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FACULDADE ALFREDO NASSER INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
RAQUEL LOPES DE OLIVEIRA SOARES
A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR DO PEDAGOGO PARA APRENDIZAGEM DA
LIBRAS.
APARECIDA DE GOIÂNIA-GO 2013
RAQUEL LOPES DE OLIVEIRA SOARES
A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR DO PEDAGOGO PARA APRENDIZAGEM DA
LIBRAS.
O Trabalho de Conclusão de Curso; apresentado ao Instituto Superior de Educação da Faculdade Alfredo Nasser, sob orientação da Professora Ms. Lucirene Ferreira Santana Gualberto, como parte dos requisitos para a conclusão do Curso de Pedagogia.
APARECIDA DE GOIÂNIA-GO 2013
RAQUEL LOPES DE OLIVEIRA SOARES
A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR DO PEDAGOGO PARA APRENDIZAGEM DA
LIBRAS.
Esta monografia foi julgada adequada para
obtenção do título de Licenciado(a) em Pedagogia
e aprovado em sua forma final pela banca
examinadora abaixo constituída, na área de
concentração Sociedade e Região.
Aparecida de Goiânia, 18 de junho de 2013
BANCA EXAMINADORA
Presidente: Lucirene Ferreira Santana Gualberto- UNIFAN
Membro: Professor(a) Ms. Edna Misseno Pires - UNIFAN
Nada tão educativo quanto ir formando uma visão realista de si. Libanio, 2002.
A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR DO PEDAGOGO PARA APRENDIZAGEM DE
LIBRAS.
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar a formação científica e
intelectual do pedagogo para atuar no contexto da Educação Bilíngue (Libras e
Língua Portuguesa), dentro das modalidades de ensino (formal e não formal), a fim
de proporcionar a compreensão da diversidade brasileira e respeito para com o
surdo. Para composição deste trabalho foram realizadas duas pesquisas de campo;
sendo a primeira na modalidade formal, com quatro crianças (3 meninas - 09 anos-
4º ano; 10 anos - 6º ano; 12 anos - 8ºano) e 01 menino de 14 anos - 9ºano; no mês
de janeiro/2013, todos oriundos de escolas públicas em Aparecida de Goiânia- Go,
em que foram realizados 04 encontros de 2 horas cada. A segunda pesquisa,
desenvolve-se na modalidade não formal, nos meses de fevereiro, março e
abril/2013, com dois adultos graduados, que exercem as funções de Guarda
Municipal e Cuidadora; em que foram realizados 11 encontros 01 hora cada. As
atividades interdisciplinares consistem em analisar as possibilidades de trabalho
interdisciplinar entre a Libras, a literatura e a Língua Portuguesa. Assim, foi utilizada
uma literatura infantil goiana, que aborda um entrave comunicativo entre um surdo e
uma ouvinte (inclusão social), cujo título é: Encontros Eternos, de autoria da mesma
autora deste trabalho, ou seja, Raquel Lopes de Oliveira Soares. Utiliza-se, neste
trabalho, conceitos voltados ao Pedagogo, a Libras e ao Surdo que, amparados por
autores (com referências no decorrer do trabalho), resulta numa pesquisa
bibliográfica e de campo. A metodologia foi desenvolvida por meio da leitura, de
atividades individuais sobre a literatura infantil, de debates a respeito do
desenvolvimento de reflexão social sobre o surdo e a Libras na sociedade. Assim, os
resultados finais demostram a responsabilidade intelectual do pedagogo e a
importância da especialização em Libras para a prática educativa, pois, ao
perpassar pelas demais ciências, o pedagogo utiliza-se destes conhecimentos,
desenvolvendo os quatro pilares da educação deste século XXI - aprender a fazer,
aprender a conviver, aprender a ser e aprender a aprender -, propiciando educação
de qualidade, com equidade e respeito aos valores humanos.
Palavras-chave: Responsabilidade Intelectual, Pedagogo, Libras.
INTERDISCIPLINARY TEACHING PRACTICES FOR LEARNING BRAZILIAN
SIGN LANGUAGE (“LIBRAS”).
Abstract
This research aims to analyze the scientific and intellectual training of the teacher to
act as Bilingual Educator (Brazilian sign language, or “Libras”, and Portuguese)
across all school subjects, using both formal and informal educational methods, in
order to provide an understanding of Brazilian diversity and respect for the deaf. The
work was composed of two field surveys: the first being in the formal, with four
children; the second being informal with two adults.
The participants of the first survey were 3 girls (of 9, 10 and 12 years of age) and
one 14 year-old-boy, all from public schools in Aparecida de Goiânia, Goiás, Brazil.
Four meetings per child were conducted during the month of January 2013, each
lasting 2 hours.
The second unit of research was developed in a non-formal mode in the months of
February, March and April 2013 with two adult graduates who perform the functions
of municipal security guard and carer, respectively. 11 meetings in total were
conducted each lasting one hour.
The research activities are to analyze the possibilities for interdisciplinary teaching
work using a mixture of Libras, literature and Portuguese. Thus, we used a children's
book from Goiás, which addresses a communication barrier between deaf and
hearing children (promoting social inclusion) entitled Encontros Eternos (Eternal
Encounters), written by the same author of this work, Raquel Lopes de Oliveira
Soares.
This work used concepts involved in teaching, sign language and deafness sustained
by various other written works (with references throughout), resulting in a thorough
research both bibliographical and field-based in nature. The methodology was
developed through reading, individual activities on children's literature, and
discussions about the development of social reflection on hearing-impaired people
and sign language in society.
The final results demonstrate the intellectual responsibility of the teacher and the
importance of specialization in sign language for practical education, since, through
the course of teaching other subjects, the teacher then uses this knowledge in
developing the four pillars of twenty-first century education : learning to do, learning
to live together, learning to be and learning to learn - providing quality education with
equality and respect for human values.
Keywords: Intellectual Responsibility, teaching, signing, sign language, Libras.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................... .................6
CAPÍTULO I: ALGUMAS ABORDAGENS DA PEDAGOGIA NA FORMAÇÃO
HUMANA ................................................................................................................... 8
1.2 O pedagogo no contexto da educação especial e as perspectivas de
inclusão do educando surdo ..................................................................................... 12
1.3 Os contextos históricos e suas relevâncias para compreensão do pedagogo na
educação de surdos .................................................................................................. 16
CAPÍTULO II: OS DESAFIOS DA COMUNIDADE ESCOLAR, DIANTE DO
CURRICULO E DO CONHECIMENTO ..................................................................... 23
1.2 O pedagogo no contexto da interação das pessoas surdas no processo
educacional ............................................................................................................... 27
CAPÍTULO III: RELATO DE EXPERIÊNCIA : A CONSTRUÇÃO DA LITERATURA
NA GRADUAÇÃO......................................................................................................31
1.2 As análises e amparos para práxis bilíngue do pedagogo nesta literatura.........33
1.3 Os meios de abordagem interdisciplinar da LIBRAS na literatura infantil:
Encontros Eternos......................................................................................................35
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................44
REFERÊNCIAS..........................................................................................................47
6
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa esta voltada para a importância do elo entre a formação
específica do Pedagogo e a formação em Língua Brasileira de Sinais (Libras) para a
aprendizagem linguística e cultural de surdos, no viés da incumbência do pedagogo
na formação humana e as diversas instâncias da prática educativa.
A questão que serve de ponto de partida para este trabalho é: Como o
pedagogo está introduzindo a LIBRAS nas salas em que atua? Qual a didática, ou
seja, a direção dos processos de ensino dado à LIBRAS?
Nessa perspectiva, o objetivo específico deste trabalho consiste em
apresentar a prática de atividades da literatura infantil (Encontros Eternos, SOARES,
2012) relacionando-a aos conceitos teóricos e identificar técnicas para uma melhor
atuação do pedagogo na educação. Pretende-se, também, sistematizar de forma
contextualizada essa literatura para uso e difusão da LIBRAS na educação. Dessa
forma, acredita-se que será possível, além de instigar e refletir sobre a importância
da acessibilidade, refletir sobre a linguagem, o desenvolvimento social, individual e
intelectual, sobre a comunicação do surdo na sociedade e ainda sobre as
contribuições destes cidadãos para a aplicabilidade da LIBRAS.
Os autores que mais contribuíram para a presente pesquisa foram: Libanio
(2002) ao refletir acerca do cultivo da vida intelectual do homem; Libâneo (2007) em
que se buscou a compreensão a respeito do que é a pedagogia e a didática na
educação; Freire (2007) com os saberes necessários para uma prática educativa
autônoma; Stainback (2007) quando nos apresenta os desafios da comunidade
escolar frente ao currículo inclusivo; Quadros (2011) que traz importantes estudos
linguísticos a respeito da LIBRAS e de seus meios avaliativos; Strobel (2008) e
Luchesi (2012) em relação aos vestígios culturais sobre o surdo e sua relevância
nas práticas atuais; Mantoan (2006), Machado (2009), Soares (2012) e Veloso
(2012) que apresentam reflexões acerca da construção da educação bilíngue em
relação às questões curriculares.
7
A metodologia utilizada nesta monografia contempla a pesquisa bibliográfica
e a pesquisa de campo, com interpretações das atividades aplicadas e
desenvolvidas para as modalidades da educação formal e não formal.
O primeiro capítulo abordará a responsabilidade do pedagogo na formação
humana e sua capacitação frente a esta formação. Além disso, trata da relevância
dos contextos históricos para compreensão da educação de surdos.
O segundo capítulo enfatizará as intencionalidades do currículo na formação
do indivíduo. Trata-se, precisamente, da responsabilidade do educador e de toda
escola de municiar essas identidades para o bem (fomentando a pluralidade cultural)
ou para o mal (reproduzindo identidades da cultura dominante).
O terceiro capítulo discutirá, a partir das ideias de Mantoan (2006) e de
Soares (2012), os caminhos da prática da aprendizagem interdisciplinar frente à
diversidade. Para isso, são realizadas leituras e atividades da literatura infantil
”Encontros Eternos” (SOARES, 2012) no cenário inclusivo. Nesse capítulo também
são elencadas propostas e tecidas as considerações finais, que representam
algumas reflexões e contribuições para esse importantíssimo elo da educação
brasileira.
8
CAPÍTULO I:
1. ALGUMAS ABORDAGENS DA PEDAGOGIA NA FORMAÇÃO HUMANA.
Neste capítulo, o objetivo não é o de aprofundar a discussão sobre a
pedagogia enquanto Ciência, mas refletir sobre a sua função social na formação do
pedagogo e sua prática pedagógica. É importante destacar a relevância do contexto
histórico da educação de surdos para compreensão do processo educativo e, mais
especificamente, para a Educação Inclusiva e a diversidade de adequações que
deve haver entre elas. A proposta de estudo visa evidenciar a importância da
formação do pedagogo para a mediação do conhecimento no contexto da interação
pedagógica com alunos surdos.
A pedagogia no Brasil foi e sempre será tema de ideias, debates, diálogos e
discussões, que apresentam características marcantes, engendradas pelo processo
histórico do profissional que é amparado por teorias sobre o desenvolvimento
humano e seus elementos (a cognição, a psicomotricidade, a afetividade e a
sociabilidade). Libâneo (2007, p. 47), em seus estudos, traz elementos para
compreensão desse processo histórico:
A ideia de ciência unitária, reunindo em torno de si as chamadas ciências auxiliares da educação, começa a perder espaço com o surgimento no Brasil, do movimento da educação nova de inspiração norte-americana, que vai tomando conta, nos anos 30, de uma elite intelectual de educadores brasileiros.
Pode-se dizer que, de início, a Pedagogia era considerada como única ciência
e as demais eram auxiliares. E, com o decorrer do tempo, percebeu-se que ela é
uma das ciências da educação e que atua para a educação. Pois, de acordo com
Libâneo (2007, p. 48), ela prepara os profissionais para atuarem como educadores:
Nos anos 50 inicia-se a propagação de novas teorias educacionais originadas nos EUA e rotuladas com a expressão “tecnicismo educacional”, que se intensifica nos anos 70. Difundem-se expressões como planejamento instrucional, modelos de ensino, estratégias de ensino-aprendizagem. Acentua-se a ideia do gerenciamento dos sistemas escolares e escolas, com tentativas de dar um cunho empresarial à administração escolar e à sala de aula para atender exigências de racionalidade científica e técnica da escola.
Vincula-se à ideia de formação humana a construção do conhecimento e o
gerenciamento e procedimentos metodológicos. Pois, é no processo de ensino-
9
aprendizagem que se desenvolvem técnicas e em que elas são gerenciadas e, de
certo modo, controlam e não permitem que estes elementos desenvolvam-se
plenamente no processo de ensino-aprendizagem. Ainda conforme Libâneo (2007,
p. 48):
Em meados da década de 1970, boa parte dos educadores une-se em torno da reprodução e das teorias críticas da sociedade, ambas dando suporte teórico para se fazer a crítica da educação no capitalismo e, particularmente, da concepção neopositivista de ciência e seus reflexos na educação.
Isso ocorre porque a educação tem sentido amplo e sua formação não pode
ser fundada em reprodução, mas sim, na experimentação, nas vivências, nos
significados, na construção e reconstrução destas diferenças, que são culturais,
sociais e desiguais vividas e, outrora, eram até impostas pelo capitalismo. Libâneo
(2007, p. 32) enfatiza que:
A educação associa-se, pois, a processos de comunicação e interação pelos quais os membros de uma sociedade assimilam saberes, habilidades, técnicas, atitudes, valores existentes no meio culturalmente organizado e, com isso, ganham o patamar necessário para produzir outros saberes, técnicas, valores etc..
Ou seja, esta prática social precisa estar em construção e desconstrução de
saberes para, assim, produzir novos conhecimentos autônomos. Neste sentido, esse
mesmo autor escreve acerca deste contexto histórico:
É neste contexto dos anos 80 - marcado pela crítica da educação no capitalismo, por um lado, e pela associação entre análise crítica e formas de intervenção na prática escolar, por outro-que se retomam as discussões sobre a sistemática da formação de educadores (LIBÂNEO, 2007, p. 49).
Em face disso, as análises criticam e se resumem nas disciplinas voltadas
para a administração escolar e para sistemáticas e especificidades de
conhecimentos necessários para a formação do pedagogo. E, além do mais, muitas
são as disciplinas e as intervenções e apreensões do pedagogo durante a formação.
Pode-se afirmar, precisamente, que esta atualização nunca se finda, pois, ela vai
além da formação humana, como bem enfatiza Libâneo (2007, p. 51): ”Sendo assim,
o campo de atuação do profissional formado em Pedagogia é tão vasto quanto são
as práticas educativas na sociedade.” Assim, em qualquer modalidade de educação,
o pedagogo que se atualiza tem sempre um olhar ressignificado, que o faz construir,
galgar, conhecer, reconhecer, acreditar e produzir caminhos diferenciados para
10
sociabilizar seus conhecimentos em prol da e para a educação, com acessibilidade e
cidadania 1 de todos os homens. Em outras palavras, Libâneo (2007, p. 30)
acrescenta:
Pedagogia é, então, o campo do conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da prática educativa concreta que se realiza na escola como um dos ingredientes básicos da configuração humana.
E, em qualquer modalidade de prática educativa (formal e não formal)2 o
pedagogo adentra apto a relacionar, mediar3, facilitar e estimular esse ato educativo
e o labor intelectual. Além do mais, os saberes e os conhecimentos, diferem nas
modalidades da prática educativa (formal, não formal e informal) tanto quanto nossa
geografia ou cultura. E deve ser dentro desta comunidade brasileira que a
responsabilidade de construção do conhecimento deve acontecer.
Como consequência, Libanio (2002, p. 113) discute a introdução à vida
intelectual e a responsabilidade do municiar esta construção de conhecimento
enquanto professor e observa que:
Fornecer conhecimento é municiar as pessoas para a ação. É influenciar seu agir. E isso vale muito mais ainda do professor. Molda a argila mole de seus alunos para o bem ou para o mal. Toda relação humana é pedagógica, constrói algo nos outros. O problema é este “algo”. Que construímos nos outros com nossa atividade intelectual? Responder a esta pergunta é assumir a responsabilidade de intelectual.
Mais precisamente, quando Libanio (2002) pontua sobre a responsabilidade
em relação aos outros, ele enfatiza que cada relação deixa a essência para uma
construção humana e que essa construção nunca se finda. Logo, na ação
pedagógica, ao ensinar o educando e ao municiá-lo para a ação, o profissional da
pedagogia se torna parte de sua construção humana e assume, assim, a
responsabilidade pedagógica e intelectual pelo educando.
Nesta perspectiva, Luchesi (2012, p. 38) argumenta sobre as barreiras
existentes entre o educador e educando surdo frente ao caminho do conhecimento.
A autora pontua também a importância em preparar as crianças (surdas e ouvintes)
1 Cidadania: condição de cidadão (FERREIRA, 2000, p.153).
2 A educação não formal seria a realizada em instituições educativas fora dos marcos institucionais,
mas com certo grau de sistematização e estruturação. A educação formal compreenderia instâncias de formação, onde há objetivos educativos explícitos e uma ação intencional institucionalizada, estruturada, sistemática (LIBÂNEO, 2007, p. 31) 3 Media: dividir ao meio, intervir com árbitro eu mediador (FERREIRA, 2000, p. 453)
11
para essa dificuldade; isto é, para esse entrave comunicativo: “O professor precisa
se preocupar em trabalhar, em desenvolver as capacidades que ele tem. Ele como
indivíduo; ele como uma pessoa. Não porque ele é surdo (LUCHESI, 2012, p. 38)”.
Desse modo, o que se discute aqui é precisamente a responsabilidade da
pedagogia na formação humana. É, efetivamente, no ato de preparar as pessoas
para ação, moldando-as como afirma Libanio (2002), de maneira que possam estar
prontas para a ação pedagógica. Mais que um agir ético, transparente, é, também,
um agir de grande necessidade para atualidade, que alia a formação, os contatos e
os conteúdos de Educação Especial de acordo com a necessidade dos educandos,
constrói o “algo” nos outros e desenvolve práticas para o alcance dos objetivos da
Educação Inclusiva.
1.2 O PEDAGOGO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E AS
PERSPECTIVAS DO EDUCANDO SURDO.
O conhecimento humano é dinâmico, portanto, educadores e especificamente
pedagogos devem buscar em suas práticas uma constante atualização. A Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, a LDB (Lei Diretrizes e Bases da Educação
Nacional), ressalta em seu artigo 1º que “A educação abrange os processos
formativos que se desenvolvem na convivência humana”.
