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REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO MONTE ESTORIL -=: Telelone 282 . DIRECTOR E EDITOR-A tTONIO ALVES SEMANARIO DE PROPAGANDA E TURISMO Propriedade da ElTlpreza de Publiclqli\d,. Estoril Gráfica (Em ortanlsaçllo) Todos os artigos não assinados são da elclusiJp responsabilidade do director do jornal DE DEZEMBRO 1640-1934 :Jfão poderá nunca esquecer o nobilissimo esforço dos patriotas que no dia I de fJ)ezembro de 1640 procla- maram o direito de a {irei escolher livremente os seus dirigentes e o seu ehefe de estado, aclamando, pela :Revolução, fJ). João IV, e confirmado pelo voto, em eôrtes, dos representantes de todas as classes sociais, ao mesmo tempo que reivindicavam os direitos de sobera- nia da :Xação. :J([as porque não celebrarão os portugueses e e.spa- nhois essa data de 1640, festivamente, como portugueses e brasileiros celebram a da independencia do .13rasil em 1822? 9lmbas elas marcam, gloriosamente, uma conquista da eivilisação, que, sobretudo, se firma na liberdade com que os homens traçam os destinos das q:atrias que for- maram ou a que pertencem. Que do mundo opõe, hoje, à liberdade dos povos, a força brutal da invasão e da conquista? Quem ousa, hoje, opô r o direito da fJorça, à força invencivel do fJ)ireito? 9lssim, tudo o que na história da feeninsula repre- sente afirmação de soberania, de defesa da integridade territorial, de independencia, deve ser tomado por flortu- gal e espanha como um património comum. fJ)evemos apagar todas as dissenções que no passado divldirJ m as duas grandes :J(ações do extremo ocidente europeu, fundadoras da civilização moderna; mas, para tanto, nenhuma delas tem que abater, um só instante que seja, as suas bandeiras. :Não passa, todavia, nunca o 1. 0 de BJezembro, sem que os portugueses lembrem Glivença a irridenta! eon- quis/ada pelos espanhois num incidente de luta, restituida depois, por um solene tratado de paz, não nos fOi, de jacto, nunca restituida pelos hermanos espanhois. 91. :Republica! espanhola, que assenta as suas bases no fJ)ireilo e na 2iberdade, não recusará, porém, ' iJ feor- tugalo que a florlugal pertence. fJ)everiamos ter levado à eonferenda de Versailles essa reclamação. 9lpresentemo-Ia hoje ao {iovêrno e ao flarlamento da :Republica irmã. Seria a melhor celebra cão do I. o de 8)ezembro de , 1934. esta nova data brilharia na historia das duas repu- blicas peninsulares, imperecivelmente. Monte Estoril The most picluresque resort Df the sun-coast, good accomodatlons at dlfferent prlces ln uplo- date hotels. MONTE ESTORIL Is well protected agalnst lhe wlnds. LOPES D'OLIf/EIRA Hotel Iltlântico ' Grand'Hotel D'ltalie Hotel M- iramar Grand'Hotel Estrade ai , Dr. Caetano Beirão da Veiga <lia" que está retido no leito com um fort ataque de gripe, o nosso estimado amigO', r. Dr. Caetano Beirão da Veiga, ilu8.tre director do Instituto Superior Té- cnico e Administrador· Delegado do ((Diário de Notícias». Fazemos vOt08 pelo seu rápido restabele- cimento. De regresso - se encontra no seu palacete do Parque Estoril o nosso ilustre assinante e amigo, sr. , Alvaro de Sousa, da casa ban- cària Fonseca Santos & Viana, que estevc no estrangeiro em tratamento, acompa- nhando-o lma Esposa a senhora D. Irene do Amaral e Sousa. Uma . feira modelo em Cascais Por iniciativa da Comissão de Propagan- da de Cascais, terá lugar nos primeiros dias do proximo mês de Dezembro, no pa- lacio municipal desta vila, uma feira-mo- dela. , - Importantes firmas comerciais e indus- triais não deste concelho, como da Capi- tal, apresentarão ao publico os seus produ- tos em ar ti!'ticos Stands, concorrendo entre utras, a F abrica Fibro-Cimento, Casa Sin- er, Sena, Bôto & Leitão, Fabrica de Lou- (" !l Vi!.ta Aleo-re. Abel Pereira da Fonseca. Nally, Companhia de Redes de Pesca, II: Vaultier, José Tavares da Silva, José do O' Martins, José Simões; Carnôto, Socie- dade de C.h ocolates -(,Regina», Oabral & Gome, etc. Durante I o tempo em que funcionar esta feira, tefão lugar interessantes conferencias semanais, sobre comercio, industria, sport, - mnsiea, tllrismo, pintura, higiene, agricul- tura, transportes, etc., proferidas por enti- dades de reconhecido valor. Festa o sensacional programa da Festa de Gala que a Sociedade Propaganda da Costa do Sol promoveu na no_ ite de quinta feira última, foi cum prido com todo o rigor, sendo pequenas as sumptuosas salas do Casino Estoril -para acolher as entidades que ali foram COmemorar o casamento do príncipe Jorge dEi Inglaterra com a princesa Marina da Gréciâ. As diruOra<iÕes deslumbrantes e a riqueza das toiletes dás genhoras imprimiram um brilho ebccepcional a esta Grande Festa 11, dando por vezes a impressão de se assistir a uma das fases mais imponentes e ao mesmo tempo alegres dos festejos que se realisaram em Londres, em honra de Suas Altezas. A assistêncÍa era muito selecta, tomando parte nas comemorações, estrangeiros de diversas nacionalidades, predominando a colónia 'inglêsa quási todos os turistas que já. se encontram aqui a passar o inverno e muitos portugueses, Dançou-se animadamente até de madru- gada, retirando tod0s os convivas muito bem impressionados pela organisação mode- lar da simpática festa, cujo producto rever- teu a favor do Hospital Inglês e da Mise- ricórdia de Oascais. -No «Cap Arcone»1 vindo da Alemanha, chegou ha dias o sr. F. Mou ths , arrojado . director e p9'oprie- tario d.o Hotel Atlantico. Este número foi visado pela Comissão de Censura ORGÃO DE PROPAGAND E TURISMO DE PORTUGAL conOlçÕE3 OE alalnBlURR Por trimestre (12 numeros)·· 7$00 ANUNCIOS: não 18 de,ol,em II orlllalll. IlIborlli. ul'lU publlcadol. - 1- . . , COMPOSTO E IMPRESSO "OFICINAS FERNÁNDES" Rua Cruz dos Poiais, 103 -Lisboa Oportunidades I N ÀO dlÍvida que o problema da luz carece de 1.1llgente soluçiio, porque é cada vez mais desolador o estado deficientíssimo da iluminação de todo o concelho. Se da parte da Companhia e da Câmara existe boa vontade em elabo- rar um no,,"o contrato que satisfaça as necessidades modernas da Costa do Sol, porque não se tratâ o assunto com a maior brevidade? Parece-nos que, para isso, não necessidade de esperar o términus do contrato, desde que os interêsses em causa sejam devidamente respeitados. A Troupe União Caparidense co- memora hmanhà o 21. 0 ani- versário da sua fundação com uma sessão solene, estando por isso em festa o POYO de Caparide. D IVERSAS pessoas se nos têm di- rigido paNl. que reclamemos contra o encerramento da passagem de nível durante a noite, junto à Pen- são Savoy, obrig'ando os condutores de yeicuios a darem a yolta por S. João do Estoril. ' E' necessário compreendermos que a Sociedade Estoril carece do auxilio de todos nós pa?'a continua?' c'U'111.- p?'illdo a nom'e .missão na te?"ra . .. Que importa que o ptí.blico seja prejudicado, desde que os dessa negregada concessão vivam alegres e contentes das suas jaça.- nhas? A falta de tempo impediu-nos de publicar êste nlÍmero com mais páginas, como era nosso desejo, pois tínhamos, felizmente, elementos bas- tu.ntes para isso, e só quem labuta nesta ingrata e pesada missão pode avaliar a responsabilidade de qual- quer publicação periódica, por modesta que seja. . Podem, contudo, os nossos presa- dos leitores e amigos contar, se Deus nos der saude, com um mímero de sensação para o Natal. Assinar (O Estoril- é contribuir para a prollaganda de Portugal «Natal do Combatente» A Delegação de Oeiras da Liga dos Oombatentes da Grnde Guerra está. tra- tando activamente da constituição de comis- sões de senhoras que, nos concelhos de Oei- ras e Cascais, área da mesma ' Delegaçllo, desejem, como nos donativos, quer em dmhelro, generos ah- menticios, peças de vestuário, mesmo usa- das, quer brinquedos para criança etc., para , distribuir nas vesperas do Natal pelos seus camaradas mais necessitados, viuvas e 01'-· 0 fitos e pelos alunos da sua escola, filhos de antigos combatentes.

