do desenvolvimento da televisão e a caracteriza como a fase em que, deixando de lado
o clima de improvisação dos anos cinqüenta, adotou os padrões de administração
norte-americana e tornou-se cada vez mais profissional.
1.2. A TV Globo e os Itens mais Importantes
A história da Rede Globo é bem complexa e seria preciso não só um capítulo,
mas um livro para explicar minuciosamente cada detalhe, desde sua origem até os dias
atuais. Trata-se aqui de um assinalar dos principais fatos referentes à Rede Globo de
Televisão, que é parte do objeto de estudo desta pesquisa.
A TV Globo começou a funcionar no Rio de Janeiro quinze anos após a
implantação da televisão no Brasil, em São Paulo. A primeira transmissão foi ao ar em
26 de abril de 1965. A concessão do canal foi feita pelo Governo Federal em 30 de
dezembro de 1957. A nova emissora pertencia ao grupo jornalístico da Família Marinho,
também dona do Jornal O Globo, Rádio Globo e da Rio Gráfica Editora.
No início, a TV Globo não atingiu seu objetivo: a audiência ficou muito abaixo do
esperado, pois fornecia uma programação igual a das outras emissoras, sem qualquer
inovação.
24
A reversão começou quando a emissora decidiu fazer uma cobertura jornalística diferente, sobre a inundação que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, deixando a própria emissora ilhada. A partir de então a emissora passou a merecer a simpatia da população local e conquistara maior audiência, sem dúvida estimulada e sustentada também pelos órgãos pertencentes a mesma organização, o jornal e a estação de rádio. (MELO, 1988, p.14)
Entretanto a Globo só foi se solidificar realmente anos depois. É importante
lembrar que no início a TV Globo teve o respaldo financeiro e técnico do grupo
americano Time-Life e segundo Marques de Melo (1988):
Dele absorveu todo know-how em produção e operação televisiva até então desconhecidas no mercado nacional. As emissoras existentes funcionavam segundo padrões amadorísticos, combinando uma programação enlatada com produtos culturais gerados localmente e de custo operacional elevado. Além disso, atuavam segundo esquemas organizacionais improvisados, reproduzindo os modelos vigentes no sistema radiofônico. A TV Globo, valendo-se do conhecimento e da tecnologia transferida pela Time-Life, estrutura-se segundo os moldes das modernas empresas de televisão, desde a planta do prédio, a instalação dos estúdios, ao treinamento das equipes técnicas, culminando com uma política gerencial subordinada a estratégias de marketing.
O chamado Padrão de Qualidade da TV Globo que, na realidade, era uma
estratégia de marketing que uniu competência técnica, boa administração e eficiência
na produção da programação, permitiu que a emissora desse um salto na audiência e
conquistasse a hegemonia do mercado telespectador no Brasil.
Hoje a TV Globo alcança 99,47% dos telespectadores potenciais, ou seja,
praticamente toda a população brasileira. Ostenta uma grande capacidade de
segmentação, graças à sua rede de afiliadas. Anunciantes de todos os tipos, tamanhos
e ambições têm espaço nas 121 emissoras, 116 delas afiliadas que levam a
programação a 98,53% dos municípios e a mais de 183 milhões de brasileiros. São 29
grupos de comunicação e 9.600 profissionais nas dezenas de sucursais e micro-
sucursais. As afiliadas usam até 13 horas semanais para levar notícia e entretenimento
ao público de sua localidade. A maior produção é a jornalística, com um pouco mais de
58 mil horas por ano (média de 4.856 horas por mês), mas há cerca de outros 90
programas locais, em 12 gêneros diferentes (entrevista, culinário, educativo, rural,
25
saúde, show, esporte e turismo), somando mais de 17 mil horas de exibição. São cerca
de 600 equipes de reportagem nas emissoras.
Aproximadamente 45 mil clientes investem em TV por meio das afiliadas a cada
ano. Além da programação, os eventos locais são vistos pelo mercado como
oportunidades especiais de mídia e associação de marca.
26
CAPÍTULO II
1. A PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE A REDE GLOBO DE TELEVISÃO
1.1. O Universo da Pesquisa
Para este trabalho foi feito um levantamento das teses e dissertações produzidas
sobre a Rede Globo de Televisão, nos programas brasileiros de pós-graduação
repertoriadas no banco de teses da Capes, num total de 145 trabalhos, sendo 62 sobre
o tema “telejornalismo”, 49 sobre o tema “telenovela” e 34 sobre o tema “Rede Globo de
Televisão”. Levou-se em consideração apenas os programas que já foram oficialmente
reconhecidos pelo Ministério da Educação, com base em avaliação feita pela Capes.
Como este banco de dados surgiu em 1987 os trabalhos anteriores a esta data
não estão incluídos aqui, assim como os posteriores a 2006 que não estão disponíveis
no site da Capes, seja por falhas no sistema de captação, seja pelo fato de que as
produções mais recentes ainda não chegaram a ser classificadas e sumarizadas. Feito
o levantamento, passou-se para uma leitura dos documentos a partir do título, ano de
produção, instituição de ensino de origem, nível acadêmico, gênero e área de estudo.
A primeira constatação quando da manipulação dos dados do objeto foi a
verificação de um número muito grande de pesquisadores (as) que estudaram sobre a
Rede Globo de Televisão a partir dos temas “telejornalismo” e “telenovela”. Na página
seguinte, Quadro 1, é possível visualizar a quantidade de instituições de ensino
superior que possuem programas de pós-graduação e que, em algum momento,
pesquisaram sobre a Rede Globo de Televisão, sob a forma de tese ou dissertação.
