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PROPAGANDA ELEITORAL: UMA ANLISE DAS DIFICULDADES LEGISLATIVAS E FISCALIZATRIAS NA INTERNET

Adriana Lopes Pereira Petrcia da Costa Paiva Souto

RESUMO

O presente trabalho tem como escopo analisar as dificuldades legislativas e fiscalizatrias da propaganda eleitoral na internet e a evoluo em termos jurdicos da fiscalizao e regularizao. Fazer uma exposio da evoluo e surgimento da internet. Analisar os aspectos gerais do Direito eleitoral brasileiro; Explicar a responsabilidade civil de criadores de perfil e comunidades em poca de eleio na internet, em redes sociais; Conceituar propaganda eleitoral e seus desdobramentos; Analisar e expor vedaes legais j existentes sobre a propaganda eleitoral na internet; Analisar sobre a tica do marco civil os benefcios e responsabilidade jurdica a plataforma eleitoral na internet. A justia eleitoral precisou de adaptao jurdica popularizao da informao na internet, local com grandes manifestaes politicas. Uma nova sociedade surgiu a da informao em tempo real e de fcil acesso. Segundo certo brocardo: Onde houver sociedade haver o Direito e onde houver o Direito haver sociedade. Bem como as dificuldades fiscalizatrias e legislativas em pocas eleitorais, tendo em vista que a informao ponto central em redes sociais.

Palavras-chave: Propaganda eleitoral. Internet. Legislao e fiscalizao__________Artigo apresentado Universidade Potiguar UnP, como parte dos requisitos para obteno do ttulo de Bacharel em Direito. Graduando em Direito pela Universidade Potiguar UnPOrientadora Petrcia da Costa Paiva Souto, advogada, Especialista em Direito lato sensu. Professora da Universidade Potiguar UnP [email protected].

1. INTRODUONa dcada de 40, do sculo passado, aps a segunda guerra mundial (1945), teve inicio a guerra fria, perodo de embates polticos, ideolgicos e militares entre os estados unidos (EUA) e unio sovitica (URSS), que influenciou toda a cena politica da poca. A unio sovitica era a favor do socialismo e o estado unido defendia a propagao e implantao do capitalismo.Em 1957 o mundo estava dividido em dois grandes blocos, duas grandes potncias batalhando pela hegemonia mundial, os americanos de um lado e os soviticos de outro, ambas as naes realizaram altos investimentos em armas, pesquisas relacionadas ao conhecimento do espao sideral e tecnologia. Foi durante esta guerra que surgiu a rede de computadores, dois ou mais computadores interligados com a capacidade de enviar informaes entre si, dcadas depois chamadas de internet. Os Estados Unidos tinham valiosas informaes militares e tecnolgicas e a preocupao era que em meio a um ataque nuclear da unio sovitica estas informaes fossem destrudas.Na busca da conquista espacial e mundial em 1957 a unio sovitica lanou ao espao o primeiro satlite batizado de Sputnik, alguns meses depois junto ao satlite enviou o primeiro ser vivo ao espao uma cadela de nome Laika. O controle de novas informaes e a deteno desta significava poder.Neste mesmo ano, 1957, Os Estados Unidos cria a ARPA (advanced research projetcts agency), Agencia criada com o objetivo, alm de, cuidar da tecnologia nos EUA durante a guerra fria, tambm superar os soviticos no quesito tecnologia. Antes disso, em 1946 foi criado nos Estados Unidos o primeiro computador com funo para clculos pesando cerca de 30 toneladas e ocupando cerca de 180 m, e Uma das tarefas da agencia era criar uma rede de computadores que pudessem conectar-se a outros, atravs de conexes independentes, podendo assim compartilhar informaes entre si. O objetivo era proteger informaes, num eventual ataque nuclear, em que mesmo que ocorresse a destruio de um desses centros de arquivos e computadores, mas estariam a salvos em outros locais diversos.Conforme pesquisa realizada por Nilton, Kleina. A histria da Internet: pr-dcada de 60 at anos 80 [infogrfico]. 29 de abril de 2011:Em 1961 desenvolvida a transmisso de dados por pacotes, em 1969 a primeira rede Advanced Research Projects Agency Networke (ARPANET) entra em funcionamento, o 1970 o termo INTERNET utilizado pela primeira vez por Vinton Cerf, em 1971 surge idealizao do email @, em 1973 primeira conexo intercontinental, entre Estados Unidos e Noruega, Em 1977 criada a USENET rede informal de compartilhamento de noticias e artigos, em 1981 lanado o computador da International Business Machines (IBM), em 1989 surge o sistema world wide web (www). A web a rede infinita de sites de assuntos diversos, acessveis por meios de navegadores que buscam a informao solicitada pelo usurio em servidores, os quais armazenam e alugam, grtis ou pagos, espao para hospedar sites. Todos os computadores tem um IP que o endereo virtual, que serve para localizar um computador na rede.

