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•T %J If '. » . Integra da Declaração Aprovada Pela Conferência Dos Partidos Comunistas 19 SlkTjll *-J æI "-l «¦ N"II' ¦ B 1 I I y I I |-» flH ANO II Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de dezembro de 1960 N? 94 Diretor Executivo Orlando Bomfim Jr. Diretor Mário Alves Redator-Chefe Fragmon Borges Aos leitores Por motivo da publicação, nesta edição, de um suplemento conten- do a integra-da Declaração apro- vada pela Conferindo doi Par- lidos Comunistas, recentemente realizada em Moscou, NOVOS RUMOS não circula com o seu habitual segundo caderno. A outra face da TV: exploração e injustiça para os pequenos DOR TRÁS das câmeras de televisão, entre aquiles que não são os grandes cartazes mas são personagens essenciais à apresentação dos bons programas, o que predomina é um cli- ma de exploração e injustiças. O leitor encontrará na 8" página ampla repor- lagem sobre a vida desses anônimos da TV, quanto ganham como são tratados. Âeroviários em greve exigem um aumento salarial de 50% fgEPOIS de esgotarem Iodas as pos- sibilidades para um entendimento amigável, visando a solução para o seu pedido de aumento salarial, os 20 mil trabalhadores aeroviários de todo o país entraram em greve a zero hora da última quarta-feira, paralisando to- talmente os serviços de terra da aviação comercial brasileira. As guarnições de todos os aeroportos, bem como as ofi- cinas das empresas aéreas estão com as suas atividades paralisadas, o que agrava o problema da segurança do vôo. Leia reportagem na 2* página. Nâo Basta a Intervenção de Lacerda Telefônica : Acabar Com o Monopólio da Light é a Única Solução TEXTO NA TERCEIRA PÁGINA REPRESENTANTES de 81 partidos co- munistas e operários (foto abai- xo) discutiram, na recente Conferindo realizada em Moscou, os problemas atuais da situação internacional con- temporânea e da lula pela paz, a in- dependência nacional, a democracia e o socialismo. O documento então apro- vado (publicado nesta edição, em su- plemcnto) possui inestimável valor, não apenas ao esclarecer as questões que aborda. comb também ao indicar os caminhos que levarão à solução des- sas questões, As principais caracteris- ticas dos últimos anos assinala o documento são o crescimento do po- derio e da influência internacional do sistema socialista mundial, o proces- so de desagregação do sistema colo- nial sob os golpes do movimento na- cional-libertador, o acirramento das lutas de classe no mundo capitalista, bem como o prosseguimento do pro- cesso de enfraquecimento e decompo- sição do sistema capitalista mundial. Torna-se cada vez mais evidente no mundo a superioridade das forças do socialismo sobre o imperialismo, das forças da paz sobre as da guerra. Mos- Ira o documento que o conteúdo prin- cipal, a direção principal e as princi- pais peculiaridades do desenvolvimento histórico da sociedade humana são de- terminados hoje pelo sistema socialista mundial e pelas forças que lutam con- tra o imperialismo, pela reorganização socialista da sociedade. O imperialis- mo, por mais que se esforce, não po- dera deter o progresso da história. ^::.fi.-fi^Y'fi:.fi;--?ivfiffii!"l''->-¦. - , ^*>-^""™~~*»^::.{h, . y VTA ;¦•¦..-¦•¦¦•/ - ^""¦<"*~~»*~.^ ¦*.,yy."y.:y .^Vr^fe-Y;^^^^"1'^'.1^..'^^^.^.' '; fÍÉi'i «ir " yf--/:-y^ -u^u^ XX:X t ÍY"Y'Y-YYY"Y-*\_________________________________j_____?^^vYY' y4•¦.. .^^__________________________________. ?Y„.Y-#Yy<- ¦—«-—~-^ '-V '^WÉWWB-J**-*•*¦¦* J«í..y'vívY ^m\WÊEm$>*4\ ••¦¦¦¦ æ' r ^**************sT***li ,-^ _^^mm^^m^N.¦ IhUw^\.*Jf y^r / ____¦_______\M.i .- AtM\. ''X^fl HkYV ¦¦' If VY¦#.'*.>.'..¦ - / MMKV& ¦ JÊ»mm. æ^AmMmmT^¦wLJKF í AMBlW- / AMmm. 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Referiu-se às Ligas Camponesas e transmitiu declarações alarmantes feitas pelos governadores Cid Sampaio e Juraci Magalhães. Em artigo publicado na 3' página, nosso redator Almir Matos comenta as le- portagens de Heráclio Salles e denun- cia o alarma anticomunista dos govei- nadores dos Estados de Pernambuco e da E)ahia. Massacre colonial dos franceses contra argelinos Q GOVERNO Provisório da Repúbli- ca Argelina enviou um protesto à ONU condenando o massacre pratica- do pelo exército colonial francês e pe- los diieitistas da Argélia contra os muiçumanos que, às dezenas de milha- res, se manifestaram nos últimos dias contra as manobras dos «ultras» e de de Gaulle para conservar o colônia- lismo. Os argelinos exigem a realiza- ção de um referendum controlado pela ONU para que o próprio povo do país ri?cic'a de seu futuro e o reconheci- mento do GPRA como seu legítimo re- presentante. Leia o artigo de Fausto Cupertino na 7' página. Peru: índio e camponês nâo têm vez A MISÉRIA dos camponeses peruanos vem de muito tempo e não cessou de piorar em toda a história do país. Enquanto três mil proprietários das 'grandes famílias ¦ latifundiárias pos- suem quase dois lêiços de toda a ler- ra aravel, cerca de dez milhões de camponeses se espremem no terço res- fonte. Dessa massti de pobies, desta- cam-se os índios, mais de seis milhões, cujas condições de vida pioram desde a conquista espanhola. Agora, prepara-se uma «reforma agrária.' ori- ginal, dirigida pelos próprios latifun- diários e seu governo. Rcporlagem na 7 página. Uma Bandeira de Luta MARIO ALVES I m. yY Y?Y! :Í',Í ; I I ,-.¦:•:•æA =a^^'ásVs»R!^ãysa^iM^^^^,«Xg^^"*¦-¦<*'¦"*¦¦¦.¦'*>»!>-¦¦ •> ¦¦-¦ •¦v'>m->~.«&**áx ^^TI^^wfffilfriMs^^-vv>- ''"AmmWWmmW^ Kfl IIHIIHI WwWmsM&Mmv^w**±i ¦¦fWWF'|F|Hi ?# Bi|^^B^MMM:_jB__________._______________»______________^^,;.:.._* 1.4 ,: eS ::' Sf" kâi 'f l'-41 ¦ B^DBSfÍ^'^S' S^WWWWWi^^Tv^',".'¦. 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O documento que ela- fi| boraram não é apenas uma declaração de princípios, mas um grandioso programa de ação de movimento comunista mundial. AS CONCLUSÕES da Declaração se fundamentam num profundo exame do caráter da época em que vivemos época de transição do capitalismo ao socialismo. A característica essencial de nosso tempo consiste em que o sistema socialista mundial Iransfor- ma-se no fator decisivo do desenvolvimento da socie- dade humana. Mudou profundamente a correlação de forças entre o velho sistema capitalista, em processo acelerado de desagregação, e o novo sistema sócia- lista, que avança impetuosamente para conquistar a supremacia absoluta no terreno econômico. Todas as forças revolucionárias convergem na lula contra o sis- tema imperialista: os povos que constróem o socialis- mo e o comunismof o movimento revolucionário da classe operária nos países capitalistas, os povos opri- midos que lutam pela libertação nacional. rjENTRO desse quadro, a Declaração situa o proble- ma crucial de nossa época a questão da guerra e da paz. Enquanto existir o imperialismo, con- tinuarà a haver terreno para as guerras agressivas ¦— conclui o documento, depois de analisar a política de provocações guerreiras dos imperialistas e apontar o imperialismo norte-americano como o inimigo prin- cipal dos povos. A natureza agressiva do imperialismo não se modificou, nem desapareceu o perigo de uma nova guerra mundial. Entretanto, existem hoje forças que podem conjurar os planos agressivos. Com a união dos esforços do campo socialista mundial, da classe operária internacional, do movimento de libertação dos povos, dos países que aluam contra o guerra e de todas as forças que amam a paz é possível evitar um conflito mundial efue significaria, com o emprego dos meios modernos de extermínio em massa, a morte e o sofrimento para centenas de milhões de pessoas. ^*| MOVIMENTO comunista mundial reafirmou, assim, unânimenienle, sua firme politica de paz, pela coexistência pacifica dos países com distintos regimes sociais. O sistema socialista pode e deve vencer alia- vés da competição pacifica com o mundo capitalista. DEVESTE-SE de particular interesse paia os comu- nistas e as forcas progiessislas do Brasil a aná- lise que se faz no documento sobre os movimentos de libertação nacional nos países coloniais e dependen- tes. A Declaração consagra especial atenção ao papel cia classe operária nas revoluções nacionais e demo- erólicerr. à formação da aliança do proletariado com os camponeses e ei necessidade da frenle única de todas as forcas patrióticas da nação. O capítulo de- dicado ò lula da classe operaria nos países capila- listas generaliza a rica expeiiència das ações unitárias no movimento opeiario e reafirma a possibilidade da transição pacifica cio socialismo em vários paises. CM SUA paite final, a Declaração proclama a uni- dade inqucbiantável dos Partidos Comunistas e Operáric do todos os paises. Mais uma vez ficaram desmoralizadas as especulações da imprensa reacio- nária sóbie uma pictensa cisão do movimento comu- nisla e do sistema iocicilista. Fracassaiam os que con- lavam com tal cisão para semear a discórdia no mo- vimento comunista de cada pais. A Declaração constitui uma expressão viva do internacionalismo proletário, da identidade fundamental de interesses entre os países socialistas, entre os tiabalhadores de lodo o mundo. - æx A CONFERÊNCIA de Moscou deu aos comunistas um programa de acòo c uma bandeira de luta. O dever de cada combatente da causa operária é estu- dar esse documento e organizar a luta para tornar realidade suas indicações. As idéias grandiosas nele contidas hão de inspirar nâo apenas os comunistas, mas milhões de homens e mulheres que aspiram à paz, à democracia e ao progresso social. ¦J

Telefônica: Acabar Com o Monopólio da Light é a Única Solução · da última quarta-feira, paralisando to-talmente os serviços de terra da aviação comercial brasileira. As

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Integra da Declaração Aprovada Pela Conferência Dos Partidos Comunistas

19 SlkTjll *-J I "-l«¦ "II' K« ¦ B 1 I I y I I |-» flH

ANO II Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de dezembro de 1960 N? 94

Diretor Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves Redator-Chefe — Fragmon Borges

Aos leitores

Por motivo da publicação, nestaedição, de um suplemento conten-do a integra-da Declaração apro-vada pela Conferindo doi Par-lidos Comunistas, recentementerealizada em Moscou, NOVOSRUMOS não circula com o seuhabitual segundo caderno.

A outra face da TV:exploração e injustiça

para os pequenosDOR TRÁS das câmeras de televisão,

entre aquiles que não são osgrandes cartazes mas são personagensessenciais à apresentação dos bonsprogramas, o que predomina é um cli-ma de exploração e injustiças. O leitorencontrará na 8" página ampla repor-lagem sobre a vida desses anônimosda TV, quanto ganham • como sãotratados.

Âeroviários em greveexigem um aumentosalarial de 50%fgEPOIS de esgotarem Iodas as pos-

sibilidades para um entendimentoamigável, visando a solução para oseu pedido de aumento salarial, os 20mil trabalhadores aeroviários de todoo país entraram em greve a zero horada última quarta-feira, paralisando to-talmente os serviços de terra da aviaçãocomercial brasileira. As guarnições detodos os aeroportos, bem como as ofi-cinas das empresas aéreas estão comas suas atividades paralisadas, o queagrava o problema da segurança dovôo. Leia reportagem na 2* página.

Nâo Basta a Intervenção de Lacerda

Telefônica : AcabarCom o Monopólio da Lighté a Única Solução

TEXTO NA TERCEIRA PÁGINA

REPRESENTANTES de 81 partidos co-munistas e operários (foto abai-

xo) discutiram, na recente Conferindorealizada em Moscou, os problemasatuais da situação internacional con-temporânea e da lula pela paz, a in-dependência nacional, a democracia eo socialismo. O documento então apro-vado (publicado nesta edição, em su-plemcnto) possui inestimável valor, nãoapenas ao esclarecer as questões queaborda. comb também ao indicar oscaminhos que levarão à solução des-sas questões, As principais caracteris-ticas dos últimos anos — assinala odocumento — são o crescimento do po-derio e da influência internacional dosistema socialista mundial, o proces-so de desagregação do sistema colo-nial sob os golpes do movimento na-cional-libertador, o acirramento daslutas de classe no mundo capitalista,bem como o prosseguimento do pro-cesso de enfraquecimento e decompo-sição do sistema capitalista mundial.Torna-se cada vez mais evidente nomundo a superioridade das forças dosocialismo sobre o imperialismo, dasforças da paz sobre as da guerra. Mos-Ira o documento que o conteúdo prin-cipal, a direção principal e as princi-pais peculiaridades do desenvolvimentohistórico da sociedade humana são de-terminados hoje pelo sistema socialistamundial e pelas forças que lutam con-tra o imperialismo, pela reorganizaçãosocialista da sociedade. O imperialis-mo, por mais que se esforce, não po-dera deter o progresso da história.

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0 Nordeste,os camponesese os governadoresWUMA SERIE de reportagens publi-

cadas no Jornal do Brasil', ojornalista Heráclio Salles revelou o qua-dro de miséria em que vivem os cam-poneses do Nordesle -•- < a poucashoras do Recife e a dois séculos denossa civilização*». Referiu-se às LigasCamponesas e transmitiu declaraçõesalarmantes feitas pelos governadoresCid Sampaio e Juraci Magalhães. Emartigo publicado na 3' página, nossoredator Almir Matos comenta as le-portagens de Heráclio Salles e denun-cia o alarma anticomunista dos govei-nadores dos Estados de Pernambuco eda E)ahia.

Massacre colonialdos francesescontra argelinos

Q GOVERNO Provisório da Repúbli-ca Argelina enviou um protesto à

ONU condenando o massacre pratica-do pelo exército colonial francês e pe-los diieitistas da Argélia contra osmuiçumanos que, às dezenas de milha-res, se manifestaram nos últimos diascontra as manobras dos «ultras» e dede Gaulle para conservar o colônia-lismo. Os argelinos exigem a realiza-ção de um referendum controlado pelaONU para que o próprio povo do paísri?cic'a de seu futuro e o reconheci-mento do GPRA como seu legítimo re-

presentante. Leia o artigo de FaustoCupertino na 7' página.

Peru: índioe camponêsnâo têm vezA MISÉRIA dos camponeses peruanos

vem de muito tempo e não cessoude piorar em toda a história do país.Enquanto três mil proprietários das'grandes famílias ¦ latifundiárias pos-suem quase dois lêiços de toda a ler-ra aravel, cerca de dez milhões decamponeses se espremem no terço res-fonte. Dessa massti de pobies, desta-cam-se os índios, mais de seis milhões,cujas condições de vida só pioramdesde a conquista espanhola. Agora,prepara-se uma «reforma agrária.' ori-ginal, dirigida pelos próprios latifun-diários e seu governo. Rcporlagem na7 página.

Uma Bandeira de LutaMARIO ALVES

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K|0VOS RUMOS publica hoje um documento quehá de exercer considerável influência nos acon-

tecimentos históricos de nossa época: a Declaração daConferência dos Partidos Comunistas e Operários, rea-lizada em Moscou em novembro último. Representantes'

!k|S de 81 partidos marxista-leninistas reuniram-se paraanalisar os problemas de nosso tempo à luz da teoria

B revolucionária ao proletariado. O documento que ela-

fi| boraram não é apenas uma declaração de princípios,mas um grandioso programa de ação de movimentocomunista mundial.

AS CONCLUSÕES da Declaração se fundamentamnum profundo exame do caráter da época em

que vivemos — época de transição do capitalismo aosocialismo. A característica essencial de nosso tempoconsiste em que o sistema socialista mundial Iransfor-ma-se no fator decisivo do desenvolvimento da socie-dade humana. Mudou profundamente a correlação deforças entre o velho sistema capitalista, em processoacelerado de desagregação, e o novo sistema sócia-lista, que avança impetuosamente para conquistar asupremacia absoluta no terreno econômico. Todas asforças revolucionárias convergem na lula contra o sis-tema imperialista: os povos que constróem o socialis-mo e o comunismof o movimento revolucionário daclasse operária nos países capitalistas, os povos opri-midos que lutam pela libertação nacional.

rjENTRO desse quadro, a Declaração situa o proble-ma crucial de nossa época — a questão da

guerra e da paz. Enquanto existir o imperialismo, con-tinuarà a haver terreno para as guerras agressivas¦— conclui o documento, depois de analisar a políticade provocações guerreiras dos imperialistas e apontaro imperialismo norte-americano como o inimigo prin-cipal dos povos. A natureza agressiva do imperialismonão se modificou, nem desapareceu o perigo de umanova guerra mundial. Entretanto, existem hoje forças

que podem conjurar os planos agressivos. Com a uniãodos esforços do campo socialista mundial, da classeoperária internacional, do movimento de libertação dos

povos, dos países que aluam contra o guerra e detodas as forças que amam a paz — é possível evitar

um conflito mundial efue significaria, com o empregodos meios modernos de extermínio em massa, a mortee o sofrimento para centenas de milhões de pessoas.

^*| MOVIMENTO comunista mundial reafirmou, assim,unânimenienle, sua firme politica de paz, pela

coexistência pacifica dos países com distintos regimessociais. O sistema socialista pode e deve vencer alia-vés da competição pacifica com o mundo capitalista.

DEVESTE-SE de particular interesse paia os comu-nistas e as forcas progiessislas do Brasil a aná-

lise que se faz no documento sobre os movimentos delibertação nacional nos países coloniais e dependen-tes. A Declaração consagra especial atenção ao papelcia classe operária nas revoluções nacionais e demo-erólicerr. à formação da aliança do proletariado comos camponeses e ei necessidade da frenle única detodas as forcas patrióticas da nação. O capítulo de-dicado ò lula da classe operaria nos países capila-listas generaliza a rica expeiiència das ações unitáriasno movimento opeiario e reafirma a possibilidade datransição pacifica cio socialismo em vários paises.

CM SUA paite final, a Declaração proclama a uni-dade inqucbiantável dos Partidos Comunistas e

Operáric do todos os paises. Mais uma vez ficaramdesmoralizadas as especulações da imprensa reacio-nária sóbie uma pictensa cisão do movimento comu-nisla e do sistema iocicilista. Fracassaiam os que con-lavam com tal cisão para semear a discórdia no mo-vimento comunista de cada pais. A Declaração constituiuma expressão viva do internacionalismo proletário, daidentidade fundamental de interesses entre os paísessocialistas, entre os tiabalhadores de lodo o mundo.• - xA CONFERÊNCIA de Moscou deu aos comunistas um

programa de acòo c uma bandeira de luta. Odever de cada combatente da causa operária é estu-dar esse documento e organizar a luta para tornarrealidade suas indicações. As idéias grandiosas nelecontidas hão de inspirar nâo apenas os comunistas,mas milhões de homens e mulheres que aspiram à paz,à democracia e ao progresso social.

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~ 2 fMBÊSSSSS Rio d. Janeiro, semana de 16 a 22 de dezembro de 19<^0_ —>

Os Trabalhadoresde Recife na LutaPela Pai idade

r Talvez os trabalhadores marítimos,

purtuúrios e ferio*.'!.dos não recebamc benefícios do paridade antes dotíalal, como prometeu o presidente dan'publica. Mas a verdade e que a

puridade de vencimentos entre civis tmilitares foi conquistada. Os trabalha-cores pernambucanos orgulham-se dehaver contribuído para o êxito dessemovimento, Nenhum barco dos que see iconfravam ancorados no Porto de Re-

Cii*a movimentou-se a partir do dia 8et novembro. Nos 23 navios que ali;• encontravam ninguém trabalhou. Foie.aarla uma exceção apenas para osnavios estrangeiros, após entendimen-

tos havidos entre as federações dos ser-v,'do;es e portuários. Desse modo, osnavios entre os quais o -vOcean Skip-

ptr>, liberiano; e o (Scortons*,inglês,i*ceberom cerca de dez mil toneladasee açúcar cada um.

UnidadeMas os navios nacionois ficaram

totalmente paralisados. Os marítimose portuários mantiveram-se unidos • fir-rr.es, vigilantes t cheios de entusiasmodssde o inicio da greve. No terceiro diado movimento paredista, frente asameaças e manobras do almirante che-1'e do Distrito Naval aos marítimos em-k arcados, três navios de bandeira na-r.ooal começaram a furar a greve: «Oò. Paulo o «Guanabara, e o «Ariol;.Mas, graças à solidariedade dos estiva-dores e portuários, bem como às me-cídas adotadas pelo comando grevis-ta, a tripulação dos referidos navios,

que havia iniciado o trabalho, voltoua paralisá-lo às 12 horas da manhã.

O Sindicato dos Portuários e dos Es-tivadores mantiveram-se em assembléiapermanente e adotaram, entre outras,as seguintes medidas: 1) Declararem--se em greve de solidariedade, casohouvesse prisões e interdição nos sin-dicatos; 2) Não trabalhar sob coaçãopolicial; 3) Oferecer, os estivadores,uma contribuição de 50 mil cruzeirosaos grevistas; 4) Endereçar protestos àsnu.oridades federais contra as prisões* intervenções nos sindicatos realiza-das pela policia, no sul do pais.

Solidariedade

Por outro lado, os dirigentes sindi-cais de todas as demais categorias pro-fissionais mobilizaram-se em solidarie-dadt aos grfevistas. A Assembléia Le-gislaliva, refletindo os anseios dasmassas trabalhadoras e do povo doEstado, dirigiu-se ao Congresso Nacio-nal solicitando-lhe a aprovação urgentedo projeto de paridade.

A opinião pública ficou solidáriacom os grevistas, demonstrou sua sim-patia ò luta pela paridade e condenoua política do governo federal de esfo-meamento dos trabalhadores.

Os ferroviários, que participavamdo pacto de ação comum firmadopelas três grandes corporações, também

AMARO VALENTIM

honraram os seus compromissos e pa-ralisaram completamente o trabalhodurante vinte e quatro horas. Essa gre-

ve será objeto de outra reportagem.

Pressão das autoridades

A medido em que crescia a uni-dade das três corporações em luta, asautoridades e os representantes patro-nais( em pânico, começavam a lançarmão de medidas terroristas e de todoespécie de manobras a fim de enfroque-cer a unidade e o espirilo de luta dosgrevistas e fazer fracassar o movimen-to pela paridade. O almirante baixoude seu alto posto de Comandante Mi-litor, para desempenhar um papel, deautêntico pelego entre as entidades sin-dicais e os trabalhadores. A Capitaniados Porlos foi transformada num quar-tel de provocações e ameaças. O ai-mirante tentou coagir, com ameaçasdiferentes, os líderes sindicais qut ope-ram na Orla Marítimo. Alguns dirigtn-tes de classe chegaram a st com-prometer a fazer seus companheirosretornar ao trabalho. Ante esse com-promisso, o almirante reuniu os coman-dantes, dos navios, e exigiu que osmesmos pusessem as suas respectivastripulações a trabalhar. Mas essasameaças não surtiram maiores efeitos.A tripulação dos três navios que ini-ciaram o trabalho, alertadas pelos pi-quetes de greve, voltaram a cruzar osbraços, logo depois.

A verdade é que, só 12 horas de-pois de cessado o movimento no Es-tado da Guanabara, o pessoal deRecife voltou ao trabalho. Nem asameaças, nem os boatos alarmantes, fi-zeram quebrar a unidade • vigilânciados grevistas. Esses são alguns aspec-tos que confirmam a importante con-tribuição que os trabalhadores de Or-le Marítima de Pernambuco deram àgreve nacional pela paridade, queacabou plenamente vitoriosa.

A unidade nacional de marítimos,portuários e ferroviários, a solidarieda-de das demais categorias profissionais,dos estudantes e das forças dtmocráti-cas e progressistas, asseguraram o èxi-to do movimento e impediram que asforças reacionárias conseguissem osseus intentos de decretar o estado dtsítio • promover um retrocesso no de-senvolvimenfo democrático do pais.

Os trabalhadores da Orla Marítimade Pernambuco estão dispostos a selara unidade com os marítimos tm gerala fim de, unidos e organizados, emgrau superior, conquistar mais as se-guintei reivindicações: a estiva direta,o salário profissional pare os portuá-rios, o convênio de trabalho direto en-Ue as Docas e os portuários de Recife,t a liberdade e autonomia sindicais.A unidade nacional dos marítimosi es-tivadores, portuários, arrumadores, con-ferentes e ferroviários, é condição indis-pensável para novas vitórias de nossomovimento reivindicalório.

Vinte Mil Aeroviáriosem Greve Nacional

Depois de julgarem ofensiva a con-traproposta patronal que lhes ofere-cia um aumento salarial de 30%, des-prezando todas as demais reivindica-cões da classe, os 20 mil trabalhadoresaeroviários de todo o pais decidiramentrar em greve a zero hora cia úl-tima quarta-feira, exigindo a satisía-ção de suas reivindicações, que sáoas seguintes:

Ij aumento salarial de òQ'r. comum mínimo de cinco mil cruzeiros, apartir de 16 do corrente;

_J concessão de um Abono de Na-tal no valor de Cr? 10.000,00, até odia 24 do corrente e

3i estaoeleciniento do um reajusta-mento de CrS 1.000,00 por trièriio deserviço.

Paralisação totalA greve foi decidida numa assem-

bléia geral realizada no Sindicato dosComerciarios, que contou com a par-ticipação dos representantes dos ae-roviários de São Paulo e de MinasGerais, e de autoridades governamen-tais. Depois de rejeitarem a propostapatronal de um aumento de 30^r. comum mínimo de três mil cruzeiros, ede recusarem o apelo do ministro doTrabalho para que o movimento fosseadiado por 48 horas, os aeroviárioscariocas decidiram decretar a grevegeral. A decisão foi adotada, momen-tos depois, pelos aeroviários de todo opais.

.. *Proposta ministerialk

Exáitmente as duas horas da ma-drugada do dia 14. do corrente, o Di-retor cio Departamento Nacional doTrabalho, sr. Nllton Lima, convidavaos lideres aeroviários para uma rcu-não. a fim de lhes transmitir uma pro-posta do ministro do Trabalho, ofe-recendo um aumento salarial de 357.A proposta foi rejeitada pelos lideressindicais, que continuaram exigindo ocumprimento das reivindicações apro-vadas pelua aeroviários em assembl;iaseral.

Fracasso nos entendimentosA greve foi decretada depois de os

aeroviários haverem esgotado todas aspossibilidades de um entendimentoamigável, tentado durante trintadias, através de cinco mesas redondasque se realizaram no DNT, com aparticipação das autoridades minis-teriais, do Sindicato das Empresas deAviação Comercial, e das empresasnão sindicalizadas.

Os trabalhadores, após decidirem adeflagração da greve, salientaram quecontinuam confiando em que o minis-tro do Trabalho prosseguirá envidandotodos os esforços para encontrar umasolução capaz de atender as mínimasreivindicações dos aeroviários.

Vôos insegurosCom a greve dos aeroviários. quedeterminou a paralisação de todos os

serviços de terra da aviação comer-ciai. o perigo de desastres nas linhasaéreas se acentua a cada momento,uma vez que não estão funcionandoos serviços de rádio-comunlcações deterra, os serviços de abastecimento ede manutenção das aeronaves. Êsscfato. por outro lado, poderá deter-minar a extenção da greve aos aero-nautas, que começam a se recusar acontinuação dos vôos, em virtude dasprecárias condições de funcionamentodas empresas.

Vantagens governamentaisEm manifesto dirigido aos trabalha-

dores, ao povo e às autoridades, osaeroviários denunciam que os proprie-tá rios das empresas de aviação comer-ciai retardaram dellberadámente a so-luçào do problema salarial dos seusempregados, tendo como único obie-!ívo conseguir maiores subvenções evantagens do Governo. Os-trabalhado-fes salientam, entretanto, que è;se éum problema do Governo, c que odos aeroviários é o de conseguir umaremuneração indispensável asatiifi'-l-u da-f sü_3 mínima. iieceásicia-v...

DEVOLUÇÃO DOS BENS DA LIGHT AO GOVERNO

Operários Denunciam ao Povoo Conto-do-Vigârio do Truste

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Serve malc rouba

Vendo aproximar-se o término docontrato firmado com as autoridadespara a exploração do serviço de liou-des na zona sul da cidade, a I.ight,obrigada a devolver os bens, transfe-riu-se para outros setores que explora.

Ferroviários da LeopoldlnaDenunciamas Sabotagens da Rede

Os ferroviários Ha Leopoldina foramobrigados a recorrer ao direito de greve, duronle três veiei consecutivas, naprimeira quinzena deste mês, para rc-ceber os seus salários. Nos meses an-leriores, os ferroviários tiveram de seutilizar do mesmo recurío, para fazeiaparecer o dinheiro necessário ao paga-mento de seus salários.

Gastos supérfluos

D dicatoenuncia do sinA propósito dessa situação, a Diielo

ria do Sindicato 'dos Ferroviários cia loo-poldina lançou um manifesto aos liaba-lhadores, às autoridades e ao povo," noqual salienta que «a Diretoria da RedeFerroviária Federal S.A. e o sr. ministroda Fazenda são os únicos responsáveispor esse estado de coisas por Iodos osaspectos lamentáveis, e que objetiva,tão-sòmente, incompciibilizar a classeferroviária com a opinião pública, epropiciar um clima fevo ável a soluçõesextra-legais, antijuridicas e anlidemo-cráticas. ¦

s milagres• Os líderes fer rovió rios denunciam,

mais adiante, a criminosa política admi-nistrativa que vem sendo adotada pelaRede Ferroviária, da qual resulta o quea imprensa carioca ja denominou de«a comédia da Leopoldina , represen-ladas pelas paralisações parciais e mes-mo lotais dos trens ria ferrovia, em de-corrência dos atrasos no pagamento dopessoal. Pagamento que surge, entre-tanto, como por milagre, horas depoisde iniciados os movimentos gievistas.Esses fatos, salienta o documento, revê-Iam as intenções criminosas da Rede.

Rede aconselha greve«Com c responsabilidade de que es-

tamos imbuídos — prosseguem or, lide-res ferroviários — denunciamos quegreves já ocorreram na Leopoldina por

simples capricho de Direlores da RedeFerroviária que, muito emboia estives-sem de posse do numerário capaz deevitar a paralisação, negaram-se, cri-minosamente, a enltegá-lo à adminis-tração da Leopoldi.ia, poro que ae pro-cedesse ao pagamento, e so o entre-garam depois de iniciada a greve. De-nunciamos — o que é mais grave —

que diretores da Rêclr; |á aconselharama Diretoria do nosso Sindicato, em maisde uma occiciuo, a levar a ciasse àgreve, como única fórmula capaz depersu-: dir o si*, ministro ri *. Fazenda aliberar verbas para a RFFSA.

Depois de se referir às constantes de-clárações dos direlores da Rede, alar-deando a situação deficitária daquelaempresa, os líderes ferroviários eslra-nliam que a RFFSA continue gastandomilhões de cruzeiros, anualmente, compagamento de viagens ao exterior, ecom a nomeação e demissão de funcio-nários sem nenhum conhecimento espe-clalizado, com salários altamente supe-

i riotes à média dos vencimentos pagos ovelhos servidores das ferrovias nacio-nais, onerando j empresa e deseslimu-lando os seus antigos empregados.

Todos esses fatos, segundo esclarecea Diretoria do Sindicato, já foram le-vados a conhecimento dos ministros deViacáo e do Trabalho, e até do Esta-do Maior das Forças Armadas, de quesolicitaram aiuda e compreensão paia oluta dos ferroviários, cujo único objetivoé conseguir o pagamento dos seus sa-lários em dia, conforme determina alei.

Outras reivindicaçõesProssegue o manifesto dos ferrovia-

lios salientando que além dos atrasosconstantes no pagamento dos saláriosdo pessoal, encontrom-se igualmenteatrasados os pagamentos dos novos ní-veis do saláiio-familia devidos desde ju-lho do corrente, o abono de 30% daLei 3 531 incidindo sobre os salários re-sultantes do acordo inlerministerial ereferentes aos meses de janeiro a ou-tubro de 19ó0, além das verbas atrasa-das devidas aos aposentados e pensio-nistas, algumas anteriores ao ano de1952, não obstante haver o presidente

da República, pessoclmenle, solicitadoao ministro da Fazenda a liberação ur-gente do referida verba devida aos apo-sentados e pensionistas.