27
Quadro 1 – Instituições de Ensino Superior que Pesquisaram sobre a Rede Globo de
Televisão
Instituição de Ensino Superior Sigla Cidade Estado Administração
Centro Universitário Nove de Julho UNINOVE São Paulo São Paulo Particular Faculdade de Comunicação Social Casper Líbero FCSCL São Paulo São Paulo Particular
Universidade Católica de Brasília UCB Brasília Distrito Federal Particular Universidade Católica de Goiás PUC/GO Goiânia Goiás Particular
Universidade Católica de São Paulo PUC/SP São Paulo São Paulo Particular
Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC/RJ Rio de Janeiro Rio de Janeiro Particular
Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUC/RS Porto Alegre Rio Grande do Sul Particular
Universidade de Brasília UNB Brasília Distrito Federal Particular
Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC Santa Cruz do Sul Rio Grande do Sul Particular Universidade de São Paulo USP São Paulo São Paulo Pública
Universidade de Sorocaba UNISO Sorocaba São Paulo Particular
Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS São Leopoldo Rio Grande do Sul Particular
Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Campinas São Paulo Pública
Universidade Estadual de Santa Cruz UESC Ilhéus Bahia Pública
Universidade Estadual do Rio de Janeiro UERJ Rio de Janeiro Rio de Janeiro Pública Universidade Est. Paulista Júlio de Mesquita Filho UNESP Bauru São Paulo Pública Universidade Federal da Bahia UFBA Salvador Bahia Pública
Universidade Federal da Paraíba UFPB João Pessoa Paraíba Pública
Universidade Federal de Alagoas UFAL Maceió Alagoas Pública Universidade Federal de Goiás UFG Goiânia Goiás Pública
Universidade Federal de Mato Grosso UFMT Cuiabá Mato Grosso Pública
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS Campo Grande Mato Grosso do Sul Pública
Universidade Federal de Minas Gerais UFMG Belo Horizonte Minas Gerais Pública
Universidade Federal de Pernambuco UFPE Recife Pernambuco Pública Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Florianópolis Santa Catarina Pública
Universidade Federal de Santa Maria UFSM Santa Maria Rio Grande do Sul Pública
Universidade Federal de São Carlos UFSCAR São Carlos São Paulo Pública
Universidade Federal de Viçosa UFV Viçosa Minas Gerais Pública Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO Rio de Janeiro Rio de Janeiro Particular Universidade Federal do Paraná UFPR Curitiba Paraná Pública
Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ Rio de Janeiro Rio de Janeiro Pública
Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN Natal Rio Grande do Norte Pública
Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Porto Alegre Rio Grande do Sul Pública Universidade Federal Fluminense UFF Niterói Rio de Janeiro Pública
Universidade Metodista de São Paulo UMESP São Bernardo do Campo São Paulo Particular
Universidade Paulista UNIP São Paulo São Paulo Particular
Universidade Presbiteriana Mackenzie UPM São Paulo São Paulo Particular
Universidade Tuiuti do Paraná UTP Curitiba Paraná Particular
28
2. ANÁLISE DESCRITIVA E COMPARATIVA ABRANGENTE DA
PRODUÇÃO
2.1. Tema Telejornalismo
A partir do tema Telejornalismo foram pesquisados 62 trabalhos entre
dissertações de mestrado e teses de doutorado sobre assuntos diversos como: Jornal
Nacional, telejornalismo regional, a reportagem na televisão, a produção no
telejornalismo, notícias e serviços, a violência no telejornalismo, entre outros. Para
traçarmos um perfil desse estudo sobre telejornalismo foi necessário analisar e cruzar
os dados do Quadro 2 e, deste originaram-se outras micro tabelas e gráficos que
confirmam e acentuam as informações captadas na fonte, no caso o banco de teses da
Capes7.
Quadro 2 – Dissertações e Teses que Pesquisaram sobre o Tema “Telejornalismo Globo”
TÍTULO NÍVEL ANO ÁREA ORIGEM A Embalagem da notícia: Rotinas da Produção de Telejornalismo na Rede Globo. ME 1997 Sociologia
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Telejornalismo regional: identidade e representações ME 2005 Comunicação
Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP
Quem é o autor da reportagem em TV? ME 2003 Comunicação Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
Notícias e serviços - Um Estudo sobre o conteúdo dos Telejornais da Rede Globo DO 2001 Comunicação
Universidade Metodista de São Paulo - UMESP
A reportagem no telejornalismo brasileiro contemporâneo ME 2002 Comunicação
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul- PUC/RS
O movimento dos trabalhadores rurais sem terra no contexto discursivo do Jornal Nacional: a palavra e a imagem ME 1999 Extensão Rural Universidade Federal de Viçosa - UFV Televisão e Barbárie: um estudo sobre a indústria cultural brasileira DO 2002 Psicologia Universidade de São Paulo - USP Telejornalismo e meio ambiente nas bordas da Mata Atlântica: carências e possibilidades em Itabuna/Bahia ME 2004 Meio Ambiente
Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
7 Coordenadoria de Aperfeiçoamento Profissional de Ensino Superior, Ministério da Educação.
29
Telejornalismo e reconstrução de sentidos: a cultura regional na TV ME 2006 Comunicação Universidade Paulista - UNIP TV em tela: um estudo do telejornal DFTV da Rede Globo ME 2006 Comunicação Universidade de Brasília - UnB Comunidades midiáticas e culturas: as inter-relações dislógicas na produção dos telejornais da Globo e Jornal Almoço DO 2006 Comunicação
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
O seriado de humor com formato híbrido: uma análise do programa "Dias de Glória" ME 2005 Comunicação
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC/SP
A Produção de sentidos no telejornalismo ME 1992 Comunicação Universidade de Brasília - UnB TV Regional: deveres e fazeres - Estudo de caso de uma emissora afiliada da Globo. ME 2001 Comunicação Universidade de São Paulo - USP Violência e televisão: análise do conteúdo dos telejornais das Redes Globo e SBT ME 1998 Comunicação
Universidade Metodista de São Paulo - UMESP
A tensão entre o global e o local: a desterritorialização da notícia no bloco rede do jornal regional ME 2006 Comunicação Faculdade Casper Líbero Do outro lado da tela: as apropriações do Telejornal pelos fumicultores de Santa Cruz do Sul ME 2000 Meio Ambiente
Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
Mercosul em pauta: o poder e o "fait divers " no telejornalismo brasileiro. ME 2000 Comunicação
Pontifícia Universidade Católica do Rio grande do Sul- PUC/RS
Dos telejornais aos programas esportivos: gêneros televisivos e modos de endereçamento ME 2005 Comunicação Universidade Federal da Bahia - UFBA Análise semiolingüística dos efeitos discursivos em telejornais brasileiros (a notícia entre a realidade e a ficção) ME 1998 Lingüística
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
A informação televisiva: uma encenação da realidade (comparação entre telejornais brasileiros e franceses) DO 2006 Lingüística
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
O Jornal Nacional da Rede Globo e a Construção do Cenário de Representação da Política ME 1997
Ciências Políticas Universidade de Brasília - UnB
Dramaturgia e telejornalismo brasileiro: A estrutura narrativa das notícias em televisão DO 2003 Comunicação
Universidade Metodista de São Paulo - UMESP
A linguagem oral no telejornalismo brasileiro DO 2003 Comunicação Universidade de São Paulo - USP Caco Barcellos: um repórter e a injustiça social ME 2004 Comunicação
Universidade Metodista de São Paulo - UMESP
Telejornalismo global - o papel estratégico da CNN DO 2003 Comunicação Universidade de São Paulo - USP A Comunidade na TV: uma análise sobre a regionalização da notícia e o processo de participação popular ME 2001 Comunicação
Pontifícia Universidade Católicade São Paulo- PUC/SP
O telejornal como ato de presença. Um estudo da dimensão sensível no Jornal Nacional ME 2006 Comunicação
Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP
O Jornal Nacional e o Globo Rural: as relações entre gêneros e modos de endereçamento no telejornalismo ME 2005 Comunicação Universidade Federal da Bahia - UFBA Agora é Lula: enquadramento do governo do PT pelo Jornal Nacional ME 2005 Comunicação
Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP
Discurso e Mídia: De tramas, imagens e sentidos. Um estudo do Linha Direta. ME 2001 Comunicação
Universidade Federal Fluminense - UFF
Agendamento, enquadramento e silêncio no Jornal Nacional nas eleições presidenciais de 1998. ME 2000 Comunicação Universidade Federal da Bahia - UFBA Rede Globo: jornalismo aberto x jornalismo fechado. Um estudo de caso ME 2001 Comunicação Universidade de São Paulo - USP Telejornalismo Cívico e Solidariedade: um estudo de caso sobre as coberturas das TV Globo e TV Alterosa na tragédia do Morro das Pedras em Belo Horizonte ME 2004 Comunicação
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Sedução do Drama: estética do paroxismo na simulação do Linha Direta ME 2003 Artes Cênicas Universidade Federal da Bahia - UFBA Do Ambiente ao meio: diversidades de um discurso ME 2002 Comunicação
Universidade Federal de Pernambuco -UFPE
Estudo da intenção comunicativa do repórter de tv na transmissão de textos noticiosos com dois conteúdos diferentes ME 2003
Ciências da Saúde Universidade de Brasília - UnB
Cadê Você? Um Estudo sobre o Programa Você Decide DO 2000
Ciências Sociais
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC/SP
Quem agenda quem: estudo das relações entre assessorias de imprensa do setor público e veículos jornalísticos de São Paulo ME 2004 Comunicação Universidade de São Paulo - USP
30
Telejornais e organizações textuais: construção de identidade - um estudo de caso do Jornal Nacional e do Jornal da Cultura ME 2003 Comunicação
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC/SP
Jornal Nacional: a realidade do Mito Fait Divers e complexidade ME 2001 Comunicação
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC/RS
A morte como espetáculo televisivo: a imagem do criminoso e da vítima no programa Linha Direta ME 2005 Comunicação
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
A construção da Ceriônica Televisiva: Estudo de caso das Estratégias Discursivas na Rede Globo sobre a Olimpíada de Atlanta
ME
1999
Comunicação
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
O Funcionalismo da Heterogeneidade e a Alteridade no Discurso da Rede Globo: O Jornal Nacional ME 2003 Lingüística
Universidade Federal de Alagoas - UFAL
Informação televisiva e estratégias de persuasão: um estudo sobre as marcas da oralidade no discurso dos telejornais ME 2005 Letras Universidade de São Paulo - USP Jornal Nacional: entre a política e as variedades ME 2003 Sociologia Universidade de Brasília – UnB Cultura e Ideologia: O Em blema do Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão ME 2003 Psicologia
Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC/GO
Cabo de guerra na TV: estudo da autoridade do jornalista do RJTV ME 2003 Comunicação
Universidade Federal Fluminense - UFF
A estratégia de repetição fragmentada: transferência de informação na TV brasileira ME 1996 Comunicação
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
A Metástase da Imagem: um estudo sobre a representação da exclusão social no Jornal Nacional DO 2002
Ciências Sociais Universidade Federal da Bahia - UFBA
O uso pedagógico da televisão comercial em sala de aula como instrumento de reflexão e de aprendizagens escolares ME 1999 Educação
Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
Noticiário regional e a noção de território: a construção de processos identitários DO 2004 Comunicação Universidade de São Paulo - USP Depois dos comerciais o compromisso do telejornal regional com o mercado ME 1996 Comunicação
Universidade Metodista de São Paulo - UMESP
Ônibus 174: a relação entre a imagem e a voz no telejornalismo e no documentário ME 2006 Comunicação Universidade Tuiuti do Paraná - UTP Pressuposição Lingüística: uma das bússolas argumentativas do texto telejornalístico ME 2001 Letras
Universidade Federal da Paraíba - UFPB
O Casal 20 do telejornalismo e o mito da perfeição: como a mídia constrói a imagem dos apresentadores Fátima Bernardes e William Bonner ME 2004 Comunicação
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
A Realidade-ficção do discurso televisivo ME 2004 Lingüística Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP
As Seqüências telejornalísticas - estudo descritivo do Jornal Nacional ME 1992 Comunicação
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC/SP
O Espelho e o bisturi - o jornalismo audiovisual nas reportagens especiais televisivas ME 2005 Comunicação
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
O jornal das oito - noticiário e melodrama no Jornal Nacional ME 2003 Comunicação Universidade de São Paulo - USP Televisão e presença: uma abordagem semiótica da transmissão direta em gêneros informativos DO 2001 Comunicação
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC/SP
Fonte: CAPES. Acesso em 01/08/2007.
