TCC Paulo Augusto Marques Chagas

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  • 8/20/2019 TCC Paulo Augusto Marques Chagas

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    Departamento de Ciências BiológicasCURSO DE ENGENHARIA BIOTECNO!GICA

    IBERA"#O SUSTENTADA DE DICO$ENACO DE

    %OT&SSIO UTII'ANDO BIO(E(BRANAS DE &TE)NATURA CO(O SU%ORTE

      Monografia apresentada para

      conclusão do Curso de Bacharelado

     em Engenharia Biotecnológica

    Al*no + %a*lo A*g*sto (ar,*es C-agas

    Orientador + Rondinelli Doni.etti Herc*lano

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     Assis/ 0123

    %RE$&CIO

    Este Trabalho de conclusão de curso tem como base o projeto de iniciação científica

    “Emprego das técnicas de microscopia ótica !"#"$%& e por $nfra'ermelho para a a'aliação

    da liberação do diclofenaco de pot(ssio por biomembranas de l(te) natural*+ , iniciação

    científica foi reali-ada na .aculdade de Ci/ncias e 0etras da !1E%2 3 !ni'ersidade

    Estadual 2aulista 45lio de Mes6uita .ilho no 0aboratório de .ísica7 Biofísica e Biomateriais7

    sob a orientação do 2rof+ 8r+ 9ondinelli 8oni-etti :erculano7 tendo como objeti'o a an(lise

    da liberação controlada de f(rmaco # neste estudo7 utili-ou#se o diclofenaco de pot(ssio+ ;

    período de reali-ação do e)perimento ocorreu entre fe'ereiro a julho de ?

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    AGRADECI(ENTOS

     ,gradeço aos meus pais@ 2aulo %érgio 9ibeiro Chagas e %ueli $maculada+ $rmãs@

    2atrícia Mar6ues Chagas7 2oliana Mar6ues Chagas7 2mela Mar6ues Chagas e 2enélope

    Mar6ues Chagas+ ,migos@ 2amela de ,lmeida Terni7 8anillo Maciel7 :eloisa %orato7 2atrícia ,ielo e 9aphael Danandréa Moda+ E agradeço os membros da banca a'aliadora@ 9ondinelli

    8oni-etti :erculano7 abriela %terle7 "inícius %imão+

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    SU(&RIO

    >+ $1T9;8!FG;++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++=H

    >+> ; l(te) da seringueira Hevea brasiliensis++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++=H

    >+< 8iclofenaco de pot(ssio+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++=I

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    RESU(O

    ; diclofenaco de pot(ssio é um medicamento anti#inflamatório não esteroidal7

    analgésico e antipirético ,$1Es& 6ue ajuda na redução da inflamação e dor+ %eu uso

    clínico é amplamente utili-ado7 mas alguns efeitos colaterais e seu curto tempo de meia'ida limitam seu uso+ Membranas de l(te) e)traído da seringueira Hevea brasiliensis 'em

    sendo usadas de'ido a sua biocompatibilidade7 estímulo natural O angiog/nese e utili-ação

    como um sistema de liberação controlada %0C&+ , agregação dos f(rmacos em %0C 'isa a

    interação f(rmaco#membrana7 para uma maior otimi-ação nos processos de cicatri-ação

    tecidual7 garantindo também uma ação anti#inflamatória locali-ada7 e'itando algumas

    complicaçPes plausí'eis desse processo+ , longo pra-o7 um dos objeti'os do projeto é

    inferir implicaçPes biológicas a partir das propriedades das membranas de l(te) agregadas

    com f(rmacos+ Testes in vivo utili-ando a membrana de l(te) natural mostraram tra-er nenhum tipo de rejeição ao hospedeiro7 o 6ue aumenta as chances de aplicação+ ;

    comportamento do sistema de liberação controlada %0C& foi estudado utili-ando o

    diclofenaco de pot(ssio como f(rmaco+ , escolha deste f(rmaco para o projeto de pes6uisa

    de'e#se ao fato de este composto possuir propriedades antipiréticas7 analgésicas e anti#

    inflamatórias+ ; comportamento da liberação foi obser'ado retirando alí6uotas da solução

    onde a membrana se encontra'a+ , ta)a de liberação do diclofenaco de pot(ssio foi

    monitorada e 6uantificada utili-ando#se o método de espectroscopia ótica !"#"$%&+  ;

    método utili-ado na preparação das membranas é reprodutí'el e a biomembrana de l(te) é

    muito est('el+ , biomembrana de l(te) foi capa- de libertar

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    27 INTRODU"#O

    %istemas de liberação de princípios ati'os são importantes de'ido ao fato de 6ue

    raramente um f(rmaco agregado a solução a6uosa7 ou numa forma con'encional7 consegue

    atingir um al'o específico no organismo em concentraçPes ade6uadas para pro'ocar oefeito terap/utico esperado :E9C!0,1;7 & é um material de ele'ado 'alor econKmico para a ind5stria7 principalmente a

    automobilística7 de'ido a suas características físicas7 como elasticidade7 plasticidade7

    resist/ncia ao desgaste fricção& e propriedades de isolamento elétrico+

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    Com tratamento

    Semtratamento

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    .igura >@ Corte para sangria da seringueira em meia espira e coleta do l(te)+