ProvidênciasAfirmando que a< repetidas greves

não tiveram outro objetivo que o de fa-zer cumprir a lei, os lideres ferroviáriosconciuem o seu manifesto declarando

que esperam sejam as suas denúnciasdevidamente apuradas por quem de di-reito, e que sejam examinadas e aten-didas, dentro de um clima de respeitomútuo, as reivindicações reclamadas pe-Ia classe, que deseja contribuir para quese leve avante uma justa política de-senvolvimentista, capaz de levar a na-

ção brasileira ao seu mais alto destinohistórico.

ATUALIDADES SOVIÉTICASNOVA '-HISTÓRIA DEL PARTIDO COMUNISTA DE LA UNIONKOVKTICV.". Edição de Moscou, 1900. 921 pgs., encadernado CrSPSICOLOGIA DE LOS SENT1MIENTOS, de Iakobson. A vidaemocionai e os sentimentos cm .seu desenvolvimento e educaçãoEL PENSAMIENTO x LO.S CAMINOS DE SU INVESTIGACION,rir S L. Rubinstein. Análise cio pensamento no plano pslco-lógico experimentalÁLGEBRA RECREATIVA, de Perelman. O ensino da materna-Lica, divertindo CEüQUfMICA RECREATIVA, de Pcrsman. Exposição cientificae amena MANUAL DE LÍNGUA RUSSA, de Nina Potapova. 72 lições

Pedidos à

AGÊNCIA INTERCÂMBIO CULTURALJURAflDLR GUIMARÃES

Rua dos Estudantes, 8i - sala 28

Tcíefync 37-*„S"í — São Paulo

400,00

760,00

300.00

140.00

350.00320,00

Os 1.200 empregados da Compa-nhio Ferro Carril Jardim Botânico, tm-presa do Grupo light, que explora osserviços de bondes na Zona Sul doEstado da Guanabara, continuam empe-nhados na luta tm defesa dos seusdireitos, que estão ameaçados pela ex-tincáo do contrato firmado entre aque-Ia empresa t a antiga Prefeitura doDistrito Ftdtral.

No mtsmo sentido, pugnando pelosinteresses do povo carioca e do pró-prio Estado, os liaoalliadores resolve-ram ampliar os seus objetivos e lutar,também, pela devolução dt todos osbens que a referida Companhia, ao ser::-oximar o término do contrato, trans-feriu para as demais subsidiárias doGrupo Light, tentando impingir ao povoum autêntico conto-do-vigário. *

ContradiçãoOs representantes daquela emprê-

sa, em declaração ao Governo do Es-tado, aos lideres Sindicais à impren-sa, salientaram que entregarão os bensaiuais da Ferro Carril Jardim Botânicoao Estado, no próximo dia 31, e que,a partir de zero hora do dia P de ja-nei.-o de 1961, estarão isentos de todaa responsabilidade pelos serviços debondes da Zona Sul, bem como de tô-das as obrigações para com os seusempregados,

O antigo Governo Frovisório doEstado, por outro lado, havia declara-do que só aceitaria a reversão dos bensda referida empresa se os mesmos es-tivessem em plenas condições de uso.Quanto aos trabalhadores, a.s antigasautoridades governamentais salienta-ram que só os aceitavam se os mesmosestivessem, plenamente livres e desem-baraçados, isto é, com a importânciareferente à indenização de cada um de-positada tm banco.

A Light, entretanto, nega-se a aten-der essa exigência, sob a alegação deque o Estado deve ficar com tudo comoestá, inclusive com os seus antigos em-pregados.

0 impasseA verdade é que se aproxima o

término do contrato da referida em-presa, sem que se tinha chegado auma solução para o problema dos tra-balhadores, cerca de 70*/> dos quaisiá adquiriram o direito a estabilidadefuncional, em virtude de contarem commais de 10 anos de casa. Reunidos emAssembléia geral na sede do seu sin-dicalo, os empregados da Jardim Bo-tônico decidiram encontrar-se com oi ovo Governador do Estado, de quemsolicitaram, em caráter de emergência,a assinatura de um termo de compro-niisso, a ser firmado pelo Sindicato, asautoridades estaduais e os represen-tantes do Grupo Light, segundo o qualficariam assegurados todos o$ direitosjá conquistados pelos empregados daCompanhia, qualquer que seja a solu-ção adotada com a extinção do con-trato. Desse modo, os trabalhadoresesperam uma solução de emergênciapara o impasse criado entre o GrupoLight e o Governo, no que se refere asua situação particular.Exigências dos trabalhadores

Por outro lado, em manifesto om-

piamente divulgado, o Sindicato dosTrabalhadores em Carris Urbanos sali-tnta que resolveu emprttnder umacampanha para solucionar, dt mantirajusta, a situação criada com o términodo contrato da Cia. Ferro Carril doJardim Botânico, dividindo-a tm qua-tro pontos:

1) exigir que a Companhia RioLight só entregue os serviços dt bondesao Governo, ou a qualquer outra em-presa que venha a ser constituída,após adotar as seguintes providènciasi

a) devolver à Companhia FtrroCarril Jardim Botânico todos os btnsimóveis existentes na referida tmprtsa'•o ano de 1950;

b) colocar o material fixo t rodon-jte em condições de tráfego, de modoo que possam ser utilizados sem peri-go para o público e para os emprega-dos da empresa. Essa exigência se de-ve ao fato de ter a concessionária do*serviços dé bondes deixado os seusveículos em péssimo estado de eonstr-vação, o que vem determinando a ocor-rência de constantes desastres, comprejuízo de preciosas vidos;'

c) restabelecer as linhas de bondtcda Rua Barata Ribeiro, que foram pro-positadamente retirada pela Compa-nhia Rio Light;

d) devolver os motores t reboquesexistentes na Jardim Botânico tm 1950,que foram retirados do tráfego t trans-feridos para as oficinas de Triagem,onde foram desmontados, juntamentecom os carros bagageiros, que tam-bém devem ser devolvidos;

2) Solicitar, ao Governo, tendo emvista a experiência de São Paulo, quenão adote a solução, defendida poralguns, de constituir uma CompanhiaMista de Transporte Coletivo;

3) Mostrar ao Governo as vanla-gens da constituição de uma autarquiaestatal para exploração dos serviçosde transportes coletivos na cidade, aexemplo do que ocorre em Niterói, Pôr-to Alegre e Santos, onde as oficinasdas referidas empresas ali existentesestão construindo bondes modernos,utilizando-se de matéria-prima t mão-•de-obra nacionais;

4) que a indenização dtvida oottrabalhadores da Ftrro Carril JardimBotânico seja paga aos trabalhadores,,ou depositada em banco, com aquela»finalidade, na ocasião da entrtga dosserviços ao Estado ou a qualquer outraentidade. Isso porque, salientam ostrabalhadores, guando a Light rtfor-mou o contrato da Ferro Carril JardimBotânico, solicitou, na mesma opçõo,preferência para a assinatura dt urr»novo contraio em 19Ó0. Considtrande»a possibilidade de renovação do con-trato que ora se extingue, a Light »õofêz contrato por tempo determinadocom os empregados daquele setor, osquais, hoje, na proporção de 68%, es-tão gozando de estabilidade funcional,por conta da Light, que é a tmprtsaempregadora. Por isso, em caso dt en-trega dos serviços dt bondts, ticri-tórios e oficinas daquele setor, a quemquer que seja, inclusive ao Governo daiEstado, o Sindicato de Carris txige aindenização estabelecida em lei, pagana ocasião da entrega dos serviços.

Fábrica de Celulose(Fechada)Calote Nos

Campos — Estado do Rio (De Ale-vandre Rodrigues, especial para NRI —Os trabalhadores da Fábrica de Celu-lose (Celubagaço Indústria e ComércioS.A.), encontram-se há quatro mesessem receber os seus salários. A fábricafoi fechada pelos seus diretores, queestão vendendo todo o patromônio dafirma, lesando os empregados e opróprio Governo.

Com efeito, a referida indústria foimontada em 1958 e começou a produ-zir em 1959, graças a um substancialfinanciamento do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico. Agora, emregime de concordata preventiva, os di-retores da empresa estão vendendo to-dos os bens da firma, sem que as auto-ridades tomem qualquer providência quevise salvaguardar os dinheiros do Es-tado e os inivBsses dos 200 trabalha-dores, que se encontram passando asmaiores privações.

Burla aos operários

Os operários já recorreram à Justiçado Trabalho, onde obtiveram ganho decausa, mas os proprietários da fábricanão deram importância à decisão ju-diciária. Eles continuam vendendo osbens da Fábrica de Celulose, sob aalegação de que necessitam de dinhei-ro para efetuar o pagamento dos seusempregados. A verdade, entretanto, éque ninguém, a não ser os própriosdiretores, viu a côr desse dinheiro, atéhoie.

Figurões ,

O presid»ntç da «rr.présa e o sr.José Gabriel, !<t r. Nao^c- ac= tius-tes norie-amei.ctinos, membro ao Con-

Operáriosselho Fiscal da Panair do Brasil, t omr-go particular do atual Chefe da CataCivil da Presidência da República. Ou-tro diretor, o sr. Alberto Pereira S*-:guim, é um dos mais responsávtis pelaatual situação de miséria em que st en-contram os empregados da firma. Co-nhecido aqui como um refinado viga-rista, êle, como os demais diretores daempresa, só aparece na cidade quamiaprecisa efetuar novas vendas dos bei>»:da Fábrica. Nessas oportunidades, o*.espertalhões afirmam que o produto èa*vendas será empregado no pagamentodos salários dos trabalhadores. Mas averdade é que eles quando se vêemcom o dinheiro na mão caem fora, nãopagam nada a ninguém, e só voltampera repetir a mesma trapaça.

Ao denunciar essas imoralidades,espero que as autoridades tomem co-nhecimento delas, e promovam as me-didas necessárias para salvaguardar o*interesses do próprio Estado, que con-tribuiu com verbas fabulosas para quta indústria fosse montada, e dos tra-balhadores, que estão sendo os maissacrificados, com os seus salários re-tidos há mais de quatro meses.

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— Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de dezembro de 196U-

Uma «Reforma Agrária»Contra os Camponeses

NOVOS RUMOS 3 —

Ao enviar à Assembléia Legisla-tiva um suiislilulivo para a seguh-da discussão do projeto de «Revi-são Agrária», o Executivo paulistailá uma demonstração do critérioque adota, com relação às num.ro-sas sugestões, proposições, ele., vi-.sumiu modificar o projeto original;Muitíssimas foram as opiniões su-geridas quanto au projeto de revi-são agrária, a maior parte procu-'raudo atenuar, dificultar, ou des-Viar a tímida tentativa que êle re-presenta, de proporcionar algunslotes de terra a certos tipos de ttgri-cultores no Estado. Partiram elasdos setores conservadores ou rea-cionários de latifundiários e daburguesia agrária paulista. Outrassugestões, em menor número, par-tiram de vários setores sociais que,<'in geral, apoiam o referido proju-to, sempre recomendando prudôn-cia e demonstrando certo temorem* se tocar no princípio sagradoda propriedade privada, São dessetipo as manifestações da burguesiaindustrial, pressionada cada vezmais pelo desenvolvimento econó-mico em conflito crescente comuma estrutura agrária retrógrada earcaica, que já não pode nroporcio-nar suficientes matérias-primas eprodutos de subsistência-tanto aopaís como ao Estado, bem comojpela necessidade de um mercadointerno com poder aquisitivo capaz<!•:• corresponder à capacidade pro-«Ititiva (!:i indústria do Estado. Istoindica que estamos chegando, émnosso p:iís, a uma situação em qirese torna cada vez mais evidente aurgência cie medidas qa:1 atinjam apropriedade da terra, para que odesenvolvimento econômico possaprosseguir, mesmo deformado pelacrescente penetração do capital es-trangeiro, particularmente em SãoPaulo.

Mas houve também uma série deopiniões construtivas, que procura-ram dar ao projeto de revisão agra-ria um caráter mais progressista,apontando medulas e soluções maiscondizentes com os interesses geraisde nosso povo como, em especial,aquelas apresentadas pelo movi-mento operário, através do II Con-terroso Sindical Estadual, realizadofeste ano, pela União dos Lavrado-*res e Trabalbadores Agrícolas doBrasil, por certos técnicos, etc.

Quais foram, dentre todas estasáuigestões, aquelas que o Executivo>anlista levou em conta? Foramjstamenic aquelas partidas dosetores mais influentes de lalifun-

Wiários e da burguesia, que limita-jram mais ainda o pequeno alcancedo projeto e lhe dcam, já agora, ocaráter não mais de proposição dojgovêrno paulista, mas diretamentedaí? classes dominantes em nossoSEstado. Ti isso, precisamente, querepresenta o substitutivo, demons-trando, com seu conteúdo, o quepodem esperar não só os campou''-ses, mas as classes e camadas pro-jçressislas da sociedade paulista, deiim governo deste tipo.

Em síntese, a revisão agrária dosr. Carvalho Pinto não será maisdo que a utilização do terras do Es-tado — quer dizer, de propriedadedo povo paulista, — para sua ven-

HEROS TRENCH

da a preços não estabelecidos a pe-(pieuos setores de lavradores eudi-nheirados ou a capitalistas que sedisponham a produzir adotando mé-todos intensivos. Aos camponesessi-m terra — assalariados agrícolas,colonos de café, arrendatários eparceiros pobres e médios, — queconstituem a maioria da populaçãodo campo uo Estado, a revisãoagrária impede o acesso à terra,pois impõe condições de pagameu-to, prazos métodos de produção,etc, que impossibilitam a estas ca-mudas a compra de um lote. Assim,a solução encontrada e defendidapelo governo estadual é a de enea-alinhar o desenvolvimento da agri-cultura paulista proporcionandoterras e meios do Estado aos ca-pitalistas agrários e latifundiáriosque se proponham a adotar meto-(los modernos de produção agríco-Ia, dando deslinação específica aomontante da arrecadação do inípos-to territorial rural para esse fim.No entanto, a pressão dos setoresmais ret rogados da agriculturapaulista fêz recuar mais ainda o go-verno, que diminuiu os índices deaumento desse imposto, no substi-tutivo.

A caracterização que se podefazer da chamada revisão agráriado governo paulista é a de umatentativa de reforma agrária con-tra os camponeses. Para estes, nahipótese de êxito do projeto, só res-fariam como conseqüência o empo-brecimento e a proJctarizaçíio, poisver-sc-jam ainda mais pressionadospela concorrência daqueles que po-dem se beneficiar dele.

Por êste caminho, não darão asclasses dominantes paulistas, repre-sentadas pelo atual governo, nenhu-ma perspectiva de melhoria àsgrandes massas camponesas. Eassim demonstram sua incapaeida-de para dar solução verdadeira aoproblema da terra em nosso Esta-do. Para os camponeses, porém,fica mais claro que terão que tomarem suas mãos a solução dessa quês-tão fundamental. Em nosso Estadoexiste e cresce um proletariadocada vez mais consciente e comba-tivo, que participa sempre maisativamente das lutas de nosso povo,pela eliminação das causas funda-mentais de nosso atraso — a domi-nação imporialista norte-americanae o monopólio da terra. Cedo viráo dia em que, irmanando-se estrei-lamente, operários e camponesesencaminharão, junto com as demaisforças patrióticas, democráticas pprogressistas de nossa pátria, averdadeira solução desses proble-mas.

A questão agrária fanto em nossopaís como em nosso Estado, só teráum curso verdadeiramente progres-sista e uma solução conseqüente,com a liquidação do latifúndio, aeliminação de relações pré-capita-listas na agricultura e a distribui-cão da ferra aos que nela traba-Ibam. Só a propriedade camponesa,em forma individual ou associada,possibilitará a criação e ampliaçãode um mercado interno capaz deimpulsionar de maneira eficaz umdesenvolvimento independente denossa economia.

Telefônica: Única Solução éQuebrar Monopólio da Light

Enquanto, na sessão de terça--feira da Assembléia Constituinte,o licler da Maioria anunciava a de-cisão do Governo Estadual de inter-vir na Companhia Telefônica, noPalácio Guanabara o sr. Carlos La-corda comunicava aos diretores da-quela empresa que resolvera man-ter a intervenção, agora com basetios próprios contratos entre o Es-tado e a Telefônica. O decreto deintervenção já está publicado,apoiando-se o governo nos termosda cláusula segunda, letra A docontrato vigente, aprovado pela lei778, de 12 de setembro de 1953.

Existe, naturalmente, um enor-me interesse em torno das medidasque o governo venha a tomar, apartir de agora, no sentido de efe-tivar a intervenção. Como se sabe,a CTB (filiada ao Grupo Light),além de obter enormes lucros pormeio das taxas extorsivas cobradasaos assinantes, viola sistemática-mente as suas obrigações contra-tuais, deixando, no momento, deatender a cerca de 250 mil novospedidos de telefone. A solução paraa crise de telefones no Rio e outrascidades servidas pela CTB é a su-pressão do monopólio da Light. Daía grande expectativa com que apopulação carioca acompanha oproblema agora criado — experta-tiva que é maior ainda quando seconhecem as ligações do governodo sr. Carlos Lacerda com a odia-da empresa estrangeira.

Não basta o levantamento

O objetivo declarado no decretode intervenção é o «levantamentorigoroso da situação econômico-fi-nanceira da concessionária». Semdúvida, é indispensável proceder-sea esse levantamento. Mas é neces-sário que êle seja feito por umacomissão composta de pessoas real-mente idôneas e que inspirem con-fiança ao povo. Vários levantamen-tos, embora não se tratasse de in-tervenções, já foram feitos na CTB.Todos eles, porém, concluindo pe'ainadimplência da concessionária,lerminavam por recomendar exata-mente aquilo que interessa à Light:o autofinanciamento.

Calamidade pública

Em sua entrevista de segunda--feira última o sr. Carlos Lacerdaafirmou que a crise de telefones noRio constitui verdadeira calamida-de pública. É um fato. Agora, inter-vindo na Telefônica com base nocontrato entre essa empresa e oEstado, dispõe o governo dos meiospara resolver essa situação. A cláu-sula 25 do contrato em vigor con-sidera mantidas todas as cláusulasdos contratos anteriores que não sechoquem com o contrato vigente.Isso significa que se mantém acláusula 14 do contrato de dezem-bro de 1921. segundo a qual pode oEstado, por motivo de ordem pú-

Link é um Farsante a Serviçoda Standard OiI

MACEIÓ, dezembro (do Corres-pondente Laudo Braga) — «Mis-ter Link faz na Petrdbrás o que lheensinaram na Standard, defenderos interesses do truste contra omonopólio estalai» — declarou sou-Sacionalmente, entre outras revela-jfiões que fêz, o engenheiro LindonorãVIota, Superintendente do Setor-Nordeste cia Pelrobrás, duranteuma manifestação convocada pelaCâmara Municipal desta capitalpara a noite do dia 2, em defesado monopólio estatal do petróleo ede solidariedade às denúncias for-muladas polo deputado GabrielPassos,

Grande multidão compareceu aoato realizado no plenário da edili-dado maceioense. À manifestação,autorizada pela Câmara que apro-vou um requerimento1 do vereadorRor.nlvo Siqueira nesse sentido,estiveram presentes também nume-rosas personalidades nntre as quais,alem do engenheiro Lindonor Mofa,o educador Ciro Rocha, o deputa-do estadual e ex-prefeito de São_\Tiguel. Armando Soares (que tam-feóm renresentou a Assembléia), ocomerciante Pericles rio ArautoENevcs, os vereadores Ronalvo S!-•queira o Claudionor Sampaio, o os-kudante Annivaldo Pinto o o jorna-lista Jayme Miranda.

Anos usarem cia palavra o pro-fcs?or Civo Mola ;¦ o deputado Ar-mando Soares, que verberaram a

ação dos trastes contra o monopó-lio estatal do petróleo e exigirammedidas para impedir golpes con-1ra a Pelrobrás, falou o engenhei-ro Lindonor Mota.

«As minhas palavras — disse ini-cialmente — não são de entusias-mo como as daqueles que me ante-cederam na tribuna, mas apenas deesclarecimentos».

Após afirmar seu total apoio àsdenúncias formuladas contra mr.Link, afirmou: «Durante cincoanos, dos seis que êle passou naPetrôbrás, combati a sua orienta-ção. Jamais concordei com as me-didas tomadas pelo referido senhor,principalmente no que se refere àorientação das pesquisas no Estadot'e Alagoas».

Durante sua palestra o engenhei-)-o Lindonor Mota revelou quenuma ocasião foi agredido por mr.Link.

«O homem ficou furioso e invés-tiu contra mim quando afirmei quenão devíamos a êle o fato da des-coberta do petróleo no campo deJequiá — disse. — «O poço Jequiá--2 foi instalado em virtude de umerro técnico e, o que é curioso, foio único que produziu petróleo».

Fazendo 'tal afirmação, o enge-nheiro Lindonor Mota procuroumostrar nue mr. Link vinha imnri-mindo uma direção completamente

•errada aos trabalhos de pesquisa e,mais, dava a impressão de escolher

os locais de perfuração que tive?-sem poucas possibilidades de êxito.

Após a sua palestra o Superin-tendente do Setor Nordeste da Pe-trobrás respondeu a perguntas for-muladas pela assistência e, na oca-sião assinalou mais uma vez a ne-cessidade da Petrôbrás entregar otrabalho de pesquisa a técnicosbrasileiros ou de outras procedeu-cias que não tenham, comprovada-mente, ligação nenhuma com ostrastes.

Falaram também, além do pro-fessor Ciro Costa e do deputadoArmando Soares, o estudante Anni-valdo Miranda Pinto, o vereadorClaudionor Sampaio e o jornalistaJayme Miranda. Este, após reeor-dar as lutas do povo brasileiro pelacriação do monopólio estatal do pe-íróleo, os que se sacrificaram nessaluta, fêz um apelo a todos os ala-goanos para que, através de comi-cios, atos públicos e de outras for-mas manifestassem sua repulsa àpresença de mr. Link nos quadrosda Pelrobrás e a sua decisão deprosseguir a luta em defesa da so-berania nacional.

Por aclamação, a multidão pre-sente ao ato aprovou o envio deum telegrama ao presidente da Pe-trobrás, protestando contra o fa-minorado relatório de mr. Link epedindo a expulsão do agente daStandard do Brasil.

blica, ocupar temporariamente asinstalações e os bens da concessio-nária, indenizando-a sobre a baseda média dos lucros declarados dosúltimos três anos. Esses lucros —os declarados oficialmente pelaLight — são, como é sabido, irrisó-rios. Aí tem, portanto, o governo agarantia legal para ocupar a em-presa que não atende aos seus com-promissos.

Quebrar o monopólioDe qualquer forma, não existe

solução possível para o problemados telefones mantendo-se o mono-

pólio da Light. Isso foi muito bemcompreendido pelos autores da Lein' 21 da Câmara de Vereadores aoestabelecerem, no artigo 3, que oEstado explorará diretamente oserviço de telefones por meio deuma sociedade de economia mista,da qual o Estado terá 51% dasações, em tráfego mútuo com aCTB. Até o momento o sr. Lacerdanão tomou qualquer iniciativa nessesentido. Mas esse terá de ser o ca-minho a seguir, caso pretenda o go-vêrno seriamente solucionar o pro-blema dos telefones no Rio. A liqui-dação do monopólio da Light, com

a criação dessa empresa estatai —esta é a exigência do povo carioca.

Embora a intervenção decretadana Telefônica seja um passo de im-portância convém que os cariocas'estejam advertidos para o perigo ciemanobras, em que são tão hábeisos advogados dos trastes. Interes-sa ao povo conhecer a verdadeirasituação da Telefônica — suas tra-móias, seus lucros, suas ligações,etc. —, mas tudo em função do ob-jetivo mais importante: acabar como monopólio e a extorsão da Light,através da criação de uma emnié-sa mista sob o controle do Estado.

As Ligas e os GovernadoresO jornalista Heráclio Sallcs pu-

blicou no «Jornal do Brasil» umasérie de reportagens sobre a situa-ção do Nordeste, detendo-sc parti-cularmente no drama dos campo-neses daquela região. Entrando emcontacto direto com algumas con-contrações de camponeses e obser-vando a luta em que eles estão lan-çados, tendo à frente as suas Ligas,o repórter transmite um quadrorealmente impressionante do que éa vida das grandes massas do Nor-deste brasileiro — «a poucas horasdo Recife e a dois séculos da nossacivilização*.

Ricas em dados e advertências, asreportagens do a\: Heráclio Sallcslevam a uma conclusão a que nin-guém mais podo fugir: a da urgemcia da aplicação de medidas de re-forma agrária que, suprimindo aespoliação do latifúndio, assegurema milhões de brasileiros, com umpedaço de terra e a assistência doEstado, condições mínimas de vida.Essa é uma luta que vem de muitosanos. E se o repórter tivesse acres-centado ao seu trabalho um balan-ço do que tem sido esse combate,nele figurariam os nomes de inú-meros mártires, caidos sob as balasou as torturas dos latifundiários ede seus capangas — tanto os docangaço como os da policia. Nessebalanço apareceriam também asiniciativas propostas pelas forçasprogressistas de nosso pais, em re-lação à reforma agrária, desde asemendas sugeridas por Prestes edemais parlamentares comunistasna Constituinte de 1946 — Iodaselas recusadas pelos partidos cha-mádòs «democráticos» — até osmais recentes projetos engavetadosno Parlamento. Em Pernambucomesmo, onde mais o jornalistacolheu materiais para as suas su-gestivas reportagens, os arquivospoliciais estão cheios de fichas cie«perigosos agitadores» ¦ que, há de-zenas de anos, vêm lutando condu-zidos pela constatação que faz ago-ia o sr. Heráclio Salles, com sin-cera indignação: a de que «não épossível a criaturas humanas des-cer mais na escala da degradaçãomoral e da miséria econômica».

A obstinação e, mais do que isso,a truculência com que o Estadoreage sempre que o Poder dos lati-fundiários ameaça ser atingido en-sina, enfim, aos espoliados do cam-po que eles não se libertarão ciamiséria senão através de sua pró-pria luta. O surgimento das LigasCamponesas no Nordeste revelaprecisamente isto: as vitimas do

latifúndio adquirem consciência deque precisam organizar-se parafazer face aos seus opressores eacabar com a degradação» a que serefere o repórter. De outro modo,o que aconteceria se os campone-sos do Nordeste crazassm os braçosà espera dos planos de colonizaçãodo sr. Cid Sampaio — planos queprevêem um período de mais dequinze anos só para a «colonização»do Engenho Galiléia e mais algu-mas propriedades do Estado?

Essa tomada de consciência quecomeça a se verifica)- entre os cam-pohefos — a 'consciência da injus-tiça de que são vitimas», como dizo sr. Heráclio Salles» — deve, por-tanto, ser apoiada e estimulada portodos os que estão convencidos deque não pode permanecer por maistempo a atual estrutura agrária dopais. Isso significa apoiar e estimu-lar a luta, progressista e profunda-mente humana, dirigida pelas LigasCamponesas.

Em suas reportagens, o sr. He-i-áclio Salles reproduz declaradosque lhe foram feitas pelos gover-nadores Cid Sampaio e Juraci Ma-galhões. Ambos os governadoresmanifestam uma atitude de trági-co alarma em face da situação exis-tente no Nordeste. O sr. Juraci Ma-galhães chega mesmo a anunciai-a morte próxima do regime demo-crático, admitindo, «na contempla-ção da nossa miséria, que o Nor-deste caminhe para o comunismo,como .solução de desespero». Cabe-ria, de passagem, uma singela pei-gunta ao Governador baiano: podeser chamado, com tanta ênfase, dedemocrático um regime que, segun-do as próprias palavras do sr. Ju-raci, «permite morra de fome umpovo que tem, por todos os títulos,direito à vida»? O que acontece éque o sr. Juraci Magalhães quandofala em democracia está pensandoprecisamente nessa desumana or-dom de coisas que resulta da oprés-são do latifúndio e que condena, do-zonas de milhões de brasileiros aviverem «a dois séculos da civiliza-ção». Por outro lado, quando apon-ta no «comunismo» uma ameaça aesse regime supostamente democrá-tico, está, sem querer, prestandouma justa homenagem aos comu-nistas.

Há, porém, nesse alarde dois ob-jetivos contra os quais os campo-neses nordestinos e todos os demo-cratas devem estar prevenidos.Antes de tudo, esse é um expedi-onte a que têm recorrido pelos anosafora os governantes reacionários

Fora de RumoPode-se ler num dos matutinos

mais conceituados desta praça, porsinal pertencente a um candidatoa Ministro do Exterior do sr. JânioQuadros, que a greve do'- índioscarajás, na Ilha do Bananal, de-ve-se ao fato de que alguns dessessclvícolas "são adeptos de um talKarl Marx, que lhes inoculou nosinstintos o sentimento da igualda-de, ou se.ia aquilo que os sociólo-gos denominam de comunismo pri-mitivo".

Ao mesmo tempo o serviço tcle-gráfico nos dá noticia de que, nomomento exato em que os belgasde Stanleyville passaram a dormirencurralados num quartel, temeu-do a fúria popular dos congolêses,"duas pequenas nuvens políticas seestendem sobre o matrimônio a ce-lebrar-se, do rei Baldulno II eomD. Fabiola de Mora y Aragon",Uma d;)s nuvens seria a projeta-da greve de protesto contra umanova lei de impostos. A outra se-ria o protesto das representaçõesda Bulgária e da Rumânia, em fa-ce do convite, para o casamento emritual íeutíal-monarquista. de dois

.senhores de nome Simeon e Miguel,ainda boje convencidos de que sãoreis da Bulgária e da Rumânia.Dois reis sem reinado e sem coroa.

Enquanto cm Bruxelas as duaspequenas nuvens se estendem sobreo matrimônio real, em Buenos Ai-res descobre-se "uma fábrica deexplosivos grosseiros", acreditan-do os borés argentinos que se tra-ta de maquinação de uma "fnrlecédula terrorista". O Exército, aMarinha e a Aeronáutica do paisde Frondi/.i adotaram, pela niadru-gada, "severas medidas de segu-rança", tendo havido nes minis-térios militares, também de ma-drugada, "intensa atividade, quenão passou despercebida a algunsjornalistas".

No Equador, populares com es-tudantes à frente, realizam comi-cios contra a Organização dos Es-lados Americanos, dando morrasaos norte-americanos, sérios maio-res da mesmíssima Organização. Osmanifestantes atacaram o Centro

ALMIR MATOS

para justificai- a repressão policial,a todo movimento de reivindicaçõesno campo. Nada mais fácil, mastambém nada mais infame, do queagitar-se o espantalho comunistapara manter intactos os privilégiosdos latifundiários.

De outro lado, as descobertas de«caminhos para o comunismo» po-dem servir também a um objetivomais imediato: como pressão sobreo Governo federal para a obtençãode verbas e recursos que, no entan-to, jamais são utilizados em bene-ficio das massas camponesas, masso consomem em negociatas e norepentino enriquecimento de políti-cos o administradores.

Creio que falta às reportagens dosr. Heráclio Salles — um retratosem dúvida impressionante das con-dições de vida dos camponeses doNordeste — uma pergunta aos go-vernadores da. Bahia e de Pemam-buco: se VV. Exas. se acham tãopreocupados com o «perigo comu-nista» no Nordeste, o acreditamque o afastamento desse perigo exi-go que se tome o caminho da refor-ma agrária, por que não adotama.s medidas práticas nesse sentido—¦ através, por exemplo, da SUDE-NE ou da pressão para que sejaaprovado um dos muitos projetosexistentes no Parlamento?

Isto é o que querem os campone-ses. E por isso é que lutam os co-munistas.

Prestes e Kruschiovconferenciaramem Moscou

Xa sua recente viagem a Moscou,Luiz Carlos Prestes foi recebido, noKremlin por Kruschiov. A confe-rónçia, a que também compareceuPonomariov, membro do CC doPartido Comunista da União Sovié-fica, durou mais de três horas,transcorrendo num ambiente cor-dial e amistoso. Após a troca doopiniões sobre os mais decisivosproblemas da situação internado-nal, Kruschiov revelou particularinteresso no estreitamento das re-laçõos de amizade entre o povo bra-sileiro e o povo soviético.

Paulo Motta Limo

Equatoriano-Norte-Americaho e osescritórios do Ponto IV. Não i-on-seguiram atacar a Embaixada dosEstados Unidos e segundo um tele-grama de agência ianque ficarama algumas quadras da representa-ção diplomática "a proferir discur-sos patrióticos". Proferir discursos,nesse caso, é fórmula um tantopejorativa. Os discursos patrióticosjá entraram no index do Depar-lamento de Estado. Estão exco-mangados, no mundo ocidental ecristão.

