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Número 106 - Jul/Ago de 2005 - Ano XXIV ÓRGÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO Avenida Paulista, 688 - Térreo - CEP 01310-909 - São Paulo - SP VIAGEM A CUBA TÉCNICOS EM ESTOMATOLOGIA NÃO TÊM ACESSO À CAVIDADE BUCAL Delegação brasileira de cirurgiões-dentistas foi a Cuba conferir in loco trabalho dos técnicos em Estomatologia. A viagem serviu para que as lideranças odontológicas comprovassem que até mesmo os profissio- nais daquele país, que têm formação superior de cinco anos, não pos- suem competência para mexer na cavidade bucal, ao contrário do que propõe o projeto de lei 1140/2003, que permite os técnicos de saúde bucal atuarem em área privativa dos cirurgiões-dentistas. Represen- tantes do Crosp, da ABCD, da ABO nacional e do Grupo Brasileiro de Professores de Dentística participaram de inúmeras reuniões com es- pecialistas e professores cubanos Pág. 4 PROGRAMA DE VALORIZAÇÃO O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo está enviando aos inscritos 70 mil manuais e 2.100.000 fôlderes sobre câncer bucal, além de adesivos (veja abaixo) do programa de valorização da classe. O Crosp espera que com esse material, a importância da profissão seja difundida no Estado Pág. 15 ANS Representantes do Crosp e ABCD reuni- ram-se com presidente da Agência Na- cional de Saúde sobre operadoras de saúde e Golden Cross Pág. 9

TÉCNICOS EM ESTOMATOLOGIA - crosp.org.br · expedidos os parâmetros da competência de cada um. O Crosp sempre foi a favor da regulamentação legal das profissões. E mais: nós

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Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 1

Número 106 - Jul/Ago de 2005 - Ano XXIV

ÓRGÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO

Avenida Paulista, 688 - Térreo - CEP 01310-909 - São Paulo - SP

VIAGEM A CUBA

TÉCNICOS EM ESTOMATOLOGIA NÃO TÊM ACESSO À CAVIDADE BUCAL

Delegação brasileira de cirurgiões-dentistas foi a Cuba conferir in locotrabalho dos técnicos em Estomatologia. A viagem serviu para que as lideranças odontológicas comprovassem que até mesmo os profissio-nais daquele país, que têm formação superior de cinco anos, não pos-suem competência para mexer na cavidade bucal, ao contrário do que propõe o projeto de lei 1140/2003, que permite os técnicos de saúde bucal atuarem em área privativa dos cirurgiões-dentistas. Represen-tantes do Crosp, da ABCD, da ABO nacional e do Grupo Brasileiro de Professores de Dentística participaram de inúmeras reuniões com es-pecialistas e professores cubanos

Pág. 4

PROGRAMA DE VALORIZAÇÃOO Conselho Regional de Odontologia de São Paulo está enviando aos inscritos 70 mil manuais e 2.100.000 fôlderes sobre câncer bucal, além de adesivos (veja abaixo) do programa de valorização da classe. O Crosp espera que com esse material, a importância da profissão seja difundida no Estado Pág. 15

ANSRepresentantes do Crosp e ABCD reuni-ram-se com presidente da Agência Na-cional de Saúde sobre operadoras de saúde e Golden Cross

Pág. 9

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4 ANS Crosp é convidado pela ANS a rever rol de procedimentos odontológicos

6 PROFISSÃO Conselhos de Odontologia apresentam substitutivo ao PL 1140/03

7 PROTESTO Cirurgiões-dentistas enviam abaixo-assinados contra o projeto de lei

9 CUBA Delegação brasileira constata que técnico em Estomatologia não mexe na boca

15 PROGRAMA Crosp envia para inscritos material sobre o Programa de Valorização

18 COMUNICADO Lei proíbe autarquias federais de fazerem planos de saúde para a classe

21 CURTAS Dra. Maritza Sosa, Coordenadora Nacional de Estomatologia de Cuba, visita o Crosp

24 CONSELHO Trabalho de conselheiro exige muita dedicação

CRO/SP

CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO

Avenida Paulista, 688 – TérreoTel Tronco-Chave: (11) 3549-5500CEP 01310-909 - São Paulo - Brasil

www.crosp.org.br

Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo

ExpedientePRESIDENTE

Dr. Emil Adib Razuk

SECRETÁRIODr. Luiz Roberto Cunha Capella

TESOUREIRODr. Francisco Couto Mota

CONSELHEIROSDr. Ideval Serrano

Dr. Cláudio Yukio MiyakeDra. Neide Aparecida Salles Biscuola

Dr. Adriano Albano ForghieriDra. Maria Lucia Zarvos Varellis

Dr. Luiz Fernando de Souza P. PapaizDr. Paulo Saquy

Dr. Rogério Adib KairallaDr. José Mario Baldo

Dr. Marco Antônio RoccoDra. Eunice Cristina GardieriDr. Marco Antonio Manfredini

Projeto Gráfico, Diagramação e Edição

Comunicação Expandindo Horizontes

Tel: (11) 4152-8494E-mail: [email protected]

Editor responsável: H. Carrijo (MTb 17.396)Colaboradora: Patrizia Rigonati

Assessoria de Imprensa E-mail: [email protected]

Tel: (11) 3549-5561Fotolitos e Impressão

OESP Gráfica S.A.Av. Prof. Celestino Bourrul, 100 - São Paulo

Tiragem90.000 exemplares

TRONCO-CHAVE3549-5500

Cobrança3549-5501

até 3549-5507

Contabilidade3549-5508

até 3549-5511

Contas a Pagar3549-5512

e 3549-5513

CPD3549-5514

até 3549-5518

Especialidades3549-5519

até 3549-5522

Atendimento3549-5524

até 3549-5526

Inscrição e Registro3549-5527

até 3549-5539

Odontologia Empresarial3549-5540

até 3549-5543

Seccionais3549-5545

e 3549-5546

Secretaria3549-5548

até 3549-5550

Marketing3549-5551

Compras3549-5552

até 3549-5554

Fiscalização3549-5558

até 3549-5560

Imprensa3549-5561

e 3549-5562

Financeiro3549-5563

Tesouraria3549-5565

Comissão Ética3549-5566

até 3549-5572

Recursos Humanos3549-5573

e 3549-5574

Licitação3549-5579

Jurídico3549-5580

até 3549-5583

TELEFONES DO CROSP

ÓRGÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO

ÍNDICE

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Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 3

O projeto de lei 1140/2003 motivou a reação da classe odontológi-

ca, tendo sido enviadas ao Congresso 8.744 assinatura em abaixo-assinados,

mais de 1.500 e-mails, telegramas e cartas em protestos aos dispositivos que

interferiam na área de competência dos cirurgiões-dentistas. Note-se que

a enxurrada de documentos não foi contra a regulamentação da profissão

de técnico de saúde bucal, nem dos auxiliares, pois é importante que sejam

expedidos os parâmetros da competência de cada um. O Crosp sempre

foi a favor da regulamentação legal das profissões. E mais: nós propusemos

que fossem estendidas as atribuições dos técnicos, incluindo áreas como a

Radiologia odontológica e odontologia Hospitalar, para ampliar o mercado

de trabalho.

Acontece que vários colegas vinham defendendo o texto inicial do

projeto de lei 1140/2003 com invasão da área de competência dos cirur-

giões-dentistas, sob a alegação de que ‘em Cuba é assim’. Para conferir,

resolvemos aproveitar o convite da embaixada cubana e verificar a situação

existente na ilha caribenha.

Fomos. Permanecemos seis dias só trabalhando, visitando todas as

instituições, faculdades, escolas, clínicas... Conclusão: na atualidade, em

Cuba, nenhum técnico põe a mão na boca do paciente, nem concorre com

os cirurgiões-dentistas, e, sim, os auxiliam.

Além desse assunto polêmico, os colegas também poderão tomar

conhecimento de nossa reunião com a ANS e com o Secretário Estadual

de Saúde. Nesta edição, estamos demonstrando o grande esforço da nossa

entidade para a solução de problemas urgentes, tendo sido o Crosp convi-

“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”

EDITORIAL

dado pela ANS a participar de um

grupo técnico para rever o rol de

procedimentos odontológicos,

que constitui referência

mínima de cobertura

por parte das operadoras de planos privados de saúde em sete áreas: Dentís-

tica, Implantodontia, Estomatologia (Semiologia), Radiologia, Odontope-

diatria, Pacientes Especiais e Cirurgia.

Estamos atuando em várias áreas, tentando a solução dos problemas

da classe.

E dentro de alguns dias, estaremos distribuindo para os cirurgiões-

dentistas o material do Programa de Valorização da Odontologia e do

Câncer Bucal.

Leia com atenção o ‘Novo Crosp’. Nele estão informações impor-

tantes, que os colegas devem acompanhar.

Nós procuramos fazer a nossa parte e, graças a Deus, temos contado

com o apoio, a compreensão e a ajuda dos profissionais da Odontologia.

