64
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS ALLAN RAMOS VENTURA DARLENE CRISTINE CAVENAGE FRANCIELE DE ALMEIDA COSTA JONATAN PEDRO O USO DE ANTICONCEPCIONAIS POR MULHERES DE UMA ESCOLA TÉCNICA DE FERNANDÓPOLIS - SP FERNANDÓPOLIS 2012

Tcc 2012 o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

ALLAN RAMOS VENTURA

DARLENE CRISTINE CAVENAGE

FRANCIELE DE ALMEIDA COSTA

JONATAN PEDRO

O USO DE ANTICONCEPCIONAIS POR MULHERES DE UMA

ESCOLA TÉCNICA DE FERNANDÓPOLIS - SP

FERNANDÓPOLIS

2012

Page 2: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

ALLAN RAMOS VENTURA

DARLENE CRISTINE CAVENAGE

FRANCIELE DE ALMEIDA COSTA

JONATAN PEDRO

O USO DE ANTICONCEPCIONAIS POR MULHERES DE UMA ESCOLA

TÉCNICA DE FERNANDÓPOLIS - SP

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

Banca Examinadora do Curso de Graduação

em Farmácia da Fundação Educacional de

Fernandópolis como exigência parcial para

obtenção do título de bacharel em farmácia.

Orientador: Prof. MSc.Roney Eduardo Zaparoli

Page 3: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FERNANDÓPOLIS – SP

2012

ALLAN RAMOS VENTURA

DARLENE CRISTINE CAVENAGE

FRANCIELE DE ALMEIDA COSTA

JONATAN PEDRO

O USO DE ANTICONCEPCIONAIS POR MULHERES DE UMA ESCOLA

TÉCNICA DE FERNANDÓPOLIS - SP

Trabalho de conclusão de curso aprovado

como requisito parcial para obtenção do título

de bacharel em farmácia.

Aprovado em: __ de novembro de 20__.

Banca examinadora Assinatura Conceito

Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli

Profa. Esp. Rosana Matsumi Kagesawa Motta

Profa. Esp. Vanessa Maira Rizzato Silveira

Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli

Presidente da Banca Examinadora

Page 4: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

Dedicamos este trabalho primeiramente a

Deus, pois sem ele, nada seria possível, e

nossos sonhos não seriam concretizados.

Aos nossos pais, que sempre nos deram apoio,

e estiveram presentes acreditando em nosso

potencial, nos incentivando na busca de novas

realizações e descobertas.

Page 5: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

AGRADECIMENTOS

Aos nossos pais, por proporcionarem este momento tão especial, tão

sonhado, sem os quais, não seria possível ser realizado.

Ao professor Roney Eduardo Zaparoli, nosso orientador, pela atenção,

pelo apoio e paciência, para que esta tarefa fosse cumprida.

As pessoas que de uma maneira ou de outra, entenderam e aceitaram

nossa ausência justificada pelas horas de dedicação ao mesmo.

A todos os funcionários e alunas da Escola Técnica Estadual de

Fernandópolis, por ter nos possibilitado realizar a entrevista que nos auxiliou na

realização de nosso trabalho.

A todos os professores e colegas de classe que nos acompanharam

todos esses anos.

Page 6: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

“Apesar dos nossos defeitos, precisamos

enxergar que somos pérolas únicas no teatro

da vida e entender que não existem pessoas

de sucesso e pessoas fracassadas. O que

existem são pessoas que lutam pelos seus

sonhos ou desistem deles.”

Augusto Cury

Page 7: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

RESUMO

Anticoncepcionais são medicamentos que possuem em sua composição os

esteróides sintéticos estrógeno e progesterona, isolados ou associados. São

indicados principalmente para mulheres que desejam controlar a natalidade,

para o tratamento de ovários policísticos, ciclomastopatias, hemorragias no

climatério. Os anticoncepcionais orais combinados são os mais utilizados e

apresentam maior segurança e eficácia. O uso incorreto e as interações

diminuem a eficácia contraceptiva. A partir deste trabalho foi possível conhecer

quais os anticoncepcionais mais utilizados, qual o principal motivo do uso deste

medicamento, se o paciente tem conhecimento sobre a forma correta de

administração do anticoncepcional e das possíveis interações medicamentosas

que este apresenta. Trata-se de uma pesquisa realizada com alunas dos

cursos técnicos da Escola Técnica Estadual de Fernandópolis (ETEC

Fernandópolis), com ajuda de um questionário composto por 20 perguntas.

Concluiu-se que o uso do contraceptivo está presente, na maioria dos casos,

em jovens de 16 anos ou menos, que muitas vezes não tem conhecimento dos

riscos causados pelo uso deste medicamento. Dessa forma, constata-se que o

papel do farmacêutico na sociedade é fundamental, sendo que este é

importante na orientação dos pacientes sobre o uso racional de medicamentos.

Palavras-chave: Anticoncepcionais. Eficácia. Interações.

Page 8: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

ABSTRACT

Contraceptives are drugs that have in their composition the synthetic steroids

estrogen and progesterone, alone or associated. They are mainly indicated for

women who desire birth control, to treat polycystic ovaries, cyclomastopathy or

bleeding during menopause. The combined oral contraceptives are the most

used ones and have higher level of safety and efficacy. The incorrect use and

the interactions decrease the contraceptive efficacy. From this work it was

possible to find out which are the most widely used contraceptives, what the

main reason for using this medicine is, whether the patient knows about the

correct procedures to manage the contraceptive and the possible drug

interactions that it presents. The research was performed by students of

vocational courses at Escola Técnica Estadual de Fernandópolis (ETEC

Fernandópolis), with the supporting of a questionnaire consisting of 20

questions. It was concluded that the use of contraceptive is present, in most

cases, among young people aged 16 or less, who usually are not aware about

the risks caused by the use of this medicine. Thus, it seems that the role of the

pharmacist in society is essential and it is also important in guiding patients

about the rational use of medicines.

Key-words: Contraceptives. Efficacy. Interactions.

Page 9: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS

Figura 1 – Metabolismo dos contraceptivos orais e prováveis mecanismos de

interação com os antibióticos ........................................................... 17

Figura 2 – Contraceptivos orais combinados ..................................................... 21

Figura 3 – Adesivo contraceptivo ....................................................................... 23

Figura 4 – Anel vaginal contraceptivo ................................................................ 23

Figura 5 – Fases do câncer do colo uterino ....................................................... 27

Gráfico 1 – Idade das mulheres que fazem uso de contraceptivos .................... 36

Gráfico 2 –

Mulheres que conhecem a maneira correta de utilizar o

contraceptivo .................................................................................... 37

Gráfico 3 – Mulheres que utilizam o contraceptivo de maneira correta .............. 38

Gráfico 4 – Mulheres que se esqueceram de usar o contraceptivo algum dia ... 39

Gráfico 5 –

Mulheres que conhecem a necessidade de usar o contraceptivo

até o fim da cartela, mesmo que menstruem ................................... 39

Gráfico 6 – Mulheres que trocaram de contraceptivo durante o tratamento ....... 40

Gráfico 7 – Contraceptivos usados pelas entrevistadas de acordo com o

princípio ativo .................................................................................... 42

Gráfico 8 – Mulheres que engravidaram mesmo fazendo uso do contraceptivo .. 44

Gráfico 9 – Fármacos que as mulheres usam associados aos contraceptivos .... 45

Page 10: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AINES – Antiinflamatórios Não-Esteróides

DIU – Dispositivo Intra-Uterino

DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis

ETEC – Escola Técnica Estadual

EUA – Estados Unidos da América

FSH – Hormônio Folículo Estimulante

HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana

LH – Hormônio Luteinizante

mcg – Microgramas

μg – Microgramas

mg – Miligramas

RH – Gonadorrelinas

SUS – Sistema Único de Saúde

Page 11: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 12

1 ANTICONCEPCIONAL ................................................................................. 14

1.1 Progesterona e Estrógeno ................................................................... 14

1.2 Farmacocinética ................................................................................... 15

1.3 Farmacodinâmica ................................................................................. 16

1.4 Indicações ............................................................................................. 17

1.5 Eficácia .................................................................................................. 18

1.6 Efeitos Colaterais ................................................................................. 19

1.7 Contra – indicações .............................................................................. 19

1.8 Efeito de fármacos sobre a eficácia dos contraceptivos orais ......... 20

2 ACONSELHAMENTO CONTRACEPTIVO ................................................... 21

2.1 Contraceptivos orais combinados ...................................................... 21

2.2 A influência dos ginecologistas na escolha do método contraceptivo

adequado ..................................................................................................... 23

2.3 A escolha do método contraceptivo em países europeus ................ 24

3 NOVAS TENDÊNCIAS ................................................................................. 25

3.1 Contraceptivos x Indústrias ................................................................. 25

4 RISCO DE DOENÇAS .................................................................................. 26

4.1 Acidente Vascular Cerebral e Infarto do Miocárdio ........................... 26

4.2 Efeitos Adversos .................................................................................. 26

5 PRINCÍPIOS ATIVOS ................................................................................... 29

5.1 Acetato de medroxiprogesterona e cipionato de estradiol ............... 29

5.2 Acetato de ciproterona e etinilestradiol .............................................. 29

5.3 Drospirenona e Etinilestradiol ............................................................. 30

5.4 Gestodeno e Etinilestradiol ................................................................. 30

Page 12: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

5.5 Gestodeno Levonorgestrel, Desogestrel, Drospirenona e

Etinilestradiol .............................................................................................. 31

5.6 Desogestrel e Etinilestradiol ................................................................ 32

5.7 Etinilestradiol, Gestodeno, Desogestrel, Drospirenona, Acetato de

Ciproterona, Levonorgestrel e Norgestimato ........................................... 32

5.8 Levonorgestrel, Desogestrel, Gestodeno, Acetato de Ciproterona e

Vitamina B6 ................................................................................................. 33

6 OBJETIVOS .................................................................................................. 34

6.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................ 34

6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................. 34

7 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 35

8 RESULTADOS E DISCUSSÂO .................................................................... 36

8.1 Idade x Tempo de uso .......................................................................... 36

8.2 Utilização correta x Eficácia do anticoncepcional ............................. 37

8.3 Fatores determinantes para escolha do anticoncepcional ............... 42

8.4 Problemas relacionados ao uso incorreto de anticoncepcionais .... 44

8.5 Principais interações dos anticoncepcionais .................................... 45

9 CONSIDERAÇÔES FINAIS .......................................................................... 48

10 CONCLUSÃO ............................................................................................. 49

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 50

APÊNDICE 1 .................................................................................................... 61

Page 13: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

12

INTRODUÇÃO

A escolha do presente tema deve-se ao fato de que cada dia mais os

pacientes realizam a automedicação, fazem o uso do medicamento sem

orientação médica e de maneira inadequada, sem saber as possíveis

interações medicamentosas que acontecem, nesse caso entre os

anticoncepcionais e outros medicamentos, como alguns antibióticos,

anticonvulsivantes, tranquilizantes e agentes imunodepressores.