Telelone 282 DE DEZEMBRO Dr. I³nia 'inglêsa quási todos os turistas que já. se encontram aqui a passar o inverno e muitos portugueses, Dançou-se animadamente até de madru gada,

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Page 1: Telelone 282 DE DEZEMBRO Dr. I³nia 'inglêsa quási todos os turistas que já. se encontram aqui a passar o inverno e muitos portugueses, Dançou-se animadamente até de madru gada,

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO MONTE ESTORIL -=: Telelone 282

. DIRECTOR E EDITOR-A tTONIO ALVES

SEMANARIO DE PROPAGANDA E TURISMO Propriedade da ElTlpreza de Publiclqli\d,. Estoril Gráfica (Em ortanlsaçllo)

Todos os artigos não assinados são da elclusiJp responsabilidade do director do jornal

DE DEZEMBRO 1640-1934

:Jfão poderá nunca esquecer o nobilissimo esforço dos patriotas que no dia I de fJ)ezembro de 1640 procla­maram o direito de a {irei escolher livremente os seus dirigentes e eleger~m o seu ehefe de estado, aclamando, pela :Revolução, fJ). João IV, e confirmado pelo voto, em eôrtes, dos representantes de todas as classes sociais, ao mesmo tempo que reivindicavam os direitos de sobera­nia da :Xação.

:J([as porque não celebrarão os portugueses e e.spa­nhois essa data de 1640, festivamente, como portugueses e brasileiros celebram a da independencia do .13rasil em 1822?

9lmbas elas marcam, gloriosamente, uma conquista da eivilisação, que, sobretudo, se firma na liberdade com que os homens traçam os destinos das q:atrias que for­maram ou a que pertencem.

Que ~stado do mundo opõe, hoje, à liberdade dos povos, a força brutal da invasão e da conquista? Quem ousa, hoje, opô r o direito da fJorça, à força invencivel do fJ)ireito?

9lssim, tudo o que na história da feeninsula repre­sente afirmação de soberania, de defesa da integridade territorial, de independencia, deve ser tomado por flortu­gal e espanha como um património comum.

fJ)evemos apagar todas as dissenções que no passado divldirJ m as duas grandes :J(ações do extremo ocidente europeu, fundadoras da civilização moderna; mas, para tanto, nenhuma delas tem que abater, um só instante que seja, as suas bandeiras.

:Não passa, todavia, nunca o 1. 0 de BJezembro, sem que os portugueses lembrem Glivença a irridenta! eon­quis/ada pelos espanhois num incidente de luta, restituida depois, por um solene tratado de paz, não nos fOi, de jacto, nunca restituida pelos hermanos espanhois.

91. :Republica! espanhola, que assenta as suas bases no fJ)ireilo e na 2iberdade, não recusará, porém, 'iJ feor­tugalo que a florlugal pertence.

fJ)everiamos ter levado à eonferenda de Versailles essa reclamação. 9lpresentemo-Ia hoje ao {iovêrno e ao flarlamento da :Republica irmã.

Seria a melhor celebra cão do I. o de 8)ezembro de , 1934. esta nova data brilharia na historia das duas repu­blicas peninsulares, imperecivelmente.

Monte Estoril The most picluresque resort Df the sun-coast, good accomodatlons at dlfferent prlces ln uplo­date hotels. MONTE ESTORIL Is well protected

agalnst lhe wlnds.