Um abraço cordial do

Emil Adib Razuk

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POLÍTICA

ANS recebeu, dia 23 de junho, lideranças da Odontologia e prometeu empenho para atender reivindicações da classe

Crosp é convidado a rever rol de procedimentos odontológicos da Agência Nacional de Saúde

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo foi convidado pela Agência Nacional de

Saúde Suplementar a participar de reunião técnica em 4 de agos-to, na sede deste órgão, no Rio de Janeiro. A finalidade da reu-nião foi formar um grupo técnico para rever o rol de procedimentos odontológicos, que constitui a referência mínima de cobertura destes procedimentos por parte das operadoras de planos privados de saúde. Criado a partir da Lei Fe-deral nº 9656/98, a lista sofreu três alterações em 1998, 2000 e 2002. Segundo a ANS, as deman-das apresentadas para o debate atual são: a inclusão de exames complementares, a cobertura em nível hospitalar para tratamen-to de pacientes especiais, a faixa etária diferenciada para os planos odontológicos e a nota técnica atuarial para os produtos odonto-lógicos. A reunião contou com representantes de diversas áreas técnicas da ANS e do Ministério da Justiça, do CFO, FNO, FIO, ABO Nacional, Sinog, Uniodon-to, Fenaseg, Unidas e do Fórum Nacional de Procons. Representa-do pelo seu presidente, Dr. Emil Adib Razuk, e pelo conselheiro Dr. Marco Antonio Manfredini, o Crosp foi convidado a partici-par do trabalho do Grupo Técni-co de Odontologia, que elaborará proposta para ser deliberada pela Câmara Técnica da ANS. O Crosp sugeriu que o

Conselho Nacional de Saúde e a Coordenação Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde fos-sem incorporados ao referido gru-po técnico de revisão, o que foi aprovado. Após a reunião, os repre-sentantes do Crosp realizaram outro encontro com o assessor especial da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos (Di-pro), Hermínio Mendes, para tra-tar de processos em andamento na agência. Entre estes temas, desta-ca-se o processo administrativo em curso na ANS sobre a ofer-ta de atendimento odontológi-co gratuito por parte da Golden Cross e os subsídios para estudos técnicos a fim de possibilitar a

participação dos cirurgiões-dentis-tas nos lucros das operadoras.Reunião - Dr. Fausto Pereira dos Santos, rece-beu uma comissão de líderes da Odontologia brasileira para discu-tir alguns pontos de interesse não só da classe, mas da população. Por intermédio do conselheiro do Crosp, Dr. Marco Antonio Man-fredini, a audiência foi realizada no dia 23 de junho, na sede da ANS, no Rio de Janeiro. O Con-selho Regional de Odontologia de São Paulo, na figura de seu presi-dente, Dr. Emil Adib Razuk, e de seu secretário, Dr. Luiz Roberto Cunha Capella, convidou outras

entidades da classe a compor a comitiva. Apenas a Associação Brasileira dos Cirurgiões-Dentis-tas, representada pelo presidente da entidade, Dr. Luciano Artioli Moreira, aceitou comparecer. A boa receptividade do Dr. Fausto e do assessor técni-co da ANS, Hermínio Mendes, permitiu a fluência da reunião. Dr. Emil apresentou três questões consideradas importantes e ur-gentes de serem resolvidas. A co-meçar pela irregularidade dos pla-nos de saúde veiculados na mídia

O

O presidente da ANS, Dr. Fausto Pereira dos Santos, acompanhado do assessor especial da Dipro, Hermí-nio Mendes, recebeu em audiência os conselheiros Dr. Emil Adib Razuk, Dr. Luiz Roberto Cunha Capella e Dr. Marco Antonio Manfredini, e o presidente da ABCD, Dr. Luciano Artioli

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Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 5

POLÍTICApela Golden Cross desde 2003. A propaganda oferecia plano odon-tológico gratuito por um ano para quem contratasse o plano médico. Além de ferir o Código de Ética Odontológica, que veda a oferta de serviço gratuito, a empresa co-metia outra ousadia por não estar autorizada a comercializar serviços odontológicos e por não possuir registro do Crosp nem tampouco na ANS. A autarquia reagiu de imediato e denunciou a propa-ganda desonesta. Mas a agilidade do Crosp parece não ter sido sufi-ciente para impedir tal irregulari-dade.

Dr. Emil Razuk solicitou ao presidente da ANS, Dr. Fausto Pereira dos Santos, medidas nesse sentido e lhe entregou mais um oficio pedindo informações sobre o caso Golden Cross. Foi coloca-da também a idéia de regulamen-tação dos contratos dos planos odontológicos, mercado que cres-ce de maneira acelerada. Levanta-mentos indicam que existem hoje no Brasil mais de seis milhões de usuários. Dr. Fausto assegurou aos líderes odontológicos que tomaria as devidas providências e fará “um extenso levantamento da situação da Golden na ANS, dos produtos e do registro” da empresa. “Se for

o caso, notificar e autuar”, garan-tiu. Operadoras de saúde – Outra questão colocada ao presidente da ANS, foi uma proposta apresen-tada, em setembro do ano passa-do, pelo Dr. Emil Razuk, e aceita pelo Sindicato Nacional das Em-presas de Odontologia de Grupo, de participação dos credenciados nos lucros das empresas. O Sinog propôs uma fórmula de reajuste dos procedimentos odontológicos

dos cirurgiões-dentistas com base no balanço financeiro das opera-doras. Antes, porém, que o Crosp e as entidades de classe se posi-cionem sobre essa equação, seria preciso ter acesso a esses balanços, que estão na Agência Nacional de Saúde. Dr. Fausto disse que vai analisar o pedido, mas ponderou que a maioria das operadoras, por serem de pequeno porte, não é obrigada a publicar seus balan-

Ofício sobre os exames laboratoriais re-cusados pelas operadoras de saúde

Ofício pede providências quanto à propaganda da Golden Cross

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POLÍTICA

Substitutivo ao projeto 1.140/03 inclui proposta do Crosp Em face da tramitação do projeto de lei 1.140/03 sobre a regulamentação da profissão do técnico e do auxiliar de saúde bucal no Congresso Nacional, foi realizada uma reunião no CFO, em Brasília, dia 28 de julho, com todos os Conselhos Regionais. Da reunião saiu um substitutivo ao projeto. O Con-selho Regional de Odontologia de São Paulo, autarquia que re-presenta os cirurgiões-dentistas, técnicos em prótese dentária, técnicos em higiene dental, au-xiliares de consultório dentário e auxiliares de prótese dentária, regularmente inscritos neste Es-tado, defende que o projeto seja intensamente debatido para seu aperfeiçoamento e para que sua posição final seja a mais con-sensual possível. O Crosp foi representado pelo seu presiden-te Dr. Emil Adib Razuk e pelo

seu secretário Dr. Luiz Roberto Cunha Capella. Devido à polêmica, o Crosp sugeriu alternativas que ampliassem as atribuições do exercício profissional dos téc-nicos de saúde bucal em áreas como a Radiologia Odontoló-gica e Odontologia Hospitalar. Desta forma, os TSB´s pode-riam ter o seu mercado de tra-balho ampliado nos serviços privados. Em relação às atribui-ções descritas na redação origi-nal e no substitutivo, o Crosp defende que seja estabelecida uma proporcionalidade na re-lação CD/TSB e a alteração na redação dos procedimentos po-lêmicos, que têm sido levanta-dos nas reuniões de debate so-bre o projeto de lei. Ao mesmo tempo, o Crosp tem mantido contatos permanentes com o Deputado

Marcelo Barbieri e o conjunto das entidades odontológicas, propondo que eventuais in-correções sejam equacionadas, visando a defesa dos interesses dos profissionais envolvidos e a qualidade dos serviços presta-dos à população. O documento aprovado em Brasília, com 12 artigos, incorporou proposta apresentada pelo Crosp, que dispõe sobre a paridade de um técnico de saúde bucal para um cirurgião-dentista. O artigo 7° diz que “o técnico em saúde bu-cal exerce sua atividade, sob a supervisão do cirurgião-dentista na relação de um TSB para cada CD”. O artigo 6° do substitu-tivo soluciona a questão da área privativa do cirurgião-dentista, vedando ao técnico em saú-de bucal exercer a atividade de forma autônoma; prestar assis-

tência direta ou indireta ao pa-ciente, sem a indispensável su-pervisão do cirurgião-dentista; realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não discriminados no art. 5º desta lei; e fazer propaganda de seus serviços, exceto em revistas, jor-nais e folhetos especializados da área odontológica. O documento final foi entregue ao relator do projeto, Deputado Federal Marcelo Bar-bieri, no último dia 6 agosto, em Araraquara. O parlamentar recebeu em seu escritório polí-tico uma comissão de represen-tantes da classe: Dr. Emil Adib Razuk e Prof. Dr. Luiz Roberto Cunha Capella (Crosp), Prof. Dr. Raphael Baldacci Filho (ABCD), Dr. Ueidi Fontana e Dr. Ernani Bezerra (Federação Nacional dos Odontolgistas) e Dr. Wilson Chediek (ABCD).

