10
TECMED - Cursos Profissionalizantes Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II Aulas 01 e 02 - Introdução à Parasitologia Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Página 1 Introdução à Parasitologia ............................................................................................................... 3 Parasita e Parasitismo.................................................................................................................. 3 Parasita:.................................................................................................................................... 3 Parasitismo: .............................................................................................................................. 4 Modalidade de Parasitismo ................................................................................................... 4 a) Em relação ao número de hospedeiros ......................................................................... 4 a.1) Monoxeno: .............................................................................................................. 4 a.2) Heteroxeno: ............................................................................................................ 5 b) Em relação à especificidaede parasitária: ..................................................................... 5 b.1) Estenoxenos ........................................................................................................... 5 b.2) Eurixenos ................................................................................................................ 6 b.3) Oligoceno ................................................................................................................ 6 c) Em relação à exigência de Parasitismo: ........................................................................ 6 c.1) Parasita obrigatório: ................................................................................................ 6 c.2) Parasita obrigatório permanente: ............................................................................ 7 c.3) Parasita obrigatório temporário: .............................................................................. 7 c.4) Parasita facultativo: ................................................................................................. 7 c.5) Parasita Espoliativo ou simbiótico. .......................................................................... 7 c.6) Parasita acidental:................................................................................................... 7 d.) Em Relação à Localização ........................................................................................... 7 d.1) Ectoparasitos .......................................................................................................... 7 d.2) Endoparasitos ......................................................................................................... 8 e) Em relação ao hospedeiro............................................................................................. 8 e.1) Hospedeiro definitivo .............................................................................................. 8 e.2) Hospedeiro intermediário ........................................................................................ 8 f.) Em relação ao vetor ...................................................................................................... 8 f.1) Vetor ativo ................................................................................................................ 8

TECMED - Cursos Profissionalizantes - Marilanda Bellini ... · (ver Figuras 2, 3 e 4) f.) Em relação ao vetor ... Doença é um desequilíbrio da relação parasito – hospedeiro

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TECMED - Cursos Profissionalizantes - Marilanda Bellini ... · (ver Figuras 2, 3 e 4) f.) Em relação ao vetor ... Doença é um desequilíbrio da relação parasito – hospedeiro

TECMED - Cursos Profissionalizantes

Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II

Aulas 01 e 02 - Introdução à Parasitologia

Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Página 1

Introdução à Parasitologia ............................................................................................................... 3

Parasita e Parasitismo.................................................................................................................. 3

Parasita: .................................................................................................................................... 3

Parasitismo: .............................................................................................................................. 4

Modalidade de Parasitismo ................................................................................................... 4

a) Em relação ao número de hospedeiros ......................................................................... 4

a.1) Monoxeno: .............................................................................................................. 4

a.2) Heteroxeno: ............................................................................................................ 5

b) Em relação à especificidaede parasitária: ..................................................................... 5

b.1) Estenoxenos ........................................................................................................... 5

b.2) Eurixenos ................................................................................................................ 6

b.3) Oligoceno ................................................................................................................ 6

c) Em relação à exigência de Parasitismo: ........................................................................ 6

c.1) Parasita obrigatório: ................................................................................................ 6

c.2) Parasita obrigatório permanente: ............................................................................ 7

c.3) Parasita obrigatório temporário: .............................................................................. 7

c.4) Parasita facultativo: ................................................................................................. 7

c.5) Parasita Espoliativo ou simbiótico. .......................................................................... 7

c.6) Parasita acidental: ................................................................................................... 7

d.) Em Relação à Localização ........................................................................................... 7

d.1) Ectoparasitos .......................................................................................................... 7

d.2) Endoparasitos ......................................................................................................... 8

e) Em relação ao hospedeiro ............................................................................................. 8

e.1) Hospedeiro definitivo .............................................................................................. 8

e.2) Hospedeiro intermediário ........................................................................................ 8

f.) Em relação ao vetor ...................................................................................................... 8

f.1) Vetor ativo ................................................................................................................ 8

Page 2: TECMED - Cursos Profissionalizantes - Marilanda Bellini ... · (ver Figuras 2, 3 e 4) f.) Em relação ao vetor ... Doença é um desequilíbrio da relação parasito – hospedeiro

TECMED - Cursos Profissionalizantes

Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II

Aulas 01 e 02 - Introdução à Parasitologia

Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Página 2

f.2) Vetor Passivo ........................................................................................................... 8

g.) Quanto Ao Ciclo Biológico ............................................................................................ 8

g.1) Direto ...................................................................................................................... 8

g.2) Indireto .................................................................................................................... 9

Comportamento ..................................................................... Erro! Indicador não definido.

