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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Corre-se o risco de morte por amor, por êxtase, por vaidade, por masoquismo, por loucura, por felicidade. (MORIN,1987, p. 72)

O meu encontro com a pintura Ofélia de Millais propiciou-me uma viagem

longa ao passado de mulheres que não conheci, ao meu presente e ao de jovens

que ainda hoje navegam nas águas de Ofélia. Navegar junto com ela é ir à busca de

outra realidade, outra época, outra figura feminina, uma imagem a ser seguida. Para

Bachelard (2002), “É a água sonhada em sua vida habitual, é a água do lago que

por si mesma “se ofeliza”, se cobre naturalmente de seres dormentes, de seres que

se abandonam e flutuam, de seres que morrem docemente” (p.85).

Fui ao encontro das mulheres que morreram por amor, por loucura, por

paixão ou por desespero. Estivemos durante esse tempo flutuando sobre a mesma

água, percorremos caminhos semelhantes, como se estivéssemos muito próximas, e

o nosso diálogo, enquanto Ofélia, permitiu-me desenvolver a série de fotografias que

apresento nesta tese. Às vezes Ofélia de Millais e muitas vezes nós todas, reais ou

ficcionais: Siddal, Lúcia, Justine, Virginia e tantas outras... Ofélias.

Percorremos o caminho da imagem da Ofélia morta desde o século XIX,

época em que foi pintada por Millais, até os dias de hoje. Uma imagem tão

perseverante que atravessou séculos desde que foi criada por Shakespeare em

Hamlet e, como vimos, mudou e se adaptou às condições sociais de cada época, ela

sobreviveu no tempo, segundo Warburg, e encontrou ressignificações, de acordo

com as necessidade de cada época, e identificações sociais. Compreendemos que

essa reaparição depende da realidade na qual ela interfere e depende,

essencialmente, da figura masculina que a objetifica.

Ofélia surgiu em minha vida como ficção, eu produzi obras plásticas sobre

esse tema e as reflexões que fiz e ainda faço após esse encontro são reais. A

representação da Ofélia nas águas possibilitou a cada série de fotografias diferentes

ideias, desde a busca de uma jovem contemporânea com cabelos artificiais e vestes

modernas até a identificação de uma mulher adulta, romântica, mais próxima da

personagem e pintura de Millais. Durante o processo de construção, ocorreu a

transformação do personagem; as reflexões sobre a minha própria vida fizeram com

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que eu a transformasse em alguém mais próxima da minha realidade, meus cabelos,

meu rosto e vestidos românticos.

O diálogo continua e as respostas que encontrei me mostraram uma mulher

romântica que viveu em 1851, que morreu tanto por amor como pela não

concretização de seu ideal. Casamentos realizados de acordo com interesses

familiares de uma sociedade burguesa na qual a figura masculina patriarcal não

conseguiu compreender o mistério que envolvia a feminilidade, culminando na visão

romântica da mulher, tornando-a inatingível, a mulher ideal, o anjo do lar, aquela

que por todos esses motivos deve morrer. Aprofundar nessa questão particular

permitiu-me construir a figura feminina que viveu na era vitoriana e criar

representações da imagem da mulher morta em meu trabalho artístico.

Tiburi nos dá um argumento pertinente sobre a figura da mulher morta, ele se

encontra nas palavras do coveiro em Hamlet, ao comentar sobre o suicídio de

Ofélia. Diz o coveiro que ela ainda não é mulher, pois é uma ninfa e não é mais

mulher porque está morta (Tiburi 2010, p.308). Conclui-se que uma forma de não

significar mais nada para si própria como para outrem é através da morte. Essa é a

fuga feminina, escolher a morte como uma forma de deixar de ser algo que não se

deseja mais. E dessa maneira responde a outra questão que é sobre as fotografias

das jovens Ofélias, ninfas ainda e não mulheres, como diz o coveiro. Faço uma

transposição para a minha vida e percebo que os motivos pelos quais as jovens do

século XIX se identificaram com a morte de um personagem literário e ainda se

identificam e os motivos que me levaram a buscar o mesmo personagem ainda hoje

são iguais na essência mas diferentes na experiência que se tem da vida.