LOPES D'OLIf/EIRA

Hotel Iltlântico 'Grand'Hotel D'ltalie Hotel M-iramar Grand'Hotel Estrade

ai ,

Dr. Caetano Beirão da Veiga Há <lia" que está retido no leito com

um fort ataque de gripe, o nosso estimado amigO', r. Dr. Caetano Beirão da Veiga, ilu8.tre director do Instituto Superior Té­cnico e Administrador· Delegado do ((Diário de Notícias».

Fazemos vOt08 pelo seu rápido restabele­cimento.

De regresso - Já se encontra no seu palacete do Parque Estoril o nosso ilustre assinante e amigo, sr. , Alvaro de Sousa, da casa ban­cària Fonseca Santos & Viana, que estevc no estrangeiro em tratamento, acompa­nhando-o lma Esposa a senhora D. Irene do Amaral e Sousa.

Uma. feira modelo em Cascais Por iniciativa da Comissão de Propagan­

da de Cascais, terá lugar nos primeiros dias do proximo mês de Dezembro, no pa­lacio municipal desta vila, uma feira-mo-dela. , -

Importantes firmas comerciais e indus­triais não só deste concelho, como da Capi­tal, apresentarão ao publico os seus produ­tos em arti!'ticos Stands, concorrendo entre utras, a F abrica Fibro-Cimento, Casa Sin­er, Sena, Bôto & Leitão, Fabrica de Lou­

(" !l Vi!.ta Aleo-re. Abel Pereira da Fonseca. Nally, Companhia de Redes de Pesca, II: Vaultier, José Tavares da Silva, José do O' Martins, José Simões; Carnôto, Socie­dade de C.hocolates -(,Regina», Oabral & Gome, etc.

Durante I o tempo em que funcionar esta feira, tefão lugar interessantes conferencias semanais, sobre comercio, industria, sport,

- mnsiea, tllrismo, pintura, higiene, agricul­tura, transportes, etc., proferidas por enti­dades de reconhecido valor.

~rande Festa o sensacional programa da Festa de

Gala que a Sociedade Propaganda da Costa do Sol promoveu na no_i te de quinta feira última, foi cum prido com todo o rigor, sendo pequenas as sumptuosas salas do Casino Estoril -para acolher as entidades que ali foram COmemorar o casamento do príncipe Jorge dEi Inglaterra com a princesa Marina da Gréciâ.

As diruOra<iÕes deslumbrantes e a riqueza das toiletes dás genhoras imprimiram um brilho ebccepcional a esta Grande Festa 11, dando por vezes a impressão de se assistir a uma das fases mais imponentes e ao mesmo tempo alegres dos festejos que se realisaram em Londres, em honra de Suas Altezas.

A assistêncÍa era muito selecta, tomando parte nas comemorações, estrangeiros de diversas nacionalidades, predominando a colónia 'inglêsa quási todos os turistas que já. se encontram aqui a passar o inverno e muitos portugueses,

Dançou-se animadamente até de madru­gada, retirando tod0s os convivas muito bem impressionados pela organisação mode­lar da simpática festa , cujo producto rever­teu a favor do Hospital Inglês e da Mise­ricórdia de Oascais.

-No «Cap Arcone»1 vindo da Alemanha, chegou ha dias o sr. F. Mou ths , arrojado . director e p9'oprie­tario d.o Hotel Atlantico.

Este número foi visado

pela Comissão de Censura

ORGÃO DE PROPAGAND E TURISMO DE PORTUGAL

conOlçÕE3 OE alalnBlURR Por trimestre (12 numeros)·· 7$00 ANUNCIOS: Pre~os c~nYenclonals

não 18 de,ol,em II orlllalll. IlIborlli. ul'lU publlcadol. -

1 - . . ,

COMPOSTO E IMPRESSO ~s "OFICINAS FERNÁNDES"

Rua Cruz dos Poiais, 103 -Lisboa

Oportunidades I

NÀO há dlÍvida que o problema da luz carece de 1.1llgente soluçiio,

porque é cada vez mais desolador o estado deficientíssimo da iluminação de todo o concelho.

Se da parte da Companhia e da Câmara existe boa vontade em elabo­rar um no,,"o contrato que satisfaça as necessidades modernas da Costa do Sol, porque não se tratâ o assunto com a maior brevidade?

Parece-nos que, para isso, não há necessidade de esperar o términus do contrato, desde que os interêsses em causa sejam devidamente respeitados.

A Troupe União Caparidense co­memora hmanhà o 21.0 ani­

versário da sua fundação com uma sessão solene, estando por isso em festa o POYO de Caparide.

DIVERSAS pessoas se nos têm di­rigido paNl. que reclamemos

contra o encerramento da passagem de nível durante a noite, junto à Pen­são Savoy, obrig'ando os condutores de yeicuios a darem a yolta por S. João do Estoril. '

E' necessário compreendermos que a Sociedade Estoril carece do auxilio de todos nós pa?'a continua?' c'U'111.­p?'illdo a S~l·a nom'e .missão cá na te?"ra . ..

Que importa que o ptí.blico seja prejudicado, desde que os senhore~ dessa negregada concessão vivam alegres e contentes das suas jaça.­nhas?

A falta de tempo impediu-nos de publicar êste nlÍmero com mais

páginas, como era nosso desejo, pois tínhamos, felizmente, elementos bas­tu.ntes para isso, e só quem labuta nesta ingrata e pesada missão pode avaliar a responsabilidade de qual­quer publicação periódica, por b~m modesta que seja. .

Podem, contudo, os nossos presa­dos leitores e amigos contar, se Deus nos der saude, com um mímero de sensação para o Natal.

Assinar (O Estoril- é contribuir para a prollaganda de Portugal

«Natal do Combatente» A Delegação de Oeiras da Liga dos

Oombatentes da Grnde Guerra está. tra­tando activamente da constituição de comis­sões de senhoras que, nos concelhos de Oei­ras e Cascais, área da mesma ' Delegaçllo, desejem, como nos ano~ ant~riores, angari~l' donativos, quer em dmhelro, generos ah­menticios, peças de vestuário, mesmo usa­das, quer brinquedos para criança etc., para , distribuir nas vesperas do Natal pelos seus camaradas mais necessitados, viuvas e 01'-· 0

fitos e pelos alunos da sua escola, filhos de antigos combatentes.

