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OFICINA PEDAGÓGICA DE CÓDIGOS E LINGUAGENS ENSINO MÉDIO Dissertação argumentativa DEPEJA – SETOR DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 1

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OFICINA PEDAGÓGICA DE CÓDIGOS E LINGUAGENS

ENSINO MÉDIO

Dissertação argumentativa

DEPEJA – SETOR DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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Abrindo a mente...

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É possível encontrar argumentos

em campanhas publicitárias, textos

literários e obras de arte?

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Campanha do Ministério da Saúde sobre a Aids

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Poema de Fernando Pessoa – Heterônimo de Alberto Caeiro

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,Mas porque a amo, e amo-a por isso,Porque quem ama nunca sabe o que amaNem sabe por que ama, nem o que é amar...

Amar é a terna inocência,E a única inocência é não pensar

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Pintura Fuzilamentos de 3 de maio de 1808, do pintor espanhol Goya (pintado em 1814)

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A pintura retrata o fuzilamento de

camponeses espanhóis que

resistiram à ocupação

francesa pelas tropas de Napoleão

Bonaparte.

(Disponível em: http://obviousmag.org/archives/2006/05/repreensao_1.html. Acesso em 08 fev. 2011).

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Argumentos possíveis

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Argumentação

• Argumentar significa convencer, persuadir, induzir, aconselhar o outro a mudar de opinião; levar outra pessoa a concordar com o seu ponto de vista.

• Os argumentos validam e reforçam as ideias expostas.

• Exemplos de argumentos: fatos que podem ser comprovados pela história, pela ciência, pela estatística, por pesquisas, verdades inquestionáveis (A terra é redonda.), declarações de pessoas renomadas, deduções, comparações, relações de causa e consequência.

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Situações do cotidiano em que usamos a argumentação

• Estudantes: redação de textos das disciplinas, exames públicos (Enem, Encceja).

• Cidadãos: debates sobre questões sociais, políticas e culturais. Ex.: período eleitoral, carta aberta etc.

• Candidatos a emprego: carta de apresentação e entrevista (o candidato precisa convencer o entrevistador que tem condições de preencher a vaga).

• No trabalho: convencer o grupo de trabalho ou a chefia de que a sua ideia é viável e deve ser colocada em prática.

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Trecho do texto A História é uma história, de Millôr Fernandes

Com o passar dos séculos – o homem sempre foi muito lento – tendo desgastado um quadrado de pedra e desenvolvido uma coisa que acabou chamando de roda, o homem chegou, porém, a uma conclusão decepcionante – a roda só servia para rodar. Portanto, deixemos claro que a roda não teve a menor importância na História. Que interessa uma roda rodando? A ideia verdadeiramente genial foi a de colocar uma carga em cima da roda e, na frente, puxando a carga, um homem pobre. (...) Pois uma coisa é definitiva: a maior conquista do homem foi outro homem. O outro homem virou escravo e, durante séculos, foi usado como transporte (liteira), ar refrigerado (abano), lavanderia, e até esgoto, carregando os tonéis de cocô da gente fina.

(Millôr Fernandes. A História é uma história. Porto Alegre, LP&M, 1978. Disponível em http://www.etapa.com.br/gabaritos/resolucao_pdf/gab_2003/01_unicamp/fase1/UNICAMP2003R.pdf. Adaptado.

Acesso em 08 fev. 2011.) 9

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Reflexões sobre o trecho do texto A História é uma história, de Millôr Fernandes

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Reflexão Resposta Exemplo retirado do texto

1. Que verdade irrefutável (que não pode ser negada) o autor ousa questionar no texto?

A importância da invenção da roda na História.

...deixemos claro que a roda não teve a menor importância na História.

2. O que o autor pensa sobre o que é considerada uma das melhores invenções humanas?

O homem demorou muito para inventar a roda e quando o fez percebeu que a única finalidade dela era rodar.

Com o passar dos séculos – o homem sempre foi muito lento – tendo desgastado um quadrado de pedra e desenvolvido (...) uma roda, o homem chegou, porém, a uma conclusão decepcionante – a roda só servia para rodar.

3. Sob o ponto de vista do autor, qual foi a verdadeira ideia genial do homem?

A verdadeira ideia genial do homem foi perceber que a roda poderia movimentar uma carga que seria puxada, por sua vez, por uma pessoa pobre.

A ideia verdadeiramente genial foi a de colocar uma carga em cima da roda e, na frente, puxando a carga, um homem pobre.

4. Qual foi a consequência dessa ideia genial?

O ser humano percebeu que poderia conquistar outro homem.

Pois uma coisa é definitiva: a maior conquista do homem foi outro homem.

5. Quais argumentos ele utiliza para justificar a sua opinião?

Ao conquistar outro homem, o ser humano percebeu que poderia submetê-lo às suas vontades e necessidades egoístas, usando-o como liteira, ventilador, lavanderia e esgoto.

O outro homem virou escravo e, durante séculos, foi usado como transporte (liteira), ar refrigerado (abano), lavanderia, e até esgoto, carregando os tonéis de cocô da gente fina.