ços. Ele sugeriu que as entidades, como o Crosp e a ABCD, nego-ciem com o Sinog quais os dados que as empresas autorizam para serem divulgados. Segundo ele, esse entendimento em São Paulo seria uma referência para o resto do país. Ele dá o exemplo do que acontece dentro dos planos médi-cos, o que para ele é uma situação perversiva. “As operadoras pagam uma mixaria por uma diária de um hospital. Se essa relação não mudar, todos vão para o buraco”, advertiu.Exames laboratoriais – O Crosp também entregou um ofí-cio alertando a ANS para a recusa das operadoras de saúde de aceitar pedidos de exames laboratoriais de seus credenciados. Tais atitu-des desrespeitam as Resoluções 29/02 e 43/03 do CFO que proí-

bem qualquer objeção injustifica-da quanto à solicitação de exames complementares. “Os profissio-nais passam pelo constrangimento de ter que recorrer a um médico para conseguir que seu pacien-te realize os exames”, lembrou Dr. Emil. Dr. Fausto assentiu na queixa. Ao presidente da ANS foi proposto um ato normativo que regularizasse a situação. Dr. Emil Razuk sugeriu que se formasse uma comissão para analisar o caso e indicou o Dr. Artur Cerri, presidente da So-ciedade Paulista de Estomatologia e Câncer Bucal, para compor essa comissão. O presidente do Crosp adiantou que o Dr. Cerri tem um levantamento dos exames mais solicitados pelos cirurgiões-den-tistas, dados que poderão subsi-diar estudos sobre a matéria.Ofício do Crosp solicitando informações sobre as operadoras de saúde

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Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 7

PROFISSÃO

Cirurgiões-dentistas reagem a artigos polêmicos de projeto de lei que regulamenta a profissão de TSB e ASB

O relator do PL 1140/2003, Deputado Federal Marcelo Barbieri, recebeu os abaixo-assinados com 8.744 subscrições de profissionais de São Paulo

classe odontológica paulista atendeu ao apelo do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo e reagiu a aprovação de artigos do projeto de lei sobre a regulamentação da profissão de técnicos

de saúde bucal (TSB) e de auxiliar de saúde bucal (ASB) os quais interferem na competência do cirurgião-dentis-ta. O relator do projeto, Deputado Federal Marcelo Bar-bieri, recebeu nas últimas semanas, abaixo-assinados com 8.744 signatários (veja na próxima página) das 43 sec-cionais da autarquia. Não foram contabilizados os cerca de 1.500 e-mails e outras tantas manifestações enviadas diretamente ao gabinete do parlamentar sem cópia para o Crosp. Estima-se que sejam mais de 20 mil cartas, abai-xo-assinados e e-mails de todo o país contra a proposta. O Crosp encaminhou ofício ao deputado, no dia 13 de junho (veja ao lado), destacando a reação da classe. O ofício observa que pela reação da classe, “Vossa Exce-lência poderá aquilatar a insatisfação dos cirurgiões-den-tistas com os dispositivos que interferem na sua área de competência, e cujo exercício por pessoas não habilitadas poderá causar sérios prejuízos à saúde da população”. Pelo PL 1140/2003, o TSB teria autorização para praticar procedimentos que, executados por profissio-nais não habilitados, poderão lesar a saúde da população como o manuseio de aparelhos de laser. O projeto permi-te, ainda, ao TSB o controle de doenças bucais, o que é privativo dos CDs, e práticas profissionais como inserir, condensar, esculpir substâncias restauradoras, procedi-mentos que exigem conhecimentos e habilitação que só o cirurgião-dentista possui. Realizado por pessoa não ca-pacitada pode causar problemas periodontais, endodôn-ticos e ATM. Mais: não estabelece a proporcionalidade

A

Ofício encaminhado ao relator do projeto, Deputado Federal Marcelo Barbieri, infor-mando-o dos abaixo-assinados. Ao lado, telegrama do Deputado Federal, Cláudio Magrão, manifestando apoio à classe odon-tológica contra os termos do projeto

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PROFISSÃOentre cirurgião-dentista e técnico de saúde bucal, abrindo possibili-dades para que uma grande clíni-ca ou uma prefeitura pudesse, em tese, contratar oito TSBs e outros tantos ASBs para um só CD su-pervisionar. O ofício diz que a classe confia “no descortino de Vossa Excelência e no seu apurado senso de justiça, bem como dos ilustres membros da Comissão de Tra-balho, Administração e Serviços Públicos (da Câmara dos Deputa-dos), para escoimar o projeto dos dispositivos conflitantes”. Um dos membros da co-missão que analisa o projeto, De-putado Federal Cláudio Magrão (SP), líder da bancada do PPS, em telegrama encaminhado ao Crosp (veja na pág. 7), compro-mete-se a apoiar a classe. “Desde já, contem com meu total apoio, como membro titular da comis-são, principalmente por se tratar de reivindicações justas. Comu-nico-lhe que envidarei esforços juntos aos meus pares na Comis-são de Trabalho no sentido de al-terar o relatório do PL junto ao relator.(...) continuo à disposição em tudo que for para melhorar e valorizar nossos profissionais, de-fendendo os direitos dos mesmos no exercício de sua profissão”.

Abaixo-assinados contra o PL 1140/2003

SECCIONAIS QUANTIDADE

Araçatuba 85

Araraquara 385

Araras 591

Assis 507

Barretos 79

Bauru 375

Botucatu 76

Bragança Paulista 58

Campinas 335

Fernandópolis 341

Franca 151

Guarulhos 35

Ipiranga 733

Jaboticabal 177

Jaú 269

Jundiaí 103

Lapa 108

Lins 205

Marília 88

Mococa 24

Mogi das Cruzes 130

Mogi-Guaçu 75

Osasco 215

Piracicaba 526

Presidente Prudente 252

Registro 165

Ribeirão Preto 99

Santo Amaro 78

Santo André 139

Santos 554

S. B. do Campo 162

São Caetano do Sul 145

S. J. do Rio Preto 113

S. J. dos Campos 471

Sorocaba 109

Taubaté 376

Tupã 210

Vila Maria 200

Total Geral 8.744

O relator do PL 1140/2003, Deputado Federal Marcelo Barbie-ri, recebeu os abaixo-assinados dos cirurgiões-dentistas das seccionais do Crosp. Na foto, o relator em audiência no dia 28 de junho com o conselheiro secretário do Crosp, Dr. Luiz Roberto Cunha Capella. No dia 21, o deputado estivera em reunião com o presidente da autarquia, Dr. Emil Adib Razuk

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Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 9

Delegação brasileira de cirurgiões-dentistas visita Cuba para conferir a situação dos técnicos em Estomatologia

CUBA

Na foto de cima, delega-ção reúne-se com auto-ridades do Ministério da Saúde Pública. Ao lado, encontro com Dr. Arman-do de la Peña, diretor nacional de Estomatologia (o primeiro à esquerda)

Os profissionais cubanos, mesmo depois de cinco anos de curso superior, pouco farão na cavidade bucal

ma delegação brasileira formada por lideranças da classe odontológica esteve a Cuba do dia 3

a 10 de julho com o intuito de checar in loco as condições e a forma dos procedimentos dos técnicos em Estomatologia do país e obter referência para ana-lisar o projeto 1140/2003 sobre a regulamentação da profissão de técnico e assistente em saú-de bucal. A comissão, formada pelo presidente do Crosp, Dr. Emil Adib Razuk, pelo secre-tário, Dr. Luiz Roberto Cunha Capella, pelo Prof. Dr. Rubens Côrte Real de Carvalho, profes-sor associado da Faculdade de Odontologia da USP e membro do Grupo Brasileiro de Profes-sores de Dentística, pelo presi-dente da Associação Brasileira de Odontologia - Nacional, Dr. Norberto Lubiana, pelo pre-sidente do CRO-RN, Dr. Ri-cardo Luiz Araújo de Sá e pelo presidente da ABCD (Associa-ção Brasileira dos Cirurgiões-

U

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CUBA

Na Faculdade de Tecnologia da Saúde, a partir da esquer-da: Dr. Norberto Lubiana, Dr. Ricardo Luiz Araújo de Sá, Dra. Maritza Rosales, da Direção Nacional de Estomato-logia, Dr. Emil Adib Razuk, Dr. Julio Pineda, diretor da Faculdade de Tecnologia da Saúde do Instituto Superior de Ciências Médicas de Havana, Dr. Luciano Artioli, Dr. Rubens Côrte Real de Carvalho e Dr. Luiz Roberto Cunha Capella

Dentistas), Dr. Luciano Artioli Moreira, concluiu que atualmente o técnico em saúde bucal não tem autorização para efetuar qualquer procedimento direto no paciente. A comissão visitou esco-las, policlínicas, clínicas estomatológicas, faculda-des e centros de reabili-tação (veja box com pro-grama de atividades) para levantar profundamente dados e informações sobre os procedimentos odon-tológicos. As reuniões foram realizadas com os especialistas Dr. Arman-do Mojáiber de la Peña, diretor nacional de Esto-matologia do Ministério da Saúde Pública; Dra. Maritza de la Caridad Sosa Rosales, da Direção de Estomatologia do mi-nistério; Dr. Júlio A. Por-tal Pineda, Diretor da Fa-culdade de Tecnologia da Saúde do Instituto Supe-rior de Ciências Médicas de Havana; e Dra. Maria Estrella Marin Quintere, Subdiretora da Clínica Estomatológica Juan Ma-nuel Márquez. O técnico em Estoma-tologia cubano tinha, até 1991, autorização para agir na cavidade bucal. Esse profissional tem uma função específica de