No Brasil a internet deu-se em meados da dcada de 80, inicialmente limitada a experincia entre universidades e centros de pesquisas. Mas o governo federal decidiu investir e tornar acessvel a todos os brasileiros, e a portaria n. 295 de 20/07/95 concede s empresas provedoras de internet a vender a conexo internet. Cresceu o numero de navegadores, de provedores e de internautas. Atrados pelas facilidades de servios prestados online e pela interao instantnea entre as pessoas, pelas redes sociais a internet deu surgimento a um novo tipo de sociedade, a sociedade da informao digital. Sendo assim, surgiu um singular meio de divulgao e propaganda tanto em termos comerciais, pessoais como eleitorais.O advento das redes sociais, sites blogs e e-mail virtualmente inovaram no processo de comunicao, Neste sentindo, em termos eleitorais surge uma nova plataforma eleitoral, em que a informao rapidamente compartilhada entre os usurios, permitindo a interao entre os eleitores desta forma criou-se a necessidade da regularizao e adaptao juridicamente da justia eleitoral.Entretanto, algumas indagaes surgiram sobre o assunto: Como conceder a propaganda eleitoral na internet o mesmo tratamento, atribudos propaganda no rdio, jornal e televiso; possvel na internet por limites partidos polticos e partidrios; Quais desafios esto ligados fiscalizao e coibio da propaganda abusiva e ilcita eleitoral na internet; O que pode ser considerado liberdade de expresso em pocas de eleio; Quais so as infraes e consequncias advindas da propaganda eleitoral na internet.2. A propaganda eleitoral e a constituio federalNos estudos sobre a propaganda eleitoral agregam-se singulares opinies doutrinrias do objetivo da propaganda eleitoral. Com o escopo final de angariar votos e tornar o pleito eleitoral atravs da manifestao de propostas e projetos um processo igualitrio entre os partidos polticos. Sobre a propaganda eleitoral conceitua Cndido (2008 p.151-152) uma forma de captao de votos usada pelos partidos polticos, coligaes ou candidatos, em poca determinada por lei, atravs da divulgao de suas propostas, visando eleio a cargos eletivos. Os partidos polticos e os candidatos a esses cargos, por sua vez, tem na propaganda politica o meio mais eficiente de veicular seus programas e ideias, suas metas e propostas, suas plataformas e compromissos. A forma de difundir e propagar informao com o objetivo de alcanar e conquistar votos j foram das mais significativas formas. Os comcios de palanque com show, conhecidos por showmcios, quanto mais recursos financeiros o candidato tinha, mais possibilidade tinha de contratar cantores de nvel nacionalmente conhecido com o objetivo de chamar ateno de um numero maior de expectadores, e com isso os discursos atingiam um maior nmero de pessoas, e tambm outdoor eram utilizados nas eleies. E isso culminava de forma repulsiva o princpio igualitrio, todos com a mesma igualdade de oportunidades. A internet possibilitou uma paisagem igualitria em termos eleitorais, pois a informao e o compartilhamento desta era o necessrio para atingirem grandes nmeros de pessoas sem grandes gastos financeiros, fazendo-se necessrio que o internauta apenas tivesse o acesso internet. E vertiginosamente a populao na era digital passou a ser um ser politico atuante virtualmente, informado e participativo no sufrgio universal, em pocas eleitorais, e o controle estatal foi-se fazendo necessrio. Como ressalta Cndido (2008, p.152) propaganda poltica sem controle estatal utopia.Essa nova forma de divulgao que se propagou mundialmente e tornou-se o meio de interao mais rpido e hbil fez despontar uma nova plataforma eleitoral, e com as mesmas necessidades de leis fiscalizatrias conferidas propaganda eleitoral no rdio, televiso e jornal. Brito (2014, p.17), diz:A popularizao da internet, especialmente das redes sociais, uma realidade crescente em todo o mundo. Por conseguinte, os tribunais vm se deparando cada vez mais com lides envolvendo ilcitos praticados em seu mbito. E muitas vezes mingua de legislao especifica, como no caso brasileiro, ainda que haja dispositivos especficos na legislao eleitoral. Cingindo-se responsabilidade por contedo inserido por terceiros, questo que tangencia em vrios momentos a problemtica eleitoral, a casustica farta de critrios slidos na busca da justia do caso concreto patente. Ao mesmo passo, a doutrina tampouco unssona e as bases dogmticas para a soluo dos problemas prticos necessitam ser construdas. Dificuldade que se somavam ao vcuo legislativo sobre os direitos e deveres de provedores e usurios na Rede, agora supostamente preenchido pelo Marco Civil da Internet (lei n. 12.965/2014).