Nessa pesquisa de campo, buscamos conhecer quais os principais

motivos que levam os pacientes a iniciarem o uso dos anticoncepcionais, se

sabem utilizá-lo da maneira correta e se apresentam conhecimento sobre as

possíveis interações medicamentosas deste medicamento e dos problemas

que este pode causar futuramente.

O tema proposto procura entender qual é o papel do profissional

farmacêutico, no sentido de promover o uso racional de medicamentos através

da Assistência e Atenção Farmacêutica.

Neste trabalho apresenta-se o mecanismo de ação dos

anticoncepcionais, seus efeitos colaterais, suas principais interações

medicamentosas, sua eficácia, além dos possíveis problemas relacionados ao

uso deste tipo de medicamento. Sendo que este medicamento apresenta maior

eficácia quando é administrado por via oral na forma combinada.

De acordo com a Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas a

atenção farmacêutica, prioriza a orientação e o acompanhamento

farmacoterapêutico e a relação direta entre o farmacêutico e o usuário de

medicamentos. No Brasil, a sua implantação é dificultada por alguns fatores

como a dificuldade de acesso ao medicamento por parte dos usuários do

Sistema Único de Saúde (SUS) e Unidades Básicas de Saúde.

A partir da pesquisa de campo que realizada percebe-se que o principal

motivo da utilização do anticoncepcional é prevenir a gravidez, mas também

existem outros fatores que levam a sua administração como problemas de

ovário, para fins estéticos e também para cólicas menstruais. A maioria das

pacientes faz o uso do contraceptivo oral combinado e todas alegam saber a

Page 14: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

13

maneira correta de utilizá-lo, embora algumas não façam o seu uso nos dias e

horários certos e não saibam que de ocorrer interação medicamentosa deste

medicamento com outros, diminuindo a sua eficácia.

O profissional farmacêutico tem como função orientar o paciente sobre o

uso correto e racional dos medicamentos, neste caso o anticoncepcional.

O farmacêutico deve instruir os pacientes quanto aos problemas que

este medicamento pode causar, as possíveis interações medicamentosas que

este apresenta, diminuindo sua eficácia, e no caso de ser utilizado na

prevenção da gravidez, mostrar ao paciente que existem outros métodos

contraceptivos eficazes que podem ser utilizados, não só como método

preventivo da gravidez, mas também de doenças sexualmente transmissíveis.

Além de orientar o paciente a fazer o uso do medicamento nos horários e nos

dias certos e com orientação de profissional habilitado.

A partir desta pesquisa, confere-se a importância do farmacêutico na

assistência e atenção farmacêutica, no sentido de promover o uso racional e

correto dos medicamentos, na tentativa de evitar problemas futuros.

Page 15: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

14

1 ANTICONCEPCIONAL

1.1Progesterona e Estrógeno

A história dos anticoncepcionais começou há mais de 2000 anos, onde

os primeiros representantes dessa classe apresentavam arsênico, estricnina e

mercúrio, que causavam complicações tóxicas, ou até mesmo a morte. O

hormônio progesterona, componente ativo do corpo lúteo, foi identificado em

1928 e se mostrava eficaz para proteger a gestação. Seguiram-se as

observações, onde foi identificado outro hormônio, envolvido na fertilidade,

chamado estrógeno. Posteriormente, pesquisas mostraram que ambos

esteróides ovarianos constituíam dois grupos hormonais. A partir de 1957 e,

principalmente em 1963, a injeção dos hormônios recém-isolados em mulheres

inférteis, mostrou inibições das ovulações frequentes. Assim começava o

controle da fertilidade humana com o uso de esteróides (SILVA, 2006).

O primeiro contraceptivo lançado continha 150 mg de estrógenos e 10

mg de progesterona, esse níveis eram altos o bastante para manter o nível

contraceptivo eficaz. Porém, para diminuir os efeitos colaterais, as dosagens

desses hormônios foram reduzidas para 30 mg de estrógeno e 1 mg de

progesterona. Essas concentrações são bastante efetivas, porém na presença

de alguns medicamentos, como antimicrobianos e anticonvulsivantes, os níveis

hormonais, reduzidos, podem cair ainda mais, fazendo com que a eficácia do

contraceptivo seja comprometida (CORRÊA; ANDRADE; RANALI, 1998).

Os contraceptivos orais combinados contêm os hormônios femininos

estrogênio e progesterona, capazes de inibir a ovulação e promover o

revestimento do útero, quando usados de forma correta e regular. Apresenta

uma taxa de falha relatada de 1/1000 mulheres (SZAREWSKI, 2003).

Os estrogênios são os componentes principais de vários métodos

contraceptivos: pílulas anticoncepcionais orais combinadas, anticoncepcionais

injetáveis combinados, anéis vaginais contraceptivos combinados,

combinações do sistema transdérmico contraceptivo e pílulas

Page 16: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

15

anticoncepcionais combinadas de emergência. Formulações contraceptivas

que possuem estrogênio são conhecidas como contraceptivos combinados

porque também possuem progestina em sua composição. O conhecimento dos

métodos contraceptivos permite a prestação de assistência especializada para

as mulheres que usam esses produtos (LIKIS, 2002).

1.2 Farmacocinética

Nas mulheres, os esteróides são produzidos nos ovários, no córtex das

supra-renais e na placenta (durante a gestação), a partir da síntese do

colesterol nas células ovarianas. Entretanto, a localização intracelular das

enzimas responsáveis pela biossíntese dos esteróides não é conhecida até o

momento. Eles podem ser absorvidos pela pele e pelas membranas mucosas.

Soluções oleosas são administradas de forma subcutânea e intramuscular.

Estrógenos semi-sintéticos (etinilestradiol e mestranol) e novos progestínicos

são absorvidos por via oral, sendo eficazes na regulação do ciclo e da

fertilidade. O FSH (Hormônio Folículo Estimulante) regula a estimulação dos

folículos ovarianos e a produção dos estrógenos. O estradiol, normalmente

absorvido pelo trato intestinal, alcança sua concentração plasmática máxima

entre 1 e 2 horas. Já a eliminação varia entre 9 e 27 horas. A nível intestinal e

hepático é conjugado com os ácidos sulfúrico e glucurônico, sofrendo assim a

chamada 1ª passagem hepática. A progesterona, pouco antes da segunda fase

do ciclo, é produzida no corpo lúteo. O LH (Hormônio Luteinizante) é

responsável pelo estímulo da secreção de progesterona. Esta pode também

ser convertida em estradiol, tendo a androstenediona como intermediária

(RANG; DALE, 2007).

Page 17: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

16

1.3 Farmacodinâmica

Os fármacos contraceptivos são esteróides semi-sintéticos ou sintéticos,

isolados ou associados, que atuam na regulação endócrina dos órgãos

responsáveis pela reprodução humana. Doses pequenas de estrógenos ou

progesterona estimulam a secreção de LH, porém doses regulares inibem a

ovulação. Aparentemente, o hipotálamo ou os centros nervosos superiores

mediam esse efeito, porém mecanismos secundários também estão

envolvidos. A anovulação também pode ocorrer por supressão dos fatores de

liberação das gonadorrelinas (RH – FSH, RH – LH), o que impede o

crescimento de folículos ovarianos. Há a mesma supressão quando

administrados estrógenos e progestínicos associados. Normalmente os

contraceptivos são uma associação de estrógenos e progesterona, que inibem

a ovulação, espessando o muco cervical, dificultando a migração espermática.

Há também atrofia endometrial, o que reduz a probabilidade de implantação

(GOODMAN; GILMAN, 2005).

Quando ingeridos, os estrógenos e a progesterona são absorvidos pelo

trato gastrintestinal, chegando à corrente circulatória. São conduzidos até o

fígado e são metabolizados, fazendo com que cerca de 42 a 58% desses

hormônios não tenham atividade contraceptiva. Os metabólitos são excretados

na bile, que se esvazia no trato gastrintestinal. Parte destes metabólitos é

hidrolisada por enzimas das bactérias do intestino, liberando o estrogênio ativo

que é reabsorvido, gerando um ciclo entero-hepático, que faz com que os

níveis plasmáticos de estrógenos circulantes aumentem. Já a parte

remanescente é excretada pelas fezes (CORRÊA; ANDRADE; RANALI, 1998).

Page 18: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

17

Figura 1: Metabolismo dos contraceptivos orais e prováveis mecanismos de interação com os

antibióticos

Fonte: CORRÊA; ANDRADE; RANALI, 1998

1.4 Indicações

Os anticoncepcionais são indicados para mulheres que desejam

controlar a natalidade. A indicação do mesmo deve ser feita após consulta

médica e exame ginecológico (com prevenção anual). Além disso, a mulher

deve realizar, sempre que possível ultra-sonografia pélvica transvaginal. Dentre

os dados laboratoriais, é indispensável realizar a triagem lipídica, afinal

alterações nos lipídios podem repercutir em fatores da hemocoagulação.

Alguns médicos fogem do propósito principal do anticoncepcional e indicam

essa classe para tratamento de ovários policísticos, ciclomastopatias,

hemorragias no climatério, diminuição de dores e cólicas menstruais, redução

de sangramento menstrual, redução de nódulos mamários benignos. A

contracepção também pode ser benéfica em casos de: câncer endometrial,

carcinoma ovariano, redução de risco de cistos ovarianos, doença pélvica

inflamatória, diminuição da incidência de gravidez ectópica, mioma uterino e

endometriose (SILVA, 2006) (SZAREWSKI, 2003).

Page 19: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

18

1.5 Eficácia

A eficácia dos anticoncepcionais orais tem seu perfil de segurança

confirmado por várias pesquisas, principalmente com produtos combinados e

monofásicos que contenham menos de 35 microgramas de estrógeno e

pertença a segunda geração. A prevalência da contracepção está aumentando

no mundo inteiro. Em muitos países, mais de 75% dos casais usam métodos

efetivos. Porém, as alternativas existentes não são perfeitas e efeitos adversos

e inconveniência limitam sua aceitabilidade, pelo que muitas gravidezes não

planejadas ocorrem mesmo em países desenvolvidos, onde a contracepção é

facilmente disponível (WANNMACHER, 2003).

A eficiência dos contraceptivos depende dos níveis plasmáticos de

estrógeno e progesterona. O uso incorreto como o esquecimento da pílula e

horários variáveis de ingestão, pode diminuir a eficácia contraceptiva, pois

pode haver queda dos níveis plasmáticos desses dois hormônios. Vômitos e

diarréia podem diminuir o tempo do medicamento no trato gastrintestinal,

fazendo com que a absorção seja menor. Além disso, alguns medicamentos,

como anticonvulsivantes e antimicrobianos, podem interferir na metabolização

dos anticoncepcionais, fazendo com que os níveis plasmáticos sejam

reduzidos, porém isso ocorre por termos variações individuais no metabolismo

dos contraceptivos. Estudos observaram mulheres que faziam uso de

contraceptivos orais e estavam em tratamento com antimicrobianos e não

apresentaram alterações nas concentrações plasmáticas hormonais. Autores

sugerem que esta interação ocorre apenas nas mulheres mais suscetíveis,

mas, por enquanto, não há como saber quais são mais suscetíveis (CORRÊA;

ANDRADE; RANALI, 1998).