Dentistas), Dr. Luciano Artioli Moreira, concluiu que atualmente o técnico em saúde bucal não tem autorização para efetuar qualquer procedimento direto no paciente. A comissão visitou esco-las, policlínicas, clínicas estomatológicas, faculda-des e centros de reabili-tação (veja box com pro-grama de atividades) para levantar profundamente dados e informações sobre os procedimentos odon-tológicos. As reuniões foram realizadas com os especialistas Dr. Arman-do Mojáiber de la Peña, diretor nacional de Esto-matologia do Ministério da Saúde Pública; Dra. Maritza de la Caridad Sosa Rosales, da Direção de Estomatologia do mi-nistério; Dr. Júlio A. Por-tal Pineda, Diretor da Fa-culdade de Tecnologia da Saúde do Instituto Supe-rior de Ciências Médicas de Havana; e Dra. Maria Estrella Marin Quintere, Subdiretora da Clínica Estomatológica Juan Ma-nuel Márquez. O técnico em Estoma-tologia cubano tinha, até

auxiliar e apenas alguém com uma formação mais complexa como o Estomatologista tem competência para intervir na cavidade bucal sem colocar o paciente em risco. A Clínica Estomatoló-gica Juan Manuel Márquez, fundada em 1963, dispõe de 32 profissionais e 30 técnicos em Estomatologia que aten-dem cerca de 80 mil pessoas em média por ano. A clínica conta com serviços de Prótese, Ortodontia, Parodontologia, Cirurgia Maxilo-facial, Medici-na Natural e Tradicional e Esto-matologia Geral. Dr. Emil observa que os princípios da política de saú-de bucal de Cuba são válidos. Os resultados só não são mais satisfatórios (na parte de pró-tese, por exemplo, só 40% da população é atendida), em ra-zão de eles sofrerem com a falta de recursos, conseqüência do embargo econômico dos Esta-dos Unidos. Dr. Emil entende o contexto histórico que levou Cuba a permitir que os técni-cos em saúde bucal mexessem na cavidade bucal. A ilha, importante forne-cedora de açúcar para o mundo desde o século XIX, enfrentou freqüentes invasões dos espa-nhóis e dos americanos. Teve governos corruptos, como o do ditador Fulgêncio Batista, que precipitaram a Revolu-ção Cubana em 1958. Com a

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Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 11

CUBArevolução, muitos deixaram a ilha e se refugiaram nos Estados Unidos, inclusive os estomato-logistas. De uma hora para ou-tra, o país, que na década de 60 tinha apenas uma faculdade de Odontologia, perdeu metade de seus 1.430 estomatologistas. Com carência desse pro-fissional, estabeleceu-se uma medida de emergência: os téc-nicos em saúde bucal receberam autorização para fazer procedi-mentos na boca dos pacientes. Esse estado de emergência não se configura atualmente, em Cuba. Hoje, Cuba tem quatro faculdades de Odontologia, e, desde 1991, os técnicos perde-ram essa prerrogativa. Criada recentemente a Faculdade de Tecnologia em Saúde, tem 21 habilitações, e forma, em 2008, a primeira turma. Só depois de formados é que eles terão com-petência técnica para alguns procedimentos na cavidade bu-cal.

Dr. Emil pondera que a realidade do Brasil é outra. “Não há porque adotar um programa de emergência aqui no país, que dispõe de 173 faculdades de Odontologia e 200.900 profissionais”, afirma. Ele ressalta que a posição da classe é pela cidadania. E boa cidadania representa qualidade de vida, inclusive com atendi-mento de alto padrão. Respei-tar a atividade profissional dos cirurgiões-dentistas é também reconhecer o mérito de quem estudou anos para se formar em Odontologia”, reitera.

Ao lado, Dr. Emil e Dr. Capella em frente à Fa-culdade de Odontologia de Cuba. Embaixo, à esquer-da, delegação na Clínica de Prótese Marianao. E à direita, na Policlínica

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CUBA

1. Reunião com o Conselho das Sociedades Científi cas

2. Clínica Odontológica Juan Manuel Marquez

3. Dra. Maritza Rosales recebe delegação

4. Apresentação no Anfi -teatro do Ministério de Saúde Pública

5. Dr. Julio Pineda em apresentação na Faculda-de de Tecnologia da Saúde

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ÉTICA

“Preliminarmente, é importante ressaltar que é direito fundamental dos profissionais inscritos, segundo suas atribuições específicas, diagnosticar, pla-nejar e executar tratamentos, com liberdade de convicção, nos limites de suas atribuições, observados o estado atual da ciência e sua dignidade profissional – Art. 3º, inciso I do Código de Ética Odontológica. Para tanto, os profissionais não devem julgar o tratamento realizado por outro colega, quando solicitado pelo paciente, por exemplo: emissão de lau-do. Assim, o procedimento correto é esclarecer ao paciente quanto às técnicas existentes, encaminhando o mesmo ao profissional que realizou o tratamento, a fim de que este possa dirimir quaisquer dúvidas, considerando que somente este cirurgião-dentista sabe qual era a real situação do paciente, sua colaboração e assiduidade, no início e durante o tratamento. Assim precisamos enfatizar a indiscutível importância dos registros necessários quando do atendimento inicial ao paciente, por constituírem prova documental diante de pacientes insatisfeitos, que não hesitam em recorrer aos Conselhos Regionais de Odontologia ou até mesmo à Justiça, merecendo espe-cial atenção dos cirurgiões-dentistas, uma vez que a sociedade brasileira vem desenvolvendo a conscientização sobre seus direitos face ao advento do Código de Defesa do Consumidor. Entre as medidas de salvaguarda, destaca-se a documentação clínica como uma das mais efetivas para proteger o profissional contra reclamações que podem ser infundadas, e algumas vezes até fantasiosas. Sendo a Ficha Clínica o documento mais completo e complexo a ser produzido no atendimento do paciente, esse documento deve conter as seguintes partes:• Identificação do profissional,• Identificação do paciente,• Anamnese detalhada, constando queixa principal ou motivo da consulta; a evolução da doença atual, história médica e odontológica, exame clí-nico, plano de tratamento – solicitando ao paciente sua concordância com o orçamento e o plano de tratamento, por escrito; evolução e interocorrências do tratamento; receitas – que devem ser feitas no papel receituário, impresso de acordo com as normas do Código de Ética Odontológica e formuladas em consonância com determinações legais previstas na Lei nº 5.991/73 e Decreto-lei 793/93; atestados : o profissional deve fornecer atestado que corresponda à veracidade dos fatos, considerando a complexidade de cada procedimento por ele realizado, sendo tal direito previsto na Lei nº 5.081/66 – que regula o exercício da Odontologia.• Contrato de locação de serviços odontológicos – O Código Civil Brasileiro – Lei 10.406, de 10 de Janeiro de 2002, estatui em seu artigo 594 – ‘Toda espécie de serviço ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser contratada mediante retribuição’. Do artigo transcrito pode-se inferir que o contrato de prestação de serviços odontológicos não é obrigatório. Embora não seja uma prática corriqueira, é de bom alvitre, em face do aumento do número de processos contra os cirurgiões-dentistas, que se estabeleça o contrato como forma de proteger tanto o paciente como os profissionais.• Exames complementares tais como radiografias – devidamente identificadas e arquivadas corretamente; exames laboratoriais; modelos de estudo e de trabalho; fotografias – rotuladas, identificadas e arquivadas. Ressalte-se que a documentação pertence ao paciente e, portanto, quando solicitada, deverá ser entregue. O indicado é que o profissional duplique tal documentação, a fim de mantê-la em arquivo e sendo entregue em dupla via para que o paciente assine e esta esteja retida como comprovante pelo profissional.• Lembramos que constitui infração ética deixar de esclarecer adequadamente os propósitos, riscos, custos e alternativas de tratamento, bem como exagerar em diagnóstico, prognóstico ou terapêutica – Art. 7º, incisos III e IV do Código de Ética Odontológica, bem como deixar de atender paciente que procure cuidados profissionais em caso de urgência, quando não haja outro em condições de fazê-lo e ainda, abandonar paciente, salvo por motivo justifi-cável, circunstância em que serão conciliados os honorários e indicado substituto – Art. 7º, incisos VI e VII do Código de Ética Odontológica.• Por fim, enfatizamos que, de acordo com o Art. 11° do Código de Ética Odontológica, na fixação dos honorários profissionais, serão considerados: I – A condição sócio-econômica do paciente e da comunidade; II – O conceito do profissional; III – O costume do lugar; IV – A complexidade do caso; V – O tempo utilizado no atendimento; VI – O caráter de permanência, temporariedade ou eventualidade do trabalho; VII – A circunstância em que tenha sido prestado o tratamento; VIII – A cooperação do paciente durante o tratamento; IX – O custo operacional. Esclarecidos tais aspectos, entendemos que cumpridas as normas éticas de conduta profissional, ter-se-á uma boa prática de atos na profissão, prestígio e bom conceito da Odontologia.”COMISSÃO DE ÉTICA

Documentação Clínica - A Importância de Registro dos Procedimentos Realizados

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GERAL

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Conselho Regional de Odontologia de São Paulo encaminhou , no último dia 13 de julho,

ofício ao Dr. Saraiva Felipe pa-rabenizando-o por ter assumido o Ministério da Saúde. O Crosp solicitou ainda que o novo mi-nistro mantenha, na Coordena-doria Nacional de Saúde Bucal

(CNSB), o Prof. Dr. Gilberto Alfredo Pucca Junior. A autarquia, que congre-ga 87.644 profissionais (69.273 cirurgiões-dentistas, 6.474 téc-nicos em prótese dentária, 733 técnicos em higiene dental; 10.388 auxiliares de consultó-rio dentário e 776 auxiliares de prótese dentária), argumentou

que a permanência do Prof. Dr. Gilberto Pucca permitiria a continuidade dos trabalhos que estão sendo executados junto ao Crosp e “com excelentes resul-tados”. Dr. Emil Razuk, presi-dente do conselho, diz que sua manutenção no cargo seria tam-bém “uma deferência à classe, que propugna por uma melhor atenção odontológica à popula-ção”. O ofício ressalta que o Prof. Dr. Pucca “tem se destaca-do pela ação decisiva em prol do atendimento odontológico da população, mantendo sempre um contato produtivo e harmo-nioso com as entidades odonto-lógicas”. O Crosp destaca a re-alização de encontros em nove regiões do Estado, fruto de uma

parceria de dois anos com a Co-ordenadoria Nacional de Saúde Bucal. Nessas reuniões, compa-receram prefeitos, secretários da Saúde, e coordenadores muni-cipais que discutiram formas de incrementar o programa “Brasil Sorridente”.

