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Radiologia
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FACULDADE JK
UNIDADE SAMAMBAIA/DF
Tecnólogo em Radiologia
Técnicas Modernas de Tratamento
RADIOTERAPIA
Professora: Simone Cristina Tavares
Aluna: Regina Conceição Barbosa
Matrícula: 201210278
Brasília/DF, 06 de Dezembro de 2013
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SUMÁRIO
Introdução -------------------------------------------------------------------------------------03
Radiocirurgia----------------------------------------------------------------------------------04
Eletronterapia---------------------------------------------------------------------------------06
IMRT – Radioterapia por Intensidade Modulada ---------------------------------------08
IGRT – Radioterapia Guiada por Imagem------------------------------------------------09
Referências Bibliografias -------------------------------------------------------------------12
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INTRODUÇÃO
Ao longo dos tempos, foram desenvolvidas diversas técnicas de tratamento para as mais variadas doenças.
Neste trabalho, apresentarei quatro das mais modernas técnicas de tratamento com uso de radiação, a Radiocirurgia, a Eletronterapia, a IMRT (Radioterapia por Intensidade Modulada do feixe) e, a IGRT (Radioterapia Guiada por Imagem).
A remoção de tumores e a correção de malformações arteriovenosas em áreas centrais do cérebro representam importantes desafios da medicina. Uma das principais dificuldades desse tipo de cirurgia é obter acesso à estrutura comprometida sem causar danos importantes ao restante do tecido cerebral.
Alguns recentes avanços tecnológicos colaboraram para a solução desses problemas. Hoje, a tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética são capazes de localizar as lesões no interior do cérebro com precisão milimétrica, enquanto a integração dessas imagens por meio de sofisticados programas de computação permite orientar espacialmente seu tratamento.
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RADIOCIRURGIA
Radiocirurgia é uma forma de tratamento que utiliza radiações ionizantes,
dirigidas por um sistema de coordenadas espaciais (estereotaxia) para atingir
tumores, malignos ou benignos, e malformações arteriovenosas, em regiões
profundas do cérebro. Além disso, a radiocirurgia pode ser utilizada na correção de
distúrbios funcionais, sendo aplicada a determinadas áreas do cérebro com o objetivo
de normalizar sua atividade.
A radiação é aplicada externamente, não havendo necessidade de abrir o
crânio para alcançar a área a ser tratada. O Serviço de Radiocirurgia do Hospital
Albert Einstein utiliza ace-leradores lineares como fonte de radiação. Os raios são
emitidos pela extremidade do acelerador (Gantry) e orientados por colimadores com
diâmetros variáveis.
Como a radiação é dirigida?
As imagens obtidas por tomografia computadorizada, ressonância nuclear
magnética ou arteriografia identificam a lesão no interior do cérebro. A região a ser
tratada é reconhecida, assim como as estruturas que devem ser evitadas pela
radiação.
A radiocirurgia é um procedimento que exige muita precisão na localização
do alvo a ser irradiado e no posicionamento e imobilização do paciente. Para isso,
um anel metálico (estereotáxico) é fixado externamente ao crânio, oferecendo
referências espaciais de fácil identificação que permitem exatidão no direcionamento
dos raios.
Nos casos em que a radiocirurgia é aplicada em múltiplas sessões, o arco não
é fixado diretamente ao crânio do paciente, mas preso a uma máscara, colocada
apenas durante os procedimentos. Os raios são focados sobre a lesão-alvo, sendo
orientados pelas coordenadas obtidas durante o planejamento.
Em que a radiocirurgia difere da radioterapia convencional?
A grande diferença está na forma como os raios são aplicados. Enquanto a
radioterapia convencional direciona os raios por meio de posições fixas, fracionando
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as doses ao longo de algumas poucas semanas, a radiocirurgia é realizada em uma
única sessão, ou em algumas poucas sessões, com a aplicação de altas doses de
radiação, variando-se a posição do feixe de raios durante o procedimento.
Quais as etapas do tratamento?