Exemplos de drogas que diminuem a eficácia dos contraceptivos orais:

Antibiótico (amoxicilina, ampicilina, carbenicilina, cloxacilina, dicloxacilina,

eritromicina, oxacilina, penicilina G, cloranfenicol e tetraciclinas),

Anticonvulsivantes (carbamazepina, difenil-hidantoína e primidona),

Tranquilizantes (clordiazepóxido, diazepam em altas doses e metadona),

Page 20: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

19

Agentes imunodrepressores (ciclosporinas), Vitaminas (vitamina C)

(PINHEIRO, 2008).

1.6 Efeitos Colaterais

O estrogênio faz com que o organismo apresente sintomas semelhantes

aos da gravidez e lactação. Nesse estado são considerados sintomas como:

náuseas, vômitos, tonturas, cefaléia, cansaço, aumento de apetite e de peso.

Alguns anticoncepcionais de baixa dosagem podem causar uma hemorragia de

escape, indesejável e freqüente em 10 a 30% das mulheres, que pode ser

controlada com o uso de 2 comprimidos por 3 dias ou mais ou com a

associação, por um curto período de tempo, de uma série de estrógenos

micronizados. Pode ocorrer também à chamada menstruação silenciosa em 1 a

2% doas casos, não havendo a descamação do endométrio. A diminuição

progressiva do fluxo ou a repetição deste fenômeno levam à paciente, aos

poucos, a amenorréia pós-pílula. Neste caso ocorre a suspensão do uso do

anticoncepcional (SILVA, 2006).

1.7 Contra – indicações

O uso prolongado de anticoncepcionais orais produz aumento pequeno,

porém significativo, na pressão sistólica e diastólica. Os níveis pressóricos

revertem ao normal com a suspensão dos hormônios. Em pacientes

hipertensas, mesmo um pequeno aumento da pressão arterial pode ser

prejudicial, recomendando-se mudança para métodos contraceptivos não

hormonais. Em relação aos anticoncepcionais, mantém-se ainda a polêmica

sobre a associação de tromboembolismo venoso ao uso dos chamados

representantes da terceira geração (WANNMACHER, 2003).

Page 21: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

20

1.8 Efeito de fármacos sobre a eficácia dos contraceptivos orais

Uma interação importante é a que ocorre entre antimicrobianos e

contraceptivos, podendo fazer com que haja perda da eficácia contraceptiva e

até mesmo uma gravidez inesperada. Mulheres que utilizavam

anticoncepcionais e faziam tratamento de tuberculose com rifampicina

apresentaram sangramentos intermenstruais, o que proporcionou o primeiro

relato de falha do uso de antimicrobiano com contraceptivos. Posteriormente,

foi observado que, em um grupo de mulheres que utilizavam contraceptivos e

antimicrobiano, 62 tiveram distúrbios no ciclo menstrual e 5 engravidaram. O

British Committee of Safety of Medicines relatou casos de falhas de

contracepção em mulheres que usavam contraceptivos e estavam em

tratamento com antimicrobianos (CORRÊA; ANDRADE; RANALI, 1998).

Os antimicrobianos destroem as bactérias da flora intestinal, que

hidrolisam os conjugados, diminuindo o ciclo entero-hepático, causando

redução dos níveis plasmáticos dos estrógenos ativos. Porém, este mecanismo

não explica a interação com contraceptivos que apresentam apenas

progesterona, pois seus metabólitos não são excretados na bile como os

estrógenos, por isso, falhas com contraceptivos com apenas progesterona

podem não ter relação com antimicrobianos. A indução das enzimas

microssomais do citocromo P450 no fígado parece reduzir os níveis hormonais,

acelerando o metabolismo dos mesmos. Uma menor reciclagem de estrógenos

associada com um maior metabolismo hepático favorece a queda das

concentrações hormonais, porém não há explicação definitiva para o processo

(REBULI, 2010) (CORRÊA; ANDRADE; RANALI, 1998).

Page 22: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

21

2 ACONSELHAMENTO CONTRACEPTIVO

2.1 Contraceptivos orais combinados

Figura 2: Contraceptivos orais combinados

Fonte: site “Doutor, me explica?”, acessado em 06/11/12

Um estudo realizado na China, em clínicas de planejamento com

mulheres que procuraram contracepção de emergência no prazo de 72 horas

após a relação sexual desprotegida ou falha contraceptiva, analisou a

segurança e a eficácia da contracepção da pílula de levonorgestrel

como contraceptivo de emergência. Quanto aos eventos adversos, 6,5% das

mulheres tiveram pelo menos um evento adverso. Já a eficácia de

contracepção foi de 95,3%. Após tomar a pílula de contracepção de

emergência de levonorgestrel, a incidência de perturbação ciclo menstrual foi

de 20,1%. A pílula de contracepção de emergência de levonorgestrel foi eficaz,

segura e bem tolerada como uma droga de venda livre (CHEN et al., 2011)

(KOTHARE et al.,2012).

Mulheres que utilizaram o etinilestradiol ou drospirenona como método

contraceptivo oral, apresentaram problemas gastrointestinais, o hisurtismo e

algumas apresentaram também leves sintomas de depressão, mas após o

Page 23: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

22

tratamento maior parte das participantes teve seus efeitos melhorados

(RADOWICKI; SKÓRZEWSKA; SZLENDAK, 2005) (CINAR et al., 2012).

Estudos têm demonstrado um efeito negativo da combinação de

contraceptivos orais na densidade mineral óssea de adolescentes. Aos 24

meses de tratamento, valores médios de densidade mineral óssea em

mulheres que usaram etinilestradiol/desogestrel foram ligeiramente mais baixos

em comparação com os valores basais, mas estes efeitos não alcançaram

significância estatística. A média dos valores da densidade mineral óssea em

mulheres que usaram etinilestradiol/acetato de ciproterona foi ligeiramente

maior em comparação com os valores basais, mas não houve significância

estatística.Não houve diferenças significativas na densidade mineral óssea

média entre os usuários de acetato de etinilestradiol / desogestrel ou

etinilestradiol / ciproterona e não usuários. Dois anos de terapia com

contraceptivos orais combinados não teve efeito significativo sobre a densidade

óssea em adolescentes (GAI et al., 2012).

Nas não-usuárias de contraceptivos orais combinados, a densidade

mineral óssea aumentou significativamente na coluna lombar e no colo do

fêmur. Em usuárias do grupo de contraceptivos orais combinados, a densidade

mineral óssea não aumentou com exceção da coluna lombar. A diferença entre

as usuárias de contraceptivos orais combinados de baixa e muito baixa dose foi

encontrada em alterações na coluna lombar. A aquisição fisiológica da

densidade mineral óssea durante a adolescência pode ser prevenida pelo uso

de contraceptivos orais combinados, especialmente contendo dose muito baixa

de etinilestradiol (CIBULA et al., 2012).

Os aumentos na mudança percentual média na coluna lombar e colo do

fêmur, densidade mineral óssea no grupo de acetato de etinilestradiol /

ciproterona eram menos do que os do grupo de controle (WANG et al., 2012).

Page 24: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

23

2.2 A influência dos ginecologistas na escolha do método contraceptivo

adequado

Figura 3: Adesivo contraceptivo

Fonte:site “Mais feminina”, acessado em 06/11/12

Figura 4: Anel vaginal contraceptivo

Fonte: site “Leitura diária”, acessado em 06/11/12

Os pacientes responderam a questionários e ginecologistas reuniram

informações sobre a mulher na escolha do contraceptivo pré e pós-

aconselhamento, suas percepções. Aconselhamento fez muitas mulheres

selecionar um método contraceptivo diferente: uso do adesivo aumentou, uso

do anel triplicou. Uma proporção considerável das mulheres decidiu sobre um

Page 25: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

24

método contraceptivo diferente do que inicialmente tinha em mente. A maioria

das mulheres que estavam indecisas quanto ao método contraceptivo a utilizar

foi influenciada pelo seu ginecologista, optando pelo método recomendado por

ele, independentemente de aconselhamento (MERCKX et al., 2011).

2.3 A escolha do método contraceptivo em países europeus

Foram exploradas as influências percebidas na escolha das mulheres de

um método de controle de natalidade em cinco países europeus (Alemanha,

França, Reino Unido, Romênia e Suécia), a partir de uma seleção aleatória de

mulheres com idades entre 18 e 49 anos. Os contraceptivos orais foram

usados principalmente na Alemanha (54,3%), França (50,5%) e Suécia (34,6%)

e preservativos no Reino Unido (29,6%) e Romênia (22,9%). Suécia mostrou a

maior utilização de dispositivos intra-uterinos - 19% Romênia tinha o menor uso

de contracepção, contraceptivos orais e uso de dispositivo intra - uterino eram

freqüentemente sugeridos por fornecedores em vez de mulheres. As

preferências dos parceiros são tidas em conta quando a sua cooperação no

uso do método é necessária (OSORIO et al., 2011).

Page 26: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

25

3 NOVAS TENDÊNCIAS

3.1 Contraceptivos x Indústrias

Métodos contraceptivos são grandes aliados para o controle da

natalidade, mas muitos destes são incompreendidos e apresentam grande

resistência ao uso pelo fato que parte da população não consiga fazer uso

corretamente. Como a tecnologia vem avançando não podemos deixa de lado

esse quesito já que nos tratamos de algo tão serio. Novos métodos devem ser

desenvolvidos, que venha a facilitar uma posologia, o uso e que esteja cada

vez mais isento de efeitos adversos e que lhe dê total segurança já que cada

vez mais mulheres jovens procuram fazer uso de métodos contraceptivos.

Muitas indústrias desistem de procurar novos métodos por causa de barreiras

que elas mesmas se impõem, mas devemos ser otimistas, pois ao mesmo

tempo em que muitas desistem outras buscam cada vez mais novos meios de

aperfeiçoar os métodos contraceptivos (NELSON, 2012) (CARTER et al., 2012)

(TOIVENEN, 1987).

Hoje temos um exemplo claro que cada vez mais cientistas estão

focados em novas tecnologias, pois cientistas dos EUA, Canadá, e Grã-

Bretanha anunciaram a descoberta do primeiro anticoncepcional para homens.

Testes foram feitos em ratos machos e mostraram total eficácia na redução de

espermatozóides não apresentando efeitos colaterais e sendo totalmente

reversível já que essa era uma das maiores preocupações. Como falar de

métodos contraceptivos orais para homens é totalmente revolucionário pode

haver uma grande mudança no comportamento dos homens (BRITO, 2012).

Page 27: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

26

4 RISCO DE DOENÇAS

4.1 Acidente Vascular Cerebral e Infarto do Miocárdio

Elevação dos níveis de homocisteína e antígeno no plasma têm sido

envolvidos como fator de risco notável para a doença cardiovascular, acidente

vascular cerebral isquêmico ou infarto do miocárdio em mulheres jovens usam

anticoncepcionais orais. Após três meses de tratamento, os níveis de

homocisteína foram significativamente maiores e houve diminuição significativa

e considerável na concentração de óxido nítrico. O uso de contraceptivos

aumenta o risco de acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio. Níveis

elevados de antígeno no plasma tanto aumentam o risco de acidente vascular

cerebral como de infarto do miocárdio, os riscos ainda são ainda agravados

pelo uso de anticoncepcionais orais (FALLAH et al., 2012)(LUKEN et al., 2011).