CROSP parabeniza posse do novo Ministro da Saúde e pede permanência do Prof. Dr. Gilberto Pucca na CNSB

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Prof. Dr. Gilberto Pucca

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Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 15

e l abora -do pela autarquia e de au-toria do Prof. Dr. Haroldo Arid Soa-res, espe-cialista em Patologia Bucal e Es toma-tologia, é resultado do 1° Pro-grama de

Prevenção e Diagnóstico Pre-coce de Câncer Bucal, realizado em outubro de 2002, em São Paulo, quando 89 casos de cân-cer foram diagnosticados. Parti-ciparam do programa, o presi-dente do Crosp, Dr. Emil Adib Razuk, o coordenador, Prof. Dr. Rubens Côrte Real de Carva-lho, e os membros da Comissão Organizadora: Prof. Dr. Gilber-to Marcucci, Prof. Dr. Haroldo Arid Soares, Prof. Dr. Ângelo Rafael Calábria Tancredi, Prof. Dr. Caetano Baptista Neto, Prof. Dr. Celso Augusto Lemos Junior, Prof. Dr. Élcio Magda-lena Giovani, Profa. Dra. Mô-nica Andrade Lotufo, Prof. Dr. Ricardo Gonzaga Moraes Filho,

Profa. Dra. Silvia Cristina Ma-zeti Torres e Prof. Dr. Wagner Seroli. De lá para cá, o progra-ma foi estendido a outras 17 ci-dades do interior com a colabo-ração das prefeituras, faculdades e voluntários. Mais de 25 mil pessoas foram examinadas, das quais mais de 120 pessoas foram encaminhadas para tratamento do carcinoma. As 67 páginas do Manual com informações sobre as lesões, características clínicas, exames para diagnóstico, trata-mento e prevenção do câncer bucal servirão para atualizar o cirurgião-dentista sobre o tema. O profissional que quiser maiores informações basta aces-sar o site do conselho (www.crosp.org.br) e realizar um cur-so gratuito pela internet. Mais de mil colegas já obtiveram o certificado do Crosp de conclu-são do curso. Dr. Emil é da opi-nião de que o profissional pode e deve dialogar com a sociedade sobre o câncer bucal e a impor-tância do cuidado da saúde bu-cal não só em seu consultório, mas através de artigos publica-dos nos jornais locais. A população receberá também orientação com a dis-tribuição de 2.625.000 fôlderes. O Crosp acredita que se todos

GERAL

Crosp enviará aos cirurgiões-dentistas material do programa de valorização da classe e sobre o câncer bucal

partir de agosto, o Crosp enviará a cada ci-rurgião-dentista de São Paulo um exemplar do

Manual de Câncer Bucal (são mais de 70 mil), 30 unidades do folder sobre o “Programa de Prevenção e Diagnóstico Preco-ce de Câncer Bucal” e os adesi-vos do programa de valorização da profissão “Invista em você: procure um cirurgião-dentista” e “A saúde começa pela boca: procure um cirurgião-dentista”. O Conselho Regional de Odon-tologia de São Paulo pretende com a iniciativa aumentar a vi-sibilidade da profissão, oferecer subsídios aos colegas e alertar a população sobre uma matéria que preocupa a saúde pública bra-sileira: o câncer bucal, que só no ano passado ma-tou mais de três mil pessoas. O Manual,

os profissionais entregarem um folder para cada família que fre-qüenta seu consultório, cerca de 10 milhões de pessoas no Estado terão acesso a informações sobre o auto-exame da boca e sobre a importância de se consultar re-gularmente um cirurgião-den-tista. Dentro do programa de valorização da Odontologia do Crosp, os adesivos compõem importante peça publicitária a favor da profissão. A idéia é que os veículos dos colegas se trans-formem em painéis móveis, es-palhados em todo o Estado. Os adesivos trazem mensagens que levam à conscientização das pes-soas para o cuidado com a saúde bucal e de que tratar a boca não é um gasto, e sim um investi-mento pessoal. Dr. Emil Razuk acredita que o colega pode otimizar o programa de valorização da pro-fissão e prestar um bom serviço à população colaborando com a proposta do Crosp. Basta que se informe sobre o câncer bucal lendo o Manual, distribua os fo-lhetos e coloque os adesivos em seus carros. Posteriormente, se o cirurgião-dentista quiser mais material sobre o Programa de Prevenção e Diagnóstico Preco-ce do Câncer Bucal, é só acessar

o site do conselho e imprimir o folder ou entrar em conta-to com a sede pelo telefone (11) 3549-5555 ou pelo e-mail [email protected]

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GERAL

Crosp vai procurar Governador Geraldo Alckmin e pedir investimentos para a área odontológicaPara Barradas, saúde bucal não é prioridade

o último dia 14 de julho, o Secretário Estadual da Saúde, Dr. Luiz Roberto Barradas Barata, recebeu

em seu gabinete o presidente do Crosp, Dr. Emil Adib Razuk, o tesoureiro conselheiro, Dr. Fran-cisco Couto Mota, e a conselheira Dra. Neide Aparecida Salles Bis-cuola. A audiência foi solicitada para que o secretário tomasse ci-ência de fatos que têm incomo-dado a classe, questões apontadas em ofício entregue a ele na reu-nião. Dr. Emil relembrou o Dr. Barradas de que o Crosp, depois de três ofícios em um ano e cin-co meses, ainda não recebera in-formações sobre o montante de verbas despendido pela secretaria na área odontológica. Ele relatou que hoje existe uma pressão dos cirurgiões-dentistas para que seja nomeado um coordenador esta-dual para a saúde bucal, o que não acontece há seis meses. Os conse-lheiros o informaram também de que a ausência de São Paulo no V Encontro dos Coordenadores Es-taduais de Saúde Bucal, em junho deste ano, em Brasília, que con-tou com a representação de 27 Estados, foi notada e lamentada. Na ocasião, fora discutida a forma de como seriam aplicados recur-sos da ordem de R$ 1,6 bilhão do programa “Brasil Sorridente”. Outro ponto abordado na audiência foi o fechamento da Área Técnica de Saúde Bucal da Secretaria da Saúde. Dr. Emil disse ao secretário Dr. Barradas que a decisão fora repudiada em moção aprovada por 2.500 cirur-giões-dentistas que participaram do XXVIII Encontro Nacional

de Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico e do VII Congresso Brasileiro de Saúde Bucal Coletiva, em abril, em Salvador. A manifestação foi reforçada por pronunciamento do Deputado Estadual Carlos Neder, em março, na Assembléia Legislativa, e pela posição adota-da sobre o assunto pelos profissio-nais da área, no simpósio do III Congresso de Odontopediatria da APCD-APO, em junho na sede da APCD. Foi colocado ao Dr. Bar-radas que a classe, que reúne 70 mil profissionais, está descon-tente com a extinção do Centro Técnico de Saúde Bucal e com a falta de um projeto que oriente, articule e incentive os municípios para a organização de sua atenção odontológica. Dr. Emil afirmou ao secre-tário que “o Estado de São Paulo ainda não despertou para a neces-sidade de produzir ações dirigidas ao incentivo dos cuidados com a saúde bucal”. Segundo ele, tal preocupação já existe no governo federal. Dr. Emil observou que os dados oficiais apresentados até o

momento pela Secretaria da Saú-de para a saúde bucal se consti-tuem “em um grão de areia diante das necessidades da população”. Ele citou o serviço realizado pelo Centro de Referência do Idoso, em São Miguel Paulista, que em um ano teria feito apenas 8.200 atendimentos, 26.340 procedi-mentos, 1.716 próteses totais e 430 parciais removíveis. O presidente do Crosp disse que a autarquia reconhece que o Estado realiza ações na área da saúde, mas o faz em volume insuficiente para a necessidade de 10 milhões de carentes. O ofício entregue ao secretário Dr. Barra-das sugere a adoção de processos de agilização e de incentivo aos municípios. “Se a boca é a porta de entrada da maioria das doen-ças, é importante para a saúde ge-ral que a saúde bucal receba aten-ção especial”, observou Dr. Emil.Más notícias - O Secretário da Saúde, após ouvir as considera-ções dos conselheiros do Crosp, admitiu que sua pasta extinguiu a Coordenadoria de Saúde Bucal, como o fez em outros setores da saúde, e que não pretende reati-

vá-la nem tampouco nomear um corpo técnico que faça a ponte en-tre o Estado e os municípios. Dr. Luiz Roberto Barradas argumen-tou que as diretrizes da secretaria visam unificar as ações na saúde a partir de equipes de funcioná-rios que vão atuar em várias áreas. Esse princípio está, segundo ele, sendo aplicado nos gastos. Os investimentos não são departa-mentalizados, tornando inviável discriminar o quanto de recursos foi destinado para a área odonto-lógica. Ela revelou ao presidente do Crosp, Dr. Emil Razuk, que o Estado não comprou nenhum consultório; que não tem proje-to ou linha de crédito para a área odontológica; e que não preten-de realizar concurso público para cirurgião-dentista nas “próximas décadas”, porque essa tarefa seria dos municípios. Ao contrário de São Paulo, Estados como o Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Ce-ará e Sergipe dão auxílio aos mu-nicípios na área de saúde bucal. Dr. Barradas antecipou que a política da Secretaria do Es-tado da Saúde está voltada mais

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GERAL

para insumos e remédios que, se-gundo ele, representam 70% dos gastos dos hospitais estaduais. Dr. Emil Razuk disse ao secretário que sai preocupado da audiência, sem boas notícias para

a classe. Ressaltou que estava ali para pedir recursos e incentivos na saúde bucal para os municípios mais pobres e para os 10 milhões de pessoas excluídas do atendi-mento odontológico.