Percebe-se a abrangência do significado da educação e a sua necessidade,
cujos processos de formação estão aliados à convivência humana que se faz dentro
da sociedade. A vista destas considerações, Mazzotta (2011) enfatiza a importância
da educação escolar e sua aplicação enquanto processo formativo, nos indivíduos.
Considera-se, assim, que as modalidades de ensino contribuem para a
convivência humana e a importância da pedagogia está na formação destas
pessoas para conviverem em sociedade. E o meio em que essa convivência ocorre
é, mais precisamente, via educação formal. Esta, por sua vez, tem coerência e
eficácia não só pelo fato do educador basear-se na LDB, como também porque ele
serve-se de resoluções para o planejamento das ações pedagógicas, além de
utilizar os momentos e apresentar projetos para prática educativa, formadora e
crítica nos educandos. Pois, conforme Libâneo (2007, p. 55) é na educação que a
ação pedagógica torna-se a base da identidade do educador:
12
A pedagogia corresponde aos objetivos e processos educativos. Justamente em razão do vínculo necessário entre a ação educativa intencional e dinâmica das relações entre classes e grupos sociais, é que ela investiga os fatores que contribuem para a formação humana em cada contexto histórico-social, pelo que vai constituindo e recriando seu objeto próprio de estudo e seu conteúdo - a educação.
O pedagogo pode preparar pessoas para exercício da cidadania com a prática
da autonomia, participação consciente, ativa e crítica; articulando as modalidades
educativas (formal, não formal e informal) e abarcando as diferenças como alicerces
da humanidade.
Isso acontece, pois, como afirma Freire (2007, p. 64) ensinar não é transferir
conhecimento, mas é saber criar possibilidades para que o educando produza e
construa este conhecimento. Ele também acredita que o educando precisa se
assumir como ser social, histórico, como ser pensante. Desse modo, os educadores
devem aproveitar as experiências sociais que os educandos têm e fazer uma
relação crítica com a realidade concreta, devem intervir de modo a provocar rupturas
para novas produções de conhecimento. Neste sentido, o autor acrescenta: “O
respeito devido à dignidade do educando não me permite subestimar, pior ainda,
zombar do saber que ele traz consigo para a escola (FREIRE, 2007, p. 64)”. Dessa
forma, o preparar se faz através destas diferenças, do respeito, do saber que o
educando traz. Pois, considera-se âncora os alicerces que os preparam para a
compreensão da vida, de seus processos e desenvolvimentos (cognitivo, social e
psicomotor) que devem ser compreendidos e respeitados como diferenças
humanas.
Refletir e buscar fundamentação teórica para direcionar a prática é uma
necessidade na formação de pedagogos. E neste mesmo sentido, Shevin (2007, p.
289) aborda a diversidade em sala e traz os objetivos dos educadores para com os
educandos: “explorar honestamente as diferenças, dando oportunidade aos alunos
de experimentar e compreender a diversidade dentro de uma comunidade segura e
protetora”. Mais precisamente, ter as diferenças como base para o planejamento da
ação pedagógica, fazendo-os pensar e refletir sobre elas. Assim, Libanio (2002, p.
47) afirma: “ Saber pensar é precisamente situar os problemas, as realidades em
seus contextos.” Com isso, o pedagogo pode mediar o conhecimento teórico que
gera uma prática pedagógica eficaz e promove o desenvolvimento do educando, o
conhecimento para o uso do pensar em toda sua vida.
13
As diferenças sociais, linguísticas, culturais, intelectuais e individuais, que
estão na vasta extensão de nosso território brasileiro, devem ser articuladas na
compreensão das diferenças humanas, do respeito mútuo e do apoio às pessoas,
em especial àquelas com deficiências, pois o pedagogo vai trabalhar com a
diversidade de alunos na Educação Infantil e na primeira etapa do Ensino
Fundamental.
Enfatizando a voz de Shevin (2007, p. 290) que descreve como celebrar a
diversidade num currículo que honra as diferenças:
Ensiná-las a perceber as diferenças, a apoiar os outros e a serem agentes ativos da mudança, desafiando estruturas que são opressivas aos vários grupos, pode começar dentro das salas de aula inclusivas. Provavelmente não há melhor situação - no intuito de ajudar os alunos a experimentar as estruturas democráticas que capacitam e apoiam todos os participantes - do que uma sala que trate aberta e diretamente dos interesses, das necessidades e das possibilidades de todos os membros.
Diante disso, o pedagogo deve identificar caminhos dentro do currículo para
honrar estas diferenças humanas na comunidade escolar e culminar no âmbito da
Educação Especial com a prática da filosofia de inclusão. Ele deve nortear sua
prática de avaliação, o seu planejar, a sua ação pedagógica com respaldo na
legislação que ampara legalmente e orienta pedagogicamente. A Resolução CEE
(Conselho Estadual de Educação) N.07, de 15 de dezembro de 2006, afirma em seu
artigo 2º que:
A educação especial é uma das modalidades da Educação Nacional que perpassa o sistema educacional em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino é oferecida na educação básica e superior do Sistema Educativo de Goiás como um conjunto de serviços e recursos especializados para complementar e suplementar o processo de ensino aprendizagem aos alunos com necessidades educacionais especiais, permanentes ou transitórias, de modo a garantir o desenvolvimento de suas potencialidades sociais, políticas, psicológicas, criativas e produtivas para a formação cidadã, necessárias para aprender a fazer, aprender a conviver, aprender a ser e aprender a aprender com o objetivo de prosseguir nos estudos e progredir no trabalho, respeitadas as características individuais e a igualdade de direitos entre todos os seres humanos (CEE, 2006, grifo nosso).
Deste modo, o pedagogo, no exercício de sua função, deve realizar a ação
educacional no contexto da diversidade que, amparada na resolução citada, compõe
os quatro pilares da Educação para o século XXI:
14
1º Aprender a fazer - que consiste na prática, no manuseio, nas ideias com
suas ebulições frente às experiências, no mudar de comportamento, pois este
aprende e faz;
2º Aprender a conviver - que se alia ao respeito mútuo, para si e com os
seus semelhantes, ao compreender, ajudar e auxiliar o outro com suas diferenças e
particularidades;
3º Aprender a ser - um sujeito autônomo, autêntico, com seus valores,
entender as limitações, contribuir, acreditar em si e auxiliar os outros;
4º Aprender a aprender - que compreenda o significado amplo da palavra,
que aprenda para aprender outros, que aprenda para depois ensinar, a buscar o
conhecimento, as curiosidades, dos momentos e fazer desta palavra, transformação
e ebulição a aprendizagem.
Diante disso, o educador compreende as necessidades de um conjunto de
serviços, recursos e potencialidades de seus educandos. E, por sua vez, o
pedagogo pode trabalhar com um conjunto de serviços e recursos a fim de criar
situações que atinjam os quatro pilares, já citados. Sua ação também pode ser
amparada na resolução CEE N.07, de 15 de dezembro de 2006, citada
anteriormente, que em seu artigo 1º afirma traz a educação inclusiva como um
processo social e político de ações educativas pedagógicas voltadas para inclusão,
o acesso, a permanência e o sucesso do educando na rede de ensino.
O pedagogo pode perceber nesse processo social que as diferenças e as
deficiências humanas fazem parte da sociedade, com seus grupos, línguas,
costumes e sua identidade sócio-cultural-política. Nesta pesquisa, a evidência é para
o trabalho pedagógico do pedagogo voltado para o educando surdo. Entretanto, é
necessário refletir que para o grupo de pessoas surdas a deficiência, ora
considerada como a perda de algumas habilidades, pode ser compreendida desta
forma ou não por quem as perdeu, em especial se considerado o grupo dos
congênitos.
Exemplo do afirmado acima pode ser encontrado na tese de doutorado da
pedagoga surda Strobel (2008, p. 35) que busca apresentar a sua voz, surda, e
fazer reflexões importantes acerca da violência simbólica e física dos surdos durante
o processo histórico no Brasil:
15
Para o povo surdo, a terminologia “Deficiente Auditivo” é rejeitada porque define o surdo segundo sua capacidade ou ausência de ouvir e não a presença de uma cultura linguística diferente [...]. Deficiente Auditivo- D.A., este termo “deficiente” geralmente é utilizado na área da saúde, em que nos classificam em graus de surdez e da perda sensorial de audição. Já os sujeitos que convivem com a comunidade surda usam o termo “surdo”, pois entendem que esta denominação engloba uma diferença cultural.
Deste modo, rejeitar a terminologia “Deficiente Auditivo” consiste na
compreensão do povo surdo e na formação do pedagogo em aprender que a língua
de sinais, ou melhor, a LIBRAS é reconhecida como meio legal de comunicação,
com estrutura gramatical própria. E, enquanto pedagogo, aprender e se capacitar
nesta língua (LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais) é necessário tanto para a sua
interação e atuação em várias instâncias da prática educativa, quanto para a
compreensão das dificuldades enfrentadas pelos educandos.
Strobel (2008, p.16) complementa mostrando o que ocorre na escola, o
enfrentamento de ouvintes, suas reprovações, o sentimento de vergonha por ser a
aluna mais velha da sala, e as consequências destas diferenças, transmitidas pelo
tratamento que a ela era dado, causando-lhe complexos na adolescência: “complexo
de inferioridade e de baixa autoestima, me tornei uma adolescente rebelde e
revoltada”.
Assim, o pedagogo precisa compreender que a LIBRAS é uma língua
oriunda da comunidade surda, que é de natureza visual-espacial e possui gramática
própria. É necessário que ele tenha conhecimento da história da LIBRAS, a história
da educação dos surdos para saber, então, como trabalhar com eles em sala de
aula. E isso sem desconsiderar a importância do intérprete na sala e seu trabalho
que deve ser realizado como tradutor e intérprete da LIBRAS, com competência
para a interpretação das duas línguas de maneira simultânea ou consecutiva e com
proficiência em tradução e interpretação da LIBRAS e da Língua Portuguesa.
O pedagogo, juntamente com o intérprete, deve apoiar a acessibilidade,
promover o uso e a difusão desta língua tão vasta e necessária ao nosso país. Ele
também pode, ao mesmo tempo, produzir mudanças por meio de seus
conhecimentos e beneficiar as novas identidades humanas, visto que a maioria dos
pedagogos ainda não possui formação bilíngue (Língua Portuguesa com Pós-
graduação em LIBRAS), porque antes da vigência do decreto nº 5.626, de 22 de
dezembro de 2005, esse conhecimento não constava na diretriz curricular de sua
graduação.
16
Para realizar esse trabalho de modo pleno, Strobel (2008, p.37) aponta a
necessidade de compreender a história dos surdos e de perceber a comunidade
surda, sua língua própria não oral, que muitos ouvintes historicamente viam como
inferior devido ao fato do surdo não oralizar. Assim ”O surdo que tem vergonha de
usar a língua de sinais não se reconhece como surdo e sim como um deficiente, ou
seja, não conseguiu se libertar da visão de surdez que a sociedade atribuiu.”
Portanto, é essencial compreender, como nos ensina Strobel (2008, p. 26), que:
Identidades são contrárias, cruzam-se e também se deslocam mutuamente, atuam tanto na sociedade, quando no interior do “eu”, podem ser reconciliadas e representadas e tornando-se politizadas, sofrem mudanças de uma política de identidade do grupo dominante, para uma política de diferença, ou seja, de identidade cultural.
E, na busca desta compreensão, é essencial atentarmos para as diferenças
no fenômeno educativo e clarificar dentro desse âmbito o enfoque educativo. Pois,
como assevera Libâneo (2007, p. 71), esta “é uma tarefa da pedagogia na condição
de ciência da e para educação”. Dessa forma, Libâneo ainda ressalta que a
pedagogia sintetiza as contribuições das outras ciências, reconhece os processos
educativos e suas complexidades multifacetadas, além poder investigar, à luz de
perspectivas propriamente educativas, a reflexão problematizadora que integre
outras ciências às problemáticas conceituais da educação.
Assim, o pedagogo, neste contexto, instiga a compreender e também a
respeitar os alunos dentro deste fenômeno educativo ao ir além das diferenças entre
as pessoas, a cultura, a religião, o sexo e a origem social. É na formação inicial que
ele constrói o conhecimento a fim de serem testemunhas de sua própria história, da
historia do homem, como também de suas manifestações culturais, artísticas, de
suas experiências sociais. Essas, por sua vez, têm como foco o indivíduo, ao instigar
e aguçar o conhecimento e a aprendizagem, na compreensão dos valores básicos
para o exercício da cidadania, de sua realidade concreta que ele leu e relacionou
com a vivência, voltada para a natureza humana, para o reconhecimento do homem
como ser social e histórico que compreende e respeita o outro e a si mesmo.
1.3 O CONTEXTO HISTÓRICO E SUA RELEVÂNCIA PARA A COMPREENSÃO DO
PEDAGOGO NA EDUCAÇÃO DE SURDOS.
Pode-se observar diante da Matriz Curricular das faculdades a extensão dos
conteúdos teóricos necessários para a formação do pedagogo. Além de desafios da
17
aprendizagem básica, os estágios, na busca de ressignificar estes sujeitos e, ao
mesmo tempo, a formação, compreendem uma gama vasta de conteúdos para que
o profissional aprenda os pilares da educação. Desse modo, temos a Educação
Especial na perspectiva da inclusão e as adequações curriculares necessárias para
promover aprendizagens e o desenvolvimento de educandos surdos como um
desses conteúdos a mais que devem ser assimilados.
Como a educação é um processo social e nunca se finda, não basta apenas
a inserção dela como uma disciplina na Matriz Curricular, mas é necessária sua
inclusão também na formação continuada; além de fazer parte da responsabilidade
de cada educador o cultivo deste processo inclusivo, seja dentro da sala ou da
comunidade escolar, atitude que requer discernimento e decisão para permanência
e sucesso da inclusão.
A educação nesse tópico tem como base a discussão de uma sociedade
plural com vistas à compreensão das diferentes línguas brasileiras ( tanto a LIBRAS
- Língua Brasileira de Sinais quanto o Português). Diante de seu contexto histórico,
algumas fases para a construção devem ser consideradas, em específico na
LIBRAS, a história de surdos deve inicialmente ser enfatizada. Pois, como Strobel
(2008) afirma:
A presença do povo surdo é tão antiga quanto a humanidade. Sempre existiram surdos. O que acontece, porém, é que nos diferentes momentos históricos nem sempre eles foram respeitados em suas diferenças ou mesmo reconhecidos como seres humanos (STROBEL, 2008, p.42).
Para reconhecer é preciso antes conhecer estas diferenças, pois a sociedade
contemporânea busca o aprender a viver juntos que a educação inclusiva deve ao
processo social do sujeito. E, em se tratando da educação e da história dos surdos,
Veloso e Maia (2012) contribuem para as fases e considerações históricas. A
primeira como a fase da exclusão, em que, de alguma forma, as pessoas eram
afastadas da sociedade. Para os autores, a história dos surdos na Idade Média, no
período entre 483-527 depois de Cristo, é descrita da seguinte forma:
Em Roma, os surdos eram considerados pessoas castigadas ou enfeitiçadas. A questão era resolvida por abandono ou com a eliminação física. Jogavam os surdos no Rio Tiger. Só se salvavam aqueles que do rio conseguiam sobreviver ou aqueles cujos pais os escondiam, mas era muito caro. Também faziam os surdos escravos obrigando-os a passar toda vida dentro do moinho de trigo empurrando a manivela (VELOSO; MAIA, 2012, p. 49).
18
Nesta concepção, a exclusão nada mais é que a negação da vida, do contato
com outrem para compreensão do próximo e de si mesmo, dentro de uma realidade
social. A segunda fase é a segregação, onde as pessoas eram separadas e, de
alguma forma, a sociedade começava a distingui-los por graus de deficiência. A
partir da Idade Moderna, precisamente 1584, Veloso e Maia (2012, p. 30)
apresentam que:
Pedro Ponce de Léon (1520-1584), monge benedito da Onã na Espanha, estabeleceu a primeira escola para surdos em um monastério da Valladolid. Inicialmente ensinava latim, grego e italiano, conceitos de física e astronomia aos dois irmãos surdos, Francisco e Pedro Velasco, membros de uma importante família de aristocratas espanhóis. Francisco conquistou o direito de receber herança como marquês de Berlanger e Pedro se tornou padre com a permissão do papa. Léon é considerado o primeiro professor de surdos da História e seu trabalho serviu de base para diversos outros educadores surdos. O verdadeiro início da educação de surdos.
Numa visão crítica, este ensinamento se resumia a famílias nobres e era
composto apenas pelos sinais, ou seja, pelo ensino do alfabeto manual. Veloso e
Maia (2012, p.15) dizem: “A datilogia (alfabeto manual): usada para expressar
nomes de pessoas, lugares e outras palavras que não possuem sinal, estará
representada pelas palavras separadas por hífen. Por exemplo: É-D-E-N, V-A-L-D-E-
C-I”. Resumia-se assim o ensino, em palavras para toda educação de surdos das
famílias nobres. Ainda, neste processo histórico, Veloso e Maia (2012, p. 30)
descrevem: “Juan Pablo Bonet (1579-1623) - Na Espanha, Bonet iniciou a educação
com outro membro surdo da família Velasco, Dom Lúis, através de sinais,
treinamento da fala e o uso de alfabeto dactilológico”.
Pode-se dizer que os demais surdos ainda viviam excluídos da sociedade,
pois, somente os surdos de família nobre eram ensinados. A terceira fase é a
integração social, ou seja, os surdos adentravam e tentavam se integrar a
sociedade. Diz Veloso e Maia (2012, p. 33) que precisamente em 1759 :
Charles Michel L’Epée (1712-1789), Abade L’Epée é muito reconhecido na história da educação dos surdos. Conheceu duas irmãs gêmeas surdas que se comunicavam por gestos. Iniciou e manteve contato com os surdos carentes e humildes que perambulavam pela cidade de Paris, procurando aprender seu meio de comunicação e levar a efeito os primeiros estudos sérios sobre a língua de sinais. [...] Defendia que a língua de sinais constitui a linguagem natural dos surdos e que é um verdadeiro meio de comunicação e de desenvolvimento do pensamento. Publicou o primeiro dicionário de sinais. [...] Na ocasião de sua morte, ele já tinha fundado 21 escolas para surdos na França e na Europa.
19
Vinculam-se, portanto, a esta fase o começo de possibilidades de uma
educação adequada aos surdos. Mais precisamente, quando L’Epée traz as crianças
surdas para sua casa, as crianças e os demais surdos aprendem os sinais já
existentes e, durante os contatos, surgem as necessidades de ampliação da língua
e, em consequência desse fato, ocorre a construção, a criação de novos sinais.