Mulheres em diferentes métodos contraceptivos têm sido associadas

com o desenvolvimento de várias doenças, sendo o uso de contraceptivos

orais combinados um fator de risco para acidente vascular cerebral. Usuárias

de contraceptivos orais combinados, com triglicérides, lipoproteína de alta

densidade e lipoproteína de muito baixa densidade tiveram fatores de risco

mais elevados em relação as não-usuárias. Os níveis de triglicérides,

lipoproteína de alta densidade e lipoproteína de muito baixa densidade

aumentaram com a idade e o tempo de uso, enquanto os níveis de lipoproteína

de baixa densidade diminuíram, e os níveis de colesterol total não se alteraram

(ABDEL et al., 2011) (AKINLOYE et al., 2011).

4.2 Efeitos Adversos

Alguns contraceptivos podem aumentar o risco de efeitos adversos em

mulheres, principalmente, com hiperlipidemia, diabetes, doença hepática,

Page 28: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

27

câncer de colo do útero, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) ou vírus

da imunodeficiência humana (HIV), porém estas mulheres não precisam fazer

exames laboratoriais antes do início do uso, afinal exames desnecessários

podem criar barreiras para o acesso e uso do fármaco (TEPPER et al., 2012).

Os contraceptivos podem causar aumento da pressão, infecções

freqüentes no trato urinário, colecistites, colelitíases, efeito diabetogênico. Pode

haver aumento do risco de tromboses, tromboembolismo, tromboflebite e

embolia pulmonar. Doenças cerebrovasculares e enfarte podem ter relação

com o uso destes fármacos e aumenta com a idade e anos de uso. Todos

estes problemas são maiores em pacientes fumantes (ENGEL, 1979).

A ocorrência de neoplasias do colo do útero, carcinomas in situ e

displasias está relacionada com fatores de risco, principalmente o uso de

contraceptivos orais por mais de 6 anos. Quando comparada com usuárias de

DIU, não havia essa ocorrência. Mulheres que usam contraceptivos a mais de

4 anos devem realizar exames citológicos do colo do útero, pois a maioria dos

casos de neoplasia são detectados em esfregaço cervical, e podem ser

tratados em uma fase de cura (VESSEY et al., 1983).

Figura 5:Fases do câncer do colo uterino

Fonte: site “Medicina geriátrica”, acessado em 06/11/12.

Page 29: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

28

Sintomas respiratórios, como sibilância, podem ser influenciados pelo

uso de hormônios esteróides. A associação de fatores, como asma e fumo,

com os contraceptivos gera aumento de risco para sibilância, mostrando que

quando se trata da saúde respiratória os hormônios podem ser importantes,

além disto, mulheres jovens têm uma taxa maior deste tipo de sonoridade

(ERKOÇOĞLU et al., 2012).

Page 30: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

29

5 PRINCÍPIOS ATIVOS

5.1 Acetato de medroxiprogesterona e cipionato de estradiol

A eficácia dos contraceptivos é afetada pela sua rota e facilidade de

administração. A farmacocinética e a farmacodinâmica de acetato de

medroxiprogesterona mais cipionato de estradiol foram comparados após

administração intramuscular ou subcutânea em mulheres em idade reprodutiva,

sendo que o desenvolvimento folicular e ovulação foram semelhantes em

ambas as formas de administração. A injeção de cipionato de estradiol e

acetato de medroxiprogesterona tem eficácia e segurança semelhantes em

ambas às vias de administração (SIERRA et al., 2011).

Os resultados sugerem que a suplementação de estrogênio é protetora

dos ossos em meninas adolescentes que recebem depósito de acetato de

medroxiprogesterona injetável (CROMER et al., 2005).

5.2 Acetato de ciproterona e etinilestradiol

Mulheres que utilizaram acetato de ciproterona e etinilestradiol

apresentaram diminuição de gordura visceral, subcutânea e pré-peritoneal e

aumento da gordura da coxa. No entanto, apenas a alteração na gordura

subcutânea alcançou significância estatística. Não existe nenhum benefício em

relação à gordura visceral, mas foram detectados riscos metabólicos e

cardiovasculares (KARABULUT; DEMIRLENK; SEVKET, 2011).

Etinilestradiol e acetato de ciproterona administrados em baixa dose com

pioglitazona, flutamida e metforminapor6 meses em mulheres atenuaram o

excesso de andrógenos, mas teve efeitos divergentes na insulinemia de jejum;

colesterol e triglicérides (IBAÑEZ et al., 2011).

Page 31: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

30

5.3 Drospirenona e Etinilestradiol

São escassos os dados disponíveis sobre os potenciais efeitos de

contraceptivos orais sobre a distribuição de gordura corporal particularmente

em mulheres magras com síndrome dos ovários policísticos. Foi demonstrado

em vários ensaios clínicos que etinilestradiol e drospirenona são um

contraceptivo eficaz oral, sem efeitos indesejáveis, como outros contraceptivos

orais (AYDIN et al., 2012) (ORANRATANAPHAN; TANEEPANICHSKUL, 2006).

Os pacientes com síndrome do ovário policístico receberam

etinilestradiol / drospirenona durante 6 meses. No início, os pacientes com

síndrome do ovário policístico e controles tinham semelhante composição

corporal, lipídios, resistência à insulina e glicose. Após 6 meses de tratamento

nos pacientes com síndrome do ovário policístico, o percentual de gordura

total aumentou. Mulheres magras com síndrome de ovário policístico

apresentaram composição corporal semelhante em comparação com mulheres

saudáveis (AYDIN et al., 2012).

5.4 Gestodeno e Etinilestradiol

Mulheres submetidas à dosagem de 15 microgramas de etinilestradiol e

60 microgramas de gestodeno. Não tiveram efeitos colaterais e tiveram

controle das hemorragias e melhora nos sintomas como dismenorréia, dor

pélvica não menstrual e defecação dolorosa (JAITHITIVIT; JAISAMRARN;

TANEEPANICHSKUL , 2012) (FERRARI et al., 2012).

Em contrapartida a administração de 30 microgramas de etinilestradiol e

75 microgramas de gestodeno por 65 dias, levou as pacientes a apresentarem

queixas como cefaléia, dismenorréia e edema (MACHADO et al., 2012).

Os medicamentos em suas diferentes concentrações apresentaram total

eficácia com controle da gravidez, porém os que tinham uma concentração

maior dos princípios ativos apresentaram uma rejeição significativa e efeitos

Page 32: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

31

indesejáveis para maioria das mulheres (JAITHITIVIT; JAISAMRARN;

TANEEPANICHSKUL, 2012) (FERRARI et al., 2012) (MACHADO et al., 2012).

5.5 Gestodeno, Levonorgestrel, Desogestrel, Drospirenona e

Etinilestradiol

Institutos de pesquisas vêm avaliando o risco de tromboembolismo

venoso com nova contracepção hormonal, porém poucos têm examinado

acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio trombótico (LIDEGAARD et

al., 2012).

Alterações significativas em fibrinogênio, durante a utilização do

contraceptivo oral combinado não foram detectados. Houve aumento na

contagem de plaquetas, atividade de protrombina e tempo de tromboplastina

diminuídos e o prolongamento do tempo de trombina foram significativos

(ALDRIGHI et al.,2006).

O uso corrente de contraceptivos orais que incluem etinilestradiol foi

associado com riscos relativos para o infarto do miocárdio e acidente vascular

cerebral trombótico, de acordo com o tipo de associação: noretindrona;

levonorgestrel; norgestimato; desogestrel; gestodeno e drospirenona,

respectivamente (LIDEGAARD et al., 2012).

A utilização de etinilestradiol e gestodeno não causa alterações

significativas nos parâmetros hemostáticos que podem ser interpretados como

indicativos de um maior risco trombótico (ALDRIGHI et al.,2006).

Embora os riscos absolutos de infarto do miocárdio e acidente vascular

cerebral trombótico associado com o uso de contraceptivos hormonais sejam

baixos, o risco foi aumentado com os contraceptivos orais associados à

etinilestradiol, com diferenças relativamente pequenas em risco de acordo com

o tipo de associação (LIDEGAARD et al., 2012).

Page 33: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

32

5.6 Desogestrel e Etinilestradiol

O efeito genotóxico de baixas doses de pílulas anticoncepcionais orais

sobre a frequência de aberrações cromossômicas e trocas entre cromátides

irmãs foram investigados em mulheres saudáveis. Não houve diferença

estatisticamente significativa nas aberrações cromossômicas e trocas entre

cromátides irmãs quando as mulheres saudáveis que não receberam qualquer

terapia hormonal (controle) foram comparadas com as mulheres que tomam

pílulas anticoncepcionais orais (MAHROUS, 2008).

O contraceptivo oral contendo etinilestradiol e desogestrel apresentaram

aumento das atividades dos fatores de coagulação. Níveis elevados dos fatores

de coagulação estão associados à ocorrência de eventos tromboembólicos. O

uso do contraceptivo oral pode aumentar o risco de doenças tromboembólicas,

principalmente em associação com outros fatores de riscos genéticos e/ou

adquiridos (FERREIRA et al.,2000).

5.7 Etinilestradiol, Gestodeno, Desogestrel, Drospirenona, Acetato de

Ciproterona, Levonorgestrel e Norgestimato

Anticoncepcionais orais contendo desogestrel apresentam risco de

tromboembolismo venoso maior em comparação a levonorgestrel. O risco de

tromboembolismo venoso de contraceptivos orais contendo norgestimato é

muito semelhante à de contraceptivos orais contendo levonorgestrel (JICK et

al., 2006).

Contraceptivos orais contendo etinilestradiol em diferentes

concentrações em conjunto com levonorgestrel, desogestrel, norgestimato,

gestodeno, acetato de ciproterona e drospirenona apresentam reduções

significativas em lesões inflamatórias causadas pela acne. Anticoncepcionais

orais de baixa dose são efetivos no tratamento da acne (HUBER; WALCH,

2005).

Page 34: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

33

5.8 Levonorgestrel, Desogestrel, Gestodeno, Acetato de Ciproterona e

Vitamina B6

O efeito de doses baixas de contraceptivos orais como levonorgestrel e

acetato de ciproterona com vitamina B6 apresentam boa tolerabilidade. No

entanto na administração de desogestrel com vitamina B6 houve a

apresentação de náusea como efeito colateral. Gestodeno em conjunto com a

vitamina B6 apresentou frequência menor de sangramento irregular. A adesão

ao tratamento com todas as preparações citadas foi boa. Os preparativos de

baixa dosagem investigados neste estudo não tem quaisquer efeitos adversos

sobre a vitamina B6, com exceção do desogestrel. (BARBOSA et al., 1998)

(VAN DER VANGE et al., 1989).