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.. Pago 2 O ESTORIL

povo de Porto Salvo festejou com a inauguração de um belo edificio

Visitámos no ultimo domingo, e pela pri­meira vez, a povoação de Porto Salvo, que nos era já bastante simpatica por conhecer­mos <;> seu espirito empreendedor e dedica­damente regionalista. Nenhum dos seus habitantes passa vida regalada, pois todos teem o culto do trabalho, existindo entre si uma grande solidariedade, e que se barmo­Qiza bem com as aspirações de progresso e engrandecimento da sua terra.

Situada num ponto predominante, com vista' de ' mar e serra, as suas casinhas brancas !ião ao lugarejo um aspecto agra­davel e convidativo.

Percorrendo a pé os três quilometros que distam de Paço d' Arcos, em companhia do nosso Ilustre colaborador e amigo, o pro­fessor Marrecas Ferreira, divi~ámos a dis­t~ncia uma grande profusão de bandei.ras pendentes de mastros enfeitados, surpreen­dendo-nos o Arco Triunfal á entrada de Porto Salvo, artisticamente ornamentado, que I ostentava diversas e significativas le­gendas, representando a homenagem da laborios~ população ao ilustre Governador Civil de Lisboa, sr. Tenente-Coronel João Luiz de Moura, como reconhecimento pelo valioso · auxilio material para a construção do novo edificio escolar. .

Depois de passearmos pelas ruas princi­pais, fômos atraídos pelo estralejar de fo­guetes, os quais anunciavam a chegada do Chefe 110 Distrito, que era aguardado a cêrca de duzentos metros de Porto Salvo por um luzido cortejo, nele se encorporando muito povo, todo o elemento oficial, colec­tividades de 'recreio, Associação Comercial, corporações de Bombeiros dos Concelhos de Oeiras e Cascais com viaturas e bandeiras, Delegação dos Combatentes, Escolas, etc, todas com os seus estandartes e duas ban­das de musica. Iám á frente dois carros puxados a três juntas de bois, artistica­mente ornamentados, em direcção á antiga escola, a-filO-de conduzirem a bandeira que havia de ser hasteada no Novo Edificio Escolar, cuja porta estava vedada por uma fita simbolica, a qual foi cortada pelo ilus­tre GovelDador Oivil de Lisboa. , Na - Sala da Escola, depois de ser içada a bandeira nacional, ao som da Portuguesa, realizou-se uma sessão solene, a que presi­diu o sr. Governador Civil, secretariado pelos srs. tenentes Saldanha e Coentro, respectivamente presidente da Câmara e Administrador do Concelho.

Seguidamente, uma aluna da Nova Es­cola descerrou o retrato do ilustre Gover­'nador Civil de Lisboa, sr. Tenente-Coronel João Luiz de Moura,. com uma dedicatoria de reconhecimento do povo de Porto Salvo, fazendo-lhe nesse momento a assistencia uma bem merecida e prolongada ovação.

Foi depois dada a palavra ao sr. ALvaro Pimentel, secretario da comissão dos feste­jos, que leu o seguinte discurso ditado pelo ilustre artista, sr. Antonio Pinbeiro, habi­tante e amigo de Porto Salvo, impossibili­tado de comparecer por motivo de doença:

Sr. Presidente. Meus Senhores:

eSTAMOS todos no lugarejo de Porto Salvo, a 3 quilómetros da séde do Concelho e a outros tantos de Paço

d'Arcos, lugar saloio que ainda hoje luta ' com falta de água; nas longas secas estivais, água de poços e nascentes, e que ainda hoje ilumina os seus pobres lares a petró · leo! Quando não há luar caminha se ao acaso no negrume dessas estradas e na es­curidão dêsses pseudo·arruamentos. ~ O povo, o bom povo trabalhador e ope­rário dêste lugarejo caminha a pé, manhã cedo, para os seus trabalhos e volta à sua casa noite fechada no inverno, muitas vezes suportando fortes bátegas de água, com a roupa encharcada para ir tomar o seu caldo e beber o seu café.

E com todos êstes desprazeres, com to­dos êstes desalentos desconfortantes, o povo de Porto Salvo fundou uma «Sociedade de Instrúçllo Musical D e ali os seus sócios, reunidos, cançados das suas lutas quotidia­naSj tratam de fazer música, aprendendo, emendando-se, corrigindo,se e executando

. duma maneira dignificadora· uma das mais ,! nobres. e belas artes, onde por vezes cultivam

a arte de Théspis. E mais ainda j pensou também êste nú­

'cleo. , na causa da instrução pública e lem­brou-se de construir junto à sua séde um

I' edifício próprio e digno para a escola mixta . do seu lugar.

Tôdas estas grandes e altruistas ideias ,,' são filhas dum alevantado sentimento - o ,_ a.lIlor,.

Ca9'9'os alegoricos, ar­tisticamente o?'namf37l,­

tados .e puxados a t?'ês

juntas de bois

o a?'co triunfal à, ent9'ada de I:ottto Salvo, na . passage.m do imponente CO'1tejo.

A delegação 'dos Antigos Combatentes, com séde em Oeims

Amam-se as belas-letras, as belas-artes, amam-se as grandes concepções filosóficas, amam-se as flôres, as mulheres, as crian­çai, ama-se tudo quanto em si pode ter o sentimento estético da Beleza. • -

Mas sem sacrifício não há amor, não pode haver amor. E tôda essa obra cheia . de amor a que há tempo o povo de Porto Saln vem tratando de dar corpo e alma, é feita de muito sacrifício. Sacriflcio de tem­po, sacrifício de lutas, sacrifício de discus­sões variadas, de modos de vêr difere tes, que muitas vezes levam até ao sacrifício da inimizade e da malquerença.

E tudo porquê? P elo amor que se põe ao serviço de uma ideia, de uma causa, duma realização, da consecução de um fim. E é uma dessas finalidades _ a inaugura­çãa da escola mixta - que hoje êste povo • se digna entregar à ilustre comissãi> admi­nistrativa do municipio de Oeiras ,- essa obra que se ergue à custa de muito amor e sacrifício, e que todos nós aqui vimos sole­nizar.