Além disso, a curiosidade das pessoas em aprender e compreender os
métodos para ensinar os surdos contribuiu para que Tomas Hopkins Gallaudet
pudesse sair dos Estados Unidos e ir para França fazer um estágio e depois voltar
aos E.U.A, abrindo, assim, a primeira escola pública para os surdos. E depois, seu
filho Edward Miner Gallaudet (1837-1917) fundou a primeira universidade, a
Universidade Gallaudet em Washington, Estados Unidos.
Integram-se neste contexto as vozes de Veloso e Maia (2012, p. 39) para
melhor complementação deste período:
Thomas Hopkins Gallaudet (1787-1851) [...]Thomas partiu para França onde permaneceu durante vários meses para aprender o método e impressionou-se com a língua de sinais [...] Thomas volta à América trazendo o professor surdo Laurent Clerc, melhor aluno do “Instituto Nacional para Surdos”, de Paris.[...]Thomas e Laurente Clerc fundam no dia 15 de abril a primeira escola permanente para surdos dos Estados Unidos [..].
Com efeito, a ideia do método utilizada, neste período, foi compreendida e
levada aos demais países, mas com relação aos sinais, cada país desenvolve ainda
a sua forma de comunicação.
A quarta fase é a inclusão em que ambas as partes preparam-se para viver
em sociedade. Mais que a história de surdos, no Brasil Veloso e Maia (2012, p. 49-
50) afirmam:
Em 1997, Closep Caption (acesso á exibição de legenda na televisão) foi iniciado pela primeira vez no Brasil, na emissora Rede Globo, no Jornal Nacional do mês de setembro. A legenda oculta descreve além das falas dos atores ou apresentadores qualquer outro som presente na cena: palmas, passos, trovões, músicas, risos e etc.[...] Em 2002, o Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, sancionou, em 24 de abril de 2002, a lei que reconhece a Língua Brasileira de Sinais como a de comunicação entre surdos.
Mais que respeito às diferenças culturais e linguísticas, o poder público
sanciona leis e decretos em prol da inclusão e da acessibilidade, reconhecendo a
LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) como língua utilizada pela comunidade surda
20
no Brasil, e ela passa a ser incluída como disciplina curricular no curso superior. Em
consequência, o artigo 4º, da lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, estabelece:
O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente (BRASIL, 2002).
Nessas circunstâncias, a legislação não só regulamenta a Libras como língua
no Brasil, como também afirma que esta não poderá substituir a modalidade escrita
da língua portuguesa. Ela surgiu diante da necessidade de mais uma lei, pois a de nº
10.098, de 19 de dezembro de 2000, estabelecia normas gerais e critérios básicos
para promoção da acessibilidade das pessoas deficientes e de mobilidades
reduzidas, mas não era específica. Assim como se pode constatar no que traz seu
artigo 18 que estabelece:
Art. 18. O Poder Público implementará a formação de profissionais intérpretes de escrita em braile, linguagem de sinais e de guias-intérpretes, para facilitar qualquer tipo de comunicação direta à pessoa portadora de
deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação (BRASIL, 2000).
Precisamente, a lei promove a eliminação de barreiras que impedem a
acessibilidade e promove mecanismos e alternativas técnicas, garantindo direito à
comunicação, educação, informação, entre outros. Em consequência, o decreto de
nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, estabelece o prazo de dez anos, ou seja, até
2015 para capacitação e inclusão da LIBRAS como disciplina curricular dos cursos
de Licenciaturas e fonoaudiologia.
Art. 3
o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos
cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (BRASIL, 2005).
Presume-se, diante do artigo, a necessidade de discussão e especificidade
dos conteúdos que serão ministrados nesta disciplina, visto que a educação superior
não abarca somente os educadores e os fonoaudiólogos. A educação especial, a
LIBRAS abarca as relações sociais, a sociedade, ou melhor, a inclusão. E
compreender esta disciplina para desenvolver a primeira língua na criança surda
21
(Bilinguismo- L1- Libras e L2- Português) é formação necessária para o psicólogo, o
médico, o oftalmologista, entre tantos outros profissionais.
Torna-se notório que, se a LIBRAS constitui-se língua regulamentada e se
estivesse inserida como disciplina curricular em todos os cursos de licenciaturas e
fonoaudiologia seria um grande avanço para promoção de acessibilidade,
comunicação e para a supressão de barreira. Com relação ao aspecto da lei, já se
tem essa garantia. Mas, ao constituir-se como disciplina curricular optativa nos
demais curso de educação superior, o direito é inibido e dificulta esta promoção da
acessibilidade. Pois, a supressão de barreira não está somente na comunicação
dentro da educação, está nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na
construção e reforma de edifícios, nos meios de transportes e de comunicação geral,
entre tantos outros aspectos da vida humana.
Então, a promoção da acessibilidade está em toda a sociedade que se alia a
necessidade desta disciplina em todos os cursos de educação superior. E, ao que
parece, o decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, não só determina a
inclusão da LIBRAS como disciplina curricular, como também atribui a formação
docente do professor de LIBRAS e do Instrutor de LIBRAS. Partindo-se desta
concepção, os avanços são fatos, de certa forma, compreendidos pela sociedade
em relação aos surdos do Brasil. Mas, ao se avaliar criticamente, pode-se constatar
que o decreto não traz a quantidade de horas específica desta disciplina e, sendo
assim, muitas faculdades ofertam, aos acadêmicos, uma carga horária diversa
daquela que realmente seria necessária. Precisamente na UNIFAN (Faculdade
Alfredo Nasser) nos cursos de licenciatura, em Aparecida de Goiânia- Goiás, a carga
horária é de 72 horas e nos demais cursos a disciplina é optativa.
Neste sentido, cabe ao professor a postura ética e a responsabilidade na
construção da ementa e dos conteúdos programáticos, a fim de que o educando
compreenda não só a LIBRAS, mas também saiba trabalhar com o surdo em sala de
aula, conhecendo a história do surdo, a história da educação de surdo, o intérprete e
sua importância neste processo.
Isso é importante porque sem essa base resumir-se-iam a ter o aluno sem
título. Ou melhor, quando se conhece o aluno, com suas particularidades, se
conhece os meios para desenvolver o ensino-aprendizagem. E esta base alia-se a
ideia da Educação Especial, da prática pedagógica. Dessa forma, se a disciplina
fosse ofertada a todos da educação superior, as diferenças e particularidades seriam
22
conhecidas e também respeitadas, no acesso ao direito, à saúde, aos meios físicos
de construção, mobiliário urbano, entre tantos outros.
Pelo parecer, da lei nº 12.319 de 1º de setembro de 2010, o artigo 7º estipula
ao intérprete no exercício da profissão, o rigor técnico e o zelo pelos valores éticos,
o respeito à pessoa humana e à cultura do surdo. Tendo discrição, sigilo nas
informações recebidas, atuando sem preconceitos e sendo fiel aos conteúdos que
lhe couber traduzir, tendo conhecimento das especificidades da comunidade surda.
Ou seja, o tradutor e intérprete da LIBRAS, é uma profissão regulamentada e que
traz competência para realização das duas línguas de maneira simultânea ou
consecutiva, de forma tal que é seu exercício também apoia a acessibilidade que de
certa forma propicia o bom e necessário desenvolvimento da educação brasileira.
Assim, torna-se perceptivo a necessidade do conhecimento do contexto
histórico para compreensão do pedagogo na educação de surdos. É compreender
que não se trata de uma relação de professor-aluno; trata-se de uma prioridade
histórica, de um constituir-se sujeito histórico-social, sem manifestação
discriminatória que possibilite através do ensinar, com possibilidades e relações
formadoras, críticas, autônomas e necessárias à produção e construção do sujeito
ético para sociedade.
CAPÍTULO II:
OS DESAFIOS DA COMUNIDADE ESCOLAR DIANTE DO CURRÍCULO E DO
CONHECIMENTO.
O Currículo vem cheio de intencionalidades para produção de identidade. E
os desafios da comunidade escolar consistem na comunicação, envolvimento,
abordagens e adaptações em equipe para organizar o currículo de acordo com as
perspectivas inclusivas que atendam a diversidade de conhecimento. Neste capítulo
enfatiza-se a proposta da educação inclusiva.
Seja pelas representações políticas, pelo poder ou pela própria cultura ali
instituída, o currículo nunca será neutro, pois ao produzir e construir identidade, ele
contribui ao querer igualar a todos, a identificação de um perfil de seleção, de
disciplinas, conteúdos e identidades.
Neste sentido, o currículo para a educação inclusiva na visão de Stainback,
Susan e William (2007) não se restringe a adequação curricular pré-definida e nem a
23
habilidades vocacionais dos alunos deficientes. Mas, se evidencia por permitir que
este aluno seja membro ativo da comunidade escolar, que eles socializem e criem
vínculos de amizades nesta comunidade. Pois o currículo é a construção da
identidade e é na escola que se faz a construção para sociedade. Ainda ancorados
Stainback, Susan e William (2007, p. 234) é possível observar que eles pontuam:
Assim, mesmo que uma criança nunca consiga aprender nada de matemática ou história, ainda é fundamental que ela seja incluída nas turmas de educação regular, para que todos os alunos tenham a oportunidade de aprender o respeito mútuo, o interesse mútuo e o apoio mútuo em uma sociedade inclusiva.
Precisamente, estas oportunidades estão dentre muitas outras que são
acrescidas na construção do PPP (Projeto Político Pedagógico), juntamente com as
propostas curriculares que a escola produz e que, aliadas as atividades
extracurriculares, formam e contribuem para o olhar como ser humano, ao aprender
as necessidades do outro, as mudanças, caminhos e a compreensão do contexto
que a escola vive a fim de desenvolver valores e estas identidades.
Para Stainback, Susan e William (2007, p. 235) é importante manter o
currículo na perspectiva da experiência educacional geral oferecida a todos os
alunos. Pois, segundo os autores, é a partir do envolvimento com os colegas de
sala que são oportunizadas as aprendizagens significativas e é através delas que
eles socializam-se com diferentes colegas da escola regular e, nesse processo,
aprendem habilidades acadêmicas, habilidades sociais para a vida e para o trabalho
em comunidade inclusiva.
Acontece que ora a escola, enquanto instituição social, reproduz os anseios
da cultura dominante, ora compreende suas intencionalidades e as manifesta em
autonomia de gestão, a formação intelectual, ativa e crítica destes novos “tipos” de
cidadão. E, só haverá respeito pelas diferenças, se houver autonomia e se, os
gestores das escolas, se a comunidade escolar tiver conhecimento, interesse e
focalização da ação social. Pois, neste contexto escolar, é preciso articular o
singular e o plural, o particular e o universal, respeitando a cultura local e também
aquela específica da comunidade. Pois em sala, ao negar a autonomia, a
curiosidade, à construção da imagem do mundo social a criança se torna simples
reprodução de identidade capitalista, gerando exclusão.
E mais, Stainback, Susan e William (2007, p. 238) enfatizam que: “o propósito
do currículo não é definir alguns alunos como bem sucedidos e outros como
24
fracassados”. Na visão destes autores, o propósito é desafiar estes educandos, na
perspectiva holística, a compreenderem e usarem o máximo de sua capacidade para
o que está disponível, desafiando, assim, todas as crianças durante o processo de
aprender, ou melhor, durante a prática educativa. E, neste contexto, o ressignificar
ocorre enquanto os profissionais atuam como municiadores do conhecimento, ou
seja, enquanto educadores destas identidades e interações sociais, a fim de utilizar
o sistema escolar para desenvolvimento de ações que possibilitem a aprendizagem
e o desenvolvimento humano. É relevante enfatizar aqui as práticas de significações
da LIBRAS, da comunicação com os surdos, ou precisamente, da formação destas
significações de identidade dentro do currículo aliado às práticas, às aulas, ao uso,
ensino e difusão desta língua.
Ainda de acordo com os autores Stainback, Susan, Willian; Stefanich e Alper
(2007, p. 241) destacam-se a aprendizagem nas escolas através de estratégias
adaptáveis em relação ao currículo na educação e esta formação de identidade.
Precisamente eles acrescentam:
Criar atividades que abranjam as diferentes capacidades dos alunos e que, ao mesmo tempo, mantenham um contexto de grupo com os membros da turma lidando com objetivos diferentes em momentos diferentes, pode ajudar a superar esse problema potencial.
Guiando-se por essa concepção, os autores exemplificam suas
argumentações numa aula de linguagem, cujo objetivo seria a comunicação
eficiente. Mas, ainda neste entendimento, o objetivo era aprender a escrever cartas
para os amigos. E, nesse clima, ressaltam que estes alunos, poderia ditar uma carta
em um gravador, expandir o vocabulário da comunicação para, enfim, de forma
apropriada satisfazer a aprendizagem para se comunicarem com os amigos.
Então, nesta comunicação, a educação desenvolve os elementos (tais como a
cognição, a psicomotricidade, a afetividade e a sociabilidade) e, a partir desta,
institui a relação de aprendizagem significativa e inclusiva. Pois, dentro deste
processo de ensino e aprendizagem desenvolve os valores humanos do respeito, da
compreensão e construção de identidade, além da valorização social-histórica no
educando.
Diante disso, Stainback, Susan, Willian; Stefanich e Alper (2007, p. 246)
consideram importante a abordagem em equipe e através das organizações e
adaptações poder-se-á satisfazer a necessidade de todos os alunos:
25
Este problema em geral, pode ser superado por uma equipe (isto é, professores, pais, alunos da classe, diretores, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, especialistas em comunicação, psicólogos educacionais), reunindo-se quando necessário para pensar e apresentar sugestões sobre os objetivos curriculares para uma determinada criança e como esses objetivos podem ser atingidos em turmas de educação regular.
Dessa forma, tendo respeito e construindo a relação um com o outro, teremos
no futuro “novos tipos de cidadão”, isto é, formadores, cidadãos conscientes,
profissionais bilíngues (Português - Libras) que em diversas áreas apoiarão e
favorecerão a acessibilidade dos surdos na sociedade.
Desse modo, se verifica que compreender a diferença só é possível nesta
relação acrescida dos valores para escola, os professores, os intérpretes, a
comunidade escolar, a família, todos com o alunado, algo que é necessário para a
valorização da diversidade.
Trata-se, pois, do envolvimento da gestão desta escola e do conhecimento e
interesse para implementar a flexibilidade curricular a fim de não travar relação da
comunidade escolar, o uso de metodologias visuais de aprendizagem, entre outros,
que favoreçam a apreensão da L1(LIBRAS) e L2 (Português), no caso dos surdos.
E, diante da LDB, precisamente no artigo 59, que ressalta a obrigatoriedade dos
sistemas de ensino assegurarem aos educandos com necessidades especiais
currículos, métodos, recursos educativos específicos para atendê-los.
Esse direito garantido na lei é devido à importância deste envolvimento para
aprendizagem significativa, formadora e crítica em sala para os educandos. Sem o
envolvimento, as matérias fundamentais com suas explicações e execução de
atividades; o tempo se esvai, e sem intervenção, significado, fica à mercê; a melhora
do vocabulário em LIBRAS, as apresentações de alguns sinais novos, além da
escrita e apreensão das palavras, tudo isso só acontece por causa do envolvimento
e das intencionalidades.
Assim, o trabalho do pedagogo está na formação deste novo cidadão e
dessa nova sociedade. Um cidadão que compreenda as diferenças humanas e
respeite a si e aos outros dentro da sociedade. Um cidadão que não precisará
graduar-se para, ao ser inserido numa empresa, no mercado de trabalho ter contato
com um deficiente e só depois de grande, já formado buscar o conhecimento sobre
as diferenças humanas, sobre a inclusão.
É, portanto, fundamental compreender que o alicerce se constitui na família,
na escola e na sociedade, e que estas instâncias podem juntas fazer o seu papel ao
26
apresentar orientações e oportunidades de formação deste e de outros sujeitos na
identidade e no grupo social inserido. Nesta perspectiva, somam-se as contribuições
para este estudo, a Pluralidade Cultural no âmbito da escola. A par disso, tem-se
ressaltado nos PCN’S (BRASIL, 1997, pág. 35) que:
[...] muitos grupos humanos, de que trata o tema Pluralidade cultural, têm produzido um saber rico e profundo acerca de si mesmos, particularmente no âmbito de movimentos sociais e de suas organizações comunitárias. Assim, abre-se à escola a possibilidade de empreender, em seu cotidiano, uma reflexão que integra, de maneira ímpar, teoria e prática, reflexão e ação.
Diante disso, o pedagogo inicia seu trabalho na formação da criança
ensinando que há diferentes línguas, diferentes sujeitos na sociedade, com seu jeito,
seus costumes e que todos são cidadãos, com seus direitos e deveres dentro da
sociedade. Para isso, a resolução do CEE N.07, de 15 de dezembro de 2006,
precisamente no artigo 15 inciso VI estabelece o:
Currículo escolar que considere em seu conjunto as características de ensino-aprendizagem dos alunos com deficiência, com necessidades educacionais especiais com altas habilidades para ressignificar a prática pedagógica da escola e do professor no respeito ás diferenças individuais e a diversidade.
Precisamente, nesta construção de identidade, o pedagogo pode construir
também os valores aos direitos e à acessibilidade. Ao apresentar uma língua que
está do lado dele, regulamentada e usada em todo país, todos os dias. Ele pode,
também, apresentar aos educandos, o surdo, a língua (LIBRAS), enfatizando o
modo de se comunicar e aproximar as relações (surdo-ouvinte), além da construção
deste respeito, contato e compreensão, que, de certa forma, estenderá esta
aprendizagem.
Assim, o pedagogo busca formar novos cidadãos que reflitam dentro sua
cidade que tomem para si a discussão da geografia (estudo da terra), da história
(testemunha) da ação humana e que produz, a partir deste aprendizado, uma
reflexão sobre acessibilidade percebendo, assim, os entraves e podendo auxiliar,
aproximar e apoiar o outro.
27
1.2 O PEDAGOGO NO CONTEXTO DA INTERAÇÃO DAS PESSOAS SURDAS NO
PROCESSO EDUCACIONAL.
Cabe alertar já de inicio que, assim como qualquer outra língua, a LIBRAS
requer muito mais que um semestre ou 72 horas de ensino. Que conhecer a LIBRAS
é uma ponte para comunicação. Deste modo, esta ponte não requer apenas a
tradução e interpretação. Requer uma visão mais ampla do sujeito surdo, com suas
particularidades e seu jeito de ser. Como diz Machado (2009, p. 37):
Comunicar é concebido como processo criativo humano No lugar de transporte de dados ou encontros de “mentes”, e vai para além da preocupação com “informação” e “revolução da informação”, típica de muita discussão do momento.