Ofício entregue pelos conselheiros do Crosp ao Secre-tário do Estado da Saúde, Dr. Luiz Roberto Barradas, em audiência do dia 14 de julho

para insumos e remédios que, se- a classe. Ressaltou que estava ali

A Coordenadoria de Controle de Doenças do Centro de Vigilância Sanitária da Secre-taria de Estado da Saúde enca-minhou ofício ao Crosp comu-nicando sobre a Portaria CVS - 6, de 20 de maio de 2005. A portaria estabelece os requisitos para o cadastramento de empre-sa e/ou profissional responsável por relatórios e laudos técnicos para serviços de radiodiagnós-tico, previstos na Resolução

Vigilância Sanitária divulga portaria para cadastramento

SS-625, de 14 de dezembro de 1994. A portaria também fornece orientações quanto aos procedimentos administrativos necessários. O Centro deVigilân-cia Sanitária esclarece que, de acordo com a referida portaria, após a publicação da lista de cadastrados, o órgão “aceitará apenas os relatórios e laudos de empresas e profissionais que se cadastraram”.

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GERAL

No Seminário sobre Saúde Bucal, Dr. Emil Razuk pediu ao Dr. Gilberto Pucca a normalização do pagamento dos salários

Crosp solicitou à Coordenadoria de Saúde Bucal a adoção de propostas aprovadas no I ESESB

m setembro de 2002, em Juiz de Fora, Minas Gerais, cerca de 250 pessoas participaram do

I Encontro Sudeste das Equipes de Saúde Bucal para discutir o Programa Saúde da Família. Da reunião, nasceu um pacote de 21 propostas voltadas para a atenção básica à saúde bucal da popula-ção. A classe odontológica consi-derou plausíveis as sugestões por atender uma área normalmente desprestigiada pelos governos. Apesar de boa parte dos signatários do documento estar hoje em postos chaves do Minis-

tério da Saúde, as medidas apro-vadas naquele ano, ainda não fo-ram aplicadas pelo atual governo federal. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo vai encaminhar ofício ao Ministério da Saúde sugerindo que os fun-damentos aprovados no I ESESB sejam adotados pela Coordena-doria Nacional de Saúde Bucal. Dr. Emil Razuk, presidente do CROSP, destaca o item 4 do do-cumento que estabelece a admis-são da Equipe de Saúde Bucal no Programa Saúde da Família com vínculo empregatício, através de concurso público, com o objetivo

de fixar profissionais na comuni-dade. “A situação de mais de mil cirurgiões-dentistas, prestadores de serviços nas Equipes de Saúde Bucal, é preocupante, pois eles são admitidos sem qualquer garantia legal e quase sempre com salários aviltantes”, adverte Dr. Emil. O documento foi pauta-do em princípios que pudessem expressar os anseios dos profissio-nais de saúde bucal, criando uma alternativa de comunicação entre o profissional, gestores, sanitaris-tas, instituições e o Ministério da Saúde. Dr. Emil Razuk, que na

ocasião do Seminário sobre Saú-de Bucal, realizado em Recife, no primeiro semestre deste ano, pe-diu providências nesse sentido ao Coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Dr. Gilberto Pucca, lembra que das 21 propos-tas, apenas duas foram aproveita-das pelo governo: o item 7 que es-tabelece a relação de uma Equipe de Saúde Bucal para um Equipe de Saúde da Família, equacio-nando a dicotomia existente, e o item 18 que elevou os recursos fi-nanceiros destinados ao SUS, em especial para a atenção básica e média complexidade.

Crosp reúne fiscais e delegados No último dia 25 de junho, o Crosp reuniu delegados, fiscais do interior e da capital e mem-bros da Comissão de Ética. Cento e duas pessoas participaram de treinamento sobre os procedimen-tos administrativos adotados pelo Departamento de Fiscalização com o propósito de qualificar o quadro profissional do conselho.

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Recadastramento O recadastramento nacio-nal de profissionais inscritos nos Conselhos Regionais de Odonto-logia deve ser feito até 25 de ou-tubro de 2005. O recadastramen-to é obrigatório e visa cadastrar todos os profissionais de Odonto-logia do Brasil, para formar uma

base de dados confiável e útil aos Conselhos de Odontologia e dis-ponibilizar aos profissionais uma cédula de identidade profissional moderna, com diversos recursos de segurança e validade de cinco anos, após sua emissão. Não deixe para última hora!

COMUNICADO Autarquias federais não podem fazer planos de saúde Tendo em vista as inúme-ras ligações telefônicas ultima-mente recebidas, questionando-nos por qual razão não oferecemos aos profissionais da odontologia plano de assistência médica assim como fazem algumas associações da classe, temos a informar que o Crosp é uma autarquia federal (órgão da administração pública indireta), instituída por lei, para exercer atividades de interesse pú-blico, sempre sujeito ao controle

exercido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Por esta razão, o Crosp está obrigado a concentrar seus recursos (anuidades) apenas e exclusivamente no exercício das atribuições que lhe foram institu-ídas por lei, dentre elas a fiscaliza-ção das atividades profissionais de seus inscritos, sendo certo que o próprio TCU já pacificou enten-dimento no sentido de ser ilegal a contratação de planos de saúde ou

de assistência médica pelos Con-selhos de Regulamentação Profis-sional (como é o Crosp), vedando de forma veemente a contratação deste tipo de serviço, o que, inclu-sive, sujeitaria os responsáveis por tais entidades a responder por cri-me de improbidade administrati-va, por mal uso da verba pública. Por tal razão, ou seja, em virtude da manifesta divergência entre as atividades para as quais o Crosp foi legalmente instituído

(fiscalização, supervisão da ética profissional , prestígio e bom con-ceito da profissão e dos que a exer-cem legalmente, conforme art. 2º da Lei Federal n.º 4324/64) e a contratação de plano de saúde ou de assistência médica para os seus inscritos, estamos absolutamen-te impossibilitados de efetuar tal contratação por total ausência de previsão legal para tanto, como já têm reiteradamente decidido pelo TCU.

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EVENTOS

presidente do Crosp, Dr. Emil Adib Ra-

zuk, homenage-ado como em-baixador do 13° Congresso Internacional de Odontologia do Litoral Paulis-ta, agradeceu o título e reconhe-ceu ser a região do litoral paulis-ta privilegiada pelas faculdades e professores de Odontologia que “se destacam pelo grande conhecimento e amor ao ensi-no e pelos cirurgiões-dentistas que enaltecem a profissão sob a égide da capacitação ética”. Dr. Emil observou que o 13° Ciolp abriga temas importantes da área num momento em que a Odontologia enfrenta desafios dos procedimentos em todas as áreas, instigando ao exame e ao estudo. Para ele, o congresso, que teve como tema “Capacita-ção e ética”, é um evento dife-renciado para a classe, do qual “todos saem mais capacitados”. O presidente do Crosp destacou o “dinâmico presiden-te do 13° Ciolp, Dr. Lamartine Lélio Busnardo, e sua eficiente equipe da comissão organizado-ra” e elogiou os presidentes das edições anteriores do congres-so: 12º - Dr. Laércio Wonhrat Vasconcelos; 11º - Dr. Marco Antonio de Lima Guerra; 10º - Dr. Luis Antonio de Arruda Ai-dar; 9º - Dr. Manoel Lopes dos Santos; 8º - Prof. Dr. Manoel Eduardo de Lima Machado; 7º - Dr. Ricardo Peres Junior; 6º - Dra. Rosangela Alo Maluza Florez; 5º - Dr. Alcino Antonio Campos Golegã; 4º - Dr. Ubi-ratan Menezes Benassi; 3º - Dr.

Mario Roberto Leite Augusto; 2º - Dr. Nelson Carlos Vile-la Marques; e 1º - Dr. Renato Paulo Chopard. Ele congratulou-se tam-bém com a patrocinadora do evento: a Associação dos Cirur-giões-Dentistas de Santos, São Vicente e Região da Costa da Mata Atlântica atra-vés de sua diretoria, em razão da “eficiente e significativa gestão frente da associação”, e de seu presiden-te, Dr. Braz Antunes Mattos Neto, que, “graças ao seu passado e seu presente de lutas em prol da classe e da sociedade, foi distin-guido pelos seus co-legas e eleito vereador de Santos”. “A ACDS-SV destaca-se pela sua visão social da impor-tância da Odontologia para a preservação da saúde bucal da popu-lação litorânea. Tanto que vem realizando, além de cursos, con-gressos, seminários, vários programas de alto valor social e cí-vico como o 2º Pro-grama de Prevenção e Diagnóstico Precoce do Câncer Bucal, em parceria com o Crosp”, afirmou.