Page 35: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

34

6 OBJETIVOS

6.1 OBJETIVO GERAL

Conhecer os anticoncepcionais mais utilizados entre mulheres de uma

Escola Técnica de Fernandópolis – SP

6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) O principal motivo do uso de anticoncepcional.

b) Conhecimento do paciente sobre a forma correta de administração do

anticoncepcional.

c) Conhecimento dos pacientes sobre as possíveis interações

medicamentosas que o anticoncepcional apresenta.

d) Saber se o paciente utiliza o anticoncepcional a partir da orientação de

profissional habilitado.

Page 36: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

35

7 MATERIAIS E MÉTODOS

Pesquisa realizada com 182 alunas dos cursos técnicos da Escola

Técnica Estadual de Fernandópolis (ETEC Fernandópolis), com ajuda de um

questionário (Apêndice 1) composto por 20 perguntas, em que 89 alunas

afirmaram fazer o uso do anticoncepcional.

Page 37: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

36

8 RESULTADOS E DISCUSSÂO

8.1 Idade x Tempo de uso

Gráfico 1: Idade das 89 mulheres que fazem uso de contraceptivos

Fonte: Elaboração própria

Segunda nossa pesquisa, 29 entrevistadas (32%) têm 16 anos ou

menos, 26 (29%) têm entre 17 e 19 anos, 27 (31%) têm entre 20 e 29 anos, e 7

(8%) têm entre 32 e 43 anos. Nossos resultados mostram como mulheres cada

vez mais jovens vêm usando contraceptivos orais, muitas vezes sem se atentar

aos efeitos negativos que estes fármacos podem causar conforme o tempo

prolongado de uso.

O uso do contraceptivo deve começar no mínimo um ano após a

primeira menstruação e a paciente deve procurar um médico após alguns

meses para analisar possíveis efeitos colaterais, problemas no colo do útero e

pressão arterial. Mulheres diabéticas devem procurar outros métodos

contraceptivos porque este interfere nesta patologia (De cada cem mulheres

que tomam a pílula em um ano, três engravidam, 2011) (SANTOS; SEABRA;

SANTOS, 2011).

0

5

10

15

20

25

30

15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 32 34 35 36 38 42 43

Qu

an

tid

ad

e

Idade

Page 38: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

37

Usuárias de contraceptivos com idade entre 13 e 17 anos são mais

propensas a apresentar riscos de saúde. O uso de contraceptivos vem sendo

associado ao tabagismo, apresentando efeito adicional nos fatores de risco

cardiovascular. Então, quando forem fazer a prescrição de contraceptivos para

adolescentes, os médicos devem avaliar os fatores de risco cardiovascular

aconselhar as pacientes conforme estes fatores (DU et al., 2011).

Em uma avaliação do risco de tromboembolismo venoso relacionado ao

uso de contraceptivos orais por mulheres de 15 a 49 anos, conforme o tipo e a

dose de progestagênio e estrogênio, foi confirmado este risco em 67% das

pacientes que faziam uso de desogestrel, gestodeno ou drospirenona.

Contraceptivos contendo levonorgestrel apresentaram risco duas vezes menor

(LIDEGAARD et al., 2011).

Durante avaliação dos efeitos de contraceptivos orais combinados sobre

tecidos periodontais, em mulheres entre 19 e 35 anos, chegou-se a conclusão

de que os contraceptivos podem influenciar nas condições periodontais,

resultando em um aumento da inflamação gengival independente da

concentração dos contraceptivos (DOMINGUES et al., 2012).

8.2 Utilização correta x Eficácia do anticoncepcional

Gráfico 2: Mulheres que conhecem a maneira correta de utilizar o contraceptivo

Fonte: Elaboração própria

100%

SimNão

Page 39: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

38

Em nossa pesquisa, questionamos se as entrevistadas conheciam a maneira

correta de usar o contraceptivo, e 100% das mulheres responderam sim.

Gráfico 3: Mulheres que utilizam o contraceptivo de maneiro correta

Fonte: Elaboração própria

Porém, quando questionamos se elas usavam o contraceptivo todos os

dias e no mesmo horário, 76% responderam que sim, 19% responderam que

fazem uso do contraceptivo todos os dias só que em horários diferentes, e 5%

responderam que não. Muitas vezes essas mulheres não usam o contraceptivo

de maneira correta por não terem sido informadas da forma correta de uso, por

usarem o fármaco por conta própria sem se consultar com um profissional da

saúde antes do uso ou até mesmo por negligência da própria paciente, afinal

muitas mulheres que fazem uso de contraceptivos sabem a forma correta de

usar, porém não fazem o uso do fármaco da maneira indicada, sem se atentar

aos problemas que este uso incorreto pode causar como uma gravidez

indesejada.

76%

19%

5%

Sim

Todos os dias, emhorário diferente

Não

Page 40: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

39

Gráfico 4: Mulheres que se esqueceram de usar o contraceptivo algum dia

Fonte: Elaboração própria

Dentre as entrevistadas, 67% já se esqueceram de usar o contraceptivo

enquanto 33% não se esqueceram. Esse dado nos faz analisar novamente

que, mesmo todas as entrevistadas responderem que sabem usar o

contraceptivo de maneira correta, elas não fazem o uso correto do fármaco,

fazendo com que a eficácia do mesmo seja comprometida e podendo levar a

uma gravidez indesejada.

Gráfico 5: Mulheres que conhecem a necessidade de usar o contraceptivo até o fim da cartela,

mesmo que menstruem

Fonte: Elaboração própria

67%

33%

Sim Não

94%

6%

Sim

Não

Page 41: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

40

Perguntamos também se as entrevistadas sabiam da necessidade de

usar todos os comprimidos, até o fim da cartela, mesmo que ocorresse a

menstruação, 94% responderam que sim e 6% responderam que não. Isso

mostra que, apesar das mulheres responderem que conhecem a maneira

correta de utilizar o contraceptivo, elas não fazem o uso correto, deixando a

ideia de que ou elas não sabem como usar o fármaco ou não se importam com

o uso correto, o que é prejudicial no tratamento, afinal o conhecimento da

forma correta de utilizar o contraceptivo é importante, pois o contraceptivo pode

ter benefício em diversas situações como cistos ovarianos, cólicas menstruais,

nódulos mamários benignos, diminuição da incidência de gravidez ectópica,

dentre outros benefícios.

Gráfico 6:Mulheres que trocaram de contraceptivo durante o tratamento

Fonte: Elaboração própria

Durante o tratamento, 63% das entrevistadas não trocaram de

medicamento, enquanto 37% trocaram. Dentre as entrevistadas que trocou o

contraceptivo, 15% usavam um contraceptivo a base de acetato de ciproterona

e etinilestradiol antes da troca e 27% trocaram por decisão médica. Os

fármacos a base de acetato de ciproterona e etinilestradiol são efetivos, porém

podem gerar riscos metabólicos e cardiovasculares. Além disso, atenuam o

excesso de andrógenos. Isso nos leva a acreditar que houve dificuldade de

37%

63%

Sim

Não

Page 42: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

41

adaptação pelas pacientes ou algum efeito adverso, por isso a mudança de

fármaco. Dessa maneira, percebemos como é importante procurar um

profissional da saúde antes de usar qualquer fármaco para analisar se o

fármaco é o ideal ou não para o organismo.

Gestodeno e etinilestradiol ou norgestimato e etinilestradiol foram

comparados testando sua eficácia. Houve ocorrências semelhantes de

hemorragias e manchas. Fármacos de norgestimato e etinilestradiol

apresentaram sangramentos de privação levemente maiores, e os de

gestodeno e etinilestradiol apresentaram ciclo um pouco maior. Ambos

exibiram dores de cabeça e no peito. Não houve amenorréia, mudança no

peso, alterações na pressão arterial e alterações em dados laboratoriais

(AFFINITO et al., 1993).

Em determinação da segurança do controle do ciclo em mulheres de18 a

35 anos usando um contraceptivo contendo etinilestradiol 15 mcg e gestodeno

60 mcg, hemorragias e manchas diminuíram até desaparecerem

completamente, além de não haver mudanças no peso e na pressão arterial. A

ocorrência de efeitos colaterais foi mínima (JAITHITIVIT; JAISAMRARN;

TANEEPANICHSKUL, 2012).

Quando analisadas a atividade de protrombina, tempo de tromboplastina

parcial atividade de trombina, número de plaquetas, fibrinogênio, antitrombina

III, proteína C, proteína S e D-dimer em mulheres que usam etinilestradiol 20

mcg e gestodeno 75 mcg não houve alterações hemostáticas. Se os valores

fossem significativos poderia ser indicação de risco trombótico (ALDRIGHI et

al., 2006).

Page 43: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

42

8.3 Fatores determinantes para escolha do anticoncepcional

Gráfico 7:Contraceptivos usados pelas entrevistadas de acordo com o princípio ativo

Fonte: Elaboração própria

Entre as entrevistadas 34% fazem uso de acetato de ciproterona +

etinilestradiol, 29% fazem uso de gestodeno + etinilestradiol, 11% fazem uso

de drospirenona + etinilestradiol, 11% fazem uso de desogestrel +

etinilestradiol, 11% fazem uso de levonorgestrel + etinilestradiol, 1% faz uso de

desogestrel, 1% faz uso de acetato de medroxiprogesterona + cipionato de

estradiol, 1% faz uso de levonorgestrel+ etinilestradiol + vitamina B6 e 1% faz

uso de dienogeste + valerato de estradiol. Os fármacos mais usados, acetato

de ciproterona + etinilestradiol e gestodeno + etinilestradiol, são eficazes no

controle da gravidez. Os fármacos a base de gestodeno + etinilestradiol

34%

1%

1% 11%

1%

11%

29%

11%

1%

Acetato de ciproterona +etinilestradiol

Acetato de medroxiprogesterona +cipionato de estradiol

Desogestrel

Desogestrel + etinilestradiol

Dienogeste + valerato de estradiol

Drospirenona + etinilestradiol

Gestodeno + etinilestradiol

Levonorgestrel + etinilestradiol

Levonorgestrel + etinilestradiol +vitamina B6

Page 44: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

43

controlam hemorragias e melhoram dismenorréias e dores pélvicas não-

menstruais. Porém em doses altas, as pacientes podem apresentar cefaléia,

edema e dismenorréia.

Alguns contraceptivos podem aumentar o risco de efeitos adversos em

mulheres, principalmente, com hiperlipidemia, diabetes, doença hepática,

câncer de colo do útero, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) ou vírus

da imunodeficiência humana (HIV), porém estas mulheres não precisam fazer

exames laboratoriais antes do início do uso, afinal exames desnecessários

podem criar barreiras para o acesso e uso do fármaco (TEPPER et al., 2012).

Os contraceptivos podem causar aumento da pressão, infecções

freqüentes no trato urinário, colecistites, colelitíases, efeito diabetogênico. Pode

haver aumento do risco de tromboses, tromboembolismo, tromboflebite e

embolia pulmonar. Doenças cerebrovasculares e enfarte podem ter relação

com o uso destes fármacos e aumenta com a idade e anos de uso. Todos

estes problemas são maiores em pacientes fumantes (ENGEL, 1979).