Ksta é apenas uma crônica diá-ria de nossa época. Choques en-volvem a um só tempo os carni.is,províncias do Congoe os belicistasianques. Os que semeiam vento, ex-piorando a riqueza de grupos hu-manos c de nações interias, colhr-ntempestades. A história, madrastapara Hitler, não oferece a Eisí-n-hower nenhuma saida 'amável. Oscaminhos di> par conduzem ao so-cialis.no r os da guerra passaram aatormentar os próprios imperinlis-tas. Com o emprego de armas nu-cleares a Casa Branca viria a lerpior destino que a Chancelaria doKeich.

_&iiâ3ffi-ía_^iÉ^á^-te_-^^'¦: .>.Vwi3fci

RESTA, AGORA, A SANÇÃO DE JK

NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de dezembro de 1960

Batalha de Sete Anos:Aprovada a Eletrobráso"is .

Depois de uma "via crucls" de¦ o sete anos, primeiro na Cá-<'?, dos Deputados, depois no

o e, por fim, novamente v.\

NR no Estado do Rio

acuo dos camponesesobriga Robertoa desapropriar terras

N. IGUAÇU, dezembro (do Cor-respohdente) — No dia 3 do cor-r&hte o governador Roberto Sil-veirá assinou decreio desapro-prlando as terras da fazenda deSão Pedro, neste município, como fito de impedir ;i ocorrência doconflitos entre posseiros e autori-dadea policiais a serviço de grilei-ros.

A decisão do governador, resul-tado da ação Arme dos cani])one-ses da localidade, que inclusive searai a ram para impedir a ocupa-Ao dai teias pelos grileiros quehaviam sido beneficiados por umarlec;.?ão judicial ordenando o despe-,jo das famílias das terras da fazen-d?. S. Pedro, deverá ser seguida deunir outra, outorgando os títuloscie propridade aos posseiros. Nes-se sentido, a Sociedade dos Lavra-dures, Posserios e TrabalhadoresAgrícolas c!o Município de NovaIguaçu, que orientou a luta dosposseiros para impedir a aplicaçãoda ordem de despejo, já está pro-v'nclenciando um memorial a ser en-v:ado ao chefe do Poder Executi-vo. solicitando a aprovação de atoautorizando a emissão dos títulosde propriedade.

Conferênciadas Plantaçõesda América Latina

NITERÓI, dezembro (do Corres-Pímdente) — Visitou a Federaçãodas Associações ik Lavradores doJMado do l!io o sr. Lindolfo Silva,|ire«i<len<e dn ULTAB. Em palestracom (K diretores da entidade fhi-minense, solicitou maior emnenho«a campanha d-e solidariedade aolíder camponês Jofre Correia Nettor também comunicou que a ULTABhavia recebido convite para parti-einar da Conferência das Planta-eões da Aiuirica Lalina. a se rea-livrar em ITmnna, Cuba, de 1 a 5 demarço de 1961.

Churrascodeconfraternização

NOVA FRIBURGO, dezembro —Amigos de NOVOS RUMOS pa-trocinam um churrasco de cabritoa se realizar, no próximo dia 18,às 13 horas, na sede do Sindicatoda Construção Civil daquela cida-de.

Ato públicode solidariedadea Cuba

NILÓPOLIS — (Do nosso uur-respondente Diogo Soares Cardoso)

Será realizado um Ato Públicoiio solidariedade no povo cubano o.-eu Vuhr Fidel Castro, no próximodomingo, 18 às 18,00 horas, no re-cinto da Câmara Municipal. Naoportunidade, será projetado umfilme cubano.

CONFIA RNCISTAS: EstudanteJarbas M. Santana; presidente daU.B.E.S. e o estudante OliveiroGuanais de Aguiar, presidenteda U.N.E., e o Dr. Marco Antônio,recentemente chegado de Cuba.

Personalidades convidadas: Vice--Governador Celso Peçanha; Depu-tados Domingos Velasco; GeraldoR lis o Adalgisa Nery: Generais Fe-licissihio Cardoso e Leônldas Car-doso; Professor Bayavd DemariaBoiteúx, presidente do Sindicatonos Professores; Lideres operários,dirigentes de federações o sindica-tos de diversas classes,' UNSP deNova Iguaçu e dirigentes do Movi-rnonto Nacionalista Brasileiro.

Comissão organizadora:Presidente: Jarbas Lopes; Carlos

A'v'e."" cie Oliveira Filho; ManoelB: tista Monteiro; Diogo SoaresCardoso; Eracldes Lima Carvalho;•A '.'"vo Lopes Gonçalves; Ricardo(' os e ou iras oersonalidadescio iocal.

Câmara, foi aprovado no Congres-so o projeto de lei que cria as Cen-trais Elétricas Brasileiras S. A. —abreviadamente Eletrobrás. Desdeque o presidente Getúlio Vargasenviou ao Congresso, pouco antesde sua morte, a mensagem crian-do a Eletrobrás, importantes fatosocorreram no terreno da energiaelétrica em nosso país. Emborasabotado pelos trustes da energia(através dos seus agentes) o pro-jeto que fortalece as posições doEstado nesse setor, a realidademesma do desenvolvimento cio paísveio confirmar a justeza e a' pro-cedência da causa da criação daEletrobrás. Efetivamente, sobre-tudo nestes últimos 6 ou 7 anos,foi o Estado chamado a intervirdecisivamente na produção deenergia elétrica, para que o supri-monto de eletricidade no país nãosofresse as graves crises registra-das em passado recente. Tanto ostrustes estrangeiros, como a ini-ciativa privada nacional mostra-ram-se incapazes de recolver o oro-

•blema da energia elétrica no Bra-sil dentro das exigências formula-das pela legislação específica, amesma consagrada em todo omundo e adotada nelo Brasil. Écerto que a intervenção do Estado,nas bases em que foi realizada,nem semnre consultou os legíti-mos interesses nacionais, quer pe-Ia programação das obras (porexemoio: deixando de construir acentral de Caraguatatuba, quecontraria os interesses da Light),ouer pela associação dos trustes aempreendimentos nos quais talparticipação era plenamente dis-ii3nsóvel e é, por isso nociva aoBrasil. É o caso de Furnas, porex°moió, onde tanto a Lieht comoa Bond & Share entraram anenasnara t"'ar proveito, com tinia par-ticinação ridícula de recursos.

A aprovação do projeto da Ele-trobrás constitui, assim, uma vi-tória nacionalista. É fruto da am-pia campanha de esclarecimentoe mobilização da opinião públicaem prol da crescente monopoliza-ção, pelo Estado, das fontes ener-góticas do país. Num plano ime-diato, essa vitória é devida aosparlamentares que representam opensamento nacionalista na Cã-

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Rachelé rainhaem São Pau'o

Alta, loira,mus, Rachel

bruto liouiio de 18Guedes Soitres nu-

nbou para Jaca rei o tíiuii» de «inissInterior de *.'ll> Paulo». A jovem,que também foi candidata ao con-curso de «miss; Brasil», estuda co-mércio e diz que vai prosseguir atéso diplomar em Ciências Econômi-cas. Estimadíssmia i^ntrc os estn-'dantes de sua cidade e dns etdadüsvizinhas, fêz perfeitamente jus.notítulo nue obteve (. parece que pro-iv ' ¦ mir'o •>•«.-. o próximo concur-

o de «iniss Brasil».

mara dos Deputados e, em par-ticular, ao empenho do deputadoSérgio Magalhães, vice-presidentedaquela Casa, dc.jntocando dascomissões da Câmara e trazendopara a Ordem do Dia o projeto daEletrobrás.

0 que é a Eletrobrás

De acordo com o projeto apro-vado pelo Congresso, a Eletrobrásé uma sociedade por ações, cons-tituida pelo Poder Executivo daUnião. Seus objetivos são deftnl-dos no artigo 2.°, que diz: "A Ele-trobrás terá por objeto a realiza-ção de estudos, projetos, constru-ção e operação de usinas produto-ras e linhas de transmissão e dis-tribuição de energia elétrica, bemcomo a fabricação de material elé-tricô e celebração dos atos de co-mércio decorrentes dessas ativida-des.

Parágrafo 1.° Terá a emprê-sa como encargo fundamental aexecução dos empreendimentosfederais constantes do Plano Na-cional de Eletrificação.

Parágrafo 2." Enquanto nãofôr aprovado o Plano Nacional deEletrificação, a empresa poderáexecutar empreendimentos com oobjetivo de reduzir a falta de ener-gia elétrica nas regiões em que ademanda efetiva ultrapasse as dis-ponibilidades da capacidade firmedos sistemas existentes, ou estejaem vias de ultrapassá-la, bem co-mo realizar investimentos em co-nexão com a indústria do mate-rial elétrico, limitados, porém, osempreendimentos e investimentosa 40 por cento dos seus recursosfinanceiros."

0 capital da Eletrobrás

Estabelece o projeto que a Ele-trobrás terá inicialmente um ca-pitai de três bilhões de cruzeiros,divididos em três mil ações ordi-nárias (com direito a voto) nomi-nativas no valor de mil cruzeiroscada. Até o ano de 1965, o capitalda emorêsa será elevado a um mi-nimo de quinze bilhões de cruzei-ros.

A totalidade do capital inicialserá subscrita pela União e nasemissões posteriores de ações or-dinárias para ampliação do capi-tal a União deverá tomar um nú-mero tal de ações que lhe assegu-re um mínimo de 51 por centosobre o capital da Eletrobrás.

Para a integralização do capi-tal inicial, a União disporá dosbens e direitos alienáveis que pos-sui, relacionados com produção,transmissão e distribuição deenergia elétrica e se o valor destesbens não fôr suficiente para atin-gir os três bilhões do capital ini-ciai, então a União entrará em di-nheiro com o que faltar.

Além de outras disposições re-lacionadas com o particular, rezao projeto que as pessoas jurídicasde direito público terão preferên-cia nas tornadas de ações, quan-do da ampliação do capital.

Diferentemente da Petrobrás,o projeto que cria a Eletrobrás nãofaz qualquer exigência de nacio-nalidade quanto aos acionistas daempresa.

A direção da empresa

A direção da Eletrobrás seráexercida por um Conselho de Ad-ministração (oito pessoas) comfunções deliberativas e uma Dire-toria (um presidente nomeado edemissível ad nutum pelo presi-dente da República e três direto-res eleitos pela assembléia geral,com mandato de três anos). Opresidente terá direito de veto sô-bre as decisões do Conselho e daDiretoria.

Estabelece, ainda, o projeto,que "o presidente e os diretoresnão poderão exercer funções dedireção, administração ou cônsul-ta em empresas de direito priva-do concessionárias de serviços pú-blicos de energia elétrica, ou deempresas de direito privado liga-das de qualquer forma à indústriado material elétrico." Este dispo-sitivo torna possível ao governo co-locar na direção da Eletrobráspessoas não ligadas aos trustes es-trangeiros de energia ou produçãode material elétrico. Também de-termina que somente brasileirospoderão exercer os cargos e íun-ções de membros da Diretoria, doConselho de Administração e doConselho Fiscal da empresa

Participaçãoem empresas privada*

O artigo 15.° estabelece que aEletrobráe; operará Pt'"—*--. Ca pmP-sidiárias c empresas a que se as-

sociar diretamente. No seu para-grafo 4.° diz: "Somente medianteaprovação do presidente da Repú-blica, ouvido o Conselho Nacionalde Águas e Energia Elétrica, po-dera a Sociedade tomar ações deempresas produtoras e distribui-doras de energia elétrica que nãoestejam sob o controle da União,dos Estados, do Distrito Federal edos Municípios."

Outro dispositivo do projetoobriga a direção da Eletrobrás e asdas sociedades dela subsidiárias aprestar as informações que lhesforem solicitadas pela Câmara dosDeputados, pelo Senado Federalou qualquer de suas comissões."

Muitos outros dispositivos demaior importância estão contidosno projeto aprovado pelo Congres-so e que, após a aprovação da re-dação final pela Câmara, subiráà sanção presidencial. Não cons-tituirá uma especulação vaziaafirmar-se que a esta hora osagentes da Light e da Bond k Sha-re, assessores da política de ener-gia elétrica do presidente Kubits-chek, já estarão a esta hora mobi-lizados para que sejam vetados osdispositivos do projeto que maisde perto contrariem os interessesdesses trustes. Daí a necessidadeda vigilância nacionalista, poismesmo esta primeira batalha ain-da não está inteiramente ganha.

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Vuerem Ser RainhasUm dos aspectos mais sugestivos

da grande festa campestre a serealizar no próximo dia 18, domin-go, será o concurso para a escolhada rainha do certame. Dezenas dejovens e meninas estão inscritas edesenvolvem o máximo dos seusesforços para conquistar o ambicio-nado cetro. Três delas, Zélia, Ma-ra e Rany (foto), estiveram em vi-sita à_ redação de NOVOS RUMOS,ocasião em que fizeram um convi-te a todos ob nossos leitores da

Guanabara para que compareçamà festa do dia 18. Afirmaram elasque o local é bonito, a condução éfarta e que, além da atração doconcurso, o convidado poderá en-contrar barracas com petiscos deprimeira, se quizer poderá tomarseu banho na piscina do sítio, emais, poderá ver o show com fi-guras de destaque do rádio e datelevisão durante o baile que ante-cederá à coroação da raiülia.

Posseiros CapixabasConquistam Direito à Terra

Ecoporanga,. (do Corresponden-te) — O secretário do Interior doEspirito Santo, cel. Darci Pachecode Queiroz, comprometeu-se diantefia comissão de lavradores que comèle se avistou a conceder os títulosde propriedade das terras ocupa-das é cultivadas, há alguns anos,pelos posseiros de Cotaxé. A con-cretização da promessa do repre-sentante do governador, resultadodo movimento organizado e da com-hatividade dos camponeses da re-gião, que durante anos enfrentaramas arbitrariedades e violênoias pra-ficadas pela polícia e por capangasde grileiros e latifundiários, repre-sentará uma grande vitória e liqui-dará injustiças que vinham sendocometidas há longo tempo.

As origens

Até o principio de IDõO as terrashoje prometidas aos posseiros eramconsideradas devolutas e perten-ciam ao Estado. Em 1951 elas co-meçaram a ser ocupadas. A pri-méira família foi a do camponês

Assembléia capixaba:

governo e oposiçãoapoiam Gabriel Passos

VITÓRIA, dezembro (do Corres-pondente) — A denúncia apresen-tada na Câmara Federal pelo de-putado Gabriel Passos contra asmanobras de mr. Link, de sabota-gem à Petrobrás, provocaram in-tensa repercussão nesta Capital.Além dos pronunciamentos de re-presentantes de entidades sindi-cais, estudantis, personalidades elideres políticos, manifestaram-se arespeito o deputado Christiano DiasLopes, presidente da AssembléiaLegislativa, e o deputado Dias Lo-pes Filho, líder da oposição naquelaCasa.

O primeiro afirmou a necessida-de urgente de «se apurar, em ex-tensão e profundidade, o que existenos bastidores, o que se trama con-tra os altos interesses do Brasil,em defesa de interesses dissimula-dos».

Acentuando a seriedade da de-núncia, concluiu o parlamentarque «a ninguém é dado ficar indi-ferente à .situação».

Vendidos aos trustes«Está certo o sr. Gabriel Passos

em fazer a deúncia — exclamou odeputado Gil Velloso, líder da opo-siçâo, após manifestar o seu repú-dio aos governantes que sempre sesujeitaram às imposições dos trus-tes do petróleo,

— É odioso ver como os nossosgovernantes sacrificam toda umaNação em proveito da tripa forraem que vivem — eles e seus tris-tes áuriços — acentuou o parla-mentar, concluindo: dia virá emque esse mesmo povo mostrará aoPaís e ao mundo que temos petró-leo em abundância, contrariando asafirmações de um m-. Link que nemtécnico no assunto tA\

Udelino de Mateos, também a pri-meira vítima das violências. Apósnumerosas perseguições èle teve deabandonar a terra, mas já tinhaaberto o caminho. Logo foramaparecendo novas famílias e lá seinstalando. Sem recursos, traba-lhando uma terra que se dizia servirapenas para plantar capim parapasto, formaram as suas lavouras,valorizaram grandes glebas e acaba-ram por despertar a atenção doscobiçosos.

à medida que as lavouras crês-ciam, aumentava também o nume-ro' de «proprietários legais» dasterras; Flanklin, Gustavo, JoaquimCampos Wijli è muitos outros gri-leiros iniciaram a luta para expul-sar os posseiros. Espancamentos,assassinatos e prisões de pobres la-vradores eram as formas que elesutilizavam para «persuadir» oscamponeses a abandonar a região.Na época em que governava o Es-tado o sr. Francisco Lacerda, o seusecretário do governo, o atual depu-tado integralista Osvaldo Zanelo,apoiou integralmente os grileiros,chegando ao ponto de enviar umaforça militar à região com a ineum-bência de «limpá-la» e deixar o'terreno livre» para a ação dos la-drões de terras. Os militares inicia-ram a prisão em massa de campo-neses e suas famílias, mas os ob-jetivos do secretário não foramconsumados em virtude da ação eda unidade dos camponeses, que for-«aram o governador do Estado amandar suspender a operação mili-(ar.

0 exemplo do velho Genuíno

Um homem se destacou na luta,o velho Genuíno da Gama, dos pri-meiros a chegar ã terra com suafamília. Dedicou-se inteiramente àluta pela posse da terra, organizouos _ camponeses e foi graças à suaação que os posseiros conseguiramsustar as perseguições policiais.Quando morreu pediu para ser en-(errado na terra que conquistoucom sua luta.

Como o velho Genuíno, é o tra-balhador Francisco Calazans Pi-nheiro, amigo dos posseiros e co-nhecido como Chico Gato. Cessadasas perseguições policiais, os grilei-ros e latifundiários da região pro-curaram utilizar novas formaspara intimidar os camponeses eexpulsá-los das terras. Voltou a rei-nar o clima de violência c persegui-ção. Uma das primeiras vitimas foiChico Gato. Um jagunço a serviçodos grileiros tentou assassiná-lo. Oatentado fracassou, apesar de Chi-co Gato ter sofrido graves ferimen-tos. O acontecimento reacendeu oânimo dos camponeses, que passa-ram a enfrentar por todos os meiosa onda de agressões e atentados, fa-zendo fracassar mais uma vez asmanobras para expulsá-los da terra.

Os grileiros não se deram porvencidos e voltaram à carga, maisrecentemente, agora procurandoservir-se da Justiça. De cumplicida-de. com o Juiz rle Nanuque, munici-pio de Minas G-ewMs, mo"*' "'"n umprocesso-farsa contra Chico Cato o

outros trabalhadores que apoiam aluta dos posseiros. Ressuscitandoum crime ainda não esclarecido (oassassinato cometido há um anocontra o lavrador .Tonas Alves Cor-deiro), apontaram, com a cumplHcidade do Juiz e da policia de Na-nuque, Chico Galo e seus compa-nheiros como autores do delito-Mentira vergonhosa, já que emlôda a região são conhecidos osautores verdadeiros do crime e r>por que da sua não elucidação atáaparecerem os "Culpados». Jonaafoi assassinado pela policia de Na-,nuque em troca de 30 mil cruzei*ros e 30 novilhos ofertados pelo»mandante. Para se provar a farsaque é o processo, é bastante dixerque um dos supostos autores do de-lito, Eusébio, no dia do crime seencontrava na localidade de Men-des Pimentel (Mantena), há muitosquilômetros de distância do localem que .Tonas foi assassinado.

A manobra intentada pelos gri-leiros contra Chico Gato e seuscompanheiros, visa principalmenteafastá-los de Cotaxé. Pensam que,com isso conseguirão abater o âni-mo dos posseiros em sua luta parase manter nas terras que valoriza-ram com o seu trabalho. A farsajurídica se desmoronará graças aoapoio e à solidariedade que os cam-poneses vêm obtendo das organiza-ções camponesas e sindicais do Es-tado e de Iodos os democratas epatriotas do Espirito Santo.

A comissão de lavradores qiwtrouxe a promessa do governo doEstado de concedei- o titulo de posseda terra aos posseiros de Cotaxé, émais um passo. A sua concretiza-ção, que dependerá em muito dograu de unidade e combatividâdèdos camponeses da região, consti-tuirá mais uma derrota para Fran-Min e seus ladrões de terras.

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— Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de dezembro de 1960- NOVOS .VJ..L

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Entre a vidae a morte

Inocente vitima da desidia, a meninajaz na rede entre a vida e a morte.A vacina que devia deixá-la imune aoperigo da raiva, levou desespero a maisum lar cearense. A vida humana va-le muito pouco para o governo,

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Que sirvadc exemplo

Mortificado pela tragédia que abalouseu lar, o sr. Walfrido Salinito de Al-incida, pai dc Inès, uma das vitimas(Io soro, espera que a morte de suaFilha sirva dc exemplo contra a incúriadas autoridades.

CriançasAbandonadas

Cortaram todas as subvenções estaduais, que vinham sendo conce-didas as obras dc assistência à infância, no Estado da Guanabara.

Há dinheiro para tudo neste pais. Para viagens a todos os conli-íienles. para festas de posse c até para missas cantadas de ação de graças.Tudo faz crer que não foram cortadas as subvenções destinadas às obrasde assistência aos animais, pois no Ceará, os cães continuam muito ativos,mordendo o matando as crianças. Se as tivessem cortado, muitas carpidei-ras já teriam anunciado a desgraça, que se abateria sobre os animais. Osjornais, também, não dizem uma palavra, sobre o corte das subvenções àsorganizações de assistência. Nesta hora, foram cortadas, lambem, todas aspalavras fáceis de caridade, que costumam andar cm muitas bocas, mas emmuito poucos colações. Mas as verbas para internamente de menores, essascontinuarão a ser distribuídas da mesma forma. Continuarão, porque suslcn-iam uma das mais rendosas indústrias desta cidade.

Criança não precisa dc caridade. Tem os seus direitos que, consa-grados ou não nas leis que regem qualquer sociedade humana, devem serreclamados. Sc não precisa de caridade, precisa de ajuda, dc proteção, dcacolhimento, de carinho, Mas se a nossa organização social não atende aosdireitos das crianças, se cria os desajustamentos familiares, se lança aoabandono milhares de crianças que perambulam na cidade, entre o mar ea montanha, entre as grandes belezas e os grandes problemas, não se poderecriminar o surgimento dessas organizações que, embora não solucionemas necessidades de proteção à infância, solucionam, pelo menos, algunscasos. São pessoas, são organizações, que se propõem a cuidar de umas pou-cas crianças. Têm, por acaso, os chamados representantes do povo, as au-tori/tdes o direito de impedir isso ou o dever de ajudar?: Nessas casasvivem crianças recolhidas da miséria, de lixo, do que se convencionou cha-mai pecado, crianças que tiveram a sorte de livrar-se do SAM e dos porõesdas Delegacias dc Menores. E da boca dessas crianças a Câmara tirouum magro pedaço de pão, Para dá-lo aquem? As sociedades protetoras dc ani-mais? Não desejamos, para as criança-,apena.,!, essas migalhas. M;<s sem essasinic;i!! is elas serão, ainda, mais aliando-nau.is e mais famintas.

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20 VIDAS CEIFADAS, OUTRAS 100 EM PERIGO

ÉiSôro dica 0_Tt49MAssolou o CearáReportagem de ANNIBAL BONAVIDESCorrespondente de NOVOS RUMOS no Ciará

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Frascosda morte

Nesses frascos, que deveriam conter a vacina contra a raiva existia o "«uim dn m„,i,« a ,„n„,„5 .vocou uma verdadeira tragédia no Ceará, matando Vp™* "deixand °nt?e "

e 1 nf íaí%I"uX" E."P ns vel pelo acontecimento foi „ governo cearense, que a titulo de economia, suspendeu „ au" li aoí ,í utor.si.urque funconaya em Fortaleza e. fabricava a vacina anli-rábica. fará as autoridade» não importa . a p^te á aó ílvoa vacina poderia ser fabricada de qualquer maneira, era o que diziam P

Duas tragédias, ambas de reper-cusiâo nacional e internacional, desa-baram sobre o povo cearense nest* anode 1960.

A primeira, ocorrida no mês de mar-ço, foi a hecatombe de Orós. A segun-da, recente foi a mortandade causadapelo chamado «soro da morte», a vaci-na anti-rábica que enlutou vinlç famí-lias de Fortaleza no curto espaço deoito dias.

Nos dois episódios, o que ressaltatm toda a sua extensão, é a irrespon-sabllldade doj governantes e o seu re-voltgnle desprêzopela vida humana. Ooçude Orós. ruiu, por falta de verbaspara a sua conclusão, em tempo opor-tuno. A burocracia administrativa deJuscelino revelou-se inepta e imprevi-dente, relegando a plano secundárioum assunto da máxima seriedade, oqut veio provar o caráter eminente-mente demagógico da tão apregoada«polítMa para o Nordeste», do governofederal.

Todos ainda estão lembrados daspavorosos conseqüências econômicas esociais, gerodas com o rompimento dagrande barragem. Ascenderam a mi-lhes o$ prejuízos materiais. Ma. o piorde tudo foi o inenarrável sofiimentoimposto a dezenas de milhares d» pes-soas pela incúria governamental. So-frimento qi-j poderia ler ultrapassadoas raias da calamidade pública, quepoderia ler se transformado em aulènJica catástrofe universal, não fossem oinexcedivel espírito de sacrifício « acapacidade profissional de que deramprova os valorosos engenheiros e ope-rários que conseguiram evilar, a muilocusto,.o rompimento violento da barra-gem. Todos ainda estão lembrados deque cerca de cem mil cearenses estive-ram com a vida por um fio, naquelesdias sombrios do Orós.

Agora, decorridos oito meses, o po-vo cearense volta a ser castigado pelairresponsabilidade do governo. No ca-so do Orós, coube ao governo centraldar a mais fria demonstração de des-prezo pela vida humana, No caso do"soro da morte», essa demonstração édada pelo governo estadual. A títulodt economia, suspendeu-se a ajuda fi-nanceira do Estado ao Instituto Pasleurque funcionava em Fortaleza e aqui fa-bricava a vacina anti-rábica. De nadavaleram as críticas e os protestos es-tampados na imprensa cearense, con-tra o descaso do governo diante doproblema que se criava. A vacina anli-rábica poderia ser preparada de qual-quer maneira, contanto que o governonão viesse a onerar-se de mais algumadespesa em tão importante setor dasaúde pública. Mas algum tempo cie-pois, surgia a Secretaria de Saúde doEstado, prenhe de cargos e funções,para alimentar exclusivamente a fomeempreguista da política partidária. Nãose tratava de defender a saúde do po-vo, de propiciar assistência sanitária àsmassas proletárias e populares das ei-dades e dos campos. Tratava-se era dedar mais sinecuras aos afilhados doscoronéis latifundiários, esses inefáveis•¦¦filhinhos do papai.-, que povoam c in-festam diariamente as repartições pú-blicas estaduais e federais, numa pie-tora impressionante de burocratas quenado fazem para ganhar o dinheiroque o governo arranca, de produtorese consumidores, através de uma poli-tica tributária impiedosa.

Mas somente agora, quando o ¦ sô-ro da morte;> ceifava preciosas vidashumanas, nos lares de Fortaleza, é quese veio a saber què foi -¦ por falta de

, verbas, que o Instituto Pasleur cerrouas suas portas, e que a produção devacina anti-rábica ficou reduzida acondições das mais precárias.

O certo é que, em conseqüência dadesidia governamental, vinte pessoas,inclusive algumas crianças, perderam avida. E mais de comi, vacinadas com omesmo soro fatídico, continuam entre avida e a morte, sob rigorosa observa-ção médica. E cerca de duzentos, quese vacinaram nos últimos seis meses,também permanecem sob ob-.e.-vccao,embora numa siiuaçòo de pingo le-moto.

Criou-se assim, em Fortaleza e nointerior, para onde centena; de vaci-nas foram remetidas recentemente, umasituação de verdadeiio pânico coletivo.E tal é a insegurança, t a desconfian-ço em relação às coisas do governo,que as pessoas mordidas de cachorro,resistem dramaticamente à vacinação,reduzidas a um dilema terrível: entre omedo da vacina e o pavor da mani-feslação da raiva.

Enquanto isso, nos bairros e subúr-bios do Capital rearense, a população,em estado de alarma desencadeouuma ofensiva geral contra os cães va-dios, matando-os indiscriminadamente,a pau e à bala, onde quer que os en-contrasse. Nesse transe doloroso paraos pobres vira-lalas, nada podia fazera Sociedade de Defesa dos Animais,pois, acima de tudo, o que eslavo emjogo era a própria vida dos seres hu-manos, que os governantes, insensiveise irresponsáveis, não cuidavam de pre-servar. Por isso, a «razzia» popular nãofoi detida por ninguém, continuando li-vremenle. Já que o governo não cuida-va da saúde do povo, êsle via-se nacontingência de cuidar, com as pró-prias mãos. O espetáculo da matançade cc s, nos boirros de Fortaleza, foi amais viva demonstração da situação deIndiferença governamental pela sortedo povo.

O descaso é tão gritante que, se-gundo se constalou, as autoridades daSaúde Pública no Ceará não tinham se-quer um registro dc todas as pessoasvacinadas. Também não havia, no De-parlamento Estadual de Saúde Públi-ca, qualquer controle sobre os cãesdoentes que infestam a cidade, e muilomenos sobre a vacinação dos mesmos.

Um depoimento impressionanteDepoimento impressionante foi da-

do, a um jornal de Fortaleza, pelo Dr.Mário Vasconcelos, conhecido medicocearense, o qual, depois de denunciarque < o Departamento Estadual de Sou-de, desorientado pela responsabilidadeda morle das vitimeis da vacina anli-rábica, restringe a assistência aos queo procuram ao fornecimento de umaampola de qciomiar.a (com essa am-pola, que lhe custa trinta cruzeiros, oEstado pensa salvar a sua culpa na Ira-gédia)», aquele facultativo crescenlou:— «atendi, no SAMDU, a uma vitimada «vacina criminosa-, a criança Eliza-belh Ribeiro, de cinco anos de idade,vindo de Qujxoramoblm e aqui resi-dente à Rua 24 de Maio, 1.144. Suamãe, que a acompanhava, sabia qualo destino reservado à sua filhlnha. Umalinda garota que se queixava apenas,na ocasião, de lhe doer a cabeço. Do-

na Maiia da Conceição, mãe de Eliza-beth, havia procurado a assistência doDeparlamenlo Esladual de Saúde e alilhe enlregaram, lão somente, uma am-pola de acromicina. Não tiveram nemmesmo a iniciativa de aplicar a inje-

ção. O Eslado assim lão indiferente àsorte de suas viiimas não providencioua hospitalizaçâo de modo a proporei:)-nar aos vacinados um conforto) pelomenos moral, com médicos e enfermei-ros à sua disposição. ••

Prosseguindo em seu libelo con..aa irresponsabilidade governamental odr. Mário Vasconcelos acentuou: —«Já conheço, por antecipação, os ic-sullados de qualquer sindicância a res-peito do «soro da morle.: o Governonão tem culpa de nada. . . E revelou:

—• -os medicamentos paia os servi-•ços de saúde do Estado soo adquiri-dos mediante concoirêneia, a quemvender mais barato. Explica-se o iníc-rior qualidade dos produtos. D:duz-seque essas vacinas não podem ler fu-gido à regra geral. Possuímos, em Foi-talozai laboratórios conceituados, diii-gidos por médicos competentes. Nãoentram, talvez, nesgas concorrências.Quero demonstrai com isso tambémque, em assunto de saúde, as econo-mias são prejudiciais e, quase senipie,perigosos. E' lamentável que se me-nospreze lanlo a saúde do povo, comessas economias e se gasle leio super-fluam- le no Eslado. Os cof'es públi-co; £.,üo aberlos para a satisíaç. o deinteresses políticos. Todavia, lenho acerteza de que os velos impedem a me-lhoria das condições da saúde pública. •

Mais adiante, afirmou o dr. MárioVasconcelos: — -o p,'óp,;0 ía.mcctu-lico fabricante dc;.-.c,s vacinas, não sa-be a procedência dos ca noiiOS querecebeu do Depariamenlo E:.ac.'uol ds5aúde, nem se os m:.mos eram por-(adores de alguma dor—a. Verifica-se,ds logo, o problema ela díí;ci£nc;ados nossos iecur;os e a negligência f'osresponsáveis pela saúde, O preparo ciesvacinas exÍTe um Irabcflho tíe equípc:médicos, farmacêuticos, velrrrinárias,técnicos, E;;ige, porlanlo, um alio pa-drão de serviço. Um ilu.lie pro.feí.ordo ,r:.o ele .lanc.lío, cm v!occpi rc: -.|ea fo.lale-o, f.os disie uma vcrdcdc:— . Vocês vivem no i?;or científico, tisemelhança de uma laba aVricanafValizou-se reconicníinlc, n.T.la Cc.'3;-lal, um Congresso de Oiorrinolaringo-logia, presentes niédicos brasiloiros e ar-genlinos. Duranio quatro das, pronio-vemos reuniões científicas no Nüu^co,na Concha Acústica da Univoisidade,etc. Não visitamos um só hospital daespeciolidode. Não existe,

O Dr. Euiico Litton, larmocêuticoe técnico a quem eslava entregue oproparo das vacinas anli-rábicas do De-parlamento Esladual de Saúde, é umdrama à parle, nc;sc tragédia rio sô-io da morle .