     

    ; l(te) e)traído da seringueira Hevea brasiliensis tem se mostrado promissor em

    aplicaçPes biomédicas+ Membranas feitas deste material t/m sido usadas como próteses e

    en)ertos médicos de'ido a suas características de biocompatibilidade e estímulo natural a

    angiog/nese E9E1;7 =&+ ; l(te) da seringueira H. brasiliensis  forma um sistema

    coloidal polif(sico e polidisperso+ 8epois de centrifugado7 o l(te) pode ser representado

    como sendo formado por tr/s componentes fundamentais@ hidrocarboneto isopr/nico7 soro e

    fração de fundo+

    Trabalhos recentes t/m mostrado 6ue o l(te) natural é um material biocompatí'el

    com in5meras aplicaçPes+ Ele apresenta alta resist/ncia mecnica e apresenta bai)o custo+

    ; trabalho de ,l'es et al   mostrou 6ue o l(te) possui a propriedade de acelerar a

    angiog/nese .igura

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    270 Diclo:enaco de pot8ssio

    ; diclofenaco de pot(ssio .igura & é um anti#inflamatório não esteróide ,$1E&+ Tal

    grupo de substncias distingue#se pela ação anti#inflamatória7 antipirética e analgésica+

    Como 4ohn "ane %,M2,$;7 =& esclareceu7 em >AR>7 seu mecanismo de atuaçãoresume#se7 basicamente7 em inibir as en-imas ciclo#o)igenases cuja função principal é

    catalisar a con'ersão do (cido ara6uidKnico em prostaglandinas e trombo)anos7

    substncias modulantes no processo inflamatório+

    .igura @ Estrutura Molecular do 8iclofenaco de 2ot(ssio+

     

    ; diclofenaco de pot(ssio é rapidamente absor'ido após administração oral e

    parenteral+ ,pós a absorção7 ele se liga Os proteínas plasm(ticas em uma proporção de

    AA7RQ+ , meia#'ida de eliminação é de > a < horas7 e a droga tende a se acumular no

    li6uido sino'ial7 sendo e)cretado atra'és da urina+

    07 OB;ETI

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    =70 Espectroscopia óptica

     , caracteri-ação por espectroscopia óptica !"#"$%&7 foi reali-ada no 0aboratório de

    .itoter(picos do 8epartamento de Engenharia Biotecnológica da .aculdade de Ci/ncias e

    0etras de ,ssis?!1E%27 utili-ando aparelho 0%7 BE0 2hotonics .igura &+ ,lí6uotas datriplicata foram retiradas e analisadas em diferentes inter'alos de tempo7 de = a = horas+

     ,pós coleta dos dados7 as informaçPes foram compiladas e discutidas utili-ando o softZare

    de estatística OriginPro 8 SR47 da ;rigin0ab Corporation+

    .igura 3 E6uipamento de espectroscopia ótica empregado+

     

    =7= (icroscopia eletrnica de 4arred*ra

    ; Microscópio eletrKnico de 'arredura7 ME" Scanning Electron Microscope7 %EM& é

    um e6uipamento 'ers(til 6ue permite a obtenção de informaçPes estruturais e 6uímicas de

    amostras di'ersas+ !m fei)e fino de elétrons de alta energia incide na superfície da amostra7

    na 6ual7 ocorrendo uma interação7 parte do fei)e é refletida e coletada por um detector 6ue

    con'erte este sinal em imagem de B%E # imagem de elétrons retroespalhados # nesta

    interação a amostra emite elétrons produ-indo a chamada imagem de E% elétrons

    secund(rios& T,T,7>AI=&+ Esta técnica é importante para a obser'ação da distribuição dos

    poros nas membranas de l(te) natural7 além da incorporação do f(rmaco O membrana+ ;

    teste ME"#E8% foi reali-ado no 0aboratório Multiusu(rio de Caracteri-ação Vuímica do8epartamento de Vuímica da .aculdade de .ilosofia7 Ci/ncias e 0etras da 9ibeirão