Discussão esta, em que se atentam ao período que a disciplina de LIBRAS é
ministrada nas faculdades. Pois conforme o decreto Nº 5.626, de 22 de dezembro de
2005. Precisamente no artigo terceiro, enfatiza que a LIBRAS, deve ser inserida
como disciplina curricular em todos os cursos de licenciatura, mas não estabelece o
período que ela deve ser ministrada dentro dos cursos e nem o conteúdo teórico a
ser desenvolvido.
Sendo assim, há instituições que inserem a disciplina no primeiro período, no
6º, e outras no 8ºperíodo; por se tratar ora da compreensão de uma maior
apreensão ao direito, a acessibilidade na instituição com surdos, e que às vezes são
também alunos deste curso e, de certo modo, podem possibilitar a todos os
educandos a compreensão e o conhecimento desta língua em todos os ambientes,
de forma a ter, assim, maior elo, auxílio e comunicação entre todos os envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem. Ainda nesta proposta, Menezes (2009, p.207)
ressalta que:
Para a concretização das ações educativas, o professor é um elemento decisivo, pois mesmo que a administração defina, ao menos em linhas gerais, os objetivos, os conteúdos, etc., no cotidiano é o professor quem decide as prioridades, o que trabalhar, o que enfatizar e os significados que dará aos conteúdos e procedimentos.”
Diante disso, tendo o pedagogo conhecimento mais aprofundado sobre a
LIBRAS, sobre a trajetória de educação de surdos, não terá dificuldade em trabalhar
com o surdo em sala de aula, no desenvolver o ensino e aprendizagem. Ele
compreende a importância do conhecimento na formação de identidade, constrói e
28
trabalha atividades diferenciadas em suas aulas, vivenciando na prática o
bilinguismo a todos seus alunos.
Como diz Menezes (2009) “Inclusão é uma questão humana de valores” e
acrescido das vozes de Feldmann e D’ Agua (2009, p.189): “a academia,
primordialmente, tem o ‘dever social’ de devolver essa sua contribuição na forma de
debate[...] cujos os caminhos invariavelmente serão traçados por meio da
educação”.
Precisamente, diante deste traçado, ou melhor dizendo, do conhecimento e
dos valores adquiridos na academia sobre a Libras e o surdo, torna-se possível ao
pedagogo contribuir através do fortalecimento do processo educacional na
perspectiva da inclusão, quer por meio de ações sociais, quer por meio da
educação, ressignificando os preconceitos e apresentando caminhos conscientes
das especificidades do surdo.
Nesse sentido, Quadros (2011) assevera a importância do conhecimento dos
estágios das crianças surdas para a aquisição e desenvolvimento da linguagem. De
inicio a autora afirma que (2011, p.15) “Qualquer criança adquire a linguagem
quando dispõe das oportunidades naturais de aquisição”. Nessa concepção, no
período pré-linguístico; Quadros (2011) enfatiza a necessidade do input, ou seja, da
entrada da língua que a criança terá acesso. E a criança ouvinte adquire a língua
falada e as crianças surdas adquirem a língua de sinais.
No estágio de um sinal; Quadros (2011, p.19) diz: “Nesse nível, a criança
imita sinais produzidos pelos outros, apesar de apresentar configurações de mão e
movimentos imperfeitos. Ela pode chegar a usar alguns sinais com significado
consistente”. Precisamente, este estágio é iniciado conforme a autora por volta dos
12 meses, podendo estender até os dois anos. As crianças surdas usam gestos,
relacionados diretamente ao seu pedido. Ex: ÁGUA, COMER.
No estágio das primeiras combinações; Quadros (2011) salienta que inicia por
volta dos dois anos na criança surda e enfatiza também a importância do contato
com o adulto. Pois, se antes, sinalizava água; agora já começa a combinar dois
sinais. Ex.: QUERER ÁGUA. Guiando por esta concepção, Quadros (2011, p. 20)
acrescenta:
No caso das crianças surdas adquirindo a língua de sinais, elas já privilegiam a ordenação participante-verbo ou verbo-objeto, por exemplo, elas sinalizam: EU QUERER ou QUERER ÁGUA. Isso indica a importância
29
de a criança estar diante de sinalizantes da língua brasileira de sinais que sejam fluentes, pois nessa fase, ela já está constituindo a sua língua observando as regras de forma implícita. Esse processo caracteriza a interiorização da língua no falante “nativo”, ou seja, a criança está adquirindo a sua língua (ou línguas) de forma natural e espontânea, interiorizando suas regras sem ter consciência desse processo. Ele simplesmente acontece.
Diante disso, torna-se válido a análise dos diferentes contextos de aquisição
da criança surda e as dificuldades para estágio das múltiplas combinações a
explosão de vocábulo que a torne capaz de acompanhar conversas e transmitir suas
opiniões, emoções as diferentes situações cotidianas. Pois, na visão de Quadros
(2011, p. 27):
Ainda hoje, várias crianças têm acesso á língua de sinais após essa fase, em idade escolar, iniciando a aquisição da linguagem tardiamente, após o período crítico de aquisição da linguagem e, consequentemente, apresentando um atraso significativo no seu desenvolvimento linguístico e possíveis dificuldades emocionais e na aprendizagem.
Neste sentido, o pedagogo apresenta a diferença da perda auditiva, do tipo,
graus e possíveis causas da surdez. Apoia e respeita a abordagem bilíngue,
compreende também as vantagens cognitivas e sólidas ao aprender a LIBRAS, e
instiga primeiramente este aprendizado, para depois inserir o português. Ainda na
visão de Quadros (2011, p. 31):
Na ausência do input, espera-se que a criança não ative sua capacidade para a linguagem. Por outro lado, mesmo diante de um input pobre, em função da existência dessa capacidade, a criança pode ativar a linguagem de forma adequada.
Compreende-se a necessidade do conhecimento ao pedagogo para aquisição
e desenvolvimento da linguagem da criança surda, além do apoio da família para
possibilitar maior aprendizagem dos estudos linguísticos desta língua acrescidos dos
valores culturais surdos.
Pois, Quadros (2011, p.155) considera dentro de seu estudo experimental, a
importância das intervenções para o desenvolvimento da linguagem e dos contextos
escolares:
Se o participante não apresentar atraso na linguagem, mas apresentar dificuldade na aprendizagem de conteúdos escolares, sugere-se que outras investigações sejam feitas, como, por exemplo, na área emocional e pedagógica, analisando o porquê de o participante ter dificuldade em aprender determinados conteúdos, além de verificar a metodologia de
30
ensino e / ou se o profissional está se comunicando na língua de sinais de forma adequada.
Diante disto, torna-se perceptível a necessidade deste conhecimento, pois,
sem a comunicação adequada da LIBRAS, o profissional terá também dificuldades
de desenvolver metodologias, para atender não só os educandos surdos como
desenvolver dentro do conteúdo escolar uma aprendizagem regada de
intencionalidade; como o currículo, o pedagogo poderá ensinar a LIBRAS formando
identidade para mudanças sociais, cidadãs e mais humanas na educação.
CAPÍTULO III:
RELATO DAS EXPERIÊNCIAS: A CONSTRUÇÃO DA LITERATURA NA
GRADUAÇÃO.
Tendo em vista que a docência, conforme Libâneo, é a base do educador, e
que ela necessita de teoria, prática e didática; e que, o sucesso da aprendizagem,
conforme Mantoan (2006, p. 49) “está em explorar talentos, atualizar possibilidades,
desenvolver predisposições naturais de cada aluno”, a prática do pedagogo consiste
em analisar o contexto histórico-social e recriar objetivos próprios de estudos. Ou
seja, o contexto histórico-social enfatizado neste trabalho, é a Libras; e o recriar
objetivos próprios para estudo, está no desenvolvimento de atividades
interdisciplinares produzida pela autora do livro “Encontro Eternos” Soares (2012) e
também autora deste trabalho.
Diante disto, acrescentou-se a este capítulo a prática interdisciplinar de
Soares (2012), com o objetivo de ampliar o sucesso da aprendizagem em LIBRAS.
E a forma que é desenvolvida a literatura infantil com Inclusão Social, por meio da
obra cujo título é Encontros Eternos (SOARES, 2012). Nela, Soares (2012) aborda
uma aprendizagem significativa, um fato real de um entrave comunicativo entre a
autora e um surdo numa empresa. Onde, a relação (Surdo- Ouvinte) é desenvolvida
na empresa, porém o conhecimento de LIBRAS, ao surdo e sua cultura é construída
na A.S.G (Associação dos Surdos de Goiânia) enfatizado pelos professores Rennon
e Francisco durante o conto. A autora deixa claro que este entrave comunicativo
(surdo-ouvinte) é um entrave possível de acontecer em qualquer ambiente e com
qualquer pessoa. Em suma, a relevância desta literatura infantil para a pedagogia
31
está nas modalidades (formal, não formal) que constituiu a aprendizagem da
LIBRAS para a escritora e acadêmica de pedagogia, na Faculdade Alfredo Nasser,
ainda no ano da publicação.
Precisamente, Soares (2012) estava no quarto período de Pedagogia
(modalidade formal), no primeiro semestre do ano de 2011, cursando a disciplina
Avaliação Educacional. Sua produção literária foi constituída a partir da
compreensão das aulas dessa disciplina e também foi ancorada na disciplina de
Didática, ministrada no primeiro semestre do ano de 2010, no segundo período de
Pedagogia. Todas estas disciplinas foram estruturadas, organizadas, planejadas,
pela Profª. Me. Dorothéia Bárbara Santos.
Outro aspecto que também contribuiu para sua produção foi a relação teoria e
a prática da autora para construir a literatura numa experiência profissional
(modalidade não formal) que envolveu o ambiente de trabalho e as relações grupais
da vida social da autora. Tudo isso ancorado ao seu conhecimento acadêmico e à
relação profissional que desenvolvia enquanto secretária e assistente de Recursos
Humanos.
Resume-se ainda a relevância da disciplina Didática para a formação do
pedagogo, pois tem como objetivo geral proporcionar o conhecimento dos
fundamentos da Didática, suas técnicas e aplicações no processo de ensino-
aprendizagem. E mais, alia-se a ideia de Libâneo (1994, p.16) que diz:
A Didática é uma disciplina que estuda os objetivos, os conteúdos, os meios e as condições do processo de ensino tendo em vista finalidades educacionais, que são sempre sociais, ela se fundamenta na Pedagogia; é assim, uma disciplina pedagógica.
Neste sentido, esta disciplina propiciou a produção literária de “Encontros
Eternos” (SOARES, 2012) que, pela finalidade social, perpassou o conhecimento e o
transformou em ressignificação do processo de ensino-aprendizagem. Essa
afirmação pode ser corroborada com o que observa Libâneo (1994, p. 28) ao
enfatizar que: “A Didática se baseia numa concepção de homem e sociedade e,
portanto, ela se subordina a propósitos sociais, políticos e pedagógicos para
educação escolar a serem estabelecidos em função da realidade social brasileira.”
Ainda conforme esse autor, o objetivo da Didática é fazer o professor desenvolver no
aluno as habilidades, atitudes e convicções do processo de ensino. Ou seja, Soares
(2012) enquanto aluna do 4º período de Pedagogia, da Faculdade Alfredo Nasser,
32
desenvolveu habilidade para produção de atividades através da disciplina Didática.
E, em Avaliação Educacional produziu análises da realidade, do contexto histórico-
social para desenvolver seu caminho na empresa, de modo que proporcionasse a
inclusão dos surdos. Uma inclusão através da construção do conhecimento, do
respeito mútuo, único de cada sujeito, que ocorre nas relações com o outro através
da socialização, do contato, da apreensão da LIBRAS.
Nesse sentido, Hoffmann (2005, p. 18) enfatiza que “Avaliar para promover
significa, assim, compreender a finalidade dessa prática a serviço da aprendizagem,
da melhoria da ação pedagógica, visando a promoção moral e intelectual dos
alunos“. Essa mesma autora completa que o avaliar para promover está em recriar
alternativas pedagógicas agindo refletidamente, visando a promoção da moral e
intelectual; pois, cada aluno terá o tempo certo e jeitos diferentes para aprender;
então, cabe ao professor mapear os procedimentos avaliativos para escolhas e
realizações das tarefas a eles ministradas.
Nesse viés, Soares (2012) mapeou seus processos, para percepção das
diferenças dos sujeitos (Ouvintes e Surdos), da diversidade cultural brasileira
(Comunidade Surda) e da relevância das modalidades de ensino - formal (na
Faculdade Alfredo Nasser), não formal (na Empresa) e de qualificação (A.S.G ) -
para assimilação ativa do conhecimento.
Em seguida, o curso de LIBRAS na A.S.G (Associação dos Surdos de
Goiânia), modalidades de qualificação profissional, de instituição social; instigou a
prática social e alterou modos de pensar e agir; desenvolvendo a consciência crítica
daquele meio social vivido.
Como salientado por Libâneo (1994, p. 83), o processo de assimilação ativa
está na capacidade de um conhecimento de refletir sobre ele e tirar suas próprias
conclusões. De utilizar e somar, todas as ferramentas, fazendo análises e conhecer
sobre um assunto.
Integra-se assim, a este capítulo, a importância da formação do pedagogo, do
perpasse as demais ciências e que possa, através das disciplinas, instigar o pensar,
a pluralidade brasileira e o ressignificar de sua formação e atuação enquanto
educador. Pois, “Encontros Eternos” (SOARES, 2012) traz a compreensão destas
modalidades, destes perpasses do pedagogo para utilizar técnicas, construir
atividades interdisciplinares que visem diferentes construções de conhecimentos e
33
níveis de complexidade para as necessidades do educando de modo inclusivo. Isso
ocorre porque conforme descrito nos PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais):
Pluralidade cultural quer dizer a afirmação da diversidade como traço fundamental na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanentemente, e o fato de que a humanidade de todos se manifesta em formas concretas e diversas de ser humano.
Neste sentido, abrem-se as possibilidades da atuação pedagógica, pois parte
de uma realidade vivida, desafiadora de relações sociais e interpessoais que a faz
se envolver e abarcar a realidade não só por instantes (durante o conto); mas
adentra e envolve todas as modalidades de ensino.
Desse modo, como bem assevera Mantoan (2006, p. 40), para fazer a
inclusão escolar é preciso mudar a escola, precisamente o ensino nela ministrado.
Ou melhor, mudar no sentido de ampliar os desafios escolares e adotar medidas
inclusivas. O primeiro desafio deve estar na inovação, o segundo nas ações de
formação (professores) e o terceiro nas perspectivas da educação escolar e da
implementação de projetos. Pois a autora ainda assevera que:
A inclusão é uma inovação que implica um esforço de modernização e reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas- especialmente as de nível básico ao assumirem que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado e de como a aprendizagem é concebida e avaliada.
Neste sentido a inovação consiste na maneira que foi dada a aprendizagem,
a percepção do entrave comunicativo por não saber a LIBRAS. Num passar do
sujeito, por todas as modalidades da educação e que, enquanto educador deve
construir este olhar. Isso no sentido que sua aula tenha essência, que seu aluno
exista não apenas na frequência escolar, que não só o intérprete o veja e o auxilie,
mas que ele seja visto pela comunidade escolar como sujeito de direitos, de
singularidades e de valores.
1.2 AS ANÁLISES E AMPAROS PARA PRÁXIS BILÍNGUE DO PEDAGOGO
NESTA LITERATURA.
Compreende-se de início, que a práxis é a teoria e a prática. E, conforme
Libâneo (2007) a docência constitui esta práxis, tornando-se base para o educador.
É importante ressaltar, também, que a práxis bilíngue consiste na teoria e prática da
34
Libras - L1 e Língua Portuguesa - L2. E a pedagogia é uma das ciências que é da e
para educação, que atua nas modalidades perpassando pelas demais ciências,
sendo campo do conhecimento e ingrediente básico para formação humana.
As análises constituem, na função social desta literatura “Encontros Eternos”,
a sociedade; neste ato da prática educativa em que a pedagoga (Raquel Lopes ou
Soares, 2012) possa contribuir dentro dos contextos históricos-sociais para a ação
educativa e sua práxis bilíngue para Educação Inclusiva.
Nestas perspectivas, os amparos advêm de duas ideias: a primeira aplicada
na modalidade formal, pois Mantoan (2006, p. 36) diz: “A inclusão também se
legitima porque a escola, para muitos alunos, é o único espaço de acesso aos
conhecimentos”. E, enquanto processo educativo pode-se também observar o que
traz Mazzotta (2011, p. 140) quanto retrata que a essência da educação escolar,
enquanto processo formativo, que deve se configurar por conjuntos e propostas para
contemplar os planos educacionais e os documentos oficiais:
Uma Política Nacional de Educação Especial precisa, em outras palavras, configurar um conjunto coerente de princípios e propostas para educação formal dos educandos que apresentem necessidades educacionais especiais. Isto não significa necessariamente, a política nacional deva estar dimensionada em um determinado documento oficial, mas que os princípios e propostas para a educação especial estejam coerentemente contemplados na legislação, nos planos educacionais e nos documentos oficiais (Mazzotta, 2011, p. 140).
E, por esse acesso, esta essência da educação escolar na construção de
identidade, que a responsabilidade intelectual do educador constitui; no construir
“algo” nos educandos, durante o processo de ensino-aprendizagem. E que, nesta
modalidade, a práxis bilíngue resulta nos amparos dos PCN’s afim de contribuir a
formação humana, no sentido de desenvolver a leitura, escrita, interpretação e
compreensão da Língua Portuguesa na literatura “Encontros Eternos” para
apreensão de modo interdisciplinar da Libras.
E, na segunda, a modalidade não formal; ancorando-se à sistematização da
modalidade formal e à abrangência da Pluralidade Cultural. Pois, nessa modalidade,
a prática institui-se em adultos graduados (Administração e Pedagogia), porém
atuantes na educação nas funções de Guarda Municipal e Cuidadora. Ou seja, é
necessário a compreensão da Libras de modo contextual, na compreensão desta
língua para vida. Neste sentido, as atividades interdisciplinares instigam a aprender
35
a gramática; a estrutura linguística; os aspectos históricos; culturais; as legislações
específicas; o código de ética; a interpretação e a tradução da Libras.
Diante disso, Mantoan (2006) enfatiza que as grandes inovações são, muitas
vezes, a concretização do óbvio. Pois, as pressões coorporativas, a ignorância dos
pais e a acomodação dos professores em se imaginar já pertencentes a uma escola
ideal, de uma identidade curricular homogênea e não mudar a forma de agir e
assumir uma educação mais humana e mais democrática; tudo isso dificulta o fazer
desta inclusão escolar. Além do mais, o sistema tradicional não admite que precise
mudar. E, como estamos num mundo de mudanças, a educação necessita de mais
competências dos educadores para atender e ensinar os novos educandos.