Dr. Emil recebeu o título de embaixador do 13º CIOLP

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EVENTOS

XIII Encontro de Odontologia da EAP da APCD Jundiaí O XIII Encontro de Odontologia da EAP Prof. Sid-ney Kina da APCD-Jundiaí acontecerá entre os dias 24 e 27 de agosto de 2005. O tema do evento é “Odontologia Estética: ciência e arte promovendo saú-de”. A programação oferece o curso “Como criar restaurações cerâmicas com previsibilidade” com o homenageado Prof. Sid-ney Kina e um curso teórico-de-monstrativo com o Prof. Paulo Kano. Está prevista a realização do “Cursão”, palestras de 90 mi-nutos de duração, que vão en-

20º Congresso Brasileiro de Odontopediatria recebeu mais de mil pessoas

O 20º Congresso de Odontopediatria, realizado de 25 a 28 de maio, no Mar Ho-tel de Recife, contou com a presença de 1.036 congressistas (acadêmicos, alunos de pós-graduação, profissionais sócios das Regionais da Associação Brasileira de Odontopediatria e profissionais não sócios). Foram realizados quatro simpósios, quatro cursos, 40 conferências, 110 temas livres e 220 painéis, uma reunião de Atividades de Pesquisas e uma Mesa Redonda sobre Ensino em Odontopedia-tria. Os organizadores atri-buem ao bom número de par-ticipantes, que teria superado as expectativas, “devido ao eleva-do nível técnico científico dos trabalhos apresentados”, como: novas visões sobre a Cariologia, incluindo as formas atuais para remoção de tecido cariado; re-visões e aspectos atuais da tera-

pia pulpar de dentes decíduos e permanentes jovens; aspectos importantes sobre o trauma dentário; a importância das po-líticas de saúde pública para a Odontologia, entre outros. Destacou-se a presença do presidente da International Association of Paediatric Den-tistry, o Prof. Dr. Hugo Furze; do Prof. Mark Cannon, dos Es-

tados Unidos; do coordenador nacional de Saúde Bucal, Prof. Dr. Gilberto Pucca; do Prof. José Thadeu Pinheiro, diretor do Centro de Ciências da Saú-de; do Dr. Luis Reinaldo de Fi-gueiredo Walter, presidente re-cém-empossado da Associação Brasileira de Odontopediatria, e do presidente do Crosp, Dr. Emil Adib Razuk, que foi pre-

sidente do 20° Congresso Brasi-leiro de Odontopediatria. A avaliação dos organi-zadores é a de que a realização do 20º Congresso Brasileiro de Odontopediatria teve real va-lor para a Odontopediatria e a Odontologia Nacional e contri-buiu para o maior soerguimen-to da Associação Brasileira de Odontopediatria.

focar temas como “Diagnóstico e Planejamento em Estética, Periodontia em Estética, Endo-dontia em Estética, Implante em Estética e Restaurações Es-téticas”. Além dos cursos volta-dos para os cirurgiões dentistas, haverá uma programação dedi-cada às auxiliares odontológicas e aos protéticos. A programação cientí-fica será complementada com um simpósio envolvendo Perio-dontia, Endodontia e Implante, além de um fórum científico com apresentação de painéis e

temas livres com premiações aos primeiros colocados. A feira comercial está sendo cuidado-samente tratada, com a viabili-zação da presença de inúmeros expositores, empresas e comér-cio, possibilitando aos colegas congressistas uma gama enorme de escolha na aquisição de pro-dutos e equipamentos odonto-lógicos. Maiores informações na APCD Regional Jundiaí, atra-vés do Telefone (11) 4815 7676 ou acessando o site www.apcd-jundiai.com.br

O 7ª Simpósio de Odon-tologia em Hematologia será re-alizado no dia 7 de novembro de 2005, no Rio de Janeiro, como atividade paralela ao Congresso Brasileiro de Hematologia e He-moterapia 2005. O prazo limite para inscrições de trabalho é 14 de agosto de 2005. Para maiores informações, visite o site www.hemo2005.org.br. Coordena-dores: Sandra Torres (UFRJ) e Wellington Espírito Santo Ca-valcanti (HEMORIO).

VII Simpósio de Odontologia em

Hematologia

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Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 21

CURTAS

Ainda desconhecido pelos turistas, Recife abriga uma pérola da história brasileira da época colonial: o Instituto Ricardo Bren-nand, um complexo forma-do pelo Castelo, Pinacoteca

e Biblioteca - edificações em estilo medieval gótico. Voltado à arte e cultura, com ênfase no período “Brasil Holandês”, prioriza progra-mas educacionais para crianças e jovens. O instituto, que nasceu em 2002, com a proposta de levar oportunidades inéditas de contem-plação da arte e aprendizado para grande parcela da população, já se destaca no cenário nacional como importante centro de cultura do nordeste brasileiro. O Castelo da IRB reúne a mais importante coleção de armaria do país. Desperta especial interesse pelas arma-duras do século XVI, quadros de orientalistas, tapeçarias, esculturas clássicas e vitrais. A Biblioteca abriga 20 mil volumes de livros com enfoque para o período Brasil-holandês com preciosidades como cartografia e gravuras. Local: Alameda Antônio Brennand, s/n - Várzea - Recife. Informações: (81) 2121-0352. Site: www.institutoricardobrennand.org.br

Pérolas do Recife

TURISMO

O Núcleo de Estudos e Pesquisa de Sistemas de Saúde da Faculdade de Saúde Pública da Universida-de de São Paulo (NE-PESS), a Coordenação Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, a Associação Brasileira de Saúde Bucal Coletiva, núcleo regional São Paulo (ABRASBUCO), e o Conselho de Secretários Mu-nicipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS) realiza-ram o Seminário Internacional de Saúde Bucal Coletiva no dia 12 de agosto no Auditório João Yunes da Faculdade de Saúde Publica da USP. A programa-ção discutiu o panorama atual da implantação da Política Nacional da Saúde Bucal nos

Seminário Internacional de Saúde Bucal Coletiva

três níveis de gestão do SUS. A conferência “A experiência e os desafios atuais do Programa Nacional da Saúde Bucal de Cuba” foi o tema da Dra. Ma-ritza Sosa (ao lado do Dr. Emil Razuk), Coordenadora Nacio-nal de Estomatologia de Cuba, que visitou o Crosp. Ela estava acompanhada da Dra. Cinthia Sampaio Cristo, consultora técnica do Ministério da Saúde (ao lado do Dr. Luiz Roberto Cunha Capella).

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Ex-presidentes foram homenageados nos 43 anos da APCD-Lapa

No último dia 11 de maio, tomaram posse os novos diretores da APCD da Lapa. Em solenidade de comemoração do 43° aniversário da regional foram homenageados os ex-presidentes da entidade: Dr. Aroaldo Pironti Lima, eleito em fevereiro de 1967; Dr. Leonar-do Perez, eleito em novembro de 1969; Dr. José Ângelo C. Fon-seca, eleito em novembro de 1970; Dr. José Ângelo C. Fonseca, eleito em novembro de 1972; Dr. Jairo Furquim Pereira, eleito em novembro de 1974; Dr. José Lybio G. de Matos, eleito em novem-bro de 1976; Dr. José Lybio G. de Matos; eleito em novembro de 1978; Dr. José Ângelo C. Fonseca, eleito em novembro de 1980; Dr. Antônio Salazar Fonseca, eleito em novembro de 1984; Dr. João Cândido de Carvalho, eleito em novembro de 1986; Dr. Le-onardo Perez, eleito em maio de 1988; Dr. Gerson Bianchi, eleito em maio de 1990; Dra. Myrtes Gomes e Gomes, eleita em maio de 1992 e reeleita em maio de 1994; Dr. Rui Carvalho, eleito em maio de 1996; Dr. Stellio Gomes, eleito em maio de 1998; Paulo Sergio S. Duarte, eleito em maio de 2000; Dr. Paulo Sergio S. Du-arte, eleito em maio de 2002; e Dra. Carla D. Maccaferri Escalo-na, eleita em maio de 2004. Na foto acima, a partir da esquerda, Dr. Roberto Mazzo, pre-sidente da Macro 11 APCD, Dr. João Augusto Santanna, presidente do Core, Dr. Luciano Artioli Moreira, presidente da ABCD, Dra. Carla Ma-caferri, presidente da APCD-Lapa, Dr. Guido Maltagliati, presidente da APCD, Dr. Emil Razuk, presidente do Crosp, Dr. Silvio Cecchetto, vice-presidente da APCD e Dra. Adriana de Barros Pinto, vice-presi-dente da APCD-Lapa.

CURTAS

A Sociedade Paulista de Estomatologia e Câncer Bucal - SOPE, dando prosseguimen-to as suas atividades cientí-ficas, realizará no dia 27/08, no Hospital São Rafael (Vila Mariana), das 08h00 às 12h00, cursos de atualização sobre: “Desmistificando a Anestesia Geral e a Sedação em Odonto-logia”: Dr. José Rocha Campos

Sociedade Paulista de Estomatologia realiza cursos

Neto, instrutor da Sociedade Brasileira de Anestesiologia; e “O que você precisa saber sobre Células Troncos e sua impli-cação em Odontologia”: Dra. Carla Franchi Pinto, geneticista da Santa Casa de São Paulo. Vagas Limitadas. Reservas e informações: (11) 5571 1736 (Martha).