A ocorrência de neoplasias do colo do útero, carcinomas in situ e

displasias está relacionada com fatores de risco, principalmente o uso de

contraceptivos orais por mais de 6 anos. Quando comparada com usuárias de

DIU, não havia essa ocorrência. Mulheres que usam contraceptivos a mais de

4 anos devem realizar exames citológicos do colo do útero, pois a maioria dos

casos de neoplasia são detectados em esfregaço cervical, e podem ser

tratados em uma fase de cura (VESSEY et al., 1983).

Sintomas respiratórios, como sibilância, podem ser influenciados pelo

uso de hormônios esteróides. A associação de fatores, como asma e fumo,

com os contraceptivos gera aumento de risco para sibilância, mostrando que

quando se trata da saúde respiratória os hormônios podem ser importantes,

além disto, mulheres jovens têm uma taxa maior deste tipo de sonoridade

(ERKOÇOĞLU et al., 2012).

Os fármacos atuais têm baixo nível hormonal e controlam o ciclo, porém

a progesterona pode gerar efeitos secundários como seios inchados e

amenorréia, e diminuir os efeitos positivos dos estrogênios. Drospirenona e

etinilestradiol podem levar à perda ou ganho de peso, tratar hipomenorréia ou

amenorréia, reduzir ou evitar a tensão pré-menstrual, melhorar sintomas de dor

Page 45: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

44

de cabeça causada pelo contraceptivo e serem usados em mastodinias pré-

existentes ou manifestações fibrocísticas da mama. Acetato de ciproterona e

etinilestradiol é eficaz para acne, de ligeira a moderada (CIANCI; DE LEO,

2007).

Como os contraceptivos orais não são adequados para todas as

mulheres, têm-se usado novos produtos como anéis vaginais contraceptivos e

adesivos transdérmicos, além de compostos naturais na tentativa de diminuir o

risco de tromboses e efeitos androgênicos. Há estudos sobre associações de

contraceptivos e agentes retrovirais, usadas para evitara gravidez e proteger

contra doenças sexualmente transmissíveis, além da tentativa de criar um

contraceptivo masculino (SITRUK-WARE; NATH; MISHELL, 2012).

8.4 Problemas relacionados ao uso incorreto de anticoncepcionais

Gráfico 8: Mulheres que engravidaram mesmo fazendo uso do contraceptivo

Fonte: Elaboração própria

Segundo nossa pesquisa, 97% das entrevistadas não engravidaram

mesmo fazendo o uso de contraceptivos e 3% engravidaram. Apesar de ser

uma porcentagem pequena, isso nos faz pensar que as pacientes que

engravidaram não usaram o contraceptivo de maneira correta ou não

3%

97%

Sim

Não

Page 46: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

45

realizaram o procedimento correto em caso de esquecimento, afinal estes são

os principais motivos de uma gravidez indesejada.

A falta de conhecimento sobre o uso de contraceptivos, principalmente o

procedimento correto quando houver esquecimento do uso, têm sido um dos

maiores problemas destes fármacos. Devido, principalmente, ao não-uso ou

uso incorreto, muitas mulheres, entre elas pré-adolescentes e adolescentes,

são mães ou realizam aborto devido a uma gravidez indesejada proveniente de

falhas relacionadas com o uso incorre todo contraceptivo (SANTOS; SEABRA;

SANTOS, 2011) (PANIZ; FASSA; SILVA, 2005) (FREGUGLIA; FONSECA,

2009) (CHAVES et al., 2010) (VIEIRA, 2004).

8.5 Principais interações dos anticoncepcionais

Gráfico 9:Fármacos que as mulheres usam associados aos contraceptivos

Fonte: Elaboração própria

6% 5%

11%

16%

5%

5% 21%

11%

5%

5%

5% 5%

Antialérgicos

Antiasmáticos

Antibióticos

Antidepressivos

Antidiabéticos

Antiepilépticos/Estabilizadoresde humorAnti-hipertensivos

Antiinflamatórios

Antilitiásicos

Antissecretores

Calmantes

Page 47: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

46

Perguntamos às entrevistadas se elas usavam algum outro

medicamento além do contraceptivo e 86% responderam que não enquanto os

outros 14% respondeu que sim. Algumas delas usam mais de um medicamento

associado ao uso do contraceptivo. Das mulheres que fazem ou fizeram uso de

outros medicamentos, 21% usam anti-hipertensivos, 16% usam

antidepressivos, 11% usam antiinflamatórios, 11% usam antibióticos, 6% usam

antialérgicos, 5% usam antiasmáticos, 5% usam antidiabéticos, 5% usam

antiepilépticos/estabilizadores de humor, 5% usam antilitiásicos, 5% usam

antissecretores, 5% usam calmantes e 5% usam vasodilatadores.

Alguns destes medicamentos, como alguns antibióticos e tranquilizantes,

interagem com o contraceptivo, diminuindo sua eficácia, além de poder levar a

uma gravidez indesejada. Muitas vezes, as pacientes desconhecem estas

interações por não ler a bula do medicamento, vergonha de questionar o

profissional da saúde ou por falta de informações e instruções que deveriam

ser dadas pelo médico ou até mesmo pelo farmacêutico.

Os níveis de etinilestradiol e progesterona são diminuídos pela

rifampicina, que induz enzimas hepáticas aumentando o metabolismo dos

mesmos. Segundo alguns autores os níveis de esteróides não são alterados

quando administrados com ampicilina, ciprofloxacina, doxiciclina, metronidazol,

ofloxacina, roxitromicina e tetraciclina. Porém, para outros o uso de tetraciclina,

metronidazol, ampicilina e eritromicina pode diminuir a eficácia do

contraceptivo, devido a uma redução na microbiota intestinal, que mantêm os

níveis dos contraceptivos (BERGAMASCHI et al., 2006).

Fármacos antiepilépticos, como fenobarbital e carbamazepina, podem

interagir com contraceptivos, reduzindo sua redução e eficácia e podendo gerar

uma gravidez indesejada. Essa associação também pode fazer com que a

eficácia do antiepiléptico seja diminuída, podendo gerar quadros convulsivos.

Os antiepilépticos podem alterar os esteróides gonadais podendo gerar

disfunção sexual (GUILLEMETTE; YOUNT, 2012) (BRODIE et al., 2012).

Uma das preocupações em mulheres HIV positivas é a alteração da

eficácia do contraceptivo oral quando associado aos antiretrovirais, pois há

diminuição dos níveis de estrogênio e progesterona. A eficácia dos

contraceptivos injetáveis de acetato de medroxiprogesterona e de sistemas

Page 48: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

47

intra-uterinos de levonorgestrel quase não sofre alterações. Deve haver vários

tipos de contraceptivos disponíveis, além do aconselhamento sobre a possível

diminuição da eficácia. O uso de preservativo também é muito importante para

prevenir o HIV e infecções sexualmente transmissíveis (ROBINSON;

JAMSHIDI; BURKE, 2012) (AGBOGHOROMA, 2011).

Page 49: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

48

9 CONSIDERAÇÔES FINAIS

O farmacêutico, se necessário, deve fazer interferência junto ao médico,

sobre os problemas que os medicamentos estão gerando na vida do paciente,

podendo solicitar a troca do medicamento e também a dosagem, mesmo em

caso de anticoncepcionais.

A assistência do profissional farmacêutico é importante em todas as

áreas em que atua, para que o paciente tenha um tratamento adequado e

eficaz e para que se sinta protegido e seguro, sabendo que sempre terá a

disponibilidade dele, alguém para orientá-lo sobre as suas dúvidas.

É necessário fazer com que o farmacêutico seja notado, e que seja

qualitativo, onde haja permanente reflexão sobre a prática, tentando, aprender

a necessidade do acompanhamento do paciente. É importante que o

farmacêutico esteja sempre ciente de que pode chegar ao médico, para que o

seu paciente tenha um tratamento mais adequado, evitando possíveis

interações medicamentosas e reações adversas, além de prejuízos a sua

saúde.

Page 50: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

49

10 CONCLUSÃO

A partir da pesquisa realizada na Escola Técnica Estadual de

Fernandópolis, entende-se que o papel do farmacêutico na sociedade é

fundamental, sendo que este é importante na orientação dos pacientes sobre o

uso racional de medicamentos.

Observando os dados obtidos através da pesquisa, constata-se que o

uso do contraceptivo está presente, na maioria dos casos, em jovens de 16

anos ou menos, que muitas vezes não tem conhecimento dos riscos causados

pelo uso deste medicamento. E que mesmo dizendo saber a maneira correta

de utilizá-lo, muitas vezes não o faz, relatando esquecimento do seu uso, por

pelo menos um dia, e, além disso, não sabem o risco de interações que existe

entre alguns medicamentos e anticoncepcionais.

A atuação do farmacêutico abrange a orientação ao paciente sobre a

importância de se procurar um profissional habilitado, no caso o médico, para

que verifique se existe a necessidade de utilização de determinado

medicamento e quais são os riscos apresentados pela sua utilização.

É necessário mostrar ao paciente que não basta apenas saber a

maneira correta de se utilizar um medicamento, mas que este tem que ser

administrado nos dias e horários certos e determinados pelo médico, para que

esse possa ter o efeito desejado.

A área da saúde possibilita ao farmacêutico mostrar ao paciente quais

os riscos apresentados pela automedicação e pelo uso indiscriminado de

qualquer medicamento. A Assistência Farmacêutica, prioriza a orientação e o

acompanhamento farmacoterapêutico e a relação direta entre o farmacêutico e

o usuário de medicamentos.

O farmacêutico é importante no acompanhamento do paciente no seu

dia a dia, para saber se este está tomando o medicamento de maneira

adequada, se há alguma interação medicamentosa entre os medicamentos

utilizados, se estes estão apresentando o efeito desejado e se futuramente

podem causar algum risco a saúde do paciente.

Page 51: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

50

REFERÊNCIAS

ABDEL, B. J. A.; FLAFL, M. S.; AL-NAMAA, L. M. ; HASSAN, NA. Mudanças

de lipoproteínas em mulheres que tomam doses baixas de pílulas

anticoncepcionais orais combinados: um estudo transversal em Basra, no

Iraque. set. 2011. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22259919>. Acesso em: 25 out. 2012.

AFFINITO, P.; MONTERUBBIANESI, M.; PRIMIZIA, M.; REGINE, V.; DI CARLO, C.; FARACE, M. J.; PETRILLO, G.; NAPPI, C. A eficácia do controle do ciclo, e os efeitos colaterais de dois contraceptivos orais combinados monofásicos: gestodeno / etinilestradiol e norgestimato / etinilestradiol. dez. 1993.Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8147235>. Acesso em: 30 out. 2012.

AGBOGHOROMA, C. O. Contracepção no contexto do HIV / AIDS: uma revisão. set. 2011.Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22574489>. Acesso em: 30 out. 2012.

AKINLOYE, O.; ADEBAYO, T. O.; OGUNTIBEJU, O. O.; OPARINDE, D.P.;

OGUNYEMI, E.O. Efeitos dos contraceptivos em oligoelementos no soro,

cálcio e fósforo. jun. 2011. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22224344>. Acesso em: 25 out. 2012.

ALDRIGHI, J. M.; DE CAMPOS, L.S.; ELUF, G. O. C.; PETTA, C.A.; BAHAMONDES, L. Efeito de um contraceptivo oral combinado contendo 20 mcg de etinilestradiol e75 mcg de gestodeno sobre os parâmetros hemostáticos. jan. 2006. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16522526>. Acesso em: 28 out. 2012.