Ação ...................................................................................................................................... 9

Mecânica: .......................................................................................................................... 9

Ação Toxica ....................................................................................................................... 9

Ação Espoliativa ................................................................................................................ 9

Ação Irritativa ..................................................................................................................... 9

Page 3: TECMED - Cursos Profissionalizantes - Marilanda Bellini ... · (ver Figuras 2, 3 e 4) f.) Em relação ao vetor ... Doença é um desequilíbrio da relação parasito – hospedeiro

TECMED - Cursos Profissionalizantes

Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II

Aulas 01 e 02 - Introdução à Parasitologia

Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Página 3

Introdução à Parasitologia

A parasitologia é uma ciência da área de saúde, auxiliar da medicina e da veterinária. Esta

ciência atua no estudo dos parasitas invertebrados, protozoários e algumas espécies de parasitas

vertebrados.

Esta ciência tem como objetivos principais:

- Tratar dos sintomas provocados por parasitas;

- Desenvolver tratamentos contra os parasitas;

- Identificar os processos de desenvolvimento de epidemias parasitárias;

- Criar métodos de profilaxia das doenças causadas pelos parasitas em seres humanos e

animais.

A Parasitologia tem como finalidade servir de fundamento para patologia, diagnóstico,

terapêutica, epidemiologia e profilaxia das doenças parasitárias.

Os especialistas em parasitologia precisam conhecer muito bem o ciclo de vida dos

parasitas, as formas de infestação e os fatores que influenciam na distribuição e densidade dos

parasitas. Esta ciência é muito importante, pois muitos parasitas podem provocar doenças

complicadas, levando o indivíduo afetado, se não tratado adequadamente, à morte.

Os parasitas estão presentes no mundo todo, principalmente nas áreas tropicais e

subtropicais de países em desenvolvimento, sendo de fundamental importância a atuação do

técnico em Análises Clínicas na confirmação do diagnóstico de infecções parasitárias.

Parasita e Parasitismo

No ambiente, os seres vivos estão intimamente relacionados e estabelecem entre si

condições capazes de alterar suas formas de vida. A finalidade deste inter-relacionamento é a

busca de melhores condições de vida, como a busca de alimento e abrigo.

As associações podem ocorrer entre indivíduos de mesma espécie, chamadas de intra-

específica (Ex. Colônias, sociedades, canibalismo), ou entre indivíduos de espécies diferentes,

chamadas de inter-específica (Simbiose, mutualismo, comensalismo, predatismo e parasitismo).

Parasita:

de origem grega: Para – ao lado; Sitios – alimento

Parasita é um ser vivo que se alimenta à custa de outro ser vivo.

Page 4: TECMED - Cursos Profissionalizantes - Marilanda Bellini ... · (ver Figuras 2, 3 e 4) f.) Em relação ao vetor ... Doença é um desequilíbrio da relação parasito – hospedeiro

TECMED - Cursos Profissionalizantes

Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II

Aulas 01 e 02 - Introdução à Parasitologia

Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Página 4

Parasitismo:

É a associação essencialmente unilateral, íntima, lenta, direta e estreita entre duas

espécies bem determinadas: o hospedeiro e o parasito.

O hospedeiro é indispensável ao parasito que vive às suas custas. A associação é de

natureza nutritiva. O parasito retira do hospedeiro o material que necessita. O que distingue o

parasitismo do comensalismo e inquilinismo é o grau de dependência metabólica, ficando o

metabolismo do parasito vinculado ao metabolismo do hospedeiro.

Resumindo: Parasitismo é uma relação direta e estreita entre dois organismos, o

hospedeiro e o parasita, sendo que o parasita vive à custa do hospedeiro e verifica-se uma

dependência metabólica do parasita em relação ao hospedeiro.