G Mas para tal fim bastou apenas o amor _ e o sacrifício dêste po~'o? Não! Houve um forte incentivo, uma força animadora, hou­ve também e amor e sacrifício de José da Costa Cravo o meritíssimo tesoureiro da Câmara dêste Concelho, a alma moter de tôdas as iniciativas que tiverem por objectivo amor e sacrifício. Houve i~ual­mente da parte do Ex.mo Rr. PresidenJe da Comissão A dministrativa e dos restl\ntes vogais a simpatia e o carinho pelo fácto em si própriõ. Houve da parte do Ex. m Sr, Administrador dêste Concelho uma acquies­cência e uma actividade decidjda para fa­zer chegar a bom termo tôda esta obl<a.

E agora chega o momento final da mi­nhas descoloridas palavras, mas julgando­-as significativas, não pelo brilho de elo­quência que elas pr~cisariam ter neste~mo­mento solene, mas pelo significado sitÍcero que elas em si existem. F

Disse e repeti que nlio há obra gr~de, bela, generosa mesmo, sem amor e sIl.Mifí-' cio. Este padrão escolar que neste lug rejo se levantou, deve-se todos o sabemos, tam- . bem ao generoso altruismo, à dadivosa magnanimidade, à amorosa simpatia ~ pela. ideia inicial~ numa palavra,deve-se ao ~x.mo Sr. Tenente Coronel João Luiz de .~ura, ilustre governador civil do distrit!> de Lis­boa, a edificação desta escola j pois foi Sua Ex II. com todo o seu amor e sacrifício com tôda a sua benemerência pelas institmções particulares, que se dignou contribui hom a sua peculiar e dedicada protecção, louxi­liando a sua eficiência com tôdas as verbas indispensáveis à sua reaJi ação, sem as quais a ideia poderia subsis-ti~~ mas o nosso aesideratum seria nulo, impraticável impossível.

E' por isso, pois, que a comissão que di­rigiu a construção dêste edifício se orgulha de ter perpetuado na parede de uonra da escola o padrão testemunhal do seu reco­nhecimento e da sua inesquecivel gratidão.

Esse padrão vai agorà s r descel'l'~do e eu convido todos quantos tiverallI a ama­bilidade de me eMcutar a quejuntos a mim, um grito de louvor secundem com uma ova­ção vibrante e quente o nome de Sua Ex. a,

Viva o Ex.mo Sr. Tenente-Coronel João Luiz de Moura, ilustre Governador Civil do Distrito de Lisboa!

Ao terminar foram erguidos vários vivas ao actor António Pinheiro, glória da cena portuguesa.

Falou depois o professor sr. Manecas Ferreira, já conhecido da população de Porto Salvo e das principais localidades da linha, ondl) tem passado grande parte da sua vida, tendo por mais de uma vez hon­rado as colunas de Q O Estoril ') com preciosa colaboração, em crónicas substanciosas e m.uito interessantes da sua passagem pelos cohcelhos de Cascais e Oeiras.

Ex.mo Sr. Governador Civil, minhas Senhoras, meus Se­nhores, Infância de Portugal.

CUMPRE-ME agradecer verdadeiramente sensibilizado, .as palavras e as provas de simpatia que a Ex ma Direcçtto

desta Casa teve a bondade de usar para comigo e para com o Ex.lIlo Sr. Alves, di­rector do jornal «(O Estoril» em que tenho o gosto de colaborar.

Se no mel1 artigo publicado em c( O Es­toril~ houve realmente grande e sincero entusiasmo, um bocado de carinho por esta povoação risonha, atraente, não admira! ... Reminiscências da mocidade! ... Pois se, durante longos anos, desde menino, percor­ri tantas destas po"oações dos Concelhos de Oeiras e de Cascais:-Paço d'Arcos,Porto Salvo, Carcavelos, Galiza, Estoril, e outras tantas, cobertas pelo nosso dôce azul! .•. Se nelas passei tantos e adoraveis anos da minha vida!... Se nelas tonifiquei os pulmões com bom ' ar e fiz tantas maldades de garôto!. •

Se nêsse modesto artigo meu houve real­mente grande e sincero entusiasmo pela obra do simpático povo desta terra de Por­to Salvo, - nome-mascotte! -, tambem não é para agradecer. Pois se essa obra é bela! Se essa obra, essa iniciativa consti­tue uma grande lição para todo o Portugal e para outros muitos países!

Não fui alêm,- me parece -, de tentar fazer-vos justiça, O que escrevi no «Esto­ri!», se alguma coisa vale, não é um favôr! E' antes uma verdade que tôda a gente de bem e de trabalho deve reconhecer.

O povo de Porto Salvo, dêste risonho Porto Salvo, num sentido de união colecti­va de fraternidade,-tão raras! - trabalhou todo à uma, na medida das suas forças, dos seus recursos, na obra da eua Escola, da sua Casa, da casa em que os indivíduos que formam êste conjunto exemplar, se aiu­darão, se salvarão uns aos outros e se di­vertirão. E bem necessária é a alegria nesta hora de realidades tão duras, e, às vezes, tão tristes!

Gente de Porto Salvo! Ex. mo Sr. Gover­nador Civil! Ex.mas Entidades que te aju­daram! Eu vos saüdo muito respeitosamente e com todo o entusiasmo!

Um por todos! Todos por um! Que êste exemplo, ecoando de serras em

~ serras, por sobre as planícies, por sobre os mares, venha a ser conhecido e aproveita­do por todos quantos são do nosso Portu­gal !

O sr. Governador Civil deu depois a pa­lavra ao sr. Carlos Queiroz, presidente da

N. 131

muito brilho escolar

No Largo da

Escola. Ma-11 ijestação ao

sr. Governa-dor Civil

o Chef e do Distrito, ladeado pelos srs. presidente da Camara e admi­lIi trador do C01lcellto de Oeiras, no

cortejo.

• O sr, fl'I/(,l/te-co1'Ollel João Luiz de Moura, cortando a fita simbolica da porta principal da escola. x José da Costa Cravo, «alma 111aten> de todas

as iniciativas de Porto Salvo

Direcção dos Bombeiros Voluntários de Oeiras, que disse da sua satisfação por assistir a uma festa tão interessante, asso­ciando-se à justissiola homenagem que o Povo de Porto Salvo estava prestando ao Chefe do Distrito, a quem o problema da Assistência tem merecido o maior carinho e cuidado.