O dr. Litton vinha fabricando o me-dicamento porá o povo há mais de dezanos. No momento, acha-se complcia-

'¦-nte transtornado, já hào conseguedormir noimci.iii .., i. va a suei pulso-çõo aumentada para 120 e jã tlecla-

rou que nunca mais em minho vidofabricarei vacinas-. Quando vê um co-ciiorro, fica acometido de forte abalonervoso. Nos primeiros dias da tragé-dia, quando as manchetes dos jornoisapresentavam a ocorrência de sucessi-vos mortes, decorrentes da aplicaçãodo vacina anti-rábica, o pai de umaeius yilimos procurou a reside.ícia doDr. Ldlon e, armado de peixeira, fêzterrível juramento d%. morle contra •larmacéulico.

A "Campanha Preventiva" quejá não é mais preventiva. . .

Vinte vii.a.- humanas já haviam si-do ceifadas, vinte lares forlaleií» esenlula»os por culpa c.'a incúria dos go-vernanles que não cuidem da saúde dopovo, dos governantes irrs:popi:.v«ise insensíveis à sorte dos s;us : "

an-tes, dos governantes incapazes que nã-5sabem i:conhcc:r que <o homem « ocapital mais pveclo.o ,.— quando uniavcis.a e inquieta equipe de aulori:lei::essanitárias, reunieco ei ;r,i2i,ios dé For-I''—o, oo Rio e ds Sfo Paulo,'reu-níu- s po a ' ior.iar provldSnc'os», Cc-ro que as providências eram lón.c '.-:

sobre os caciVveros <'- ciuas dtí.r.çs •'vílimos ii-:'-,'::as. É!ci!*5;,c!j-sê t: \um p!ar,o d; cci"'jaic à rc/.-a que s*houve por b:m dcno:,i!-,ar pomf,* c-mente de «Campanha Prever lva.:. ,':snão cia ma'-, preventiva. . . Enlitianíb,somente por curiosidade, vc nios tia.i;crsvsr, r.á íntegra, os micíltlas indico-cias n":ci ccompcnlia |". "/• ¦ 1 c . C'-<medidas e'-,.i-," c;:r, nc ma;:, qje I .myilo d:v'c!m c ar :ci:c'o o'í",:ví

' .Medidas do ca . cr |.3rr.:cir.e."!f, i

' •pensá •-'¦, c';,i:.c ' >:. /'vs r-- ••;r;'j; íi •:'¦> a- " ei '- r ri c~':" '.': ¦ ~,ordem-do-dia, depois c,ue Ir,";: é me

fi '. a campa .Vi p, :v;;-,,.' c do ¦ . -virno tii C'.:.é: o| cr:'r:i.cr lede. cir-uiiiicic, -;; b) rc" cr inquéritos t;r,-c!t/.-i_'6-Vc:; c) cc.iic'-. o cleslii 3 t'::.ceies i:,")e- -, |--'c, reldcnl». r;jf.iusvificarcni o vccl/c o a . <,:?¦-, et]v r:,a c::í vcc."C''-; c ap!,''C.;Co r o só-io e veei c; e) conirCo cfitlo de; \a-c. narle-.; ÍI cl; - ré"o de clct'os r'o i.-i-h lor c oj.,as cidades para o-de it-nham seguido vacinas da perlida fa-li:licn, pa.a que se (unha o n,'i.;«rodos acicienlados; g) opesenlar o rela-lório sobre condições r> preparo o>vcicma, testas e técnico d? suo inocui-rlcirle, tipo de vidraria e cuiderícs pr 1evilar contaminação, qual a via deaplicação, dosagem, dos de Iraiamen-to, ek: h) enlrosamenlo com o Hospi-lal de lso'amnnio e remoção de do-«n-Ias peno o mesmo hospital a fim d;serem íei-cs óbseivaçòes.

Um conhecido médico ceaiense di-zia, a propósito da campanha pieven-liva: — -depois dé Pasleur é a pri-meira vez que se inoculci raiva num serhumano. .

Se a campanha preventiva, do Estado tivesse chegado mais cedo. . .

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-fl &ul V .* frWliSffiiWI W* Àm\ ^b\ ^Wr Vmmwk* F -ÊsSr*- a_ãí^^_l_B^_l _Kl- -ámu^. -.-rr-fl fl__^^_r

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¦K^B I^fi&xv!& __K*^j_M_JB_I_H _^_^. vdmmmk _H M_B ¦» í^flF^flfll -T-nfl-i fHÊk ¦ 9

Remédioveio tarde

Após eontecer a tragédia, o governo mobilizou meriicõs e so dispôs a fornecerIndos ns reouf os par* impedir (|„c ocorressem novos rasos Reuniram-se mé-cheos c espccll.stas para examinar a situação c- tomar as prívidêllSaí paraniircniar u mal .ia cim tarde, n erinie hav'i\it;i-,<i chegava tarde demais.

i:i sido cometido c o remédio par*

..J.l.^aieA.Jr.r .:.-%:A

— 6NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de dezembro de 1960 —

-DIZEM COM ORGULHO OS MINEIROS DE MORRO VELHO!

0 Sindicato Foi oLegislação Mineira

RUI FACÓ(Enviado especial de NR a Minas Gerais)

Logo depois que a Hanna adquiriu

as ações desvalorizadas da antiga

St. John d'EI Rey Mining Company, em

Nova Iorque, dois emissários da em-

presa ianque vieram a Minas. Aten-

diam pelos nomes de Model e Gustav-

son. Mostraram, de imediato, interesse

em conversar com o advogado do Sin-

dicato dos Mineiros de Morro Velho,

Wilson Vidigal, e uma de suas primei-ras perguntas ao causídico foi esta:

Dr., em que medida é possívelrecuperar a mineração de Morro Velho

refreando as lutas reivindicatórias dos

mineiros?Esta pergunta revelava o pleno co-

nhecimento que os emissários da Han-

na tinham das lutas reivindicatórias dos

mineiros de Morro Velho. E inquieta-

vam-se por isso.Havia razão para tanto. Os ope-

rários da mina de ouro de Morro Ve-lho têm uma antiga e bela tradiçãode combates por seus interesses econô-micos, que muitas vezes se ligam estrei-tamente às lutas políticas do povo bra-sileiro contra o imperialismo.

Até fins do século passado, até aabolição da escravatura, o regime detrabalho dominante na mina dispensa

qualquer qualificação. Mesmo o redu-zido número de trabalhadores livreseram forçados a acompanhar as nor-mas do trabalho escravo. Não por aca-so, verbos mineiros me dizem. — -Esta

mina 6 um cemitério. . .»Sim, os seus 2.400 metros ue pro-

fundidade foram cavados no curso deuma batalha mais que secular contra arocha, desgastando corpos humanos,derramando sangue, roubando vidas.Ainda hoje existe... lápides e colunasencimadas por cruzes assinalando o lu-gor onde caíram técnicos estrangeirosno subsolo. O número de brasileirosmortos não tem conta — nos desmo-ronamentos, nas explosões de grisu,nos ocidentes fatais — e seus nomesse perderam naqueles labirintos som-brios.

Mas estas vidas sacrificadas gera-ram um estado de ânimo combativoque particulariza os mineiros de MorroVelho. Não foi da noile para o diaque eles adquiriram consciência da suasituação de explorados e oprimidos eaprenderam a lutar por seus direitos. A

próprio escravidão deixara uma des-gracada tradição de conformismo, quesó aos poucos foi sendo quebrada.Muitas vezes a consciência de sua si-tuação de espoliados lhes foi levada

por trabalhadores de outros centrosmais adiantados. Ainda hoje conta-seentre os mineiros de Morro Velho oepisódio dos 'cariocas» que, no co-mêço do século, foram recrutados paratrabalhar na mina.

Havia enorme escassez de mão-de-obra, nora uanto a extração do ouro sefa.;.t ouose oue só à força bruta. Um

mínimo de mecanização, que ainda ho-

je está longe de ser moderna. Cerca

de duas centenas de cariocas sujeita-

ram-se a ir trabalhar em Morro Velho,

mas com uma condição: perceberiamum salário que era — e eles não o

sabiam — 10% superior ao vigente

na mina. Embora sua capacitação do

serviço fosse nula, autênticos novatos

que eram, foram bem recebidos pelosoperários locais, que não estranharam

absolutamente a diferença de salário.

Admitiam-no de bom grado. Mais ain-

da, demonstravam-lhes solicitude e so-

lidariedade, encaminhando-os nos pn-

meiros passos.Certo dia, porém, ao receberem o

salário — majorado em 10% sobre o

dos demais mineiros — coube aos pro-

prios cariocas levantarem um protestoante a desigualdade:

— Nã>.' é justo que vocês traba-lhem melhor do que nós e recebam me-nos. Vamos exigir equiparação. . .

A direção da mina, ao saber doepisódio, lançou mão do recurso habi-tual naquela época: apelou para asautoridades de Belo Horizonte, que en-viaram a cavalaria contra os mineirosde Morro Velho. Os cariocas foram ex-

pulsos.Assim os trabalhadores de uma

cidade mais adiantada e com uma se-cular tradição de liberdde levaram àsmontanhas de Minas, aos mineiros doMorro Velho, uma porcela da consciên-cia de sua condição de explorados.

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Tentativas de organizaçãoDatam também do começo do sé-

culo as primeiras tentativas de organi-zação dos mineiros de Morro Velho.Todas, porém, malograram. Ante elosse erguia uma barreira mais dura do

que a rocha que eles perfuravam àbusca do ouro: a oposição feroz, queia até violências selvagens, por parteda companhia inglesa.

Acredita-se que a primeira tentali-va de organização profissional dos mi-neiros de Morro Velho tenha ocorridodepois da Primeira Guerra Mundial. Poriniciativa do operário José Mamede e

outros foi fundada a Junta Auxiliar dosMineiros de Nova Lima. No entanto,

quando os ingleses perceberam que es-ta organização não se limitava a obje-tivos beneficentes, pois distribuía vo-lantes entre os operários sobre suasnecessidades e direitos, foi a organiza-cão considerada «.subversivav. Maisuma vez a empresa estrangeira pediuos cavalarianos da Capital do Estadocontra os operários, que já eram ta-

chados de comunistas. . .Ulterior tentativa, no governo Epi-

tácio Pessoa, gorou também.

profissão de sapateiro, EmerencianoFranklin Sales, juntamente com outrostrabalhadores do subsolo, cogitou da

fundação de um Sindicato. Emerencia'-

no acreditava possível organizar o Sin-

dicato a portas fechadas. Os demais se

opuseram, entre estes Gilberto Bronco,

argumentando com justeza:— Um sindicato dos mineiros' seria

uma organização numerosa. Deveria

congregar operários de todos os seto-

res da mina: do subsolo, da superfície,

de Nova Lima, de Raposos. Deveria,

portanto, atuar abertamente.A época favorecia. Estava-se no

auge das lutas antifascistas no Brasil eno mundo. As organizações operáriase de massas se multiplicavam por todoo País. Por que um sindicato operárioclandestino?

Se na primeira reunião estavam

presentes apenas cinco operários entreos quais Gilberto Branco, Joaquim Jo-sé, Marlinho Marciano e Francisco Ro-

drigues, na segunda já eram uma de-

zena. As primeiras assembléias por eles

convocadas contavam com centenas de

operários. Depois vieram as providên-cias de folina: elaboração dos estatu-

tos, reconhecimento pelo Ministério do

Trabalho, etc.O Sindicato passou a funcionar nor-

malmente, dirigindo as lutas dos opera-rios por aumento de salários, melhorescondições de trabalho, pagamento dataxa de insalubridade, pela jornada de8 horas (pois se estendia até a 12 ho-ras), pela construção de casas opera-rias, pela melhoria da técnica na extra-cão do ouro, pelo descanso semanal re-munerado, pelo salário mínimo, e ou-trás exigências que as lutas operáriasconjugadas nacionalmente tornariamvitoriosas.

Surge o sindicatoSomente em 1934, um operário do

fundo da mina. que além disso exercia a

0 sindicato se impõtMas precisamente estas lutas in-

quietavam os patrões de Morro Velho.Em 1936, ao ser criada a Caixa deAposentadorias e Pensões dos Serviçosde Mineração do Eslado de Minas Ge-tais, fruto de árduas lutas, dos minei-ros, surgiu a denúncia de «atividadessubversivas» contra 18 operários damina. Fato sintomático: dos 18 denun-ciados, 13 pertenciam à direção doSindicato. Porque o Sindicato se trans-formará num órgão de luta, a Compc-ihia inglesa resolvia liquidá-lo com a

üquidação de sua diretoria.Os indiciados foram submetidos a

processo e demitidos, embora contra'ss nada fosse apurado. O objetivo

único da companhia estrangeira era•,.;.c:r ria comunidade de Morro Ve-io provados dirigentes operários, do.

mais experimentados c combativos. Ecom a ajuda da justiça o conseguiu.

A essa época já estava tlesenca-deada a reação coi-tra as organiza-

A boca da minadc Morro Velhoções operárias no Pais, a qual recrudes-

ceria mais ainda a partir de 10 de no-

vembro de 1937, cem o golpe de Es-

lado e o surgimento do Estado Novo

de Vargas.O Sindicato dos mineiros de Morro

Velho foi submetido a intervenção do

Ministério do Trabalho. Não consegui-ram porém suprimi-lo, como fizeram a

muitas outras organizações operárias

pelo Brasil afora. Êle continuou a ser

o centro aglutinador da população mi-

neira de Nova Lima e Raposos, lutando

não só pela própria sobrevivência co-

mo contra a formação de sindicatos

fantasmas que os patrões jamais deixa-

ram de propiciar, em tentativas ininter-

ruptas de quebrar a unidade dos mi-

neiros de Morro Velho.As eleições de sua diretoria conti-

nuaram a realizar-se normalmente. AGilberto Branco, o primeiro presidente,sucederam-se, a partir de 1935, Ga-briel Barbosa, novamente Gilberto, Jo-sé Antônio, Alencastro Lima, José Néri,Geraldo Braga, José Nilo Rosário, JoséAlexandre e, por último (1959-1960),Alberto Lemos Mota, atual presidentedo Sindicato cuja denominação oficialé — Sindicato dos Trabalhadores daIndústria de Extração do Ouro e Me-lais Preciosos de Nova Lima.

Aqui é a boca da mais profunda mina de ouro do mundo, a do Morro Velho.Há mais de um século, entram por ela, diariamente, milhares de operários.Muitos ficaram sepultados no fundo da mina. Mas aqui também nasceu asolidariedade e a combatlvidade dos bravos mineiros de Nova Lima, que setomaram a vanguarda das lutas mineiras no Brasil.

Sindicato únicoO Sindicato d^s Mineiros de Morro

Velho tem hoje no centro da cidade deNova Lima uma magnífica sede própria,de dois pavimento;, na Praça Bernar-dino Lima, 65. Ê um dos sindicatos maisbem organizados do Brasil e aquele

que congrega a totalidade dos opera-rios mineiros da região onde atua. Aorganização sindical fundada a' man-

do da Companhia, durante o Estado

Novo, extinguiu-se antes deste. Era um

sindicato unicamente de pelegos e quede fato nada representava, a não ser

os interesses dos patrões.O Sindicato dos Mineiros de Morro

Velho, com quase 5 mil filiados, man-

tém diversos serviços assistenciais: den-

tário, enfermagem, jurídico, cursos de

corte e costura (custeados pela Comis-

são de Imposto Sindical),'uma escola

de alfabetização de adultos, uma boa

biblioteca (cerca de 500 volumes). E

seu funcionamento é tão satisfatório e

adquiriu o Sindicato tamanho prestígio

que atende mesmo a trabalhadores de

outras categorias, como os operários

da construção civil de Nova Lima, quenão contam ainda com sindicato pró-

prio.O Sindicato dos mineiros de Nova

Lima e Raposos está filiado à Federa-

ção dos Trabalhadores da Indústria Ex-trativa de Minas Gerais, que compreen-de sindicatos de mineiros de Nova Li-

ma, Brumadinho, Ouro Preto, Itabira,Cachoeira de Campos, Passagem de

Mariana, Congonhas do Campo, Ca-randaí e Lafaiete.

Mas a Hanna não desisteNinguém em Nova Lima soube ex-

plicar-me, mas o fato é que a Hanna,no prazo de três meses — fato abso-lutamente inédito! — conseguiu orga-nizar, registrar e ter reconhecido peloMinistério do Trabalho um outro Sin-

dicato: o Sindicato dos Trabalhadoresda Indústria de Metais Básicos, com

sede (nominal) em Belo Horizonte. Di-

zem-me os meus informantes: foi um

tempo recorde na criação de qualquersindicato no Brasil.

E o objetivo evidente da Hanna éminar a influência do Sindicato dosmineiros de Nova Lima, quebrar a uni-dade dos operários de Morro Velho

para mais facilmente explorá-los eamortecer suas lutas.

Em relação a esse sindicato criado

pela Hanna, numa tentativa de formaruma escola de pelegos da companhia,informam-me também ser o seu funcio-namento ilegal, pois enquanto a sedefica em Belo Horizonte, o presidente e

o secretário moram em Poços de Cal-

das.O sindicato registrado pela Hanna,

e cujas categorias profissionais pode-riam ser englobadas pelo de Morro Ve-lho, não realiza assembléias, não ofe-rece assistência médica e dentária n»m

jurídica e seus filiados, burlando assima legislação trabalhista.

Sua finalidade, portanto, i mais do

que evidente: visa àquele objetivo quese propunha o primeiro americano do

poderoso truste que visitou Belo Hori-zonte e conversou com o advogadoWilson Vidigal: frear as lutas reívindi-calorias dos mineiros de Morro Velho,dos mineiros de todos as exploraçõesda Hanna.

Ante esta manobra, porém, s« en-contra vigilante o tradicional Sindica-to dos trabalhadores das minas de No-va Lima • Raposos, querido « prestigio-1do pelos combativos operários de Mor-ro Velho. Todos sabem que «e temuma glória que ninguém lhe pode rou-bar: suas lutas deram origem a toda a

legislação trabalhista brasileira rtfe-rente a minas e que é hoje uma conquis-ta, embora incompleta, não sem impor-tância, de todos os trabalhadores de

minas no Brasil inteiro.

Gamara Apra Falsa Mac

ovou Projeto Contraienalização ia Panair

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Sérgioatua

\ Cãmiira dos Deputados acaba dc aprovar o projelo il<- lei tir autoria do diSéreio Magalhães (foto), nacionalizando as empresa:, dc navcga-:_o r ra.ilrp. Sérgio Magalhães é autor òe numerosos projetos de tr:•;'(:•;• '•sóhrc a remessa de lucros das companhias estrangeiras, na.ion. .,,,.¦:.,n ((rigorilicos, etc

A Câmara dos Deputados aprovourecentemente projeto do deputado Sér-

gio Magalhães que impede a inscriçãono Registro Aeronáutico Brasileiro dasaeronaves de empresas com mais de20% de capital estrangeiro. Foi igual-mente aprovada uma emenda da Co-missão de Constituição e Justiça a esse

projeto, segundo a qual as empresas deaviação com mais de 20% de capitalestrangeiro estão impedidas de receberaj subvenções e favores cambiais pre-vistos na legislação vigente.

Efeito prévioO projeto aprovaao pela Câmara

(n* 24.-B de 1959) foi remetido aoSenado paia discussão. Mas antes mes-mo de sua aprovação já está surtindoefeito. Sabe-se, por exemplo, que o seu

primeiro resultado foi evitai, ou pelomenos adiar, o controle da «Real Aero-vias» pela companhia de aviação ho-landr>sa KLM,

De fato, tal resultado é compreen-sivel. Todas as empreses de aviação co-meicial no Brasil recebem considerávelsubvenção do governo e, por isso, seaprovado o Projeto 244-B, deixa desr r vantagem para estas empresas uma

participação estrangeira de mais de20% on seu capital social

0 caso PanairA aprovarão do piojeto do depu-

tado S'*igio Mcigalliõss na Câmara rs-

pr.:r:'n:a, alí'in d'«so, uma vitória dosraclonalir.tas em defesa dos capitais na-cionois (ao proib:r a subvanrSo ao ca-

p>al esNrmgeiro) e, esp?cifcam.nt9,conira as manobras da Pnn AmericanVVotld A:rways Inc., empresa ncii .-

amer_c'cna que ccni;oia a Fai._ir doBrasil S.A. desde a sua criação (naciscada de 30) até os nossos d'as —

p; embora, para sui conveniência, esteja

0 procurando fazer crer o contrário.Es'.ab_'-c. o § I? t'o - '. - '¦ ''"> pio-

OS j^O r;n ¦ r- - O

niociióiiie das açj_s i.«-s u..o.i.jiüs cs-

trangeiros excede a margem estabele-

cida nesta lei, o Ministério da Aero-

náutica convidará a sociedade em quês-tão a estudar e a propor um plano de

ajustamento de seu capital social nos

termos desta lei».Mas este plano de transferência

tem que ser aprovado. Caso contrário,

o Poder Executivo está autorizado a

desapropriar as ações que excedem a

margem de 20%. Isto significa que po-derão ser evitadas as falsas transfe-

rências de ações, atiavés de utilização

dos testas-de-ferro, a exemplo da re-

cente liansferência de ações da Pan

American World Airways Inc. à em-

presa Planejamento e Administração

Guanabara, sociedade especialmenteorganizada pela P.A.W.A. Inc. paralhe servir de biombo.

Testa-de-íerroDc talo, como denunciou na Câ-

i. ara o deputado Elói Dutra, a Pan

American quis impingir ao públicouma suposta «nacionalização» da sua

subsidiária Panair do Brasil. Na verda-

de, entretanto, continua tendo o con-

trôle, direto ou indireto, de 58% àn

ações da Panair. A Pan American

fcíz grande propaganda i/_ uma venda,

realizada em 1946, de 10% de suas

a .'.es a «brasileiros» membros do Con-

sslho de Administração da Panair, de-

p-is ria qual ela teria ficado com ape-

nas ^8% do capiial desta últ;ma..

Conluio, t:i's «brasileiros» não

pa.jrtm de testas- !e-ferro, ermo mos-trou o de!_'jla'!o Elói Dutra, pois sem-

pre voiam cie acordo com os acionistasnorlc-aniercanos, nas assembléias daPa_aif. E já s.ndo eles do Conselho deAHm;.'sfração quando a Pan Ameri-cn a"ncfa tinha, taml::rn foimalm-rn-le, a ma:or'a de aç.-S, é evidente que5? t/aía de homens de confiança da-

quela empresa.

Soc^-.áoe *.'_]¦_Mn ' :¦ -, a i mi A»"'r'-

can, lu,..i.uO u>ii._i iiiiw.i.iviiC.u i.o

governo no sentido de defender as em-

presas nacionais contra a concorrênciae o controle estrangeiros, resolveu am-

pliar um pouco mais a «nacionaliza-

ção» da sua subsidiária Panair, ven-

dendo mais 18% das ações em seu

poder novamente a membros do Con-

selho de Administração desta última,

através da já citada sociedade Plane-

jamento e Administração Guanabara».

Esta empresa, formalmente consti-

tuída de brasileiros, é em verdade con-

trolada pela Pan American, confor-

me se verifica da leitura de várias

cláusulas de seu contrato de constitui-

ção: uma destas cláusulas impede in-

clusive qu os acionistas da Planeja-

mento e Administração Guanabaio

vendam suas ações a terceiros (só po-dem vendê-las entre si) sem o prévioconsentimento dos demais. Mas o pro-

jeto 244-B prevê igualmente a situação

das empresas testas-de-ferro ao dispor,

em seu artigo 4?, parágrafo úniro: Se-

rão nulos quaisquer compromissos ou

declarações que importem direito sibre

ações, por parte de pessoas proibidasde adauir!-'-"

Subvenção imerecidaAlém de ter 58% do seu capital

dirnla ou indiretamente controlados poruma empresa estrangeira, o que por si

só torna ilegíiima a cone .ssüo a ela de

subvenções oíi.;ais, o déficit da Pa-

nair do Btasil S.A. se torna um tanto

suspeito qiia_ ;o veiificamos que esia

e:. "--.a tem ',3,3% do c.-jpital de 4

hotéis (3 no Rio e 1 em S. Paulo), três

d .l^s com um capital de C¦$ 10.000,000,00 cada e o outro comum capital de Cr$ 24.000.000,00. Ouseja, a Panair, que precisa de sub-venção do governo, teve rnis de 16nvlhõcs de cruzeiros disponíveis paiainvestir em hotéis. Além disso, a Pa-

nair tom maioiia de arões na Com-

panhia Eletiomecânica CEIMA (cani-tal de

"Cr$ 60.000:000,00) de revisão

de iiioioics de aviõos civ>s a mililaieSt

..-___%--__-_-_-_-«-._-_jv._._^^^..,<_-_t.-_-M_----à-t-.. ¦.y,..;t.._í<Jib-.,.

^¦a^r^app»

Rio de Janeiro, semana de ló a 22 de dezembro de 1960- NOVOS RUMOS 7 —

Latifundiários é Que Fazem«Reforma Agrária» no Peru

CÉSAR LEVANO(Serviço Especial de PRENSA LATINA)Especial para NR

LIMA (PD — Há mais de trêsmil anos os agricultores peruanoscultivam a batata e o milho. Hoje,ria velha terra dos Incas, a produ-jcáo por habitante desses e de outros

Elutos

agrícolas diminui de anoi ano, enquanto milhões de in-padecem de uma fome atroz e

¦nbtèm ganhos que a Comissão da)ONU para a América Latina (CE-(PAL) calculou entre três e quatrojdólare* por mês e por pessoa. Semterra, ou com pouquíssima terra,quace sem participação no merca-do interno, praticamente sem direi-Ho a voto (a maioria é de analfabe-tos) embora constituam 60% dapopulação, repelidos à bala quandose opõem às apropriações feitaspelos latifundiários, os camponesesdo Peru começaram a lutar enèrgi-camente pela terra e pela dignida-de.

Nos quatro anos que tem o go-vê mo atual, chamado de «conviveu-cia democrática», aumentaram asmatanças de camponeses pobres,particularmente nas comunidadesde indígenas, uma sobrevivência dosnvllwK do pré-incaico comunismo pri-mitivo. Em Chepén, em Calipuy,em Ranças, em Pucará, em Cerrode Pasco, em Piura, em Casagran-de, em Paramonga, as balas mala-ram dezenas de lavradores que re-clamavam seus direitos frente aosabastados fazendeiros, que em mui-Aos casos eram empresas imperialis-tas.

As autoridades peruanas acusamos «agitadores profissionais» pelogrande descontentamento que rei-na no campo. Entretanto,, as esta-itisticas mostram onde estão os ver-dadeiros perturbadores: 3500 pes-soag têm 63% da terra. A injustiçafe tfto damorosa e tem tão nefastarepercussões sobre a alimentaçãogeral e sobre o mercado de produ-tos industriais que, quando o pre-íentjc regime assumiu o poder, no-

meou uma comissão para a Refor-ma Agrária e a Moradia.

O referido organismo absorveu--se logo em sérios estudos que du-raram exatamente de 10 de agostode 1956 até 21 de setembro do Anoda Graça de 196U, data em que en-trou no Ministério da Agriculturaum projeto de lei que cristaliza ostrabalhos da comissão.

Os autores da leisão latifundiários

O texto reflete os interesses dosgrandes açambarcadores de terras.Cabe assinalar que Pedro Beltrán,presidente titular da comissão paraa Reforma Agrária — atualmenteprimeiro-ministro da República —foi durante anos presidente da So-ciedade Nacional Agrária, institui-ção que agrupa os grandes proprte-tários de terra peruanos; que o pre-sidente em exercício da dita comis-são, dr. Ernesto Alayza Grundy, éadvogado da companhia mineiraestadunidense Ce ro de Pasco Cor-poration que recentemente fêz in-lervir a força pública para dofon-der a sangue e fogo suas '<pro-priedades> contra os membros dascomunidades; que outro elementodo organismo é don Carlos Morey-ra y Paz Soldán, segundo vice-presidente da República e co-pro-prietário da «Negociación Talambo>que fèz matar camponeses da Co-munidade de Chepén; e que todosos demais integrantes da Comissão,com exceção de um que não se achano Peru, e inclusive um alto lidei'do Partido Aprista Peruano, sãolatifundiários; e que, finalmente, osmilhões de camponeses nem sequerforam consultados para estabelecera letra e o espirito de um projetoque os toca tão de perto.

Pois bem, para avaliar o alcan-ce do documento é preciso levar emconta alguns dados fundamentais

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Misériac muita

NotaInternacional

Os camponeses peruanos, em grandeparte índios, vivem em condições asmais miseráveis c primitivas posst-veis. O monopólio latifundiário sobrea terra os impede mesmo de plantarpara comer.

O Colonialismoe a Argélia

O exercito colonial francês perpetrou mais uma chacina contra opovo argelino, matando mais de mil pessoas c ferindo e prendendo milha-res de outras durante a viagem de de Gaullc à Argélia. Dezenas de mi-lhares de manifestantes, empunhando bandeiras da Argélia independente,percorreram os bairros operários dc Argel, Oran, Constantine e outras cida-des, para condenar a política colonialista de dc Gaullc e as tentativas dcgolpe fascista pregadas pelos "ultra". A viagem de de Gaullc. programadacom o objetivo de fazer propaganda do plebiscito com o qual o general pre-tende cmpultiar os argelinos c os franceses contrários á, continuação daguerra, terminou assim com uma condenação total desta política. Tornou-seclaro, por um lado, que a esmagadora maioria do povo argelino apoia aFLN e o Governo Provisório, r. por outro lado. que de Gaulle e os "ultras"representam apenas a^neetos diferentes de uma mesma política, tanto queo exercito e a policia, t.in "benevolentes" pasa com as manifestações direi-li.stas, reprimiram com violência inédita, mesmo para os paraquedistasfranceses. ;is manifestações argelinas, contando ainda com a ajuda riosdireitistas armados.

Enquanto isto, prosseguia na ONU a discussão do problema argelino,observando-se quase a mesma situação ocorrida no Congresso brasileiro,onde não apareceu ninguém paia defender o colonialismo francês diantedos ataques de grande número de deputados. Também na ONU, os aliados daFrança, com os Estados Unidos à frente, preferem o jogo dos bastidores àdefesa clara de sua política na Assembléia Geral ou na Comissão Política.A guerra colonial da Franca contra o povo c o Governo da Argélia-é umacausa perdida de antemão c que compromete toda a política do imperialismona Alrica e na Ásia. Entretanto, as potências do bloco militar iniperialistada OTAN não podem, igualmente, abandonar seu aliado à sua própria sortesem incentivar com isto mesmo a luta dos povos colonizados por sua liberta-cão. Escapando à tutela da OTAN, a ONU pode. ainda este ano, aprovar aproposta do grupo afro-asiático, aprovada pelo Governo Provisório da Ke-publica Argelina, pedindo a organização e realização pelas Nações Unidasdc um referendum no qual o povo argelino seria consultado sobre seu destino.

Esta é a única saída real para acabar com a guerra na Argélia. Aoutra solução para o conflito, as negociações diretas entre a França c oGoverno argelino, foi sabotada pelos sucessivos governos franceses. Na ver-dade esta é que deveria ser a solução para o problema, uma vez que jáficou mais rio que demonstrado que apenas o GPRA pode. falar cm nome dopovo argelino pois goza dc seu apoio e confiança. De Gaulle, da mesmaforma que os outros governantes colonialistas que o prvedcam, resolveu,entretanto, continuar o caminho inglório einútil da "guerra tota!*' e dn "pacificarão",ao mesmo tempo que procurava escamotearsua política colonialista pretendendo ser fa-vorãvel às n?».ocsaenes e concebendo umasuposta "autonomia'1 puramente nominalau pais.

da zona rural no Peru, O Peru tem1800000 hectares de terras culti-vaclas 11,2' por cento do territórionacional) ao que se deve acresceu-tar aproximadamente meio milhãode hectares que são anualmente dei-xados em descanso. A populaçãototal atinge dez milhões. O que equi-vale a dizer que há 0.18 de hectaredisponível para cada habitante, en-quanto a média mundial é de 0,50.Em acréscimo a isso, os técnicoscalculam que de agora até 1980 apopulação ter-se-á duplicado. O paissofre, portanto, de uma aguda es-cassez de terras cultivadas.