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O texto dissertativo-argumentativo• Deve “questionar a realidade, expressando um ponto de vista” por

meio da exposição de argumentos.

• Deve conter opiniões sobre os fatos e postura crítica sobre eles.

• Dissertar requer a organização lógica das ideias.

• A linguagem predominante é a denotativa (sentido literal das palavras).

• Impessoalidade: não deve aparecer quem faz as reflexões, pois mais importante é o assunto e não quem fala dele. Escrever “Eu acho que a linguagem usada na internet deveria ser proibida, pois causa confusão na mente das pessoas” indica uma opinião particular, não uma ideia de valor universal, compartilhada por um número maior de pessoas. Por isso, deve-se empregar a 3ª pessoa (singular ou plural): "A linguagem usada na internet deveria ser proibida, pois gera confusão na mente das pessoas”.

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Estrutura do texto dissertativo-argumentativo

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Título

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Estrutura do texto dissertativo-argumentativoTítuloTítulo IntroduçãoIntrodução DesenvolvimentoDesenvolvimento ConclusãoConclusão

• Síntese objetiva explícita ou implícita do que foi tratado.Deve conter poucas palavras.• Recomenda-se que se pense sobre ele no final, quando o texto já estiver pronto.• O título deve ser coerente ao que foi escrito, acompanhando o “tom” do texto: humorístico, irônico, sério, poético etc.

• É o primeiro parágrafo do texto.Deve:• apresentar a ideia geral do assunto;• prender a atenção do leitor para o que será discutido nos demais parágrafos.

• É considerada o “convite” do autor para que o leitor se disponha a ler o texto.

• Corresponde à argumentação, em que são fornecidos exemplos, dados, comparações, provas, causas e consequências. • É considerado o “recheio” do texto, pois é nesta parte em que o leitor conhece o ponto de vista do autor sobre o assunto.

• Corresponde ao último parágrafo do texto.• É considerada a “síntese” do que foi dito, uma resposta ao ponto de vista exposto no início do texto. • Deve estar sintonizada com o que foi exposto anteriormente.• Deve fechar o raciocínio do autor e abrir possibilidades de reflexão para o leitor.• Sugestões de expressões que podem facilitar a redação da conclusão: é assim que, conclui-se que, em suma, em resumo, em consequência, em conclusão, assim etc.

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Contra a exploração sexual pela internet1º§ Crianças e adolescentes que usam as tecnologias de informação e comunicação sem

supervisão podem ser levados a sites com conteúdo pornográfico, a publicar fotos e informações pessoais inadequadas em redes sociais ou, pesadelo de pais e mães, a bater papo com o novo "amiguinho" sem saber que, do outro lado da tela, há, na verdade, um adulto com intenção de atraí-los para fins de abuso, exploração sexual ou tráfico de seres humanos.

2º§ Com o objetivo de prevenir esses e outros riscos, hoje, 8 de fevereiro, comemora-se o Dia da Internet Segura. A campanha incentiva ações de prevenção virtuais e/ou presenciais e, em 2011, mobiliza 65 países, com o tema "Estar on-line é mais que um jogo. É sua vida". Para participar, basta realizar sua ação e divulgá-la gratuitamente no seguinte site: www.diadainternetsegura.org.br.

3º§ Afinado com essa campanha, desde 2009 o Projeto CPP Brasil − Parceria para a Proteção da Criança e do Adolescente promove o uso seguro das tecnologias para prevenir a violência sexual contra crianças e adolescentes e fortalecendo agências de aplicação da lei para responsabilizar ofensores.

4º§ Medidas preventivas eficazes engajam ativamente crianças e adolescentes a identificar riscos e a buscar soluções, promovendo mudança: de comportamentos de risco a comportamentos seguros.

5º§ É essencial não apenas educar sobre valores e direitos como (auto)respeito e dignidade, mas também tecer uma rede de proteção envolvendo os atores do sistema de garantia de direitos: amigos, famílias, escolas, polícias e, especialmente, Lan houses, local em que tantos jovens navegam, quase sempre, desprotegidos.

6º§ São necessários investimentos no desenvolvimento de tecnologias para recebimento de denúncias e investigação de crimes e na oitiva humanizada de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, para a responsabilização de ofensores conforme a lei.

7º§ O Projeto CPP Brasil alinha-se ao Dia da Internet Segura mirando idêntico horizonte: despertar e engajar famílias, Estado e sociedade na construção de rede ativa de proteção de crianças e adolescentes contra a violência e a exploração sexual facilitadas pelas tecnologias de informação e comunicação.

(Benedito Rodrigues dos Santos e Maria Emilia Accioli N. Bretan. Fonte: Jornal Folha de S.Paulo: Caderno Tendências/ Debates, 08 fev. 2011. Adaptado.)