31
2.1.1. A Produção por Ano
Através da análise dos dados do Quadro 3 pode-se verificar que as dissertações
correspondem a 100% da produção nos anos de 1992 a 1999 e, mesmo assim, as
dissertações aparecem esporadicamente. Após estes sete anos apresentam aumento
gradual, porém sempre superior ao número de teses. A primeira tese sobre telejornalismo
foi defendida em 2000, oito anos depois da primeira dissertação. Os anos de 2003 foram
os de maior produção acadêmica de dissertações, sendo um total de 9 e de 3 teses.
Quadro 3 – Número de Teses e Dissertações por Ano que Pesquisaram sobre Telejornalismo
Ano Nº de Trabalhos (ME+DO) Dissertações de Mestrado
Teses de Doutorado
1992 2 2 1993 0 1994 0 1995 0 1996 2 2 1997 2 2 1998 2 2 1999 3 3 2000 4 3 1 2001 8 6 2 2002 4 2 2 2003 12 9 3 2004 8 7 1 2005 8 8 2006 7 5 2
TOTAL 62 51 11 Fonte: CAPES
32
2.1.2. A Produção por Instituição de Ensino
O Quadro 4 relaciona o total de trabalhos, somam-se teses e dissertações, que
se originaram nas universidades e faculdades descritas abaixo. A produção de teses e
dissertações, no total, indicam a liderança da Universidade de São Paulo com 9
trabalhos, seguida da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com 7 trabalhos.
A Universidade Metodista aparece em terceiro lugar junto com a UFBA e UNB, todas
com cinco trabalhos. As demais universidades e faculdades apresentam números
menos expressivos, com menos de 4 trabalhos cada.
33
Quadro 4 – Número de Instituições de Ensino que Produziram sobre Telejornalismo
Instituição de Origem Total de Trabalhos FCSCL 1
PUC/GO 1 PUC/RS 3 PUC/SP 7 UESC 1 UFAL 1 UFBA 5 UFF 2
UFMG 4 UFPB 1 UFPE 2
UFRGS 2 UFRJ 1
UFSCAR 1 UFV 1
UMESP 5 UNB 5
UNESP 4 UNIP 1
UNISC 1 UNISINOS 3
USP 9 UTP 1
TOTAL 62 Fonte: CAPES
34
2.1.3. A Produção por Nível Acadêmico
O Quadro 5 mostra uma predominância absoluta das dissertações, 51, e sobre
as teses de doutorado, 11. Observa-se este dado quando das 23 instituições de ensino,
17 produziram apenas dissertações de mestrado, e 6 produziram teses e dissertações
e, mesmo assim, o número de dissertações é superior ao número de teses.
Quadro 5 - Número de Teses e Dissertações sobre Telejornalismo
Inst. de Origem ME DO Total de Trabalhos FCSCL 1 1
PUC/GO 1 1 UESC 1 1 UFAL 1 1 UFPB 1 1 UFRJ 1 1
UFSCAR 1 1 UFV 1 1 UNIP 1 1
UNISC 1 1 UTP 1 1 UFF 2 2
UFPE 2 2 UFRGS 2 2
UNISINOS 2 1 3 PUC/RS 3 3 UFMG 3 1 4
UMESP 3 2 5 UFBA 4 1 5
UNESP 4 4 PUC/SP 5 2 7
UNB 5 5 USP 5 4 9
TOTAL 51 11 62 Fonte: CAPES
35
2.1.4. A Produção por Região Geográfica
Dos 62 trabalhos, entre dissertações de mestrado e teses de doutorado, sobre
Telejornalismo, 28 (44%) foram gerados no Estado de São Paulo, como mostra o
Quadro 6 , seguidos Rio Grande do Sul com 8 (13%), os demais estados produziram
de 1% a 8%.
Das regiões geográficas, a que tem maior produção é o sudeste, com 57% ou 36
trabalhos, seguido da região sul, com 18% ou 11 trabalhos, depois o nordeste, com
15% ou 9 trabalhos, e, por último, a região centro-oeste, com 10% ou 6 trabalhos. Nota-
se que a região norte não apresentou nenhum trabalho sobre telejornalismo.
Quadro 6 – Total de Trabalhos Produzidos por Região e Estado sobre o Tema
Telejornalismo
REGIÃO ESTADO Inst. ME DO TOTAL (ME+DO) Centro-Oeste DF UNB 5 5 Centro-Oeste GO PUC/GO 1 1 Nordeste AL UFAL 1 1 Nordeste BA UFBA 4 1 5 Nordeste PB UFPB 1 1 Nordeste PE UFPE 2 2 Sudeste MG UFV 1 1 Sudeste MG UFMG 3 1 4 Sudeste RJ UFRJ 1 1 Sudeste RJ UFF 2 2 Sudeste SP FCSCL 1 1 Sudeste SP UFSCAR 1 1 Sudeste SP UNIP 1 1 Sudeste SP UMESP 3 2 5 Sudeste SP UNESP 4 4 Sudeste SP PUC/SP 5 2 7 Sudeste SP USP 5 4 9 Sul PR UTP 1 1 Sul RS UFRGS 2 2 Sul RS UNISINOS 2 1 3 Sul RS PUC/RS 3 3 Sul SC UESC 1 1 Sul SC UNISC 1 1 TOTAL 51 11 62
Fonte: CAPES
36
2.1.5. A Produção por Área de Estudo
A área de estudo que mais produziu trabalhos acadêmicos sobre telejornalismo
foi a de comunicação, com 69% ou 43 trabalhos. Em segundo lugar lingüística, com 6%
ou 4 trabalhos e os outros 25% se dividem quase que igualmente pelas demais áreas.