Quanto à distribuição da terra,os Registros da Propriedade Ruralrevelam o seguinte: 232827 fami-lias camponesas, que possuem atécinco hectares cada uma, reúnemum total de 614754 hectares en-quanto cerca de 3500 pessoas têmmais de 1.500000 hectares. Para oscamponeses médios, situados entreesses dois pólos terrivelmente anta-gônicos, só restam 200000 hecta-res entre terras cultivadas e terrasem barbecho.

Como na Idade Média

ü proje.to de lei não propõe adestruição do latifúndio já cria-do. Somente nos casos em que se-jam improdutivos, o futuro Institu-to de Reforma Agrária (em quetampouco terão representação oscamponeses) poderá estudar e de-cidir uma diminuição da grandepropriedade. Para as futuras pro-priedades estabelecem-se limitesmáximos.de 250 hectares na Costa.250 e 150 na Montanha e 1000 naFloresta. A própria Comissão daReforma Agrária assinala que aocabo dos dez anos em que deverárealizar-se a Reforma, somente25% da terra cultivada será dlstri-buida entre os camponeses. Dentrodo presente regime político e socialé para se ter dúvidas de que mesmoisso se possa conseguir.

No Peru, os sistemas de traba-lho do campo são primitivos. Nasregiões (ta Montanha existem cani-poneses que trabalham cinco diasda semana gratuitamente na fazen-da do latifundiário em troca de umretalho de solo. Isto é, pagam oaluguel com trabalho, como se vi-vessem na Idade Média. O projetopropõe eliminar esse método. Emtroca, não fala de eliminar o *ya-

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Desproporçãobrutalnaconage» (de yuatwM, homemnegro, na língua nativa) que é umahíbrida modificação do arrenda-mento em espécie medieval e emque às vezes, no Peru, intervém umapai te de aluguel em dinheiro e pres-taçãò gratuita de serviços.

Desse modo, grossas .somas dedinheiro continuarão sendo subtrai-das à economia camponesa e, por-tanto, à produção, para engrossarem troca, os mananciais dos proprie-lá rios de terra ociosos.

Quanto à ajuda agrícola aoscamponeses proposta no projeto, éinsignificante: conselhos técnico».

Em resumo, pode-se dizer que aaspiração dos camponeses peruanosa uma Reforma Agrária i maneiracubana não se reflete nem remota-mente no documento que comen-tamos.

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Trta Mil e «ataBcBtot grandes proprietários monopolizam 63% das terras, cujoaprevettamente, entretanto, é dos menores de todo o mundo. Enquanto teto,Aea ailMee de camponeses, dos quais seis milhões são índios, dividem entre sies tl% restantes, sem condições inclusive para explorar economicamentesataeeleetanentoa acrieolas.

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Fomedesolaç;ao

Intelectuaisespanhóiscontra Franco

.Mais de uma centena tio inle-lectuiii.s, escritores e editores es-panhóis assinou uni manifesto re-eentemente publicado contra a cen-sura imposta pela ditadura fran-quista. São elementos representa-tivos, inclusive representantes oli-ciais de associações dc escritores eeditores, do que existe dc melhorna cultura espanhola.

Depois dos pronunciamentos pú-blicos ou oficiosos de grande nú-mero de prelados católicos, o ma-nifesto dos intelectuais condenandoa censura policial que impede alivre criação mostra bem que a di-tadura de Franco não tem maisqualquer aceitação mesmo nos cír-cul,os progressistas das classes altase da Igreja.

Mostra igualmente que jâ se for-taleccu consideravelmente o espíri-to de unidade entre as forças anti-franquistas para pór fim ao odiadoregime. O único sustentando díFranco atualmente são os soldadose policiais que o ditador pa^a como dinheiro fornecido pelos norte--americanos e arma com materialda mesma procedência.

Os indíiis foram privados fie Mias ler-i.is c iiciis pelos colonizadores espa-nhoK c vivem ate hoje diante da dc-solução do pais, a terra que lhes foiretirada continuando iuaoroveltaclapelo latifúndio

URSS ajudao Laoscontra EUA

A crise politiai o militar no Laosvoltou a se aguçar em vista da crês-cento intervenção do imperialismonorte-americano e seus aliados ciaOTASE nos assuntos do pais. É in-teressante observar que o Laos nãol.i/ parte deste bloco militar agres-sivo e, segundo os acordos de Ge-nebra, eleve manter uma política depaz, mas assim não quer a OTASE.

O general Fumi Noyasan, ex-che-fe das forças armadas do pais, con-tinua recebendo apoio militar decla-rado tios Estados Unidos e da Tai-làndia, em cujo território mantéínsuas bases e de onde parte o fogode artilharia que o protege. Enquan-Io isto,, o governo legal do pais erasubmetido a um boicote econômicoe militaf por parle da OTASE.

Como esta situação era insusten-tável, formou-se um novo governo,chefiado polo ministro Quinin Foi-sena, que solicitou ajuda militar á.União Soviética para poder resta-belecer a ordem no pais. As aven-ti nas bélicas dos Estados Unidos eseus aliados e dependentes no Ex-tremo Oriente, contudo, podem levara um agravamento do problema.

BMÜKJ.U.^.:...., .

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RÁDIO E TELEVISÃO TÊM GENTE GOMO A 6EHTE (II)

f ar Trás Das CâmerasImperamInjustiça e Exploração

Reportagem de LUIZ GAZZANEO

Não faz muito lempo, um més oudois no máximo, uma das grandes emis-soras de televisão da Guanabara apli-cou uma multa de 1 000 cruzeiros, a se-rem descontados do salário de cadaum, contra os cámera-men que traba-Iham na casa. O motivo alegado foiter sido descobertos... pequenos ar-ranhões na pintura de duas câmeras.Coisa sem importância, o equivalente aurn arranhão numa mesa de cozinha.

Soube-se, depois, através os «canais

competentes/', que com o dinheiro pro-

veniente da multa, n direção mandara

pintar todo o equipamento eletrônico

da emissora.

Sabe-se, também, que uma outra

TV, integrante da mcior cadeia do gê-

nero no Brasil, despediu mais de 200

trabalhadores e funcionários para com-

pensar os gastos com a contratação de

alguns grandes cartazes.

Os dois casos, que por si sós da-

riam material suficiente para uma re-

portagem, são ilustrativos da situação

reinante na televisão no que se refere

ao tratamento concedido ao pessoal

menor. A disparidade entre o privilégiode poucos e a situação da maioria é

tão grande, que se tem a impressão de

que o que vale mesmo na televisão é

o cartaz em si.

Claro está que o nome, o artista ou

cantor de importância vale o que go-

nha, muitas vezes até mais. Atinai de

contas é êle qu° edema a atenção do

espectador em potencial, que ajuda a

vender o programa. O que não está

claro, entretanto, é o sistema instituido

pelas emissoras, desvalorizando ao má-

ximo o trabalho do pessoal menor po->¦•:, com isso, ajustar orçamentos e ga-

ranlir lucro maior. Os fatos narrados

no inicio desta reportagem são a prova:

200 homens valem o salário de 3 ou 4.

Quem trabalha'

Nove horas da noite, o receptor de

televisão ligado mostra uma figura bo-

nita de mulher se movimentando num

cenário grandioso. Outras figuras apa-

recém. Representa-se um trabalho tea-

Irai de autor famoso. Movendo o dial

o telespectador encontra uma garota-

propaganda bonita e bem vestida

apregoando as vantagens dc um pro-

duto qualquer. Mais uma volla, e o pri-

meiro plano do rosto do cantor apre-

sentado o último sucesso da turma da

bossa-nova. Se, por hipótese, a garô-

ta-propaganda estivesse anunciando o

produto de uma firma que patrocina um

programa humorístico, teríamos o retra-

to de corpo inteiro da televisão de es-túdio, daquela que exige o trabalhode uma equipe de muitas pessoas parafazer do programa um sucesso.

Cinco horas antes do programa irpara o ar, o que acontece no estúdioda televisão? Se o telespectador que viuo teleteatro tivesse a faculdade derecuar no tempo e fosse à emissora as-sistir ao ensaio do espetáculo que êlepresenciara horas depois, ficaria es-pantddo. Primeiro, não compreenderiacomo numa sala tão pequena se pu-desse montar um cenário tão grande;segundo, veria muitas pessoas traba-lhando, uma mistura incrível de sons eruidos; e, depois de conversar um pou-co aqui e ali, acabaria se convencendodo que televisão não é só aquilo queêle vê no aparelho, que por trás dascâmeras é que se monta um bom pro-grama.

A televisão no Brasil é jovem mas,apesar disso, já é dona de um níveltécnico-artistico razoável. O brasileiro,dizem e parece que é verdade, assimi-Ia rapidamente as coisas novas e aindadispõe de um tempinho para improvi-sar quando tem carência de materialpara realizar o trabalho. Na televisãoaconteceu exatamente isto. Equipes seorganizaram não muito tempo depoisdos primeiros experimentos e, hoje, ostevês já contam com verdadeiros espe-cialistas em cada função. Entretanto, oshome#s que trabalham por trás das cá-

meras recebem muito menos daquilo

que valem.

O salário de um câmera, homem do

qual depende grande parte do sucesso

ou fracasso de um programa, não ul-

trapassa a 13 e 14 mil cruzeiros e são

raros aqueles que ganham quantiamaior. Esses homens, nas condições em

que trabalham, chegam o realizar ver-

dadeiros milagres ao se movimentarem

dentro dos estúdios São uns injustiça-

dos e vivem na corda bamba, sem con-

dições de reivindicar aumentos, pois as

err.'ssoras os mantém sob constante

ameaça de demissão. Carpinteiros, ma-

quinistas, contra-regras, técnicos de

som e outros estão nas mesmas condi-

ções. Carpinteiros e maquinistas, além

de receberem salários parcos, ainda

trabalham arriscando-se a sofrer aci-

dentes em virtude de deficiências de

material. Não são poucos os casos de

trabalhadores braçais da televisão quesofreram acidentes que os deixaram

completamente inutilizados.

0 "elevador do feijão"

Um dos exemplos mais significou-

vos das condições de trabalho que são

propiciadas aos trabalhadores braçais

das emissoras de tevê, é o famoso -/ele-

vador do feijão» dos estúdios lá naUrca. De elevador êle só tem o nome:são duas cordas utilizadas para elevarmóveis e outros materiais pesados dosdepósitos no andar térreo para os an-dares superiores, onde estão localiza-dos os estúdios de transmissão. O pro-cesso é' rudimentar e perigoso. Chama-so «elevador do feijão» exatamente

porque é acionado pela força do ho-

mem. Sua história não é alegre: muitos

trabalhadores já foram vítimas do pro-cesso, e a maioria deles ficou comple-

lamente inutilizada para o trabalho.

A história dos "pequenos"

Pequenos, no rádio e na tevê, não

são só aqueles que operam atrás das

câmeras. Muitos dos que aparecem dià-

mente ante o espectador de televisão,-

(atores, cantores, comediantes), são

vítimas do sistema de exploração ins-

taurado pelas empresas e lutam com as

maiores dificuldades para garantir um

lugarzinho ao sol, o que quer dizer um

pequeno contrato ou então o oportu-

nidade de aparecer no maior número

possível de programas.

A vontade de trabalhar, a procurada oportunidade para mostrar o valor

e assim conquistar popularidade, o

que é muito justo em se tratando de

ator ou cantor, aliodas à concorrência

no próprio setor são as armas princi-

pais utilizadas pelas emissoras de rádio

e televisão na exploiação dos «peque-

nos». A maioria não tem condições de

se rebelar, exigir, mais com medo de

perder o lugar, a chance remota de se

firmar. Tal situação leva a que a retri-

buição por um papel num teleteatronunca corresponda ao real valor do in-térprete. Os cachês para atores e co-

mediantes do time de baixo variam dt

500 a 1000 cruzeiros e, não são ra-

ros. os casos de aparecerem, num mes-

mo programa, criando personagens de

importa ".'ia relativamente iguais, dois

aiores: um ganhando quantia fabulosa

e outro... um cachezinho de mil enu-

zeiror.

O problema da concorrência, re-

sultante da ambição e da inconsciència

dos reais prejuízos que ela causa o to-

dos, ao nu-;mo tempo que a falta de

um clima de unidade em torno de rei-

vindicações específicas no sentido de

regulamentar definitivamente a situa-

ção dos que trabalham, atores e técni-

cos, no rádio e na televisão, permitema sobrevivência dessa situação anôma-

Ia e tendente a desvalorizar cada vez

mais o trabalho de especialistas e a

profissão de ator e cantor.

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Em televisão é importante a parte desempenhada pelo "áudio Mouracntandol KirafR em sincronia com us movimentos dos atores e

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prosrama, tem sob sua responsabilidade a perfeita captação da \oz. Tambtmlnz parte do time dos pequenos, ganhando salários que mal dao paia viver. E

não podem nem ao menos, alcançar a fama dos que aparecem no vicleo.

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to^5y?íi!.:;.' 'ifmmSí. ^st^^^^^tÊÊÊklÊM/^f^sMf iwíi BBL BBsKbSbBí ^ÍBbB ^^¦.jBPBWsBJHBwHwShÍK'^ «fl! wswssawsws»^

0 donoda imaaem

Verdadeiros artistas, os homens da câmera em nossas emissoras de televisãola/.ein íinástica para movimentá-las nos estúdios, geralmente salas dc pequenasdimensões, e conseguir o melhor enquadramento da cena. Apesar disso, dasua capacidade, recebei? verdadeiros salários de fume. São heróis desconheci-tios de nossas emissoras de TV.

Fazenaoum programa

üurftní.e os ensaios eles discutem muitas vezes. Do diretor, (Io assistente c doeóntra-regra dependem a qualidade, •> nível do programa que vai paia o ar,São as peças de proa da turma que fica por trás das câmeras c, na minoriados casos, nãn são retribuídos de acordo com a qualidade- do seu Iràüalhu,árduo c anônimo.

ju*aBI

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Declaração da Conferênciade Representantes DosPartidos Comunistas e Operários

^lltl-laiilBKd-^^;'•. trifli -gK££gJ-l ¦^7fgTY<**?<f-B'":;»-'Y,:':r-l Hfrffift-BfcjgjMfll _Bg^:,<glíiÀ_E9l _w«liraRS?l|_s:' •£'¦&"&-¦''" - Kk9w^ /fl-JAfil _Ht >l»^l£s*yI_í B? .Si^^-^yM^yS^^'f?f^-l W~ / jf^fl _b___e-»*«m£-$B r-//jí/^,ik_H_f*Kv^^u_l^Sr^^!ií*^^ Íf_MÍ_^--l _&••£$

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Kruschiov c Liu Shao-tsi

SUPLEMENTO ESPECIAL

Não pode

•cr vendido

separadamente

1960 Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de dezembro — ANO II

NOVOS RUMOSSUPLEMENTO

Comunicado Sobre a ConferênciaDos Representantes DosPartidos Comunistas e Operários

Em novembro de 1960, reuniu-»* em

Moscou a Conferência dos representem-

tes dos Partidos Comunistas e Operários

que participaram das comemorações do

43? aniversário da Grande Revolução

Socialista de Outubro.

Da Conferência participaram repre-

sentantes de 81 partidos: Portido Alba-

nês do Trabalho, Partido Comunista da

Alemanha, Partido Socialista Unificado

da Alemanha, Partido Comunista Arge-

lino, Partido Comunista Argentino, Por-

tido Comunista da Austrália. Portido

Comunista da Áustria, Portido Comun.s-

to da Bélgica, Partido Comunista do

Birmânia, Partido Consista da loln»o,

Partido Comunista do Brasil, Partido Co-

munista Búlgaro, Partido Comunista do

Canadá, Partido Comunista do Ce.lao,

Partido Comunista do Chile, Partido Co-

munista da China, Partido Progressista

Trabalhista do Povo de Chipre, Partido

Comunista da Colômbia, Partido do

Trabalho da Coréia, Partido de Van-

guarda Popular de Costa Rica, Partido

Socialista Popular de Cuba, Partido Co-

munista da Dinamaica, Partido Social.s-

ta Popular Dominicano, Partido Comu-

nista de El Salvador, Partido Comunista

do Equador, Partido Comunista da Espc-

nha, Partido Comunista da F.nland-a,

Partido Comunista Frcnccs, Partido Co-

munista da Grécia, Partido Comunista de

Guadalupe, Partido Guatemalteco do

Trabalho, Partido de Unidade Popula.

do Haiti, Partido Comunista de^Hondu-

,os, Partido Comunista da Holanda,

Partido Socialista Operário da Hungria,

Partido Comunista da índia, Partido

Comunista da Indonésia, Partido Co-

munista da Inglaterra, Partido Comun.s-

to do Irã, Partido Comunista Iraqueono,

Uoo Operária da l.landa, '"*ido Co-

ZJ da Irlanda do Norte Partido

Comunista da hlêndto. Partido 6m£

nWe «• Wrool, Partido Ceimirusta Ha-

liano, Portido Comy.ni»to d* -»0*00'

Partido Comunista Jordano, Partido Co-

munista Libanês, Partido Ccmunisiu de

Luxemburgo, Portido Comunista do Mo-

lásia, Portido Comunista Marroquino,

Partido Comunisia do Martinieo, Par-

tido Comunista Mexicano, Partido Op«-

rário Revolucionário Mongol, Partido

Comunista do Nepal, Partido Socialista

da Nicarágua, Partido Comunista da

Noruega, Partido Comunista da Nova

Zelândia, Partido Popular do Panamá,

Portido Comunista do Paraguai, Porti-

do Comunista Peruano, Portido Op«rá-

rio Unificado Polonês. Portido Comurt s-

ta Português, Partido Comunisto d»

Reunião, Portido Operário Rumeno,

Partido Comunista de San Morino, Por-

tido Comunista Sírio, Partido Comunista

Sudanes, Partido Suíço do Trabalho,

Partido Comunista da Suécia, Partido

Comunista da Tailândia, Partido Comu-

nisfa da Tchecoslováquia, Partido Co-

munista Tunisino, Partido Comunista da

Turquia, Partido Comunista da União

Sul-Afrieana, Partido Comunista do

União Soviética, Partido Comunista do

Uruguai, Partido Comunisia da Vene-

zuela, Partido dos Trabalhadores do

Vict-Nam e outros.

Os participantes do Conferênria tro-

coram experiências e tomaram eonhe-

cimento dos ponios-de-vista e posições

uns dos outros, discutiram os problemas

atuais do desenvolvimento internacional

e do movimento comunista de acordo

com os interesses da luta conjunta pe-

los objetivos comuns — a paz, a de-

mocracia, a independência nacional, o

socialismo - e aprovaram por unan.mi-

dade o Declaração dot Partidos Comu-

nistas • Optràrioi e taiubem um apelo

aoi povo. do todo o mundo.

A dtatwMao do todai etfa. q«t»to«

dtcorrou rtutna ormorfera d. ""?_£

1,+.^ è bato dot Hwrtéveb jk*«-

pios do marxismo-lomidMWO, do irtfor-

nacionalismo proletário.

;«-.. w-i!i'..-r„T j —?_» .—¦»- *-

SUPLEMENTO NOVOS RUMOS 3 -

Declaração da Conferência deDns Partidos Comunistas e Operários

Os representantes dos -partidos co-munistas e operários discutiram nestaConferência os problemas atuais da si-tuação internacional contemporânea eda lula ulterior pela paz, a independeu-cia nacional, a democracia e o sócia-lismo.

A Conferência demonstrou a unidadede pontos-de-vlsla dos seus participan-tes a respeito das questões examinadas.Os partidos comunistas e operáriosconfirmam unanimemente sua fideli-dade à Declaração e ao Manifesto daPaz, aprovados _m 1957. Esses do-cumentos programáticos, expressão cria-dora do marxismo-leninismo, fixaram asposições de princípio do movimento co-munista internacional nos problemasmais importantei de nossa época e con-tribuíram poderosamente pa*ra unificaros esforços dos partidos comunistas eoperários na luta pelos objetivos co-muns. Continuam a ser bandeira decombate e guia para a ação de todoo movimento comunista internacional.

O curso dos acontecimentos nos trêsanos transcorridos confirma a justeza duanálise da situação internacional e dasperspectivas do desenvolvimento mun-dial feita pela Declaração e pelo Ma-nifesto da Paz, bem 'como a grandeforça cientifica e a eficCcia do marxis-mo-leninismo criador.

Os principais traços caracterís-ticos desses anos são o crcscimen-to impetuoso do poderio e da in-

fluência internacional do sistemasocialista mundial, o processo ati-vo de desagregação do sistemacolonial sob os golpes do movi-mento na:ici.al-libertador, o acir-ramento das lulas de classe nomundo capitalista, bem como acontinuação do processo de en-fraquecimento e decomposição dosistema cepitalista mundial. Tor-na-se onda vez mais evidente nomundo a superioridade das fôr-ças do soc;alismo sobre o impe-rialismo, das forças da paz sôbieas da guerra.

Entretanto, o imperialismo, num es-forço para conservar suas posições, so-bota o desarmamento, procura prolon-gar e aguçar por todos os meios a'.guerra fria» e prepara obstinadamen-te uma nova conflagração mundial.Assim, a vida exige de forma imperiosauma união cada vez mais estreita dosesforços e das ações resolutas dos pai-ses socialistas, da classe operária in-ternacional, do movimento nacional an-tiimperialista, de todos os Estados pa-cificos e de todos os lutadores pela paz,

para evitar a guerre e garantir uma

existência pacifica para a humanidade.

A vida exige imperiosamente que con-

tinuem se unindo Iodas as forças re-

volucionárias para a luta contra o im-

perialismo, pela independência nacio-

nal, pelo socialismo.

Iv

A SUPREMACIA DAS FORÇAS

SOCIALISTAS

CARACTERÍSTICA DE NOSSA ÉPOCA

Nossa época, cujo conteúdo fuii-damenlal c conslUuido pela passa-gem do capitalismo para o sociaüs-mo, iniciada pela Grande RevoluçãoSocialista de Outubro, é a época daluta de dois sistemas sociais opôs-to-;, ;i época das revoluções sócia-listas e das rov iuçõ ¦ i de liberta-ção nacional, a época da i'uina duimperialismo, da liquidação do sis-lema colonial, a éooca do ingressode um númevo cada \ '¦' maior d<povos no caminho socialista, a epo-ca do triunfo do socialismo e do co-munisino em escala universal.

A carne'crísüen principalilc nossa énora consiste \wfalo lie <i"c 0 f' !','!,!> socialis-ta muiuVal está se tntnTor-inundo no fator decisivo dodesenvolvimento da socaladehumana.

A força e a invencibilidade do so-cialismo ficaram dennnsl radas nasgigantescas batalhas travadas nosúltimos decênios entre o mundonovo c o velho. Fracassaram as teu-tativas do imperialismo c de suaforça de choque — o fascismode frear por meio da guerra o de-senvolvimonlo histórico..0 imporia-lismo não foi canaz do imoedir asrevoluções soei -i' •|;is na Europa ena Ásia. ü socialismo converteu-se

em uni sistema mundial. 0 impelia-lismo procurou entorpecer o desen-volvimcnlo econômico dos Estadossocialistas, mas essa tentativa foifrustrada. <> imperialismo fé/ todoo possível p tra manter o sistema daescravidão colonial, mas ôsse siste-ma está desmoronando. A medidaque o sistema mundial do socialis-mo se rorlalece, a situação interna-cional muda cada ve/ mais decisiva-mente a favor dos povos qu i lutampela independência, pela democra-cia e pelo progresso social,

O eonte.údo principal, a di-reção principal e as principaispeculiaridades do deronvolvi-mento histórico da sociedadehumana são determinados,hoje, im'1o sistema socialistamundial e pelas torças quelutam contra o imperialismo,pela reorganização .socialistada sociedade. O imperialismo,por mais que se esforce, nãopoderá deter o desenvolvimen-to progressivo da história. Fo-ram construídas bases seguraspura novas vitórias decisivasdo socialismo. A vitória com-pleta do socialismo é inevitável.

0 desenvolvimento social confie-ma a previsão de Lenin de queseria através da conslrurão coito-mico que os paises do socialismo

triunfante exerceriam sua prinei-pai influência no desenvolvimentoda revolução mundial. O socialis-mo conquistou êxitos sem prece-dentes na produção, na ciência éna técnica, bom como na constru-ção cie uma comunidade nova elivre de seres humanos, cujas no-cessidades materiais e espirituaissão satisfeitas em medida semprecrescente. Aproxima-se o momon-to em que o socialismo ocuparátambém o primeiro limar na pro-cliicHO mundial por habitante. Ocapitalismo será então derrotadona esfera decisiva da atividade hu-mana: na esfera da produção ma-teria I.

A consolidação e o .desenvolvi-mento do sistema socialista ".exer-cem uma itifiu nela cada vez maiorsobre as lutas dos povos dos paisescapitalistas. Com a força do seuexemplo, o sistema mundial dosocialismo faz penetrar a idéia darevolução nas mentes des Iraba-lhadores do mundo capitalista, in-cita-os à luta contra o capitalismoo, cm grande medida, torna essaluta mais fácil. Nos paises do ca-pitai, multiplicam-se e fortalecem--se as forças internas interessadasna defesa da paz e da independeu-cia nacional, capazes de garantir otriunfo da democracia e a vitóriado socialismo.

O sistema capitalista mundialentrou em uni profundo processode decadência e decomposição. Ascontradições do imperialismo acc-loraram a transformação do ca oi-talismo monopolista em capita11-'-mo monopolista de Estado. An-mentando o poder dos monopóliosna vida da nação, o capitalismomonopolista de Estado une a fôr-ça dos monopólios à força do Es-tado em um mecanismo únicopara salvar o regime capitalista cpara aumentai' ao máximo oslucros da burguesia imperialista,através da exploração da classeoperária e da pilhagem de vastascamadas da população.

Entretanto, a burguesia mono-polista não tem meios para salvaro capitalismo. Os interesses de umpunhado de monopólios estão emcontradição inconciliável com osinteresses de toda a nação, Os an-lagonismos de classe e nacionais,as contradições internas e exlcr-nas da sociedade capitalista aguça-iaiii-se fortemenlo. As tentativasde escorar as carcomidas bases docapitalismo com o militarismo la-zem com que se aperte ainda maiso nó dessas contradições.

Nunca foi tão profundo no mun-cio capitalista o conflito entre asforças produtivas o as relações deprodução. O capitalismo tornacada vez mais difícil a utilizaçãorias realizações da ciência o datécnica modernas cm beneficio doprogresso social. Ao mcmio tempo,volla contra a própria humairda-de as descobertas do gênio huma-no, transformando-as em terríveisinstrumentos para uma guerra deextermínio.

Aumenta a instabilidade da eco-nomin capitalista. Apesar de, emalguns países capitalistas, se ob-sei \ar, em maior ou menor grau,

certo aumento da produção, ascon ira.'lições' do capitalismo agu-çam-se sem cessar, tanto no planonacional quanto no internacional.Antes de ter conseguido superartodas as conseqüências da recentecrise de sua economia, uma sériede paises capitalistas viu-se dianteda ameaça de novas comoções eco-nômicas. Acentua-se dia a dia ocaráter anárquico da produção ca-pitalista. Aumenta de maneirainaudita o processo úo concentra-ção capitalista, crescem os lucroso os suctIuctos dos monopóPos.O capital monopolista aumentouclesmeiuiradamanle a exploraçãoda classe operária; lançando mãode novas formas de exploração,sobretudo intensificando o ritmodo trabalho. Sob o capitalismo, aautomatização e a «racionaliza-ção» significam novas calamidadespara os trabalhadores. Só graças auma luta tenaz conseguiu a classeoperária era certos paises coneilis-lar algumas de suas reivindea-çõss vitais. Entretanto, em nm'1 spairas capitalistas o nível de vidacontinua a ser inferior ao de antesda guerra. Ao contrário do eneprometera a burguesia, o pleno em-prego não foi alcançado senão emalguns pai.-"s caoitalistas c mesmoai de maneira temporária, A in-fluência daninha dos monopõiViscausa um prejuízo cada vez maioraos intorilWra.s das grandes ma-^vscamoon '-as o de imoorlanfes ca-màdas da " iquena o da média hm~-guesia. Mos paises canital!,-'tas,mesmo em alguns dos mais diferi-volvidos, continuam exirlmdOi eaumentando mesmo, zonas de débildesenvolvimento econNivco, ondea miséria das massas é particular-monte aguda.

Tudo isto desmente, uma vezmais, as invencionices dos ideolo-gos da burguesia c dos revisionis-tas, segundo as (piais o capitalis-mo contemporâneo ler-se-ia trans-formado em .«capitalismo popular»c teria feito surgir o chamado Es-Lado de prosperidade geral , capazdi- liquidar com a anarquia da pro-cllição o com as crises econômicasC de gai intir o bem-estar de todosos trab.il1> írlor \s,

O desenvolvim' Io desigual docapitalismo modifica constante-menlc a correlação de força c ilreos Esladós imperialistas. Quanlonv.ds .'c reduz a esfera de domina,-ção d) imperialismo, com lautomaior força se manif!. Iam as con-Iradioões entre as potências inme-rinlisl is. O problema dos mercadosagrav-u-se como nunca. As novasorganizações inlereslatais que sui-gem sob a palavra-dc-ordem de «in-tegração ¦ na realidade levam aoagravam 'nto das contradições eda luta entre os paises imperialis-Ias; m- diluem novas formas de(IV ão do m.rcado capitalistainuiiri'*'! entre as grandes associa-cõ!,« de capiudislas, novas formasde penetração dos países imporia-listas mais poderosos na economiade seus associados mais débeis.

O apodrecimenlo do capitalismose ma nesta mais vivamente noprincioal pais imperialista do fioj:

. ()s li' ' -Ins l.'."''V, 'X \¥X" '"{:0 capital monopolista norle ame-

4 — NOVOS RUMOS i ——i—«a—mi «£ SUnrTMFMTO

ricano dá provas de sua evidenteincapacidade de Utilizar as forçasprodutivas de que dispõe. O mais .rico dos paises capitalistas desen-volvidos, os Estados Unidos ciaAmérica, tornou-se um pais dc de-semprêgo crônico particularmenteconsiderável. A utilização incorri-plcta do potencial da indústriatornou-se ali um fenômeno perma-nente o cada dia mais acentuado.Apesar do enorme aumento dasverba-' militares, à custa do nívelde vida dos trabalhadores, o ritmode desenvolvimento da produçãono após-guerra se torna cada vezmais lento, mal ultrapassando oaumento da população. As crisesde superprodução se tornam cadavoz mais freqüentes. O pais capi-(alista mais desenvolvido do pou-lo-de-vista industrial tornou-se ode economia militarizada mais de-formada. Mais do que qualqueroutro pais capitalista, os EstadosUnidos sugam as riquezas dos pai-ses da Ásia e sobretudo da Ame-rica Latina, retardando seu de-senvolvimento. Intensifica-se a pe-netração do capital norte-america-no na África.

d imperialismo norte-america-lio tornou-se o maior explora-d<ir internacional.

O imperialismo norte-americanoesforça-se por colocar sob seu do-mínio numerosos Estados, utilizamdo-se para isso, em primeiro lugar,da política dos blocos militares c da«ajuda» econômica. Viola tambéma soberania dos Estados capitalis-tas desenvolvidos. A burguesia mo-nopolista, que domina nos países ca-pitalistas altamente desenvolvidos eque se aliou ao imperialismo norte--americano, sacrifica a soberaniade seus paises, esperando esmagar,com o apoio dos imperialistas dosEstados Unidos, as forças revolucio-nárias libertadoras, privar os tra-balhadores das liberdades democrá-licas, impedir a luta das massas po-pulares pe'') progresso social. O im-perialismo americano arrasta essespaíses à corrida armamentista, âpolítica de preparação de uma novaguerra de agressão e a atividadesde sapa contra os paises socialistase os Estados neutros.

nanceira e militar do imperialismocontemporâneo, muito embora seupeso especifico na economia domundo capitalista esteja diminuiu-do. Os imperialistas ingleses c fran-coses lutam obstinadamente pormanter suas posições. Os monopó-lios da Alemanha ocidental e doJapão, que restabeleceram o seupoderio, ligados estreitamente aosmonopólios norte-americanos, inten-sificam sua expansão. Os monopo-lios da Alemanha ocidental realizamuma política imperialista e se esfor-oam cada dia mais por explorar ospaises subdesenvolvidos.

As bases do regime capitalistaostão tão apodrecidas que em mui-tos países a burguesia imperialistano poder já não está em condiçõesde enfrentar, sozinha, as forçascrescentes e cada vez mais unidasda democracia e do progresso. Osimperialistas se agrupam em alian-ças militares e políticas dirigidaspelos Estados Unidos, a fim de lutarem comum contra o campo socialLs-ta e estrangular o movimento dolibertação nacional, operário e so-cialista.