Assim, como afirma Mantoan (2006, p. 33): “Incluir não é deixar ninguém de
fora da escola comum, ou seja, ensinar todas as crianças indistintamente.” Mas, ora;
como ensinar indistintamente sem oportunidade, sem preconceitos, sem barreiras?!
A autora também assevera que a distorção ainda é presente no sistema escolar,
pois consiste no reforço de “inclusão - deficiente” e que, na verdade, a divisão
deveria ser para esclarecer o mundo, o todo que vivemos. Ou seja, nós mesmos.
Neste sentido, as análises e amparos para práxis bilíngue do pedagogo nesta
literatura consistem no propiciar mudanças, ao constituírem-se novos olhares com
cidadania, para ver, perceber e compreender as diferenças e singularidades dos
sujeitos, na sociedade.
1.3 OS MEIOS DE ABORDAGENS INTERDISCIPLINARES DA LIBRAS NA
LITERATURA INFANTIL: ENCONTROS ETERNOS.
As abordagens atenderam dois vieses: A primeira na modalidade formal, com
quatro crianças (3 meninas - 09 anos - 4º ano; 10 anos - 6º ano; 12 anos - 8ºano) e
01 menino de 14 anos - 9ºano; no mês de janeiro/2013, todos oriundos de escolas
públicas em Aparecida de Goiânia - Go, tendo 04 encontros de 2horas. Para a
prática resumiu-se montagem de quatro momentos sendo:
1º leitura da literatura Infantil;
2º Interpretação Oral da literatura (Língua Portuguesa);
3º Apreensão de alguns sinais em Libras dentro das ilustrações;
36
4º Atividades Interdisciplinares da literatura que proporcionasse aprendizagem da
Libras, ancorados pelos PCN’s.
A segunda, na modalidade não formal, com dois adultos graduados
(Administração e Pedagogia), exercendo as funções de Guarda Municipal e
Cuidadora; nos meses de fevereiro, março e abril/2013, ambos atuantes em Escolas
Municipais de Goiânia-GO, tendo 11 encontros 01 hora cada. Para a prática desse
construiu-se cinco momentos:
1º Leitura da literatura infantil;
2º Interpretação Oral da Literatura (Língua Portuguesa);
3º Apreensão de alguns sinais em Libras dentro das ilustrações;
4º atividade Interdisciplinar da Literatura Infantil (Conteúdos relacionados à
gramática da Libras; estrutura Linguística da Libras; aspectos históricos e culturais
relacionados à Libras; Legislação específica da Libras; código de ética e
compreensão através do uso, tradução e interpretação da Libras) ;
5º Libras em Contexto (1º sinais em Libras + Palavras em Português), depois a
construção de frases, montagem e interpretação de história e de canção.
É relevante ressaltar que, para montagens desta prática, primeiramente
retornou-se ao objetivo de estudo, que é a análise da formação científica e
intelectual do pedagogo para atuar no contexto da educação bilíngue; depois ao
problema desta pesquisa em compreender como está a qualificação para esta
práxis. E, para finalizar esta montagem, buscamos sistematizar a literatura
(Encontros Eternos), numerando as atividades em 6 momentos e ancorando-as aos
PCN’s, descrevendo objetivo gerais e específicos a cada página do livro e a cada
atividade desenvolvida, a fim de analisar as possibilidades de trabalho
interdisciplinar para, enfim, aplicá-las nas modalidades (formal e não formal), de
acordo com a sequência descrita abaixo.
1. Divisão Territorial: país, estado, capital, cidade, bairros e praças
(p.6 e 7)
Objetivo Geral:
Possibilitar apreensão da divisão territorial, país, estado, capital, cidade, bairros,
praças, monumentos e flores do cerrado ”ipês” que estão na capital dos goianienses.
Objetivos Específicos de acordos com os PCN’S:
1- Objetivo-(Português e Geografia) -Trabalhar noções de divisão territorial do Brasil;
37
2- Objetivo - (Português e Libras) - Reconhecer o alfabeto e os numerais em Libras;
3- Objetivo - (Português, Geografia e Libras) -Trabalhar a região Centro Oeste do
Brasil e reconhecer que as configurações de mãos utilizada na datilologia é diferente
do sinal soletrado;
4- Objetivo - (Português, Geografia e Libras) - Aprender os sinais em Libras
relacionados à Geografia;
5- Objetivo - (Português, Artes e Literatura) - desenvolver através da arte, o senso
crítico para questões que envolvam a valorização e respeito da diversidade humana;
6- Objetivo - (Literatura, Português, Geografia e Ciências Naturais) - Conhecer os
Ipês (vegetação do cerrado) e valorizar a paisagem local;
7- Objetivo - (Literatura, Português, Geografia e Ciências Naturais) - Instigar por
meio de material fotográfico a estética e as partes desta planta;
8- Objetivo - (Literatura, Português, Geografia e Ciências Naturais) - Reconhecer as
diferenças estéticas dos ipês e as funções das partes das plantas;
9- Objetivo - (Literatura, Português, Pluralidade Cultural) - Promover valorização e
reconhecimentos de pontos turísticos da capital Goiana.
2. Acessibilidade, locomoção, comunicação e trabalho (p. 8-13)
Objetivo Geral:
Analisar a importância da comunicação, além dos entraves comunicativos,
que dificultam a inclusão e acessibilidade das pessoas na sociedade.
Objetivo Específico:
1- Objetivo - (Artes, Português, Pluralidade Cultural) – Perceber, por meio da
ilustração, as barreiras arquitetônicas de locomoção e comunicação contidas na
sociedades;
2- Objetivo - (Literatura, Português, Pluralidade Cultural) - Perceber as diferenças, os
entraves e proporcionar momentos de discussão para melhor convívio e
acessibilidade;
3- Objetivo - (Literatura, Português, Ciências) - Identificar e apreender os meios de comunicação;
4- Objetivo - (Literatura, Português, Pluralidade Cultural)- Despertar para os
amparos e respaldos legais dos deficientes e seus direitos na sociedade;
5- Objetivo - (Literatura, Português, Pluralidade Cultural) - Reforçar o conhecimento
sobre os respaldos e amparos legais das pessoas com deficiência e instigar a
análise e experiência dos entraves contidos na sociedade;
38
6- Objetivo - (Literatura, Português, Libras) - Relacionar os sinais e a datilologia da
Libras;
7- Objetivo - (Literatura, Português, Libras) - Desenvolver a apreensão e significado
do dia do surdo e transcrição do alfabeto manual para Português;
8- Objetivo - (Pluralidade Cultural, Português e Libras) - Refletir sobre a importância
para o convívio social e ofertar dicas para interação e comunicação com pessoas
surdas; Questionar se alguém da sala ou da escola, possui convívio com algum
surdo e convidá-lo para expor a experiência, enfatizando o respeito mútuo.
3. Comunicação em Libras e sua importância para a sociedade (p. 14-17)
Objetivo Geral:
Refletir sobre a importância do conhecimento em Libras para comunicação com o
surdo e instigar a percepção dos entraves contidos na sociedade. Objetivos
Específicos:
1- Objetivo-(Pluralidade Cultural, Português e Libras)- Conhecer os sinais de nomes
das pessoas que estão na literatura e compreender a importância deste elemento
cultural na comunidade surda;
2- Objetivo - (Português e Libras) - Construir pequenos diálogos;
3- Objetivo - ( Matemática e Libras) - Reconhecer os numerais;
4- Objetivo - (Matemática, Português e Libras) - Reconhecer os numerais, além da
apreensão do sucessor e antecessor, e reforçar a escrita;
5- Objetivo - (Matemática, Português e Libras) - Reconhecer em Libras os numerais
e enfatizar a escrita;
6-Objetivo - (Matemática, Português e Libras) - Proporcionar através da Libras, a
realização de cálculos de divisão e números fracionários;
7- Objetivo - (Matemática e Libras) - Proporcionar através da Libras, a apreensão do
antecessor e sucessor;
8- Objetivo - (Artes, Pluralidade Cultural e Libras) - Instigar análise crítica da obra,
expondo o olhar dos alunos, as falsas cegueira da sociedade;
4. Abordam a importância dos serviços educacionais especiais (p. 18-21)
Objetivo Geral:
39
Reafirmar a importância da Educação Especial (Resolução CEE - Conselho
Estadual de Educação nº07, de 15 de dezembro de 2006) e os atendimentos nos
serviços educacionais especiais para contemplação do desenvolvimento humano.
Objetivos Específicos:
1- Objetivo - (Literatura e Português) - Instigar a análise que sem a comunicação
(Empresa e sociedade) a acessibilidade fica minimizada, mesmo havendo respaldos
legais;
2- Objetivo - ( Literatura, Libras e Pluralidade Cultural) - Enfatizar que o
conhecimento em Libras favorece o processo de desenvolvimento da linguagem do
surdo, conforme Bilinguismo e a A.S.G. ensina a todos, esta comunicação;
3- Objetivo - ( Artes, Pluralidade Cultural, Português e Libras) - Relacionar o tempo
que a A.S.G foi fundada em Goiânia e os serviços sociais que ela proporciona;
4 e 5- Objetivos - ( Literatura, Português e Matemática) - Reforçar através de cálculo
matemático (subtração) o tempo que a A.S.G atua em Goiânia;
6- Objetivos - ( Literatura, Português e Libras) - Promover apreensão dos
Parâmetros da Libras.
5. Decretos e legislações referentes à Libras (p.22- 25)
Objetivo Geral:
Analisar as regulamentações já disponíveis na Política Nacional para acessibilidade
dos surdos e compreender o caminho e as dificuldades do uso e difusão da LIBRAS.
Objetivos Específicos:
1- Objetivos - ( Literatura, Português e Libras) - Favorecer compreensão do
atendimento prioritário, conforme L.10.048;
2- Objetivos - ( Literatura, Português e Libras) - Promover apreensão da L.12.319
que regulamenta a profissão do intérprete;
3- Objetivos - ( Literatura, Português, Pluralidade Cultural e Libras) - Reforçar as
leis e decretos referente a Libras.
4- Objetivos - ( Literatura, Português e Libras) - Apresentar o Código de Ética e as
necessidades de conduta do profissional Intérprete;
5- Objetivos - ( Literatura, Português e Libras) - Instigar pesquisa sobre o Inês e sua
relevância histórica na educação de surdos.
6. Pluralidade Cultural e Bilinguismo. (p.26-31)
Objetivo Geral:
40
Compreender, reconhecer e perceber as diferenças como alicerces da humanidade.
Objetivos Específicos:
1- Objetivos - ( Literatura, Português e Libras) - Refletir a experiência dos alunos na
literatura com a realidade social (Caneta e Papel=Encarregado e Tchau);
2- Objetivos - (Literatura, Português e Libras) - Analisar a compreensão e
interpretação do educando a respeito da literatura;
3- Objetivos - (Literatura, Português e Libras) - Analisar interpretação da literatura e
proporcionar desenvolvimento do Aprender a Aprender (Pilares da Educação-século
XXI) -1º VISITA A.S.G e 2º VISITA SHOPPING;
4- Objetivos - (Literatura, Português e Libras) - Instigar o respeito mútuo e a
Pluralidade Cultural Brasileira;
5- Objetivos - (Literatura, Português, Artes e Libras) - Facilitar desenvolvimento
criativo de aprendizagens significativas com possibilidades de ser a Libras,
enfatizada nesta literatura.
Durante a prática, percebeu-se que as meninas (09 anos - 4º ano; 10 anos -
6º ano; 12 anos - 8ºano) tinham alguns conhecimentos sobre a Libras. Importante
enfatizar que, a de 9 anos - 4º ano, estudava com surdo e as meninas de 10 anos -
6ºano e 12 anos - 8ºano; a escola tinha surdo e os intérpretes iam as salas e
ensinavam Libras. Deste modo, a Resolução CEE N.07, de 15 de dezembro de
2006, afirma em seu artigo 2º que para os alunos com necessidades educacionais
especiais é oferecido conjunto de serviços, complementar e suplementar no
processo de ensino e aprendizagem. E, tendo o educador a responsabilidade de
construir “algo” nos educandos, os recursos especializados de complementar e
suplementar não devem ser produzidos apenas para os alunos com necessidades
educacionais especiais, mas para os alunos que desejem aprender a aprender.
Então, para finalização desta prática, acrescentou-se mais duas montagens (7 e 8)
que serão apresentadas logo a baixo. A primeira refere-se ao trabalho com a Libras
dentro da Literatura (Encontros Eternos - p.6-13); ou seja, utilizou-se sinais em
Libras para montagem de frases em Língua Portuguesa. E no segundo momento,
fizeram a construção de frases, através de palavras e sinais em Libras, todos
contidos na literatura.
41
7. Trabalhando Libras através da Literatura.
1º momento- Sinais dentro das ilustrações e atividades interdisciplinares;
2º momento- LIBRAS em contexto (139 sinais)
1º aula - (2 sinais) Encontros Eternos
2º aula - (11 sinais) estados, G-o-i-a-s, Goiânia, localizar, regiões, centro, oeste, Brasil, tem, povo, especial.{Territorial}
3º aula - (9 sinais) brincar, fofocar, conversar, namorar, rua, praça, combinar, casamento, chafariz{verbos}
4º aula - (8 sinais) observar, bonito, flores, roxo,vermelho,rosa,amarelo, gramados.{cores}
5º aula - (18 sinais) Raquel, sentir, muito, prazer, fazer, secretária; Mas, deixar, triste, ver, surdo, querer, conversar; Sentir, ignorante, não pode, ajudar, desprezar. {profissões}
6º aula - (8 sinais) aprender, passado, dois, sinal, primeiro, encarregado, último, tchau. {numeral}
7º aula - (28 sinais) Thiago, chegar, entrar, sorrir, dar, livro, LIBRAS, Raquel. Fazer, aprender, explicar, igual, livro. Querer, muito, ver, mulher, aprender, comunicar, surdo em LIBRAS. Mas, pouco, preguiça, mulher, observar, folear, guardar. {Objetos pessoais, da casa e tipos de casas- três porquinhos}
8º aula - (08 sinais)- Thiago, ficar, sério, pegar ,livro, guardado, escrever, papel.
9º aula - (05 sinais) - Não pode, você, estudar, nada, preguiça.
1. Construção de frases, através de palavras e sinais da literatura.
10º aula - (9 sinais) semana, eu, voltar, pegar, livro, dar, novamente, livro, Raquel. Frase em Português: Na próxima semana eu volto para buscar o livro. Dando novamente o livro para Raquel.
11º aula - (6 sinais) mulher, ficar, vergonha, entender, ter, treinar. Frase em Português: A menina ficou com vergonha, entendia que tinha que treinar.
12º aula - (10 sinais e 3 palavras) - acontecer, inusitado, d-e-p-o-i-s, mês, j-o-v-e-m, não querer, quebrar, cartão, grátis, ônibus, precisar, por favor, a-j-u-d-a. {reflexão: comunicação/acessibilidade) Thiago avisou que voltaria para buscar o livro depois de uma semana e na verdade voltou depois de um mês} Frase em Português: Aconteceu o inesperado, depois de um mês o jovem quebrou sem querer o cartão de ônibus e precisava de ajuda.
13º aula - (10 sinais e 3 palavras) j-o-v-e-m, p-r-e-c-i-s-a-v-a,
42
ajuda, pessoa,fazer, novo, cartão, acabar, e-n-c-a-r-r-e-g-a-d-o, mandar, dialogar, secretária . Frase em Português: O jovem precisava de ajuda. De pessoas para fazer novo cartão. Mas, para acabar, seu encarregado mandou falar com a secretária.
14º aula- (07 sinais e 03 palavras) T-h-i-a-g-o, abrir, entrar, bom dia, começar, falar em LIBRAS. R-a-q-u-e-l, fazer, seu, e-n-c-a-r-r-e-g-a-d-o-, tchau. {entrave – reflexão - municiar capacitação em LIBRAS) Frase em Português: Thiago abriu a porta, entrou e cumprimentou com um bom dia em LIBRAS e começou a falar em LIBRAS. Raquel fez os dois sinais que já sabia.
Neste trabalho foi possível perceber possibilidades de práxis do pedagogo
para a Educação Bilíngue dentro das modalidades de ensino. Ressaltando que, para
essa práxis, o pedagogo precisa: da compreensão que a docência é a base (teoria e
prática); que o pedagogo também precisa ter didática e buscar, dentro da educação,
desenvolver os 04 pilares da educação (aprender a fazer, aprender a ser, aprender a
conviver e aprender a aprender), tendo a responsabilidade de intelectual ao construir
”algo” nos educandos.
Desta forma, os princípios abordados no livro “Encontros Eternos” (SOARES,
2012) tornam-se propostas educativas, por possibilitar a práxis do pedagogo para a
Educação Bilíngue dentro das modalidades de ensino. Pois, para Mantoan (2006, p.
53):
Os diferentes significados que os alunos atribuem a um dado objeto de estudo e suas representações vão se expandindo e se relacionando e revelam, pouco a pouco, uma construção original de ideias, que integra as contribuições de cada um.
Neste sentido, o educando familiariza-se com diferentes significados, com o
alfabeto, com as condições necessárias para o convívio social, conhecendo alguns
sinais e seus elementos culturais. Pois, como afirmado na Resolução CEE Nº 07, de
15 de dezembro de 2006, a educação especial é uma das modalidades da educação
nacional, e os conjuntos de serviços e recursos especializados devem garantir o
desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem, além das potencialidades
sociais, psicológicas, criativas e produtivas para formação cidadã e deve respeitar as
características individuais e a igualdade de direitos entre todos os seres humanos.
Essa normativa também traz, precisamente no § 5º que:
43
O sistema Educativo de Goiás adota como forma de linguagem, comunicação e expressão, dentre outras, a Língua Brasileira de Sinais, o Sistema Braile, o uso dos recursos de informática, tecnologias assistivas, outras ferramentas e linguagem que propiciem a melhora do processo educativo para os alunos com necessidades especiais.
Diante disso, podemos afirmar que a LIBRAS, por se tratar de uma língua,
requer maior tempo para apreensão e, com isso, o envolvimento se faz na
interdisciplinaridade. Pois, dentro das disciplinas, ela apresenta os valores e sua
importância na contemplação do desenvolvimento humano (cognitivo,
psicomotricidade, afetividade e sociabilidade).