Com relação às dissertações permanece a hegemonia da comunicação com 70% ou 36
trabalhos, os outros 30% aparecem distribuídos pelas demais áreas de estudo. Nas
teses de doutorado somente quatro áreas de estudo pesquisaram sobre telejornalismo,
aqui também a comunicação predomina com 64% ou 7 trabalhos, a área de ciências
sociais com 18% ou 2 trabalhos e as áreas de lingüística e psicologia com 9% ou 1
trabalho cada.
Quadro 7 – Número de Dissertações e Teses Produzidas por Área de Estudo sobre o Tema
Telejornalismo Área de Estudo Dissertações (ME) Teses (DO) Total de
Trabalhos
Artes Cênicas 1 1
Ciências da Saúde 1 1
Ciências Políticas 1 1
Ciências Sociais 2 2
Comunicação 36 7 43
Desenvolvimento
Regional/Meio Ambiente 2 2
Educação 1 1
Extensão Rural 1 1
Letras 2 2
Lingüística 3 1 4
Psicologia 1 1 2
Sociologia 2 2
TOTAL 51 11 62
Fonte: CAPES
37
2.1.6. A Produção por Gênero dos Autores
Analisando os gráficos a seguir é possível perceber que é o número de mulheres
pesquisadoras é o dobro do número de homens. Isso ocorre tanto na produção de
dissertações como de teses: 7 teses produzidas por mulheres e 4 por homens e 34
dissertações feitas por mulheres e 17 por homens. Dos 62 trabalhos acadêmicos, entre
teses e dissertações, sobre o tema telejornalismo, 41 ou 66% foram produzidos por
mulheres e 21 ou 34% por homens.
Gráfico 1 – Número de Pesquisadores por Gênero que Produziram Trabalhos Acadêmicos
sobre Telejornalismo
048
12162024283236
DO DO ME ME
Feminino Masculino Feminino Masculino
Gênero e Nível Telejornalismo
Nº Pesquisadores
Fonte: CAPES
38
2.2. Tema Telenovela
Sobre o tema Telenovela foram pesquisados 49 trabalhos entre dissertações de
mestrado e teses de doutorado sobre assuntos diversos como: o figurino na telenovela,
a questão do racismo na telenovela, merchandising na telenovela, movimentos sociais
presentes na telenovela, a representação do feminino na telenovela, o autor de
telenovela, a ficção científica na telenovela, entre outros conforme descritos no quadro
a seguir. Para traçarmos um perfil desse estudo sobre telenovela foi necessário analisar
e cruzar os dados do quadro 8 origina ndo-se outros micro quadros e gráficos que
confirmam e acentuam as informações captadas na fonte.
39
Quadro 8 – Dissertações e Teses sobre o tema “Telenovela Globo”
TÍTULO NÍVEL ANO ÁREA ORIGEM
O figurino na telenovela: descrição de
um processo de trabalho ME 1999 Design Pontifícia Universidade Católica - PUC/RJ
Comunicação, telenovela, Globo e
SBT: uma relação dialética ME 2004 Comunicação Pontifícia Universidade Católica - PUC/RS
O apresentador negro na mídia
televisiva ME 2004 Comunicação Universidade Paulista - UNIP
Entretenimento e novela ontem e hoje
"Clonagem" do folhetim clássico ou a
renovação do modelo tradicional?.
ME 2003 Comunicação Universidade Tuiuti do Paraná - UTP
Uma Metáfora do Brasil. O Bem-
Amado e a Teledramaturgia de Dias
Gomes
ME 2001 Sociologia Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Merchandising em telenovela ME 2006 Comunicação Universidade Tuiuti do Paraná – UTP
Religiosidade e mídia eletrônica - a
mediação sócio cultural religioso e a
produção de sentido na recepção de
televisão
DO 2000 Comunicação Universidade de São Paulo – USP
O autor e o público: o processo de
escrita da telenovela e sua relação
com a audiência
ME 2005 Comunicação Universidade de São Paulo – USP
Trajetórias populares na telenovela
"América": cartografia das táticas
receptivas de um grupo de Belford
Roxo
ME 2006 Psicologia
Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
Laços Televisivos, Laços Identitários,
Laços de Família ME 2002 Comunicação Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
O Reverso do espelho: o lugar da cor
na modernidade. Um estudo sobre
mito e ideologia racial nas novelas da
TV Globo
ME 1991 Sociologia Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Fazenda Esperança: estudo sobre as
mediações culturais e a recepção da
telenovela Terra Nostra
ME 2001 Comunicação Universidade de São Paulo – USP
O relacionamento do jornalista com a
fonte: um jogo de sedução?. ME 1996 Comunicação Universidade Metodista de São Paulo - UMESP
O Processo de internacionalização de
uma empresa brasileira: o caso da
Rede Globo
ME 2006 Administração Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Cabocla- trajetória da luz, da arte
antiga à televisão ME 2005 Comunicação Universidade Paulista – UNIP
A representação do feminino no
seriado mulher: análise do discurso ME 2002 Comunicação Universidade de São Paulo – USP
Muitas Mais Coisas: telenovela,
consumo e gênero. DO 2001 Ciências Sociais Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
40
TÍTULO NÍVEL ANO ÁREA ORIGEM
O Cotidiano Fabuloso: os temas
recorrentes e as telenovelas
brasileiras
ME 2003 Comunicação Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
A telenovela brasileira e a agenda
moral coletiva ME 1999 Comunicação Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Recepção de telenovelas "Mulheres
apaixonadas" ME 2005 Comunicação
Universidade Est Paulista Julio de Mesquita Filho
- UNESP
O Feminino e o Masculino em
“Malhação”: identidade e identificação
de adolescentes frente à telenovela
ME 2003 Psicologia Universidade de Brasília - UnB
Programação de televisão no Brasil e
EUA ME 2005 Comunicação Universidade Metodista de São Paulo - UMESP
O autor na televisão . A ficção seriada
de Gilberto Braga ME 1995 Comunicação Universidade de São Paulo - USP
Da Personagem à Pessoa:
sociabilidade cigana, comunicação de
massa e mudança cultural
ME 2003 Antropologia Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
O feitiço do vice-líder ( As telenovelas
do SBT). ME 1998 Comunicação Universidade Metodista de São Paulo - UMESP
Uma análise dos símbolos na
formação da nação brasileira. Um
estudo dos programas de TV
ME 2001 Comunicação Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
A nova Rede Globo - trabalhadores e
Movimentos Sociais nas telenovelas
de Benedito Ruy Barbosa.