    2reto?!%27 9ibeirão 2reto7 %ão 2aulo+ .oram en'iadas amostras para an(lise@ uma

    membrana de l(te)7 uma membrana de l(te) com solução de diclofenaco de pot(ssio

    mg?m0 e uma c(psula de diclofenaco de pot(ssio de >==mg+

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    7 RESUTADOS E DISCUSS#O

    72 An8lise da li?era@o

    8urante = horas7 foi obser'ado o comportamento das membranas de diclofenaco

    de pot(ssio em solução+ ,s primeiras alí6uotas da solução onde se encontra a membrana&

    foram retiradas nas primeiras horas de e)posição da membrana com a solução em

    inter'alos de > em > minutos+ ,s outras alí6uotas foram retiradas em inter'alos de 'inte

    6uatro horas durante > dias+

    ; gr(fico > mostra a leitura de espectroscopia óptica na 6ual tem#se a absorbncia

    pelo comprimento de onda+ 2ara calcular a 6uantidade de f(rmaco liberado ao longo do

    e)perimento7 uma cur'a de calibração foi reali-ada7 onde uma solução a6uosa do f(rmaco

    com concentração conhecida foi analisada por espectroscopia !"#"$%+ ; gr(fico < mostra

    essa cur'a de calibração7 na 6ual as absorbncias foram medidas para '(rias

    concentraçPes de diclofenaco7 'ariando entre =7=>< a =7=> mg?m0+ , cur'a de calibração

    permite relacionar a absorbncia com a concentração do f(rmaco+ Cada concentração do

    medicamento pontos& foram feitos em triplicata7 onde o erro estimado foi menor 6ue Q+ ;

    comprimento adotado para a reali-ação do teste de liberação foi de nm+ 8iferentes

    comprimentos de onda foram encontrados na re'isão bibliogr(fica7 porém7 'ale ressaltar 6ue

    cada instrumento de an(lise possui suas peculiaridades e des'ios+ ,pós a definição do

    comprimento de onda7 o teste de liberação foi iniciado+

       ,   b  s  o  r   b     n  c   i

      a     u +  a +   &

    Comprimento de onda nm&r(fico > # ,bsorbncia pelo comprimento de onda+ 1ote 6ue absorbncia m()ima é em nm+

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       ,   b  s  o  r   b     n  c   i  a     u +  a +   &

    Concentração mg?m0& r(fico < # $ntensidade da absorbncia em função da concentração de diclofenaco de pot(ssio em

    solução+

    1o estudo presente7 o ponto de saturação acontece após H horas+ ,o analisar a

    figura I7 conclui#se 6ue ocorre um r(pido pico de liberação7 o 6ue corresponde ao

    diclofenaco pró)imo O superfície da membrana+ 2ortanto7 o processo de liberação mais

    lenta seria associado O difusão lenta do diclofenaco ao longo da matri- da membrana+

       C  o  n  c  e  n   t  r  a  ç   ã  o

         m  g   ?  m   0   &

    Tempo horas&r(fico # Cur'a de liberação do diclofenaco de pot(ssio em função do tempo+ ;bser'e 6ue a

    concentração de diclofenaco de pot(ssio atinge o pico após apro)imadamente H horas+

    2or meio da an(lise das cur'as de liberação de diferentes membranas encontradas

    em estudos de mesmo escopo de :erculano et al   é possí'el perceber um padrão+ ;s

    dados e)perimentais no gr(fico foram plotados utili-ando uma função bi e)ponencial ,&

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    [t& \ [= ] ,>eWt?^> ] ,

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    7 CONCUS#O

    .oi demonstrado 6ue o diclofenaco pode ser incorporado em membranas de l(te)

    natural+ 1este estudo7 compro'ou#se 6ue o l(te) pode7 também7 ser usado como carreador 

    do diclofenaco de pot(ssio7 liberando este por até A dias+ .oi obser'ado 6ue

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    37 RE$ERNCIAS

    >+ :E9C!0,1; 987 B9!1E00; C, and 9,E.. C.;+ ;ptimi-ation of a no'el 1itric

    ;)ide %ensor using a late) rubber matri)+ ;o*rnal o: Applied Sciences+

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    >>+ ,0"E% MC;+ Teste da angiogênese estim*lada por mem?ranas de l8te9 nat*ral +

    8issertação de Mestrado7 ..C092 # !ni'ersidade de %ão 2aulo7 9ibeirão 2reto?%2+

    7>@H+ T,T, %4+ 8istribution of proteins betZeen the fractions of :e'ea late) separated b[

    ultracentrifugation+ ;o*rnal o: t-e R*??er Researc- Instit*te o: (alaFsia+ g>AI=U