Em seguida usou da palavra o sr. tenente Saldanha, presidente da Câmara Munici, pai de Oeiras, prõnunciando o seguinte discurso e ouvindo ao terminar uma quente ovação.

E' grande honra para o povo de Porto f a1vo receber a visita de Sna EJ: .· o Governa­dor Civil de Lisboa.

Esta visita prova bem que Sua Ex.' apesar do alto cargo que desempenha, não deixa de conside­rar com carinho as pequenos povoações, atendendo sempre que lhe é possível as suasjustes pretensões.

Eu tenho a certeza que, visitando Porto Salvo, Sua Ex.' sente uma dupla alegria; em primeiro lugar porque lhe é sempre grato visitar os povos do seu distrito, em segundo lugaT porque. tem. QCa.­

sião de assistir à inauguração de uma obra para 8 qual tão generosamente contribuiu.

A escola que se encontra hoje construída em Porto Salvo é mais uma obra que fica a consagrar a passagem de Sua Ex.' pelo Govêrno Civil de Lisboa ,

Não tem sido o concelho de Oeiras dos que me­nes benefícios tem recebido de Sua Ex •

Ainda há relativamente poueo tempo se termi­nou uma obra que s6 foi possível realizar'se devido ao seu auxílio.

Quero referir· me ao colector da Venda Nova, obra da maior importância para 8 salubridade des­sa povoação.

Os bombeiros da vila de Oeiras também ainda não há muito foram largamente contemplados .

Enfim, a lista completa é longa, por isso me li. mito a citar apenas estes três subsídios por serem dos mais recentes.

O melhoramento hoje inaugurado é de nm valor excepcional para esta povoação.

G De que servem bons professores e professoras, se para o exere·feio dss Euas funções não tiverem ao seu alcance escolas em condições?

Infelizmente o concelho de Oeiras é muito pobre em edifícios escolares.

Apenas duas escolas, a de Oeiras e a de Paço de Arcos ee encontram instaladas em edifícios apro­pJÍadcs, se bem que ambos êles, por antiquados, não satisfaçam completamente ao fim a que se destinam.

Tôdas as outras escolas se encontram instaladas em edifícios arrende dos, que de nna maceira ge­ral se adaptam mal ao fim em vista, quer por falta de condições pedag6gicos , quer por falta de condi­çlles higiénicas e que no eutanto custam à Câmara anualmente urna verba de 60 mil escudos

No capitulo de edifícios eseolares, porém, a acção do Estado Novo vai dentro em breve fazer.se sentir dentro do concelho de Oeirlls ,

Eu conto que relativamente dentro de pouco tempo os edifícios escolares de Barcarena, Queluz de Baixo e Veuda Nova sejam uma realidade

Pode por consequência orgulhar,se Porto Salvo de fiear possnindo o melhor ediflcio escolar do concelho de Oeiras.

E maior orgulho deve ainda sentir por ter par­tido tal iniciativa da Sociedade de Inetrução Mu­sical de Porto Salvo, constitnída por filhcs desta terra, que a ela 8e têm dedicado com tôdas as suas fôrças e que se não têm poupado a canseiras para conseguirem ver realizado o seu sonho.

A Sociedade de Instrução Musical de Porto Salvo dá assim um exemplo de civismo e de amor à aua terra verdadeiramente notàvel, numa época em que campeiam cs egoismos, e em que pouco. se lembram da obrigação que cada um tem de tra~a­lhar para o bem da colectividade, isto é, par, o bem dR Nação ,

!ião pois dignos de louvor todos os seus compo­nentes que, pondo de perte muitas vez~s os seus pr6prios interêues particulerE'B, se sacrificam, ar. rostando com canseuas e até com desgostos e di.-

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N.o 13 I o ESTOR!h 'Pág. 3

sabores, que em iniciativas dês te género são tre­queutrs

Eu faço votos por que a Soeiedade de Instrução Musical de Porto Salvo continue a trabalhar pelo progresso desta loealidade com o mesmo ardor. com a mesma fé e com o mesmo entusiasmo com que o tem feito até agora.

Não podem infelizmente as Câmara1! como a de Oeiras, eolocadas em poueo satisfatórias condi ções financeiras, aeudir a tôdas as necessidades dos res­pectivos concelhos.

Felizmente, porém, entidades há, quer oficiais quer particulares, que. muito contribuem para au­xiliar a lIeção dessas Câmaras .

Ao referir-me a auxílios estranhos prestados ao concelho, não quero deixar de citar os subsídios recebidos pelo Fundo de Uesemprêgo, e concedi­dos por Sua ~x.· o Ministro das Obras Públicas, que atalhando a crise de trshalho, têm permitido dar um impulso importante a tantos trabalhos ca· marários.

Ao enfrentar o problema do desemprêgo de uma m'\neira bastante diferente da seguida noutros paí­ses, a actual situação prestou à. Nação um serviço verdadeiramente notável.

eon'tinue a jazer sentir em tôdas as povoações do distrito, mesmo as mais humildes e mais longínquas.

Ao terminar. eu peço a V. Ex." que me acom­panhem num viva ao Ex . mo Sr Governador Civil de Lisboa .

O sr. Tenente Coentro falou também, referindo-se ii. responsabilidade dos profes­sores primários, especialmente daqueles que, vivendo em meios constituídos por tra­balhadores, como aquele onde se encDntra, têm também de substituir os pais na edu­ca~ão dl;ls crianças.

Congratulou-se por ver o carinho e a gratidão, já peculiares, da população de Porto Salvo, não podendo deixar de citar o nome do sr. José da Oosta Oravo, distinto tesoureiro da Câmara Municipal de Oeiras, o qual a pesar· de disfrutar pouca saúde, se tem dedicado de alma e cora~ão ao pro· gresso e bem estar do povo desta localidade.

Agradeceu a presença do sr. Governa­dor Civil, alma de patriota e verdadeiro homem de bem.

Ministério , sr. dr. Oliveira Salazar, pois era devido à sua obra que lhe era permi­tido tratar tão largamente do problema da Assistência e dispor de verbas para subsí­dios de outra natureza e a favor das popu­lações do seu distrito.

Que nãõ podia deixar de recordar ali o nome do insigne actor António Pinheiro, poia gumas vezes entrou no seu gabinete l>ara ,solicitar a concessão de verbas para a Escola de Porto Salvo. .