No caput do artigo 1 na constituio federal, tem-se:Art. 1 A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio indissolvel dos Estados e Municpios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem como fundamentos:I - a soberania;II - a cidadaniaIII - a dignidade da pessoa humana;IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;V - o pluralismo poltico.Pargrafo nico. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio.Desta forma a democracia brasileira desempenha seu papel sob a condio da representao ou diretamente, ou de forma semi-indireta conforme se tem no artigo 14, I, II e III da constituio brasileira:Art. 14. A soberania popular ser exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:I - plebiscito;II - referendo;III - iniciativa popular. O poder emana do povo, Mas faz-se necessrio que estes tenham conhecimento por meio da comunicao e publicidade das propostas daquelas que se dispe a representa-los. As informaes veiculadas em meios de comunicao em massa o meio mais apropriado para se atingir um nmero maior de pessoas, e a diversidade de meios de publicidade e divulgao para a propaganda eleitoral se torna essencial ao conhecimento do eleitor. Alm de imprescindvel para a soberania popular, a propagao de informaes politicas e o acesso a estas caracterizam o exerccio de cidadania e consequente conscientizao politica. 3. CONCEITO DE PROPAGANDA POLTICAA origem da palavra Propaganda emana do latim propagare, expresso que designava a reproduo de plantas na agricultura. Com o uso contnuo da palavra, foi relacionada a outros campos sociais. Em portugus similar ou correspondente ao mesmo que propagar, difundir, esparramar e divulgar. Entretanto, propaganda e publicidade tm significados diferentes, enquanto propaganda refere-se a propagar, a publicidade refere-se a tornar pblico propaganda. A lei n. 4680, de 18 de junho de 1965 que Dispe sobre o exerccio da profisso de Publicitrio e de Agenciador de Propaganda, dispe no seu Art. 5: Compreende-se por propaganda qualquer forma remunerada de difuso de idias, mercadorias ou servios, por parte de um anunciante identificado. Desta forma, a publicidade tem como finalidade a venda de certo produto e a propaganda a propagao de idias.A propaganda poltica tem trs subdivises: a propaganda eleitoral, propaganda intrapartidria e propaganda partidria. Conforme anlise de Cndido (2008, p.149).Propaganda poltica gnero; propaganda eleitoral, propaganda intrapartidria e propaganda partidria so espcies desse gnero. Propaganda Eleitoral ou Propaganda Poltica Eleitoral uma forma de captao de votos usada pelos partidos polticos, coligaes ou candidatos, em poca determinada por lei, atravs da divulgao de suas propostas, visando eleio a cargos eletivos. Outrossim, entende-se por Propaganda Poltica Intrapartidria aquela realizada pelo filiado de um Partido Poltico, no perodo para isso indicado pela lei, visando a convencer os correligionrios do partido, participantes da conveno para escolha dos candidatos, a escolher o seu nome para concorrer a um cargo eletivo, numa determinada eleio. [...] Finalmente, Propaganda Poltica Partidria a divulgao genrica e exclusiva do programa e da proposta poltica do partido, em poca de eleio ou fora dela, sem meno a nomes de candidatos a cargos eletivos, exceto os partidrios, visando a angariar adeptos ao partido.Na mesma acepo no Acrdo n 16.183, de 17/02/2000, rel. Min. Eduardo Alckmin; no mesmo sentido o Acordo n 15.732, de 15/04/1999, do mesmo relator, e o Acrdo n 16.426, de 28/11/2000, rel. Min. Fernando Neves diz: Propaganda eleitoral o ato que leva ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a candidatura, mesmo ainda que postulada, a ao poltica que se pretende desenvolver ou razes que induzam a concluir que o beneficirio o mais apto ao exerccio de funo pblica. Da Propaganda Eleitoral em Geral ser permitida, somente, aps o dia 05 de julho do ano da eleio, de acordo com o caput do artigo 36 da lei n. 9504/97: A propaganda eleitoral somente permitida aps o dia 5 de julho do ano da eleio. Ainda no artigo 36, 1 e 2 da lei n. 9504 de 30 de setembro de1997, diz: 1 Ao postulante a candidatura a cargo eletivo permitida a realizao, na quinzena anterior escolha pelo partido, de propaganda intrapartidria com vista indicao de seu nome, vedado o uso de rdio, televiso e outdoor. 2 No segundo semestre do ano da eleio, no ser veiculada a propaganda partidria gratuita prevista em lei nem permitido qualquer tipo de propaganda poltica paga no rdio e na televiso.As eleies intrapartidria, regulamentada pela lei 9504/97 art. 36, visa escolher um candidato representante do partido, na conveno, ocorrem entre o dia 10 e 30 de junho e no poder ocorrer propaganda, vedado. A regulamentao em cada pleito, dessas eleies intrapartidria instituda por resolues pelo TSE. A diferena entre propaganda poltica e partidria dar-se em detalhes. A propaganda partidria regulamentada pela lei no 9096/95 e via propagar os ideais partidrios ao eleitor e aos seus prprios filiados. Propaganda esta que vedada a vinculao aps o dia 05 de julho correspondente ao ano da eleio, assim preceitua o artigo 36, 2 da lei no 9504/97. A propaganda poltica, propriamente dita, regulada tambm pela lei 9504/97 intenta veicular o candidato e seus ideais com primrio objetivo de angariar votos.4. A PROPAGANDA ELEITORAL NA INTERNETA internet no tinha na dcada de 90 a proporo e alcance que possui nos dias atuais. Na internet naturalmente surgiu o palanque das manifestaes de idias e opinies, os questionamentos eram: At onde a proteo constitucional da livre manifestao de pensamentos e responsabilidade civil e propaganda eleitoral deveriam receber numa nova plataforma politica, a internet.O legislador na elaborao da lei 9.504/97 no trouxe parmetros ou fez referencia abrangente ou significativa propaganda na internet, embora a lei tratasse de forma clara e indispensvel propaganda eleitoral na tv, rdio e jornal. No seu texto, artigos especficos com vedaes, consequncias jurdicas a atos ilcitos e regras para o bom funcionamento da propaganda eleitoral em anos eleitorais ficaram omissos. Desta omisso, o TSE tornou-se responsvel juridicamente, na falta de lei especfica, com resolues e jurisprudncias para dirimir eventuais conflitos e questionamentos.De acordo com a lei n. 4737/65, no titulo sobre a propaganda partidria, o tpico da propaganda eleitoral negativa mencionado no arts 242, 243 e 324 326 e geralmente dado como desgnio da permisso do direito de resposta pelo candidato ofendido. ilao da democracia o direito de resposta aquele que vier a sentir-se ofendido. Afinal, o Direito constitucional da livre manifestao do pensamento tem como resultado a responsabilidade por aquilo emitido, suas opinies, um direito tolhido a um dever. Desta forma, a concesso do direito de resposta se d sem detrimento de outras sanes cabveis, conforme j decidiu o TSE - Recurso em Habeas Corpus: RHC 761681 RS Processo: RHC 761681 RS. Relator (a): Min. Ftima Nancy Andrighi. Julgamento: 17/05/2011:RECURSO ORDINRIO EM HABEAS CORPUS. ARTS. 323 E 325 DO CDIGO ELEITORAL. DIFAMAO E DIVULGAO DE FATOS INVERDICOS NA PROPAGANDA ELEITORAL. TRANCAMENTO AO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. O deferimento do direito de resposta e a interrupo da divulgao da ofensa no elidem a ocorrncia dos crimes de difamao e de divulgao de fatos inverdicos na propaganda eleitoral, tendo em vista a independncia entre as instncias eleitoral e penal. 2. Para verificar a alegao dos impetrantes de que no houve dolo de difamar, injuriar ou caluniar, mas to somente de narrar ou criticar, seria imprescindvel minuciosa anlise da prova dos autos, providncia incabvel na estreitava do habeas corpus, marcado por cognio sumria e rito clere.3. Na espcie, no possvel verificar, de logo, a existncia de nenhuma das hipteses que autorizam o trancamento da ao penal, pois no est presente causa de extino da punibilidade e a denncia descreve fato que, em tese, configura crime eleitoral, apontando prova da materialidade do ilcito e indcios de autoria. 4. Recurso desprovido.Nas eleies do ano 2000, o TSE, tribunal superior eleitoral, regularizou e autorizou o uso de domnio de site por partes dos partidos polticos para divulgao de interesse pertinente as eleies durante o pleito. Atravs da resoluo n 20.684/2000, mas tambm no trouxe grandes novidades na rea. Mas o objetivo central era dar a mesma valorao, em termos jurdicos, a da televiso, rdio e jornal. Como bem resume Carollina (2013, p.2).