DO 2004 Ciências Sociais Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
Um estudo das telenovelas brasileiras
exportadas: uma narrativa aceita em
países com características sociais e
culturais diversas das brasileiras
ME 1998 Comunicação Universidade Metodista de São Paulo – UMESP
As telenovelas e sua influencia sócio-
espacial em Caicó-RN ME 2005 Geografia
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
- UFRN
O que temos para o jantar? Uma
análise ideológica da narrativa de
"Torre de Babel"
ME 1999 Psicologia Pontifícia Universidade Católica - PUC/RS
As duas faces de Eva (Um estudo
antropológico de personagens
femininas veiculadas pelas
telenovelas brasileiras) 1999-2000.
ME 2001 Ciências Sociais Univers idade Est. Paulista Julio de Mesquita Filho –
UNESP
O Brasil ligando na Globo. A
telenovela muda de canal ME 1996 Artes Universidade de São Paulo – USP
Repetição Lingüística como fator de
envolvimento na telenovela ME 1991 Língua Portuguesa Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP
Crenças e valores sociais no discurso
de jovens de classe média: mídia e
socialização
ME 2005 Psicologia Universidade de Brasília – UnB
Nos bastidores da telenovela: a
produção do noticiário sobre a
telenovela "o Rei do Gado" na revista
Contigo
DO 1999 Comunicação Universidade de São Paulo - USP
41
TÍTULO NÍVEL ANO ÁREA ORIGEM
Mulheres Apaixonadas e outras
histórias: amor, telenovela e vida
social
ME 2004 Comunicação Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Brejinho, "Terra Nostra": recepção de
telenovela em uma comunidade rural
do Pantanal de Mato Grosso
ME 2000 Comunicação Universidade de São Paulo - USP
A trilha sonora da telenovela
brasileira: da criação à finalização DO 2001 Comunicação Universidade de São Paulo - USP
Mídia de chamadas de programação:
uma estratégia através da telenovela ME 2006 Comunicação Pontifícia Universidade Católica - PUC/RJ
O discurso sobre a Ciência nas
telenovelas ME 2004 Comunicação Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
A ficção científica na teledramaturgia -
o caso de "O Clone" ME 2005 Literatura Brasileira Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Telenovelas e Educação ME 1996 Educação Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
A teledramaturgia de Manoel Carlos:
um estudo de "Laços de Família" ME 2002 Educação Universidade Presbiteriana Mackenzie
A internacionalização da telenovela:
um estudo de caso sobre "A Escrava
Isaura"
ME 2000 Comunicação Universidade Metodista de São Paulo - UMESP
Representações das identidades
lésbicas na telenovela "Senhora do
Destino"
ME 2006 Comunicação Universidade de Brasília - UnB
O merchandising editorial: as
localidades turísticas na tela da Globo ME 2006 Comunicação Universidade Metodista de São Paulo - UMESP
A produção cenográfica em televisão -
Discussão do saber técnico e
construção de uma metodologia - O
caso das telenovelas da Rede Globo
DO 2001 Eng.de Produção Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Fonte: CAPES.
2.2.1. A Produção por Ano
Através da análise dos dados do quadro 9 pode-se verificar que no ano de 1991
as dissertações correspondem a 100% da produção, ou seja, 2 trabalhos. Depois houve
um período de três anos que não foi produzido nenhum trabalho acadêmico sobre
telenovela, nos anos de 1992 a 1994. Somente a partir de 1995, com um trabalho, com
exceção ao ano de 1997 que também não apresenta nenhuma produção, as dissertações
aumentam gradualmente, num total até 2006 de 42 dissertações de mestrado. Já as teses
de doutorado, em menor número, tem sua produção entre os anos de 1999 a 2001, com 6
trabalhos e depois só em 2004, com 1, num total de 9 teses. A primeira dissertação sobre
42
telenovela foi defendida em 1991, oito anos antes da primeira tese, em 1999. Os anos de
2005 foram os de maior produção acadêmica de dissertações, num total de 8 e o ano de
maior produção de teses, 3, foi em 2001.
Quadro 9 – Número de Teses e Dissertações por Ano que Pesquisaram sobre Telenovela
Ano Nº de Trabalhos (ME+DO) ME DO 1991 2 2 1992 0 1993 0 1994 0 1995 1 1 1996 3 3 1997 0 1998 2 2 1999 5 3 2 2000 3 2 1 2001 7 4 3 2002 3 3 2003 4 4 2004 5 4 1 2005 8 8 2006 6 6 Total 49 42 7
Fonte: CAPES
2.2.2. A Produção por Instituição de Ensino
Dos 49 trabalhos acadêmicos produzidos nas universidades e faculdades sobre
o tema telenovela, o maior número é o da Universidade de São Paulo, com 9 trabalhos,
em segundo lugar aparece a Universidade Federal do Rio de Janeiro, com 8, e em
terceiro lugar a Universidade Metodista de São Paulo com 6 trabalhos. Como a
diferença da produção entre elas é pequena em relação às demais instituições, que é
inferior a 3 trabalhos, pode-se concluir que a USP, a UFRJ e a UMESP detêm os
estudos sobre telenovela no país . No quadro abaixo é possível visualizar estes dados.