Referiu-se ao problema da Instrução Pri­mária, Qizendo que era necessário consti­tuir I\B .caixas Escolares, cujo fim era for­neceI· livros e outros objectos às crianças, sendo ndÍspensável criar-se também a ([Can­tina Escolan para lhes dar ao menos uma r.efei~o uente. . E eomo Porto Salvo já tinha a sua Caixa

Escolar, aconselhava a criação de uma Can­tina, para a qual oferecia já o auxílio ne­cessário para a sua manutenção.

Assembleia Nacional

EDITAL .' ANTONIO CARDOSO, Pres'den-

te da Comissão Administrativa da Câmara Municipal do Concelho de Cascais.

Não foi copiar, como se fazia noutros tempos, os sistemos adoptados noutros países; procurou antes dar ao problema uma solução inteligente e de acôr­do eom a nossa maneira de ser.

A homenagem que nesta sala se está prestando a l:)ua Ex." o sr. Governador Civil de I isboa é absohrtllmpnte iusta e merecida . A ela se assoeia com o mlior júbilo a Comis5ão Administrativa da Câmara Municipal de Oeiras a que tenho a honra de presidir.

Chefe de família exemplar, militar distinto e sabedor, cidadão cônseio das suas obrigações e dos seus direitos, homem público ilustre, eis alguns dos títulos que enobrecem a SI11\ personalidade de Português e de Patriota ..

As últimas palavras do sr. tenente Coen­tro foram sublinhadas com novas manifes­tações ao Chefe do Distrito, que se mos­trava muito impressionado com a exponta­neidade das manifestações em que a assis­tência o envolvia.

O discurso do sr. Governador Oivil, cheio . de .eJ,e'vação e .sentimento, calou bem no es­

pí;itO. ~norme assistência, que no final /. 'et1 ol1i numa prolongada manifestação

.7 e t'Al'iblto, tendo Sua Ex. a retirado em ,J seguida, acon\panhado pelas entidades ofi

Faço saber, Que, por De .. creto n. o 24.631 ~e 6 He fio­vembro corrente, foi Hesi .. gnoHo o ~omingo 16 He De .. lembro He 1934, para o eleicão Ho Assembleia Nacio­nal , por votação Hirecto He ioHos os ciHoHãos expres .. samente mencionaHos no flrtigo 4.0 Ho Decreto n.o

23.406 He 27 He De}embro He 1933, incluiüos no recen .. seamento eleitoral Ho poHer hegislativo e H8 Camara municipal Ho ano He 1934.

Levantou-se para falar o sr. Tenente ciais, muitas senhoras, população de Porto Coronel João Luiz de Moura, que princi- SalvQ e arredores, passando sob as estan-piou por afirmar o seu enorme desejo de d~rte em arco das colectividades repl'esen-ser sempre útil às populações do seu dis- tadas e ao som do hino nacional. A sna acção à frente do distrito de Lisboa é dás

mais brilhautcs Bastava o que Sua Ex.' tem feito no capitulo de

Assistência; para consagrar o seu nome e para o tornar digno de respeito e da estima dos seus eon· cidadãos.

trito, estando bem entre os homens de tra- Foi ainda servido um lanche a 400 crian- Este concelho é iJivi6iao em 6 assembleias eleitorais.

balho, porque êle também era filho de um . ças no salão da Sociedade Musical de Ins-modesto mas honrado trabalhador, sentindo trução e Recreio de Porto Salvo, fazen-

Espírito culto e justiceiro, Sua Ex.' resolve tõ­das as questões que se lhe apresentam com justiça e eom imparcialidade.

bastante a vida difícil dos que mourejam de do·se em seguida o desfile na melhor ordem Hs assembleias em Que

Heuem Dotar os eleitores (las respectivas freguesias De HfcabiHeche, C orca ve los, Cascais, Estoril e S. Domin­gos He Rano, iniciar .. se"á pelas nODe horas ao Hla 16 iJe De}embro citaHo.

sol a sol. . e deixando esta luzida festa a mais agra-Agradecia as manifestações que o Povo dáve~ recordação a todos os que nela toma-

Ao associar·se a esta homenagem, aCamara Municipal de Oeiras cumpre um dever de gratidão

de ~orto Salvo, ordeiro e amigo do pro- ram parte, tanto pela sua organização, como gresso da sua terra, lhe estava fazendo, mas pela afluência e solidariedade que tantas

Em nome dela faço votos para que o .J!;x.mo Sr. Tenente Coronel João Luiz de Moura continue du­rante muitos aU08 à frente da chefia do distrito de Lisboa, p~ra que a sua acção salutar e profÍeua se

pedia que elas fôssem antes endereçadas ao colectividades manifestaram para com o venerando Presidente da Hepública, sr. Ge- simpático Povo de Porto Salvo, Rssocian-Deral Carmona, e ao ilustre presidente do do-se ao seu justificado júbilo.

fI ··5-5 E MB l E'I R ri R C 10 fi A·L EDITAL

ANTONIO CARDOSO, P .. esidente da Comissão Adminis­trativa da Camara Municipal do Concelho de Cascais:

FAÇO SABER que, conforme o determinado no § único rio a .. t.O 28. 0 do Decreto n.O 24.631, de 6 de Novemb .. o de laa4~ para a realisação da eleição da Assembleia Nacional.