AYDIN, K; CINAR, N.; AKSOY, D.Y.; BOZDAG ,G.; YILDIZ, B.O. Composição

corporal em mulheres magras com síndrome dos ovários policísticos:

efeito da combinação de estradiol e etinilestradiol/drospirenona. ago. 2012.

Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22898361>. Acesso em:

28 out. 2012.

Page 52: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

51

BARBOSA, I. C; CAMPOS, A. A.; HYPPOLITO,S. B.; MELO,N. R.; MUSSIELO,R.; NASSAR,R.; PINHO,J. S.; TOMAZ, G. Avaliação da tolerabilidade e do controle de ciclo de dois contraceptivos orais de baixa dose: estudo comparativo aberto. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia,1998. Disponível em: <http://www.radarciencia.org//doc/avaliacao-da-tolerabilidade-e-do-controle-de-ciclo-de-dois-contraceptivos-orais-de>. Acesso em: 28 out. 2012.

BERGAMASCHI, C.C.; MONTAN, M. F.; COGO, K.; FRANCO,G. C. N. F.;

GROPPO,F. C. ; VOLPATO, M. C.; ANDRADE,E.D.; ROSALEN,P.L.

Interações medicamentosas: analgésicos, antiinflamatórios e antibióticos

(Parte II). out. 2006. Disponível em:

<http://www.revistacirurgiabmf.com/2007/v7n2/v7n21.pdf>. Acesso em: 30 out.

2012.

BRITO, N. Cientistas dão passo para criar pílula anticoncepcional para

homens. ago. 2012. Disponível em:

<http://neiltonbrito.webnode.com.br/news/cientistas-d%C3%A3o-passo-para-

criar-pilula-anticoncepcional-para-homens/>. Acesso em: 27 out. 2012.

BRODIE, M. J.; MINTZER, S.; PACK, A. M.; GIDAL, B. E.; VECHT, C. J.; SCHMIDT, D. Indução enzimática com drogas antiepilépticas: Motivo de preocupação? set. 2012.Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23016553>. Acesso em: 30 out. 2012.

CARTER, M. W; BERGDALL, A.R.; HENRY-MOSS, D.; HATFIELD-TIMAJCHY, K.;HOCK-LONG, L. Um estudo qualitativo de compreensão de contraceptivos entre os jovens adultos. mar. 2012.Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22464411>. Acesso em: 27 out. 2012.

CHAVES, J. H. B.; PESSINI, L.; BEZERRA, A. F. S.; NUNES, R. Abortamento Provocado e o Uso de Contraceptivos em Adolescentes. Revista Brasileira ClinMed, Brasília. 2010. Disponível em: <http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2010/v8n2/a002.pdf>. Acesso em: 30 out. 2012.

Page 53: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

52

CHEN, Q. J.; XIANG, W. P.; ZHANG, D.K.; WANG, R. P.; LUO, Y.F.; KANG,

J.Z.; CHENG, L.N. A eficácia e segurança de um comprimido de

levonorgestrel com revestimento entérico como uma droga over-the-

counter para contracepção de emergência: um ensaio de Fase IV clínica. .

jun. 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21672924>.

Acesso em: 25 out. 2012.

CIANCI, A.; DE LEO, V. Individualização de baixas doses de

contraceptivos orais: princípios farmacológicos e indicações práticas para os

contraceptivos orais. ago. 2007. Disponível

em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17923832>. Acesso em: 30 out.

2012.

CIBULA, D.; SKRENKOVA, J.;HILL, M.;STEPAN, J. J. Baixas doses de

estrogênio contraceptivos orais combinados pode influenciar

negativamente aquisição fisiológica do osso e densidade mineral durante

a adolescência. mar. 2012. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22436400>. Acesso em: 25 out. 2012.

CINAR, N.; HARMANCI, A.; DEMIR, B.; YILDIZ, B.O. Efeito de um contraceptivo oral de angústia emocional, ansiedade e depressão em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: um estudo prospectivo. abr. 2012. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22473394>. Acesso em: 27 out. 2012.

CORRÊA, E.M.C.; ANDRADE, E.D.; RANALI, J. Efeito dos antimicrobianos

sobre a eficácia dos contraceptivos orais. Revista de Odontologia da

Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 12, jul. 1998. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

06631998000300007>. Acesso em: 25 out. 2012.

Page 54: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

53

CROMER, B. A.; LAZEBNIK, R.; ROME, E.; STAGER, M.; BONNY, A.; ZIEGLER, J.; DEBANNE, S. M. Duplo-cego randomizado controlado da suplementação de estrogênio em meninas adolescentes que recebem depósito de acetato de medroxiprogesterona para a contracepção. jan. 2005. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15672001>. Acesso em: 28 out. 2012.

DE CADA CEM MULHERES QUE TOMAM A PÍLULA EM UM ANO, TRÊS

ENGRAVIDAM. out. 2011. Disponível em:

<http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/07/de-cada-cem-mulheres-que-

tomam-pilula-em-um-ano-tres-engravidam.html>. Acesso em: 28 out. 2012.

DOMINGUES, R.S.; FERRAZ, B. F.; GREGHI, S. L.; REZENDE, M. L.; PASSANEZI, E.; SANT'ANA, A. C. Influência de contraceptivos orais combinados na condição periodontal. mar./abr. 2012. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22666846>. Acesso em: 28 out. 2012.

DU, Y; ROSNER, B. M.; KNOPF, H.; SCHWARZ, S.; DOREN, M.; SCHEIDT-NAVE, C. Uso de contraceptivos hormonais entre as adolescentes na Alemanha em relação ao comportamento de saúde e fatores biológicos de risco cardiovascular. abr. 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21402260>. Acesso em: 28 out. 2012.

ENGEL, H.J. Efeitos adversos dos contraceptivos orais. jul. 1979. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/554952>. Acesso em: 28 out. 2012.

ERKOÇOĞLU, M.; KAYA, A.; AZKUR, D.; OZYER, S.; OZCAN, C.; BESLI, M.; CIVELEK, E.; KOCABAS, C. N. O efeito dos contraceptivos orais sobre sibilância atual em mulheres jovens. set. 2012. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22959299>. Acesso em: 28 out. 2012.

Page 55: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

54

FALLAH, S.; NOUROOZI, V.; SEIFI, M.; SAMADIKUCHAKSAREI, A.;

AGHDASHI, E. M. Influência de pílulas anticoncepcionais orais sobre a

homocisteína e os níveis de óxido nítrico: como fatores de risco para

doença cardiovascular. fev. 2012. Disponível

em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22467328>. Acesso em: 25 out.

2012.

FERRARI, S. et al. Contraceptivo de baixa dosagem contínua por via oral para o tratamento da endometriose colorretal avaliada por ecografia endoscópica retal.mar. 2012.Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22268632>. Acesso em: 28 out. 2012.

FERREIRA, A. C. P.; MARLISE, B.A.; MONTES, S. A. F.; TOLOI, M. R.T.

Efeitos do contraceptivo oral contendo 20 µg de etinilestradiol e150 µg de

desogestrel sobre os sistemas de coagulação e fibrinólise. 2000.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v22n2/13422.pdf>. Acesso em:

28 out. 2012.

FREGUGLIA, J.; FONSECA, M. Métodos Contraceptivos. mai. 2009.

Disponível em:

<http://crv.educacao.mg.gov.br/aveonline40/banco_objetos_crv/Metodos_contr

aceptivos.pdf>. Acesso em: 30 out. 2012.

GAI, L.; JIA, Y.; ZHANG, M.; GAI, P.; WANG, S.; SHI, H.; YU, X.; LIU, Y. Efeito

de dois tipos de diferentes contraceptivos orais combinados usar na

densidade mineral óssea em mulheres adolescentes. fev. 2012. Disponível

em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22364818>. Acesso em: 27 out.

2012.

GOODMAN & GILMAN. Estrogênios e progestogênios. In: GOODMAN

&GILMAN. Bases Farmacológicas da Terapêutica. 10 ed. Rio de Janeiro:

Editora McGraw-Hill, 2005.p. 1201 –1229

Page 56: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

55

GUILLEMETTE, T.; YOUNT, S. M. Contracepção e drogas antiepilépticas. mai. 2012. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22587648>. Acessoem: 30 out. 2012.

HUBER, J.; WALCH, K. Tratar a acne com contraceptivos orais: uso de doses mais baixas. set. 2005. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16371290>. Acesso em: 28 out. 2012.

IBAÑEZ, L.; DIAZ, M.;SEBASTIANI, G.; SÁNCHEZ-INFANTES, D.; SALVADOR, C.; LOPEZ-BERMEJO, A.; ZEGHER, F. Tratamento de excesso de andrógenos em meninas adolescentes: ciproterona e acetato-etinilestradiol versus baixa dose de pioglitazona, flutamida e metformina. ago. 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21865363>. Acesso em: 28 out. 2012.

JAITHITIVIT L.; JAISAMRARN U.; TANEEPANICHSKUL, S. Controle do ciclo,

segurança e aceitabilidade de um novo contraceptivo oral contendo

etinilestradiol 15 microgramas e 60 microgramas gestodeno. mai. 2012.

Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22994020>. Acesso em:

27 out. 2012.

JICK, S. S.; KAYE,J. A.; RUSSMANN, S.; JICK,H. Risco de tromboembolismo venoso não fatal com contraceptivos orais contendo norgestimato ou desogestrel comparação com contraceptivos orais contendo levonorgestrel. mar. 2006. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16730485>. Acesso em: 28 out. 2012.

KARABULUT, A.; DEMIRLENK, S.; SEVKET, S. Efeitos do tratamento com acetato de ciproterona, etinilestradiol sobre a síndrome metabólica, distribuição de gordura e íntima carótida espessura do material na síndrome dos ovários policísticos. out. 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21961995>. Acesso em: 28 out. 2012.

KOTHARE, P. A.; SEGER, M. E.; NORTHRUP, J.; MACE, K.;MITCHELL, M.

I.;LINNEBJERG, H. Efeito da exenatida sobre a farmacocinética de um

contraceptivo de combinação oral em mulheres saudáveis: um aberto,

estudo cruzado e randomizado. mar. 2012. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22429273>. Acesso em: 25 out. 2012.

Page 57: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

56

LIDEGAARD, O.; LOKKEGAARD, E.; JENSEN, A.; SKOVLUND, C. W.; KEIDING,N. AVC e infarto do miocárdio trombótico com a contracepção hormonal. jun. 2012.Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22693997>. Acesso em: 28 out. 2012.

LIDEGAARD, O.; NIELSEN, L. H.; SKOVLUND, C. W.; SKJELDESTAD, F. E.; LOKKEGAARD, E.Risco de tromboembolismo venoso do uso de contraceptivos orais contendo diferentes doses de progestágenos e de estrogênio: estudo de coorte dinamarquês, 2001-9. out. 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22027398>. Acesso em: 28 out. 2012.