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Identificando os elementos do texto dissertativo-argumentativo Contra a exploração sexual pela internet

TítuloTítulo IntroduçãoIntrodução DesenvolvimentoDesenvolvimento ConclusãoConclusão

• Os autores optaram por um título objetivo que sintetiza o assunto a ser abordado. • Não há presença de humor ou ironia, pelo contrário, o tom do título é sério e representa um apelo à sociedade para posicionar-se desfavoravelmente ao ato torpe de exploração sexual pela internet.

• O texto vai tratar sobre os riscos que crianças e adolescentes correm por fazer uso, sem supervisão, das Tics (Tecnologias da Informação e Comunicação).• Corresponde ao 1º parágrafo.

• Os autores elencam duas ações proativas para evitar a exposição de crianças e adolescentes a sites suspeitos: campanha internacional Dia da Internet Segura, 2º parágrafo e o projeto CPP – Brasil, 3º parágrafo.• No 4º parágrafo, os autores afirmam que as propostas para se fazer bom uso da internet devem incluir crianças e jovens.• No 5º parágrafo, os autores acrescentam que é preciso o engajamento de todos os envolvidos no uso da Tics, como família, amigos, lan houses etc.• No 6º parágrafo, os autores manifestam a importância de investimentos em mecanismos legais de punição aos infratores que atuam com as Tics.

• Os autores fazem uma síntese sobre o que abordaram ao longo da dissertação, afirmando que o uso seguro da internet por crianças e jovens só ocorrerá quando houver mobilização da sociedade civil e do governo para que as Tics sejam utilizadas de maneira mais segura. (7º parágrafo)

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Contra a exploração sexual pela internet1º§ Crianças e adolescentes que usam as tecnologias de informação e comunicação sem

supervisão podem ser levados a sites com conteúdo pornográfico, a publicar fotos e informações pessoais inadequadas em redes sociais ou, pesadelo de pais e mães, a bater papo com o novo "amiguinho" sem saber que, do outro lado da tela, há, na verdade, um adulto com intenção de atraí-los para fins de abuso, exploração sexual ou tráfico de seres humanos.

2º§ Com o objetivo de prevenir esses e outros riscos, hoje, 8 de fevereiro, comemora-se o Dia da Internet Segura. A campanha incentiva ações de prevenção virtuais e/ou presenciais e, em 2011, mobiliza 65 países, com o tema "Estar on-line é mais que um jogo. É sua vida". Para participar, basta realizar sua ação e divulgá-la gratuitamente no seguinte site: www.diadainternetsegura.org.br.

3º§ Afinado com essa campanha, desde 2009 o Projeto CPP Brasil − Parceria para a Proteção da Criança e do Adolescente promove o uso seguro das tecnologias para prevenir a violência sexual contra crianças e adolescentes e fortalecendo agências de aplicação da lei para responsabilizar ofensores.

4º§ Medidas preventivas eficazes engajam ativamente crianças e adolescentes a identificar riscos e a buscar soluções, promovendo mudança: de comportamentos de risco a comportamentos seguros.

5º§ É essencial não apenas educar sobre valores e direitos como (auto)respeito e dignidade, mas também tecer uma rede de proteção envolvendo os atores do sistema de garantia de direitos: amigos, famílias, escolas, polícias e, especialmente, lan houses, local em que tantos jovens navegam, quase sempre, desprotegidos.

6º§ São necessários investimentos no desenvolvimento de tecnologias para recebimento de denúncias e investigação de crimes e na oitiva humanizada de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, para a responsabilização de ofensores conforme a lei.

7º§ O Projeto CPP Brasil alinha-se ao Dia da Internet Segura mirando idêntico horizonte: despertar e engajar famílias, Estado e sociedade na construção de rede ativa de proteção de crianças e adolescentes contra a violência e a exploração sexual facilitadas pelas tecnologias de informação e comunicação.

(Benedito Rodrigues dos Santos e Maria Emilia Accioli N. Bretan. Fonte: Jornal Folha de S.Paulo: Caderno Tendências/ Debates, 08 fev. 2011. Adaptado.)

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Procedimentos úteis para a elaboração da dissertação argumentativa

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• Ler e reler a proposta.• Interpretar o(s) texto(s) que acompanham a proposta.• Selecionar as informações que podem ser aproveitadas para o desenvolvimento da argumentação.• Incluir outras informações que se relacionem ao tema. A condição básica para isso é “conhecer o assunto”.• Articular as informações contidas no(s) texto(s) e as que você possui (de suas vivências, experiências, leituras) em argumentos.• Enumerar em ordem lógica os argumentos que serão utilizados (apresentação das causas, dificuldades enfrentadas, consequências, soluções etc.). É importante prever o que se vai escrever, ou ainda, traçar um projeto de escrita, em que se planeja como as ideias serão inseridas em uma sequência que faça sentido. Nesta etapa é preciso que fique claro qual o ponto de vista sobre o assunto.• Ler novamente o texto antes de passar a limpo para verificar se o assunto está bem discutido, se os argumentos são convincentes e se atende plenamente ao que a proposta exige.

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Agradecemos pela participação!

[email protected]

Estela Garcia da Silveira

[email protected]

Juliana de Cássia Ribeiro

DEPEJA – Setor de Educação de Jovens e Adultos

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