Essa linha de pensamento foi seguida por mim durante todo percurso de

realização da tese, o complexo de Ofélia, “a prisão no desejo de um homem ou,

mais ainda, a prisão de todos no desejo patriarcal” (p. 310.) Ofélia retorna tão forte

como antes, mas com mudanças sutis em sua forma de ser e de manifestar as

diferenças. Encontro caminhos distintos para o mesmo tema, que é o complexo de

Ofélia entre as jovens do século XXI. Tanto quanto as jovens do passado, elas são

românticas e, enquanto as primeiras precisavam morrer por não suportarem suas

condições de subserviência na sociedade as de agora podem escolher o que

desejam ser e vão ao encontro do que almejam, elas ainda acreditam no amor, mas

sabem que as regras vividas por elas são áridas. Outro ponto importante para as

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nossas conclusões é que os homens as desejavam mortas, como ainda desejam e o

romantismo presente nas palavras de Balzac, Poe, Laforgue trazia em textos e

poesias alusões sobre o suicídio e sua beleza. Hoje esse desejo misógino permeia

de forma disfarçada entre as mulheres e a sociedade, tão sutil que não é percebido

por nós, porque nos confunde e nos atrai.

Nas palavras iniciais de Morin, morre-se também por vaidade. Somos ainda a

imagem das ninfas do passado, a imagem fashion das revisas de moda, mostramos

o corpo desnudo como produto a ser consumido, “imagens, imaginadas e

estampadas”, diz Tiburi (2013, p. 423), ao referir-se ao interesse do patriarcado em

relação à mulher, porque ao mesmo tempo em que cultuamos o corpo, o

desprezamos. Somos imagens, “índice de idealização que é levada às últimas e

mais mórbidas consequências e que precisa ser pensada como problema sistêmico

e social” (SANTOS apud TIBURI , 2013, p.424).

Somos ninfas, somos Ofélias, somos tantas vezes imagens.

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REFERÊNCIAS DE IMAGENS

Todas as imagens utilizadas nesta série estão amplamente divulgadas na internet. Tendo buscado as imagens com melhor definição, encontramos sites de museus e muitos blogs de leitores ou apreciadores da arte e mesmo a utilização de imagens como mera ilustração para algum texto literário. Assim, por não terem relevância científica, não indicamos os sites de onde foram extraídas.

Hubert Gravelot - The play scene from Hamlet, 15__- 16__? Francis Hayman - Hamlet, óleo sobre tela, 1745 John Hamilton Mortimer - gravura, 1775, pen and ink, size approximately 11 x 13 inches, 1775 John Bell, gravura,1775. Henry Singleton , Ophelia, óleo sobre tela, 1791. J. Henry Fuseli, one of the drawings from the Roman Album, Hamlet and Ophelia from Shakespeare's 'Hamlet' (II, 1). 1775-1776 Pen and brown ink, with grey, black and rose washaguada com nanquim, 1770-78 Richard Westall, gravura, 1793. Henry Tresham, desenho 1794 Benjamin West, óleo sobre tela, 1792. Ophelia baseada na pintura de Benjamin West( litogravura), 1802 Francis Damby, Disappointed Love, 1821, óleo sobre tela. Joseph Severn, óleo sobre tela. 1831. Eugène Delacroix, Le chant d‟Ophélie, 1834. Richard Redgrave, Ophelia weaving her garlands, 1842. Eugène Delacroix, The death of Ophelia, gravura, 1843. Gustav Courbert, Ophelia, 1842 John Everett Millais,Ophelia, óleo sobre tela, 1851-2 Jon Everett Millais, Study of the head of Elizabeth Siddal for „Ophelia‟, pencil on paper, 1852. John Everett Millais, slight sketch for the painting of Ophelia,1852. John Everett Millais, Ophelia, 1852. Arthur Hughes, Ophelia, óleo sobre tela, 1852. Eugène Delacroix, La Mort d'Ophélie, oil on canvas, 1853. Dante Gabriel Rossetti, Hamlet e Ofélia, óleo sobre tela, 1858-59. Dante Gabriel Rossetti , Hamlet and Ophelia, 1858 Thomas Francis Dicksee, Ophelia, óleo sobre tela, 1861. William Gale, Ophelia, óleo sobre tela, 1862.