[...] nas eleies de 2000, o TSE, atravs da Resoluo n 20.684 disps que os candidatos poderiam fazer uso do domnio www.nomedocandidatonumerodocandidato.can.br, para a divulgao da propaganda pela internet, porm esta resoluo no trouxe nenhuma outra disposio mais especfica. No ano de 2002 o TSE expediu uma nova Resoluo de n 20.988 que estabelecia que a propaganda feita na internet estaria sujeita s mesmas restries da programao do rdio e da televiso e vedava a realizao de qualquer tipo de propaganda em pgina de provedores de acesso internet. Somente em 2009, que o Congresso Nacional editou a Lei 12.034/2009, que trouxe algumas disposies sobre a propaganda eleitoral na internet. A propaganda eleitoral na internet tem uma srie de vantagens, ela permite o conhecimento amplo das propostas de campanha dos candidatos e suas caractersticas pessoais. A Lei 9.504/97 em seu artigo 57-A estabelece: permitida a propaganda eleitoral na internet, nos termos desta Lei, aps o dia 5 de junho do ano de eleio. [...]A evoluo da internet, que fez surgir uma nova sociedade, a da informao e tambm virtualmente poltica, tambm se fez necessrio adequao jurdica fiscalizatria e legislativa, em face de uma ferramenta e sistema em constante modificao e participao popular. Observamos que existe uma busca peridica pelo legislador, atualmente, em consequncia da grande participao popular no mundo virtual, e a democratizao da liberdade e vontade popular virtualmente cercada da proteo da lei o que o nosso legislador intenta.4.1 REDES SOCIAIS A internet passou a ser utilizada em grande escala, a expanso e o alargamento da classe mdia, a reduo de impostos de produtos eletrnicos, de informtica e a oferta de provedores de internet com valores acessveis propiciaram esta evoluo digital. Redes sociais como Facebook, Orkut, Google+, Twitter, Instagram, Skype e Youtube, Email, Whatsapp (bate papo, mensageiros virtuais, programais virtuais destinados troca de mensagens entre duas ou mais pessoas,) e sites, passaram a ser ferramentas de envio de propaganda eleitoral. Conquistam de forma contnua o interesse de internautas, chamam a ateno do comrcio que passaram a investir em propaganda em redes sociais. Pessoas fsicas e jurdicas fazem hoje das redes sociais ferramentas para divulgao dos seus negcios. O potencial das redes sociais e o alcance das divulgaes tambm passaram a ser utilizado por partidos polticos e candidatos. E desde a dcada de 90 o TSE vem tratando de forma minuciosa, as omisses em lei. A internet se tornou local favorvel ao debate eleitoral, publicidade e divulgao por parte dos candidatos e partidos polticos. E naturalmente, como acontecem as transgresses as leis em sociedade, virtualmente, ou seja, no mundo digital passaram a acontecer, como abusos e excessos a direitos e deveres j ento consagrados propaganda eleitoral na televiso, rdio e jornal. Abaixo, uma representao de n. 361895, acrdo de 29-10-2010, relator min. Henrique Neves da silva, publicao: PSESS- publicado em sesso, data 29-10- 2010.TSE - Representao: Rp 361895 DF Eleies 2010. Propaganda Eleitoral. Twitter. Direito de resposta. Stios de mensagens instantneas e assemelhados. Possibilidade jurdica. 1. O Twitter se insere no conceito de "stios de mensagens instantneas e assemelhados", previsto no art.57-Bda Lei9504/97, e alcanado pela referncia a "qualquer veculo de comunicao social" contida no art.58da Lei das Eleies. 2. O direito de resposta em razo de mensagem postada no Twitter cabvel. Relevncia de o detentor da pgina ser coordenador de comunicao de campanha eleitoral.3. Deferido o direito de resposta, o prprio usurio, exercendo o controle de contedo que detm sobre a sua pgina no Twitter, deve postar o texto da resposta. 4. Direito de resposta concedido.Comum em redes sociais, como no Facebook, a montagem de fotos (memes) com uma mensagem de texto ou mesmo vdeos, sobre estes componentes j foram proferidas decises em que o questionamento e afirmao que continham informaes inverdicas ou difamatrias: vejamos processo: RE 5779 RS Relator (a): Dr. Jorge Alberto zugno publicao: PSESS - Publicado em Sesso, Data 11/09/2012TRE-RS - Recurso Eleitoral: RE 5779 RS Recurso. Direito de Resposta. Alegada postagem de mensagens no "facebook" de contedo inverdico. Deferimento do pedido no juzo originrio. A lei assegura o direito de resposta mensagem qualificada como sabidamente inverdica, contendo inverdade flagrante que no apresente controvrsias. No plausvel transformar o pedido de resposta em processo investigatrio com intuito de comprovar a veracidade das verses controvertidas sustentadas pelas partes. Sendo a internet um instrumento de informao democrtico e gratuito, a proibio de livre manifestao deve ser tida como excepcional. Mensagem que no ultrapassa os limites do questionamento poltico, no restando evidenciada ofensa, difamao ou matria inverdica. Ademais, a mera crtica poltica, embora cida e contundente, no autoriza a concesso do direito pleiteado. Provimento.Ainda sobre a imagem divulgada em forma de memes: recurso eleitoral n 383-93.2012.6.26.0011, relatora: desembargadora Diva MalerbiRecurso eleitoral. Direito de resposta. Sentena que extinguiu o feito com base na perda de seu objeto. Imagem e mensagem veiculadas em face book. Impugnao da maneira utilizada para divulgar a mensagem, tal como eventual uso de montagem no deve ser objeto de representao fundada em direito de resposta. No caracterizao da hiptese do art. 58, da lei das eleies. Divulgao de fatos verdicos j publicados pela imprensa no enseja direito a resposta. No comprovada ofensa. Recurso no provido Dispe o art. 58, da Lei das Eleies, que, "a partir da escolha de candidatos em conveno, assegurado o direito de resposta a candidato, partido ou coligao atingida, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmao caluniosa, difamatria, injuriosa ou sabidamente inverdica, difundidos por qualquer veculo de comunicao social" (g.n.). O mesmo diploma legal supramencionado, na parte em que regulamenta a propaganda eleitoral no rdio e na televiso, prev: Art. 45. A partir de 1 de julho do ano da eleio, vedado s emissoras de rdio e televiso, em sua programao normal e noticirio: (.)II - usar trucagem, montagem ou outro recurso de udio ou vdeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligao, ou produzir ou veicular programa com esse efeito; (g.n.). certo que, aps as eleies ocorridas em 2008, o legislador notou a necessidade de disciplinar a propaganda eleitoral realizada por meio da internet de modo mais pormenorizado, o que resultou na edio da Lei n 12.034, em 29.09.09, que incluiu o art. 57-D na Lei das Eleies, segundo o qual: Art. 57-D. livre a manifestao do pensamento, vedado o anonimato durante a campanha eleitoral, por meio da rede mundial de computadores -assegurado o direito de resposta, nos termos dasL1 o. Alneas a, b e c do inciso IV do 3o do art. 58 e do58-A, e por outros meios de comunicao interpessoal mediante mensagem eletrnica.(g. n.). Em suma, infere-se de todo o ordenamento transcrito que o direito de resposta se presta a tutelar aquele que, ainda que indiretamente, seja atingido por veiculao de conceito, imagem ou afirmao caluniosa, difamatria, injuriosa ou sabidamente inverdica, por qualquer veculo de comunicao social, inclusive por meio da rede mundial de computadores. Posto isso, e aps minucioso exame do caso apresentado, conclui-se que a veiculao ora impugnada em nada atingiu ore corrido, de modo a causar-lhe ofensa, caluni-lo, difam-lo ou injuri-lo, motivo pelo qual no h que ser concedido, in casu, o direito de resposta pleiteado. Ademais, anote-se que, independentemente da via eleita pela parte, observada irregularidade em propaganda eleitoral, a Justia Eleitoral determinar a suspenso ou proibio de sua veiculao, a fim de evitara ocorrncia de novos ilcitos, aplicando-se, outrossim, a pena de multa, se for o caso. No entanto, eventual inconformismo atinente ao modo como fora veiculada a propaganda, tal como a utilizao de montagem, deve ser objeto de representao diversa desta escolhida pelo representante. Nesse sentido: Representao. Pedido. Direito de resposta Veiculado. Insero. Meios utilizados. Inconformismo. Objeto. Representao. Art. 96 da Lei n 9.504/97. Infrao. Art. 58 da Lei n 9.504/97. Inocorrncia. No-configurao. Conceito, imagem ou afirmao caluniosa, difamatria, injuriosa ou avidamente inverdica. 4D9Desta forma conclumos que dadas informaes se forem opinies crticas e de informaes j veiculadas em outros meios no que se falar em mensagem ofensiva com o objetivo de atingir a honra do candidato. Pelo contrrio, se o vdeo ou imagem forem caluniosas e difamatrias, tais postagens sero requisitas para que sejam ento excludas da rede social. A mesma ateno d-se a pesquisas eleitorais divulgadas em redes sociais, a mesma precisa obedecer aos mesmos critrios expostos na lei n. 9504/97 e da resoluo 23.400/14. Art. 1 Esta resoluo disciplina os procedimentos relativos ao registro e divulgao de pesquisas de opinio pblica para as eleies de 2014. Art. 2 A partir de 1 de janeiro de 2014, as entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinio pblica relativas s eleies ou aos candidatos, para conhecimento pblico, so obrigadas, para cada pesquisa, a registrar no Tribunal Eleitoral ao qual compete fazer o registro dos candidatos, com no mnimo 5 (cinco) dias de antecedncia da divulgao, as seguintes informaes (Lei n 9.504/97, art. Art. 18. A divulgao de pesquisa sem o prvio registro das informaes constantes do art. 2 desta resoluo no Tribunal Eleitoral competente sujeita os responsveis multa no valor de R$ 53.205,00 (cinquenta e trs mil e duzentos e cinco reais) a R$ 106.410,00 (cento e seis mil e quatrocentos e dez reais) (Lei n 9.504/97, art. 33, 3).Art. 19. A divulgao de pesquisa fraudulenta constitui crime, punvel com deteno de 6 meses a 1 ano e multa no valor de R$ 53.205,00 (cinquenta e trs mil e duzentos e cinco reais) a R$ 106.410,00 (cento e seis mil e quatrocentos e dez reais) (Lei n 9.504/97, art. 33, 4).33, caput, incisos I a VII, e 1):A lei n. 12.034/2009 trouxe dispositivos significativos e fixos lei n. 9504/1997 especificamente no artigo 57, alneas a, b, c, d, e, f, g, h, i, disciplinando sobre a propaganda eleitoral na internet, com as formas de propaganda permitidas na internet, as vedaes, e estipulando multas e mencionando o Direito de resposta, mas como a internet estar em constante modificao, as resolues do TSE em cada pleito so necessrias pois acompanham a evoluo dessas tecnologias no mundo digital. Nas ltimas eleies, realizadas no ano de 2014, teve a propaganda eleitoral regulamentada pela resoluo de n. 23.404/2014, instruo n 127-41.2014.6.00.0000 classe 19 Braslia distrito federal. Relator: Ministro Dias Toffoli. BRITO, Auriney (2014, p.119 A 123) Cita em um quadro comparativo a partir da ltima resoluo no pleito de 2014, as formas autorizadas de propaganda na internet, propaganda no site dos candidatos, propaganda antecipada, negativa e direito de reposta, em sites e redes sociais: Lei n. 9504/1997 e alteraesResoluo TSE n. 23.404/2014