MAIS FAÇO PUBLICO, que este Concelho se aC'ha divi­dido nas seguintes Assembleias Eleitorais:

frezguezsia dez Alcabidezchez I." assembleia composta da F .. eguesia de Alcabideche,

com séde em Alcabideche, reunindo no edificio da Escola Oficial, em que votam os eleitores das povoações de: Alca­bideche, Manique, Atrozela, Amoreira, Alcoitão, Monte Es­to .. iI, Cabrei .. o, Abuxarda, Alvide, Malveira, Figueira, Zam­bujeiro, Murches, Bicesse, Janes, Biscaia, Pau Gordo, AI­corvim, Arneiro e Almoinhas Velhas.

frczguczsia dez Carcavfllos 2.& assembleia composta da Fregues;a de Carcavelos,

com séde em Ca .. cavelos, reunindo na Escola Oficial do sexo Masculino.

frezguezsia dfl Cascais 3.' assembleia composta da Freguesia de Cascais, com

séde em Cascais, reunindo na Escola Oficial Conde de Fer­"f!i .. a, em que votam os eleitores das povoações de: Cas­cais, Charneca, Oitavos, Birre, Monte Estoril, Torre, Aldeia de Juzo, Cabo Raso, Quinta da Marinha, A .. eia, Murches, Cob .. e e Guia.

frClguezsia do fstoril 4. a assembleia .co .... posta da Freguesia do Estoril, reu­

nindo no edificio da Escola de Educação Social, no Alto Es:' toril, em que votam os eleito .. es das povoações de: E sto­ril, Monte Estoril, S. João do Esto .. il, Galiza, Alapraia, Livramento, Areias e S. Pedro do Estoril.

frezguczsia dez S. Domingos dcz Rana 5.' assembleia composta da F .. eguesia de S. Domingos

de Rana: I.a secção de voto - com séde no Ioga .. de S. Domingos

de Rana, .. eunindo no anexo da Sacristia da Igreja de S. Domingos de Rana, em que votam os eleitores das po­voações de S. Domingos de Rana, Tires, Caparide, Casal do Caçanito, Aboboda, Sassoei .. os, Rebelva, Trajouce, Que­nena. Arneiro, Talaíde, Rena, Ribei .. a das Par .. eiras, Zam­bujal, Polima, Mato Cheirinhos, Casal do Clérigo, Casal do Montijo, Outeiro de Potima e Penedo de Tala'de.

2.& secção de voto - com sede no logar de Par ede, no edificio da Escula Oficial, em que votam 08 eleitores das povoações de: Parede, Murtal. Bafu .. eira, Co .... iolas e Marianas.

E para consta .. se lavrou o presente Edital e out .. os de eg .. al teo .. que vão se .. publicados e afixados nos loga .. es do costume.

E eu, Emidio Françisco de Almeida·, Chefe da Secreta. ria da Camar~ Municipal o subscrevo.

Sec .. etaria da Cam ara Municipal de Cascais, em 30 de Novembro de 1934.

O Presidente da Comissão Administrativa, (a) ANTONIO CARDOSO

II AQUECIMENTOS

I AbuAS QUENTES E para constar se lavrou o presente e outros iJe igual teor, Que Dão ser afixatlos nos logares públicos.

, 48, RUA ÓO ALECRIM, 50 TE :EF. 27t77-LISBOA

.

FAB RICAÇÃO DE RADtADORES E CALDEIRAS

Paços do Concelho, em 30 de novembro de 1934. O Presidente da Comissão Administrativa

(a) ~ntónio Cardoso

lA ssern bleia. Nacional

EDITAL JoãO Antonio de Saldanha Oliveira e Sousa, Presi~ente da ComiSSãO Administrativa da

Câmara Municipal do Concelho de Oeiras, fa~o saber, que de harmonia com o ~ ]rtiuo 3r e para os .efeitos do § único do artiuo 28,0 do ~eüreto n,o 24,631 de

6 de Novembro de 1934, foi desiunado o dominuo 16 de Dezembro de 1934, para la realisação da elei~ão da Assembleia Nacional.

Mais ta~o saber que êste Concelho SB acha dividido nas seuuintes Assembleias Eleitorais: 1.a Assembleia - greguesia de 9fmadora - :Reune no edificio

da escola fErimária e é composta por todas as localidades da EJre-, gues,ia. .

2.a Assembleia - 9reguesia de :J3arcarena - :Jleune no edi/icio da I!~cola fErimária e é composta por todas as localidades da EJre­guesfa.'

:13,a Assembleia - 9reguesia de earnaxide (/. o secção) - :Reune na séde da !Junta de EJreguesia e é composta pelas seguintes povoações: ea'lnaxide, .finda-a- fEastora, .finda-a-Velha, Quejas, eosta de 2i~?la-á- fEastora, Outurela e flortela. .

4.a Assembleia- greguesia de earnaxide (2.0 secção)-' :Reune noqQexo do edifício do 9fquário "Vasco da !iama" no fl)àfundo; compõe-se das povoações seguintes: fAlgés, 9flgés de eima) f})àfundo, eruz Quebrada e :J3ôa Viagem.

·õ.a Assembleia - fJreguesia de Geiras e 3. Julião da :J3arra­:Jl~une no edifício da escola Oficial "eonde EJerreira", e compõe-se de tódas as localidades das EJreguesias supra.

.6.s Assembleia - EJreguesia de fEaço de fArcos- :Jleune na escala ":latrão .fopes", sexo masculino; compõe-se de todas as loca,,; lidades da .EJreguesia.

E. para fazer constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor, que vão 'ser publicados e afixados nos lugares do costume.

E eu, Mário Rodrigues, Ohefe da Secretaria, o subscrevo. (Secretaria da Oâ.mara Municipal de Oeiras, em 30 de Novembro de 1934. ( O Presidente da Oomissão Administrativa

1 (a) João 91.ntonio de 3aldanha Oliveira e 30usa Tenente de Artilharia

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João António de Saldanha Oliveira e Sousa, Presidente da Comissão Administrativa da Câmam Mnni­éipal do Concelho de OEIRAS:

Faço saber, que, por Decreto n.O 24.631 de ' 6 de Novembro cor­rente, foi designado o Domingo 16 de Dezembro de 1934, para a eleição da Assembleia }.racional por votação directa de todos os cidadãos expres­samente mencionados no al·tigo 4: do Decreto n.o 23.406 de 27 de De­zembro de 1933, incluidos no Recen­seamento Eleitoral do Poder Legis­lativo e da Cilmal'a Municipal do ano de 1934.

Este Concelho é dividido em seis assembleias eleitorais.

As assembleias em que devem votar os eleitores das respectivas Freguezias da Aro adora, Barcarena, Carnaxide (2 secções), Oeiras e Paço de Arcos, iniciar-se-á pelas nove ho­ras do dia 16 de Dezembro citado.

E para constar se lavrou o pre­sente e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

E eu Mário Rodrigues, Chefe da Secretaria, o subscrevo.

Paços do Concelho, em 30 de No­vembro de 1934.

o PreBidente da Comi.são Admioistrativa

(a) João António de Saldanha Oliveira e Sousa Tenente de Artilharia