Os povos levantam-se cada vezmais decididamente para a lutacontra o imperialismo. Uma gran-diosa batalha se desenvolve entreas forças do trabalho e do capital,da democracia e da reação, da liber-dade e do colonialismo. A vitória darevolução profundamente popularde Cuba tornou-se um exemplo mag-nifico para os povos da AméricaLatina. Na África, o movimentoanticolonialista peto liberdade e aindependência nacional desenvolve--se com uma força irresistível. NpIraque, a insurreição nacional anti-imperialista triunfou. No Japão, ve-rificou-sc um poderoso movimentodas massas populares contra a ali-anca militar nipo-americana, pelapaz, pela democracia e pela inde-pendência nacional. Na Itália, avontade de luta dos trabalhadoresfoi posta em evidência pelas açõesenérgicas das massas populares emdefesa da democracia. Na França,intensifica-se a luta pela democrá-cia, contra o regime reacionário dopoder pessoal. Nos Estados Unidos,na Argentina, no Uruguai, no Clme,na índia, na Inglaterra, no Canada,na Bélgica e em outros paises capi-(alistas realizaram-se grandes gre-vos operárias. Nos Estados Unidos,a ação da população negra em defe-sa dos seus direitos vitais adquireum caráter de massa. Na Espanha eem Portugal cresce a (endência aunião das forças nacionais contra aditadura fascista: fortalece-se o mo-vimento democrático na Grécia. Astiranias militares foram derrubadasna Colômbia e na Venezuela; os go-vemos fantoches, abertamente pro--americanos, da Coréia do Sul e daTurquia, sofreram um golpe. Desen-volve-se no Vietnã do Sul o no Laoso movimento nacional e democráti-co dirigido contra os imperialisbw eseus lacaios. O povo indonésio liqui-da os vestígios das posições econô-micas mantidas pelos imperialistasem seu pais, particularmente as doscolonialistas holandeses. Amplia-seo estende-se a todos os continenteso movimento de massas em defesada paz. Tudo isso constitui umaprova evidente dc que a onda delutas anliimperialistas, de liberta-cão nacional, contra a guerra e deHn&cos cleva-sc caria vez mais.

tas; a profunda crise da política cda ideologia burguesa — tudo issoprova que

o desenvolvimento da crise g«-ral do capitalismo entrou emuma nova etapa.

Esta nova etapa tem a partícula-ridade de não ter surgido vinculadaa uma guerra mundial, mas simnuma situação de emulação e deluta entre os dois sistemas, de mo-dificação constante da correlaçãode forças a favor do socialismo, debrusco aguçamento de todas as con-tradições do imperialismo; numa si-luação em que a luta vitoriosa dasforças da paz pela realização e con-solidação da coexistência pacificanão permitiu aos imperialistas frus-trar, com suas ações agressivas, apaz geral, e em que cresce a luta

das grandes massas populares pelo.democracia, a libertação nacional eo socialismo.

Todas as forças revolucionáriasse unem contra o jugo imperialistae a exploração. Os povos que cons*tróem o socialismo e o comunismo,o movimento revolucionário da cias-se operária nos países capitalistas,a luta de libertação nacional dospovos oprimidos e os movimentosdemocráticos gerais — todas estaspoderosas forças do nosso tempo sefundem em uma torrente única, quesocava e destrói o sistema imperia-lista mundial. No centro da épocaatual levanta-se a classe operáriainternacional, e sua principal cria-çáo — o sistema socialista mundial.Nisso reside a garantia da vitóriana luta pela paz, a democracia, alibertação nacional, o socialismo eo progresso da humanidade.

II

REFORÇAMENTOE CONQUISTASDO SISTEMA SOCIALISTA

O sistema socialista mundial en-trou tm uma nova ttapa do se*desenvolvimento. A União Sovié-tica realiza com êxito a constru-

ção da sociedade comunista em?ôdas as frentes. Os outro* paísesdo campo socialista assentam com

sucesso as btses do socialismo ealguns deles já entraram no peno-do da construção de uma socieda-de socialista avançada.

O curso dos acontecimentosinternacionais u o s últimosanos trouxe muitas novas pro-vas dc que o imperialismonorte-americano é a base prin-cipal tia reação mundial, ogendarme internacional, inimi-go dos povos do inundo intei-ro.

O sistema do blocos militarescriado pelos Estados Unidos daAmérica enfraquece-se tanto emconseqüência da luta entre seusparticipantes quanto pela luta dasmassas visando a liquidação dessesblocos. Os imperialistas norte-ame-ricanos esforçam-se por consolidaros blocos agressivos, o que aumen-ta ainda mais a resistência das mas*sas. Os Estados Unidos contmiu»m aser a principal força econômica, li-

O triunfo do socialismo em nume-rosos paises da Europa e da Ásia,om que vive uma terça .parto dahumanidade: o poderoso desenvolvi-mento das forcas que lutam pelosocialismo no mundo inteiro o o dc-bilitamenlo constante das posiçõesdn imperialismo na competição eco-nômien com o socialismo: o novo evigoroso crescimento da luta de li-bertncão nacional e a desagre?açãoacelerada do sistema colonial; oaumento da instabWdrdc do todo o,sistema capitalista do economiamundial: n aguçamento das contra-dir-õos do capitalismo, devido an do-..•envolvimento do eanitolJsmo mo^o-polista do Eslado e ao fortalecimen-lo do mililari mo; o anrofundamen-Io das contradições entre os mono-pólios o os interesses de toda a na-ção; ii limitação da democraciaburguesa, n londônr^H aos nvModosdc governo autocráticos e fascis-

No conjunto do sistema, o socialismoobleve vitórias decisivas. Essas vitóriasmarcom o triunfo do marxismo-leninis-mo e mostram, de maneira patente, a

todos os povos que sofrem o jugo do

capitol, que a sociedade organizada sô-

bre a base dessa doutrina oferece pos-sibilidades ilimitadas de impulsionar o

florescimento da economia e da cul-

tura e paro assegurar aos homens um

alto nivel de vida, uma existência paci-fica e feliz.

Cumprindo com êxito o plano sete-

nal de desenvolvimento da economianacional, o povo soviético constrói em

ritmo acelerado a base material e téc-

nica do comunismo. A ciência soviética

abriu uma nova época no desenvolvi-mento da civilização mundial, deu iní-

cio à conquista do Cosmos, demons-trando brilhantemente o poderio eco-

nômico e técnico do campo socialista. A

União Soviética é o primeiro país na

história o abrir o caminho para o comu-

nismo a toda o humanidade. Elo cons-

titui para os povos de todo o mundo o

exemplo mais brilhante e o baluarte

mais poderoso em sua luta pela pcz, as

liberdades democráticas, a independên-

cia nacional e o progresso social.

A revolução popular da China asses-

lou um golpe demolidor nas posiçõescio imperialismo na Ásia e contribuiu

cm grande medida porá a mudança cia

correlação de fôrços mundiais a favor

do socialismo. Imprimindo um n.ovo c

poderoso impulso ao movimento cie li-

bertação nacional, ela exerceu uma

enorme influência sobre os povos, em

particular os c!a Ásia, da Africa e tio

América Latina.As Reoébliccrs dfmocrá<kas pòeula*

res da Albânia, Bulgária e H,--/n. a

República Democrática Alemã, o R

b'ica Democrática cio Vieti-í1

na, a RepúHica Demoaálica Poputrn da

Coréia, a Mongólia, a Po'òria o Ru-

mônia e a República Socialista Tche-

co:!ovoca, aue formam, co.m a grandeUnião Soviética, um poderoso campo

rociolislr, alcançaram, num curto pra-zo hislóricc enormes èxiio; na co>i,;.u-

ção do ioc,uíi:nio.

O poder popular deu provas, nesses

países, de sua solidez indestrutível. Asrelações de produção socialistas de-sempenham o papel dominante na eco-nomia nacional; a exploração do ho-mem pelo homem foi, ou está sendoabolida para sempre. A política de in-dustrialização socialista, realizada comêxito, determinou o florescimento da

economia dos países socialistas, que se

desenvolve bem mais rapidamente do

que a dos países capitalistas. Em Iodos

estes países criou-se uma indústria de-

senvolvida; países agrários no passado,transformaram-se ou estão se transfor-

mando em países induslrial-agrários.

Em Iodos os países de democracia

popular já se resolveu nos últimos anos,

ou se está resolvendo auspiciosamente,o problema mais difícil da construçãosocialista: o da passagem volunlária

do campesinato da pequena proprieda-de particular para a grande economia

socialista cooperativa. O plano de coo-

peração de Lênin demonstrou sua gran-de vitalidade tanto nos paises onde

existia uma prolongada tradição de

profundo apego dos camponeses à pro-

priedade privada da terra, quanto nos

que liquidaram recentemente as rela

ções feudais. Consolidou-se a aliança

fraternol dos operários e dos campo-

neses sob a direção da classe operária,

aliança cuja manutenção e forlaleciraenlo constituem, como ensinava lênin, o

princípio supremo da ditadura do prole.tariado. No curso da edificação sócia

lista, esta aliança das duas classes Ira

balhadoras, que é o base política do

regime socialista, desenvolve-se inces

saníemente, contribuindo para a con

solidação ulterior do poder popular sob

a direção da classe operária e porá u

reestruturação socialista da agricultu

ra, à base do principio leninista de coo

peração voluntária des camponeses.

Na estrutura social, verificaram-se

modificações de importância históiica.

Nos paises de democracia popular ia

não existem as classes cios latifunclia

rios e dos capitalistas. A closse opera-

ria torriou-se a força principal da so

ciedade, suas fileiras crescem, sua .cens.

ciência e sua maturidade política se

elevam. O socialismo libertou o cam*

pr-tinato de sua miséria secular e o co.v

verteu numa força oliva do progr<so

social. S'jrge uma neva inlelectualida*

de socialista que é sangue do sangue e

carne da carne do povo trabalhador.

Todos os cidadãos têm livre acesso ao

«ctber e á cultura.O socialismo ciiou, assim, não ap*-

nas os condições potilica*, mos também

as piemissos materiais paia o desenvol

>

wr»^*^)? "*„J*'- -awy v 1'C

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SUPLEMENTO NOVOS RUMOSvimento cultural da sociedade, do fio-rescimento universal e completo daiaptidões e da capacidade do homem.Graças ao progresso da economia, onível de vida material das massas po-pulares se eleva sem cessar.

Nos Estados socialistas multinacio-nais forjou-se e consolidou-se a aliançaindestrutível dos trabalhadores de todasas nacionalidades. O triunfo da politi-ca nacional marxista-leninista, a igual-dade efetiva das rracionlidades, o pro-gresso de sua economia e de suacultura são um exemplo encorajado!

pcra os povos em luta contra a opres-são nacional.

Nos países de democracia popular,a ideologia socialista obteve importou-tes êxitos na luta contra a ideologiaburguesa. Trata-se de uma luta proion-gada, que terá de ser travada até ocompleto desaparecimento das sobreví-vências da ideologia burguesa na cons-ciência dos homens.

A unidade moral e politica da socie-dade, que, pela primeira vez na his-tòria, surgiu e se consolidou na UniãoSoviética, cresce também atualmentenos outros países socialistas. Isto orere-ce a possibilidade de utilizar ao máxi-mo a energia criadora dos trabalhado-res livres para o desenvolvimento dasforcas produtivas e para o florescimen-to da sociedade socialista.

A sociedade socialista aperfeiçoa-secoiiilanlemente, adquire maior matun-ciade; no seu seio toma forma ininter-ruplamenle a aiilude comunista dianteáo trabalho, bem como outros elemen-tos da futura sociedade comunista. Osmétodos de direção da economia sócia-lista e de planificação econômica ;<-•aperfeiçoam cada vez mais. A demo-crcicia socialista avança dia a dia, am-

piia-se a participação das massas po-pulares na direção da economia e nofomento da cultura; alguma! funçõesestatais transferem-se gradativameni*para as círganizciçiss s: ra.;.

Hoje, as possibilidades sociaise econômicos de restauração do«apiialisMM foram liquidadas «ãeap-.-.as na União Sovilsioa, m«<também noc outras poises sooia-listou. As forças unidas áo ram-

po socialista garante» fioMiaeotecaúa país socialista e—tra asatentados da reação jamecialiãn.Así ,n, a coesão dos Estadas so-calistas em um só campa, a ant-dade crescente e O poderio cons-tantemente fortalecido desse com-

po garantem a vitoria total dosocialismo nos quadras de todo osistema.

Graças ao trabalho heróico da ciai-se operária e do campesinato, e à enor-me atividade dos partidos comunistase operários, criaram-se nos últimos anoi

possibilidades objetivas muito favoró-veis para o desenvolvimento impetuosodas forças produtivas, para ganhar-seo máximo de tempo e assegurar-te a

vitória dos paises socialistas na emu-lação econômica pacifica com o capita-lismOv Os partidos marxista-leninistas

que dirigem os Estados socialistas con-

sideram de seu dever utilizar de ma-

neira justa e acertada essas possibili-dades.

Os partidos comunistas, que alcan-ceiam grandes vitórias e passaram porduras provas, acumularam uma rica e

vaiiadci experiência de direção na cons-

trucão socialista. Os êxitos dos paisessocialistas e de todo o campo socialis-

ta foram obtidos graças a uma justaaplicação das leis gerais da constru-

ção socialista, levando em conta as pe-culiaridades históricas de cada país e

os interesses do sistema socialista emseu conjunto; graças aos esforços dos

povos desses países, graças a sua co-laboração eslreita e fraternal, graçasà ajuda mútua internacional e, «m pri-mel™ h'"f«r, à ajuda fraternal e inter-nacionalista da União Soviética.

A f,xp».iência do desenvolvimentodos poises socialistas demonstra, maisuma vez, qui a ajuda e o apoio mútuos,a utilização de todas as vantagens ofe-recidat pi-ir. i»nidad« e pela coesão dospaísee cio campo socialista são, do

ponto-de-vista internacional, a principalcondição d* teus êxitos e realizações.A» esperanço* doi imperialistos, dos re-negados r dos revisionistas sobre a poi-•ibilidade de uma cisão no campo so-cialista nóo têm base e .estão destina-das ao fracasso. Todos os países sócia-listas veiam pela unidade do camposocialista como pela menina dos seusolhos.

O s-iiU-rr.ci econômico mundial dosocialismo «stá unido por relações co-muni de produção socialistas e evoluide acôido com os leis econômicas dosocialismo, fora que êle continue a ledesenvolvei com êxito é necessário queseja aplicado de maneira conseqüente,na edificocõo socialista, a lei do de-senvolvimento haimoiiioso e proporcio-nal; desenvolver a iniciativa criado* odas massas populcies; aperfeiçoar cons-tanlemenlt o divisão internacional ciotrabalho através da coordenação dosplanos econômicos, da especíoüiação •»da cooperação cia produção nos marro»do sistemo socialista mundial, à ba»e do"livre coiiseniime-ntó, de vantagens mu-tuas e de elevação poi Iodas os meiosdo nível científico e técnico; es-tutiar a experiência coletiva; consolida»a cooperacoc e a ajuda mutua frater-nais; superai g> dualmenle, nesta bar.e,as Diferenças de nivel econômico re-suilar.ic- cias condições históricas e criarum alicerce material '.|ue permita a to-dos os povos do sistema socialista pas-sar mais ou menos simultaneamente pa-m o comun '¦• 'O.

A prática rt« constiuçáo do soar;-lismo nos diferentes países permitiu aacumulação oe uma experiência coleti-va de lecio o campo socialista. Oestudo (ipiofundndo desta experiênciaim os partidos irmãos, sua aplicaçãocom espírito enador e teu enriqueci-mento levonòo em conta as condiçõesconcretos e os particularidades *ac;o-naii, é umo lei inviolável do desenvol-vimr-:.. ri« it»c« pais socialista.

Os partidos comunistas e operáriosdos países socialista* consideram queé seu dever internaclonalisla unliiarplenamente todas as vantagens do sis-tema socialista e os recursos internosde cada pais, desenvolvendo em ritmoelevado a produção industrial e agro-pecuária de cada "pais na medida desuos possibilidades, a fim de resolver,com seus esforços comuns e no prazomais breve, a tarefei históiica de ultia-pastar o sistema capitalista mundialquanto ao volume absoluto da produ-ção industrial e agrícola, e, em segui-da, ultrapassar os países capitalistaseconomicamente mais desenvolvidosquanto à produção por habitante 9quanto ao nível de vida. Para cumpriresta tarefa é indispensável melhorarconstantemente o trabalho político eeconômico; ape feiçoar sempre os. mé-todos de direção da economia nacio-nal; dar uma base cientifica à gestãoeconômica socialista, elevando ao má-ximo a produtividade do trabalho pormeio de um progresso técnico ininter-rupio; respeitai os planos econômicos;Dbservar invariavelmente os princí •

pios leninislas cio interesse material;dar o máximo impulso aos eslimu-lot moiais do trabalho para o bemda sociedade, através da elevaçãoda consciência poÜrica cias massase do controle sobre a medida do Ira-balho e do consumo.

O fundamento material da passagemdos países socialistas para o comuriis-mo é a crocão de um ai:o nível de

produção através da introdução damóis moderna técnica de vanguarda, daelelriíicaçúo da economia nacional, tiamecanização e da aulcmatizaccn; clr:produção, sem o que nuo seria po.;5Í'Hgarantii a abundância dos bens de con-iumo, iidi>pepíá>-:l a sociedade comu-niila. Nesla base, é necessário desen-voiver a:, lelccocs sociais comunistas,elevo,- ao máximo a consciência poli-rica das massas |io;.u!ares, educar ohomem da nova socií?:!fde comunista.

O campo socialista é uma comuni-dade. política, econômica e social dapovos livres e sobeionos, que marchampelo caminho do socialismo e do co-munismo unidos pilos laços de estreita

solidariedade socialista internacional,peta comunidade de objetivos e de in-lerêsses. A observação rigorosa dosprincípios do marxismo-leniniímo e dointernacionalismo socialisia é uma ieiinviolável das relações entre os paisessocialistas. No camoo socialista é asse-guiada a cada país que dele faz pqrleautêntica igualdade de direitos e inde-pendência. Guiando-se pelos princípioscie completa igualdade de direitos, tlevantagens mútuos e de ajuda amisto-sa, os Estados socialistas aperfeiçoam,por todos os meios, sua cooperaçãoeconômica, política e cultural, o quecorresponde tanto aos interesses de ca-da pais socialista quanto aos do camposocialisia em seu conjunto.

Um dos maiores feitos do sistemasocialista mundial foi ler confirmado naprática a tese marxista-leninisla segun-do a qual com o desaparecimento doantagonismo entre ctt, classes desapare-ce o antagonismo entre as nações. Aocontrário das leis do regime capitalista,ao qual são inerentes as contradições

.antagônicas erwe cs classes, as naçõese os Estados, contiadicões que condu-rem a choques a-mados, nn naturezado sistema socialisia não existam causasobjetivas para o surgimento cie conlia-dicóes ou conflitos entre os povos eos Estados que dele fazem parte; seudesenvolvimento leva a uma coesão ca-da vez maior dos Estados e das naçõese ao fortalecimento de Iodas as formasde colaboração cnlio êies. O socialis-mo combina orgânicameiile o desenvol-vinrenlo da economia, da cultura e cieivida estatal de cada país, com a cón-soliclacão e o proga-sso do conjunto ciosi.lt-ma socialisia mundial, com a coe-scro cada ver. maioi das nações. Osinteresses do sistema socialista em seuconjunto e os interesses nacionais seconjugam harmônicamente. Hcsia basesurgiu e se fortalece a unidade mo:ale política de todos, os povos da grandecomunidade socialista. O isolamento po-lítico e o egoísmo nacional, inerentes

ao capitalismo, deram lugar à amizade

fraternal e à ajuda mútua dos povos,frutos do regime socialista.

Os interesses comuns dos povos dos

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A conquista

do espaço

Qiurenfi anos depois de Instaurado o primeiro listado soelulistn lia Terra, n<:eientisiUx da União Sevirllra lançaram o primeiro satélite artificial do nn-oplaneta. Afirmaram a^sim, perante o mundo, a fftr i tio si-iniia .sut':''ii;i,eojiririnaii.t depois com as novas conquistas Que abrem »o homem os caminhouie tapaco cú»micu.

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NOVOS RUMOS SUPLEMENTO

;, r

países socialistas, os interessados dacausa do socialismo e da paz exigem

que os princípios do intcrnacíonalismo edo palriollsmo socialista se conjuguemaccflciclamenle na política. Todo par-tido comunista no podei assume umaresponsabilidade histórica tanto em ie-loção aos destinos do seu pois quantoein relação aos do campo socialista emseu conjunto.

A Declaração de 1957 indica de ma-neira absolutamente justa que exage-rar a importância das particularidadesnacionais, e abandonar a verdade uni-versai do mciixismoleninismo sóbre arevolução e a edificação socialistas,é prejudicial a cciu-a comum do sócia-lismo. Ao mesm > tempo, a Declaraçãomostra, com ioda justeza, que o mar-xismo-leninismo exiqe uma aplicaçãocriadora dos piincipios gerais da revo-lução socialista e da edificação do so-cialismo, levando em conta as condi-dições. históricos concretas de cada paíse não admite uma imitação mecânicada política e da tática dos partidos co-múnistas dos outros poises. Se uni par-tido proletário dcsconliece as paiticula-ridodis nacionais, pode divorciar-se davida, distanciar-se dos massas e prejudlcar assim a causa do socialismo.

As manifcslaçõiís de nacionalismo ede eslreiteza nacional não desaparece n

por si mesmas com c instauração do re-

qlme socialista. Para consolidar as re-laçòes fraternal e cie amizade dos pai-ses do socialismo é necessário aplicara política marxista-leninista internado-nolista dos partidos comunistas e ope-rários, educar os trabalhadores ao mes-mo tempo no c;piii'o da conjugação doinlernacionalismo com o patiiotir.mo,lutar decididamente paio superai assobrevivências do chovinismó e do na-cionalismo burguês.

Os partidos comunistas c ope-rários educam incansavelmente os

trabalhadores no espirito do in-ternacionalismo socialista, da ir-reconciliabilidade com Iodas asmanifestações de nacionalismo echovinismó. Na coesão e unidadedos partidos comunistas e opera-rios, dos povos dos países sócia-listas, en sua fidelidade à dou-Irina marxista-leninista reside apiincipul fonte da força e da in-vcncibílidade de coda país sócia-lista e do campo socialista emseu conjun.o.

Os povos do; poises socialistas, aoobiii o caminho para o comunismo,criam o piotótico de uma nova socie-dade paia toda a humanidade. Os tra-balhadores do mundo capitalista acom-ponham com profundo interesse a ati-vidade criadora dos construtores do so-cialismo e do comunismo. Isto colocasóbre os ombros do*, partidos moixis-la-leninistas e dos povos dos países

socialistas a responsabilidade perante omovimento opeiáuo internacional, pelaconstrução, com sucesio, do socialismoe do comunismo.

Os partidos comunistas e operáriosencaram como tarefa sua fotlol.eter in-consávelmente a giande comunidadesocialista dos povos, cujo papel inter-nacional i influencie na marcho dosacontecimentos mundiais cresce de anopara ano.

Chegou o momnto em que osEstados socialistas, ao formaremum sistema mundial, se tornarama força internacional que exerceuma poderosa influência sobre odesenvolvimento mundial. Surgi-rom possibilidades reais de resol-ver os móis importantes proble-mas da atualidade de uma novamaneira, no interesse da paz, dademocracia e do socialismo.

117

A HUMANIDADE PODE E DEVELIBERTAR-SEDO PESADELO DA GUERRA MUNDIAL

O mais candente problema denossa época é o da guerra c dapaz.

A guerra é um fenômeno queacompanha constantemente o ca-pitalismo, O sistema cie explora-Cão do homem pelo homem e o sis-tema de extermínio do homem pc-Io homem são as (luas faces doregime capitalista. O imperialis-mo já mergulhou a humanidadeem 2 guerras devastadoras e ame-aça atualmente arrastá-la a umacatástrofe ainda mais terrível. Fo-ram criados monstruosos meiosde extermínio e aniquilamento emmassa. O emprego destes meiosem uma nova guerra pode causardestruições sem precedentes depaíses inteiros e transformar emruínas os maiores centros da pro-dução e da cultura mundiais. Talguerra traria a morte e sofrimen-tos a centenas de milhões de pes-soas, inclusive a países que nãoparticipassem da guerra. O impe-rialismo traz em si u/i grave pe-rigo para lóda a humanidade.

Hoje, como nunca, exige-se dospovos uma vigilância particular-

lente atenta. Enquanto subsistiro !"v\pei'ialÍMiio, haverá terreno pa-ra guerras agressivas.

Os povos de todos os pai-ses sabem que o perigo deunia nova guerra mundialainda subsiste. A principalforça de agressão e de guer-ra c o imperialismo norte-amei ieano.

da Europa por parte do impeiia-lismo alemão-ocidental. Os revan-chistas da Alemanha Ocidentalanunciam abertamente a sua in-tenção de rever as fronteiras esta-belecidas após a segunda guerramundial. Da mesma forma quea camarilha hitlerista em sua épo-ca, os militaristas da AlemanhaOcidental preparam uma guerracontra os paises socialistas e ou-tios Estados da Europa e pro-curam realizar seus próprios pia-nos agressivos. Berlim Ocidentalfoi transformada num foco de pro-vocações internacionais. O Estadode Bonn tornou-se o principal mi-migo da coexistência pacífica, dodesarmamento e do alívio da 'en-são na Europa.

Aos planos agressivos do impe-rialismo alemão-ocidental é preci-so opor o poderio unificado de to-dos os paises e povos amantes dapaz da Europa. Cabe á Repúbh-ca Democrática Alemã papel par-licularmente importante na lutacontra os intuitos agressivos domilitarismo alemão-ocidental. Osparticipantes da Conferência con-sideram um dever de todos os Es-tados do campo socialista, de to-dos os povos pacíficos a defesa daintangibilidade da República De-mocrática Alemã — posto avan-çado do socialismo na Europa Oci-dental e autentica expressão dasaspirações pacíficas do povo ale-mão.

Os imperialistas norte-ametica-nos empenham-se ativamente emfazer ressurgir um foco de guer-ra também no Extremo Oriente.Espesinhando a independência na-cional do povo japonês e contrasua vontade, em conluio com oscírculos dirigentes reacionários doJapão, cies impuseram a este paísum novo tratado militar de fina-lidadès agressivas contra a União

Soviética, a Republica Popular tiaChina e outros países amantes dapaz. ¦ Os invasores norte-america-nos ocuparam a ilha de Taiwan,pertencente à Republica Popularda China, a Coréia do Sul, e inter-vêm cada vez mais nos assunto»do Vietnam do Sul; eles transfor-mararri essas regiões em focos deperigosas aventuras e provocaçõesbélicas. Ameaçando agredir Cuba,imiscuindo-se nos assuntos das po-vos da América Latina,África eOriente Próximo, os imperialistasnorte-americanos esforçam-se porcriar novos focos de guerra em,diferentes partes do mundo. Osimperialistas n o r t e-amerieanosutilizam também as formas de ali-ancas regionais, como a Organiza-ção cios Estados Americanos, paramanter o seu controle econômico epolítico e incorporar os paises la-tino-americanos na realização dosseus planos agressivos.

O imperialismo norte-america-no montou um enorme aparelhomilitar e não quer admitir sua re-dução. Os imperialistas torpe-deiam todas as propostas constru-Uvas da União Soviética e de ou-tros países amantes da paz visan-do o desarmamento. Continua acorrida armamentista. Crescemameaçadoramehte estoques de ar-mas nucleares. Apesar do protes-to do seu povo e dos povos de ou-lios países, particularmente noContinente africano, os círculosgovernantes franceses empenha-ram-se na fabricação e experimen-facão de armas atômicas. O mi-litarismo norte-americano prepa-ra-se para reiniciar as nefastas ex-periéncias atômicas, continua afazer provocações bélicas, prenhesdo perigo de sérios conflitos inter-nacionais.

Com a política de provocaçõese de atos agressivos, os círculos

Éle encarna, cm sua política,a ideologia da reação belicista.Sob a bandeira de defesa contrao "perigo comunista", o imperia-lismo americano, contando com aajuda dos imperialistas da Ingla-terra. Fiança e Alemanha Ociden-tal, arrastou numerosos países ablocos militares — OTAN, CENTO,SE/-TO e outros — cobrindo todoo chamado "mundo livre", isto é,os países capitalistas dele depen-dentes, com uma rede de basesmilitares dirigidas, antes de tudo,contra os países socialistas. A exis-téncia destes blocos e bases amea-ça a paz e a segurança universais;isto não somente espesinha a so-berania dos Estados quo autori-zam a instalação dessas bases emseus territórios como tambémameaça a própria existência dessespaises.

As torças imperialistas dos Es-tados Unidos. Inglaterra e Françaentraram num criminoso concha-vo com o imperialismo alemãoocidental. Na Alemanha Ociden-tal ressurgiu o militarismo, ace-lera-se o restabelecimento de umnumeroso exército regular sob ocomando de generais hitlcristasquo os imperialistas norte-ameri-canos equipam com foguetes e ar-mas nucleares, bem como outrosíuodornissimos meios úv extermí-nio cm massa, o que provoca pro-testos cada vez mais vigorosos dospovos amantes da paz. Cedem-sea este exército agressivo bases mi-luares na França e cm outros pai-ses ocidentais europeus. Aumen-'a a ameaça á paz e à segurança

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r* sSmammB^âfi9mmmVt^

Presente queanuncia o futuro

A paz é o CP.millho |>ai'a assegurar•ms povos uniu vida de progresso, detranqüilidade r ;lt' fc!i"idadc. A ima-(jem é do pi f-i'ti11-. mas sinilioliza ofaturo de todas as anuiu» da Tçrra.

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I-i 1 Os representantes dos 81 Partidos Comunistas que participaram da recente conferência, de Moscou, assinalaram a

jXlCrillIllflr 0 PCSíWltlO necessidade e as possibilidades reais de exterminar de uma vez por todas a guerra. Os povos comc<,am a compreenderque não é mais cabível a repetição de cenas como esta da foto, a repetição da tragédia de Hiroshima. A guerra deve

da guerra atômicapossi

que não é mais cabível a repetição de cenas comoser banida definitivamente. O primeiro passo é assegurar a suspensão definitiva dns experiências com armas nuclearese, depois, o desarmamento por etapas, alé a total abolição tios exércitos e de suas armas.

dirigentes americanos fizeram ma-lograr a Conferência de Paris doschefes de governo e tomaram o ca-minho do aguçamento da tensãointernacional e do acirramento da"guerra fria". A ameaça de guer-ra aumentou.

As provocações imperialistascontra a paz suscitaram a indigna-çáo e a resistência dos povos. Oimperialismo norte-americano des-maMiarou-se ainda mais e foramasscslados sérios golpes a sua in-íluencia no mundo.

A natureza agressiva do impe-rialismo não se modificou. Toda-via. criaram-se forças reais capa-zes de frustrar os seus planosagressivos. A guerra não é fatal-mente inevitável. Se dependesseua vontade dos imperialistas, elesjá teriam precipitado a humanida-de nos horrores e calamidades deuma. nova guerra mundial. Masjá passaram os tempos em que osimoerialistas podiam decidir porseu arbítrio haver ou não guer-ra. Por mais de uma vez, nos úl-timos anos, com o clesencadeamen-to de guerras locais, os imperia-listas levaram a humanidade àsportas de uma catástrofe mundial.A posição decidida da URSS, dosoucros países socialistas e de tó-das as forças pacíficas pôs termoà intervenção anglo-franco-israe-lita no Egito, e impediu a invasãomilitar dos imperialistas na Síria,Iraque e alguns outros países. Oheróico povo argelino continua alutar valentemente por sua inde-pendência e liberdade. Os povosdo Congo e do Laos dão uma res-posta cada vez mais enérgica aosatos criminosos dos imperialistas.A experiência prática confirma,assim, quo se pode lutar eficaz-mm te contra as guerras locaisdesencadeadas pelos imperialistas,lioulJar com êxito o.s focos cie .se-melhantes guerras.

Chegou ;i época em ijiit'se pode frustrar os desejosdos ag essores imperialistasd" desencadear uma guerramundial. Pelos esforços con-ju; a 'os do campo socialistaP>" "¦>'. da classe onerariain' ii I- pnal, do movimentonacional libertador, ile todos

os países que se manifestamcontra a guerra e de todos ospovos amantes da paz, a guer-ra mundial pode ser evitada.

O desenvolvimento das relaçõesinternacionais em nossos dias édeterminado pela luta dos doissistemas sociais, pela luta dasforças do socialismo, da paz e dademocracia contra as forças doimperialismo, da reação e daagressão, luta em que se torna ca-da vez mai_ evidente a superior!-dade das forças do socialismo, dapaz e da democracia.