Modalidades de Parasitismo

a) Em relação ao número de hospedeiros

a.1) Monoxeno: é o parasito que necessita de apenas um exemplar de hospedeiro para completar

o seu ciclo de vida.

Ex. Ascaris

Figura 1: A) Ascaris lumbricóides; B) Ciclo de Vida de Ascaris lumbricoides: 1) Larvas adultas, macho e fêmea, encontradas no intestino do hospedeiro, 2) Ovos contaminando solo, água e alimetos, 3) Ovos contendo larvas, 4) Ingestão de ovos contendo larva, por alimentos ou água contaminados, 5) Larva chega ao intestino, 6) Larvas são carregadas pelo sistema porta até os pulmões, 7) Migração de larvas para faringe, com posterior expulsão por deglutição ou expectoração. Observar que o parasita necessita de apenas um hospedeiro para completar seu ciclo de vida, ou seja, é Monoxeno.

A B

Page 5: TECMED - Cursos Profissionalizantes - Marilanda Bellini ... · (ver Figuras 2, 3 e 4) f.) Em relação ao vetor ... Doença é um desequilíbrio da relação parasito – hospedeiro

TECMED - Cursos Profissionalizantes

Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II

Aulas 01 e 02 - Introdução à Parasitologia

Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Página 5

a.2) Heteroxeno: é o parasito que necessita de mais de um hospedeiro para completar o seu ciclo

de vida. O parasito utiliza um hospedeiro para a sua fase larval e outro para sua fase adulta.

Ex.Taenia.

Figura 2: A) Taenia; B) Ciclo de Vida de Taenia. . Observar que o parasita necessita de dois hospedeiros para completar seu ciclo de vida, ou seja, é Heteroxeno

b) Em relação à especificidaede parasitária:

b.1) Estenoxenos- é o parasito que apresenta uma especificidade com um único hospedeiro.

Espécie-específico. Ex. Taenia saginata (bovinos)

Figura 3. Ciclo de vida de Taenia saginata. Parasita estenoxeno, visto que apresenta especificidade com bovinos.

A B

Page 6: TECMED - Cursos Profissionalizantes - Marilanda Bellini ... · (ver Figuras 2, 3 e 4) f.) Em relação ao vetor ... Doença é um desequilíbrio da relação parasito – hospedeiro

TECMED - Cursos Profissionalizantes

Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II

Aulas 01 e 02 - Introdução à Parasitologia

Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini

b.2) Eurixenos- é o parasito que apresenta pouca especificidade; podem parasitar várias espécies

de hospedeiros e pertencentes a grupos zoológicos distintos. Ex.

caninos, roedores e aves)

Figura 4. Ciclo de Vida de Toxoplasma gondii

hospedeiros.

b.3) Oligoceno- é o parasito que apresenta especificidade limitada, parasitando animais de família

ou gêneros próximos. Ex. Trypanosoma

c) Em relação à exigência de Parasitismo:

c.1) Parasita obrigatório: é aquele que necessita de outro ser para

Necessita de outro material genético.

Cursos Profissionalizantes

Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II

Introdução à Parasitologia

é o parasito que apresenta pouca especificidade; podem parasitar várias espécies

de hospedeiros e pertencentes a grupos zoológicos distintos. Ex. Toxoplasma gondii

Toxoplasma gondii. Parasita eurinoxeno, visto que apresenta baixa especificidade de

é o parasito que apresenta especificidade limitada, parasitando animais de família

Trypanosoma equinum (parasito de cavalo e asno)

Em relação à exigência de Parasitismo:

é aquele que necessita de outro ser para sobreviver e

Necessita de outro material genético. Ex. Vírus

Figura 5. Ciclo de Vida do vírus HIV. 1) O vírus VIH adere a uma célula e penetra nela, 2) O ARN do VIH é libertado dentro da célula. Para se reproduzir, o ARN tem de ser convertido em ADN, pela enzima transcriptase, 3) O ADN viral entra no núcleo da célula, 4) Com o auxílio da enzima integrase, o ADN viral funde-se com o ADN da célula, 5) O ADN replica-se e reproduz ARN e proteínas, 6) Formado ARN e de segmentos curtos de proteína, 7) O vírus escapa através da membrana da célula, envolvendo-se invólucro, 8) Para se topara as outras células, outra enzima viral (a protease do HIVproteínas estruturais dentro do vírus que nasceu, fazendo com que se coloquem e se convertam na forma madura do HIV

Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II

Página 6

é o parasito que apresenta pouca especificidade; podem parasitar várias espécies

Toxoplasma gondii (felinos,

. Parasita eurinoxeno, visto que apresenta baixa especificidade de

é o parasito que apresenta especificidade limitada, parasitando animais de família

avalo e asno)

obreviver e se desenvolver.

) O vírus VIH adere a uma célula e penetra nela, 2) O ARN do VIH é libertado dentro da célula. Para se reproduzir, o ARN tem de ser convertido em ADN, pela enzima transcriptase, 3) O ADN viral entra no núcleo da célula, 4) Com o auxílio da

se com o ADN da célula, 5) O ADN se e reproduz ARN e proteínas, 6) Forma-se um novo vírus a partir

do ARN e de segmentos curtos de proteína, 7) O vírus escapa através da se invólucro, 8) Para se tornar infeccioso

enzima viral (a protease do HIV) deve cortar as proteínas estruturais dentro do vírus que nasceu, fazendo com que se

convertam na forma madura do HIV.

Page 7: TECMED - Cursos Profissionalizantes - Marilanda Bellini ... · (ver Figuras 2, 3 e 4) f.) Em relação ao vetor ... Doença é um desequilíbrio da relação parasito – hospedeiro

TECMED - Cursos Profissionalizantes

Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II

Aulas 01 e 02 - Introdução à Parasitologia

Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Página 7

c.2) Parasita obrigatório permanente: o ciclo completo se passa sobre ou dentro do hospedeiro.

Ex. piolhos.

c.3) Parasita obrigatório temporário: alguma parte do ciclo se passa sobre ou dentro do

hospedeiro. Ex. pulga.

c.4) Parasita facultativo: é aquele que pode ou não exercer ação parasitária. Ex: Moscas

Sarcophagidae que se desenvolvem tanto em feridas necrosadas, quanto em matérias orgânicas

em decomposição.

c.5) Parasita Espoliativo ou simbiótico: é a associação de dois ou mais seres de espécie

diferente, que lhes permite viver com vantagens recíprocas e os caracteriza como um só

organismo. Ex. fungos e plantas � micorrizas

c.6) Parasita acidental: é aquele que sendo saprófito, acidentalmente entra em contato com o

hospedeiro no qual não evolui. Ex: O parasita Dipylidium caninum comumente encontrado em

cães parasitando uma criança.

d.) Em Relação à Localização

d.1) Ectoparasitos- é aquele que se localiza na superfície externa do hospedeiro, como pele, pelo

e cavidades naturais. Ex. Pulgas, piolhos;

Figura 6: A) Imagem esquemática de piolho, B) Fotografia de pulga em meio ao pêlo de um cão.

A B

Page 8: TECMED - Cursos Profissionalizantes - Marilanda Bellini ... · (ver Figuras 2, 3 e 4) f.) Em relação ao vetor ... Doença é um desequilíbrio da relação parasito – hospedeiro

TECMED - Cursos Profissionalizantes

Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II

Aulas 01 e 02 - Introdução à Parasitologia

Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Página 8

d.2) Endoparasitos- é aquele que se localiza nos sistemas circulatórios, respiratórios, digestivo,

urinário, genital, nervoso e musculatura. Ex. Ascaris, Trypanosoma, Toxoplasma.

Figura 7: Endoparasitas. A) Ascaris lumbricóides no trato digestório, B.) Toxoplasma gondii no olho, C) Trypanosoma

cruzi na circulação sanguínea.

e) Em relação ao hospedeiro

e.1) Hospedeiro definitivo- o ciclo ocorre num único hospedeiro e não há necessidade de outros

hospedeiros para transporte ou desenvolvimento. Ex. Ascaris lumbricóide (ver Figura 1)

e.2) Hospedeiro intermediário- ocorre evolução em outro Hospedeiro que não o definitivo.