Art. 36-A. No sero consideradas propaganda antecipada e podero ter cobertura dos meios de comunicao social, inclusive via internet: (Redao dada pela Lei n 12.891, de 2013)I - a participao de filiados a partidos polticos ou de pr-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rdio, na televiso e na internet, inclusive com a exposio de plataformas e projetos polticos, observado pelas emissoras de rdio e de televiso o dever de conferir tratamento isonmico; (Redao dada pela Lei n 12.891, de 2013).II - a realizao de encontros, seminrios ou congressos, em ambiente fechado e a expensas dos partidos polticos, para tratar da organizao dos processos eleitorais, discusso de polticas pblicas, planos de governo ou alianas partidrias visando s eleies, podendo tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicao intrapartidria; (Redao dada pela Lei n 12.891, de 2013).III - a realizao de prvias partidrias e sua divulgao pelos instrumentos de comunicao intrapartidria e pelas redes sociais; (Redao dada pela Lei n 12.891, de 2013).IV - a divulgao de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que no se faa pedido de votos; (Redao dada pela Lei n 12.891, de 2013)V - a manifestao e o posicionamento pessoal sobre questes polticas nas redes sociais. (Includo pela Lei n 12.891, de 2013).Pargrafo nico. vedada a transmisso ao vivo por emissoras de rdio e de televiso das prvias partidrias.Art. 3 No ser considerada propaganda eleitoral antecipada (Lei n 9.504/97, art. 36-A, incisos I a IV):I a participao de filiados a partidos polticos ou de pr-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rdio, na televiso e na internet, inclusive com a exposio de plataformas e projetos polticos, desde que no haja pedido de votos, observado pelas emissoras de rdio e de televiso o dever de conferir tratamento isonmico;II a realizao de encontros, seminrios ou congressos, em ambiente fechado e a expensas dos partidos polticos, para tratar da organizao dos processos eleitorais, planos de governos ou alianas partidrias visando s eleies;III a realizao de prvias partidrias e sua divulgao pelos instrumentos de comunicao intrapartidria; ou.IV a divulgao de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que no se mencione a possvel candidatura, ou se faa pedido de votos ou de apoio eleitoral