43
Quadro 10 – Número de Instituições de Ensino que Produziram Estudos sobre Telenovela
Instituição de Origem Total deTrabalhos (ME+DO) PUC/RJ 2 PUC/RS 2 PUC/SP 2 UFMG 2 UFMT 1 UFPE 2 UFRJ 8 UFRN 1 UFSC 2
UMESP 6 UNB 3
UNESP 2 UNICA MP 2
UNIP 2 UPM 1 USP 9 UTP 2
TOTAL 49 Fonte: CAPES
Gráfico 2 – Total de Trabalhos por Instituição sobre Telenovela
Total de Trabalhos por Instituição sobre Telenovela
0123456789
10
PU
C/R
J
PU
C/R
S
PU
C/S
P
UF
MG
UFM
T
UFP
E
UF
RJ
UF
RN
UFS
C
UM
ES
P
UN
B
UN
ES
P
UN
ICA
MP
UN
IP
UP
M
US
P
UT
P
Total deTrabalhos (ME+DO)
Fonte: CAPES
44
2.2.3. A Produção por Nível Acadêmico
Os dados referentes ao nível acadêmico das produções sobre telenovela, no
Quadro 11, são bastante interessantes: a Universidade de São Paulo está em primeiro
lugar com a produção de teses, 3 trabalhos, mas a instituição que mais produziu
dissertações foi a Universidade Federal do Rio de Janeiro, com 7 trabalhos, e a USP
com 6, por outro lado a UFRJ possui somente uma tese de doutorado, assim como a
PUC/SP. O mais interessante é o caso da Universidade de Campinas que não produziu
nenhuma dissertação de mestrado, porém tem duas teses. A Universidade Metodista de
São Paulo empata com a USP com 6 dissertações, mas sem nenhuma tese. As demais
universidades não produziram teses de doutorado . A UFMT, UFRN e UPM possuem
uma dissertação cada e a PUC/RJ, PUC/RS, UFMG, UFPE, UFSC, UNESP, UNIPe
UTP, 2, e a Universidade de Brasília três dissertações.
Quadro 11 – Número de Teses e Dissertações sobre o Tema Telenovela
Instituição de Ensino ME DO Total de trabalhos
PUC/SP 1 1 2 UFMT 1 1
UFRN 1 1
UPM 1 1 PUC/RJ 2 2
PUC/RS 2 2
UFMG 2 2 UFPE 2 2
UFSC 2 2
UNESP 2 2 UNIP 2 2
UTP 2 2
UNB 3 3 USP 6 3 9
UMESP 6 6
UFRJ 7 1 8
UNICAMP 2 2
TOTAL 42 7 49 Fonte: CAPES
45
2.2.4. A Produção por Região Geográfica
De acordo com os dados fornecidos pela Capes, não existe nenhum trabalho
acadêmico de pós-graduação sobre o tema telenovela que tenha sido pesquisado e
produzido por instituição de ensino da região norte. A região Sudeste foi a que mais
produziu, com 74% ou 36 trabalhos, em segundo lugar a região Sul, com 12% ou 6
trabalhos, em terceiro lugar a região centro-oeste com 8% ou 4 trabalhos e, por último,
a região nordeste com 6% ou 3 trabalhos. O Estado de São Paulo deteve 50% da toda
a produção sobre telenovelas, depois, com 10 trabalhos ou 20%, o Estado do Rio de
Janeiro e, em terceiro lugar, o Distrito Federal com 3 trabalhos ou 6%. Os demais
estados tiveram produção inferior a 5% em trabalhos que pesquisaram sobre
telenovela.
Quadro 12 – Total de Trabalhos Produzidos por Região e Estado sobre o Tema Telenovela
REGIÃO ESTADO INSTITUIÇÃO DE ORIGEM ME DO TOTAL
Centro-oeste DF Universidade de Brasília – UNB 3 3
Sudeste MG Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG 2 2 Centro-oeste MT Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT 1 1
Nordeste PE Universidade Federal de Pernambuco - UFPE 2 2
Sul PR Universidade Tuiuti do Paraná – UTP 2 2
Sudeste RJ Pontifícia Universidade Católica - PUC/RJ 2 2
Sudeste RJ Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ 7 1 8
Nordeste RN Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN 1 1 Sul RS Pontifícia Universidade Católica - PUC/RS 2 2
Sul SC Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC 2 2
Sudeste SP Universidade Presbiteriana Mackenzie – UPM 1 1 Sudeste SP Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP 1 1 2
Sudeste SP Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP 2 2
Sudeste SP Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP 2 2
Sudeste SP Universidade Paulista – UNIP 2 2
Sudeste SP Universidade Metodista de São Paulo – UMESP 6 6
Sudeste SP Universidade de São Paulo – USP 6 3 9 Total 42 7 49
Fonte: CAPES
46
2.2.5. A Produção por Área de Estudo
A telenovela é pesquisada em diversas áreas distintas como Administração,
Antropologia, Artes, Ciências Sociais, Design, Educação, Engenharia de Produção,
Geografia, Língua Portuguesa, Literatura Brasileira, Psicologia e Sociologia, Porém a
área de estudo que mais pesquisa sobre telenovela é a Comunicação, com 60% ou 29
trabalhos de todos os 49 que fazem parte do objeto aqui trabalhado. Todas as áreas
citadas possuem dissertações de mestrado com exceção da área de Engenharia de
Produção, que aparece somente com uma tese de doutorado. As demais teses são das
áreas de comunicação, com 3 trabalhos e Ciências Sociais também com 3 trabalhos.
Quadro 13 – Número de Trabalhos sobre Telenovela por Área de Estudo
Área de Estudo Dissertações (ME) Teses (DO) Total de Trabalhos
Administração 1 1
Antropologia 1 1
Artes 1 1
Ciências Sociais 1 3 4
Comunicação 26 3 29
Design 1 1
Educação 2 2 Engenharia de Produção 1 1
Geografia 1 1
Língua Portuguesa 1 1
Literatura Brasileira 1 1
Psicologia 4 4
Sociologia 2 2
Total 42 7 49 Fonte: CAPES
47
Gráfico 3 – Trabalhos por Área de Estudo sobre Telenovela
Trabalhos por Área de Estudo sobre Telenovela2% 2%2% 8%
60%
2%
4%2%2%
2%2%8% 4%
Administração Antropologia ArtesCiências Sociais Comunicação Design
Educação Engenharia de Produção GeografiaLíngua Portuguesa Literatura Brasileira Psicologia
Sociologia
Fonte: CAPES
2.2.6. A Produção por Gênero dos Autores
De acordo com os dados abaixo é possível perceber que é o número de
pesquisadoras é superior ao número de pesquisadores homens, isso ocorre tanto na
produção de dissertações como de teses: 5 teses produzidas por mulheres e 2 por
homens, mais do que o dobro, e 26 dissertações feitas por mulheres e 16 por homens.