Cada paciente é avaliado por uma equipe multidisciplinar formada por
radioterapeutas, neurologistas, neurocirurgiões, físicos, radiologistas e oncologistas
clínicos, que consideram os possíveis benefícios do procedimento e os riscos
envolvidos.
Confirmada a indicação, inicia-se o planejamento da radiocirurgia. Nessa
etapa, o paciente é submetido à fixação do arco metálico (estereotáxico) em sua
cabeça, realizando novos exames de imagem. A estrutura a ser tratada (volume-
alvo), identificando os tecidos mais sensíveis à radiação, que devem ser evitados. O
planejamento define o número de arcos de radiação, a distribuição das doses e as
coordenadas para localização do alvo.
A radiocirurgia é realizada em seguida. O arco estereotáxico é retirado
imediatamente após o procedimento, antes que o paciente retorne ao quarto. No
quarto, o paciente é atendido por uma equipe de enfermagem especialmente treinada
para acompanhá-lo, recebendo alta no mesmo dia. O paciente pode retomar suas
atividades em poucos dias.
Como é realizada a radiocirurgia?
O paciente é deitado sobre a mesa de tratamento, junto ao aparelho de
radioterapia (acelerador linear). O anel metálico externo é fixado à mesa. Durante a
aplicação, o Gantry descreve rotações em torno da cabeça do paciente, produzindo
arcos de radiação focados no volume-alvo. A mesa sobre a qual o paciente se
encontra também é móvel e gira no plano horizontal, criando novos arcos de radiação
sobre o volume-alvo.
A multiplicidade de arcos de radiação empregada durante o procedimento
permite que se concentrem altas doses de radiação nas áreas sob tratamento,
enquanto o restante do cérebro recebe doses muito baixas. As estruturas mais
sensíveis, previamente reconhecidas, são poupadas pelos arcos de radiação.
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Quais as vantagens da radiocirurgia?
A radiocirurgia aplica uma alta dose de radiação na área a ser tratada,
poupando em grande parte os tecidos normais do cérebro. Isto é, trata-se de um
procedimento que combina alta eficácia e boa tolerabilidade. Além disso, na
radiocirurgia é possível tratar mais de uma lesão no mesmo procedimento.
Quando a radiocirurgia é indicada?
A radiocirurgia pode ser utilizada para o tratamento de malformações
arteriovenosas cerebrais, tumores cerebrais benignos de difícil dissecção, tumores
malignos primários e metastáticos do cérebro e da base do crânio, além de doenças
funcionais do cérebro. Além disso, existem diversos estudos em andamento para
avaliar os benefícios da radiocirurgia no
ELETRONTERAPIA
A radioterapia intra-operatória (eletronterapia intra- operatória - E.T. I.)
consiste na aplicação de dose única de radiação, durante o ato cirúrgico, no tecido
vizinho à massa tumoral removida.
Esta modalidade de tratamento já é preconizada desde 1999 pelo Instituto
Europeu de Oncologia em Milão. A Aplicação é feita em uma sala de cirurgia,
especialmente blindada contra vazamento da radiação, e o feixe de elétrons é
aplicado através de um acelerador linear de dimensões reduzidas e móvel – o
NOVAC 7.
Após seleção criteriosa da paciente e do seu consentimento pós informado, é
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feita a marcação radioguiada da lesão na mama (tumores não palpáveis) e do
linfonodo sentinela no pré-operatório. A cirurgia consiste na quadrantectomia
clássica com avaliação de margens cirúrgicas no intra-operatório e biópsia
radioguiada do linfonodo sentinela. Sendo a biópsia de congelação negativa,
prossegue-se o preparo do leito a ser irradiado e posteriormente a preparação para
aplicação de elétrons na sala de radioterapia, o que dura em torno de sete minutos.
A indicação da eletronterapia intra-operatória é nos casos de carcinoma ductal
infiltrativo menor que 3 cm com linfonodo sentinela negativo no exame de
congelação. O procedimento pode ser feito em pacientes com idade superior a 40
anos, com tumores sem comprometimento de pele, ausência de componente
intraductal extenso, com lesão circunscrita na mamografia, ultra-sonografia e
ressonância nuclear magnética e comprovação de margens cirúrgicas livres.