Art. 57-A. permitida a propaganda eleitoral na internet, nos termos desta Lei, aps o dia 5 de julho do ano da eleio. (Includo pela Lei n 12.034, de 2009)Art. 19. permitida a propaganda eleitoral na internet aps o dia 5 de julho do ano da eleio (Lei n 9.504/97, art. 57-A).

Art. 57-B. A propaganda eleitoral na internet poder ser realizada nas seguintes formas: (Includo pela Lei n 12.034, de 2009) (Vide Lei n 12.034, de 2009). I - em stio do candidato, com endereo eletrnico comunicado Justia Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de servio de internet estabelecido no Pas; (Includo pela Lei n 12.034, de 2009).II - em stio do partido ou da coligao, com endereo eletrnico comunicado Justia Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de servio de internet estabelecido no Pas; (Includo pela Lei n 12.034, de 2009). III - por meio de mensagem eletrnica para endereos cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligao; (Includo pela Lei n 12.034, de 2009).IV - por meio de blogs, redes sociais, stios de mensagens instantneas e assemelhados, cujo contedo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligaes ou de iniciativa de qualquer pessoa natural. (Includo pela Lei n 12.034, de 2009).Art. 20. A propaganda eleitoral na internet poder ser realizada nas seguintes formas (Lei n 9.504/97, art. 57-B, incisos I a IV):I em stio do candidato, com endereo eletrnico comunicado Justia Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de servio de internet estabelecido no Pas;II em stio do partido ou da coligao, com endereo eletrnico comunicado Justia Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de servio de internet estabelecido no Pas;III por meio de mensagem eletrnica para endereos cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligao;IV por meio de blogs, redes sociais, stios de mensagens instantneas e assemelhados, cujo contedo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligaes ou de iniciativa de qualquer pessoa natural.

Art. 57-C. Na internet, vedada a veiculao de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga. (Includo pela Lei n 12.034, de 2009). 1o vedada, ainda que gratuitamente, a veiculao de propaganda eleitoral na internet, em stios: (Includo pela Lei n 12.034, de 2009).

I - de pessoas jurdicas, com ou sem fins lucrativos; (Includo pela Lei n 12.034, de 2009).

II - oficiais ou hospedados por rgos ou entidades da administrao pblica direta ou indireta da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. (Includo pela Lei n 12.034, de 2009).

2o A violao do disposto neste artigo sujeita o responsvel pela divulgao da propaganda e, quando comprovado seu prvio conhecimento, o beneficirio multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais). (Includo pela Lei n 12.034, de 2009).Art. 21. Na internet, vedada a veiculao de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga (Lei n 9.504/97, art. 57-C, caput). 1 vedada, ainda que gratuitamente, a veiculao de propaganda eleitoral na internet, em stios (Lei n 9.504/97, art. 57-C, 1, I e II):I de pessoas jurdicas, com ou sem fins lucrativos;II oficiais ou hospedados por rgos ou entidades da Administrao Pblica direta ou indireta da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. 2 A violao do disposto neste artigo sujeita o responsvel pela divulgao da propaganda e, quando comprovado seu prvio conhecimento, o beneficirio multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) (Lei n 9.504/97, art. 57-C, 2).