Dos 49 trabalhos acadêmicos, entre teses e dissertações, sobre o tema telenovela, 31
ou 63% foram produzidos por mulheres e 18 ou 37% por homens.
Gráfico 4 – Número de Autores por Gênero que Produziram Trabalhos Acadêmicos sobre
Telenovela
0
5
10
15
20
25
30
DO DO ME ME
Feminino Masculino Feminino Masculino
Gênero e Nível Telenovela
Nº Pesquisadores
Fonte: CAPES
48
2.3. Tema Rede Globo de Televisão
A partir da palavra-chave “Rede Globo de Televisão” foram encontrados 34
trabalhos entre teses de doutorado e dissertações de mestrado que abordam temas
relacionados à Rede Globo de Televisão e que, por motivo de classificação e
sumarização da CAPES, não foram incluídos nos estudos apresentados até agora. Por
esse motivo, encontram-se aqui trabalhos sobre telejornalismo, teledramaturgia,
programas educativos e de entre tenimento e outros assuntos distintos, mas que de
alguma forma fazem parte do universo da TV Globo.
Quadro 14 – Dissertações e Teses sobre o Tema Rede Globo de Televisão
TÍTULO NÍVEL ANO ÁREA ORIGEM A Comunicação e a construção de sentidos de cidadania ME 2004 Comunicação Universidade Federal do Paraná - UFPR A construção do silêncio : a Rede Globo nos projetos de controle social ME 1995 História Universidade Federal Fluminense - UFF A criança que aprende divertindo-se e a tela que diverte educando: A recepção infantil de programas de TV educativos ME 2001 Educação Universidade de Brasília - UnB A fonte amadora na construção de realidades no telejornalismo DO 2006 Comunicação Pontifícia Universidade Católica - PUC/RS A Grande Família de Oduvaldo Vianna Filho e a consolidação da indústria cultural: uma imagem na televisão brasileira no início dos anos setenta DO 2004 Comunicação Universidade de São Paulo - USP A marquetização no discurso dos magazines femininos televisivos DO 2004 Comunicação Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS A minissérie "O auto da compadecida": a televisão de Guel Arraes ME 2005 Comunicação Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP A nova mulher. As contradições do modelo feminino na TV Mulher ME 1988 Comunicação Universidade Metodista de São Paulo - UMESP
A Televisão como "Tradutora": Veredas do Grande Sertão na Rede Globo DO 1999 Lingüística Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
A televisão e o recontar da história ME 2004 Ciências Sociais Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ A trajetória comunicacional de Walter Ramos Poyares ME 1999 Comunicação Universidade Metodista de São Paulo - UMESP Análise do discurso pedagógico na mídia televisiva: Um estudo das tele aulas DO 1997 Letras Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Big Brother Brasil: isso pertence a sala de aula? ME 2005 Educação Universidade de Sorocaba - UNISO Consumo, logo existo: um estudo psicanalítico sobre os modismos das novelas de televisão ME 1993 Psicologia Pontifícia Universidade Católica - PUC/RJ De quem nós/a gente está(mos) falando afinal? Uma investigação sincrônica da variação entre nós e a gente como estratégias de designação referencial. ME 2004 Lingüística Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Educação e identidade nacional: uma produção televisiva de verdade ME 2000 Educação Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Erasmo de Roterdam: elogio da loucura - Um possível paradigma de razão humanizada no programa "Você Decide" ME 2000 Engenharia de Produção Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Evolução cenográfica de O Bem Amado de Dias Gomes ou confabulâncias sigilosas com todos os acautelatórios das solucionásticas cenográficas de Sucupira e seus habitantes
ME
1992
Comunicação
Universidade de São Paulo - USP
49
Fait Divers , discurso e ideosfera: TV e poder no Brasil. Um olhar sobre as eleições de 2002 DO 2004 Comunicação Pontifícia Universidade Católica - PUC - RS Globo e Universal - tudo a ver. Disputa mercadológica pelo controle do imaginário popular. Ofensiva e contra-ofensiva retórica DO 1998 Comunicação Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP Imagens do Brasil: uma análise do nacionalismo ME 2005 Ciências Sociais Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR Interatividade e Democracia Participativa: alguns elementos a partir do Programa "Você Decide" ME 2000 Sociologia Universidade Federal da Paraiba - UFPB Jogos mundiais da natureza: um estudo das transmissões feitas pela televisão do Paraná ME 1999 Ed. Física Univers idade Federal de Santa Maria - UFSM Jornalismo regional e a construção da cidadania: a ponte entre a comunidade e os poderes constituídos ME 2006 Comunicação Faculdade Cásper Líbero Livre mercado e indústria audiovisual - Sua influência na conformação do mercado audiovisual da Argentina e do Brasil ME 1994 Comunicação Universidade de Brasília - UnB
Network de bombacha: os segredos da TV Regional RBS ME 1996 Comunicação Universidade de São Paulo - USP
O gênero chamado de programação - uma investigação sobre as chamadas de novelas ME 2005 Comunicação Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
TÍTULO NÍVEL ANO ÁREA ORIGEM O papel das afiliadas da Rede Globo na construção de identidades regionais: a caso da TV Tem ME 2005 Comunicação Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho- UNESP O seriado de humor como formato híbrido: uma análise do programa "Dias de Glória" ME 2005 Comunicação Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP Rede nacional e regional de TV - Fluxos e contra-fluxos na rede mato-grossense de televisão DO 2006 Comunicação Universidade Metodista de São Paulo - UMESP Rui, cê tá me ouvindo? Uma análise da construção do sentido na interação no Sitcom ME 2005 Letras Universidade Federal de Pernambuco - UFPE Satiroparódia: Uma reflexão sobre alguns programas de tele comicidade da Rede Globo ME 1997 Comunicação Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP Tempo de antena: elementos para um debate sobre democratização e participação na televisão ME 1996 Comunicação Universidade d