As principais vantagens consistem no tempo reduzido para o tratamento,
diminuição da toxicidade local aguda e crônica, redução do intervalo para a
quimioterapia adjuvante, redução de custos, proteção contra recidiva local e ausência
de irradiação de tecido sadio das demais partes da mama e dos órgãos torácicos.
A radioterapia intra-operatória da mama propicia um menor tempo de
tratamento e conseqüentemente menor trauma à mulher. Melhorando sua qualidade
de vida e fazendo-a retomar mais rapidamente as suas atividades habituais. Portanto,
a E.T.I. torna-se cada vez mais promissora, tornando-se uma ferramenta fundamental
no tratamento do carcinoma inicial de mama.
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RADIOTERAPIA COM INTENSIDADE MODULADA IMRT
A Radioterapia de Intensidade Modulada – IMRT é uma avançada
modalidade de tratamento altamente preciso que permite administrar altas doses de
radiação aos volumes-alvos, quer seja tumores grosseiros principais, visíveis em
exames de imagem (GTV), que seja em regiões de alta probabilidade de dispersão
celular (CTV), minimizando as doses nos tecidos normais adjacentes de forma muito
eficaz.
Tomografias Computadorizadas de Planejamento (TC) são enviadas a
modernos sistemas de planejamento 3D para definição dos volumes-alvos e órgãos
de risco. Para auxiliar nesse processo, outras modalidades de imagens podem ser
requeridas, como Ressonância Nuclear Magnética (RNM) ou Tomografia por
Emissão de Pósitrons (PET) e PET 4D, que são fundidas com a Tomografia de
Planejamento.
O planejamento é feito de uma maneira inversa, na qual são prescritas aos
volumes-alvo doses mínimas e máximas necessárias ao controle tumoral, além de
serem prescritas também doses máximas aos órgãos de risco, com base em restrições
bem estabelecidas de probabilidade de complicações. Com isso, a distribuição de
dose ajusta-se mais precisamente em torno do tumor ou em volumes-alvo em três
dimensões, por meio da modulação ou do controle da intensidade da radiação em
pequenos múltiplos volumes de cada campo.
Em geral, é utilizado cerca de cinco a nove campos de radiação, orientados
em torno do paciente e administrados em aceleradores lineares com Sistemas de
Colimação de Múltiplas Folhas – MLC. O paciente permanece imóvel sobre uma
mesa de tratamento e são feitas imagens para servir de guia na localização precisa do
paciente em relação às imagens de referência (IGRT) e para a visualização das
estruturas internas, que em alguns casos podem ser volumes móveis, como a próstata.
Como é possível reduzir a razão de dose e o volume irradiado em tecidos
normais, muitas vezes é permitido administrar doses maiores e mais efetivas aos
tumores com poucos efeitos colaterais, se comparados com técnicas de radioterapia
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convencional.
Atualmente, a IMRT é indicada principalmente para o tratamento de tumores
de próstata e de cabeça e pescoço, tumores ginecológicos, gastrointestinais e tumores
do sistema nervoso central. Esse tipo de terapia também pode ser um poderoso aliado
no tratamento de tumores pediátricos, devido à alta capacidade de redução de
dosagem em tecidos sadios.
Trata-se de uma técnica altamente complexa, na qual um grande número de
profissionais são envolvidos, como: radioterapeuta, físicos-médicos, dosimetristas,
técnicos de radioterapia e enfermeiros.
A complexidade do processo implica na verificação precisa da dose que será
administrada ao paciente, por meio de controles de qualidade executados pelo físico-
médico, para cada plano.
RADIOTERAPIA GUIADA POR IMAGEM IGRT E GATING
A Radioterapia Guiada por Imagens (IGRT) surgiu da necessidade de
localizar de forma mais precisa o tumor ou os órgãos internos acometidos no instante
do tratamento, para que houvesse melhor correlação com as imagens de referência.