Ex.Taenia e Toxoplasma. (ver Figuras 2, 3 e 4)

f.) Em relação ao vetor

Vetor é todo ser vivo capaz de transmitir um agente infectante.

f.1) Vetor ativo: quando atua como transmissor. Ex. Aedes aegypti (Vetor da Dengue), Barbeiro

(Vetor de Doença de Chagas)

f.2) Vetor Passivo: o vetor não é infectado pelo agente infectante, mas causa a infecção de outra

espécie. É o ser vivo que serve de refúgio temporário e de veículo para aceder ao hospedeiro

definitivo. O parasita não evolui nesse e portanto, não é imprescindível para completar o ciclo

vital, ainda que geralmente aumenta as possibilidades de sobrevivência e transmissão.

Ex. Formigas, moscas, abelhas.

g.) Quanto Ao Ciclo Biológico

g.1) Direto: quando ocorre no hospedeiro definitivo. Ex. Ascaris lumbricóide (ver Figura 1)

A B C

Page 9: TECMED - Cursos Profissionalizantes - Marilanda Bellini ... · (ver Figuras 2, 3 e 4) f.) Em relação ao vetor ... Doença é um desequilíbrio da relação parasito – hospedeiro

TECMED - Cursos Profissionalizantes

Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II

Aulas 01 e 02 - Introdução à Parasitologia

Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Página 9

g.2) Indireto: quando necessita de um ou mais hospedeiros intermediários e um definitivo. Ex.

Taenia e Toxoplasma (ver Figuras 2, 3 e 4)

Tipos de Ação dos Parasitas

a) Mecânica

Traumática, obstrutiva ou compressiva.

É exercida principalmente por grandes parasitos.

Ex. Dioctophyma renale

Figura 8: Ciclo de vida de Dioctophyma renale. Parasita destrói o parênquima renal causando edemas e retenção de toxinas.

b) Ação Tóxica

Ocorre através de liberação de substâncias excretadas,como anticoagulantes, metabólitos,

restos celulares, enzimas. Ex. Clostridium tetani, Clostridium botulinum

c) Ação Espoliativa

Pode ser direta ou indireta, por competição na alimentação, através de absorção de

alimentos já ingeridos e digeridos. Ex. Hematofagismo ou Histiofagismo.

d) Ação Irritativa

É provocada pela presença constante dos parasitos nos tecidos do hospedeiro. Ex. Ação

dos lábios de Toxocara canis.

Page 10: TECMED - Cursos Profissionalizantes - Marilanda Bellini ... · (ver Figuras 2, 3 e 4) f.) Em relação ao vetor ... Doença é um desequilíbrio da relação parasito – hospedeiro

TECMED - Cursos Profissionalizantes

Curso: Análises Clínicas Disciplina: Parasitologia Módulo: II

Aulas 01 e 02 - Introdução à Parasitologia

Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Página 10

Parasitismo e Doenças

O parasita pode ou não determinar danos no hospedeiro.

Doença é um desequilíbrio da relação parasito – hospedeiro.

O caráter patogênico do parasitismo é incidental e não deve ser incluído em sua definição.

Parasitas pouco evoluídos podem matar o seu hospedeiro, e conseqüentemente, também

morrem. Parasitas mais evoluídos produzem infecções assintomáticas ou pouco sintomáticas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS):

− Infecção é endoparasitismo

− Infestação é ectoparasitismo

Causas que contribuem para o aumento das parasitoses

− Crescimento desordenado das cidades;

− Condições de vida e higiene das comunidades;

− Hábitos e costumes das pessoas;

− Falta de abastecimento de água, esgotos, coleta de lixo, tratamento dos dejetos;

− Moradia inadequada;

− Salários insuficientes,

− Nutrição deficiente.

Bibliografia Recomendada

• Neves, D. P. et al., Parasitologia Humana,

Editora Atheneu, 11ª. Edição, 2010.

• Cimerman, B. & Cimerman, S.,

Parasitologia Humana e seus

Fundamentos Gerais, Editora Atheneu, 2ª.

Edição, 2002.