Art. 57-D. livre a manifestao do pensamento, vedado o anonimato durante a campanha eleitoral, por meio da rede mundial de computadores - internet, assegurado o direito de resposta, nos termos das alneas a, b e c do inciso IV do 3o do art. 58 e do 58-A, e por outros meios de comunicao interpessoal mediante mensagem eletrnica. (Includo pela Lei n 12.034, de 2009). 2o A violao do disposto neste artigo sujeitar o responsvel pela divulgao da propaganda e, quando comprovado seu prvio conhecimento, o beneficirio multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais). (Includo pela Lei n 12.034, de 2009). 3o Sem prejuzo das sanes civis e criminais aplicveis ao responsvel, a Justia Eleitoral poder determinar, por solicitao do ofendido, a retirada de publicaes que contenham agresses ou ataques a candidatos em stios da internet, inclusive redes sociais. Art. 22. livre a manifestao do pensamento, vedado o anonimato durante a campanha eleitoral, por meio da rede mundial de computadores internet, assegurado o direito de resposta, nos termos das alneas a, b e c do inciso IV do 3 do art. 58 e do art. 58-A da Lei n 9.504/97, e por outros meios de comunicao interpessoal mediante mensagem eletrnica (Lei n 9.504/97, art. 57-D, caput).Pargrafo nico. A violao do disposto neste artigo sujeitar o responsvel pela divulgao da propaganda e, quando comprovado seu prvio conhecimento, o beneficirio multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) (Lei n 9.504/97, art. 57-D, 2).

Art. 57-E. So vedadas s pessoas relacionadas no art. 24 a utilizao, doao ou cesso de cadastro eletrnico de seus clientes, em favor de candidatos, partidos ou coligaes. (Includo pela Lei n 12.034, de 2009). 1 proibida a venda de cadastro de endereos eletrnicos. (Includo pela Lei n 12.034, de 2009). 2o A violao do disposto neste artigo sujeita o responsvel pela divulgao da propaganda e, quando comprovado seu prvio conhecimento, o beneficirio multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais). (Includo pela Lei n 12.034, de 2009).Art. 23. So vedadas s pessoas relacionadas no art. 24 da Lei n 9.504/97 a utilizao, doao ou cesso de cadastro eletrnico de seus clientes, em favor de candidatos, partidos ou coligaes (Lei n 9.504/97, art. 57-E, caput). 1 proibida a venda de cadastro de endereos eletrnicos (Lei n 9.504/97, art. 57-E, 1). 2 A violao do disposto neste artigo sujeita o responsvel pela divulgao da propaganda e, quando comprovado seu prvio conhecimento, o beneficirio multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) (Lei n 9.504/97, art. 57-E, 2).

Art. 57-F. Aplicam-se ao provedor de contedo e de servios multimdia que hospeda a divulgao da propaganda eleitoral de candidato, de partido ou de coligao as penalidades previstas nesta Lei, se, no prazo determinado pela Justia Eleitoral, contado a partir da notificao de deciso sobre a existncia de propaganda irregular, no tomar providncias para a cessao dessa divulgao. (Includo pela Lei n 12.034, de 2009). Pargrafo nico. O provedor de contedo ou de servios multimdia s ser considerado responsvel pela divulgao da propaganda se a publicao do material for comprovadamente de seu prvio conhecimento. (Includo pela Lei n 12.034, de 2009)Art. 24. Aplicam-se ao provedor de contedo e de servios multimdia que hospeda a divulgao da propaganda eleitoral de candidato, de partido ou de coligao as penalidades previstas nesta resoluo, se, no prazo determinado pela Justia Eleitoral, contado a partir da notificao de deciso sobre a existncia de propaganda irregular, no tomar providncias para a cessao dessa divulgao (Lei n 9.504/97, art. 57-F, caput). 1 O provedor de contedo ou de servios multimdia s ser considerado responsvel pela divulgao da propaganda se a publicao do material for comprovadamente de seu prvio conhecimento (Lei n 9.504/97, art. 57-F, pargrafo nico). 2 O prvio conhecimento de que trata o pargrafo anterior poder, sem prejuzo dos demais meios de prova, ser demonstrado por meio de cpia de notificao, diretamente encaminhada e entregue pelo interessado ao provedor de internet, na qual dever constar, de forma clara e detalhada, a propaganda por ele considerada irregular.

Art. 57-G. As mensagens eletrnicas enviadas por candidato, partido ou coligao, por qualquer meio, devero dispor de mecanismo que permita seu descadastramento pelo destinatrio, obrigado o remetente a providenci-lo no prazo de quarenta e oito horas. (Includo pela Lei n 12.034, de 2009)Pargrafo nico. Mensagens eletrnicas enviadas aps o trmino do prazo previsto no caput sujeitam os responsveis ao pagamento de multa no valor de R$ 100,00 (cem reais), por mensagem. (Includo pela Lei n 12.034, de 2009)Art. 25. As mensagens eletrnicas enviadas por candidato, partido ou coligao, por qualquer meio, devero dispor de mecanismo que permita seu descadastramento pelo destinatrio, obrigado o remetente a providenci-lo no prazo de 48 horas (Lei n 9.504/97, art. 57-G, caput). 1 Mensagens eletrnicas enviadas aps o trmino do prazo previsto no caput sujeitam os responsveis ao pagamento de multa no valor de R$ 100,00 (cem reais), por mensagem (Lei n 9.504/97, art. 57-G, pargrafo nico). 2 vedada a realizao de propaganda via telemarketing, em qualquer horrio (Constituio Federal, art. 5, X e XI, e Cdigo Eleitoral, art. 243, VI).