Dependendo da região a ser irradiada ou propriamente da anatomia do
paciente, é possível que existam variações entre o posicionamento do paciente ou do
órgão-alvo durante a Tomografia de Referência, e nos subsequentes dias de
tratamento, como, por exemplo, quando se trata de tumores prostáticos, em que a
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próstata pode se movimentar internamente em função das mudanças fisiológicas do
reto e da bexiga, que estão intimamente próximos ao órgão. Essa movimentação pode
ser expressiva entre diferentes frações e, por isso, necessitam de controles mais
aprimorados.
A IGRT pode ser indicada para auxiliar em tratamentos que requerem extrema
precisão, como a Radiocirurgia de Dose Única ou com máscara e a Radiocirurgia
Estereotáxica Corpórea – SBRT.
O Sistema Exactrac 6D® Brainlab, instalado no acelerador linear 6EX, que é
formado por um conjunto de dois equipamentos de raios X, dois painéis detectores
de alta resolução e um sistema de emissão e detecção de infravermelhos. A
Tomografia de Referência, utilizada para planejamento e contendo os alvos, é
enviada ao sistema para que sejam reconstruídos os mesmo planos que serão
adquiridos durante o tratamento. Duas radiografias ortogonais são feitas, com o
paciente em posição de tratamento, e comparadas àquelas geradas pelas imagens da
Tomografia de Referência. O sistema calcula as diferenças na posição do paciente,
em todas as direções – vertical, longitudinal e lateral –, e se existem giros,
inclinações ou rotações. A mesa de tratamento é automaticamente corrigida,
direcionando o paciente à posição correta, e novas imagens são realizadas para
garantir um grau de localização submilimétrico.
O Sistema OBI® – Varian utiliza dois braços robóticos instalados no
acelerador linear 23EX. Em um braço está instalado o tubo emissor de raios X de
baixa dosagem e no outro um detector de alta resolução de silício amorfo. Com esse
sistema, é possível fazer radiografias ortogonais na parte anterior e na lateral, para
orientar em relação ao posicionamento do paciente ou realizar uma Tomografia
Computadorizada com Feixes Cônicos – CBCT na mesa de tratamento. Os raios X
são comparados com reconstruções digitais (DRR) do mesmo plano obtidos a partir
da Tomografia de Referência, e o CBCT comparado com a própria Tomografia de
Referência, dando informações também em seis dimensões. Certos tumores se
movimentam em função da respiração, como alguns tumores de pulmão e fígado.
Quando há a necessidade de sincronização da radiação com o movimento
respiratório, utilizamos o Sistema Gating ou Respiratory Phase Motion (RPM) –
Varian, instalado nos aceleradores lineares 6EX e 23EX. Esse sistema consiste de 10
uma câmara emissora e um detector de infravermelhos que capturam os movimentos
respiratórios executados pelo tórax do paciente.
Durante a Tomografia 4D, é necessário um padrão de respiração, em que
diversas imagens são adquiridas com a mesma posição de mesa, porém em dez fases
do ciclo respiratório – desde a inspiração, expiração e novamente a inspiração. Para
isso, uma pequena caixa transparente à radiação e reflexiva aos infravermelhos fica
posicionada sobre o tórax ou o abdômen do paciente, e o movimento de subida e
descida do tórax é capturado por câmeras instaladas no aparelho de tomografia.
É possível definir somente uma pequena fase ou janela (gate) do ciclo
respiratório em que o feixe é liberado, como no final da expiração, para poupar uma
parte de volume sadio que está se movimentando junto com o tumor.
São selecionadas somente imagens da fase que serão irradiadas e enviadas
para o sistema de planejamento, que é executado e enviado ao acelerador para
tratamento.
Durante o processo, o feixe somente poderá ser liberado no mesmo instante
em que foi planejado, e para isso a caixa reflexiva é posicionada no tórax do
paciente, novamente o padrão respiratório se faz necessário. O feixe será liberado
somente quando estiver na mesma fase do ciclo respiratório, poupando assim grandes
volumes de tecido sadio.
Esse tipo de terapia é indicado principalmente para tumores que possuem
movimentações maiores que 2 cm para qualquer lado.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Fonte/Internet:
www.lucrativa.com.br
www.hportugues.com.br
www.einsten.br
pt.wikipedia.org
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