Para isso, Soares (2012) elenca vozes dos surdos (Maia e Veloso, 2012) na
intenção de se comunicar corretamente com o surdo. Em observar juntamente com
Mazzotta (2012, p. 140) a relevância dos esforços para situações educacionais.
Pois, a A.S.G (Associação dos Surdos de Goiânia) foi fundada em 12 de junho de
1975, ou seja, há uma relevância do ponto de vista histórico em relação ao povo
goianiense e o compromisso dos surdos com a comunidade. A A.S.G foi publicada
no Diário Oficial do Estado de Goiás e registrada em cartório, legalizando, assim,
sua existência, no dia 12 de julho, de 1975. Ela tem como lema: O SILÊNCIO NÃO
IMPEDE DE SERMOS ÚTEIS (Hélvio de Oliveira). Além de trabalhar nas partes
sociais, na saúde, no esporte, no lazer, no apoio e defesa dos direitos surdos. E
mais, Mazzotta (2011) diz que:
Cabe reiterar que, embora os esforços devam voltar-se prioritariamente para as situações educacionais mais integradas ao ensino regular, não pode desmerecer ou menosprezar a relevância das situações educacionais mais segregadas, em determinadas circunstâncias, para diversos alunos. Deve-se atentar para não incorrer no equívoco de simplesmente desacreditar e desativar serviços educacionais especiais apenas por se caracterizarem como segregados. Duramente conquistados, principalmente pelos movimentos conduzidos por grupos de pais, tais recursos precisam ter seu valor e importância devidamente dimensionados. Nem figurarem como prioridade da ação governamental, meramente por tradição, tampouco serem sumariamente levados á extinção, por julgamento apressados.
Ou, mais precisamente, estes julgamentos apressados de modalidades de
educação devem também estar dentro desta interdisciplinaridade. Pois, na
modalidade formal, não há experiências das demais, os estímulos do educando, dos
grupos e da cultura a que pertencem; sem estímulo, a educação poderá ser estímulo
ao descrédito, fazendo com que o surdo possa até abdicar do conhecimento e deixar
a escola.
44
Isso ocorre porque, diante da dificuldade comunicativa, ele pode inibir-se e
deixar de se relacionar com outros educandos e com a comunidade escolar,
travando possibilidades de desenvolvimento social, intelectual e pessoal.
Assim, como as páginas finais do conto, Soares (2012) caminha para a
compreensão do outro, de reconhecê-lo e de perceber as diferenças como alicerces
da humanidade. Estes meios e abordagens, descritos neste trabalho sobre a
literatura, procuram uma autoavaliação do leitor (educador) enquanto aprendiz.
Precisamente, Soares (2012, p.27) ressalta o despertar da comunicação em
LIBRAS: “Eles perceberiam um dia essa dificuldade e fariam como ela, procurando
uma escola para aprender LIBRAS, ou seriam eternamente como ela havia sido um
dia?!”
Enfim, a interdisciplinaridade desenvolvida pelo pedagogo na apreensão dos
valores humanos, da diversidade contida na comunidade escolar, para autora não
serão válidas sem apreensão da LIBRAS e da educação de surdos. Pois, ela
entende essa questão assim como acredita Mantoan (2006, p. 45): “Nas práticas
pedagógicas predominam a experimentação, a criação, a descoberta, a coautoria do
conhecimento”. E conforme Soares (2012, p. 05): “um conhecimento que antes eu
não tinha (LIBRAS), foi-me apresentado, moldado, instigado e construído. [...]
emergindo em mim, um novo ser”. Ou seja, a educação necessita deste olhar
ressignificado. Deste pedagogo com olhar semelhante ao caleidoscópio enfatizado
por Mantoan (2006). Um olhar diferenciado que, nos pedaços, pode até não dar
atenção, não ver a essência; mas são estes pedaços que formam o todo. Nós
mesmos, a sociedade.
Então, enquanto pedagogos, é necessário que se possa refletir e ressignificar
a prática, as ideias, pois cada pedaço do caleidoscópio representa um educando
com seu tempo no processo de aprendizagem. E que, sendo sujeito em formação,
incumbe ao educador (pedagogo) o respeito a este processo, esta construção de
identidade não só deste, mais de toda sala, para a transformação do todo, dos
sujeitos plurais, dos valores de cada um, cidadãos e humanos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A LDB-Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e
bases para educação nacional, dando amparos ao ensino, apoio, atendimento
45
educacional, assegurando mudança no currículo, recursos educativos; a fim de que
a modalidade de Educação Especial efetive a inclusão na vida em sociedade.
Neste sentido, o pedagogo durante a ação educativa contribui para esta
inclusão do educando com necessidades especiais na vida em sociedade. Isso
ocorre porque ele atua na formação humana, no desenvolver o conhecimento, com
responsabilidade de intelectual.
Especificamente no Estado de Goiás, não só a LDB, como também a
Resolução CEE nº07, de 15 de dezembro de 2006, atribui a Educação Inclusiva,
como processo social, a necessidade de ressignificação que venha a garantir o
desenvolvimento e as características individuais e cidadãs dos educandos.
Necessariamente, o pedagogo compreende a importância dessa formação, desses
serviços e desses apoios especializados. Ele compreende também a
intencionalidade do currículo frente à formação de identidade e o poder da
administração escolar na definição dos conteúdos, dos projetos para a escola.
Porém, com autonomia, o pedagogo decide as prioridades e a ênfase de cada
conteúdo a ser trabalhado com o educando.
Sabemos da importância da formação humana dentro da pluralidade cultural
brasileira e na Educação Especial. Na formação de atendimento educacional
especializado, que oferte a educação bilíngue (L1-LIBRAS; L2- PORTUGUÊS), o
sistema Braile e que assegure o direito e o desenvolvimento pleno do educando.
Percebe-se que sem as bases e fundamentações da Educação Especial, os
contextos históricos e os estágios da criança para aquisição da linguagem ficam
comprometidos, e ela terá dificuldades de comunicação e aprendizagem dos
conteúdos escolares, visto que para a formação humana necessita-se de boa prática
educativa e de capacitação para esta prática. E que, no contexto da Educação
Especial, os conhecimentos sobre as necessidades da Educação Especial tornam-
se necessários ao educador.
Resumidamente, o estudo da LIBRAS não alia-se à ideia de aprendizagem de
uma língua, mas de uma disciplina estabelecida no decreto nº 5.626, de 22 de
dezembro e amparada pela lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 (língua brasileira
de sinais - LIBRAS) para atendimento, uso, difusão e acessibilidade das pessoas
surdas. Acessibilidade esta que deve servir para ofertar a educação bilíngue, na
recuperação de suas memórias históricas, na reafirmação de suas identidades
étnicas, na valorização de suas línguas; deve-se obrigatoriamente fortalecer as
46
práticas socioculturais, desenvolver currículos e programas específicos incluindo
conteúdos culturais conforme destacado na LDB, em seu artigo 78.
Dessa forma, esta monografia suscita a ideia de ressignificação do pedagogo
frente à Educação Especial, em específico à LIBRAS. Pois, ele deve atuar amparado
pelas leis, com conhecimento e responsabilidade de intelectual para municiar o
conhecimento. Ele pode desenvolver seu trabalho mesmo diante de um currículo ora
imposto e promover transformações e mudanças. O pedagogo em sua essência
conhece as formas de abordagem interdisciplinares da LIBRAS para apreensão dos
outros educandos sobre o Surdo, sua cultura e sua história. Além de ter autonomia e
compreensão dos quatro pilares da Educação do século XXI (aprender a fazer;
aprender a conviver; aprender a ser e aprender a aprender).
Desse modo, a academia, ou melhor, os educadores da Faculdade Alfredo
Nasser, nos fez compreender a importância do uso da razão em todos os âmbitos de
nossas vidas, além da autonomia e da responsabilidade intelectual. Estes
conhecimentos de nada valerão ao novo pedagogo, se todo o conhecimento
adquirido não for ressignificado. Ele terá sua formação incompleta se após sua
graduação não possuir uma visão crítica do mundo, da realidade, de modo a
desenvolver seus objetivos frente a todo aquele conhecimento adquirido.
Esta monografia apresentou as possibilidades de trabalho do Pedagogo nas
modalidades de ensino que, além do conhecimento das leis que incumbe resoluções
para inclusão da LIBRAS como disciplina curricular nos cursos de licenciatura,
mostrou como o pedagogo pode desenvolver caminhos na prática educativa
inclusiva e com ética. E dentro da sala ele pode construir “algo”, um conhecimento
ético, pleno, para a formação cidadã, que compreenda as diferenças e
singularidades dos sujeitos na sociedade.
Dessa forma, semelhante à construção do conhecimento, esta monografia é
apenas uma ponta para construção de novos encontros, de novas aprendizagens
significativas, para o conhecimento e análise pedagógica.
47
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual/ Secretaria da Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1997. 164 p. ______ Ministério da Educação. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. ______ Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm. Acesso em 20 de mai. 2013. ______ Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei L1 319.htm . Acesso em 20 de mai. 2013. ______ Lei nº10. 436/ 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/civil_03/leis/2002/L10436.htm. Acesso em 14 de dez.2012. ______ Decreto – 5.626 de 22 de dezembro de 2005 (Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002 e o artigo 18 da Lei 10.098 de 19 de dezembro de 2000) Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em 14 de dez.2012. FELDMANN, Marina Graziela; D’Agua, Solange Vera Nunes. Escola e Inclusão social: relato de uma experiência. In: FELDMANN, Marina Graziela (Org.) Formação de professores e escola na contemporaneidade. São Paulo: Editora Senac São Paulo,2009.p.189-200. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática educativa.35.ed.São Paulo: Paz e Terra, 2007. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio século XXI escolar. 4º ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. GOIÁS, CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. RESOLUÇÃO CEE Nº07 de 15 de dezembro de 2006. Disponível em: www.mp.go.gov.br/.../hp/.../res._cee_nr_07_de_15_dezembro_2006.pd. Acesso em: 12 de mai. 2013. HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. 7 ed. Porto Alegre: Mediação. 2005. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 12. ed. São Paulo: Cortez,1994.
48
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 9. ed. São Paulo: Cortez, 2007. LIBANIO, João Batista. Introdução à vida intelectual. 2 ed. São Paulo: Loyola, 2002. LUCHESI, Maria Regina Chirichella. Educação de pessoas surdas: experiências vividas, histórias narradas. 4 ed.São Paulo: Papirus, 2012. MACHADO, Paulo César. Diferença Cultural e Educação Bilíngue: as narrativas dos professores surdos sobre questões curriculares. 164 f. Dissertação ( Pós- Graduação doutorado em Educação na linha de Pesquisa Educação e Processos Inclusivos)- Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? 2 ed.São Paulo: Moderna, 2006. MAZOTTA, Marcos J. S. Educação especial no Brasil: história e política públicas.6.ed.São Paulo: Cortez, 2011. MENEZES, Maria Aparecida de. Currículo, formação e inclusão: alguns implicadores. In: FELDMANN, Marina Graziela (Org.) Formação de professores e escola na contemporaneidade. São Paulo: Editora Senac São Paulo,2009.p.201-220. OLIVEIRA, João Batista Araújo e; CHADWICK, Clifton. Aprender a ensinar. São Paulo: Global, 2001. VELOSO, Éden; MAIA, Valdeci. Aprenda LIBRAS com eficiência e rapidez. 7 Ed. Curitiba: Mãos Sinais, 2012 QUADROS, Ronice Müller de; CRUZ, Carina Rebello. Língua de Sinais: instrumento de avaliação. Porto Alegre: Artemed, 2011. SOARES, Raquel Lopes de Oliveira. Encontros Eternos. Goiânia: R&F Editora LTDA, 2012. STROBEL, Karin Lilian. Surdos: vestígios culturais não registrados na história. 2008. 176 f. Tese (Doutorado em educação) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008. SHEVIN, Mara Sapon. Celebrando a diversidade, criando a comunidade: O currículo que honra as diferenças, baseando-se nelas. In: STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Inclusão: Um guia para educadores. Tradução. Magda França Lopes. 2 Ed. Porto Alegre: Artemed, 2007. p. 287-305. STAINBACK, William; STAINBACK, Susan. O currículo nas salas de aulas inclusivas: origens. In: Inclusão: Um guia para educadores. STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Tradução: Magda França Lopes.2.ed. Porto Alegre: Artemed, 2007.p.233-239.
49
STAINBACK, William; STAINBACK, Susan; STEFANICH; ALPER, Sandy. A Aprendizagem nas escolas inclusivas: e o currículo? In: Inclusão: Um guia para educadores. STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Tradução. Magda França Lopes. 2ed. Porto Alegre: Artemed, 2007.p.240-251.
50
ANEXOS
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Objetivo Geral:
Possibilitar apreensão da divisão territorial, país, estado, capital, cidade,
bairros, praças, monumentos e flores do cerrado ”ipês” que estão na capital
dos goianienses.
Objetivos Específicos de acordos com PCN’S:
1- Objetivo-(Português e Geografia)-Trabalhar noções de divisão territorial do
Brasil;
2- Objetivo-(Português e Libras)- Reconhecer o alfabeto e os numerais em
Libras;
3-Objetivo-(Português, Geografia e Libras)-Trabalhar a região Centro Oeste do
Brasil e reconhecer que as configurações de mãos utilizada na datilologia é
diferente do sinal soletrado;
4-Objetivo-(Português, Geografia e Libras)-Aprender os sinais em Libras
relacionados a Geografia;
5-Objetivo-(Português, Artes e Literatura)- desenvolver através da arte, o senso
crítico para questões que envolvam a valorização e respeito da diversidade
humana;
6-Objetivo-(Literatura,Português,Geografia e Ciências Naturais)- Conhecer os
Ipês(vegetação do cerrado) e valorizar a paisagem local;
7-Objetivo-(Literatura,Português,Geografia e Ciências Naturais)- Instigar por
meio de material fotográfico a estética e as partes desta planta;
8-Objetivo-(Literatura,Português,Geografia e Ciências Naturais)- Reconhecer as
diferenças estéticas dos ipês e as funções das partes das plantas;
9-Objetivo-(Literatura, Português, Pluralidade Cultural)- Promover valorização e
reconhecimentos de pontos turísticos da capital Goiana.
52
1- Vamos interpretar a imagem do livro
e responder algumas perguntas:
Pelo enorme tamanho do Brasil, podemos observar que ele é dividido, em territórios
menores com características diferentes chamados estados, e os estados agrupam-se em
regiões, e dividindo em partes menores são chamadas de municípios.
O nosso país é oficialmente chamado de República Federativa do Brasil onde, temos um
único presidente, governadores para os estados e prefeitos para os municípios(cidades).
a- Qual é o nome do presidente do nosso país?
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____________________________________________________________________
___________________________________________________________________
b- Qual região (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste ou Sul) que você mora e
quais os estados que fazem parte desta região?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
c- Qual o nome do estado e do governador de onde você mora?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
d- Qual o nome da cidade que você mora e quem é o prefeito do seu município
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Objetivo-(Português e Geografia)-Trabalhar noções de divisão territorial do Brasil.
53
Alfabeto Manual da Libras
Números Cardinais em LIBRAS
54
2- Agora que você já conhece o alfabeto e os numerais em Libras, circule a sua
idade e as letras do seu nome.
Objetivo-(Português e Libras)- Reconhecer o alfabeto e os numerais em Libras.
55
3-Enumere de acordo com a sequência, a descrição detalhada e sistemática de forma do
sinal da Libras da região centro-oeste:
1- Goiás
2- Brasília
3- Mato Grosso
4- Campo Grande
( ) Mãos verticais fechadas, palma a palma, dedos indicadores e polegares
distendidos; mãos unidas pelas pontas dos dedos. Separar as mãos para os lados
opostos , unindo os dedos indicador e polegar de cada mão. Repetir movimento um
pouco mais á direita.(p.315)
( ) Mão direita em G vertical, palma para a esquerda, ao lado direito da face. Girar a
mão pelo pulso para dentro duas vezes.(p.711)
( ) Mão horizontal aberta, palma para baixo, dedos apontados para a esquerda,
ponta do polegar tocando o lado esquerda da testa. Mover a mão para o lado direito da
testa, fechando os dedos um a um, iniciando pelo dedo mínimo, finalizando com a mão
em A.(p.878)
( ) Soletrar C e G. (p.349)
Objetivo-(Português, Geografia e Libras)-Trabalhar a região Centro Oeste do Brasil e reconhecer
que as configurações de mãos utilizada na datilologia é diferente do sinal soletrado.
56
4- Escreva nos espaços abaixo, a palavra que completa as descrições detalhada e
sistemática de forma do sinal da Libras.
País Brasil Estado Centro Lugar
___________________ Mão esquerda em A ( )horizontal, palma para baixo,
apontando para a direita; mão direita em P( ), acima da mão esquerda. Mover a mão
direita em pequenos círculos horizontais. (p.995)
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_________________________Mão direita em E( ), palma para frente. Movê-la em um
círculo vertical para a direita, movimentando-a ligeiramente para frente, em diversos
lugares.(p.622)
__________________________ Mão esquerda horizontal fechada, palma para baixo,
apontado para a esquerda; mão direita em Y ( ), palma para frente. Mover a mão em
um pequeno arco para a esquerda e para baixo, e tocar a ponta do polegar no dorso da mão
esquerda.(p.386)
________________________Mão direita em B( ) , palma para a esquerda, diante da
face. Movê-la para baixo com movimentos ondulatórios para os lados.(p.315)
_________________________ Mão horizontais fechadas , palma a palma, indicadores e
polegares curvados formando a letra C ( ), próximas uma á outra. Movê-las para
baixo.(p.830)
Referência Bibliográfica:
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, Walkiria Duarte. Dicionário Enciclopédico
Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira, Volume 1 e 2 , 3. ed. São Paulo:
Universidade de São Paulo, 2008.
Objetivo-(Português, Geografia e Libras)-Aprender os sinais em Libras relacionados a Geografia.
58
05– Todos os dias, usamos diferentes objetos para facilitar nossa vida, esses
objetos possuem diferentes cores, formatos e tamanhos. As pessoas também
apresentam diferenças. Faça um desenho que apresente algumas dessas
diferenças entre as pessoas.
Objetivo-(Português, Artes e Literatura)- desenvolver através da arte, o senso crítico para questões
que envolvam a valorização e respeito da diversidade humana.
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6- Na ilustração abaixo, observamos pessoas passeando pela praça e no centro
dela há monumentos. Pesquise quais monumentos são estes que
estão na capital dos goianienses e quais as suas localizações e importância para
esses habitantes.