Art. 57-H. Sem prejuzo das demais sanes legais cabveis, ser punido, com multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), quem realizar propaganda eleitoral na internet, atribuindo indevidamente sua autoria a terceiro, inclusive a candidato, partido ou coligao. (Includo pela Lei n 12.034, de 2009). 1 Constitui crime a contratao direta ou indireta de grupo de pessoas com a finalidade especfica de emitir mensagens ou comentrios na internet para ofender a honra ou denegrir a imagem de candidato, partido ou coligao, punvel com deteno de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). (Includo pela Lei n 12.891, de 2013). 2o Igualmente incorrem em crime, punvel com deteno de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, com alternativa de prestao de servios comunidade pelo mesmo perodo, e multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), as pessoas contratadas na forma do 1o. (Includo pela Lei n 12.891, de 2013).Art. 26. Sem prejuzo das demais sanes legais cabveis, ser punido, com multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), quem realizar propaganda eleitoral na internet, atribuindo indevidamente sua autoria a terceiro, inclusive a candidato, partido ou coligao (Lei n 9.504/97, art. 57-H).

Quadro comparativo da Lei n. 9504/1997 e alteraes Resoluo TSE n. 23.404/2014 A lei mais recente que trata sobre internet de modo geral considerada o marco civil da internet, lei n. 12.965, de 23 de abril de 2014. Veio regulamentando o seu uso, o da internet, a responsabilidade civil dos usurios, dos provedores e da atuao do poder pblico, porm nada especfico sobre a propaganda eleitoral. 5. CONSIDERAES FINAISA internet tornou-se um meio de comunicao e interao de forma rpida, o nmero de internautas aumentou e deu lugar a uma nova plataforma politica. Utilizado, devido o grande potencial de alcance ao eleitorado. A propaganda na internet era desprovida de leis que a regulamentasse, s a partir de 2009 com a lei 12.034 teve disciplinada a matria. A regulamentao da propaganda da internet foi estipulada por diversas vezes por resolues, que desempenhou o papel normativo nas eleies que sucederam a essa era digital. Em suas palavras, pertinente a citao das palavras de Cndido (2008, p.23).Direito Eleitoral o ramo do Direito Pblico que trata de institutos relacionados com os direitos polticos e das eleies, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares dos mandatos eletivos e das instituies do Estado. Desta forma tudo que envolver o eleitoral, Direito pblico, dever ser disciplinado juridicamente, expressamente em lei, sob transgresso ao principio da legalidade, como disciplina o artigo 37, caput, da constituio federal do Brasil, 1988. Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.O processo da regulamentao da propaganda eleitoral na internet era essencial e primordial na formao da vontade popular em pocas eleitorais. O problema no era a plataforma utilizada e sim o que se fazia por meio dela. A internet possibilitou uma revoluo cultural, reduziu distancias e criou uma nova sociedade. Na legalidade do sufrgio tambm deve estar incluso a lisura das informaes, propagada hoje de forma vertiginosa apenas em um clique no computador. As eleies de 2014 foi um grande fenmeno de participao popular, consequncia da interao criada via redes sociais, no h como determinar como a popularizao da internet influencia de forma direta a escolha popular pelos seus representantes, mas os nmeros de internautas so assombrosos, segundo ltima pesquisa da agncia eMarketer: O Facebook tem 90 milhes de usurios, o Whatsapp cerca de 700 milhes de usurios , Instagram cerca de 300 milhes de usurios, o Twitter cerca de 41 milhes, ou seja o brasileiro esta interagindo com meios de comunicao dentro das redes sociais e as informaes bem mais divulgadas e prximo alcance a sua leitura. Como um brocardo diz: Onde houver sociedade haver o Direito. E assim fez-se necessrio.A mais recente regulamentao sobre a propaganda na internet objetiva a participao popular de uma forma ainda mais ampla, cercada de transparncia no pleito eleitoral com o firmamento na legalidade. Aristteles afirmou que o homem por natureza um ser poltico, e nos dias atuais vemos que o Brasileiro expandiu a sua viso e tornou-se virtualmente um ser politico.

ABSTRACTThis work has the objective to analyze the legislative and fiscalizatrias difficulties of electoral propaganda on the Internet and the evolution in legal terms of supervision and regulation. Analyze the general aspects of the Brazilian electoral law; Explain the liability profile of creators and communities at election time on the Internet, on social networks; Conceptualizing electoral propaganda and its consequences; Analyze and expose existing legal prohibitions on the canvass on the Internet; Analyze on the perspective of civil March the benefits and legal liability electoral platform on the internet. The electoral justice had to adapt legally the popularization of information on the internet site with large demonstrations policies. A new society emerged the real-time information and easy access. According to one aphorism: Where there society will be the law and where there will be the right company. As well as fiscalizatrias and legislative difficulties in election times, given that the information is central in social networks.

Keywords: Electoral advertising. Internet. Legislation and enforcement REFERNCIASCndido, Joel J. Direito Eleitoral Brasileiro. 13 ed., So Paulo, EDIPRO. (2008). 23-149-152-153 P.

Brito, Auriney. Propaganda Eleitoral na Internet / Auriney Brito, Joo Victor Rozatti. - So Paulo: Saraiva 2014.17- 119-120-121-122-123 P.

acesso em: 17/05/2015. Acesso: 14/05/2015. acesso em: 15/05/2015. acesso em: 19/05/2015

acesso em: 18/05/015. acesso em: 17/05/015. acesso em: 18/05/015. acesso em: 19/05/015. acesso em: 19/05/015. acesso em: 19/05/015. acesso em: 16/05/2015. acesso em: 16/05/2015. acesso em: 16/05/2015. acesso 15/05/2015. acesso em 21/05/2015 acesso em: 21/05/2015