Estimado Presidente EmilParabéns pela vitória no caso da Life System.Muito bem! É perseverança. O não esmorecimento que ganha as causas justas e difíceis. AfetosCléber Bidegain Pereira [email protected]

Carta

Encontro de turma FOP - UNICAMPFormandos de 1995

O encontro será do dia 30 de setembro a 2 de outubro no Hotel Fazenda Cabreúva. Informações: [email protected] - Luciana Pincinato (11) 3209-1889 e [email protected] - Olga (13) 3222-5621 e [email protected] - Paulo (11) 3219-1028 e [email protected] - Silmara (11) 4231-3123 e [email protected]

APCD-Vila Prudente comemorou 30 anos

No dia 19 de maio, a APCD-Vila Prudente comemorou 30 anos de existência. O Crosp cumprimenta todos os diretores e presidentes que estiveram à frente da entidade ao longo desses anos: Dr. Yoshiaki Yonamine (falecido), de maio de 1975 a dezembro de 1978; Dr. Antônio Alves Garcia, de janeiro e 1979 a dezembro de 1980; Dr. Lucio Flávio Maia Pinheiro, de janeiro de 1981 a de-zembro de 1982; Dr. José Luiz de Oliveira, de janeiro de 1983 a dezembro de 1984; Dr. Jair Giampani, de janeiro de 1985 a maio de 1988; Dr. Paulo Antônio de Carvalho, de junho de 1988 a junho de 1990; Dr. Paulo Tuychi, de julho de 1990 a junho de 1992; Dr. Antônio Carlos Caccavale, de julho de 1992 a junho de 1994; Dr. Jair Giampani, de julho de 1994 a junho de 1996; Dra. Cristiane Bugno, de julho de 1996 a junho de 1998; Dr. Rodnei Yogui, de ju-lho de 1998 a junho de 2000; Dr. Roberto S. Matsuda, de julho de 2000 a junho de 2004; e Dra. Rosamaria Gabriella Bimonte, eleita em julho de 2004.

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Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 23

Crosp lamenta falecimento do Dr. Everton Aievoli

Filho de Cecília e José, Ever-ton Aievoli, nasceu em 31 de julho de 1939, em Araraquara. Estudou no Ginásio São Bento, no Colé-gio Duque de Caxias, e ingressou na antiga Faculdade de Farmácia e Odontologia de Araraquara, em 1963, concluindo o curso em 1966. Associou-se à APCD, em 1967. No mesmo ano, foram abertas as portas de seu consultório à avenida São Paulo, 494, 2º andar, onde trabalhou

até cerca de quatro anos atrás. Mesmo tendo encerrado suas ativi-dades profissionais como cirurgião-dentista, continuou a abraçar as causas que defendeu. Foi professor de 1º e 2º graus, licenciado pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras ”Prof. José Augusto Vieira”, cidade de Machado (MG), turma de 1971. Casou-se com Da. Ivone em 21 de junho de 1974, com quem teve o filho Saulo. Everton trabalhou na Associação dos Fornecedores de Cana de Araraquara até 1995, atendendo associados e funcionários de sócios. Integrou a Comissão de Defesa de Classe, em 1996, durante o mandato de João Bausells na Regional, em junho de 1998. Dr. Everton foi então convidado para ocupar a vice-presidência. Foi presidente da Regio-nal de Araraquara por dois mandatos: de 2000-2004. Várias foram as realizações de sua diretoria, entre elas: a reforma das Clínicas e troca de equipamentos, construção multidisciplinar, reformas dos anfiteatros inferior e superior, aquisição de poltronas escolares, pro-jetores de multimídia para as três salas de aula EAP, computadores, impressoras e câmera digital, além da iluminação e piso da entrada da sede de campo – à qual gostava de chamar de Alameda – cons-trução de quiosque e reforma do salão de festas na sede de campo. Soma-se ainda a reforma da sede social para o funcionamento do escritório da subdelegacia do Crosp e da implantação de reestrutura-ção de cargos e salários. Após ser delegado do Crosp de junho de 1999 a junho de 2000, foi nomeado fiscal do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, função que desempenhou com muita dedicação, serieda-de e determinação, atuando em 38 cidades das regiões de Araraqua-ra, Jaú e São Carlos. Foi com o mais profundo pesar que amigos e colegas da classe odontológica souberam de seu falecimento no dia 19 de maio de 2005. Todos sabem do excelente marido e pai que foi, da extraordi-nária pessoa que era e do quanto lutou para valorizar e dignificar a Odontologia. Junto à lacuna que jamais será preenchida, ficam também as lembranças dos momentos de repleta alegria e entusiasmo com que viveu ao lado de sua família e amigos. O Conselho de Odontologia lamenta a perda e se solidariza com os familiares e amigos.

CURTAS

CLASSIFICADOS Os anúncios devem ter até 500 caracteres e ser encaminhados por e-mail para [email protected]. É necessário descrever o pro-duto ou serviço e fornecer o nome do contato, cidade, telefone ou e-mail. O texto poderá ser reduzido por motivos de diagramação.

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CONSELHOTrabalho de conselheiro exige muita dedicação

umprir devidamente o papel de conselheiro de uma das maiores autar-quias federais do país

exige dedicação. O trabalho ga-nha caráter de devoção à medida que a responsabilidade, por for-ça do cargo, aumenta. A presi-dência do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo vem sendo solicitada cada vez mais, o que é um bom termômetro da importância e representativida-de que hoje alcançou. Os conselheiros com-partilham seu dia entre o con-sultório e o Conselho Regio-nal. Muitas vezes, passam mais tempo no exercício do cargo da autarquia do que na atividade profissional, a única que os re-munera. As demandas são gran-des, entre despachos e plená-rias. À presidência do Crosp, por exemplo, chegam a cada dia mais de 200 cartas, e-mails, faxes e telefonemas. Se fossem gastos quatro minutos para atender a cada uma dessas solicitações, se-riam necessárias mais de 13 ho-ras diárias para respondê-las. E é assim também na secretaria do Crosp, na Comissão de Ética, no Departamento de Fiscalização e na Tesouraria. Os compromis-sos oficiais para representar e defender os interesses da classe também são muitos. A agenda é concorrida, exaustiva e variada. Tome-se como exemplo a maratona de compromissos da presidên-cia do Crosp de duas semanas de junho, que fora as reuniões plenárias dos dias 22 e 29 de junho, inclui a participação de

CO número de horas trabalhadas e de compromissos oficiais dos membros do Conselho Regional de Odontologia é elevado

Dia 16 de junho

Reunião no Crosp com a Comissão Nacional de Credenciamento de Convênios

Dia 18 de junho

Reunião em São José de Rio Preto, onde foi tratada a questão da taxa do lixo cobrada pela prefeitura dos cirurgiões-dentistas, e participação em reunião do Core, em que foram abordados o concurso “A Saúde Bucal”, o “Programa de Prevenção e Diagnóstico Precoce de Câncer Bucal”, o projeto de lei do Ato Médico e o assunto do PL 1140/2003 sobre a regu-lamentação dos técnicos e assistentes de saúde bucal (veja matéria nesta edição)

Dia 21 de junho

Reunião na Câmara Federal com o relator do projeto de lei 1140/2003, Deputado Federal Marcelo Barbieri, o secretário do Crosp, Dr. Luiz Roberto Cunha Capella, o presidente da ABCD, Dr. Luciano Artioli Moreira, o Prof. Dr. Gilberto Pucca da Coordenadoria Nacional de Saúde Bucal; a Dra. Rozângela Fernandes Camapum, da Federação Interestadual de Odontologia; o Prof. Dr. Rubens Côrte Real de Carvalho, membro do Grupo Brasileiro de Professores de Dentística; o Prof. Dr. Ueide Fernando Fontana, da Federação Nacional dos Odontologistas

Dia 23 de junho

Reunião com o presidente da Agência Nacional de Saúde, Dr. Fausto Pereira dos Santos, no Rio de Janeiro, para discutir a não aplicação de sanção à Golden Cross por irregularidades cometidas, pedir intervenção da agência junto às operadoras de saúde que se negam a autorizar exames laboratoriais e solicitar acesso ao balanço das operadoras de saúde para estabelecer uma fórmula de reajuste aos credenciados (veja matéria nesta edição)

Dia 24 de junho

Participação do III Congresso de Odontopediatria da APCD-APO; participação no Simpósio “A Odontopediatria inserida na construção social” do III Congresso de Odontopediatria APCD-APO

Dia 25 de junho

Reunião da subsede do Pacaembu com todos os fiscais do conselho (veja matéria nesta edição)

Dia 27 de junho

Participação de evento em homenagem ao Senador Romeu Tuma na Câmara de Comércio Árabe-brasileiro

congressos e reuniões com auto-ridades do governo federal. São tarefas que exigem sacrifícios. Como os cargos são honoríficos (munus públicos), não há remuneração. Mas os conselheiros da autarquia não medem esforços porque acre-ditam que seu trabalho produz resultados e benefícios para a classe e para a população.

Funcionárias da presidência do Crosp recebem, entre faxes, e-mails e telefonemas, mais de 200 solicitações por dia