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Objetivo-(Literatura,Português, Artes e Geografia)-Instigar, conscientizar e edificar a percepção visual
a partir das ilustrações da obra como sua importância de preservação e divulgação histórico-cultural
da capital Goiana.
6- A capital goiana é conhecida como a cidade das praças e dos parques e está
situado na região centro-oeste do Brasil. A vegetação é bastante diversificada e as
árvores possuem características próprias. Pesquise as características encontradas
na vegetação do cerrado brasileiro.
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Objetivo-(Literatura,Português,Geografia e Ciências Naturais)- Conhecer os Ipês(vegetação do
cerrado) e valorizar a paisagem local.
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7 – Uma das árvores mais bonitas encontradas no cerrado é o Ipê, ele pode ser de
diferentes cores. Quais as cores de flores do Ipê que podemos encontrar?
a) Roxo, rosa, amarelo e branco;
b) Branco, vermelho e roxo;
c) Amarelo, vermelho e roxo;
d) Vermelho, branco e azul.
Objetivo-(Literatura,Português,Geografia e Ciências Naturais)- Instigar por meio de material
fotográfico a estética e as partes desta planta.
8 – Procure ou desenhe a imagem de um Ipê e escreva as partes que compõem
essa planta.
Objetivo-(Literatura,Português,Geografia e Ciências Naturais)- Reconhecer as diferenças estéticas
dos ipês e as funções das partes das plantas .
9- Assinale(V) para verdadeiro e (F) para falso.
( ) A praça Attilio Corrêa Lima é popularmente conhecida como praça do
bandeirante. Ela está localizada no centro da cidade, entre o cruzamento da avenida
Goiás com a avenida Anhanguera.
( ) A praça do bandeirante, homenageia Atílio Correia Lima o arquiteto responsável
pelo plano piloto de Goiânia. E, o monumento retrata também o bandeirante
Bartolomeu Bueno da Silva em corpo inteiro, tendo nas mãos uma bateia e armado
de bacamarte.
( ) O monumento ás Três Raças, está localizado no centro da Praça Cívica. Sua
produção consiste numa homenagem as três raças que compõem a origem da
cidade e do estado: o branco(os bandeirantes), o negro(os escravos) e o índio.
( ) A Praça do Sol é famosa pela “Feira do Sol” nos domingos das 16:00 ás 0:00
horas, esta feira funciona ao ar livre e os produtores goianos, apresentam peças
artesanais, pintura em tela, alimentos, vestuário, bijuterias, antiguidades, flores,
shows artísticos entre outros, que proporcionam.
Objetivo-(Literatura, Português, Pluralidade Cultural)- Promover valorização e reconhecimentos de
pontos turísticos da capital Goiana.
61
62
Objetivo Geral:
Analisar a importância da comunicação, além dos entraves
comunicativos, que dificultam a inclusão e acessibilidade das
pessoas na sociedade.
Objetivo Específico:
1- Objetivo-(Artes, Português, Pluralidade Cultural)- Perceber através da
ilustração, as barreiras arquitetônicas, de locomoção e comunicação
contidas na sociedades;
2- Objetivo-(Literatura, Português, Pluralidade Cultural)- Perceber as
diferenças, os entraves e proporcionar momentos de discussão para
melhor convívio e acessibilidade;
3- Objetivo-(Literatura, Português, Ciência)-Identificar e apreender os meios comunicação;
4- Objetivo-(Literatura, Português, Pluralidade Cultural)- Despertar
aos amparos e respaldos legais dos deficientes aos direitos na
sociedade;
5- Objetivo-(Literatura, Português, Pluralidade Cultural)- Reforçar os
respaldos e amparos legais das pessoas com deficiência e instigar a
análise e experiência destes entraves contido na sociedade;
6- Objetivo-(Literatura, Português, Libras)- Relacionar os sinais e a
datilologia da Libras;
7- Objetivo-(Literatura, Português, Libras)- Desenvolver a apreensão e
significado do dia do surdo e transcrição do alfabeto manual para
Português;
8- Objetivo-(Pluralidade Cultural, Português e Libras)- Refletir sobre a
importância para o convívio social e ofertar dicas para interação e
comunicação com pessoas surdas; Questionar se alguém da sala ou da
escola, possui convívio com algum surdo e convidá-lo para expor a
experiência, enfatizando o respeito mútuo.
63
1- A acessibilidade está no livre acesso das pessoas em se comunicar e se
locomover no dia a dia. Temos que respeitar uns aos outros com suas diferenças e
singularidades, e também, comunicar com as pessoas e ajudá-las quando possível,
a ir e vir. Escreva ás condições necessárias para um bom convívio social baseando-
se na ilustração abaixo .
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Objetivo-(Artes, Português, Pluralidade Cultural)- Perceber através da ilustração, as barreiras
arquitetônicas, de locomoção e comunicação contidas na sociedades.
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2- Na sua escola, há calçadas com rampas, piso regulares com anti-derrapante e
sem degrau, para as pessoas com dificuldade de locomoção ou, que usam cadeira
de rodas possam andar tranquilamente? E na comunicação tem alguém que utiliza a
LIBRAS para ensinar o surdo ou o BRAILE para cego? Justifique as respostas.
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Objetivo-(Literatura, Português, Pluralidade Cultural)- Perceber as diferenças, os entraves e
proporcionar momentos de discussão para melhor convívio e acessibilidade.
3- Utilizamos diversos meios de comunicação para conversar com outras pessoas,
após observar a página 8, assinale e justifique os meios de comunicação que
Raquel utiliza para comunicar-se.
( ) Visual _____________________________________________________
______________________________________________________________
( ) Escrita _____________________________________________________
______________________________________________________________
( ) Falada _____________________________________________________
______________________________________________________________
( ) Gestual ____________________________________________________
______________________________________________________________
( ) Internet ____________________________________________________
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Objetivo-(Literatura, Português, Ciência)-Identificar e apreender os meios comunicação.
65
4- A obra apresenta momentos de irritação em específico na página treze diz:
“Thiago, exigia respeito e correta comunicação. A empresa tinha que saber sua
língua, as leis, os decretos para sua acessibilidade. Observava nervoso as pessoas
fingindo compreender-te e ainda evitando.”
No DECRETO Nº 3.298 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, que regulamenta a Lei Nº
7.853 de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para Integração da
Pessoa Deficiente. E das disposições gerais deste decreto, no artigo 2º apresenta:
“ Cabe aos órgãos e ás entidades do Poder Público assegurar á pessoa
portadora de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive
dos direitos á educação, á saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao
lazer, á previdência social, ao transporte, á edificação pública, á habilitação,
á cultura, ao amparo, á infância e á maternidade e de outros que,
decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal,
social e econômico.”
Marque um (X) para alternativa correta.
( ) É considerado deficiente as pessoas com, deficiência física, auditiva, visual e
mental.
( ) Dentro do acesso ao trabalho não consideram-se procedimentos especiais os
meios utilizados para a contratação de pessoas que devido ao seu grau de
deficiência, transitória ou permanente, exija condições especiais, tais como jornada
variável, horário flexível, proporcionalidade de salário, ambiente de trabalho
adequado ás suas especificidades entre outros.
( ) A empresa com cem ou mais empregados não é obrigado a preencher de dois a
cinco por cento de seus cargos com, benefícios da Previdência Social reabilitados
com pessoas deficientes.
( ) Tanto para editais de concursos públicos quanto nas empresas, o candidato
deficiente, pode apresentar quando quiser o laudo médico atestando a espécie e o
grau ou nível de deficiência, com expressa referência ao código correspondente de
Classificação Internacional de Doença- CID, bem como a provável causa da
deficiência.
Objetivo-(Literatura, Português, Pluralidade Cultural)- Despertar aos amparos e respaldos legais dos
deficientes aos direitos na sociedade.
66
5- A acessibilidade está no alcance acessível para informação, dados e
comunicação. E, nesta obra, o entrave para acessibilidade de Thiago na empresa,
foi á comunicação.
No DECRETO Nº 5.296, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004 ,que regulamenta as leis Nº
10.048, de 08 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento ás pessoas
deficientes, idosas, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas por crianças de
colo; e 10.098 de 19 de dezembro de 2000, estabelece normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas deficientes e com
mobilidade reduzida. E, no Artigo 8º deste decreto, dita os fins de acessibilidade e no
Inciso II, dita ás barreiras que devem se liberadas:
“Qualquer entrave ou obstáculos que limite ou impeça o acesso, a
liberdade de movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de
as pessoas se comunicarem ou terem acesso a informação.”
Descreva um acontecimento presenciado em sua vida que houve falta de
acessibilidade e apresente caminhos para acabar com este problema.
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Objetivo-(Literatura, Português, Pluralidade Cultural)- Reforçar os respaldos e amparos legais das
pessoas com deficiência e instigar a análise e experiência destes entraves contido na sociedade.
67
6-Faça a correspondência:
a) ( )
b) ( )
c) ( )
Objetivo-(Literatura, Português, Libras)- Relacionar os sinais e a datilologia da Libras.
68
6- Assinale a sequência:
a) Comunicação, lei, acessibilidade e decreto
b) Lei, decreto, LIBRAS e acessibilidade
c) LIBRAS, lei, decreto e acessibilidade
d) LIBRAS, lei, acessibilidade e decreto
Objetivo-(Literatura, Português, Libras)- Reconhecer a sequência dos sinais em Libras com as
palavras em Língua Portuguêsa.
7-Descubra o que diz a seguinte frase:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Objetivo-(Literatura, Português, Libras)- Desenvolver a apreensão e significado do dia do surdo e
transcrição do alfabeto manual para Português.
69
8- Em qualquer lugar temos a oportunidade de relacionar e aprender sobre os
outros, mais é na escola que se tem a primeira oportunidade de conviver e
relacionar com pessoas diferentes.
Sejam através das línguas, religiões, vestimentas, cortes de cabelos, opiniões,
aspectos fisiológicos entre outros; muitas pessoas rejeitam ou excluem os outros por
considera-los desconhecidos ou diferentes. Mas, é só através do contato, do
conhecimento das relações que faremos novas amizades. E, para isso precisamos
primeiro respeitar e comunicar com os outros.
Então, dois surdos Veloso e Maia (VELOSO, Éden; MAIA, Valdeci. Aprenda
Libras com Eficiência e Rapidez. 7.ed. Curitiba: Mãos Sinais, 2012. p.16-19) dão
dicas de como comunicar-se corretamente com os surdos. Marque um ( x ) para as
alternativas corretas.
( ) É preciso gritar e mudar os tons de voz;
( ) É preciso ser expressivo para demonstrar seus sentimentos;
( ) Fale de frente, claramente e pausadamente com o surdo. Uma boa
articulação dos lábios facilita a comunicação;
( ) Não olhe para o outro lado ao conversar. O contato visual é importante na
comunicação;
( ) Peça sempre para repetir e, se for preciso, escrever. O mais importante é
que exista a comunicação;
( ) Se precisar falar com uma pessoa surda, chame a atenção dela tocando
fortemente o seu braço;
( ) Se você não entender o que uma pessoa surda está falando, não tenha
vergonha em perguntar novamente e não perca a paciência;
( ) Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se á
pessoa surda e, não ao intérprete;
( ) Os avisos visuais são sempre muito úteis para a independência do surdo.
Na falta deles, o surdo terá maiores dificuldades.
Objetivo-(Pluralidade Cultural, Português e Libras)- Refletir sobre a importância para o
convívio social e ofertar dicas para interação e comunicação com pessoas surdas; Questionar se
alguém da sala ou da escola, possui convívio com algum surdo e convidá-lo para expor a
experiência, enfatizando o respeito mútuo.
70
71
Objetivo Geral:
Refletir sobre a importância do conhecimento em Libras para
comunicação com o surdo e instigar a percepção dos entraves
contidos na sociedade.
Objetivos Específicos:
1- Objetivo-(Pluralidade Cultural, Português e Libras)- Conhecer os sinais de nomes das pessoas que estão na literatura e compreender a importância deste elemento cultural na comunidade surda;
2- Objetivo-( Português e Libras)- Construir pequenos diálogos;
3- Objetivo-( Matemática e Libras)- Reconhecer os numerais;
4- Objetivo-( Matemática, Português e Libras)- Reconhecer os numerais, além da apreensão do sucessor e antecessor, e reforçar a escrita;
5- Objetivo-( Matemática, Português e Libras)- Reconhecer em Libras os numerais e enfatizar a escrita;
6-Objetivo-( Matemática, Português e Libras)- Proporcionar através da Libras, a realização de cálculos de divisão e números fracionários;
7- Objetivo-( Matemática e Libras)- Proporcionar através da Libras, a apreensão do antecessor e sucessor;
8- Objetivo-( Artes, Pluralidade Cultural e Libras)- Instigar análise crítica da obra, expondo o olhar dos alunos, as falsas cegueira da sociedade;
72
1-A comunicação é muito importante para interação uns com os outros. Na Libras,
os surdos criam sinais para substituir a datilologia dos nomes, normalmente a
escolha do sinal está relacionada a característica(jeito de ser) da pessoa ou da
profissão. Assim, o sinal é pessoal e também muito importante para os membros da
comunidade surda. Então, após ser criado o seu sinal, analise se gostou dele, ou se
quer mudar, pois irá representar seu nome, sua identidade na cultura de surdos.
Agora vamos relacionar os sinais aos nomes que compõe o conto “Encontros
Eternos”:
Raquel-Escritora
Jean Coelho- Ilustrador
Rennon- Professor
Francisco- Professor e
Designer Gráfico destes sinais.
Objetivo-(Pluralidade Cultural, Português e Libras)- Conhecer os sinais de nomes das pessoas que
estão na literatura e compreender a importância deste elemento cultural na comunidade surda.
73
2- Interprete e escreva a frase abaixo :
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Objetivo-( Português e Libras)- Construir pequenos diálogos.
74
3-Escreva as sequências dos numerais. Siga o modelo:
0
ZERO
UM
DOIS
TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
SETE
OITO
NOVE
DEZ
Objetivo-( Matemática e Libras)- Reconhecer os numerais.
75
4-Escreva como se lê cada numeral e depois complete com os numerais que vêm antes e depois:
NOME DE ALGUNS NUMERAIS
NÚMERO QUE VEM
ANTES
LIBRAS
NÚMERO QUE VEM DEPOIS
1
UM
2
TRÊS
QUATRO
5
6
SEIS
SETE
OITO
NOVE
10
Objetivo-( Matemática, Português e Libras)- Reconhecer os numerais, além da apreensão do
sucessor e antecessor, e reforçar a escrita.
76
5-Escreva os números e nomes dos numerais abaixo:
03
Três
Objetivo-( Matemática, Português e Libras)- Reconhecer em Libras os numerais e enfatizar a escrita.
77
6-Faça as somas dos numerais em Libras e de acordo com o modelo, continue o
exercício.
+ =10 A metade(1/2 )de 10 é 5 = 10:2 = 5
=______Um terço(1/3)de____é______= ____:_____=_______
=______Um quarto(1/4)de____é______= ____:_____=_______
=___Um quinto(1/5)de____é____=____:____=_____
=___Um sexto(1/6)de____é____=____:____=_____
Objetivo-( Matemática, Português e Libras)- Proporcionar através da Libras, a realização de cálculos
de divisão e números fracionários.
78
7-Escreva os numerais que vêm antes e depois de:
Objetivo-( Matemática e Libras)- Proporcionar através da Libras, a apreensão do antecessor e
sucessor.
79
8- Preste atenção na obra abaixo.
Nessa pintura de Jean Coelho de Sousa, é interpretado durante uma comunicação,
uma forma inusitada de agradecimento, de um cego para com uma ouvinte.
Faça a sua pintura e represente “O Seu Olhar” aos entraves comunicativos
contidos na sociedade.
Objetivo-( Artes, Pluralidade Cultural e Libras)- Instigar análise crítica da obra, expondo o olhar dos
alunos, as falsas cegueira da sociedade. Ex: bares- ocupam a rua com cadeiras; plantas nas
calçadas que dificultam acesso; pessoas que não ajudam o cego, a gestante, o cadeirante atravessar
a rua, entre outros.
80
81
Objetivo Geral:
Reafirmar a importância da Educação Especial(Resolução CEE-Conselho
Estadual de Educação nº07 de 15 de dezembro de 2006) e os atendimentos
nos serviços educacionais especiais para contemplação do desenvolvimento
humano.
Objetivos Específicos:
1- Objetivo-(Literatura e Português)-Instigar a análise que sem
comunicação(Empresa e sociedade) minimiza acessibilidade, mesmo havendo
respaldo legais;
2- Objetivo-( Literatura, Libras e Pluralidade Cultural)- Enfatizar que o
conhecimento em Libras favorece o processo de desenvolvimento da linguagem
do surdo, conforme Bilinguismo e a A.S.G. ensina a todos, esta comunicação;
3- Objetivo-( Artes, Pluralidade Cultural, Português e Libras)- Relacionar o tempo
que a A.S.G foi fundada em Goiânia e os serviços sociais que ela proporciona;
4 e 5- Objetivos-( Literatura, Português e Matemática)- Reforçar através de
cálculo matemático(subtração) o tempo que a A.S.G atua em Goiânia;
6- Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Promover apreensão dos
Parâmetros da Libras.
82
1-Na Lei nº 10.098 de 19 de Dezembro de 2000, estabelece normas e critérios para
promoção da acessibilidade das pessoas deficientes ou com mobilidades reduzidas.
Também a especialização em recursos humanos em acessibilidade, como formação
de profissionais para facilitar comunicação direta á pessoa deficiente. E neste conto,
Thiago não obteve êxito ao pedir ajuda a seu superior e nem a secretária quando ele
quebrou sem querer seu cartão (Pass Livre), surgindo assim duas barreiras em sua
vida, descreva quais foram e comente-as, de acordo com a lei citada.
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Objetivo-(Literatura e Português)-Instigar a análise que sem comunicação(Empresa e sociedade)
minimiza acessibilidade, mesmo havendo respaldo legais.
2- Neste entrave comunicativo sentido por Thiago, é importante a compreensão dos
direitos. E, Raquel ao perceber esta importância, procurou a A.S.G(Associação dos
Surdos de Goiânia) para aprender a LIBRAS e lá conheceu a comunidade surda,
participando de eventos sociais, vendo os esportivos na quadra e conhecendo
outros também, além de desenvolver a aprendizagem para os valores culturais
surdos. Neste sentido, CRUZ, Carine Rebello; QUADROS, Ronice Müller de. Língua
de Sinais: Instrumentos de avaliação. Porto Alegre: Artemed, 2011.p.38
ressaltam:
O contato com surdos adultos materializa a possibilidade de futuro para o seu
filho, pois são surdos que constituem família, dirigem, estudam, trabalham,
viajam, ou seja, são participantes que assumem as suas responsabilidades,
têm direitos e deveres como quaisquer outras pessoas.