Pela primeira vez na históriaa luta pela paz é travada por gran-des e organizadas forças: a pode-rosa União Soviética, que conquis-tou a primazia mundial em ramosdecisivos da ciência e da técnica;todo o campo socialista, que colo-cou a serviço da causa da paz oseu enorme poderio material e po-litico; o número cada vez maiorde países amantes da paz da Ásia,cia África e da América Latina, vi-talmerite interessados na manü-lenção da paz; a classe operáriainternacional e suas organizaçõese, antes de tudo, os Partidos Co-munistas; o movimento nacional--libertador dos povos dos países co-loniais e dependentes; o movi-mento mundial dos partidáriosda paz; os paises neutros que nãocompartilham da orientação im-perialista de desencadear u m aguerra e se manifestam pela coe-xisténcia pacífica. A favor dessapolítica manifesta-se também cer-ta parte da burguesia dos paísescapitalistas desenvolvidos, queavalia sensatamente a correlaçãode forças e vê as graves conse-qüências de uma guerra moder-na. A fim de manter a paz em to-do o mundo, é necessária a maisampla frente única dos partida-rios da paz, de todos os que lu-t,im contra a política imperialis-ta de agressão e de guerra, inspi-*rada pelo imperialismo norte--americano. Com as ações unitá-rias e ativas de todas as forçaspacificas é possível conservar apaz, evitar uma nova guerra.

Todas as forças democráticase a m a n t e s da paz não têmatualmente tarefa mais premente

do que preservar a humanidadede uma catástrofe têrmo-nuclearmundial. O inaudito poder des-Iruidor dos meios bélicos contem-poràneos exige imperiosamenteque as ações fundamentais de tõ-das as forças anlibelicistas con-centrem-se na luta para evitar aguerra. A luta contra a guerranão pode ser deixada para quan-do ela estale, já que então pode-ria ser tarde demais para muitasregiões do mundo c suas popula-ções.

A luta contra o perigo deuma nova guerra mundialprecisa ser travada sem espe-rar que comecem a cair bom-bas atômicas e de hidrogênio.Esta luta deve ser travadadesde já e a ela devem serconsagrados esforços cadavez maiores. O essencial crefrear a tempo os agresso-res, evitar a guerra, impe-dir a sua eclosão.

Lutar pela paz hoje significamanter a máxima vigilância, des-mascarar incansavelmente a poli-tica do imperialismo, acompanharatentamente os manejos e maqui-nações dos incendiados de guer-ra, levantar o sagrado ódio dos po-vos contra os que conduzem àguerra, elevar o grau de organi-zação de todas as forças pacificas,intensificar incessantemente asações enérgicas das massas em de-lesa da paz, fortalecer a colabora-ção com todos os Estados que nãotêm interesse em novos conflitosbélicos. Nos países onde os impe-rialistas estabeleceram suas' basesmilitares, é necessário intensificara luta pela liquidação dessas bc-ses. Esla é uma condição indispensável para fortalecer a inde-pendência nacional, defender a so-berania e evitar a guerra. A lu-ta dos povos contra a mililariza-ção' dos seus países precisa sercombinada com a luta contra osmonopólios capitalistas ligadosaos imperialistas norte-america-nos. Atualmente f mais importan-te do que nunca lutar persistente-mente em Iodos os países a fim deque o movimento pela paz se for-taleça c se amplie permanente-

mente nas cidades e nos campos,nas empresas e instituições.

O movimento dos partidáriosda paz é o mais amplo movimentoda atualidade, abrangendo pessoasde diferentes convicções políticas ereligiosas, das mais diversas elas-ses sociais, porém unidas pela no-bre aspiração de não permitir no-vas guerras e assegurar uma pazduradoura.

O fortalecimento do sistemasocialista mundial tem importan-cia vital para a manutenção deuma paz duradoura. Enquantonão se conseguir o desarmamento,o.s países socialistas deverão man-ter o seu poderio defensivo no de-vido nível._a

Cessar a corrida armamentis-ta; proibir as armas atômicas, suaexperimentação e produção; liqui-dar as bases militares estrangei-ias e retirar as tropas estrangei-ias de territórios alheios; dissol-ver os blocos militares; concluirum tratado de paz com a Alemã-nha; converter Berlim Ocidentalcm cidade livre e desmilitarizada:frustrar as intrigas agressivas dosrevanchistas germano-ocidentais,e não permitir o renascimento domilitarismo japonês — tais são astarefas cuja realização, na opiniãodos comunistas, é necessária antes 'tle tudo, para assegurar a paz.

Sobre a classe operária inter-n a c i o n a I recai a maior res-ponsabilidade histórica na obrade evitar uma nova guerra mun-dial. O.s imperialistas confabulame se unem para o desencadeamen-to de uma guerra têrmo-nuclear.A classe operária internacional de-ve estreitar suas fileiras a fim desalvar a humanidade da calástro-í_ de uma nova guerra mundial.

Nenhuma diferença depontos de vista sobre quês-toes políticas, religiosas e ou-trás deve dificultar a coesãode todas as 1'ôrças da classeoperária contra o perigo tleguerra. Soou a hora de.con-trapor às forças da guerra apoderosa vontade c os esfor-ços unidos de todos os desta-eamentos e organizações doproletariado internacional, de

NOVOS RUMOS SUPLEMENTO

unificar iodas as suas forças,para evitar a guerra e mauter a paz!

Os partidos comunistas consi-deram a luta pela paz como taro-fa de primeira grandeza. Elesconclamam a classe operária, ossindicatos, as cooperativas, asuniões e organizações femininas ejuvenis, todos os trabalhadores,independentemente do suas con-vicções políticas e religiosas, a cm-preender a luta de massas pararepelir decididamente quaisqueratos agressivos dos imperialistas.

Se, entretanto, os imperialistasinsensatos desencadearem a guor-ra. os povos varrerão e sepultarãoo capitalismo.

Ò fundamento inabalável dapolítica externa dos países sócia-listas é o princípio leninista dacoexistência pacifica e da emula-râo econômica dos países socialis-tas com os países capitalistas. Emcondições de paz, o regime sócia-lista revela cada vez mais ampla-mente a sua superioridade sobreo ! fgime capitalista em todos osramos da economia, da cultura daciência e da técnicat O futuro pro-xiinò trará novos êxitos às forçasd paz e do socialismo, A URSSse converterá na primeira potênciaindustrial do mundo. A China setornará um poderoso país indus-trial. O sistema socialista daráiv. •¦. de metade da produção in-du ial do mundo. A zona dapaz ampliar-so-á ainda mais. Omovimento operário nos países ca-pitalistas e o movimento nacionallibertador nas colônias e paísesdensndentes conquistará novasvitorias. O sistema colonial se de-s: • ?gará definitivamente. A su-pi jacia das forças do socialismoe da paz se tornará absoluta.

Nestas condições, mesmoantes da completa vitória dosocialismo sèbrt a terra, em-bora o capitalismo subsistaainda em uma parte do mun-do, surgirá a possibilidadereal de banir a guerra mun-dial da vida da sociedade

A vitória do socialismo nomundo inteiro eliminará definiu-vãmente as causas sociais e na-cionais do surgimento de quais-quer guerras.

Os comunistas do mundo intei-ro defendem unânime e conse-qüentemente a coexistência pací-fica, batem-se resolutamente paiaevitar a guerra. C fcomunistasdevem realizar um incansável tra-balho de massas, para impedir asubestimação da possibilidade deevitar-se uma guerra mundial ca possibilidade da coexistência pa-cííica. evitando ao mesmo tempoque se subestime o perigo de umaguerra.

Nas condições ue divisão ciomundo em dois sistemas, o únicoprincípio justo e racional das re-lações internacionais é o da coc-xistência pacífica entro Estadoscom diferentes regimes sociaisformulado por Lenin e desenvovido na Declaração de Moscou ono Manifesto da Paz de 1957. n tresoluções do XX e XXI Congrtv:-sos do PCUS e em documentos cieoutros partidos comuniFlas e ope-rários.

Os cinco princípios da coexis-tência pacífica formulados con-juntamente pela Republica Popu-lar da China e a República da India, bem como as teses aprovadaspela Conferência de Bandung.correspondem aos interesses dapaz e dos povos pacíficos.

Coexistência pacifica entre Es-tados com diferentes regimes so-

ciais ou uma guerra destruidora— a: im se coloca hoje a questão.Não ! á outra alternativa. Os co-muni tas repudiam enèigicamen-te a doutrina americana da "guer-ra iria", do equilíbrio "à beira daguerra" como uma politica queleva à catástrofe têrmo-nuclear.Ao defender os princípios da coexis-lôneia pacífica, os comunistas em-peiuiam-.se pela completa cessaçãoda "gueria fria", dissolução dosblocos militares, liquidação dasbases militares, desarmamentouniversal o completo sob contrô-le internacional, solução das quês-toes internacionais litigiosas atra-vés de negociações, respeito àigualdade de direitos dos Estados,respeito à sua integridade territo-rial, independência e soberania,não interferência mútua nos as-suntos internos, amplo desenvolvi-mi nto dos laços comerciais, cultu-rais e'científicos entre os povos.

A politica de coexistência pa-cifica corresponde aos interessesvitais de todos os povos, de todosquantos não querem novas guer-

•ras sangrentas e lutam por umapaz sólida. Esta política contribuipara o fortalecimento das posiçõesdo socialismo, para o crescimentodo prestígio e da influência inter-nac .,nal dos países socialistas, ele-va o prestigio e a influência dospartidos comunistas dos países ca-pitalistas. A paz é um aliado fieldo socialismo, uma vez que o tem-po trabalha pelo socialismo c con-tra o capitalismo.

A politica de coexistência pa-cifica é uma política de mobiliza-çãc cias massas e de ações enérgi-cas contra os inimigos da paz.

A coexistência pacífica entreos Estados não significa, comoalirmam os revisionistas, a renún-cia a luta de classes. A coexistén-cia de Estados com diferentes re-gimes sociais é uma forma da lu-ta de classes entre o socialismo eo capitalismo. Nas condições decoexistência pacifica criam-se pos-sibilidades favoráveis ao desenvol-vimento da luta de classes nos pai-se.s capitalistas e do movimento delibertação nacional nos países co-loniais e dependentes. Por suavez, os êxitos da luta revoluciona-ria cie classes e nacional-libertado-ra contribuem para a consolidaçãoda coexistência pacífica. Os co-munistas consideram seu deverfortalecer a confiança das massaspopulares na possibilidade de con-solidar a coexistência pacífica ereforçar sua decisão de evitar umaguerra mundial. Eles contribui-rão por todos os meios para queos povos, com sua luta ativa pelapaz, a democracia e a libertaçãonacional, obtenham um debilita-mento e uma redução cada vezmaiores das posições do imperia-

possibilidade da guerra entre pai-ses. Executá-lo não é fácil. Issose choca com a resistência tenazdos imperialistas. Eis porque é ne-cessaria uma luta enérgica e de-cidida contra as forças agressivasdo imperialismo para levar esteprograma á prática. E' precisotravar esta luta em proporções ca-da vez maiores, esforçando-se in-sistentemente por alcançar os se-guintes resultados reais: proibiçãodas experiências e da produção dearmas nucleares, liquidação dosblocos militares e das bases mili-tares em territórios alheios, con-siderável redução das forças ar-madas' e dos armamentos, abrin-do dessa forma o caminho para odesarmamento universal. Atravésda luta enérgica e decidida dosEstados socialistas e outros paísesamantes da paz, da classe opera-ria internacional, das amplas mas-sas populares de todos os países,é possível conseguir o isolamentodos círculos agressivos, frustar acorrida armâmentista e a prepa-ração para a guerra e obrigai' osimperialistas a aceitarem um acôr-do sobre o desarmamento univer-sal.

A corrida aos armamentos nãoé um fator de contenção da guer-ra nem um meio de assegurar umalto nível de ocupação e de bem--estar da população. Ela conduz àguerra. Só esta interessado nacorrida armâmentista um insigni-ficante punhado de monopolistas etraficantes de armas. Uma rei-vindicação permanente dos povosdos países capitalistas é a da re-dução das verbas militares e o em-prego dos meios assim liberadospara a melhoria das condições devida das massas populares. Emcada país é necessário desenvol-ver um amplo movimento de mas-

sas a fim de utilizar os meios e re-cursos liberados pelo desarmamen-to para a satisfação das necessi-dades da produção pacífica, daconstrução de moradias, da saú-de pública, da instrução popular,da previdência social, do desenvol-vimento das pesquisas científicas,etc. O desarmamento tornou-se,agora, uma reivindicação impe-riosa das massas populares, umanecessidade histórica premente.E' preciso obrigar os imperialistas,por meio de uma luta enérgica edecidida, a cumprir esta exigén-cia dos povos.

Os partidos comunistas e ope-rários dos países socialistas con-tinuarão a aplicar conseqüente-mente a política de coexistênciapacífica entre Estados com dite-rentes regimes sociais e a fazertudo a fim de poupar aos povosas desgraças e calamidades deuma nova guerra. Manterão a má-xima vigilância em relação ao im-perialismo, fortalecerão por todosos meios o poderio e a capacidadede defesa de todo o campo sócia-lista, tomarão todas as medidasnecessárias para garantir a segu-rança dos povos e manter a paz.

Os comunistas cònsidc-ram sua missão histórica ínosó abolir a exploração e a ro-breza em escala mundial cexcluir para sempre da vidada humanidade a possibilii i-de de qualquer guerra comotambém, já na época atual,libertar a humanidade doshorrores de uma nova guer-ra mundial. Os partidos co-munistas de todos os pairesconsagrarão todas as suasforças e energias à reali...r-.iodesta grandiosa missão his-tórica.

IVA DERROCADA COMPLETADO COLONIALISMOJÁ SE TORNOU INEVITÁVEL

iismo.A coexistência pacítica de Es-

tados com regimes sociais diferen-tes não significa conciliação daideologia socialista com a bur-guesa. Ao contrário, ela pressu-põe a intensificação da luta daclasse operaria c de todos os par-tio -¦ comunistas pelo triunfo das¦idéias socialistas. Todavia, as di-ver;:óncias ideológicas e políticasentre Estados não deve ser resol-vida p;la guerra.

A Conferência consideraque a realização do progra-inn de desarmamento univer-sal e completo apresentadop; bi União Seviétiea teria im-puriãnsia histórica para osdestinos da humanidade.

Alcançar a execução deste pro-grama significa eüminar apropria

Em vastas extensões do mundo, tri-

unfaram revoluções nacional-libertado-ras. Nos 15 anos desde o término da

guerra surgiram na Ásia e África cercade 40 novos Estados soberanos. A vitó-

ria da revolução cubana imprimiu um

poderoso estímulo à lula dos povos da

América Latina pela completa liberta-

ção nacional. Um novo periodo histó-

rico se abriu na vida da humanidade:

os povos da Ásia, África e América Lo-

tina, que se libertaram, tomam parloativa na política irilei nacional.

É inevitável o completo desmo-

rohamento do colon ..Iismo. De-

pois da formação do s'stirra mun-dal do socialismo, o fenômenode maior importância histórica é

o aníquilcimonlo do sistento ria es-

cravidão coionol sob o impacto

do movimento nacional l.boiiador.

A Grande Revolução Sor,aii:'a cio

Outubro doijJe,;cu c Oriente e arrastou

os povos coloniais paia a '.orrenio co-

mum do movimento levcluconário mun-

dial. A viio.ia c!a URSS na sifjun o

guerra mundial, o uMcibsIeciinc-ilo do

regime de denúcoc'ci popular em vú

rios penses da Europa e da A::a, o 1ii-

ui-fo da revo'.uç~io socialista na China

e a formaçio cio sistema sccialislci

mundial acelere,cm grandamsnis o de-

spnvolvitn^nto clòfle processo. As lar-

ças do socialismo mundial contribuíramde modo decisWo ;jaio a luia dos povoscoloniais e dependentes pelei libertaçãodo jugo do imperialismo. O sistema so-ciclista tornou-i« um baluarte seguro do

v ¦ I I 1 í I i I

desenvolvimento da independência na-cional dos povos que se liberlaian-,. Omovimento operário internacional pres-ta gronde apoio ao movimento de liber-toção nacional.

Modificou-se de modo radical a faceda Ásia. Desmorona na África o regi-me colonial. Abriu-se uma frente de lu-ta ativa contra o imperialismo na Amé-rica Latina. A independência conquista-da por cenlencs de milhões de pessoasna Ásia, África e outras regiões foi porelas conquistada em duras batalhascontra o imperialismo. Os comunistassempre reconheceram o significado pro-gressisla e revolucionário das guerrasde libertação nacional e são os iraisativos lutadores pela independência -a-

cional. A existência do sistema se ' "s-

ta mundial e o enfraquecimento de : .po-sições do imperiaUsmo abriram, ci:iteos povos oprimido;, novas possil.ilida-des de conquista da independência.

Os povos dos países coloniais con-quislam a sua independência tar.io pormeio da lula armado como sem ler.çarmão das a,mo;, leve-ndo em conio jscondições concretas de cada país. LiesconquiMam uma vitória decisiva à basedo um poderota movimento de liber,a-ção nacional. As potências coloniaiis-Ias não presenleit m o libeidacle aos po-vos das colônias e nóc abaulonain vo-lun'àricmunte os poises por elas ax-piorados.

O principal sustenláculo do colônia-Iismo contemporâneo são os EsladosUnidos da América. Os imperialistas,encabeçados pelos Estados Unidos, fa-rem desesperados esforços a fim de

• li;.. : 1 |

SOTOfcrTO NOVOS RUMOS

manter a exploração dos povos das an-figas colônia» com novos métodos e sobnovas forma*. Os monopólios tentammanter em suas mãos o controle econô-mico e a influência política nos poisesda África, Ásia e América Latina. Êslesesforços se destinam a conservar as an-ligas posições na economia dos povosque se libertaram e ocupar novas po-sições a pretexto de «ajuda» econômi-ca, arrastar os países que se liberta-ram a blocos militares, implantar nelesditaduras militares e instalar em seusterritórios bases militares. Os imperia-listas se empenham em enfraquecer esolapar a soberania nacional dos paísesque se libertaram, em desvirtuar o sen-tido da autodeterminação das nações,em implantar, sob a bandeira da cha-mada «interdependência», novas for-mas de dominação colonial, em levar ao

poder nesses países os seus títeres, em

subornar uma certa parte da burgue-sía. Eles recorrem à arma envenenadada discórdia nacional a fim de enfra-

quecer a força dos novos Eslados ain-

da não consolidados. Com esta finoli-

dade, se utilizum ativamente dos blocosmilitares agressivos e das alianças mi-

litares agressivas bilaterais. Os círculos

mais reacionários das classes explora-

doras locais atuam como cúmplices dos

imperialistas.

As tarefas urgentes do renascimento

nacional nos países que sacudiram o

jugo colonial só podem ser resolvidas

com êxito na base de uma luta enér-

gica contra o imperialismo e as sobre-

vivências do feudalismo, através da

reunião, numa frente única nacional e

democrática, de todas as forças patri-óticas da nação. A consolidação da in-

dependência política, a realização de

transformações agrárias no interesse do

campesinalo, a liquidação dos restos

e sobrevivências do feudalismo, a ex-

tirpação das raízes econômicas do do-

mínio imperialista, a limitação e o afãs-

tamento dos monopólios estrangeirosno domínio da economia, a criação e

desenvolvimento da indústria nacional,

a elevação do nível de vida da popu-lação, a democratização da vida sociol,

a aplicação de uma política externa

independente e pacífica., o desenvolvi-

mento da colaboração econômica e cul-

tural com os países capitalistas e ou-

tros países amigos — estas tarefas de-

mocráticas e nacionais constituem o ler-

reno sobre o qual podem e efetivamentese unem as forças progressistas da na-

ção nos países que se libertaram.

A classe operária, que desempenhouum papel destacado na luta pela li-

bertação nacional, luta para que as

tarefas da revolução democrática anti-

imperialista e nacional, sejam conduzi-

das até o fim e intervém contra as ten-

(ativas das forças reacionárias de frear

o progresso social.

Nesses países a solução do problemacamponês, que interessa diretamente a

imensa maioria da população, reveste--se de uma significação primordial. Sem

profundas transformações agrárias não

se pode resolver o problema do abaste-

cimento de gêneros, varrer todos os

vestígios medievais que impedem o de-senvolvimento das forças produtivas na

agricultura e na indústria. A criação e

a c;;lensão, em bases democráticas, de

um setor estatal dá economia nac'onal,

principalmente na indústria, indepen-

dente dos monopólios estrangeiros e

que se torne progressivamente um fator

determinante da economia óa nação,

tem grande importância para esses

países.A união da ciasse operária e do

cámpesinato constitui uma importantís-

sima força para a conquista e a de-

fesa da independência nacional, paiaa realização de profundas tiansforma-

ções democtúlicas e para assegurar o

progresso social. Esla aliança deve cons-

tiluir a base de uma ampla f.ente na-

cional. De sua força e de sua scüdez

depende lainbt'm. em giande medida, a

participação da buiguesia nacional na

luta de libertação. Todas as forças pa-triólicos nacionais, todos os elementosda nação que estão prontos a lutar pe-Ia independência nacional e contra oimperialismo, podem desempenhar umimportante papel.

Nas condições atuais, a burguesia na-cional dos países coloniais e dependen-tes não ligadas aos círculos imperialis-tos, está objetivamente interessada narealização das principais tarefas darevolução antiimperialista e antifeudale por isso conserva a capacidade de

participar da luta revolucionária contrao feudalismo e o imperialismo. Nestesentido, ela tem um caráter progressis-ta. Mas ela é instável e ao mesmo tem-

po que apresenta um caráter progres-sista, tende a conciliação com o impe-rialismo e o feudalismo. Por força desteduplo caráter da burguesia nacional, o

grau de sua participação na revoluçãoem diferentes países não é igual. Istodepende das condições concretas, dasmodificações na correlação das forçasde classes, do grau de exacerbação dascontradições entre o imperialismo, o feu-dalismo e as massas populares, da pro-fundidade das contradições entre o im-

periaiismo, o feudalismo e a burguesianacional.

Depois da conquista da independên-cia política, os povos procuram respos-ta para os problemas sociais levanta-dos pela vida e para as questões daconsolidação da independência nacio-nal. As diferentes classes e os difertn-

tes partidos propõem soluções distintas.Ê assunto interno de cada povo. esco-lher o caminho de desenvolvimento quemelhor lhe convém. A medida que seaguçam as contradições sociais, a bur-

guesia nacional manifesta uma lendên-cia cada vez maior à conciliação com areação interna e com o imperialismo.Entretanto, as massas populares con-vencem-se de que o melhor caminho deliquidação do atraso secular e de me-lhoria de suas condições de vida é ocaminho do desenvolvimento não capi-talista. Só por este caminho os povospoderão livrar-se da exploração, damiséria e da fome. A classe operária eas grandes massas do campesinalo es-lão chamadas a desempenhar um im-

portantíssimo papel na solução deste

problema social básico.Na conjuntura histórica atual, criam-

-se condições internacionais e internasfavoráveis, em muitos países, ò forma-

ção de Estados «dependentes de demo-cracia nacional, isto é, de Estados quedefendam conseqüentemente a sua inde-

pendência política e econômica, que lu-

tem contra o imperialismo e seus blocosmilitares e contra a existência de basesmilitares em seu território; que lutemcontra as novas formas de colonialismoe contra a penetração do capital im-

perialista; que repudiem os métodos di-latoriais e despóticos de governo; queassegurem a seus povos amplos direitos

e liberdades democráticas (liberdade de

palavra, de imprensa, de reunião, demanifestação, de criação de partidospolíticos e de organizações sociais), bemcomo a possibilidade de realizai a re-

.forma agrária, e de satisfazer outrasreivindicações no terreno das transfor-mações democráticas e sociais e de par-ticipar na elaboração da política es-tatal. A formação e a consolidação deEstados de democracia nacional assegu-ra-lhes a possibilidade de se desenvol-verem rapidamente pelo caminho do

progresso social, de desempenhar um

papel ativo na luta dos povos pela paz,contra a política agressiva do campoimperialista e pela completa liquidaçãodo jugo colonial.

Os partidos comunistas lutam enèr-

gicamente para levar até o fim de ma-neira conseqüente o revolução antiim-

periolista, antifeudal e democrática, pe-Ia criação de um Estado de democracianacional e por um sensível melhora-mento do nível de vida das massas

populares. Eles apoiam os atos dos go-vernoc nacionais que conduzem à con-solidação das conquistas obtidas e sola-

pam as posições do imperialismo. Si-multâneamente, eles se pronunciam afi-vãmente contra os atos antidemocrá-ticos e antipopulares, contra as medi-das dos círculos dirigentes que colocamem perigo a independência nacional. Oscomunistas desmascaram as tentativasda ala reacionária da burguesia de fa-zer passar os seus interesses egoísticosde classes pelos interesses de toda anação, e denunciavam a utilização de-magógica de palavras de ordem sócia-listas feita, com o mesmo fim, pelospoliticos burgueses, esforçam-se por re-alizar uma autêntica democratização davida social, unificam todas as forças

progiessistas para a luta contra os re-

gimes despóticos ou para pôr termoàs tendências ao estabelecimento delais regimes.

Os objetivos dos comunistas corres-

pondem aos supremos interesses da na-

;ão. O empenho dos círculos reacionó-lios de romper a frente nacional e iso-lar oí comunistas, — vanguarda do mo-vimento de libertação — sob a bandei-

ra do «anticomunismo» enfraquecem asforças do movimento nacional, é con-

. 9 - -

trário aos interesses dos povos e põemem risco as conquistas nacionais iciobtidas.

Os países do socialismo.são si-iceiose fiéis amigos dos povos que lutam porsua libertação ou que já se libertaramdo jugo e da opressão imperialistas.Repudiando por princípio qualquer in-terferência nos assuntos internos dosjovens estados nacionais, consideramseu dever internacionalisla colaboiarcom os povos em sua lula pela conso-lidação da independência nacional.Prestam ajuda e apoio, por todos osmeios, a esses países em seu desenvol-vimento pela via do progresso, na cria-ção de uma indústria nacional, no fo-mento e consolidação da economia na-cional, na preparação de quadros pró-prios e cooperam com eles na luto pelapaz em todo o mundo e contra aagressão imperialista.

Os operários conscientes das metrô-poles bateram-se conseqüentemente pe-Ia autodeterminação das nações sub-

jugadas pelo imperialismo, certos de que«não pode haver povo livre que oprimaoutros povos». Atualmente, quando ês-tes povos tomam o caminho da inde-

pendência nacional, o dever inlernacio-nalista dos operários e de todas asforças democráticas dos países capiía-listas industrialmente desenvolvidos é

prestar-lhes apoio por todas as formasna luta contra os imperialistas, pela In-dependência nacional e pela sua con-solidação, ajudá-los a resolver comêxito as tarefas do renascimento eco-nômico c cultural. Agindo desta ma-neira, defendem os interesses da', nas-sas populares dos seus próprios países.

A liquidação completa e definitivado regime colonial em todas as suasformas e manifestações é ditada portodo o curso da história mundial nosúltimos decênios. A todos os povos queo colonialismo ainda mantém em suascadeias deve ser prestado apoio portodos os meios paro a conquis'a desua independência nacional! Tôde asformas d* i')«o colonial devem ser su--rimidas. A liquidação do colonia'ismoterá enorme importância, tanto para oalívio da tensão internacional quantopara a consolidação da paz universal.A Conferência manifesta a sua so'ida-riedade a Iodos os povos da Ásia,África, América Latina e Oceania, quetravam uma heróica luta antiimpc:ia-lista. A Conferência saúda os povos dos

jovens países africanos que conquista-ram a independência política, impor-tante passo para a sua completa t^er*

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Modificandoo mapa

As «-.Irias vão se rompendo e us novos africanos, antes oprimidos e explorados,

começam a construir uma nova eivill/.ação no continente negro. De rrmas na

mão apoiados pelos país- livras, expulsam o colonialista e. modlfrando o

mapa, faiem uma novx história. A África de hoje c diferente, o d»a livre

substitui a noite de terror.

ÜC>V$S ÍRÜMÓ& SUPLEMENTO

laç.:

P >da. ;go asivtico.:l'SU a

(C. 'o

Iti .i111 '

vai,,.

. A Conferência manifesta suo ra.-i simpatia o s;u apoio ao heróicoargelino, em lula por sua liber-c inciíponaêiir.iü nacional, e exi-

irrcuiala cessarão da queria agrei-cMiiti ci Argélia. A Conferênciar:.a com indignação o sistema de-'•¦o '.'-. perseguições raciais e de ti-

na União S"l-Africana (apar-) o exorta a opinião pública cie-':a inte "acionai a apoiai ali-nio os po.os da África do Sul em

sua luta pela liberdade e a igualdade.A Conferência exig; que nenhuma inge-rência externa se exorça contra os di-lõncia externa se exí ça conlia os di-Congo e de todos os países que se li-ber.taram.

Todos os países socialistas, lodo omovimento internacional comunista eoperário assumem o compromisso deprestar uma ampla ajuda moral e ma-teiietI aos povos quo lu!am por se li-bertar do jugo impenalisla e colonial.

NO*'AS POSS"8rDADESPARA A VITÓRIADD SOCIALISMO

A nova correlação do forças iaarena mundial oferece aos partidoscomunistas e operários novas pos-sibilidadcs para a solução das taro-I";»s históricas da luta pela paz, a in-dependência nacional, a democraciae o socialismo.

Os partidos comunistas delcrmi-nam as perspectivas e as tarefas darevolução de acordo com as condi-ções históricas e sociais concretasdos seus países e levando em contaa situação internacional. Travamuma luta abnegada para, nas con-dições atuais, fazer todos os eslor-ços cm defesa dos interesses daclasse operária e das massas popu-lares, para a melhoria das suas con-dições dò vida, a ampliação dos di-reitos democráticos e das libord.a-des do povo, sem aguardar para issoa vitória do socialismo. Ao compre-encler que o poso fundamental daluta pela libertação do seu povo dojugo do capital, recai sobre os seusombros, a classe operária e a suavanguarda revolucionária lutarãocada vez com maior energia contrao domínio dos opressores e dos c.\-ploradores, em todas as esferas davida politica, econômica e ideológicade cada pais. Na marcha desta lutapreparam-se as massas e criam-seas condições para as batalhas doei-sivas pela derrocada do capitalismoe pela vitória da revolução socialis-ta.

Nas condições atuais, o golpeprincipal dirige-se cada vez maisTlecididamente contra os monopólioscapitalistas, principais responsáveispela corrida armamentisla, redutosda reação e da agressão, c contratodo sistema do capitalismo mono-polisla de Eslado, quo salvaguardao- interesses dos monopólios.

Em diversos países capitalistasdesenvolvidos não europeus, que seencontram sob o domínio político,econômico e militar do imperialismonorte-americano, a classe operáriae as massas populares dirigem oseu golpe principal contra o domí-nio do imperialismo norlo-amerira-no c também contra o capital mo-nopolista e demais forças da reaçãointerna que atraiçoam os interessesila nação. No decurso desta lutaagrupam-se mima frente únicatodas as forças democráticas o pa-triôlieus da nação que lutam pelavitória da revolução, visando a ob-tenção de uma autêntica indei eu-dência nacional e da democracia,cuja conquista cria as condiçõespara passar ao cumprimento dastarefas da revolução socialista.

Os grandes monopólios atentamcontra os interesses da classe ope-rária e das vastas massas popula-tes em todos os terrenos. K inten-siíieada a exploração dos trabalha-dores e lambem o processo de rui-na das vastas massas do campesi-nato: e ao mesmo tempo aumentamas dificuldades experimentadas pelapequena e média burguesia urbana.A opressão exercida pelos grandes

monopólios torna-se cada vez maispenosa para todas as cantadas danação. Como resultado disto, para-lelamenle à exacerbação da contra-diçáo fundamental de classes dasociedade burguesa — entre o capi-lal e o trabalho — aprofunda-se,na etapa atual, a contradição entreum punhado de monopolistas ctodas as camadas do povo.

Os monopólios procuram aniqui-lar ou reduzir ao mínimo os direi-tos democráticos das massas popu-lares. Em alguns países continua afazer estragos um terror fascista.Em outros, intensifica-se o processode faseistização sob novas formas:métodos ditatoriais de administra-ção combinam-se a uma ficção deparlamentarismo, carente de conteú-do democrático e reduzido a puroformalismo. Muitas organizaçõesdemocráticas são postas fora da leie obrigadas a atuar na clandestini-dade, o milhares de lutadores pelacausa da classe operária e pela pazsão encarcerados.