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William Gale, Ophelia ou Evangeline, óleo sobre tela, 1909. George Frederic Watts, Ophelia, óleo sobre tela, 1864. Thomas Francis Dicksee, Ophelia, 1865. Arthur Hughes, Ophelia, óleo sobre tela, 1863-64. August Preault, Ophelie, relevo em gesso, 1842. August Preault Ophelie, relevo em bronze, 1876 Federico Farufini, A morte de Ophelia, óleo sobre tela, 1864. Dante Gabriel Rossetti, The first madness of Ophelia, watercolour on paper, 1864, 39.4 x 29.2cm. Carl F. W. Trautschold, Ophelia, óleo sobre tela, 18__. Wiliam Gorman, Laertes e Ofelia, óleo sobre tela, 1879. George Frederic Watts, Estudo para Ofélia, 1879, James Sant, Ophelia, óleo sobre tela, 18__. George Jules Victor Clairin, Ophelia, óleo sobre tela, 18__. Jules Joseph Levebre, Ophelia, óleo sobre tela, 1890. George Jules Victor Clairin, Ophelia in the thistles, 18__. George Jules Clairin, Ophelia, óleo sobre tela, 18__. Jean Baptist Corot, Ophelia, óleo sobre tela, 1869. Pierre August Cot, Ophelia, óleo sobre tela, 1870. James Jean Baptiste Bertrand, Laerte e Ofélia, óleo sobre tela, 1872. James Jean Baptiste Bertrand, Ophelia, 1873, óleo sobre tela, Henry Nelson O‟Neil, Ophelia, 1874 Domenico Tojetti, Ophelia, óleo sobre tela, 1880. Madeleine Lemaire, Ophelia, óleo sobre tela, 1880. Ana Lea Merrit, Ophelia, óleo sobre tela, 1880. Maurice Greiffenhagen, Laertes e Ophelia, óleo sobre tela, 1885. George Dunlop Leslie,Ophelia, óleo sobre tela, 18__. Marcus Stone, Ophelia, óleo sobre tela, 1888. John William Waterhouse, Ophelia, óleo sobre tela, 1889. Henrieta Rae, Ophelia, óleo sobre tela, 1890. Thomas Francis Dicksee, Ophelia, óleo sobre tela, 1891. Paul Albert Steck, Ophelia, desenho para Ohelia, 1895. Paul Albert Steck, Ophelia, óleo sobre tela, 1895. Francis Macnair, Ophelia, óleo sobre tela, 1898. Harold Copping. Ophelia, óleo sobre tela, 1897.

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George Falkenberg, Ophelia, óleo sobre tela, 1898. Odilon Redon, Ophelia, óleo sobre tela, 1905. Lucien Levy Dhurmed, Ophelia, 1900 Odilon Redon, Death of Ophelia, 1905, óleo sobre tela, 1905. OdiloRedon, The predestined child (Ophelia), 1905. Odilon Redon, Ophelia, óleo sobre tela, 1905. Odilon Redon, Ophelia, óleo sobre tela, 1905. Margareth Mac donald, Ophelia, 1908. John William Waterhouse, Ophelia, óleo sobre tela, 1908. Ernest Herbert, Ophelia, óleo sobre tela, 1808. John William Waterhouse, Ophelia, óleo sobre tela, 1910. Ernest Herbert, Ophelia, óleo sobre tela, 1919. John William Waterhouse, Ophelia, óleo sobre tela, 1910. Pascal Adolphe Jean, Ophellia, óleo sobre tela, 1910. W. G. Simimonds, The drowing of Ophelia,1910. Arthur Prince-Spear, Ophelia, óleo sobre tela, 1926. Joseph Stella, Ophelia, óleo sobre tela, 1926. Salvador Dali, A morte de Ofélia, litogravura, 1973. Salvador Dali, Ophelia-death, gravura, 1973. Eduardo Naranjo, Cabeça-Ofélia, fotografia, 1996. Louise Bourgeois, Hamlet e Ofélia, litogravura, 1997. Tom Hunter, Life and death, 2000. Gregory Crewdson, Ophelia, fotografia, 2001. Alessandra Sanguinetti, Ophelias, fotografia, 2001. Desiree Dolron , Exteriors VIII, fotografia, 2004. Sayuri Guzman, Ophelia, performance, 2006. Iris van Dongen, Ophelia by night, pastel, carvão e aquarela sobre papel, 2011. Iris van Dongen, Ophelia, pastel e carvão sobre papel, 2009, Delfine Courtillot, Ophelia, fotografia, 2009.

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R177o Rampini, Lucia Castanho Barros. Ofélia: percurso íntimo de uma imagem idealizada /Lucia

Castanho Barros Rampini – 2013. 175 f., il.; 30 cm Tese (Doutorado em Educação, Arte e História da Cultura) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2013. Bibliografia: f. XX-XX.

1. Ofélia. 2. Mulher. 3. Morte. 4. Representação. 5. Criação. 6. Emancipação. I. Título. CDD 305.4