LIKIS, F.E. Aplicações de contraceptivos de estrogênio. Jornal da saúde

das mulheres parteiras, v. 47.2002. Disponível em:

<http://www.mendeley.com/research/contraceptive-applications-estrogen/>.

Acesso em: 25 out. 2012.

LUKEN, B. M.; ANDERSSON, H. M.; SIEGERINK, B.; CRAWLEY, J.

T.;ALGRA, A.; LANE, D. A.; ROSENDAAL, F. R. Alta VWF, baixo

ADAMTS13, e contraceptivos orais aumentam o risco de AVC e infarto do

miocárdio isquêmico em mulheres jovens. nov. 2011. Disponível

em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22110247>. Acesso em: 25 out.

2012.

MACHADO, R. B.; FABRINI, P.; PÁDUA, E. M. P.; MAIA, C. M. E.; BASTOS, A.

C. Efeitos da associação etinilestradiol/gestodeno em uso contínuo no

contorno dos sintomas durante a pausa contraceptiva. São Paulo.

Disponível em:

<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=2914>.

Acesso em: 27 out. 2012

MAHROUS, H. S. 2008. Avaliação do dano genético em linfócitos humanos das mulheres que usam contraceptivos orais. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19493509>. Acesso em: 28 out. 2012.

Page 58: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

57

MERCKX, M.; DONDERS, G. G.; PASCALE, G.; TINE, V. S.; WEYERS, S. A

influência de aconselhamento estruturado combinado escolha de

contraceptivos hormonais? nov. 2011. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3250999/?tool=pubmed>.

Acesso em: 25 out. 2012.

NELSON, A. L. Novas fronteiras em contracepção feminina (e

preservativos masculinos): 2012. mai. 2012. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22493981>. Acesso em: 27 out. 2012.

ORANRATANAPHAN, S.; TANEEPANICHSKUL, S. Um estudo duplo cego randomizado controle, comparando efeito de drospirenona e gestodeno ao desejo sexual e a libido. out. 2006. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17726807>. Acesso em: 28 out. 2012.

OSORIO, A; IRALA J.; OSORIO,A.; CARLOS, S.; LOPEZ-DEL- BURGO, C. Escolha de métodos de controle de natalidade entre as mulheres européias e o papel dos parceiros e fornecedores. jun. 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22078183>. Acesso em: 27 out. 2012.

PANIZ, V. M. V.; FASSA, A. C. G.; SILVA, M. C. Conhecimento sobre

anticoncepcionais em uma população de 15 anos ou mais de uma cidade

do Sul do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 6,

nov./dez. 2005. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

311X2005000600022>. Acesso em: 30 out. 2012.

PEREIRA, L.R.L.; FREITAS, O. A evolução da Atenção Farmacêutica e a

perspectiva para o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, São

Paulo, v.44, n. 2, out./dez. 2008. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a06.pdf>. Acesso em: 28 out. 2012.

Page 59: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

58

PINHEIRO, P. Anticoncepcionais: Interações com outros medicamentos.

dez. 2008.Disponível em: <http://www.mdsaude.com/2008/12/interao-

medicamentosa-anticoncepcionais.html>. Acesso em: 27 out. 2012.

RADOWICKI, S.; SKÓRZEWSKA, K.; SZLENDAK,K. A avaliação da

segurança de um sistema transdérmico contraceptivo com um

contraceptivo oral. v. 76. 2005. Disponível em:

<http://www.mendeley.com/research/safety-evaluation-transdermal-

contraceptive-system-oral-contraceptive/>. Acesso em: 27 out. 2012.

RANG, H. P.; DALE, M.M. Endocrine control of reproduction and drugs that

influence this. In: RANG, H.P.; DALE, M. M. Rang and Dale's Pharmacology.

6ed. Editora Elsevier, 2007.p. 445 – 454

REBULI, I. B. Efeito dos antimicrobianos sobre a eficácia dos

contraceptivos orais. abr. 2010.Disponível em:

<http://indiararebuli.blogspot.com.br/2010/04/efeito-dos-antimicrobianos-

sobre.html>. Acesso em: 30 out. 2012.

ROBINSON, J. A.; JAMSHIDI, R.; BURKE, A. E. Contracepção para a mulher HIV positivo: uma análise das interações entre a contracepção hormonal e terapia anti-retroviral. ago. 2012. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22927715>. Acesso em: 30 out. 2012.

SANTOS, A. O.; SEABRA, E. S.; SANTOS, G. M. S. Métodos Contraceptivos

na Adolescência. abr. 2011.Disponível em:

<http://www.webartigos.com/artigos/metodos-contraceptivos-na-

adolescencia/62732/>. Acesso em: 30 out. 2012.

SIERRA, J. A. R. Comparativo farmacocinética e farmacodinâmica após administração subcutânea e intramuscular de acetato de medroxiprogesterona (25mg) e cipionato de estradiol (5mg). mai. 2012. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22078184>. Acesso em: 28 out. 2012.

Page 60: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

59

SILVA, P. Anticoncepcional. In: SILVA, P. Farmacologia. 7.ed. Rio de Janeiro:

Editora Guanabara Koogan, 2006.p. 847 - 857

SITRUK-WARE R.; NATH U.; MISHELL D. R. J. Tecnologia de contracepção:

passado, presente e futuro. set. 2012. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22995540>. Acesso em: 28 out. 2012.

SZAREWSKI, A. A pílula contraceptiva combinada. v. 21. 2003. Disponível

em: <http://www.mendeley.com/research/choices-pill-combined-oral-

contraceptive/>. Acesso em: 25 out. 2012.

TEPPER, N. K.; STEENLAND, M. W.; MARCHBANKS, P. A.; CURTIS, K. M.

Exames laboratoriais antes de iniciar a contracepção: uma revisão

sistemática. out. 2012. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23040133>. Acesso em: 30 out. 2012.

TOIVONEN, J. Métodos contraceptivos. 1987. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3331144?dopt=Citation>. Acesso em: 27 out. 2012.

VAN DER VANGE, N.; VAN DER BERG, H.; KLOOSTERBOER, H.J.;

HASPELS,A. A. Efeitos de sete doses baixas de contraceptivos

combinados sobre o status da vitamina B6. set. 1989. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2527729>. Acesso em: 28 out. 2012.

VESSEY, M. P.; LAWLESS, M.; MC PHERSON, K.; YEATES, D. Neoplasia do colo do útero e da contracepção: um possível efeito adverso da pílula. out. 1983. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6138502>. Acesso em: 28 out. 2012.

VIEIRA, V.M. P. Anticoncepcional Oral, Ligadura de Trompas e Condom:

Caracterização do Conhecimento da População de 15 anos ou mais em uma

cidade do sul do Brasil. 2004. Disponível em: <http://www.epidemio-

ufpel.org.br/uploads/teses/dissert%20Vera%20Vieira.pdf>. Acesso em: 30 out.

2012.

Page 61: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

60

WANG, C.; LI, Y.; LI, H.; SUN, T.; JIN, G.; SUN, Z.; ZHOU, J.; BA, L.; HUAN,

Z.; BAI, J. Aumento do risco de AVC em usuárias de contraceptivos orais

realizadas replicados variantes genéticas: um estudo de base populacional

caso-controle na China. abr. 2012. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22476622>. Acesso em: 25 out. 2012.

WANNMACHER, L. Anticoncepcionais Orais: o que há de novo. Brasília, v.

1, n. 2, dez. 2003. Disponível em:

<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Anticoncepcionais%20orais.pdf>.

Acesso em: 27 out. 2012.

Page 62: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

61

APÊNDICE 1

Pesquisa para realização do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) do

curso de Farmácia

Idade:______anos Cidade:_______________________

Grau de escolaridade:

( ) ensino médio incompleto ( ) ensino médio completo

( ) ensino superior incompleto ( ) ensino superior completo

1 – Você faz uso de anticoncepcional?

( ) sim ( ) não

2 – Qual anticoncepcional você utiliza? _____________________________________

3 – Você procurou um médico antes de começar a usar o anticoncepcional?

( ) sim ( ) não

4 – Com que frequência você vai ao ginecologista?

( ) mensalmente ( ) semestralmente ( ) anualmente ( ) nunca foi

5 – Porque você começou a fazer o uso do anticoncepcional?

( ) evitar gravidez ( ) problemas nos ovários ( ) fins estéticos ( ) cólicas

menstruais

( ) outros motivos: ____________________________________________________

Page 63: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

62

6 –Você conhece a maneira correta de utilizar seu anticoncepcional?

( ) sim ( ) não

7 – Você toma o anticoncepcional todos os dias e sempre no mesmo horário?

( ) sim ( ) todos os dias, só que em horários diferentes ( ) não

8 – Você já se esqueceu de tomar o anticoncepcional algum dia? Se sim, qual foi a

providência tomada?

( ) não ( )sim:____________________________________________________

9 – O anticoncepcional que você usa é:

( ) injetável ( ) em comprimidos ( ) adesivos

10 – Você sabia que se o anticoncepcional for tomado junto com alguns

medicamentos (por exemplo, antibióticos e anticonvulsivantes), o efeito do

anticoncepcional pode ser reduzido, potencializado ou até mesmo não ter nenhum

efeito?

( ) sim ( ) não

11 – Você sabia que é necessário continuar tomando os comprimidos do

anticoncepcional até o fim da cartela, mesmo que sua menstruação comece?

( ) sim ( ) não

12 – Você sabia que mesmo menstruada é necessário começar a tomar os

comprimidos do anticoncepcional após o tempo de pausa (tempo que você fica sem

usar o remédio)?

( ) sim ( ) não

13 – Você já teve alguma reação adversa (por exemplo, dor de cabeça, náuseas ou

aumento do fluxo menstrual) com o uso de seu anticoncepcional? Se sim, qual reação

e o que você fez em relação a essa reação?

( ) não ( ) sim: ___________________________________________________

_____________________________________________________________________

Page 64: Tcc 2012   o uso de anticoncepcionais por mulheres de uma escola técnica de fernandópolis - sp

63

14 – Você percebeu alguma alteração corporal depois de começar a utilizar o

anticoncepcional? Se sim, qual?

( ) não ( ) sim: ___________________________________________________

_____________________________________________________________________

15 – Você faz uso de outro método contraceptivo (por exemplo, preservativos ou DIU)

além do anticoncepcional? Se sim, qual (is)?

( ) não ( ) sim: ___________________________________________________

_____________________________________________________________________

16 – Você já leu a bula do seu anticoncepcional para maiores informações?

( ) sim ( ) não

17 – Mesmo usando o anticoncepcional corretamente houve caso de gravidez?

( ) sim ( ) não

18 – Houve alguma alteração em seu ciclo menstrual depois do início do uso do

anticoncepcional? Se sim, qual?

( ) não ( ) sim: ___________________________________________________

_____________________________________________________________________

19 – Houve troca do seu anticoncepcional durante o tratamento? Se sim, qual

medicamento utilizado anteriormente e porque houve essa troca?

( ) não ( ) sim: ___________________________________________________

_____________________________________________________________________

20 – Além do anticoncepcional, você faz uso frequente de algum outro medicamento?

Se sim, qual medicamento e quantas vezes você o utiliza por dia?

( ) não ( ) sim: ___________________________________________________