Em nome de todos os comunistasdo mundo, a. Conferência manifestaa sua solidariedade proletáriaaos gloriosos filhos e filhas da elas-se operária e aos democratas quesofrem n;is prisões dos Estados Uni-dos, Espanha, Portugal, Japão, Ale-manha Ocidental, Grécia, Irá, Pa-quistão, República Árabe Unida,Jordânia, Iraque, Argentina, Para-guai. República Dominicana, Mexi-co, União Sul-africana, Sudão eoutros paises. A Conferência exortaa desenvolver uma poderosa cam-panha internacional pela libertaçãodos lutadores pela paz, independeu-cia nacional e democracia.

A classe operária, o campesinato,a intelectualidade c a pequena emédia burguesia urbana estão vi-talmenle interessados na liquidaçãodo domínio dos monopólios. Criam--se atualmente condições favoráveispara a união de todas estas forças.

Os comunistas consideram queesta união é plenamente realizávelna base da luta pela paz, pela iu-dependência nacional, pela defesa odesenvolvimento da democracia,pela nacionalização dos ramos maisimportantes da economia o pela de-mocratização da sua administração,pela utilização de lôda a economiacom objetivos pacíficos para satis-fazer as necessidades da população,pela realização de reformas agra-rias radicais, melhoria das condi-ções de vida dos trabalhadores, peladefesa dos interesses do caínpesina-to, dos interesses da pequena e mé'-dia burguesia urbana contra a ar-hitrariedadè dos monopólios.

A realização destas medidas seriaum passo importante no caminhodo progresso social e corresponde-ria aos interesses da maioria danação. Todas estas medidas se rc-vestem de um caráter democrático.Elas não eliminam a exploração dohomem pelo homem. Entretanto, asua realização limitaria o poder dosmonopólios, aumentaria o prestigio

e o peso político da classe operarna vida do pais, contribuiria parao isolamento das forças mais rcacio-nárias e facilitaria a união (h todasas forcas progressistas. A participa-ção das vastas camadas da popula-ção na lula por transformações do-mocráticas convence-as da necessi-dade de ações comuns com a classeoperária e contribui para a eleva-ção da sua atividade politica. O de-ver mais importante da classe ope-rária e da sua vanguarda comunis-ta consiste em dirigir e garantir oêxito da lula econômica e politicadas massas por transformações de-mocráticas e pela derrubada do do-mi nio dos monopólios.

Os comunistas advogam a amplademocratização da vida econômicae social e de todas as organizaçõese instituições administrativas, poli-ticas e culturais. »

Os comunistas consideram a lutapela democracia parte integranteda luta pelo socialismo. No decorrerdesta luta os comunistas reforçamconstantemente as suas ligaçõescom as massas, elevam o nivel dasua consciência política e levam asmassas a compreenderem as tare-fas da revolução socialista è a ne-cessidade de sua realização. Nistoconsiste a diferença radical entreos partidos nvirxista-leninistas eos reformistas, que reconhecem asreformas no âmbito do regime ca-pitalista como seu objetivo final eque repudiam a necessidade da re-voluçáo socialista. Os marxistas-le-niilistas estão firmemente convenci-dos de que os povos dos paises ca-pitalistas, no decorrer da luta diá-dia, cheiraráo a compreender que osocialismo é a única saida para eles.

Atualmente, quando novas e no-vas camadas da população se incor-poram ativamente à luta de classes,adquire um significado excepcionala intensificação da atividade doscomunistas nos sindicatos, coopera-Uvas, entre o campesinato, a juven-rude, as mulheres, nas organizaçõesesportivas e entre a população nãoorganizada. Surgiram novas possi-bilidades de atrair a jovem geraçãopara participar da lula pela paz ea democracia e pelos grandes ideaisdo comunismo. O grande legado deLenin — trabalhar no seio das mas-sas, atuar em toda parte onde exis-tem massas, fortalecer a ligaçãocom elas a fim de conduzi-las —deve converter-se numa tarefa pri-mordial de cada partido comunista.

O restabelecimento da unidadedo movimento sindical, tanto nospaises onde êle se encontra cindidocomo em âmbito internacional, ad-quirc uma importância do primeiraordem para aumentar o peso daclasse operária na vida politica opara defender com êxito seus inte-rêsses. Os trabalhadores, filiados adiferentes sindicatos, têm interessescomuns. Nas grandes lutas de elas-Se dos últimos anos, sempre que asdiversas uniões sindicais atuaramconjuntamente, conseguiram, emregra, a satisfação das reivindica-ções dos trabalhadores exatamentegraças â sua unidade. Os partidos,comunistas consideram mie há con-dições reais para o restabeleeimen-Io da unidade sindical o tratarãopersistentemente de levar a cal oesta tarefa. Nos paises onde na prá-tioa não existe democracia sindical,a lula pela unidade sindical exigea atividade constante com o objeti-vo de conseguir a independência domovniMiío, assim como o reconhe-cimento o o respeito dos direitossindicais de todos ns trabalhadores,sem qualquer discriminação politicaou de outra natureza.

A causa da paz e do progressosócia! exige também o restabeleci-mento, em escalo nacional o inter-,nacional, da un' ia '¦¦ d" todo? os de-mais movimentos, democráticos de

ia massas. A união das organizaçõesde massas pode ser alcançada à,base da unidade de ação pela ma-nutenção da paz, da independêncianacional, pela conservação e amplia-ção dos direitos democráticos, pelamelhoria das condições de vida e aampliação dos direitos sociais dostrabalhadores.

Na luta para que as massas po-pulares dos países capitalistas cum-pram as suas tarefas, 0 papel doei-sivo cabe à aliança entre a classeoperária e o campesinato trabalha-dor, aliança que constitui a princi-pai força motriz da revolução social.

O obstáculo principal que a cias-se operária enfrenta para conquis-tar os seus objetivos continua a sera cisão do suas fileiras, no que estãointeressados, em escala nacional ointernacional, as classes dominamtes, os líderes social-democratas dedireita o os dirigentes reacionáriosdos sindicatos. Os comunistas lutamdecididamente para superar estacisão.

Os imperialistas e os reacioná-rios dos diversos paises, com o ob-jetivo de. minar e cindir a coesãoda classe operária, recorrem, para-lelamentc aos meios repressivos, aoengano e ao suborno. Os aconteci-mentes dos últimos anos reafirma-ram que esta cisão abala as posiçõesda classe operária, o que só é van-tajoso para a reação imperialista.

Alguns dirigentes social-democra-tas de direita passaram-se aberta-mente para as posições do imporia-lismo, defendem o sistema capita-lista e dividem a classe operária.Por sua hostilidade ao comunismoe seu pavor ante a crescente inílu-ência do socialismo na arena mim-dial, capitulam diante das forrasreacionárias, conservadoras. Emvários países a direção direitistaconseguiu a aprovação pelos parti-dos social-democratas de progra-mas, nos quais eles renunciam aber-tamente ao marxismo, á luta declasses e às tradicionais palavras--dc-ordem socialistas, prestandodeste modo um novo serviço à luir-guesia. Nos partidos social-do-mo-cratas cresce a resistência com^aesta politica dos lideres de direita,resistência esta que também abran-ge parte dos seus funcionários.Crescem as forças quo se prontin-ciam pela unidade de ação da classeoperária e dos outros trabalhadoresna luta pela paz, a democracia r oprogresso social. A maioria esma-gadora dos militantes dos pari idossocial-democratas, especialmente osoperários, é partidária da paz o doprogresso social.

Os comunistas continuarão a cri-lica das posições ideológicas da so-cial-dcmocràcia o da sua atuaçãoprática oportunista de direita, nros-seguirão a atividade destinada aimpelir as massas social-democra-Ias a ocuparem posições de umaluta de rlassos conseqüente con ao c: piUdi mo. pela vitória do so 'ia-lismo. Os comunistas estão firme-mente convencidos de que as masdivergências ideológicas com os ">-cial-democratas não devem im> "'ira troca de cpimõas sobre os pro'1' •-mas can-l mies úo movimento c •-rário e a lula conjunta, particular»mente contra o perigo de guerrp.

Os comunistas consideram os oa.Ir' lha dores social-democra Ias comoseus irmãos de classe. Freqii 'ii •-mente trabalham juntos nos >¦'<:[.-calos e em outras organizações,lutando conjuntamente pelo- inte-iesses da classe operária e de Iodeo povo.

Os interesses básicos do movi-mento operário exigem imperiosa-mente que os partidos comunistas osocial-democratas .enveredem pçlncaminho des ações conjunta? nm es-cala nacional c internacional com o

^^¦^^ . 1., ej >" - *

^-1

SÜfííMÉNTO NOVOS RUMOS

objetivo tia * proibição imediata dofabrico, das experiências e do usodas armaa nucleares, da criação dezonas desatomizadas, da realizaçãodo desarmamento universal e com-pleto sob controle internacional, daliquidação das bases militares emterritórios estrangeiros, da retira-da das tropas estrangeiras, da aju-da ao movimento nacional-liberta-dor dos povos coloniais e dos paísesdependentes, da garantia da sobera-nia nacional, do fortalecimento dademocracia e da resistência ao pe-rigo fascista, da elevação do nivelde vida dos trabalhadores, da redu-cão da semana de trabalho sem di-minuição dos salários, etc. Milhõesde social-democratas e alguns par-lidos social-democratas já se mani-testaram, de uma ou outra forma,pelo cumprimento destas tarefas.Pode-se afirmar com torta eerlezaque

a eki,s.se operária de muitospaíses capitalistas, Miperandoa cisão nas suas fileiras evcon-seguindo a unidade de aoão de1 udos os seus destacamentos,poderia desfechar um durog<;i|>e na notifica dns círculosgovernantes dós países capi-1 a listas e obrigá-los a ctm&r apreparação de. uinit novagtMirra, poderia repelir a-ofen-siva do capital monopolista eassegurar a satffifaeio dassuas reivindicaeces vitais e de-mocráiU-an mais prementes.

Tanto na luta pela melhoria dascondições de vida dos trabalhado-res, pela ampliação e manutençãodos seus dhviios democráticos; pelaconquista c defesa da independêncianacional, pela paz entre os povos,ei .mo na lula pela conquista do po-der e pela construção do socialismo,os partidos comunistas pronunciam--so pelo estabelecimento da çolrtho-j-ai-MO com os pari idos socialistas.

Os comunistas contam com o mar-xjsmo-leninismo, grande doutrinaintegral, fundamentada cientifica-mente e confirmada pela vida, ecom uma rica experiência interna-cional do construção do socialismo.Os comunistas estão dispostos adiscutir com os social-democratas,certos de que c este o melhor ca-minhõ para confrontar os pontos--rte-visla, as idéias e a experiênciaacumulada, liquidar os preconceitosarraigados, superar a cisão dostrabalhadores c estabelecei- a cota-boracão.

A reação imperialista, em seu afãde nrovocar a desconfiança paracom' o movimento comunista e asua ideologia, empenha-se em inti-midar as massas, afirmando que oscg munistas necessitam das guerrasentre os Estados para derrocar oregime capitalista e estabelecer oregime socialista. Os partidos co-munistas refutam decididamenteesta calúnia. O fato de que as duasguerras mundiais, desencadeadaspelos imperialLstas, tenham lermi-nado com revoluções socialistas, naosignifica, de modo algum, que o ca-mhibo para a revolução social passoobrigatoriamente por uma guerramundial, especialmente em nossaépoca, quando existe o poderososistema mundial do socialismo. Osmarxistas-lenhüstas nunca consuie-raram que o caminho da revoluçãosocial passe necessariamente pelasguerras entre os Estados.

A escolha deste ou daquele regi-me social c um direito inalienáveldo povo do cada pais. A revoluçãosocialista não se importa nem podeser imposta do exterior. Ela c o re-sultado do desenvolvimento internode cada país, da exacerbação extre-ma de suas contradições sociais.

Oi partidos comu-totas, iaspt-Mdos ptto douto»* n»raW»'

-lectinísta, sempre foram con-Ira a exportação da revolução.Ao mesmo tempo lutam deci-didamenle contra a exporta-ção imperialista da contra-rc-volução. Os partidos comunis-tas consideram que é seu de-ver internacional exortar ospovos de todos os países a seunir, a mobilizar todas assuas forças internas, a atuarenergicamente e, apoiando-seno poderio do sistema socialis-ta mundial, impedir ou ofere-cer decidida resistência à in-terveneão dos imperialistasnos assuntos de qualquer povoile qualquer país que tenha em-preendido a revolução.

Os partidos maixista-leninistasdirigem a luta da classe operária edas massas trabalhadoras pela rea-lização da revolução socialista e peloestabelecimento da ditadura do pro-letariàdo numa ou noutra forma.As formas e os caminhos do desen-volvimento da revolução socialistadependerão da correlação concretadas forças de classe neste ou na-quele pais. da organização c do ama-durecimento da classe operária ede sua vanguarda e do nivel de re-sislência das classes dominantes.Quaisquer que sejam as formas emque fôr estabelecida a ditadura doproletariado, ela significará semprea ampliação da democracia, a tran-sição da democracia formal burgue-sa para a verdadeira democracia,para a democracia paia os traba-lhadores.

Os partidos comunistas reafir-mam as teses da Declaração de 1957,no que concerne às foi nias da pai-sagein dos diversos países do capi-taüsmo ao socialismo.

A classe operária e a sua yan-guarda, o partido marxista-lentnis-7a _. diz a. Declaração -- aspirama realizar a revolução socialista pormeios pacíficos. A realização destapossibilidade corresponderia aos in-terésses da classe operária e delodo o povo, aos interesses nacio-nais do pais.

Nas condições atuais, numa sé-rie de paises capitalistas, a classeoperária chefiada por seu destaca-mento de vanguarda pode. basean-de-se numa frente operária e po-pular, e de outras possíveis for-mas de acordo e de colaboraçãopolítica entre diversos partidos eorganizações sociais, unir a maio-ria do povo, conquistar o poder doEstado sem guerra civil e asse-gurar a passagem dos meios fim-damentais de produção às mãosdo povo. Apoiando-se na maioriado povo e oferecendo resistênciadecidida ac« elementos oportunis-tas, incapazes de renunciai' à poli-tica de compromissos com os ca-pitalistas e latifundiários, a elas-se operária pode derrotar as fór-ças reacionárias e antipopulares,conquistar a sólida maioria noParlamento, transformar o Par-lamento de instrumento a serviçodos interesses de classe da bur-guesia em instrumento a serviçodo povo trabalhador, desenvolveruma ampla luta de massas forado Parlamento, quebrar a resistèn-cia das forças reacionárias o criaras condições necessárias para arealização pacífica da revoluçãosocialista. Tudo isto será possívelunicamente através de um vastoe ininterrupto desenvolvimento cialuta de classes dos operários, dasmassas camponesas e das cama-das médias urbanas contra o gran-de capital monopolista, contra areação, por profundas reformassociais, pela paz e pelo socialismo.

Caso as classes exploradorasrecorram à violência contra o po-

vo, é indispensável ter em vistaoutra possibilidade: a transiçãonão pacífica ao socialismo. O le-ninismo ensina — e a experiênciahistórica confirma — que as cias-ses dominantes não cedem volun-tàriamente o poder. A intensidadee as formas da luta de classes, nes-tas condições, não depende^ tan-to do proletariado quanto da resis-tência que os círculos reacionáriosopõem à vontade da imensa maio-ria do povo, do emprego da violên-cia por estes círculos nesta ou na-quela etapa da luta pelo sócia-lismo.

Em cada pais, a possibilidadereal de um ou de outro caminhopara o socialismo é determinadapor condições históricas concretas.

Em nossos dias, quando o comu-nismo é não somente a doutrinamais avançada como também umregime social que existe realmentee que demonstrou a sua süperiori-dade sobre o capitalismo, criam-secondições especialmente favoráveispara a ampliação da influência dospartidos comunistas, para o des-mascaramento decidido do aniico-munismó, sob cuja bandeira a cias-so capitalista dava a luta contra "

proletariado, e para que as vastascamadas trabalhadoras tornem suasas idéias comunistas.

O anticomunismo surgiu já noalvorecer do movimento operáriocomo ai ma ideológica fundamentalda classe capitalista n.i sua lul:|contra o proletariado e a ideologiamarxista. À medida em q'V se !"iaguçando a lula de classes, esjwc.al-mento com a formação do sistemamundial do socialismo, o anticomu-nismo tornou-se mais furibundo.crefinado. Refletindo a crise ideolo-gica profunda e o grau extremo dedegradação da ideologia burguesa,o anticomunismo deturpa monstruo-sa mente a doutrina marxista, caiu-nia grosseiramente o regime social

11

socialista, falsifica a politica e osobjetivos dos comunistas e persegueas forças e organizações democrãti-cas e pacificas.

Para defender com êxito os inte-rêsses dos trabalhadores, para con-seguir a manutenção da paz e pararealizar os ideais socialistas daclasse operária é necessário lutardecididamente contra o anticomu-nismo, arma envenenada que a bur-guesia utiliza para afastar as mas-sas do socialismo. É preciso in'en-sificar o trabalho de explicação d asidéias do socialismo entre as massas,educar os trabalhadores no espiritorevolucionário, elevar a sua con«ci-ência revolucionária de çla< ¦-¦¦ emostrar a todos os trabalhadoresvalendo-se dn experiência dos n.',:-'Sdo sistema socialista mundial,a superioridade da sociedade soeia-lista: é preciso demonstrar çon-?re-lamente os benefícios rea:s riuc osocialismo proporcionará ?os opera-rins, aos camponeses e às outrascamadas da população de endn oms.

O comunismo liberta os hom.?nsdo temor á guerra, assegura-lhesuma paz sólida, livra-os da ouit-s-são imperialista e da exploração, dodesemprego e da miséria, «aiimlo-.lhes a segurança material e um a'lonivel de vida, livra-os do lenvu daerjsp econômica, assegura o despii-volvimento impetuoso das forçasprodutivas para o bem de toda asociedade: livra o indivíduo daopressão tio dinheiro, garante n de-senvolvnnonfo esniritiwl multPnte-ca! do bnmrrn. assegura o floresci-mento de t.óclas as suas nptidões eum progresso cientifico c culturalilimHadòs da sociedade. Devemosfaz •]¦ com mw a idéia de oue a vitó-ii,-i do novo regime soeial beneficiaa todas as camadas da população__ exceto um reduzido gvúfio 'le ex-ploradores — penetre na eonseiên-cia de milhões dr homem- dos paisescapitalista».

VI

A UNiBADE E A IRMEZA DOS PARTIDOS

COMUNISTAS GARANTIA DE NOVAS

VITÓRIAS DO MOVIMENTO OPERÁRIO

O movim-nlo comunista mundial

transformou-se na foiça politica mais

influente dei iiosíos tempos e tornou-se

um impoilájilÍKimo fator do progresso

social. No luto encarniçada conlia ti

r.acè.o imperiulislu, pelos interesses cia

classe operária « de todos os trabalha-

dores, pela pai, a independência na-

ciantil», o, demcti-oi- e o socialismo,

o. mov..^nl« r.o.-.-ju.s!a avança a passo

fume, Icnvi s* c«-« vez mais coeso e

wtiis sóli<;o.

Atuolmen.e em 87 países do mundo

aluam partidos comunislas, os quais

agrupam em suas «Liras mais de 36

milhões de rnilitatttss. Esta é uma vitorie

gloriosa do meixismo-leninismo, uma

gigantesco conquiste da classe opera

ria. Continua a unificação dos marxistas,

companheiros de um mesmo ideal, nos

poises que quebrarem os grilhões do

jugo . colonialista e enveredaram pelo

caminho do desenvolvimento indepen-

dent*. Os partidos comunistas conside-

ram como seu dever internacional co-

cperor paro o robusl.cimento da ami-

zod* e do solidariedade da classe ope-

rária dos seus paises com o movimento

operário dos Estados que se libertaram

na luta comum eenlra o imperialismo.

O aumento das fileiras dos partidos

comunistos c o seu fortalecimento oi-

gônico, a vitorio dos partidos comunis-

tas de vários poises na lula conlia os

desvios, a superação das conseqüências

prejudiciais do culto do (Wirsonalid-ide e

o fortalecimento do influência do mo-

vinienlo comunisia inlernacior.nl, c, em

novos perspectives pura a sol'>;õo com

íxilo des tftfos que re apresentam

acs pcrtitlcs rcmu^i5^os.On portidos mor.-tijro-lenimstas con-

sideram lei imutável de sua atividade

o observância rigoroso dos normas le-

nínistos de vido partidário ò base do

princípio do centrolismo demociaiico.

Considerem indispensável g-ordar co-

mo a menino dos olhos o unidade do

partido, observor rigoroíomr nre o prin-cipio do democracia partidária e da di-

recão coletiva, don-do ç-onde impor-

tància, de ocórdo com os principies le-

ninislos de ©rticmizocáo, oo pap'1 dos

organismos dirigentes do porrido na vi-

do do mesmo. Preocupam-se consrente-

mente com o foitolecimento dos l:qa-

cões de tais organismos com os mom-

bros do parliao e os çiroiules massos

Irabalhtidoras; náo permitem o cullo á

personoüdade que inibe o desenvolvi-

mento do pensomento criador e da im-

ciotiva dos comunislas; fomentam por

todos os meios o atividade do? comu-

nistas e desenvolvem a crítica e a auto-

critica nos suos fileiras.Os portidos comunistes derrotmcim

ideològicomente em sues fileiro-. os re-

visionislab, qu« tentaram clcsviá-lo do

caminho marxisto-leninista. Na lula con-

tra o revisionismo e o oportunismo de

dirtilci verificou-se o fortalecimentoideoláyico e orgânico de cnrlo partidocomunista e de lodo o rnovini-.nto co-

munista internacional em conju In.

Os portidos comunistas çort-ír.cnaniunanimemente «i .nodolidade iuaoslava

do oportunismo internacional, «rxprts-

soo concentrado dos ..teorias' do-, re-

visionistes contemporâneos. Tinindo o

; i

marxismo-leninismo, e declarando-o superaclo, os dirigentes da Liga dos Co-munistas da Iugoslávia opuseram à De-claracào de 1957 o seu programa re-visionista antileninisla, contrapuseram aliga dos Comunistas da Iugoslávia alodo o movimento comunista internado-nal, separaram o sc-u país do camposocialista, colocando-o sob a depen-dência da chamada <¦ ajuda ¦ cios im-

perialistas norte-americanos e outros,e, dèstc modo, criarom a ameaça da

perda das conquistas revolucionárias ai-cancadas pela lula heróica cio povoIugoslavo. Os revisionistas iugoslavosrealizam uma atividade de sapa conlrao campo socialista e o movimento co-munisla mundial. Sob o pretexto da po-lilica de não ade>âo aos blocos, de-senvolvem atividades que prejudicam a

unidade de todas a; fôiças e Estados

amantes da paz. O desmascaramenlodos dirigentes revisionistas iugoslavos e

a luta ativa no sentido de proteger o

movimento comunista e o movimento

operário contra a penetração das idéias

anlileninislas dos levisionistas iugosla-

vos, continuam sendo uma tarefa indis-

pensável dos partidos marxista-leni-

nislas.

A prática da luta da classe operária

e lòda a marcha do desenvolvimento

social deram uma nova e brilhante con-

firmação da força invencível e da vila-

lidade do marxismo-leninismo, refutou •

do decididamente todas as teorias-

dos revisionistas contemporâneos.

A continuidade do desenvolvimento

da movimento comunista e operário

exige, como indica a Declaração de

Moscou de 1957, prosseguir una luta

enérgica em duas frentes — contra o

revisionismo, que continua sendo o pe-

rigo principal, e conlia o dogmatismo e

o sectarismo.

Deturpando o marxismo-leninismo,

exlraindo-lbe o espirito revolucionário, o

revisionismo e o oportunismo de direita

refletem na teoria e na prática a icleo-

logia burguesa, paralisam a vontade

revotucionária da classe operaria, de

sarmam e desmobilizam os operários e

as massas trabalhadoras na sua tutu

conlra o jugo dos imperialistas e dos

exploradores, pela paz, a democracia,

a libertação nacional e triunfo do so-

cialismo.

O dogmatismo e o sectarismo na leo-

ria e na prática, se não fòr travada a

luta conseqüente contra êles/ também

podem tornar-se o perigo principal nes-

Ia ou naquela etapa do desenvolvimen-

to de alguns partidos. O dogmatismo e

o sectarismo privam os partidos revo-

lucionários da capacidade de desenvol-ver o marxismo-leninismo à base da

análise cientifica e de aplicá-lo de mo-

do criador de acordo com as condiçõesconcretas, isolam os comunistas das vas-

tas camadas trabalhadoras, condenan-do-os à expectativa passiva ou a açõesaventureiras, esquerdistas, na luta revo-lucionária, não permitem apreciar comoportunidade e justeza as mudançasconstantes da situação e a nova expe-riência, utilizar todas as possibilidadesno interesse da vitória da classe ope-rória e de todas as forças democráticasna luta contra o imperialismo, a reaçãoe o perigo de guerra, impedindo assimos povos de conquistarem a vitória nasua luta justa.

Numa situação em que a reação im-

perialista une as suas forças para a lutacontra o comunismo, torna-se partícula* -

mente indispensável a coesão multila-teral do movimento comunista mundial.A unidade e a coesão decuplicam asforças do nosso movimento e garon-tem firmemente o avanço vitorioso dagrande causo do comunismo e o*êxitono repúdio a todos os ataques dos ini-.migos.

A grande doutrina do marxismo-leni-nismo e a luta conjunta pela sua con-cretização unem os comunistas do mun-do inteiro. Os interesses do movimentocomunista requerem o observância soli-daria de cada partido comunista quantoàs apreciações e conclusões, elaboradosconjuntamente pelos partidos irmãosnas suas conferências, concernentes ás

\.i ¦<', » * Viiy im>ir""la flPhV*flflflPflflaflflflflWi flflflflflflflflltj ¦ *M—n—¦—ia——a—n im—¦—mt — an m t-jt»*. -¦¦ ——.^^- . .... ..... ^, AJ2ÍM ilfl gaC/JtJtfS KaflflflfliiMl aJU ,.^.> 3f—t* yvívmáBfl OW ¦¦>¦ *^*B Br***»-*

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Democracia:Mc sooerama nacioi.

tarefeis comuns da !j;ci contra- o im-

perialismo, pela pa;, pela deniociaciae pelo socialismo.

Os inli-rêsses da hj!a pela causa daclasse operária exigem a coesão cadavez maior das fi!oiras de cada partidocomunista e do grande cxérciio dos co-munistas de todos os países, e a uni-dade da sua vontade de ação. A soli-cilude pelo fortalecimento conslante daunidade do movimento comunista inter-nacional — é o dever internacionalsuperior de cada partido marxista-ie-ninisla.

A defesa enérgica da unidade domovimento comunista internacional nabase dos princípios do marxismo-leni-nismo, do intemacionaiisiiio proletárioe cia não permissão de quaisquer ações

que possam solapar esta unidade é umacondição obiigatória da vitória na luta

pela independência nacional, pela de-mocracia e a paz, pela solução comêxito das tarefas da revolução socialistae da edificação do socialismo e do co-munismo. A violação destes princípio;acarretaria o clebilitamenlo das fôiçasdo comunismo.

Todos os partidos marxista-leninis-tas são independentes e iguais em di-reilos; eles elaborem' a sua política,baseando-se nas condições concretasdos seus países, orienlando-se pelosprincípios do marxismo-leninismo, e

preslando-se apoio mútuo. O êxito dacausa da classe operária em cada paísexige a solidariedade internacional detodos os partidos marxisla-leninistas.Cada partido é responsável ante a cias-se operária e os trabalhadores de seus

pcíses, ante todo o movimento comu-nista e operário internacional.

Os partidos ' comunistas e operários

realizam conferências, em caso de ne-cessidade, para discutir os problemasatuais, trocar experiências, conhecer os

pontos-de-vista ; posições uns dos ou-tros, elaborar pontos-de-vista unitáriosatravés de consultas e da coordenaçãodas ações conjuntas na luta pelos obje-tivos comuns.

Quando em um ou outro partido sur-

gem problemas, concernentes às ativida-des de outro partido irmão, a direçãodeste partido dirige-se à direção do ou-tro e, em caso de necessidade, reali-zam encontros e consultas.

A experiência e os resultados dos en-contros realizados nos últimos anos derepresentantes de partidos comunistas,especialmente os resultados das duasmais importantes Conferências — em no-vembro de 1957 e a atual — demons-Iram que nas condições atuais estasconferências são uma forma efetiva de

O povo brasileiro, os comunistas à frente, realizou grandes lulas cm «letc-a.da democracia e pela libertação «Io lírasii do domínio «Io imperialismo norte--americano. Grandes manifestações e campanhas patrióticas ponlilliaram ;«.história do pais no período de apiis-guerra, culminando com a conquista d<»monopólio estalai «Io petróleo.

troca rec;proca cio opiniões e experiên-cias, de enriquecimento da teoria mar-xista-leni,lista, graças ao: esforços co-letivo;, e cia c'c:boiarão de posiçõesuniláiias na luia pelo; pbjeiivos co-muns.

Os partidos comunistas e operáriosdeclaram unanimemente que o PartidoComunista da União Soviética, como odestacamento mais experiente e prova-do do movimento comunista internado-nál, foi e continua sendo a yorigúardapor todos reconhecido do movimento co-munisla internacional, A experiência doPartido Comunista óo União Soviética,acumulada na luta pela vitória da cias-se operária, na edificação do socialis-mo e na construção do comunismo emampla frente, tem um significado de

principio para todo o movimento comu-nista internacional. O exemplo do Par-tido Comunista da União Soviética e asua solidariedade fraternal inspiram atodos os partidos comunistas na sualula pela paz e pelo socialismo, e cons-tituem uma expressão da aplicação dos

princ;'-,ios revolucionários do internado-nalismo proletário na prática. As hisló-ricas resoluções do XX Congresso doPCUS lêni não só um grande signi-ficado paia o PCUS e a construção docomunismo na URSS, como também de-ram inicio a uma nova etapa no mo-vimento comunista internacional e con-tribuíram para o seu ulterior desenvolvi-mento à base do marxismo-leninismo.

Os partidos comunistas e operáriosdão a sua contribuição para a causado desenvolvimento da grande doutri-na do marxismo-leninismo. A ajuda eo apoio reciproco na: relações entr«todos os partidos marxista-Ieninistasirmãos significam a aplicação práticados princípios revolucionários do inter-nacionalismo proletário.

Nas condições atuais os problemasideológicos adquirem um significado es-

pecial. A classe exploradora opõe «sosêxitos do socialismo uma atividadeideológica cada vez mais intensa en-tre as massas, procurando mantê-lassob o dominio espiritual da ideologiaburgueso. Os comunistas consideramcomo sua tarefa desenvolver decidida-mente uma ofensiva na frente ideoló-

gica para conseguir livrar as massas

populares do jugo da ideologia b ir-

guesa cie todas as espécies e formeis,inclusive da influência couulora do re-formismo, e difundir entre as massasideicr; avançadas, que assegurem oprogresso social, as id.iias áa liberdadeo da democracia e a ideologia do so-ciciiismo cientifico.

A exp?ri;"-'icia histórica demonstra

que os veslíoios c!o capitalismo na cons-ciência dos homens se mantêm dumnieum tempo prolongado( mesmo depoisda instauração do regime sociaii-.ia.Isto mostra a necessidade de os pai •tidos realizarem uma enorme e mulii-lateral atividade para a educação co-munisla das massas, para elevar a pre-paração mcirxista-leninista e a lêmpe-ra dos quadros do partido e do Estado.

O nicirxijmo-Íjiiinisino 'é unia çjictn-de e integra dojliina revoluciona,,v aestiêla polar da classe operária e r..ostrabalhadores do mundo inteiro ^mtodas as etapas da sua grande batalha

pela paz, pela liberdade e por uma ¦•<-da melhor, pela criação da sociedademais justa: o comunismo. A sua grandeforça criadora' e tiansformadora re-side na estreita ligação com a vida eno enriquecimento constante, á base daanálise multilateral da realidade. A La-se do maixismo-leninismo foram con-

quisladas as grandes vitórias hislóri-cas da comunidade dos países socialis-tas, do movimento comunista operáriointernacional e do movimento liberta-dor, e somente assim podem sei r-?soi-vidas com êxito todas as tarefas que7è apresentam aos partidos comunicas« operários.

Os participantes da Conferên-cia vêtm nu ulUiior coesüo oos

partidos comunistas, à base domarxismo-leninismo e do interna-cionalismo proletário, a mais im-

portante condição para a uniãode todas as forças da classe ope-rária, das forças da democraciae do progresso, a garantia donovas vitórias do movimento co-munista e operário mundial nasua grande luta pelo futuro lu-minoso de toda a humanidade,pelo triunfo da causa da paz edo socialismo

NOVOS HUN0S