Diante de todos esses amparos, comente a importância da A.S.G. para comunidade.
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Objetivo-( Literatura, Libras e Pluralidade Cultural)- Enfatizar que o conhecimento em Libras favorece
o processo de desenvolvimento da linguagem do surdo e a A.S.G. ensina a todos, esta
comunicação.
83
3- Observe a imagem:
A Associação dos Surdos de Goiânia (ASG) foi
fundada em 12 de junho de 1975.
Com compromisso de trabalhar nas partes social,
da saúde, do esporte e do lazer dando apoio e
defendendo os direitos dos surdos.
(http://www.asgoiania.org.br/historico/fundacao.html)
Agora, marque um (X) na alternativa correta.
( ) Centro Especial Elysio Campos é uma escola especial, que oferece ensino
fundamental e médio.
( ) Na parte social a associação oferece curso, oficinas e ajuda na autorização do
passe livre no transporte urbano, nacional e estadual.
( ) Há assistência jurídica e de intérprete para apoio e encaminhamento ao
mercado de trabalho.
( ) No esporte, divulga e incentiva os atletas goianos surdos.
( ) E na saúde, oferece fonoaudiologia, audiometria, encaminhamento a médicos,
odontólogos, exames clínicos.
Objetivo-( Artes, Pluralidade Cultural, Português e Libras)- Relacionar o tempo que a A.S.G foi
fundada em Goiânia e os serviços sociais que ela proporciona.
84
04- A Associação dos Surdos de Goiânia(A.S.G)foi fundada em 12 de junho de 1975.
Na ilustração está 30 anos( )mas, hoje quantos anos ela possui?
( ) 38 ( )
( )39( )
( ) 40 ( )
( ) 41( )
05- Monte o calcule do resultado :
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Objetivos-04 e 05 ( Literatura, Português e Matemática)- Reforçar através de cálculo
matemático(subtração) o tempo que a A.S.G atua em Goiânia.
85
06-Na página 21, o professor Francisco, ensina sobre os Parâmetros da LIBRAS.
Seguindo o quadro ilustrativo, amparado as vozes de Veloso e Maia(2012,p.14)
além de exemplos das ilustrações de: Sousa, Jean Coelho; Soares, Raquel Lopes
de Oliveira. O aprender na educação II. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional-registro
562126, 2012( p.40-50) temos:
1-Configuração das mãos é a forma que a mão assume durante a realização do
sinal.
Ex:
86
2- Ponto de Articulação- É o lugar onde incide a mão predominante configurada, ou
seja, e o local onde é feito o sinal, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em
um espaço neutro.
Ex:
3- Movimento- Os sinais podem ter um movimento ou não.
Ex:
4- Expressão Facial e ou Corporal- São de fundamental importância para o
entendimento real do sinal, sendo que a entonação em língua de sianis é feita pela
expressão facial.
Ex:
Diante desses amparos, assinale a alternativa correta para utilização dos
parâmetros. Se a resposta for negativa, justifique-as:
87
I) Acessibilidade- utiliza ponto de articulação? ( ) Sim ( ) Não
_______________________________________________________________
II) Professor - utiliza configuração das mãos? ( ) Sim ( ) Não
_______________________________________________________________
III) Trabalhar- utiliza expressão facial? ( ) Sim ( ) Não
_______________________________________________________________
V) Raquel ( Escritora) - utiliza ponto de articulação? ( )Sim ( )Não
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VI) Francisco(Professor A.S.G)- utiliza movimento ? ( )sim ( ) não
__________________________________________________________________
VII) terminal-utiliza expressão facial ( )sim ( ) não
_______________________________________________________________
VIII) aprender- utiliza ponto de articulação ( )sim ( ) não
_______________________________________________________________
IX) amigo- utiliza movimento ( ) sim ( ) não
_____________________________________________________________
Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Promover apreensão dos Parâmetros da Libras.
89
90
Objetivo Geral:
Analisar as regulamentações já disponíveis na Política Nacional para
acessibilidade dos surdos e compreender o caminho e as dificuldades a este
uso e difusão da LIBRAS.
Objetivos Específicos:
1- Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Favorecer compreensão do
atendimento prioritário, conforme L.10.048;
2- Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Promover apreensão da L.12.319
que regulamenta a profissão do intérprete;
3- Objetivos- ( Literatura, Português, Pluralidade Cultural e Libras)- Reforçar as
leis e decretos referente a Libras.
4- Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Apresentar o Código de Ética e as
necessidades de conduta do profissional Intérprete;
5- Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Instigar pesquisa sobre o Inês e
sua relevância histórica na educação de surdos.
91
1-No quinto período do Curso de Libras, Raquel aprendeu com o Professor Rennon,
os decretos e legislações referente a LIBRAS. Agora,
vamos aprender também:
LEIS REFERENTE A LIBRAS
1- A Lei Nº 10.048, de 08 de Novembro de 2000, dá prioridade de atendimento ás
pessoas, assegurando tratamento diferenciado e atendimento imediato, sancionando
penalidade para o descumprimento deste artigo. Assinale (V) verdadeiro ou (F)
falso, para as pessoas que tem assegurado este atendimento.
( ) As pessoas deficientes
( ) Os idosos com idade igual ou inferior a sessenta anos
( ) As gestantes
( ) As lactantes
( ) As pessoas acompanhadas por crianças que não são de colo
Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Favorecer compreensão do atendimento prioritário,
conforme L.10.048.
92
2- Observamos no desenvolver da obra, transformação plausível de Raquel(p.30):
“Hoje, Raquel comunica-se com todas as pessoas em especial com seus amigos
surdos sentido-se inclusa e servindo como uma ponte, ajudando-os nas consultas
com os médicos e na empresa, fazendo diversas interpretações.”
Na LEI Nº 12.319, DE 1º DE SETEMBRO DE 2010, regulamenta o exercício da
profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS. Assinale
a alternativa correta sobre as atribuições destes no exercício de suas competências.
I – Efetuar comunicação entre surdos e ouvintes ,surdos e surdos e surdos-
cegos,surdos-cegos e ouvintes, por meio da Libras para língua oral e vice-versa.
II – Interpretar, em Língua Brasileira de Sinais- Língua Portuguesa, as atividades
didático- pedagógicas e culturais desenvolvidas nas instituições de ensino nos
níveis, fundamental, médio e superior, de forma a viabilizar o acesso aos conteúdos
curriculares.
III- Atuar nos processos seletivos para cursos na instituição de ensino e nos
concursos públicos.
IV- Prestar seus serviços em depoimentos em juízos, em órgãos administrativos ou
policiais.
A) I, IV
b) I, II, IV
c) I, II, III
d) I, II, III, IV, V
Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Promover apreensão da L.12.319 que regulamenta a
profissão do intérprete.
93
DECRETOS E LEIS REFERENTE A LIBRAS
3- Depois de fazer alguns exercícios sobre leis e decretos referente a Libras, agora
complemente a baixo.
D 5.296- 10.048+10.098
De 02 de Dezembro de
2004
D 5.626-10.436+10.098
De 22 de Dezembro de
2005
D 3.298 (7.853 de
1989) De 20
dezembro de 1999
L11.796 De 29 de Outubro de 2008
L10.436
De 24 de Abril de 2002
L12.319
De 1º de Se- tembro de 2010
L10.098
De 19 de Dezembro
de 2000
_____________________Assegura a integração dos deficientes físicos, auditivos,
visuais e mentais; no exercício dos direitos básicos individuais que propiciem seu
bem estar pessoal, social e econômico.
_____________________ Estabelece normas e critérios para promoção da
acessibilidade das pessoas deficientes ou com mobilidade reduzida. Seja em
espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios, nos
transportes e na comunicação.
_____________________Reconhecimento da LIBRAS como Língua Brasileira de
Sinais, oriunda de comunidade e pessoas surdas do Brasil, e a garantia do Poder
Público e empresas de apoiar o uso e difusão da LIBRAS.
_____________________Regulamenta a prioridade no atendimento estabelecendo
normas e critérios para acessibilidade das pessoas deficientes ou de mobilidade
reduzida.
_____________________Reconhece a LIBRAS como Língua no apoio ao uso e
difusão, rompendo as barreiras e promovendo acessibilidade.
_____________________Institui o dia 26 de setembro como o dia Nacional dos
Surdos.
_____________________Regulamentação da profissão de Tradutor e Intérprete da
Língua Brasileira de Sinais
Objetivos- ( Literatura, Português, Pluralidade Cultural e Libras)- Reforçar as leis e decretos referente
a Libras.
94
CÓDIGO DE ÉTICA
4- A ilustração da página vinte e três, apresenta a inversão comportamental do intérprete(inseguro, com vestido curto de cor forte) porém os professores, reforçam pedindo, firmeza e treino. Assinale (V) verdadeiro ou (F) falso para as condutas necessárias do intérprete de acordo com o código de ética (RID-Registro dos Intérpretes para surdos em 28-29 de Janeiro de 1965 Washington- EUA- Adaptação dos representantes dos estados brasileiros. Aprovado por ocasião do II Encontro Nacional de Intérpretes- Rio de Janeiro de 1992.). ( ) O intérprete deve reconhecer o seu próprio nível de competência e usar prudência em aceitar tarefas, procurando assistência de outros intérpretes e ou profissionais, quando necessário, especialmente em palestras técnicas. ( ) O intérprete deve interpretar fielmente e com o melhor da sua habilidade , sempre transmitindo o pensamento, a intenção e o espírito do palestrante. Ele deve lembrar os limites da sua função particular de forma neutra, e não ir além de sua responsabilidade. ( ) O intérprete deve ser uma pessoa de alto caráter moral, honesto, consciente, confidente e de equilíbrio emocional. Ele guardará informações confidenciais as quais foram confiadas a ele. ( ) O intérprete deve manter uma atitude imparcial durante o transcurso da interpretação, evitando interferências e opiniões próprias, a menos que seja perguntando pelo grupo a fazê-lo. ( ) O intérprete deve adotar uma conduta adequada de se vestir, sem adereços, mantendo a dignidade da profissão e não chamando a atenção indevida sobre si mesmo, durante o exercício da função. ( ) O intérprete deve se esforçar para reconhecer os vários tipos de assistência necessitados pelo surdo e fazer o melhor para atender as suas necessidades particulares.
Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Apresentar o Código de Ética e as necessidades de
conduta do profissional Intérprete.
95
5 -A primeira escola pública de surdos no Brasil é asseverada por Veloso e
Maia(2011,p.41) que :
Eduard Huet(1822-1882) Professor surdo francês com mestrado em Paris.
Chega ao Brasil sob aprovação do imperador Dom Pedro II, com a intenção
de abrir uma escola para iniciar um trabalho de educação de pessoas
surdas.[...] Fundou-se no Rio de Janeiro a primeira escola para surdos no
Brasil, o Instituto de Educação dos Surdos(INES) em 26 de setembro de
1857. Dia 26 de setembro comemora-se o Dia Nacional dos Surdos no
Brasil.[...]Naquela época os pais traziam os alunos surdos para o Rio, vindos
de todas as partes do Brasil.[...] Em 1875, um ex-aluno do INES, Flausino
José da Gama, aos 18 anos, publicou “Iconografia dos Sinais dos Surdos” ou
seja, a criação dos símbolos, o primeiro dicionário de língua de sinais no
Brasil.”
Agora, pesquise sobre INES descreva suas práticas atuais.
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Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Instigar pesquisa sobre o Inês e sua relevância histórica
na educação de surdos.
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Objetivo Geral:
Compreender, reconhecer e perceber as diferenças como alicerces da
humanidade.
Objetivos Específicos:
1- Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Refletir a experiência dos alunos
na literatura com a realidade social.(Caneta e Papel=Encarregado e Tchau);
2- Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Analisar a compreensão e
interpretação do educando á literatura;
3- Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Analisar interpretação da literatura
e proporcionar desenvolvimento do Aprender a Aprender(Pilares da Educação-
século XXI)-1º VISITA A.S.G e 2º VISITA SHOPPING;
4- Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Instigar o respeito mútuo e a
Pluralidade Cultural Brasileira;
5- Objetivos- ( Literatura, Português, Artes e Libras)- Facilitar desenvolvimento
criativo de aprendizagens significativas com possibilidades de ser a Libras,
enfatizada nesta literatura.
98
1- Os alunos no shopping objetivavam comunicar só em LIBRAS, diante da falta de
compreensão dos vendedores, tiveram que usar expressões e escrita; Qual foi a
auto-avaliação dos alunos neste momento?
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Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Refletir a experiência dos alunos na literatura com a
realidade social.(Caneta e Papel=Encarregado e Tchau)
2- O ilustrador dá vida ao texto, ele desenha imagens que na leitura muita das vezes
seria difícil de imaginar. Na capa do livro “Encontros Eternos” o ilustrador(Jean
Coelho de Sousa) fez um desenho que representa um aprendizado significativo, um
conhecimento aprendido na Associação dos Amigos do Museu de Artes em Goiânia,
quando ele era pequenino e até hoje ele tem prazer de fazer.
E neste conto, Raquel enquanto aprendiz, construiu saberes e valores a partir de
suas experiências vividas. Agora descreva como se deu a experiência de Raquel
nesta história?
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Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Analisar a compreensão e interpretação do educando á
literatura.
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3- Nas escolas, professores desempenham ações incríveis. Pois trabalham o
conteúdo de arte na própria arte. É no fazer a arte que se reflete e constrói o
desenvolver e a sensibilidade para podermos apreciar, fruindo novas
produções(desenho, cultura, dança, obras, música, pintura, entre outras). Em
Encontros Eternos, os professores conseguiram proporcionar dois momentos
importantíssimos, desenvolvendo nos alunos, o fazer e o refletir, cite e comente-os.
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Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Analisar interpretação da literatura e proporcionar
desenvolvimento do Aprender a Aprender(Pilares da Educação-século XXI)-1º VISITA A.S.G e 2º
VISITA SHOPPING.
4- Diante do conhecimento em LIBRAS e das relações com o surdo na A.S.G e no
seu trabalho, Raquel modificou suas atitudes.
Complemente com sua opinião, a possibilidade real dentro da sociedade, desta
afirmação no texto(p.31) “ Tornou-se mais humana, respeitando as diferenças e
abrindo-se para ouvir não só pela audição, mas, com as mãos e o coração”.
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Objetivos- ( Literatura, Português e Libras)- Instigar o respeito mútuo e a Pluralidade Cultural
Brasileira.
100
5- Na capa do livro “Encontros Eternos” o ilustrador(Jean Coelho de Sousa) fez um
desenho que representa um aprendizado significativo, um conhecimento aprendido
na Associação dos Amigos do Museu de Artes em Goiânia, quando ele era
pequenino e até hoje ele tem prazer de fazer. Agora, faça um desenho que
represente um aprendizado em sua vida e depois apresente aos colegas para ele
compreenderem e refletirem sobre sua arte.
Objetivos- ( Literatura, Português, Artes e Libras)- Facilitar desenvolvimento criativo de aprendizagens
significativas com possibilidades de ser a Libras enfatizada na literatura.
101
TRABALHANDO LIBRAS ATRAVÉS DA LITERATURA INFANTIL
1º momento- Sinais dentro das ilustrações e atividades interdisciplinares
2º momento- LIBRAS em contexto (139 sinais)
1º aula- (2 sinais) Encontros Eternos
2º aula- (11 sinais) estados, G-o-i-a-s, Goiânia, localizar, regiões, centro, oeste, Brasil, tem, povo, especial.{Territorial}
3º aula- (9 sinais) brincar, fofocar, conversar, namorar, rua, praça, combinar, casamento, chafariz{verbos}
4º aula- (8 sinais) observar, bonito, flores, roxo,vermelho,rosa,amarelo, gramados.{cores}
5º aula- (18 sinais) Raquel, sentir, muito, prazer, fazer, secretária; Mas, deixar, triste, ver, surdo, querer, conversar; Sentir, ignorante, não pode, ajudar, desprezar.{profissões}
6º aula- (8 sinais) aprender, passado, dois, sinal, primeiro, encarregado, último, tchau. {numeral}
7º aula- (28 sinais) Thiago, chegar, entrar, sorrir, dar, livro, LIBRAS, Raquel. Fazer, aprender, explicar, igual, livro. Querer, muito, ver, mulher, aprender, comunicar, surdo em LIBRA. Mas, pouco, preguiça, mulher, observar, folear, guardar.
8º aula- (08 sinais)- Thiago, ficar, sério, pegar ,livro, guardado, escrever, papel.
9º aula- ( 05 sinais)- Não pode, você, estudar, nada, preguiça.
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CONSTRUÇÃO DE FRASES, ATRAVÉS DE PALAVRAS E SINAIS DO
CONTO.
10º aula-(9 sinais) semana, eu, voltar, pegar, livro, dar, novamente, livro, Raquel. Na próxima semana eu volto para buscar o livro. Dando novamente o livro para Raquel.
11º aula-(6 sinais) mulher, ficar, vergonha, entender, ter, treinar. A menina ficou com vergonha, entendia que tinha que treinar.
12º aula- ( 10 sinais e 3 palavras)- acontecer, inusitado, d-e-p-o-i-s, mês, j-o-v-e-m, não querer, quebrar, cartão, grátis, ônibus, precisar, por favor, a-j-u-d-a.{reflexão: comunicação/acessibilidade) Thiago avisou que voltaria para buscar o livro depois de uma semana e na verdade voltou depois de um mês} Aconteceu o inesperado, depois de um mês o jovem quebrou sem querer o cartão de ônibus e precisava de ajuda.
13º aula-( 10 sinais e 3 palavras) j-o-v-e-m, p-r-e-c-i-s-a-v-a, ajuda, pessoa,fazer, novo, cartão, acabar, e-n-c-a-r-r-e-g-a-d-o , mandar, dialogar, secretária . O jovem precisava de ajuda. De pessoas para fazer novo cartão. Mas, para acabar, seu encarregado mandou falar com a secretária.
14º aula- (07 sinais e 03 palavras) T-h-i-a-g-o, abrir, entrar, bom dia, começar, falar em LIBRAS. R-a-q-u-e-l , fazer, seu, e-n-c-a-r-r-e-g-a-d-o-, tchau. {entrave- reflexão- municiar capacitação em LIBRAS) Thiago abriu a porta, entrou e cumprimentou com um bom dia em LIBRAS e começou a falar em LIBRAS. Raquel fez os dois sinais que já sabia.
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4-Didática- Rua 04 Nº 789 Centro- 32244014
*São Paulo( Venda Nacional)
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